press-clipping - Mapa Cultural do Ceará
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press-clipping - Mapa Cultural do Ceará
maquinas press-clipping Release “Sarau Núdico I” – 25 de Março de 2015 http://diariodonordeste.verdesmares.com.br/cadernos/caderno-3/bandas-locaishomenageiam-mario-gomes-1.1228689 Record, Rewind, Play (Inglaterra) – 6 de Janeiro de 2015 http://www.recordrewindplay.co.uk/a-right-rrp-round-up/round-up-8/ Entrevista para o site O INIMIGO (RN) – 18 de Novembro de 2014 “A maquinas é uma banda nova vinda de Fortaleza. Terra de muita gente boa. Os caras se intitulam noise, mas isso é muito simplista, já que eles passeiam por um som que é recheado de uma pegada pop vinda da Inglaterra, que pode ir do tal noise até o famoso shoegaze com o bom diferencial que são as letras em português, falando sobretudo de relacionamentos, do dia a dia. Sem complicações. As camadas de guitarras e baixo e bateria marcados, tornam tudo meio soturno. Meio desesperançoso. Como é o dia a dia. Ou não? A banda é formada Allan Dias (vocal/baixo/guitarra), Roberto Borges (vocal/guitarra), Eric Catunda (guitarra) e Tomas Dahas (bateria). Batemos um papo com o Allan sobre a banda e sua até então curta existência. Daí de Fortaleza conheço algumas coisas como SOH, Fóssil, Skate Pirata, Jonathan Doll. Sons bem díspares entre si. Como vocês estão inseridos nessa cena? Allan Dias: Não sei dizer como estamos inseridos na cena no momento em Fortaleza porque sinto que na verdade não existe uma cena bem definida por aqui. Mas considero isso como algo legal porque ao mesmo tempo isso não limita o trabalho artístico das bandas. Considero que o maquinas está de alguma forma inserido numa geração de bandas que buscam uma sonoridade mais ousada e desafiadora como o grupo Chinfrapala, Voyage Roset, Astronauta Marinho. Bandas que não querem se limitar a determinados paradigmas musicais que já não soam tão interessantes, pelo menos para mim. O EP é um esforço de quanto tempo e o que ficou de fora? Já há material para um álbum? A banda é do inicio de 2013 aproximadamente e precisamos de um pouco mais de um ano pra nos sentirmos seguros como banda para gravarmos o nosso primeiro EP. Tínhamos várias ideias de músicas que estávamos trabalhando, mas acabamos chegando em um consenso de que deveríamos focar em algumas músicas (no caso, as 3 que estão no EP) para que pudéssemos lançar o nosso álbum. Já temos outras músicas no gatilho e vamos até tocar algumas nos próximos shows. Agora iremos lançar uma música nova pela coletânea do site The Blog That Celebrates Itself na qual homenageamos um girl group dos anos 60 fazendo uma versão estilo maquinas de uma música da época. E no fim desse ano estaremos já começando novas gravações para o próximo material. Estamos no gás total no momento. (risos) O som de vocês foi referência nos anos 90/00. Como tem sindo a recepção ao trabalho? Está sendo bem legal a receptividade em cima da gente. Muita gente elogiando nosso trabalho, sabe? As vezes converso com o pessoal e muita gente nos diz referencias legais como Sonic Youth, Mogwai, Swervedriver até radiohead, Godspeed You! Black Emperor, entre outros. Acho legal essa identidade que eles têm com a nossa música e a relação com essas grandes bandas, mas também seguimos a nossa identidade da forma que não queremos apenas soar como uma banda tributo de um determinado gênero musical. A gente não se sente muito ligado a um determinado estilo musical, mas a vários que definem a identidade de cada membro do maquinas. O som de vocês tem um tom melancólico. É só a estética sonora ou reflexo de vocês, do dia a dia? Acho que é mais como uma reflexão da gente e sobre como a gente enxerga certos pontos de nossas vidas e coisas que nos afetam. As letras e arranjos das músicas surgiram de forma natural. Era o que queriamos dizer, então não acho que a nossa impressão sonora seja apenas estética ou uma atitude blasé. “Theresa” fala sobre os relacionamentos líquidos desse mundo moderno e sobre como as pessoas se ligam e se desligam tão facilmente uma das outras. “Mofo” fala sobre nostalgia de bandas que acabam e sobre o sentimento que cada um deve ter com o seu passado. Já “Elevador” de certa forma fala sobre idiotas. (risos) Mais exatamente sobre pessoas de senso comum e como elas conseguem julgar e denegrir outras pessoas por serem de algum forma diferentes, seja pelo estilo de vida, visual, opções sexuais, entre outros. Então acredito que a gente quis passar a nossa visão de certas coisas da vida e como nós a enxergamos através de nossa música. Como está a possibilidade de tocar fora do CE? Sim, estamos super abertos a possibilidades de tocar fora do CE. Queremos muito ter a oportunidade de tocar em outros estados para mostrar o nosso som e conhecer gente interessante e bandas por ai. Se houver oportunidades de tocar aí no RN seria muito legal. Conheço uma galera da cena daí que está com umas bandas muito boas também como a Ruido de Máquina! Mas vocês estão procurando? Ou estão esperando o álbum para fazer isso? Eu estou voltando a procurar oportunidades porque há uns meses atrás a banda teve umas reformulações no line up. E agora que estamos já bem ajustados com a nova formação da banda. Ai vamos atrás de definir mais os próximos shows da banda nesse fim de ano e para 2015 também. Para finalizar, cinco bandas que marcam a produção de vocês. Sonic Youth Unwound Fugazi My Bloody Valentine Lupe de Lupe” http://www.oinimigo.com/blog/maquinas/ Relançamento do EP no selo carioca BICHANO RECORDS – 27 de Fevereiro de 2015 https://bichanorecords.bandcamp.com/album/maquinas NEW YEAH MÚSICA – 18 de Fevereiro de 2015 por Afonso de Lima. “A cultura pop como um todo vive de criações e recriações - os "revivals", como gostam de chamar os críticos. Na música, o processo de revival mostra bandas atuais que resgatam estilos musicais de décadas passadas, adaptando seus arranjos para as evoluções tecnológicas e as linguagens de cada época. Entre a série de estilos que vêm sendo adaptados e redescobridos, está o shoegaze: estilo musical denso e pouco difundido, mas que proporcionou ao mundo verdadeiras pérolas, como a obra prima Loveless, da banda irlandesa My Bloody Valentine. Influenciados por esse movimento e também pela estética musical de bandas como Ride, Slowdive e Cocteau Twins, um quarteto de músicos cearenses escolheu o shoegaze como plano de fundo para lançar seu primeiro material autoral. À união das ambições dos quatro, deram o nome de Máquinas. O disco homônimo tem apenas três faixas, cada uma com mais de cinco minutos de duração e que, juntas, conseguem somar mais de 20 minutos de arranjos impecáveis, saturados por guitarras e ruídos pouco comuns. O resultado é algo muito novo: um bom disco de shoegaze cantado 100% em português. A Máquinas é, sem dúvida, uma das bandas mais curiosas do últimos anos, tanto por cantar em português quanto por mesclar gêneros pouco explorados no país, como o noise, instrumental e, principalmente, o shoegaze. É supreendente ouvir o som da Máquinas e perceber que, no meio de tantas guitarras, as palavras que aparecem estão sendo ditas em bom e não tão audível português, mostrando que é possível explorar qualquer ritmo sem perder as raízes linguísticas do país onde se está inserido. O disco pode estar inaugurando uma nova fase para o gênero. O pioneirismo da banda ao cantar shoegaze em português pode ser o início de uma nacionalização do gênero, repetindo passos que o rap e o hardcore trilharam em décadas passadas. Nos Brasil dos anos 2000, o movimento hardcore cresceu de forma bastante rápida pelos centros urbanos, e seu início se caracterizou pela solidificação de nomes nacionais que cantavam em inglês. O movimento de nacionalização foi lento, mas partiu de uma parcela muito pequena de bandas que passaram a escrever e cantar em língua portuguesa, algo que depois se tornou regra e ajudou a criar linguagem e estilos próprios ao HC BR. E, assim como o hardcore nos anos 2000, o shoegaze ganha, em 2015, a sua primeira representante nacional-nacionalizada e, ainda melhor, vinda de uma região extremamente rica em diversidade cultural e musical, responsável por exportar para o Brasil inteiro grandes nomes do rock, do pop, da MPB, do maracatú e de outra infinidade de ritmos que, em todas as definições, conseguem trazer junto as raízes nordestinas, seja no sotaque ou no ritmo de suas canções. O disco de estreia, além de conter toda essa bagagem multicultural, consegue trazer ao fã do gênero uma obra capaz de se igualar a qualquer grande lançamento internacional, por apresentar uma qualidade de produção extremamente profissional e cuidadosa, com timbres muito bem modulados e linhas de baixo e guitarra perfeitamente alinhadas com as infinitas paredes de guitarras formadas durante o andamento das canções. Máquinas, o disco, também conta com experimentações que colocam o pé da banda em outros estilos, abusando de ruídos externos e sujeiras sonoras que preenchem muito bem as nuances do som; e que beliscam o post rock, trazendo refrões pesados com andamentos longos e densos, sempre guiados por riffs graves e oitavados de guitarras carregadas de muita modulação. Apesar do disco firmar a sua base no shoegaze, faixas, como "Theresa", conseguem levar a banda à uma atmosfera ainda mais soturna, trabalhando percussões semelhantes as experimentações dos ingleses do Joy Division em Unknown Pleasures e flertando diretamente com linhas de baixo muito usadas no pós-punk. Mas essa multiplicidade musical não se torna evidente apenas em uma faixa específica: ela caminha por toda a obra, trazendo constantemente o ouvinte para uma atmosfera muito própria criada pelo grupo, onde a base é o shoegaze, o ruído é noise, o baixo é pós-punk e o conjunto de tudo, mesclado a cada característica, influência, ritmo e palavra, consegue soar originalmente brasileiro. Máquinas, da Máquinas, foi finalizado em 2014, gravado e produzido de forma independente e está sendo lançado esse ano pelo selo carioca Bichano Records. Para conhecer mais da banda, basta acessar a sua página no Facebook. O EP na íntegra pode ser conferido no Bandcamp.” http://www.newyeahmusica.com/2015/02/maquinas-e-o-shoegaze-brasileira.html SHOEGAZE LOVE (Alemanha) – 11 de Janeiro de 2015 por por Oyemi Noize http://oyeminoize.blogspot.de/2015/01/i-shoegaze-january-i.html MOVE THAT JUKEBOX – 4 de Agosto de 2014 por Neto Rodrigues http://movethatjukebox.com/conheca-o-ep-de-estreia-quarteto-cearense-maquinas/ MÚSICA CAFÉ – 25 de Agosto de 2014 por Mozza Lima http://www.musicacafe.com.br/2014/08/lancamentos-phill-veras-o-terno.html LATINO AMÉRICA SHOEGAZE (Argentina) – 28 de Setembro de 2014 por Jairo Mansur http://latinoamerica-shoegaze.blogspot.com/2014/09/resenas-maquinas-maquinas2014.html NOVO ROCK NACIONAL – 17 de Outubro de 2014 http://www.novorocknacional.com/2014/10/maquinas-maquinas-ep.html