Projeto Borboleta – SINOP-MT – 21.04.15
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Projeto Borboleta – SINOP-MT – 21.04.15
Se você não vier, iremos até você. Ilustração de Maria Sibylla Merian (1647-1717) PROJETO BORBOLETA Município: Sinop/MT Identificação do Gestor Municipal:Juarez Alves da Costa Identificação do Gestor Municipal de Saúde: Francisco Specian Jr Equipe proponente: Equipe de Saúde da Família Jardim Botânico Profissionais envolvidos: Equipe de Saúde da Família Jardim Botânico, SMS Sinop, ERS Sinop e Instituições da Sociedade Civil Organizada Publico Alvo: Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais Localização: Área de abrangência USF Jardim Botânico - Município de Sinop Período de Execução: Outubro/2014a Dezembro/2015 Instituições envolvidas: o SMS Sinop o SME Sinop o SAE o CAPS o CRAS/CREAS o NASF o UPA o Conselho Tutelar o Defensoria Pública o Ministério Público o Secretaria de Segurança Pública: Policia Civil e Polícia Militar o SEJUDH – Complexo Penitenciário Feminino e Masculino o Comissão de Direitos Humanos OAB o ERSSinop o REFECCS o HRSinop o HRSorriso o Hospital Santo Antônio – Oncologia 1. Caracterização do Município Dados geográficos e demográficos: A origem do município de Sinop vem do Núcleo de Colonização Celeste, de Jorge Martins Phillip, com área inicial de 198 mil hectares de terras destinadas à colonização. Em 1971, Ênio Pepino que representava a Sociedade Imobiliária Noroeste do Paraná - SINOP, adquiriu as terras de Phillip. Ênio trazia consigo a experiência da formação de 18 cidades no Paraná e montou uma estrutura mista de colonização: atividade agropecuária e indústria de transformação. A estrutura agropecuária constava de secções: Vera, Sinop (Gleba 2 Celeste), Santa Carmem e Cláudia. Cada uma delas teria um centro populacional e em volta do centro, a curta distância haveriam chácaras. O nome adotado foi o da sigla da firma: SINOP - Sociedade Imobiliária Noroeste do Paraná e sua fundação ocorreu em 14 de setembro de 1974, sendo que o maior contingente de migrantes ocorreu em 1975. O distrito de Sinop foi criado em 1976, e o município em 17 de dezembro de 1979, através da Lei Estadual nº 4156. Atualmente o município de Sinop conta com os seguintes serviços na área de saúde: Complexo Regulador Municipal: Serviços especializados próprios: anatomia patológica/citopatologia, atenção à saúde no sistema penitenciário, atenção à tuberculose, atenção psicossocial, (CAPS), audiologia/otologia, cardiologia, cirurgia vascular, controle e acompanhamento à gestação, (SAE), eletroencefalografia emergência, endoscopia, equipe da saúde da família ESF, fisioterapia, reabilitação, (UDR), hemoterapia, (UCT), odontologia, (CEO), oftalmologia, ultrassonografia, regulação de serviços de saúde planejamento familiar, UPA. Além de excerese de mama e vasectomias, urgência, transporte básico de paciente, vigilância em Saúde. Contratualização SUS: Internação Hospitalar, Urgência e Emergência, UTI, Laboratório Clínico, Oncologia, Queimados, Quimioterapia, Radiologia, Serviço De Nefrologia, (CTR), Tomografia Computadorizada, Ressonância Nuclear Magnética e Densitometria Óssea, Mamografia. Serviços terceirizados Clinica São Camilo: Ressonância Nuclear Magnética. Dados Demográficos A População Total do Município: 113.099 habitantes (IBGE, 2010) Área Total: 3.194,34 km² Índice de Desenvolvimento Humano (IDH): 0.807 (Atlas de Desenvolvimento Humano/PNUD - 2000) Data de Instalação do município: 14/09/1979 Microrregião: Sinop Mesorregião: Norte Mato-Grossense Distância à Capital: 503 Km 2. Justificativa O direito à saúde no Brasil é fruto da luta do Movimento da Reforma Sanitária e está garantido na Constituição de 1988, onde a saúde é entendida de maneira ampliada e não apenas como assistência médico sanitária e nesta concepção, saúde é decorrente do acesso das pessoas e coletividades aos bens e serviços públicos oferecidos pelas políticas sociais universais. Compreender a determinação social no dinâmico processo saúde-doença das pessoas e coletividades requer admitir que a exclusão social decorrente do desemprego, da falta de acesso à moradia e à alimentação digna, bem como da dificuldade de acesso à educação, saúde, lazer, cultura interferem, diretamente, na qualidade de vida e de saúde. Requer também o reconhecimento de que todas as formas de discriminação como no caso das homofobias que 3 compreendem lesbofobia, gayfobia, bifobia, travestifobia e transfobia, devem ser consideradas na determinação social de sofrimento e de doença. É preciso compreender, por outro lado, que estas formas de preconceito não ocorrem de maneira isolada das outras formas de discriminação social. Ao contrário, elas caminham ao lado e se reforçam pelos preconceitos do machismo, o racismo e a misoginia. Embora a epidemia da AIDS tenha provocado que o sistema de saúde focasse suas prioridades também nas pessoas travestis e transexuais, conferindo certa visibilidade ao grupo, atualmente é conhecido que os problemas de saúde destas pessoas são bem mais complexos e suas demandas são numerosas. A prostituição para as travestis significa não apenas sua sobrevivência financeira, mas também a possibilidade de pertencimento social, que lhes é negado em outros espaços. É na rua que as travestis exercitam o feminino, a afetividade, as relações sociais, mas é também o espaço de consumo em geral, inclusive de drogas, silicone industrial, hormônios e outros medicamentos. A rua e a prostituição acarretam também maiores riscos de contrair DST/AIDS e mais violência, o que torna esse grupo ainda mais vulnerável. Outra questão importante são as freqüentes mortes de travestis devido à aplicação do silicone industrial, utilizado para promover as mudanças para a feminilização do corpo. A restrita experiência dos serviços de saúde que lidam com a transexualidade feminina constitui evidência sobre o intenso sofrimento dessas pessoas ao não se reconhecerem no corpo biológico. Esta situação leva a diversos distúrbios de ordem psicológica acompanhados de tendências à automutilação e ao suicídio, sendo a depressão, as crises de ansiedade e sensações de pânico freqüentes entre as travestis. Outro grave problema para a saúde de transexuais e travestis é o uso indiscriminado e sem orientação de hormônios femininos e masculinos. Há reconhecida relação entre o uso de hormônios femininos e a ocorrência de acidente vascular cerebral, flebites, infarto do miocárdio entre outros agravos, resultando em mortes ou seqüelas importantes e a automedicação normalmente realizada com doses elevadas de hormônios masculinizantes e feminilizantes é também um agravante no quadro de saúde destas pessoas. A falta de respeito ao nome escolhido pelas pessoas travestis e transexuais se configura como uma violência que acontece diariamente nas suas vidas sociais, associada a esse fato, também há que se considerar a violência psicológica e física à que essas pessoas são submetidas, inclusive contribuindo com as estatísticas de morte por causas violentas. A impossibilidade de manifestar sua orientação sexual no interior da família e nos locais públicos define para os gays o destino do exercício clandestino da sexualidade. Essa situação os leva a freqüentar lugares e situações desprovidos de condições favoráveis à prevenção de doenças. A condição de LGBT incorre em hábitos corporais ou mesmo práticas sexuais que podem guardar alguma relação com o grau de vulnerabilidade destas pessoas. No entanto, o maior e mais profundo sofrimento é aquele decorrente da discriminação e do preconceito. Os desafios na reestruturação de serviços, rotinas e procedimentos na rede do SUS serão relativamente fáceis de serem superados. Mais difícil, entretanto, será a superação do preconceito e da discriminação que requer, de cada um e do coletivo, mudanças de valores baseadas no respeito às diferenças. 4 O respeito sem preconceito e sem discriminação deve ser objetivado como fundamento para a humanização na promoção, proteção, atenção e no cuidado à saúde. Para que isso se efetive, precisamos articular um conjunto de ações e programas, que constituem medidas concretas a serem implementadas. Dessa forma, enfrentar toda a discriminação e exclusão social implica em promover a democracia social e, ao mesmo tempo, exige ampliar a consciência sanitária com mobilização em torno da defesa, do direito à saúde e dos direitos sexuais como componente fundamental da saúde. Diante da complexidade da situação de saúde do grupo LGBT e, especialmente, diante das evidências que a orientação sexual e a identidade de gênero têm na determinação social e cultural da saúde, faz-se necessário ampliar o acesso à ações e serviços de qualidade, contribuindo para a construção de mais equidade no SUS, promovendo ações de enfrentamento das iniqüidades e desigualdades em saúde. Justifica-se portanto a necessidade de execução do Projeto Borboleta pela Equipe de Saúde da Família do Jardim Botânico, tornando-se referência em acolhimento e atenção integral às necessidades de saúde dessa população. 3. Objetivo Promover através de iniciativa inovadora, a atenção integral à saúde de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais, ampliando o acesso aos serviços de saúde, contribuindo para a redução das desigualdades e para a consolidação do SUS como sistema universal, integral e equânime. 4. Objetivos Específicos Qualificar os serviços do SUS para a atenção e o cuidado integral à saúde de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais (Capacitação da ESF Jardim Botânico) Incluir e qualificar ações e procedimentos na oferta de atenção e cuidado da rede SUS, adequando às especificidades e necessidades da população LGBT (Organização da Rede de Serviços) Ampliar o acesso de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais aos serviços de saúde do SUS, garantindo o respeito às pessoas e acolhimento com qualidade e resolução de suas demandas e necessidades (NASF/UBS: promover atividade atrativa voltada para a auto-estima e roda de conversa) Oferecer atenção e cuidados à saúde aos adolescentes e idosos LGBT (CRAS, PSE, Saúde do Idoso) Incluir ações educativas nas rotinas dos serviços de saúde voltados à promoção da auto-estima entre LGBT e diminuição do preconceito para a sociedade em geral (Dia/semana/mês alusivo, utilização de adesivo/laço colorido arco –íris, distribuição de panfletos e cartilhas nos eventos da saúde) Qualificar a rede do SUS para a redução de danos à saúde da população LGBT, no que diz respeito ao uso excessivo de medicamentos, drogas, fármacos e substâncias industriais, especialmente para travestis e transexuais (farmacêutico com conhecimento na área) Oferecer atenção pronta e oportuna aos problemas decorrentes do uso prolongado de hormônios femininos e masculinos para travestis e transexuais (assistência multiprofissional) 5 Oferecer orientação visando a reduçãoda morbidade e a mortalidade de travestis pelo uso de silicone industrial (orientação multiprofissional) Oferecer atenção integral na rede de serviços do SUS para lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais na prevenção e tratamento de DSTs, HIV, AIDS e hepatites virais (SAE) Prevenir novos casos e ampliar o acesso ao tratamento qualificado de cânceres ginecológicos (cérvico uterino e de mamas) entre as lésbicas e mulheres bissexuais (Hospital Regional de Sinop, Hospital Regional de Sorriso e Hospital Santo Antônio) Prevenir novos casos e ampliar acesso ao tratamento de câncer de próstata entre gays, homens bissexuais, travestis e transexuais (Hospital Regional de Sinop, Hospital Regional de Sorriso e Hospital Santo Antônio) Fortalecer a participação de representações LGBT nos conselhos e conferências de saúde Estimular e realizar campanhas e outras atividades contra o preconceito e a discriminação de LGBT nos serviços de saúde (Dia/semana/mês alusivo, utilização de adesivo/laço colorido arco –íris, distribuição de panfletos e cartilhas nos eventos da saúde, panfletagem na rua, instalação de faixas) Garantir o uso do nome social de travestis e transexuais de acordo com a Portaria 1820 14 de agosto de 2009 Promover o respeito aos grupos LGBT em todos os serviços do SUS, particularmente, evitar constrangimentos no uso de banheiros e nas internações em enfermarias (UBS, UPA e Hospitais) Reduzir os problemas relacionados à saúde mental, drogadição, alcoolismo, depressão e suicídio entre LGBT, atuando na prevenção, promoção e recuperação da saúde (CAPS) 5. Estratégia de Execução: Primeiro momento: Reunião da Equipe UBS Botânico com a Secretaria Municipal de Saúde: Educação em Saúde, Área Técnica de Saúde do Homem e Técnicos do Escritório Regional de Saúde de Sinop, para compor a equipe de atuação, discussão e definição: das ações prioritárias, do período de realização do Projeto, das Instituições da Sociedade Civil organizada a serem convidadas à participação e definição de data, horário e local de realização de Reunião Ampliada. Segundo momento: Realização de Reunião Ampliada com a Equipe UBS Botânico com a Secretaria Municipal de Saúde: Educação em Saúde, Área Técnica de Saúde do Homem, Técnicos do Escritório Regional de Saúde de Sinop, representantes das Instituições: SME Sinop, SAE, CAPS, CRAS, NASF, UPA, Conselho Tutelar, Defensoria Pública, Secretaria de Segurança Pública, Direitos Humanos, ERSSinop, REFECS, HRSinop, HRSorriso e Hospital Santo Antônio para definição de oferta e organização da Rede de Serviços. Terceiro momento: Atividade Atrativa/Roda de Conversa da Equipe de atuação com representantes do público 6 alvo do Projeto Borboleta: Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais Profissionais do Sexo para escuta qualificada, levantamento de demandas, fortalecimento de vínculo e confiança, oferta de serviços e acompanhamento de casos. Quarto momento: Capacitação da Equipe para acolhimento da população à que se destina o Projeto Borboleta, divulgação do Projeto, sensibilização da população em relação ao preconceito nas unidades de saúde, escolas e residências através da entrega de cartilhas e panfletos. Quinto momento: Avaliação qualitativa e quantitativa dos resultados. 6. Cronograma Físico 2014: Período de Execução das Ações – 2014 Descrição da Ação out 1. Reunião da Equipe UBS Botânico com a Secretaria Municipal de nov dez 14/10/2014 Saúde e Técnicos do Escritório Regional de Saúde de Sinop 2.Realização de Reunião Ampliada 19/11/2014 3. Reunião da Equipe de atuação com representantes do público 01/12/2014 LGBT 7. Cronograma Físico 2015: Descrição da Ação Período de Execução das Ações 2015/1º semestre jan Fev mar 1. Capacitação da Equipe para acolhimento X 2. Divulgação do Projeto, sensibilização da população X Descrição da Ação abr maio junh X X X Período de Execução das Ações 2015/2º semestre ago set out 1. Avaliação qualitativa e quantitativa dos resultados nov dez X 8. Orçamentário Descrição da Ação Quantidade Valor Unitário Valor Total 1. Camisetas 150 18,00 2.700,00 2. Panfletos/Folder 1000 0,70 700,00 3. Cartilhas 1000 3,90 3.900,00 4. Faixa 03 100,00 300,00 5. Adesivos 02 300 600,00 7 6. Banner 02 150,00 300,00 7. Pasta de Aba Elast Poly Cart 50 2,20 110,00 8. Caneta 50 1,20 60,00 9. Papel A4 3 resmas 17,00 51,00 10. Cofee Break 30 pessoas 334,00 1.000,00 11. Copo descartável 50 ml 150 7,50 22,50 12. Pincel Atômico Lousa Branca 10 3,50 35,00 13. Bloco de Papel Flip Chart 01 35,00 35,00 14. Tonner Impressora colorida 01 250,00 250,00 15. Papel Certificado 50 4,00 200,00 10.263,50 Total 9. Resultados Esperados Promover através de iniciativa inovadora, a atenção integral à saúde de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais, ampliando o acesso aos serviços de saúde, contribuindo para a redução das desigualdades e para a consolidação do SUS como sistema universal, integral e equânime. 10. Equipe de elaboração Nome Telefone e-mail AnairTardettiAndretta 66 9656 6488 [email protected] Cirlei Braz Nardino 66 9606 6922 [email protected] Claudia Cristina Zuanazzi 66 9639 0250 [email protected] DilceMaffissoni 66 9632 8262 [email protected] Jocélia de Souza 66 9955 7476 [email protected] Katia Roseli Araújo 66 9955 7476 [email protected] Luciano Silva de Oliveira 66 9965 6897 [email protected] Luiza Maria Rodrigues 66 9691 0201 [email protected] Marcia Regina Moura 66 9631 9437 [email protected] Marlene Secco 66 9602 4463 [email protected] Ramony Alves 66 9662 1869 [email protected] Roseni Mamede de Souza 66 9613 7842 [email protected] Silvania Bezerra Silva 66 9642 5485 [email protected] Silvia Regina de Oliveira 66 9994 6896 [email protected] Vanessa Rodrigues de Almeida 66 9605 3624 [email protected] Vera HelnaArenhardt 66 9971 2513 [email protected] 8 __________________________ Anair Tardetti Andretta ACS Jardim Botânico SMS Sinop __________________________ Cirlei Braz Nardino ACS Jardim Botânico SMS Sinop __________________________ Dilce Maffissoni ACS Jardim Botânico SMS Sinop __________________________ Jocélia de Souza ACS Jardim Botânico SMS Sinop __________________________ Katia Roseli Araújo ACS Jardim Botânico SMS Sinop __________________________ Luciano Silva de Oliveira ACS Jardim Botânico SMS Sinop __________________________ Luiza Maria Rodrigues ACS Jardim Botânico SMS Sinop __________________________ Marcia Regina Moura ACS Jardim Botânico SMS Sinop __________________________ Marlene Secco ACS Jardim Botânico SMS Sinop __________________________ Ramony Alves ACS Jardim Botânico SMS Sinop __________________________ Roseni Mamede de Souza ACS Jardim Botânico SMS Sinop __________________________ Silvania Bezerra Silva ACS Jardim Botânico SMS Sinop __________________________ Silvia Regina de Oliveira ACS Jardim Botânico SMS Sinop __________________________ Vanessa Rodrigues de Almeida ACS Jardim Botânico SMS Sinop __________________________ Vera Helna Arenhardt ACS Jardim Botânico SMS Sinop __________________________ Katia Regina Nettson Administrativo UBS JB SMS Sinop __________________________ Elanir Lima Bernardes T. Enfermagem UBS JB SMS Sinop __________________________ Luiza Ito Ferreira Enfermeira UBS JB SMS Sinop 9 __________________________ Marcia Jaeger Specian OdontólogaUBS JB SMS Sinop __________________________ Priscila Appel Brandão Médica Equipe I UBS JB SMS Sinop __________________________ Miriam Souza de Castro Médica Equipe II UBS JB SMS Sinop __________________________ Jorgina Frois Coordenadora AB SMS Sinop __________________________ Claudia Cristina Zuanazzi Autora do Projeto Borboleta ERSSinop __________________________ Francisco Specian Jr Secretário Municipal de Saúde Sinop/MT 10 11. Ilustração do Projeto Metamorfose das lagartas em borboletas por Maria Sibylla Merian Maria Sibylla Merian (1647-1717) foi uma naturalista alemã bastante dedicada ao estudo de insetos. Filha de pai artista e criada pelo padrasto que era pintor, Maria Sibylla foi estimulada a desenvolver seu talento artístico, que usou para publicar seu primeiro livro, com pinturas de flores em 1675. Numa época em que os insetos eram considerados animais demoníacos e por isso desprezados, Maria Sibylla se dedicou a estudá-los, atividade predominantemente masculina na época. Seu segundo livro: A maravilhosa transformação e a estranha nutrição vegetal das lagartas, publicado em 1678, traz desenhos completos do ciclo de vida das borboletas e, com isso, apresenta um processo desconhecido pela maioria da população: a metamorfose. Depois de se separar do marido, outra atitude bastante incomum na época, Maria Sibylla foi morar em Amsterdã, capital da Holanda. Lá, conheceu os animais tropicais vindos do Suriname, que era então colônia açucareira holandesa, tal como o Brasil foi de Portugal. Deslumbrada com os animais e animada por estudá-los na natureza, partiu para outra realização até o momento feita apenas por homens: uma expedição naturalista aos trópicos. No Suriname, ela estudou e pintou diversos tipos de planta (como a bananeira e o abacaxi) em seus ambientes naturais. Em 1705, de volta à Holanda, publicou seu último livro, Metamorfose dos insetos do Suriname. Na época em que Maria Sibylla viveu, travava-se uma disputa entre os cientistas sobre a origem dos animais. Alguns pensavam que os insetos se originavam da lama e da sujeira, de acordo com a ideia da geração espontânea da vida. Outros cientistas acreditavam que a vida somente poderia se originar de outra vida. Como os trabalhos de Maria Sibylla mostravam que as borboletas eram geradas por outras borboletas, seus estudos reforçavam a segunda ideia. Como não redigia seus livros em latim, língua usada pelos cientistas da época para comunicar suas descobertas, seu trabalho completo, com descrição de mais de 186 espécies, e seu pioneirismo permaneceram desconhecidos da comunidade científica por muito tempo. Se seu trabalho tivesse sido divulgado em latim na época em que foi realizado, poderia ter influenciado os rumos da ciência ao fortalecer ideias contrárias à geração espontânea da vida a partir da matéria bruta, ideias que também haviam sido exploradas e questionadas por outros cientistas, como Francesco Redi (1626–1698), por volta de 1668. 11 12. Referencial Bibliográfico BRASIL, Ministério da Saúde. Política Nacional de Saúde Integral de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais. Brasília DF/2010. BRASIL, Ministério da Saúde. Portaria 1820 Nome Social, 14 de agosto de 2009. BRASIL, Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Núcleo Técnico da Política Nacional de Humanização. Acolhimento nas práticas de produção de saúde / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Núcleo Técnico da Política Nacional de Humanização. – 2. ed. 5. reimp. – Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2010. BRASIL, Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Política Nacional de Humanização. Atenção Básica/Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Política Nacional de Humanização. Brasília DF/2010. PASSOS et al, Redução de Danos e Saúde Pública: Construções alternativas à política global de guerra às drogas. MS Brasília/2010. BRASIL, Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica.Saúde mental / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica, Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Brasília DF/2013. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica.Saúde na escola / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. – Brasília : Ministério da Saúde, 2009. MERIAN, Maria Sibylla Merian. A maravilhosa transformação e a estranha nutrição vegetal das lagartas. Alemanha, 1678. 12