Terror Noturno - Ursinho Pimpão

Transcrição

Terror Noturno - Ursinho Pimpão
“TERROR NOTURNO NA INFÂNCIA”.
O terror noturno é um distúrbio do sono ou manifestação noturna, cujas principais
características são gritos, suor excessivo, respiração rápida, despertar abrupto, sendo que a criança pode
sentar-se na cama e de olhos bem abertos, sem reconhecer o adulto presente neste momento, e
semblante de medo durante a noite, iniciando-se durante a primeira parte do sono, tendo
aproximadamente a duração de até 30 minutos, sendo bem comum durante a infância, fase pré escolar, principalmente entre os 2 e 5 anos de idade.
Uma das suposições mais aceitas é que o terror noturno está relacionado com o
desenvolvimento do sistema nervoso central, o qual ainda não está totalmente amadurecido perante a
transição entre o sono e o despertar, ocasionando um “limbo” entre o dormir e o acordar, visto que
geralmente pais que falam à noite ou são sonâmbulos têm filhos com terror noturno.
Ao presenciar uma situação de “terror noturno”, o primeiro instinto do adulto é tentar acalmar
seu filho (a), mas é bem provável que tal ação não faça efeito, pois o mesmo está dormindo. Um passo
importante é ficar perto da criança, dando-lhe segurança e garantindo que não se machuque, visto que
muitos especialistas aconselham a não falar com a criança ou pegá-la no colo, pois isso pode prolongar
o episódio.
Assim, jamais tente acordar a criança, contribuindo para que os eventos se tornem mais
frequentes e prolongados, sendo que o mais adequado é não intervir e deixar que o momento de transe
cesse naturalmente e a criança volte a dormir o que pode acontecer após 15 ou 30minutos.
Os pais costumam apresentar-se “desesperados” em determinada situação, mas o importante é
acolher a criança sem fazer nada além de protegê-la conforme orientações anteriores, sabendo que
quando a mesma acordar nem ao menos lembrará do que aconteceu.
Deve-se incentivar a regularidade e os horários de dormir/despertar, evitando privação de sono.
Quanto maior a regularidade dos horários de dormir menor a frequência deste e outros distúrbios do
sono. Alimentos gordurosos, carnes, café, laticínios e outros alimentos de difícil digestão devem ser
evitados a noite.
Uma atenção especial precisa existir com crianças que também tem o hábito de caminhar
adormecidas, evitando a presença de obstáculos ou objetos perigosos no ambiente em que a mesma
pode vir a circular, como escadas, janelas, entre outros, tomando medidas para evitar acidentes.
Abaixo estão algumas perguntas importantes, cujas respostas esclarecerão muitas dúvidas
frequentes acerca do assunto:
PERGUNTAS FREQUENTES:
O TERROR NOTURNO ACONTECE COM QUE FREQUENCIA?
Varia bastante. Uma criança pode ter dois eventos em uma semana e ficar um mês sem
manifestar o problema. Outra pode ter episódio a cada dez dias. Não dá para precisar.
EXISTEM SITUAÇÕES QUE FAVORECEM AS CRISES?
É muito importante manter uma rotina adequada de sono para crianças com terror noturno. Isso
significa dormir cedo e no horário e reduzir a agitação antes do sono. Quando a criança chega agitada
de passeios e festas, o risco de apresentar eventos de terror noturno aumenta.
PROBLEMAS EMOCIONAIS PODEM PRECIPITAR O TERROR NOTURNO?
Sim, mas não é a regra. Diante de crises familiares, escola nova, chegada de um irmãozinho ou
outras mudanças importantes em sua vida, as crianças têm mais chances de sonhar do que de apresentar
terror noturno.
QUAL É A DIFERENÇA ENTRE TERROR NOTURNO E PESADELO?
Os sonhos acontecem durante o chamado sono R.E.M., ou rapid eye movement (movimento
rápido dos olhos), que se dá no fim da madrugada. Já o terror noturno ocorre na primeira metade da
noite, quando a pessoa ainda não atingiu o sono R.E.M. Muitas crianças acordam depois de um
pesadelo. No caso do terror noturno, a criança dificilmente acorda por conta própria. Além disso, as
pessoas se lembram dos sonhos ou pesadelos que tiveram, enquanto os que apresentam terror noturno
nunca fazem ideia do que se passou durante a noite.
HÁ CASOS CONSIDERADOS GRAVES?
Sim, porém são bastante raros. Existem crianças que tem dois ou três episódios por noite e
passam a apresentar sintomas de privação de sono. Durante o dia, elas têm febre, sonolência e irritação.
Também ficam mais vulneráveis a doenças. Nesse caso, é preciso procurar ajuda.
EXISTE CURA PARA O TERROR NOTURNO?
Não existe um tratamento específico, mas o terror noturno normalmente cessa quando a criança
atinge a adolescência. Às vezes, o problema desaparece antes.
HÁ ALGO QUE EU POSSA FAZER PARA EVITAR QUE O TERROR NOTURNO
ACONTEÇA?
Sim, há várias medidas que você pode tomar para diminuir a chance de seu filho sofrer dos
terrores noturnos. Em primeiro lugar, veja se ele está dormindo o suficiente. Crianças que ficam
cansadas demais têm mais tendência a passar por terrores noturnos.
Para fazer com que ele durma mais, prolongue a soneca da tarde, deixe-o dormir um pouco mais
de manhã ou então coloque-o na cama mais cedo à noite. E capriche no ritual da hora de dormir, para
ajudá-lo a se acalmar.
Os terrores noturnos costumam acontecer na primeira metade da noite. Por isso, uma estratégia,
se nada mais estiver funcionando, é dar uma leve acordada na criança de uma a duas horas depois de
ela ter adormecido (cerca de 15 minutos antes do horário em que as crises costumam acontecer). Com
isso, o padrão de sono é alterado e há a possibilidade de o episódio de terror noturno ser evitado.
REFERÊNCIAS:
http://brasil.babycenter.com/a3400227/terror-noturno#ixzz2LXfME5L9
http://pt.wikipedia.org/wiki/Terror_noturno
http://bebe.abril.com.br/materia/terror-noturno
Pesquisa realizada por Renata Dias dos Reiz
Coordenadora Escolar
Dicas dos profissionais do Ursinho Pimpão.
Na ocorrência do terror noturno, comunique os profissionais que trabalham com seu filho (a) na
escola, para que eles possam melhor compreender a criança durante este período, visto que algumas
alterações no comportamento dela podem ocorrer, como: irritabilidade, palidez e cansaço.
Evite comentar sobre este assunto com amigos e familiares na frente da criança, o que lhe
causará maior ansiedade.
Tenha muita paciência durante este período, não faça cobrança à criança para que ela durma
bem e não realize nenhum tipo de barganha: “se você dormir bem lhe darei um brinquedo”.
Durante o terror noturno, abrace a criança com calma, diga-lhe que ela ficará bem, que nada de
mal lhe acontecerá, pois ela é forte. Evite falar: “calma, a mãe está aqui, eu te protejo”, pois desta
forma você coloca o poder consigo e não com a criança como é feito na primeira sugestão de fala.
Evite levar a criança para o quarto do casal. Se necessário for, a mãe ou o pai devem
permanecer com ela em seu quarto até que se tranqüilize novamente.
Se possível for, converse com o pediatra ou psicólogo infantil para melhor auxiliar a família
durante este período.
Andrea Mara Bella Cruz.
Coordenadora Escolar

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