1ªSérie_#aula002_Geomorfologia
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SUPERAÇÃO Geografia 2ºB: #Aula 02 - Geomorfologia O Big Bang A teoria do Big Bang – A Grande Explosão A teoria do Big Bang foi anunciada em 1948 pelo cientista russo naturalizado estadunidense, George Gamow (1904-1968) e o padre e astrônomo belga Georges Lemaître (1894-1966). Segundo eles, o universo teria surgido após uma grande explosão cósmica, entre 10 e 20 bilhões de anos atrás. O termo explosão refere-se a uma grande liberação de energia, criando o espaço-tempo. Até então, Até então, havia uma mistura de partículas subatômicas (qharks, elétrons, neutrinos e suas partículas) que se moviam em todos os sentidos com velocidades próximas à da luz. As primeiras partículas pesadas, prótons e nêutrons, associaram-se para formarem os núcleos de átomos leves, como hidrogênio, hélio e lítio, que estão entre os principais elementos químicos do universo. Ao expandir-se, o universo também se resfriou, passando da cor violeta à amarela, depois laranja e vermelha. Cerca de 1 milhão de anos após o instante inicial, a matéria e a radiação luminosa se separaram e o Universo tornou-se transparente: com a união dos elétrons aos núcleos atômicos, a luz pode caminhar livremente. Cerca de 1 bilhão de anos depois do Big Bang, os elementos químicos começaram a se unir dando origem às galáxias. Essa é a explicação sistemática da origem do universo, conforme a teoria do Big Bang. Aceita pela maioria dos cientistas, entretanto, muito contestada por alguns pesquisadores. Portanto, a origem do universo é um tema que gera muitas opiniões divergentes, sendo necessária uma análise crítica de cada vertente que possa explicar esse acontecimento. Escala geológica do Tempo O Sistema da Terra Planeta Terra é um sistema, sendo, por isso, um conjunto de elementos que se relacionam entre si e que estão organizados em função de um objetivo, trocando matéria e/ou energia. O Sistema Terra é constituído por vários subsistemas: A Atmosfera, a Hidrosfera, a Biosfera e a Geosfera. A Atmosfera é formada pela camada gasosa que envolve a hidrosfera, a geosfera e a biosfera, podendo também penetrar nestes subsistemas, estabelecendo, com eles, continuamente, trocas de matéria e energia. Da Biosfera fazem parte todos os seres vivos que povoam a Terra. Os seres vivos interagem, de forma contínua, com os diferentes subsistemas onde estão integrados, influenciandose mutuamente. Existem seres vivos na geosfera, na atmosfera e na hidrosfera. A Geosfera é representada pela parte sólida da Terra, quer a parte superficial (à qual se dá o nome de Litosfera), quer a parte mais profunda. As rochas e os solos fazem parte deste subsistema. A geosfera serve de suporte a grande parte da vida terrestre, fornecendo muitos dos materiais necessários à manutenção dessa vida. As plantas terrestres, por exemplo, captam do solo grande parte dos seus nutrientes. Muitos dos produtos resultantes da decomposição dos cadáveres e restos de seres vivos ficam integrados na geosfera. A Hidrosfera é constituída pelos reservatórios de água que existem na Terra. Os oceanos, os mares, os rios, os lagos, os glaciares, e as águas subterrâneas fazem parte da hidrosfera. A água movimenta-se Na natureza passando sucessivamente de um reservatório a outro, constituindo esse movimento o “Ciclo da água” ou “Ciclo hidrológico”. Num Ecossistema os seres vivos estão organizados em comunidades e estas em populações, constituindo sistemas que se relacionam entre si trocando matéria e energia. O funcionamento e organização de todos os sistemas permitem manter o ecossistema em equilíbrio dinâmico. O equilíbrio da Terra depende do bom funcionamento dos seus diferentes sistemas. Qualquer perturbação de um deles, muitas vezes provocada pelo Homem, origina desequilíbrios no Sistema Global, como é o caso do sobreaquecimento do planeta como resultado da poluição da atmosfera. Estrutura Interna da Terra Durante muito tempo, o ser humano acreditava que, por dentro, o planeta Terra era maciço, composto basicamente por rochas. Atualmente, é sabido que, na verdade, apenas uma camada muito fina da superfície apresenta essa característica, havendo composições e temperaturas diferentes nos milhares de metros existentes abaixo do solo. Para melhor compreender como tudo isso funciona e organiza-se, a estrutura interna da Terra foi classificada em três principais camadas: a crosta, o manto e o núcleo, havendo entre elas algumas descontinuidades: a de Mohorovicic e a de Gutenberg. Juntas, essas camadas atingem 6.370 metros entre a superfície e o centro do planeta. Porém! O cientista chinês Xiaodong Song publicouum estudo que indica que o núcleo interior da Terra é uma região sólida composta por duas partes distintas -- uma interna e outra externa --, o que pode trazer novas informação sobre a origem de nosso planeta, segundo o artigo publicado nesta terça-feira (10/02/15) pela revista "Nature Geoscience". Cientistas chineses e americanos publicaram um estudo que indica que o núcleo interior da Terra é uma região sólida composta por duas partes distintas -- uma interna e outra externa --, o que pode trazer novas informação sobre a origem de nosso planeta, segundo o artigo publicado nesta terçafeira (10) pela revista "Nature Geoscience“. A pesquisa, feita por especialistas da Universidade de Illinois (EUA) e de Nanquim (China), sugere que o núcleo interior é subdividido, diferentemente do que se pensava até então. A equipe de geofísicos acredita que as estruturas dos cristais de ferro existentes nessas duas regiões sejam diferentes entre si. No núcleo interior externo, os cristais ficam no sentido dos polos (norte-sul), enquanto no núcleo interior interno, estão no sentido leste-oeste (veja ilustração acima). Para chegarem a essa conclusão sem perfurar o centro da Terra, a equipe liderada por Xiaodong Song, professor da Universidade de Illinois, escutou as vibrações causadas por terremotos e analisou as alterações que elas sofriam na medida em que viajavam através de nosso planeta. "O fato de estarmos descobrindo diferentes estruturas de distintas regiões do núcleo interno pode acrescentar algo para nós sobre a longa história da Terra. Poderia ser a chave para a evolução do planeta", disse Song. A descoberta aponta que o núcleo interno contém cristais de diferente escala, que se formaram em condições distintas. Isso indica que nosso planeta pode ter sofrido uma mudança dramática durante esse tempo. A esfera central da Terra, que se está a mais de 5.000 quilômetros abaixo do solo, começou a se solidificar há cerca de um bilhão de anos, e continua crescendo aproximadamente 0,5 milímetro por ano. Fonte: http://www.ciencias.seed.pr.gov.br/modules/noticias/article.php?storyid=1008 Falando em estrutura! Crosta Terrestre: A crosta terrestre é a primeira das camadas da Terra, sendo também a menor e mais “fina” entre elas. Sua profundidade oscila entre 5 km (em algumas áreas oceânicas) e 70 km (em zonas continentais). Essa camada é subdividida em crosta superior, também chamada de camada sial, e crosta inferior, chamada de camada sima. A primeira é composta predominantemente por silício e alumínio (o que explica a sua denominação) e abriga as formas de relevo e todas as atividades humanas realizadas sobre a superfície terrestre. Já a segunda é composta por silício e magnésio e pode ser melhor visualizada em regiões oceânicas, onde a camada sial não existe ou é muito fina. Apesar de ser a camada mais fria da Terra, a crosta pode apresentar uma temperatura próxima aos 1000ºC em determinados pontos. Crosta inferior e Superior Inferior: Constituída por material basáltico, especialmente Silício e Magnésio, daí a denominação Sima, estando em contato direto com o manto. É encontrada nos assoalhos dos oceanos. Superior: Ou litorsfera. Que se aproxima da superfície da Terra. Predomina a presença de Silício e do Alumínio, dai a denominação Sial. As rochas encontradas são semelhantes às que afloram e podem ser vistas facilmente, como o gnaisse, granito, rochas basálticas, sedimentares e metamórficas. Manto: O manto terrestre posiciona-se abaixo da descontinuidade de Mohorovicic, que fica abaixo da crosta. É a mais extensa das camadas da Terra e sua profundidade máxima alcança os 2.900 km, ocupando cerca de 80% do volume total do planeta. Sua composição é de silicatos de ferro e de magnésio, e as rochas encontram-se em forma de material pastoso chamado de magma, por causa do calor advindo do interior da Terra, com temperaturas médias de 2.000ºC. O manto superior é mais pastoso que o inferior e está em movimentação. Em virtude da força exercida por esses movimentos, seus efeitos são sentidos na crosta terrestre, causando o movimento das placas tectônicas. Correntes de Convecção Movimentos circulares que se desenvolvem ao nível da astenosfera, devidos às grandes diferenças de temperatura existentes no interior da terra. Através delas, a matéria que forma as placas ascende à superfície nas zonas de rift, deriva e por arrefecimento torna-se rígida. Núcleo: O núcleo terrestre, posicionado abaixo da descontinuidade de Gutenberg e abaixo do manto, é o mais quente das camadas da Terra e também é dividido em exterior e interior. Sua composição predominante é o NIFE (níquel e ferro). O núcleo externo encontra-se no estado líquido, enquanto o núcleo interno encontra-se no estado sólido, por causa da extrema pressão aplicada sobre ele. As temperaturas oscilam entre 3.000 e 5.000ºC. Em razão de o núcleo interno ser uma “bola” maciça cercada por uma esfera líquida, seu movimento de rotação é mais rápido do que o da Terra, o que ajuda a explicar as origens e os efeitos do magnetismo do nosso planeta. Como o ser humano sabe tanto sobre o interior da Terra? Obviamente, o ser humano nunca visitou pessoalmente o interior do nosso planeta. O ponto mais profundo já escavado alcançou “incríveis” 12 km de profundidade e foi batizado de Poço Superprofundo de Kola, na Rússia, em um trabalho empreendido pela extinta União Soviética. Atualmente, no entanto, há um trabalho em desenvolvimento para uma perfuração que pretende alcançar o manto terrestre. As informações atualmente existentes sobre a estrutura interna da Terra devem-se ao estudo das propagações sísmicas que ocorrem nas camadas inferiores e que são captadas por um aparelho chamado de sismógrafo, o mesmo que mede a intensidade dos terremotos. Você já sacudiu uma caixa para ter noção do que tem dentro dela? Pois é isso o que o sismógrafo faz, aproveitando-se principalmente dos terremotos e abalos sísmicos menores que ajudam a “chacoalhar” o planeta. Obviamente, a precisão do aparelho é muito alta e torna-se cada vez melhor à medida que se sucedem os avanços tecnológicos, oferecendo-nos dados mais precisos sobre como funciona o mundo abaixo dos nossos pés. Isostasia Geológica Equilíbrio relativo dos diversos compartimentos da crosta terrestre. Teoria segundo a qual esse equilíbrio resulta das diferenças de densidade entre as matérias de que se constituem tais compartimentos. Deriva Continental Teoria criada pelo meteorologista alemão Alfred Wegener, na qual ele afirmou que há, aproximadamente, 200 milhões de anos não existia separação entre os continentes, ou seja, havia uma única massa continental, chamada de Pangeia e um único Oceano, o Pantalassa. Depois de milhões de anos houve uma fragmentação surgindo dois megacontinentes chamados de Laurásia e Godwana, e apartir daí os continentes foram se movendo e se adequando às configurações atuais. O ponto crucial para o desenvolvimento da teoria da Deriva Continental, que na sua essência significa movimentação dos continentes, ou ainda, placas que se movem, é a constatação de que a Terra não é estática. Então Wegener percebeu que a costa da África possuía contorno que se encaixava na costa da América do Sul. Outro vestígio que reforça a teoria foi a descoberta de fósseis de animais da mesma espécie em continentes diferentes, pois seria impossível que esses animais tivessem atravessado o Oceano Atlântico, a única explicação é que no passado os dois continentes encontravamse juntos. Movimentos Tectônicos De acordo com a teoria tectônica de placas, as placas litosféricas deslizam e às vezes colidem entre si em uma velocidade que oscila entre 1 e 10 cm/ano. Os movimentos realizados por elas são distintos e variados, a seguir os principais: 1. Movimento de deslizamento: é responsável, em certos casos, pelos abalos sísmicos, ocorre pelo fato de uma placa se locomover sobre a outra. 4. Movimento de colisão e soerguimento: corresponde ao choque entre duas placas litosféricas, as camadas de rochas elásticas dão origem às cadeias de montanhas, em diversas vezes vulcânicas, com essa característica de formação temos as cordilheiras dos Andes e o Himalaia 2. Movimento de convergência: ocorre quando duas placas se chocam e a borda de uma fica debaixo da outra até chegar ao manto. 3. Movimento de afastamento: consiste no distanciamento entre duas placas, formando uma lacuna que é preenchida com fragmentos de rochas oriundas do manto em estado líquido. Terremotos e Abalos Sísmicos Abalo sísmico ou terremoto é um tremor da superfície terrestre produzido por forças naturais situadas no interior da crosta terrestre e a profundidades variáveis. Os abalos são causados pelo choque de placas rochosas situadas a profundidades que vão desde 50 até 900 km abaixo do solo. Outros fatores considerados são deslocamentos de gases como o metano e as atividades vulcânicas. Existem dois tipos de sismos: Os de origem natural e os induzidos. A maioria dos abalos sísmicos é de origem natural da Terra, são chamados de sismos tectônicos. A força das placas tectônicas desliza sobre a astenosfera podendo colidir, afastar-se ou deslizar-se uma pela outra. Através dessas forças as rochas vão se alterando até seu ponto de tensão, posteriormente as rochas começam a se romper e liberam uma energia acumulada durante o processo de deslocamento. A energia então é liberada através de ondas sísmicas pela superfície e interior da Terra. Os sismos induzidos são basicamente resultado da ação do homem. Originam-se de explosões, extração de minérios, de água ou fósseis, ou até mesmo por queda de edifícios; entretanto a intensidade apresentada é bastante inferior a dos terremotos tectônicos. Entre as consequências de um abalo sísmico citamos: • Vibração do solo com intensidades variada, • Abertura de falhas, • Deslizamento de terra, • Tsunamis, • Mudanças na rotação da Terra. As consequências de um abalo sísmico normalmente acarretam em efeitos nocivos ao homem como ferimentos, mortes, prejuízos financeiros e sociais, desabamento de construções, destruição entre outros. As regiões mais suscetíveis a abalos sísmicos são as regiões próximas às placas tectônicas como o oeste da América do Sul onde está localizada a placa de Nazca e a placa Sul-Americana; e nas regiões em que se formam novas placas como no oceano Pacífico onde se localiza o Cinturão de Fogo. O comprimento de uma falha causada por um terremoto pode variar de centímetros a quilômetros. Para medir a dimensão dos abalos sísmicos é utilizada uma escala. A mais usada é a do sismólogo Charles Francis Richter. Sua escala varia de 0 a 9 graus e calcula a energia liberada pelos tremores. Outra escala bastante utilizada é a Mercalli, que mede os terremotos pela extensão dos danos. Essa escala se divide em 12 categorias de acordo com sua intensidade. Descrição dos 12 graus da escala de Mercalli: 1) Não sentido; 2) Sentido por pessoas em repouso ou em andares superiores de prédios altos; 3) Há vibração leve, e objetos pendurados balançam; 4) Há vibração moderada, como a causada por máquinas fazendo terraplanagem, as janelas e louças chacoalham, e os carros balançam; 5) Sentido fora de casa, capaz de acordar pessoas. Pequenos objetos e quadros caem; 6) Sentido por todos, provoca deslocamento de mobílias e danos como quebra de louças e vidraças e rachaduras em rebocos; 7) Percebido por pessoas que estão dirigindo, quem sente tem dificuldade em permanecer de pé. Chaminés, ornamentos arquitetônicos e mobílias se quebram. Sinos de igrejas tocam. Há grandes rachaduras em rebocos e alvenarias, algumas casas desabam; 8) Galhos e troncos se quebram. Solos úmidos sofrem rachaduras. Torres de água elevadas e monumentos, por exemplo, são destruídos. Estruturas de tijolo, casas de madeira frágeis, obras de irrigação e diques sofrem graves danos; 9) Há rachaduras em solos, causando crateras de areia. Construções de alvenaria não armada desabam e estruturas de concreto frágeis e tubulações subterrâneas sofrem danos; 10) Desabamentos e rachaduras aparecem muito espalhadas no solo. Há destruição de pontes, túneis e algumas estruturas de concreto armado. Há danos na maioria das alvenarias, barragens e estradas de ferro; 11) Solos sofrem distúrbios permanentes; 12) Dano quase total. Atividades #01 – Bimestrais 1. Explique com suas palavras a Teoria do Big Bang. 2. O que é Sistema Terrestre? 3. Exponha sobre a Atmosfera, a Hidrosfera, a Biosfera e a Geosfera. 4. Fale sobre o Ecossistema Terrestre. 5. O que é Isostasia Geológica ? 6. Explique os quatro movimentos Tectônicos. 7. O que é Hipocentro, Epicentro e Onda Sismica? Bons estudos! Prof. Hud Giovanni
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