Formação e manejo de capineiras - Núcleo de Ensino e Estudos em

Transcrição

Formação e manejo de capineiras - Núcleo de Ensino e Estudos em
Universidade Federal do Ceará
Centro de Ciências Agrárias
Departamento de Zootecnia
Formação e manejo de capineiras
Magno José Duarte Cândido
[email protected]
Núcleo de Ensino e Estudos em
Forragicultura-NEEF/DZ/CCA/UFC
(www.neef.ufc.br)
Fortaleza – Ceará
28 de novembro de 2011
CONSIDERAÇÕES INICIAIS
Capineira: área cultivada com uma gramínea de alta produção, utilizada sob cortes,
podendo a gramínea ser fornecida verde picada no cocho imediatamente, ou então ser
fenada ou ensilada para utilização posterior, em épocas críticas.
Gramíneas comumente utilizadas:
Capim-elefante (Pennisetum purpureum);
Capim-guatemala (Tripsacum facciculatum)
Capim-imperial ou venezuela (Axonopus scoparius)
Cana-de-açúcar (Saccharum officinarum)
Nordeste: também capim-canarana, (Echinochloa..., Ex.: paulistinha)
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FORMAÇÃO DA CAPINEIRA
Principais características que uma gramínea deve ter para ser utilizada como capineira:
Bom valor nutritivo;
Alto potencial de produção de matéria seca;
Capim-elefante: até 80 t MS/ha x ano (445 t MV/ha x ano)
Normalmente: 20-30 t MS/ha x ano (85% no verão)
Boa resposta à adubação
Boa resposta à irrigação
Boa aceitabilidade
Alto vigor de rebrotação (recuperação rápida após o corte ou pastejo);
Facilidade de propagação;
Resistência a pragas e doenças;
Tolerância ao corte intenso;
PLANTIO
Escolha do local:
Proximidade do curral ou estábulo;
Topografia que facilite a colheita;
Terreno de boa fertilidade, com boa drenagem e não sujeito a geadas;
Nordeste: proximidade com fonte d’água para irrigação
Época:
No início das chuvas
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FORMAÇÃO DA CAPINEIRA (cont.)
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Fertilidade
Capim Elefante: responde bem à adubação
Calagem: elevar saturação de bases até 60% ou
Método do alumínio: Ca e Mg elevados até 2 meq/100 cm3
Adubação (supondo produtividade de 100 t MV/ha)
Textura
P2O5
(kg/ha)
N e K2O (kg/ha)
Arenosa
Média
Argilosa
(em cobertura)
50
75
100
100
Obs.1: as doses recomendadas referem-se a solos com textura arenosa com até 5,0 ppm
de P2O5 e para solos argilosos ou textura média, com até 3,0 ppm de P2O5.
Obs.2: as doses de 100 Kg de N e K2O/ha devem ser parceladas em duas aplicações, no
ano de formação da capineira.
Obs.3: aplicar 20-40 Kg S/ha x ano, quando os fertilizantes utilizados não fornecem essa
quantidade.
Adubação orgânica
30-40 ton/ha de esterco de curral, após calagem e aração.
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2. FATORES A SEREM OBSERVADOS NA FORMAÇÃO DA ÁREA
______________________________________________________________________
2.1. Importância da qualidade do solo
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2. FATORES A SEREM OBSERVADOS NA FORMAÇÃO DA ÁREA
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2.1. Importância da qualidade do solo
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2. FATORES A SEREM OBSERVADOS NA FORMAÇÃO DA ÁREA
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2.1. Importância da qualidade do solo
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2. FATORES A SEREM OBSERVADOS NA FORMAÇÃO DA ÁREA
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2.1. Importância da qualidade do solo
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2. FATORES A SEREM OBSERVADOS NA FORMAÇÃO DA ÁREA
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2.1. Importância da qualidade do solo
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2. FATORES A SEREM OBSERVADOS NA FORMAÇÃO DA ÁREA
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2.1. Importância da qualidade do solo
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2. FATORES A SEREM
OBSERVADOS NA FORMAÇÃO DA
ÁREA
2.1. Importância da qualidade do
solo
FORMAÇÃO DA CAPINEIRA (cont.)
ESCOLHA DA CULTIVAR
Rendimento forrageiro
Valor nutritivo
Disponibilidade de mudas
ESPAÇAMENTO DE PLANTIO
Sulcos:
Espaçamento: 80 - 100 cm entre linhas
Covas:
Espaçamento: 80 – 100 cm entre fileiras de covas
50 – 80 cm entre covas
PREPARO E COLOCAÇÃO DAS MUDAS
Mudas: plantas inteiras com 3 a 4 meses (~100 dias).
aparar as pontas e remover as folhas (se possível)
Quantidade: 3 a 4 t/ha
CRESCIMENTO, RENDIMENTO E VALOR NUTRITIVO
Gramínea cespitosa:
 Taxa de crescimento:
Viçosa (MG): 36 kg MS/ha x dia (outono)
131 kg MS/ha x dia (verão)
Alta capacidade de rebrotação após corte (descanso ≥ 30 dias)
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Escolha da área
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Desbravamento da área
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Limpeza das áreas
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Aração
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Aração e gradagem
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Cuidados com a área
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Sulcos para irrigação
Sistemas de irrigação
Plantio de sorgo, no NEEF
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Plantio de sorgo, no NEEF
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Plantio de sorgo, no NEEF
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FORMAÇÃO DA CAPINEIRA (cont.)
Figura - Detalhes do plantio de estacas dos capins elefante,
napier e cameron, em covas (ilustração de Guilherme
Azevedo, em Azevedo et al., 2005)
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FORMAÇÃO DA CAPINEIRA (cont.)
Figura - Plantio de estacas dos capins elefante,
napier e cameron, em sulcos (ilustração de Guilherme
Azevedo, em Azevedo et al., 2005)
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Plantio com mudas ou talos no sulco (capim-paraíso, no NEEF/DZ/CCA/UFC)
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Plantio com mudas ou talos no sulco (capim-paraíso, no NEEF/DZ/CCA/UFC)
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Plantio com mudas ou talos no sulco (capim-paraíso, no NEEF/DZ/CCA/UFC)
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Plantio com mudas ou talos no sulco (capim-paraíso, no NEEF/DZ/CCA/UFC)
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Plantio com mudas ou talos no sulco (capim-paraíso, no NEEF/DZ/CCA/UFC)
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Plantio com mudas ou talos no sulco (capim-paraíso, no NEEF/DZ/CCA/UFC)
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Plantio com mudas ou talos no sulco (capim-paraíso, no NEEF/DZ/CCA/UFC)
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Plantio com mudas ou talos no sulco (capim-paraíso, no NEEF/DZ/CCA/UFC)
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MANEJO DA CAPINEIRA
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A capineira deve ser manejada visando a:
1) à obtenção de altos rendimentos de forragem de satisfatório valor nutritivo
2) a uma melhor distribuição da produção forrageira durante o ano (conservação)
Deve-se observar para um bom manejo e aproveitamento da capineira:
Intervalo entre cortes
Altura de corte
Fórmulas e doses de adubação
Conveniência de irrigação na seca
Conservação sob a forma de silagem ou de feno
Interação entre altura e freqüência de corte
SANTANA (1989):
maior produção
corte baixo  12 semanas
ou
corte 15 - 30 cm  4 semanas
Recomendação:
GOMIDE (1994)  corte a 20 – 30 cm
Prática  corte rente ao solo
Idade ideal: 8 a 10 entre-nós verdadeiros maiores que 2,5 cm
IRRIGAÇÃO DE CAPINEIRAS
Escassez de resultados experimentais
Avaliação em condições de Nordeste  expectativa de manejo mais intensivo
MANEJO DA CAPINEIRA
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MANEJO DA CAPINEIRA
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MANEJO DA CAPINEIRA
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MANEJO DA CAPINEIRA
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Muito Obrigado!
Eu que
cheguei
primeiro!
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Primeiro
eu!
Não,
agora
sou eu!

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