Informações sobre Influenzinum - H1N1 2016

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Informações sobre Influenzinum - H1N1 2016
Informações sobre Influenzinum - H1N1 2016
Escrito por Amarilys Cesar
Qua, 04 de Maio de 2016 19:49 - Última atualização Ter, 10 de Maio de 2016 23:38
Amarilys de Toledo Cesar,
farmacêutica homeopata,
doutora em Saúde Pública
[email protected]
A HNCristiano está disponibilizando a você o bioterápico Influenzinum H1N1 2016. Ele foi feito
a partir da Vacina contra a Gripe Influenza, da vacina tetravalente Fluarix Tetra, do laboratório
GlaxoSmithKline, que contém diversas cepas de vírus contra a gripe, inclusive H1N1.
Influenzinum é uma preparação dinamizada definida como bioterápico. Tanto o MANUAL DE
NORMAS TÉCNICAS DA ABFH quanto a FARMACOPEIA HOMEOPÁTICA BRASILEIRA
seguem a literatura francesa e definem bioterápicos como produtos não quimicamente
definidos (secreções, excreções patológicas ou não, certos produtos de origem microbiana,
alérgenos) que servem de matéria prima para as preparações bioterápicas de uso
homeopático. Nesta obra, o Influenzinum é descrito como obtido a partir de vacina antigripal do
Instituto Pasteur, sendo classificado como um bioterápico “Codex” (que são aqueles obtidos a
partir de soros, vacinas, toxinas ou anatoxinas, inscritos na Farmacopeia Francesa e
preparados por laboratórios especializados).
KAYNE, em seus livros Farmácia Homeopática e Prática Homeopática, como outros autores,
usa as definições nosódio e sarcódio, para isopáticos preparados a partir de material biológico
de origem patológica ou não patológica, respectivamente. Sarcódios são preparados a partir de
secreções corpóreas ou material sintético como culturas bacterianas. Tanto nosódios como
sarcódios seguem a lei da igualdade, não da semelhança.
Independente da classificação como bioterápico ou como sarcódio, o medicamento
Influenzinum é preparado a partir de vacinas antigripe, tradicionalmente fornecidas pelo
Instituto Pasteur, de Paris.
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JULIAN, em seu Tratado sobre Microimunoterapia Dinamizada, afirma que “é interessante
notar que o Instituto Pasteur prepara especialmente a mistura de vacinas para uso
homeopático
.”
Para verificar esta afirmativa, entramos em contato por e-mail com a Dra. Sylvie van der Werf,
chefe da Unidade de Genética Molecular de Vírus Respiratórios, e codiretora do Centro
Colaborador da OMS de Referência e de Pesquisa sobre o vírus da gripe e de outros vírus
respiratórios ( [email protected]). Sua resposta foi a seguinte:
“The Pasteur Institute is a research foundation and does not prepare any product to be
commercialized. I am sorry to say that I do not have any information about this product which is
not recognized in the scientific community as being part of the products with proven efficacy
against influenza ”.
Traduzindo:
“O Instituto Pasteur é uma fundação de pesquisa e não prepara qualquer produto para ser
comercializado. Lamento dizer que não tenho qualquer informação sobre este produto, que não
é reconhecido na comunidade científica como parte dos produtos com eficácia provada contra
a influenza ”.
Hoje há diversos outros fabricantes de vacinas. Provavelmente houve um mal entendido sobre
o que JULIAN escreveu, e na verdade, a homeopatia usa produtos, seja do Instituto Pasteur,
seja de outros fabricantes, para fazer as preparações específicas da homeopatia.
KAYNE afirma que nosódios e sarcódios são dados profilaticamente ou como tratamento, com
o objetivo de estimular a resposta imune, ainda que Dra. Anita Davies tenha mostrado não
haver aumento de anticorpos após administração oral de nosódio do vírus da influenza. Mesmo
assim, parece haver evidências consideráveis de que preparações contendo Influenzinum e
Bacillinum imunizam contra a influenza, em alguns pacientes.
KAYNE continua afirmando que é importante notar que “ ”. Mas Influenzinum tem sido usado
tanto profilaticamente quanto no tratamento da doença.
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JULIAN menciona o preparo de novos Influenzinuns, a cada ano, de acordo com a
epidemiologia da influenza. Conta que Pierre Schmidt preparou o nosódio de Influenza
espanhola, assim como outros autores também usaram Influenzinum, como Beeby, Nebel e
Demageat. Cartier teria dito que Nebel considerava Influenzinum como preventivo e curativo.
Clarke teria atribuído a ele uma possível ação abortiva. Wheeler teria tido sucesso com a
trigésima potência. Não há experimentação patogenética hahnemanniana, ainda que mencione
sintomas de gripe, obtidos por patogenesia clínica, como mal estar geral, com calafrio, dor de
cabeça, dores difusas. Rigidez geral. Hipertermia 39-40oC. Astenia e anorexia. Dor de cabeça
com olhos pesados, sensível ao movimento. Faringite, laringite. Hipotensão. Voz anasalada.
Bronquite, broncopneumonia, asma brônquica. Catarro, coriza, sinusite. Tosse seca dolorosa.
Conjuntivite. Otite. Dores reumáticas por tempo úmido e frio.
JULIAN indica para influenza, e como um bom francês, indica o uso de potências baixas, entre
4 e 9CH.
Sandra PERKO, em seu livro sobre o tratamento homeopático de gripes, cita Robin Murphy,
que afirma que Influenzinum, para muitos homeopatas, toma o lugar de Baptisia como
medicamento de rotina em epidemias. Pode ser dado nas potências 12CH ou 30CH. Já Trevor
Smith usa a potências 30CH e repete de hora em hora, em casos graves, com sintomas de
fraqueza, colapso, dores musculares e nas articulações, dor de garganta, catarro e tosse. Em
epidemia, este autor afirma que pode ser dado profilaticamente para proteger ou modificar o
curso da doença.
Em 2014 as médicas homeopatas e sanitaristas Célia BAROLLO e Sônia Regina Rocha
MIURA, produziram o texto Informe Técnico sobre as Vacinas contra Gripe Influenza H1N1 e
seus correspondentes Bioterápicos, disponibilizado para a comunidade homeopática no site do
CESAHO (Centro de Estudos Avançados em Homeopatia). Veja em http://www.cesaho.com.b
r/biblioteca_virtual/arquivos/arquivo_399_cesaho.pdf
A cada ano temos feito as matrizes de Influenzinum a partir da vacina da influenza H1N1,
possibilitando que Farmácia HN Cristiano possa manipular suas prescrições. Estas matrizes
estarão disponíveis a partir nas potências 12CH, 30CH, 200CH e 200FC inicialmente apenas
em glóbulos.
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Verificando as prescrições médicas que chegam a nossas farmácias, percebemos que a
posologia mais frequente é da potência 30CH, uma dose de 5 gotas por semana, como
preventivo. E mais frequentemente, até 3 doses diárias, no caso de sintomas de gripe
presentes. O chá de anis estrelado (Anisum stelatum, base do Tamiflu), pode ser utilizado,
assim como outros com finalidade de auxiliar na expectoração, por exemplo. Ele também está
disponível na forma de óleo essencial, puro ou como sinergia, como Defesa, da Terra Flor.
Escalda pés, mel, própolis, geleia real, escalda pés no caso de febre e congestão na cabeça,
também são recursos válidos que podem trazer alívio dos sintomas gerais.
Referências bibliográficas:
DAVIES, A., apud KAYNE, S. Clinical investigations into the action of potencies. British
Homeopathic Journal 60: 36-41, 1971
FARMACOPÉIA HOMEOPÁTICA BRASILEIRA, 2a. Edição, 199
JULIAN, O.A. Treatise on Dynamised Micro Immunotherapy. B.Jain, 1985.
KAYNE, Steven B. Homoepathic Pharmacy, an Introduction and Handbook. Churchill
Livingstone, 1997.
KAYNE, Steven B. Homeopathic Practice. Pharmaceutical Press, 2008.
MANUAL DE NORMAS TÉCNICAS da Associação Brasileira de Farmacêuticos Homeopatas,
4ª. Edição
PERKO, Sandra J. The Homeopathic Treatment of Influenza. Surviving Influenza Epidemics
and Pandemics. Past, Present and Future with Homeopathy. Special Bird Flu edition.
Benchmark Homeopathic Publications, San Antonio, 2005.
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