serviço de pesquisa - SAMU 192 | Distrito Federal

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serviço de pesquisa - SAMU 192 | Distrito Federal
SERVIÇO DE ATENDIMENTO MÓVEL DE URGÊNCIA
DO DISTRITO FEDERAL
I- JORNADA CIENTÍFICA DO SAMU-DF
I- SEMINÁRIO DE PSICOLOGIA DAS EMERGÊNCIAS
V- SESSÃO CLÍNICO-CIENTÍFICA
13 e 14 de Abril de 2012
Brasília-DF
SERVIÇO DE PESQUISA
Brasília, Abril de 2012
SAMU192-DF
Anais da I-Jornada Científica do SAMU-DF
Serviço de Pesquisa
SERVIÇO DE ATENDIMENTO MÓVEL DE URGÊNCIA DO DISTRITO FEDERAL
SERVIÇO DE PESQUISA
I- JORNADA CIENTÍFICA DO SAMU-DF
I- SEMINÁRIO DE PSICOLOGIA DAS EMERGÊNCIAS
V- SESSÃO CLÍNICO-CIENTÍFICA
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SAMU192-DF
Anais da I-Jornada Científica do SAMU-DF
Serviço de Pesquisa
I- JORNADA CIENTÍFICA DO SAMU-DF
I- SEMINÁRIO DE PSICOLOGIA DAS EMERGÊNCIAS
V- SESSÃO CLÍNICO-CIENTÍFICA
I- JORNADA CIENTÍFICA DO SAMU-DF/ I- SEMINÁRIO DE PSICOLOGIA DAS EMERGÊNCIAS /
V- SESSÃO CLÍNICO-CIENTÍFICA DO SAMU-DF (V-SCC)
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p. 1-31
2012
SAMU192-DF
Anais da I-Jornada Científica do SAMU-DF
SUBSECRETARIA DE ATENÇAO A SAUDE
DIRETORIA DE ASSISTÊNCIA À URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS
SERVIÇO DE ATENDIMENTO MÓVEL DE URGÊNCIA
ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO
SERVIÇO DE PESQUISA
SERVIÇO DE PSICOLOGIA
SERVIÇO DE ATENDIMENTO MÓVEL DO DISTRITO FEDERAL
GERENTE DE APOIO
Rodrigo Caselli Belém
SERVIÇO DE PESQUISA
Glayson C M Verner
SERVIÇO DE PSICOLOGIA
Luciana Stoimenoff e Elaine Medina
NÚCLEO DE EDUCAÇÃO PERMANENTE
Márcio Melo
ASSESSORIA DE COMUNICAÇÀO
Míriam Machado de Oliveira
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Serviço de Pesquisa
SAMU192-DF
Anais da I-Jornada Científica do SAMU-DF
Serviço de Pesquisa
I- JORNADA CIENTÍFICA DO SAMU-DF
I- SEMINÁRIO DE PSICOLOGIA DAS EMERGÊNCIAS
V- SESSÃO CLÍNICO-CIENTÍFICA
“Pesquisa, Psicologia e Ética em Atendimento Pré-Hospitalar”
ORGANIZAÇÃO GERAL
Glayson C M Verner
Coordenação Geral
Míriam Machado de Oliveira
Organização
Luciana Stoimenoff e Elaine Medina
Coordenação I-Seminário de Psicologia das Emergências
Rodrigo Caselli Belém
Presidente de Honra
Claudia Auxiliadora Leão Sousa Navarro
Marco Antonio Alves Cunha
Everson da Cruz Queiroz
Comissão Científica
Serviço de Pesquisa
Serviço de Psicologia
Assessoria de Comunicação
Promoção
Núcleo de Educação Permanente do SAMU-DF
Parceria Institucional
Conselho Regional de Medicina do Distrito Federal
Câmara Legislativa do Distrito
Apoio
I-JORNADA CIENTÍFICA DO SAMU-DF /I- SEMINÁRIO DE PSICOLOGIA DAS EMERGÊNCIAS/V-SESSÃO CLÍNICOCIENTÍFICA DO SAMU-DF
( ANAIS)É uma publicação do Serviço de Pesquisa do SAMU-DF
SGAP Lote 6 Bloco G – Parque de Apoio da Secretaria de Saúde do Distrito Federal-SIA/DF
72.200-010 Telefone: (61).3361.4712.
www.samu192df.com.br
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SAMU192-DF
Anais da I-Jornada Científica do SAMU-DF
Serviço de Pesquisa
I- JORNADA CIENTÍFICA DO SAMU-DF
I- SEMINÁRIO DE PSICOLOGIA DAS EMERGÊNCIAS
V- SESSÃO CLÍNICO-CIENTÍFICA
“Pesquisa, Psicologia e Ética em Atendimento Pré-Hospitalar”
Anais do I- JORNADA CIENTÍFICA DO SAMU-DF / I- SEMINÁRIO DE PSICOLOGIA DAS
EMERGÊNCIAS/ V- SESSÃO CLÍNICO-CIENTÍFICA DO SAMU-DF
Organização/ Glayson Carlos Miranda Verner. Autor: VERNER, G.C,M. Revisão: Simonides Bacelar
Brasília: Serviço de Pesquisa do SAMU-DF, 2012.
31p.
1. Resumos de Trabalhos Científicos. I Título.
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SAMU192-DF
Anais da I-Jornada Científica do SAMU-DF
I- JORNADA CIENTÍFICA DO SAMU-DF
I- SEMINÁRIO DE PSICOLOGIA DAS EMERGÊNCIAS
V- SESSÃO CLÍNICO-CIENTÍFICA
“Pesquisa, Psicologia e Ética em Atendimento Pré-Hospitalar”
Comissão Organizadora
Glayson C M Verner
Míriam Machado de Oliveira
Rodrigo Caselli Belém
Luciana Stoimenoff
Elaine Medina
Comissão Científica
Claudia Auxiliadora Leão Sousa Navarro
Marco Antonio Alves Cunha
Everson da Cruz Queiroz.
Equipe de Apoio
Advaldo José de Carvalho
José Jocivaldo Veiga Uchoa
Monica Beatriz Ortolan Libardi
Sandra Nazaré Costa Monteiro
Tiago Silva Vaz
Suporte Logístico
(Serviço de Pesquisa do SAMU-DF/Assessoria de Comunicação do SAMU-DF)
Claudio Rogério Batista
Luciana Lima de Jesus
Valdeni Roque dos Santos
Zelinda Torri
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Serviço de Pesquisa
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Anais da I-Jornada Científica do SAMU-DF
Serviço de Pesquisa
I- JORNADA CIENTÍFICA DO SAMU-DF
I- SEMINÁRIO DE PSICOLOGIA DAS EMERGÊNCIAS
V- SESSÃO CLÍNICO-CIENTÍFICA
“Pesquisa, Psicologia e Ética em Atendimento Pré-Hospitalar”
APRESENTAÇÃO
“Comece fazendo o que é necessário,
depois, o que é possível,
e de repente você estará fazendo o impossível”
São Francisco de Assis.
Grandes são os desafios enfrentados no dia-a-dia do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência do
Distrito Federal (SAMU-DF). Em 2012, não seria diferente.
Com pouco mais de sete anos de existência do Serviço, tão grandes quanto os desafios surgidos
foram as realizações, como as ocorridas com a recém criação de seus Serviço de Pesquisa e Serviço de
Psicologia. Embora tenros, mas contando com destemidos líderes, esses, juntos com a Assessoria de
Comunicação do SAMU-DF (ASCOM), aceitaram o grande desafio proposto para o ano, qual seja, o de
“organizar, em Brasília, o maior Encontro Científico regional na área de APH”.
Então, em 13 e 14 de abril deste, nas dependências da Câmara Legislativa do Distrito Federal,
432 desbravadores (348 da área de APH e 84 da área de PSICOLOGIA) oriundos de variadas partes do
país, representando diversas Instituições ligadas ao APH de urgências, encontrara-se para promoverem
aquele que seria o primeiro grande encontro científico do SAMU-DF.
Muitos Samuzeiros, outros
Bombeiros, e, ainda, membros de Ligas Acadêmicas de Medicina, profissionais da Psicologia, do
Serviço Social e de outras áreas afins, todos ávidos de crescimento profissional.
Agregando três grandes frentes, a I Jornada Científica do SAMU-DF, o I Seminário de Psicologia
das Emergências e a V- Sessão Clínico-Científica, o Encontro teve como objetivo colocar em discussão os
mais hodiernos desafiadores temas em APH de urgências e divulgar o atual estágio da produção científica do
SAMU-DF. Para tanto, construiu-se uma elaborada e diversificada programação para os dois dias. As
diversas e empolgantes Palestras e Mesas Redondas, contaram com pelo menos 15 renomados
palestrantes. A V- Sessão Clínico-Científica, pioneiro e premiado programa de educação técnico-científica
continuada do SAMU-DF, onde os participantes discutem à luz da Medicina Baseada em Evidências casos
concretos de APH do Serviço, desenvolveu um envolvente debate em torno de um atendimento aeromédico
a uma vítima de Trauma.
Reforçando, ainda, o papel do SAMU-DF na Pesquisa, foi promovida uma
concorrida Sessão de Temas Livres, onde 13 valorosos trabalhos científicos foram apresentados por
acadêmicos de medicina, médicos residentes e por profissionais de saúde do APH. Alhures, a Jornada foi,
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ainda, agraciada pelo encontro de profissionais de Psicologia, que demonstraram todo seu inovador
empreendedorismo em APH no seu I-Seminário de Psicologia de Emergências.
Atento aos cenários presente e vindouro e ao peso do atributo referencial, o SAMU-DF, com o Evento,
lançou-se definitivamente no desafiador campo de discussão das implicações Bioéticas envolvendo o APH
de emergências, o que exigiu que todo o temário do encontro fosse desenvolvido sobre essa égide, inédita e
inovadora nas mesas de discussão no segmento. Não menos desafiador, discutiu-se o papel da Pesquisa na
Urgência. Sabe-se o quanto é difícil produzir Pesquisa nesta área, mais ainda quando se procuram respostas
aos desafios que são impostos no ambiente extra-hospitalar (APH). Afligem-nos, além da escassez de
recursos, os dilemas éticos e o papel das novas tecnologias, entre outros.
Mas a que ponto progredimos? Até onde poderemos, ainda, chegar?
Talvéz, essas foram algumas das interrogações que obtiveram respostas no Encontro.
Certamente, que:
ampliaram-se, ainda mais, nossas visões (impactos hodiernos e no porvir) sobre as
Biotecnologias (novas e em desenvolvimento) em uso no peculiar ambiente do APH;
compreenderam-se melhor o amplo espectro da Telemedicina, alicerce do sistema;
de forma inédita, o tema “farmacovigilância e terapêutica medicamentosa extra-hospitalar direta ou por telemedicina’, “aflorado” no Serviço, consolidou-se como campo para novos
estudos;
compreenderam-se melhor os desafios que se apresentam aos Serviços que zelam pela
excelência de suas condutas quando as querem promover a partir de uma base científica, sob
o bojo da Pesquisa;
que foram colocados em cheque, diante da verdadeira concepção que os Protocolos devem
ter, os arraigados e “transliterados pseudoprotocolos de atendimento”, portentos de muitos
serviços;
não menos importante, percebeu-se que o quanto é difícil promover Pesquisa em cenário de
Emergência, e quão grande desafio é praticá-la no “caos” dos desastres ou em situação de
eventos envolvendo grandes multidões;
ao final de tudo, permitiu-se confrontar tudo o que visto, que foi discutido, que se aprendeu,
que, talvéz acredite-se ( até aqui) ter se construído como panaceia ao APH...... com o cenário
real experienciado no caso concreto da “tribulação do Haiti”.
Por fim, resta nos apresentar esta obra, que além de documentar as várias circunstâncias envolvendo o
desenvolvimento e os resultados da I-Jornada Científica do SAMU-DF, publica a produção científica da
Sessão de Temas Livres do Evento. Os resumos constantes na publicação, em sua maior parte tiveram sua
origem em trabalhos desenvolvidos dentro do SAMU-DF, realizados por alunos do Serviço de Pesquisa e
da Faculdade de Medicina da Faciplac-DF e por Residentes do Centro de Ensino e Treinamento
SBA/MEC em Anestesiologia do Hospital Regional do Gama-DF, que se reuniram para divulgar suas
pesquisas individuais e/ou coletivas. Por esta razão, pode-se dizer que os resumos aqui apresentados
refletem boa parte das atividades de pesquisa realizadas e em desenvolvimento no SAMU-DF. A
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incorporação dessa sessão à Jornada teve, entre outras finalidades, divulgar esses trabalhos de pesquisa;
proporcionar troca de informações e experiências entre os presentes; incentivar e estimular o
desenvolvimento da vocações para os campos da ciência e tecnologia; aprimorar o processo de formação de
profissionais para atuação nos diversos setores da sociedade; contribuir para a realização de novas
pesquisas; e, ainda instigar profissionais do APH e afins a se engajarem no processo da incipiente (no país)
investigação científica na área de urgência.
Destacando o esforço pessoal de cada um em contribuir, sem medir esforços, para este grande
momento do APH em nosso país, agradecemos a todos que foram nossas companhias nesses dias na Bela
Capital. Muito obrigado aos que fizeram parte desse Conhecimento, que ajudaram a construir uma parte da
história do APH do país. Sem dúvida, tudo o que vivemos foi uma experiência grandiosa e desafiadora.
Uma agradável leitura!
Glayson Verner
Coordenador da I-Jornada Cientítica do SAMU-DF
Brasília, abril de 2012.
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I- JORNADA CIENTÍFICA DO SAMU-DF
I- SEMINÁRIO DE PSICOLOGIA DAS EMERGÊNCIAS
V- SESSÃO CLÍNICO-CIENTÍFICA
“Pesquisa, Psicologia e Ética em Atendimento Pré-Hospitalar”
Data: 13 e 14 de Abril de 2012
PROGRAMAÇÃO
Sexta-Feira - 13/04/2012
Credenciamento (17-19h)
Abertura
19h Palestra: “Bioética e Emergências”
Palestrante: Dr. Roberto Luiz d’Avila – Presidente do Conselho Federal de Medicina
Sábado - 14/04/2012
Manhã
08h: “Café da Manhã com o SAMU-DF” – Recepção
V - Sessão Clínico-Científica (V-SCC)
08h30: Tema:: “Abordagem do Paciente Traumatizado no APH- Desafios Emergentes”
Preletores: Monica Libaradi
Coordenador: Glayson Verner
Debatedores: Luciano Fares e Rodrigo Caselli
I-Seminário de Psicologia das Emergências
8h30: Palestra: “Importância da capacitação dos servidores do SAMU e SES-DF para atendimento em
Emergências e Crises Psiquiátricas”
Palestrantes: Luciana Stoimenoff e Elaine Medina - Psicólogas - SAMU DF.
09h-11h30: Painéis:
“Intervenção em crise - Atendimento de Emergências Psiquiátricas”
Ricardo Alves: “ Crises Psicóticas e de Ansiedade”- CAPS II, Paranoá –DF.
Ademário Britto: “Abuso de Álcool e outras drogas”- CAPS AD, Santa Maria –DF.
Beatriz Montenegro: “Suicídio”- GESAM - Núcleo de Prevenção ao Suicídio.
11h30 - 12h30: Debate:
“Desafios e Possibilidades do Trabalho em Rede”
Moderadores: Luciana Stoimenoff e Elaine Medina - Psicólogas do SAMU DF.
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Serviço de Pesquisa
Apresentação de Temas Livres
12h: Sessão de Temas Livres: Apresentação Oral
13h: Sessão de Temas Livres: Apresentação de Pôsteres
Sábado - 14/04/2012
Tarde
14h: Primeira Mesa redonda – “Bioética no contexto dos Serviços de Atendimento Pré-Hospitalar
Móvel de Urgência – Desafios Emergentes”
Palestrantes
Dra Rosangela Simões Gondim: “Telemedicina” (20’) – Hospital Sírio Libanês
Dr. Adson Rocha: ”Biotecnologias” (20’) – Sociedade Brasileira de Engenharia Biomédica
Dr. Carlos Vidotti: “Farmacovigilância no APH” (20’) – UNIPLAC-DF
15h45 Intervalo
16h: Segunda Mesa redonda – “Pesquisa e Serviços de Atendimento Pré-Hospitalar Móvel de
Urgência – Desafios Emergentes”
Palestrantes
Dr. Maurício Gomes Pereira: “Panorama da Pesquisa em APH” (20’) - UnB
Dr. Simônides Bacelar: “Diretrizes e Protocolos” (20’) – CEP-Uniplac-DF
Dr. L.H.Hargreaves: “Contribuição da Pesquisa em APH aos Grandes Eventos” (20’) Ministério
da Saúde
Dr. Paulo Guimarães: “Haiti além da Dor- Teste ao APH?” (20’) – Membro da MINUSTAH
18h – Premiação dos Temas Livres
Encerramento
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Serviço de Pesquisa
I- JORNADA CIENTÍFICA DO SAMU-DF
I- SEMINÁRIO DE PSICOLOGIA DAS EMERGÊNCIAS
V- SESSÃO CLÍNICO-CIENTÍFICA
“Pesquisa, Psicologia e Ética em Atendimento Pré-Hospitalar”
REGULAMENTO PARA SUBMISSÃO DE TRABALHOS
CIENTÍFICOS
(TEMAS LIVRES)
O processo de submissão, inscrição e aceite de um Tema Livre (TL) à I JORNADA CIENTÍFICA DO
SAMU-DF/ I SEMINÁRIO DE PSICOLOGIA EM EMERGÊNCIAS/ V SESSÃO CLÍNICO-CIENTÍFICA será
feito exclusivamente online, por meio do site www.samu192df.com.br.
Antes de enviar o TL, é necessário ler com atenção as normas abaixo.
1 – PRAZOS
1. As inscrições ao certame estarão abertas do dia 25 de fevereiro de 2012 ao dia 10 de abril de 2012 (às
24h; horário de Brasília).
2 – SUBMISSÃO DO TEMA LIVRE
2.1 O Tema Livre (TL) deverá ser enviado no período acima descrito. Após seu envio, seguirá uma
mensagem eletrônica confirmando o recebimento.
2.2 Somente serão analisados pela Comissão Científica (CC) os TL’s que respeitarem as normas abaixo:
a) O resumo deve ser redigido na padronização disponibilizada na Ficha de Inscrição On-line;
b) Baseado em um mesmo trabalho de investigação, não poderão ser inscritos mais de um TL;
c) O título deve ser conciso, claro e sem abreviaturas para facilitar a classificação;
d) Os autores devem ser mencionados com o nome completo. São permitidos no máximo seis autores para
cada tema livre;
e) Origem do TL: informar local (serviço, cidade e estado) onde ele foi desenvolvido;
g) No corpo do TL, onde constarão no máximo 3000 caracteres, recomenda-se estarem presentes:
I- Introdução: compreende definição de termos, breve histórico, importância do relato do caso
(raridade da doença, por exemplo).
II- Objetivo: parte inicial do resumo, onde deve-se expor a finalidade e os objetivos da pesquisa e
outros elementos que situa o leitor no texto.
III- Método: descrever a amostra estudada, com ênfase nos aspectos fundamentais ao
desenvolvimento do trabalho, bem como os métodos escolhidos para a coleta dos dados e as
intervenções realizadas, quando pertinentes. Preconizam-se o uso do Sistema Internacional de
Unidades (SI) e citar o(s) teste(s) estatístico(s) e o valor de “P” utilizados, quando for o caso.
IV- Discussão e conclusões: incluir uma breve interpretação dos achados que respondam aos
objetivos do trabalho e qualquer conclusão que possa ser retirada deles.
V- Referências bibliográficas: restrita a cinco citações, no máximo. Respeitar norma de Vancouver.
h) Poderão ser remetidos imagens (fotos, gráficos e tabelas) junto com o TL.
3 – AVALIAÇÃO DO TEMA LIVRE
A avaliação dos TL’s se dará em duas etapas:
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Serviço de Pesquisa
3.1 Avaliação inicial: todos os trabalhos recebidos que estiverem de acordo com este regulamento serão
avaliados pela CC.
3.1.1 Após as avaliações dos TL’s, a CC notificará os inscritos, que tiveram seus trabalhos aprovados, do
local, data, hora e formato da apresentação.
3.1.2 Serão selecionados cinco trabalhos para apresentação oral. Os demais serão apresentados no
formato de pôster eletrônico.
3.2 Avaliação final: a apresentação dos TL’s, por ocasião do evento, será avaliada por uma Comissão
Julgadora dos Temas Livres (CJTL).
3.2.1 Para a apresentação oral, utilizando recursos do Microsoft Office PowerPoint, serão disponibilizados
10 (dez minutos), seguidos de três minutos de discussão.
3.2.2 Para a apresentação no formato pôster eletrônico, o apresentador projetará uma única lâmina de slide
para discussões junto à CJTL.
3.2.3 A apresentação oral poderá ser realizada por qualquer um dos autores do TL.
4 – CLASSIFICAÇÃO DOS TEMAS LIVRES POR ÁREAS
4.1. O autor deverá indicar, dentre as áreas listadas abaixo, no ato do encaminhamento do TL, a área
temática de seu trabalho. A critério da CC, o TL poderá ser realocado de área.
a- Gestão em Atendimento Pré-hospitalar (APH);
b- Educação e/ou Pesquisa e/ou Tecnologias em APH;
c- APH - Regulação Médica, Neonatal, Aeromédico, Motolância ou Bikelância;
d- Outros (APH afins; Área de Emergência não pertencente ao APH-móvel; Múltiplas áreas);
e- Psicologia em Emergências;
5 – DA CERTIFICAÇÃO E PREMIAÇÃO
5.1 Serão premiados os melhores TL’s em cada formato (Oral e Pôster Eletrônico);
5.2 Todos os TL’s apresentados receberão certificado de participação no evento.
6- NOTAS IMPORTANTES
6.1 Não serão permitidas, sob qualquer pretexto ou circunstâncias, alusões, agradecimentos ou referências
que possam caracterizar divulgação comercial de produtos, equipamentos, seus fabricantes e ou
distribuidores. Medicamentos devem ser citados pelo nome farmacológico e equipamentos pela referencial do
produto. Lembramos que, de acordo com Resolução 196/96, do Conselho Nacional de Saúde, as imagens a
serem publicadas não devem identificar o paciente.
6.2 Casos omissos serão decididos pela CC.
Brasília-DF, 01/02/2012.
Glayson C. M. Verner
Serviço de Pesquisa do SAMU-DF
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Serviço de Pesquisa
I- JORNADA CIENTÍFICA DO SAMU-DF
I- SEMINÁRIO DE PSICOLOGIA DAS EMERGÊNCIAS
V- SESSÃO CLÍNICO-CIENTÍFICA
“Pesquisa, Psicologia e Ética em Atendimento Pré-Hospitalar”
TEMAS LIVRES
SUMÁRIO
PIONEIRISMO NACIONAL DO SAMU-DF NO EMPREGO DA MASSAGEM CARDÍACA EXTERNA
AUTOMÁTICA UTILIZANDO O DISPOSITIVO AUTOPULSE®.......................................................................18
VERNER, G.C.M.; AMARAL, L.M.; ARAÚJO, R.N.; BELÉM, R.C.; LIBARDI, M.B.O.; MONTEIRO, S.N.C.
EMPREGO DA MASSAGEM CARDÍACA EXTERNA AUTOMÁTICA EM AMBULÂNCIA EM
MOVIMENTO.....................................................................................................................................................19
VERNER, G.C.M.; ARAÚJO, R.N.; AMARAL, L.M.; BELÉM, R.C.; LIBARDI, M.B.O.; VAZ, T.S.
EXPERIÊNCIA DA IMPLEMENTAÇÃO INTEGRADA ENTRE SERVIÇOS DE EMERGÊNCIA MÓVEL E
FIXO DO I-CURSO DE ATUALIZAÇÃO TÉCNICO-CIENTÍFICA EM MEDICINA DE EMERGÊNCIA DO
SAMU-DF (I-CATEME).....................................................................................................................................20
VERNER, G.C.M.; GARBERO, R.F.; BELÉM, R.C.; COSTA, R.D.; MONTEIRO, S.N.C.; LIBARDI, M.B.O.
EXPERIÊNCIA DA IMPLEMENTAÇÃO INTEGRADA SAMU-DF E POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL DO
SERVIÇO AEROMÉDICO DO DISTRITO FEDERAL ......................................................................................21
LIBARDI, M.B.O.; VERNER, G.C.M.; BELÉM, R.C.; MONTEIRO, S.N.C.; VAZ, T.S.; TORRI, Z.
TRANSPORTE AEROMÉDICO DE NEONATO PORTADOR DE CARDIOPATIA CONGÊNITA CIANÓTICA
UTILIZANDO O SISTEMA DE VENTILAÇÃO CONTINUOS FLOW REVIVER-CFR®....................................22
LIBARDI, M.B.O.; MONTEIRO, S.N.C.; SOUZA, M.F.; VERNER, G.C.M.; VAZ, T.S.; TORRI, Z.
ESTRATÉGIAS DE TRANSPORTE INTER-HOSPITALAR DE PACIENTES CRÍTICOS...............................23
VERNER, G.C.M.; SOUZA, D.O.; CHAVES, R.C.F; SOUZA, T.O.F; LIBARDI, M.B.O.; MONTEIRO, S.N.C.;
LIBARDI, M.B.O.
INSTABILIDADE HEMODINÂMICA DURANTE O TRANSPORTE INTER-HOSPITALAR DE PACIENTE
ACOMETIDO DE FIBRILAÇAO ATRIAL..........................................................................................................24
VERNER, G.C.M.; SOUZA, D.O.; CHAVES, R.C.F.; SOUZA, T.O.F.; GARBERO, R.F.; LIBARDI, M.B.O.
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Serviço de Pesquisa
I- JORNADA CIENTÍFICA DO SAMU-DF
I- SEMINÁRIO DE PSICOLOGIA DAS EMERGÊNCIAS
V- SESSÃO CLÍNICO-CIENTÍFICA
“Pesquisa, Psicologia e Ética em Atendimento Pré-Hospitalar”
TEMAS LIVRES
SUMÁRIO
TAQUIARRITMIAS VENTRICULARES NÃO-SUSTENTADAS DURANTE TRANSPORTE INTERHOSPITALAR DE PACIENTE ACOMETIDO DE BLOQUEIO ÁTRIO-VENTRICULAR
AGUDO..............................................................................................................................................................25
VERNER, G.C.M.; GARBERO, R.F.; MARIA, P.R.S.;LIBARDI, M.B.O.; ARAÚJO, R.N.; AMARAL, L.M.
BLOQUEIO INTERCOSTAL ANESTÉSICO COMO TÉCNICA DE ANALGESIA PARA O TRANSPORTE
ÍNTER-HOSPITAR DE PACIENTE APRESENTANDO TÓRAX INSTÁVEL....................................................26
VERNER, G.C.M.; COSTA, R.D.; DEMONER, A P.C.; CASCUDO, E.F.; SOUZA, M.P.; JOGAIB, M.A.D.
INFLUÊNCIA DE FATORES AMBIENTAIS SOBRE A QUALIDADE DOS FÁRMACOS ARMAZENADOS
EM AMBULÂNCIAS UTILIZADAS PELO SERVIÇO DE ATENDIMENTO MÓVEL DE URGÊNCIA
(SAMU)...............................................................................................................................................................27
VERNER, G.C.M.; LIBARDI, M.B.O.; SOARES, A.T.; BÉLÉM, R.C.; SOUSA, H.C.C.; MONTEIRO, S.N.C
INFLUÊNCIA DE ARTEFATOS EM DISPOSITIVOS DE MONITORIZAÇÃO-CARDIOVERSÃO ELÉTRICA
UTILIZADOS POR SERVIÇOS DE ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR DURANTE A ASSISTÊNCIA A
PACIENTES INSTÁVEIS OU EM PARADA
CARDIORRESPIRATÓRIA................................................................................................................................28
VERNER, G.C.M.; ARAÚJO, R.N.; AMARAL, L.M.; LIBARDI, M.B.O.; VAZ, T.S.; MONTEIRO, S.N.C.
VIA AÉREA DÍFICIL ABORDADA COM MÁSCARA LARÍNGEA DURANTE O ATENDIMENTO PRÉHOSPITALAR DE VÍTIMA DE TRAUMA..........................................................................................................29
VERNER, G.C.M.; DEMONER, A.P.C.; SOUZA, D.O.; SOUZA, T.O.F; VAZ, T.S.; LIMA, R.B.
CEFALÉIA AGUDA: ESTRATÉGIAS DE ABORDAGEM POR SERVIÇO DE ATENDIMENTO MÓVEL DE
URGÊNCIA........................................................................................................................................................30
SILVA, E.M.; VERNER, G.C.M.; CHAVES, R.C.F.; SOUZA, D.O.; MARI, P.R.S.; SOUZA, T.O.F.
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Anais da I-Jornada Científica do SAMU-DF
Serviço de Pesquisa
I- JORNADA CIENTÍFICA DO SAMU-DF
I- SEMINÁRIO DE PSICOLOGIA DAS EMERGÊNCIAS
V- SESSÃO CLÍNICO-CIENTÍFICA
“Pesquisa, Psicologia e Ética em Atendimento Pré-Hospitalar”
TEMAS LIVRES
PREMIADOS
1° LUGAR
TRANSPORTE AEROMÉDICO DE NEONATO PORTADOR DE CARDIOPATIA CONGÊNITA CIANÓTICA
UTILIZANDO O SISTEMA DE VENTILAÇÃO CONTINUOS FLOW REVIVER-CFR®
LIBARDI, M.B.O.; MONTEIRO, S.N.C.; SOUZA, M.F.; VERNER, G.C.M.; VAZ, T.S.; TORRI, Z.
Serviço de Atendimento Móvel de Urgência do Distrito Federal (SAMU192-DF)
2° LUGAR
CEFALÉIA AGUDA: ESTRATÉGIAS DE ABORDAGEM POR SERVIÇO DE ATENDIMENTO MÓVEL DE
URGÊNCIA
SILVA, E.M.; VERNER, G.C.M.; CHAVES, R.C.F.; SOUZA, D.O.; MARI, P.R.S.; SOUZA, T.O.F.
Serviço de Atendimento Móvel de Urgência do Distrito Federal (SAMU192-DF)
Faculdades Integradas da União Educacional do Planalto Central (Faciplac)
3° LUGAR
PIONEIRISMO NACIONAL DO SAMU-DF NO EMPREGO DA MASSAGEM CARDÍACA EXTERNA
AUTOMÁTICA UTILIZANDO O DISPOSITIVO AUTOPULSE®
VERNER, G.C.M.; AMARAL, L.M.; ARAÚJO, R.N.; BELÉM, R.C.; LIBARDI, M.B.O.; MONTEIRO, S.N.C.
Serviço de Atendimento Móvel de Urgência do Distrito Federal (SAMU192-DF)
Faculdades Integradas da União Educacional do Planalto Central (Faciplac)
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Serviço de Pesquisa
I- JORNADA CIENTÍFICA DO SAMU-DF
I- SEMINÁRIO DE PSICOLOGIA DAS EMERGÊNCIAS
V- SESSÃO CLÍNICO-CIENTÍFICA
“Pesquisa, Psicologia e Ética em Atendimento Pré-Hospitalar”
PIONEIRISMO NACIONAL DO SAMU-DF NO EMPREGO DA MASSAGEM CARDÍACA EXTERNA AUTOMÁTICA UTILIZANDO O
®
DISPOSITIVO AUTOPULSE
Relato de Caso
Glayson Carlos Miranda Verner*, Leandro Moreira Amaral**, Renato Nascimento Araújo**, Rodrigo Caselli Belém*,
Monica Beatriz Ortolan Libardi*, Sandra de Nazaré Costa Monteiro*.
INTRODUÇÃO
Entre as técnicas de massagem cardíaca externa (MCE) empregadas durante as manobras de Resuscitaç ão Cardiopulmonar (RCP)
estão a manual (MCE-m) e a automática (MCE-a). Atualmente, têm sido desenvolvidos dispositivos mecânicos de MCE-a com essa
®
finalidade, como o AutoPulse , havendo estudos recentes que tornam equivalentes as duas técnicas na situação de Parada Cardíaca
(PCR) de origem clínica, sendo o SAMU-DF o pioneiro, no país, na utilização desta tecnologia, como quer demonstrar este relato.
OBJETIVO
®
Registrar a utilização pioneira em cenário pré-hospitalar, pelo SAMU-DF, do dispositivo de MCE-a AutoPulse Resuscitation System
(Model 100 Platform), confrontando-o, diante das atuais evidências, com a MCE-m.
MÉTODO
O relato foi produzido a partir de dados coletados junto às equipes de atendimento, à Ficha de Atendimento do SAMU -DF e de revisão
bibliográfica.
RELATO DO CASO
Em 30/01/2010, o SAMU-DF foi acionado para atendimento em Brasília a paciente masculino, 68 anos, em PCR. Imediatamente, houve
o envio de Unidade de Suporte Básico de Vida (USB), que registrou 8 minutos de tempo resposta (TR), seguido de Unidade de Suporte
Avançado de Vida (USA), que registrou TR de 11 minutos. O Paciente recebeu, da USB, MCE-m, ventilação com BVM e instalação do
DEA. Da USA, inicialmente, monitorização multiparamétrica padrão, IOT, Epinefrina EV(1mg/2vezes) para quadro de Assistolia; em
®
seguida, MCE-a (AutoPulse ) contínua, com interrupções a cada dois minutos para reavaliações dos parâmetros vitais, administração,
EV, intercalada de Adrenalina (1mg) e Atropina (1mg), por três vezes, com encerramento das manobr as em 51 minutos de intervenção,
após se constatar o óbito do paciente.
DISCUSSÃO E CONCLUSÕES
O atendimento pré-hospitalar (APH) às urgências e emergências no Brasil constitui-se numa ferramenta recente a serviço do cidadão,
que tem perspectivas de influenciar a morbi-mortalidade que algum agravo possa apresentar à sua saúde, e a incorporação, por esses,
de novas tecnologias em RCP pode, também, seguir o mesmo caminho. A literatura evidencia que a MCE disponibilizada de forma
rápida e de alta qualidade, representa um dos maiores fatores de sucesso durante a RCP. Recentemente, o desenvolvimento de novas
tecnologias para MCE-a tem permitido a otimização de recursos durante a PCR. Embora as mais recentes diretrizes apontem essa
técnica como classe II-b, novas evidências poderão reclassificá-la. Dados publicados em 2011 no maior estudo multicêntricos sobre o
aperfeiçoamento da RCP, em que o desempenho da MCE-m e da MCE-a foram analisados, demonstram que o desempenho do
®
AutoPulse foi equivalente ao da MCE-m (Classe I), mas a MCE-a mostrou-se superior àquela em diversos fatores, com algumas
vantagens adicionais às equipes de APH. Pioneiramente, o SAMU-DF passou a disponibilzar esta tecnologia no país, o que pode
concorrer a resultados semelhantes nos seus resultados em RCP.
1.
2.
3.
Wik, L. Design of the Circulation Improving Resuscitation Care (CIRC) Trial: A new state of the art design for out-of-hospital cardiac
arrest research; 2011.
American Heart Association Guidelines for Cardiopulmonary Resuscitation and Emergency Cardiovascular Care Science – Part 7:
CPR Techniques and Devices. 2010.
Cardiac arrest and cardiopulmonary resuscitation outcome reports: update and simplification of the Utstein templates for
resuscitation registries. A statement for healthcare professionals from a task force of the international liaison committee on
resuscitation (American Heart Association, European Resuscitation Council, Australian Resuscitation Council, New Zealand
Resuscitation Council, Heart and Stroke Foundation of Canada, InterAmerican Heart Foundation, Resuscitation Council of Southern
Africa). Resuscitation 63. 2004: p.4
____________________________________________________________________
* Serviço de Atendimento Móvel de Urgência do Distrito Federal (SAMU-DF)
* Faciplac
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“Pesquisa, Psicologia e Ética em Atendimento Pré-Hospitalar”
EMPREGO DA MASSAGEM CARDÍACA EXTERNA AUTOMÁTICA EM AMBULÂNCIA EM MOVIMENTO
Relato de Caso
Glayson Carlos Miranda Verner, Renato Nascimento Araújo, Leandro Moreira Amaral
Rodrigo Caselli Belém, Monica Beatriz Ortolan Libardi, Tiago Silva Vaz
INTRODUÇÃO
Entre as técnicas de massagem cardíaca externa (MCE) empregadas durante as manobras de R esuscitação Cardiopulmonar (RCP)
estão a manual (MCE-m) e a automática (MCE-a), única de aplicação recomendada a pacientes tratados durante o deslocamento das
unidades de atendimento (ambulâncias). O presente relato documenta o atendimento a uma vítima de Trauma apresentando parada
®
cardíaca (PCR), onde se utilizou, durante o deslocamento da ambulância, a MCE-a com o AutoPulse Resuscitation System (Model 100
Platform), e destaca, as particularidades da técnica diante das evidências atuais.
OBJETIVO
Constituir-se, o relato, em objeto de interesse para formulação de estudos de aplicação, em ambulância em deslocamento, da técnica de
MCE-a em casos selecionados de vítimas de trauma em PCR, para os quais os cuidados definitivos, e modificadores do prognóstico,
estejam imediatamente alcançáveis.
MÉTODO
Relato produzido a partir de dados coletados junto às equipes de atendimento, à Ficha de Atendimento do SAMU-DF e de revisão
bibliográfica.
RELATO DO CASO
Em paciente vítima de grave acidente de trânsito, que é atendido dentro de ambulância de Atendimento Pré-hospitalar, constata-se PCR
em Assistolia (DI e DII). Aplicados MCE-a (Autopulse®) e drogas EV durante 15minutos de intervenção em ambulância estacionada,
mantendo-se, o traço do ECG, inalterado. Durante 2min. de deslocamento até a Unidade Hospitalar, o paciente recebeu MCE-a,
constatando-se, após 10min. de reintervenções, o óbito.
DISCUSSÃO E CONCLUSÕES
®
Estudo publicado em 2011 demonstra que o desempenho do AutoPulse foi equivalente ao da MCE-m (Classe I), mas a MCE-a
mostrou-se superior àquela em diversos fatores, com algumas vantagens adicionais às equipes de APH, como manter as compressões
na qualidade máxima durante horas, sem interrupções, em qualquer ambiente, enquanto na MCE-m os socorristas sofrem com a fadiga,
com a dificuldade de realizar compressões de qualidade e com os riscos de se machucarem tendo que realizar a MCE dentro de um a
ambulância em movimento. A PCR em vítimas de trauma, porém, resulta, quase sempre, em desfecho fatal, dado qu e, diferente das
PCR’s de origem clínica, exige os cuidados definitivos, os quais na maioria das vezes só podem ser oferecidos em uma unidade
hospitalar. Além do mais, a MCE-m é contra-indicada dentro de ambulância em deslocamento. No entanto, os dispositivos de MCE-a
embora tenham um público determinado, reúna várias vantagens técnicas, importantes benefícios aos operadores e alta qualidade de
MCE, existe escassez de evidências de aumento dos resultados após o uso destes dispositivos em vítimas de trauma, sendo que o
presente relato poderia constituir-se em objeto de interesse para proposição de estudos quanto a aplicação, em ambulância em
deslocamento, da técnica de MCE-a em casos selecionados de vítimas de trauma em PCR, para os quais os cuidados definitivos, e
modificadores do prognóstico, estivessem imediatamente alcançáveis.
REFERENCIAS
1. Wik, L. Design of the Circulation Improving Resuscitation Care (CIRC) Trial: A new state of the art design for out-of-hospital cardiac
arrest research; 2011.
2. American Heart Association Guidelines for Cardiopulmonary Resuscitation and Emergency Cardiovascular Care Science – Part 7: CPR
Techniques and Devices. 2010.
3. Cardiac arrest and cardiopulmonary resuscitation outcome reports: update and simplification of the Utstein templates for resuscitation
registries. A statement for healthcare professionals from a task force of the international liaison committee on resuscitation (American
Heart Association, European Resuscitation Council, Australian Resuscitation Council, New Zealand Resuscitation Council, Heart and
Stroke Foundation of Canada, InterAmerican Heart Foundation, Resuscitation Council of Southern Africa). Resuscitation 63. 2004; p.
233–49.
____________________________________________________________________
* Serviço de Atendimento Móvel de Urgência do Distrito Federal (SAMU-DF)
* Faciplac
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“Pesquisa, Psicologia e Ética em Atendimento Pré-Hospitalar”
EXPERIÊNCIA DA IMPLEMENTAÇÃO INTEGRADA ENTRE SERVIÇOS DE EMERGÊNCIA MÓVEL E FIXO DO I-CURSO DE
ATUALIZAÇÃO TÉCNICO-CIENTÍFICA EM MEDICINA DE EMERGÊNCIA DO SAMU-DF (I-CATEME)
Relato de Caso
Glayson Carlos Miranda Verner*, Rodrigo de Freitas Garbero*, Rodrigo Caselli Belém*, Rodrigo Diniz Costa***,
Sandra Monteiro Nazaré*, Monica Beatriz Ortolani Libardi*,
Introdução
Este trabalho apresenta a experiência da implementação do I-Curso de Atualização Técnico-Científica em Medicina de Emergência do
SAMU-DF (I-CATEME) dentro da parceria entre serviços de emergências móvel (APH) e fixa, destaca, ainda, seu método e os resultados
quantitativos colhidos desta capacitação.
Objetivo
Caracterizar o programa, destacando aspectos que possam identificá-lo como uma iniciativa inovadora no processo de ensinoaprendizagem integrado de profissionais da área de emergência, nos seus componente fixo e móvel.
Método
Foi produzido a partir da busca ativa dos registros em impressos e/ou banco eletrônico de dados do Serviço de Pesquisa do SAMU-DF.
Relato do Caso
Em março de 2012 o Serviço de Pesquisa do SAMU-DF em parceria com a coordenação da recém-criada Residência Médica em
Medicina de Emergência (RMME) do Hospital de Base do Distrito Federal promoveram o I-CATEME. O curso, com todos seus conteúdos
estruturados a partir de uma base advinda da Medicina Baseada em Evidências, foi aplicado durante dois dias a médicos residen tes do
0
2 ano de Clínica Médica e abordou temas relativos a Medicina de Emergência (ME). Inicialmente, os partic ipantes foram submetidos a
testes teóricos abordando assuntos relativos a assistência clínica e assistência no trauma. Após a aplicação do curso (teóric o-prático), o
grupo foi submetido aos mesmos exames iniciais, instrumento utilizado para se verificar os ganhos com o curso.
Discussão e Conclusão
O qualidade do ensino médico no Brasil, particularmente na área de emergência, é preocupante. Tem havido, por parte das autoridades
governamentais e da área da Saúde, incipientes esforços para mudar este defasado quadro, principalmente no que tange as
emergências, como demonstrado pela publicação da Portaria Ministerial GM2048/2002, relativa às políticas de urgência e emergências
nacionais. Por outro lado, o Conselho Federal de Medicina, ao estimular o debate em torno da criação das RMME em alguns estados da
federação, reconhece a importância da ME , que visa a preencher uma lacuna na prestação de serviços de saúde, habilitando
profissionais mais capacitados para o exercício da função,diminuindo a morbi-mortalidade dos agravos emergenciais, como demonstra a
literatura especializa. A par disso, o I-CATEME foi estruturado visando a estimular o desempenho médico do residente, seja em
situações clínicas, seja em atendimento ao trauma, ocorram tanto fora como dentro de um hospital. A análise preliminar dos seus
resultados feita a partir da comparação do desempenho nos testes pré e pós-curso demonstram um ganho de 22,9%, no desempenho
interfásico dos participantes no segmento da assistência clínica, de 12,9%, no segmento da assistência ao trauma, enquanto o
desempenho global (média aritmética entre os anteriores) apresentou um acréscimo de 17,9%. Estes resultados sugerem que a iniciativa
pode representar um modelo de alternativa viável no processo integrado (hospitais-serviços de APH) de ensino-aprendizagem da ME no
país.
1.
2.
3.
4.
5.
BRASIL. Ministério da Saúde. Política Nacional de Atenção às Urgências SAMU 192.Portaria no 2.048/GM de 05 de novembro
de 2002 : Regulamento Técnico dos Sistemas de Urgência e Emergência. Brasília: Ministério da Saúde;
2002a.Disponível:http://samu.saude.sc.gov.br/arquivos/portaria_ms_gm_2048_02.doc >. Acesso 20 de outubro de 2011.
BRANNEY, S.W e at. Malpractice Occurrence in Emergency Medicine: does Residency Training Make a Difference?
Academic Emerg Med. 1999; 6: 728-735.
CHAVES, Mario; ROSA, Alice Reis. Educação Médica nas Américas - O Desafio dos Anos 90. São Paulo, Cortez Editora, p. 3645. 1990.
Educação profissional e PROFAPS. Acessado em 20/09/2011. Disponível em: http://prosaude.org/not/prosaudemaio2009/educacaoProfissionaleProfaps06-05-09.pdf.
GALLAGHER, J.E. et al. Medicine residents: who performs them in the emergency department. Acad Emerg Med 1995, 2:630-633.
___________________________________________________________
* Serviço de Atendimento Móvel de Urgência do Distrito Federal (SAMU-DF)
** Residência em Medicina de Emergência do Hospital de Base do Distrito Federal
***Serviço de Anestesiologia do Hospital Regional do Gama-Distrito Federal
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“Pesquisa, Psicologia e Ética em Atendimento Pré-Hospitalar”
EXPERIÊNCIA DA IMPLEMENTAÇÃO INTEGRADA SAMU-DF E POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL DO SERVIÇO AEROMÉDICO
DO DISTRITO FEDERAL
Relato de Caso
Monica Beatriz Ortolani Libardi*, Glayson Carlos Miranda Verner*, Rodrigo Caselli Belém*,
Sandra Monteiro Nazaré*, Tiago Silva Vaz*, Zelinda Torri*
Introdução
Alguns serviços particulares de remoção aeromédica (RA) surgiram no Brasil nas décadas de 80 e 90, em virtude da necessidade da
comunidade de percorrer longas distâncias, em busca de melhores recursos diagnósticos e terapêuticos. Mais recentemente, foram
criados os Serviços Aeromédicos de Atendimento Pré-Hospitalar (APH), que além dessas atividades, desenvolvem atendimento a
urgências extra-hospitalares (clínico ou traumáticas). Há 2a6m, Brasília passou a contar com este recurso.
Objetivo
Apresentar a experiência da implementação integrada SAMU-DF e Polícia Rodoviária Federal (PRF) do seu Serviço Aeromédico (SA),
bem como os resultados quantitavivos dessa parceria.
Método
Foi produzido a partir da busca ativa dos registros em documentos e banco eletrônico de dados do SAMU-DF.
Relato do Caso
O Serviço Aeromédico do SAMU-DF/PRF, instaurada pelo Ministério da Saúde, teve origem em setembro de 2009. Abrangendo uma
faixa de cobertura territorial de 180Km, desenvolve o Suporte Avançado de Vida, tendo prestado, no período, 371 atendimentos, sendo
200 RA-Interhospitalar e 171 APH. Os pacientes da RA, mais frequentemente, eram vítimas de agressão física (disparos de arma de
fogo - PAF), parada cardiorrespiratória (PCR) e recém-nascidos graves. A grupo de APH foi predominante de vítimas de PCR, acidente
de trânsito (colisão carro x carro, capotamento, colisão moto x carro, atropelamento, PAF e queda de moto).
Discussão e Conclusão
Os SAMU’s possuem diversos níveis de suporte (terrestre, aéreo, aquático).O fator decisivo na disponibilizaçao (para atendimentos) de
um tipo ou do outro geralmente está relacionada com suas eficácias e a distância. É conhecido o papel essencial no primeiro
atendimento de vítimas de acidentes bem como altos índices de estabilização ou melhora dos pacientes antes de haver o atendim ento
hospitalar, além do mais a literatura registra que ocorrências com prioridade de atendimento (a exemplo, o transporte de pacientes
graves da cena para os centros de trauma), um pequeno tempo de resposta é fortemente associado com a redução da morbi mortalidade. Porém, em função da complexidade e dos custos do SA, o acionamento deste tipo de atendimento justifica-se nas vezes
que o tempo de resposta da viatura terrestre comprometa o atendimento do paciente; as vias de acesso estiverem intransitáveis ; os
recursos hospitalares necessários estiverem a grande distância; o quadro de doença ou trauma implique em risco de vida ou
agravamento das funções vitais. Os resultados quantitativos do SA do SAMU-DF sugerem que esse seja um recurso eficaz e valioso e
que tem trazido benefícios na assistência aos seus pacientes, sejam clínicos ou vítimas de trauma.
Referências
1. GENTIL, ROSANA CHAMI; CUNHA, ISABEL CRISTINA KOWAL OLM; THOMAZ, ROSIMEY ROMERO. Remoção Aeromédica.
Experiência de Enfermeiras no Serviço Privado na cidade de Sâo Paulo.. Emergência, Barueri: Enfermagem, v. 2, n. 1, p. 45-50,
Jan./Març. 2006.
2. ASPECTOS HISTÓRICOS E ORGANIZACIONAIS DA REMOÇÃO AEROMÉDICA: A DINÂMICA DA ASSISTÊNCIA DE
ENFERMAGEM.Rosana Chami Gentil * GENTIL, R. C. Aspectos históricos e organizacionais da remoção aeromédica: a dinâmica
da assistência de enfermagem. Rev.Esc.Enf.USP, v.31, n.3, p. 452-67, dez. 1997.
3. HELENO, Guido. Tempo bom para a aviação civil brasileira. Revista Brasileira de Administração, Brasilia: Conselho Federal de
Administração, v. 19, n. 73, p. 22-29, Nov./Dez. 2009.
4. Suporte Avançado de Vida: Análise do Atendimento às Vítimas em Montes Claros. Eduardo Gonçalves, ET AL. X Fórum de Ensino
setembro 2010. UNIMONTES.
5.
Estatística do Serviço Aeromédico SAMU DF / PRF em dois anos e meio. Enfermeira Coordenadora de Enfermagem do Serviço
Aeromédico do SAMU DF / PRF. Setembro 2009 a março 2012
*
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“Pesquisa, Psicologia e Ética em Atendimento Pré-Hospitalar”
TRANSPORTE AEROMÉDICO DE NEONATO PORTADOR DE CARDIOPATIA CONGÊNITA CIANÓTICA UTILIZANDO O SISTEMA
DE VENTILAÇÃO CONTINUOS FLOW REVIVER-CFR®
Relato de Caso
Mônica Beatriz Ortolan Libardi*, Glayson Carlos Miranda Verner*, Sandra de Nazaré Costa Monteiro*, Marycélia Fernandes de
Souza*,Tiago Silva Vaz*, Zelinda Torri*,
INTRODUÇÃO
O transporte aeromédico representa um desafio em qualquer situação, destacadamente quando envolve o transporte de recém -nascido
(RN) portador de cardiopatia congênita grave. Nessa situação, a otimização da ventilação pulmonar mecânica (VM) é fator essencial.
OBJETIVOS
O relato documenta a experiência bem sucedida durante o transporte inter-hospitalar de RN, portador de Transposição de Grandes
Vasos, desenvolvido por um serviço de emergência móvel, realizado por aeronave de asa rotativa, quando se utilizou o sistema de VM
Continuos Flow Reviver (CFR®), modelo 92 TR, e objetiva identificar a viabilidade desta estratégia.
MÉTODO
Foi produzido a partir da busca ativa dos registros em documentos e banco eletrônico de dados do SAMU-DF.
RELATO DE CASO
O Serviço Aeromédico do SAMU-DF/PRF, instaurada pelo Ministério da Saúde, teve origem em setembro de 2009. Abrangendo uma
faixa de cobertura territorial de 180Km, desenvolve o Suporte Avançado de Vida, tendo prestado, no período, 371 atendimentos, sendo
200 RA-Interhospitalar e 171 APH. Os pacientes da RA, mais frequentemente, eram vítimas de agressão física (disparos de arma de
fogo - PAF), parada cardiorrespiratória (PCR) e recém-nascidos graves. A grupo de APH foi predominante de vítimas de PCR, acidente
de trânsito (colisão carro x carro, capotamento, colisão moto x carro, atropelamento, PAF e queda de moto).
DISCUSSÃO E CONCLUSÃO
Esse sistema oferece VM com fluxo contínuo por acionamento manual, possibilitando estabelecer pico de pressão de insuflação
pulmonar (PIP) e pressão positiva em final da exalação (PEEP). RN de 3 dias de vida, no intra-hospitalar, drenos de tórax bilaterais,
FC=175bpm, SpO2=92%, Escala de Ramsay=5 (ER), sob VM convencional, em infusão venosa contínua de fentanil, midazolan,
dopamina e Prostin®. A operação consistiu na utilização do dispositivo após a admissão na aeronave, com as seguintes especificações:
PIP=30cmH2O, PEEP=5cmH2O. Foram referenciados para a monitorização respiratória as variações da FC, SpO2 e ER, os quais não
apresentaram relevantes oscilações durante o translado. A estratégia, como demonstrado, revelou-se uma opção considerável para
semelhantes situações.
REFERÊNCIAS
1.
2.
3.
4.
Santana MVT - Cardiopatias Congênitas no Recém-Nascido - São Paulo , Atheneu , 2000.
Myers JL. Transposition of the great arteries. Ann Thorac Surg 1997;63:895-8.
Castañeda. Management of infant and neonate with congenital heart disease. In: Castañeda, Jones, Mayer, H anley, eds. Cardiac
Surgery of the Neonate and Infant. Philadelphia: WB Saunders; 1994. pp.65-87.
ASPECTOS HISTÓRICOS E ORGANIZACIONAIS DA REMOÇÃO AEROMÉDICA: A DINÂMICA DA ASSISTÊNCIA DE
ENFERMAGEM. Rosana Chami Gentil * GENTIL, R. C. Aspectos históricos e organizacionais da remoção aeromédica: a dinâmica
da assistência de enfermagem. Rev.Esc.Enf.USP, v.31, n.3, p. 452-67, dez. 1997.
___________________________________________________________
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ESTRATÉGIAS DE TRANSPORTE INTER-HOSPITALAR DE PACIENTES CRÍTICOS
Relato de Caso
Glayson Carlos Miranda Verner*, Daniela Omar de Souza**, Renato Carneiro de Freitas Chaves**,
Thiago Omar Ferreira de Souza**, Monica Beatriz Ortolan Libardi*, Sandra Nazaré Costa Monteiro*
INTRODUÇÃO:
O transporte interhospitalar (TIH) de pacientes críticos é sempre arriscado, dado, principalmente, ao quadro clínico complexo e instável.
A razão básica para a esse é a necessidade de cuidados adicionais encontrados em serviços especializados, sendo esse, na maioria das
vezes, a única alternativa para a reversão do quadro clínico do mesmo. Deve-se, portanto, serem observadas normas e procedimentos
rígidos. O doente deve ser previamente estabilizado no hospital de origem, com a adoção de medidas pertinentes (acesso venoso,
intubação entre outras), de maneira a permitir o transporte com segurança.
OBJETIVO:
Demonstrar que mesmo em pacientes extremamente críticos o TIH pode ser factível, desde que competentes equipes de assistência
estejam envolvidos no processo de estabilização do mesmo e observem critérios de segurança.
MÉTODO:
Este relato foi produzido a partir de dados coletados junto às equipes de atendimento, à ficha de atendimento do SAMU -DF e de revisão
bibliográfica.
RELATO DO CASO:
Unidade de Suporte Avançado de vida do SAMU-DF é acionada para TIH de paciente do sexo feminino, 15 anos, com suspeita de
Traumatismo Crâneo-encefálico após “queda de bicicleta”. Admitida em com ECGlw=4, realizou CT de crânio, sondagens vesical e
nasogástrica,
furosemida
(30mg).
Em
uso
sedoanalgesia
EV
(midazolam
e
fentanil
10ml/h)
e
VMC
(PCV:35cmH20;Fi02:1,0;PEEP:10cmH20). Ao momento TIH apresenta-se com: pupilas midriáticas e fotoplégicas, ECGlw=3,
PA:59x32mmHg,FC:110 bpm, diurese de 300ml, venóclise periférica única (CVP 18G). Promovidos, pré-transporte, em 1h, ajustes
ventilatórios (PCV:15;PEEP:5; aspiração TOT); acesso venoso central, ajustes hemodinâmicos (1000ml de cristalóide EV; suspens ão da
sedação; adição de Noradrenalina - NE 10ml/h até 20ml/h); ajuste térmico-metabólico (manta térmica; glicometria:174mg/dl); da
imobilização (ajustes do posicionamento, do colar cervical, de fixadores de cabeça), ao que se seguiram estabilização hemodin âmicarespiratória (surgimento de pulsos periféricos; PA= 90x43mmHg; SP02=98%). Durante o TIH, a pacient e apresentou transitória
instabilidade hemodinâmica PA mínima: 40x21 e PA máxima: 98x54mmHg), resgatada com 1000ml cristaloide, aumento da NE (até
35ml/h); diminuição da velocidade de transporte (PA:58x 38mmHg), diminuição da dose de NE( 20ml/h) e aumento da Fi02 (1,0) com
reversão do quadro (PA= 99x48mmHg) até a admissão hospitalar.
DISCUSSÃO E CONCLUSÕES:
O TIH de pacientes graves realizado pelo SAMU é um processo complexo, que ocorre diariamente e que geralmente exige que o
paciente esteja com os parâmetros clínicos e laboratoriais próximos da normalidade. Entretanto, nos pacientes extremamente críticos,
cujo o TIH pode respresentar a única chance de ofertar, no serviço destino, um tratamento definitivo do agravo, existe um ris co
exacerbado de instabilidades e óbito, exigindo equipes treinadas, um transporte planejado e com capacidade para antever as
necessidades e os riscos que paciente possa ter e estar apto a solucioná-los.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. Pereira Jr. GA, Nunes TL, Basile-Filho A. Transporte do paciente crítico. Medicina, Ribeirão Preto, 2001; 34:143-153.
2. Lacerda AM, Cruvinel MGC, Silva WV. Transporte de pacientes: intra-hospitalar e inter-hospitalar. Curso de Educação à Distância
em Anestesiologia. Cap 6, 106-123.
3. BRASIL. Ministério da Saúde. Política Nacional de Atenção às Urgências SAMU 192.Portaria no 2.048/GM de 05 de novembro
de 2002 : Regulamento Técnico dos Sistemas de Urgência e Emergência. Brasília: Ministério da Saúde;
2002a.Disponível:http://samu.saude.sc.gov.br/arquivos/portaria_ms_gm_2048_02.doc >. Acesso 20 de outubro de 2011.
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* Serviço de Atendimento Móvel de Urgência do Distrito Federal (SAMU-DF)
** Faciplac
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INSTABILIDADE HEMODINÂMICA DURANTE O TRANSPORTE INTERHOSPITALAR DE PACIENTE ACOMETIDO DE FIBRILAÇAO
ATRIAL
Relato de Caso
Glayson Carlos Miranda Verner*, Daniela Omar de Souza**, Renato Carneiro de Freitas Chaves**,
Thiago Omar Ferreira de Souza**, Rodrigo de Freitas Garbero***, Monica Beatriz Ortolan Libardi*
INTRODUÇÃO
O transporte interhospitalar (TIH) de pacientes críticos requer a avaliação dos benefícios reais a esses frente à sua condição clínica. O
problema mais comum é a falha no controle das funções cardiorrespiratórias, resultando em instabilidade fisiológica, o que pode trazer
sérias consequências. As causas dessas alterações nem sempre são facilmente explicadas, até porque podem não ser detectadas, caso
não haja monitorização adequada. Essa (ECGC, Sp02, ETCO2, pressão arterial não invasiva e/ou invasiva) deve permitir o
acompanhamento contínuo de vários parâmetros vitais, além disso, o planejamento e a previsão de materiais, medicamentos e
equipamentos a serem utilizados são fundamentais para que o TIH não comprometa o prognóstico do paciente.
OBJETIVO
Propõe destacar relevantes aspectos da monitorização multiparamétrica padrão (MMP: SP02, PANI, ECGC) da fibrilação atrial (FA)
instável durante o TIH.
MÉTODO
Este relato foi produzido a partir de dados coletados junto às equipes de atendimento, à Ficha de Atendimento do SAMU -DF e de revisão
bibliográfica.
RELATO DO CASO
Unidade de Suporte Avançado de Vida do SAMU-DF é acionada para TIH de paciente masculino, 63 anos, com quadro de AVCH
associado a Pneumonia e Choque Séptico. Apresentou, durante a internação, convulsão e FA de alta resposta ventricular, tratad a coma
digoxina e metoprolol. Está sob ventilação mecânica (Fi02=0,6; PEEP: 8cmH20), sedoanalgesia (10ml/h EV de midazolam e fentanil),
noradrenalina (NE) a 10ml/h EV, hidantal, digoxina e antibioticoterapia, e à MMP (PA:100x70 mmHg, FC:110-150bpm, FA). Durante o
TIH, apresenta instabilidade hemodinâmica (PA= 58x38 mmHg), aumentando-se a dose de NE (20ml/h) e da Fi02 (1,0) com reversão do
quadro (PA= 99x48mmHg).
DISCUSSÃO E CONCLUSÕES
O TIH é necessário quando o hospital onde se encontra o paciente não tem recursos humanos, diagnósticos e terapêutico, suficientes
para um tratamento adequado. O TIH é um período de instabilidade potencial e deve sempre ser questionado se os testes diagnósticos
ou as intervenções terapêuticas alterarão o prognóstico do paciente. Trabalhos demonstram uma mudança na conduta terapêutica em
apenas 29- 39% dos pacientes, enquanto 68% deles tiveram sérias alterações fisiológicas durante o TIH. Esse paciente, apesar de se
encontrar com a hemodinâmica “ajustada”, apresentou, durante o TIH, instabilidade da arritmia que apresentava, instabilidade que não
seria percebida se esse não se encontrasse devidamente monitorizado. A utilização apenas da Sp02 seria incapaz de detectar g randes
variações, justificando a utilização da MMP. Destarte, a decisão do TIH de pacientes graves deve avaliar os benefícios do deslocamento,
frente às adversidades existentes durante o mesmo, devendo-se, sempre, observar as regulamentações legais (Resolução CFM nº
1.672/03. Portaria MS GM 2048/02 e outras). Afora o conhecimentos dessas, o próprio conhecimento científico e habilidades técnicas
sao indispensáveis ao sucesso da intervenção.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
1. Guidelines committee of the American college of critical care medicine; Society of Critical Care Medicine and American Association
of Critical Care Nurses Transfer Guidelines Task Force: Guidelines for the transfer of critically ill pacients. Crit Care Med ;1993.
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2. BRASIL. Ministério da Saúde. Política Nacional de Atenção às Urgências SAMU 192.Portaria no 2.048/GM de 05 de novembro
de 2002 : Regulamento Técnico dos Sistemas de Urgência e Emergência. Brasília: Ministério da Saúde;
2002a.Disponível:http://samu.saude.sc.gov.br/arquivos/portaria_ms_gm_2048_02.doc >. Acesso 20 de outubro de 2011.
3.
Pereira Jr. GA, Nunes TL, Basile-Filho A. Transporte do paciente crítico. Medicina, Ribeirão Preto, 2001; 34:143-53.
4. Lacerda AM, Cruvinel MGC, Silva WV. Transporte de pacientes: intra-hospitalar e inter-hospitalar. Curso de Educação à Distância
em Anestesiologia. Cap 6, 106-123.
5.
American Heart Association Guidelines for Cardiopulmonary Resuscitation and Emergency Cardiovascular Care Science – Part 7:
CPR Techniques and Devices. 2010.
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* * * Residência em Medicina de Emergência do Hospital de Base do Distrito Federal
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“Pesquisa, Psicologia e Ética em Atendimento Pré-Hospitalar”
TAQUIARRITMIAS VENTRICULARES NÃO-SUSTENTADAS DURANTE TRANSPORTE INTER-HOSPITALAR DE PACIENTE
ACOMETIDO DE BLOQUEIO ÁTRIO-VENTRICULAR AGUDO
Relato de Caso
Glayson Carlos Miranda Verner*, Rodrigo Garbero***, Paula Ramona Silva de Maria**, Monica Beatriz Ortolani Libardi*,
Renato Nascimento Araújo**, Leandro Moreira Amaral**
INTRODUÇÃO E OBJETIVOS
O transporte inter-hospitalar (TIH) de pacientes críticos não é isento de riscos. Quando portadores de arritmais graves, podem apresentar
instabilidade do quadro, o que é potencializado pelas condições e tempo de transporte. O relato descreve a experiência vivenc iada por
uma equipe de Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (APH) durante o TIH de uma paciente chagásica e portadora de Bloqueio
Átrio-Ventricular (BAVT)/Taquicardia Ventricular (TV) agudo e objetiva apresentar os recomendados cuidados recomendados pela
literatura frente a casos semelhantes.
MÉTODO
Este relato foi produzido a partir de dados coletados junto às equipes de atendimento, à Ficha de Atendimento do SAMU-DF e de revisão
bibliográfica.
RELATO DE CASO
Paciente do sexo feminino, 72 anos, chagásica, internada com quadro de desorientação de 4 meses de evolução. Durante realização de
CT de crânio (com contraste) desenvolveu parada respiratória, sendo encaminhada ao Box de emergênciao, onde está desorientada ,
respiração espontânea (máscara de 02), FC: 30bpm; PA:130x50mmHg; ECG de repouso com BAVT/períodos de TV não sustent ada e
fazendo uso de Dopamina 5ml/h. Sob monitorização multiparamétrica padrão, O2 (sob máscara) é promovida TIH, momento em que
apresentou “tremores finos” em mãos (quatro episódios, de 5-10s) episódios de TV não sustentados alternados com Torsades de Points,
sendo que durante o segundo episódio houve discreta instabilidade hemodinâmica (80x40mmHg). O transporte foi concluído sem ou tras
intercorrências, mantendo-se, ao lado da paciente, Marcapasso (MC) Externo Transcutâneo, que não fora instalado.
DISCUSSÃO E CONCLUSÃO
O caso apresentado acima revela um BAVT. A paciente, durante o transporte apresentou QT longo com piora do quadro devido à
bradicardia intensa, desencadeando, posteriormente, uma TV não sustentada (iniciada por extra-sístole ventricular) e TV com
características de Torsades de Pointes, que tem como causas precipitantes, drogas ou hipomagnesenemia. Para esses casos,
recomenda-se o tratamento com Sulfato de Magnésio. Quadro o quadro evolui para bradicardia ou apresenta preciptação por pausas no
ritmo e instabilidade hemodinâmica, associa-se a adição de estimulação com MC ou Isoproterenol, fato que a equipe de APH esteve
atenta ao manter o MC em posição de pronta instalação, não o fazendo em função da instabilidade hemodinâmica não se sustentar , do
pequeno tempo de deslocamento, e de outros riscos próprios ao transporte de pacientes críticos.
REFERÊNCIAS
1. AHA. Circulation: Journal of the American Heart Association. Part 8: Advanced Life Support: 2010 International Consensus on
Cardiopulmonary Resuscitation and Emergency Cardiovascular Care Science With Treatment Recommndations. Circulation
2010;122;S345-S421.
2. BARCELOS, Alexandre Maulaz et al. Síndrome do QT longo e torsades de pointes pós-parto. Arq. Bras. Cardiol. [online]. 2009,
vol.93, n.4, pp. e58-e59. ISSN 0066-782X.
3. Ramírez A, Galván JM. Taquicardia ventricular tipo torsades de pointes en un paciente con intoxicación digitálica en
tratamiento crónico con sulfato de quinina. Med Intensiva. 2007;31: 106-7.
4. Rustum, M.D; Mansur, E; Andrea, B.R. BAV Avançado e Taquiarritmia Sustentada do Tipo Torsades de Pointes: registro
ambulatrorial de 24 horas. Rev SOCERJ. 2008; 21(I):59-62.
5. Maior, A.S. et al. Canais Iônicos de Potássio Associados à Síndrome do QT Longo Adquirido. Rev Bras Cardiol. 2011;24(I):4251.
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BLOQUEIO INTERCOSTAL ANESTÉSICO COMO TÉCNICA DE ANALGESIA PARA O TRANSPORTE ÍNTER-HOSPITALAR DE
PACIENTE APRESENTANDO TÓRAX INSTÁVEL
Relato de Caso
Glayson Carlos Miranda Verner*, Rodrigo Diniz Costa**, Adriana de Pinho Carvalho Demoner**, Elialba de Farias
Cascudo**, Mariano Paiva Souza**, Marco Antonio Dias Jogaib**
INTRODUÇÃO
O trauma é a primeira causa de morte em menores de 45 anos e a terceira dentre todas as idades nos países ocidentais, precedida
unicamente pelas doenças cardiovasculares e o câncer. O trauma torácico fechado levando à formação de tórax instável (TI) é
considerado um dos mais graves, gerando altos índices de morbi-mortalidade. Conceitualmente, trata-se de fratura de dois ou mais arcos
costais em dois pontos distintos do mesmo segmento, gerando instabilidade da parede torácica e seu característico movimento
paradoxal. Quando sobrevive às primeiras horas do acidente, o principal problema da vítima passa a ser a dor intensa associada, o que
provoca uma diminuição ou ausência do reflexo da tosse, superficialização da respiração e acúmulo de secreções resultando em
complicações respiratórias graves.
OBJETIVO
Relatar o atendimento prestado pelo SAMU-DF à uma vítima de acidente automobilístico com trauma torácico e formação de TI em
transporte interhospitalar (TIH) e propor estratégias de analgesia.
MÉTODO
Este relato foi produzido a partir de dados coletados junto às equipes de atendimento, à Ficha de Atendimento do SAMU-DF e de revisão
bibliográfica.
RELATO DE CASO
Paciente do sexo masculino, 31 anos, vítima de grave acidente automobilístico apresentava-se com trauma torácico fechado e fratura de
várias costelas em hemitórax direito, sendo diagnosticado tórax instável, devendo receber TIH (para UTI). Está hemodinamicamente
estável, porém com respiração paradoxal e com dreno de tórax à direita. A equipe de remoção realizou a técnica de bloqueio analgésico
intercostal do tórax direito, utilizando lidocaína (9ml) com vasoconstritor e demais procedimentos padrões. A transferência s e deu sem
intercorrências, com o paciente referindo analgesia satisfatória (5 numa escala de 0 a -10, sendo esse o maior grau de dor).
DISCUSSÃO E CONCLUSÃO
O principal problema dos pacientes que apresentam TI é a dor intensa causada pelas fraturas de costelas. Isto leva à ventilaç ão com
baixos volumes correntes, atelectasia, hipoxemia e retenção de secreções o que, em conjunto, resulta em maior risco de infecção
pulmonar e insuficiência pulmonar aguda. A administração de opióides endovenosos, instilação intrapleural de anestésicos locais,
bloqueio de nervos intercostais e bloqueio peridural torácico contínuo fazem parte do arsenal de possibilidades analgésicas. Os dados da
literatura comprovam que esta última é a técnica mais efetiva no controle da dor e poderia ser empregada por anestesista capacitado,
além de melhorar os volumes pulmonares e a função ventilatória, mas trás consigo complicações inerentes à técnica, como maior chance
de depressão respiratória, hipotensão e bloqueios sensitivo e motor em um paciente com risco potencial para sangramentos ocul tos e
que deve ter sua função neurológica continuamente monitorizada. Isso ocorre menos frequentemente com a técnica de bloqueio
intercostal, justificando-a, talvez, como uma opção mais segura no TIH de pacientes críticos.
REFERÊNCIAS:
1. Tratamento pneumo-funcional no tórax flácido agudo em pacientes internados em unidade de terapia intensiva. Clara Teixeira
Abatepietro. Disponível em: < http://www.sobrati.com.br/trabalho22.htm>. Acessado em: <10 mar 2012>
2. Richardson J, et ai. Gestão selectiva de tórax instável e contusão pulmonar. Ann Surg 196: 481, 1982.
3. Symbas PN. Contusão do pulmão. In: Trauma Cardiotorácica. WB Saunders Company. Filadélfia, 1989, p. 237-249
4. DAVIGNON, K. et al. Pathophysiology and management of the flail chest. Minerva Anestesiol. V.70, p. 193 - 199,2004.
5. MARSICO, Giovanni A., AZEVEDO, Dirceu E. Orientação atual no tratamento do tórax instável. Pulmão RJ, Rio de Janeiro, v.9,
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***Serviço de Anestesiologia do Hospital Regional do Gama-Distrito Federal.
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INFLUÊNCIA DE FATORES AMBIENTAIS SOBRE A QUALIDADE DOS FÁRMACOS ARMAZENADOS EM AMBULÂNCIAS
UTILIZADAS PELO SERVIÇO DE ATENDIMENTO MÓVEL DE URGÊNCIA (SAMU)
Relato de Caso
Glayson Carlos Miranda Verner*, Monica Beatriz Ortolan Libardi*, Alisson Thomaz Soares**, Rodrigo Caselli Belém*,
Hugo Coelho Carvalho Sousa**, Sandra de Nazaré Costa Monteiro*
INTRODUÇAO:
Com a recente implementação dos Serviços de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), em que suas unidades de atendimento
(ambulâncias), podem ser identificadas como “verdadeiras farmácias” ambulantes, chamam atenção alguns princípios que devem ser
observados. Nessas unidades, a temperatura pode ultrapassar os 40ºC, portanto, tanto a armazenagem/conservação/transporte e
utilização dos medicamentos podem apresentar-se bastante comprometidos. Essa situação é especialmente nociva para os
medicamentos em solução (as trocas térmicas com o ar ambiente e a subida de temperatura são muito mais rápidas numa solução q ue
numa forma sólida) e para aquelas nas quais as condições de conservação impõem menores temperaturas. Tendo em conta a relativa
fragilidade destes produtos, é de recear que uma exposição não controlada a uma temperatura elevada e durante um período de
exposição mais ou menos variável, tenha como consequência uma degradação potencial que conduza a uma provável perda de
atividade, ou até mesmo à formação de produtos de degradação que poderão ser potencialmente tóxicos.
OBJETIVOS:
Presta-se o relato a chamar atenção para o fato que influências ambientais (destacadamente vari ações de temperatura e umidade),
podem impactar sobre a qualidade de medicamentos mantidos em depósito em ambulâncias de APH, fato que deve alertar as
autoridades para a disponibilização de uma regulamentação própria, no Brasil, para a situação
METODOS:
Desenvolvido a partir da revisão bibliográfica, portarias ministeriais e da avaliação de normas técnicas.
DISCUSSÃO E CONCLUSÃO:
Portaria Ministerial descrimina medicamentos que dever ser disponibilizados dentro das unidades de APH móvel (ambulâncias ter restres,
aquáticas e nas aeronaves). Entretanto, não são apresentados orientações pertinentes à suas adequada preservação. É sabido d a
importância de estudos sobre a estabilidade de medicamentos, o que inclui análise detalhada dos motivos que podem levar à
modificação dessa, tanto dos fármacos contidos na fórmula farmacêutica, como também da forma farmacêutica como um todo, inclui ndose todos os adjuvantes farmacotécnicos. Entre os principais fatores instabilizadores, podem ser aventadas variações de temper atura e de
umidade, eventos constantes dentro dos veículos. Embora a grande maioria dos fármacos incluídos na norma apresente um
comportamento similar frente a estas variáveis, e tenham, como visto na maioria das unidades de atendimento, um lugar comum de
armazenamento, alguns grupos apresentam particularidades merecedoras de um tratamento especial, por parte dos serviços de APH,
sob o risco de se perder a máxima eficiência durante a administração destes fármacos aos seus pacientes.
REFERÊNCIAS:
1.
2.
3.
4.
5.
Bassetti C, Gugger M. Hypersomnia: etiology, clinic, diagnosis and therapy of excessive sleepiness. Therapeutische Umschau
Revue Thérapeutique 2000;57(7):421-429.
Bittencourt LRA, Silva RS, Santos RF, Pires MLN, Mello MT. Excessive daytime sleepiness. Revista Brasileira de
Psiquiatria 2005;27(suppl.1):16-21.
3. Turco, S; King, R. E. Sterile dosage forms, their prepation and clinical
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1997, 409 p. Lachman, L; Liebernab, H.A; Kanig, J.L. ,The theory and pratice of industry pharmacy, 3a ed.Philadelphia : Lea &
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BRASIL. Ministério da Saúde. Política Nacional de Atenção às Urgências SAMU 192.Portaria no 2.048/GM de 05 de novembro
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INFLUÊNCIA DE ARTEFATOS EM DISPOSITIVOS DE MONITORIZAÇÃO-CARDIOVERSÃO ELÉTRICA UTILIZADOS POR
SERVIÇOS DE ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR DURANTE A ASSISTÊNCIA A PACIENTES INSTÁVEIS OU EM PARADA
CARDIORRESPIRATÓRIA
Relato de Caso
Glayson Carlos Miranda Verner*, Renato Nascimento Araújo**, Leandro Moreira Amaral**,
Monica Beatriz Ortolani Libardi**, Tiago Silva Vaz*, Sandra de Nazaré Costa Monteiro*
INTRODUCÃO
Em pacientes críticos e em quadros Parada Cárdio-Respiratória (PCR) durante o atendimento pré-hospitalar (APH) é imperativo a
identificação dos ritmos cardíacos (RC) presentes nos monitores-desfibriladores-cardioversores externos (MDCE). A presença de
artefatos nesses dispositivos podem comprometer o sucesso da assistência. O relato chama a atenção para duas situações em que
foram verificadas, durante o APH, cardioscopias afetadas por artefatos, impedindo o adequado atendimento, estando um paciente em
PCR e ao outro em grave estado.
OBJETIVO
Destacar o impacto que artefatos em MDCE podem produzir durante o APH de pacientes em risco de morte.
MÉTODO
O presente relato foi produzido a partir de dados coletados junto à equipe de atendimento, a Ficha de Atendimento do SAMU-DF e de
revisão bibliográfica.
RELATO DE CASO
Paciente masculino, de 62 anos, em APH com PCR. Recebeu manobras de suporte avançado de vida e monitorização multiparamétrica
padrão (MMP) em MDCE (dispositivo X-Treme Pack ZOLL®). O baixo estado de carga das baterias exigiu a ligação do dispositivo à rede
elétrica residencial. O traçado eletrocardiográfico, independente do sistema de conexão (pás do MCDE ou eletrodos descartáveis
avulsos) e da derivação acessada (DI,DII,DIII) mantiveram-se afetados por artefatos durante as manobras, inviabilizando o uso do
dispositivo. Paciente de 35 anos, masculino, vítima de acidente de trânsito, em POI de laparotomia exploradora (lesão hepática), com
suspeita de traumatismo crânio-encefálico, em ventilação mecânica, é removido para hospital terciário sob MMP. À chegada ao destino,
o dispositivo é conectado a rede de energia, passando a apresentar interferência no tr açado do cardioscópio (em DI), impossibilitando a
análise do RC.
DISCUSSÃO E CONCLUSÃO
Com o aumento da gravidade dos pacientes atendidos e transportados pelos serviços de APH, faz-se necessária uma adequada
monitorizacão dos seus sinais vitais, principalmente do RC, esteja estável, instável ou em PCR. Muitos fatores contornáveis pelas
equipes de APH, podem limitar a qualidade da monitorizacão (abundância de pêlos, panículo adiposo, sujidade na pele, qualidad e dos
eletrodos e outros). Entretanto, ruídos no sinal eletrocardiográfico gerados pelas correntes elétricas a que são ligados esses dispositivos
podem ser eliminados pela presença de filtros de artefatos. Na instalação de PCR em paciente crítico, as equipes procurarão i dentificar
se o ritmo é chocável (Taquicardia Ventricular Sem Pulso ou Fibrilacão Ventricular) ou não. A presença do artefato poderá impedir a
identificação do tipo do RC e da aplicacão da adequada terapêutica, além de indiscriminar Assistolia de Fibrilacão Ventricular Fina (devese alternar em pelo menos duas derivações cardíacas), que recebem terapêuticas próprias. Nos serviços de APH, as recomendações de
implementação de modernas tecnologias (filtros) poderão contribuir para minimizar essas intercorrências durante a assistência a
pacientes críticos.
REFERENCIAS
1. Timerman, S. Desfibrilação precoce – reforçando a corrente de sobrevivência. São Paulo: Atheneu;2000.
2. American Heart Association Guidelines for Cardiopulmonary Resuscitation and Emergency Cardiovascular Care Science – Part 7:
CPR Techniques and Devices; 2010.
3. Pereira Jr. GA, Nunes TL, Basile-Filho A. Transporte do paciente crítico. Medicina, Ribeirão Preto, 2001; 34:143-153.
4. Lacerda AM, Cruvinel MGC, Silva WV. Transporte de pacientes: intra-hospitalar e inter-hospitalar. Curso de Educação à Distância
em Anestesiologia. Cap 6, 106-123.
5. BRASIL. Ministério da Saúde. Política Nacional de Atenção às Urgências SAMU 192.Portaria no 2.048/GM de 05 de novembro
de 2002 : Regulamento Técnico dos Sistemas de Urgência e Emergência. Brasília: Ministério da Saúde;
2002a.Disponível:http://samu.saude.sc.gov.br/arquivos/portaria_ms_gm_2048_02.doc >. Acesso 20 de outubro de 2011.
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VIA AÉREA DÍFICIL ABORDADA COM MÁSCARA LARÍNGEA DURANTE O ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR DE VÍTIMA DE
TRAUMA
Relato de Caso
Glayson Carlos Miranda Verner*, Adriana de Pinho Carvalho Demoner**,
Daniela Omar de Souza*, Thiago Omar Ferreira de Souza***, Tiago Silva Vaz*, Rafael Barreto de Lima*
INTRODUÇÃO
Atualmente, vários são os dispositivos disponibilizados para a abordagem da via aérea em ambiente pré-hospitalar (APH). Quanto a
escolha da técnica e do dispositivo a ser empregado, não há recomendação específica. Pode-se eleger a técnica que seja melhor
indicada para cada caso, baseando-se na disponibilidade, nas condições do paciente e nas limitações do operador. Este relato apresenta
uma situação na qual uma vítima de acidente de trânsito apresentou via área de emergência (VIE) que não foi contornada, por equipe de
APH, pela técnica convencional (intubação orotraqueal – IOT), recorrendo-se a instalação de dispositivo supraglótico (DSG) - LMA®
Citrec #5 - que permitiu realização da IOT, resgatando a condição de risco estabelecida na via.
OBJETIVO
Apresentar alternativas à abordagem, em APH, da via aérea de emergência que não é acessada pela IOT convencional.
MÉTODO
Este relato foi produzido a partir de dados coletados juntos as equipes de atendimento, a ficha de atendimento do SAMU-DF e de revisão
bibliográfica.
RELATO DE CASO
Vítima de grave “acidente de trânsito” atendido por Unidade de Suporte Básico de Vida, recebendo 02 em máscara (SPO:85%) e
hidratação EV(RL 500ml). Abordado por Unidade de Suporte Avançado de Vida, seu exame primário revela: ECGlw: 8, anisocoria, FR:
41 irpm (SPO2=68%), PA:124/76mmHg, lesão traumática em fossa ilíaca esquerda. Laringoscopia, após a administração EV de
Midazolam (15mg)/ Succinilcolina (100mg), revela edema em estruturas glóticas/hipofaríngeas. Optado pela instalação de dispositivo
®
supraglótico (LMA-Citrec #5) associado a IOT (TOT aramado 8.0mmDI) via dispositivo (mantidos em conjunto e fixações à face).
Instalado VMC (VC: 500ml; FR: 14irpm; Fi02: 1,0; PEEP: 7mbar), resultando em SP02:98%, PA:130/75mmHg, que possibilitaram o
transporte a unidade de cuidados definitivos
DISCUSSÃO E CONCLUSÃO
A manutenção de uma via aérea adequada é uma das maiores preocupações durante o APH a pacientes com via VIE. A presença de
via aérea difícil (VAD), então, é um dos maiores desafios às equipes, exigindo alternativas de recursos para sua abordagem, a fim de
assegurar sua pervidade. A IOT é considerada o método ideal para assegurar e manter a via aérea permeável e segura, porém estudos comprovam
que sem o treino e experiência adequados a incidência de complicações é elevada, havendo destaque para entubações esofágicas, comprometimento da
perfusão cerebral e coronária. Os DSG demonstram ser menos operador-dependente, mais fáceis de serem introduzidos que os tubos
traqueais, desprender menos tempo durante seu posicionamento e, ao contrário, da IOT, em geral, podem ser colocados sem
interrupção das compressões (em PCR), estabelecendo uma via aérea temporária eficaz. Como a escolha do dispositiv o é casoespecífico, mesmo em cenário de trauma, e são demonstrados muitos casos (como esse), da viabilidade dos DSG’s, merecem maior
destaque estudos quanto às suas utilizações.
REFERÊNCIAS
1. Andreas R. Thierbach. Michael F. Murphy. Prehospital Airway Management. Section V Difficult Airway Situations. 731-55.
2. Sociedade Brasileira de Anestesiologia. Projeto Diretrizes: Intubação Traqueal Difícil.2003.
3. BURSHA, J.S. et al. A comparison of trauma intubations managed by anesthesiologists and emergency physicians. Acad
Emerg Med 2004, 11:66-70.
4. FRIEDMAN, L et al. Emergency department airway management before and after an emergency medicine residency. J Emerg
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CEFALÉIA AGUDA: ESTRATÉGIAS DE ABORDAGEM POR SERVIÇO DE ATENDIMENTO MÓVEL DE URGÊNCIA
Relato de Caso
Edilson Marques da Silva*, Glayson Carlos Miranda Verner*, Renato Carneiro de Freitas Chaves**,
Daniela Omar de Souza**, Paula Ramona Silva de Maria**, Thiago Omar Ferreira de Souza**
INTRODUÇÃO:
1
Dor é o sintoma mais frequente na prática clínica, com predomínio nítido da cabeça em relação aos outros órgãos, sendo as cefaléias
2
importante problema de saúde pública no Brasil e no mundo . Estima-se que 80% dos indivíduos apresentarão, ao menos uma vez ao
1
ano, um episódio de cefaléia , fazendo com que, muitos recorram aos serviços de atendimento pré-hospitalar (APH) com esta queixa. Há
necessidade, por partes dessas equipes, do reconhecimento de que o sintoma muitas vezes pode esconder graves quadros. O relato
chama a atenção para dois casos de pacientes que apresentaram, como queixa principal, a cefaléia. O primeiro foi prontamente
conduzido ao hospital, enquanto o outro teve postergado esse cuidado, evoluindo, ambas, com quadros graves.
OBJETIVO:
Apresentar dois casos de APH à pacientes com quadro de cefaléia, chamando à atenção de que muitas vezes este sintoma pode
representar o prenúncio de graves quadros clínicos, às vezes subdiagnosticados, fato para o qual as equipes devem estar atentas.
MÉTODO:
Este relato foi produzido a partir de dados coletados junto às equipes de atendimento, à Ficha de Atendimento do SAMU -DF e de revisão
bibliográfica.
RELATO DO CASO:
Paciente do sexo feminino, 39 anos, acionou o serviço de APH com queixa de cefaléia intensa após “desavença familiar”. Não revela
alterações ao exame físico. Sob a orientação da Regulação Médica (RM) foi medicada com dipirona 1mg EV e diazepam 5m g VO.
Decorrido 1h do atendimento, a equipe retorna ao local em função do recrudencimento do quadro, sendo, a paciente, encaminhada ao
hospital, onde se diagnosticou, por meio de CT de crânio (CT-c), aneurisma cerebral. Puérpera, 43 anos, por meio de familiares, acionam
o serviço de APH em função de essa queixar-se de cefaléia intensa, que foi seguida de sonolência e desmaio. Seu EF revela
rebaixamento do nível de consciência, irresponsividade a estímulos dolorosos, dispnéia, porém estabilidade hemodinâmica. Sob a
orientação da RM recebeu O2 (em máscara facial) e cristaloide (EV) e foi imediatamente encaminhada ao serviço hospitalar onde se
diagnosticou, por meio de CT-c, aneurisma cerebral, evoluindo nas primeiras 24h de internação ao óbito.
DISCUSSÃO E CONCLUSÕES:
A cefaléia é um sintoma frequente nos APH’s. O fator desencadeante dessa quase sempre possui como causa doenças de base
1,5
benigna.
Entretanto, existem condições graves, às vezes subdiagnosticados, neste cenário, que cursam com o sintoma isoladamente,
1,3,4,5
para os quais as equipes devem estar atentas.
. Este relato apresenta dois casos de pacientes em que o fator desencadeante da
cefaléia foi o aneurisma cerebral e que receberam diferentes padrões de triagem ao hospital. Destarte, a triagem n o APH deve ser de
elevada sensibilidade para quadros com o sintoma, sendo que os pacientes devem ser encaminhados aos serviços de atendimento
especializado, o mais precoce possível, diminuindo as taxas de morbi-mortalidade.
REFERENCIAS
1.
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Serviço de Atendimento Móvel de Urgência do Distrito Federal (SAMU-DF)
** Faciplac
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SAMU192-DF
Anais da I-Jornada Científica do SAMU-DF
Serviço de Pesquisa
SERVIÇO DE ATENDIMENTO MÓVEL DE
URGÊNCIA DO DISTRITO FEDERAL
(SAMU192-DF)
SERVIÇO DE PESQUISA
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ANAIS DA
I- JORNADA CIENTÍFICA DO SAMU-DF
I- SEMINÁRIO DE PSICOLOGIA DAS EMERGÊNCIAS
V- SESSÃO CLÍNICO-CIENTÍFICA
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