Serviços Partilhados O Estado da Arte em Portugal
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Serviços Partilhados O Estado da Arte em Portugal
Serviços Partilhados O Estado da Arte em Portugal Seminário Serviço de Utilização Comum dos Hospitais Junho de 2007 Serviços Partilhados O Estado da Arte em Portugal Seminário LISBOA, CENTRO CULTURAL DE BELÉM • 29 DE JUNHO DE 2007 Em 30 de Junho de 2006 o SUCH realizou o primeiro seminário internacional dedicado ao tema dos Serviços Partilhados. Nesse seminário, sob o título “Serviços Partilhados – Uma Oportunidade para a Saúde”, tivemos a possibilidade de reflectir sobre as tendências de crescimento da despesa pública em Portugal, nomeadamente a dedicada ao sector da Saúde, constatar idêntica evolução sectorial ao nível dos países desenvolvidos e identificar como estratégia reiterada destes últimos países, nos anos mais recentes, e como meio de promoção de eficiência no sector, a de criação de Serviços Partilhados. Um ano volvido importa revisitar o tema dos Serviços Partilhados, como realidade emergente em Portugal que regista resultados comparativamente mais expressivos (quer em termos de poupanças geradas, quer em termos de tempo de recuperação do investimento) do que os verificados nos outros países. “Serviços Partilhados – O Estado da Arte em Portugal” reflecte a evolução verificada no país no último ano nesta matéria: é um espaço de partilha dos resultados de grandes grupos empresariais de diferentes sectores que adoptaram esta estratégia, mas é também um momento de apresentação de projectos emergentes (por exemplo ao nível das Compras, no sector da Saúde e na Administração Pública em geral), bem como de partilha de lições aprendidas, nomeadamente por parte das grandes consultoras que apoiaram o desenvolvimento deste tipo de serviços em todo o mundo. Estes dois Seminários assinalam para o SUCH dois momentos particularmente importantes na sua existência de 41 anos. O primeiro, a reafirmação do seu posicionamento como o berço natural dos Serviços Partilhados do sector da Saúde em Portugal e o estabelecimento de um compromisso de desenvolvimento dos mesmos nas áreas de Compras e Logística, Gestão Financeira e Administração de Recursos Humanos. A tendência verificada a nível internacional e o repto efectuado pelos Associados do SUCH em Junho de 2006, tornaram essa decisão inadiável. O segundo momento – no termo de Junho de 2007 –, a apresentação pública de que se encontram já constituídos para o efeito três Agrupamentos Complementares de Empresas (ACE). O primeiro, criado em Abril próximo passado, na área das Compras e Logística em Saúde e que conta com a parceria da Deloitte e de três grandes Grupos Hospitalares de Lisboa que integrarão o projecto-piloto e farão a demonstração. Os outros dois ACE, constituídos em Junho de 2007, dedicar-se-ão à gestão financeira e à gestão de recursos humanos, e contam, respectivamente, com a parceria da Accenture e da Capgemini, podendo vir a ser integrados por todos os Associados do SUCH que assim o desejarem. Honrados com a cumplicidade dos melhores parceiros que nos permitem o desenho dos melhores processos, animados com os resultados obtidos pelos Serviços Partilhados em torno destes mesmos processos, nos outros países e em Portugal, apresentamo-nos determinados em servir com qualidade o sector da Saúde na expectativa da divulgação dos primeiros resultados, dentro de 1 ano. Por fim, uma mensagem que desejamos se torne em Emoção no decurso deste Seminário e em Acção, consequente, de imediato: Partilhar, mais do que um conceito, é um Gesto, Livre e Confiante, em que todos ganham. Proporcionar-vos o espaço de confiança que permita a adesão livre a uma concretização partilhada, com resultados que nos galvanizem e regozijem, é o que o SUCH vos propõe. - Aproveitemos o momento como um fruto maduro que se colhe na altura certa e se saboreia! Paula Nanita_Presidente do Conselho de Administração do SUCH Junho de 2007 Serviços Partilhados O Estado da Arte em Portugal Seminário Painel 1 LISBOA, CENTRO CULTURAL DE BELÉM • 29 DE JUNHO DE 2007 Serviços Partilhados – Um Vector de Qualidade e Eficiência na Saúde • Paula Nanita Presidente do Conselho de Administração do SUCH • Francisco Ramos Secretário de Estado da Saúde 4 Experiências e Resultados de Serviços Partilhados em Portugal Moderador: Graça Bessone, Vogal do Conselho de Administração do SUCH Painel 2 • “Serviços Partilhados – Conceito, Aplicabilidade e Experiências Vividas” Mário Campino Silva, Senior Manager da Accenture 8 • “Um caso prático de Serviços Partilhados no Sector da Saúde” Luís Drummond Borges, CEO da Advance Care 10 • “Solvay 3S: An International Experience – First Successful Steps” Thierry Henaut, Director de Recursos Humanos e Comunicação da 3S Solvay Shared Services 13 • “Desafios do Business Process Outsourcing” Miguel Moreira, Presidente da Comissão Executiva da PT PRO 16 • “Desenvolvimento de RH em Portugal – Serviços Partilhados e Outsourcing” Rui Filipe Alves, Executive Principal da Capgemini 20 Compras Partilhadas Painel 3 Moderador: Paula Nanita, Presidente do Conselho de Administração do SUCH • “Etapas na Constituição de uma USP – MDados como um Caso de Sucesso” Jorge Quintas, Administrador Delegado da MDados – Grupo José de Mello 24 • “Como Aumentar as Sinergias nas Compras do Grupo EDP” Luís Ferreira, Director de Compras da EDP 27 • “O Projecto de Compras Partilhadas na Administração Pública” Francisco Velez Roxo, Presidente do Conselho de Administração da Agência Nacional de Compras Públicas, E.P.E. 29 • “ACE Compras Partilhadas em Saúde” Luís Pedroso de Lima, Presidente do ACE e Vice-Presidente do SUCH 32 • “Compras Partilhadas: Caminhos Percorridos pelo NHS” Mario Varela, Director of Procurement and e-Commerce, Barts and The London – NHS, UK 37 Comentadores Marcelo Reis, Senior Manager da Deloitte 40 Manuel Teixeira, Presidente da Administração Central do Sistema de Saúde 41 Serviços Partilhados O Estado da Arte em Portugal Painel 1 Seminário Serviços Partilhados – Um Vector de Qualidade e Eficiência na Saúde Paula Nanita Presidente do Conselho de Administração do SUCH Francisco Ramos Secretário de Estado da Saúde 3 Francisco Ramos Marcelo Reis Francisco Ramos Secretário de Estado da Saúde Senior Manager da Deloitte Secretário de Estado da Saúde A questão dos Serviços Partilhados não é hoje uma questão específica da Saúde, é uma orientação geral, um projecto do Governo, que decidiu por esta orientação em programas como o Plano de Estabilidade e Crescimento, o PNACE – Plano Nacional de Apoio ao Crescimento e Emprego - e as Grandes Opções do Plano, envolvendo vários sectores. E já há, de facto, passos concretos para a criação de empresas públicas como a da gestão das compras públicas e a da mobilidade dos recursos humanos da Administração Pública. Isto quer dizer que há uma opção clara do Governo para aplicar também à Administração Pública em geral uma lógica de Serviços Partilhados. Os Serviços Partilhados distinguem-se, claramente, de uma mera decisão de centralização de serviços. Distinguem-se, também de uma lógica de outsourcing apesar de viabilizarem, como este, a externalização de actividades non-core. Painel 1 Os Serviços Partilhados permitem em simultâneo aprofundar, com ganhos de escala e sinergias, as vantagens da centralização de actividades, acumulando com os ganhos de especialização em regra presentes no outsourcing. Essas economias de escala, essa concentração traz obviamente uma especialização produtiva que permitirá ainda (e certamente) ganhos de eficiência nas funções e tarefas que são exercidas em cada uma das áreas de suporte das organizações. Na opção que o SUCH seguiu quando recebeu o desafio de construir uma estrutura de serviços partilhados, ou de desenvolver a ideia de Serviços Partilhados para a área da Saúde, reforçou a sua natureza associativa, o que, penso, também traz algumas vantagens em relação a outros modelos, porque permite uma participação ainda mais activa em todo o processo de todas as entidades. Ou seja, no caso concreto dos hospitais que são parceiros, que são associados da estrutura de Serviços Partilhados, está garantida imediatamente uma internalização de todos os resultados obtidos, o controlo de gestão, bem como da evolução dos custos futuros. Há provavelmente um conjunto de princípios que faz sentido ter em conta quando se fala de Serviços Partilhados. Estamos a falar de centralização de processos, estamos a falar de um forte impulso à normalização de procedimentos, economias de escala onde elas são adequadas obter, estamos a falar naturalmente de um impulso à melhoria dos sistemas de informação, de uma necessidade imperiosa de montar, instalar e executar normas e procedimentos de controlo, monitorizando e permitindo que se obtenham melhorias contínuas do serviço. Aliás, um requisito essencial é uma definição prévia de níveis de serviço, o que só em si exige uma reflexão prévia de como deve ser esta estrutura e que tipo de serviço deve prestar. Em suma, estamos a falar de processos de governação que têm de ser robustos, transparentes e participados. Isto pode parecer um chavão inócuo, mas pode em muitas das nossas instituições ser um importante motor de mudança, passando de um exercício de actividade para uma cultura de prestação de serviços ao cliente hospital, ao cliente utente do serviço nacional de saúde, ao cliente ARS. Trata-se de passar para uma nova cultura, abandonando por completo aquilo que por vezes acontecia (e que hoje ainda provavelmente acontece nalgumas situações) que era uma cultura assente em rotinas burocráticas que têm que ser cumpridas, porque têm de ser assim, e esta pode ser, de facto, uma mais valia muito importante, no funcionamento dos nossos serviços. O sector da Saúde tem certamente muitas especificidades, tem características próprias, que por vezes nos levam também a exagerar e a isolarmo-nos do resto do mundo. Mas neste caso importa não fazer uma única estrutura de Serviços Partilhados para toda a Administração Pública, importa também fazê-la acompanhada de iniciativas sectoriais. E a opção de promover também estruturas sectoriais justifica-se, por exemplo, na Saúde na área das compras em que há aqui claramente um volume de trabalho e uma especificidade própria que justifica em muito a criação de uma estrutura de Agrupamento Complementar de Empresas, como o já criado e que se espera começar a ter actividade este ano. E justifica-se porque teremos sempre com prioridade a questão de controlo da despesa na área da Saúde, tendo de recorrer a muitas inovações para conseguir controlar na prática o crescimento da despesa em Saúde. E justifica-se ainda porque faz sentido acoplar as várias reformas em curso no modelo de prestação de cuidados de Saúde, reformas também no modelo de apoio de logística aos serviços de Saúde. Isto aliás não é uma originalidade portuguesa. Mais uma vez aqui a opção é olhar para aquilo que são as boas práticas internacionais e trazer para Portugal aquilo que já se passa noutros países. Não esperando que com Serviços Partilhados tudo se resolva (nem suponho que seja essa uma das recomendações do Relatório da Comissão da Sustentabilidade do Serviço Nacional de Saúde), mas sabendo que é também na área da gestão, que é comprando melhor, gerindo melhor os nossos recursos humanos, gerindo os nossos serviços financeiros com mais eficiência, que conseguimos também aí libertar recursos que podemos canalizar para a prestação de cuidados de Saúde. 4 Manuel Teixeira Presidente da Administração Central do Sistema de Saúde O que é que temos feito para que isso aconteça? Naturalmente incentivar os Conselhos de Administração dos Hospitais a prosseguir esta linha, incentivar também o SUCH a ser o berço destas iniciativas. Fazêmo-lo, e sempre o dissemos, de uma forma não imperativa, assumindo claramente que este tem de ser um projecto em que cada instituição tem que aderir de livre vontade, tem de estar convencida por si própria de que este é um bom projecto, é uma mudança na qual tem mais a ganhar do que a perder, criando responsabilidade nos gestores dos serviços partilhados que têm obrigatoriamente que mostrar serviço e mostrar a utilidade do seu trabalho. Parece-me que este é um modelo correcto, é um modelo mais exigente, mas é exactamente esse o caminho que temos de traçar. Provavelmente o processo será mais lento que aquele que seria se houvesse uma processo de decisão administrativa ou legislativa, mas o caminho será certamente mais seguro e de melhor qualidade, fazendo-o desta forma. Tenho algum pudor em assumir as projecções de poupança que sempre acompanham as apresentações normais dos Serviços Partilhados: de que vamos poupar não sei quantos milhões nas compras, vamos poupar mais não sei quantos milhões na gestão conjunta em termos de serviços financeiros. Deve haver, com efeito, objectivos muito concretos, mas esses objectivos concretos têm de ser assumidos naturalmente e com responsabilidade pelas administrações desses Serviços Partilhados. Por ora vale a pena começar a funcionar e depois garantir de facto essas poupanças e sermos capazes de quantificar essas poupanças. As perspectivas são favoráveis. A informação de que disponho é que em todos os outros sectores de actividade em que se adoptaram Serviços Partilhados, aquilo que se gerou de economia de poupança em Portugal foi superior às experiências homólogas realizadas noutros países. Portanto, espero que a Saúde seja mais uma confirmação dessa realidade, ou seja, quando nos dedicamos a uma nova actividade fazemos normalmente melhor que os outros. Painel 1 Aliás, o SUCH também já completou um processo de reestruturação interna que, gostava de salientar, foi realizado com profissionalismo e com rigor, e portanto o SUCH também se preparou para estes novos desafios. Temos assim neste momento estruturas internas no Ministério da Saúde, nos Hospitais e no SUCH a apostar neste desafio, temos parceiros da melhor qualidade como a Deloitte, a Capgemini e a Accenture, e portanto temos todas as condições para que este processo corra bem e tenha bons resultados. Mas vale a pena não esquecer que este é um processo difícil porque é um processo de mudança e é um processo de mudança que envolve pessoas. Como todos os processos de mudança não é fácil e vale a pena fazê-lo não de uma forma apressada, mas de uma forma eventualmente mais lenta do que aquilo que seria possível, mas de uma forma segura que garanta de facto processos de qualidade e que não defraudem as expectativas. E as expectativas estão altas, porque o Serviço Nacional de Saúde conseguiu no ano passado, pela primeira vez na sua história, apresentar contas equilibradas. É nesse contexto que agora estamos a ser ainda mais exigentes e queremos fazer ainda melhor. Queremos fazer melhor num contexto em que estamos em movimentos de concentração mas também em movimentos de desconcentração, de proximidade. Vale a pena não perder de vista que as questões essenciais no Ministério da Saúde são a Reforma dos Cuidados de Saúde Primários: criar as Unidades de Saúde Familiares mais próximas das pessoas, instalar a Rede Cuidados Continuados, transformar pequenos hospitais e criar novos hospitais numa lógica de proximidade, hospitais mais ágeis, sem internamento ou pelo menos pouco dependentes do internamento, hospitais que estejam de facto próximos das pessoas, que permitam naturalmente concentração e racionalização de outros meios. A lógica dos Serviços Partilhados insere-se claramente neste movimento de concentração e isto também tem de ser gerido com rigor e com prudência. Isto é, em simultâneo, temos de aproximar os cuidados e os serviços das pessoas, mas também ter movimentos de concentração onde isso se adequa. Penso que é uma prática certa, mas é um movimento, são reformas a par que têm uma gestão que por vezes não será fácil certamente e temos de o fazer com o máximo cuidado. Aliás, com a importância que este projecto tem não pode falhar. O projecto de criação dos Agrupamentos de Centros de Saúde, por exemplo, vem completar, continuar a reforma dos Cuidados de Saúde Primários, consolidando também ao nível da gestão a reforma das Unidades de Saúde Familiares. Esse modelo prevê já a existência de serviços partilhados, ou seja, algo que é criado de novo assenta em que os serviços partilhados têm de funcionar para dar apoio à gestão dessas novas instituições. Estamos pois com expectativas fortes e elevadas, com uma missão de risco certamente, mas que eu penso que tem todas as condições para dar certo e correr bem. *Texto transcrito e adaptado a partir da intervenção oral 5 Serviços Partilhados O Estado da Arte em Portugal Painel 2 Seminário Experiências e Resultados de Serviços Partilhados em Portugal Moderador: Graça Bessone, Vogal do Conselho de Administração do SUCH Serviços Partilhados - Conceito, Aplicabilidade e Experiências Vividas Mário Campino Silva, Senior Manager da Accenture Um caso prático de Serviços Partilhados no Sector da Saúde Luís Drummond Borges, CEO da Advance Care Solvay 3S: An International Experience - First Successful Steps Thierry Henaut, Director de Recursos Humanos da 3S Solvay Shared Services Desafios do Business Process Outsourcing Miguel Moreira, Presidente da Comissão Executiva da PT PRO Desenvolvimento de RH em Portugal - Serviços Partilhados e Outsourcing Rui Filipe Alves, Executive Principal da Capgemini 7 Painel 2 Serviços Partilhados - Conceito, Aplicabilidade e Experiências Vividas Mário Campino Silva_Senior Manager da Accenture 8 Painel 2 Serviços Partilhados - Conceito, Aplicabilidade e Experiências Vividas Mário Campino Silva_Senior Manager da Accenture Curriculum Vitae_Mário Campino e Silva Mário Campino e Silva, Senior Manager da Accenture, licenciou-se em Gestão de Empresas pela Universidade da Beira Interior, com especialização em Finance & Performance Management. Possui um MBA pela Escola de Gestão do Porto/Universidade do Porto (2004/2005). Como formação complementar há a referir a Semana Internacional de Negócio, IE (Instituto de Empresa Business School), em Madrid (7/2005) e o Programa de Desenvolvimento Comercial “Go-To-Market 2006”, Universidade Lassale (Argentina), em Lisboa (10/2006). Na sua Nota Curricular destaca-se a Participação em projectos de reestruturação/reorganização em grandes empresas, nomeadamente na Soares da Costa (Serviços Partilhados), Logoplaste (“Corporate Treasury”), Mota-Engil (Serviços Partilhados), Lactogal (Plano Estratégico de TI), Somague (Reorganização e Informação de Gestão), Vista Alegre Atlantis (Reorganização) e Farbeira (Plano Estratégico). 9 Painel 2 Um caso prático de Serviços Partilhados no Sector da Saúde Luís Drummond Borges_CEO da Advance Care 10 Painel 2 Um caso prático de Serviços Partilhados no Sector da Saúde Luís Drummond Borges_CEO da Advance Care 11 Um caso prático de Serviços Partilhados no Sector da Saúde Luís Drummond Borges_CEO da Advance Care Painel 2 Curriculum Vitae_Luís Drummond Borges 12 Luís Drummond Borges, Director Geral Advance Care – Gestão de Serviços de Saúde, S.A desde 2003, é licenciado em Organização e Gestão de Empresas, pelo Instituto Superior das Ciências do Trabalho e Empresa, e participou no PAGESF – Programa Avançado para Gestores da Área Financeira – da Universidade Católica Portuguesa. Complementou a sua formação com um CEO Training Program United Health Group Services and Products, United HealthCare, USA (2006) e o New International CEO Training Program, United HealthCare, USA (2004). Entre 1994 e 2003 ocupou o cargo de Lead Senior Manager na Divisão de Serviços Financeiros da Accenture. Painel 2 Solvay 3S: An International Experience - First Successful Steps Thierry Henaut_Director Recursos Humanos e Comunicação 3S Solvay Shared Services 13 Painel 2 Solvay 3S: An International Experience - First Successful Steps Thierry Henaut_Director Recursos Humanos e Comunicação 3S Solvay Shared Services 14 Painel 2 Solvay 3S: An International Experience - First Successful Steps Thierry Henaut_Director Recursos Humanos e Comunicação 3S Solvay Shared Services Curriculum Vitae_Thierry Henaut Thierry Henaut, Director de Recursos Humanos e Comunicação da 3S Solvay Shared Services em Lisboa, é formado em Ciências Económicas e Financeiras pelas Facultés Universitaires Catholiques Mons (Fucam) e é mestre em Company Management (1978) pela Vlerick Management School. Possui várias formações internas no grupo Solvay, direccionadas para a liderança. Desde 2005 em Portugal, trabalha desde 1986 no grupo Solvay, onde, entre 1999 e 2005, foi Finance & Administration Manager na Alkor Draka SA (1999-2005). Antes de ingressar no grupo Solvay, trabalhou na Verlipack SA, na Altacel e no Paribas Bank. O seu percurso profissional teve início em 1979 como Trainee no General Bank. 15 Painel 2 Desafios do Business Process Outsourcing Miguel Moreira_Presidente da Comissão Executiva da PT PRO 16 Painel 2 Desafios do Business Process Outsourcing Miguel Moreira_Presidente da Comissão Executiva da PT PRO 17 Painel 2 Desafios do Business Process Outsourcing Miguel Moreira_Presidente da Comissão Executiva da PT PRO 18 Desafios do Business Process Outsourcing Miguel Moreira_Presidente da Comissão Executiva da PT PRO Curriculum Vitae_Miguel Moreira Como experiência profissional anterior, foi durante 14 anos consultor na Andersen Consulting e Price Waterhouse Coopers, em Portugal, e quatro anos em Espanha, tendo iniciado a carreira em Engenharia Industrial na General Motors, onde trabalhou cinco anos. Painel 2 Miguel Moreira, Presidente da Comissão Executiva da PT PRO, empresa de serviços partilhados do Grupo Portugal Telecom, é formado em Engenharia Mecânica. 19 Painel 2 Desenvolvimento de RH em Portugal - Serviços Partilhados e Outsourcing Rui Filipe Alves_Executive Principal da Capgemini 20 Painel 2 Desenvolvimento de RH em Portugal - Serviços Partilhados e Outsourcing Rui Filipe Alves_Executive Principal da Capgemini Curriculum Vitae_Rui Filipe Alves Rui Filipe Alves, Executive Principal da Capgemini Portugal desde 2006, é licenciado em Economia pela Universidade Nova de Lisboa (1990) e concluiu o Programa de Gestão para Executivos do Insead, Singapura/França (2006). Relativamente ao seu percurso profissional, é Consultor na Capgemini desde 2001, integrado na Unidade de Consultoria de Estratégia de Alta Direcção, onde esteve responsável pelos sectores de Transportes, Trade e Turismo, e pela oferta de Strategic Outsourcing. Actualmente gere a Unidade de Transformation Consulting. Anteriormente, trabalhou na Mercer Managament Consulting (1994-2001), tendo integrado equipas internacionais em Espanha, França e Inglaterra. Do seu currículo há ainda a destacar a coordenação da equipa multidisciplinar responsável pelo diagnóstico e desenho do modelo de serviços partilhados a implementar pelo SUCH na área de gestão de Recursos Humanos. 21 Serviços Partilhados O Estado da Arte em Portugal Painel 3 Seminário Compras Partilhadas Moderador: Paula Nanita, Presidente do Conselho de Administração do SUCH Etapas na Constituição de uma USP - MDados como um Caso de Sucesso Jorge Quintas, Administrador Delegado da MDados - Grupo José de Mello Como Aumentar as Sinergias nas Compras do Grupo EDP Luís Ferreira, Director de Compras da EDP O Projecto de Compras Partilhadas na Administração Pública Francisco Velez Roxo, Presidente do Conselho de Adminstração da Agência Nacional de Compras Públicas, E.P.E. ACE Compras Partilhadas em Saúde Luís Pedroso de Lima, Presidente do ACE e Vice-Presidente do SUCH Compras Partilhadas: Caminhos Percorridos pelo NHS Mario Varela, Director of Procurement and e-Commerce, Barts and The London - NHS, UK Comentadores Marcelo Reis, Senior Manager da Deloitte Manuel Teixeira, Presidente da Administração Central do Sistema de Saúde 23 Painel 3 Etapas na Constituição de uma USP - Mdados como um Caso de Sucesso Jorge Quintas_Administrador Delegado da MDados - Grupo José de Mello 24 Painel 3 Etapas na Constituição de uma USP - Mdados como um Caso de Sucesso Jorge Quintas_Administrador Delegado da MDados - Grupo José de Mello 25 Etapas na Constituição de uma USP - Mdados como um Caso de Sucesso Jorge Quintas_Administrador Delegado da MDados - Grupo José de Mello Painel 3 Curriculum Vitae_Jorge Quintas 26 Jorge Quintas, Administrador Delegado da MDados - Central de Negociação do Grupo José de Mello desde 2000, é licenciado em Direito pela Faculdade de Direito de Lisboa (1981). Frequentou a componente escolar do Mestrado em Jurídico-Económicas da Faculdade de Direito de Lisboa (1989), sendo advogado especializado na área de Negociação e Contratos desde 1999 . Foi Assistente da Faculdade de Direito de Lisboa (1982/1999) nas áreas de Economia Política e Finanças Públicas, membro do Conselho Directivo da Faculdade de Direito e membro fundador da Faculdade de Direito de Bissau. Exerceu vários cargos de direcção na Lisnave Internacional (1997/1999), foi Secretário Executivo do Comité África do Grupo José de Mello (1996/1999), Director do Banco Mello de Investimentos (1996/1997), Adjunto do Secretário de Estado do Orçamento (Junho de 1988 a Dezembro de 1989) e Assistente no Instituto Superior de Gestão nas áreas da Fiscalidade e do Direito Económico (1983/1988). Painel 3 Como Aumentar as Sinergias nas Compras do Grupo EDP Luís Ferreira_Director de Compras da EDP 27 Painel 3 Como Aumentar as Sinergias nas Compras do Grupo EDP Luís Ferreira_Director de Compras da EDP Curriculum Vitae_Luís Ferreira Luís Marques Ferreira, Director de Compras do Grupo EDP, é formado em Engenharia e Gestão da Produção, e possui uma Pós - Graduação em Gestão de Negócios na Internet (e-Commerce). No seu percurso profissional, foi Adjunto do Conselho de Administração da EDP Valor, General Purchasing & Logistics Director, da Volkswagen – AutoEuropa, Director de Logística de NPM, tendo também participado nos processos de centralização de compras e inventários no Grupo VW, Bentley, Audi, Skoda, Seat, Lamborghini e Bugatti e exerceu ainda funções nas áreas de Compras e Gestão de Stocks na Ford Motor Company em Espanha, Alemanha e na Jaguar Motor Company em Inglaterra. 28 Painel 3 O Projecto de Compras Partilhadas na Administração Pública Francisco Velez Roxo_Presidente do Conselho de Administração da Agência Nacional de Compras Públicas, E.P.E 29 Painel 3 O Projecto de Compras Partilhadas na Administração Pública Francisco Velez Roxo_Presidente do Conselho de Administração da Agência Nacional de Compras Públicas, E.P.E 30 Painel 3 O Projecto de Compras Partilhadas na Administração Pública Francisco Velez Roxo_Presidente do Conselho de Administração da Agência Nacional de Compras Públicas, E.P.E Curriculum Vitae_Francisco Velez Roxo Francisco João Velez Roxo, Presidente do Conselho de Administração da Agência Nacional de Compras, E.P.E., é licenciado em Gestão de Empresas e Mestre em Comunicação Multimédia (UTL). Realizou formações complementares em Executive Education em várias Business Schools Nacionais e Internacionais (1978–2006) UCP, AESE, HEC, IMD, Columbia University, HBSchool. Nos últimos anos, foi Administrador Executivo das empresas da Rede SIBS (2001- 2006), Administrador Executivo da Empresa UNICRE (2002 e 2004), Administrador de Empresas no Grupo FIPAR: EASYSOFT, Software e Sistemas SA e EASYPHONE PORTUGAL - Software e Sistemas SA Lisboa, Altitude Software SA e Vertente Capital SA (1997-2001). Paralelamente, exerce a carreira de Docente na Universidade Católica Portuguesa a nível das licenciaturas e dos Programas Para Executivos e do Mestrado em Gestão de Projectos da Universidade Aberta / ISEL (desde 1995). É ainda autor da publicação “Servuction - A gestão Marketing de Empresas de Serviços”. 31 Painel 3 ACE Compras Partilhadas em Saúde Luís Pedroso de Lima_Presidente do ACE e Vice-Presidente do SUCH 32 Painel 3 ACE Compras Partilhadas em Saúde Luís Pedroso de Lima_Presidente do ACE e Vice-Presidente do SUCH 33 Painel 3 ACE Compras Partilhadas em Saúde Luís Pedroso de Lima_Presidente do ACE e Vice-Presidente do SUCH 34 Painel 3 ACE Compras Partilhadas em Saúde Luís Pedroso de Lima_Presidente do ACE e Vice-Presidente do SUCH 35 ACE Compras Partilhadas em Saúde Luís Pedroso de Lima_Presidente do ACE e Vice-Presidente do SUCH Curriculum Vitae_Luís Pedroso de Lima Painel 3 Luís Manuel Carvalho Pedroso de Lima, Vice-Presidente do Conselho de Administração do SUCH, é licenciado em Engenharia de Minas pela Universidade de Coimbra (1978). 36 Paralelamente, é Assistente convidado pela Universidade de Coimbra nas áreas de Economia Mineira, Planeamento e Gestão Mineira. No seu percurso profissional foi técnico da Direcção Geral Geologia e Minas, assumiu diversas funções de topo como Presidente do Conselho Directivo do Centro Regional da Segurança Social de Coimbra e Presidente da Comissão Instaladora da Administração Regional de Saúde de Coimbra. Foi Governador Civil de Coimbra (1991 - 1995), exerceu as funções de Administrador de várias instituições de Desenvolvimento Regional, e recentemente desempenhou as funções de Encarregado de Missão para os Hospitais SA. Painel 3 Compras Partilhadas: Caminhos Percorridos pelo NHS Mario Varela_Director of Procurement and e-commerce, Barts and The London - NHS, UK 37 Painel 3 Compras Partilhadas: Caminhos Percorridos pelo NHS Mario Varela_Director of Procurement and e-commerce, Barts and The London - NHS, UK 38 Painel 3 Compras Partilhadas: Caminhos Percorridos pelo NHS Mario Varela_Director of Procurement and e-commerce, Barts and The London - NHS, UK Curriculum Vitae_Mario Varela Mario Varela, Director of Procurement and e-Commerce do Barts and the London NHS Trust desde 2002, possui uma licenciatura em gestão (BA Business Management) pela London University (1980) e um Executive MBA pela Cranfield Business School (1998). Especializado em Procurement and Supply Chain Management, complementou a sua formação base com os cursos do Chartered Institute of Purchasing and Supply e Chartered Institute of Personnel and Development. Anteriormente foi Associate Director of Purchasing, NHS Purchasing and Supply Agency (2000-2002), e dirigiu um elevado número de programas transformacionais a nível da administração local, Correios, British Telecommunications, Ernst Young e do Serviço Nacional de Saúde Inglês. Da sua autoria é a publicação “Strategic Supply Management: A collection of mini case studies” com base nos mapas de Compras do Sistema Nacional de Saúde Inglês (programa de investigação com a University of Bath School of Management). 39 MarceloReis Reis Marcelo SeniorManager Managerda daDeloitte Deloitte Senior Assistimos a um conjunto vasto de intervenções, de oradores que demonstram que o conceito, quer de serviços partilhados, quer da centralização, nomeadamente no que se refere às compras, é um conceito que tem provas dadas e já está mais que provado no sector privado, começando a dar-se agora os primeiros passos na Administração Pública. Portanto, o SUCH mais uma vez teve uma atitude de estar na frente com a criação deste Agrupamento Complementar de Empresas [Compras Partilhadas em Saúde]. Painel 3 Acho pois que o conceito está provado, e no caso da Administração Pública é agora fundamental aplicá-lo. No âmbito das contas, e naquilo que foi mais referido no painel da tarde, é evidente que há muitas melhorias, há muitas poupanças, há muitos factores positivos a retirar da implementação do conceito. Mais, em diversos números está mais que provado que as poupanças são evidentes, todas na casa dos milhões de euros, muito para além, algumas delas, dos 10%. Queria-vos trazer alguns números específicos da Administração Pública, que são resultados reais que comprovam que, também aqui, embora estejamos a dar os primeiros passos, é possível admitir este nível de resultados. O primeiro número tem a ver com a poupança, num leque bastante alargado de categorias. Nos últimos anos, num projecto que temos estado a desenvolver para a Administração Pública, as poupanças têm andado numa ordem média dos 30% a 35%, o que é um número muito relevante. Há categorias que chegam aos 70%. Há portanto muito trabalho a fazer na aplicação do conceito na Administração Pública. Um outro indicador tem a ver com a actual estrutura da função de compras. Aqui, os exemplos ainda são mais gritantes, as poupanças são mais elevadas, a poupança média ronda os 50% e há casos, embora esporádicos, em que os custos são reduzidos para 1/4 e em casos específicos, até para 1/10. E isto obviamente acompanhado por uma melhoria da qualidade de serviços. E porque é exactamente na Administração Pública que o conceito ainda está muito inicial, queria só deixar aqui duas ou três notas, dois ou três factores críticos que hoje já foram amplamente referenciados nas várias apresentações mas, que nós, que somos da iniciativa privada e que trabalhamos como parceiros na implementação destes processos, não nos podemos cansar de frisar. O primeiro tem a ver com o aquilo que tipicamente se chama de comprometimento das chefias. Não basta pensar que se pode fazer e achar que se pode fazer, e decretar que se pode fazer, é preciso acompanhar no dia-a-dia e relembrar diariamente às estruturas médias e abaixo que há um comprometimento notório necessário. O segundo ponto tem a ver com – e mais uma vez, já amplamente divulgado hoje - com a gestão da mudança. Estes processos são feitos pelas pessoas e para as pessoas e, portanto, é fundamental ter capacidade de, no momento certo, acolher as preocupações, as necessidades das organizações. Não é um processo simples, nem é um processo fácil para as organizações. Sendo útil, são processos de intervenção, e recordo o que já foi dito aqui pelo Dr. Miguel Moreira quando referiu a questão dos primeiros 100 dias de governo: é preciso acompanhar e manter o processo em andamento, de forma a que não volte ao princípio. *Texto adaptado a partir de discurso oral 40 Manuel Teixeira Presidente da Administração Central do Sistema de Saúde De todas estas estimulantes apresentações, sai uma nota muito positiva. O potencial de poupança, através de Serviços Partilhados, é tão grande e tão generosamente substantivo que o meu trabalho está a ficar muito simplificado, se nós conseguirmos de facto estas condições. Pela exposição do Eng. Pedroso de Lima, e pelo conhecimento que eu tenho do processo, tenho imensa fé que o SUCH consiga de facto inovar aqui neste campo. Não existe razão objectiva para diferenças tão substantivas. A não ser que o mercado em Portugal, o mercado dos medicamentos, e do material de saúde, seja muito imperfeito. O facto de a maioria do mercado dos medicamentos ser um mercado de nicho, transforma-o num mercado muitíssimo pouco transparente, e se o comprador for pouco “inteligente”, ou estiver mal organizado, não responde de formaeficiente às condições que o mercado está de facto a viver. Sendo um mercado então por perspectiva tão imperfeito, e não existindo a gestão centralizada dos nossos contratos, então não há poder de negociação. Claro que mercado da saúde é demasiado complexo para podermos ter uma centralização absoluta. Os nossos organismos no sector da saúde e a metodologia de compra é, em certa medida, complexa, mas isso não justifica a situação actualmente existente. Daí que considero que as competências em que o SUCH se está a iniciar é notória e a precisar de todo o nosso apoio. Painel 3 Os exemplos em que se comparam os preços de determinados materiais clínicos em Portugal e em Inglaterra, são chocantes. Nesse aspecto, concordo com aquilo o Dr. Francisco Velez Roxo dizia, não estamos em circunstância de querer fazer, passa a haver aqui um principio da brevidade, obviamente, quer dizer a acção, e é sempre assim, sem pensamento incorporado a acção esmorece, mas pensamento nós temo-lo feito e agora é de facto necessária acção e a tal admissão ao erro, não ter horror ao erro, é inquestionável, terá mesmo de ser assim. Não ter também receio de que nas compras do Estado, nas compras da Administração Pública, um dos mitos poderá ser que, as compras públicas são exactamente idênticas às que as outras entidades fazem, não é assim de facto, mas em qualquer caso as boas práticas do sector, e do privado em particular em que as práticas são uma referência, saber em que posição estamos em relação a essas práticas é sempre bom, e tentar que o desalinhamento não seja absoluto é desejável. Termino este breve comentário como iniciei. Saio daqui muito mais feliz sabendo que a despesa pública que nós temos de fazer com os nossos doentes, a tendência é que decresça, eu penso que isto é absolutamente inevitável, a inovação tecnológica, tudo isto leva a que a despesa, que os serviços nacionais de saúde ou outras formas de organização da saúde fazem, tem tendência a decrescer, daí que tudo o que se possa poupar nos processos, que são ao fim ao cabo de backoffice também, seja absolutamente desejável, e se não o fizermos, se não conseguirmos efectivar essas poupanças é inqualificável, porque isso colocará em causa o próprio modelo de organização. *Texto adaptado a partir de discurso oral 41 Propriedade Serviço de Utilização Comum dos Hospitais Tiragem 700 exemplares Edição Junho de 2007 Impresso em papel reciclado