Cemiterio do Pere-site

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Cemiterio do Pere-site
Cemitério do Père-Lachaise
Equipe Cemiteriosp
O cemitério do Père-Lachaise situado a leste de Paris, é o maior da capital francesa, inaugurado em
1804 a primeira inumação aconteceu em 21 de maio e foi de uma menina de cinco anos. Desde
então houveram cinco ampliações, passando de 17 a 43 hectares.
Se em seu início ele não era muito bem visto, em razão de ser muito longe da cidade, hoje é o mais
famoso e um dos mais visitados campos santos do mundo – recebe cerca de 2 milhões de turistas
por ano.
Além da bela arte tumular – são 690 mil monumentos funerários - seu maior atrativo, sem dúvida,
são os mortos famosos que ele abriga.
Abelard e Heloise, Jim Morrison, Édit Piaf, Allan Kardec, Marcel Proust, Oscar Wilde, Victor Noir,
entre muitos outros estão sepultados lá.
O nome do cemitério é uma homenagem a François d’Aix de La Chaise - “Le Père Lachaise” – o
Padre La Chaise – confessor do rei Luís XIV e padre jesuíta.
“O grande cemitério de Pére Lachaise de Paris, fundado em 1804, precede em meio século os
sepultamentos em cemitérios abertos decorrentes das leis e dos motivos sanitaristas, conforme
ocorreu no Brasil.
O Pére Lachaise , que era um bosque , continuou a sê-lo e jamais perdeu o predomínio paisagístico.
Suas sepulturas celebrizadas pelos nomes dos sepultados, vão desde a estela simples até à estatuária
monumental e às capelas jazigo de enorme riqueza. Todavia, o distanciamento entre um e outro
túmulo, a topografia em aclive, as veredas até o fim da vista e os caminhos curvos arborizados
permitem um percurso e uma compreensão de todas as datas, desde os túmulos góticos transladados
até o da escultura expressionista de nossos tempos. Não é à toa que este é um dos mais visitados
pontos turísticos de Paris. Aliás o turismo cemiterial está presente em várias capitais do mundo, à
exemplo de Buenos Aires.Aqui mesmo, no Brasil temos belos cemitérios, com monumentos
tumulares que além de belos tem muita história para contar.Basta deixar o preconceito de lado e
render-se à beleza dessas galerias de arte a céu aberto.”
É possível fazer uma visita virtual ao Pére-Lachaise:
http://www.pere-lachaise.com/
Muitas pessoas estão descobrindo que visitar cemitérios também é uma ótima maneira de se
adquirir cultura.
Spes illorum immortalitate plena est , “savient iv iv” - ovi credit in me etiam si mortuus fverit
vivet , jean xi ou xv
Abelard (1079-1142) e Heloise (1101-1164)
O túmulo do casal, protagonista de uma famosa história de amor medieval,
foi transferido para o Père Lachaise em 1817.
Abelard era um padre e filósofo que foi contratado pelo tutor da jovem
Heloíse para educá-la. Entre um texto e outro, os dois se apaixonaram e
tiveram um filho. O tutor não gostou e
mandou castrar Abelard. Ela foi ser freira e
ele acabou se tornando bispo de Hipona.
O casal só se uniu novamente após a morte
de Heloíse, que foi enterrada ao lado do amado.
Conta-se que, ao abrirem a sepultura de Abelardo, para ali
depositarem Heloísa, encontraram seu corpo ainda intacto e de
braços abertos, como se estivesse aguardando a chegada de Heloísa.
É um local muito visitado pelos casais apaixonados.
A história também originou um filme “Em nome de Deus”,
produzido em 1988.
Oscar Wilde (1854-1900)
Oscar Fingal O'Flahertie Wills Wilde (Dublin, 16 de outubro de 1854 —
Paris, 30 de novembro de 1900) foi um escritor irlandês.
Criado numa família protestante, estudou na Portora Royal School de
Enniskillen e no Trinity College de Dublin, onde sobressaiu como latinista e
helenista. Ganhou depois uma bolsa de estudos para o Magdalene College de
Oxford.
Wilde saiu de Oxford em 1878. Um pouco antes havia ganhado o prêmio
"Newdigate" com o poema "Ravenna".
Passou a morar em Londres e começou a ter uma vida social bastante agitada, sendo logo
caracterizado pelas atitudes extravagantes.
Em 1892, começa uma série de bem sucedidas comédias, hoje clássicos da dramaturgia britânica: O
Leque de Lady Windernere (1892), Uma mulher sem importância (1893), Um marido ideal e A
importância de ser fervoroso (ambas de 1895). +esta última, o ar cômico começa pelo título
ambíguo: Earnest, "fervoroso" em inglês, tem o mesmo som de Ernest, nome próprio
Publica contos como O Príncipe Feliz e O Rouxinol e a Rosa, que escrevera para os seus filhos, e O
crime de Lord Artur Saville.
O seu único romance foi O retrato de Dorian Gray.
A situação financeira de Wilde começou a melhorar cada vez mais, e, com ela, conquista uma fama
cada vez maior. O sucesso literário foi acompanhado de uma vida cada vez mais mundana. As
atitudes tornaram-se cada vez mais excêntricas.
Em Maio de 1895, após três julgamentos, foi condenado a dois anos de prisão, com trabalhos
forçados, por "cometer atos imorais com diversos rapazes".[1] Wilde escreveu uma denúncia contra
um jovem chamado Bosie, publicada no livro De Profundis, acusando-o de tê-lo arruinado. Bosie
era o apelido de Lorde Alfred Douglas, um dos homens de que se suspeitava que Wilde fosse
amante. Foi o pai de Bosie, o Marquês de Queensberry, que levou Oscar Wilde ao tribunal. No
terrível período da prisão, Wilde redigiu uma longa carta a Douglas.
A imaginação como fruto do amor é uma das armas que Wilde utiliza para conseguir sobreviver nas
condições terríveis da prisão. Apesar das críticas severas a Douglas, ele ainda alimenta o amor
dentro de si como estratégia de sobrevivência. A imaginação, a beleza e a arte estão presentes na
obra de Wilde.
Após a condenação a vida mudou radicalmente e o talentoso escritor viu, no cárcere, serem
consumidas a saúde e a reputação. No presídio, o autor de Salomé (1893) produziu, entre outros
escritos, De Profundis, o clássico anarquista, A alma do homem sob o socialismo e a célebre Balada
do cárcere de Reading.
Foi libertado em 19 de maio de 1897. Poucos amigos o esperavam na saída, entre eles o maior,
Robert Ross.
Passou a morar em Paris e a usar o pseudônimo Sebastian Melmoth. As roupas tornaram-se mais
simples, e o escritor morava em um lugar humilde, de apenas dois quartos. A produtividade literária
é pequena.
O fato histórico de seu sucesso ter sido arruinado pelo Lord Alfred
Douglas (Bosie) tornou-lhe ainda mais culto e filosófico, sempre
defendendo o amor que não ousa dizer o nome, definição sobre a
homossexualidade, como forma de mais perfeita afeição e amor.
Oscar Wilde morreu de um violento ataque de meningite (agravado
pelo álcool e pela sífilis) às 9h50min do dia 30 de novembro de
1900.
Em seu leito de morte Oscar Wilde foi aceito pela Santa Igreja
Católica Romana e Robert Ross, em sua carta para More Adey
(datada de 14 de Dezembro de 1900), disse "Ele estava consciente
de que havia pessoas presentes, e levantou sua mão quando pedi, mostrando entendimento. Ele
apertou nossas mãos. Eu então fui enviado em busca de um padre, e depois de grande dificuldade
encontrei o Padre Cuthbert Dunne, que foi comigo e administrou o Batismo e a Extrema Unção Oscar não pode tomar a Eucaristia".
Wilde foi enterrado no Cemitério de Bagneux fora de Paris, porém mais tarde foi movido para o
Cemitério de Père Lachaise em Paris. Sua tumba em Père Lachaise foi feita pelo escultor Sir Jacob
Epstein, a requisição de Robert Ross, que também pediu um pequeno compartimento para seus
próprios restos. Seus restos foram transferidos para a tumba em 1950.
Seu túmulo tem um anjo com um grande pênis – o membro já foi roubado diversas vezes. A
escultura também recebe vários beijos com batom dos visitantes.
Jim Morrison (1949-1971)
James Douglas Morrison Clark era filho do almirante George
Stephen Morrison e sua mulher Clara Clark Morrison, ambos
funcionários da marinha americana. Seus pais eram conservadores
e rigorosos, todavia Jim acabou por tomar para si pontos de vista
completamente antagônicos aos que lhe foram ensinados.
Com seu pai servindo à marinha, sua família se mudava
constantemente.
Morrison tornou-se um descobridor, interessado em explorar novos caminhos e sensações
diferentes, e seguiu uma vida boémia na Califórnia, frequentou a Universidade da Califórnia em
Los Angeles (UCLA), formando-se no curso de cinema.
após um encontro casual com o seu antigo colega Ray Manzarek, leu-lhe alguns poemas ( entre os
quais o famoso "Moonlight Drive"), e ambos decidiram na hora fazer uma banda rock. Para
completar a banda vieram mais dois membros juntar-se a eles, Robby Krieger e John Densmore.
O nome da banda –The Doors - foi inspirado no livro The Doors of Perception deAldous Huxley,
que o tinha ido buscar a um verso de um poema deWilliam Blake, que dizia: If the doors of
perception were cleansed, every thing would appear to man as it is, infinite. (Se as portas da
percepção estiverem limpas/ Toda coisa se apresentará ao homem como ela é, infinita)- The
Marriage of Heaven and Hell. Morrison desenvolveu um estilo de cantar único e um estilo de poesia
a tocar fortemente no misticismo.
Ainda antes da formação dos Doors, Morrison começou a consumir várias drogas, a beber álcool
em grandes quantidades e a entregar-se a diversos prazeres, aparecendo embriagado para as sessões
de gravação (podendo ouvir-se soluços em "Five to one").
Apesar de nunca se ter sentido próximo da sua família, Morrison protegia os seus companheiros de
banda. Aparentemente, uma vez disse a Ray Manzarek que nunca se sentia confortável num
encontro social a não ser que ele ou outro membro do grupo estivesse com
ele. Morrison recusou algumas oportunidades de carreira a solo.
Em Março de 1971, após todos os membros da banda terem decidido parar
por algum tempo, Morrison mudou-se para Paris na companhia da sua
namorada de sempre, Pamela Courson, com o propósito de se concentrar na
escrita.
O túmulo que mais dá dor de cabeça à administração do cemitério – a ponto
de ter vigilância o dia todo. Tudo porque, em 1991, no vigésimo aniversário
da morte do líder da banda The Doors, uma multidão de fãs alucinados foi
visitar o túmulo – a polícia teve de usar bombas de gás. Jim Morrison
morreu em julho de 1971, na banheira de seu apartamento em Paris, vítima,
segundo os médicos, de coma alcoólico. Foi enterrado lá, atendendo um
desejo do cantor que semanas antes de morrer visitou o Père-Lachaise em companhia de um amigo
e expressou o desejo de ser enterrado lá.Três décadas depois, quem poderá afirmar com certeza se a
morte de Morrison foi provocada por um infarto, possivelmente pelo excesso de álcool e drogas, se
foi resultado de uma overdose de heroína, tem um fundo de verdade? Morrison viveu intensamente
seus 27 anos. Em uma de suas canções, ele dizia: “Cancele minha inscrição para a ressurreição”.
Uma vida assim basta.
Édit Piaf (1915-1963)
Em 10 de outubro de 1963 a música ouviu calar uma de suas mais belas
vozes. Morria Edith Giovanna Gassion, “la Môme” – o pequeno pardal mais conhecida como Edith Piaf. Sua história, marcada por muita tristeza e
sofrimento é conhecida por muitos. Aquela mulher miúdinha – 1.42 m - de
aparência frágil, tornava-se um verdadeiro gigante ao cantar. Tão gigante
que sua poderosa e suave voz tornou-se conhecida no mundo inteiro. E
cantou e viveu e morreu um grande amor.
Na noite da morte do pugilista Marcel Cerdan, Edith em apresentação no
Versailles – elegante casa de espetáculos de Manhattan nos EUA - cantou
como nunca. Em meio a ovação estrondosa ergueu as mãos e fez as palmas
pararem.
“Essa noite, não canto para vocês – declarou - Canto para Michel Serdan.”
A partir daí ela passaria a cantar o amor com uma nota de dor em cada uma
de suas canções. Canções belíssimas, como "La vie en rose"
(1946), "Hymne à l'amour" (1949), "Milord" (1959), "Non, je
ne regrette rien" (1960). A quoi ça cert l’amour (1962) Edith
morreu aos 47 anos de idade. Uma mulher que para suportar a
dor física, viciou-se em morfina. Um ser que para suportar a
dor do espírito cantou e escreveu como poucos.
A cantora francesa jaz no mesmo túmulo ocupado por quatro
familiares.
Édit cantou na rua dos 16 aos 20 anos, até ser descoberta,
cantar em cabarés e virar amiga de poetas e escritores
franceses. Morreu de câncer no fígado. Seu enterro causou o
primeiro grande congestionamento em Paris desde a segunda guerra mundial.
Dizem que as mais belas artes vêm das pessoas que levam alguma tristeza, mágoa ou sofrimento no
coração. São as artes que mais tocam nosso ser. O melhor também vem de pessoas de atitude.
Atitudes que desafiam o lugar-comum. Atitudes de seres especiais. Seres como Edith Piaf.
Allan Kardec (1804-1869)
Hippolyte Léon Denizard Rivail (Lyon, 3 de outubro de 1804 —
Paris, 31 de março de 1869) teve formação acadêmica em Matemática
e Pedagogia, interessando-se mais tarde pela Física, principalmente o
Magnetismo. Como escritor, dedicou-se a tradução e a elaboração de
obras de cunho educacional. Sob o pseudônimo de Allan Kardec[1],
notabilizou-se como o codificador[2] do Espiritismo, também
denominado de Doutrina Espírita.
O pseudônimo "Allan Kardec", segundo biografias, foi adotado pelo Prof. Rivail a fim de
diferenciar a Codificação Espírita dos seus trabalhos pedagógicos anteriores. Segundo algumas
fontes, o pseudônimo foi escolhido pois um espírito revelou-lhe que haviam vivido juntos entre os
druidas, na Gália, e que então o Codificador se chamava "Allan Kardec".[3]
Nascido numa antiga família de orientação católica[4] com tradição na magistratura e na advocacia,
desde cedo manifestou propensão para o estudo das ciências e da filosofia.
Fez os seus estudos na Escola de Pestalozzi, no Castelo de Zahringenem, em Yverdon-les-Bains, na
Suíça[5] (país protestante), tornando-se um dos seus mais distintos discípulos e ativo propagador de
seu método, que tão grande influência teve na reforma do ensino na França e na Alemanha. Aos
quatorze anos de idade já ensinava aos seus colegas menos adiantados.[6]
Concluídos os seus estudos, o jovem Rivail retornou ao seu país natal.
A 6 de fevereiro de 1832 desposou Amélie Gabrielle Boudet.
Como pedagogo, o jovem Rivail dedicou-se à luta para uma maior democratização do ensino
público. Entre 1835 e 1840, manteve em sua residência, à rua de Sèvres, cursos gratuitos de
Química, Física, Anatomia[7] comparada, Astronomia e outros. Nesse período, preocupado com a
didática, criou um engenhoso método de ensinar a contar e um quadro mnemônico da História de
França, visando facilitar ao estudante memorizar as datas dos acontecimentos de maior expressão e
as descobertas de cada reinado do país.
Publicou diversas obras sobre educação.
Kardec passou os anos finais da sua vida dedicado à divulgação do Espiritismo entre os diversos
simpatizantes, e defendê-lo dos opositores. Faleceu em Paris, a 31 de março de 1869, aos 64 anos
(65 anos incompletos) de idade[8], em decorrência da ruptura de um aneurisma, quando trabalhava
numa obra sobre as relações entre o Magnetismo e o Espiritismo, ao mesmo tempo em que se
preparava para uma mudança de local de trabalho.
Acima de sua tumba, seu lema: "Nascer, morrer, renascer ainda e progredir sem cessar, tal é a lei",
em francês.
Em seu sepultamento, o astrônomo francês e amigo pessoal de Kardec,
Camille Flammarion, proferiu o seguinte discurso, ressaltando a sua
admiração por aquele que ali baixava ao túmulo:
“Voltaste a esse mundo donde viemos e colhes o fruto de teus estudos
terrestres. Aos nossos pés dorme o teu envoltório, extinguiu-se o teu
cérebro, fecharam-se-te os olhos para não mais se abrirem, não mais
ouvida será a tua palavra... Sabemos que todos havemos de mergulhar
nesse mesmo último sono, de volver a essa mesma inércia, a esse
mesmo pó. Mas, não é nesse envoltório que pomos a nossa glória e a
nossa esperança. Tomba o corpo, a alma permanece e retorna ao
Espaço. Encontrar-nos-emos num mundo melhor e no céu imenso onde
usaremos das nossas mais preciosas faculdades, onde continuaremos os
estudos para cujo desenvolvimento a Terra é teatro por demais
acanhado. (...) Até à vista, meu caro Allan Kardec, até à vista!”
Seu túmulo é o mais visitado pelos brasileiros é em forma de dólmem – monumento que parece um
grande portal de pedras – e está sempre repleto de flores e velas.
Marcel Proust (1871-1922)
Valentin Louis Georges Eugène Marcel Proust (Auteuil, 10 de Julho de 1871
— Paris, 18 de Novembro de 1922) foi um escritor francês.
Filho de Adrien Proust, um célebre professor de medicina, e Jeanne Weil,
alsaciana de origem judaica, Marcel Proust nasceu numa família rica que lhe
assegurou uma vida tranqüila e lhe permitiu freqüentar os salões da alta
sociedade da época.
Após estudos no liceu Condorcet, prestou serviço militar em 1889. Devolvido à vida civil, assistiu
na École Libre des Sciences Politiques aos cursos de Albert Sorel e Anatole Leroy-Beaulieu; e na
Sorbonne os de Henri Bergson cuja influência sobre a sua obra será essencial.
Em 1900, efectuou uma viagem a Veneza e se dedica às questões de estética. Em 1904, publicou
várias traduções do crítico de arte inglesa John Ruskin (1904). Paralelamente a artigos que relatam a
vida mundana publicados nos grandes jornais (entre os quais Le Figaro), escreveu Jean Santeuil,
uma grande novela deixada incompleta e que continuará a ser inédito, e publicou Os Prazeres e os
Dias (Les Plaisirs et les Jours), uma reunião de contos e poemas.
Após a morte dos seus pais, a sua saúde já frágil deteriorou-se
mais. Ele passou a viver recluso e a esgotar-se no trabalho. A sua
obra principal, Em Busca do Tempo Perdido (À la Recherche du
Temps Perdu), foi publicada entre 1913 e 1927, o primeiro
volume editado à custa do autor na pequena editora Grasset ainda
que muito rapidamente as edições Gallimard recuaram na sua
recusa e aceitaram o segundo volume À Sombra das Raparigas
em Flor pela qual recebeu em 1919 o prêmio Goncourt.
A homossexualidade é tema recorrente em sua obra, principalmente em Sodoma e Gomorra e nos
volumes subseqüentes. Trabalhou sem repouso à escrita dos seis livros seguintes de Em Busca do
Tempo Perdido, até 1922. Faleceu esgotado, acometido por uma bronquite mal cuidada.
Victor :oir (1848-1870)
Yvan Salmon (27 July 1848 in Attigny, Vosges — 10 January 1870 in
Paris)
Em janeiro de 1870 o jovem jornalista francês Victor
Noir (cujo verdadeiro nome era Yvan Salmon) foi
assassinado em Paris.
O fato causou à época grande comoção popular, já que
Victor Noir tinha apenas 22 anos, era um brilhante
colunista político em ascensão e ia se casar no dia
seguinte à sua morte.
Tudo graças à superstição de que uma esfregadela nos órgãos genitais da sua
estátua de bronze daria um “incentivo” à fertilidade feminina. Pelo aspecto gasto do membro da
escultura, dá para ver que muitas mulheres já levaram e levam a superstição a sério.
Jeanne Hebuterne (1898-1920)
Pintora francesa
De família católica e conservadora, sempre foi uma bela moça e
desde cedo voltada para as artes. Afiliou-se à comunidade artística
em Montparnasse por seu irmão André Hébuterne(1894-1992),
que queria ser pintor. Entretanto, querendo prosseguir uma
carreira nas artes, e com muito talento, escolheu estudar na
Academia Colarossi. Foi retratada diversas vezes por Léonard
Fujita Tsuguharu (1886-1968) pintor francês de descendência japonesa. Autora de obras como "A
suicida" e "A morte", de traço simples e explicativo.
Em 1917 Jeanne conheceu o pintor Amedeo Modigliani. Embora Modigliani fosse judeu e quatorze
anos mais velho do que ela, era um homem muito considerado e charmoso. Começaram a se
encontrar imediatamente e acabaram se apaixonando. Em 29 de novembro de 1918 dá a luz a uma
menina, que recebe o mesmo nome da mãe, e é reconhecida como filha por Modigliani.
Em julho de 1919, descobre estar grávida novamente, mostrando
desapontamento. É renunciada de sua família, por escolher viver com
Modi. Logo fica comprometida de se casar com o pintor, que registrara
seu nome errado no documento de matrimônio para invalidar a relação,
que para ele era apenas carnal. A vida do casal não era um mar de rosas
e Modigliani tinha a saúde debilitada devido a uma tuberculose mal
curada e ao consumo excessivo de álcool e drogas. Ele morre no
Charité de Paris no dia 24 de janeiro de 1920. Jeanne, companheira
devotada e grávida de nove meses do segundo filho, sobrevive apenas
uma noite, atirando-se do quinto andar do prédio onde morava.
Seu corpo foi velado e sepultado ás escondidas, pelos pais, no cemitério
de Bagneux. Sua filha foi criada pelas irmãs de Modigliani, e cresceu
sem saber o que ocorrera com os pais. Apenas dez anos depois, Jeanne
e seu filho que não nasceu foram transferidos para o cemitério do Père Lachaise, para descansarem
ao lado de Modigliani. Seus trabalhos foram guardados por seu irmão André, a sete chaves, e
apenas em 2000 foram mostrados ao público, numa exposição na Itália, com uma sala reservada
apenas para obras do casal.
Pierre Bordieu (1930-2002)
Sociólogo francês
Pierre Félix Bourdieu (Denguin, 1 de agosto de 1930 — Paris, 23 de
janeiro de 2002) foi um importante sociólogo francês.
De origem campesina, filósofo de formação, chegou a docente na
École de Sociologie du Collège de France, instituição que o consagrou
como um dos maiores intelectuais de seu tempo. Desenvolveu, ao
longo de sua vida, mais de 300 trabalhos abordando a questão da
dominação e é, sem dúvida, um dos autores mais lidos, em todo o mundo, nos campos da
Antropologia e Sociologia, cuja contribuição alcança as mais variadas áreas do conhecimento
humano, discutindo em sua obra temas como educação, cultura, literatura, arte, mídia, lingüística e
política. Também escreveu muito analisando a própria Sociologia
enquanto disciplina e prática.
Desenvolve ao longo das décadas de 1960 a 1980 farta obra,
contribuindo significativamente para a formação do pensamento
sociológico do século XX. Na década de 1970 estende sua atividade
docente a importantes instituições estrangeiras, como as
universidades de Harvard e Chicago e o Instituto Max Planck de
Berlim. Em 1982 ministra sua aula inaugural ( Lições de Aula) no
Collège de France (instituição que três anos mais tarde se associa ao
Centro de Sociologia Européia), propondo uma "Sociologia da
Sociologia", constituída de um olhar crítico sobre a formação do
sociólogo como censor e detentor de um discurso de verdade sobre
o mundo social. Neste sentindo, esta aula inaugural encontra-se
com a ministrada por Barthes (A aula) e Foucault (A Ordem do
Discurso), privilegiando a discussão acerca do saber acadêmico. É
consagrado Doutor 'honoris causa' das universidades Livre de
Berlim (1989), Johann-Wolfgang-Goethe de Frankfurt (1996) e Atenas (1996). Morreu em Paris,
em 23 de janeiro de 2002, depois de finalizar um curso acerca de sua própria produção acadêmica,
que servirá de fundamento ao seu último livro, Esboço para uma autoanálise.
Fernand Braudel (1902-1985)
Historiador francês
Fernand Braudel (Luméville-en-Ornois, 24 de agosto de 1902 — Cluses,
27 de novembro de 1985) foi um historiador francês e um dos mais
importantes representantes da chamada "Escola dos Annales".
Formado em História na Universidade de Sorbonne, começou sua carreira
profissional na Argélia, onde permaneceu por dez anos, de 1923 até 1932.
Na sua permanência lá, Braudel tem contato mais íntimo com o mar que
inspirou um dos seu maiores trabalhos como estudioso da História: O
Mediterrâneo e o Mundo Mediterrâneo na Época de Felipe II.
Estudando o Mar na época de Filipe II de Espanha, Braudel inicialmente iria abordar temas
políticos, em conformidade com as principais correntes historiográficas do período, como por
exemplo, a escola metódica. Porém, mais adiante em sua carreira, Braudel conhece Lucien Febvre,
que se torna seu mestre e o aconselha uma mudança na temática de seu trabalho: Ao invés de se ater
apenas ao tema politico, Lucien Febvre o aconselha a estudar a história do Mar Mediterrâneo de
uma perspectiva mais ampla, analisando outros aspectos do período como, por exemplo, a economia
da região naquela época.
Trabalhando nesse estudo ao longo de uma vida inteira,
Braudel passou por diversos momentos felizes e tristes.
Em 1935, ele abandona temporariamente o mediterrâneo e
vem ao Brasil, onde por três anos se dedica, junto com um
grupo de intelectuais franceses, a colaborar na organização
da Universidade de São Paulo. Aqui permanece até 1937
finalizando assim um período em que o próprio
historiador classificou como um dos mais felizes da sua
vida. Seguindo o período feliz, veio o período de sofrimento. Pouco depois de seu retorno a França,
inicia-se a segunda guerra mundial.
Auguste Comte (1798-1857)
Filósofo francês
Isidore Auguste Marie François Xavier Comte (Montpellier, 19 de janeiro de
1798 — Paris, 5 de setembro de 1857) foi um filósofo francês, fundador da
Sociologia e do Positivismo.
Nascido em Montpellier, no Sul da França, Augusto Comte
desde cedo revelou uma grande capacidade intelectual e
uma prodigiosa memória. Seu interesse pelas ciências
naturais era conjugado pelas questões históricas e sociais e,
com 16 anos, em 1814, ingressou na Escola Politécnica de
Paris. No período de 1817-1824 foi secretário do conde
Henri de Saint-Simon (1760-1825), expoente do socialismo
utópico; todavia, como Saint-Simon apropriava-se dos
escritos de seus discípulos para si e como dava ênfase
apenas à economia na interpretação dos problemas sociais,
Comte rompeu com ele, passando a desenvolver
autonomamente suas reflexões. São dessa época algumas
fórmulas fundamentais: "Tudo é relativo, eis o único
princípio absoluto" (1819) e "Todas as concepções humanas
passam por três estádios sucessivos - teológico, metafísico e
positivo -, com uma velocidade proporcional à velocidade
dos fenômenos correspondentes" (1822) (a famosa "lei dos três estados").Comte trabalhava
intensamente na criação de uma filosofia positiva quando, em virtude de problemas conjugais,
sofreu um colapso nervoso, em 1826. Recuperado, mergulhou na redação do Curso de filosofia
positiva (posteriormente, em 1848, renomeado para Sistema de filosofia positiva), que lhe tomou
doze anos. Em 1842, por criticar a corporação universitária francesa, perdeu o emprego de
examinador de admissão à Escola Politécnica e começou a ser ajudado por admiradores, como o
pensador inglês John Stuart Mill (1806-1873). No mesmo ano, Comte separou-se de Caroline
Massin, após 17 anos de casamento. Em 1845, apaixonou-se por Clotilde de Vaux, que morreria no
ano seguinte. Entre 1851 e 1854 Comte redigiu o Sistema de política positiva, em que extraiu
algumas das principais conseqüências de sua concepção de mundo não-teológica e não-metafisica,
propondo uma interpretação pura e plenamente humana para a sociedade e sugerindo soluções para
os problemas sociais; no volume final dessa obra, apresentou as instituições principais de sua
Religião da Humanidade. Em 1856, publicou o livro Síntese subjetiva, primeiro e único volume de
uma série de quatro dedicados a tratar de questões específicas das sociedades humanas: lógica,
indústria, pedagogia, psicologia, mas faleceu, possivelmente de câncer, em 5 de setembro de 1857,
em Paris. Sua última casa, na rua Monsieur-le-Prince, 10, foi posteriormente adquirido por
positivistas e transformado no Museu Casa de Augusto Comte.
Todavia, é importante notar que uma grande confusão terminológica ocorre com a obra de Comte e
seu "Positivismo": ele não tem nenhuma ou pouca relação com o chamado Positivismo Jurídico, ou
Juspositivismo, de Hans Kelsen; com a "Psicologia positivista", ou "behaviorismo" (ou
"comportamentalismo"), de Watson e Skinner; com o Neopositivismo, do Círculo de Viena, de Otto
Neurath, Carnap e seus diversos associados, nem com tantos outros "positivismos" de outras áreas
do conhecimento.
Sully Prudhomme (1839-1907)
Poeta francês – primeiro prêmio :obel de
Literatura
René François Armand (Sully) Prudhomme
(Paris, França, Março 16, 1839 - Châtenay-Malabry,
França, Setembro 6, 1907) foi um poeta e ensaista
francês , ganhador do primeiro prêmio Nobel de
Literatura em 1901.
Originalmente estudou para ser engenheiro, mas foi seduzido pela
filosofia e depois pela poesia. Em seus escritos poéticos ele declara que
sua intenção é escrever a “poesia científica” para os tempos modernos.
De caráter sincero e melancólico, ele foi membro da escola
parnasiana*, no entanto, ao mesmo tempo, seus trabalhos apresentam características próprias.
*O parnasianismo é uma escola literária ou um movimento literário essencialmente poético,
contemporâneo do Realismo-Naturalismo. Um estilo de época que se desenvolveu na poesia a partir
de 1850, na França.
Jules Michelet (1798-1874)
Historiador francês
Historiador francês nascido em Paris, considerado um dos maiores
historiadores de todos os tempos, conhecido como o primeiro historiador a
afirmar que não eram as grandes personalidades e sim as massas os
principais agentes das mudanças sociais, originando os ideais da revolução
francesa. Filho de um tipógrafo modesto, nasceu pouco após a Revolução
Francesa, que marcou a transição da Idade Média para a Modernidade.
Começou a escrever seus primeiros livros antes mesmo de se formar em
letras (1817) e começar a lecionar na
escola preparatória. Nomeado diretor do setor de história dos
arquivos nacionais (1834), passou a ensinar no Collège de
France (1838). Perseguido por suas idéias liberais e por seu
posicionamento contrário ao segundo império, acabou preso
(1851) e perdeu os cargos públicos. Voltou-se, então,
inteiramente ao trabalho de historiador até seus últimos dias,
em Hyères. Na sua obra destacaram-se Tableau chronologique
de l'histoire moderne (1825), Précis de l'histoire moderne
(1827), Histoire de France (1833), primeira parte, Histoire de
la révolution française (1847-1853) e Histoire de France
(1855-1867), segunda parte, além de obras líricas e de
trabalhos irreverentes tais como Les Jésuites (1843). Segundo
o escritor francês Victor Hugo, ele foi o decifrador das
grandes esfinges da História.
A morte surpreendeu-o frente. Encontrou-se sobre a sua mesa
de trabalho com um grande trabalho concluído. Alguns pensam que sua melhor crítica está contida
talvez no escrito desse último grande trabalho, - "a idade pressiona-me" -, pode-se dizer igualmente
que morreu como viveu: trabalhando.
Gilbert Bécaud (1927-2001)
Pianista francês
Gilbert Bécaud (Toulon, 24 de
Outubro de 1927 – Paris, 18 de
Dezembro de 2001) foi um cantor,
compositor e actor francês,
conhecido como Monsieur 100,000
Volts pelos seus espectáculos cheios
de energia.
Os seus maiores sucessos foram provavelmente +athalie e Et maintenant, mais tarde traduzida para
inglês com o título What Now My Love.No ano de 2001 faleceu de câncer pulmonar, a bordo de
sua bote-casa no Rio Sena.
Vídeos de suas apresentações:
http://www.youtube.com/watch?v=TW6QiI7hHGA
http://www.youtube.com/watch?v=DZkXR9wmE-w&feature=related
Maria Callas (1923-1977)
Cantora lírica
Maria Callas (Nova Iorque, 2 de dezembro de 1923 — Paris, 16
de setembro de 1977) foi uma cantora lírica estado-unidense de
ascendência grega, considerada a maior celebridade da Ópera no
século XX e a maior soprano de todos os tempos. Apesar de
também famosa pela sua vida pessoal, o seu legado mais
duradouro deve-se ao impulso a um novo estilo de atuação nas
produções operísticas, à raridade e distintividade de seu tipo de voz e ao resgate de óperas há
muito esquecidas do bel canto, estreladas por ela.
Nascida Cecilia Sofia Anna Maria Kalogeropoulou (em grego Καικιλία Σοφία Άννα Μαρία
Καλογεροπούλου), Callas era filha de imigrantes gregos e, devido a dificuldades econômicas, teve
que regressar à Grécia com sua mãe em 1937. Estudou canto no Conservatório de Atenas, com a
soprano coloratura Elvira de Hidalgo.
Existem diferentes versões sobre sua estréia. Alguns situam-na em 1937, como Santuzza em uma
montagem estudantil da Cavalleria Rusticana, de Mascagni; outros, à Tosca (Puccini) de 1941, na
Ópera de Atenas. De todo modo, seu primeiro papel na Itália teve lugar em 1947, na Arena de
Verona, com a ópera La Gioconda, de Ponchielli, sob a direção de Tullio Serafin, que logo se
tornaria seu "mentor".
A partir dos anos 1950, Callas começou a apresentar-se regularmente nas mais importantes casas
de espetáculo dedicadas à ópera, tais como La Scala, Convent Garden e Metropolitan. São ao
anos áureos. e ao passo de sua fama como cantora internacional, também vai sua fama de
tigresa, muitas vezes considerada temperamental pelo seu perfeccionismo. Famosa foi sua
rivalidade com Renata Tebaldi e as brigas públicas, através de declarações para jornais, várias
vezes lhe renderam a primeira página, assim como seus triunfos operísticos. Era uma figura
extremamente pública e contribuiu para reacender o estrelismo do gênero ópera e de seus
intérpretes. Alguns críticos inclusive afirmam que até nas gravadoras havia uma divisão, para
acirrar as disputas entre Callas e Tebaldi, e para influenciar as comparações entre gravações
feitas por Tebaldi ao lado do tenor Del Monaco, e Callas ao lado de Di Stefano. Sua voz
começou a apresentar sinais de declínio no final dessa década, e a cantora diminuiu
consideravelmente suas participações em montagens de óperas completas, limitando sua
carreira a recitais e noites de gala e terminando por abandonar os palcos em 1965. Seu
abandono deveu-se em grande parte ao desequilíbrio emocional da cantora, que ao conhecer
Aristóteles Onassis, dedica-se integralmente ao seu amado, afirmando ter começado ali sua vida
de verdade. Foi quando ela parou de ensaiar, adiou e cancelou apresentações, se tornou figura
constante em noites de festa, bebendo inclusive, coisas que contribuíram para o declínio de sua
voz e o fim da carreira. Sua última apresentação em uma ópera completa foi como Norma e
Paris, 1965, e devido á sua saúde vocal debilitada não aguentou ir até o fim, desmaiando ao cair
da cortina no fim da terceira parte.
No início dos anos 1970, passou a dedicar-se ao ensino de música na Juilliard School.
Cantou em público pela última vez a 11 de Novembro de 1974 no Japão.
Em 16 de setembro de 1977, ela simplesmente deixa de existir, pouco
antes de completar 54 anos, no seu apartamento em Paris em
decorrência de um ataque cardíaco. Suas cinzas são jogadas no Mar
Egeu, como era de sua vontade.
No cemitério do Père-Lachese há uma placa em sua memória,
homenagem do Maria Callas Internacional Club ali colocada em
setembro de 1991.
Vídeos de suas apresentações:
http://www.youtube.com/watch?v=6fZRssq7UlM
http://www.youtube.com/watch?v=Z9nrtFkj6Bo&feature=related
Frederic Chopin (1810-1849)
Pianista polonês
Frédéric Chopin (Żelazowa Wola, 1 de Março de 1810 — Paris, 17 de
Outubro de 1849) foi um pianista polaco] e compositor para piano da era
romântica. É amplamente conhecido como um dos maiores compositores
para piano e um dos pianistas mais importantes da história. Sua técnica
refinada e sua elaboração harmônica vêm sendo comparadas
historicamente com as de outros gênios da música, como Mozart e
Beethoven, assim como sua duradoura influência na música até os dias de
hoje.
Fryderyk Franciszek Chopin ou Szopen (nome em polaco, em francês Frédéric François Chopin
nasceu na aldeia de Żelazowa Wola, Ducado de Varsóvia, filho de mãe polonesa e pai francêsexpatriado. Aclamado em sua terra natal como uma criança prodígio, aos vinte anos Chopin deixou
a Polônia para sempre. Em Paris, fez carreira como intérprete,
professor e compositor, e adotou a versão francesa dada a seus
nomes, Frédéric-François. De 1837 a 1847 teve uma relação
turbulenta com a escritora francesa George Sand (pseudônimo de
Amantine Aurore Lucile Dupin). Sempre com a saúde frágil,
morreu em Paris aos 39 anos, vítima de tuberculose.
Toda a obra existente de Chopin inclui o piano assumindo algum
papel (predominantemente como um instrumento solo), e suas
composições são amplamente consideradas como repertório
essencial para este instrumento. Na maioria das vezes sua música
é tecnicamente exigente, mas seu estilo, no geral, enfatiza mais a
nuança e a profundidade expressiva do que o virtuosismo técnico.
Ele inovou com novas formas musicais, como a balada, e introduziu significantes inovações nas
formas existentes, como a piano sonata, a valsa, o noturno, o estudo, o improviso e o prelúdio.
Alguns citam suas obras como "os principais pilares" do romantismo na música erudita do século
XIX. Além disso, Chopin mostrou-se nacionalista mesclando sua música com elementos eslavos;
hoje suas mazurcas e polonesas são fundamentais para a música clássica nacional polonesa.
Vídeo com uma de suas composições
http://www.youtube.com/watch?v=Hgw_RD_1_5I
Gioachinno Rossini (1792-1868)
Gioachino Antonio Rossini (Pésaro, 29 de fevereiro de 1792 — Passy,
Paris, 13 de novembro de 1868) foi um compositor erudito italiano, muito
popular em seu tempo, que criou 39 óperas, assim como diversos
trabalhos para música sacra e música de câmara. Entre seus trabalhos
mais conhecidos estão Il barbiere di Siviglia ("O Barbeiro de Sevilha"),
La Cenerentola ("A Cinderela") e Guillaume Tell ("Guilherme Tell").
Gioachino nasceu numa família de músicos em Pesaro, cidade na costa
do mar Adriático, na Itália. Seu pai, Giuseppe, era um trompista e
inspector de matadouros, e sua mãe, Anna Guidarini, era uma cantora, filha de um padeiro. Os
pais de Rossini começaram cedo sua educação musical, e aos seis anos de idade ele já tocava o
triângulo na banda de seu pai.
O Barbeiro de Sevilha (Il barbiere di Siviglia)
A sua mais famosa ópera foi apresentada em 20 de Fevereiro de 1816, no Teatro Argentina, em
Roma. O libreto de Cesare Sterbini, uma versão da polémica peça de Beaumarchais, Le Barbier de
Séville, era o mesmo que havia sido utilizado por Giovanni Paisiello no seu próprio Barbiere, uma
ópera que tinha beneficiado de popularidade na Europa durante mais de um quarto de século. Mais
tarde, Rossini afirmou ter escrito a ópera em apenas doze dias. Foi um estrondoso fracasso quando
fez a sua estreia como Almaviva; os admiradores de Paisiello ficaram extremamente indignados,
sabotando a produção assobiando e gritando durante todo o
primeiro acto. Contudo, pouco tempo depois da segunda
apresentação, a ópera tornou-se tão bem sucedida que a fama da
ópera de Paisiello foi transferida para a de Rossini, para quem o
título O Barbeiro de Sevilha passou como um património
inalienável.
Sua primeira esposa morreu em 1845, e em 16 de Agosto de
1846, ele casou com
Olympe Pélissier, que havia posado para Vernet no seu quadro
de Judite e Holofernes.
Distúrbios políticos levaram Rossini a abandonar Bolonha, em
1848. Depois de viver
durante um tempo em Florença, instalou-se em Paris em 1855,
onde sua casa era um
centro da sociedade artística. Ele morreu em sua casa de campo
em Passy numa sexta
feira, 13 de Novembro de 1868 e foi sepultado no cemitério Père Lachaise, em Paris,
França. Em 1887, os seus restos mortais foram transferidos para a Basílica da Santa
Cruz, em Florença, onde agora repousam.
Vídeo com uma de suas composições:
http://www.youtube.com/watch?v=MU9cyUBNH5U
Enrico Tamberlick (1820-1889)
Tenor italiano
Enrico Tamberlick (Roma, 16 de março de 1820
— Paris, 14 de março de 1889) foi um cantor de
ópera italiano do século XIX, conhecido por
alcançar as mais altas notas do canto operístico de
sua época. Estreou em Roma em 1837.
Contratado pelo Teatro Colón de Buenos Aires para
sua inauguração em 25 de abril de 1857, interpretou um fragmento do
hino Nacional Argentino.
Tornou-se célebre no mundo theatral, mas de início destinava-se á vida
ecclesiástica
E estudou no seminário.
Morre em Paris e seu túmulo no Père-Lachaise está entre um dos mais
bonitos.
Sarah Bernhardt (1844-1923)
Atriz francesa
Sarah Bernhardt (Paris, 22 de outubro de 1844 — Paris, 26 de março de
1923) foi uma atriz e cortesã francesa, já chamada por alguns durante "a
mais famosa atriz da história do mundo"[1]. Bernhardt fez sua reputação nos
palcos da Europa na década de 1870, e logo passou a ser exigida pelos
principais palcos do continente e dos Estados Unidos. Conquistou uma
fama de atriz dramática, em papéis sérios, ganhando o epíteto de "A Divina
Sarah".
Seu papel mais marcante foi o da peça A Dama das Camélias de Alexandre Dumas. Visitou o Brasil
quatro vezes, as duas primeiras ainda durante o reinado de D. Pedro II. Na última visita, durante
uma encenação, sofreu um acidente que lhe gerou sérios problemas em sua perna e que culminou,
anos depois, em sua morte.Sarah Bernhardt foi representada em dois filmes brasileiros, O Xangô de
Baker Street e Amélia.Nasceu em Paris, na França, como Henriette Rosine Bernardt, filha de Julie
Bernardt com um indivíduo de identidade desconhecida, de origem holandesa. Seu avô, Moritz
Bernardt, foi um comerciante judeu em Amsterdã, e provavelmente sua mãe também nascera lá.Em
1853 ingressou no colégio de freiras Grandchamp, região de Versalhes. Neste colégio participou de
sua primeira peça teatral: Tobias recobra a visão, escrita por uma das monjas.
Muitas das incertezas em sua biografia se devem à sua tendência de exagerar e distorcer os fatos.
Alexandre Dumas, filho, autor de La dame aux camélias, que ela teria encenado quase três mil
vezes ao longo de sua vida, a descreveu como uma notória mentirosa.[Bernhardt se especializou em
representar as obras em verso de Jean Racine, tais como Ifigênia, Fedra ou Racine. Destacou-se
especialmente, entre muitas outras, n'A Dama das Camélias, de Alexandre Dumas, filho, Théodora,
de Sardou, L´Aiglon, de Edmond Rostand, Izéïl, de Silvestre e Morand, Macbeth, de Shakespeare,
Jeanne D´Arc, de Jules Barbier.Foi, possivelmente, a atriz mais famosa do século XIX.
Não era uma pessoa religiosa, e teria dito, certa vez: "Eu, rezar? Nunca! Sou uma atéia.
Sarah Bernhardt foi uma das atrizes pioneiras do cinema, debutando em 1900 no papel de Hamlet,
no filme Le Duel d'Hamlet.[7] Veio a estrelar posteriormente oito outros filmes, além de dois filmes
biográficos, um dos quais Sarah Bernhardt à Belle-Isle (1912), um filme sobre sua vida cotidiana
em sua casa.
Em 1906 rodou La Dame aux Camélies, com Lou Tellegem, e Elisabeth, rainha de Inglaterra,
dirigida por Louis Mercanton. Em 1913 filmou Jeanne Doré, dirigida por Tristam Bernard. Esta
película se considera a melhor rodada por Bernhardt e onde se pode observar o melhor da sua arte
de atuar. O filme está preservado na Cinémathèque de Paris.
Em 1905, ao encenar a peça La Tosca, de Victorien Sardou, no Teatro Municipal do Rio de Janeiro,
Sarah Bernhardt machucou seu joelho direito, durante a cena final em que deveria pular de um alto
muro. Sua perna não se recuperou do ferimento. Em 1915 a
gangrena havia tomado conta do membro, que teve de ser
amputado inteiramente.
Em 26 de março de 1923, Sarah Bernhardt morreu, de
uremia, sob os cuidados de seu filho Maurice. Foi enterrada,
perante uma multidão de admiradores, no Cemitério do Père
Lachaise, em Paris.[9]
No fim do século XX, recebeu uma estrela na Calçada da
Fama, em Hollywood.
Moliére (1622-1673)
Teatrólogo francês
Jean-Baptiste Poquelin, mais conhecido como Molière (baptizado
em Paris a 15 de janeiro de 1622 - 17 de Fevereiro de 1673[1]), foi um
dramaturgo francês, além de actor e encenador, considerado um dos
mestres da comédia satírica. Teve um papel de destaque na
dramaturgia francesa, até então muito dependente da temática da
mitologia grega, Molière usou suas obras para criticar os costumes da
época. É considerado o fundador indirecto da Comédie-Française.
Dele, disse Boileau: Dans le sac ridicule où Scapin s'enveloppe je ne
reconnais plus l'auteur du Misanthrope - ("No saco ridículo onde se
envolve Escapino, não reconheço mais o autor de O Misantropo"). Como encenador, ficou também
conhecido pelo seu rigor e meticulosidade.
Filho de um artesão parisiense (Jean-Baptiste Poquelin), Poquelin ficou órfão da mãe (Marie
Cressé) quando ainda era criança. Entrou em 1633 na prestigiada escola de Jesuítas do Collège de
Clermont, onde completou a sua formação académica em 1639. Existem várias anedotas sobre a sua
estadia no colégio que não têm, contudo, qualquer confirmação histórica. Por exemplo, que o seu
pai era muito exigente; que conheceu, aí, o príncipe de Conti ou que foi aluno do filósofo Pierre
Gassendi.
Em Junho de 1643, juntamente com a sua amante Madeleine Béjart e um irmão e uma irmã dela,
fundou a companhia (troupe) de teatro L'Illustre Théâtre.
Molière chegou a Paris em 1658 onde apresenta no Louvre a tragédia +icomède de Corneille e a
sua pequena farsa Le docteur amoureux (O Médico Apaixonado), com algum sucesso. Data desta
altura o témino da relação de mecenato que mantinha com o príncipe de Conti, já que a companhia
passa a ser a Troupe de Monsieur (o Monsieur era o irmão do rei) e com a ajuda do novo mecenas,
junta-se a uma famosa companhia local italiana dedicada à commedia dell'arte.
Le Tartuffe ("Tartufo"), foi também encenado em Versalhes, em 1664, tornando-se no maior
escândalo da carreira artística de Molière. A descrição da hipocrisia geral das classes dominantes e,
principalmente, do clero, foi considerada ofensiva e imediatamente contestada. Por influência da
rainha-mãe e do Partido dos Devotos, o rei vê-se obrigado a suspender as actuações desta peça.
Molière escreve, logo de seguida, em 1665, Dom Juan (traduzido também por "Dom João"), ou Le
Festin de Pierre ("O Festim de Pedra") para substituir "Tartufo". Esta obra, considerada uma das
mais intemporais de Molière, baseava-se numa peça de Tirso de Molina, passada para prosa,
inspirada na vida de Giovanni Tenorio. Descreve a história de um ateu que ao assumir
hipocritamente o papel de religioso, é punido por Deus. A obra é interdita logo depois. O Rei, ainda
assim, mantendo o seu apoio a Molière, torna-se o patrocinador oficial da companhia, concedendolhe £6000,00 de pensão.
Um dos mais famosos momentos da biografia de Molière é a sua morte, que se tornou numa
referência no meio teatral. É dito que morreu no palco, representando o papel principal da sua
última peça. De facto, apenas desmaiou aí, tendo morrido horas mais tarde em sua casa, sem tomar
os sacramentos já que dois padres se recusaram a dar-lhe a última visita, e o terceiro já chegou
tarde. Diz-se que estava vestido de amarelo, o que gerou a superstição de que esta cor é fatídica para
os actores.
Os comediantes (actores) da época não podiam, por lei, ser sepultados nos cemitérios normais
(terreno sagrado), já que o clero considerava tal profissão como a mera "representação do falso".
Como Molière persistiu na vida de actor até à morte,
estava nessa condição. A sua mulher, Armande, pede,
contudo, a Luís XIV que lhe providencie um funeral
normal. O máximo que o rei consegue fazer é obter do
arcebispo a autorização para que o enterrem no
cemitério reservado aos nados-mortos (não
baptizados). Ainda assim, o enterro é realizado
durante a noite.
Em 17 de janeiro de 1673, enquanto representava no
palco o protagonista de sua última obra, Le Malade
imaginaire (O doente imaginário), Molière sofreu um repentino colapso e morreu poucas horas
depois, em sua casa de Paris. Como se assinalou com freqüência, não é de estranhar que o mestre do
duplo sentido e da dissimulação tenha encerrado a vida e a carreira no momento em que encarnava
um falso doente.
Em 1792, os seus restos mortais são levados para o Museu dos Monumentos Franceses e, em 1817,
transferidos para o cemitério do Père Lachaise, em Paris, ao lado da sepultura de La Fontaine.
Marcel Camus (1912-1982)
Cineasta francês
(21 de abril de 1912, Chappes, Ardenas — 13 de janeiro de 1982, Paris) foi um
cineasta francês.
Dirigiu aproximadamente doze filmes.
1959 : Palma de Ouro do Festival de Cannes por Orfeu +egro
1960 : Oscar do melhor filme estrangeiro por Orfeu +egro
Marcel Marceau (1923-2007)
Mímico Francês
Marcel Mangel, mais conhecido como Marcel
Marceau ou Mime Marceau, (Estrasburgo, 22 de
março de 1923 — Cahors, 22 de setembro de 2007) foi
o mímico mais popular período pós-guerra. Junto com
Étienne Decroux e Jean-Louis Barrault deu uma nova
roupagem à mímica no século xx
Oriundo de uma família judia francesa, Marcel foi forçado a fugir de casa com 16 anos, quando seu
país entrou em guerra, passando e viver em Lille. Juntou-se mais tarde às Forças Francesas Livres
de Charles de Gaulle junto com seu irmão e, devido a seu inglês excelente, trabalhou como um
oficial da ligação com o exército do general Patton. Seu pai, um açougueiro casher, foi preso pela
Gestapo e morreu no campo de concentração de Auschwitz.
Após ter visto Charlie Chaplin, interessou-se em atuar. Após a guerra, matriculou-se em 1946 na
escola de arte dramática de Charles Dullin no Teatro Sarah Bernhardt em Paris, onde estudou com
professores como Charles Dullin e o grande mestre Étienne Decroux, que tinha ensinado também a
Jean-Louis Barrault. O último, observando talento excepcional de Mangel (que tinha mudado seu
sobrenome para Marceau, para evitar ser perseguido por suas origens judaicas), o integrou à sua
companhia, e o escalou no papel de Arlequim na pantomima Baptiste - que o próprio Barrault havia
interpretado no famoso filme Les Enfants du Paradis. O desempenho de Marceau foi tão elogiado
que isso o incentivou a representar seu primeiro mimodrama, chamado Praxitele e o Peixe
Dourado, no Teatro Bernhardt no mesmo ano. A crítica positiva foi unânime e a carreira de
Marceau como mímico consolidou-se.
Inspirado em comediantes como Chaplin, Buster Keaton, Irmãos Marx, Harry Langdon, nos
"clowns" da commedia dell'arte italiana, além dos gestos estilizados da ópera chinesa e do teatro
japonês Noh, em 1947, Marceau criou Bip, o palhaço de cara pintada, que em seu casaco
listrado e surrado, chapéu de ópera de seda com uma flor espetada - significando a fragilidade
da vida - tornou-se seu alter-ego, exatamente como o Vagabundo de Chaplin. As desventuras de
Bip interagindo com tudo, desde borboletas a leões, de navios a trens, nos salões ou nos
restaurantes, eram ilimitadas. Com uma pantomima de estilo, Marceau foi reconhecido como
fora de série. Seus exercícios silenciosos, que incluíam trabalhos clássicos como A Gaiola,
Andando de Encontro ao Vento (que inspirou o passo de dança Moonwalk de Michael Jackson),
o Fabricante de Máscara e +o Parque, também sátiras de tudo, desde escultores a matadores,
foram descritos como trabalhos de gênio. De sua soma das idades no famoso Juventude,
Maturidade, Velhice e Morte, um crítico disse, faz em menos de dois minutos o que maioria dos
escritores não fazem em volumes.
Como autor, Marceau escreveu "Marcel Marceau Alphabet Book" e "Marcel
Marceau
Counting Book". Outras publicações da poesia e as ilustrações de Marceau
incluem
sua "La ballade de Paris et du Monde", que escreveu em 1966, e "A História
de Bip",
escrita e ilustrada por Marceau e publicada por "Harper and Row". Em 1982,
"Le
Troisième Oeil", ("O Terceiro Olho"), coleção de dez litografias originais,
foi
publicada em Paris acompanhada de um texto de Marceau. Belfond de Paris
publicou
"Pimporello" em 1987. Em 2001, um livro novo de fotos para crianças
intitulado "Bip
In a Book", publicado por Stewart, Tabori & Chang, apareceu nas livrarias
dos
Estados Unidos, França e Austrália.
Marcel Marceau morreu aos 84 anos. A notícia foi divulgada pela imprensa francesa, mas a família
não forneceu detalhes sobre sua morte. Seu enterro ocorreu no dia 26 de setembro de 2007 no
cemitério parisiense do Père-Lachaise na presença de cerca de 300 pessoas. Casou-se três vezes e
teve quatro filhos.
Yves Montand (1921-1991
Ator e cantor francês
Yves Montand, nome artístico de Ivo Livi, (Monsummano Terme, 13 de
outubro de 1921 — Senlis, Oise, 9 de novembro de 1991) foi um ator e
cantor italiano naturalizado francês.
Seu nome de batismo era Ivo Livi e embora nascido na Itália, ele foi o ator
que melhor encarnou o mito do homem francês. Considerado menos bonito
que Alain Delon mas mais simpático e carismático, Montand provou que além de um ótimo cantor
era também um bom ator.
Comunista inicialmente e depois defensor da liberdade e contra qualquer ditadura, Montand foi
parceiro constante do diretor Costa-Gavras com quem fez cinco filmes, entre eles "Z", "Estado de
Sítio" e "A Confissão".
Estreou como ator em 1946 com o diretor Marcel Carné no filme "As Portas da Noite", mas se
destacou também em "O Salário do Medo" de Henri-Georges
Clouzot em 1952; "Adorável Pecadora" ao lado de Marilyn Monroe
de 1960; "Paris Está em Chamas" de René Clement em 1966 e
"Viver por Viver" de Claude Lelouch em 1967.
Teve romances célebres com a cantora Edith Piaf no final dos anos
40 e com Marilyn Monroe, mas foi casado por 30 anos com a atriz
Simone Signoret até a morte dela em 1985.
Em 1982, apresentou-se no Teatro Municipal de São Paulo com um
espetáculo de canções francesas.
Montand morreu do coração.
Vídeo com uma de suas canções:
http://www.youtube.com/watch?v=JWfsp8kwJto
François –Joseph Talma (1763-1826)
Ator francês
François-Joseph Talma (Paris, 15 de janeiro de 1763 — 19 de Outubro de
1826) foi o mais prestigioso ator francês de sua época, sucedendo a Lekain.
Em 1776, vai para a Inglaterra ao encontro do pai que se tornou dentista em
Londres. Porém seu futuro será na verdade influenciado mais pela descoberta do Teatro Elisabetano
que pela profissão paterna. Na Inglaterra, apresenta-se como amador. Ao voltar para a França, em
1785, estabelece-se por algum tempo ainda como dentista.
Com a fundação da "École Royale de Déclamation" ("Escola Real de Declamação", em
português), Talma abandona a profissão de dentista e aí se inscreve. Estréia na Comédie-Française
em 1787 com as peças "Brutus" e "A Morte de Cesar" de Voltaire. À época do início da Revolução
Francesa, Talma dá vida a "Carlos IX" de Marie-Joseph Chénier, que é um grande sucesso de
público, porém a Igreja faz interditar a peça em sua 33ª apresentação. Em 21 de Julho de 1790 a
obra é encenada mesmo com a interdição. A companhia da Comédie-Française divide-se então entre
os "revolucionários" e os outros associados que se recusam a encenar com Talma. Ele engaja-se
cada vez mais politicamente, não possui grandes afinidades com Robespierre mas liga-se por laços
de amizade com um jovem militar : Napoleão Bonaparte. É expulso da Comédie-Française em 1791
e vai refugiar-se em um novo teatro da Rua Richelieu. A sala de espetáculos logo recebe o nome de
"Teatro da República" e quando os membros da Comédie-Française são presos em Setembro de
1793, Talma é acusado de ter conspirado contra seus antigos colegas.
Reintegrado ao seio da Comédie-Française em 1799 torna-se oficialmente « o ator preferido de
Napoleão », notadamente graças a sua interpretação na peça de Corneille "Cinna", muito apreciada
pelo Imperador. Em 1799, o Teatro da Rua Richelieu torna-se a única sala do Théâtre-Français. A
primeira apresentação na reabertura : "O Cid", de Corneille, com Talma no papel de Rodrigo de
Bivar. Em 1806, é nomeado professor do "Conservatório +acional Superior de Arte Dramática de
Paris". Em 1812 tem uma ligação com Pauline Bonaparte.
Os críticos são unânimes com relação a seu imenso talento. Talma inova também no campo das
vestimentas ; encarnando Proculus por exemplo (em "Brutus" de Voltaire), veste-se como romano :
toga, coturnos « de época » e, o que mais choca : braços e pernas nuas ! Propõe interpretar os
personagens vestidos de acordo com seu tempo e não segundo a moda contemporânea. Reforma
totalmente a essência dos trajes com os conselhos do pintor David. Pioneiro de uma revolução
estética, adapta a revolução política à suas idéias teatrais. Aparece em cena sem peruca, sem
declamar versos trágicos ; atropela as convenções do espetáculo trágico de tal maneira que a
tragédia se direciona para um outro estilo : o drama histórico e político. Pode-se notar seu sucesso
em Dezembro de 1821, na tragédia "Sila" de Étienne de Jouy, onde seu físico, aliado a uma peruca
apropriada, permite-lhe "fazer reviver" Napoleão que vinha de se apagar alguns meses antes.
Um ano antes de sua morte, Talma redigiu sua visão
revolucionária do Teatro em sua "Memória sobre Lekain e
sobre a Arte Dramática". Paris em peso assitiu a seu
funeral, sem cerimônia religiosa, em 21 de Outubro de
1826. Gérard de Nerval compos uma elegia intitulada "A
Morte de Talma". Alexandre Dumas reuniu os papéis do
ator e fez publicar as "Memórias de J.-F. Talma, escritas
por ele mesmo" em 1850.
Talma foi amigo fiel de Louise Desgarcins, a quem fez entrar no Conservatório. Casou-se com
Charlotte Vanhove, atriz e filha de atores. Seu túmulo localiza-se no Père Lachaise.
Louie Fuller (1862-1928)
Dançarina
Inovou a dança na modernidade.
Nascida Maria Louise Fuller em Fullesburg Illinois, fez sua estréia
em Chicago.
Por mais de vinte anos atuou em diversas companhias de shows
burlescos, vaudeville e também na companhia de Buffalo Bill e
seu show do Oeste selvagem.
Ela foi a primeira a usar da variação das cores e movimento
dos tecidos em suas performances como a famosa “Dança
da Serpente”.
A dança estreou em Nova York em fevereiro de 1892 e a
Lumiére em 1896 decide incluíla em um de seus filmes.
Em 1927 faz sua última apresentação no Shadow Ballet em
Londres.
Retira-se para Paris onde sucumbe ao cancêr em menos de um ano.
Vídeos de suas performances:
http://www.youtube.com/watch?v=fIrnFrDXjlk
http://www.youtube.com/watch?v=p7gES8QJfJ8&feature=related
Isadora Duncan (1877-1927)
Dançarina Francesa
Isadora Duncan, nome artístico de Angela Isadora Duncan foi uma
bailarina norte-americana, nascida em São Francisco no dia 27 de Maio
de 1877. Isadora foi a segunda filha das quatro tidas pelo casal Dora Gray
Duncan, pianista e professora de música e Joseph Charles, poeta.
Considerada a pioneira da dança moderna, Isadora causou polêmica ao
ignorar todas as técnicas do balé clássico. Sua dança foi inspirada pelas
figuras das dançarinas nos vasos gregos encontrados, segundo algumas
fontes, no museu do Louvre; já outras fontes informam que tais vasos
foram vistos pela bailarina no museu britânico.
Sua proposta de dança era algo completamente diferente do usual, com movimentos improvisados,
inspirados, também, nos movimentos da natureza: vento, plantas, etc. Os cabelos meio soltos e os
pés descalços também faziam parte da personalidade profissional da dançarina. Sua vestimenta era
leve, eram túnicas, assim como as das figuras dos vasos gregos. O cenário simples, era composto
apenas por uam cortina azul. Outro ponto forte na dança de Isadora, é que ela utilizava músicas até
então tidas apenas como para apreciação auditiva. Ela dançava ao som de Chopin e Wagner e a
expressividade pessoal e improvisação estavam sempre presentes no seu estilo.
Isadora tinha personalidade forte e não se curvava à tradições. Não era afeita ao casamento, tendo
casado três vezes e só o fazendo porque tinha a possibilidade de separar-se, caso necessário. Seu
primeiro marido foi o designer teatral Gordon Graig, do qual se separou, assim como separou-se do
milionário parisiense Eugene Singer (responsável pelas máquinas Singer conhecidas no mundo).
Isadora teve um filho de cada relacionamento.
Em 1898 Isadora foi para Londres em busca de reconhecimento
profissional. Lá consolidou sua fama, fazendo sua primeira
apresentação em Paris no ano de 1902. Em 1908 escreve The
Dance. Em 1913 um incidente tira a vida de seus dois filhos,
Deirdre e Patrik e de sua governata, que morrem afogados no rio
Sena. Devido ao fato, Isadora passa alguns anos sem se apresentar.
No ano de 1916 ela vem ao Brasil e apresenta-se no Teatro
Municipal, no Rio de Janeiro, nesta época ela estava com 38 anos
de idade. Em 1920 vai para Moscou. Casa-se com o poeta soviético
Serguei Iessnin, de quem se separa dois anos depois. Serguei se
mata em 1925, é queando Isadora vai para a França e passa seus últimos anos, em Nice. Em 1927
escreve uma auto-biografia intitulada My Life e morre no mesmo ano, em 14 de Setembro de 1927.
Em 1928 são editados seus artigos póstumos em The Art of the Dance. Seu fim é pobre e anônimo,
ela já não fazia mais sucesso.
Isadora morreu em um acidente de carro conversível, quando a sua echarpe ficou presa a uma das
rodas enforcando-a. Durante anos uma amiga disse que as últimas palavras proferidas antes de
entrar no carro conduzido por um jovem, foram: "Adeus, amigos! Vou para a glória.", tendo anos
depois rectificado que eram "Adeus amigos. Vou para o amor". A sua intenção era que Isadora
fosse recordada com uma frase mais elegante que aquela que realemnte proferiu.
Laura Marx (1845-1911)
Segunda filha do casamento de Karl Marx e Jenny Von Westphalen.
Foi ativista na França dos movimentos a favor dos direitos dos
trabalhadores.
Em 1868 casou-se com Paul Lafargue e ambos cometeram suicídio
juntos.
Zénobe Gramme (1826-1901)
Inventor belga
Zénobe Théophile Gramme (perto de Liège, 4 de abril de 1826 — BoisColombes, França, 20 de janeiro de 1901) foi um engenheiro elétrico
belga.
Apesar de ser semi-alfabetizado e não ter conhecimentos avançados de
matemática, em 1869, ele inventou a Máquina de Gramme, um dínamo (dispositivo que converte
energia mecânica em energia elétrica) capaz de gerar tensão contínua, muito mais elevada do que os
dínamos da época.
Em 1873 ele descobriu acidentalmente que o dispositivo era reversível. Quando ligado a uma fonte
de corrente contínua, ele girava passando então a funcionar como um motor. A Máquina de
Gramme foi o primeiro motor elétrico potente usado com sucesso
na indústria.
Antes de sua invenção, os motores elétricos possuíam baixa
potência e apenas eram usados como brinquedos ou curiosidades de
laboratório.
Zénobe Théophile Gramme faleceu em Bois-Colombes, França, e
foi sepultado no cemitério do Père Lachaise em Paris.
Na cidade de Liège, há uma escola, batizada L'Institut Gramme.
Em 2005 ele terminou em 23º lugar na eleição de Le plus grand
Belge (O Maior Belga), programa de televisão transmitido em
língua francesa pela RTBF da Bélgica e inspirado no programa da BBC 100 Greatest Britons (100
Maiores Britânicos).
André Masséna (1758-1817)
Marechal do Império napoleônico
André Masséna (it. Andrea Massena) (Nice, 6 de maio de 1758 — 4 de
abril de 1817) foi um militar francês.
De origem burguesa, fez carreira na Marinha
mercante até aderir à Guarda Nacional da França.
Durante as guerras revolucionárias de França,
ascendeu rapidamente na hierarquia militar devido aos seus feitos
durante a Campanha de Napoleão na Itália.
Já durante o Império, foi feito Príncipe d'Essling por Napoleão
Bonaparte.
Foi este general francês que, em 1810, comandou a terceira invasão francesa de Portugal durante a
Guerra Peninsular.
Joaquim Murat (1767-1815)
Marechal do Império napoleônico e rei de :ápoles
Joaquim Murat (Labastide-Fortunière, 25 de março de 1767
— Pizzo Calabro, 13 de outubro de 1815) foi marechal do
Império Napoleônico e Rei de Nápoles de 1808 a 1815.
Isaac Titsingh (1745-1812)
Embaixador dos Países Baixos
Isaac Titsingh (Amsterdan, 10 de janeiro de 1745 — Paris, 2 de fevereiro de
1812) foi um cirurgião, comerciante e embaixador dos Países Baixos.
Durante uma carreira longa na Ásia Oriental, Titsingh foi um oficial sênior da
Companhia Holandesa das Índias Orientais
(Vereenigde Oostindische Compagnie ou VOC).
Entre 1779 e 1784, Titsingh representou a companhia em exclusivo
contacto oficial com Tokugawa, no Japão. Titsingh viajou por duas vezes
até Edo (antigo nome de Tóquio) para audiências com o Shogun.
Entre 1785 e 1792, Titsingh foi designado como director da Companhia em
Chinsura, em Bengala.
Em 1795, como embaixador da República das Sete Províncias Unidas dos
Países Baixos e da Companhia Holandesa das Índias Orientais, Titsingh
viajou até Pequim. Teve diversas audiências com o Imperador Qianlong no
palácio da Cidade Proibida. Mais tarde, Qianlong convidou Titsingh até ao Palácio de Verão e
Jardim Imperial de Pequim. Foi o primeiro embaixador europeu a ser convidado para ir a este
palácio.
Fontes
Wikipédia
http://pt.wikipedia.org/wiki/Cemitério_do_Père-Lachaise
Conexão Paris
http://www.conexaoparis.com.br/2007/08/08/uma-visita-virtual-ao-cemiterio-perelachaise/
Um Professor...que acredita em você!
http://profesron.spaceblog.com.br/22324/ABELARDO-e-HELOISA-Em-Nome-deDeus/
Trivago
http://www.trivago.com.br/paris-36103/monumento/cemitério-de-père-lachaise138386/opinião-o465813
Wikimapia
http://wikimapia.org/11027/pt/Cemitério-do-Père-Lachaise
História
http://historia.abril.com.br/cotidiano/pere-lachaise-cemiterio-celebridades434587.shtml
Portal São Francisco
http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/franca/cemiterio-do-pere-lachaise.php
Página da Beatrix
http://www.beatrix.pro.br/index.php/cemiterio-de-pere-lachaise/
Cemiteriosp
http://www.cemiteriosp.com.br/dados.htm
Find a grave
http://www.findagrave.com/index.html

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