INFORMATIVO SEMANAL AGL - AGL

Transcrição

INFORMATIVO SEMANAL AGL - AGL
INFORMATIVO SEMANAL AGL
SUMÁRIO:
Porto Alegre, 24 de Agosto de 2012.............................................. 2
Queijo mais nobre do mundo será produzido em Santa Catarina ... 4
Capacitação/SC ............................................................................. 4
Lei do preço do leite precisa ser regulamentada ............................ 7
Rio de Janeiro ganha mais uma indústria láctea em setembro ....... 7
Importação .................................................................................... 8
Mapa cria grupo para modernizar a defesa agropecuária ............... 9
Importação e alto custo de produção ameaçam a pecuária leiteira
do Brasil ........................................................................................ 9
Reajuste de preço referência agita setor lácteo ........................... 11
Fiscais Agropecuários protestam e distribuem leite ..................... 12
Preços .......................................................................................... 14
Argentina: Crise leiteira também afeta grandes companhias ....... 15
EUA: Governador de Nova York reduz restrições para suprir
demanda de leite ......................................................................... 16
Nestlé perde batalha do Nespresso na Alemanha ........................ 16
Como eles produzem o melhor leite do mundo? ........................... 17
Seca provoca efeitos econômicos em todo o planeta ................... 20
Leite. Comissão Europeia abre consulta sobre futuro das quotas
após 2015 .................................................................................... 24
Preços do leite em pó estão reagindo no mercado internacional.. 25
Aditivo lácteo "anti-apetite" obtém aprovação preliminar no Reino
Unido ........................................................................................... 25
1
INFORMATIVO SEMANAL AGL
Porto Alegre, 24 de Agosto de 2012.
RIO GRANDE DO SUL
Estado elabora programa Mais Leite
O Governo do Estado trabalha na formatação final do Programa Mais Leite que
estabelecerá mecanismos capazes de impulsionar o aumento da produção gaúcha. O leite
é um dos 22 itens priorizados pelo governo na Política Industrial , pois é uma atividade
que envolve mais de 100 mil famílias e responde por 2,7% do PIB gaúcho, produzindo
cerca de dez milhões de litros/dia. Para tratar de questões relacionadas com o programa,
cujas diretrizes centrais foram estabelecidas no Seminário de Alinhamento Estratégico
promovido pela Câmara Setorial do Leite, o secretário adjunto da Agricultura, Pecuária e
Agronegócio,
Claudio
Fioreze,
esteve
reunido
na
manhã
desta
terça-feira
com
representantes da Secretaria do Desenvolvimento e Promoção do Investimento (SDPI) e
da Secretaria da Fazenda. Entre os temas tratados estavam a criação do Instituto
Gaúcho do Leite, Fundo Setorial do Leite, Programa de Qualidade e Programa de
Melhoramento Genético. Fioreze argumenta que é fundamental a implantação de
programas que impulsionem, especialmente, o aumento da produtividade. "Enquanto
nossos vizinhos argentinos e uruguaios conseguem uma produtividade em torno de cinco
mil litros/leite/vaca/ano, aqui no Rio Grande do Sul, na média, produzimos 2.300 litros",
justificou o secretário adjunto. Fonte: Assessoria de Imprensa da Secretaria da
Agricultura, Pecuária e Agronegócio
Plano apoiará pobre do campo
O Rio Grande do Sul terá, a partir do ano que vem, um plano safra especial para
contemplar a parcela mais pobre do campo. O anúncio foi feito ontem pelo governador
Tarso Genro durante reunião com integrantes do Conselho de Desenvolvimento
Econômico e Social. Eles entregaram ao chefe do Executivo um relatório com propostas
para o desenvolvimento rural. De acordo com o secretário Ivar Pavan, cerca de 200 mil
famílias de pequenos agricultores, camponeses, assentados, índios e quilombolas
poderão ser beneficiadas com crédito subsidiado e políticas específicas de pesquisa e
assistência. O próximo passo é conceituar e identificar o perfil do público a ser
contemplado. Depois, o conselho gestor do Plano Safra e a Câmara Temática Economias
2
INFORMATIVO SEMANAL AGL
do Campo irão definir as medidas a serem adotadas. O assessor de Política Agrícola da
Fetag, Airton Hochscheid, elogiou a iniciativa. "Precisamos de políticas específicas para
públicos específicos. Não podemos tratar de forma igual os desiguais." Fonte: Correio do
Povo
SANTA CATARINA
Conseleite/SC
A diretoria do Conseleite - Santa Catarina, atendendo os dispositivos disciplinados no
artigo 15 do seu Estatuto, inciso I, aprova e divulga os preços de referência da matériaprima leite, realizado no mês de julho de 2012 e a projeção dos preços de referência
para o mês de agosto de 2012. Os valores divulgados compreendem os preços de
referência para o leite padrão, bem como o maior e menor valor de referência, de acordo
com os parâmetros de ágio e deságio em relação ao Leite Padrão, calculados segundo
metodologia definida pelo Conseleite - Santa Catarina. Fonte: FAESC
3
INFORMATIVO SEMANAL AGL
Queijo mais nobre do mundo será produzido em Santa Catarina
O governador catarinense Raimundo Colombo participou, no dia 18 de agosto de 2012,
da inauguração do complexo internacional da empresa Gran Mestri. A fábrica está
localizada no município de Guaraciaba
A Gran Mestri recebe do Governo do Estado, por meio do Pró-Emprego, incentivos fiscais
que contribuem com a geração de empregos e com o aumento de renda da região.
“Somos o 5º maior país produtor de leite, e agradeço a essa empresa por valorizar a
cultura local. Auxiliamos em sua implantação, dando diferimento do ICMS para ajudar a
Gran Mestri e o Estado no desenvolvimento do agronegócio”, disse o governador.
A nova unidade tem capacidade de produção de 30 toneladas de queijo por dia. Foram
investidos R$ 28 milhões no parque industrial, gerando 200 empregos diretos e com
previsão de faturamento de R$ 150 milhões ao ano. A empresa foi montada com
tecnologia e equipamentos 100% italianos.
A Gran Mestri tem localização estratégica – junto à BR-163, entre São Miguel do Oeste e
Dionísio Cerqueira, na rota da fronteira entre Brasil e Argentina. O proprietário da
empresa, Acari Menestrina, explica que a mesma já atua em parceria com os produtores
de leite dessa região. “Hoje, são 200 produtores que nos atendem, mas queremos
chegar, em 2 anos, a trabalhar com mil fornecedores de leite.”
Há uma década, a Gran Mestri introduziu a espécie de queijo grana padano no Brasil,
reproduzindo as mesmas características dos elaborados na Itália, e agora inaugura um
complexo que será referência na América Latina. “Estamos focados na qualidade exigida
por este queijo nobre e no rigoroso controle diário de todos os lotes e etapas da cadeia
produtiva, com o acompanhamento de mestres queijeiros europeus, para garantir a
essência de um produto diferenciado e especial”, destaca Acari Menestrina. Fonte:
Agrosoft
Capacitação/SC
A Epagri de Guaraciaba, com apoio da Secretaria da Agricultura, realizou uma
capacitação a um grupo de produtores de leite do município abordando principalmente a
produção de leite à base de pasto perene, uma alternativa que baixa o custo de produção
4
INFORMATIVO SEMANAL AGL
e melhora a qualidade do leite e a sanidade do rebanho. A capacitação foi realizada em
duas etapas. No dia 8 de agosto, 26 agricultores discutiram o mercado do leite e suas
perspectivas, implantação de pastagens perenes e o seu manejo. Cada participante fez
um diagnóstico da sua propriedade e o planejamento forrageiro para ela, ou seja,
planejaram qual a área de pastagem necessária para os animais que possuem. “Entre os
vários assuntos discutidos na capacitação, um deles chamou a atenção: – a rapidez do
retorno do capital investido em sistemas de pecuária à pasto”, informou o extensionista,
Moisés Maldaner. “Produzir leite a pasto não descarta o uso de silagem e ração, porém os
critérios de uso são diferenciados”, alerta Moisés. Fonte: Epagri/SC
PARANÁ
Conseleite/PR
A diretoria do Conseleite-Paraná reunida em Curitiba, fatendendo os dispositivos
disciplinados no Capítulo II do Título II do seu Regulamento, aprovou e divulgou os
valores de referência para a matéria-prima leite realizados em Julho de 2012 e a
projeção dos valores de referência para o mês de Agosto de 2012, calculados por
metodologia definida pelo Conseleite-Paraná, a partir dos preços médios e do mix de
comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes. Os
valores de referência indicados nesta resolução correspondem a matéria-prima leite
denominada "Leite CONSELEITE IN62", que se refere ao leite analisado que contém 3%
de gordura, 2,9% de proteína, 600 mil uc/ml de células somáticas e 600 mil uc/ml de
contagem bacteriana. Para o leite pasteurizado o valor projetado para o mês de Agosto
de 2012 é de R$ 1,3544/litro. Visando apoiar políticas de pagamento da matéria-prima
leite conforme a qualidade, o Conseleite Paraná disponibiliza um simulador para o cálculo
de valores de referência para o leite analisado em função de seus teores de gordura,
proteína, contagem de células somáticas e contagem bacteriana. Fonte: Sistema FAEP
5
INFORMATIVO SEMANAL AGL
BRASIL
Subcomissão do leite visitou oito estados
Desde março, os parlamentares da subcomissão do leite realizaram assembleias no
Distrito Federal, Goiás, Paraná, Rondônia, Santa Catarina e Rio Grande do Sul e Minas
Gerais. No Ceará, representantes do Maranhão, Rio Grande do Norte, Piauí, e Bahia,
também participaram das reuniões e elegeram seus delegados. Entre os temas comuns
nos encontros regionais destacam-se a necessidade de fixação de preço mínimo para os
produtores, o combate aos cartéis na produção dos insumos lácteos e a definição de
mecanismos de proteção do mercado interno de importação de produtos subsidiados,
além da redefinição da carga tributária sobre leite in natura. "Com as propostas
alinhadas poderemos estabelecer uma política permanente que garanta estabilidade ao
produtor", afirma o relator da Subcomissão, deputado federal Alceu Moreira. De acordo
com o parlamentar, o Nordeste tem 140 mil ha para irrigação, com investimento, a
região que hoje importa 50% do que consome, será autossuficiente em cinco anos. "O
Nordeste tem grande potencial para a produção leiteira, basta que se invista em irrigação
e assistência técnica. Além da produção de leite de cabra, que é uma característica da
região, observamos que, nas áreas irrigadas a capacidade de produção leiteira é
equivalente às principais bacias leiteiras do País", afirmou. Fonte: Portal DBO
6
INFORMATIVO SEMANAL AGL
Lei do preço do leite precisa ser regulamentada
A Lei 12.669/2012, que obriga a indústrias a informar o preço que será pago ao produtor
pelo litro do leite no próximo mês, ainda precisa ser regulamentada. O tema foi um dos
assuntos debatidos durante reunião da Comissão Nacional de Pecuária de Leite da
Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), que aconteceu esta semana, em
Brasília. O analista de pecuária do Núcleo Técnico da Federação da Agricultura e Pecuária
de Mato Grosso (Famato), Augusto Zanata, representou a entidade.
Conforme explica Zanata, a legislação, publicada em 19 de junho, e que determina às
indústrias informarem até o dia 25 de cada mês o preço pago ao produtor pelo litro de
leite, é um grande avanço da cadeia, porém ainda precisa ser regulamentada já que não
explica qual método será utilizado para a divulgação. Além disso, não informa quem
fiscalizará se as indústrias estão cumprindo a regra e os tipos de punições. "Hoje, no
Brasil se praticam vários preços por uma mesma indústria, geralmente vinculado à
qualidade do produto que é fornecido. Neste caso, a lei não especifica qual preço deverá
ser informado: preço mínimo, preço médio ou o preço pago ao leite de alta qualidade.
Todos estes detalhes fizeram que a lei ficasse vaga, faltando estas definições para que
possa ser regulamentada e executada", explica o analista de pecuária do Núcleo Técnico
da Famato, Augusto Zanata. Fonte: Ascom CNA
Rio de Janeiro ganha mais uma indústria láctea em setembro
Atraído pelos incentivos fiscais concedidos pelo governo estadual, através do Programa
Rio Leite, e de olho no grande mercado fluminense, mais um grupo do setor de lácteos
desembarca no Rio de Janeiro.
A Quatá, que já opera cinco fábricas em Minas Gerais, São Paulo e Paraná, vai investir na
planta industrial e no revigoramento da tradicional marca Leite Glória, em Itaperuna, na
Região Noroeste.
De acordo com o secretário de Agricultura, Alberto Mofati, que coordenou a aproximação
da empresa com o Governo do Estado, a Quatá investirá cerca de R$ 50 milhões na
indústria, que iniciou suas atividades com o Fleischmann Royal e estava sob a operação
da LBR.
- Essa unidade industrial, referência no Rio de Janeiro, é agora absorvida por um grupo
que há mais de um ano vinha buscando oportunidade de entrar no estado, em função da
7
INFORMATIVO SEMANAL AGL
atratividade da legislação fluminense e expectativa de projetar seu posicionamento no
segundo maior mercado consumidor do país - afirmou.
O início de operação da nova fábrica está previsto para setembro, com a captação de
mais de 100 mil litros de leite/dia. A empresa estima atingir no mínimo 200 mil litros até
dezembro e alcançar em dois anos o patamar de 500 mililitros/dia.
O diretor comercial da Quatá, Maurício Cardoso, explicou que esta será a maior indústria
do grupo, ampliando o seu mix de produtos com leite em pó, leite condensado, creme de
leite e UHT da marca Glória.
- De imediato estamos recuperando 120 empregos. Pretendemos absorver até 200 ainda
este ano. Queremos crescer na captação de leite e geração de empregos - enfatizou.
O secretário Mofati antecipou o interesse da empresa em firmar parceria com a secretaria
de Agricultura, com apoio do Banco do Brasil, visando o fomento da pecuária de leite e
fidelização do fornecimento. -Esta é uma condição que temos evidenciado para
manutenção dos incentivos fiscais no Rio de Janeiro - lembrou. Fonte: Jornal do Brasil
Importação
Os números preliminares da média diária de agosto de 2012 das importações de leite e
derivados, em dólar, são 7,20% menores que a média de julho de 2012. Veja o quadro,
considerando apenas os dias úteis das importações efetivas em dólar. Fonte: MDIC
8
INFORMATIVO SEMANAL AGL
Mapa cria grupo para modernizar a defesa agropecuária
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento(Mapa) publicou no Diário Oficial da
União desta segunda-feira (20/8) a Portaria nº 769, instituindo o Grupo de Trabalho que
vai propor a estruturação do Centro de Inteligência e de Formação em Defesa
Agropecuária. O objetivo da medida é o aperfeiçoamento e a modernização dos
processos dadefesa agropecuária em todo o território nacional.
O Grupo de Trabalho será composto por um representante titular e um suplente de cada
um dos seguintes órgãos:Secretaria de Defesa Agropecuária (DAS); Secretaria-Executiva
(SE); Sindicato Nacional dos Fiscais Federais Agropecuários (Anffa); e a Associação
Nacional dos Técnicos de Fiscalização Federal Agropecuária (Anteffa). O Grupo de
Trabalho será coordenado por um representante da SDA que se reportará ao secretário
Executivo, José Carlos Vaz.
O relatório final deverá ser apresentado no prazo de 90 dias, contados a partir de 3 de
setembro de 2012, para aprovação do Secretário Executivo e apreciação do ministro
Mendes Ribeiro Filho. Fonte: Globo Rural
Importação e alto custo de produção ameaçam a pecuária leiteira do Brasil
Um momento difícil impacta de maneira determinante sobre a cadeia produtiva do leite
do Brasil. Fatores que quando associados criaram um contexto de instabilidade, incerteza
e preços baixos pagos ao produtor. Entre os elementos, ganha destaque a forte alta do
custo de produção, causada pela elevação do preço da ração e a importação de leite de
países vizinhos como Uruguai e Argentina.
Segundo Wilson Igi, diretor do Sindicato Rural de Campo Grande, o momento negativo
acontece por questões ligadas ao mercado e também a questão política e econômica que
envolve os países vizinhos. “Podemos destacar que o custo para elaboração da ração
disparou com a elevação dos preços do milho e soja. Além disso, o produtor de leite
brasileiro sofre com a entrada desenfreada de produtos lácteos vindos de países como
Uruguai e Argentina, que traz desequilíbrio para o mercado interno”, afirmou Igi ao
lembrar-se da chamada ‘Guerra dos Portos’, no qual alguns estados brasileiros disputam
a importação de produtos de diversas origens, através de incentivo ou renúncia fiscal.
Com alguns produtos lácteos não é diferente. Mato Grosso do Sul, Estado que também
estava na disputa pela entrada de produtos, conjuntamente com Pernambuco, Santa
9
INFORMATIVO SEMANAL AGL
Catarina, Paraná e Espírito Santo, além de Tocantins, Maranhão e Goiás. No caso sulmato-grossense, a entrada no Estado concentrou-se em produtos lácteos, oriundos
principalmente do Uruguai.
Neste caso, segundo o Serviço de Inspeção de Produtos de Origem Animal da
Superintendência Federal da Agricultura de Mato Grosso do Sul, a ação do braço do
Ministério da Agricultura tem como base a Portaria nº 183/1998, que define que os
importados de origem animal passam por inspeção de documentação realizada pelos
agentes do Sistema de Vigilância Agropecuária Internacional (Vigiagro). São analisadas
as solicitações das empresas localizada em Mato Grosso do Sul para os produtos diversos
de origem animal, como pescados, carnes, manteiga e queijo.
O procedimento é feito após o requerimento, análise técnica e os dados são inseridos no
Siscomex, sistema de informações disposto pelo Mapa, Anvisa e Receita Federal.
Ainda segundo o órgão da SFA/MS, os produtos não têm ficado em Mato Grosso do Sul e,
geralmente seguem para São Paulo e Minas Gerais, com a finalidade de industrialização,
com destaque principalmente para manteiga, leite em pó e queijo para ralar. “Este tipo
de ação, a importação, prejudica sobremaneira a cadeia produtiva do leite do Brasil, uma
vez que acaba chegando como uma concorrência fortalecida pelos subsídios concedidos
pelo governo”, disse Igi.
Em dados solidificados, segundo a Agência de Informações Rural Business, as
importações brasileiras de leite e derivados feitas do Uruguai não param de crescer em
2012, juntamente com a Argentina que também conta com bom ritmo.
No 1° semestre deste ano vieram do Uruguai 37,5 mil toneladas líquidas de leite e
derivados. Com o crescente aumento demográfico e capacidade de compra do brasileiro,
as importações cresceram fortemente neste ano, 75% a mais que um ano atrás, quando
eram adquiridas 21,5 mil/t do Uruguai. As importações do País vizinho em 2012 é a
segunda maior da história, sendo superadas apenas pelo volume do ano 2000 quando
entraram 51,5 mil/ton.
Ainda segunda a Rural Business, os importadores brasileiros já gastaram neste ano um
recorde de R$ 215,6 milhões, 88 milhões de reais ou 69% acima dos gastos registrados
em 2011, quando as compras ficaram em R$ 127,8 milhões. Em dólar, foram gastos
cerca de US$ 115,7 milhões, número histórico para os seis primeiros meses do ano,
mostrando uma média na tonelada de US$ 3.137,00. Fonte: Sindicato Rural Campo
Grande MS
10
INFORMATIVO SEMANAL AGL
Reajuste de preço referência agita setor lácteo
A analista para o setor lácteo da Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB), Maria
Helena Fagundes, afirma que dois fatores do mercado interno merecem destaque nesse
início de ano-safra, quando entra em vigor o novo Plano Agrícola e Pecuário do Governo
Federal: o reajuste de preço mínimo do leite, que serve de referência para as operações
de crédito de comercialização – o chamado EGF-Empréstimo do Governo Federal – e a
entrada em vigor da Lei 12.669, de 19 de junho, que cria a obrigatoriedade, junto às
indústrias, de divulgação antecipada do preço do leite entregue pelo produtor.
Antes, os produtores entregavam o leite durante o mês – de 01 a 30 – e só sabiam o
quanto iam ganhar no mês seguinte. Agora, as indústrias têm até o dia 25 de cada mês
para declarar o preço que pagarão pelo produto no mês seguinte. A estimativa é que as
indústrias divulguem apenas um preço básico a ser pago e que os ágios dependerão da
avaliação da qualidade do leite a ser entregue (Contagem Bacteriana Total, Contagem de
Células Somáticas e outros). “Mesmo sendo uma reivindicação antiga do setor, vamos
ver como o mercado vai se comportar na prática”, enfatiza.
Os novos preços mínimos entraram em vigor dia 01 de julho. Nas regiões Sul e Sudeste,
o leite subiu para R$ 0,61/litro, alta de 5,2%; no Nordeste, que pela primeira vez passa
a ter preço separado das demais regiões, o preço é de R$ 0,62 litro, alta de 6,9%. No
Centro-Oeste (MS, GO e DF), o preço foi reajustado para R$ 0,59/litro, elevação de 5,4%
enquanto a região Norte e Mato Grosso tiveram preço ajustado para R$ 0,54/litro, alta de
5,9%. “Esses valores servem de base para o empréstimo que cooperativas e indústrias
tomam junto ao governo, para comercialização. Na estação de produção alta, os
produtores podem se valer dos empréstimos para quitar dividas e segurar o estoque para
vender mais adiante, a preços melhores”, explica a analista.
A CONAB prevê que uma alta de 3% na produção de leite em 2012, atingindo 32,5
bilhões de litros. Esse desempenho é melindrado somente pela entrada de produtos do
Mercosul, principalmente Uruguai e Argentina, o que vem pesando na balança comercial
de lácteos. “O impacto das importações se faz sentir sobretudo nas fábricas de leite em
pó e de queijo. Não se pode dizer que o Brasil está ameaçado, mas isso tem sido
empecilho para os negócios, principalmente na região Sul”,
a analista. Fagundes
trabalha com dados para as importações de 870 milhões de litros. Esse volume, somado
à produção esperada, resultará numa oferta total de 33,3 bilhões de litros/ano, para um
consumo interno aparente de 33,3 bilhões de litros e um consumo per capita equivalente
de 169,1 litros/ano. Fonte: www.portaldbo.com.br
11
INFORMATIVO SEMANAL AGL
Fonterra registra exportações recordes no trimestre
As exportações da cooperativa de lácteos neozelandesa Fonterra durante o trimestre de
maio, junho e julho foram recordes - com 620.000 toneladas de produtos lácteos
exportados para mais de 100 mercados em todo o mundo. O diretor gerente de produtos
lácteos da Fonterra, Gary Romano, disse que a cooperativa exportou 36% mais do que
no mesmo período do ano anterior. "A produção recorde de leite em 2011/12 significou
que a Fonterra bateu recorde de exportação. Nossas equipes têm feito um excelente
trabalho
em
coletar
leite,
processar,
embalar,
estocar,
vender
e
enviar".
"Tradicionalmente, enviamos pouco mais de 450.000 toneladas nessa época do ano, mas
tivemos muito mais produtos para enviar, e isso significa um planejamento criativo em
toda a cadeia de fornecimento para administrar e estocar esse volume adicional. Pela
primeira vez desde que a Fonterra foi formada, fretamos nosso próprio navio-tanque
para enviar produtos ao Oriente Médio"."Nossos produtores fizeram um excelente
trabalho aproveitando ao máximo as condições climáticas favoráveis durante a estação e
tem sido nossa responsabilidade garantir o máximo de coleta e trazer os melhores
retornos aos nossos produtores acionistas", disse Romano. Fonte: Fonterra
Fiscais Agropecuários protestam e distribuem leite
Fiscais do Ministério da Agricultura fizeram protesto, nesta terça-feira (21), na Praça da
Estação, no Centro de Belo Horizonte. Durante a manifestação, os servidores, que estão
em greve há 15 dias, distribuíram cerca de 3 mil litros de leite.
Os fiscais agropecuários pedem retomada imediata das negociações com o Ministério do
Planejamento. Na semana passada, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) determinou que
os servidores que atuam em postos de fronteira, portos, aeroportos, voltem ao trabalho.
A categoria é responsável pela fiscalização de cargas de indústrias alimentícias,
frigoríficos e laticínios. As reivindicações dos servidores são o aumento de vagas para o
setor, o reajuste salarial e a formação de uma escola para treinar e discutir as questões
básicas da preparação dos fiscais.
No Mato Grosso do Sul também está havendo manifestação. Os fiscais estão distribuindo
cerca de dois mil litros de leite pasteurizado nessa manhã de quarta-feira (22), na Praça
do Rádio Clube, em campo Grande. A manifestação visa divulgar a carreira e o trabalho
dos Fiscais Federais Agropecuários, já que o leite é um dos produtos inspecionados e
fiscalizados pelos mesmos assim como outros produtos agropecuários.
12
INFORMATIVO SEMANAL AGL
Segundo o ministério, o último reajuste oferecido à categoria é de 5%, que seria pago de
forma escalonada até 2015. Fonte: MilkPoint
Lei restringe produtor de Minas Gerais
Desde 1952, a legislação brasileira impede a produção de queijo a partir de leite cru,
aquele que não passa por processo de pasteurização, por razões sanitárias. Como nos
Estados Unidos, mas diferentemente dos europeus. No entanto, a lei brasileira coloca
praticamente na "clandestinidade" o queijo mineiro produzido por quatro microrregiões Canastra, Serro, Araxá e Alto Paranaíba - e determina que sua comercialização deve ficar
restrita ao Estado de Minas Gerais porque o produto não pode obter o Selo de Inspeção
Federal (SIF). Cerca de 27 mil famílias de pequenos produtores estão envolvidas com
esta fabricação, segundo a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado
de Minas Gerais (Emater-MG), cuja tradição foi herdada dos colonizadores portugueses.
"O país não reconhece a própria riqueza", diz o produtor João Leite, diretor da Associação
de Produtores de Queijo da Canastra (Aprocan). A associação defende que uma lei antiga
não pode continuar a tratar microprodutores com o rigor dedicado à grande indústria.
"Não somos contrários à fiscalização. Ela só tem que levar em consideração uma forma
de produção secular", defende ele. O queijo mineiro é considerado um produto de
"terrois", palavra francesa que não tem tradução para o português, mas diz respeito à
especificidade de determinadas condições de microclima, solo e tradição que fazem um
produto ser considerado único no seu gênero e importante para a preservação da
tradição de um povo. Ele é tão artesanal quanto os queijos seculares da França, Itália e
Portugal, que contam com regras para viabilizar a sua comercialização em seus países.
Fonte: Valor Econômico
Acordo do ICMS no Sul e Sudeste
Secretários estaduais de Fazenda do Sul e do Sudeste, reunidos ontem em Porto Alegre
para tratar da guerra fiscal, chegaram a um acordo sobre a proposta que será levada ao
Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz). Entre as principais diretrizes, que
definem condições e regras tributárias, estão a redução gradativa, a partir de 2013, das
alíquotas interestaduais até resultar em alíquota uniforme nacional de 4%; registro no
Confaz de todos os benefícios fiscais e financeiros concedidos pelas unidades da
Federação no contexto da guerra fiscal e a possibilidade de manutenção dos benefícios
fiscais por prazos definidos. Fonte: Correio do Povo
13
INFORMATIVO SEMANAL AGL
Rio reduz ICMS do setor atacadista
O Rio de Janeiro ampliou o benefício fiscal concedido por meio do Programa de Fomento
ao Comércio Atacadista e Centrais de Distribuição (Riolog). O Estado reduziu em um
ponto percentual a base de cálculo do ICMS de vários produtos, listados no anexo único
do Decreto nº 43.725. A norma foi publicada no Diário Oficial fluminense de ontem.
Produtos de limpeza e de higiene pessoal e alimentos, como vinagre, bala, chocolate e
goma de mascar, constam do decreto e passaram a ter base de cálculo de 12%. "Com a
redução, essas empresas terão mais competitividade e, assim, o Estado também", afirma
o advogado tributarista Richard Dotoli, do escritório Siqueira Castro Advogados. A
medida reforça a intenção do governo fluminense de estimular a instalação de centrais
de distribuição de empresas do setor atacadista no Estado. O Riolog existe desde a
edição da Lei nº 4.173, de 2003. A norma instituiu um crédito presumido de 2% de ICMS
na entrada das mercadorias nessas centrais. Um ano depois, o Decreto nº 36.453
determinou a redução da base de cálculo do imposto para 13% e a cobrança por meio do
regime de substituição tributária. Fonte: Valor Econômico
Preços
A alta do preço dos insumos, sobretudo da ração animal, provocada pelas secas no Sul
do Brasil e nos EUA deve aumentar o preço do leite para o consumidor final, prevê o
mercado pecuário leiteiro. Segundo o setor, existe um déficit entre o custo de produção e
o valor de venda para a indústria. Em julho, foram R$ 0,90 contra R$ 0,85 por litro,
segundo dados da Associação Leite Brasil. Em janeiro, eram R$ 0,80 contra R$ 0,90. "Já
é mais vantajoso para produtores de leite que plantam milho vender o grão, ao invés de
alimentar o gado. O preço vai subir quando começar a faltar leite", afirma Jorge Rubez,
presidente da entidade. Produtores fluminenses também estão sendo afetados pela alta.
"O Rio quase não produz grãos e sofre com a alta do frete", diz Ricardo Bastos, da
Comissão de Pecuária de Leite da Faerj. Ele prevê que, em 30 a 60 dias, o preço final
subirá em até 6%. A Comissão Nacional de Pecuária de Leite já coleta assinaturas no
mercado par a pleitear, junto ao governo, a suspensão temporária da importação de
produtos lácteos. Fonte: O Globo
14
INFORMATIVO SEMANAL AGL
ARGENTINA
Argentina: Crise leiteira também afeta grandes companhias
A crise leiteira da Argentina não está afetando apenas os pequenos produtores, mas
também, está gerando perdas para grandes companhias que operam no setor.
No primeiro semestre de 2012, a área leiteira a Adecoagro registrou uma perda de US$
912.000 contra um lucro (antes do pagamento de impostos e juros) de US$ 603.000 no
mesmo período do ano anterior. Apesar de o faturamento ter passado de US$ 8,96
milhões de janeiro a junho de 2011 para US$ 9,31 milhões nos primeiros seis meses
desse ano.
A produção leiteira da Adecoagro – concentrada totalmente na Argentina – foi no
primeiro semestre de 2012 de 24,9 milhões de litros, 10,4% a mais que em janeiro a
junho de 2011. “Isso é produto de um crescimento de 5,6% em nosso rebanho leiteiro
(atualmente com 4.659 vacas), combinado com um aumento da produtividade
individual”, disse a companhia em seu último informe quadrimestral de resultados.
As razões, segundo a Adeoagro, a partir das quais se registrou uma perda no primeiro
semestre de 2012 são as seguintes: a) preços do leite menores aos de 2011 devido aos
preços internacionais mais baixos dos lácteos, combinados com a desvalorização do peso
argentino; b) Aumento dos custos de produção por causa da alta do preço do milho
promovida pela seca nos Estados Unidos; e c) um aumento dos custos laborais no
mercado argentino.
A maior parte da produção leiteira da companhia se concentra em uma megafazenda
leiteira localizada na zona rural de Christophersen, sul de Santa Fé.
A Adecoagro é uma das principais companhias agroindustriais do Cone Sul, com diversas
unidades de negócios no Brasil, na Argentina e no Uruguai. Os maiores acionistas da
companhia são Quantum Partners LP (controlado por Soros Fund Management LLC), HBK
Master Fund LP, Al Gharrafa Investiment Company e Stichting Pensioenfonds Zoeg em
Welzijn, entre outros. Fonte: www.valorsoja.com
15
INFORMATIVO SEMANAL AGL
MUNDO
EUA: Governador de Nova York reduz restrições para suprir demanda de leite
O Governador do Estado de Nova York, Andrew Cuomo, nos Estados Unidos, planeja
suprir as demandas de leite do Estado nas plantas de fabricação de iogurte permitindo
que pequenas fazendas leiteiras adicionem até 50% mais vacas sem ter a permissão
chamada Operação de Alimentação de Animais Concentrados (Concentrated Animal
Feeding Operation - CAFO). O anúncio foi feito na quarta-feira na primeira Cúpula de
Iogurte realizada.
Os planos permitirão que fazendas com 300 vacas ou menos operem sem a permissão
CAFO, aumentando o limite, que antes era de 200 vacas.
A mudança na permissão estimula as fazendas leiteiras do Estado a expandir seus
rebanhos, produzindo mais leite para suprir a demanda de 29 plantas de iogurte em
Nova York.
Na fala de fechamento da Cúpula, Cuomo classificou a expansão do mercado de iogurte
como uma das melhores oportunidades de mercado para o setor privado em Nova York
em pelo menos 40 anos.
As empresas Fage e Chobani aumentaram sua produção, requerendo mais leite. Uma
joint venture envolvendo a PepsiCo adicionará uma nova planta de processamento de
iogurte em Genesee County.
Cuomo disse que quer que Nova York se torne a capital do iogurte doa Estados Unidos.
Fonte: Dairy Herd
Nestlé perde batalha do Nespresso na Alemanha
São Paulo – A Nestlé perdeu nesta quinta-feira uma batalha jurídica na Alemanha para
impedir que duas empresas continuassem a vender cápsulas de café compatíveis com as
máquinas Nespresso.
De acordo com o jornal britânico Financial Times, o tribunal regional de Dusseldorf
rejeitou o pedido de medida cautelar da Nestlé contra a também suíça Ethical Coffee
Company – fundada por Jean-Paul Gaillard, um ex-diretor da Nespresso – e sua
distribuidora, a Betron. Ambas vendiam no mercado europeu cápsulas de café individual
por até um terço do preço praticado pela multinacional.
16
INFORMATIVO SEMANAL AGL
A Justiça alemã indeferiu o pedido com o argumento de que, ao comprar uma cafeteira
da Nespresso, o consumidor também adquire o direito de operá-la como bem entender –
inclusive usando cápsulas de outros fabricantes. A corte também destacou que, a
despeito do fato de as cápsulas serem essenciais ao funcionamento da máquina da
Nestlé, elas não são um componente-chave nem uma “invenção especial”. “As cápsulas
não são a parte funcional central das máquinas”, disse o tribunal.
Em nota, a Nestlé admitiu estar “desapontada” com a decisão. Ela, contudo, não está
disposta a desistir. “Acreditamos na força de nossos argumentos jurídicos e vamos,
portanto, continuar com a ação legal para proteger nossos direitos de propriedade
intelectual”, explicou.
Nos últimos meses, a multinacional impetrou ações legais contra dois produtos rivais da
Nespresso em seu país-sede, inclusive contra uma subsidiária da Migros, a maior rede
varejista suíça. Também em outros países, a Nestlé tem movido ações legais, como, por
exemplo, as que envolvem a Sara Lee na França, Bélgica e Holanda. Em abril, a empresa
venceu no Escritório Europeu de Patentes (EPO, inglês) um processo contra a companhia
americana sobre a patente das máquinas de café e cápsulas da Nespresso. O EPO
ratificou, com pequenas alterações, a patente que a Nestlé registrou em 2010 sobre
como as cápsulas da Nespresso se acoplam às máquinas. Este e outros casos, contudo,
não foram julgados em definitivo ainda.
A profusão de ações penais envolvendo o mercado de cafés individuais é uma
demonstração de quanto esse mercado é lucrativo, mesmo numa época em que
governos e cidadãos europeus cortam gastos. Fonte: exame.abril.com.br
Como eles produzem o melhor leite do mundo?
Na Nova Zelândia, pecuaristas e indústria se unem e criam sistemas inteligentes para
fazer o melhor leite do mundo.
O dia nem amanhece direito e o fazendeiro Murray Shaw, dono da Fazenda Bella Vista,
em Papakura, na ilha do norte da Nova Zelândia, já está ligado nos 220 volts. Olha daqui
e dali e, a cada três horas, senta em seu computador e imprime um extrato. Não é o do
banco, mas um extrato com informações detalhadas e preciosas sobre o leite que suas
400 vacas holandesas criadas a pasto de primeiríssima qualidade produzem. “Nesse
papel eu tenho tudo o que preciso: quantos litros de leite estão sendo ordenhados por
minuto e a quantidade de sólidos contidos em cada litro”, diz Shaw. Em 2010, ele
17
INFORMATIVO SEMANAL AGL
investiu em um carrossel, uma engenhoca tecnológica que quase todo produtor
neozelandês já tem, e foi a partir daí que ele passou a andar com o “diário do leite” no
bolso. “Tudo é informatizado, do peso da vaca à quantidade de sólidos por litro, sem
nenhum contato humano”, explica. “Se não estou aqui e o computador detecta algum
problema, meu telefone celular toca e eu venho correndo.” Na Bella Vista, Shaw divide o
trabalho com o irmão e, sozinhos, ordenham o rebanho quatro vezes ao dia – e realizam
inseminações. “Investir em tecnologia foi fundamental para agregar valor ao nosso
produto e garantir a qualidade do leite”, justificam. Os irmãos trabalham e têm uma
fazenda típica do modelo neozelandês, no qual as porteiras dos bretes abrem e fecham
sozinhas, por sensores (assim como a desinfecção de úberes e teteiras), e fazem parte
de uma cooperativa de 10.500 produtores que vendem 100% do leite para a Fonterra,
líder mundial do setor. E o diálogo entre indústria e produtores tem sido cada vez mais
próximo, para que ambos melhorem juntos. “Olhe isto aqui”, mostra Shaw. “É um livro
preparado pela Fonterra com referenciais que devo seguir para que a qualidade do leite
seja uniforme. Todos os fornecedores o seguem. Quando algo não bate, em meia hora
tem alguém da Fonterra aqui para resolvermos juntos o problema”, diz ele, contando que
a rapidez só é possível porque os dados de seu computador estão interligados com os da
rede da indústria. E nesse diálogo entram também temas como a qualidade das
pastagens, os sistemas de tratamentos de efluentes (a água de todas as propriedades é
reaproveitada para irrigar os pastos) e melhoramento genético.
Em toda a Nova Zelândia, país de 4,2 milhões de habitantes e 4,9 milhões de vacas, que
rendem em média 47,3 milhões de litros de leite por dia (e quase 2 milhões de ovinos), a
relação entre produtor de leite e indústria é muito próxima, intermediada por
cooperativas e sem pitacos do governo. “A cadeia produtiva é totalmente privada. Não
existe subsídio do governo aos produtores, como nos Estados Unidos”, explica Peter
Moore, diretor de operações da Fonterra. “Os produtores sabem que, para sobreviver,
precisam investir em tecnologia, em pastagens, porque o custo-benefício compensa.
Criaram um elo forte com a indústria. Eles investem, nós damos o suporte técnico e
compramos”, diz. “Cabe ao governo o investimento em pesquisas e fomento à
comercialização”, explica Moore. “Produzimos 18 bilhões de litros de leite por ano e
exportamos 95% desse total. São apenas 3,5% da produção mundial, mas as vendas
representam um terço do total no mundo. “Somos potencialmente exportadores”, diz
David Carter, ministro das Indústrias Primárias (agricultura, florestas e biossegurança),
que concedeu entrevista exclusiva à GLOBO RURAL durante o 44º Fieldays, realizado em
Hamilton, em junho, e que reuniu 129 mil pessoas, 1.500 empresas e movimentou NZ$
51 milhões em negócios (em torno de R$ 82 milhões).
18
INFORMATIVO SEMANAL AGL
Mesmo com uma produção pequena, segundo o Departamento de Agricultura dos
Estados Unidos (Usda), os maiores produtores de leite do mundo são a União Europeia,
com 30%, seguida dos EUA, com 20%, Índia, com 11%, China, Rússia e Brasil, com 7%.
A Nova Zelândia é importante para o mercado internacional graças à qualidade de seu
leite. “Nossa meta é agregar mais valor ao produto, por isso investimos fortemente em
tecnologias, em pesquisas de melhoramento genético e pastagens e, obviamente, no
aumento da quantidade de sólidos do leite. Não estamos interessados em produzir água
branca”,
afirma
o
ministro.
Hoje,
segundo
Jock
Richardson,
diretor
da
LivestockImprovement Corporation (LIC), importante cooperativa de genética, produção
e venda de sêmen, a média das vacas neozelandesas é de 80 a 100 quilos de sólidos no
leite por tonelada de matéria seca. “O incremento é de um quilo de sólidos por ano”,
destaca. O fato se comprova na textura do líquido, mais cremosa que o leite brasileiro ou
o americano. “Essa é a diferença do leite neozelandês”, diz. De acordo com Richardson,
no país pastam vacas holandesas, jersey, kiwi-cross (cruzamento das duas anteriores) e
há pesquisas com a jersolando e a possibilidade de o produtor aumentar seus ganhos,
calculados em NZ$ 10 (R$ 16) por 4,5 toneladas de matéria seca ingerida, para NZ$ 13
(R$ 20).
Se tem um item que o neozelandês se preocupa é com a pastagem, normalmente
irrigada com água fertilizada biologicamente. “Não há problemas de alimento de alta
qualidade mesmo no inverno, que é rigoroso”, diz Mike Parsons, diretor de biotecnologia
da Donaghys. “Em regiões mais frias, há suplementação com feno ou silagem de milho,
em outras, não é necessário”, explica Douglas Dibley, responsável pela fazenda da
Fonterra em Te Rapa. “É preciso seguir o sistema rotacional de pastagens e acompanhar
o desenvolvimento da cobertura vegetal para mudar o gado de pasto”, diz. As plantas
utilizadas são típicas de clima temperado: azevém, aveia, trevo-branco ou vermelho. As
estações bem definidas forçaram o produtor a um sistema sazonal de criação. No
inverno, quase toda a cadeia produtiva dá um tempo para manutenções, inseminações.
“As vacas entram em férias”, brinca Shaw. “Nessa época, estamos mais preocupados em
trocar nossos equipamentos e cuidar da pastagem.”
Eles estão de olho no potencial de expansão do Brasil. Há fazendeiros neozelandeses
irrigando pasto e usando carrossel em Jaborandi (BA) e em Goiás, onde a Fonterra
planeja abrir uma fábrica em 2014 (em Goiânia) e tem uma fazenda de 860 hectares, em
Cristalina. “Temos interesse em firmar parcerias tanto na área leiteira como de corte”,
afirma o ministro Carter. Segundo ele, o que dificulta são os altos impostos e a proteção
aos produtores. “É quase blindado.” Algumas companhias optaram por achar sócios
19
INFORMATIVO SEMANAL AGL
brasileiros e vender seus produtos aqui. Jason Barrier, executivo da Tru-Test, fabricante
de cercas elétricas e acessórios (o leitor de chip da empresa ganhou o prêmio de melhor
invenção tecnológica do ano na Nova Zelândia), conta que em fevereiro inaugurou uma
fábrica em Porto Alegre (RS). E se não é na área agrícola, o interesse se aplica a outras.
“Existe um presídio no Rio Grande do Sul que foi cercado eletricamente com nossa
tecnologia. Se na Índia eu cerco elefantes, no Brasil eu quero cercar gente e bois”, define
William Gallagher, filho do inventor da cerca elétrica.
Há centenas de mestres e doutores brasileiros em áreas agrícolas na Nova Zelândia. Em
Christchurch, na Ilha do Sul, estão as principais universidades e muitos agrônomos da
Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) se especializando. “Essa troca de
informações e conhecimento é fundamental para nossas pesquisas acerca de pastagens
brasileiras”, explica Derek Woodfield, diretor da PGG WrightsonSeeds, empresa de
sementes. Para ele, o Brasil é o país referência para o desenvolvimento e melhoramento
de sementes tropicais de pastagens. “Estamos trabalhando com pesquisas de pastagens
no Rio Grande do Sul, de clima mais temperado, e com braquiária no Centro-Oeste”, diz
Colin
Ansell,
diretor
do
departamento
de
pesquisa
da
PGG.
Fonte:
revistagloborural.globo.com
Seca provoca efeitos econômicos em todo o planeta
As chuvas que finalmente começaram na última semana no Meio-Oeste dos Estados
Unidos – região onde se concentra a maior produção mundial de grãos – chegou tarde
demais para a lavoura já devastada pela seca. Para o milho, que deve ter 17% de
perdas, com colheita de 55,5 milhões de toneladas a menos, não há grandes esperanças.
A semeadura ocorreu mais cedo e, por conta disso, a fase de polinização – período de
formação de pólen e desenvolvimento dos grãos – ocorreu quase toda durante o período
de seca. Água é fundamental neste período, pois contribui diretamente para o
desenvolvimento das espigas. Os prejuízos financeiros nos EUA são estimados em US$
30 bilhões.
No caso da soja, que também teve a safra revista pelo Departamento de Agricultura dos
Estados Unidos (USDA), as chances de recuperação, apesar de reduzidas, ainda existem.
Segundo estimativas do Itaú Unibanco, historicamente, recuperações de qualidade para a
soja ocorrem, mas não devem passar de 7% até o fim da safra. O efeito dominó da
20
INFORMATIVO SEMANAL AGL
maior seca vivida pelos Estados Unidos nos últimos 50 anos já começou e uma possível
crise alimentar, com alta generalizada de preços, já preocupa as Nações Unidas.
No Brasil – que deve tomar a posição dos EUA como maior produtor mundial de soja com
81 milhões de toneladas nesta safra – os reflexos já são sentidos em diversos
segmentos. Desde os produtores de grãos até o consumidor e os índices de inflação,
passando por investidores e insumos, todos devem ser afetados pela devastação sofrida
pelas lavouras americanas. Inclusive, com impactos esperados para o mercado de
trabalho.
EFEITOS NO BRASIL
PREÇOS DAS COMMODITIES
A cotação dos grãos no mercado externo deve continuar em alta. Segundo avaliação da
economista Giovanna Siniscalchi, do Itaú Unibanco, enquanto permanecer a dúvida
quanto ao tamanho da queda da safra nos Estados Unidos, a pressão sobre os preços
deve ser mantida. “Esperamos alta adicional de aproximadamente 30% para o preço do
milho e de cerca de 10% para o preço da soja até o fim do ano”, avalia. As perspectivas
de acomodação dos custos se concentram em 2013 para o caso do milho e do trigo.
“Presumindo que a safra da América do Sul e a próxima safra dos EUA tenham
produtividade próxima da média e que a área plantada de 2012/13 será mantida,
acreditamos numa lenta reposição dos estoques”, observa a economista. Os preços da
soja, por outro lado, devem se manter pressionados mesmo depois de 2013, motivados
pela queda dos estoques.
PRODUTORES DE SOJA E MILHO
A saca de 60Kg de soja alcançou, em termos nominais, as maiores cotações da história
este ano no Brasil. Bateu os R$ 84 no porto de Paranaguá, no Paraná, e R$ 79 no
Triângulo Mineiro. “O preço pago ao produtor subiu 71% no acumulado do ano até
agosto na média das regiões do Brasil. No atacado, comercialização entre cooperativas e
indústria de processamento, a alta chegou a 76%”, calcula Lucílio Alves, pesquisador do
Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP. No caso do
milho, a expansão soma 17% com a saca
em R$ 33 em Campinas,
São Paulo – também em patamares históricos e com chances de bater
a casa dos R$ 40.
21
INFORMATIVO SEMANAL AGL
SEMENTES E DEFENSIVOS
Os preços em alta estão motivando os produtores a ampliar a área de produção para
aproveitar o melhor momento vivido pela soja e milho no Brasil. O resultado pode ser a
falta de sementes e até de defensivos agrícolas como cogitado pela Syngenta, maior
grupo de agroquímicos do mundo. A expectativa da multinacional é de que a área
plantada cresça em dois milhões de hectares na safra 2012/2013, aumentando em dois
milhões de sacas de sementes à demanda brasileira, o que faz com que a empresa já
trabalhe com possibilidade de falta de alguns produtos.
EXPORTADORES
Em julho, as vendas de milho para o exterior subiram 431,4% em relação ao mesmo
período do ano passado. Na comparação com junho, a expansão é ainda mais
expressiva. A receita de US$ 10,3 milhões foi 662,4% superior à de junho. No ano,
devem ser remetidos ao exterior 14 milhões de toneladas do grão, somando cerca de
US$ 3,8 bilhões em receita. A soja por sua vez elevou de 30,1% para 35% sua
participação no total das exportações em julho frente ao mesmo período do ano passado.
Somente no mês passado, a receita de farelo e óleo de soja exportados alcançou US$
22,4 milhões, aumento de 164,1%. Nos sete primeiros meses do ano, a soja em grãos
apresentou crescimento de 33,3% em valor exportado (de US$ 10,64 bilhões para US$
14,19 bilhões), 25,9% em quantidade (de 21,85 milhões de toneladas para 27,5 milhões
de toneladas) e 5,9% em preço (de US$ 487 para US$ 516 por tonelada).
PRODUTORES DE CARNE
SUÍNA E FRANGO
A soja responde por 20% do custo de produção da suinocultura, enquanto o milho chega
a quase 70%. Em pouco mais de um mês, os gastos do produtor para cada quilo do
animal vivo pularam de R$ 2,70 para R$ 3,20 na média do estado. O peso dos animais
ofertados ao mercado, em contrapartida, caiu para 95kg a 97kg quando antes superava
a casa dos 110kg por animal. Cenário motivado, em grande medida, pelo alto custo com
alimentação dos suínos. “Muitos produtores estavam vendendo leitões e animais mais
leves para reduzir despesas”, afirma José Arnaldo Cardoso Penna, vice-presidente da
Associação dos Suinocultores de Minas Gerais. Na avicultura, o cenário não é mais
animador. Os custos subiram, em média, 50% nos últimos meses. Os valores pagos ao
produtor, porém, não sobem na mesma velocidade. “Antes pagava-se cerca de R$ 1,95
por frango vivo, agora está em R$ 2,35″, calcula Antônio Carlos Vasconcelos Costa,
presidente da Associação dos Avicultores de Minas Gerais (Avimig). A alta é de 20%. Ele
estima que haverá redução na produção, o que deve afetar a oferta. “Inclusive o
22
INFORMATIVO SEMANAL AGL
emprego poderia estar comprometido com a diminuição das granjas”, acrescenta Carlos.
Em alguns estados, como Santa Catarina, produtores reclamam da falta de ração e se
desfazem dos pintinhos para reduzir as perdas.
INFLAÇÃO
Diretamente, os consumidores sentirão poucas pressões vindas da soja e do milho. Mas
indiretamente os impactos são certeiros. A começar pelo preço do óleo de soja, que, em
Belo Horizonte, acumula alta de 12,16% nos sete primeiros meses do ano. Outros itens
que virão mais caros por conta da elevação dos custos são as carnes de frango e porco
(e seus derivados, como ovos) cuja alimentação depende dos grãos na composição. A
BRFoods, dona das marcas Sadia e Perdigão, já anunciou que vai aumentar os preços
dos produtos em até 10% no segundo semestre para compensar o aumento de custos
com ração animal. A Seara também já deu sinais de elevação dos preços. Nos Índices
Gerais de Preços medidos pela Fundação Getulio Vargas, as influências já são evidentes.
A última alta de 1,52% do IGP-DI teve como principal contribuição o preço da soja, que
pulou de 6,39% em junho para 16,19% em julho, enquanto o milho saltou de 2,12%
para 15,66% no mesmo período. O índice reajusta vários contratos, entre eles, o de
tarifa de telefone. Sem contar que representa grande impacto aos preços pagos aos
produtores, que, fatalmente, chegarão à ponta do consumo, ainda que não seja na
íntegra. O mercado estima que este repasse demore entre três e seis meses, o que
significa que as pressões serão sentidas até o fim do ano.
INVESTIDORES
Especuladores que operam no Mercado Futuro de commodities estão nadando de braçada
com a alta de preços da soja e milho no mercado externo. “O milho é a coqueluche do
momento”, garante o especialista em Futuros da XP Investimentos, Tito Gusmão. O
cenário deve se manter firme para os próximos meses. “Os estoques estão nos menores
níveis desde 1995″, lembra a especialista em grãos da XP Investimentos, Priscila Pereira.
O cenário para o ano que vem mantém viés de elevação de preços. “Especialmente para
o milho. Isso porque existe um grande movimento dos produtores de se dedicar mais à
soja do que ao milho”, acrescenta.
EFEITOS NO MUNDO
ONU
Já anunciou que o preço mundial das commodities agrícolas subiu 6% em julho. Para
evitar uma crise alimentar nos moldes da ocorrida em 2007/2008, a ONU já pediu aos
23
INFORMATIVO SEMANAL AGL
Estados Unidos a suspensão temporária da produção de etanol à base de milho. Pelo
menos 42% da safra do grão, já bastante reduzida, seria destinada para este fim,
comprometendo o fornecimento global do insumo. Governadores da Carolina do Norte e
Arkansas, nos EUA, já enviaram petição ao governo pedindo a suspensão obrigatoriedade
da mistrua de etanol à gasolina, como forma de conter a elevação de custos ao produtor
rural.
G-20
Líderes do grupo que reúne os 20 países mais ricos do mundo estão atentos ao
comportamento de preços e podem convocar o Fórum de Reação Rápida – instância
criada em 2011 que visa a garantir uma resposta rápida e coordenada em casos de
fortes pressões sobre o mercado agrícola a fim de prevenir uma crise alimentar global. A
expectativa é de que isso ocorra ainda no início de setembro e impeça que países
produtores restrinjam as exportações agravando ainda mais o cenário já temerário.
Fonte: Diário de Permambuco
Leite. Comissão Europeia abre consulta sobre futuro das quotas após 2015
A Comissão Europeia (CE) abriu um período prévio de consulta a especialistas, países e
produtores de gado da União Europeia, no âmbito da prevista liberalização a partir de
2015 do mercado leiteiro, até agora regido por quotas.
Em comunicado, citado pela EFE, a CE diz pretender recolher informação de todos os
interessados “para conhecer quais as tendências, as perspetivas e os desafios do setor”.
Apesar de prevista a liberalização do setor leiteiro europeu, há vários países que
continuam a defender a manutenção das quotas, em vigor desde a década de 80 para
prevenir a descida dos preços e a sobreprodução, apontando o setor do açúcar e de
plantação de vinho como exemplos onde estas se mantêm.
Neste contexto, a CE diz manter a porta aberta a novas alternativas, tendo para o efeito
aberto hoje, até 08 de outubro, o período de consulta ao setor, que se centrará na
competitividade do mercado europeu de leite e na sustentabilidade territorial da
produção. Fonte: CNA
24
INFORMATIVO SEMANAL AGL
Preços do leite em pó estão reagindo no mercado internacional
Os preços do leite em pó integral subiram na Europa e na Oceania na primeira quinzena
deste mês
Na Europa a tonelada do produto está cotada em US$3.337,50, 6,0% mais que na
quinzena anterior. Em relação ao ano passado, os preços estão 20,8% menores.
O volume de leite em pó para ser comercializado na Europa é suficiente para atender a
demanda, entretanto é menor do que em anos anteriores.
Na Oceania o leite em pó está cotado em US$2.900,00/tonelada, 2,2% mais que na
quinzena anterior e 17,8% menos que há um ano.
Há dúvidas se a Oceania, maior fornecedor do produto, vai conseguir
atender a
demanda internacional ou se haverá falta de leite em pó. Fonte: SCOT CONSULTORIA
Aditivo lácteo "anti-apetite" obtém aprovação preliminar no Reino Unido
A Agência de Padrões Alimentícios (FSA, sigla em inglês) do Reino Unido aprovou de
forma preliminar um novo ingrediente "anti-apetite" para ser adicionado a uma série de
produtos lácteos, incluindo iogurtes.
Após uma avaliação, o Comitê Conselheiro da FSA sobre Novos Alimentos e Processos
(ACNFP) não encontrou nenhum problema de segurança relacionado ao uso de
metilcelulose como aditivo em alimentos.
A companhia suíça, Dow Wolff Cellulosics, pediu à FSA no começo desse ano a aprovação
para comercializar sua própria versão dessa substância. Se aprovado, a empresa
pretende usar sua versão modificada do ingrediente - SATISFIT-LTG - em uma série de
produtos, incluindo sorvetes, bebidas lácteas com sabor, sobremesas geladas e iogurtes.
A metilcelulose está aprovada para uso na União Europeia (UE) como um emulsificante,
estabilizante e espessante, mas não como "fibra dietética". De acordo com a Dow Wolff
Cellulosics, o ingrediente "anti-apetite" tem um efeito de tornar as pessoas mais saciadas
por mais tempo e reduz a fome.
O produto em questão forma um gel à temperatura corporal, ficando um tempo
prolongado no estômago antes de passar para o intestino delgado.
O Comitê considera que a metilcelulose pode ocasionar sintomas intestinais em crianças,
25
INFORMATIVO SEMANAL AGL
sendo assim, sugere que os alimentos contendo o ingrediente não seja destinado às
mesmas. Fonte: Dairy Reporter
Mercado global de soro de leite cresce 20%
O mercado global de soro de leite está tendo melhor desempenho do que a maioria dos
setores de nutrição em uma economia global em recessão, crescendo em 20%, para
€5,83 bilhões (US$ 7,19 bilhões) em 2011. Um relatório da 3A Consulting disse que o
mercado de soro de leite terá um valor de €6,88 bilhões (US$ 8,48 bilhões) em 2015 um crescimento anual de constante de 4%. "É animador dizer que a demanda por soro
de leite e lactose continua crescendo, independentemente da volatilidade significante dos
preços nos últimos cinco anos e do baixo desempenho relativo da economia global", disse
Tage Affertsholt, sócio da 3A Business Consulting. Lactose, lactose farmacêutica,
permeato e derivados da lactose tiveram um valor de €1,62 bilhão (US$ 1,99 bilhões)
em 2011, €1,94 bilhão (US$ 2,39 bilhões) sendo previstos para 2015. "Para o grupo de
produtos de lactose, um alto crescimento é aparente para permeato, mas também para
lactose padrão, lactose farmacêutica e galacto-oligossacarídeos".As principais empresas
desse setor são Lactalis, FrieslandCampina, Fonterra, Arla Foods, Saputo, Glanbia,
Murray Goulburn, DMK/Wheyco, Leprino, Agropur, Sachsenmilch, ArmorProteines and
Hilmar, Meggle, Euroserum, Milei, Volac, Carbery, Dairygold, Milk Specialties Global e
Davisco. Fonte: Dairy Reporter
Preços/EUA
Os preços incompatíveis com os altos custos da alimentação animal estão levando muitos
produtores de leite da Califórnia a abandonarem a atividade. "É uma retirada em massa",
disse o produtor Tom Barcellos. "Eu diria que é uma catástrofe", acrescentou. Pelas
notícias dos jornais, a situação na Califórnia é a pior de todo o país. O cenário é tão
desolador que uma cooperativa de laticínios está disponibilizando apoio emocional para
que os associados consigam lidar com os desafios, e as mudanças. "Os produtores
querem sair do negócio de qualquer jeito e mandam as vacas para abate o mais rápido
possível", relata Barcellos. Fonte: Dairy Herd
26
INFORMATIVO SEMANAL AGL
Iogurte/EUA
Durante a 1ª Cúpula do Iogurte, o governador, Andrew Cuomo, prometeu fazer do
Estado de Nova Iorque "A Capital do Iogurte", e anunciou medidas para ajudar os
produtores de leite a aumentarem o rebanho e a produção. De 2000 para cá, o número
de indústrias de iogurte no estado de Nova Iorque saiu de 14 para 29, e em 2011
empregou 8.000 pessoas. De 2005 a 2011 a fabricação do produto dobrou. Isto se deu
graças à popularidade do iogurte grego. O gigante do setor, Chobani, detém 35% do
mercado de iogurtes dos Estados Unidos, e quer garantir matéria-prima suficiente à
manutenção do crescimento da indústria. O governador do Estado de Nova Iorque,
Andrew Cuomo, destacou que o iogurte é uma verdadeira história de sucesso, e um
exemplo de como o governo pode se aliar ao setor privado para aumentar empregos e
ajudar a indústria a crescer. O Estado apoiou o aumento do limite de vacas a serem
alimentadas com concentrados, de 200 para 300 vacas, com isenção de licenciamento, e
incentiva a utilização de biodigestores para geração de energia. Durante anos, Chobani e
Fage dominaram a produção do iogurte grego no Estado de Nova Iorque. Mas, no início
de agosto, a Müller Quaker Dairy - uma joint venture entre a PepsiCo e o gigante alemão
de lácteos, Theo Müller - inaugurou uma fábrica no Estado. Fonte: Dairy Repórter
27

Documentos relacionados

informativo semanal agl - AGL - Associação Gaúcha de Laticinistas

informativo semanal agl - AGL - Associação Gaúcha de Laticinistas nacional, com participação de 8,0% no total de leite produzido no país e a sexta na industrialização (8,2%). Fato importante é o desempenho do Estado nos últimos cinco anos. De 2007 a 2011, o ritmo...

Leia mais

informativo semanal agl - AGL - Associação Gaúcha de Laticinistas

informativo semanal agl - AGL - Associação Gaúcha de Laticinistas Ministro do MDA se reúne com produtores de leite para avaliar importações ............................................ 4 Brasil freia ingresso de lácteos argentinos ...................................

Leia mais

INFORMATIVO SEMANAL AGL

INFORMATIVO SEMANAL AGL Na condição de membro da Subcomissão de Desenvolvimento do Nordeste, o senador Vital do Rêgo (PMDB-PB) vem mantendo contato constante com o Ministério da Agricultora, Pecuária e Abastecimento (Mapa...

Leia mais

informativo semanal agl - AGL - Associação Gaúcha de Laticinistas

informativo semanal agl - AGL - Associação Gaúcha de Laticinistas Agricultura, Pecuária e Abastecimento. O retorno está previsto para a próxima sextafeira, 19 de outubro. Fonte: Secretaria da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

Leia mais

informativo semanal agl - AGL - Associação Gaúcha de Laticinistas

informativo semanal agl - AGL - Associação Gaúcha de Laticinistas As indústrias de laticínios da região Sul pretendem criar uma associação para ganhar maior poder de barganha nas negociações com as grandes redes de supermercados. A nova entidade também vai buscar...

Leia mais

informativo semanal agl - AGL - Associação Gaúcha de Laticinistas

informativo semanal agl - AGL - Associação Gaúcha de Laticinistas tributação da cesta básica ........................................................... 16 Preços/PR.................................................................................... 16 CEPEA/LEIT...

Leia mais