Tocantins - Ironman Brasil

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Guia Turístico
Tocantins
Tocantins
BRASIL
Guia Turístico
Tocantins
Ecológico, Histórico e Cultural
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Tocantins
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Cultura Faz Parte do Seu Negócio
Concepção Editorial: Fábio Ávila
Coordenação Geral: Sérgio Simões
Assistente Editorial: Adriana Matos
Concepção Gráfica, Criação, Coordenação e Capa: © 2011 Marcello de Oliveira
Fotos: Stepan Norair Chahinian
Textos: Lucas Perito, Raimundo Penaforte
Revisão de Textos: Júlia Carolina de Lucca
Mapas e Ilustrações: Luiz Fernando Martini e Sérgio Dieguez
Aquarelas: Meire de Oliveira
Colaboradores: Caio Itri, Gabriela Saraiva, Natália Viana e Thiago Barreto Gambôa (editorial)
Arte-final: Bruno Attili (Estúdio Marcello de Oliveira)
Produção Gráfica: Wander Luiz Silva
Pré-impressão, Impressão e Acabamento: Stampato Gráfica e Editora
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Os editores empenharam-se em garantir que as informações contidas neste guia estivessem atualizadas
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e os editores não se responsabilizam por esse tipo de ocorrência.
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Série Guias Empresa das Artes de Turismo do Brasil.
Publicado em 2011 pela Empresa das Artes
Primeira edição
Tocantins
Guia Turístico
O Tocantins é uma antiga e espetacular porção de Brasil, país
dinâmico, multicultural, que agrega sonhos a realizações de tantas
pessoas que buscam contribuir para que as tradições, a natureza
e o meio-ambiente façam parte de um cotidiano que permita aos
habitantes teremorgulho de sua terra natal.
Pessoas de diferentes origens e de todas as regiões brasileiras optaram por ter como meta de vida a concretização de suas aspirações
nas terras tocantinenses. Local de gente corajosa, de desbravadores
e de formadores de opinião que, ao amarem esta jovem unidade
federativa do Norte desta nação-continente, contribuem para a consolidação do espírito democrático de paz e harmonia multirracial.
Descubra as belezas várias no riquíssimo acervo material e imaterial
das localidades apresentadas nesta publicação, que contou com o
inestimável apoio dos tocantinenses para que nos apaixonássemos
pelo seu Estado.
Descubra o Tocantins.
Fábio Avila
Editor
Considerando a exuberância de seu potencial hídrico, a
sustentabilidade econômica advinda com a Ferrovia Norte-Sul –
que interliga o estado em 872 km e reduz positivamente os custos de
escoamento dos produtos em direção ao norte, sudeste e nordeste –
e a autossuficiência de energia elétrica, mais a acessibilidade da
BR-153, o Tocantins pode oferecer ao mundo um extraordinário polo
de ecoturismo, biodiversidade e belezas naturais, história, cultura e
grandeza do seu povo.
Atendendo às diretrizes do Programa de Regionalização do Ministério
do Turismo, seu potencial foi dividido em sete regiões turísticas:
Vale dos Grandes Rios, Bico do Papagaio, Serras e Lago, Serras Gerais,
Encantos do Jalapão, Lagos e Praias do Cantão e Ilha do Bananal.
Com atrativos que chamam cada vez mais a presença de visitantes
europeus e da América do Sul, os roteiros turísticos do Tocantins,
destacando-se o Jalapão como a maior atração, se confirmam como
destino de riqueza para visitação, lazer e descontração.
O Estado já é reconhecido em nível nacional por propiciar condições
favoráveis à prática da pesca esportiva com a oferta pródiga de rios
Mensagem
O Estado do Tocantins tem juventude no calendário – 23 anos –
e infraestrutura empreendedora que já pode competir com as
demais unidades federativas. Fugindo dos caminhos do mar e
estrategicamente localizado no centro geodésico do Brasil,
tem fronteiras importantes com o Pará, Maranhão, Piauí, Bahia,
Goiás e Mato Grosso.
piscosos. O turista extasia-se com espécies do habitat amazônico,
como o pacu, piau, cari, peixe voador, tucunaré, pirarucu.
Contemplativos visitantes percorrem as belezas do Cantão e Ilha
do Bananal, apreciando as características desta que é a zona de
encontro ou de transição dos grandes ecossistemas brasileiros:
a Floresta Amazônica, o Cerrado, o Semiárido e o Pantanal.
Nessa natureza prodigiosa, reina a Ilha do Bananal, com 270 km
de comprimento e elementos fitogeográficos próprios dos dois
biomas, potencializando a flora e fauna.
O turismo ecológico e cultural, a atratividade verde do Cantão,
os mistérios e encantamentos do Jalapão, as brancas e puras
praias dos rios Araguaia e Tocantins, os roteiros seculares de Porto
Nacional, Natividade, Arraias e Paranã são pontos que, a cada dia,
atraem mais turistas e empresários. O contraste entre o conjunto
arquitetônico do século XVIII e a modernidade da capital, Palmas,
encanta o empreendedorismo privado e é convite para a aventura.
Pensando na conservação desse patrimônio, o Governo do Tocantins
usa ferramentas de preservação criando Parques Estaduais e Áreas
de Preservação Ambientais para garantir os fascinantes registros
naturais e culturais de maneira planejada, utilizando o ecoturismo
como alternativa de geração de empregos, desenvolvimento e
melhoria da qualidade de vida da população.
Lúcio Flavo Marini Adorno
Presidente da Agência de Turismo do Tocantins
Mais da metade de seus 277.620,914 km² de território são
áreas de preservação e dois milhões de hectares protegidos por
abrigarem uma população de 10 mil índios, distribuídos por
82 aldeias, de sete diferentes etnias (Karajá, Xambioá, Javaé,
Xerente, krahô Canela, Apinajè e Pankararú). Nessa área, a
população indígena mantém suas tradições, seus costumes e
suas crenças que atraem uma boa gama de turistas. Localizado
na Amazônia Legal brasileira, o Tocantins consegue reunir três
ecossistemas: amazônico, pantaneiro e cerrado.
Com uma população de 1.243.627 habitantes, segundo dados de
2007 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE),
10
Mensagem
Do deserto à maior ilha fluvial do mundo. Seria assim a descrição
do Tocantins se fosse possível resumir os infinitos atrativos
turísticos desse que é o mais novo estado da Federação. Criado em
1988, o Tocantins tornou-se um dos principais destinos turísticos
do Brasil exatamente por sua variedade de atrações. Localizado
no centro geográfico do país, o estado oferece ao visitante a
possibilidade de conhecer desde santuários naturais como o
Bananal, a maior ilha fluvial do mundo, até o parque estadual do
Jalapão, com suas dunas que alcançam 30 metros de altura.
o Tocantins reune em seu território a maior bacia hidrográfica
situada em território brasileiro formada pelos rios Araguaia e
Tocantins. Os visitantes podem acampar nas brancas praias dos
rios, fazer rafting pelas corredeiras e visitar comunidades
remanescente de escravos como Mumbuca, onde surgiu o hoje
popular artesanato de capim-dourado.
A Celtins – Companhia de Energia Elétrica do Estado do
Tocantins, uma das 9 distribuidoras da Rede Empresas de
Energia Elétrica S.A, atende a 436.432 (setembro de 2010)
nos 139 municípios do Estado. Desde 1989, quando protagonizou
o primeiro caso de uma empresa estadual de energia elétrica a
passar para o controle acionário da iniciativa privada, registra
crescimento anual médio em torno de 7%, bem acima da média
nacional.Este é só um dos reflexos do crescimento do Estado e
do desenvolvimento da sua economia, que tem no turismo
uma das vertentes que mais desenvolve, principalmente em
função dos recursos naturais.
Mostrar as belezas do Tocantins é incentivar o turismo e participar
do desenvolvimento socioeconômico da região, atendendo assim
ao compromisso da política de sustentabilidade da Rede Energia.
Celtins
11
Sumário
Como Utilizar este Guia Descubra o
Tocantins
Sumário
14
22
Turismo, Cultura
e Aventura
96
Dicas para Antes de Viajar Dicas para Durante a Viagem
100
102
106
Tocantins
Natureza e
Parques Estaduais
32
Parque Estadual do Cantão
Parque Estadual do Lajeado
Parque Estadual do Jalapão
Fauna Tocantinense
Flora Tocantinense
Bacia Hidrográfica
Ictiofauna Regional
32
36
40
44
50
52
58
Bico do
Papagaio
60
Ser Tocantinense
Comunidades Quilombolas
Etnias Indígenas
Folclore e Lendas
Arte e Artesanato
Arquitetura e Urbanismo
Culinária Regional
60
66
68
70
76
80
84
12
Lagos e Praias
do Cantão
Ilha do Bananal
Serras Gerais
Lagoa da Confusão
Peixe
Serras e Lago
Saiba Mais Sobre
o Tocantins
Ponte Alta do Tocantins
Mateiros
São Félix do Tocantins
Pium
Araguacema
Caseara
Vale dos
Grandes Rios
Lagos e Praias
do Cantão
Encantos
do Jalapão
124
126
130
136
138
140
142
144
Serras Gerais
Serras e Lago
Palmas
Lajeado
Porto Nacional
108
110
118
122
Paranã
Natividade
Almas
Dianópolis
Arraias
Taguatinga
Filadélfia Araguaína Xambioá Bico do
Papagaio
Tocantinópolis
Araguatins
Esperantina
184
186
188
194
198
200
202
204
146
148
152
Ilha do Bananal
Encantos do
Jalapão
Vale dos
Grandes Rios
154
156
160
166
168
174
176
Serviços
de Apoio
Eventos Cidades de Apoio Distâncias a partir de Palmas
Índice Geral de Cidades
208
209
214
233
234
13
Como Utilizar Este Guia
As informações contidas neste Guia auxiliam o visitante a
organizar seu roteiro de viagem pelas principais cidades
tocantinenses, definindo os principais atrativos a serem
visitados, as atividades a serem praticadas e opções de
hospedagem. Com tais informações, o viajante poderá
descobrir as múltiplas opções turísticas que o Estado oferece.
Selecionamos destinos repletos
de atrativos naturais, históricos
e culturais. Destaque para a
capital do Estado, Palmas, uma
agradável cidade planejada com
boa infraestrutura. Entre as várias
opções de ecoturismo, o Jalapão se
sobressai como um destino único,
famoso pela paisagem repleta de
dunas e cursos d'água.
Nesta seção estão listados os
principais acontecimentos históricos,
como a chegada dos primeiros
bandeirantes paulistas, a descoberta
e exploração do ouro, as proibições
da coroa portuguesa que isolaram
a região, o surgimento das
primeiras cidades no antigo
norte goiano, os movimentos
em favor da criacão do Estado
do Tocantins. Uma Linha do
Tempo lista os principais fatos
históricos ao longo dos séculos.
14
Aqui estão relacionadas
informações essenciais para
se compreender a formação
do Estado, começando por
suas características naturais e
a instituição de Unidades de
Conservação. Na sequência, destaque
para as várias formas de expressão
cultural, influenciada pela chegada de
migrantes de outras regiões do país.
Tantas contribuições resultaram numa
riqueza de costumes, reveladas em
sua culinária, manifestações populares,
folclore, artesanato, arquitetura e
urbanismo, entre outros.
Opções de
Serviços e Lazer
Na parte final de cada atrativo,
estão listados ícones que indicam
quais atividades ecoturísticas e
esportes de aventura podem ser
praticados em cada um deles.
Listamos os principais tipos de
atividades turísticas e esportes de
aventura, com recomendações e
pequenas regras para conseguir
o melhor de cada um deles.
São conselhos práticos para tornar
sua viagem bem mais proveitosa.
Dicas para antes e durante a sua
expedição, desde o planejamento
prévio, até formas de conduta para
não causar nenhum dano ao meio
ambiente e indicação de agências
que organizam passeios.
Aqui, o viajante encontra
informações úteis sobre os
principais destinos turísticos do
Estado do Tocantins. Indicamos
hotéis e pousadas, restaurantes,
agências e operadoras de turismo,
além de informações gerais para
qualquer tipo de emergência nos
principais municípios.
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Para auxiliar na preparação de sua
viagem, este Guia inclui o mapa do
Estado, mostrando a localização
exata das principais regiões turísticas
tocantinenses. O principal acesso a
quase todas as regiões se dá pela
rodovia BR-153 e a BR-226, que cortam
o Estado de norte a sul, formando o
eixo viário da Rodovia Belém-Brasília.
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Mapas
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Serviços de Apoio
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Dicas de Viagem
Saiba Mais
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Descubra o Tocantins
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Destinos
Como Utilizar Este Guia
15
Natividade
16
17
18
19
Festa do Padroeiro, Paranã
20
21
Colonização
N
o século XVI a Coroa
Portuguesa enxergava no
Brasil uma grande fonte para
a sua política mercantilista,
explorando matérias primas
como pau-brasil e mais tarde
metais preciosos. Até o século
XVII os colonizadores concentravam seus interesses no
litoral. Toda a região Norte
ficava à mercê de outros
exploradores europeus. Os
franceses instalaram-se na
costa maranhense e começaram a explorar os sertões do
Tocantins, descobrindo, em
1610, o Rio Tocantins. Com
os jesuítas da Companhia de
Jesus os portugueses iniciaram
a colonização da região e fundaram as primeiras aldeias.
A Exploração do Ouro
A
pós as descobertas de minas de
ouro em Mato Grosso (1718) e
Minas Gerais (1693/1695), acreditavam que Goiás poderia ter ouro.
Foi assim que Bartolomeu Bueno da
Silva, o Anhanguera, conseguiu autorização oficial para a exploração da
região central do Brasil. A bandeira de
22
Anhanguera, em 1722, saiu
de São Paulo e três anos depois voltou com a descoberta
de córregos auríferos – assim,
surgem as Minas dos Goyazes,
que mais tarde daria origem a
Goiás. O arraial de Sant’Anna
foi o primeiro arraial goiano,
levando ao deslocamento
de um grande contingente
populacional. Porém, apenas
nas décadas de 1730 e 1740
foi descoberto ouro no norte
de Goiás, surgindo arraiais
que dariam origem a Natividade e Almas (1734), Arraias
e Chapada (1736), Pontal e
Porto Real (1738); na década
de 1940 surgiram Conceição,
Carmo e Taboca. A região do
Araés como era conhecida
na época tinha fama de ser
um novo Eldorado, onde
haveria riquezas, com lendas
que falavam de montanhas de ouro e
lagos encantados. Vila Boa, a capital,
era uma intendência controlada pela
capitânia de São Paulo e tinha como
administrador e superintendente das
minas Bartolomeu Bueno da Silva.
Como pertencia à jurisdição de São
Paulo o ouro era quintado nas casas de
fundição paulistas, onde recebia o selo
Real após o desconto do quinto.
Coroa Versus
Contrabando e Disputas
O
contrabando era grande. Assim,
em 1730, para resolver o problema, a Coroa Portuguesa resolveu fechar
todas as estradas que levavam a Goiás –
a única que se mantinha aberta foi a
que ligava a região com São Paulo, Rio
de Janeiro e o Sul do país, e que havia
sido aberta pelos próprios bandeirantes
paulistas. Assim, viajantes que vinham
do Nordeste, principalmente através
das picadas do Piauí e da Bahia, não
podiam chegar à região, pois além das
estradas os rios também foram proi-
bidos. Quem viesse do Norte e Nordeste, principalmente das capitanias
do Maranhão e do Grão-Pará, tinha
imensas dificuldades logística para se
deslocar para a região das Minas de
Goyazes. Outro problema para a Coroa
Portuguesa eram as disputas entre os
governadores das capitanias próximas
às regiões de ouro: quando se descobria
uma mina rentável, vários governadores
interferiam na tentativa de nomear
administradores para cuidar delas e assim usufruírem do quinto cobrado dos
mineiros. Foi o caso da descoberta das
minas de São Félix e Natividade, que
fez com que se instalasse uma disputa
Casas de Fundição
Elas estavam localizadas em São Paulo,
obrigando os mineradores a realizarem
uma longa e custosa viagem. Além disso,
havia o perigo dos ataques indígenas. Por
isso, em 1754 foi aberta na capitania de
São Félix uma nova casa de fundição. Mas,
o custo era altíssimo, ainda mais se comparando com a produção que ocorria no período e, assim, em 1797, foi transferida para
Cavalcante. A baixa rentabilidade da casa
foi motivo de investigação pela Coroa Portuguesa, que optou por criar um registro
e um posto fiscal entre as cidades de Vila
do Ouro e Santa Maria (atuais Dianópolis e
Taguatinga), além de abrir novos caminhos
na procura de outras terras com ouro.
entre os governadores do Pará e do
Maranhão. Para refrear essas disputas,
a Coroa Portuguesa decidiu expulsar
da região das minas as pessoas que não
eram autorizadas e proibir a chegada de
outros que se deslocavam das capitanias
próximas. De 1752 a 1778 a Coroa
Portuguesa chegou a seu ápice de arrecadação, pois a capitação, que havia
substituído o quinto como tributação,
era cobrada em cima de cada escravo
que o minerador possuía, o que trazia
maior rentabilidade. Entretanto em
termos de produtividade, havia uma
queda acentuada, resultando em áreas
mineradoras cada vez maiores na tentativa de cobrir o déficit de produção.
23
Decadência
As Duas Comarcas
E
P
ntre os anos de 1779 e 1822, com
o esgotamento do ouro de tipo
aluvião, a faiscagem (procura de ouro
em terras já lavradas) feita pelos escravos, mostrava a ruína da produção.
Este declínio trouxe diminuição da
arrecadação, além da queda na oferta
de mão-de-obra. A economia passou a
ser de subsistência e o êxodo populacional aumentava. O norte de Goiás ficou
isolado e empobreceu. Além disso, a
proibição de navegar os Rios Tocantins
e Araguaia impedia o comércio com as
capitanias do norte. A Coroa Portuguesa optou então pelo repovoamento com
incentivo a pecuária e agricultura. Mas
era preciso liberar os caminhos fechados para conter o contrabando. Optou-se por criar um caminho pela capitania
do Pará, através dos Rios Araguaia e
Tocantins, além da reabertura de antigas e da abertura de novas picadas.
Tais medidas tomadas pela Coroa eram
defendidas por Theotônio Segurado,
apostando que o comércio feito através
desses dois rios seria benéfico para
todos. Ele propôs ainda a formação de
companhias de comércio, o povoamento das margens dos rios e isenção de
taxas para os novos comerciantes.
24
ara facilitar a administração, foi
redigido um alvará de 1809, dividindo a capitania de Goiás em a Comarca do Sul (atual Estado de Goiás) e
a Comarca do Norte (atual Estado do
Tocantins). A Comarca do Norte recebeu o nome de Comarca de São João
das Duas Barras, mesmo nome da vila
criada na confluência do Tocantins com
o Araguaia para ser a sede. A última
medida do governo português foi a
nomeação oficial do desembargador
Joaquim Theotônio Segurado como
ouvidor da Comarca nortista, que
teve como primeira função a escolha
de onde deveria ser instaurada a vila e
que, posteriormente, se transformou
no administrador geral da Comarca.
Ela abrangia os julgados de Natividade,
Porto Real, Arraias, Conceição, Traíras,
São Félix, Flores e Cavalcante.
Tocantins e a
Linha do Tempo
Descoberta do Rio Tocantins pelos franceses que lá aportaram.
Expedição desembarca no Brasil
chefiada por Daniel de La Touche,
que constrói o Forte São Luis do
Maranhão, cujo nome é uma homenagem ao rei Luís XIII de França
(1610-1643).
Batalha de Guaxenduba entre
as tropas francesas, lideradas
por Daniel de La Touche, e
portuguesas, lideradas por
Jerônimo de Albuquerque.
Bartolomeu Bueno da Silva,
o Anhanguera I, empreende uma
bandeira em busca de ouro.
O território brasileiro é dividido
em dois Estados: o do Brasil,
que tem como sede Salvador,
e o do Maranhão com sede
em São Luis.
1612
1682
Descoberta de ouro pelos
bandeirantes na região que
hoje compreende o Estado
de Minas Gerais.
1613
1621
1693
A bandeira do Anhanguera II,
buscando refazer o caminho anteriormente empreendido por seu
pai, sai de São Paulo em busca de
novas regiões auríferas.
1722
Composição Social
A sociedade local incluía homens brancos
solteiros ou brancos sem família – tais
pessoas misturaram-se com as escravas
negras e as índias, formando um grupo
heterogêneo e no final do século XVIII a
população incluía muitos mestiços. Além
dos mineradores típicos, existiam muitos
administradores que eram contratados
para gerir as minas cujos donos eram ricos
comerciantes que residiam principalmente
no Rio de Janeiro e até mesmo em Lisboa.
O escravo tinha importância fundamental
em todo o processo minerador: ele participava da extração do ouro, do carregamento e do transporte para os portos de onde
seguia para a Europa. A quantidade de
negros que cada mineiro possuía, além da
óbvia força de trabalho na exploração das
minas, era fator determinante para definir
o espaço que ele iria lavrar.
1610
Bartolomeu Bueno da Silva, o
Anhanguera II, retorna com a
informação da descoberta de
córregos ricos em ouro.
1725
A bandeira do Anhanguera II, sai
de São Paulo em busca de novas
regiões auríferas.
Para conter o contrabando na região
a Coroa Portuguesa
fecha todas as estradas
que levavam às minas,
ficando aberta apenas a
ligação com o Sudeste.
1726
Fundação do Arraial de Sant’Anna,
que foi o primeiro a ser instalado
na região das Minas dos Goyazes.
1727
1730
25
Tocantins e a
Linha do Tempo
Movimento Separatista
N
a capitania de Goiás, em 1821,
revoltosos sob o comando do
padre Luiz Bartolomeu Marques e
do capitão Felipe Antônio Cardoso,
arquitetavam um golpe de estado,
porém, após uma denúncia os líderes
do movimento foram presos. Padre
Marques conseguiu fugir e articulou
um novo plano para destituir do cargo
o Capitão-General Manoel Sampaio,
que ordenou que todos os líderes
fossem expulsos da capital Vila Boa.
No dia 14 de setembro de 1821, foi
instaurado o governo independente do
norte, que teve como capital provisória
o distrito de Cavalcante. Entretanto,
um mês depois a capital foi transferida
para Arraias, o que provocou discussões
entre Segurado e os descontentes representantes de Cavalcante. A partir de
então foi formada uma junta, presidida
por Theotônio Segurado, que durou até
janeiro de 1822. O governo provisório
da Comarca da Palma proclamou-se autônomo do governo e, entre as
justificativas apresentadas, estavam a
falta de incentivo à região, o isolamento
geográfico, a economia em ruínas e
divergências políticas. No entanto, esse
governo separatista em relação a Goiás
e não à Coroa Portuguesa gerou grande
insatisfação entre os correligionários de
Theotônio Segurado, que desistiram de
apoiá-lo em sua causa. Quando Segurado deixou o cargo na junta e foi para
Lisboa como representante de Goiás na
Corte, a grande crise estourou gerou
disputa pelo poder. Líderes de Palma,
Arraias e Cavalcante brigavam por
interesses pessoais, deixando de lado a
causa separatista. Na nova Constituição
brasileira de 1937 foram criados novos
territórios, porém, o Tocantins foi
posto em debate, mas rejeitado.
Coluna Prestes
Formada por 1.500 homens, a Coluna
Prestes percorreu 25 mil km, durante 29
meses. A longa jornada teve inicio em
1924 no Paraguai, passando por Mato
Grosso, Goiás e todos os estados da região
Nordeste. No Tocantins percorreu as cidades de Arraias, Conceição do Tocantins,
Natividade, Porto Nacional, Tocantínia,
Pedro Afonso e Goiatins. No ano seguinte,
passaram por São Félix do Tocantins, Mateiros, Ponte Alta, Dianópolis e novamente
por Arraias. Eles eram perseguidos pelo
Exército, por polícias estaduais, jagunços
de coronéis e até cangaceiros. Em fevereiro
de 1927, o capitão Prestes depôs as armas,
pondo fim à longa marcha.
Surgem os arraiais de Arraias
e Chapada.
1736
Dois novos arraiais surgem no
norte da capitania de Goiás, Pontal
e Porto Real, com a descoberta de
novas minas.
1738
Formada a Capitania de Goiás,
sob o governo de Dom Marcos
de Noronha.
1748
Fundação de uma nova casa de
fundição, localizada na capitania
de São Félix.
1754
A casa de fundição de São Félix
é destituída e transferida para
Cavalcante.
1797
Alvará que divide a capitania de
Goiás em dois territórios distintos:
a Comarca do Sul (atual Estado
de Goiás) e a Comarca do Norte
(atual Estado do Tocantins).
1809
O ouvidor Theotônio Segurado
solicita a mudança da sede da
Comarca e, autorizado por D. João
VI, funda a Vila de Palma (atual
cidade de Paranã).
1814
26
Descoberto ouro na região em
que hoje se localiza o Tocantins,
dando origem à formação dos
arraiais de Natividade e Almas.
Os jesuítas formam a aldeia missionária de Palma, sendo o primeiro núcleo populacional na região
do Rio da Palma.
Fundação de um povoado na
aldeia dos índios Acroás, pelos
padres da Companhia de Jesus,
onde existiam muitas minas de
ouro, denominada Minas das
Tapuias – posteriormente é denominada São José do Duro.
1734
1740
1750
Criação do Registro do Duro (atual
Dianópolis), passando a posto
fiscal, localizado entre as cidades
de Vila do Ouro e Santa Maria.
1770
O desembargador Theotônio
Segurado envia ao governo português um relatório que dava conta
de todos os problemas enfrentados pelo norte da capitânia.
D. João VI batiza o norte como
Comarca de São João das Duas
Barras, inaugurada por Joaquim
Theotônio Segurado.
Chega o botânico Johann Emanuel Pohl, encarregado dos estudos de mineralogia da missão
austríaca. Logo após desvincula-se
da missão e empreende uma
viagem pelo interior do Brasil (Rio
de Janeiro, Minas Gerais e Goiás),
até o ano de 1921, e faz estudos
e pesquisas botânicas.
1806
1815
1817
27
Tocantins e a
Linha do Tempo
Revolução do Porto reivindicando
a recolonização do Brasil.
Segurado deixa o cargo na
junta separatista e vai para
Portugal como representante
de Goiás na corte.
Mudanças de Nomes
A Formação do Estado
E
m 1987, após o fim do Regime
Militar, lideranças locais mobilizaram a população em torno de um
projeto de lei que buscava a autonomia
política e territorial do norte goiano.
Foi apresentada à Assembléia Constituinte uma emenda popular com mais
de 80 mil assinaturas que propunha a
criação do novo Estado.
O deputado Siqueira Campos, relator da Subcomissão dos Estados da
Assembléia Nacional Constituinte,
redigiu a emendas que propunha a criação do Estado do Tocantins. No dia 5
de outubro de 1988 estava oficialmente
criado o Estado do Tocantins. Em 15
de novembro de 1988, através do Tribunal Regional Eleitoral de Goiás, foram eleitos os primeiros representantes
do novo Estado – todos os cargos eletivos foram pela primeira vez escolhidos
pela população do Estado do Tocantins.
O governador eleito foi o ex-deputado
José Wilson Siqueira Campos, tendo
como vice Darci Martins Coelho. O
Um decreto importante assinado pelo
governador modificou a nomenclatura de
algumas cidades que tinham como identificação “do norte”, passando a ser denominadas “do Tocantins” – entre as cidades
mais representativas que sofreram essa
alteração estão Miracema do Tocantins e
Aurora do Tocantins.
1820
O deputado Visconde de Taunay
cria a Província de Boa Vista do Tocantins, estabelecendo logo após a
Província do Tocantins.
1879
novo Estado precisava de uma constituição própria, que foi promulgada em
5 de outubro de 1989 e tinha como
molde a própria Constituição Federal
que havia sido promulgada no ano
anterior. Nessa constituição do Tocantins mais 44 municípios foram criados,
chegando a um total de 123 (hoje o
Estado conta com 139).
Levante do Forte de Copacabana
(RJ) no dia 5 de julho, formado
por 17 oficiais e um civil.
Ainda na luta contra as oligarquias
vigentes no país, Luís Carlos Prestes e sua Coluna passam novamente por Arraias, além de São
Félix, Mateiros, Dianópolis entre
outras.
Lysias Rodrigues elabora um anteprojeto constitucional e uma carta
geográfica do Território Federativo
do Tocantins.
28
O deputado da província de
Goiás, Visconde de Taunay,
propõe a separação do norte de
Goiás e a criação da província
de Boa Vista do Tocantins, que
teria como capital a vila de Boa
Vista (atual Tocantinópolis).
Um projeto de Fausto de Souza
propõe a divisão do império
em quarenta províncias, onde o
norte de Goiás aparece separado do sul e recebe o nome de
Tocantins.
1922
1926
Aurora do Tocantins
O padre Luiz Bartolomeu Marques
e o capitão Felipe Antônio Cardoso juntam-se na tentativa de
derrubar o capitão-general Manoel Sampaio. Theotônio Segurado
torna-se chefe do governo provisório da Província de São João da
Palma com capital no distrito de
Cavalcante (posteriormente transferida para Arraias).
1940
A Coluna Prestes passa pelo
Tocantins, por cidades como
Arraias, Natividade, Porto
Nacional e Pedro Afonso.
Através da iniciativa de Lysias
Rodrigues, políticos do norte de
Goiás assinam um documento
denominado Manifesto ao Povo
do Vale do Tocantins, propondo
a criação do território tocantinense ao então Presidente da
República Getúlio Vargas.
1821
1822
1863
1889
1925
1943
29
Tocantins e a
Linha do Tempo
Palmas e Tocantins
20 Anos Depois
A
capital Palmas apresentou o maior
crescimento demográfico do Brasil nos últimos dez anos, e segundo
o IBGE chegou a ter um aumento
populacional de 110% em 2008.
Atualmente Palmas tem quase 200
mil habitantes, mais de 70% de suas
vias são asfaltadas e 98% da população
têm água tratada e saneamento básico. Sua população é proveniente de
todas as partes do país, atraídos pelas
possibilidade de um estado de grande
potencial econômico. Uma das mais
importantes atividades é o agronegócio,
que representa 73% de sua economia.
Arroz, soja, milho e feijão contribuem
para que a produtividade agrícola seja
uma das mais altas do país. A pecuária
bovina representa 10% de exportação
do Estado e a fruticultura também é
destaque – a extensão da área plantada
A Capital
O nome da capital Palmas remete tanto ao
passado de lutas pela a independência do
Estado, já que é em homenagem à antiga
São João da Palma, sede do primeiro movimento separatista do norte goiano, como
à imensa quantidade de palmeiras que
existem na região. Palmas transformou-se
na última cidade planejada construída no
Brasil no século XX.
Lançamento do Movimento Pró-Criação do Estado do Tocantins,
capitaneado pelo juiz Feliciano
Machado Braga, que faz palestras, passeatas e manifestos em
prol da criação do Estado. Faz
ainda uma grande passeata e
inaugura uma placa dizendo:
“Viva o Estado do Tocantins”.
de abacaxi só perde para a de banana e
a de cana-de-açúcar. Possui ainda, grandes reservas de minerais como ouro,
cobre, calcário, cristais de rocha, talco,
fosfato, diamante, enxofre, manganês,
titânio e rutilo. A principal atividade
econômica das cidades que se situam à
margem da rodovia Belém-Brasília, está
no setor de serviços e no comércio – é
através dessa rodovia federal que toda a
produção é escoada para outros Estados
e para portos no litoral. Planejada para
ser um centro administrativo, Palmas
tem a economia baseada no setor de
serviços (57,53%), comércio (34,59%)
e indústria (7,87%), sendo esta basicamente composta em 80% por microempresas. Com 860 km dentro do
Tocantins, a Ferrovia Norte-Sul registra
mais de 253 km de trilhos instalados
e, com a previsão de conclusão da obra
até o final de 2011, faz parte do planejamento do governo do Estado, favorecendo o desenvolvimento de polos
industriais por todo o trajeto.
Criada a Comissão de Estudos dos
Problemas do Norte (CONORTE),
com a atuação de Antônio Maia
Leite e de José Carlos Leitão, apoiadores de Siqueira Campos.
1981
É inaugurada a cidade de Palmas
no dia 1º de janeiro – última cidade planejada do país no século XX.
Criação do Parque Estadual do
Cantão, região centro-oeste do
Estado, abrangendo os municípios
de Caseara e Pium.
1990
Criação em janeiro do Parque
Estadual do Jalapão, região leste
do Estado, a 180 km de Ponte Alta
do Tocantins. Com uma área de
mais de 150 mil hectares, é o maior
parque estadual do Tocantins.
Em maio é instituído o Parque
Estadual do Lajeado, região central
do Estado, a 18 km de Palmas, protegendo a fauna e a flora da Serra
do Lajeado, onde estão cachoeiras,
grutas e sítios arqueológicos.
1956
1971
Projeto de lei que busca a autonomia política e territorial do norte
goiano e a formação do Estado do
Tocantins.
1987
1951
O deputado José Wilson Siqueira
Campos, seguindo as ideias dos
estudantes, apresenta uma proposta
de divisão do Estado.
No dia 5 de outubro foi criado o
Estado do Tocantins. Em 15 de
novembro, através do Tribunal
Regional Eleitoral de Goiás, são
eleitos os primeiros representantes
do novo Estado.
2001
30
Fundação do jornal “Ecos do
Tocantins” pelo jornalista Trajano
Coelho Neto, que circulou até
julho de 1961.
Reconhecimento pela Fundação
Cultural Palmares de algumas
comunidades remanescentes de
quilombolas em alguns Estados,
entre eles, as do Tocantins.
1988
1998
2004
Anunciada a descoberta de uma
jazida de minério de ferro na
região de Palmas com potencial
de 159 bilhões de toneladas.
2007
31
Localizado entre o Cerrado, a Amazônia e área de Pantanal, o parque
é uma das áreas protegidas mais importantes da Amazônia brasileira
pois reune diferentes ecossistemas. Seu grau de conservação e sua
função de berçário de peixes do médio Araguaia aumentam a sua
importância. Criado em 1998 com o objetivo de proteger os diversos
recursos naturais da região e recuperar áreas que sofreram impacto
ambiental, além de favorecer o desenvolvimento sustentável e
promover o turismo. Abriga espécies ameaçadas de extinção como a
onça-pintada, a ariranha, o jacu-de-barriga-castanha e o pirarucu. Por
estar localizado em uma área de grandes recursos fluviais, na época
de chuvas vários lagos enchem e se conectam formando um único
conjunto. Essa característica faz com que diversas espécies de peixes,
jacarés e tartarugas se reproduzam em grande escala. Além de peixes,
anfíbios e répteis, o parque também registra grande número de aves,
chegando a mais de 300 espécies, das quais 33 são endêmicas. Como
o objetivo é investir no turismo sustentável são proibidas atividades
predatórias, como caça, pesca, queimadas, desmatamento ou mesmo
a coleta de plantas, ovos etc. Entretanto, respeitando a preservação da
natureza, o parque é aberto para passeios nas trilhas, recreação em geral
(principalmente na temporada em que se formam praias na região),
acampamentos e também para pesquisadores científicos.
Como chegar Saindo de Palmas, o melhor jeito de se
chegar é pela cidade de Caseara. Pode-se alcançar a cidade
por voos charter (40 minutos) ou por via terrestre, pegando
a rodovia TO-080 ao sair de Palmas. O percurso é feito em
três horas em média.
Cidades de apoio Caseara e Pium
Infraestrutura Centro de recepção, administração,
alojamentos para técnicos, centro de manutenção, casa da
gerência, guarita de controle, porto de embarque turístico
e torre de observação.
O que ver A riqueza natural do Parque Estadual do Cantão,
considerado uma das áreas protegidas mais importantes
da Amazônia brasileira, fica por conta entre outras coisas
dos mais de 800 lagos e um misto de Cerrado e Floresta
Amazônica. A região é formada por comunidades naturais
distintas, com floras e faunas próprias. O parque tem visitação
controlada pelo Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins),
órgão estadual de defesa do meio ambiente.
Informações Gerais
Localização: região centro-oeste do Estado do Tocantins, abrangendo os municípios
de Caseara e Pium
Área: 90.017,89 ha
Relevo: planície aluvial
Temperatura média: 28ºC
Clima: Úmido
Data de criação: 14/06/1998
Informações: tels. (63) 3218-2660/2678
32
33
34
35
Como os outros parques estaduais existentes no Tocantins, o Parque
Estadual do Lajeado, criado em 2001, também é voltado para a
conservação ambiental. Seu principal objetivo é proteger a fauna e
a flora da Serra do Lajeado, além de suas características geológicas
e morfológicas, através da abertura para a realização de atividades
acadêmicas, como palestras visando à educação ambiental e pesquisas
para o desenvolvimento científico da região e de seu bioma característico.
Numa área de aproximadamente 10 mil hectares, totalmente cercada, já
foram catalogadas mais de 100 cachoeiras, 13 grutas e cavernas, sítios
arqueológicos com pinturas rupestres, além de inúmeros brejos, córregos,
nascentes e ribeirões. É de se destacar a importância da proteção dos
mananciais que abastecem as localidades próximas, através de um trabalho
de conscientização e educação para que as pessoas não degradem os
recursos naturais existentes e para coibir a forte expansão urbana que tenta
se fixar nas encostas da região. Em volta do Parque Estadual do Lajeado
foi criada a APA (Área de Proteção Ambiental) da Serra do Lajeado, que
abrange não só o próprio parque, mas também os municípios de Palmas,
Lajeado e Aparecida do Rio Negro, a fim de melhor conservar seu bioma.
Como chegar Partindo da capital Palmas seguir pela
rodovia TO-020, rumo à cidade de Aparecida do Rio Negro.
A entrada do parque está localizada no Km 24. Percorre-se
um acesso tranqüilo de 1 km de estrada de terra até a sede
do parque, bastando apenas seguir a sinalização.
Cidades de apoio Palmas, Aparecida do Rio Negro,
Lajeado do Tocantins e Tocantinia.
Infraestrutura Prédio da Administração.
O que ver Criado para proteger amostras dos ecossistemas
da Serra do Lajeado e os mananciais que abastecem toda
a região, está localizado na área da Amazônia Legal, mas
com características também da caatinga, cerrado e floresta
tropical úmida. Segundo levantamentos feitos pela Embrapa
e Naturatins, no parque
vivem 7 espécies de aves, 33
de mamíferos e 18 répteis.
Ele ainda não está aberto à
visitação pública, mas estão
sendo realizadas ações de
implantação de infraestrutura de uso público, com
vista à abertura da unidade
à visitação.
Localização: região central do Estado do
Tocantins, a 18 km de Palmas
Área: 9.931 ha
Relevo: Planalto e depressão
Clima: Úmido a sub-úmido.
36
37
Morro do Segredo, Lajeado
38
39
Criado em 2001, ocupando uma área de mais de 150 mil hectares, é o
maior parque estadual do Tocantins. Famoso por sua grande beleza e
dotado de vastos recursos hídricos, o parque se transformou num dos
principais polos turísticos do estado. Visando a conservação e a proteção
do ecossistema da região, o parque faz parte de uma grande área de
Unidades de Conservação formadas também pela APA do Jalapão, a
Estação Ecológica da Serra Geral e o Parque Nacional das Nascentes do
Parnaíba – essa grande extensão territorial ajuda na preservação das
diversas espécies existentes na região. Dono de um ecossistema único,
com seu solo arenoso úmido e sua vegetação rala de campo de cerrado.
As serras, de material arenoso, são erodidas pela ação do tempo e são
cobertas pela areia. Uma das principais unidades de conservação do
cerrado, abriga uma fauna diversificada, com espécies raras ou mesmo
ameaçadas de extinção. A paisagem combina dunas avermelhadas, serras
e cachoeiras, além de rochas arenosas de formas peculiares.
Como chegar Saindo de Palmas pela rodovia TO-050,
roda-se 64 km até chegar a Porto Nacional. De lá, percorre-se mais 116 km pela TO-255 até a cidade de Ponte Alta do
Tocantins. Depois é seguir as placas até os atrativos, sempre
por estradas de terra – por isso é recomendável o uso de
veículos com tração 4x4.
Cidades de apoio Ponte Alta do Tocantins, Mateiros,
São Félix do Tocantins, Lizarda, Novo Acordo, Santa Tereza
do Tocantins e Lagoa do Tocantins.
Infraestrutura Sede Administrativa.
O que ver Situado em uma região de contrastes, sua
paisagem inclui grandes dunas que lembram desertos e
espécies de oásis, áreas com rios, serras e planícies típicas
de Cerrado e Caatinga. Nele são encontrados cachoeiras,
chapadões, dunas, nascentes, planaltos, praia e rios. A fauna
regional inclui espécies endêmicas e até mesmo em processo
de extinção, caso da arara-azul-gigante, do lobo-guará e do
pato-mergulhão. Abriga mamíferos como onças e capivaras
entre outros, além de répteis e aves.
Localização: região leste do Estado,
a 180 km de Ponte Alta do Tocantins
Área: 461.730 ha
Relevo: Planalto, chapadas e serras
Clima: Tropical-continental
40
Cachoeira do Formiga, Mateiros
Pedra Furada,
41
Cachoeira da Velha, Parque Estadual do Jalapão, Mateiros
42
43
Fauna Tocantinense
E
Os Principais Mamíferos
Fauna Tocantinense
Ariranha
(Pteronura brasiliensis)
Espécie em extinção, a
ariranha é um animal de
hábitos noturnos e de vida
praticamente aquática,
devido à dificuldade que
tem em caminhar na terra. Anda geralmente em
grupo, sendo muito brincalhona. Sua dieta é baseada
principalmente em peixes,
porém em algumas ocasiões ataca também cobras e
jacarés de pequeno porte.
mbora faça parte da região amazônica, o
Tocantins possui 87% de seu território
com vegetação predominante de cerrado.
Guariba
Mais de 50% de sua área é composta por
(Alouatta seniculus)
áreas de preservação ambiental: atualmente
Esse macaco possui hábito
existem 13 Unidades de Conservação Estadudiurno. Normalmente anda
al, sendo quatro de proteção integral e nove
em grupos de até nove
de uso sustentável, visando à conservação da
indivíduos, sendo muito
biodiversidade. A biodiversidade do cerraquieto e tranquilo, passando, segunda maior região biogeográfica do país,
do boa parte do tempo
que ocupa a área de 25 % do território nacional
nas árvores. Não anda
(expande-se pelos Estados de Minas Gerais, Mato
muito durante o dia e tem
Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Bahia,
o curioso hábito de urinar
Tocantins e o Distrito Federal) encontra-se em
ou defecar na pessoa que
constante risco, pois a rápida expansão de atividaestá embaixo, quando se
des agropecuárias compromete regiões que ainda
sente assustado. Alimentanão foram modificadas pelo homem – apenas
-se preferencialmente de
35% de sua área original permanece preservada.
frutos e folhas, porém em
Embora a diversidade de espécies do cerrado seja
épocas de seca descem das
uma das menos estudadas entre as regiões braárvores para beber água
sileiras, sabe-se que a fauna do Tocantins é rica
dos rios e comer terra.
devido à heterogeneidade de ambientes, existindo
Alcançam grande densidacerca de 300 mil espécies
de animais, das quais os
Mamíferos
insetos estão em maior
Principal bioma do estado, o Cerrado se caracteriza por
número (cerca 90 mil).
diferentes tipos de habitats. A existência de ambientes
diversificados é responsável direto por uma grande variedade de mamíferos, sendo o bioma com o terceiro maior
número de espécies, ficando atrás apenas da Amazônia
e da Floresta Atlântica. São encontradas no Cerrado 195
espécies de mamíferos, divididas em 30 famílias e nove
ordens e são os animais com o menor grau de endemismo,
pois são, na sua maioria, naturais das Matas de Galeria.
De acordo com a lista de espécies ameaçadas de extinção
divulgada pelo Ministério do Meio Ambiente, em 2006,
o Cerrado apresenta 20 espécies de mamíferos ameaçadas, sendo 16 classificadas como vulneráveis, uma
em perigo e três como criticamente em perigo.Isso é
resultado da devastação e outros impactos que alteram
drasticamente o meio ambiente.
44
pequenas aves, ovos,
insetos, frutas, vermes ou
larvas presentes no solo.
Mesmo tendo preferência
por frutas, quando essas
estão em falta, os quatis
voltam sua alimentação
para maiores quantidades
de animais.
Tamanduá Mirim
(Tamandua tetradactyla)
Seu comprimento pode
variar de 85 cm a 1,40
m, com peso entre 2 e
7 kg. Possui uma cauda
semipreênsil, que auxilia
na locomoção e na captura
de alimentos em galhos
mais altos. Tem o hábito de
sair de sua toca apenas ao
anoitecer e gosta de ficar
se alimentando de cupins,
abelhas e formigas no chão
e nas árvores.
de populacional em áreas
onde existam um número
exíguo de outras espécies
de macacos.
Lobo-guará
(Chrysocyon brachyurus)
Tendo em média 1,20 m
de altura e pesando cerca
de 25 kg, o Lobo-guará
é um dos animais mais
ameaçados de extinção da
fauna brasileira. Sua dieta é
baseada em aves, roedores,
raízes e algumas espécies
de frutos. Sendo um animal de hábito solitário,
diferente de outros tipos de
lobo, não costuma formar
alcateias, caçando sempre
sozinho e de preferência
à noite.
Onça-pintada
(Panthera onça)
Uma onça adulta pode
medir entre 1,12 e 2 m de
comprimento (não incluindo a cauda, que pode
chegar a 70 cm) e podendo
passar dos 100 kg. Tem
grande habilidade para
nadar e subir em árvores,
sendo ágil, paciente e
silenciosa na hora de caçar.
Seu ataque é concentrado
em uma forte mordida na
cabeça de seu oponente.
Sua alimentação baseia-se
em quase todos os tipos de
animais que vivem em seu
território, desde veados,
queixadas, macacos, antas,
capivaras, peixes, jiboias
e até jacarés. Além disso,
caça aves imitando o seu
pio e pode atacar o gado
bovino das fazendas próximas de seu habitat.
Quati
(Nasua nasua)
Gostam de passar boa
parte do tempo em cima
de árvores à procura de
alimentos, em grupos de
4 a 20 indivíduos. Sua
alimentação consiste em
Tatu-peba
(Euphactus sexcinthus)
São animais de hábitos
solitários que medem em
média de 40 a 95 cm, com
uma cauda entre 12 e 24
cm. Seu peso pode chegar
a 6,5 kg. Vivem em tocas
de aproximadamente 2
m de profundidade próximas a plantações, onde
eventualmente causam
prejuízo. Sua dieta é à base
de plantas, brotos de milho
principalmente, e insetos.
Veado-mateiro
(Mazama americana)
É um animal solitário de
hábitos tanto noturnos
quanto diurnos. Alimenta-se normalmente de frutos,
fungos, brotos (quando
existe escassez de frutos) e
flores que são encontradas
caídas. Como seus quartos
dianteiros são baixos e
suas galhadas simples, este
veado movimenta-se com
facilidade por lugares de
vegetação muito densa.
45
Cascavel
(Crotalus durissus)
Reconhecível pela presença de um chocalho na
extremidade da cauda,
que aumenta o número de
anéis a cada troca de pele.
Pode atingir até 1,80 m e
sua alimentação baseia-se
em pequenos roedores.
Seu potente veneno é
neurotóxico, o que faz com
que a vítima tenha imediatos problemas para se
locomover e respirar.
Cobra-d’água-preta
(Hydrodynastes
melanogigas)
Descoberta há pouco
tempo na hidrelétrica Luís
Eduardo Magalhães, esta
cobra vive em rios e lagos,
e sua dieta é baseada em
peixes e sapos existentes
nas bordas e no interior de
cursos d’água. Sua saliva
é pouco tóxica e sua aparência é caracterizada por
escamas negras e lustrosas.
Iguana
(Iguana)
É uma espécie de lagarto
arborícola de grande porte
e ampla distribuição na
América do Sul. No cerrado
ocorre em matas ciliares
e de galeria, nos rios da
bacia Amazônica.
Jacaré Tinga
(Caiman Crocodilus)
Habitante de águas mais
calmas como os igarapés,
gostam de se enterrar na
lama. Alimentam-se de pequenos mamíferos, aves e
alguns artrópodes. Quando
jovens são amarelos com
manchas pretas nas laterais do corpo e da cauda,
Répteis
O Cerrado abriga uma grande variedade de répteis, com
mais de 115 espécies de serpentes, 59 espécies de lagartos
e 25 espécies de anfisbenas (lagartos ápodes) catalogadas.
O bioma apresenta um grande número de espécies endêmicas, principalmente entre os anfisbenideos, em que
12 das 25 espécies são encontradas apenas na região.
A maioria dos répteis do cerrado vive em áreas abertas de
campos e cerrados, mas também existem outras espécies
que habitam ambientes e algumas, em menor número,
generalistas com relação ao hábitat.
Tal cenário resulta
em comunidades
de alta riqueza
e diversidade de
espécies. Assim,
a forte associação
de determinadas
espécies com a
estrutura do
hábitat no caso
dos répteis os
tornam bons
indicadores de
conservação
dos habitats.
46
porém quando adultos
tornam-se verde-escuros.
Outra característica peculiar
é que as fêmeas são maiores que os machos.
Jararaca
(Bothrops moojeni)
Apresenta grande variação
da tonalidade numa mesma ninhada (poliformismo),
mas o desenho do dorso
pode formar ou triângulos
ou arcos escuros azuis,
margeados de branco,
como vértice atingindo o
fio das costas. Tem fosseta
loreal e a fêmea apresenta
a cauda mais curta que
a do macho. Alcança até
1,50 m de comprimento e
vivem em média 15 anos.
Com hábitos noturnos e
terrestres, esconde-se em
tocas e troncos ocos. Os
filhotes têm uma dieta
ampla e para capturar
diferentes presas dispõe de
uma armadilha eficiente:
abanam a ponta da cauda
que, como se fosse uma
isca, acaba atraindo anfíbios e lagartos que rapidamente são devorados.
Lagarto-listrado-do-cerrado
(Kentropyx paulensis)
Esta espécie é endêmica
do cerrado, na sua porção
sul-sudeste, ocupando
principalmente ambientes
campestres de interflúvio.
Embora seja comum, é
relativamente pouco estudado pela ciência.
Sucuri
(Eunectes murinus)
Podendo chegar a 9 m de
comprimento, a sucuri é
uma das maiores serpentes
não venenosas do mundo.
Possui coloração marrom,
tendendo para o tom
oliva, composta por duas
fileiras de machas pretas
e o ventre é amarelado.
Sendo ótima nadadora,
alimenta-se principalmente
de mamíferos de pequeno
e médio porte que vivem
próximo à água, de peixes
e até mesmo de jacarés.
Mata suas presas por esmagamento (constrição).
Tartaruga-da-amazônia
(Podocnemis expansa)
Também conhecida como
tracajá (Podocnemis unifilis), ela é encontrada em
rios, lagos e igarapés, onde
circunda por matas ciliares
em busca de abrigo. Embora sejam animais herbívoros, também se alimentam
de crustáceos, moluscos,
insetos, raízes, folhas,
sementes, frutos e peixes.
Teiú
(Tupinambis merianae)
Maior lagarto do continente, atinge até 1,20 m
de comprimento e sua
cauda chega a medir 60
cm. Vive em média 16
anos em cativeiro. Possui
hábitos diurnos e terrestres.
Passa a maior parte do
tempo à procura de presas.
Ameaçado, pode ficar
imóvel, camuflando-se,
ou fugindo rapidamente,
fazendo muito barulho.
A cabeça é comprida e a
mandíbula e o maxilar são
fortes, repletos de pequenos dentes pontiagudos.
A língua é cor-de-rosa,
comprida e bífida. A cauda
é longa e arredondada.
O dorso apresenta barras
negras transversais que se
alternam com faixas transversais mais claras, com
pontos negros e cinzas. A
região ventral é clara, com
barras negras transversais
irregulares.
Os Principais Répteis
Fauna Tocantinense
Insetos
O
s insetos desempenham
uma função
importante na natureza. No caso
das abelhas,
vespas, marimbondos e
outros, polinizando inúmeras
plantas. Outra
função desempenhada é
a de areação do solo, facilitando o enraizamento das
plantas e mantendo o ecossistema em perfeita interação.
Mas, não é só. Eles também servem
como alimento para muitos outros animais em
todos os biomas. Um organismo muito comum na
região do Cerrado é o cupim, apontado como uma
espécie-chave para a manutenção do bioma, devido
à sua participação ativa na cadeia alimentar, servindo como fonte de proteína para inúmeras outras
espécies. São encontradas 129 espécies, subdivididas
em 43 gêneros, responsáveis por 68,684 bilhões de
colônias. O Cerrado também possui uma ampla
fauna de abelhas. São 550 espécies efetivamente
registradas, mas algumas estimativas
calculam a existência de cerca de
1.000 a 1.500 espécies. Há também
muitas borboletas (900 espécies),
mariposas (entre 5.000 e 8.000 espécies) e moscas de fruta (cerca de 60
espécies), sendo que, para a última,
os inventários são restringidos às
proximidades de centros urbanos nos
diferentes estados do país. Nas áreas
de floresta próximas do rio Araguaia
e região Norte do estado as dezenas
de milhões de espécies existentes são
responsáveis por cerca de 80% da
biomassa local, dos quais um terço
é composto por formigas e cupins.
Os insetos herbívoros são responsáveis por ajudar na polinização,
na dispersão de sementes e mesmo
proteção de algumas espécies de
plantas contra predadores.
47
Fauna Tocantinense
Avifauna
As Principais Aves
O bioma é composto pelo Cerrado e a pela floresta de transição, onde existe
uma grande diversidade de espécies de aves, muitas endêmicas. São mais de
mil e quinhentas aves, sendo que cerca de 150 são específicas do Cerrado,
além de espécies típicas de formações arbustivas e de matas ciliares ou de
galeria, apesar de o maior contingente ser dos habitats
mais abertos. Na Ilha do Bananal foram catalogadas
mais de 600 espécies, incluindo uirapurus, harpias, emas,
araras, azulões, jaburus, biguás e gaivotas. No estado
encontram-se 9 espécies ameaçadas de extinção: pato
mergulhão (Mergus octocetaceus), águia-cinzenta
(Harpyhaliaetus coronatus), jacu-de-barriga-vermelha
(Penelope ochrogaster), araponga-de-barbela (Procnias averano averano), joão-do-araguaia (Synallaxis Simoni), chororó-tocantinense
(Cercomacra ferdinandi), maria-do-campo (Culicivora Caudacuta), arara-azul
(Anodorhynchus hyacinthinus) e inhambú-carapé (Taoniscus nanus).
Águia-cinzenta
(Harpyhaliaetus coronatus)
Sendo uma ave de grande
porte, podendo chegar a
80 cm, corre grande perigo
de extinção. Alimenta-se
principalmente de pequenos animais como tatus e
ratos, caçando-os de forma
estratégica, normalmente
à espreita em locais altos
e emitindo um “grito” de
alarme. Vive normalmente
de forma solitária, excerto
na época de reprodução.
Arara Canindé
(Ara Araruana)
Seus ninhos são feitos em troncos de
palmeiras mortas,
onde põem dois
ovos. Se locomovem
em bandos de no máximo
três, mesmo quando estão
em grupos que chegam
a 30, deslocando-se por
grandes distâncias durante
o dia. Alimentam-se de
frutos e sementes.
Chororó-de-goiás
(Cercomacra ferdinandi)
É uma espécie endêmica da
bacia do Araguaia. Sofre
com o desmatamento e a
construção de hidrelétricas
48
mos à água,
esperando pela
presa a fim de conseguir capturá-la em
um vôo certeiro.
que alteram seu ambiente.
Sua alimentação consiste
em insetos e outros artrópodes, como lagartas,
escorpiões e aranhas.
Cigana
(Opisthocomus hoazin)
Lembrando muito um
pavão ou um jacu, por
causa de sua crista eriçada,
a espécie vive normalmente
em casais na beira de rios.
Alimenta-se exclusivamente de folhas de árvores,
aguapés e capim, graças
aos papos que trituram
as folhas.
Colhereiro
(Platalea ajaja)
Sua dieta é baseada em
animais aquáticos como
insetos, moluscos, crustáceos e peixes pequeninos.
Tem como características
marcantes a cor rosa (que
se intensifica na época
de reprodução) e o bico
em forma de colher (daí a
origem do nome).
Jacu-de-barriga-castanha
(Penelope ochrogaster)
São animais monogâmicos
que muitas vezes utilizam
ninhos abandonados.
Embora de grande porte,
podendo chegar a 77 cm,
trata-se de uma ave bem
ligeira quando foge – entretanto, o seu voo é lento
e um pouco pesado, o que
faz com que sua imagem
lembre um pouco a de uma
galinha grande.
João-do-araguaia
(Synallaxis simoni)
Endêmica da região do
Araguaia e em risco de
extinção, esta ave está sendo preservada na Ilha do
Bananal/Cantão. Seu canto
é famoso por ser composto
de uma única nota, constantemente repetida.
Martim-pescador
(Megaceryle torquata)
Este é o maior Martim-pescador existente no
país, também conhecido
como “matraca”. É famoso
por ser muito barulhento,
emitindo um som parecido
com uma matraca. Vivem
à beira de lagos, lagoas,
rios e espelhos d’água, pois
seus alimentos principais
são pequenos peixes e
insetos aquáticos. Ficam
parados em galhos próxi-
Pato-mergulhão
(Mergus octocetaceus)
Atualmente ameaçado de
extinção, este animal é conhecido por ser uma espécie monogâmica: quando
um macho e uma fêmea se
juntam para procriar não se
separam mais até o fim da
vida. A espécie vive apenas em águas totalmente
despoluídas e límpidas.
Pato-corredor
(Neochen jubata)
Vivendo principalmente
próximo a áreas alagadas
ou perto de rios e lagos,
esta espécie recebe este
nome pela forma diferente
de correr. Outra curiosidade
da espécie, é que durante
o cortejo de acasalamento
o macho fica tão ereto
que muitas vezes cai de
costas no chão.
Tuiuiú
(Jabiru mycteria)
Podendo atingir 2,50 m
na fase adulta, pode ser
visto andando em grandes
bandos que normalmente
ficam à beira de rios, brejos
e lagoas. Sua alimentação
é bem variada, incluindo
insetos, peixes, anfíbios,
crustáceos, moluscos e
répteis de pequeno porte.
49
Flora Tocantinense
Ipucas
O
São fragmentos florestais descontínuos, de diferentes tamanhos e formatos, localizados em meio a extensas planícies, periodicamente inundadas pelas cheias na depressão
do Araguaia. Elas são encontradas no varjão sujo e no
varjão limpo, localizados nas partes mais baixas do terreno.
São portanto, florestas de natureza aluvial, em um regime
climático com cinco a seis meses secos, e importantes para
a drenagem regional da planície, uma vez que no período
de cheias fazem a ligação entre os vários rios, córregos e
lagoas. Atualmente três universidades brasileiras desenvolvem estudos para alertar as autoridades sobre a importância da manutenção das Ipucas para a preservação da
biodiversidade e o desenvolvimento regional sustentado.
Em razão da abundância de água e do relevo plano favorável à mecanização, a fronteira agrícola vem avançando
sistematicamente na região e ameaçando a conservação
desses fragmentos florestais típicos da região.
As principais Espécies
Tocantins apresenta
uma vegetação
característica de dois
diferentes biomas: a
floresta de transição,
com grande incidência no noroeste, ocupando
uma área de 12% do território, e o cerrado
que ocupa 87% do Estado. O cerrado possui
um clima fortemente marcado por um verão
chuvoso e um inverno seco. O solo lembra as
savanas africanas, porém tropical, pobre em
nutrientes, mas com grande quantidade de
minérios como ferro e alumínio. Sua vegetação é constituída basicamente por árvores de
pequeno porte, atingindo o máximo de 20
m. A flora do cerrado ainda não é totalmente
conhecida, pois é pouco estudada, mas tem
como característica plantas de aparência seca,
além de gramíneas e arbustos e um tipo de
vegetação mais densa denominada Cerradão.
No cerrado encontram-se mais de 3 mil espécies, das quais cerca de 2 mil pertencem ao
estrato herbáceo-subarbustivo e o restante ao
estrato arbóreo-arbustivo. Essa riqueza de espécies,
só superada pelas florestas Atlântica e Amazônica,
apresenta uma heterogeneidade na distribuição de
espécies – muitas são encontras em determinadas
regiões, enquanto são desconhecidas em outras.
Abil
(Pouteria torta)
Conhecida também como
Guapeva, tem entre 8 e
14 m de altura, com um
tronco que varia entre 30 e
40 cm. O fruto de mesmo
nome (Abil) tem cor alaranjada e forma arredondada.
Angico-branco
(Anadenanthera colubrina)
Da família Leguminosae-mimosoideae, podendo
atingir até 15 m, o Angico-branco caracteriza-se pela
flor branca e pelas sementes achatadas e lisas.
Buriti
(Mauritia flexuosa)
Da família das palmáceas,
seus frutos formam grandes cachos, de cuja polpa
são feitos vinhos e doces.
Além disto, a palha do
buriti é muito utilizada no
artesanato.
Chal-Chal
(Allophylus edulis)
Ocorre em solo pedregoso,
podendo chegar a 10 m
de altura e tem um fruto
pequeno, de sabor doce e
cor vermelha.
50
Ipê-Roxo
(Tabebuia
impetiginosa)
É muito utilizado no
paisagismo urbano,
por sua beleza e desenvolvimento rápido.
A floração tem início
entre o fim do inverno
e o começo de primavera. Após a floração,
existe a frutificação na
forma de vagens verdes e lisas, que depois
de abertas liberam
sementes aladas.
Tipos de Vegetação
Flora Tocantinense
Maria-mole
(Dendropanax cuneatum)
Da família Araliaceae, tem
de 6 a 14 m, com um troco
que pode chegar a 35 cm,
é utilizada principalmente
na indústria da celulose.
Tarumarana
(Buchenavia tomentosa)
É também conhecida por
Cuirana e encontrada apenas no cerrado, podendo
chegar a 15 m de altura,
seu fruto é doce e de aparência arredondada.
Cerrado
Composto por uma vegetação arbustivo-arbóreo, que
tem como característica
galhos e caules retorcidos
e grossos, é a que melhor
caracteriza o cerrado como
um todo. Esses exemplares
estão distribuídos de forma
esparsa, onde se intercalam
gramíneas, ervas e algumas
espécies semiarbustivas.
Floresta mesofítica
de interflúvio
Mais conhecido como cerradão, o solo onde ocorre
este tipo de vegetação
é marcadamente de alta
drenagem e rico em nutrientes. As plantas características são copas de árvores que podem chegar a 10
m de altura, o que as faz se
tocarem no topo, causando um aspecto fechado e
formando no solo grandes
áreas com sombra.
CampoS rupestreS
Nesse caso, o solo é geralmente raso, apresentando
quase sempre grandes
variações
em relação
romélias
à profundidade,
B
drenagem e quantidade de
nutrientes encontrados. A
vegetação é marcadamente
arbustiva com distribuição
aberta ou fechada.
Campos litossólicos
miscelâneos
Caracteriza-se pela presença de ervas latifoliadas
ou gramíneas de aparência curta, que recobrem
grandes áreas, sendo
difícil encontrar árvores de
grande porte – as poucas
que existem são espécimes
lenhosas, encravadas nas
rochas. Tem como característica a “rocha mãe”, um
substrato duro que se estende por grandes espaços,
sobrando pouco para solos
macios e em sua profundidade volta-se a encontrar a
camada rochosa.
Vegetação de
afloramento de
rocha maciça
Sua principal característica
é uma vegetação variada,
composta por liquens,
musgos, ervas, além de
cactos. As poucas espécies
arbustivas encontradas
crescem em morros rochosos e penhascos.
No cerrado encontram-se muitas plantas
da família bromeliaceae, gênero presente
em todos os ecossistemas do país. Contando com mais 3 mil espécies conhecidas,
todas localizadas nas Américas, somente
uma espécie é encontrada na África. Essa
oferta abundante de bromélias faz com
que cresça a participação do Tocantins no
ramo de plantas ornamentais.
51
Bacia Hidrográfica
Bacia Hidrográfica
A
bacia dos Rios Tocantins e Araguaia cobre uma área superior a
800 mil km2, com uma população
de aproximadamente 8 milhões de
habitantes (IBGE 2006), entre os Estados de Tocantins, Goiás, Maranhão,
Mato Grosso e Pará, além do Distrito
Federal, constituindo a maior bacia
hidrográfica em sua totalidade em
território brasileiro, a maioria na região
centro-oeste – o território do Estado
do Tocantins está totalmente localizado
nela. Em sua configuração alongada no
sentido longitudinal, os seus dois mais
importantes rios – Tocantins e Araguaia
– unem-se no extremo setentrional da
bacia e assim formam o baixo Tocantins, que desemboca no Rio Pará. Os
dois Rios transbordam com frequência,
assim como seus afluentes. Devido ao
seu tamanho, a bacia faz limite com
outras de grande importância em nosso
território, como a do São Francisco a
leste, a do Xingu a oeste e a do Paraná
ao sul. Dado a seus grandes recursos
hídricos, a região é importantíssima
pelo número de hidrelétricas existentes,
entre elas a Hidrelétrica de Tucuruí,
quarta maior do mundo em potência
instalada e localizada no Rio Tocantins,
cerca de 300 km ao sul de Belém – Tucuruí é responsável pelo abastecimento
52
quase total da
energia consumida nos
Estados do
Maranhão e
Pará. Outra
hidrelétrica de
grande importância é a Usina
Hidrelétrica Luís
Eduardo Magalhães, também
conhecida como
Hidrelétrica do
Lajeado, localizada no Rio
Tocantins, nos
municípios de
Lajeado e Miracema do Tocantins. A
bacia está dividida entre os biomas do
cerrado e trechos de Floresta Amazônica, e essa região responde por metade
da produção nacional de ouro e tem as
maiores reservas de níquel, cobre, bauxita, ferro e manganês do país. O território onde esta localizada é fonte de
desenvolvimento apoiado no aumento
das áreas agropecuárias, devido ao
incentivo de ocupação e integração que
ocorreu no país nas décadas de 1960
e 70. Assim, por ser rico em recursos
hídricos, o estado tem amplo espaço
Rio do Sono
O Rio do Sono é o maior rio localizado
totalmente no Estado do Tocantins. Ele
nasce nas serras de Mateiros e passa pelos
municípios de São Félix do Tocantins, Novo
Acordo e Ponte Alta do Tocantins. Nele
deságua o Rio das Balsas. O Rio do Sono
tem como principais afluentes os Rios
Caracol, Soninho e Novo.
para o desenvolvimento econômico
sustentável. A partir do final dos anos
90, grandes complexos agroindustriais
provenientes do sul e do sudeste instalaram-se na região devido à riqueza em
matérias-primas, o que facilita os custos
de produção. Esse desenvolvimento
acelerado propiciou investimentos nas
diversas áreas estruturais tocantinenses.
53
Bacia Hidrográfica
Rio Tocantins
O
Rio Tocantins é formado a partir
dos Rios Almas e Maranhão, que
têm suas nascentes situadas no interior
do Distrito Federal, percorrendo 2.400
km até sua foz na Baía de Marajó (PA),
no delta amazônico. Possui altitudes
variadas entre os mil m na nascente
até decair aos 100 m na foz. Entre
seus principais afluentes estão os Rios
Tocantinzinho, Paranã, Manoel Alves
Grande, Manoel Alves da Natividade,
Sono, Bagagem, Santa Tereza e Araguaia. O segmento entre as nascentes
e a Cachoeira do Lajeado, com uma
extensão de 1.060 km, é chamado de
Alto Tocantins. O Médio tem extensão
de 980 km e seu percurso passa em
boa parte do território do Estado do
Tocantins, atravessando várias planícies
de inundação e formando bancos de
areia e ilhas. Já o Baixo Tocantins segue
a partir desse ponto em um percurso
de 360 km até a sua foz, onde também
se encontra parte do reservatório da
Usina. A água do Rio Tocantins é utilizada principalmente como fonte de
energia elétrica, através das já citadas
hidrelétricas de Tucuruí e Lajeado, além
da Serra da Mesa e Cana Brava, ambas
localizadas em Goiás. Essa região tem
grande índice pluviométrico devido
à influência do clima equatorial, que
pode ser sentido na parte norte do Rio,
cuja precipitação anual é superior a 2
mil mm e onde não ocorrem meses
totalmente secos. Difere da parte sul,
que é marcadamente tropical e possui
precipitação anual que varia entre
1.500 e 2.200 mm, e onde se pode observar nitidamente a existência de duas
estações díspares – uma chuvosa e outra
seca. A temperatura média varia entre
o norte, mais quente, e o sul, ficando
entre 22º e 26ºC.
Rio Araguaia
A
s nascentes do Rio Araguaia estão
localizadas quase que paralelamente ao Rio Tocantins, entre Goiás e
Mato Grosso, na Serra dos Caiapós –
após formar a Ilha do Bananal, o Rio
Araguaia desemboca no Rio Tocantins.
Suas altitudes variam entre os 100 m
da foz e os 850 m das nascentes, e entre
seus principais afluentes estão o Rio
Entre os principais projetos que existem
para a região, há a construção de uma
hidrovia Tocantins – Araguaia, como
parte do processo de desenvolvimento
da área. Os trechos navegáveis seriam no
Rio das Mortes, desde a cidade de Nova
Xavantina (Mato Grosso) até a confluência
com o Araguaia (extensão 580 km); no
Rio Araguaia, desde a cidade de Aruanã
até a cidade de Xambioá (extensão 1.230
km) e no Rio Tocantins, desde a cidade de
Miracema do Tocantins até um porto a ser
construído no município de Porto Franco
(extensão aproximada 440 km). Entretanto,
esse projeto encontra dificuldades pelo
fato de passar por regiões de preservação
ambiental e suscitar discussões acaloradas
sobre os benefícios de sua construção.
das Mortes, pela margem esquerda,
e o Rio Javaés, pela direita. Os três
principais segmentos do Araguaia são
o Alto, o Médio e o Baixo Araguaia.
Entre as nascentes e a cidade de Registro do Araguaia, no Estado do Mato
Grosso, está o Alto Araguaia, com uma
extensão de 450 km, pouco usado para
navegação. O Médio Araguaia, com
uma extensão de 1.505 km, de Registro
até Santa Isabel do Araguaia, no Estado do Pará, está primordialmente em
região de planície, inundada nas grandes cheias – a região entre Santa Isabel
(PA) e Xambioá (TO) não é de fácil
navegação, pois mesmo com as cheias
o percurso é formado por rochas, dificultando a travessia de grandes embarcações, além de ser propício à formação
de bancos de areia e ilhas. De Santa
Isabel do Araguaia até o Rio Tocantins
compreende-se o Baixo Araguaia, com
uma extensão de 160 km, em uma
região de áreas pantanosas, devido à
reduzida densidade das drenagens e
dos afluentes. O Araguaia tem grande
importância para o abastecimento e a
irrigação das regiões próximas.
Navegação no Tocantins
O Rio Tocantins possui em seu curso muitas corredeiras, o que em termos práticos
não impede a navegação em suas águas.
Entretanto, as corredeiras e os bancos de
areia durante as secas
compõem um percurso
um pouco tortuoso,
e assim o único trecho
totalmente navegável
durante todo ano é a
parte entre Miracema
do Tocantins para
a sua jusante.
54
55
Bacia Hidrográfica
Ilha do Bananal
L
ocalizada totalmente no território
do Estado do Tocantins, a Ilha do
Bananal é conhecida como a maior ilha
fluvial do mundo. Ocupa um espaço
de 20 mil km2 e é considerada um dos
mais importantes locais de preservação
ecológica do Brasil, desde 1959, quando foi instituída como reserva ambiental. Circundada pelos Rios Araguaia a
oeste e Javaés a leste, a ilha tem como
característica os biomas do cerrado e da
Floresta Amazônica, tendo seu visual
pontuado por lagos e uma mata fechada com espécies de árvores de até 30 m
de altura. Por ser uma área protegida,
nela se podem encontrar diversos animais nativos convivendo em harmonia
com a natureza, o mesmo ocorrendo
em relação à flora nativa, muito diversificada. Banhada por igapós, riachos,
lagos e rios, a ilha do Bananal tem
80% de seu território alagado durante
os meses de setembro e março, quando ocorrem as maiores precipitações.
Assim, a região fica transitável apenas
por embarcações e suas características
visuais assemelham-se ao Pantanal. Já
nos períodos de seca a região muda
56
Unidades de Preservação
drasticamente, surgindo praias de areia
fina e branca. A região apresenta clima
quente, semi-úmido , com média anual
entre 8 e 42 graus e uma precipitação
anual de 1750 mm. O relevo constitui-se em uma extensa planície, formada
por sedimentos quaternários, alagada
durante determinado período, e sua
vegetação tem aspectos do Cerradão,
Matas Ciliares, Matas de Igapó e Floresta Pluvial Tropical.
Índios Karajá
A ilha do Bananal está dividida em duas
áreas de reserva ambiental: ao sul, o Parque Indígena do Araguaia, criado principalmente para proteção dos índios da região,
abrange um grande número de aldeias
indígenas, principalmente da etnia Karajá
e é administrado pela FUNAI. Ao norte,
o Parque Nacional do Araguaia abrangia
antigamente toda a área da Ilha do Bananal, porém sua área foi reduzida e hoje é
administrada pelo ICMBIO.
Lagoa da Confusão &
Formoso do Araguaia
B
anhados pelos Rios Formoso, Urubu, Araguaia e Javaé, os municípios de Lagoa da Confusão e Formoso
do Araguaia são porta de entrada para
a Ilha do Bananal e o Parque Nacional
do Araguaia. Com topografia plana e
grande quantidade de água, a área tem
como característica a quantidade de
alimentos, que atrai uma diversidade
de aves típicas da região, além de aves
migrantes. Na Lagoa da Confusão são
encontradas espécies de fauna e flora
características da região amazônica,
onde se desenvolvem vários projetos de
proteção ambiental, cuja base é o Parque Estadual do Cantão. Já em Formoso do Araguaia a característica principal
está nos redutos de pesca esportiva, praticada durante todo o ano. Tendo uma
água de ótima qualidade com cerca de
300 espécies de peixes, das quais 50 são
consideradas esportivas. Essa prática
transformou-se na principal atividade
econômica da região, atraindo grande
número de turistas.
57
Ictiofauna Regional
T
Pirarara
Peixe de couro, de grande
porte, tem uma enorme
cabeça, fortemente ossificada, com uma placa óssea
localizada antes da nadadeira dorsal. Com uma
coloração vistosa castanho-esverdeada, amarelada,
com ventre esbranquiçado
e nadadeiras dorsal e
caudal alaranjadas. Pode
chegar a mais de 1,50 m e
pesar mais de 50 kg.
endo uma extensa bacia hidrográfica, o Tocantins é privilegiado em termos de abundância
de espécies de peixes que são encontradas em seus
rios e lagos. Cerca de 300 espécies diferentes já
foram identificadas na bacia Arraguaia-Tocantins,
muitas delas endêmicas, principalmente no curso
superior. Entre os principais locais para a pesca
estão o lago da UHE, na cidade de Palmas e
Peixe, além de Lagoa da Confusão e Formoso do
Araguaia. O Rio Tocantins é do tipo canalizado,
com estreita planície de inundação. Corredeiras e
cachoeiras são os habitats mais comuns ao longo
de seu curso superior, encontram-se espalhadas no
curso médio e formavam um importante hábitat
reprodutivo no curso inferior, hoje submerso pela
represa de Tucuruí. No Rio Tocantins, a época de
cheia estende-se de outubro a abril, com pico em
fevereiro, no curso superior, e março, nos curso
médio e inferior. No Araguaia, as cheias são maiores e um mês atrasadas, em decorrência da inundação da planície do Bananal. Ambos secam entre
maio e setembro.
Aruanã
Reproduzindo-se na época
de cheias e vivendo principalmente na beira de
lagos e igapós, a Aruanã
tem uma dieta baseada em
insetos. Tem uma forma
peculiar de caçar, pois
pode saltar fora d’água e
apanhar presas que estão
em galhos, cipós e troncos
– esse salto pode chegar a
mais de 1 m.
Abotoado
Oxydoras spp.
Corvina
Plagioscion spp.
Mandubé
Ageneiosus brevifilis
Pacu
Piaractus mesopotamicus
Caranha
Podendo ser encontrado
em áreas de água doce,
a Caranha é um peixe
muito comum ao longo
da costa brasileira, encontrado em áreas rochosas.
Durante o dia costuma
ficar entocado, saindo à
noite para se alimentar
principalmente de peixes,
crustáceos e moluscos.
Bacia Araguaia
O Estado do Tocantins drena 767 mil km²,
sendo que 343 mil km² correspondem à
bacia do Rio Tocantins, 382 mil km² ao
Rio Araguaia (seu principal afluente) e
42 mil km² ao Rio Itacaiúnas (o maior
contribuinte do curso interior).
58
Pirarucu
Característico das águas
calmas, pode atingir até
3 m de comprimento e
250 kg. Sendo de cor verde
na frente e cauda vermelha, pode chegar aos 18
anos de vida. Outra característica interessante é que
sua alimentação é muito
“variada”, ele é capaz de
comer numerosos peixes
menores, caramujos, tartarugas, cobras, gafanhotos,
plantas, seixos e até mesmo lodo.
Alguns Peixes de Água Doce
Ictiofauna Regional
Surubim
Com uma cabeça grande e
achatada, coloração cinzenta no dorso, com feixes
verticais, pintas pretas e
ventre esbranquiçado. O
surubim alimenta-se basicamente de outros peixes
e atinge até 1 m de comprimento e 25 kg.
Tucunaré
Pode chegar a 1 m, suas
cores variam entre o amarelado, esverdeado, avermelhado e algumas vezes
quase preto. Além disso,
tem manchas, linhas e pintas distribuídas regularmente pelo corpo e nadadeiras.
O Tucunaré é um predador
por excelência, pois sua
voracidade é tanta que faz
com que ataque anzóis
sem isca.
Trairão
Hoplias lacerdae
Outras espécies locais importantes:
Acará-açu (Astronotus spp.)
Bicuda (Boulengerella spp.)
Cachara (Pseudoplatystoma fasciatum)
Curimbatá (Prochilodus spp.)
Jaú (Paulicea luetkeni)
Matrinxã (Brycon sp.)
Piau-flamengo (Leporinus fasciatus)
Piraíba, filhote (Brachyplathystoma filamentosum)
Piranha-vermelha (Pygocentrus nattereri)
Pirapitinga (Piaractus brachypomus)
Pirarara (Phractocephalus hemioliopterus)
Surubim-chicote (Sorubmichthys planiceps)
Traíra (Hoplias malabaricus)
59
A
líder comunitária e quebradeira de
coco Raimunda Gomes da Silva
é uma mulher de muitos saberes ao
mesmo tempo em que é a simplicidade
personalizada numa maranhense teimosa e carismática, de 72 anos. Moradora
do Bico do Papagaio, no extremo norte
do Tocantins, é o tipo de pessoa que se
encontra nos lugares mais inesperados
como a IV Conferência da Mulher,
realizada pela ONU, em Pequim, na
China, em 1995; a lista das mil mulheres indicadas para o Premio Nobel
da Paz em 2005 e em outros muitos
eventos de luta pela liberdade e respeito
aos direitos humanos em países como
Canadá, França e Estados Unidos, além
do Brasil. É de fala fluente, linguagem
própria e surpreendentemente politizada, apesar de nunca ter frequentado
uma escola. Conta “causos” de suas andanças e luta por uma vida melhor para
a sua comunidade, e, em meio à fala,
quase sempre, surge uma cantiga, uma
risada solta ou uma palavra imcompreensível, até para os mais letrados que
não estejam acostumados com seu
bom humor intocável. Quem
a ouve falar com intimida
de sua amiga Daniela, não
imagina que ela esteja se
referindo à ex-primeira dama
francesa Daniele Miterrand,
que hospedou e ciceroneou D.
Raimunda em Paris, em uma de
suas viagens à Europa em busca de soluções para os problemas das mulheres
extrativistas. Não tem papas na língua
e nos vários encontros que já teve com
o ex-presidente Lula nunca deixou de
cobrar providências que beneficiem a
sua gente. No Tocantins ela já conseguiu aprovar a Lei do Babaçu Livre que
garante a não derrubada das palmeiras.
Um questionamento a acompanha sempre e é a diretriz da
sua luta: “porque Deus
criou ricos e pobres?”.
Com mais de 20 anos
de liderança na região
do Bico do Papagaio
é personagem de
filmes, livros e um
62
incontável número de reportagens para
todas as mídias de vários países. Um
dos seus títulos é de doutor Honoris
Causa, conferido pela UFT – Universidade Federal do Tocantins, que ela recebeu junto com o filósofo e sociólogo
Edgar Morin. A honraria é concedida
a personalidades que contribuem para
a geração de saber ou atuem em favor
das artes, filosofia, letras ou do conhecimento transmitido entre os povos.
Ajudou a criar e liderou por dez anos
a Secretaria da Mulher Extrativista do
Conselho Nacional dos Seringueiros,
que atende a oito mil mulheres em oito
estados da Amazônia, além da Federação dos Trabalhadores na Agricultura
do Estado do Tocantins (FETAET) e a
Associação das Mulheres Trabalhadoras
Rurais do Bico do Papagaio (ASMUBIP). Casasa, descasada e casada novamente, D. Raimunda tem sete filhos e
mora com o marido Antônio Cipriano
e o filho adotado, órfão de um líder
sindical assassinado na década de 1990.
Zenilda Drumond
Dona Raimunda
Dona Raimunda
Mulheres que não são levadas no “bico”, mas que
quebram o coco e não se alimentam de sapucaia...
Dona Raimunda, quebradeira de coco no Bico
do Papagaio virou poesia, virou canção, já não
fosse nesse refrão se farinha fosse temperada a
dor, banquete do sertão de babaçuais. Líder
comunitária, Dona Raimunda dos Cocos um
dia virou doutora honoris causa por produzir
sabedoria sem saber disso ao fazer sua luta com
coragem, na busca da libertação econômica.
Líder Comunitária
Ser Tocantinense
63
Músicos, Lagoa da Pedra
64
65
A
s comunidades quilombolas surgiram quando os negros fugiam para
locais afastados de grande concentração
social para formar um espaço onde
pudessem viver em paz. Hoje, os residentes nessas comunidades não apenas
continuam em locais “mais” isolados,
como também fazem isso por iniciativa
própria e se veem com uma identidade
única, diferente de outros grupos da sociedade. Uma sociedade que não mais
se baseia num lugar de revolta e isolamento, e sim num espaço social definido por sua identificação cultural. Desde
a Constituição de 1988, elas ganharam
um papel preponderante no cuidado
e preservação de suas terras, além de
ser um espaço onde se mantêm todas
as suas tradições e cultura. Portanto,
nessa nova agenda política, o Tocantins
é um dos Estados que mais preserva seu
passado histórico. A partir de 2004, a
Fundação Cultural Palmares deu reconhecimento às diversas comunidades
espalhadas pelo país, e o Governo do
Tocantins participa diretamente nesta
preservação, ajudando na integração
social através de ações na área de saúde
e de agricultura, além da instalação de
infraestrutura. Foram reconhecidas 25
comunidades quilombolas no Estado
do Tocantins: a primeira foi Lagoa da
Pedra no município de Arraias, em
2004. Com quase duzentas pessoas
vivendo no local, a comunidade existe
há mais de 150 anos e é baseada principalmente na agricultura e na pecuária.
Boa parte dessas comunidades está
localizada principalmente em cidades
da bacia do Rio Tocantins e um pouco
menos na bacia do Rio Araguaia, o que
demonstra que a “escolha” dessas terras
para fixação tinha como objetivo a proximidade dos Rios. Outro fato curioso
é que a comunidade de Barra do
Aroeira não é formada por ex-escravos
fugitivos, mas por negros que lutaram
na Guerra do Paraguai e que ganharam
como recompensa essas terras no atual
município de Santa Tereza do Tocantins. Além disso, nem todas as comunidades são formadas apenas por negros.
No caso de Mumbuca, comunidades
no município de Mateiros, sua população é uma miscigenação de negros
e índios. Além das 25 comunidades
Comunidades Oficiais
reconhecidas, outras procuram espaço
não só no Estado, como em todo o
país. Este processo está em expansão,
pois alguns desses locais ocupados pelos
quilombos são áreas de preservação
ambiental e existem comunidades ainda
não “descobertas”.
66
Ambrósio (Mateiros), Barra do Aroeira
(Santa Tereza do Tocantins), Carrapato
(Mateiros), Chapada da Natividade (Chapada da Natividade), Cocalinho e Arredores
(Santa Fé do Araguaia do Tocantins), Córrego Fundo (Brejinho de Nazaré), Curralinho do Pontal (Brejinho de Nazaré), Distrito
do Morro de São João (Santa Rosa do
Tocantins), Dona Juscelina (Muricilândia),
Formiga (Mateiros), Grotão (Filadélfia),
Laginha e áreas vizinhas (Porto Alegre do
Tocantins), Lagoa da Pedra (Arraias),
Lajeado (Dianópolis), Malhadinha (Brejinho de Nazaré), Mata Grande (Monte do
Carmo), Mimoso (Arraias),
Mumbuca e Arredores (Mateiros),
Povoado do Prata e Arredores
(São Félix do Tocantins), Projeto da
Baviera (Aragominas), Redenção (Natividade), Rio das
Almas (Jaú do Tocantins),
Santa Maria das Mangueiras (Dois Irmãos), São Joaquim e áreas vizinhas (Porto Alegre do Tocantins),
São José (Chapada da
Natividade).
67
Etnias Indígenas
N
o Estado do Tocantins existem mais
de dez mil indígenas divididos em
sete etnias – na verdade dez, se contarmos
os subgrupos Karajá. Esses indígenas estão
localizados em diversos municípios do
Tocantins, do norte ao sul do Estado, em
82 aldeias. Entre março e dezembro acontecem as festas indígenas, que são definidas
pela liderança de cada aldeia.
As Principais Etnias
Etnias Indígenas
Apinajé
(Apinaié, Apinajés)
Os Apinajé são classificados
como Timbiras Ocidentais e
caracterizam-se por possuírem uma sofisticada organização social, composta
por vários cerimoniais, além
de terem aldeias muito
povoadas. A partir das décadas de 1950 e 1960, sua
população sofreu grande
diminuição, o que causou
uma desestruturação social:
seu território foi invadido
por um grande contingente
populacional de migrantes,
fazendo com que suas
terras fossem marcadas
por estradas como a
Belém-Brasília e a Transamazônica, excluindo assim
uma parte de seu território
original. Atualmente existem cerca de 1.525 apinajé
(Funasa, 2006).
Guarani Mbya
(Guarani M’byá)
Mesmo com o grande
número de aldeias existentes em diversas regiões
do país, os Guaranis Mbya
mantêm uma unidade e
se reconhecem como um
grupo diferente dos demais
povos indígenas – estão localizados no norte (Tocantins), no sul (Rio Grande do
Sul e Paraná), no Sudeste
(São Paulo e Rio de Janeiro), além de outros países
Os Karajá
Na literatura antropológica
existe a tendência de se
colocar num único grupo
diferentes povos indígenas, denominados Karajá.
Entretanto, os Karajá são
compostos pelos Javaé,
Karajá e Xambioá (também
conhecidos como Karajá do
norte) – todos esses povos
estão localizados e são
originários das margens do
Rio Araguaia. Essa classificação deve-se ao fato de
todos esses grupos falarem
dialetos provenientes da
língua Karajá, além de
terem em sua organização
social rituais e costumes
muito parecidos. Porém,
são etnias diferentes, por
exemplo, o povo Javaé
considera ofensivo serem
chamados de Karajá, pois
os consideram estrangeiros,
68
assim como
os Karajá
em ralação
aos Javaé.
Porém os
Xambioá
não procuram essa
separação
e preferem ser conhecidos como
“Karajá do norte”. Localizados, em sua maioria, na
antiga capitania de Goiás,
esses três povos foram dos
poucos que conseguiram
sobreviver aos bandeirantes, além das epidemias
trazidas pelos brancos.
Apesar dos constantes
atritos envolvendo esses
povos e os locais onde se
fixavam, eles mantiveram
suas antigas tradições
através dos séculos.
Entre esses três povos, os
Karajá são os que mais
mantiveram contato com a
cultura do homem branco.
Eles serviram até mesmo
de intermediários entre a
sociedade e os Javaé, que
por sua vez sempre foram
muito mais arredios, começando a fazer contato
apenas no começo do século XX. Os Karajá buscam
conviver nas cidades por
curtos períodos, a fim de
reivindicar acesso à saúde,
a uma educação bilíngue,
além de disputas pelos
seus direitos territoriais.
Já os Karajá do norte são,
dentre esses povos, os que
possuem menor número de
habitantes (269 segundo
a Funasa, 2006), o que fez
com que perdessem muito
de seus principais aspectos
culturais – ultimamente
eles começaram a defender
sua cultura na busca de
afirmação de sua identidade étnica própria.
como Argentina e Paraguai. Mesmo mantendo
relações com outros subgrupos guaranis, como por
exemplo casamentos, os
Mbya têm religião e língua
próprias, o que permite
superar as distâncias entre
as aldeias. Devido às diversas aldeias, não é possível
precisar o número exato de
Mbyas existentes.
Krahô
(Craô, Kraô)
O povo Krahô teve, durante seus dois séculos
de contatos com os
brancos, alguns eventos
muito curiosos na acidentada convivência. Em 1940
foram eles massacrados e
quase dizimados, porém na
década de 1950 resolveram
se juntar em torno de um
profeta que iria transformá-los em um povo civilizado.
Em 1986 vieram até o Museu Paulista, na cidade de
São Paulo, a fim de recuperar o “Machado Semilunar”, de suma importância
para as suas tradições.
O povo Krahô tem forte
ligação com as chamadas
cidades grandes e muitas
vezes entram em contato
com algum “amigo” que
vive nestas cidades, pedindo tecidos, miçangas
e reses para abate, para
assim complementarem
seus ritos. Atualmente
sua população é de 2.184
(Funasa, 2006).
Pankararu
Atualmente com uma população de 6.515 (Funasa,
2006), os Pankararu ocuparam o município de Gurupi,
uma das maiores cidades
do Tocantins. Originários
do sertão de Pernambuco, da aldeia Brejo dos
Padres, a partir do final da
década de 1970, com os
problemas enfrentados em
suas terras pela ação de
posseiros, foram expulsos
e migraram para o norte
goiano, atual Tocantins.
Recentemente foram
reconhecidos pela FUNAI
e voltaram para suas antigas terras, recriando sua
reserva indígena no sertão
pernambucano.
Tapirapé
Um grupo que, em decorrência das expansões territoriais que aconteceram
durante o século XX,
sofreu uma diminuição de
sua população – hoje eles
são cerca de 564, localizados principalmente na
região de Urubu Branco no
Estado do Mato Grosso.
No Tocantins são encontrados poucos Tapirapé, e
suas terras ainda são alvo
de garimpeiros e fazendeiros, dificultando assim a
preservação da cultura.
Xerente
(Acuen, Akwen)
A principal característica
dos Xerentes é seu espírito
guerreiro, o que faz com
que em mais de 250 anos
de contato com não-indígenas (principalmente
brancos) suas tradições
persistam sem terem sido
afetadas. Além disso, os
Xerentes participam ativamente das resoluções
políticas que envolvem seu
povo e suas terras, tanto
economicamente quanto
socialmente. Localizados
a apenas 70 km ao norte
de Palmas, a localização
de sua aldeia é fonte de
grandes discussões, pois
é um “empecilho” para
a expansão da capital do
Estado do Tocantins, além
de estar no caminho de
outras obras dos governos
federal e estadual.
69
Folclore & Lendas
folclore do Tocantins, diferentemente do que se imagina por
antes estar ligado ao Estado de Goiás,
é fortemente influenciado pela região
Norte do país, cujas lendas estão muito
mais próximas da cultura amazônica.
Os mitos e lendas do Tocantins são
marcados pela cultura indígena, fonte
da maioria dos mitos amazônicos, além
de grande influência negra, que se
observa em algumas festas populares,
como a dança Sússia e as Congadas.
Entretanto, as manifestações culturais no Tocantins estão quase sempre
atreladas às festas em comemoração
aos santos da Igreja Católica, entre
elas, Folia de Reis, Caretas de Lizarda,
Cavalhadas, Festa de Nossa Senhora da
Natividade, Festa do Divino Espírito
Santo, Romaria do Bonfim e Roda de
São Gonçalo. Além disso, as diversas
influências trouxeram para a cultura
popular tocantinense a criação de
algumas comemorações como a Festa
de Nossa Senhora do Rosário, que é
marcada fortemente pelo catolicismo,
porém com influência do folclore africano, fazendo dessa uma festa única
pela sua miscigenação.
Festa dos Santos Reis
D
e origem portuguesa, a festa comemora o nascimento de Jesus Cristo
encenando a visita dos três reis magos.
Acredita-se que os Santos Reis são protetores contra a praga na lavoura, além
de trazerem prosperidade. É comemorada entre os dias 31 de dezembro,
com a saída das folias, e 6 de Janeiro,
Caretas de Lizarda
E
spécie de encenação teatral, a festa
acontece no município de Lizarda,
na região do Jalapão, durante a Sexta-Feira da Paixão até a madrugada do
Sábado de Aleluia. Usando máscaras
confeccionadas em papel, cabaça ou
couro, um grupo de homens sai a fim
de guardar os campos onde se planta
cana-de-açúcar. Quem tentar invadir
suas “terras” com a intenção de roubar
algo leva chicotadas. Ela tem como base
a crença de que Jesus foi açoitado com
pedaços de cana, fazendo com que os
caretas tentem impedir esse sofrimento.
Congo ou Congadas
B
aseando-se na história da rainha
Ginga Bandi, que governou Angola no século XVII, o Congo ocorre
durante o Natal e nas festas de Nossa
Senhora do Rosário e de São Benedito.
Essa festa representa a coroação do rei
e da rainha eleitos pelos escravos e a
luta entre o partido do rei e o do embaixador. Na história em que ocorre a
vitória do rei, o embaixador é perdoado
e os infiéis são batizados. Caracterizada
pela dança do congo, na qual apenas
os homens participam, a encenação é
composta por doze dançarinos usando
um vestuário bem colorido onde cada
cor tem significado próprio.
Realizadas desde 1937 no município de
Taguatinga, nos dias 12 e 13 de agosto,
as Cavalhadas têm como inspiração a disputa
entre Mouros e Cristãos na Idade Média.
Paramentados com roupas e adornos que
remetem a esse tempo, 24 cavaleiros são
divididos em dois grupos, onde os homens
de vermelho representam os mouros e, os de
azul, os cristãos. Encenando essa batalha
pelo domínio da Europa, figuras importantes
como o embaixador e o rei, além dos próprios
guerreiros, fazem um belo espetáculo
exaltando o passado histórico e cultural.
70
Apresentação Folclórica
O
quando ocorre o encontro das folias, a
missa solene e a festa comemorativa. A
festa tem início quando, a fim de pagar
suas promessas, os foliões são recebidos
em diversas residências onde cantam,
dançam e oferecem a bandeira. O proprietário da casa recebe a bandeira e
percorre toda a casa com ela, enquanto
os foliões são agraciados com comidas
e bebidas. No dia seguinte retornam à
residência da pessoa que fez a promessa
para uma grande festa de encerramento, onde se reza o terço em frente ao
altar com a bandeira dos Santos Reis,
terminando em um jantar especial.
Cavalhadas
Folclore & Lendas
71
Folclore & Lendas
Romaria do Bonfim
Roda de São Gonçalo
C
C
elebrada nos municípios de Natividade, Fortaleza do Tabocão e
Araguacema, a Romaria do Bonfim é a
manifestação religiosa mais popular do
Tocantins. Em Natividade acontece na
primeira quinzena do mês de agosto,
durando mais de dez dias – durante esses dias os fiéis vêm em peregrinação até
o povoado onde ocorrem os louvores.
Sússia e Jiquitaia
P
Festa do Divino
Festa Popular Religiosa
resente em todas as regiões do Estado, predominando nas cidades do
Sul e Sudeste, onde a influência negra
é mais marcante, a sússia é um tipo de
música folclórica marcada por violas,
tambores e cuícas, onde casais giram
de forma semelhante a um bailado. Já a
Jiquitaia é um tipo de música dançada
na sússia, onde os corpos não se tocam
e seus movimentos fazem referência a
uma formiga de mesmo nome que sobe
nos corpos dos dançarinos.
72
onta a lenda que em Portugal, na
cidade de Amarante, São Gonçalo
reuniu várias mulheres que durante
uma semana dançaram até a exaustão,
com o objetivo de que, no dia do Senhor (domingo), elas ficassem descansando e assim não caíssem em tentação.
Com a tradição de ser um santo casamenteiro, a festa consiste em uma dança que antigamente tinha caráter erótico, mas que posteriormente manteve
apenas o aspecto religioso. Na cidade
de Arraias, a dança é chamada de roda
e acontece em pagamento a promessas
feitas. Pares de mulheres vestidas de
branco, com adereços vermelhos, carregam arcos de madeira enfeitados. Também participam dois homens vestidos
de forma semelhante que tocam viola,
a fim de acompanhar as dançarinas em
suas evoluções – os violeiros cantam em
louvor a São Gonçalo, cuja imagem fica
em um altar enfeitado ao lado de um
cruzeiro iluminado.
Festa de origem portuguesa em que durante
a romaria, quando se conduz a bandeira do
Divino, é anunciada a presença do Espírito
Santo. Um grupo de homens a cavalo, conduzidos
por um alferes, representa as andanças de Jesus
e de seus doze apóstolos fazendo uma viagem de
40 dias pelo sertão. Durante essa jornada, eles
percorrem diversos lugares, recolhendo donativos,
abençoando as famílias e convidando-as para a
festa da hóstia consagrada.
Festa Geral do Carmo
A
festa ocorre entre os dias 7 e 18
de julho, e homenageia o Dia do
Divino Espírito Santo, de Nossa Sra.
do Carmo e de Nossa Senhora do Rosário, tendo como base a mistura entre a
religiosidade trazida por portugueses e
escravos. Na festa de Nossa Senhora do
Carmo é rezada uma missa solene, além
de se fazer um novenário com leilões de
prendas doadas pela comunidade, cuja
renda é em benefício da igreja. Na festa
de Nossa Senhora do Rosário são escolhidos o rei e a rainha de Nossa Senhora,
consistindo em uma Caçada da Rainha,
onde seus súditos saem em forma de
cortejo com muita música. Depois é
rezada uma missa na presença do rei e
da rainha já coroados e, no final, a
caminho de casa, a rainha segue em
cortejo com a imagem da virgem.
Festa de Nossa Senhora
da Natividade
N
ossa Senhora da Natividade, cuja
festa existe há quase trezentos
anos e é realizada de 30 de agosto a 8
de setembro, foi eleita como Padroeira
do Estado do Tocantins. Durante as
festas, são realizados leilões e o novenário. As comemorações acontecem
na igreja matriz de Natividade (datada
de 1759), onde é feita a missa solene –
a imagem de Nossa Senhora da Natividade que está no altar é de 1735,
sendo a primeira a chegar à região,
trazida pelos jesuítas. Este festejo está
relacionado à festa da Imaculada Conceição de Maria, que é celebrada nove
messes antes no dia 8 de dezembro.
O intervalo entre essas duas datas
refere-se ao período de gestação de
Maria no ventre de Santa Ana.
73
J
Negro d’Água
Lenda Regional
osé Vieira Couto de Magalhães
nasceu na cidade de Diamantina
(MG) e foi um profundo conhecedor
do interior do Brasil, tendo presidido as províncias de Goiás (1862),
Pará (1864), Mato Grosso (1867) e
São Paulo, presidência que ocupava
quando foi proclamada a república.
Ganhou notoriedade com suas pesquisas sobre o folclore brasileiro. Sua
principal obra, “O Selvagem”, foi
elaborada a pedido de D. Pedro II
para participar da Exposição de Filadélfia, em 1876, estudo sobre o idioma, os costumes, mitos e usanças dos
indígenas. Escreveu também “Ensaios
de Antropologia”, além de outras
também importantes como “Viagem
ao Araguaia”, “Os Guaianases ou a
Fundação de São Paulo” e “Anchieta
e as Línguas Indígenas”. Além dos
estudos do folclore, Couto Magalhães
74
conhecia muito bem as línguas estrangeiras e, principalmente, as indígenas,
assunto que tomou parte de seu tempo
como pesquisador. Quando presidia
a província de Mato Grosso eclodiu a
Guerra do Paraguai, na qual participou
da batalha de reconquista de Corumbá
dos paraguaios. Por seus feitos, ganhou
do governo imperial o título de Barão
de Corumbá, o qual foi preterido pelo
de General Brigadeiro, distinção raras
vezes concedida a civis. Sua importância como estudioso envolveu diferentes
áreas, sendo entre outras coisas precursor na navegação dos rios Araguaia
e Tocantins – ele fundou a Cia. de
Navegação no rio Araguaia, além de ser
um empreendedor na região devido à
criação de estradas, pontes e passagens
que auxiliaram a chegada da civilização
a essas áreas. Por seu papel como escritor Couto Magalhães é o patrono da
cadeira número 31 da Academia Tocantinense de Letras.
Esta é uma lenda muito comum na região
centro oeste do Brasil, principalmente entre
as populações ribeirinhas, sendo comumente
associada e difundida entre os pescadores
locais. Conta a lenda que o Negro d’Água
costuma aparecer primordialmente em rios a
fim de assustar pessoas que estejam por ali ou
de passagem. Raramente ele aparece ou sai do
rio, mas tem o costume de quebrar varas de
pesca, furar as redes, estragar os anzóis, além de
amedrontar os navegantes das embarcações que
por lá passam. Foi construído, dentro do leito do
Rio São Francisco, um monumento de mais de
doze metros de altura em homenagem à entidade,
obra do escultor Ledo Ivo Gomes de Oliveira.
As pessoas que “viram” o Negro d’Água dizem que
ele é cheio de escamas misturadas à pele e que tem
nadadeiras em algumas partes do corpo. Com suas
gargalhadas e sendo preto, careca e mãos e pés de
pato, no aspecto geral ele parece ser uma fusão
entre um homem negro alto e forte e um anfíbio.
Couto Magalhães
Couto Magalhães
Escritor & Folclorista
Folclore e Lendas
Academia de Letras
A Academia Tocantinense de Letras participa de diversas
atividades, como simpósios, palestras, entrevistas, além
de seus membros serem constantemente convidados para
irem a escolas e universidades, a fim de apresentarem seus
trabalhos e os desenvolvidos pela ATL. A Academia também promove junto à comunidade concursos literários, de
oratória e de leitura, a fim de buscar maior aproximação
ao reafirmar a cultura brasileira e principalmente a do Tocantins, e também disponibiliza para o público a utilização
de sua biblioteca. Outra atividade da ATL é a publicação de
coletâneas e antologias de escritores que participaram dos
concursos promovidos pela Academia.
75
Arte & Artesanato
As Principais Matérias-primas
Arte e Artesanato
O
artesanato do Tocantins é fortemente marcado pelo uso de matérias-primas encontradas
em grande quantidade no Estado. Entre as mais
utilizadas estão o capim dourado, que por sua
grande aceitação se transformou numa espécie
de símbolo do artesanato local. Além do capim,
encontram-se trabalhos em outros materiais,
como ouro, prata, buriti e babaçu. Com forte influência indígena, os artesãos com mãos hábeis e
muita imaginação criam diversas peças, esculturas,
móveis e principalmente utensílios inspirados na
natureza da região, que é ponto convergente do
trabalho produzido no Estado. Entretanto, cada
cidade tem suas especificações e forma peculiar
na produção de seu trabalho.
Capim Dourado
H
á cerca de cinquenta
anos, o grande produto artístico do Tocantins,
o Capim Dourado, não era
utilizado, sendo relegado,
como algo supérfluo. Originário do leste do Estado,
em Mateiros, povoado
Mumbuca, local que abriga
uma importante comunidade quilombola, o Capim
Dourado é objeto de estudos, pois se desconhece o
seu nascimento – sabe-se
que ele se desenvolve
durante os meses de abril
a julho e é colhido entre
setembro e novembro.
Por causa de toda essa
mística existente em torno
de sua origem, não se tem
certeza quando o Capim
passou a ser utilizado como
matéria-prima na produção
artesanal. De um lado, sua
utilização vem do grau de
parentesco que existe entre
algumas artesãs provenientes principalmente
de Mumbuca e Mateiros,
ou seja, trata-se de uma
tradição passada de mãe
para filho; de outro, sua
utilização é uma herança
do povo indígena Xerente.
O que se sabe é que o
chamado Capim Dourado é
a haste de uma flor branca
da família das sempre-
Dona Miúda
Uma das mais importantes artesãs foi Guilhermina Ribeiro da Silva, mais conhecida como
Dona Miúda, falecida em 2010. Ela aprendeu o
ofício com sua mãe, que aprendeu de sua avó,
que teve como mestre os índios. Dona Miúda
conta que o capim dourado foi de grande ajuda
na criação dos doze filhos, pois percebeu que
ele “iria dar progresso”. Assim resolveu separar
parte de sua produção e sair em viagem com os
filhos até as cidades próximas a fim de vender
as peças que havia produzido.
76
-vivas, cientificamente
conhecido de Syngonanthus nitens. São mais
de cinquenta produtos
feitas a partir do Capim
Dourado, e entre as principais peças estão bolsas,
pulseiras, potes, brincos,
chapéus, mandalas e enfeites de todos os tipos. Até
hoje a arte de trabalhar o
Capim é passada de geração a geração nos locais
onde se originaram, como
Ponte Alta, Novo Acordo,
Santa Tereza, Lagoa do
Tocantins e no Prata, além
das já citadas Mumbuca e
Mateiros, todas na região
do Jalapão, sendo importante fonte de renda para
muitas famílias. Atualmente o Capim Dourado ganhou popularidade, muito
por causa de Dona Miúda,
e não mais está presente
apenas no Tocantins como
também é largamente
utilizado em todo o Brasil e
até no exterior.
Ouro e Prata
E
ntre os municípios
onde o artesanato é
mais forte está a cidade
histórica de Natividade,
tombada pelo patrimônio
nacional e caracterizada
pela preservação do patrimônio arquitetônico, onde
encontramos hoje artesãos
de grande talento no trabalho como ourives. Essa
característica deve-se ao
fato de Natividade ter sido
no período colonial um dos
maiores arraiais da capitania de Goiás e, portanto,
um dos maiores centros
auríferos. Neste ofício, o
grande nome é Juvenal
Rodrigues Pinto Cerqueira.
Conhecido como “mestre”
Juvenal, por sua incrível
habilidade no trabalho com
ouro e prata em joias
de rara beleza, seu
trabalho é caracterizado
por peças como corações,
flores de maracujá, a
peixa e o tradicional capim
dourado, reproduzidos
em colares, brincos, anéis
e muitos outros tipos de
joias. Todo o seu trabalho
é feito manualmente, com
todo cuidado e esmero.
Mestre Juvenal aprendeu
seu ofício ainda criança,
com outro grande ourives
da cidade, Antônio Vicente
Nunes que, ao lado de
Alfredo Borges, fez grandes
trabalhos de rara beleza
sobre diversos temas,
principalmente religiosos.
A forma como as joias são
confeccionadas no município de Natividade vem de
uma técnica muita antiga
e quase esquecida em
todo o Brasil, a filigrana.
Trata-se de uma herança
dos portugueses da cidade
de Gondomar, conhecida
como a “terra mãe” dessa
antiga arte. Essa forma única de confecção artesanal
é passada de geração em
geração pelos mestres ourives, através de centros de
formação, como a Oficina
Educacional de Joias Artesanais Mestre Juvenal.
Buriti e Babaçu
O
objetos decorativos, pois
servem para amarrar as
peças feitas com o Capim,
além de ser matéria-prima
para fazer alguns detalhes
em objetos de madeira.
Cerâmica
E
m Lajeado a cerâmica ganha cada
vez mais importância,
tendo como inspiração as
pinturas rupestres. Sim,
a cerâmica produzida em
Lajeado é influenciada
pelas antigas pinturas
feitas nas cavernas pelos
homens pré-históricos.
Essa influência originou-se
na descoberta de sítios
arqueológicos na região,
onde foram encontrados
vestígios de cerâmica, e
a partir daí tornou-se a
principal inspiração dos
artesãos locais. A cerâmica
produzida ali é diferente
da encontrada normalmente: ela tem uma
coloração avermelhada,
pois em seu preparo é
levada ao forno para adquirir esse tom e os seus
traços são bem simples e
delicados, mostrando toda
a precisão na confecção das peças,
como panelas, jogos
de pratos,
jarros, copos, além
de objetos
decorativos.
utro produto que ganha importância com
a fama do Capim Dourado
é a palha do Buriti e do
Babaçu, utilizada pelos
indígenas e sertanejos há
muito tempo na confecção
de uma grande quantidade
de produtos utilitários. Entretanto, somente nos últimos tempos começou a ser
utilizado na fabricação de
77
Famosa artesã Dona Miúda, Mateiros
78
79
Arquitetura & Urbanismo
Arquitetura & Urbanismo
Ruínas da igreja N. Sra. do Rosário dos Pretos,
Natividade
A cidade de Palmas tem como seu centro
físico a Praça dos Girassóis, que é também
o centro administrativo, pois lá estão localizadas as sedes dos Três Poderes. A praça
se encontra no cruzamento das duas principais vias da capital, as avenidas Teotônio
Segurado e Juscelino Kubitschek, que formam respectivamente os eixos norte-sul
diram com o crescimento da cidade,
pois através do trabalho de diferentes
arquitetos Palmas foi ganhando pluralidade de linguagens e trazendo novas
possibilidades em termos de urbanização. Na área cultural, outra obra de
destaque é o Memorial Coluna Prestes
localizado na Praça dos Girassóis e
projetado por Oscar Niemeyer, em
homenagem à coluna que percorreu
mais de 25 mil km durante dois anos
e meio e passou pelo Estado.
I
naugurada em 1º de janeiro de
1990, Palmas é a mais nova cidade
brasileira planejada, cujas características
arquitetônicas são exemplo de modernidade em harmonia com a natureza.
O projeto é dos arquitetos e urbanistas
Walfredo Antunes de Oliveira Filho e
Luiz Fernando Cruvinel Teixeira, que
fizeram uma cidade marcada por uma
uniformidade obtida através do concreto e do tijolo cerâmico aparentes,
principalmente nas edificações oficiais
dos Três Poderes. Essas três construções
suntuosas têm como cor predominante
o marrom-avermelhado, remetendo à
paisagem do cerrado, também podendo ser observada em outros edifícios
da cidade. Contribuem para o grande
volume das construções as pérgulas,
quebra-sóis e beirais que, devido ao
clima rigoroso, servem para proteção.
Além dos Três Poderes, projetados pelo
escritório Grupo Quatro, outra obra
de grande importância arquitetônica é
o Aeroporto Internacional Brigadeiro
Lysias Rodrigues, em Palmas, cuja
e leste-oeste – no projeto original a praça
era em formato elíptico, porém, foi posteriormente mudado e acrescido de dois
pórticos. A cidade é dividida pelos seus
dois eixos em quatro setores cromáticos
nas cores laranja, vermelho, azul e verde.
No Plano diretor de Palmas já estava previsto o lago que margeia a cidade, a partir da
represa da Usina Hidrelétrica do Lajeado,
formando a orla com as águas do Rio
Tocantins e que é um espaço destinado a
atividades recreativas e práticas esportivas
para todas as faixas etárias.
contribuição para o desenvolvimento
econômico se faz tanto pelo deslocamento de passageiros quanto
de cargas, por sua posição
estratégica no centro do
país, além da integração aos
sistemas ferroviário, fluvial e
rodoviário. Um ponto marcante de Palmas é que no
início de sua formação não
havia nenhuma referência
expressa, sendo assim,
apresenta diferentes
características arquitetônicas, que se expan-
“
Memorial Coluna Prestes, Palmas
A oeste, o azul das águas
do nosso rio.
A leste o verde da
mata das encostas.
Em todas as estações do ano,
o vermelho do amanhecer e o
laranja do entardecer...
Estas são as cores de Palmas.
”
Walfredo Antunes de Oliveira Filho
Plano Diretor
“Palmas é cidade carregada de modernidade, ambientada a uma filosofia ecológica e humanística. Nesse espaço integrado com a natureza por um traçado
simples e lógico, os habitantes deverão
viver em harmonia consigo mesmos,
com a comunidade e com a natureza.
Sonhar uma cidade é um ato necessário
para que a realidade futura contenha
fatores positivos que atendam às aspirações do homem em coletividade.”
(Texto Plano Diretor, 1989)
Palácio Araguaia
Estátua de Luiz Carlos Prestes
80
81
Pórtico Leste de acesso ao Palácio Araguaia, Palmas
82
83
Culinária Regional
Culinária Regional
A
culinária brasileira nasceu
da mistura de diferentes
culturas. As diversas regiões do
país trouxeram singularidade para
a cozinha, e com a culinária tocantinense não foi diferente. Por ter
uma importante bacia hidrográfica,
formada principalmente
pelos rios Araguaia e
Tocantins, a culinária
do estado é fortemente
marcada por pescados,
muitos deles apenas encontrados nesses rios. Sua
cozinha tem, entre suas principais influências, a cultura indígena, portuguesa, paulista, mineira e
negra, e é muito semelhante à cozinha
goiana (por terem
formado um único
estado até 1988) em
pratos como o arroz
com pequi, a pamonhada e o peixe
na telha.
A culinária
goiana por sua
vez foi influenciada
pela comida mineira
e nordestina.
Assim como a
goiana, aqui
o se faz
uso de
produtos
do Cerrado,
como o baru (castanha),
guariroba e o pequi. Árvore que atinge
até 10 m de altura e cujo nome de origem indígena “pyqui”, quer dizer casca
e espinho. Essa fruta rica em vitaminas,
84
sais minerais e carotenóides, não falta
na mesa de muitos tocantinenses. Entre
tantas possibilidades, o pequi pode
ser misturado com arroz ou frango,
feijão, ou simplesmente cozido com
água e sal. Na época da safra, em
julho, todo mundo fica feliz
quando o fruto maduro cai
do pé e então pode ser
usado de diferentes
formas.
Fruto da palmeira de mesmo nome,
o buriti também
tem inúmeras
utilidades e é um
alimento completo.
Com ele se pode fazer entre
outras coisas, bebidas, óleo, doces,
sorvetes, cremes, geléias e licores.
Alguns pratos se tornaram patrimônio de cidades. Por exemplo a melhor
paçoca do Estado é feita em Arraias, no
Sudeste do Estado. Ela foi criada quando a região ainda era o Norte goiano e
eram constantes os deslocamentos entre
as cidades e os cavaleiros estocavam os
produtos no alforje ou na “bruaca” (espécie de bolsa de couro). A Associação
das Paçoqueiras de Arraias é uma entidade atuante e seus membros mantêm
a tradição do antigo prato que continua
saboroso e presente nas mesas.
Muitas das receitas do Estado do
Tocantins são feitas durante festas
religiosas, a principal delas é a festa do
Divino Espírito Santo São bolos, paçocas e biscoitos. Um dos mais famosos
biscoitos é justamente o amor-perfeito.
Esse sequilho que derrete na boca é
feito na cidade de Natividade, mas já
conquistou fama nacional, mais do
que merecida, diga-se.
Paçoca de Carne Seca
Um dos alimentos mais tradicionais do Tocantins é a paçoca
de carne seca, que tem a grande vantagem de manter a
qualidade por vários dias, sem necessidade de refrigeração.
Esse prato tem como sinônimo o nome da cidade de Arraias,
que para muitos é onde se faz a melhor paçoca do Estado.
Sua popularidade é antiga: ela era levada pelos cavaleiros
que passavam pela região. A carne seca, cortada em cubos
e frita em óleo quente, é socada no pilão (de preferência
sem verniz), com alho picado e farinha de mandioca. Ela vai
se desmanchando com o bater ritmado das mãos de pilão
que se alternam – duas ou três pessoas batendo, conforme
o tamanho do pilão, entre 15 a 20 minutos.
85
Modo de Preparo
Em uma tigela grande, coloque
o ossobuco, o tempero e o
sal, e deixe tomar gosto por
15 minutos. Em uma panela
de pressão, coloque o óleo e
leve ao fogo alto para aquecer.
Junte a cebola, o pimentão
e o tomate, e refogue por 2
minutos, ou até que a cebola
fique transparente. Adicione
o ossobuco e a água, e deixe
cozinhar por 30 minutos após o
inicio da fervura. Retire do fogo
e reserve a carne. Ao molho
formado na panela, acrescente
a farinha de mandioca
e cozinhe em fogo alto,
mexendo sempre, até
encorpar. Sirva imediatamente,
acompanhando o ossobuco.
Ingredientes
•1 kg de ossobuco
•2 colheres (chá) de sal
•4 colheres (sopa) de óleo
•2 cebolas pequenas picadas
•1 pimentão verde, picado,
sem sementes
•3 tomates médios cortados
em rodelas finas
•2 1/2 xícaras (chá) de água ou
500 ml
•1 xícara (chá) de farinha de
mandioca crua
Rendimento:
4 porções
Tempo de Preparo:
1 hora
Fonte: www.livrodereceitas.com
Chambaril
Culinária Regional
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87
Culinária Regional
Filé de Tucunaré
Ingredientes
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•2 copos de leite de vaca
•1 copo de leite de coco de
babaçu
•3 colheres de farinha de trigo
•1 colher de margarina
•50 g de camarão
•50 g de pimentão vermelho
picado
•50 g de pimentão amarelo
picado
•30 g de champignon picado
•Cebola
•Sal
•2 colheres de vinho branco
•3 bananas prata maduras
•1 xícara de arroz cozido
(100 g)
•Açafrão
•100 g de filé de tucunaré
•Batatas
•Alcaparras
Rendimento:
1 porção
Tempo de Preparo:
40 min.
Modo de Preparo
TUCUNARÉ
Frite o filé, cubra com o molho
e sirva com o arroz e batatas
cozidas regadas a alcaparras.
ARROZ DE BANANA
Pique a banana em cubos e
frite, escorra e misture ao arroz
dourado com uma pitada de
manteiga e açafrão.
MOLHO
Cozinhe o leite de vaca e o
de babaçu com o trigo, deixe
engrossar e reserve. Em uma
panela, esquente a manteiga,
doure os camarões, acrescente
pimentões, champignon, cebola
picada, sal a gosto, vinho,
e misture o molho.
89
90
Rendimento:
30 porções
Tempo de Preparo:
1 hora
Modo de Preparo
Coloque a carne seca de molho
para tirar o sal e troque a água
de 3 a 4 vezes. Cozinhe a carne
por 15 minutos e, em seguida,
frite na gordura apertando
bem. Coloque, separadamente,
a farinha de mandioca torrada
e o alho no pilão de madeira.
Junte a estes ingredientes a
carne de sol e soque bem, até
virar farofa, não muito fina.
Refogue no óleo a cebola e
junte a farofa depois de socada,
misturando bem. Acrescente o
cheiro verde para finalizar.
Ingredientes
• 2 kg de carne seca
• 250 g de farinha de mandioca
torrada
• 3 dentes de alho
• 2 colheres (sopa) de óleo
• 1 cebola
• Cheiro verde a gosto
Fonte: www.livrodereceitas.com
Paçoca de Carne Seca
Culinária Regional
91
Culinária Regional
Passe a polpa do buriti por
uma peneira fina. Acrescente a
rapadura ou açúcar e bata no
liquidificador com a proporção
indicada acima. Leve ao fogo e
mexa até aparecer o fundo da
panela. Tire do fogo e bata até
obter consistência dura. Coloque em superfície lisa e corte
em tabletes.
em Tabletes
Doce de Buriti
Modo de Preparo
92
Rendimento:
3 porções
Tempo de Preparo:
30 min.
Ingredientes
•Polpa de buriti
•Rapadura ou açúcar
(duas medidas para
cada medida de polpa)
93
Biscoito Amor-perfeito
Culinária Regional
94
Ingredientes
Modo de Preparo
Rendimento:
Misture o polvilho, a manteiga
e o açúcar. Sove a massa e
acrescente o leite de coco aos
poucos até a mistura ficar
homogênea e com consistência
para ser modelada. O formato
original do biscoito é uma
estrela com quatro pontas,
todas viradas para cima.
Leve ao forno por cerca de
15 minutos ou até as
pontas dourarem.
Tempo de Preparo:
30 porções
35 min.
•1 prato de polvilho
•250 g de manteiga com sal
•900 g de açúcar
•400 ml de leite de coco
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Turismo, Cultura & Aventura
Situado numa região de transição entre o Cerrado e a Floresta
Amazônica, o Tocantins reúne belezas típicas desses dois biomas.
Seus dois principais rios, o Tocantins e Araguaia, são famosos
por praias fluviais, ilhas e espécie da fauna. A quantidade
de peixes impressiona: são tucunarés, pintados, surubins e
caranhas, peixes que dão uma boa briga quando são fisgados.
O ecoturismo ganha projeção ano a ano. São opções de trilhas,
rafting, trekkings, esportes náuticos e cachoeiras. No estado
fica ainda a maior ilha fluvial do mundo, a Ilha do Bananal,
onde os índios Karajá e Javaé mantêm suas antigas tradições.
Banhada pelas águas do rio Araguaia e Javaés, a ilha, na época
das cheias, lembra a paisagem de Pantanal, repleta de campos
e varjões inundados onde muitas espécies da fauna encontram
abrigo. Mistura de deserto, cerrado e savana, o Jalapão por sua
vez é um santuário ecológico, com seus rios, dunas, cachoeiras e
lagoas. A capital do estado, Palmas, é uma cidade moderna, com
praças, jardins e avenidas largas, paralelas a dois eixos principais.
ACQUATREKKING
Caminhada feita
no leito do rio, em águas
rasas, indicada para chegar
até cachoeiras que formam
piscinas naturais.
ARTESANATO
Revela muito das
tradições locais. Conhecer
a produção artesanal propicia ao visitante a chance
de entrar em contato com
aspectos culturais e personagens do lugar.
ARVORISMO
Se baseia em passarelas, redes, tirolesas e
outros aparatos suspensos
por cordas e cabos de aço,
abrindo caminhos pelas
copas das árvores.
Lemas do Ecoturista
BANHOS NA
NATUREZA
Banhos em rios, cachoeiras
e piscinas naturais são ótimas opções para renovar as
energias. É importante ficar
atento a superfícies escorregadias e corredeiras.
Palmas
96
em harmonia com a natureza
O ecoturismo é contemplativo, convida à observação e à introspecção. Portanto, a postura do
turista é diferente da interatividade urbana.
Ser holístico
Em integração com a natureza, pode-se captar
a noção de igualdade entre os seres vivos e desenvolver a consciência ecológica, ao se perceber como certas atitudes negativas do homem
com a natureza, como desperdício e poluição,
geram prejuízo para a espécie humana.
Ter uma atitude consciente
Significa manter uma relação positiva com o
hábitat, respeitando as comunidades, interagindo com a fauna e a flora locais, sem interferir
no seu processo natural.
Preservar o recurso natural
Se o turista encontrar uma bica de água pura,
jamais jogará ali detritos ou se lavará com sabão que não seja biodegradável, visando exatamente preservar a fonte hídrica do local.
BOIA-CROSS
Descidas em corredeiras usando boia ou
câmara. Os equipamentos
de segurança incluem
capacete, colete salva-vidas, luvas, joelheiras e
tornozeleiras.
CAMPING
Acampamentos de
lazer, em locais com infraestrutura ou mesmo áreas
selvagens. É importante
não deixar lixo no local.
CANOAGEM
Descida de rios com
ou sem corredeiras; remo
no mar e em lagoas. Pode
ser praticado com canoas
ou caiaques.
CANYONNING
Descida de cachoeira
com o praticante suspenso
por uma corda. Com a técnica do rapel, o praticante
enfrenta os desníveis do
relevo, o peso e a temperatura da água.
CASCADING
Descida de cascatas
ou cachoeiras, com a ajuda
de cordas simples e fixas,
normalmente ancoradas
no topo da cascata. Essa
atividade é confundida com
o canyonning, mas ambas
são distintas.
CAVERNISMO
Derivado da espeleologia, é o passeio em cavernas para reconhecimento
do ambiente, incluindo
observação de formações
geológicas e espécies, sem
preocupação científica.
CICLOTURISMO
Passeio de bicicleta
que permite contato com a
natureza. Mesmo contemplativo, exige bom preparo
físico, equipamentos de
uso pessoal, itens de segurança e correta manutenção da bicicleta.
COLÔNIAS E
COMUNIDADES
São povos que ainda
preservam seus antigos
costumes, caso das comunidades indígenas e
quilombolas que habitam
vários municípios.
COMIDA TÍPICA
Através da culinária
regional é possível conhecer traços marcantes
da cultura, mostrando as
diversas influências, costumes, receitas e produtos
trazidos de outros lugares.
COMPRAS
Na maior parte dos
municípios o artesanato
regional é a melhor pedida.
EDIFÍCIOS
HISTÓRICOS
Monumentos, prédios,
antigos ou modernos, são
edificações que fazem
parte da história local.
ESCALADA
Escalada de paredões rochosos. Esporte de
alto risco, deve ser praticado por pessoas com experiência e preparo físico.
ESPELEOLOGIA
Exploração de cavernas, geralmente com
objetivo científico, para
pesquisa do hábitat.
ESTÂNCIA
HIDROMINERAL
Local onde se pode usufruir
das propriedades medicinais, terapêuticas e até
mesmo de tratamentos de
estética pelas águas.
FEIRAS
Eventos que reúnem
grande público, facilitando
a realização de negócios.
São mais comuns aquelas
de perfil agropecuário.
FESTAS
FOLCLÓRICAS
O folclore é um conjunto
de tradições, saberes e
crenças. Sacras ou profanas, permitem conhecer a
cultura do povo.
FLUTUAÇÃO
Atividade em que os
praticantes, com a utilização de coletes salva-vidas e
máscaras, se deixam levar
pela correnteza, visualizando a fauna e vida marinha.
97
IGREJAS E TEMPLOS
Locais destinados a
cultos religiosos, de grande
valor histórico, arquitetônico e cultural.
MERGULHO
O mergulho livre é
feito na superfície, utilizando-se máscara e snorkel
para a flutuação. O autônomo exige certificação
em escolas e equipamento
específico (cilindro).
MOUNTAIN BIKING
Mais radical que o
cicloturismo, exige boa
técnica e preparo físico.
Há várias categorias, como
velocidade e regularidade,
descida de montanhas e
provas indoor.
MUSEUS
Nos levam a conhecer o passado, através das
obras de arte, documentos,
peças, objetos antigos e
outros elementos.
OBSERVAÇÃO
ASTRONÔMICA
Prioriza a visualização de
astros celestes, suas propriedades e fenômenos.
Pode ser feita a olho nu
ou com o auxílio de instrumentos como luneta.
OBSERVAÇÃO DE FAUNA E FLORA
Observar espécies é uma
atividade que exige paciência. Prática difundida pelos
pesquisadores científicos,
hoje é uma forma de integração com a natureza.
OFF-ROAD
É necessário o uso
de veículos apropriados,
com tração especial nas
rodas para enfrentar as
dificuldades do terreno.
98
PARQUES
Urbanos ou rurais,
oferecem diversas opções
de lazer ao ar livre.
PASSEIO A CAVALO
Percursos que podem ser feitos durante o
dia ou em noites com boa
luminosidade. Recomenda-se o acompanhamento de
um instrutor experiente.
PASSEIO DE BARCO
Geralmente é um
passeio tranquilo, ideal
para família em embarcações como saveiros, escunas e veleiros.
PASSEIO DE
INTERESSE
ARQUEOLÓGICO Visitas
a sítios arqueológicos ou
mesmo museus temáticos
que mostram antigas
culturas locais.
PASSEIO DE
INTERESSE DE
EDUCAÇÃO AMBIENTAL
Nesses passeios, o tema é
sempre o meio ambiente.
Representa, por vezes,
também uma chance de se
conhecer a fauna e a flora
local e formas de preservação da natureza.
PRAIAS
Espaços de lazer
ao ar livre, ideais para se
praticar atividades ecoturísticas nas praias fluviais, nos
meses de estiagem.
RAFTING
Descida de rios e
corredeiras em um bote
inflável, monitorado por
guias e com equipamentos
de segurança.
RAPEL
Descida com o auxílio de cordas em pontes,
paredões etc. É importante
o acompanhamento de
monitores e uso de equipamentos adequados.
TIROLESA
Descida e travessia
de montanhas, cânions e
rios, por meio de cordas
suspensas, usando-se
roldanas e equipamentos
de segurança. Recomenda-se o acompanhamento de
monitores especializados.
TREKKING
Caminhadas em
trilhas que podem ter variados níveis de dificuldade e
duração, conforme o tipo
de terreno e os obstáculos.
Inclui pernoite.
PASSEIO TURÍSTICO
Na área urbana são
chamados de city tour. Ao
ar livre, são boa chance de
contato com a natureza.
Geralmente acontecem em
um único dia.
TURISMO
ESOTÉRICO
Exploração da natureza
em seu caráter holístico,
buscando integração com
o meio ambiente.
PESCA
Modalidade que
obedece a regras em
relação ao tamanho mínimo dos peixes capturados,
locais autorizados e outras
restrições. No período de
piracema ela é proibida.
TURISMO
FOTOGRÁFICO
Os roteiros são traçados em
função da beleza cênica
e condições ideais de luz.
Indicam-se noções técnicas
e equipamentos fotográficos adequados.
Dunas no Jalapão, ao fundo Morro do Saca Trapo
99
Dicas Para Antes de Viajar
Há agências que não incluem parte
do roteiro, por exemplo, o transporte do local da hospedagem até o
atrativo (traslado).
Além de um bom estoque de
repelentes, uma maneira de se prevenir contra picadas de insetos é o uso
de camisas de mangas compridas,
de preferência de cor branca, calças
leves, bonés e chapéus. Não se esqueça do protetor solar, principalmente
na região do Jalapão.
impermeáveis para guardar documentos e material fotográfico.
Kit de pequenos socorros: seus
remédios habituais, com receita;
medicamentos antialérgicos:
anti-inflamatórios, antitérmicos;
desinfetantes; gazes e esparadrapos;
compostos clorados ou substâncias
filtrantes para a água proveniente de
riachos e fontes.
Equipamento básico para excursões em áreas naturais: apito; binóculos; cantil; frutas secas, barras de
cereais; isqueiros e fósforos; lanterna
com jogo de pilhas extras; rede para
dormir; cordas; pratos e talheres.
Procedimentos
Informe-se a respeito da agência
de turismo que está organizando sua
viagem, bem como seu cadastro junto
aos órgãos competentes. Seja sempre
rigoroso na escolha da empresa e
desconfie de anúncios de pacotes
com preços muito reduzidos.
Quando fechar um pacote com
uma agência, verifique tudo o que
está incluído, confirmando cada
detalhe para facilitar o planejamento e cálculo de despesas.
Planejamento
com pouca estrutura, por isso o apoio
local deve fazer parte de suas preocupações e prévio planejamento. Se for
visitar o Jalapão, por exemplo, pode-se consultar os operadores baseados
na capital Palmas, pois eles oferecem
boa estrutura, incluindo pontos de
apoio nas cidades da região, contando
geralmente com pousadas para pernoite, entre outras facilidades.
Cuidados
Planeje com antecedência o roteiro
que irá fazer e determine o período de
sua viagem de acordo com as atividades
que pretende realizar. No período de
chuvas aumentam as dificuldades para a
realização de passeios, por isso escolher a
melhor época do ano pode ser fundamental
para que você aproveite melhor sua estada.
Muitos dos atrativos turísticos estão
localizados em locais de difícil acesso,
Levar na mochila pequena e
de material impermeável: sapatos
e tênis de sola impermeável; capa
de chuva; calças e camisas leves
de manga comprida; chapéu ou
boné; protetor solar; repelente
contra insetos; roupas de banho;
sacos plásticos ou embalagens
100
Dicas Para Antes de Viajar
101
Dicas Para Durante a Viagem
102
Mantenha-se sempre nas trilhas
predeterminadas e sinalizadas, se for
o caso. Abrir novos caminhos ou
usar atalhos pouco conhecidos pode
ocasionar a destruição da vegetação
e a erosão do solo.
Havendo emergência é possível
usar um relógio de pulso como
bússola. Para isso, alinhe a marcação
do meio-dia do visor analógico com
o sol. A direção norte corresponde
ao espaço entre a marca de meio-dia
e o ponteiro das horas.
Procure trazer água mineral
consigo. Em planícies onde há gado
pastando, os rios e riachos podem
estar contaminados. Riachos com
profundidade suficiente para um
mergulho também não têm água
potável. Somente as bicas d’água
que nascem em locais altos costumam ser puras.
Observe as condições climáticas e as distâncias a percorrer, bem como o tempo estimado
em viagens de barco ou de carro.
Ao fazer passeios de barco, certifique-se das condições de manutenção da
embarcação, sua regularização junto à
Capitania dos Portos e se está equipada com coletes salva-vidas.
Banhos em rios e cachoeiras
oferecem risco de afogamento e
acidentes, por conta das correntezas e condições de profundidade.
Por isso, antes de mergulhar, veri-
fique se há profundidade suficiente.
Nem sempre águas escuras indicam
que são fundas, bem como águas
calmas podem esconder pedras no
fundo do rio.
Entre em contato prévio com a
administração da Unidade de Conservação ou área natural que deseja
visitar para ficar ciente dos regulamentos, horários de funcionamento
e restrições existentes.
Procure informar-se com antecedência sobre as condições das
estradas. Diversos atrativos da região têm acessos difíceis e são recomendados apenas para veículos com
tração nas quatro rodas. É o caso do
Jalapão e a Ilha do Bananal.
Nos meses de inverno as temperaturas costumar ser baixas no
Estado e mesmo durante o verão as
noites podem ser frias, por isso, por
precaução, não deixe de levar na
mala roupas quentes e agasalhos. Se
optar por fazer trekking, vá sempre
acompanhado de guias experientes.
Esforçar-se no primeiro dia de
viagem; se no seu programa houver
atividade física, comece com ritmo
ameno, condicionando-se fisicamente
para os trajetos posteriores.
Entrar na água sozinho, sem
algum amigo ou pessoa por perto,
principalmente em rios que não
conhece, pois podem apresentar
correntezas fortes.
Consumir bebidas alcoólicas
antes e durante o trajeto.
Caminhar rapidamente em descidas íngremes ou pedregosas.
Apoiar-se na vegetação durante
as caminhadas ou colocar as mãos
em buracos ou fendas.
Tocar animais. Nos rios, cuidados com raias, piranhas e peixes
com ferrões. O mesmo se aplica às
abelhas que representam perigo.
Evite
Registre os locais e momentos especiais de sua viagem.
Algumas dicas podem garantir
o sucesso das fotografias: as melhores
condições de luz ao ar livre acontecem ao
amanhecer e entardecer, quando o sol incide
perpendicularmente no objeto e produz efeitos
de luz; evite usar flash durante o
dia, o que interfere na luz natural;
prefira câmeras com ajuste manual,
porque as condições naturais mudam rapidamente e, assim, pode-se
tirar fotos com diferentes exposições. Acessórios como filtros, tripé
e lentes auxiliam muito. Se utilizar
máquina digital, não se esqueça de
levar um cartão de memória extra.
Nem sempre há um cybercafé ou
casas especializadas para descarregar
as imagens, principalmente em
cidades pequenas.
Observe
Cuidados
Durante as caminhadas, prefira transportar sua bagagem em uma mochila. É a forma
mais confortável de carregar seus pertences,
deixando as mãos livres e o peso bem distribuído.
Defina as atividades e percursos que
você irá realizar de acordo com seu condicionamento físico e nível de experiência.
Há diversas trilhas com diferentes graus de
dificuldade. Cuidado com o sol forte e o risco
de se desitratar.
Fotografe
Conduta
Respeite o cotidiano das comunidades
locais, seus costumes e valores. Nunca tenha atitudes que impactem o modo de vida
dessas populações.
Em caminhadas pelas trilhas ou nos
passeios de barco, sempre carregue um
saco plástico para recolher todo o lixo que
produzir, inclusive restos de comida, latas
e garrafas plásticas.
Dicas Para Durante a Viagem
103
Cachoeiras da Costa Rica, Wanderlândia
104
105
Tocantins
LEGENDA
BICO DO PAPAGAIO
VALE DOS GRANDES RIOS
SERRAS E LAGOS
ENCANTOS DO JALAPÃO
SERRAS GERAIS
LAGOS E PRAIAS DO CANTÃO
ILHA DO BANANAL
CONVENÇÕES
Principais troncos
Asfalto
Terra
IIIIIIIII
Ferrovia
Divisa internacional
Divisa estadual
Divisa de regiões turísticas
Capital Estadual
Cidade
CONVENÇÕES
Principais troncos
Asfalto
Terra
IIIIIIIII
Ferrovia
Divisa internacional
Divisa estadual
Divisa de regiões turísticas
Capital Estadual
Cidade
106
107
Serras e Lago
Serras e Lago
Situada numa planície, Palmas tem o grande lago a oeste, e as
serras do Lajeado e Carmo, a leste. São ruas e avenidas largas
e prédios imponentes, como o Palácio Araguaia, na Praça dos
Girassóis. Situado em Palmas, o lago da Usina Hidrelétrica
Luís Eduardo Magalhães, oferece opções de esportes náuticos
e pesca. A Serra do Carmo é repleta de trilhas, cachoeiras e
paredões rochosos onde se pode praticar esportes radicais.
Outro destaque é Taquaruçu, distrito que fica entre montanhas
e abriga mais de 82 cachoeiras catalogadas. Com prédios
tombados pelo Iphan, Porto Nacional é uma cidade histórica,
com personagens envolvidos na busca do ouro no Brasil
colônia. Já a cidade de Lajeado se destaca pelas corredeiras
do ribeirão Lajeado e rio Tocantins, com opções de esportes
náuticos e cavernas com pinturas rupestres. Monte do Carmo
também tem sua origem no ciclo do ouro e hoje se destaca
pelos eventos religiosos. Além de polo pecuário e comercial,
Paraíso do Tocantins apresenta belezas naturais como a Serra
do Estrondo, principal cartão postal da cidade.
Memorial Coluna Prestes, Praça dos Girassóis, Palmas
108
109
Palmas
Serras e Lago – Palmas
As belezas naturais e o projeto urbanístico de Palmas, capital
do Estado do Tocantins, compõem um dos mais belos
cenários entre as capitais brasileiras. A cidade está situada
numa planície situada em pleno Cerrado. De um lado,
um imenso lago, do outro, a serra do Lajeado repleta de
cachoeiras. São 52 milhões de m2, por onde correm águas
cristalinas a curtas distâncias das nascentes, distribuídos
entre parques urbanos, jardins e áreas verdes. No céu,
a presença e leveza das aves silvestres revela
a vida pulsante num ecossistema de grande
beleza paisagística no centro do país.
Feira da 304 Sul
Parque Cesamar
Lago da Usina
Se a intenção for de relaxar com longas
caminhadas, uma das opções na capital
do Estado é o Parque Cesamar. É um
recanto natural com infraestrutura e
muito utilizado para caminhadas e
práticas de esportes no final de tarde.
No local há ainda piscinas artificiais
com água corrente, um belo lago e
restaurante. Uma atração à parte são os
principais habitantes do parque: famílias de capivaras.
Toda área territorial de Palmas, no lado
leste, é banhada pelo Lago da Usina
Hidrelétrica Luís Eduardo Magalhães.
Além da beleza cênica do espelho de
águas azuis, o Lago é cortado por uma
belíssima ponte, uma das maiores do
país. Em toda a extensão da capital
forma praias e ilhas. O Lago também
é utilizado para a prática de esportes
náuticos, passeios de barco, competições esportivas e pesca.
A construção de Palmas seguiu um Plano Diretor
ousado, com avenidas largas e projeto urbanístico caracterizado por quadras comerciais e residenciais. Além do trabalho paisagístico, destaque para as belezas naturais ainda intactas. Ela
está situada no centro geográfico do Tocantins
e integra a Região
Turística Serras e
Lago, juntamente
com outros seis
municípios.
A Feira ao lado do Espaço Cultural, acontece todas as sextas-feiras
a partir das 17h e vai até o final
da manhã do sábado. É a maior
concentração de pessoas na noite
de sexta. O ponto forte são as bancas que servem comidas regionais.
Há show de artistas da terra. Recentemente, a feira
passou por uma reforma, ficando mais ampla, moderna e confortável para os frequentadores.
Praça dos Girassóis
Avenida JK, sentido Paraíso do Tocantins
Informações
Secretaria Municipal de
Turismo de Palmas, R. SE
1, quadra 104 Sul, 2º and.,
tel. (63) 2111-0213/15.
Parque Cesamar,
Quadra 304 Sul, Centro.
Acesso pelas avenidas
NS-02 e LO-09.
Avenida Palmas-Brasil
PALMAS
Distância: 840 km de Brasília, 1.789 km de São Paulo
Acesso: BR-153 e TO-134
População: 228.297 hab.
Área: 2.219 km²
Altitude: 230 m
Temperatura média: 26 a 28°C
Ano de fundação: 1989
Informações turísticas: ADTUR Agência de Des. Turístico,
Local de Apoio
Uma visita à Praça dos Girassóis no centro da cidade
é obrigatória. A ampla praça é histórica e reúne um
complexo de prédios públicos e um monumento que
homenageia a Coluna Prestes. No centro, fica o Palácio Araguaia (sede do Governo Estadual), famoso pela
sua arquitetura moderna e funcional.
Esplanada das Secretarias – AANE, tel. (63) 3218-2335.
Via de entretenimento que concentra
várias opções de lazer, especialmente
no quesito gastronomia. Setor Sul da
cidade, entre as quadras 504 e 604 Sul.
Operadoras e
Monitores Locais
PALMAS
Ricanato Viagem e Turismo
(observação de fauna e flora, trilha, cachoeirismo)
104 Norte, Av. NS-02, cj. 02,
lote 02, SL 05, tel. 3215-2040.
110
111
Avenida Teotônio Segurado
112
113
Vale de Taquaruçu
Operadoras e
Monitores Locais
Taquaruçu
PALMAS
Bananal Ecotur (observação
de fauna e flora, trekking),
Rua SO-5, qd. 103 Sul, 4, sala
1, tel. 3028-4200.
O Vale do Taquaruçu é conhecido como a
região serrana de Palmas, pela riqueza de sua
vegetação e clima ameno (12º a 25ºC). Das
encostas das serras descem as águas formando os vários córregos e ribeirões atravessando o Vale
por lajedos, gerando pequenas cachoeiras e remansos.
Tudo isso com estradas pavimentadas e boa infraestrutura de apoio ao
O Arraiá da
turista como hospedagem e restauCapital é realizarantes. Além dos atrativos naturais,
do há 15 anos,
o distrito é palco de eventos cultuem Palmas, e
rais. No carnaval há uma programa- conta com a
ção que mescla folclore e folia com
participação de quadrilhas principalmente da
desfile de bonecos gigantes, shows
região sul de Palmas. A cada ano durante a
e festas embaladas por marchinhas.
festa junina, as quadrilhas surpreendem pela
Em junho acontece o “Festival
criatividade, organização, luxo e animação.
de Inverno”, em agosto o evento
Estão organizadas por meio da Federação de
místico “Movimento pela Vida”, e
Quadrilhas Juninas do Tocantins.
no Natal a cidade recebe decoração
temática e programação especial. Outra atração é
sua gastronomia que remete aos ingredientes típicos
da cultura local: galinha caipira, chambari, carne de
porco, arroz com pequi, carne de sol com mandioca,
entre outros pratos. E todos os sábado é realizada a
Feira da Serra, que expõe peças de artesãos locais além
de barracas que servem comidas típicas.
Instituto Ecológica
Ilha Canela
Fundado em 2000, o Instituto Ecológica (www.ecologica.org.br) é uma
ONG com sede em Palmas que estuda
mudanças climáticas, uso de energias
renováveis, biodiversidade, seqüestro de
carbono, reflorestamento e capacitação
de populações ribeirinhas. Um dos locais onde são feitas pesquisas in loco é a
Fazenda Ecológica, a 33 km de Palmas,
no distrito de Taquaruçu, que recebe
pesquisadores e alunos de pós-graduação
em Biologia e Ecologia e oferece opções
de hospedagem a turistas, trilhas, cachoeiras, tirolesa e rapel.
Banhos tranquilos e uma encantadora
paisagem são as principais atrações da
Ilha Canela, situada no lago da usina,
próxima ao centro da cidade. A área
total da Ilha tem 50 mil m2 e 20 mil m2
de praia. No local há serviços de restaurantes e bares. Os interessados em
visitá-la devem alugar pequenos barcos
que ficam ancorados em um píer, na
Praia da Graciosa. Outra opção no
lago, além do banho na Ilha Canela,
são os passeios de lancha, que levam
cerca de 20 pessoas por um passeio de
duas horas no Lago.
Ilha Canela
Informações
Serra do Lajeado
A região da Serra do
Lajeado, situada na parte
central do Estado, contorna toda a capital. A
cidade está aos seus pés.
Sua presença imponente
proporciona momentos
encantadores de contemplação. Mas é no seu
interior onde encontramos um mundo de
aventura, com atrações ecológicas inesquecíveis. No
local há mirantes de onde se veem paisagens, como a
vegetação multicolorida dos ipês, matas ciliares, paredões rochosos e veios d’ água em queda livre. A Serra
apresenta também grutas, cavernas e sítios arqueológicos com pinturas rupestres.
Taquaruçu, localizado a
32 km de Palmas
Instituto Ecológica,
Quadra 604 Sul, Alameda
14, Lote 37, Palmas, tel.
(63) 3215-1279. Informações: Fazenda Ecológica,
tel. (63) 8404-8203.
Serra do Lajeado, 22 km
do Centro de Palmas.
Tirolesa, Vale do Taquaruçu
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Veja Também
Pedra do Pedro Paulo
Bosques dos Pioneiros
A maravilhosa paisagem de Taquaruçu,
vista do alto a 800 m, compensa a visita
à “Pedra do Pedro Paulo”. Trata-se de
um altar de pedra, no topo da Serra
de Taquaruçu, a 600 m de altitude.
Do mirante é possível ter uma visão
panorâmica de todo o Vale. O nome
do atrativo homenageia um missionário
evangélico, que na década de 1950 escalava a serra e ocupava o altar de pedra
para tocar saxofone. O
som da música ecoava por
todo o vale e conquistou
os moradores. A subida
até ao topo exige preparo
físico e dura cerca de 25
minutos.
O programa de domingo acontece no
bosque, em um estacionamento, ao
lado da Prefeitura, a partir das 17h.
A produção artesanal da capital inclui
uma variedade de peças à base do famoso capim dourado. No local se serve comida, há apresentações livres de dança,
capoeira e shows com artistas regionais.
É o roteiro preferido das famílias palmenses nas noites de domingo.
Praia da Graciosa
O lago que banha a capital
surgiu em 2001 com a
construção da Usina Hidrelétrica Luís Eduardo
Magalhães, com sede em
Lajeado, a 50 km de Palmas,
que represou as águas do
Rio Tocantins. Todo o Lago possui 170 km de extensão, profundidade média de 8 m e banha seis
municípios além de Palmas: Porto Nacional, Lajeado, Miracema, Tocantínia, Brejinho de Nazaré e
Ipueiras. A potência instalada é de 902,5 MW.
Praias
As Praias de Palmas proporcionam
boa estrutura de bares, restaurantes,
estacionamento e segurança. As mais
procuradas são as praias da Graciosa,
na área central da cidade, a do Prata, uma praia
temática com decoração rústica, e a popular Praia
das Arnos, na região norte. Estas praias são frequentadas não só nos finais de semana, mas em
todos os dias. Especialmente nas temporadas de
férias escolares.
Operadoras e
Monitores Locais
Paraíso do
Tocantins
Localizado na Região
centro-oeste do Estado,
a 63 km de Palmas.
Situada no Vale do Araguaia, a cidade é rota de
entrada para as belezas
naturais da Região dos
Lagos e Praia do Cantão e
a Ilha do Bananal, sendo
um importante meio de
acesso através da BR-153
(Belém-Brasília) à capital,
Palmas, e ao Jalapão.
Em razão disso a cidade
apresenta boas condições
em infraestrutura turística.
E como o próprio nome
indica, Paraíso tem seus
encantos naturais, onde
o clima agradável e a
natureza, especialmente a
Serra do Estrondo, dominam a paisagem.
Em razão da sua proximidade com Palmas, Paraíso
busca acompanhar a dinâmica do desenvolvimento
da capital. A economia da
cidade tem forte tradição
na pecuária e no comércio. Por isso, a Exposição
Agropecuária de Paraíso
está entre as três mais
importantes do Tocantins
em volume de negócios
e público. O parque é um
dos mais modernos e bem
equipados do circuito de
exposições do gênero.
A programação é intensa, incluindo cavalgada,
rodeios, shows artísticos
nacionais e regionais,
leilões de animais, estandes comerciais e praça
de alimentação.
A Serra do Estrondo é o
principal cartão postal do
município, tendo como
atrativos o mirante, a
capela e um cruzeiro.
O acesso é feito por
uma trilha pavimentada
e iluminada em todo percurso. O local conta ainda
com estrutura de palco,
som, iluminação para
apresentações artísticas e
religiosas. O período de
maior visitação é na época
da Semana Santa.
Um dos principais roteiros da Semana Santa no
Tocantins é na cidade de
Paraíso. Lá acontece a
tradicional Romaria da
Serra do Estrondo. A programação se inicia com
celebrações ecumênicas,
apresentações artísticas,
pagamento de promessas
ou passeios ecológicos.
Um dos rituais mais prestigiados é a subida à Serra,
na noite de Quinta-feira
Santa, quando é encenada A Paixão e Morte de
Jesus Cristo. Na sexta-feira
da Paixão, a peregrinação
continua com fiéis fazendo vigília no alto da Serra,
demonstrando sua fé e
religiosidade com orações,
louvor e agradecimentos
pelas graças alcançadas
após as preces.
PALMAS
Ágatha Class Turismo (observação de fauna e flora,
trekking), Av. Joaquim Teotônio Segurado, conj.1, lote 6,
sala 511, tel. 3216-1678.
Praia da Graciosa
116
117
Lajeado
Serras e Lago – Lajeado
O povoamento do município começou por volta do século
XVIII através da navegação, o meio de transporte mais viável
para a comercialização de mercadorias trazidas das regiões
Norte e Nordeste. O comércio funcionava à base de troca
destas mercadorias por ouro retirado da Serra do Lajeado.
O município passou por várias transformações, principalmente
na área econômica com a construção da UHE Luiz Eduardo
Magalhães ou Usina de Lajeado, em 1998. Rico em atrativos
naturais como cachoeiras, rios, grutas, balneários e belíssimo
relevo, de um lado, a visão das serras repletas de palmeiras e
ipês; do outro, as águas tranquilas do grande lago da Usina
Lajeado, que margeiam todo o percurso.
Balneário Ilha Verde
Morro do Segredo
Balneário Ilha Verde
O primeiro sinal da chegada a Lajeado é o Morro do Segredo, que dá
as boas vindas ao visitante. Trata-se
de uma mítica elevação de 250 m de
altura, situado na entrada da cidade.
A visão do morro desperta a curiosidade e impressiona, porque parece ter
sido formado por lava derretida há
milhões de anos.
É roteiro pop de Lajeado, no perímetro
urbano da cidade. Tem boa infraestrutura com bares, restaurantes, banheiros,
estacionamento. A atração principal é
um lago, formado por uma pequena
queda d’água, cercada de mata ciliar.
Na orla há muitas palmeiras e muita
sombra. Ótimo para banhos, pode ser
visitado o ano inteiro.
Informações
Mirante na Serra do Lajeado, a 22 km do Centro
da cidade, e o acesso é via
estrada de terra ou trilha.
Mirante
Em noite de lua cheia o turista pode contemplar o
céu estrelado e a cidade a 360 m de altura no mirante
localizado na Serra do Lajeado. A bela visão do vale
compensa, tanto de dia como à noite. De lá se vê toda
cidade, o grande lago, o complexo da usina hidrelétrica e lindas paisagens ao infinito.
Vista do Mirante, Serra do Lajeado
Serra das Escritas
Serra das Escritas
As serras de Lajeado guardam muitas surpresas. Uma
delas é o Sítio Arqueológico da Serra, localizado próximo ao Córrego Canudo. O local apresenta painéis
com inscrições rupesO artesanato de Lajeatres. Na mesma região,
do ganhou destaque ao
encontramos o Morro
incorporar os desenhos
do Leão, uma curiosa
pré-históricos nas peças
formação em pedra que
de cerâmica. Os desenhos
lembra um grande leão
rupestres são aplicados no seguimento de peças utilitárias,
em repouso a contempratos, panelas, copos, bules e travessas. A produção é
plar seus domínios.
considerada uma das mais requintadas do Tocantins por
agregar arte, história e qualidade em cerâmica.
LAJEADO
Distância: 50 km de Palmas
Acesso: TO-010
Área: 322 km²
Altitude: 202 m
Informações turísticas: Secretaria
de Turismo, Av. Enedino
Gomes, s/n°, tel. (63) 3519-1184.
118
Local de Apoio
Usina Luís Eduardo Magalhães
Serra das Escritas
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Serras e Lago – Lajeado
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Eventos
TOCANTÍNiA
Outras atrações garantem
um variado calendário de
eventos, como a Festa da
Soja, Festival de Gastronomia, Mostra Folclórica,
além dos eventos tradicionais, como carnaval, festejos religiosos, festa junina,
competições esportivas,
exposição agropecuária,
entre outros.
Localizado a 75 km de
Palmas, na região central
do Estado.
Balsa Ecológica
Pedro Afonso
Palmas, a nordeste no
Estado de Tocantins.
O Rio Sono e o Rio Tocantins se encontram em
Pedro Afonso. Taí um bom
motivo para você conhecer
o município. Seu território
fica na Bacia do Rio Sono,
um rio lendário de águas
cristalinas e puras que nasce no famoso Jalapão.
Por ser banhada por dois
importantes rios, Pedro
Afonso oferece inúmeras
possibilidades de diversão
e lazer em ecoturismo,
esportes aquáticos, turismo de aventura e eventos
culturais. Mas os efeitos
das águas não param por
aí, a cidade é também um
importante polo agroindustrial – conhecida como
a “Capital da Soja”. No
mês de julho a cidade se
abre para o turista com a
praia top da temporada, a
“Eco-praia Sono”.
Eco-praia Sono
Sua marca é a diversidade
da programação, boa
infraestrutura, organização
e, claro, as areias finas e
brancas, muita água, sol
e gente animada. Palcos,
barracas, shows de bandas
nacionais e regionais, aliados a segurança, limpeza e
práticas de uso sustentável
do atrativo garantem bons
momentos aos turistas.
O passeio anual da “Descida de Balsa – Projeto Pedro
Afonso Ecológico” a cada
ano está ganhando mais
visibilidade. A proposta
é o reaproveitamento
de matérias recicláveis
como garrafas pets, para
conservação do meio
ambiente. Milhares delas
são recolhidas por alunos
das escolas locais para
serem reaproveitadas na
estrutura de navegação de
uma balsa ecologicamente
correta. O desfile da balsa
pelo Rio Sono acontece no
mês de julho.
Informações
Eco-Praia Sono, Rio Sono,
na divisa dos municípios
de Pedro Afonso e Bom
Jesus do Tocantins.
No Tocantins as comunidades indígenas vivem em
contato permanente com
os não-índios há aproximadamente 200 anos. Desde
os primeiros contatos com
os bandeirantes, por volta
de 1738, até os dias de
hoje, essas nações indígenas desenvolveram uma
cultura rica e uma história
de luta pela sobrevivência.
Xerentes
Os Xerentes vivem em
território demarcado
(183.542 ha), à margem
direita do Rio Tocantins, no
município Tocantínia, a 71
km da capital Palmas. São
cerca de 2.500 habitantes,
distribuídos
em 39 aldeias.
Sua sobrevivência vem da
terra e do Rio,
da pesca e da
caça. Eles também plantam
arroz, milho
e mandioca e
produzem artesanato à base de palhas
de babaçu e buriti.
Festa Cultural
Xerente
Uma das tradições dos
Xerentes é a Dasipê – Festa
Cultural Xerente –, reali-
Também vivem no Estado
as nações indígenas Karajá, Javaé, na Ilha do Bananal, os Xambioá, no norte
do Estado (município de Xambioá), os Apinajé, também
no norte (região de Tocantinópolis), e os Krahô, na região
nordeste (municípios de Itacajá e Goiatins).
zada anualmente. O ritual
gira em torno do batizado
dos turê (meninos) e tarê
(meninas), quando cada
criança recebe seu nome.
É o momento também
que os Xerente festejam a
colheita, dançam e realizam a Corrida da Tora. O
objetivo da festa é transmitir às novas gerações os
costumes e tradições dos
seus antepassados. Essa
celebração
inclui ainda
o preparo e
distribuição
do paparuto,
uma comida
feita à base
de mandioca
e recheada
com carne e peixe. No preparo, o bolo é enterrado
debaixo da terra, coberto
com brasas e pedras
quentes, onde permanece
por toda noite. Só no dia
seguinte está pronto para
ser servido.
Balsa Ecológica, localizado na Barra de Lajeado, as
margens do Rio Sono.
Pedro Afonso tem 163 anos de história e
está localizado na região centro-norte do
Estado. O nome da cidade faz homenagem
ao príncipe brasileiro D. Pedro de Orleans
e Bragança. Sua economia é baseada no
agronegócio, especialmente na produção
de grãos. Atualmente, começa a se tornar
um polo de produção de cana-de-açucar.
120
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Porto Nacional
Veja Também
Monte do Carmo
As imagens do passado e presente do Tocantins têm sua
tradução na centenária cidade de Porto Nacional, tombada
pelo Patrimônio Histórico Nacional. Pelo mesmo cenário
de suas ruas antigas e seus casarões coloniais encontramos
vias modernas, como a Avenida Beira Rio, um complexo
de turismo e de lazer às margens do Rio Tocantins. Por sua
vanguarda nas artes e na política, Porto Nacional foi por
muitos anos o centro irradiador da cultura tocantinense.
Catedral
Avenida Beira Rio
Informações
Catedral, Praça Nossa
Senhora das Mercês,
1.870, Centro.
Praia Porto Real
A temporada de verão da Praia Porto
Real é uma das mais badaladas do verão
tocantinense. Os banhistas tem a disposicão inúmeras barracas de alimentação
e bebidas, palco para shows, atividades
de lazer e esporte, atendimento de
saúde e segurança.
Local de Apoio
É uma área de Porto Nacional que alia
turismo, lazer e negócios às margens
do lago com total infraestrutura e
equipamentos turísticos, incluindo o
anfiteatro, bares e inúmeros restaurantes. Além disso, o local é palco para os
grandes eventos cívicos, esportivos e
culturais da cidade.
122
é o Morro das Figuras, a
640 m de altura. A ação
do vento e da chuva
formou 11 colunas de
rocha que se assemelham
a figuras humanas.
Localizado a 97 km
de Palmas, na região
central do Estado do
Tocantins.
O artesanato portuense se
destaca pela variedade de
peças, incluindo cerâmica,
esculturas de madeira, gesso, peças à base do buriti,
bordados e tecelagem.
O cartão postal de Porto Nacional é a
Catedral de Nossa Senhora das Mercês,
situada no centro histórico da cidade.
Construída em 1894, suas colunas
e arcos, em pedra e tijolo, evocam o
estilo romântico de Toulouse, França, a
região de origem de seus construtores.
No templo encontram sepultados os
corpos dos bispos Dom Alano e Dom
Domingos Carrerot, nomes históricos
da comunidade.
Serras e Lago – Porto Nacional
Monte do Carmo é uma
pequena cidade, mas tem
uma grande história. Começa a partir do descobrimento das minas de ouro,
na primeira metade do
século XVIII. Prossegue em
1741, com a fundação do
Arraial de Nossa Senhora
do Carmo. Era o apogeu
da cidade, quando as
minas atraíram aventureiros de todo o sertão.
O turismo religioso tem
força no município. Lá são
celebradas as festas cristãs mais tradicionais do
Estado: as famosas Festas
do Carmo. Essas manifestações contam a história
do lugar, seus costumes e
tradições.
O símbolo arquitetônico
da religiosidade de Monte
do Carmo é a Igreja de
Nossa Senhora do Carmo,
uma construção de
1801, de arquitetura
simples, no centro
da cidade.
Uma herança viva das
tradições da região. Em
volta do templo há ruas
estreitas, casas simples e
antigas.
É nos festejos em homenagem a São Sebastião,
em 20 de janeiro, que
acontece a famosa Festa
No Domingo de Páscoa
ocorre a Folia do Divino
(Festa do Imperador),
formadas homens que
deixam Monte do Carmo e
percorrem as cidades vizinhas, no chamado Giro das
Folias. São 30 dias de visitas às fazendas para abençoar
as famílias e recolher donativos para a festa. Depois eles
retornam, e acontece o grande encontro das folias em
homenagem ao Divino Espírito Santo, à Nossa Senhora do
Carmo e do Rosário. Na festividade se apresentam grupos
de dança Congo e Taieiras, de tradição africana. Um dos
pontos altos da festa é a “Caçada da Rainha”, um ritual
de origem escrava. Segundo a tradição, a rainha sai para
passear seguida pelo povo em meio a aplausos, batuque
de tambores, distribuição de licores e tiros de foguetes.
À noite a rainha é coroada, em missa solene.
dos Vaqueiros e a Corrida
de Cavalos de Monte do
Carmo. Todas as manifestações culturais incluindo
a música, dança e comidas típicas locais são
demonstradas
nesses eventos.
No
turismo
ecológico e de
lazer há opções
como
banhos de cachoeiras,
morros, formações rochosas e trilhas que remontam ao ciclo do ouro. O
que chama mais atenção
A Cachoeira do Fueiro,
com duas quedas d’água
de 10 m de altura, em forma de véus, é ponto para
banhos. Tem ainda a gruta
histórica Morro do Salão,
com escritos pré-históricos
e que também teria abrigado os moradores que
fugiram dos revoltosos
da Coluna Prestes, que
passaram pela região na
década de 1930.
A cidade conta ainda com
eventos especiais para
mostra de artesanato,
manifestações artísticas e
comidas típicas.
PORTO NACIONAL
Acesso: TO-050
Área: 4.450 km²
Altitude: 212 m
de Turismo, Rua Dr.
Francisco Aires, 338, tel. (63) 3363-5319.
123
Encantos do Jalapão
Um dos principais destinos ecoturisticos do país, o Jalapão,
no leste do Tocantins, tem uma paisagem de Cerrado, com
direito a dunas alaranjadas, rios encachoeirados, nascentes e
impressionantes formações rochosas. O portal de entrada da
região é a cidade de Ponte Alta do Tocantins, com estrutura
básica de hospedagem, gastronomia e guias para praias
de areias brancas e cachoeiras. Além disso, seus artesãos
se mostram hábeis no trabalho com matérias primas da
região. Outro município com artesãos que fizeram o capim
dourado conhecido no Brasil e no exterior é Mateiros, mais
precisamente a comunidade de Mumbuca, fundada por
antigos quilombolas. O município concentra alguns dos
atrativos mais visitados da região, incluindo cachoeiras,
mirante na serra, dunas de 40 m e corredeiras. Muitas dessas
atrações estão concentradas no Parque Estadual do Jalapão.
Outro município, São Felix do Tocantins, abriga o povoado
Prata e atrativos naturais que merecem serem conhecidos,
como os fervedouros.
Dunas no Jalapão, ao fundo Morro do Saca Trapo
124
125
Encantos do Jalapão – Ponte Alta do Tocantins
Morro da Pedra Furada
Um gigantesco conjunto de blocos areníticos esculpidos pelos ventos há milhões de anos reina solitário na
paisagem. Os três buracos feitos na rocha e sua beleza
cênica dão um toque mítico ao atrativo. Do topo da
Pedra Furada é que se avista o Morro
Solto, um paredão rochoso, arredondaOs primeido, perdido no meio do nada. É hora
ros morade esquecer o tempo e contemplar uma
dores de
paisagem surpreendente.
Ponte Alta
Os primeiros sinais da presença do Jalapão começam na chegada a
Ponte Alta, uma pequena e acolhedora cidade, considerada o Portal
do Jalapão. A cidade fica à margem do Rio Ponte Alta que dá nome
ao município. Também é última cidade na rota do Jalapão, que oferece
boa infraestrutura e serviços de apoio ao turista. No verão, o Rio forma
belas praias, entre elas a Praia do Tambori, dentro da cidade.
Seu nome se refere a uma árvore do mesmo nome que existe no
local. Já na zona rural, Ponte Alta oferece diversos passeios e atrativos
naturais, como a Cachoeira do Lajeado, o cânion do Sussuapara,
a Cachoeira da Fumaça, no Rio das Balsas e o Lago do Caldeirão.
se instalaram na margem do Rio Ponte Alta, no fim
do século XIX. Na época das patentes de
capitães e coronéis, instalaram-se no emergente povoado fazendeiros, canoeiros,
caçadores e pescadores. O nome da cidade
remete a uma árvore caída à margem do
rio, usada como ponte para pedestres.
Cânion Sussuapara
A água desce por uma fenda estreita, entre paredões úmidos de cerca de 12 m de altura, como um
pequeno cânion, cobertos de samambaias, musgos
e vegetação típica. Ao longo do trajeto, o córrego
apresenta sucessão de pequenas quedas d’água,
formando piscinas naturais de águas frias.
Local de Apoio
PONTE ALTA DO TOCANTINS
Acesso: BR-010
Área: 6.491 km²
Altitude: 294 m
de Turismo, Praça Capitão
Antônio Mascarenhas, s/n°, tel. (63) 3378-1397.
Operadoras e
Monitores Locais
40° no Cerrado (observação
de fauna e flora, rapel,
tirolesa, trekking), Rua NE,
35, 104 Norte, Palmas,
tel. 3215-8313. Bananal Ecotur (observação
de fauna e flora, trekking),
Quadra 103 Sul, Rua SO-5, 4,
sala 1, Palmas, tel. 3028-4200.
Informações
Cânion Sussuapara,
localizado a 12 km do
Centro da cidade.
Morro da Pedra Furada,
a 35 m do Centro de Ponte
Alta do Tocantins.
126
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Morro da Pedra Furada, Ponte Alta do Tocantins
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Mateiros
Encantos do Jalapão – Mateiros
O Jalapão tem a mística de um lugar perdido no tempo, isolado do mundo
e realidades inimagináveis de cidadelas isoladas. São contrastes de um
ecossistema belíssimo e extremamente frágil. O Jalapão já foi até cenário
para o filme “Deus é Brasileiro”, de Cacá Diegues (2003), e para a 18ª
edição do programa “Survivor” (TV CBS – 2008). Por isso é considerado
um dos principais destinos do ecoturismo do Brasil. Esse incrível roteiro de
turismo aventura oferece uma vivência na natureza em estado puro. São
34 mil km² de areais, águas abundantes, chapadões e serras com clima de
Savana e paisagens do Cerrado. Destaque para dunas alaranjadas – únicas
no país –, o fervedouro, uma nascente de águas puras e cristalinas e
borbulhantes, belas cachoeiras e o reluzente capim dourado.
Fervedouro
A imagem mais famosa do Jalapão são as dunas.
As areias alaranjadas dominam a paisagem e chegam
até a 40 m de altura. São areias que se movimentam
e transformam a paisagem há milhões de anos. O cenário é composto, de um lado, pela Serra do Espírito
Santo, e, do outro, pelas veredas típicas do cerrado,
o córrego Brejão da Areia e a Lagoa Azul. Se você
estiver nas dunas não perca o pôr do sol, um espetáculo inesquecível, quando as areias refletem a luz
do sol em vários tons dourados. Uma visão diferente
das dunas pode ser percebida de um mirante localizado no topo da Serra do Espírito Santo. O acesso
é feito por uma trilha íngreme e dura cerca de 1h20
minutos de caminhada. É imprescindível a presença
de um guia.
A maioria dos
atrativos do
Jalapão está
a quase 50 km
um do outro e,
por isso, a presença de um guia de turismo
é necessária. Para trafegar até os atrativos é
necessário veículo 4x4. O clima do Jalapão tem
duas estações definidas: uma de seca (de maio
a setembro) e outra chuvosa (de outubro a
abril). A estação chuvosa apresenta mais dificuldades ao tráfico de veículos até os atrativos.
A temperatura média anual é de 25,8ºC, com
a máxima de 39ºC. Recomenda-se: protetor
solar, chapéu, roupas leves, tênis confortáveis,
repelente, óculos, roupas para banho.
No Jalapão reserve um capítulo
especial para viver uma experiência
impressionante, um banho nas
águas cristalinas e borbulhantes do
Fervedouro. É uma pequena piscina
natural de 6 m de diâmetro cercada de bananeiras.
O diferencial é que ninguém consegue afundar, apenas boiar em pé ou deitado, desafiando a gravidade.
O fenômeno se deve às bolhas de ar que brotam de
um olho d’água em meio à areia finíssima, dando a
impressão de uma fervura eterna.
Local de Apoio
Dunas do Jalapão
Dunas do Jalapão
MATEIROS
Acesso: TO-255
Área: 9.583 km²
Altitude: 493 m
Temperatura média: 24 a 26ºC
de Turismo, Av. Maranhão,
s/n°, quadra 22, lote 6, tel. (63) 3534-1008.
Fervedouro
Como chegar: de Palmas a
Ponte Alta são 189 km de
estrada asfaltada e bem sinalizada, pela TO-225. De lá percorre mais 152 km de estrada
de chão batido (na mesma
TO-225 até Mateiros). A outra
opção é pela TO-030, de Palmas a São Félix do Tocantins.
Depois seguir para Mateiros.
130
Informações
Fervedouro, estrada
para São Félix do Jalapão
(34 km de terra).
131
Encantos do Jalapão – Mateiros
Cachoeira da Velha
Um grande volume de águas do Rio Novo despenca
em forma de duas ferraduras de aproximadamente
100 m de largura e 15 m de altura. É a maior cachoeira da região. O local é cercado por matas virgens
e não é propício para banho, apenas para admirar e
contemplar as forças da natureza.
Cachoeira do Formiga
É o momento mais relaxante da visita ao Jalapão.
A cachoeira do Rio Formiga é pequena, mas tem
grande beleza. As águas transparentes de coloração
ora esverdeadas ou azuladas deslizam sobre lajedos.
Em volta há muitas árvores e sombra, formando uma
piscina natural de 8 m de diâmetro. É um convite
para um banho demorado e relaxante.
Comunidade Mumbuca
Comunidade Mumbuca
Na comunidade, há um Centro de Recepção aos
Visitantes, onde está exposta toda a produção artesanal local. As peças em capim dourado são também
encontradas em outras comunidades rurais, como a
do povoado do Prata.
Cachoeira do Formiga
Rio Novo
Volumoso, o Rio Novo com suas desafiadoras corredeiras é um dos destinos obrigatórios para os adeptos do rafting. Suas corredeiras são classificadas no nível 4, numa
escala que vai até 6. Ele é considerado um
dos únicos rios de água potável do mundo,
pois nasce nas fontes cristalinas do Jalapão
e todo seu curso é acompanhado por matas
de galerias ou praias de areias brancas.
Em seu curso é possível ver vários animais como as
araras-azuis, patos mergulhões e urubus-rei.
Informações
Cachoeira da Formiga,
centro, com acesso pela
rodovia BR-225.
Cachoeira da Velha,
localizado entre Mateiros
e Ponte Alta do Tocantins,
a 116 km do centro, com
acesso pela rod. TO-110.
Devido à crescente popularidade do artesanato
à base do capim vereda,
que tem a cor e o brilho
do ouro, o capim dourado já virou a principal
fonte de geração de renda de algumas comunidades do
Jalapão, especialmente a de Mumbuca – remanescentes
de quilombo –, que deu origem ao famoso artesanato. Sua composição inclui também a palha fosca da
palmeira buriti, que resulta em peças de decoração e
utensílios, bijuterias, agregando outros materiais, que
ganham brilho e diversidade em novas versões com base
no conceito de sustentabilidade.
Comunidade Mumbuca,
estrada para São Félix
(TO-110), a 22 km da sede
do município de Mateiros.
Cachoeira da Velha
132
Povoado do Prata, a 18
km do centro de Mateiros.
133
Cachoeira da Velha, Mateiros
134
135
Veja Também
A região do Jalapão é composta por oito municípios, e um dos mais
importantes turisticamente é São Felix do Tocantins. A natureza brindou
o local com fervedouros, rios, riachos, ribeirões, corredeiras, cachoeiras,
praias, serras, trilhas e até encontro de rios. Tudo para quem quer curtir
o mais perfeito estilo ecologia/aventura. O povoamento de São Félix
seu deu na primeira metade do século XVIII, em pleno Brasil Colônia,
quando desbravadores visitaram a região à procura de minas de ouro.
Ele foi oficialmente criado em 1989, mas sua origem remete ao ano de
1736, quando surgiu o primeiro arraial fundado por Carlos Marinho,
dois anos depois da fundação de Natividade.
Novo Acordo
Localizada a 133 km
de Palmas, na margem
esquerda do Rio do
Sono, na confluência
do Córrego Brejão.
Novo Acordo apresenta
atrativos naturais que
merecem ser conhecidos,
incluindo quedas d’água,
serras e praias lacustres,
além de sítios arqueológicos. A ocupação da área
Informações
Fervedouro Alecrim
Tudo que envolve o fervedouro encanta. São as
matas ciliares que moldam o lago de águas cristalinas e borbulhantes e o impacto de boiar nas
águas, uma experiência inesquecível.
Fervedouro do Alecrim,
localizado a 1,7 km do
Centro da cidade.
se deu no final da década
de 1940, com a chegada
dos irmãos Dourados,
que primeiro exploraram
pedras preciosas e depois
se dedicaram à criação
de gado. Hoje, a cidade
oferece atrativos, como a
Cachoeira da Felicíssima,
formada pela queda do
córrego de mesmo nome,
com um poço para banho
e águas translúcidas. O
bom volume das águas
permite que o visitante
possa visitá-las o ano
todo. Outro atrativo é
a área conhecida como
estreito. Formada pelo Rio
do Sono em trecho de rocha calcária e com pontos
areníticos, tem uma praia
na margem direita do
rio, com areia clara, fina
e rochas que permitem
o acesso. Já a Praia dos
Borges, na margem do
Rio do Sono com águas
escuras, tem 1.000 m2 de
areia e uma espetacular
mata ciliar. O artesanato
local pode ser conhecido
na Casa do Artesão,
onde se encontram peças
criativas feitas com capim
dourado.
Cachoeira da Jalapinha
Cachoeira da Jalapinha,
Rio Sono, a 8 km do Centro da cidade.
Um banho de cachoeira é roteiro obrigatório para
quem visita São Félix. A mais procurada é a Cachoeira do Jalapinha, no Rio Sono. Um grande volume
de água cai cerca de 2,5 m rio abaixo.
Povoado do Prata, a 18
km do Centro de Mateiros.
Povoado do Prata
A exemplo de Mateiros, em São Félix também há
produção de artesanato em capim dourado. As peças
são confeccionadas por artesãos do Povoado do Prata
e têm a mesma beleza e tradição do famoso artesanato da Comunidade Mumbuca.
Serra da Catedral
SãO FéLIX DO TOCANTINS
Acesso: TO-030
Área: 1.909 km²
Altitude: 400 m
Informações turísticas: Prefeitura,
tel. (63) 3576-1096.
136
Dr. Rubim, s/n°,
Local de Apoio
Todo mundo que visita o Jalapão se impressiona
com seus imensos horizontes. Vez ou outra, esses
vazios infinitos são quebrados com a visão das serras.
E uma delas chama atenção por ter o formato de
uma fachada de Catedral. Ela fica entre São Félix
e Novo Acordo. A partir de 2010 foi reconhecida
pelo ICMBio como uma Reserva de Patrimônio
Natural – RPPN.
137
Lagos e Praias do Cantão
Lagos e Praias do Cantão
A natureza e seus contrastes é um dos diferenciais dessa
região que faz uma espécie de transição entre o Cerrado e a
Floresta Amazônica. Pium foi importante centro de garimpo de
cristal de rocha e teve momentos importantes na história da
emancipação do Estado. Situada as margens dos rios Araguaia
e Coco, Caseara é o principal portal da entrada do Parque
Estadual do Cantão. De julho a setembro, período de seca,
as praias fluviais são sempre convidativas. Na estação seca
formam-se mais de 800 lagos com uma abundante espécies
da fauna. A região integra ainda a APA da Ilha do Bananal e
está repleta de peixes e aves. Araguacema fica as margens do
Araguaia e também tem a mais famosa praia do Tocantins,
a da Gaivota, que chega a receber 10 mil turistas no final de
semana, especialmente no mês de julho.
Rio do Coco, Pium
138
139
Pium
Lagos e Praias do Cantão – Pium
Depois de abrigar um dos maiores garimpos de cristal de rocha,
na década de 1940, a cidade de Pium se abre para ser a nova
fronteira do turismo ecológico tocantinense. É considera o
portal de entrada para dois importantes santuários ecológicos
do Estado: a Ilha do Bananal e o Cantão. Pium está localizado
no vale fértil do Araguaia, região centro-oeste do Tocantins, e é
um dos maiores municípios em extensão do Estado. Na vertente
histórica e cultural, a cidade foi palco de movimentos políticos
e sagas, como a luta pela emancipação do Estado do Tocantins,
tendo como principais expoentes o influente jornalista Trajano
Coelho Neto e o político Souza Porto.
Centro Canguçu
Nas margens Rio Javaé, na Ilha do Bananal, encontra-se o
Centro Canguçu, um local destinado à abrigar pesquisadores na área de projetos ecoturísticos, mas também tem
instalações que lhe permite receber turistas. No local, são
desenvolvidos projetos de Sequestro de Carbono, que visam
à conservação ambiental da região e do planeta.
Aliado à natureza exuberante,
a administração municipal de
Puim implantou um programa
de modernização da zona urbana e de infraestrutura turística.
Rios e Praias
Uma estrutura de pirâmide coberta de
cristais, no centro da cidade, relembra
um passado de riqueza e aventura,
quando foi descoberto, na então Vila
dos Piaus, o minério cristal de rocha,
nos anos 1940. No ciclo do cristal, o
desenvolvimento da cidade foi explosivo e rápido. Pousavam no local muitos
aviões para transportar o minério que
foi utilizado para fins bélicos, durante
a Segunda Guerra Mundial. A cidade
chegou a ter muitos bordéis e um cinema, o Cine Cristal.
No ecoturismo o município se
destaca por ter vários rios, lagoas,
praias isoladas, campos e várzeas em
meio a três ecossistemas especiais:
o Cerrado, o Pantanal e o Amazônico.
Pium detém a maior porção da Ilha
do Bananal (setor norte) e, por isso,
conta com áreas privilegiadas para
quem quer vivenciar a natureza primitiva e selvagem.
Local de Apoio
Garimpo de Cristal
PIUM
Acesso: TO-255
Área: 10.014 km²
Altitude: 249 m
Informações turísticas: Secr. de Tur.
e Meio Ambiente, Av.
Diógenes de Brito, 1, Alto da Boa Vista, tel. (63) 3368-1401.
Informações
Centro Canguçu, a 130
km do Centro de Pium,
na margem do Rio Javaé.
140
141
Araguacema
Veja Também
No Tocantins, entre junho e setembro, período das águas
baixas, lindas praias se formam às margens dos rios do
Estado, apresentando um cenário único no interior do
Brasil. É só decidir e elas estão lá, de norte a sul, em
meio a uma natureza deslumbrante para seus momentos
de total lazer. E um dos municípios que detém as praias
mais bonitas e badaladas da temporada é Araguacema,
às margens do Araguaia, a quase 300 Km de Palmas.
FORTALEZA DO
TABOCÃO
Praias
As praias de Araguacema se destacam
entre dezenas de ilhas e lagos que se
formam no Araguaia. A principal delas
é a Praia da Gaivota, de frente para a
cidade, oferece serviços de restaurantes,
bares, artesanato e shows artísticos,
banheiros químicos e barracas para
aluguel. Existem ainda outras praias
sem infraestrutura de apoio, ideais para
quem preferir montar acampamentos
longe da agitação das áreas badaladas:
praias do Porto, do Meio, da Mumbuca, do Camaleão, do Chicão e da
Madalena.
Araguacema figura entre as cidades mais
antigas do Tocantins. Seu povoamento
começou por volta de 1812, com a criação
do Presídio de Santa Maria. Outro marco
importante da história do município são as
ruínas de um antigo frigorífico, implantado
em 1943, cuja finalidade era abastecer
as Forças Armadas Brasileiras, no final da
Segunda Guerra Mundial.
Senhor do Bonfim
de Araguacema
Paralelamente à Romaria do Senhor do
Bonfim de Natividade acontece outra
grande romaria no Estado, a do Senhor
do Bonfim de Araguacema, no povoado
às margens do Rio Piranhas, afluente
do Rio Araguaia. As celebrações começam com um novenário e culmina com
a missa campal em 15 de setembro,
com a participação de cerca de 12 mil
romeiros anualmente.
A 153 km de Palmas.
Fortaleza do Tabocão se
encontra na região noroeste do Estado. A Romaria
do Senhor do Bonfim é
uma das mais importantes
festas do roteiro turístico
religioso do Tocantins.
A festa acontece todos
os anos no período de 07
a 15 de agosto, quando
milhares de romeiros,
pecuaristas e turistas vão
em busca de orações,
pagamento de promessas,
oportunidade de negócios ou, simplesmente,
participar da festa e
aproveitar as opções
de lazer. São shows
artísticos, eventos
esportivos, cavalgadas, rodeios, passeios
em trilhas
e banhos
de rios e
cachoeiras. Nos
momentos
finais, ao
pôr do sol,
milhares de
romeiros
com velas acesas, ao som
dos hinos religiosos, em
procissão, levam o Cristo
crucificado à pequena
capela, no alto da Serra
do Santuário do Bonfim.
Outro atrativo é a famosa
cavalgada, que faz parte
da programação da Expo
Tabocão e da Romaria.
Com a participação de
centenas de cavaleiros e
amazonas, o evento inclui
comitivas, montarias,
carros de boi e carroças.
No final, acontece um
concorrido churrasco.
Durante os festejos, todas
as atenções voltam-se
para o topo da serra, uma
espécie de mirante, que
abriga a capela do santuário, a imagem do Senhor
do Bonfim e as instalações
da pecuária.
Araguacema
Exposição
Agropecuária
A programação anual de
eventos conta também
com a realização da Expo
Tabocão, importante feira
agropecuária do Tocantins. Os dois importantes
eventos – Romaria do
Bonfim e Expo –, realizados simultaneamente,
mudam o cotidianos das
cidades. A pecuária atrai
visitantes de todo a região, onde são realizados
os negócios mais importantes do setor.
Romaria do Bonfim
Informações
de Turismo,
Praça Gentil Veras, 380, tel. (63) 3472-1315.
142
Local de Apoio
AraguaCEMA
Acesso: TO-342
Área: 2.778 km²
Altitude: 159 m
Festa do Senhor do
Bonfim de Araguacema,
povoado às margens do
Rio Piranhas, afluente do
Rio Araguaia, a 40 Km
de Araguacema.
143
Caseara
A fundação da cidade remete ao ano de 1932, quando
Raimundo Nonato Casé se estabeleceu nas proximidades
de um grande igarapé, nas margens do Rio Araguaia. Nesse
local, ele começou a explorar o óleo de babaçu, e assim surgiu
um próspero povoado. No ano de 1987, quando ainda era
subordinado a Araguacema, Caseara é elevada à categoria de
município e ganha autonomia administrativa. A natureza é um
dos destaques nessa região: entre junho e setembro, quando as
águas dos rios baixam se formam belas praias de rio.
Praias
Nos meses de seca pode se conhecer
as praias dos Rios Araguaia e Coco na
área do Parque Estadual do Cantão. A
Praia do Sol é um dos destaques: são
3 km de extensão na margem do Rio
do Coco que, de junho a
A região tem opções pesca esportiva e
setembro, passa a contar
esportes náuticos. Pode-se fazer passeios
com quiosques e área de
de barco, sobretudo na seca, quando se
acampamento. Outra
formam mais de 800 lagos interligados
praia é da Ilha, essa no
por mais de 156 km de canais navegáveis.
Rio Araguaia, frequentada por turistas e morado- É um mundo de águas. Na cheia o cenário
res atraídos pelas barracas, muda, os cursos d’agua se conectam,
bares e restaurantes com
formando um imenso lago, habitado por
pratos regionais.
jacarés, tartarugas, aves e peixes.
Rio do Coco
Com paisagem amazônica, o Rio do Coco tem cerca
de 180 km de extensão e largura média de 100 m.
A estrutura de temporada de verão em suas praias permite ao visitante usufruir de atividades como pesca, banho,
passeios e observação de fauna e flora. Outro detalhe,
esse rio de águas esverdeadas delimita o limite natural do
município de Caseara e é muito procurado por pescadores que lá fisgam tucunarés, jaús, curimatãs e barbados.
Um paraíso para quem gosta de pescarias.
144
Lagos e Praias do Cantão – Caseara
A cidade é o portal de entrada para o
Parque Estadual do Cantão, uma área
de transição com paisagens de Cerrado,
Pantanal e Floresta Amazônica, ao Norte da Ilha do Bananal. Aqui o clima é
chuvoso, e durante o período de cheias,
que vai de abril a maio, fica caracterizada a vegetação de varjões e as típicas
florestas inundáveis do Araguaia. Além
de tartarugas e jacarés-açus, pode se encontrar mais
de 150 espécies de peixes e mais de uma centena de
espécies de aves. Nas proximidades da sede do Parque
pode se percorrer a trilha da Ferrugem, que margeia o
Rio do Coco. Administrado pela Naturatins, ele está
sendo equipado para receber visitantes.
Informações
Parque Estadual do
Cantão, Sede Administrativa, Zona Rural, 122, acesso
pela Rodovia TO-080,
tel. (63) 3379-1438
Rio do Coco
CASEARA
Acesso: TO-080 e BR-153
Área: 1.698,7km²
Altitude: 174 m
264, tel. (63) 3379-1376.
Rua Trajano de Almeida,
145
Ilha do Bananal
Ilha do Bananal
Localizada no Oeste de Tocantins a região tem como destaque
a Ilha do Bananal que, de outubro a março, tem dois terços de
seu território tomado pelas águas. Nessa área inundada, típica
do Pantanal vivem importantes espécies da fauna, incluindo
peixes de grande valor como o pirarucu. Cidades como Lagoa
da Confusão que abriga paisagens de diferentes ecossistemas,
além da própria lagoa, com praias de areias brancas e finas.
É um dos pontos preferidos do turismo regional,
especialmente para a prática de esportes náuticos, o que pode
ser feito o ano todo. A principal cidade da região é Gurupi,
que se destaca por suas feiras de agronegócios e por dispor
de uma razoável infraestrutura de serviços.
Lagoa da Confusão
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147
Lagoa da Confusão
Ilha do Bananal – Lagoa da Confusão
Localizada no oeste do Tocantins, na região da Ilha do Bananal,
a Lagoa da Confusão é um dos mais promissores municípios do
Estado. Em seu território, no perímetro urbano, há o mais belo
espelho d’água de Tocantins: uma grande lagoa rodeada de uma rica
vegetação e praias de areias finíssimas, num permanente convite para
seus momentos de lazer. Com duas estações bem definidas, verão
e inverno, a Lagoa oferece opções para seu turismo o ano inteiro.
Mas é na temporada de verão, que vai de junho a setembro, que
esse cenário descortina variadas opções de lazer. É hora da pesca
esportiva, dos passeios de barco, esportes náuticos e muito banho.
A infraestrutura turística oferece boas acomodações, com hotéis,
pousadas, restaurantes e bares, além de sua gastronomia à base de
muito peixe, eventos culturais e competições esportivas. E pode ser
visitada em qualquer época do ano.
Uma boa opção de hospedagem na
região é o Hotel Fazenda Praia Alta,
com ampla estrutura de lazer, incluindo
piscinas, pesca esportiva, trilhas e cavalgadas para se acompanhar a rotina da
fazenda. Outra opção interessante é a
observação da fauna e flora local.
Ecoturismo
A Lagoa da Confusão é o lugar ideal
para quem gosta do turismo ecológico.
São morros, lagos, rios, pântanos e
uma variedade de animais e vegetais
Informações
Lagoa dos Pássaros, acesso pela estrada p/Fazenda
Conag, 45 km do centro.
Fazenda Praia Alta
(Projeto Quelônios),
a 35 km do centro, com
acesso pela TO-255, sentido Barreira da Cruz.
A maior ilha fluvial do planeta, com 270 km de cumprimento e 80 km de largura (área total de 20 mil
km2), fica na região oeste do Tocantins e abrange os
municípios de Lagoa da Confusão, Pium e Formoso
do Araguaia. Considerada uma reserva ambiental, é
formada pelos Rios Araguaia e Javaé. No período das
chuvas, de outubro a março, dois terços de suas terras
ficam inundados, com seus rios e lagos repletos de
peixes, onde reina o pirarucu. Na Ilha vivem, há mais
de 4 séculos, as nações indígenas Karajá e Javaé, numa
reserva denominada Parque Indígena
do Araguaia, que fica ao sul. Na sua
Uma visita
parte norte está localizado o Parque
à Ilha do
Nacional do Araguaia.
Bananal é
formando um ecossistema único, onde
encontramos numa só área a vegetação
típica do Cerrado, Floresta Amazônica
e Pantanal. Nesse cenário natural pode-se observar uma variedade de aves no
Lago dos Pássaros. É a simples visão de
um santuário ecológico rodeado de matas virgens e pássaros em movimento.
O melhor período para visitas é maio
a setembro. O local ainda reserva surpresas, como a Fazenda Praia Alta, que
abriga o Projeto Quelônios. Trata-se
de uma proposta que
ajuda a salvar filhotes
de tartarugas ameaçados de extinção.
Local de Apoio
Fazenda Praia Alta
Ilha do Bananal
momento
para reverenciar a natureza em seu estado mais
impressionante, tanto pela diversidade da
vegetação, a amplidão dos horizontes,
como a imensa variedade de animais e pássaros que dão beleza e vida à paisagem.
Lagoa da Confusão
Área: 10.565 km²
Altitude: 184 m
tel. (63) 3364-1623.
Av. Firmino Lacerda, 25,
Parque Nacional do
Araguaia, norte da Ilha do
Bananal, acesso pela BR153, sentido Nova Rosalândia. Inf. IBAMA, SUPES-TO,
conj. 3, lote 2, Palmas,
tel. (63) 2215-2023.
Hotel Lagoa da Ilha,
Rua Neusa Ribeiro, s/nº,
tel. (63) 3364-1110.
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Ilha do Bananal – Lagoa da Confusão
Veja Também
Formoso do
Araguaia
É o maior município tocantinense em área, com
13.480 km2, está a 327
km de Palmas, localiza-se na região sudoeste
do Estado.
A observação de pássaros,
a pesca esportiva, trilhas,
praias, lagos naturais e
artificiais, reservas indígenas e o maior projeto de
irrigação em terras contínuas da América Latina
compõem o roteiro ecoturístico de Formoso do Araguaia. O nome da cidade
é uma homenagem ao Rio
Formoso, afluente do Rio
Javaé, entre o município e
a Ilha do Bananal.
Terra dos
Karajá e Javaé
No Parque Indígena do Araguaia
(ao sul), o visitante pode conhecer
as aldeias dos
índios Karajá e
Javaé. Eles têm a
tradição da arte
plumária e de
cerâmica repre-
sentando o cotidiano da
aldeia. Umas das principais
peças de artesanato é a
boneca ritxokô, muito
apreciada por turistas
e também decoradores
famosos. Elas mostram o
dia a dia dos Karajá, seus
costumes e tradições.
Durante todo o ano realizam rituais e celebrações,
como a festa Hetoroky,
iniciação do menino para
a fase adulta, a Festa do
Índio (19 de abril) e o
ritual Aruanã.
Mina Azul
A água flui de uma fenda
de pedra calcária formando uma piscina natural
de águas cristalinas e
mansas, ideal para banhos
tranquilos. Bom também
para os apreciadores de um
ecossistema diversificado
de fauna e flora.
Praia do Recanto
da Ilha
Para quem quer ficar próximo da Ilha do Bananal,
uma das melhores opções
da temporada de férias do
Tocantins é a Praia do Recanto da Ilha, no Rio Javaé.
No mês de julho, a praia
ganha infraestrutura de
bares, restaurantes, barracas e programação cultural.
Outra praia muito procurada é a do Porto Piauí.
Todos os anos o Vale do Araguaia é inundado
pelas águas das chuvas, dando à terra uma excelente fertilidade natural. Nesse local foi implantado, em 1979, o Projeto Rio Formoso, o maior
da América Latina de agricultura irrigada em
terras contínuas. Ou seja, são mais de um milhão
de hectares de terra submersa cultivável contínua.
Em meio à imensidão do arroz e da soja, animais
e pássaros vivem tranquilamente, se deixando
fotografar, pois a caça é proibida. Isso facilita a
observação da fauna, repleta de emas, capivaras,
cervos, jacarés, tatus, botos e aves aquáticas,
entre outros.
GURUPI
Fenesul
Localizado no sul do Tocantins, a 230 km de Palmas,
Gurupi é a maior cidade
da região. Sua história está
intimamente ligada à construção da Belém-Brasília,
marco do desenvolvimento
de muitas outras cidades,
ao longo de sua extensão
no antigo norte goiano.
O turismo de negócios é
um dos destaques. Gurupi
possui boa infraestrutura,
bons hotéis e restaurantes.
Destaque para eventos
tradicionais como uma feira
de negócios e exposição
agropecuária.
A Fenesul – Feira de
Negócios e Agronegócios
de Gurupi e da Região Sul
do Tocantins – acontece
anualmente e movimenta
milhões de reais. A cidade
oferece aos turistas e investidores a oportunidade
de conhecer os produtos e
serviços locais.
Carnaguru
Gurupi é chamada de
“Capital da Amizade”,
pois suas festas são muito
populares. O Carnaguru é
um exemplo disso. Considerado um dos melhores
carnavais do estado, o
evento é referência para
a região Norte e tem
conquistado adeptos do
país inteiro. Goianos e
brasilienses estão entre
os foliões de carteirinha
e, a cada ano, chegam
mais pessoas interessadas
em curtir o carnaval na
cidade. Tem todos os
ingredientes de grandes
eventos: bandas nacionais
e regionais, trios elétricos,
competição de blocos e
muita animação.
Informações
Projeto Formoso, localizado a 8 km do Centro de
Formoso do Araguaia.
Parque Indígena do
Araguaia, localizado na
Fazenda Morro Azul, a 15
km do Centro de Formoso
do Araguaia.
Mina Azul, Fazenda Vale
Perdido, s/n°, Zona Rural.
Localizada a 18 km do centro Formoso do Araguaia.
Expo Gurupi
A vocação agropecuária
da cidade é antiga. Escolas agrícolas, grandes
propriedades e a criação
de gado de corte e leiteiro
movimentam a economia.
Durante a Expo Gurupi –
Exposição Agropecuária –
a cidade se transforma
com a movimentação de
pessoas e a realização de
negócios. A programação
inclui mostra de animais
selecionados e leilões, vaquejadas, rodeios, shows
artísticos e estandes com
produtos fabricados na
região e equipamentos de
última geração.
Carnaguru
Mina Azul
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151
Peixe
Serras Gerais – Peixe
A própria história da cidade de Peixe, localizada na região sul
do Tocantins, já carrega em si curiosidades a serem desvendadas
pelo turista. A influência dos colonizadores à procura de ouro
deixou costumes, lendas e tradições marcantes na cidade. Reza
a lenda que uma cheia provocada pelas águas do Rio Tocantins
atingiu uma grande lagoa a 2 km do povoado. Com a baixa das
águas, ficou preso na lagoa um peixe de tamanho nunca visto
na região. Daí o nome. Mas o que atrai o turista para Peixe são
suas belas praias, às margens do Rio Tocantins.
Praia da Tartaruga
PEIXE
Acesso: BR-153 e BR-242
Área: 5.291 km²
Altitude: 240 m
Ano de fundacão: 1989
Na Praia da Tartaruga durante a alta
temporada, em julho, a infraestrutura é
montada para receber visitantes de todo o
país: são minimercado, pousada, área de
camping, bares, sorveterias, parque inflável, lojinhas, apresentações teatrais, oficinas de pinturas, shows musicais, disputas
de sinuca, entre outras opções. Os bares
e restaurantes servem a comida típica e
cardápios variados, como o famoso peixe
frito – caranha, tucunaré e corvina – até o
carneiro assado na brasa.
Municipal de Turismo e
Meio Ambiente, Av. Aeroporto, s/n°, tel. (63) 3356-1051.
As águas são multicolores. Ora verdes, ora azuis e prateadas, depende
do horário, da luz e do reflexo que
nelas se revela. O céu, a mata, as
nuvens, animais silvestres e pássaros:
tudo se transfigura no Arquipélago
do Tropeço e faz da paisagem uma
pintura única, inesquecível.
Arquipélago do Tropeço
O Arquipélago do Tropeço é reduto da
pesca esportiva. Mas quem acha que seus
atrativos se resumem a isso precisa conhecer
as opções de diversão desse conjunto de
366 ilhas, no Rio Tocantins. O Arquipélago é ponto
ideal pra todos os estilos, desde os que curtem praia,
passando pelos pescadores, aventureiros ou amantes
da natureza. São lagoas, canais e rios disponíveis para
o deleite do turista. É possível montar acampamento
ou apenas divertir-se com a pesca.
Lagoa do Romão
Local de Apoio
Se a intenção é um visual paradisíaco, a Praia da Ilha
da Tartaruga tem que estar no topo da lista. Essa praia
é avaliada pelos turistas como uma das melhores do
Estado. Suas águas transparentes e uma faixa de 225
mil m2 de areias brancas são convites para banhos e
práticas de esportes aquáticos. Surge daí um complexo
turístico e de lazer a céu aberto.
O distrito de Lagoa do Romão guarda uma relíquia
do artesanato tocantinense. O vilarejo possui uma das
mais importantes matérias primas do artesanato local:
o capim dourado. Outras peças artesanais são produzidas no município como as cabaças, cerâmicas, bolsas, bijuterias, trabalhos
Informações
em crochê e bordados,
Praia da Tartaruga, acestêm a marca do municíso pela estrada de rodapio de Peixe.
gem até Porto do Peixe,
descendo-se rio abaixo.
O percurso fluvial demora
cerca de 15 minutos.
Arquipélago do Tropeço,
acesso pela estrada que vai
de Gurupi a Peixe (TO-220),
seguindo-se de barco, a
partir do Porto de Peixe,
pelo Rio Tocantins acima,
num trajeto de 5 km.
Lagoa do Romão,
a 40 km do município
de Peixe.
152
153
Serras Gerais
A região Sudeste do Estado reúne cidades antigas acolhedoras,
que abrigam casarios, igrejas, ruínas e uma cultura popular
ainda preservada, que pode ser conhecida nas suas festas
religiosas, na culinária típica. Em Dianópolis os festejos do
Divino envolvem toda a comunidade e atraem turistas de todo
o estado. Outra cidade do Brasil colonial é Natividade que
chegou a ter, na época da mineração, mais de 40 mil escravos
trabalhando na exploração do metal. Sobraram ruínas da
igreja e da cidade velha, ruas estreitas, antigos casarões com
influência portuguesa e francesa em sua arquitetura, tombada
pelo IPHAN. Outra cidade no passado envolvida com a febre do
ouro, o município de Peixe se destaca agora pelos atrativos do
rio Tocantins, incluindo praias e um conjunto de mais de 300
ilhas e ilhotas. Paranã é uma cidade histórica e foi berço dos
movimentos de emancipação do Tocantins. Hoje é um dos mais
importantes entrepostos comerciais da região. Uma das cidades
mais antigas do estado, Almas tem muitas belezas naturais com
enorme potencial para o ecoturismo. Por fim Taguatinga se
destaca pelos casarões coloniais, festas como a das Cavalhadas,
cânions e as belas paisagens do Cerrado.
154
Serras Gerais
Natividade
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Paranã
Serras Gerais – Paranã
Paranã é uma das cidades históricas que mais tem
identificação com os movimentos de emancipação do Estado.
A antiga Vila de São João da Palma, situada na confluência
dos Rios Paranã e Palma, foi sede da Comarca do Norte, em
1815. A 5 de outubro de 1857 Paranã é elevada a cidade.
A denominação Palmas para a capital do Tocantins, resgata
o nome da antiga Vila da Palma. Na sua origem, a cidade
despontou como força econômica através do comércio fluvial
e, depois, pela criação de gado e comércio de produtos
regionais. A cidade chegou a ser considerada “empório
comercial” do norte de Goiás, hoje sudeste do Tocantins.
Praias
Entre os meses de junho a agosto, as praias que se
formam ao longo dos Rios Palmas e Paranã são as
grandes atrações da temporada de verão do município. A praia do Dominguinhos é uma das mais
procuradas e fica a 1 km da cidade. Dispõe de área de
camping com infraestrutura, restaurantes, banheiros,
iluminação e segurança. Já o Praião, no Rio Paraná, é
localizada na própria cidade, onde ocorre todo agito.
O local conta com boa infraestrutura.
Igreja Matriz de
São João Batista
Termas
As águas termais de Paranã são a maior
representação deste recurso natural no
Estado. O veio de água quente brota
entre penhascos e uma densa vegetação.
Á água forma duas piscinas naturais
com temperatura média de 40ºC.
Uma imersão de 30 minutos nas águas
quentes e cristalinas deixa o banhista
completamente relaxado.
Cadeia Velha
Construída em 1904, funcionou por
muito tempo como Cadeia Pública e
Intendência Municipal, depois Prefeitura. É o único imóvel que ainda guarda suas características arquitetônicas em
condições de uma restauração, apesar
de várias modificações sofridas. É uma
das primeiras casas construídas na
cidade, datada do século XVIII. Conserva um assoalho de madeira na sala,
com enormes portas
e janelas de madeira e
paredes de tijolos.
Local de Apoio
Com duas torres laterais de onde pendem sinos que tocam pausadamente, a
igreja tem todo o estilo de arquitetura
moura importada de Portugal no século
passado. Enfeitada por vitrais artísticos que representam cenas religiosas e
produzidos ali mesmo em Paranã.
Nos últimos
anos, a Festa
de São João
Batista (Padroeiro de Paranã),
resgata rituais
seculares de
cultura, religiosidade e folclore do seu povo.
O clímax acontece dia 23 de junho quando o
cortejo real, saindo da residência do capitão-do-mastro, se dirige até a Igreja Matriz.
O trajeto é acompanhado por centenas de
pessoas portando velas, ao som de banda de
música. A festa inclui apresentações de sússia,
uma dança marcada pelos rodopios e alegria.
No final, ocorre um evento gastronômico.
PARANã
Acesso: BR-010
Área: 11.260 km²
Altitude: 274 m
tel. (63) 3371-1325.
Praça da Bandeira, 246,
Informações
De origem africana e indígena, o artesanato utiliza como
matérias primas o barro, a
madeira, a fibra e o couro na
produção de peças utilitárias
como gamela, cordas, esteiras, cortinas, chapéus, celas
entre outros.
156
Cadeia Velha, Rua dos
Passos, s/nº, Centro.
Igreja Matriz de São
João Batista, Praça da
Matriz, s/n°, Centro.
Termas, Fazenda Mansão
das Pedras, a 42 km do
centro, estrada de terra
sentido Cavalcante (Goiás).
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Procissão Fluvial de São João Batista, Paranã
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159
Natividade
Serras Gerais – Natividade
Festa do Divino de Natividade
Festa do Divino
Romaria do Bonfim
O calendário da fé no Tocantins aponta para o período de
07 a 17 de agosto, quando acontece a maior festa religiosa
do Estado: A Romaria de Nosso Senhor do Bonfim, realizada no povoado do Bonfim.
NATIVIDADE
Acesso: BR-010
Área: 3.241 km²
Altitude: 323 m
Quem vai ao Bonfim vivencia momentos impressionantes de fé e devoção
tipicamente do povo do interior dos
sertões. Durante 15 dias é comum encontrar na estrada centenas de romeiros em direção ao santuário para pagarem suas promessas. São devotos que
fazem o percurso a pé, de caminhão
ou de carro, transformando sua fé num
momento de comunhão e festas.
de Turismo, Praça da
Bandeira, 236, tel. (63) 3372-1302.
160
As tradições portuguesas são visíveis em uma das
festas mais simbólicas de Natividade: a Festa do Divino Espírito Santo, iniciada sempre 40 dias após a
Semana Santa. A celebração mantém uma tradição
secular e atrai milhares de pessoas movidas por uma
tradição que atravessa gerações. Tem o Giro das
Folias pelo interior, a Festa do Capitão-do-mastro,
mas o auge da festa acontece no domingo do Espírito Santo, quando é celebrada a missa solene
Informações
do Imperador e a coroação do novo ImperaRomaria do Bonfim,
dor. No final, a população é brindada com um
no povoado do Bonfim,
banquete aberto, à base de comidas e bebidas
a 22 km de Natividade.
típicas, na casa do Imperador.
Ruína da Igreja de Nossa
Senhora do Rosário
dos Pretos, Largo do Rosário, s/n°, Centro.
Ruínas da Igreja de Nossa
Senhora do Rosário dos Pretos
O roteiro de visita de Natividade começa
pelas ruínas da secular Igreja de Nossa Senhora do Rosário
dos Pretos, iniciada pelos escravos no século XVIII, mas não
chegou a ser concluída. O templo é símbolo à memória e à
identidade cultural tocantinense. Na época da sua construção, Natividade chegou a ter 40 mil escravos, trabalhando na
exploração do ouro. Em um concurso nacional foi eleita uma
das “Sete Maravilhas do Brasil” e é cenário para as principais
apresentações artísticas e culturais do município. São apresentações de danças originárias da cultura africana, como a súcia
e catira, animada pelo som dos tambores, cuícas, pandeiros,
viola e muito sapateado.
Local de Apoio
Localizada no sudeste do Estado, a cidade revela na sua arquitetura
colonial, festas religiosas, folclore e gastronomia, uma saga que começa
no ciclo do ouro, por volta de 1734. Nesse período, ocorreu a ocupação
da região por bandeirantes, escravos, mineiros, sertanistas, missionários
e criadores de gado, conquistando a condição de um dos maiores arraias
da Capitania de Goiás. A partir daí, o arraial ganhou projeção política e
econômica, resultando em grandes construções. Ela também abrigou os
principais movimentos que reivindicaram, ao longo de quase 200 anos,
a autonomia do Estado do Tocantins. Esse cenário histórico-cultural
foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional
(IPHAN) e também faz parte do Programa Monumenta, do Ministério da
Cultura, que visa à preservação do patrimônio histórico brasileiro.
161
Serras Gerais – Natividade
Banhos e Trilhas
Natividade tem boas opções para banhos relaxantes
em praias fluviais e cachoeiras, além de passeios em
trilhas pelas serras. A Cachoeira Paraíso é o mais
belo atrativo da cidade. São diversas quedas d’água
de médio e pequeno porte, em meio a pedras e
paredões rochosos formando, ao longo do percurso,
piscinas naturais de águas verdes e transparentes.
Do alto há mirantes para contemplar horizontes verdejantes. Outra opção para banho
são as praias que se formam às margens do Rio
Manoel Alves, entre os meses de julho e setembro, especialmente a praia do Futuro, com suas
areias brancas, envolta pela mata fechada. Todo esse
potencial ecológico, aliado às tradições culturais,
fazem de Natividade um dos destinos turísticos mais
ricos do Tocantins.
A gastronomia típica tem forte apelo em Natividade. Do ciclo do ouro à
pecuária veio um pouco dos costumes
de séculos de povoamento da região.
São as paçocas, o arroz sirigado, os
bolos, biscoitos, doces e licores com
o sabor dos frutos do Cerrado. Mas
o que marca mesmo a gastronomia
da cidade é o disputado biscoito
“amor-perfeito” com sabor único que
conquistou os turistas.
Museu Histórico
Memória
O acervo da trajetória histórica, econômica e social
da cidade está em exposição no Museu Histórico de
Natividade, onde funcionava uma antiga Cadeia, na
época do Império. O complexo abriga ainda o Centro de Artesanato e Apoio ao Turista, que foi sede
da antiga Câmara Municipal. Funciona também a
Oficina de Ourivesaria Mestre Juvenal e uma loja de
comercialização de produtos artesanais. Lá o visitante encontra uma exposição permanente com painéis
e artefatos em vitrines.
Informações
Museu Histórico de Natividade, Praça Leopoldo de
Bulhões, s/n°, Centro.
Labirinto Místico,
localizado no sítio Jacuba,
a 4 km de Natividade.
Cachoeira Paraíso, a 9 km
do centro de Natividade.
Labirinto Místico
O universo holístico da líder espiritual Romana, do
Centro Bom Jesus de Nazaré, é uma das atrações
do turismo místico de Natividade. Trata-se de um
santuário erguido em pedra canga, cimento, arames
e madeira, revelando figuras humanas, pássaros gigantes, torres,
O trabalho
portais e seres cósmicos. Todos,
artesanal em
segundo Romana, interligados
jóias de ouro é
como condutores de mensagens
uma tradição
de “guias superiores”, cuja funque sobrevição é preparar a humanidade
veu à época
para vivenciar um futuro de
do ciclo do
grandes transformações planeouro, trazida pelos portugueses e espanhóis.
tárias. O local recebe turistas de
As jóias de ouro e prata ficaram famosas
todo país e seguidores locais que
nacionalmente após reportagem do Fantástico.
buscam orientação espiritual.
São peças trabalhadas com técnica de filigrana
Sua história já foi tema de publiportuguesa, graças às habilidades dos ourives
cações nacionais importantes e
locais. Há pulseiras, anéis, brincos e adereços
reportagens.
como crucifixos, corações e pombas do Divino.
Todos com design tipicamente nativitano.
Labirinto Místico
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Ruínas da Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos
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Almas
Serras Gerais – Almas
Como outras cidades do sudeste, Almas também foi ponto de partida
para os povoamentos da região no chamado ciclo do ouro. Assim,
a exploração das jazidas, a mão de obra escrava e a criação de gado são
elementos básicos na formação histórica, econômica e social de Almas,
uma das cidades mais antigas do Tocantins. Seu povoamento começou
na segunda metade do séc. XVIII, quando os primeiros portugueses
se instalaram na região para explorar as jazidas de ouro. Ainda hoje o
município é potencialmente detentor de minas de ouro em suas terras,
também desenvolve a pecuária e é rico em belezas naturais.
Informações
Vale do Encantado,
Centro da cidade.
Cânion do Chupé, localizado a 50 km da cidade.
Serra Negra, a 60 km do
Centro da cidade.
Serra do Gambá, a 30 km
do Centro da cidade.
Vale do Encantado
No roteiro de Almas, os atrativos mais interessantes brotam
da natureza, como o Vale do Encantado. Em um dos seus
atrativos, a visão de quatro quedas d’água simultâneas com
mais de 70 m de altura compensam o esforço para chegar
até o local. Na base, as águas formam um pequeno lago ao
redor de uma pequena praia com areia. Em volta, as águas
minam nas veredas e se encontram no fundo do vale, formando um córrego que alimenta a vegetação.
Cânion do Chupé
A 700 m de altitude (o ponto mais alto da região) o
Córrego Chupé corta a serra, deslizando em cascata
sobre paredões de rochas negras, de uma altura de 250 m.
Ao longo do percurso vai formando
A forte influência das tradições africanas
poços de água cristalina. Do alto do
cânion, há um mirante com a vista do
está presente nas manifestações culturais
vale onde se observa o precipício e a
de Almas. Uma dessas expressões é a
bela paisagem.
dança da Jiquitaia, ao som da sússia,
criada pelos negros e popularizada no
meio rural ao longo dos séculos. Os movimentos lembram a tentativa de se livrar
das formigas, quando os dançarinos gesticulam para se libertarem do incômodo,
sugerindo também movimentos de sensualidade entre os parceiros. As apresentações acontecem durante festas religiosas
e culturais do município.
Roteiro das Cachoeiras
Há no município muitos lugares para banhos de
cachoeira e para quem gosta de vivenciar a natureza
intacta. Basta escolher entre a Cachoeirinha, a
Cachoeira das Três Quedas e da Fumacinha, a Cachoeira do Eugênio, a Cachoeirinha do
Ribeirão dos Pilões, da Cortina,
O relevo é um dos mais impressionantes do
do Sobradinho, a do Sucuruiu,
Tocantins. As formações rochosas vão de 445
da Guilhada ou a Cachoeira
a 750 m de altitude, observados nas grandes
da Taioba.
serras, tipo mesas, que contornam a região.
O cenário é complementado pela vegetação
típica do cerrado, cortado por um sistema de
pequenos rios, ribeirões e nascentes. Em toda
área são encontradas cachoeiras que chegam
a ter 70 m de queda, cânions e grutas, proporcionando
ao visitante a
chance de usufruir e explorar
as inúmeras
atividades ecoturísticas.
Setor Norte, tel. (63) 3373-1327.
166
Local de Apoio
Avenida São João, 50,
Serra Negra
Na região da Serra Negra, com
altitude média de 550 m, se concentram a maioria dos atrativos do
município. No local, a natureza
está em ótimo estado de conservação, com amplos horizontes de
veredas, lagoas, córregos, cânions,
cachoeiras e formações rochosas,
como a Pedra Furada.
Serra do Gambá
Cânion do Encantado
ALMas
Área: 4.013 km²
Altitude: 397 m
Ano da fundação: 1989
Cachoeira das 3 Quedas
Diferente das outras serras da região que possuem
a característica arenítica, a serra do gambá tem um
terreno cristalino com rochas firmes. É a região
com a maior média de altitude, entorno de 650 m.
As águas nascem no alto da serra e deslizam em
cascata pelos paredões de pedra, se acumulando em
poços. A tonalidade das águas varia de azulada para
o verde esmeralda.
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Dianópolis
Serras Gerais – Dianópolis
Garganta
No roteiro das “Serras Gerais” a cidade de Dianópolis,
“Terra das Dianas”, é uma das atrações. Há muitas
belezas naturais, mas não lhe faltam histórias para
agradar o turista. A cidade é uma das mais antigas do
Tocantins, data de 1750, quando foi rota de lavradores,
pecuaristas, mineradores e jesuítas em plena corrida do
ouro. Era também sede de grandes aldeias indígenas
como as tribos dos Gueguês, Acroás e Xerentes. A marca
desse tempo é vista no centro histórico da cidade que
ainda exibe alguns dos casarões da época, testemunhos
de uma história repleta de movimentos sociais e saga.
O nome da cidade homenageia três senhoras da
sociedade local que se chamavam “Custodiana”.
Romaria das Missões
O povoado das Missões, no município de Dianópolis,
surgiu no período do Brasil colonial como aldeamento indígena por volta de 1752. Anualmente, durante
4 dias, no mês de julho, a comunidade se volta para
as celebrações da Festa do Divino, com as folias do
mastro e do Império. Todo ritual tem forte influência
da herança portuguesa e do período escravocrata, com
representações do imperador, da imperatriz e alferes.
O ponto alto é o encontro das folias, marcado por
cantos, beijos à bandeira, catiras e muita louvação, até
culminar com a missa solene dos Romeiros, no último dia dos festejos.
Informações
Capelinha dos Nove
Religiosidade e tradição também estão
presentes na comunidade. Muita viola,
sanfona e cantigas que, durante 40
dias, fazem das Folias do Duro uma
das mais tradicionais festas da cidade.
Entre l0 e l9 de março, é a vez de São
José, padroeiro do município, na igreja
matriz. Outra festa centenária também
é a Romaria da Sucupira, que teve sua
origem no século XIX, quando um vaqueiro encontrou incrustada no tronco
de uma árvore uma imagem de Nossa
Senhora do Rosário.
O simbolismo da Capelinha dos
Nove está gravado no inconsciente
coletivo da cidade de Dianópolis.
Ela foi construída numa praça pública
para abrigar as vítimas de uma chacina
em decorrência de uma disputa entre
políticos locais e representantes de
força governista, no
episódio chamado de
“Quinta-feira Sangrenta”, ocorrido
em 1919.
Igreja da Matriz,
Av. Herculano Rodrigues,
s/n°, Centro.
Igreja Matriz
Dianópolis
Acesso: TO-050, BR-010 e TO-280
Área: 4.013 km²
Altitude: 693 m
Informações turísticas: Prefeitura, Rua
Local de Apoio
Cultura e Fé
Capelinha dos Nove,
Praça dos Nove, s/n°, Setor
Novo Horizonte.
tel. (63) 3692-2427.
Jaime Pontes, 256,
Capelinha dos Nove
168
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Serras Gerais – Dianópolis
Veja Também
Lagoa Bonita, Rio da Conceição
RIO DA CONCEIÇÃO
Um recanto das águas
repleto de cachoeiras,
rios, ribeirões e lagos, é
assim o município Rio da
Conceição, um cantinho
do Tocantins muito agraciado pela natureza.
O visitante pode escolher
entre as belezas naturais,
as Cataratas dos Pilões,
a Cachoeira do Cavalo
Queimado, a Cachoeira
do Cipó Grosso, Barra da
Pedra ou o Balneário da
Conceição. Todos garantem momentos relaxantes
em meio à vegetação
natural do Cerrado.
Informações
Lagoa Bonita
Garganta, localizado
na divisa do Estado da
Bahia, a 70 km do Centro
de Dianópolis.
Garganta
Uma das atrações natuA natureza caprichou
rais de Dianópolis é a
quando esculpiu a Lagoa
Lagoa Bonita, a 25 km
beleza mística dos chaBonita de Dianópolis.
do Centro da cidade.
padões das Serras Gerais,
As águas azuis brotam do
conhecido como Garganta, o Cânion
seu interior formando um lago onde
do Tocantins. O local é um convite
se pode ver e tocar os peixes. Em volta,
para contemplar a natureza com seus
a mata ciliar forma uma espécie de
paredões areníticos, vales e torres de
moldura verde que impressiona pelo
conjunto. O banho além de refrescante, pedras ou, então, se aventurar por suas
trilhas. A paisagem de aspecto lunar,
é um dos mais tranquilos, tanto pela
atinge dimensões que se perdem no hotemperatura agradável das águas como
rizonte. A rala vegetação ganha beleza e
pela pequena profundidade do lago.
Em toda área há muita sombra e espaço movimento com o balé dos periquitos
que reinam no local.
para acampamento.
Balneário da Conceição
Localizado na região
sudeste do Estado, a
249 km de Palmas.
Cachoeira do
Cavalo Queimado
Um dos destinos prediletos do turista para banho
é a Cachoeira do Cavalo
Cachoeira do Cavalo Queimado
Queimado. Seu diferencial é o grande volume
de água e a vegetação
intacta à sua volta. Um
cenário para quem gosta
de relaxar e ver a natureza
preservada.
Balneário da
Conceição
Nos períodos de junho a
agosto ganha destaque o
Balneário da Conceição,
uma área de lazer de
águas límpidas, banhada
pelo Rio Manoel Alves. O
visitante pode contar com
infraestrutura básica de
serviços.
Vale Encantado
A natureza surpreendente das Gerais guarda
tesouros como o Vale
Encantado, na região
dos cânions. São paredões rochosos ideais
para práticas de rapel
e escaladas. Na mesma
área, a Caverna dos Sons
convida para observar as
impressionantes formas
de estalactites e estalagmites em meio à natureza primitiva.
Chapadões das Serras Gerais
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Garganta, divisa de Tocantins com a Bahia
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Arraias
Serras Gerais – Arraias
Muitos dizem que a cidade de Arraias nasceu em berço de ouro. Tudo
porque sua formação se deu em plena exploração do metal nobre, no início
do século XVIII. E foi na Chapada dos Negros, um gigantesco garimpo,
onde tudo começou. O local chegou a ter 10 mil garimpeiros, sendo na
sua maioria composta de negros. O ouro era tanto que o governador
da Capitania de São Paulo, D. Luiz de Mascarenhas, veio pessoalmente,
em 1740, tomar posse dos formidáveis veios auríferos. Arraias tem
características únicas no Tocantins. É um território de planícies, cortado por
cursos d’águas, suas ruas são sinuosas e estreitas, com pequenas ladeiras e
antigas muralhas de pedras que dão contorno e forma à cidade.
O carnaval de Arraias pulsa com o ritmo do
Entrudo, uma festa de alegria e exageros.
É uma folia diferente, que vem desde o
Império, onde a estrela da festa é a água,
muita água. Durante os quatro dias os
foliões saem às ruas da cidade molhando
quem encontrar pela frente. A brincadeira
é acompanhada por tocadores de sanfona
e zabumba, entoando antigas marchinhas.
Ninguém fica zangando e todo mundo
entra no clima do molha-molha.
Um dos cartões postais da cidade de
Arraias é a Igreja Matriz de Nossa
Senhora dos Remédios, padroeira do
município, cujos festejos acontecem
de 30 de agosto a 08 de setembro.
O evento é realmente uma festa. Além
das celebrações religiosas, a programação oferece shows musicais, alvoradas,
barracas, bingos, danças folclóricas,
como a Roda de São Gonçalo e o tradicional baile
da saudade.
Casario Histórico
Quem visita Arraias se depara com um grande painel
histórico, pintado em azulejo, pela artista plástica
Maria Guilhermina, em 1969, no centro da cidade.
A obra retrata o ciclo evolutivo da cidade, quanto à
formação econômica, social e histórica, no período
entre 1735 a 1940. Estão lá a corrida do ouro,
a criação de gado, a presença das irmãs Dominicanas
e a chegada da energia elétrica.
Felipe, 1, tel. (63) 3653-1370.
de Turismo, Rua Brigadeiro
Chapada dos Negros
A exploração do ouro na Chapada dos Negros foi
predatória. Com o declínio do garimpo, o que restou
desse sítio histórico são ruínas de casas, muralhas e
galerias de captação de água. Mesmo assim impressiona, pois as marcas registram um passado rico, dos
escravos e seus senhores, seus costumes e conflitos,
cheio de histórias e lendas. Pelas suas trilhas há relatos
de tesouros escondidos pelos escravos, ou que a Serra
ainda guarda seus últimos veios auríferos.
Lagoa da Pedra
Local de Apoio
Arraias
Acesso: TO-050
Área: 5.787 km²
Altitude: 682 m
A paçoca de Arraias é um sucesso e
tem a fama de ser a melhor do Tocantins. Todos que visitam a cidade procuram pela apetitosa iguaria. A paçoca é
feita à base de carne de boi seca, fritada no óleo com alho e pimenta. Depois
todos os ingredientes são socados no
pilão com farinha e cebola. Pronto!
Temos aí um dos mais saborosos pratos
da gastronomia tocantinense.
Romaria de Nossa
Senhora dos Remédios
O município sedia o povoado Lagoa da Pedra, uma
das 15 comunidades quilombolas reconhecidas oficialmente no Tocantins. São cerca de 35 famílias que
vivem no local há 5 gerações. Suas manifestações culturais incluem danças tradicionais, cantigas de roda,
festas religiosas, além da produção artesanal utilizados
como adereços e utensílios. A culinária inclui pratos
típicos que têm como base produtos naturais cultivados em suas roças e hortas comunitárias.
Informações
Casario Histórico, Praça
Dr. João de Abreu, Centro.
Igreja Matriz de Nossa
Senhora dos Remédios,
Praça Matriz, s/n°, Centro.
Chapada dos Negros,
a 3 km do Centro de Arraias.
Lagoa da Pedra, a 30 km
do Centro, com acesso
pela estrada de terra para
Campos Belos (Goiás).
174
175
Taguatinga
Serras Gerais – Taguatinga
Os cenários e tradições do sudeste do Tocantins
são surpreendentes. Entre serras majestosas,
rios e cachoeiras floresceram hábitos e culturas
que remontam há mais de 200 anos. É assim em
Taguatinga – a terra das Palmeiras, com seus casarões
em estilo colonial, suas festas religiosas e as famosas
Cavalhadas, uma encenação épica da batalha religiosa
entre mouros e cristãos, cheia de simbolismo, cores
e luxo. As belezas naturais também são marcas de
Taguatinga, como a imponente Cachoeira do Registro,
onde não são permitidos banhos, as grutas e serras
formando uma das mais encantadoras paisagens do
Cerrado brasileiro.
SUBSTITUIR POR FESTA N
SRA DA ABADIA
(IMAGEM DA SANTA)
PENDÊNCIA OLGA
Festejos de Nossa Senhora d’Abadia
Informações
Casario histórico, Praça
da Matriz, Centro.
Casario Histórico
A cidade conserva seus casarões construídos em estilo
colonial no século XIX. O sobrado onde funciona a
agência do Banco do Brasil, no centro da cidade, é
um deles, e foi tombado pelo Patrimônio Histórico.
Igreja de Nossa Senhora
d’Abadia, Praça da Matriz,
Centro de Taguatinga.
Uma das maiores manifestações da religiosidade
do povo tocantinense. O festejo de Nossa Senhora
d’Abadia é outro grande momento das tradições de
Taguatinga. São dez dias de extensa programação
religiosa e cultural, que
começa anualmente no
Atração mais prestigiada do calendário turístico de Tadia 06 de agosto. Na
guatinga, a Cavalhada é uma encenação que acontece
programação há missas,
durante os Festejos de Nossa Senhora d’Abadia, de 06 a
procissões, festas e as
16 de agosto. Essa representação, que lembra os torneios
próprias Cavalhadas. A
medievais, foi trazida ao Brasil pelos portugueses e espatransição se dá através
nhóis. Ela retrata um período de lutas entre o imperador
de com um cortejo que
cristão Carlos Magno, em favor do Cristianismo, contra os
conta com a presença do
sarracenos islâmicos. O espetáculo encanta pelo rico figuImperador e a Madrinha,
rino, adereços e as coreografias dos cavaleiros. A batalha
seguidos pelas rainhas
termina com a conversão
moura e cristã e pelas
dos mouros ao Cristianisprincesas até o encontro
mo. Outro momento de
com os cavaleiros moudestaque é a “Corrida das
ros e cristãos, quando
Argolinhas”, quando os
todos seguem até o
cavaleiros mostram suas
campo, onde foi erguido
habilidades no manejo da
o cenário, para abertura
espada e técnicas de mondas cavalhadas.
taria. Na competição, eles
Taguatinga
Acesso: TO-050, BR-010, TO-280 e TO-110
Área: 2.437 km²
Altitude: 599 m
Informações turísticas: Prefeitura, Rua Dom Pedro
tel. (63) 3654-1740.
176
II, s/n°,
Local de Apoio
devem capturar uma argola, colocada em uma estaca
no centro do campo.
177
Festa da Cavalhada, Taguatinga
178
179
Serras Gerais – Taguatinga
Veja Também
Gruta dos Caldeirões
aurora
do tocantins
A 496 km de Palmas,
está localizada na região
sudeste do Estado.
Uma cidade oculta pelas
serras, de solos férteis
e água em abundância.
Essas características naturais dão a Aurora do
Tocantins uma magia
especial. É a única cidade
do Tocantins onde o sol
nasce mais tarde, devido
às elevações rochosas
Cachoeira
Gruta dos Caldeirões
O “bolo de noiva” é uma das várias formações rochosas encontradas no interior da Gruta dos Caldeirões.
O Rio Sobradinho percorre o interior da gruta.
O local passou a ser mais visitado depois que foi cenário para o filme “No Coração dos Deuses”.
Cachoeira do Registro
A maior queda d’água do Tocantins é a
Cachoeira do Registro, no Rio Ribeirão
Sobrado. A visão é impactante pelo
volume, força e barulho das águas. Na
base forma um lago de 10 a 15 m de
profundidade. Em sua volta, além da
vegetação preservada, pode-se observar
o balé das andorinhas em meio ao
vapor d’água.
em volta do seu território,
criando uma luminosidade
especial. Daí a origem do
nome. A cidade é pequena, mas com uma longa
história, iniciada por volta
de 1818, com a instalação
da Fazenda Barreira dos
Cavalos. Entre seus atrativos naturais, a cidade tem
um que é único, o menor
rio do mundo: o Azuis.
Azuis
Localizado na cidade de
Aurora do Tocantins, na
divisa com o município
de Taguatinga. Dois olhos
d’água brotam do pé-da-serra formando uma
piscina natural de águas
cristalinas em tons azuis-esverdeados. O pequeno
Rio tem apenas 147 m, no
percurso que vai da sua
nascente até o Rio Sobrado, onde deságua. Além
da água de temperatura
agradável, é possível
observar os peixes no
fundo do lago. No local,
há uma pequena estrutura com serviço de bar que
serve bebidas e comida
regional. O Rio inspirou
o nome de uma cachaça
regional, muito apreciada
pelos turistas, de nome
“Dama dos Azuis”.
Balneário
Dourados
O Balneário Dourados é
um dos atrativos turísticos
mais visitados de Aurora
do Tocantins. Possui instalação de churrasqueiras,
salão de festas, campo de
futebol, vôlei de areia e
área de camping.
Informações
Cachoeira do Registro,
Centro da cidade, e o
percurso é feito a pé.
Rio Azuis
Gruta dos Caldeirões,
Centro de Taguatinga.
Balneário Dourados
Rio Ribeirão Sobrado
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181
Rio Azuis, Aurora
182
183
Vale dos Grandes Rios
Vale dos Grandes Rios
Abriga cidades no Norte, numa região entre os rios Araguaia
e Tocantins. Banhada pelos afluentes do Araguaia, Araguaína
se destaca pela pecuária e por sediar feiras de negócios. Já
Filadélfia tem um passado glorioso, pois integrou a importante
rota fluvial que ligava Goiás ao norte do Brasil. Aqui, se pode
usufruir das praias do rio Tocantins e do Monumento das Árvores
Fossilizadas, um raro patrimônio cientifico mundial. Xambioá
ficou famosa pelos conflitos entre guerrilheiros e militares. Hoje,
aposta no ecoturismo baseado nas corredeiras e praias de rio.
Praia do Escapole, Araguanã
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185
Filadélfia
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ITACAJÁ
Um atrativo natural que chama a atenção no município de
Filadélfia é a Floresta Petrificada, com fósseis de árvores de
aproximadamente 270 milhões de anos, que podem ser o maior
sítio paleontológico do mundo. Com origem no início do século
XX, Filadélfia é o portal do Tocantins para o sul do Maranhão.
A cidade foi parte da rota fluvial ligando
o sul de Goiás ao norte do
Brasil. Por isso, Filadélfia
tem passagem marcante na
história do Tocantins.
Localizado na região
nordeste do Estado, a
295 km de Palmas.
O município tem a pecuária como sua principal
fonte de renda, mas se
destaca também pela
beleza dos seus recursos naturais e eventos
esportivos, como o Rally
das Águas, e por abrigar
grande parte da reserva
indígena Krahô.
Rally das Águas
O Nome é Rally das
Águas, mas poderia
também ser chamado de
“Rally da Alegria”, uma
brincadeira que há 10
anos atrai centenas de turistas. A proposta é descer
rio abaixo flutuando em
boias, botes e até colchões infláveis, de cores e
tamanhos variados, num
divertido passeio. Assim,
os participantes navegam
lado a lado por cerca de
10 km no Rio Manoel
Alves Pequeno, sem competição, já que o ritmo
é ditado pela correnteza
das águas.
Algumas balsas comportam até 50 pessoas, com
Informações
Monumento das
Árvores Fossilizadas
Monumento das Árvores
Fossilizadas, localizado no
povoado de Bielândia,
a 50 km de Filadélfia
Local de Apoio
A sensação de percorrer um
parque histórico e conservado
há alguns milhões de anos é privilégio
dos que se aventuram a conhecer o
maior monumento natural fossilizado
do mundo. A mata, que contem fósseis
com textura de caules, folhas e troncos,
mas com dureza de rocha, é considerada
patrimônio científico mundial. O fenômeno de fossilização é raro. Acredita-se
que menos de 1% de todas as espécies
que já existiram na Terra foram fossilizadas. Para proteger esse bem natural da
atividade predatória e do contrabando,
foi criado o Monumento Natural das
Árvores Fossilizadas, fruto do empenho
da Sociedade Brasileira de Paleontologia
e do Governo do Estado.
direito a churrasqueira,
som eletrônico e sanfoneiro para animar a galera.
Em todo o percurso, às
margens do Rio, uma
plateia animada saúda
os participantes até a
chegada, na Praia da Orla,
onde são recebidos com
festa, shows artísticos
e muita animação. O
passeio acontece no mês
de julho e já é destaque
da temporada de verão
do Tocantins. Na última
competição contou com
mais de 12 mil pessoas.
O evento começa pela
manhã com a chegada na
concentração, na Fazenda
Dois Irmãos, e termina no
final da tarde.
Os krahô vivem numa área demarcada de
302.533 ha nos municípios de Itacajá e Goiatins. A reserva é considerada a maior área de
cerrado inteiramente preservada do país. Suas
aldeias são independentes e construídas em
forma circular, com grande pátio ao centro,
chamado de Ka. Para eles “tudo está dentro do
círculo, tudo se renova nele”. A Dança da Machadinha é uma das tradições, envolvendo um
pequeno machado que teria caído
do céu, tornando-se um amuleto
sagrado.
Filadélfia
Área: 1.988 km²
Altitude: 169 m
tel. (63) 3478-1268.
186
Vale dos Grandes Rios – Filadélfia
187
Araguaína
Vale dos Grandes Rios – Araguaína
Araguaína é a segunda mais importante cidade do Tocantins.
A economia do município é dinâmica, apoiada na tríade
comércio, indústria e na pecuária. Com um dos maiores rebanhos
do Estado, Araguaína é conhecida como “A Capital do Boi
Gordo”. Pela sua pujança econômica, a cidade está entre as
“20 metrópoles brasileiras do futuro”, com crescimento
econômico anual de 5,8%, segundo matéria da revista Veja
(setembro de 2010). Por isso, a capital econômica do Tocantins
é referência em grandes eventos sociais e econômicos da região
Norte do país, como a Exposição Agropecuária que reúne os
principais expositores e produtores do Brasil e a Feneara –
uma feira de negócios com potencial industrial e comercial.
Como todo município tocantinense às margens do Araguaia,
a cidade tem também suas praias fluviais, balneários e
cachoeiras, além de casas noturnas e eventos culturais.
Balneário da Jacuba
Lago Azul
Outra atração é o Lago Azul, resultado da construção da Usina do Corujão, implantada na década de
1960, para abastecer o município. O Lago é formado pelo Rio Lontra e pelos córregos que cortam
o perímetro urbano da cidade. O local também é
propício para a prática de esportes náuticos, como
o remo, esqui aquático e jetski.
Praia do Garimpinho
À margem direita do Rio Araguaia está a Praia do
Garimpinho, rica em fauna e paisagens paradisíacas. Por possuir beleza natural praticamente intocada, é considerada uma reserva ecológica.
Cachoeira Véu de Noiva
Parque das Águas
(Balneário da Jacuba)
Vinte metros de queda d’água e a natureza
totalmente preservada. As duas quedas formam uma piscina natural, de águas geladas
e transparentes, que revigoram as energias
dos banhistas. O atrativo conta com boa
infraestrutura: campinho de futebol, piscinas para as crianças, sala de jogos, quartos
e área de camping.
Muito frequentado pelos moradores de Araguaína
e região, o Balneário da Jacuba encanta pelas corredeiras e lagos artificiais.
A acessibilidade ao local está
Influenciada pelas culturas dos Estados do
entre as vantagens para os turisPará, Maranhão e Piauí, a culinária araguaitas. O Parque oferece estrutura
nense é rica e diversificada. Os pratos refletem
com quiosques, quadras para
essa multiplicidade e vão desde o aproveiprática de esportes, restaurante
tamento do pescado, passam pela carne
e área de camping e banhos
vermelha, muito apreciada na Capital do Boi
refrescantes.
Gordo, chegando ao açaí,
fruto típico do
Pará e muito
apreciado na
região.
Informações
Cachoeira Véu de Noiva,
localizado a 26 km
de Araguaína.
Lago Azul, bairro do
Jardim Paulista.
Araguaína
Acesso: BR-153
Área: 4.000 km²
Altitude: 227 m
Ano da fundacão: 1989
Praia do Garimpinho,
a 146 km de Araguaína.
de Turismo, Rua 25 de
Dezembro, 265, tel. (63) 3411-7048.
188
Local de Apoio
Parque das Águas
(Balneário da Jacuba),
Centro de Araguaína.
189
Cachoeira Véu de Noiva, Araguaína
190
191
Veja Também
WANDERLÂNDIA
Negócios e Serviços
Considerada um importante polo econômico de negócios, a cidade se destaca
no comércio varejista, na indústria –
com frigoríficos que abastecem os mercados de várias regiões do Brasil.
Feneara
Vitrines para as empresas, a Feira
de Negócios das Micro e Pequenas
Empresas de Araguaína (FENEARA)
e a Exposição do Polo Comercial de
Araguaína (EPOCA) apresentam o
potencial industrial e comercial do
município, movimentando o setor na
região e aquecendo os negócios.
Cavalgada
A cavalgada, tradicionalmente, marca a abertura da festa. Tida como a
maior do Estado na modalidade, reúne
centenas de cavaleiros
Araguaíe amazonas, que percorna tem a
rem 8 km da entrada da
cidade até o Parque de
tradição
Exposição.
da melhor
exposição
agropecuária do Tocantins, figurando entre as mais expressivas da região Norte do país. A exposição agropecuária
Expoara acontece no mês de junho e conta com a participação dos maiores criadores de todo o Estado e outras
regiões do Brasil. Não faltam rodeios, shows com os principais artistas nacionais, leilões de animais e muita festa, que
atraem várias pessoas todos os anos.
192
Vale dos Grandes Rios – Araguaína
A 417 km de Palmas,
está localizado na região
norte do Estado.
Os atrativos ecoturísticos de Wanderlândia
localizam-se, na maior
parte, na Serra de São
Félix, o ponto mais alto
do município, com 400 m
de altitude. Encontram-se
também na região muitas
cachoeiras, cânions, rios,
grutas e cavernas. Por
ter um relevo acidentado
com fortes desníveis e
uma vegetação bastante
densa, há amplas possibilidades para as práticas
de esportes de aventura,
como rapel, rafting, tirolesa, trekking, canoagem,
trilhas, rally, boiacross,
observação de pássaros e
animais silvestres.
CachoeiraS
A queda d’água da Cachoeira do Nascente do
Areia tem cerca de 50 m
de altura. É circundada
por rochas pontuadas de
samambaias exuberantes
de outras espécies do
Cerrado.
O início do
desenvolvimento de
Wanderlândia ocorreu
às margens da BR-226, Belém-Brasília, em
1958, época da construção da rodovia.
Rapidamente transformou-se numa povoação próspera. O nome é em homenagem à
família fundadora, os Wanderley.
As águas
azuladas e
bem transparentes da
Cachoeira
do Apertado da Hora descem sobre
paredões de pedra, com
cerca de 20 m de altura.
Esta cachoeira é perene
e fica a 35 km da cidade.
Para chegar, percorre-se
mais de 30 m por trilhas
em terrenos acidentados.
A Cachoeira do Córrego
Santa Bárbara tem cerca de 100 m de queda
d’água que não chega a
cair no seu poço, pois é
levada pelo vento durante
o percurso. É, sem dúvida,
a mais bela das quedas,
pois o feixe de água cai
sobre uma enorme garganta rochosa.
193
Xambioá
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No Tocantins, quando o assunto é turismo, a dupla sol e
praia reina absoluta. Mas o Estado tem outros tesouros,
ainda adormecidos e únicos, capazes de impressionar. Um
desses exemplos é a cidade de Xambioá, às margens do
Rio Araguaia, no norte do Estado. O município tem belezas
naturais, como as praias e corredeiras, eventos populares
como o Carnaxam, o carnaval fora de época, e um fato
histórico de interesse nacional: a Guerrilha do Araguaia.
Balneários
Entre 1970 a 1976 ocorreram na região
ações guerrilheiras organizadas pelo Partido Comunista do Brasil (PCdoB), contrárias ao regime militar. Seus integrantes
pretendiam combater a ditadura militar
e implementar o comunismo, iniciando o
movimento pelo campo. O conflito entre
guerrilheiros e o Exército deixou marcas
profundas, mesmo assim, conhecer o palco
da guerrilha é uma experiência única.
Além das praias, há roteiros permanentes na cidade. O Balneário Porção
do Noleto é formado por um rio do
mesmo nome, que desce sobre as lajes
formando duas piscinas naturais de
águas frias. Já as piscinas naturais do
Balneário Poção são formadas por duas
vertentes de águas que descem de uma serra
para o Rio Araguaia.
ARAGUANÃ
Às margens do Rio
Araguaia, a cidade de
Araguanã está localizada
a 459 km de Palmas, na
região norte do Estado.
Vale dos Grandes Rios – Xambioá
Na temporada de verão,
de junho a setembro,
forma-se uma variedade de ilhas desertas e
praias fluviais, com areias
brancas ao longo do rio
Araguaia. A ilha onde fica
a praia é extensa, e há
espaço para todo tipo de
acampamento de verão.
Mas se o turista preferir
mais tranquilidade, é só
escolher um ponto isolado
como a Praia do Escapole,
a 30 minutos de
barco. E se a intenção é banhar
ou pescar não
importa, lá o
turista ficará na
mais completa
tranquilidade
em meio a uma
vegetação amazônica e
céu infinito, em contato
direto com a natureza.
A cultura e tradição de
Araguanã se revelam na
produção de artesanato
em peças utilitárias à
base da palmeira buriti e
madeira. Na gastronomia,
o destaque são as receitas
à base de peixe, além de
pratos populares, como
o chambaril e o arroz
com pequi.
O esporte de aventura tem endereço certo nas
Corredeiras de Xambioá. São canais de águas
velozes com 6 km de extensão e muita adrenalina devido ao choque das águas com as pedras
do Araguaia. Em todo percurso pode apreciar a
Serra das Andorinhas, no território do Pará.
Praias do Murici
Informações
Balneário Porção do
Localizada numa ilha entre correNoleto, Km 8, a 100 m
deiras e vegetação nativa, como os
da estrada.
muricis, cajus e areias finíssimas.
É uma das praias mais badaladas
da região e conta com serviços turísticos,
estrutura de lazer e acampamento.
194
Local de Apoio
Corredeiras de Xambioá
XaMBioá
Acesso: BR-153
Área: 1.186 km²
Altitude: 141 m
Data da fundacão: 1989
Setor Leste, tel. (63) 3473-1602.
Avenida E, s/n°, quadra 8,
Os primeiros habitantes de Xambioá chegaram por volta de 1845, com a intenção
de conquistar os índios Karajá e fiscalizar
a extração de látex. Mas foi na década de
1930 que o povoamento começou a se firmar devido à descoberta das minas de cristal de rocha na região. O nome da cidade
significa “pássaro preto veloz”, e se refere
à nação indígena Xambioá, que mantém
uma reserva próxima ao município.
195
Rio Araguaia, Xambioá
196
197
Bico do Papagaio
Bico do Papagaio
Situada no extremo-norte do Estado, a região do Bico
do Papagaio é a área de transição entre o cerrado e a
floresta amazônica. Tocantinópolis tem uma história
que envolve missionários religiosos e já alcançou no
século XIX sucesso econômico, quando integrava a
rota que ligava Goiás e o Norte do país. E o babaçu
foi um dos primeiros produtos explorados. Cidade
mais populosa da região, Araguatins se destaca
pelas praias do rio Araguaia, que lotam durante
a temporada de verão. Local de encontro dos rios
Araguaia e Tocantins, a cidade de Esperantina tem
praias de areia branca e uma vegetação preservada,
além de ser um importante município onde se pode
ver a riqueza do bioma amazônico.
Cachoeira do Trevo, Angico
198
199
Tocantinópolis
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Praia do Fernando
Os Apinajé
O belo pôr do sol com vista para o
Rio Tocantins é um dos programas
preferidos para quem visita a cidade na
temporada de férias. Entre as praias e
balneários do município, a mais badalada é a praia do Fernando. Todos os
anos a praia recebe infraestrutura de
barracas, bares e banheiros para acolher
turistas de toda a região.
Os Apinajé habitam uma área demarcada próximo ao município de Tocantinópolis, distribuídos em 7 aldeias.
Sobrevivem da caça e da agricultura.
Ainda mantêm boa parte de seus rituais
ancestrais, especialmente na época de
colheita, que acontece no verão.
TOCANTINÓPOLIS
Área: 1.077 km²
Altitude: 134 m
tel. (63) 3471-7106.
200
Rua da Estrela, 303,
ANGICO
Localizada a 602 km de
Palmas, na região extremo norte do Estado.
A cidade nasceu à margem do Ribeirão de mesmo nome, graças a uma
rota de tropeiros e garimpeiros em busca de minas
de cristais na região do
Araguaia. O nome remete
à grande quantidade de
árvores da espécie angico existente no lugar.
Como uma típica cidade
do Norte do Tocantins, o
tratamento ao visitante
é de amizade, especialmente quando o motivo
é conhecer suas trilhas,
ribeirões e cachoeiras em
todo o seu território. A
cidade conta ainda com o
famoso Balneário Manga,
Local de Apoio
As belas paisagens, terra fértil – repleta da
palmeira babaçu –, e a visão panorâmica do Rio
Tocantins atraíram os primeiros habitantes para
Tocantinópolis, por volta do ano de 1818. Era
a época do transporte fluvial pelo Rio Tocantins
quando a cidade exportava o babaçu, pele de
animais e cereais. O município também abrigou
missão jesuíta para catequizar os índios Apinajé,
que ainda hoje vivem numa aldeia local.
Bico do Papagaio – Tocantinópolis
onde tem a Cachoeira do
Trevo, que proporciona
momentos de lazer e banhos relaxantes em meio
à natureza intocada. O
visitante deve ficar igualmente atento às tradições
culturais de Angico, que
se manifestam no artesanato à base do babaçu e
na culinária local.
de Ananás remete a uma
fruta nativa, da espécie do
abacaxi, muito presente
na região no início do
povoamento.
Balneário Manga
ANANÁS
Situado no Vale do
Araguagia, a 520 km
de Palmas, no extremo
norte do Estado.
Sua história reflete o
processo de colonização
da região norte do Tocantins. As campinas de terras
férteis, ricas em mogno
e babaçu, atraíram os
primeiros moradores, por
volta de 1870. O nome
Um dos mais importantes pontos de lazer do
município, destacando a
qualidade natural de suas
águas cristalinas, o fácil
acesso e a preservação do
local fazem do Balneário
Manga o roteiro perfeito
para quem gosta de tranquilidade e descanso.
Por ser banhado pelo Rio
Araguaia, o município
conta ainda com praias
desertas e natureza intacta, além de outros atrativos, como a Ilha de Santa
Cruz, onde há inscrições
rupestres.
Artesanato, Ananás
Cachoeira do Trevo, Angico
201
Araguatins
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Bico do Papagaio – Araguatins
AUGUSTINÓPOLIS
Se o Bico do Papagaio tivesse uma capital seria Araguatins,
a cidade mais populosa e mais importante do extremo
norte do Estado. O nome é a combinação dos dois grandes
Rios Tocantins e Araguaia, que se encontram na região
do Bico do Papagaio. No Tocantins o pôr do sol costuma
ser muito bonito, mas em Araguatins é um verdadeiro
espetáculo. Na região, a natureza é vibrante, composta
pela densa vegetação e as águas do Rio Araguaia.
O resultado é um belo final
de tarde que parece sair
de uma pintura artística
que encanta o observador.
Palmas, na região extremo norte do Estado.
Augustinópolis é considerado o portão de
entrada do extremo Norte
do Tocantins, por ser um
importante polo econômico e centro de expressões
artísticas populares, além
da hospitalidade do seu
povo. A cidade costuma
sediar grandes eventos
políticos, econômicos e
culturais, pois oferece
boa rede hoteleira, cadeia
de bares e restaurantes e
opções de lazer. Uma das
principias manifestações
culturais da cidade é sua
festa religiosa, celebrada
em junho, em louvor à
padroeira, Santa Rita de
Cássia, quando a cidade
recebe visitantes de toda
a região. Nessa época,
os turistas contam com
uma variada programação
que inclui as celebrações
religiosas, manifestações
folclóricas e shows.
A gastronomia regional
tem o cheiro e sabor da
culinária nordestina e
nortista, que vai desde o
famoso arroz com pequi
ao tucunaré frito.
Umas das características mais marcantes das praias às
margens do Araguaia são suas areias finíssimas e brancas. A areia é tão fina que emite um som característico
em contato com a pele. Em Araguatins, as principais
praias são a da Ponta e São Bento. Mas é na da Ponta
que acontece a temporada de verão do município.
A praia fica próxima à cidade, a 10 minutos de barco,
e dispõe de infraestrutura de bares, barracas e programação artística.
202
Local de Apoio
Praias
ARAGUATINS
Área: 2.625 km²
Altitude: 103 m
Praça Ancelmo Ferreira
Guimarães, s/n°, tel. (63) 3474-2140.
203
Esperantina
Bico do Papagaio – Esperantina
Quando o assunto é belezas naturais o Tocantins
ainda tem muitas surpresas para revelar ao Brasil.
Uma delas é a cidade de Esperantina, no extremo
norte do Estado. É lá onde as águas dos grandes Rios
Araguaia e Tocantins se encontram. É também a única
cidade tocantinense que tem praias às margens dos
dois Rios em seu território. São grandes faixas de
areias brancas e finas, totalmente desertas em volta
de uma vegetação amazônica, onde é possível sentir a
natureza no seu estado bruto.
Praias
No verão várias praias de Esperantina se
formam ao longo dos dois Rios. A mais
procurada é a Praia do Bacuri Grande,
ideal para quem gosta de montar acampamentos exclusivos, nadar e pescar
com muita tranquilidade, esquecer o
tempo e apreciar amplos e verdejantes
horizontes, entre céu e água.
O Encontro das Águas
Um solitário farol é a testemunha
diária do encontro das águas dos Rios
Tocantins e Araguaia, no extremo da
região. O povoado mais próximo do
atrativo é a Pedra de Amolar. Além das
impactantes belezas naturais que impressiona muitos turistas,
a paisagem desértica
atrai também ufólogos
que dizem registrar,
na região, a manifestação
de OVNIS. Moradores
locais relatam a presença
de “luzes estranhas”, com
certa regularidade.
ESPERANTINA
Acesso: BR-153, BR-226, BR-010 e TO-010
Área: 504 km²
Altitude: 120 m
Informações turísticas: Secretaria de Turismo,
Vargas, s/n°, tel. (63) 3475-1193.
204
Av. Getúlio
Local de Apoio
Praia do Bacuri Grande, Rio Araguaia
205
206
207
Eventos
Serviços de Apoio
Relacionamos a seguir os principais hotéis e restaurantes
das cidades turísticas do Tocantins. Indicamos ainda os
estabelecimentos para resolver pequenas emergências e,
por último, agências de turismo. O calendário de eventos
permite saber com antecedência o que acontece a cada mês,
auxiliando no planejamento de sua viagem. Hotéis ou pousadas
identificadas pelo ícone
são indicações exclusivas da Empresa
das Artes. Recomendamos que antes de viajar você verifique,
por telefone ou e-mail, a disponibilidade de lugares, preços e
horários de funcionamento dos estabelecimentos e serviços.
Janeiro
Festa de Santos Reis
Natividade
Data: 6
Local: Zona Rural
Inf.: Secr. de Cultura,
tel. (63) 3372-1302.
Os foliões visitam casas,
cantam, dançam e oferecem a bandeira. Na festa
de encerramento, após se
rezar o terço ocorre um
jantar especial.
Festa de São Sebastião
Hotéis – preços médios da
diária para 2 pessoas (R$):
até 100 = $
de 101 a 200 =$$
de 201 a 300=$$$
de 301 a 400=$$$$
acima de 401=$$$$$
Cartões de Crédito:
A –Amex
D – Diners
M–Mastercard
V –Visa
Monte do Carmo
Data: 19 e 20
Local: Campo de Avião,
Av. Côn. Trindade, s/n°.
Inf.: Prefeitura de
Monte do Carmo,
tel. (63) 3540-1120.
Paróquia de Nossa
Senhora do Carmo
A programação anual
inclui missas, procissão, corrida de cavalos,
cavalgadas e prêmios aos
vaqueiros.
Fevereiro
Carnaval
Palmas
Data: Carnaval
Local: Praia da Graciosa
Inf.: Secretaria de Comunicação de Palmas,
tel. (63) 2111-2511.
Apresentação de músicos
regionais, além grupos
baianos que tocam ritmos de todo o Brasil.
Carnaguru
Gurupi
Data: Carnaval
Local: Av. Goiás.
Inf.: Secretaria de Turismo de Gurupi, tel. (63)
3315-0110.
208
Apresentação de bandas
nacionais e regionais,
trios elétricos e competição de blocos.
Março
Festa Geral do Carmo
Monte do Carmo
Data: 7 a 18
Local: Casa da Festa,
Av. Nossa Senhora do
Carmo, s/n°.
Inf.: Prefeitura,
tel. (63) 3540-1120.
Cortejo que envolve o
rei e a rainha, celebrando
a padroeira da cidade.
Inclui missas, jantar,
música e danças.
São José
Palmas
Data: 10 a 19
Local: Igreja Matriz
Inf.: Igreja de São José,
tel. (63) 3218-8553.
Festejo em homenagem
ao padroeiro da cidade.
São feitas novenas,
missas e no último dia há
uma quermesse com músicas regionais e comidas
típicas.
Abril
Festa do Divino
Espírito Santo
Natividade
Data: Domingo de
Páscoa até o dia de
Pentecostes
Local: principais ruas
Inf.: Secretaria de Cultura, tel. (63) 3372-1302.
O diferencial fica por
conta do Giro das Folias
pelo interior. A festa
ocorre durante quarenta
dias até a saída das Folias
no dia de Pentecostes.
Romaria na
Serra do Estrondo
Paraíso do Tocantins
Data: Semana Santa
Inf.: Secretaria de
Comunicação,
tel. (63) 3602-1253.
Programa inclui missas,
procissões, adorações,
novena, confissões,
vigílias, encenação teatral
e exibição de filmes.
Semana Santa
Araguaína
Data: 2
Local: Av. Filadélfia.
Teatro de rua, encenando
a via sacra. Participam da
peça cerca de 300 atores.
Maio
Concurso Benjamim
Rodrigues de Poesia
Falada
Gurupi
Data: móvel
Local: Praça Francisco
Henrique de Santana
Inf.: Secretaria de Cultura de Gurupi, tel. (63)
3312-5767.
Entre a entrega de prêmios aos vencedores do
concurso com apresentações de dança e shows de
música popular.
Festa do Imperador
do Divino
Natividade
Data: móvel
Inf.: Secretaria de Cultura, tel. 3372-1302.
O personagem central
da festa, o “Imperador”,
é conduzido ao altar
209
Eventos
da Igreja Matriz. Após
a missa, é servido um
banquete na Casa do
Imperador, com doces,
bolos e bebida.
Junho
Arraiá na Capital
Palmas
Data: móvel
Local: Ginásio Ayrton
Senna
Inf.: Secr. de Comunicação, tel. (63) 2111-2511.
Conta com a participação de quadrilhas, a
maior parte delas vindas
da região sul de Palmas.
Expoara – Exposição
Agropecuária
Araguaína
Data: móvel
Local: Pq. de Exposições
Entre as atrações
destacam-se a exposição
de gados, shows, leilões
de animais, rodeios e
cavalgada.
Expoara – Exposição
Agropecuária
Gurupi
Data: 1ª semana
Local: Parque Antonio
Lisboa da Cruz (Parque
da Pecuária)
Inf.: Sindicato Rural, tel.
(63) 3312-7032/0666.
Inclui mostra de animais,
leilões, vaquejadas,
rodeios, shows artísticos
e estandes com produtos
e equipamentos.
Festa de São João
Batista e do Divino
Espírito Santo
Paranã
Data: de 15 a 26.
210
Local: ruas, praças
e igrejas da cidade.
Inf.: Paróquia São
João Batista,
tel. (63) 8466-6027
Com duração de doze
dias, inclui missas,
novenas, quermesses, encontros de folias, leilões,
apresentações de dança e
teatro, comidas e bebidas
típicas. O destaque fica
por conta da procissão
fluvial nos rios Palma e
Paranã.
Festa de São Pedro
Pedro Afonso
Data: 20 a 29
Inf.: Secretaria de
Turismo, tel. (63)
3466-1220
A festa do padroeiro
tem o se auge no dia 23,
quando o cortejo real se
dirige até a Igreja Matriz,
com fiéis portando velas,
ao som de banda de
música. Ocorre ainda
apresentação de sússia e
no final, um banquete.
Festejo Padroeiro –
Sagrado Coração
de Jesus
Araguaína
Data: móvel
Local: Paróquia
Sagrado Coração de Jesus
A festa do padroeiro da
cidade tem celebrações
religiosas, música e barracas servindo quitutes.
Festival de Quadrilhas
Parque das Águas
Araguaína
Data: móvel
Local: Pq. de Exposição
A programação inclui
shows, apresentação
e concurso de quadrilhas. Nas barracas são
vendidos doces, salgados
e bebidas.
Julho
Expolagoa
Lagoa da Confusão
Data: 2° semana
Local: Parque de Exposições
Inf.: Prefeitura de Lagoa
da Confusão, tel. (63)
3364-1623.
Exposição de produtos,
como máquinas agrícolas, animais e automóveis. Além de shows de
música regional.
Festejo de Bom
Jesus da Ponta Alta
Data: 28 a 8 de agosto
Inf.: Prefeitura de Ponte
Alta do Tocantins,
tel. (63) 3378-1397.
Na comemoração do padroeiro da cidade acontece uma missa campal,
do qual fiéis derrubam
os três mastros que estão
em volta da igreja.
Festejo de N. Senhora
do Carmo
Pium
Data: 7 a 16
Local: Praça da Matriz
Inf.: Prefeitura de Pium,
tel. (63) 3368-1401.
A festa conta com novenas e missas, além de
apresentações musicais,
leilões e comidas típicas.
Festival Gastronômico
de Taquaruçu
Agosto
Setembro
Palmas
Data: móvel
Local: Praça Joaquim
Maracaípe.
Inf.: Secretaria de Comunicação de Palmas, tel.
(63) 2111-2511.
Apresentação de pratos
regionais, além de apresentações de músicos.
Cavalhadas
Festival da Canção –
FESC
Folia das Missões
Dianópolis
Data: 19
Local: Povoado das
Missões
Inf.: Secretaria de Turismo, tel. (63) 3692-2416.
O festejo é caracterizado
pelo encontro de folias,
no qual a “folia de Gerais” une-se a “folia dos
Sertões”.
Palmas Verão
Palmas
Data: móvel
Local: Principais ruas da
cidade e nas praias da
Graciosa e da Prata.
tel. (63) 2111-2511.
A programação conta
com atividades como
shows, esportes, gincanas, peças teatrais e
apresentações de dança.
Semana da Cultura
Porto Nacional
Data: móvel
Local: Praça Cultural,
Av. Beira Rio.
Inf.: Secretaria de
Turismo e Cultura
de Porto Nacional,
tel. (63) 3363-5319.
A mostra inclui espetáculos de teatro, dança,
música, folclore, artes
plásticas e literatura.
Taguatinga
Data: 13 e 14
Local: Praça Central
Inf.: Prefeitura de
Taguatinga, tel. (63)
3654-1740.
Ritual que representa
a luta entre o exército
de Carlos Magno e os
mouros, na Idade Média.
Ele é antecedido por um
desfile de caretas, com
foliões mascarados.
Festejo de N. Senhora
da Abadia
Lagoa da Confusão
Data: 15
Local: Pátio da Igreja
de N. Senhora
da Abadia
Inf.: Prefeitura de
Lagoa da Confusão,
tel. (63) 3364-1623.
No festejo em homenagem a padroeira ocorrem
leilões, missas, shows e
comidas típicas.
Romaria
do Bonfim
Fortaleza do Tabocão
Data: 7 a 15
Local: Rua de Fortaleza
do Tabocão
Inf.: Prefeitura de
Fortaleza do Tabocão,
tel. (63) 3440-1120.
São shows artísticos,
eventos esportivos,
cavalgadas, rodeios,
passeios em trilhas e
banhos de rios e cachoeiras. No final, romeiros
com velas acesas levam
o Cristo crucificado à
pequena capela, no alto
da Serra do Santuário
do Bonfim.
Gurupi
Data: móvel
Local: Praça Francisco
Henrique de Santana
Inf.: Secretaria de
Cultura de Gurupi,
tel. (63) 3312-5767.
Apresentações de artistas
locais e concurso de
músicas inéditas.
Novembro
Semana
da Cultura
Araguaína
Data: 5 até dia 14
Local: Vários pontos
da cidade
Inf.: Secretaria de Cultura, tel. 3411-7065.
Exposições de esculturas,
literatura, fotografias e
mostra de pintura.
Dezembro
Réveillon na
Praia da Graciosa
Palmas
Data: 31
Local: Praia da Graciosa
tel. (63) 2111-2511.
Apresentações de
artistas regionais de
ritmos como sertanejo,
pop, rock, MPB e forró.
À meia noite acontece
a contagem regressiva
para a virada do ano,
seguida do tradicional
espetáculo da queima de
fogos de artíficio.
211
Procissão de São João Batista, Paranã
212
213
Cidades de Apoio
Serviços de Apoio
Serviços
Almas
Agências e Monitores
Locadoras de autos
Hotéis
Restaurantes
Informações
www.to.gov.br
DDD: 63
CEP: 77310-000 Aniversário da cidade:
14 de novembro
Santo padroeiro: São Miguel
......................................
Almas215
....................................
Ananás215
Angico .................................... 215
Araguacema ............................ 215
...............................
Araguaína215
................................
Araguanã216
.............................
Araguatins216
Arraias ................................... 217
......................
Augustinópolis217
Aurora do Tocantins............. 217
..................................
Caseara220
.............................
Dianópolis220
Esperantina ........................... 220
..............................
Filadélfia220
Formoso do Araguaia ............ 220
Fortaleza do Tabocão ........... 220
....................................
Gurupi221
....................................
Itacajá221
Lagoa da Confusão ................ 221
Lajeado ...................................
222
................................
Mateiros222
Monte do Carmo.................... 222
.............................
Natividade223
....................................
Palmas223
Paraíso do Tocantins ............ 227
....................................
Paranã227
Pedro Afonso......................... 227
.......................................
Peixe228
Pium ........................................
228
Ponte Alta do Tocantins....... 228
Porto Nacional ..................... 229
Rio da Conceição................... 229
São Félix do Tocantins ......... 229
Taguatinga ............................. 230
.............................
Tocantínia230
Tocantinópolis ...................... 230
Wanderlândia ........................
230
..................................
Xambioá230
HOTEL
Av. Raimundo Pereira,
s/n°, tel. 3373-1224;
35 aptos. c/ internet,
TV; restaurante. $
RESTAURANTE
Bandeirantes
(variadas)
Avenida Tocantins,
s/n°, Setor Aeroporto,
tel. 3373-1255.
Av. Brasil, 54, tel.
3442-1204; 5 aptos.
c/ ar-cond., TV;
estacionamento. $
Restaurante
Rua Antônio Moreira,
676, tel. 3442-1339.
Pronto Atendimento
Pça. São Miguel, s/n°,
tel. 3373-1373.
Prefeitura
Av. São João, 50, Setor
Norte, tel. 3373-1327.
www.ananas.to.gov.br
DDD: 63
14 de outubro
Santo padroeiro:
São Pedro Apóstolo
Hotéis
Mineiro
Avenida Brasil, 279,
tel. 3442-1481; 15
aptos. c/ ar-cond., TV;
estacionamento. $
Araguacema
www.to.gov.br
DDD: 63
15 de junho
Santa padroeira: N. Senhora
da Divina Providência
HOTÉIS
Pousada das Araras
Hospital
Chácara, 5, margem
do rio Araguaia, tel.
8431-9686; 4 aptos. c/
ar-cond., frigobar, tel.,
TV; estacionamento. $$
Prefeitura
Pousada Londrina
INFORMAÇÕES
Rua 15 de Novembro,
581, tel. 3442-1480.
Av. Duque de Caxias,
300, tel. 3442-1232.
Secretaria de Turismo
Av. Duque de Caxias,
300, tel. 3442-1232.
Angico
INFORMAÇÕES
Ananás
214
Planalto
Torinos (carnes)
Bandeirantes
Cidades
Almas
www.angico.to.gov.br
DDD: 63
20 de fevereiro
Santa padroeira:
Santa Catarina
HOTEL
Novo
Rua do Comércio,
1.533, tel. 3431-1158;
6 aptos. $
Rua Manoel Athaydes,
119, tel. 3472-1156;
32 aptos. c/ arcond., frigobar, TV;
estacionamento,
restaurante. $
RESTAURANTE
Gaivota
Av. Santa Maria do
Araguaia, s/n°,
tel. 3472-1354.
INFORMAÇÕES
Hospital
Rua Rui Barbosa, 863,
tel. 3472-1163.
Prefeitura
Pç. Gentil Veras, 380,
tel. 3472-1315.
Pç. Gentil Veras, 380,
tel. 3472-1315.
INFORMAÇÕES
Hospital e
Pronto Socorro
Rua Nova, s/n°,
tel. 3431-1125.
Prefeitura
Rua da Quadra de
Esporte, s/n°,
tel. 3431-1279.
Araguaína
www.araguaina.to.gov.br
DDD: 63
CEP: 77800-001
Aniversário da cidade:
14 de novembro
Santo padroeiro:
Sagrado Coração de Jesus
215
Araguaína
Serviços de Apoio
HOTÉIS
RESTAURANTES
Araguatins
Boiadeiro (carnes)
Av. Tocantins, 250, tel.
3415-7500; 46 aptos. c/
TV; estacionamento.,
Cc: M, V. $$$
Cristo Redentor
Rua Muricilandia, 616,
tel. 3415-2008; 12 aptos.
c/ ar-cond., frigobar, TV;
estacionamento. $$
Ideal
Rua Feliz Maciel de
Souza, 180, Vila Piauí,
tel. 3413-8500;
41 aptos. c/ ar-cond.,
internet, frigobar, tel.,
TV; estacionamento,
piscina, bar. Cc: V. $$
Olyntho
Av. Bernardo Sayão, 581,
Entroncamento, tel.
3415-1246. Cc: todos.
HOTEL
Gaúcha (carnes)
Solar do Araguaia
Rua Mangueiras, 1.246,
tel. 3421-2700.
Cc: todos.
Praia Doce (variadas)
Av. José de Brito Soares,
s/n°, tel. 3414-4237.
Cc: todos.
INFORMAÇÕES
Hospital e
Maternidade
Dom Orione
Rua Dom Orione, 100,
tel. 3411-8787.
Rodovia BR-153, Km
125, Nova Araguaína,
tel. 3415-7600, www.
olynthohotel.com.br;
60 aptos. c/ ar cond.,
frigobar, tel., TV; estac.,
piscina, auditório.
Cc: todos. $$$$
Prefeitura
R. Carneiro
AGÊNCIAS E
MONITORES
Quadra 15, lote 3-E, tel.
3413-1383; 16 aptos.
c/ ar-cond., tel., TV;
estacionamento. Cc: V. $
Rio Lontra
Av. Presidente Castelo
Branco, 432, loteamento
Manuel Gomes da
Cunha, tel. 3413-4653;
TV; estacionamento.
Cc: D, M, V. $$
São Vicente
Av. Cônego João Lima,
2.446, tel. 3414-3007;
frigobar, internet, tel.,
TV; estacionamento.
Cc: todos. $$
216
CEP: 77950-000
20 de fevereiro
Santa padroeira: Nossa
Senhora do Perpétuo Socorro
Rua 25 de Dezembro,
265, tel. 3411-7005.
Rua 25 de Dezembro,
265, tel. 3411-7048.
Britour Viagens e
Turismo (festas e
visitação a museus)
Av. Prefeito João de
Souza Lima, 68,
tel. 3413-1789.
Única Viagens e
Turismo (caminhadas,
observação de fauna
e flora, mergulho e
passeio a cavalo)
Rua Sadoc Correia, 936,
tels. 3414-1866/8880.
Araguanã
www.to.gov.br
DDD: 63
Rua Marechal Rondon,
s/n°, tel. 3428-1292;
internet, TV; estac.,
piscina, bar, sala de
reunião. Cc: todos. $$
INFORMAÇÕES
Pronto Atendimento
Av. Aureliano Ribeiro,
s/n°, tel. 3428-1124.
Prefeitura
s/n°, tel. 3428-1144.
s/n°, tel. 3428-1144.
Araguatins
www.araguatins.to.gov.br
DDD: 63
9 de junho
Santo padroeiro:
São Vicente Férrer
HOTÉIS
Mogno
Av. Pedro Ludovico, 382,
tel. 3474-1287;
TV; estacionamento. $$
Pousada Araguaia
Av. Pedro Ludovico, s/n°,
tel. 3474-3196; 30 aptos.
c/ ar-cond., frigobar,
TV; estacionamento.
Cc: todos. $$
Aurora do Tocantins
Pousada Encontro
das Águas
Av. Pedro Ludovico,
670, tels. 34741130/1420; 20 aptos.
internet; estac., piscina,
parquinho infantil,
passeio a barco, salão
de jogos, sauna.
Cc: M, V. $$$
RESTAURANTE
Avenida (carnes)
Rua Quintino Bocaiúva,
1.856, S. Central, tel.
3474-2608. Cc: V.
INFORMAÇÕES
Hospital Municipal
de Araguatins
Rua Bartolomeu B.
da Silva, 1.183,
tel. 3474-2727.
Prefeitura
RESTAURANTES
RESTAURANTES
Dom Caíque
(variadas)
Demétrio
(variadas)
Posto do Japão
(japonesa)
Tocantins
(carnes)
Av. Paraná, s/n°,
tel. 3653-1642. Cc: V.
Rod. TO-050,
Km 419,5, s/n°,
tel. 3653-1414.
Cc: todos.
INFORMAÇÕES
Hospital Arraias –
Arnaldo Prieto
Av. Paraná, Km 1, s/n°,
Setor Buritizinho,
tel. 3653-1181.
Prefeitura
Rua Brig. Felipe, 1,
tel. 3653-1370.
Rodoviária
Rodoviária
Secretaria
de Turismo
Arraias
www.to.gov.br
DDD: 63
1º de agosto
Senhora dos Remédios
HOTEL
Tropical
Rua Dr. Joaquim
Magalhães Filho, s/n°,
tel. 3653-1305; 12
estacionamento. $$
Av. Goiás, 1.011, tel.
3456-1696. Cc: M, V.
INFORMAÇÕES
Pça. Ancelmo Ferreira
Guimarães, s/n°,
tel. 3474-2140.
Av. Araguaia, s/n°,
tel. 3474-1265.
Av. Goiás, s/n°, tel.
3456-1482. Cc: M.
Quadra 6, lote 1A,
tel. 3653-1216.
Rua Brig. Felipe, 1,
tel. 3653-1370.
Augustinópolis
www.to.gov.br
DDD: 63
14 de maio
Santa padroeira:
N. Senhora da Consolação
Hospital
Rua Amazonas, s/n°,
tel. 3456-1292.
Prefeitura
Rua Antônio de
Souza Gomes, 70,
tel. 3456-1576.
Aurora do
Tocantins
www.to.gov.br
DDD: 63
CEP: 77325-000
29 de outubro
Santo padroeiro:
N. Senhor do Bonfim
HOTEL
França
Av. Lindolfo José de
Almeida, s/n°, tel.
3658-1336; 6 aptos.
c/ ar-cond., TV;
estacionamento. $
INFORMAÇÕES
HOTEL
Hotel Augustu’s
Rua Dom Pedro I,
175, tel. 3456-1275;
19 aptos. c/ ar-cond.;
estacionamento. $$
Hospital
Av. Benicio Luiz
Tavares, s/n°.
Prefeitura
Praça Zuza Tavares,
tel. 3658-1217.
217
Cachoeira da Velha, Jalapão, Mateiros
218
219
Aurora do Tocantins
Caseara
www.to.gov.br
DDD: 63
CEP: 77680-000 Aniversário da Cidade: 1º
de junho
Santo Padroeiro: Senhor Bom
Jesus da Lapa
HOTEL
Pousada da Ilha
Av. Tocantins, s/n°,
quadra 8, lote 3, tel.
3379-1331; 9 quartos.
c/ ar-cond., TV;
estacionamento. $
INFORMAÇÕES
Hospital
Av. Brasil, s/n°, tel.
3379-1110.
Prefeitura
Rua Trajano de Almeida,
264, tel. 3379-1376
AGÊNCIAS E
MONITORES
CC Trekking
Adventure (canoagem,
cicloturismo, trekking)
Av. dos Aviadores, 720,
tel. 8405-5011.
Dianópolis
www.dianopolis.to.gov.br
DDD: 63
26 de agosto
Santo padroeiro:
São José
HOTel
Dianópolis Park
Av. Independência,
BR-040, 1.187 , tel.
3692-1444; 29 aptos. c/
220
Serviços de Apoio
TV; estacionamento.
Cc: V. $$
INFORMAÇÕES
Hospital
RESTAURANTE
La Boca (pizzas)
Rua João Rodrigues,
489, tel. 3692-1599.
Cc: todos.
INFORMAÇÕES
Hospital Regional
Rua 10, quadra 34, lote
1, Setor Nova Cidade,
tel. 3692-1020.
Prefeitura
Rua Jaime Pontes, 256,
tel. 3692-2427.
Esperantina
www.to.gov.br
DDD: 63
10 de fevereiro
Santo padroeiro: São Batista
Av. Prefeito Jesus
de Alencar, 1.018,
tel. 3478-1160.
Prefeitura
Pça. da Bandeira, 101,
tel. 3478-1268.
Formoso
Araguaia
do
www.to.gov.br
DDD: 63
1º de outubro
Santo padroeiro:
São João Batista
HOTÉIS
Ilha Verde
Rua 2, NR 680, quadra
66, lote 15 e 16, s/n°, tel.
3357-1448; 85 aptos.
c/ ar-cond., frigobar;
estacionamento. $$
Serra Dourada
INFORMAÇÕES
Hospital
Rua Vitorino Ribeiro,
s/n°, tel. 3475-1217.
Prefeitura
Av. Presidente JK, s/n°,
tel. 3357-1810; 16 aptos.
c/ ar-cond., TV; estac.
Cc: V. $$
Av. Getúlio Vargas, s/n°,
tel. 3475-1132.
RESTAURANTE
Av. Presidente JK, s/n°,
tel. 3357-1418. Cc: V.
Av. Getúlio Vargas, s/n°,
tel. 3475-1193.
Filadélfia
www.to.gov.br
DDD: 63
1º de janeiro
Santa padroeira: N. Senhora
do Perpétuo Socorro
Serra Dourada (carnes)
INFORMAÇÕES
Hospital Municipal
Hermínio Azevedo
Soares
Av. Perimetral, s/n°,
tel. 3357-1826.
Prefeitura
Av. Hermínio de
Azevedo Soares, 1.000,
tel. 3357-2893.
Rodoviária
Av. Rio Formoso, s/n°,
Terminal Rodoviário,
tel. 3357-1492.
Lagoa da Confusão
14 de novembro
Santo padroeiro:
Santo Antônio
HOTÉIS
Deville
Fortaleza
do Tabocão
www.to.gov.br
DDD: 63
CEP: 77708-000
20 de fevereiro
Santo padroeiro: São Geraldo
HOTEL
Tabocão
Chácara Janaína, s/n°,
BR-153, Km 340, tel.
3440-1138; 10 aptos.
c/ tel., TV; estac.,
restaurante, piscina, área
de lazer, passeio a cavalo,
pesca. $$
Rua 2, s/n°, quadra 13,
lote 6-7, tel. 3314-1057;
tel., TV; estac. $$
Gurupi Palace
R. Min. Alfredo Nascer,
650, tel. 3312-4377;
internet, frigobar, tel.,
TV; estacionamento,
piscina. Cc: M, V. $$$
Veneza Plaza
Av. Pará, 1.823, tel.
3312-3500; 54 aptos. c/
ar-cond., frigobar, tel.
TV; estacionamento,
piscina, restaurante.
Cc: A M, V. $$$
RESTAURANTE
RESTAURANTE
Tabocão (carnes)
Rodovia BR-153, s/n°,
tel. 3440-1200.
INFORMAÇÕES
Posto de Saúde
Av. Bananal, s/n°,
tel. 3440-1241.
Prefeitura
Rua Vitória Régia, s/n°,
tel. 3440-1120.
Rua Vitória Régia, s/n°,
tel. 3440-1120.
Gurupi
www.gurupi.to.gov.br
DDD: 63
CEP: 77400-001
Cometa (carnes)
Hemisfério Viagens
(canoagem, rapel,
montanhismo,
ultraleve)
Rua Pres. Getúlio Vargas,
1.371, tel. 3315-2448.
Mais Turismo
(cachoeirismo,
canoagem, safári
fotográfico)
Av. Goiás, Galeria
Portinari, sala 2 ,
tel. 3312-2928, www.
maisturismo.tur.br.
Meio Norte Turismo
(artesanato, produtos
típicos regionais)
Rua S 15, 608, tels.
3313-1156/2597.
Itacajá
www.to.gov.br
DDD: 63
12 de novembro
Santo padroeiro: Sagrado
Coração de Jesus
Rodovia BR-153,
Km 652, tel. 3314-1431.
Cc: M, V.
HOTEL
INFORMAÇÕES
Av. Pedro Ludovico, ao
lado da praia, s/n°, tel.
3439-1559; 8 quartos c/
TV; estacionamento. $
Hospital São Francisco
Rua 19, s/n°,
tel. 3312-4550.
Prefeitura
Rua 14 de Novembro,
1.500, tel. 3315-0003.
Rua Eurídes R. Brito,
tel. 3315-0110.
AGÊNCIAS E
MONITORES
Gurutur (pesca)
Rua Pres. Getúlio Vargas,
1.369, tel. 3312-1820.
Beira Rio
RESTAURANTE
Real (caseira)
Av. Presidente Dutra,
740, tel. 3439-1402.
INFORMAÇÕES
Hospital
Rua Costa e Silva, s/n°,
tel. 3439-1242.
Prefeitura
Av. Pedro Ludovico, s/n°,
tel. 3439-1411.
221
Lagoa da Confusão
Lagoa da
Confusão
www.to.gov.br
DDD: 63
CEP: 77493-000
10 de fevereiro
Santa padroeira:
N. Senhora da Abadia
Serviços de Apoio
Pousada Santa Helena
INFORMAÇÕES
Hospital de Pronto
Socorro – HPS
Praça 5 de Maio, s/n°,
tel. 3519-1090.
Prefeitura
HOTEL
Av. Justiniano
Monteiro, 2.076,
tel. 3519-1235.
Pousada Gaivotas
Rodoviária
Rua Firmino P. Lacerda,
quadra 53, s/n°, tel.
3364-1238; 12 aptos. c/
ar-cond., frigobar, TV;
estacionamento. $$
RESTAURANTE
Goteira (variada)
Rua José Rodrigues, s/n°,
tel. 3364-1272.
INFORMAÇÕES
Hospital
Bartolomeu
Bandeira de Barros
BR-010, tel. 3519-1135.
Av. Enedino Gomes,
s/n°, tel. 3519-1184.
Mateiros
www.to.gov.br
DDD: 63
CEP: 77593-000
20 de fevereiro
Santo padroeiro:
Divino Espírito Santo
Av. Vitorino Panta, s/n°,
tel. 3364-1176.
HOTÉIS
Prefeitura
Av. Aureliano Pereira
dos Santos, s/n°,
tel. 3534-1213;
tel., TV. $$
Av. Firmino Lacerda, 25,
tel. 3364-1623.
Lajeado
www.to.gov.br
DDD: 63
CEP: 77645-000
5 de maio
Senhora da Providência
RESTAURANTE
Amadeus
(variada)
Rua Anita Pires, s/n°,
Balneária Ilha Verde,
tel. 3519-1057.
222
Pousada Cardoso
Pousada dos
Buritis do Jalapão
Av. Piauí, s/n°, quadra
5, lotes 2 e 3, tel.
3534-1139; 16 aptos. c/
ar-cond., internet, tel.,
TV; estacionamento,
restaurante. $$$
Pousada Panela
de Ferro
quadra 7, lote 15, tel.
3534-1038; 9 aptos.;
estacionamento,
restaurante. $$$
Av. Maranhão, s/n, tel.
3534-1050/1099, www.
pousadasantahelenajala
pao.com.br, 18 aptos c/
ar-cond., frigobar, tel.:
bar, barcos, internet,
piscina. Cc: M, V. $$
INFORMAÇÕES
Centro Municipal de
Saúde – Cristo Rei
Rua 14, s/n°,
tel. 3534-1007.
Prefeitura
Av. Maranhão, s/n°,
quadra 22, lote 6,
tel. 3534-1008.
tel. 3217-5107, www.
rotadaiguana.com.br
Monte
Carmo
do
www.to.gov.br
DDD: 63
CEP: 77585-000
23 de outubro
Santa padroeira:
Nossa Senhora do Carmo
RESTAURANTE
Serranos (caseira)
Rua Moises Rodrigues,
484, tel. 9968-2424.
AGÊNCIAS E
MONITORES
40° no Cerrado
(rapel, tirolesa,
trekking)
Rua NE, 35, 104 Norte,
Palmas, tel. 3215-8313.
Jalapão Adventure
(safári fotográfico,
observação de fauna e
flora, cachoeirismo)
Av. Aureliano Pereira dos
Santos, s/n°, quadra 8,
lote 4, Palmas,
tel. 3225-4078.
Quatro Elementos
Expedições (rafting,
canoagem, caminhada)
Lote 1, loteamento Ponte
Alta, Gleba 15, 3ª Etapa,
tel. 3215-7277.
Rota da Iguana
(observação de fauna e
flora, trekking)
Alameda 2, quadra
110 Norte, Palmas,
Vereda’s
Rodovia BR-010, s/n°,
tel. 3372-1133; 28 aptos.
internet, tel., TV; est.
Cc: todos. $$
RESTAURANTE
Dona Maria (variada)
Rua Travessa B, 10,
tel. 3372-1529.
INFORMAÇÕES
Hospital Dr. Freud
Nunes da Silva
Rua E, s/n°, Setor
Ginazial, tel. 3372-1796.
Prefeitura
Av. Maranhão, s/n°,
quadra 22, lote 6,
tel. 3534-1008. Palmas
INFORMAÇÕES
Hospital
Rua Silvino Amaral,
s/nº, tel. 3540-1110.
Prefeitura
Av. Benício Pinto
Siqueira, s/n°,
tels. 3540-1276/1120.
Av. Benício Pinto
Siqueira, s/n°,
tels. 3540-1276/1120.
Natividade
www.natividade.to.gov.br
DDD: 63
CEP: 11380-000
1 de junho
Santa padroeira:
N. Sra. de Natividade
HOTÉIS
Serra Geral
Rod. TO-050, s/n°,
Km 227, Trevo Norte,
tel. 3372-1160; 24 aptos.
c/ ar-cond., internet, TV;
estac. Cc: V. $$
Rua 7 de Setembro, 31,
tel. 3372-1800.
Rodoviária
Av. B-3, s/n°.
tel. 3372-1302.
Palmas
www.palmas.to.gov.br
DDD: 63
CEP: 77000-001
20 de maio
Santo padroeiro: São José
internet, tel., TV.
Cc: V. $$$
Casa Grande
Av. Teotônio Segurado,
s/n°, 201-S, lote1,
tel. 3216-8000; 37
aptos. c/ ar-cond.,
frigobar, internet, TV;
estacionamento, piscina.
Cc: M, V.$$$
Dos Buritis
Avenida Juscelino
Kubitscheck, s/n°,
103-N, lote 175/177,
tel. 3219-9900, www.
hoteldosburitis.com.br;
internet; estacionamento,
piscina, restaurante.
Cc: todos. $$$$
Eduardo’s Palace
Quadra 103 Norte,
s/n°, lote 34, conjunto
2, Plano Diretor Norte,
tel. 3215-9300, www.
eduardosphotel.com.br;
tel., TV; estac., piscina.
Cc: D, M, V. $$$
Fazenda Ecológica
Rodovia T0-050, km
50, 33 km, distrito
de Taquaruçu, tel.
8404-8203. 7 aptos;
cachoeiras, trilhas,
rapel, tirolesa. $$
Fit
Rua NO-01, 29, qd. 103
Norte, Plano Diretor
Norte, tel. 3215-3401;
18 aptos. Cc: V. $$$
104-N, 48, sala 10,
tel. 3213-3800,
www.hotelfit.com.br;
internet, frigobar,
TV; estacionamento,
restaurante, lavanderia.
Cc: todos. $$$
Araguaia
Italian Palace
HOTÉIS
Alvorada
Av. LO-04, 58, qd. 104
Norte, PlanoDiretor
Norte, tel. 3225-5060,
www.hotelaraguaia
palmas.com.br; 24 aptos.
s/n°, 1201-S, cj. 1, lote
19, tel. 3219-1100;
20 aptos. c/ arcond.,
frigobar, internet; estac.
Cc: V. $$$
223
103-Sul, Avenida LO-01, 78, Palmas, TO
Tel. (63) 3219-1500
www.arteshotel.com.br
38 aptos. com ar-split, frigobar, internet, TV,
estacionamento, piscina, sauna, fitness-center,
sala de convenções, restaurante e traslado in-out.
224
225
Palmas
Munart
Av. LO-3, s/n°, quadra
104 Sul, conjunto 4, lote
38, Plano Diretor Sul,
tel. 3215-3965; 33 aptos.
c/ ar-cond., internet,
TV; estacionamento.
Cc: todos. $$$$
Pousada das Artes
Av. LO-1, 103-S, 78,
tel. 3219-1500, www.
arteshotel.com.br;
38 aptos. c/ar-cond.,
estacionamento, piscina,
restaurante. Cc: todos.
$$$$
Pousada dos
Girassóis
103-S, cj.3, lote 44, tel.
3219-4500; 62 aptos. c/
ar-cond., internet, TV;
estacionamento, piscine,
restaurante. Cc: M,V.
$$$$
Rio do Sono
Av. Teotonio Segurado,
s/n°, ACSU-10,
conjunto 1, lote 10,
Plano Diretor Sul,
tel. 3219-6800, www.
hotelriodosono.com.br;
frigobar, tel., TV;
estacionamento, sauna.
Cc: todos. $$$$
Turim Palace
Rua NO-1, s/n°, quadra
103 Norte, lotes 5 e 7,
Plano Diretor Sul,
tel. 3215-1484,
www.turimhotel.com.br;
frigobar, TV; estac.
Cc: M, V. $$$$
Victória Plaza
Av. JK, s/n°, quadra
103 Sul, conjunto 1,
lote 11 A, Plano Diretor
Sul, tel. 3219-7800,
www.victoriaplazahotel.
com.br; 72 aptos. c/
226
Serviços de Apoio
ar-cond., frigobar,
internet, tel., TV; estac.,
piscina, sala de ginástica,
restaurante. Cc: todos.
$$$$
RESTAURANTES
Cabana do Lago
(regional)
103 Sul, SO 09, lote
5, tel. 3215-4989.Cc:
todos.
Ecológico (vegetariana)
Rodovia AL-105 Sul,
s/n°, tel. 3215-3098.
Fogão a lenha (caseira)
402 Sul, s/n°, tel.
3215-5868. Cc: D,
M, V.
Mumbuca
(frutos do mar)
Av. LO 9, 402 Sul, tel.
3225-0291. Cc: M, V.
Novo Paladar
(variadas)
Av. Castelo Branco,
1.076, tel. 3386-1788.
Portal do Sul (carnes)
quadra 102-N, cj. 1,
lote 4, tel. 3225-8744.
Cc: todos.
Sarandi (carnes)
Av. LO 2, s/n°, quadra
103 Norte, lote 34, tel.
3215-2776. Cc: M, V.
INFORMAÇÕES
Hospital e Maternidade Cristo Rei
Av. Lo, s/n°, quadra 501
Sul, lote 2, conjunto 2,
tel. 3215-9600.
Prefeitura
Av. NS-2, s/n°, quadra
502 Sul, Paço Municipal
Theotônio Segurado,
tel. 2111-2501.
ADTUR
Esplanada das
Secretarias, AANE,
tel. 3218-2335.
Secretaria Municipal
de Turismo
Rua SE 1, qd. 104
Sul, 2° andar, tel.
2111-0213/0215.
AGÊNCIAS E
MONITORES
Ágatha Class Turismo
(observação de fauna
e flora, trekking)
Av. Joaquim Teotônio
Segurado, conj.1, lote 6,
sala 511, tel. 3216-1678.
Bananal Ecotur
e flora, trekking)
e flora, rapel, tirolesa,
trekking)
Palmas, tel. 3215-8313.
Quatro Elementos
Expedições
(rafting, canoagem,
trilha)
Ponte Alta Gleba, 15,
lote 1, 1ª Etapa,
tel. 9976-0040.
Ricanato
Viagem e Turismo
(canyoning, observação
de fauna e flora,
trekking)
Rua MAS, 101 Sul,
lote 10, sala 39, tel.
3215-2040, www.
ricanato.com.br
Rua SO-5, qd. 103 Sul,
4, sala 1, tel. 3028-4200.
LOCADORA
DE AUTOS
Batista Pereira
Turismo (observação
de fauna e flora,
tirolesa, trekking)
Avis
Avenida Juscelino
Kubitscheck, 103 Sul,
edif. Pipes II, sala 2,
lote 26, tels. 3215-2414
e 9978-2414, www.
batistaturismo.com.br.
Jalapão Adventure
(cachoeira,
safári fotográfico,
observação de fauna
e flora, trilha)
Av. Aureliano Pereira dos
Santos, s/n°, quadra 8,
lote 4, tel. 3225-4078.
Norte Tur
e flora, trilha, rally)
Alameda 5, quadra
12 Norte, lote 34,
tel 3215-4957,
www.nortetur.com.br
40° no Cerrado
Rua SO 5, lote 25, SL
02, Setor 103 Sul, cj. 03,
tel. 3215-3336.
Hertz
ACNO 01, cj.04, lt. 37,
sl. 1 e 2, tel. 3215-1900.
Localiza
Av. LO-03 107, 103 Sul
II, tel. 3223-8700.
Paraíso do
Tocantins
www.to.gov.br
DDD: 63
CEP: 77600-000
23 de outubro
Santo padroeiro:
São José Operário
Pedro Afonso
c/ ar-cond., frigobar;
estacionamento. $$
Milena
Av. Transbrasiliana,
s/n°, Setor Milena,
tel. 3602-3242; 20
estacionamento. $
Belém Brasília
Rua Tapajós, 349, tel.
36021145; 12 aptos.
HOTEL
Comercial Dallas
Pirâmide
Avenida TO, 242,
Setor Aeroporto,
tel. 3371-1170; 19 aptos.
c/ ar-cond., frigobar, tel.,
TV; estacionamento,
restaurante. $$
Pousada Tocantins
RESTAURANTE
Rua Firmino Mendes,
397, tel. 3602-6418;
11 aptos. c/ TV;
estacionamento. $
Rua João de Pádua,
662, tel. 3602-6642;
estacionamento. $$
Três Estrelas
Praião (variada)
Av. Dominguinhos, s/n°,
Beira do Rio Paranã,
tel. 8466-9885.
Rua Firmino Mendes,
295, tel. 3602-6741;
4 aptos. c/ ar-cond., TV;
estacionamento. $
INFORMAÇÕES
RESTAURANTES
Rodoviária
Chapadão (carnes)
Av. B, s/n°, Setor Milena,
tel. 3602-4195.
Cc: M, V.
Torre Forte (carnes)
Av. Alfredo Nascer, 502,
tel. 3361-2305.
Cc: todos.
INFORMAÇÕES
Hospital Modelo
Rua Tapajós, 260,
tel. 3602-1188.
Hospital
Av. L, s/n°, qd. 107, lotes
4 e 5, tel. 3371-1394.
Avenida TO, 242,
tel. 3371-1124.
Prefeitura
tel. 3371-1325.
Pedro Afonso
www.to.gov.br
DDD: 63
CEP: 77710-000
17 de julho
Santo padroeiro: São Pedro
Prefeitura
Av. Transbrasiliana, 335,
tel. 3602-1253.
Paranã
HOTÉIS
Santo padroeiro:
São João Batista
www.to.gov.br
DDD: 63
CEP: 77360-000
23 de outubro
HOTEL
Benfica Palace
Av. Mestre Bento,
1.320, Setor Aeroporto,
tel. 3466-2280; 28
aptos. c/ ar-cond.,
estacionamento.
Cc: todos. $$$
227
Pedro Afonso
Serviços de Apoio
Senhora da Conceição
RESTAURANTE
INFORMAÇÕES
INFORMAÇÕES
INFORMAÇÕES
Lara
(variada)
Hospital
Hospital
Hospital
Rua Benjamin Constant,
835, tel. 3466-1485.
Cc: V.
INFORMAÇÕES
Hospital
Rua Numeriano Bezerra
de Castro, s/n°,
Setor Aeroporto,
tel. 3466-1911.
Av. Oscar José da Silva,
580, tel. 3356-1689.
Prefeitura
João Visc.e de Queiroz,
s/n°, tel. 3356-1632.
Secretaria Municipal
de Turismo e Meio
Ambiente
Av. Aeroporto, s/n°,
tel. 3356-1051.
Prefeitura
Rua Getúlio Vargas, 400,
tel. 3466-1220.
Rua Getúlio Vargas, 400,
tel. 8416-1357.
Pium
www.to.gov.br
DDD: 63
CEP: 77540-000
23 de junho
Santa padroeira:
Nossa Senhora do Carmo
Peixe
www.to.gov.br
DDD: 63
CEP: 77835-200
20 de junho
Santa padroeira:
Nossa Senhora da Abadia
HOTÉIS
Enseada Clones
Rua 16, s/n°, quadra
68, lotes 1 e 2, tel.
3356-1638; 20 aptos.
TV; estacionamento,
restaurante. $$
Mineirinho
Av. Oscar José
da Silva, s/n°, tel.
3356-1482; 11 aptos.
internet, tel. TV;
estacionamento. $$
228
Rua 11, s/n°,
tel. 3368-1122.
Prefeitura
Av. Diógenes de Brito,
22, tel. 3368-1435;
11 aptos. c/ arcond., frigobar, TV;
estacionamento. $
Pousada Recantu’s
Rua 1, tel. 3368-1587;
estacionamento. $
RESTAURANTES
Mais Sabor
(variada)
Rua 9, s/n°,
tel. 3368-1464.
Sabor Goiano
(variada)
Rua Alameda, 3, Setor
Popular, tel. 3368-1585.
Prefeitura
Av. Diógenes de Brito, 1,
Setor Alto da Boa Vista,
tel. 3368-1401.
Praça Capitão Antônio
Mascarenhas, s/n°,
tel. 3378-1397.
Secretaria de Turismo e
Meio Ambiente
Av. Brasília, s/n°,
Setor Jardim Brasília.
Av. Diógenes de Brito, 1,
Setor Alto da Boa Vista,
tel. 3368-1401.
Ponte Alta
do Tocantins
www.to.gov.br
DDD: 63
CEP: 77590-000
14 de novembro
Santo padroeiro:
Bom Jesus da Lapa
HOTÉIS
Pousada Paraná
Av. Dos Labradores, s/n°,
tel. 3378-1410.
HOTÉIS
Pousada
Beira Rio
Rua Manuel Cavalcante,
751, tel. 3378-1172; 10
estacionamento. $$
Pousada Planalto
Mascarenhas, 436, tels.
3378-1141/70; 10 aptos.
c/ ar-cond., frigobar, TV;
estacionamento. $$
Planalto
(variada)
Mascarenhas, 436,
tels. 3378-1141/70.
Capim Dourado
Av. Joaquim Aires,
2.262, tel. 3363-3979;
frigobar, internet, tel.,
TV; estacionamento,
restaurante. $$
Rodoviária
Mascarenhas, s/n°,
tel. 3378-1397.
AGÊNCIAS E
MONITORES
40° no Cerrado
e flora, rapel, tirolesa,
trekking)
RESTAURANTES
Aliança
(variada)
Praça do Café Teatro,
2.076, tels. 3363-2388/
1633. Cc: M, V.
Visão
(carnes)
Av. Anel Viário, 246, tel.
3363-2103. Cc: M, V.
Palmas, tel. 3215-8313.
Bananal Ecotur
flora, trekking)
Av. Murilo Braga, 1.572,
tels. 3363-8409/8420.
Hospital
Quadra 103 Sul, Rua
SO-5, 4, sala 1, Palmas,
tel. 3028-4200.
Prefeitura
Batista Pereira Turismo
flora, tirolesa, trekking)
Rodoviária
103 Sul Av. JK, ed. Pipes
II, sala 2, lote 26, tels.
3215-2414 / 9978.2414,
www.batistaturismo.
com.br.
www.to.gov.br
DDD: 63
CEP: 77000-000
13 de julho
Santo padroeiro: Nossa
Senhora das Mercês
INFORMAÇÕES
Hospital
Rua Bahia, s/n°, qd. 66,
lote 1, tel. 3691-1176.
Prefeitura
tel. 3691-1131.
São Félix do
Tocantins
www.to.gov.br
DDD: 63
CEP: 77605-000
20 de fevereiro
Senhora da Conceição
HOTÉIS
INFORMAÇÕES
Porto Nacional
RESTAURANTE
HOTel
Av. Murilo Braga, 1.887,
tel. 3363-6000.
Terminal Rodoviário,
s/n°, Setor Alta da
Colina, tel. 3363-1224.
Posada Capim
Dourado
Rua Teotonio
Segurado, s/nº, tel.
3576-1016; 9 aptos. c/
ar-cond., frigobar, TV;
estacionamento. $$
RESTAURANTE
Jalapão
(caseira)
tel. 3376-1035.
Rua Dr. Francisco Aires,
338, tel. 3363-5319.
INFORMAÇÕES
Rio da
Conceição
www.riodaconceicao.to.gov.br
DDD: 63
CEP: 77000-000
20 de fevereiro
Unidade Básica
de Saúde
Av. Francisco Leobas, 22,
quadra 7, lote 9.
Prefeitura
Dr. Rubim, s/n°,
tel. 3576-1096.
229
Taguatinga
Serviços de Apoio
Cavalhada
Taguatinga
www.to.gov.br
DDD: 63
CEP: 77320-000
20 de fevereiro
Senhora da Abadia
HOTel
Pousada Caminho
de Casa
Rua Coronel Camilo
Godinho, s/n°, tel.
3654-1157; 18 aptos.
c/ ar-cond., internet,
frigobar, TV; estac.
Cc: V. $$
RESTAURANTE
Caminho de Casa
(carnes)
Av. José Joaquim de
Almeida, s/n°,
tel. 3654-1157. Cc: V.
INFORMAÇÕES
HOTEL
Posto de Saúde
Luz do Sol
Rua Ernesto Miguel
Costa, s/n°,
tel. 3367-1122.
Prefeitura
Av. Tocantins, 220,
tel. 3367-1277.
Tocantinópolis
www.to.gov.br
DDD: 63
CEP: 77900-999
28 de julho
Senhora da Consolação
HOTEL
Dakátia
Hospital Municipal
São João Batista
Rua XV de Novembro,
556, tel. 3471-1487;
23 aptos. c/ arcond., internet, TV;
estacionamento, bar,
sala de leitura, sala de
reuniões. $$
Prefeitura
INFORMAÇÕES
INFORMAÇÕES
Rua Dom Pedro II, s/n°,
tel. 3654-1105.
Rua Dom Pedro II, s/n°,
tel. 3654-1740.
Tocantínia
www.to.gov.br
DDD: 63
CEP: 77640-000
7 de outubro
Santo padroeiro:
São Sebastião
HOTEL
Dagma
Rua 31 de Março, 145,
tel. 3367-1100; 3 aptos.
c/ ar-cond., tel., TV. $$
230
Hospital
Av. Gomes Ferreira, 762,
tel. 3453-1221; 7 aptos.
c/ ar-cond., internet, TV;
estac. Cc: todos. $$
INFORMAÇÕES
Pronto Atendimento
Av. Sebastião Siqueira,
1.385, tel. 3453-1249.
Prefeitura
Praça do Estudante, 814,
tel. 3453-1176.
Xambioá
www.to.gov.br
DDD: 63
CEP: 77000-000
14 de novembro
Santo padroeiro:
São Miguel
HOTel
Tomazini
Rua Antônio Maranhão,
s/n°, tel. 3473-1102;
estac. Cc: M, V. $$
Rua Maranhão, 497,
tel. 3471-2180.
RESTAURANTE
Prefeitura
Canequinho (carnes)
Rua da Estrela, 303,
tel. 3471-7106.
Wanderlândia
www.to.gov.br
DDD: 63
CEP: 77860-000
1º de fevereiro
Senhora Imaculada Conceição
Rua 7 de Setembro, s/n°,
tel. 3473-1475. Cc: V.
INFORMAÇÕES
Hospital
Av. G, 69, quadra 16,
lote 18, Setor Leste,
tel. 3473-1277.
Prefeitura
Av. E, s/n°, qd. 8, Setor
Leste, tel. 3473-1602.
231
Municípios do Tocantins
km
Municípios
km
Municípios
.............................................................................................................................................
FORMOSO
DO
ARAGUAIA
327
ALMAS276
.............................................................................................................................................
FORTALEZA DO TABOCÃO
153
ANANÁS520
.............................................................................................................................................
GURUPI230
ANGICO 495
.............................................................................................................................................
ITACAJÁ295
ARAGUACEMA 297
.............................................................................................................................................
LAGOA DA CONFUSÃO
220
ARAGUAÍNA368
.............................................................................................................................................
LAJEADO 50
ARAGUANÃ459
.............................................................................................................................................
MATEIROS241
ARAGUATINS601
.............................................................................................................................................
MONTE DO CARMO
97
ARRAIAS 413
.............................................................................................................................................
NATIVIDADE200
AUGUSTINÓPOLIS605
.............................................................................................................................................
PARAÍSO DO TOCANTINS
63
AURORA DO TOCANTINS
496
.............................................................................................................................................
PARANÃ337
caseara256
.............................................................................................................................................
PEDRO AFONSO
173
DIANÓPOLIS320
.............................................................................................................................................
PEIXE302
ESPERANTINA 680
.............................................................................................................................................
PIUM 181
FILADÉLFIA479
.............................................................................................................................................
187
.............................................................................................................................................
PORTO NACIONAL
52
.............................................................................................................................................
RIO DA CONCEIÇÃO 249
.............................................................................................................................................
SÃO FÉLIX DO TOCANTINS
227
.............................................................................................................................................
TAGUATINGA 447
.............................................................................................................................................
TOCANTÍNIA 71
.............................................................................................................................................
TOCANTINÓPOLIS 517
.............................................................................................................................................
WANDERLÂNDIA 417
.............................................................................................................................................
Distâncias a Partir de Palmas (km)
Fonte: Governo do Estado do Tocantins
O Estado do Tocantins ocupa uma área de 277.620 km2,
representando 7,2% de toda a Região Norte e 3,26%
do total do território brasileiro. Sua população total é de
1.383.453 habitantes, de acordo com dados de 2010 do
IBGE. Ao todo são 139 municípios, o que contabiliza uma
densidade demográfica de 4,8 habitantes por km2.
Municípios do Tocantins
XAMBioÁ507
232
233
Índice de Cidades
Almas, 166
Ananás, 201
Angico, 201
Araguacema, 142
Araguaína, 188
Araguanã, 195
Araguatins, 202
Arraias, 174
Augustinópolis, 203
Aurora do Tocantins, 181
Caseara, 144
Dianópolis, 168
Esperantina, 204
Filadélfia, 186
Formoso do Araguaia, 150
Fortaleza do Tabocão, 143
Gurupi, 151
Itacajá, 187
Lagoa da Confusão, 148
Lajeado, 118
234
Mateiros, 130
Monte do Carmo, 123
Natividade, 160
Novo Acordo, 137
Palmas, 110
Paraíso do Tocantins, 117
Paranã, 156
Pedro Afonso, 120
Peixe, 152
Pium, 140
Ponte Alta do Tocantins, 126
Porto Nacional, 122
Rio da Conceição, 171
São Félix do Tocantins, 136
Taguatinga, 176
Tocantínia, 121
Tocantinópolis, 200
Wanderlândia, 193
Xambioá, 194
235
Créditos
a: alto
cea: centro esquerda acima
ac: alto centro
cee: centro esquerda embaixo
ad: alto direita
e: embaixo
ae: alto esquerda
ec: embaixo centro
c: centro
ed: embaixo direita
cac: centro acima
ee: embaixo esquerda
cem: centro embaixo
f: fundo
cd: centro direita
ic: ícone
cda: centro direita acima
pd: página dupla
cde: centro direita embaixo
pi: página inteira
ce: centro esquerda
t: tarja
Adtur (Divulgação)
121c; Arquivo: 160ae; Emerson Silva: 68t,
160/161c; Manuel Junior: 156e, 161cac; Tharson Lopes: 56/57c, 68/69c, 68/69f, 69ic; Thiago Sá: 28cd, 68cda, 121cee, 132e, 150/151c,
156/157cac, 156/157c, 160e, 161cem, 162e,
177ad, 177cee, 178/179pd, 180/181c, 205ce,
231pi.
Celtins (Divulgação)
Ricardo Teles : 176a, 180ae.
ILUSTRAÇÕES DE PEIXES
Lester Scalon
59cd.
FOTÓGRAFOS
Todas as imagens deste guia são de autoria de
Stepan Norair Chahinian, exceto:
Embratur
82/83pd.
Naturatins (Divulgação)
33ic, 37ic, 41ic, 47ce, 51ic.
José Paiva
32f, 32e, 33a, 34/35pd, 36/37pd, 36/37ec,
38/39pd, 44t, 44ae, 44ee, 45ic, 45cea, 46t,
46ee, 47ic, 47ad, 47e, 48t, 48ae, 48ad, 48ce,
48ee, 49ae, 49ic, 49ad, 51e, 86t, 88t, 90t,
92t, 94t.
SECOM
Lia Mara: 6/7pd.
236
237
Agradecimentos
Agência de Desenvolvimento e Turismo do Estado do Tocantins (Adtur) pelo apoio durante a
captação de imagem no Estado
Antônio Malan Dias (Bacharel em Turismo)
Flávia Quinta (Assessoria de Comunicação do Estado do Tocantins)
Glês Nascimento (Jornalista, Palmas)
José Luiz Cabral Silva Junio (Meteorologista Unitins, Palmas)
Maria Arienar (Jornalista, Palmas)
Profª. Drª Sandra Madureira
Rose Perito
Secretaria da Cultura do Tocantins (Secult)
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)
Guia Turístico Tocantins: Ecológico, Histórico e Cultural –
Brasil. São Paulo: Empresa das Artes, 2011. (Série Guias
Empresa das Artes de Turismo no Brasil)
Vários colaboradores
ISBN 978-85-7910-047-5
1. Cultura – Tocantins (TO) – Guias 2. Ecoturismo –
Tocantins (TO) 3. Tocantins (TO) – Descrição e Viagens
4. Tocantins (TO) – História 5. Turismo – Tocantins (TO) –
Guias I. Série.
11-05117CDD-918.168117
Índices para catálogo sistemático:
1. Guias: Tocantins: Turismo: Descrição 238
918.168117
239
Rio Azuis, Aurora
240

Tocantins - Ironman Brasil

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