Untitled - Programa de Pós-Graduação em Geologia

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Untitled - Programa de Pós-Graduação em Geologia
XII Seminário do Curso de Pós-Graduação em Geologia da UFPR, 2009
Sumário
Programa de Geologia Ambiental
Anjos, Maria Luiza Martini dos - Mapeamento dos depósitos quaternários
costeiros da ilha de São Francisco do Sul, Santa Catarina
Athayde, Gustavo Barbosa - Implicações da anisotropia estrutural na
hidrodinâmica de aqüíferos, na borda oeste da Bacia do Parnaíba –
aspectos preliminares do estudo
Bettú, Daniel Fabian - Unidades de paisagem geomórfica e mudanças
geoambientais: o Alto Iguaçu, Paraná
Borchardt, Nicole - O uso da técnica de fotogrametria digital na elaboração de
banco de dados de cunho geológico-geotécnico – aplicação no Proyecto
Hidroeléctrico Mazar, Equador
Comelli, Cleciani - Caracterização hidrogeológica e hidroquímica do Sistema
Aqüífero Parecis na zona urbana do município de Sinop-MT
Cruz, Cassiano Ricardo da - Estudo morfodinâmico das praias do Município
de Itapoá, SC, Brasil
Erbe, Margarete C. Lass - Riscos de contaminação de águas subterrâneas:
disposição de resíduos dos serviços de saúde na vala séptica de
Curitiba - PR
Godoy, Luiz Carlos - Radioanomalias no Granito Serra do Carambeí, Estado
do Paraná, e possíveis implicações no uso e ocupação do solo
Lemos, Clarice Farian de - Análise multitemporal da erosão na bacia
hidrográfica do alto curso do rio Pitangui - PR
Lima, Marcos Gândor Porto - Desenvolvendo uma solução sustentável de
proteção/recuperação costeira para Matinhos, litoral central do Paraná
Lisniowski, Maria Aline - Variabilidade espaço-temporal dos depósitos
sedimentares entre a face praial e a face litorânea na planície costeira
da Praia de Leste, PR, Brasil
Müller, Marcelo Eduardo José - Availação da dinâmica costeira do mar do
Ararapira como subsídios à ocupação
Nagalli, André – Análise estrutural de taludes da mina Saivá a partir de
modelo digital tridimensional
Osório, Quelen da Silva - Suscetibilidade de contaminação do Aqüífero
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Cárstico em Colombo/PR
Quadros, Clécio José Lopes de - Dinâmica morfosedimentar associada ao
regime de ondas em praias oceânicas do arco praial da Planície de
Praia de Leste – PR
Schultz, João Paulo - Tecnógeno: transformação do relevo através da
artificialização do meio geológico no município de Canoinhas, Estado de
Santa Catarina
Silva, Maria Cristina Borges - Análise da evolução de uso e ocupação do solo
na Região Cárstica Curitibana
Simioni, Bruno Ivan - Mapeamento e caracterização de recifes de arenito
naturais da plataforma continental rasa paranaense
Souza, Adalberto Amâncio de – Aplicação de Conceitos Geoestatísticos na
Modelagem hidrogeológica dos Aquíferos Serra Geral e Guarani no
Estado do Paraná
Souza, Rogério Tadeu de - Efeitos na contaminação de água subterrânea por
óleo diesel e gasolina em presença de etanol
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XII Seminário do Curso de Pós-Graduação em Geologia da UFPR, 2009
Programa de Geologia Exploratória
Bongiolo, Alessandra de Barros e Silva - Caracterização estrutural da Bacia
do Amazonas e seu embasamento através de métodos geofísicos:
gravimetria, magnetometria e gamaespectrometria
Campos, Adriane Fátima de - Abordagem multiescala no domínio do Domo
de Piratininga, SP
Costa, Juliana - Petrologia das rochas máficas da Bacia do Amazonas na
região de Medicilândia, Estado do Paraná
Cunha, Paola Viana de Castro - Caracterização e gênese de calcretes da
Formação Guabirotuba, Bacia de Curitiba
Ferreira, Carlos Henrique Nalin - Pegmatitos como guias de exploração de
EGP e metais associados em basaltos da Formação Serra Geral, na
região de Salto do Lontra, PR
Figueira, Isabella Françoso Rebutini - Caracterização morfoestrutural do
Domo de Monte Alegre (PA)
Juk, Kaluan Frederico Virmond - Estudo comparativo das seções do
Carbonífero Superior na borda sudoeste da Bacia do Parnaíba e na
borda sul da Bacia do Amazonas
Lima, Fábio Macedo de - Litofaciologia dos sedimentos da Bacia de Curitiba,
PR
Machado, Denise Alessandra Monteiro - Proveniência de sedimentos da
Bacia de Curitiba por estudo de zircões
Mancini, Fernando - Tectônica rúptil na região da Cachoeira da Porteira, Rio
Trombetas (PA) e correlação com eventos tectônicos da Bacia
Sedimentar do Amazonas
Nascimento, Edenilson Roberto do - O Vale do Rio Ribeira como produto da
tectônica formadora do Oceano Atlântico
Perico, Edimar - Significado evolutivo de feições microtectônicas de rochas da
Província Maroni-Itacaiúnas e da Bacia do Amazonas na região de
Altamira (PA)
Pierin, André Ramiro Hillani - Evolução estrutural da Faixa Tocantins ao
longo de transecta EW entre as cidades de Santa Maria das Barreiras
(PA) e Bom Jesus do Tocantins (TO)
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Romeiro, Marco Antonio Thoaldo - Caracterização do arcabouço geofísicoestrutural da borda oeste da Bacia Sedimentar do Parnaíba
Santos, Carlos Eduardo dos - Modelo Geométrico e Geológico do Depósito
de Crisotila da Mina Cana Brava – Minaçu Goiás
Sayama, Celia - Presença de minerais de amianto na rede viária de Piên-PR:
potencial de perigo à saúde humana
Silva, Isabele Eliane da - Caracterização da morfologia estromatolítica em três
afloramentos da Formação Capiru (Neoproterozóico do Estado do
Paraná) e sua interpretação paleoambiental
Spisila, André Luiz - Análise estrutural da borda oeste da Bacia do Parnaíba
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Resumos
Programa de Geologia Ambiental
Mapeamento dos depósitos quaternários costeiros da
ilha de São Francisco do Sul, Santa Catarina
Anjos, Maria Luiza Martini dos ([email protected])
Orientador: Prof. Dr. Rodolfo José Angulo
A ilha de São Francisco do Sul (ISFS) está localizada no norte do litoral de
Santa Catarina, sul do Brasil. Seu substrato é composto por rochas
graníticas e gnáissicas, concentradas a oeste da ilha, e por sedimentos de
origem continental e costeira, totalizando aproximadamente 270 km². As
rochas do embasamento pertencem ao Domínio Costeiro e foram
formadas entre o Proterozóico Superior e o Cambriano. A cobertura
sedimentar da ilha é composta por sedimentos continentais, concentrados
nos arredores das rochas do embasamento, e sedimentos costeiros
quaternários, distribuídos por toda a ilha. O objetivo central desse trabalho
é o mapeamento dos depósitos costeiros da ilha, com ênfase nos
holocênicos. O mapeamento dos mesmos foi realizado com base em 101
fotografias aéreas, escala 1:25.000, de 1978, cuja interpretação foi
digitalizada em Sistema de Informações Geográficas, e em cinco etapas
de levantamentos de campo. Os principais critérios utilizados para
determinar as unidades fotointerpretadas foram as suas texturas,
morfologia e distribuição na planície costeira da ilha. Nas etapas de campo
foram descritas fácies sedimentares em afloramentos de cada unidade e
também a morfologia das mesmas. As idades dessas unidades foram
inferidas utilizando-se critérios tais como diferenças de altitude, morfologia,
posição geográfica e comparação com áreas próximas semelhantes em
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Itapoá e litoral paranaense, nas quais existem datações C. Foram
definidas oito unidades de mapeamento: (1) rochas do embasamento e
sedimentos continentais associados a vertentes; (2) depósitos fluviais
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quaternários, (3) depósitos de barreira pleistocênicos e (4) holocênicos; (5)
depósitos lagunares e (6) eólicos holocênicos; (7) depósitos de planícies
de maré e (8) praiais atuais. Os depósitos fluviais quaternários
concentram-se nas margens do rio Acaraí, no centro-leste da ilha, e
possuem uma área pequena. Os depósitos de barreira pleistocênicos
estendem-se desde os afloramentos do embasamento, a oeste, até os
depósitos lagunares holocênicos, a leste. Eles são arenosos e apresentam
em planta contornos sinuosos, cordões litorâneos e feições erosivas
atribuídas à dissecação por ação de antigas redes de drenagem de padrão
retangular. Os depósitos lagunares holocênicos constituem uma faixa
orientada NE com largura média de 3.400 m. Possuem relevo plano e, em
alguns locais, cordões litorâneos curvos e retilíneos, paralelos entre sim ou
truncados. Os depósitos são constituídos por areias-argilosas, argilasarenosas e argilas e são parte de um sistema barreira-laguna. A leste
dessa unidade estão os depósitos de barreira holocênicos, que compõem
uma faixa NE com 550 m de largura média. São arenosos e apresentam
relevo plano ou suave ondulado devido á presença de cordões litorâneos.
Sobre tais depósitos, na sua porção norte e central, ocorrem os depósitos
eólicos holocênicos. Esses são arenosos e apresentam-se como faixas de
dunas parabólicas voltadas para SE, com alturas de até 30 m na parte
norte e progressivamente menores para o sul. Os depósitos de planícies
de maré, de composição argilosa, localizam-se nas margens do rios
situados na costa oeste da ilha, voltados para a Baía da Babitonga. Os
depósitos praiais atuais, constituídos por areias, estão localizados na costa
leste, no extremo norte e no extremo sul da ilha, voltadas para o oceano.
Palavras-chave: mapeamento, depósitos quaternários, ilha de São
Francisco do Sul
Dados acadêmicos: Co-orientadores: Profª Drª Maria Cristina de Souza;
Nível: Mestrado; Título do projeto original da tese: Mapeamento dos
Sistemas Deposicionais Costeiros Holocênicos da Ilha de São Francisco
do Sul, Nordeste do Estado de Santa Catarina; Linha de Pesquisa:
Evolução, Dinâmica e Recursos costeiros; Projeto guarda-chuva:
Estratigrafia e Evolução das Barreiras Quaternárias Paranaenses e Norte
Catarinenses; Data de entrada na pós-graduação: mar/2008; Nº de
créditos concluídos: 15; Exame de qualificação: jun/2009; Trabalhos
publicados ou período de confecção: 1 resumo aceite para publicação, 1
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artigo previsto para submissão até dezembro; Data da Defesa: fev/2010;
Possui Bolsa: sim; Período: mar/08 a fev/10; Fonte pagadora: CAPES.
Implicações
da
anisotropia
estrutural
na
hidrodinâmica de aqüíferos, na borda oeste da Bacia
do Parnaíba – aspectos preliminares do estudo
Athayde, Gustavo Barbosa ([email protected])
Orientador: Prof. Dr. Ernani Francisco da Rosa Filho
Localizado na porção norte do Brasil, o Estado do Tocantins é abastecido
em quase sua totalidade por águas subterrâneas. Em alguns municípios, o
abastecimento dá-se por sistemas mistos de captação (águas
subterrâneas e superficiais), mais sujeito aos riscos climáticos, como
prolongados períodos de estiagem. Desta forma, o conhecimento de
estruturas tectônicas e litologias que caracterizem-se como potenciais
aqüíferos é de suma importância para esta região. Este trabalho objetiva
caracterizar a implicação da anisotropia estrutural nos diferentes aqüíferos
situados na borda oeste/sudeste da Bacia do Parnaíba e na Província
Tocantins. Para esta caracterização serão realizadas, dentre outras,
análises morfo-estrututurais em modelos digitais do terreno (SRTM);
análises multi-escala de lineamentos estruturais (análises direcionais, de
densidade e comprimento acumulado); levantamentos de campo para
mapeamento e descrição dos principais tipos de rochas e estruturas
(lineares e planares) existentes; determinação da direção e cinemática
destas estruturas; análise dos campos de tensão, bem como suas relações
temporais; modelagens fractais dos lineamentos estruturais, descrições
petrográficas e macroscópicas em lâminas / amostras orientadas, bem
como a integração com os resultados do arcabouço geofísico
(aeromagnetométrico e gamaespectometria) da área. Concomitante a
análise da anisotropia estrutural serão realizadas análises químicas
(método de espectrometria fluorescência de raios - X) e mineralógicas
(método de difratometria de raios-X) dos principais aqüíferos mapeados.
Ensaios granulométricos e descrições petrográficas complementarão os
ensaios para caracterizar a geoquímica dos reservatórios aqüíferos.
Através de uma coluna de lixiviação experimental, em um período de dois
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XII Seminário do Curso de Pós-Graduação em Geologia da UFPR, 2009
anos de interação entre o fluido e a rocha triturada, pretende-se associar a
composição química e mineralógica dos litotipos com a análise do lixiviado
coletado. De um total de cinco etapas de campo previstas, a primeira
etapa foi realizada em abril de 2009, onde foram descritos cinqüenta e oito
afloramentos, em doze dias de campo. O objetivo desta primeira etapa de
campo foi reconhecer as principais formações geológicas, a estruturação
tectônica regional, bem como fornecer subsídios à logística das outras
etapas de mapeamento. Os seguintes litotipos pertencentes a Província
Tocantins foram descritos: gnaisses, xistos, filonitos e milonitos. Na Bacia
do Parnaíba foram mapeados conglomerados, arenitos, siltitos e folhelhos.
Resultados preliminares indicam que a direção azimutal N70 a 60W
predomina nos lineamentos de primeira ordem (escala de zoom 1:800.000)
traçados em imagem SRTM, tanto na bacia como na faixa, sendo assim
um primeiro indício da reativação de falhas do embasamento na bacia
sedimentar. Desta forma, espera-se contribuir com o aumento do
conhecimento científico da região, bem como caracterizar potenciais
estruturas exploratórias (falhas e / ou fraturas) que condicionem poços
tubulares com vazões representativas, caracterizando assim bons
prospectos exploratórios. O suporte financeiro desta pesquisa conta com
os recursos do Programa Tecnológico de Fronteiras Exploratórias –
PROFEX da PETROBRAS; dentro do projeto intitulado “Caracterização
estrutural da Faixa Tocantins e do flanco oeste/sudoeste da Bacia do
Parnaíba e implicações para reativação de falhas durante o Fanerozóico”,
sob coordenação, na UFPR, do Prof. Fernando Mancini. Agradeço a
CAPES pela concessão da bolsa de doutorado, bem como ao Prof. Dr.
Ernani Francisco da Rosa filho pela orientação desta pesquisa.
Palavras-chave: anisotropia estrutural, aqüíferos, Bacia do Parnaíba
Dados acadêmicos: Co-Orientador(es): não possui; Nível: doutorado;
Título do projeto original da tese: Implicações da Anisotropia Estrutural na
Hidrodinâmica de Aqüíferos, na borda oeste da Bacia do Parnaíba; Área
de Concentração: Geologia Ambiental; Nome da “Linha de Pesquisa”:
o
Recursos Hídricos; Data de entrada na pós-graduação: 03/2009; N de
créditos concluídos: 34 créditos; Exame de qualificação: previsto para 09 /
2011; Trabalhos publicados ou período de confecção: 01 artigo submetido
ao Boletim Paranaense de Geociências; Data da Defesa: 02 / 2013; Possui
Bolsa: Sim; Período: 04 / 2009 a 03 / 2013; Fonte pagadora: Capes.
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Unidades de paisagem geomórfica e mudanças
geoambientais: o Alto Iguaçu, Paraná
Bettú, Daniel Fabian ([email protected])
Orientador: Prof. Dr. Luiz Eduardo Mantovani
A inexistência de informações geoambientais espacializadas é importante
limitador ao desenvolvimento de políticas públicas relacionadas à adoção
de medidas de prevenção/contenção de impactos ambientais; entre outros,
àqueles ligados à ocupação inadequada do solo. Historicamente o
resultado da falta de planejamento de uso e da ocupação territorial
acarreta em custos financeiros elevados, além da perda de vidas
humanas, decorrentes de processos da dinâmica natural, sejam eles
amplificados ou não pela ação humana. Entre os eventos naturais com
potencial para conflitos relacionados à ocupação territorial destacam-se as
inundações e escorregamentos de solo, sendo que estes são normalmente
prognosticáveis devido a indícios das condições geoambientais do terreno.
Neste contexto, unidade de paisagem é um conceito em desenvolvimento,
e que vem se constituindo uma importante ferramenta para análise e
gestão das unidades geoambientais naturais. Estas podem ser
representadas por elementos descritivos independentes que qualificam e
quantificam atributos da paisagem, refletindo processos ativos atuais ou
históricos. Tais elementos podem ser adquiridos objetivamente e
constituem critérios diagnósticos das unidades de paisagem. Sucessivas
unidades de paisagem (mesmos atributos) que ocorrem continuamente
numa área geográfica, constituem uma zona homóloga. Uma adequada
qualificação e classificação das unidades de paisagem devem, portanto,
constituir a fundamentação básica para o planejamento da ocupação do
território, especialmente aquele que precisa ser objeto de proteção
especial. Um conjunto de variáveis/evidências qualificadoras de uma
paisagem deve, então, permitir a criação de um modelo descritivo da
paisagem e por sua vez um modelo interpretativo finalizando num modelo
preditivo de comportamento. Tendo em vista a elevada disponibilidade de
dados, dispersos em diferentes meios, na maioria dos casos já em meio
digital – elevação do terreno, refletância espectral e pancromática, além de
mapas temáticos, como: geológico, pedológico, geomorfológico e de
vegetação, todos podendo compor conjuntos de variáveis espaciais,
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propõe-se determinar assinaturas digitais de diferentes unidades de
paisagem. Com base nessa premissa, a hipótese de trabalho para a tese
em questão é que seja possível o mapeamento de unidades de paisagem
através da utilização de dados independentes e já disponíveis, ou seja,
com baixo custo, e que serão integrados em ambiente de Sistema de
Informações Geográficas (SIG). Tal hipótese será testada nas bacias
hidrográficas dos rios Barigüi e Passaúna, afluentes da margem direita do
rio Iguaçu na região de Curitiba, as quais apresentam características
interessantes quanto à presença de paleo-superfícies de aplainamento,
indicadores geoambientais de paleo-climas e que atualmente encontramse bastante antropizadas. Os dados a serem avaliados (elementos de
relevo, refletância espectral, geologia, pedologia, cobertura vegetal,
hidrografia, geofísica) irão compor atributos espaciais, que serão avaliados
por meio de análise de agrupamento, visando identificar a relação entre
indicadores independentes. A relação entre a presença destes atributos e
a unidade de paisagem onde estão inseridos será avaliada utilizando a
regra de Bayes, aplicando também princípios da análise de incertezas, ou
seja, o grau de dúvida inerente a sua identificação. Assim, as informações
quanto à presença, ausência ou dúvida da existência de um indicador
(atributo), e a relação dessa informação com a unidade onde está inserido,
serão testadas na identificação de uma determinada unidade de paisagem.
Por fim será realizado procedimento automatizado de classificação do
terreno das bacias hidrográficas em questão, com o objetivo de delimitar
as diferentes unidades de paisagem existentes. Este procedimento se dará
por meio do fornecimento de mapas de atributos (aqueles identificados
como correlacionáveis) e cujos resultados deverão ser compatíveis com as
unidades de paisagem previamente identificadas. Entre as aplicações da
metodologia a ser testada espera-se que seja possível a geração rápida e
de baixo custo de cartas espacializadas de unidades de paisagem,
fornecendo assim subsídios para a tomada de decisões quanto ao
planejamento territorial.
Palavras-chave:
geoindicadores
unidades
de
paisagem;
sensoriamento
remoto;
Dados acadêmicos: Co-Orientadores: Prof. Dr. Paulo César Soares,
Profª. Dra. Chisato Oka-Fiori; Nível: Doutorado; Título do projeto original da
tese: Unidades de paisagem geomórfica e mudanças geoambientais: o
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Alto Iguaçu, Paraná; Área de concentração: Geologia Ambiental; Nome da
“Linha de Pesquisa”: Análise multitemporal, neotectônica e riscos
geológicos.; Data de entrada na pós-graduação: março de 2009.; Nº de
créditos concluídos: 18, usando o limite disponível a partir do Mestrado;
Exame de qualificação: previsto para julho de 2011.; Trabalhos publicados
ou período de confecção: publicação de um artigo até julho de 2010.; Data
da defesa: prevista para dezembro de 2012; Possui bolsa: Não
O uso da técnica de fotogrametria digital na
elaboração de banco de dados de cunho geológicogeotécnico – aplicação no Proyecto Hidroeléctrico
Mazar, Equador
Borchardt, Nicole ([email protected])
Orientador: Prof. Dr. Alberto Pio Fiori
A fotogrametria, como técnica de avaliação, prospecção e documentação,
oriunda da obtenção de informações métricas (forma e posição) de objetos
tridimensionais mediante interpretação e dimensionamento de imagens
fotográficas, aprimorou-se com o advento da era digital. Graças a essa
evolução, sua aplicação tem alcançado setores onde raramente era
utilizada, com especial eficácia em estudos territoriais, ambientais,
urbanos, arqueológicos e arquitetônicos. Por tratar-se de uma ferramenta
de sensoriamento remoto, contribui significativamente para a avaliação de
objetos à distância, sem haver contato físico com os mesmos. Esta sua
peculiar característica, não invasiva nem destrutiva, assegura a
possibilidade de instituir controles periódicos sobre um mesmo objeto no
intuito de avaliar sua dinâmica e, indiretamente, a modificação de seus
atributos, como é pretendido deduzir no caso da porção da Cordilheira dos
Andes situada na área de implantação do projeto hidroelétrico Mazar, no
Equador, a qual vem a ser o objeto deste estudo. No atual estágio, tem-se
elaborado a avaliação digital desta área por meio de fotografias aéreas
datadas de 1995, à escala 1:60.000, com auxílio do software Erdas. Para o
caso de uma análise de cunho geológico-geotécnico, como o proposto
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XII Seminário do Curso de Pós-Graduação em Geologia da UFPR, 2009
neste trabalho, a técnica de fotogrametria digital vem auxiliando na
delimitação de feições de descontinuidades (falhas, fraturas, xistosidades,
acamamentos), correlacionando-as com suas respectivas características
mensuradas em campo, como tipo de preenchimento, rugosidade,
espaçamento, atitude. Estes elementos estruturais estão sendo
catalogados em banco de dados para posterior processamento. Além
disto, estão sendo delineadas as cicatrizes de escorregamento e seus
atributos morfométricos, adicionando-os ao banco de dados. A partir
destes dados, espera-se executar a análise cinemática de taludes em
rocha (formas e mecanismos de escorregamentos e desprendimentos de
taludes e blocos), além da análise dinâmica (estudo das forças atuantes no
maciço) para determinar valores de Fator de Segurança. Deve-se
considerar que a fotogrametria não substitui em definitivo ao objeto in
natura, mas oportuniza a determinação de características do mesmo,
direta e/ou indiretamente, por meio da avaliação simultânea de diversos
pontos espacialmente correlacionados. Até o presente, cumpriu-se o
cronograma disciplinar, além do programa de estudos com estágio no
exterior, por um período de 6 meses, na Università degli Studi di Siena Itália.
Palavras-chave:
geomecânicos
fotogrametria
digital,
geoprocessamento,
atributos
Dados acadêmicos: Co-Orientador(es): Dr. Eduardo Salamuni; Nível:
Doutorado; Título do projeto original da dissertação/tese: Proposta de
determinação e espacialização de atributos geomecânicos de taludes e
túneis em maciços rochosos e sua aplicação em barragens de usinas
hidrelétricas; Linha de Pesquisa: Análise Multitemporal, Neotectônica e
Riscos Geológicos; Projeto guarda-chuva: - ; Data de entrada na póso
graduação: Agosto/2007; N de créditos concluídos: 19; Exame de
qualificação: Agosto/2010; Trabalhos publicados ou período de confecção:
- ; Data da Defesa: Julho/2011; Possui Bolsa: Não; Período: -; Fonte
pagadora: - .
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Caracterização hidrogeológica e hidroquímica do
Sistema Aqüífero Parecis na zona urbana do
município de Sinop-MT
Comelli, Cleciani ([email protected])
Orientador: Prof. Dr. Ernani Francisco da Rosa Filho
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A área deste estudo abrange uma superfície de 90 km correspondente à
zona urbana do município de Sinop (MT). Geomorfologicamente está
inserida no Planalto dos Parecis que é caracterizado por extensos platôs
formados por rochas sedimentares. Essas rochas foram depositadas em
ambiente de bacia do tipo intra-cratonica e constituem a Bacia Sedimentar
dos Parecis, cujo embasamento é o cráton amazônico, constituído por
rochas metamórficas de baixo e alto grau, bem como por rochas intrusivas
ácidas. As rochas sedimentares que compõem a bacia foram depositadas
em ambiente continental (desértico, fluvial, lacustre e glacial) e marinho
raso. A Bacia Sedimentar dos Parecis foi dividida em três domínios
tectono-sedimentares: a fossa tectônica de Rondônia (sub-bacia de
Rondônia), o baixo gravimétrico dos Parecis (sub-bacia Juruena) e
depressão do Alto Xingu (sub-bacia do Alto Xingu). Segundo essa divisão
a área de estudo compõe a sub-bacia do Alto Xingu. Essa porção recebeu
os sedimentos da Formação Furnas passando gradativamente para os
sedimentos pelíticos da Formação Ponta Grossa, sotopostos à Cobertura
Cenozóica Inconsolidada. Essas litologias formam o Sistema Aqüífero
Parecis, cujas reservas hídricas são explotadas na cidade de Sinop, sem
qualquer conhecimento de suas características hidrogeológicas, o que
poderá vir a comprometer a qualidade e a quantidade das águas
subterrâneas armazenadas. Além disso, por ser um aqüífero do tipo livre e
pelas características de permo-porosidade do substrato geológico,
considera-se que este seja vulnerável à contaminação por substâncias
decorrentes do uso e ocupação do solo na área de abrangência do
aqüífero. Sendo assim, suprir a escassez de dados que possibilitem avaliar
a dinâmica de fluxo no aqüífero e a tipologia da água para o seu uso
sustentável, justificam a realização desse estudo. Com isso, o trabalho
objetiva conhecer as propriedades hidrodinâmicas, as variações sazonais
da potenciometria do aqüífero e a qualidade das águas subterrâneas, bem
como delimitar as áreas de recarga e de risco potencial de contaminação
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do aqüífero. A etapa inicial desta pesquisa compreende o levantamento de
dados bibliográficos básicos e inventário de poços tubulares usados para
diversos fins e coleta de dados nos órgãos gestores responsáveis,
empresas de perfuração e universidades. Em seguida será feito o
mapeamento das unidades geológicas na área de pesquisa, de uso e
ocupação do solo e seleção dos locais para coleta de amostras de água
para análise físico-química e bacteriológica. Com base nesses dados,
serão inferidas as áreas de recarga e de risco potencial à contaminação da
água subterrânea na área de estudo. Os dados obtidos formarão um
banco de dados georreferenciados que poderão ser visualizados em
mapas temáticos que servirão de subsídios para a elaboração de um plano
gestor das águas subterrâneas para a zona urbana de Sinop.
Palavras-chave: Sistema Aquífero Parecis, Bacia dos Parecis, qualidade
de água
Dados acadêmicos: Co-orientadores: Prof. Dr. Eduardo Chemas Hindi,
M.Sc. Lilian Fátima de Moura Apoitia; Nível: Mestrado; Titulo do projeto
original da dissertação ou tese: Caracterização hidrogeológica e
hidroquímica do Sistema Aqüífero Parecis na zona urbana do município de
Sinop-MT; Área de Concentração: Geologia Ambiental; Linha de Pesquisa:
0
Recursos Hídricos; Data da entrada na pós-graduação: março de 2009; n
0
de créditos concluídos: 10; exame de qualificação: abril de 2011; N de
trabalhos publicados: 0; Data prevista para defesa: 12/2011; Possui bolsa:
não; Período: - ; Fonte pagadora: - .
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Estudo morfodinâmico das praias do Município de
Itapoá, SC, Brasil
Cruz, Cassiano Ricardo da ([email protected])
Orientador: Prof. Dr. Rodolfo José Angulo
A morfodinâmica de praia é definida como o resultado da interação entre
as ondas incidentes, o sedimento e a morfologia antecedente da praia,
formando um ciclo fechado retroalimentado, no qual as ondas incidentes
irão atuar sobre os sedimentos modificando a morfologia da praia que, por
sua vez, influenciará nas ondas incidentes. Este estudo tem como objetivo
principal caracterizar morfodinamicamente as praias do Município de
Itapoá, litoral norte do Estado de Santa Catarina, Brasil. A área de estudo
compreende as praias localizadas entre a Barra do rio Saí-Guaçú, ao
norte, até a baia de São Francisco do Sul, ao sul, de coordenadas
geográficas 26º00’- 26º15’ S e 48º30’e 48º45’W. O estudo avalia ainda o
comportamento e a variabilidade espaço temporal do balanço sedimentar,
da morfologia e da sedimentologia destas praias. A metodologia utilizada
consiste em interpretação de fotografias aéreas e levantamentos de campo
ao longo de 32 km de costa onde foram realizados perfis praias, coleta de
sedimentos e medição visual de altura e período de ondas. A partir dos
dados coletados foram calculados parâmetros morfodinâmicos como:
Ômega, Ômega teórico, Variação Relativa da Maré e variações
morfológicas. Resultados preliminares permitem observar a presença de
bancos submersos intercalados com cavas, cuja forma variou ao longo da
praia estando alguns soldados e outros paralelos e oblíquos à praia. As
praias ainda apresentaram ondas do tipo deslizante a mergulhante, com
período variando de 8 a 12 segundos e altura média entre 0.5 m a 1.0 m
na porção centro-norte e de 0.2 m na porção sul, próxima a
desembocadura da Baía de São Francisco do Sul. O balanço sedimentar
demonstrou equilíbrio entre o número total dos perfis monitorados. Os
resultados obtidos por fotointerpretação e observações de campo até o
momento permitem inferir uma classificação morfodinâmica do tipo
intermediária nas porções centro e norte e refletiva no extremo sul da área
de estudo. No entanto, valores morfodinâmicos de ômega teórico
indicaram comportamentos dissipativos para determinados pontos ou
condições oceanográficas.
11
XII Seminário do Curso de Pós-Graduação em Geologia da UFPR, 2009
Palavras-chave: morfodinâmica, praia, Itapoá
a
Dados acadêmicos: Co-orientador: Prof. Dr . Maria Cristina de Souza;
Nível: Mestrado; Título do Projeto original da dissertação ou tese:
Classificação Morfodinâmica das praias do Município de Itapoá, SC, Brasil;
Linha de Pesquisa: Evolução, dinâmica e recursos costeiros; Projeto
guarda-chuva: Dinâmica de ambientes costeiros; Data de entrada na póso
graduação: março de 2008; N de créditos concluídos: 14; Exame de
qualificação: junho de 2009; Trabalhos Publicados ou período de
confecção: 1 em outubro de 2009; Data de defesa: março de 2009; Possui
bolsa: não.
Riscos de contaminação de águas subterrâneas:
disposição de resíduos dos serviços de saúde na
vala séptica de Curitiba - PR
Erbe, Margarete C. Lass ([email protected])
Orientador: Prof. Dr. André Virmond Lima Bittencourt
Aproximadamente 934.000 toneladas de resíduos dos serviços de saúde
foram dispostos na vala séptica de Curitiba – PR, em uma área de 83.390
2
m . São resíduos contaminados com microorganismos patogênicos,
materiais químicos como cátions e anions inorgânicos, incluindo materiais
persistentes, como os quimioterápicos, que foram depositados de modo
indiscriminado e que possibilitaram a geração de um passivo ambiental de
alto custo para a sua remediação. O substrato geológico da área da vala
séptica é composto basicamente por afloramentos de rochas sedimentares
da Formação Guabirotuba seguido por regolito do Embasamento Cristalino
associado ao Complexo Atuba. A vala séptica está localizada na Avenida
Juscelino Kubitschek de Oliveira s/nº - CIC – Curitiba – PR. A represa do
Passaúna encontra-se a oeste, áreas habitacionais a nordeste e ao norte,
o rio Barigüí no sentido norte sul, a empresa Toshiba Sistemas de
Transmissão e Distribuição do Brasil Ltda. a noroeste e as empresas
Essencis Soluções Ambientais e Sanepar - Companhia de Saneamento do
Paraná a sudoeste. Para a viabilização econômica desta pesquisa foi
firmada uma parceria de trabalho conjunto entre a Universidade Federal do
12
XII Seminário do Curso de Pós-Graduação em Geologia da UFPR, 2009
Paraná e a Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Curitiba. A pesquisa
em andamento teve como foco avaliar as águas superficiais situadas a
noroeste e leste da vala séptica. Foram analisadas as águas do córrego
situado entre a vala séptica e a empresa Toshiba Ltda. e as águas da
lagoa situada ao leste. Foram avaliados os parâmetros físicos e químicos/
metais, compostos orgânicos voláteis, coliformes fecais e Escherichia coli.
Foi feita a avaliação da toxicidade aguda das amostras para o organismo
teste Daphnia magna através de bioensaio de sistema estático de
laboratório e ensaios de genotoxicidade - teste do micronúcleo písceo e
ensaio cometa com sangue utilizando o peixe Astyamax spb (lambari). Os
dados obtidos foram confrontados com a legislação ambiental, resolução
CONAMA Nº 357/2005 e 397/2008 que dispõem sobre a classificação dos
corpos de água e diretrizes ambientais para o seu enquadramento, bem
como estabelece as condições e padrões de lançamento de efluentes. Os
dados destes ensaios, associados aos ensaios de avaliação geofísica para
verificar o direcionamento e alcance da pluma de contaminação e demais
ensaios a serem realizados em amostras oriundas de poços de
monitoramento possibilitarão avaliar o grau de contaminação e risco em
que esta área se encontra. Para o desenvolvimento da segunda fase da
pesquisa serão estudadas diferentes técnicas para a remediação de
passivos ambientais, em especial o passivo ambiental apresentado pelo
risco da contaminação de águas subterrâneas pela disposição dos
resíduos dos serviços de saúde em valas sépticas. Este estudo será
desenvolvido na Universidade Técnica de Berlin/ Alemanha - Instituto de
Geociências Aplicadas, que realiza pesquisas na área da engenharia e
geologia do meio ambiente, no transporte e na degradação dos
contaminantes da água subterrânea e no gerenciamento e na pesquisa
para a remediação destes contaminantes. Serão avaliados diferentes
substratos geológicos, frente a mobilidade, tempo de percurso e
persistência de quimioterápicos. Este medicamento é considerado como
elemento traço para esta pesquisa, pela sua persistência no meio
ambiente. A destruição destes medicamentos só ocorre a uma temperatura
superior a 1.100ºC. A escolha e detalhamento de uma técnica apropriada
para a remediação do passivo ambiental apresentado será efetuada,
respeitando os aspectos da geologia e hidrogeologia do local, bem como
os contaminantes presentes.
Palavras-chave: passivos ambientais, valas sépticas, monitoramento
13
XII Seminário do Curso de Pós-Graduação em Geologia da UFPR, 2009
Dados acadêmicos: Co-orientadores: Prof. Dr. Luiz Eduardo Mantovani e
Prof. Dra. Marta Margarete Cestari; Nível: Doutorado; Título do Projeto
original da tese: Riscos de contaminação de águas subterrâneas:
disposição inadequada de resíduos dos serviços de saúde na vala séptica
de Curitiba; Linha de Pesquisa: Geologia Ambiental – Recursos Hídricos;
Projeto guarda-chuva: não procede; Data de entrada na pós-graduação:
agosto 2007; Nº de créditos concluídos: 39; Exame de qualificação:
dezembro de 2010; Período de confecção de trabalhos para publicação:
jan a nov de 2010; Data prevista para defesa: março de 2011; Possui
bolsa: não.
Radioanomalias no Granito Serra do Carambeí,
Estado do Paraná, e possíveis implicações no uso e
ocupação do solo
Godoy, Luiz Carlos ([email protected])
Orientador: Prof. Dr. André Virmond Lima Bittencourt
O Granito Serra do Carambeí situa-se entre os municípios de Ponta
Grossa, Castro e Carambeí, a cerca de 10 km a leste da sede
administrativa de Carambeí. Trata-se de um granito radioanômalo, cujas
238
232
40
elevadas concentrações de U, Th e K, conhecidas desde o início da
década de 1970, tem sido vastamente abordadas por diversos autores
quanto aos aspectos geológicos e mineralógicos. Porém, no que tange às
implicações ambientais relacionados a tais radioanomalias e respectivas
radiações ionizantes emitidas, os estudos realizados são muito incipientes,
carecendo de maior aprofundamento, face aos potenciais e maléficos
efeitos biológicos associados. Considerando que as concentrações dos
40
238
232
radionuclídeos naturais K e das séries do
U e
Th em diferentes
materiais geológicos constitui etapa fundamental da presente pesquisa,
procedeu-se, inicialmente, a compilação e a análise de dados geológicos,
mineralógicos e gamaespectrométricos constantes na bibliografia relativa à
região em que se localiza a área em estudo. O cruzamento destas
informações com o mapa de detalhe da malha viária local, obtido de
ortofotocartas e plantas planialtimétricas em escala 1:10.000, evidenciou a
14
XII Seminário do Curso de Pós-Graduação em Geologia da UFPR, 2009
existência de regiões pobremente amostradas em trabalhos anteriores,
implicando na necessidade de implantação de novas estações para a
aquisição de dados de gamaespectrometria terrestre para que a totalidade
da área seja amostrada de forma mais homogênea. Além disso, para a
formação de uma base consistente de dados, verificou-se a necessidade
de obtenção de dados geoquímicos, hidroquímicos e radioquímicos, ainda
inexistentes. Para tanto, foram efetuadas cinco campanhas de campo
quando foram coletas 60 amostras de materiais geológicos e pedológicos
diversos como rochas, materiais do manto de alteração e materiais de
depósitos de assoreamento, os quais abrangeram toda a área de
ocorrência do Granito Serra do Carambeí. Tais amostras, em fase final de
preparação, serão submetidas a ensaios físicos, químicos, radioquímicos e
mineralógicos nos laboratórios da UFPR (Laboratório de Pesquisas
Hidrogeológicas - LPH e Laboratório de Análise de Minerais e Rochas –
LAMIR), da UEPG (Laboratório Interdisciplinar de Materiais Cerâmicos –
LIMAC) e da Comissão Nacional de Energia Nuclear - CNEN (Centro de
Desenvolvimento da Tecnologia Nuclear - CDTN). Com a finalidade de se
avaliar as características radioquímicas e hidroquímicas de águas
subterrâneas e superficiais da área em estudo, serão coletadas 18
amostras de águas de nascentes e da represa de Alagados, entre os
meses de julho e agosto, período de menor precipitação na região. Quanto
às características geomorfológicas (formas e comprimentos de vertentes,
declividades, etc.), hidrográficas (padrão de drenagem, comprimento de
canais, perfil longitudinal, etc.), bióticas (cobertura florestal e atividade de
animais escavadores), antrópicas (uso e ocupação do solo) e climáticas
(temperatura, precipitação, umidade relativa), cujos reflexos na
morfogênese influenciam e determinam a distribuição dos radionuclídeos
na paisagem, estão sendo obtidas através da análise de sensores
remotos, cartas temáticas diversas e de dados obtidos durante as
campanhas de campo, com conclusão prevista para o mês de agosto. A
análise, interpretação e cruzamento de todos os dados anteriormente
referidos, aliados aos dados de saúde que estão sendo atualmente
levantados junto a 3ª Regional de Saúde, em Ponta Grossa, poderão (ou
não) estabelecer um vínculo entre determinadas doenças com grande
incidência na população que mantém residência fixa na área de ocorrência
do Granito Serra do Carambeí e a assinatura radioquímica do mesmo.
15
XII Seminário do Curso de Pós-Graduação em Geologia da UFPR, 2009
Palavras-chave: Granito Serra do Carambeí, uso do solo, assinatura
radioquímica
Dados acadêmicos: Nível: Doutorado; Título do Projeto original da tese:
Anomalias uraníferas no Granito Serra do Carambeí, Estado do Paraná, e
possíveis implicações no uso e ocupação do solo; Linha de Pesquisa:
Geoquímica de superfície; Data de entrada na pós-graduação: agosto
2006; nº de créditos concluídos: 44; Exame de qualificação: agosto de
2009; Nº de Trabalhos Publicados: 0; Período de confecção de trabalhos
para publicação: novembro de 2009 a fevereiro de 2010; Data prevista
para defesa: julho de 2010; Possui bolsa: não.
Análise multitemporal da erosão na
hidrográfica do alto curso do rio Pitangui - PR
bacia
Lemos, Clarice Farian de ([email protected])
Orientador: Prof. Dr. Alberto Pio Fiori
A área de estudo pertence à Bacia Hidrográfica do Alto curso do rio
Pitangui - BHAP, que compreende desde a nascente até a Represa de
Alagados (área inundada pelo represamento dos rios Pitangui e Jotuba).
Esta área possui 163,537 km², pertencente ao município de Castro
(149,413 km²); Carambeí (8,382 km²) e Ponta Grossa (5,742 km²) e está
localizada entre as coordenadas geográficas 24°52’ a 25º05' de latitude
Sul e 49°46’ a 50º00' de longitude Oeste. Está a uma altitude entre 904 a
1170 m acima do nível do mar e, pela classificação de Köppen, o tipo
climático é Cfb (clima temperado). Esta bacia encontra-se entre o Primeiro
(161,875 km²) e Segundo Planalto Paranaense (1,662 km²), onde a
subunidade morfoescultural predominante é o Planalto de Castro, com
relevo de dissecação média, relativamente plano e declividade
característica menor que 6%; vertentes de perfis convexo–côncavas; topos
alongados e aplainados; vales abertos de fundo chato e de direção geral
NW/SE. A geologia da região engloba migmatitos do Embasamento
Cristalino, rochas do Grupo Açungui (Formação Itaiacoca e Formação
Abapã) e do Complexo Granítico Cunhaporanga, do Grupo Paraná
(Formação Furnas), do Grupo São Bento (Diques de Diabásio) e depósitos
16
XII Seminário do Curso de Pós-Graduação em Geologia da UFPR, 2009
aluviais e coluviais recentes. Os tipos de solos encontrados pertencem aos
grandes grupos dos Cambissolos, Latossolos, Nitossolos, Organossolos,
Gleissolos e Neossolos com Afloramentos Rochosos. O objetivo, deste
trabalho, é a análise multitemporal comparativa do uso e ocupação do solo
e a evolução das perdas anuais de solo por erosão entressulcos ou
laminar, empregando a Equação Universal de Perdas de Solos - EUPS,
nos períodos de 1960 a 1984, 1985 a 1995, 1996 a 2002 e 2003 a 2007.
Utilizou-se, para a realização desse estudo: dados de precipitação de 31
estações pluviométricas, com distância de até 50 km; imagens de satélites
nas bandas 2B3R4G cena 221/077 (LANDSAT-5 TM de 26/05/1984 e
+
23/04/1995 e LANDSAT-7 ETM de 17/03/2002) e cena 157/128 (CBERS2 CCD de 07/03/2007), no formato digital e georreferenciadas; plantas
planialtimétricas, com curvas de nível equidistantes de 5 m; software de
geoprocesssamento SPRING 5.0 para a geração de modelo digital do
terreno, execução de mapas e tratamento específico para cada fator da
EUPS; além dos trabalhos de campos. Para os períodos analisados, os
resultados obtidos foram: pluviometria entre 1105,89 a 1782,71 mm;
-1
-1
-1
erosividade da chuva (R) de 5901,60 a 8062,84 MJ.ha .mm. h .ano ;
-1
-1
-1
erodibilidade (K) entre 0,0178 a 0,0363 t.ha .h.mm .ha.MJ ; maior valor
para comprimento de rampa e declividade foram 287,426 m e 221,953 %,
sendo que a maior porção da área (24,01%) apresentou fator LS < 0,5 e a
menor (0,42 %) com LS > 10; fator CP médio de 0,141, 0,219, 0,101 e
0,154, em cada período; e por fim, as perdas de solos (PS) mostraram
-1
-1
-1
-1
valores médios de 40,036 t.ha .ano , 62,614 t.ha .ano , 35,409 t.ha
1
-1
-1
-1
.ano e 46,112 t.ha .ano , na sequência dos períodos estudados.
Portanto, conclui-se que a relação entre processos erosivos existentes e
atividades antrópicas são perceptível e, por isso, o estudo contribui para
alertar sobre os danos ambientais causados pelo uso inadequado do solo
nessa região.
Palavras-chave: erosão entressulcos; EUPS, perdas de solos
Dados acadêmicos: Co-Orientadores: Professora do Departamento de
Geografia - UFPR Dr.ª Chisato Oka Fiori e Professor do Curso de
Engenharia Ambiental – UTFPR Dr. Júlio Caetano Tomazoni, professor;
Nível: Doutorado; Título do projeto original da tese: Análise multitemporal
da erosão na bacia hidrográfica do alto curso do rio Pitangui - PR; Linha de
Pesquisa: Estabilidade de Taludes e Análise Multitemporal da Dinâmica
Ambiental; Projeto guarda-chuva: Análise multitemporal, neotectônica e
17
XII Seminário do Curso de Pós-Graduação em Geologia da UFPR, 2009
riscos geológicos; Data de entrada: março/ 2006; Nº de créditos
concluídos: 42; Exame de qualificação: agosto de 2009; Trabalhos
publicados ou período de confecção: Previsão de 2 (final de 2009); Data
da Defesa: fevereiro / 2010; Possui Bolsa: não deste programa de pós.
Desenvolvendo uma solução sustentável de
proteção/recuperação costeira para Matinhos, litoral
central do Paraná
Lima, Marcos Gândor Porto ([email protected])
Orientador: Prof. Dr. Rodolfo José Angulo
Este trabalho tem por objetivo desenvolver uma metodologia para
interromper e solucionar, de maneira sustentável, o problema erosivo das
praias de Matinhos no litoral do Paraná. A rotação de onda é o método de
proteção costeira sugerido, no qual são utilizadas estruturas submersas
perto da praia orientadas para girar o trem de ondas de forma que a
corrente costeira (bem como o transporte de sedimento) seja reduzida. O
realinhamento do ângulo da onda no ponto de quebra em harmonia com o
alinhamento da praia resulta no acréscimo gradual de sedimento na parte
abrigada pela estrutura. O entendimento prévio dos processos costeiros
que governam a região é indispensável para que os objetivos sejam
alcançados. Além disso, é necessária uma estrutura que utilize princípios
naturais oceanográficos, tais como refração e dissipação de energia de
ondas, para que a praia seja protegida/recuperada. A metodologia é
dividida em 4 componentes principais: (1) estudos de campo e análise dos
dados; (2) concepção da estrutura e modelagem numérica; (3) modelagem
física e; (4) avaliação dos impactos para gerenciamento costeiro. O
primeiro componente da metodologia de trabalho implica no
reexame/coleta e análise dos dados de campo. As essenciais medições de
campo necessárias para o estudo são: batimetria, correntes, ondas,
granulometria e transporte de sedimento. As informações mais úteis
pertinentes a esta costa têm sido recolhidas e apresentadas em vários
relatórios técnicos. O estudo já possui uma batimetria do local, mas, será
realizada nova batimetria ainda neste ano. Os dados de correntes serão
coletados juntamente com o levantamento batimétrico. As ondas foram
18
XII Seminário do Curso de Pós-Graduação em Geologia da UFPR, 2009
medidas com dispositivo S4ADW (Directional Wave Instrument), o qual
fornece dados capazes de determinar todos os parâmetros espectrais das
ondas. A identificação de distintos estados de agitação marítima foi
realizada utilizando 1 ano de dados coletados na costa paranaense.
Amostras de sedimentos foram coletadas no local. Estes indicadores
fornecem informações sobre o tamanho e velocidade de precipitação dos
grãos de areia, os quais devem ser conhecidos para os efeitos ambientais
e modelagem de transporte. Modelos numéricos calibrados utilizando
dados (medidos) serão analisados em um claro entendimento dos
processos costeiros especificamente para estrutura a ser concebida. Os
modelos serão baseados nos dados de sedimento, de ondas e de
correntes coletados durante o programa de medição, bem como na
informação já existente. Além disso, para a modelagem da praia, será
necessário realizar a modelagem regional de refração de ondas, a fim de
colocar os dados locais no contexto regional mais amplo. Estas
informações serão então utilizadas para o desenho da estrutura. Já a
modelagem física será realizada no tanque de ondas de grande escala da
ASR Ltda., no moderno laboratório Hamilton (Nova Zelândia), o qual
fornece modelagem em escala de toda a gama de condições de ondas e
sedimentos que ocorrem nos sistemas naturais e ao redor de uma
estrutura costeira. O tanque de ondas é utilizado para a validação de
laboratório do comportamento de recifes de proteção costeira, dos quebramares, molhes e outras estruturas costeiras. Um estudo de proteção
costeira deve prever os impactos ambientais com um elevado grau de
confiança. A extensão dos impactos físicos é exclusivamente dependente
da forma, tamanho e localização da estrutura. Neste caso, o estudo possui
objetivos compatíveis, isto é, irá proteger o litoral e, desta forma, os efeitos
através de um alargamento da praia serão percebidos como benéficos. O
entendimento detalhado juntamente com a modelagem dos impactos leva
ao posicionamento e dimensionamento da estrutura, o que deve ser então
concebido estruturalmente de materiais adequados e incorporando
métodos adequados para uma possível implantação. A introdução de
estruturas submersas próximas à costa pode proporcionar a proteção
costeira e ainda agregar funções para benefício da comunidade local.
Palavras-chave: erosão costeira,
modelagem numérica e física
método
de
rotação
de
ondas,
19
XII Seminário do Curso de Pós-Graduação em Geologia da UFPR, 2009
Dados acadêmicos: Co-Orientador(es): Prof. Dr. Eduardo Marone e Dr.
Kerry Black; Nível: Doutorado; Título do projeto original da
dissertação/tese: Evolução costeira de Matinhos, litoral central do Paraná:
estudo para o dimensionamento de um projeto de proteção/recuperação
costeira; Área de Concentração: Geologia Ambiental; Nome da “Linha de
Pesquisa”: Evolução, Dinâmica e Recursos Costeiro; Data de entrada:
o
Agosto de 2008; N de créditos concluídos: 4 e práticas de docência ainda
não contabilizadas; Exame de qualificação: Janeiro de 2011; Trabalhos
publicados ou período de confecção: 1; Data da Defesa: Janeiro de 2012;
Possui Bolsa: sim; Período: início em Julho de 2009; Fonte pagadora:
CNPq.
Variabilidade
espaço-temporal
dos
depósitos
sedimentares entre a face praial e a face litorânea na
planície costeira da Praia de Leste, PR, Brasil
Lisniowski, Maria Aline ([email protected])
Orientador: Prof. Dr. Rodolfo José Angulo
A área de estudo deste trabalho situa-se no litoral central do Estado do
Paraná e abrange uma linha de costa com extensão aproximada de 35 km,
limitada pelas desembocaduras das baías de Paranaguá ao norte e
Guaratuba ao sul. Alguns setores da costa apresentam problemas erosivos
associados à ocupação e ao gerenciamento costeiro inadequado. Os
processos físicos que ocorrem na face litorânea e praial; e influenciam
modificações na linha de costa; são extremamente dinâmicos, envolvendo
a ação de ondas, de correntes induzidas por ondas e de movimento de
sedimentos. Um dos processos mais importantes na modificação da
morfologia costeira é o transporte de sedimentos, longitudinal e transversal
à linha de costa. O transporte transversal tem sido amplamente
relacionado à erosão praial, pois resulta em extensas e visíveis mudanças
na configuração da praia, em intervalos curtos. A magnitude do transporte
transversal e sua direção preferencial são usualmente inferidas pelas
mudanças na elevação da praia e do fundo oceânico adjacente. As
elevações são medidas através do perfil da praia e podem ser obtidas com
técnicas convencionais de topografia. Entretanto, para um detalhamento
20
XII Seminário do Curso de Pós-Graduação em Geologia da UFPR, 2009
capaz de identificar essas variações a nível regional, são necessárias
medições até a profundidade de fechamento do perfil (aproximadamente 7
m) e que acompanhem a linha de costa (tridimensionais). Os objetivos
deste estudo visam preencher algumas lacunas no estudo dos processos
costeiros, que são baseados grandemente em medições pontuais (perfis
de praia) e modelos computacionais. Este estudo busca determinar as
variações da linha de costa, intensidade do transporte transversal e
longitudinal e estado de alteração do sistema praial. Para atingir estes
objetivos, serão analisados alguns aspectos ainda não abordados a nível
regional para a costa paranaense, como: A) Determinar a topografia da
parte emersa da praia (face praial) e a batimetria da parte submersa (face
litorânea), utilizando DGPS (Sistema de Posicionamento Global
Diferencial) e eco-sonda em 5 levantamentos semestrais; B) Montar um
banco de dados de posições da linha de costa ao longo do tempo com os
dados existentes de mapeamentos da linha de costa e através de
monitoramento usando DGPS; C) Quantificar as taxas sazonais do
transporte transversal a partir dos cálculos de deslocamentos dos
depósitos sedimentares entre a face praial e a face litorânea; D) Avaliar as
possíveis causas para as diferenças encontradas no comportamento da
linha de costa ao longo do tempo e ao longo da costa; E) Classificar a
costa paranaense em função do comportamento das variações da linha de
costa, determinando áreas com tendência à erosão, estabilidade ou
acresção e F) Classificar a costa em função das características ambientais
dominantes
(geológicas,
geomorfológicas,
morfodinâmicas
e
oceanográficas) e seu estado de alteração decorrente de interferências
antrópicas. O levantamento topografia da face praial e detalhamento da
linha de costa consistem na aquisição dos dados através de uma estação
de DGPS móvel, realizando um percurso ao longo da parte emersa da
praia e usando como indicador de referência o limite máximo da
vegetação, a linha da base da duna frontal ou ainda os limites entre os
calçadões e areia da praia. O sistema para medir a batimetria e também as
correntes na zona costeira é denominado SCAMP (Surf and Coastal Area
Measurement Platform). A atividade consiste na obtenção das
coordenadas de um ponto fornecidas pelo DGPS, em tempo real, e a
profundidade deste ponto fornecida pelo eco-sonda. Os equipamentos são
instalados em uma embarcação (jet ski) e o trajeto é previamente
estabelecido, incluindo a zona rasa até a profundidade de fechamento do
perfil. Os resultados deste estudo devem trazer respostas importantes para
21
XII Seminário do Curso de Pós-Graduação em Geologia da UFPR, 2009
o estudo do transporte de sedimentos na zona costeira, pois os volumes
transportados são medidos através de métodos abrangentes e ao mesmo
tempo detalhados ao longo de toda a costa. Adicionalmente, os mapas
topográficos e batimétricos serão um importante subsídio para o
gerenciamento costeiro da região, que possui locais intensamente
urbanizados e onde projetos de contenção da erosão vêm sendo
desenvolvidos desde a década de 70.
Palavras – chave: variações da linha de costa, batimetria, topografia
Dados acadêmicos: Co-orientador: Prof. Dr. Eduardo Marone; Nível:
Doutorado; Título do Projeto original da dissertação: Variabilidade espaçotemporal dos depósitos sedimentares entre a face praial e a face litorânea
na planície costeira da Praia de Leste, PR, Brasil; Linha de Pesquisa:
Evolução, Dinâmica e Recursos Costeiros; Projeto guarda-chuva:
Evolução das Planícies Costeiras Quaternárias e Dinâmicas de Ambientes
Costeiros Atuais Paranaenses, Norte Catarinenses e Sul Paulistas:
Subsídios para a Gestão Integrada da Zona Costeira; Data de entrada na
pós-graduação: julho de 2009; nº de créditos concluídos: 0; Exame de
qualificação (previsão): janeiro de 2012; nº de Trabalhos Publicados: 0;
Período de confecção de trabalhos para publicação: a partir de 2010; Data
prevista para defesa: agosto de 2013; Possui bolsa: sim; Período: agosto
de 2009 a agosto de 2013; Fonte pagadora: Capes.
Avaliação da dinâmica costeira no mar do Ararapira
como subsídios à ocupação
Müller, Marcelo Eduardo José ([email protected])
Orientador: Prof. Dr. Rodolfo José Angulo
O Mar do Ararapira, localizado no extremo norte do litoral paranaense e
extremo sul do litoral paulista é um corpo d’água meandrante, paralelo à
linha de costa e com orientação SSW-NNE. Tem comprimento aproximado
de 16km e largura média de 400m. A sua desembocadura determina o
limite entre os estados de São Paulo e Paraná e vem migrando na direção
SW a pelo menos 700 anos. O Mar do Ararapira está separado do oceano
22
XII Seminário do Curso de Pós-Graduação em Geologia da UFPR, 2009
pelo esporão da Restinga do Ararapira cuja largura não ultrapassa os
800m, e que apresenta três estreitamentos localizados nas margens
côncavas do esporão com o corpo lagunar. O mais estreito destes
apresenta alta taxa de erosão, podendo se romper ainda nesta década. Foi
monitorada a largura do esporão in situ, do limite entre a vegetação e a
areia na margem interna até o mesmo limite na margem oceânica, nas
seguintes datas: abril de 2008, agosto de 2008, dezembro de 2008 e abril
de 2009. A metodologia utilizada foi a de nivelamento topográfico com
nível, mira e trena. A largura do esporão, segundo os levantamentos, foi
respectivamente 23,84m; 24,85m; 21,45m; e 26,44m, sendo que sua
largura, em 1980, era de 100m. No entanto, para maiores conclusões
sobre o processo de ruptura do esporão, é necessário analisar os efeitos
de erosão e/ou progradação em cada margem, em separado. Na margem
do Mar do Ararapira a linha de costa sofreu uma erosão contínua no
período monitorado, totalizando 1,38m. Na margem oceânica, entre
avanços e recuos da linha de costa, prevaleceu o avanço de 3,98m. Na
margem do Mar do Ararapira a erosão é provocada pela ação erosiva das
correntes de maré nas margens côncavas do canal. Já, na margem
oceânica, os processos alternados de erosão e progradação são mais
rápidos, devido ao balanço natural sazonal da praia por ação de ondas.
Em agosto de 2008 foi realizado o caminhamento da linha de costa no
extremo sul da Restinga do Ararapira com GPS de mão, o qual apresenta
um erro embutido de até 15m. O resultado foi sobreposto ao levantamento
realizado pelo mesmo autor em outubro de 2007 com GPS diferencial, com
erro inferior a 1m. Mesmo desconsiderando os erros do equipamento,
houve uma progradação da linha de costa de até 80m na direção SW em
menos de um ano. Três perfis praiais realizados nesta região indicam o
crescimento contínuo das dunas frontais, evidenciando que a região
encontra-se em processo de acresção. O rompimento da Restinga do
Ararapira, previsto para meados de 2010 a meados de 2015, poderá
provocar a formação de uma nova desembocadura e o fechamento da
atual, formando uma laguna costeira entre a antiga e a atual
desembocadura. Estas alterações hidrodinâmicas irão refletir nas
propriedades sedimentológicas de fundo do Mar do Ararapira. As 77
amostras já coletadas ao longo do Mar do Ararapira tem o objetivo de
caracterizar a tipologia sedimentológica de fundo para uma posterior
comparação após a abertura da desembocadura. Além das mudanças
físicas no ambiente, a abertura de uma nova desembocadura poderá
23
XII Seminário do Curso de Pós-Graduação em Geologia da UFPR, 2009
trazer conseqüências à pesca artesanal estuarina e no modo de vida das
três comunidades tradicionais residentes na região, sendo certa a
realocação da comunidade de Enseada da Baleia e possível a realocação
da comunidade de Pontal do Leste, ambas no estado de São Paulo. Além
disso, o rompimento da Restinga, 6km a NE da atual, trará dúvidas sobre a
divisa entre os estados do Paraná e São Paulo, já que a desembocadura e
o Mar do Ararapira determinam atualmente o limite entre os dois estados.
Espera-se que os resultados alcançados com esta pesquisa subsidiem na
tomada de decisão do poder público local e da população tradicional
residente com relação as mudanças na configuração da linha de costa,
prevista para os próximos anos, no uso e ocupação dessas áreas, e ainda
contribua para o entendimento da dinâmica das praias arenosas com
pouca ou nenhuma ação antrópica, já que, ao contrário da porção sul do
estado do Paraná e da quase totalidade do estado de São Paulo, as praias
a serem estudadas não recebem grandes impactos diretos da ação
humana.
Palavras-chave: desembocadura lagunar, elongação de esporão arenoso;
Mar do Ararapira
Dados acadêmicos: Co-Orientador(es): Eduardo Marone, Maria Cristina
de Souza; Nível: Mestrado; Título do projeto original da dissertação/tese:
Caracterização morfosedimentar e evolução do esporão e da barra do
Ararapira e conseqüências da abertura de uma nova desembocadura;
Área de Concentração: Geologia Ambiental; Linha de Pesquisa: Evolução,
dinâmica e recursos costeiros; Data de entrada na pós-graduação:
o
03/2008; N de créditos concluídos: 24; Exame de qualificação: Junho/julho
de 2009; Trabalhos publicados ou período de confecção: Um trabalho
submetido para a Quaternary and Environmental Geosciences como coautor e outro previsto para o primeiro semestre de 2010; Data da Defesa:
previsão 03/2010; Possui Bolsa: sim; Período: 04/2008 a 02/2010; Fonte
pagadora: CNPq.
24
XII Seminário do Curso de Pós-Graduação em Geologia da UFPR, 2009
Análise estrutural de taludes da mina Saivá a partir
de modelo digital tridimensional
Nagalli, André ([email protected])
Orientador: Prof. Dr. Alberto Pio Fiori
A presente etapa do estudo buscou verificar a consistência dos dados
estruturais obtidos a partir do modelo digital empregando-se diagramas
estruturais combinados à análise estatística. O objetivo maior da pesquisa
é o de avaliar a estabilidade de taludes a partir da ferramenta denominada
laser scanner. A primeira etapa do estudo verificou a aplicabilidade da
metodologia e suas limitações. O objeto de estudo é a mina Saivá, situada
no município de Rio Branco do Sul, Paraná, uma jazida de calcário
empregado pela Votorantim para a fabricação de cimento. A metodologia
desta etapa do trabalho inclui a identificação no modelo digital
tridimensional dos planos de fraturamento, através de suas coordenadas
em um sistema de referência, agrupamento dos planos identificados em
famílias, elaboração dos diagramas estruturais de Schmidt-Lambert,
estudo da média dos resultados e desvio padrão, com estimativa do erro.
Foram estudados até o momento mais de uma centena de planos de
ruptura, em duas frentes de lavra. Nos planos de ruptura mais
representativos, foram tomadas cerca de trinta medidas de atitudes para
verificação da acuidade do método. Nestes casos, as medidas obtidas
para os ângulos de direção e mergulho variaram de 1,2 a 2,9º, o que
significa uma boa precisão considerando os recursos usuais empregados
para este serviço na geologia estrutural (bússolas). Os dados foram
trabalhados nos softwares Microsoft Excel, Rockworks2002, Cyclone e
Autocad. O posicionamento espacial dos planos foi obtido por geometria
analítica, a partir das coordenadas de três pontos não colineares
pertencentes a um plano de ruptura, diretamente do software Rockworks e
conferido através de uma planilha elaborada Microsoft Excel. Têm-se
como resultados desta etapa diagramas estruturais para os planos
identificados e histogramas. Os resultados obtidos revelam que a
ferramenta mostra-se bastante vantajosa e precisa na medição de atitudes
de planos, reiterando a validação da metodologia. A amplitude de variação
das medidas de atitudes tomadas digitalmente são compatíveis com as
observadas em campo. Mostra-se relevante no processo a escolha dos
três pontos que definem o plano de ruptura. Desta forma, buscou-se
25
XII Seminário do Curso de Pós-Graduação em Geologia da UFPR, 2009
empregar planos constituídos por pontos distantes entre si centímetros a
metros, observando-se a qualidade dos dados obtidos. Em geral, quanto
mais distantes os pontos, mais representativas se revelam as medidas.
Contudo, esta alternativa apresenta limitações física, uma vez que os
planos de ruptura são limitados. Outro aspecto a se considerar é a
rugosidade dos planos, quanto mais rugoso o plano, piores são os
resultados. Esta questão pode ser minimizada empregando-se o maior
distanciamento entre os pontos de identificação do plano. Uma vez que
grande parte do trabalho, tais como anotação das coordenadas dos pontos
e subseqüente transcrição aos softwares, é manual, a utilização de
histogramas e diagrama de rosetas permitiu identificar erros grosseiros
decorrentes do processo. Assim, puderam-se corrigir erros de anotação ou
transcrição, aumentando-se a confiabilidade do método. Uma das grandes
vantagens do método é a possibilidade de se obter parâmetros estruturais
de áreas que em campo não se tem acesso direto, por questão de
segurança ou fixação, por exemplo. A presente pesquisa vem cumprindo
ao cronograma estabelecido e suas etapas subseqüentes abrangerão o
levantamento manual de estruturas significativas na área, comparação
com os dados obtidos pelo laser scanner, a classificação geomecânica do
maciço rochoso por setores da mina e o estudo da estabilidade dos
taludes na área.
Palavras-chave: diagramas estruturais, mina Saivá, geotecnia
Dados acadêmicos: Nível: Doutorado; Título do projeto original da tese:
Análise estrutural e teste de ferramentas de análise fractal em sistemas
fraturados com diferentes comportamentos hidráulicos e aplicações em
geotecnia; Linha de Pesquisa: Análise Multitemporal, Neotectônica e
Riscos
Geológicos;
Projeto
guarda-chuva:Projeto
Fractal
(UFPR/Petrobrás); Data de entrada na pós-graduação:ago/2007; Nº de
créditos concluídos: 36; Exame de qualificação: jan/2010; Trabalhos
publicados ou período de confecção: 1 submetido, 3 previstos; Data da
Defesa: jan/2011; Possui Bolsa: sim; Período:ago/07 a ago/11;Fonte
pagadora:Capes.
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XII Seminário do Curso de Pós-Graduação em Geologia da UFPR, 2009
Suscetibilidade de contaminação
Cárstico em Colombo/PR
do
Aquífero
Osório, Quelen da Silva ([email protected])
Orientador: Prof. Dr. Ernani Francisco da Rosa Filho
Seguindo os fundamentos da Política Estadual de Recursos Hídricos, que
declara a água como um bem de domínio público; recurso natural limitado,
dotado de valor econômico; cuja gestão deve sempre proporcionar o uso
múltiplo; ser descentralizada e contar com a participação do Poder Público,
dos usuários e das comunidades. A presente proposta objetiva contribuir
para os estudos de Geologia Ambiental no âmbito dos Recursos Hídricos,
identificando por meio da abordagem geossistêmica áreas susceptíveis à
contaminação do aquífero cárstico no município de Colombo/PR. Os
objetivos específicos compreendem: identificar áreas de recarga e
vulnerabilidade intrínseca do aqüífero, a partir das características do meio
físico-natural; constatar as diferentes formas de uso e ocupação do
espaço; elaborar mapas temáticos; e, propor um zoneamento de proteção
do aqüífero considerando as fragilidades naturais. Para tanto, a pesquisa
está dividida em três etapas; a primeira compreende a coleta de dados
pré-existentes, como consultas aos materiais cartográficos (cartas
topográficas, mapas geológicos, mapas de solos e fotografias aéreas),
obtenção de informações sobre os poços junto a SANEPAR e/ou
SUDERHSA; condição socioeconômica e ambiental junto ao IBGE,
IPARDES, EMATER e/ou SEMA. A segunda etapa caracteriza-se pela
organização e tratamento dos dados obtidos, a partir da elaboração de
banco de dados e mapas temáticos. A última etapa, por meio do uso de
geoprocessamento e da abordagem geossistêmica buscar-se-á identificar
as áreas susceptíveis à contaminação do aquífero cárstico e elaborar um
zoneamento de proteção geológico-ambiental visando sua preservação,
propondo-se limitações, restrições ou adaptações de usos conforme as
áreas de suscetibilidades identificadas. No atual estágio da pesquisa vem
sendo realizada a primeira etapa proposta, ou seja, a coleta de dados junto
aos órgãos mencionados, onde foi possível coletar alguns materiais
cartográficos pré-existentes e constatar as principais formas de uso e
ocupação do espaço geográfico da área em estudo, dentre as quais se
distribuem entre o desenvolvimento das atividades agropecuárias,
industriais e setor de serviços (este predominante). Da área total do
27
XII Seminário do Curso de Pós-Graduação em Geologia da UFPR, 2009
município de Colombo (198km²), existem 19.794 ha ocupados com
estabelecimentos agropecuários, destes, 243 ha são lavouras
permanentes (com cultivo de uva, erva-mate, caqui, figo, limão, pêra,
pêssego, etc.); 12.347 ha são lavouras temporárias (com destaque para o
cultivo de milho, tomate, feijão, batata-doce, entre outros); e 1908 ha, são
ocupados com cultivos de leguminosas e oleaginosas em pequenas
propriedades. As pastagens naturais ocupam 2.435 ha, as áreas de matas
e florestas ocupam 2.861 ha. Ocorre ainda a criação de bovinos, suínos e
aves (frangos). Quanto aos cultivos permanentes e temporários observase que é comum o uso de fungicidas, herbicidas e inseticidas, em geral,
não biodegradáveis, merecendo maior atenção para a quantidade utilizada
nas lavouras de tomate (que totalizam 190 ha), o qual também demanda
grande de água, para sua produção. Convém enfatizar o exposto por
Smith (1993), que discorrendo sobre a natureza dos aquíferos cársticos,
ressalta a suscetibilidade destes à poluição, devido ao fato do fluxo de
condutos, ou seja, a água é transportada por espaços amplos, e não em
meio à porosidade da rocha. Tal aspecto torna a "filtragem" natural
praticamente inexistente, e o fluxo de água e qualquer poluente ou material
que esteja em solução ou disperso no meio líquido será rapidamente
transportado, eventualmente para quilômetros de distância do local de
origem. Portanto, na continuidade desta etapa, vem sendo realizadas
coletas de dados sobre a resposta aqüífera da região cárstica em estudo,
buscando-se reconhecer as relações entre os impactos da atividade
antrópica e os possíveis problemas dela decorrentes, seja por ação direta
ou indireta, nos terrenos cársticos do município de Colombo/PR.
Palavras-chave: recursos hídricos, águas subterrâneas, conservação de
aquíferos
Dados acadêmicos: Co-orientadores: Prof. Dr. Luiz Eduardo Mantovani e
Prof. Dr. Eduardo Chemas Hindi. Nível: Doutorado. Título do Projeto
Original: Suscetibilidade de Contaminação do Aqüífero Cárstico em
Colombo/PR. Área de Concentração: Geologia Ambiental. Linha de
Pesquisa: Recursos Hídricos. Ano de ingresso no Programa: 2008. N° de
créditos concluído: 10. Previsão pára Exame de Qualificação: dezembro de
2009. Previsão para Defesa: dezembro de 2011. Previsão e n° de
trabalhos para publicação: 2 em 2009. Possui Bolsa: Não.
28
XII Seminário do Curso de Pós-Graduação em Geologia da UFPR, 2009
Dinâmica morfosedimentar associada ao regime de
ondas em praias oceânicas do arco praial da Planície
de Praia de Leste – PR
Quadros, Clécio José Lopes de ([email protected])
Orientador: Prof. Dr. Eduardo Marone
No estado do Paraná a costa pode ser dividida em três setores,
compartimentada em função da ocorrência das baías de Paranaguá e
Guaratuba. Ao norte da baía de Paranaguá encontra-se a planície de
Superagüi ou planície Norte, entre Pontal do Sul e Caiobá encontra-se a
planície da Praia de Leste, e ao sul da baía de Guaratuba a planície Sul ou
do Brejatuba. O arco praial da Planície de Praia de Leste caracteriza-se
por aproximadamente 35 km de praias arenosas oceânicas. A orla desta
região está quase que em sua totalidade ocupada, sendo que, alguns
setores apresentam problemas com erosão e destruição de áreas
ocupadas à aproximadamente 20 anos, estando esta problemática
associada ao mau planejamento ocupacional da orla. A evolução
morfosedimentar de praias arenosas como estas, apresenta-se altamente
dinâmica e sensível, constantemente ajustando-se as flutuações dos níveis
de energia local. As ondas representam a principal entrada de energia
para estes sistemas e devido à mobilidade dos sedimentos encontrada
nestes ambientes, estes se ajustam as condições hidrodinâmicas vigentes.
Sendo assim, o estudo do clima de ondas da região é de extrema
importância, visto que este é um dos principais processos atuantes no
balanço sedimentar ao longo do litoral. Este projeto de pesquisa visa
caracterizar a dinâmica morfosedimentar em diferentes setores do arco
praial da Planície de Praia de Leste, associando ao regime de ondas
incidentes na região. A partir da realização de perfis topográficos, coleta de
sedimentos e observação visual de ondas em 14 praias durante 24 meses,
monitoramento este que se encontra concluído, será possível a análise da
variação volumétrica sedimentar, da evolução morfológica, e a
caracterização sedimentar das praias em questão. A utilização de
ferramentas como modelos matemáticos possibilitarão a caracterização do
regime de ondas atuante na região, realizado a partir de dados de ondas já
coletados a profundidades de 10 e 15m, batimetria da plataforma interna
rasa adjacente à área de estudo e dados meteorológicos regionais. Assim
29
XII Seminário do Curso de Pós-Graduação em Geologia da UFPR, 2009
sendo, será possível a simulação de diferentes cenários que
caracterizarão os estados de mar mais freqüentes na região. Com a
diferenciação dos índices morfodinâmicos atuantes nestes setores será
possível determinar características da dinâmica morfosedimentar
associada ao regime de ondas das praias oceânicas do arco praial da
Planície de Praia de Leste. Sendo assim, este trabalho apresenta-se como
subsídio para a gestão costeira, auxiliando no processo e inferindo
diretrizes aos planos de manejo para este trecho da orla do Estado.
Palavras-chave: praia, morfodinâmica, ondas
Dados Acadêmicos: Co-orientadores: Prof. Dr. José Rodolfo Angulo e
Prof. Dr. Ricardo de Camargo; Nível: Doutorado; Título do projeto original
da tese: Dinâmica morfosedimentar associada à ocorrência de frentes
meteorológicas em diferentes setores do arco praial da Planície de Praia
de Leste – PR; Linha de pesquisa: evolução, dinâmica e recursos
costeiros; Data de entrada na pós-graduação: março de 2007, Exame de
qualificação: setembro de 2009; Nº de trabalhos publicados: 4; Data
prevista para defesa: março de 2011; Possui bolsa: sim, Período: março de
2007 a março de 2011; Fonte pagadora: Capes.
Tecnógeno: transformação do relevo através da
artificialização do meio geológico no município de
Canoinhas, Estado de Santa Catarina
Schultz, João Paulo ([email protected])
Orientador: Prof. Dr. Luiz Eduardo Mantovani
O Tecnógeno, ou transformações tecnogênicas como é referido neste
estudo, tem como particularidade a ação da sociedade como principal
agente geológico modificador do relevo. Trata-se de um tema
relativamente novo em Geologia sendo motivado pelas intensas
transformações do meio ambiente da Terra provocadas pela ação humana.
O presente trabalho trata-se de um estudo sobre essas transformações
tecnogênicas no município de Canoinhas - SC. O município de Canoinhas
localiza-se na parte setentrional do estado de Santa Catarina, na divisa
30
XII Seminário do Curso de Pós-Graduação em Geologia da UFPR, 2009
com o estado do Paraná e faz parte da microrregião de Canoinhas. Possui
2
uma área de 1.143 Km e está situado ao vale do Canoinhas a uma
latitude de 26° 10’ 38” S e longitude de 50° 23’ 24” W de Greenwich e
altitude de 765 metros. Na região que compreende o estudo, observam-se
inúmeras atividades decorrentes da ação humana sobre o relevo bem
como sobre as formas de ocupação do solo. Dentre as principais
destacam-se o crescimento do espaço urbano, atividades agrícolas,
pedreiras, cemitérios entre outras. Além dessas atividades, percebem-se
também a ocupação do solo nas áreas ribeirinhas do Rio Canoinhas.
Assim, seu estudo é muito importante para a compreensão dos ambientes
que sofrem transformações a partir da ação da sociedade além da
contribuição aos estudos que vinculam ação geológica humana. A
pesquisa partiu da necessidade de se compreender de que maneira o
relevo se modifica através da participação direta ou indireta da
artificialização do meio geológico. Para a realização desse estudo foram
estabelecidas três etapas. A primeira etapa consistiu na realização de uma
fundamentação teórica visando explicar e discutir os principais termos
relativos à geologia tecnogênica através de bibliografias. Na segunda,
foram realizados estudos referentes à caracterização geológica,
geomorfológica e geográfica da área compreendida para a realização da
pesquisa. Foram utilizados nesta etapa os levantamentos de campo para a
descrição da geologia local e banco de dados do Comitê da Bacia
Hidrográfica do Rio Canoinhas e da CIRAM/EPAGRI para a descrição e
caracterização geográfica da área da pesquisa. Na terceira etapa está
sendo feita a identificação das transformações tecnogênicas ocorridas ao
longo do tempo. Para isso, estão sendo utilizados alguns métodos e
técnicas de pesquisa, dentre os quais destacam-se: levantamentos de
campo, fotografias de paisagens notáveis afim de registrar as
características físicas da área da pesquisa, uso de fotografias aéreas e
imagens de satélite bem como alguns softwares para dar suporte a
pesquisa. Assim, busca-se analisar e interpretar as ações que
transformam o meio ambiente terrestre, destacando o relevo, o solo e os
rios que pertencem ao município de Canoinhas.
Palavras – chave: tecnógeno, artificialização do meio geológico,
Canoinhas
31
XII Seminário do Curso de Pós-Graduação em Geologia da UFPR, 2009
Dados acadêmicos: Nível: Mestrado; Título do Projeto original da
dissertação: Tecnógeno: Proposta de estudo sobre a transformação do
relevo através da ação geológica humana no município de Canoinhas-SC;
Linha de Pesquisa: Geologia Ambiental Avaliação, Zoneamento e Gestão
de Bacias Hidrográficas; Data de entrada na pós-graduação: março de
2008; Nº de créditos concluídos: 24; Exame de qualificação: junho de
2009; Trabalhos publicados ou período de confecção: 1 em 2009; Data
prevista para defesa: março de 2010; Possui bolsa: não.
Análise da evolução de uso e ocupação do solo na
Região Cárstica Curitibana
Silva, Maria Cristina Borges ([email protected])
Orientador: Prof. Dr. Luis Eduardo Mantovani
A área de estudo, abrange porções dos Municípios de Campo Magro,
Campo Largo, Almirante Tamandaré, Itaperuçu, Rio Branco do Sul,
Colombo e Bocaiúva do Sul. São inúmeras as informações contidas nos
diversos estudos sobre a Região Cárstica Curitibana, uma série de
recomendações e um macrozoneamento foram efetuados em relação ao
uso e ocupação destas áreas extremamente frágeis, no final dos anos
noventa. Decorridos uma década se faz necessário avaliar a evolução do
uso e ocupação destas áreas. O Zoneamento Ambiental é um dos
instrumentos da política ambiental brasileira estabelecida pela Lei n.º
6.938/81 (Art. 9.º, II), e está alicerçada em diversos princípios, dentre os
quais, no controle e zoneamento das atividades potencial ou efetivamente
poluidoras (Art. 2.º, V). Os objetivos do zoneamento do Uso e Ocupação
do Solo na região Cárstica Curitibana têm sido o de indicar áreas para
preservar o equilíbrio entre as atividades humanas e os níveis qualitativos
e quantitativos da recarga do expressivo manancial hídrico da região. No
diagnóstico da situação, contida no Plano de Zoneamento do Uso e
Ocupação do Solo da Região do Carst na região Metropolitana de Curitiba,
foram estabelecidos os limites da área de ocorrência desse aqüífero, não
só aquela de influência direta, como também nas áreas de influência
indireta sobre o mesmo. Na área norte da Região Metropolitana de
Curitiba, nos últimos anos verificou-se um rápido e intenso processo de
32
XII Seminário do Curso de Pós-Graduação em Geologia da UFPR, 2009
ocupação do espaço, no entanto esta ocupação não foi planejada e,
portanto, não teve acompanhamento de investimento em infra estrutura e
serviços urbanos, o que vem determinando uma série de conflitos, entre a
ocupação e a base física. A característica hidrogeológica da região, que
facilita a ocupação humana, via oferta de água subterrânea, também pode
torná-la inviável, caso esse manancial seja utilizado de maneira
inadequada. Compreendida essa incoerência, é preciso que se
compreenda também, com ênfase ao planejamento das atividades
humanas nessa região, que a mesma compõem um espaço geográfico
bem definido e com características especiais quanto à fragilidade
ambiental, e por esse motivo, devem ser tratados de forma diferenciada
das demais áreas que compõem a Região Metropolitana de Curitiba.
Assim, as diretrizes para o ordenamento do uso e ocupação do solo na
Região do Carst precisam congregar múltiplas variáveis que estejam
alicerçados na fragilidade da sua base natural frente às atividades
humanas. Desta forma faz-se necessário uma análise temporal e espacial
do uso e ocupação do solo para estabelecer índices de vulnerabilidade e
riscos socioambientais, que considerem a geodiversidade e a
geoconservação. A geodiveridade entendida aqui, como sugere
Schobbenhaus(2008), representada pelos diferentes tipos de rochas,
paisagens, minerais, fósseis, solos e outros depósitos superficiais, que são
o suporte da vida na Terra, ou seja, todas as formas de biodiversidade,
incluindo a humana. Para o autor a geodiversidade é o substrato essencial
para o desenvolvimento e evolução de qualquer forma de vida, sendo
difícil de entender que as questões relacionadas à geoconservação
raramente são tratadas com o mesmo grau de profundidade que a
bioconservação. Desta forma, alguns elementos da geodiversidade
apresentam interesse científico, didático, cultural, estético (paisagístico),
econômico (geoturismo), entre outros, e podem ser considerados como
sítios geológicos ou geossítios (ou monumentos geológicos, ou geótopo).
Portanto, os geosítios representam testemunhos irremovíveis do
patrimônio geológico de uma região, que precisam ser protegidos e
preservados, e por isso, deverão ser alvo especial da política de
ornamento territorial. Sendo assim é necessário analisar as mudanças
ocorridas por intermédio de avaliação estatística multivariada e de
mapeamento temporal e espacial que leve em consideração a
geodiversidade e a geoconservação, pois estas são elos entre as pessoas,
paisagens e suas culturas, por meio da interação com a biodiversidade.
33
XII Seminário do Curso de Pós-Graduação em Geologia da UFPR, 2009
Pois ao contrário da biodiversidade, o conceito de geodiversidade e
geoconservação são pouco divulgados para sociedade.
Palavras-chave: mapeamento, geodiversidade, geoconservação
Dados Acadêmicos: Co-Orientadores Prof. Dr. Ernani Francisco da Rosa
Filho, Prof. Dr. Emerson Carneiro Camargo. Nível Doutorado, Linha de
Pesquisa: Recursos Hídricos/Zoneamento Ambiental; Projeto GuardaChuva: Avaliação e Gestão da Bacias Hidrográficas, Data de entrada na
pós-Março/2008,Título do Projeto Original Qualificação Geoambiental da
Região Cárstica Curitibana:Potencial e fragilidade de uso alternativo das
o
áreas de mananciais para adequação da educação e do turismo. N de
créditos concluídos: 30, Exame de Qualificação: maio 2010, Trabalhos
Publicados: 2. Data prevista para a defesa: dezembro de 2011; possui
bolsa: não.
Mapeamento e caracterização de recifes de arenito
naturais da plataforma continental rasa paranaense
Simioni, Bruno Ivan ([email protected])
Orientador: Rodolfo José Angulo
As características geológicas e morfodinâmicas atuais das regiões
costeiras são resultantes dos processos continentais e oceânicos às quais
estão sujeitas atualmente e da herança geológica, marcada por
movimentos tectônicos, dinâmicas erosivas e deposicionais associadas à
ação de ondas, marés, correntes e aos eventos transgressivos e
regressivos dos oceanos. Feições sedimentares associadas às variações
do nível do mar durante o Período Quaternário são identificáveis em toda
a costa sul brasileira, especialmente nas áreas emersas onde podem ser
observados cordões litorâneos correspondentes a antigas linhas de costa
e dunas frontais, entre outras feições. Por sua vez, a identificação de
linhas de costa pretéritas nas áreas submersas é bastante restrita devido
ao retrabalhamento, nas fases transgressivas, do material depositado
durante as fases regressivas. Há cerca de 18.000 anos antes do presente
(AP), data correspondente ao último máximo glacial, o nível do mar estaria
34
XII Seminário do Curso de Pós-Graduação em Geologia da UFPR, 2009
aproximadamente 130 metros abaixo do atual e a plataforma continental
estaria emersa. Na região da plataforma continental paranaense, observase a presença de sedimentos de granulometria média a grossa que não
condizem com o atual sistema deposicional na região, onde os rios mais
importantes desaguam no interior de dois estuários bem desenvolvidos
(Complexo Estuarino de Paranaguá e Baía de Guaratuba), indicando que
este material foi depositado em épocas onde o mar estava abaixo do
atual. Outro indicativo de períodos de rebaixamento do nível do mar é a
existência de recifes de arenito (ou beachrocks) submersos, descritos em
alguns trabalhos na região. Sua formação é comumente associada à
região de entremarés, sendo constituídos por sedimentos marinhos
rapidamente cimentados pela precipitação de cimentos carbonáticos
(tipicamente calcita magnesiana e aragonita), podendo representar a linha
de costa da época em que foram formados. Além disto, os recifes de
arenito podem fornecer pistas sobre as características paleoambientais na
época de sua formação, afiguradas na mineralogia e hábito cristalino do
cimento carbonático. Devido, porém, à ampla distribuição geográfica e
diferentes características dos beachrocks e seus ambientes de formação,
torna-se difícil determinar com convicção os processos condicionantes de
sua gênese. Estas incertezas geram extensas argumentações sobre como
correlacionar os dados obtidos de beachrocks em diferentes localidades
com as variações do nível do mar, sua profundidade e local de formação e
as características ambientais condicionantes deste processo. O projeto a
ser desenvolvido visa abordar estes aspectos, através de uma revisão
bibliográfica atual e abrangente, da coleta de beachrocks submersos na
região da plataforma continental rasa paranaense e da análise destes em
laboratório quanto à sua granulometria, composição mineral e idade
aproximada de formação. Para localização de afloramentos serão
consultados pesquisadores que possuem trabalhos desenvolvidos sobre o
assunto na região e serão utilizadas cartas de navegação dos pescadores
locais, que conhecem e evitam estes locais para a pesca por causar
danos aos equipamentos. Os trabalhos em campo serão realizados com o
auxílio de equipamento de mergulho autônomo, identificando,
fotografando, medindo e amostrando os afloramentos dos beachrocks, o
que auxiliará na elaboração de mapas de localização georreferenciados. A
localização real dos afloramentos encontrados pode ou não ser revelada
com precisão, dependendo da fragilidade do ecossistema encontrado e do
conhecimento de sua posição pelos pescadores. Espera-se que este
35
XII Seminário do Curso de Pós-Graduação em Geologia da UFPR, 2009
projeto venha a contribuir com os estudos sobre a gênese e os processos
condicionantes na formação de beachrocks e com o estudo sobre
paleoníveis marinhos na área de estudo. Este faz parte do projeto guardachuva denominado “Evolução, dinâmica sedimentar e recifes de arenito
naturais da plataforma continental interna rasa paranaense: subsídios à
avaliação de recursos costeiros” e conta com o apoio logístico e dados de
outros projetos em desenvolvimento sobre a região da plataforma
continental paranaense, além do apoio do Laboratório de Estudos
Costeiros (LECOST) da Universidade Federal do Paraná.
Palavras-chave: recifes de arenito, plataforma continental rasa, beachrock
Dados acadêmicos: Co-orientador: Dr. Fernando Alvim Veiga; Nível:
Mestrado; Título do projeto original da dissertação: Mapeamento e
caracterização de recifes de arenito naturais da plataforma continental
rasa paranaense; Área de concentração: Geologia ambiental; Linha de
pesquisa: Evolução, dinâmica e recursos costeiros. Data de entrada:
o
Julho/2009; N de créditos concluídos: 0; Exame de qualificação:
Trabalhos submetidos: Data de defesa (previsão): Junho/2011. Possui
bolsa: (Pleiteada em 10/07/2009); Período: 24 meses; Fonte pagadora:
CAPES.
36
XII Seminário do Curso de Pós-Graduação em Geologia da UFPR, 2009
Aplicação
de
Conceitos
Geoestatísticos
na
Modelagem hidrogeológica dos Aqüíferos Serra Geral
e Guarani no Estado do Paraná
Souza, Adalberto Amancio de ([email protected])
Orientador: Prof. Dr. Ernani Francisco da Rosa Filho
O presente estudo tem por objetivo avaliar a aplicação dos conceitos
geoestatísticos na modelagem hidrogeológica dos aqüíferos Serra Geral e
Guarani no Estado do Paraná. A estatística clássica, aquela que se utiliza
de parâmetros como média e desvio padrão para representar um
fenômeno com base na hipótese principal de que as variações de um local
para outro são aleatórias, tem se mostrado limitada na representação de
variáveis regionalizadas, porque desconsideram a anisotropia e a
descontinuidade da variável que se quer observar. Os métodos tradicionais
de interpolação espacial tais como triangulação, média local das amostras
e inverso do quadrado da distância, só para citar alguns, representam
boas soluções quando os dados amostrais são abundantes. Quando os
dados são esparsos, como é o caso dessa pesquisa, tais métodos
apresentam limitações. Nesse caso, a interpolação mais indicada é a
Krigagem, que considera uma matriz de covariância espacial que
determina os pesos atribuídos às diferentes amostras, o tratamento da
redundância dos dados, a vizinhança a ser considerada no procedimento
inferencial e o erro associado ao valor estimado. Além disso, a Krigagem
fornece estimadores exatos com propriedades de não tendenciosidade e
eficiência. As técnicas de Krigagem possuem como ferramenta básica de
suporte
o
Variograma.
O
Variograma
permite
representar
quantitativamente a variação de um fenômeno regionalizado no espaço. O
Variograma representa o que, intuitivamente, se espera de dados de
campo, isto é, que as diferenças entre valores obtidos entre duas amostras
decresçam à medida que a distância que as separam decrescem. Da
mesma forma, o Variograma indica um aumento da variância (γ(h)) com o
aumento da distância. O Variograma apresenta quatro parâmetros: o
alcance, o efeito pepita, o patamar e a contribuição. Tanto o Aqüífero Serra
Geral quanto o Aqüífero Guarani, possuem variáveis hidrogeológicas com
comportamento regionalizado. No presente estudo, a malha amostral
utilizada é irregular e de baixa densidade, cerca de 320 amostras
37
XII Seminário do Curso de Pós-Graduação em Geologia da UFPR, 2009
2
distribuídas em uma áreas de aproximadamente 110.000 Km , no Aqüífero
Serra Geral, e de 50 amostras distribuídas em uma área de
2
aproximadamente 131.000 Km , no Aqüífero Guarani. Mapas de
densidades de lineamentos para o Aquífero Serra Geral, foram elaborados
com o objetivo de definir as direções em que serão modelados os
Variogramas, visto que o aquífero em questão é fraturado. Com base
nesses Variogramas é que serão feitas as interpolações das variáveis
estudadas. Assim, aplicando-se os conceitos de geoestatística, pretendese quantificar essas incertezas associadas aos valores estimados, verificar
se essa densidade amostral permite uma estimação adequada das
variáveis, se não, qual seria uma densidade suficiente para tornar o grau
de incerteza aceitável e por fim, elaborar o modelo hidrogeológico da cada
um desses aqüíferos. Até o presente momento foram amostrados 304
poços tubulares no Aquífero Serra Geral e 40 poços tubulares no Aquífero
Guarani. A base teórica desses conceitos vem sendo obtida através de
cursos e pesquisas bibliográficas e sua aplicação no estudo proposto tem
se mostrado viável.
Palavras-chave: Sistema Aqüífero Serra Geral, Sistema Aqüífero Guarani,
geoestatística
Dados Acadêmicos: Co-orientadores: Profs. Drs. André Virmond Lima
Bittencourt e Eduardo Chemmas Hindi; Nível: Doutorado; Título do projeto
original da tese: Aplicação de Conceitos Geoestatísticos na Modelagem
Hidrogeológica dos Aqüíferos Serra Geral e Guarani no Estado do Paraná;
Linha de pesquisa: recursos hídricos; Data de entrada: Julho de 2007;
Número de créditos a serem concluídos: 0; Exame de qualificação:
Primeiro semestre de 2011; Número de trabalhos a serem publicados: 3;
Período de confecção de trabalhos para publicação: 2009 e 2010; Data
prevista para defesa: Julho de 2011.
38
XII Seminário do Curso de Pós-Graduação em Geologia da UFPR, 2009
Efeitos na contaminação de água subterrânea por
óleo diesel e gasolina em presença de etanol
Souza, Rogério Tadeu de ([email protected])
Orientador: Prof. Dr. Ernani Francisco da Rosa Filho
A contaminação de aqüíferos por vazamentos de hidrocarbonetos de
petróleo é uma ameaça para a qualidade das águas subterrâneas devido à
alta toxicidade dos compostos orgânicos presentes no petróleo e seus
derivados. Em presença de etanol os compostos denominados BTEX
(benzeno, tolueno, etilbenzeno e xilenos) potencializam danos quanto a
dispersão e persistência da contaminação em subsuperfície,
principalmente o benzeno. A contaminação da zona saturada caracterizase por apresentar alta mobilidade dos contaminantes e está associada ao
fluxo da água subterrânea, transportando dessa forma esses compostos a
longas distâncias e disponibilizando-os a diferentes potenciais receptores,
inviabilizando o uso e consumo dessa água. A pesquisa envolvendo os
efeitos na contaminação de água subterrânea por óleo diesel e gasolina na
presença de etanol tem por objetivo implantar um laboratório de campo
para desenvolvimento de conhecimentos específicos nessa área. Para
esse desenvolvimento realizou-se uma caracterização completa da
geologia e hidrogeologia da área de estudo como condição fundamental
para entender os fenômenos de dispersão e persistência dos
contaminantes. Para tal, foram perfurados cinco piezômetros para
caracterização. O local de desenvolvimento da pesquisa é uma área
adjacente ao CEM-UFPR - Centro de Estudos do Mar, no município de
Pontal do Paraná, litoral do Paraná distante aproximadamente 120 km de
Curitiba. O aqüífero freático foi caracterizado por meio de ensaios de
densidade, porosidade e análises físico-químicas de água. Dessa forma,
foi caracterizado como arenoso, com alta porosidade total (38,7% a 44,5%)
3
e efetiva (30,3% a 37,7%), densidade variando entre 1,95 g/cm a 2,56
3
g/cm e apresentando água bicarbonatada cálcica-sódica. A condutividade
hidráulica foi determinada através de dois métodos. O primeiro, se refere
ao teste de slug no qual os dados de nível d’água em função do tempo
foram interpretados pelo método de Hvorslev. O segundo, utilizou dados
gerados a partir da distribuição da curva granulométrica e interpretados por
-3
meio do método de Shepherd. A condutividade hidráulica variou entre 10
-4
a 10 cm/s. As análises granulométricas apresentaram grãos maturos de
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XII Seminário do Curso de Pós-Graduação em Geologia da UFPR, 2009
granulação fina a média. A geologia é constituida por sedimentos
inconsolidados marinhos de planície costeira, indiferenciados, com
cordões litorâneos da fase antiga e aluviões recentes do Cenozóico.
Através da leitura do nível d’água e levantamento planimétrico, para as
maiores elevações de maré, o fluxo subterrâneo mostrou-se para a
direção norte (mais próximo ao mar) e noroeste no interior do CEM no
sentido rio Pereque. O experimento de contaminação consistirá na injeção
de fase dissolvida de duas misturas distintas: uma mistura de gasolina e
etanol e a outra de diesel e etanol e, conseqüente observação do
comportamento da dispersão das duas plumas de contaminação em
subsuperfície. As duas misturas conterão a mesma proporção, ou seja,
24% de etanol cada uma. O estudo concentra-se no meio poroso da zona
saturada. Aliado às características dos contaminantes e somado à ampla
gama de variáveis geológicas e hidrogeológicas que interagem entre si e
que constituem fator determinante nas tecnologias disponíveis de
remediação de aqüíferos, este estudo disponibilizará conhecimento
específico sobre o comportamento dos contaminantes diesel + gasolina +
etanol e suas interações em subsuperfície.
Palavras chaves: contaminação, hidrocarbonetos, etanol
Dados acadêmicos: Co-orientadores: Prof. Dr. André Virmond Lima
Bittencourt, Prof. Dr. Eduardo Chemas Hindi; Nível: Mestrado; Título do
projeto original da dissertação: Efeitos na contaminação de água
subterrânea por óleo diesel e gasolina na presença de etanol; Linha de
pesquisa: Geologia Ambiental; Data de entrada na pós-graduação: março
o
2008; N de créditos concluídos: 19; Exame de qualificação: junho 2009;
Data prevista para defesa: março 2010; Possui bolsa: não.
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XII Seminário do Curso de Pós-Graduação em Geologia da UFPR, 2009
Programa de Geologia Exploratória
Caracterização estrutural da Bacia do Amazonas e
seu embasamento através de métodos geofísicos:
gravimetria, magnetometria e gamaespectrometria
Bongiolo, Alessandra de Barros e Silva ([email protected])
Orientador: Prof. Dr. Francisco José Fonseca Ferreira
O presente trabalho faz parte do Projeto Caracterização Tectono-Estrutural
da Bacia do Amazonas, em desenvolvimento pelo Departamento de
Geologia da UFPR para a Petrobras. Um dos objetivos do projeto é
averiguar a influência das estruturas do embasamento na
compartimentação e evolução tectono-estrutural da bacia, através da
interpretação de reativações sucessivas de tais estruturas e geração de
outras, durante o Fanerozóico. Para tanto, foi selecionada uma área
2
aproximada de 1.200.000 km , compreendida pelas coordenadas
geodésicas 0º00’ a 8º00’ de latitude sul e 48º00’a 60º00’ de longitude
oeste, a qual envolve porções do embasamento exposto da Bacia do
Amazonas. Dados gravimétricos, aeromagnéticos e gamaespectrométricos
disponíveis na UFPR foram processados e qualitativamente interpretados
visando delinear o arcabouço geofísico, o qual será posteriormente
cotejado às principais estruturas regionais da área de estudo. Para
definição das tendências geofísico-estruturais foram testados vários
métodos de realce de anomalias de campos potenciais, neste contexto
foram eleitos os métodos que obtiveram melhores respostas em relação à
área estudada como gradientes direcionais (x,y,z), amplitude do gradiente
horizontal total, amplitude e inclinação do sinal analítico, amplitude do
gradiente horizontal total da inclinação do sinal analítico, inclinação do
sinal analítico da amplitude do gradiente horizontal total, este último aqui
empregado experimentalmente, com excelentes resultados. Tais técnicas
foram também aplicadas às malhas continuadas para cima (2000, 5000 e
10000 metros), em correspondência ao incremento da ordem de
derivação, no sentido de atenuar os ruídos e verificar a persistência das
41
XII Seminário do Curso de Pós-Graduação em Geologia da UFPR, 2009
estruturas em profundidade. Foi também aplicado o método deconvolução
de Euler, de determinação estatística de profundidades das fontes
magnéticas e gravimétricas, para vários modelos (esfera, cilindro, degrau,
contato, etc.) obtendo resultados satisfatórios até o momento. A
superposição do arcabouço magnético-estrutural (profundo), ao
correspondente de superfície, extraído de mapas geológicos disponíveis e
de outros sensores (SRTM, imagens Landsat e outras) está sendo
realizada com bons resultados de acordo com o objetivo do estudo. No
intuito de comparar tais estruturas estão sendo gerados diagramas de
roseta para definição das direções preferenciais do embasamento e bacia.
Após o processamento e interpretação dos dados gamaespectrométricos
foi possível observar grande correspondência das respostas radiométricas
à geologia da área. Ainda, pretende-se selecionar áreas-alvo para
interpretação quantitativa (modelamento e inversão 2-D e 3-D). Os
resultados esperados, basicamente, consistem da proposição de um
arcabouço gravimétrico-magnético-estrutural da Bacia do Amazonas e do
embasamento exposto com apoio da gamaespectrometria para
confirmação dos contatos geológicos e direções de camadas. Tal
arcabouço, depois de integrado aos dados geológicos de superfície e
subsuperfície, deve contribuir para o objetivo principal do Projeto
“Caracterização estrutural do embasamento da Bacia do Amazonas e
implicações para reativações de falhas durante o Fanerozóico”.
Palavras-chave: bacia e cráton do amazonas, métodos geofísicos,
caracterização estrutural
Dados acadêmicos: Co-orientador: Prof. Dr. Leonardo Fadel Cury; Nível:
Doutorado; Título do projeto original da dissertação ou tese: Modelo
Gravimétrico-Magnético da Bacia do Amazonas; Linha de Pesquisa:
Análise Regional e Métodos de Exploração; Projeto guarda-chuva:
Caracterização estrutural do embasamento da Bacia do Amazonas e
implicações para reativações de falhas durante o Fanerozóico, Petrobras;
Data de entrada na pós-graduação: julho 2007; nº de créditos concluídos:
29; Exame de qualificação: previsto para dezembro de 2009; Nº de
Trabalhos Publicados: previsão de 3 artigos, um para o 1º semestre de
2010 e dois para o 1º semestre de 2011; Data prevista para defesa: junho
2011; Possui bolsa: sim; Período: setembro de 2007 a julho de 2011;
Fontes pagadoras: CNPq-CAPES.
42
XII Seminário do Curso de Pós-Graduação em Geologia da UFPR, 2009
Abordagem multiescala no domínio do Domo de
Piratininga, SP
Campos, Adriane Fátima de ([email protected])
Orientador: Prof. Dr. Francisco José Fonseca Ferreira
O objetivo geral deste estudo é realizar uma abordagem multiescala para
determinar as possíveis correlações entre a deposição e geometria das
camadas com os eventos tectônicos relacionados ao Domo de Piratininga.
Portanto, a área deste estudo abrange o domínio do Domo de Piratininga,
sendo este representado por um alto estrutural, com seu ápice definido por
um horst limitado por falhas. Para subsidiar a pesquisa foram utilizados
dados de subsuperfície, como linha sísmica com resolução convencional,
com cerca de 80 km de comprimento, e um perfil composto do poço 1-PA1-SP. No sentido de adicionar novos dados de subsuperficie foram
realizadas duas etapas de aquisição sísmica de reflexão de alta resolução.
Como resultados foram obtidos duas seções sísmicas, totalizando
aproximadamente 2,8 km de comprimento e profundidade de investigação
de cerca de 360 metros. Os parâmetros de aquisição utilizados foram os
seguintes: intervalo de geofones 3 metros, intervalo de tiro 12 metros,
tempo de registro 1 segundo e intervalo de amostragem 0,5 milisegundos.
Tais parâmetros garantem uma maior resolução quando comparados com
os utilizados comumente na sísmica terrestre convencional (25 a 50
metros de intervalo de geofones, 25 a 100 metros de intervalo de tiro e 4 a
8 milisegundos de intervalo de amostragem). A fonte sísmica aplicada foi
do tipo queda de peso acelerado, que possui como característica boa
repetibilidade, permitindo a soma dos sinais dos tiros. Foi estabelecida
uma metodologia para levantamentos sísmicos de alta resolução, a qual
permitiu o aumento de produtividade e conseqüente ganho de tempo nas
atividades de campo. O processamento dos dados sísmicos foi realizado
segundo o seguinte fluxo: entrada dos dados, inserção da geometria,
silenciamento de ruídos, aplicação de ganho, balanço espectral, análise de
velocidade, NMO, filtro FK, INMO, análise de velocidade, estaqueamento e
migração. Os resultados obtidos demonstram a presença de refletores
marcantes, com boa continuidade lateral e também indicam que o tipo de
arranjo e os parâmetros de aquisição utilizados permitiram imagear até
aproximadamente 300ms com razoável qualidade. A realização de duas
etapas de aquisição, em épocas distintas e com levantamentos em
43
XII Seminário do Curso de Pós-Graduação em Geologia da UFPR, 2009
direções opostas, sendo uma linha com direção W-E e outra E-W, indica
que as feições imageadas correspondem a eventos geológicos e não a
artefatos gerados pelo processamento ou pela aquisição. A interpretação
da linha sísmica convencional e de alta resolução foi realizada com o
objetivo de identificar e delinear os principais horizontes sísmicos e
sistemas de falhas. Na linha sísmica de alta resolução foram identificados
vários horizontes sísmicos, a partir dos quais foi possível observar às
relações entre a deposição e a geometria e também a presença de falhas.
Foi identificada uma falha normal, com posicionamento no terreno
coincidente com um lineamento identificado em imagem de satélite. Outro
aspecto identificado é que as falhas interpretadas na linha regional
apresentam correlação com as feições observadas na linha de alta
resolução, ambas apresentando blocos baixos basculados a oeste. Estas
falhas possuem relação com lineamentos de terreno interpretados com
base nos dados altimétricos orbitais da Shuttle Radar Topography Mission
(SRTM) e também nos dados aeromagnetométricos dos Projetos Botucatu
e Bauru. Os resultados obtidos até o momento permitiram estabelecer a
relação entre feições do arcabouço tectônico regional com estruturas
interpretadas nos dados sísmicos. Estes resultados indicam o potencial de
aplicação da metodologia multiescala em outras pesquisas geológicas.
Palavras-chave: integração de dados, sísmica de reflexão, Domo de
Piratininga
Dados acadêmicos: Co-orientadores: Dr. Sidnei P. Rostirolla e Msc.
Marcelo K. Bartoszeck; Nível: Doutorado; Título do projeto original da tese:
Modelagem sísmica e de dados potenciais aplicada à determinação do
arcabouço geológico-geofísico do Domo de Piratininga – SP; Linha de
Pesquisa: Modelagem Exploratória – Análise de Bacia e Petrofísica;
Projeto guarda-chuva: SPHERA; Data de entrada: agosto / 2005; Número
de créditos concluídos: 37; Exame de qualificação: agosto / 2009; Número
de trabalhos publicados: 1; Período de confecção de trabalhos: março /
2008 e agosto / 2009; Data prevista para defesa: setembro / 2009; Possui
bolsa: não.
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XII Seminário do Curso de Pós-Graduação em Geologia da UFPR, 2009
Petrologia das rochas máficas da Bacia do Amazonas
na região de Medicilândia, Estado do Pará
Costa, Juliana ([email protected])
Orientadora: Prof. Drª. Eleonora Maria Gouvêa Vasconcellos
As rochas máficas da Bacia do Amazonas estão inseridas no evento
magmático Penatecaua, datado do final do Triássico, relacionado à
fragmentação do Pangea e conseqüente abertura do Oceano Atlântico
Norte. O magmatismo é caracteristicamente intrusivo com predomínio de
soleiras, com diques subordinados e é, aparentemente, controlado por
altos estruturais anteriores ao magmatismo. Em geral as intrusões são
mais espessas próximo ao depocentro da bacia e mais adelgaçadas
próximo aos altos estruturais. A média das espessuras totais das soleiras é
5
de 500 metros, com volume estimado de 4x10 km³. Na literatura as rochas
são descritas como diabásios de assinatura toleítica, compostas por
plagioclásio, piroxênio, ilmenita, magnetita, apatita e, como minerais
secundários, ocorre sericita, epidoto, biotita e argilominerais. Entretanto, os
trabalhos disponíveis a respeito destas rochas não abordam de forma
específica a petrologia, a geoquímica, a petrogênese e a evolução
magmática das rochas intrusivas, assim como as relações de contato das
intrusões com as encaixantes. A área de estudo do plano de mestrado
localiza-se no município de Medicilândia, no estado do Pará, na borda sul
da Bacia do Amazonas. Nesta região são mapeadas intrusões ao longo de
cerca de 40 km na Rodovia Transamazônica, em uma faixa de até 13 km
de largura. Em Medicilândia as rochas máficas estão intrudidas em rochas
sedimentares paleozóicas da bacia, especificamente nos grupos Urupadi e
Curuá. O objetivo geral do trabalho é traçar a evolução magmática
responsável pela formação das rochas do Penatecaua da Bacia do
Amazonas na região de estudo, e fazer correlação com a Província
Magmática do Paraná na Bacia do Paraná. Como objetivos específicos
têm-se a caracterização mineral, análise da química mineral e da
assinatura geoquímica das rochas e, com base nestes dados, determinar a
temperatura e a pressão de instalação das intrusões. Para alcançar com
êxito os objetivos propostos, os métodos utilizados são: o estudo de
trabalhos anteriores; uma etapa de campo de 10 dias na área de trabalho,
realizada no mês de julho de 2009 com o apoio do projeto
CATEA/Petrobras; análises petrográficas das rochas; análises por
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XII Seminário do Curso de Pós-Graduação em Geologia da UFPR, 2009
fluorescência de raios X para definição de elementos maiores e traço, a
serem realizadas no LAMIR/UFPR; análise de elementos terras raras em
espectrômetro de massa com fonte de plasma ICP-MS; análise por
microssonda eletrônica para determinação da química mineral. Os dados
litoquímicos obtidos serão interpretados por meio de diagramas tipo
Harker, diagramas de classificação, spidergrams e diagramas
multielementares, entre outros e serão correlacionados com as
informações petrográficas e de campo. Os dados de química mineral serão
analisados com a confecção de diagramas de classificação e cálculos de
temperatura e pressão a partir de geotermobarômetros; interpretação dos
dados geoquímicos e petrográficos, visando à caracterização da série
magmática e da evolução das rochas. De acordo com o cronograma, até o
momento foi realizada extensa pesquisa bibliográfica, a fim de reunir os
dados existentes sobre o evento magmático Penatecaua. Os resultados
esperados com o trabalho são: propor um modelo evolutivo para as
intrusões, definir a forma e espessura das soleiras, comparar os dados
obtidos com modelos da literatura e correlaciona-los com o magmatismo
Juro-Cretáceo da Bacia do Paraná, associado à quebra do Pangea e
abertura do Oceano Atlântico Sul.
Palavras-chave: magmatismo Penatecaua; geoquímica; diabásio
Dados Acadêmicos: Co-Orientador: Dr. Carlos Eduardo de Mesquita
Barros; Nível: Mestrado; Título do projeto original da dissertação:
Petrologia das rochas máficas da Bacia do Amazonas na região de
Medicilândia, Estado do Pará. Área de Concentração: Geologia
Exploratória: Nome da “Linha de Pesquisa”: Análise regional e métodos de
exploração; Data de entrada: março de 2009; Nº de créditos concluídos:
10; Exame de qualificação: maio de 2010; Data da Defesa: fevereiro de
2011; Possui Bolsa: Sim; Período: abril de 2009 ao fim do mestrado; Fonte
Pagadora: CAPES.
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XII Seminário do Curso de Pós-Graduação em Geologia da UFPR, 2009
Caracterização e gênese de calcretes da Formação
Guabirotuba, Bacia de Curitiba
Cunha, Paola Viana de Castro ([email protected])
Orientador: Prof. Dr. Luiz Alberto Fernandes
A bacia sedimentar de Curitiba, de idade miocênica a pleistocênica,
localiza-se na região metropolitana da cidade homônima, em área de cerca
2
de 3.000 km . Seu preenchimento sedimentar é constituído
essencialmente por depósitos arenosos arcosianos e lamitos, localmente
com cimentação e crostas carbonáticas. Os intervalos carbonáticos são
descontínuos, tabulares, com extensões laterais métricas, de cor cinza
clara, espessuras centimétricas a métricas.Geralmente são maciços,
embora ocorram de forma foliada ou como cimentação difusa a nodular.
Nas areias arcosianas os carbonatos encontram-se na forma de
cimentação friável e descontínua. Também podem ocorrer como vênulas,
correspondentes a pequenas fraturas preenchidas, aleatoriamente
distribuídas que podem ser produto de processos pedogenéticos mais
recentes. Os calcretes são definidos como acúmulo secundário de
carbonato de cálcio. Tal acúmulo, resulta da cimentação e/ou reposição de
material hospedeiro pela precipitação do CaCO3 da água que infiltra no
solo ou da água subterrânea. O tempo necessário para a formação de um
perfil de calcrete dentro de um solo varia muito e está controlado por
alguns fatores como: clima, taxa de sedimentação, o abastecimento de
cálcio e de carbonato. Os calcretes pedogenéticos apresentam feições
bem definidas no perfil de solo. Alguns traços macroscópicos são
característicos, como presença de: rizolitos, nódulos de carbonatos, grãos
com revestimento micrítico, texturas laminares. Traços microscópicos
também são muito característicos. São feições formadas por processos
biogênicos e/ou físico-químicos: 1) tipo alfa, aquelas com predomínio de
processos não biogênicos e 2) tipo beta, de processos biogênicos. Os
calcretes com textura do tipo alfa apresentam frequentemente cristais
rômbicos de calcita. O tamanho dos cristais varia de micrítica a esparítica.
Sua formação vem de reprecipitação e recristalização do CaCO3 pela
variação do nível freático. Os de textura tipo beta apresentam cristais
aciculares de calcita, feições em menisco, porosidade maior. A formação
dos calcretes com textura do tipo beta parece estar relacionada com alto
grau de sobresaturação ou com atividade microbiana. As estruturas
47
XII Seminário do Curso de Pós-Graduação em Geologia da UFPR, 2009
alveolares são típicas deste tipo de calcretes, estão formadas por septos
arqueados de longitude variada que se desenvolvem dentro de espaços
vazios, como moldes de raízes ou em poros intergranulares. A presença
de crostas e nódulos carbonáticos em sedimentos pelíticos é em parte
atribuída a paleopedogênese decorrente da exposição dos sedimentos sob
condições de forte evaporação em clima semi-árido. A pesquisa tem como
objetivo principal caracterizar petrográfica e quimicamente os calcretes da
bacia de Curitiba. A caracterização mineralógica e discussão da gênese
dos calcretes, apoiada em revisão de associações faciológicas e evolução
sedimentar da bacia constitui tema de grande interesse, tanto para a
evolução das bacias continentais cenozóicas, quanto para avaliações dos
comportamentos geotécnicos, de recursos naturais (minerais e águas
subterrâneas) da região metropolitana de Curitiba. A pesquisa consiste
essencialmente em: 1) revisão bibliográfica, 2) levantamentos de seções
de detalhe em campo, 3) caracterização petrológica dos calcretes por
microscopia óptica eletrônica de varredura, difração de raios X, e isótopos
de C e O. Espera-se com tais estudos discriminar distintos contextos
genéticos e assim obter informações paleoambientais e de evolução da
bacia. Amostras coletadas em primeira etapa de campo foram analisadas
com Microscópio Eletrônico de Varredura e Emissão de Elétrons
Secundários (MEV/EDS). Os resultados preliminares revelaram diferentes
texturas e feições microscópicas, possíveis registros de episódios
diferentes de deposição do CaCO3.
Palavras-chave: calcretes, Bacia de Curitiba, Guabirotuba
º
º
a
a
Dados acadêmicos: Co-Orientador (s): Prof Dr Daniel Atêncio, Prof Dr
Valderez Ferreira. Nível: mestrado; Título do projeto original da
dissertação/tese: Caracterização e gênese de calcretes da Formação
Guabirotuba, Bacia de Curitiba; Área de Concentração: Geologia
Exploratória; Nome da “Linha de Pesquisa”: Análise de bacias; Data de
o
entrada na pós-graduação: 05/2009; N de créditos concluídos:10; Exame
de qualificação: 05/2010; Trabalhos publicados ou período de confecção:
Electron microscopy study of the calcretes Guabirotuba Formation, Curitiba
Basin (Paraná) ; Data da Defesa: 03/2011; Possui Bolsa: sim; Período:
05/2009 – 05/2011; Fonte pagadora: CAPES.
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XII Seminário do Curso de Pós-Graduação em Geologia da UFPR, 2009
Pegmatitos como guias de exploração de EGP e
metais associados em basaltos da Formação Serra
Geral, na região de Salto do Lontra, PR
Ferreira, Carlos Henrique Nalin ([email protected])
a
Orientador: Prof Dra. Maria José Maluf de Mesquita
A área de estudo localiza-se na região sudoeste do Estado do Paraná, nas
proximidades da cidade de Salto do Lontra. O objetivo geral deste projeto
é estudar, em detalhe, os corpos pegmatitos e a relação genética destes
com a distribuição e o comportamento dos elementos EGP e metais
associados nos Basaltos da Formação Serra Geral na região. A definição
dos processos que atuaram na diferenciação dos derrames de basaltos da
Formação Serra Geral, pode contribuir de forma significativa para o melhor
entendimento da metalogênse de EGP e metais associados nestas rochas.
No Oeste do Paraná, foram registradas mais de trinta ocorrências de
rochas diferenciadas de granulação grossa, pegmatitos, alojadas em
derrames tabulares de basalto maciço, classificados por Gomes et al.
(2006) de derrames tipo II. As ocorrências distribuem-se na área portadora
de anomalias geoquímicas de elementos do grupo da platina (EGP), Ni,
Cr, Cu e Au (LICHT e ARIOLI, 2000; ARIOLI e LICHT, 2006). Os
pegmatitos formam lentes horizontais, com espessura de poucos
centímetros até cerca de 70 cm, por uma centena de metros de
comprimento, encaixados no nível maciço central dos derrames espessos
de basalto. Os contatos entre os níveis de pegmatito e as encaixantes são
geralmente nítidos na base e difusos no topo. Em alguns locais, observamse apófises ou veios subverticais, interconectando os corpos horizontais e
formando stockworks. ARIOLI (2008) estabelece a relação de EGP e
metais associados com magnetita, na forma de inclusões de sulfetos e
ligas metálicas, a qual forma concentrações nos contatos externos dos
pegmatitos. Os pegmatitos podem ser interpretados como produtos de
diferenciação magmática em derrames espessos de basalto, com
características petrográficas, particularmente a textura pegmatóide, e
geoquímicas, como o enriquecimento em elementos químicos
incompatíveis, indicadoras de filtragem seletiva do líquido residual durante
a ascensão através da rede de grãos de plagioclásio, na lava subsolidus,
parcialmente cristalizada (PHILLPOTS et al. (1996). Para melhor
49
XII Seminário do Curso de Pós-Graduação em Geologia da UFPR, 2009
compreender a formação e mineralização destas rochas pretende-se:
Individualizar e caracterizar os derrames da área de estudo dentro do
contexto regional da Formação Serra Geral, caracterizar petrologicamente
os pegmatitos e suas rochas encaixantes, definir alvos de concentração de
magnetita, mineral concentrador de EGP e metais e quantificar os teores
de EGP e metais associados presentes nestas rochas. Pretende-se
implantar uma malha de susceptibilidade magnética, com o propósito de
definir alvos de concentração de magnetita e direcionar uma amostragem
seletiva. Análises químicas
por fluorescência de raio-X e plasma ICPMS serão realizadas a fim de quantificar os teores de EGP e metais
associados prasentes nestas rochas, bem como realizar uma modelagem
geoquímica com a finalidade de definir o grau de parentesco entre os
pegmatitos e as rochas encaixantes. Com este estudo espera-se contribuir
para o avanço no entendimento dos processos de formação dos
pegmatitos em derrames tabulares da Formação Serra Geral, bem como
compreender como se dá a distribuição dos EGP e metais associados
nestas rochas. O estudo será financiado em parte com recursos do projeto
de pesquisa intitulado “Estudo dos processos pós-magmáticos hidrotermais em basaltos da Formação Serra Geral no Estado do Paraná”,
coordenado pela co-orientadora Dra. Márcia Boscato Gomes, aprovado
pelo CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico - no Edital
MCT/CNPq 02/2006 – Universal, processo n° 484323/2006-7. O projeto
também tem apoio institucional e financeiro da MINEROPAR, que
financiará os trabalhos de campo e parte das análises químicas.
Palavras-chave: pegmatitos, magnetita, elementos do grupo da platina
(EGP)
a
Dados acadêmicos: Co-Orientador: Prof Dra. Marcia Elisa Boscato
Gomes, Geól. Dr. Edir Edemir Arioli; Nível: Mestrado; Título do projeto
original da dissertação/ tese: Geologia e controle estrutural do depósito de
asbestos crisotila da SAMA em Minaçu (GO) – Complexo MáficoUltramáfico de Cana Brava.; Área de Concentração: Geologia Exploratória;
Linha de Pesquisa: Análise de Depósitos Minerais; Data de entrada: março
de 2009; Nº de créditos concluídos: 10; Exame de qualificação: Agosto de
2010; Trabalhos publicados ou período de confecção: 1 (um) resumo no II
Simpósio Brasileiro de Metalogenia; Data da Defesa: Março de 2011;
50
XII Seminário do Curso de Pós-Graduação em Geologia da UFPR, 2009
Possui bolsa: sim
pagadora: CAPES.
Período: Abril de 2009 a Março de 2011; Fonte
Caracterização Morfoestrutural do Domo de Monte
Alegre (PA)
Figueira, Isabella Françoso Rebutini ([email protected])
Orientador: Prof. Dr. Eduardo Salamuni
O Domo de Monte Alegre é uma estrutura geomorfológica dômica, exibe
uma forma semi-elíptica limitada por diferentes zonas de falhas que se
destaca na planície amazônica e está associado a anomalias de
drenagens anelares e radiais centrípetas. Esta mega-feição está situada
nas proximidades da cidade homônima, cerca de 100 km a leste de
Santarém. O estudo das principais estruturas de deformação, que
condicionam a morfologia do relevo atual, englobou diferentes escalas,
que vão desde imagens orbitais até fotografias aéreas. Do ponto de vista
geomorfológico a estrutura é caracterizada por um relevo plano no interior,
recoberto por vegetação tipo savana, circundado por um anel de serras
com perfil de “cuestas” e “hogbacks”. As variações altimétricas variam de
35 metros na região central a 250 metros nas bordas, chegando até a 440
metros na Serra de Itauajuri, localizada no noroeste da estrutura. Como
conseqüência destas características do terreno, as drenagens são
anelares no entorno e radiais centrífugas no interior. Geologicamente a
região do domo está inserida na Bacia do Amazonas situada no norte do
Brasil entre os escudos das Guianas e Brasil Central. Na porção central do
domo afloram rochas mais antigas pertencentes à Formação Ererê do
Grupo Urupadi, em uma superfície aplainada envolvida por um anel de
serras que sustentam o relevo onde afloram rochas dos grupos Urupadi,
Curuá, Tapajós, Javari e intrusões do magmatismo Penatecaua. A área de
abrangência, dos levantamentos de campo e apresentação dos dados,
compreende essencialmente a feição dômica e a região do entorno. Este
trabalho baseou-se na análise de imagens, de dados pré-existentes,
mapas temáticos e dados de campo. Os dados pré-existentes utilizados
foram: mapas geológicos e mapas publicados em artigos técnicos; as
imagens e modelos numéricos utilizados, base das interpretações
51
XII Seminário do Curso de Pós-Graduação em Geologia da UFPR, 2009
morfoestruturais, foram: modelos 3D SRTM 90m; a imagem Landsat 7
ETM+ e fotos aéreas na escala 1:15.000. Os dados de campo contribuíram
para levantamento de dados estruturais, das características litoestruturais
e a identificação mais precisa da localização e características das
principais estruturas (lineamentos) definidas pela análise de imagens. Na
área do domo e região do entorno foram interpretadas as feições lineares
de relevo de detalhe, por meio de estereoscopia de fotografias aéreas.
Através da sobreposição destas informações, obtidas nas escalas
variadas, foram delineadas as principais impressões dos registros das
deformações, com base na continuidade e direções dos traços. No
decorrer do estudo, foram também gerados mapas temáticos para auxiliar
na caracterização das morfoestruturas, a saber: mapa da rede de
drenagem teórica; mapa da densidade das drenagens; mapa de densidade
dos lineamentos, comprimento acumulado e freqüência acumulada dos
lineamentos. Ressalta-se também a elaboração de um mapa de
declividade, confeccionado a partir dos modelos SRTM. Estes mapas
foram fundamentais para uma adequada caracterização morfológica do
terreno e suas respectivas relações com as estruturas (falhas / fraturas).
No domo e região do entorno estão presentes intrusões de diques e
soleiras que cortam a seção pré-cretácea provenientes do magmatismo
básico do evento Penatecaua atuante durante o Jurássico. O mapa de
declividade evidencia a conformação dômica da região, onde os maiores
valores da declividade encontram-se nas bordas do domo, também com
distribuição circular. A configuração geomorfológica/estrutural atual revela
que as principais zonas de falhas que deformaram o Domo de Monte
Alegre encontram-se nas direções NNW-SSE, NE-SW, ENE-WSW e
algumas NS. Essas zonas de falhas foram definidas com base na
interpretação das imagens em escalas variadas, e algumas destas
direções coincidem com as direções do Sistema Riedel. Levantamentos de
campo permitiram identificar em rochas do Devoniano Médio ao
Carbonífero uma deformação associada à fase D1, com paleontensor σ1
de direção N45W/SE. As anomalias de drenagem identificadas na região
do Domo de Monte Alegre e área do entorno podem estar associadas a
esta deformação, pois encontram-se alinhadas segundo a direção de
compressão máxima e de alinhamentos NE/SW coincidentes com a
direção do σ3. As falhas ENE-WSW e NE-SW, compartimentam a
estrutura dômica ao sul e leste, com rejeitos elevados, identificadas
também por altos valores de declividade. Levanta-se aqui a hipótese que a
52
XII Seminário do Curso de Pós-Graduação em Geologia da UFPR, 2009
deformação do Domo de Monte Alegre ocorreu em pelo menos duas fases
sendo estas direções correlacionadas ao falhamento gerado no evento D2
cretáceo a pós-cretáceo. Essas informações serão complementadas com
futuros dados de campo.
Palavras-chave: Domo de Monte Alegre, análise estrutural, análise de
imagens
Dados acadêmicos: Co-Orientador: Francisco José Fonseca Ferreira;
Nível: Doutorado; Título do projeto original da dissertação/tese:
Caracterização estrutural do Domo de Monte Alegre, Bacia do Amazonas –
Pará; Área de Concentração: Geologia Exploratória; Nome da “Linha de
Pesquisa”: Análise de Bacias e Petrofísica; Data de entrada na póso
graduação: julho 2007; N de créditos concluídos: 26; Exame de
qualificação: dezembro 2009; Trabalhos publicados ou período de
confecção: 2009/2010; Data da Defesa: julho 2011; Possui Bolsa: sim;
Período: 4° semestre; Fonte pagadora: Petrobras.
Estudo comparativo das seções do Carbonífero
Superior na borda sudoeste da Bacia do Parnaíba e
na borda sul da Bacia do Amazonas
Juk, Kaluan Frederico Virmond ([email protected])
Orientadora: Prof. Dr. Cristina Silveira Vega
O conhecimento estratigráfico das bacias do Amazonas e Parnaíba é
pouco expressivo quando comparado a sua extensão. O estudo da
evolução geológica das bacias sedimentares brasileiras é de grande
interesse, pois é uma ferramenta importante na investigação dos
processos e definições de possíveis áreas geradoras de recursos
energéticos. O principal objetivo do trabalho é a comparação do
Carbonífero Superior das duas bacias, com o intuito de compreender
melhor a evolução paleogeográfica. Os trabalhos na Bacia do Amazonas
são dificultados pela grande cobertura vegetal presente, além de uma
limitada área de afloramentos paleozóicos, poucos acessos rodoviários e
extensas planícies fluviais. As melhores exposições da bacia encontram-se
53
XII Seminário do Curso de Pós-Graduação em Geologia da UFPR, 2009
ao longo de rios, que cortam a seção paleozóica aflorante na Bacia e na
rodovia Transamazônica. A área a ser estudada da Bacia do Amazonas
localiza-se no Estado do Pará, nos municípios de Itaituba, Rurópolis e
Placas. Esta área foi definida por possuir facilidade de acesso, visto que o
cinturão de afloramentos paleozóicos é cortado pela BR-230 (Rodovia
Transamazônica) e pelo Rio Tapajós. O Carbonífero Superior na Bacia do
Amazonas é representado pelas formações Monte Alegre, Itaituba e Nova
Olinda. A área de estudo na Bacia do Parnaíba localiza-se entre as
cidades de Guaraí e Pedro Afonso, no estado do Tocantins, ao longo da
BR-235. Na Bacia do Parnaíba este intervalo é representado pela
Formação Piauí. O estudo deste intervalo tem uma importância relevante
para a compreensão e caracterização de reservatórios. O potencial
exploratório da Bacia do Parnaíba está associado principalmente ao gás
gerado na Formação Pimenteiras (Devoniano) e acumulado nos arenitos
devonianos da Formação Cabeças. Há também um potencial reservatório
na seqüência carbonífera da Bacia do Parnaíba, onde o hidrocarboneto
pode estar acumulado nos arenitos da Formação Piauí, selados por
folhelhos e anidritas da Formação Pedra de Fogo. Em relação à Bacia do
Amazonas, a Formação Monte Alegre representa um potencial reservatório
para óleo e gás. A Formação Itaituba, devido a suas características
litológicas, serviria como selo, facilitando a acumulação de hidrocarbonetos
na Formação Monte Alegre. Portanto o melhor conhecimento da idade e
ambiente de deposição é importante para avaliar o potencial da seqüência
carbonífera da Bacia do Amazonas. Para realizar esta análise será feita a
caracterização das formações neocarboníferas das duas bacias, uma
comparação entre a bioestratigrafia dessas formações e construção de
mapas paleobiogeográficos do intervalo analisado. Para atingir estes
objetivos está sendo realizado um levantamento bibliográfico da
litoestratigrafia e da bioestratigrafia do Neocarbonífero das duas bacias. As
informações levantadas estão catalogadas em um banco de dados. Já foi
feita uma etapa de campo em cada área a ser estudada. O procedimento
em campo baseia-se na coleta de informações estratigráficas utilizando o
método de perfis estratigráficos verticais e coleta de amostras para análise
de fósseis. Como produto deste trabalho espera-se obter uma melhor
caracterização litológica da Formação Piauí, na Bacia do Parnaíba, e das
formações Monte Alegre e Itaituba na Bacia do Amazonas. A correlação de
perfis cronoestratigraficamente posicionados permitirá a melhor datação
54
XII Seminário do Curso de Pós-Graduação em Geologia da UFPR, 2009
dos eventos atuantes durante a deposição. Estes eventos serão
demonstrados através de mapas paleobiogeográficos.
Palavras-chave: correlação estratigráfica, bacias paleozóicas, mapas
paleobiogeográficos
Dados Acadêmicos: Nível: Mestrado; Título do projeto original da
dissertação: Estudo comparativo das seções do Carbonífero Superior na
borda sudoeste da Bacia do Parnaíba e na borda sul da Bacia do
Amazonas. Área de Concentração: Geologia Exploratória: Nome da “Linha
de Pesquisa”: Análise de Bacias e Petrofísica; Data de entrada: março de
2009; Nº de créditos concluídos: 8; Exame de qualificação: maio de 2010;
Data da Defesa: fevereiro de 2011; Possui Bolsa: Sim; Período: abril de
2009; Fonte Pagadora:PETROBRAS/PARNAÍBA BORDA OESTE.
Litofaciologia dos sedimentos da Bacia de Curitiba,
PR
Lima, Fábio Macedo de ([email protected])
Orientador: Luiz Alberto Fernandes
A Bacia de Curitiba situa-se no centro-sul do Primeiro Planalto
Paranaense, no denominado Planalto do Alto Iguaçu. A noroeste da bacia
encontram-se os metamorfitos do Grupo Açungui e a sudeste os
granitóides da Suíte Graciosa (SG), já nos domínios da Serra do Mar.
Localmente, o embasamento da bacia é representado pelas rochas do
Complexo Atuba e Setuva e os granitos Guajuvira e Anhangava (SG).
2
Sobre estes estão preservados 3.000 km de sedimentos com espessura
máxima conhecida da ordem de 90 m. São cascalhos, areias e lamas de
cor predominante cinza esverdeado, que podem apresentar precipitados
carbonáticos de cores claras. Tais depósitos são incluídos na Formação
Guabirotuba, cuja deposição foi atribuída a sistemas de leques aluviais
desenvolvidos junto a escarpas de falha, sob regime climático semi-árido.
Durante o Cenozóico, esforços residuais do rifteamento cretáceo do
Atlântico Sul afetaram a margem continental sul e sudeste brasileira.
Estruturas preexistentes de direção NE-SW foram reativadas com
55
XII Seminário do Curso de Pós-Graduação em Geologia da UFPR, 2009
deslocamento normal, originando grábens assimétricos subalinhados à
linha de costa atual. Preenchidos por sedimentos de natureza
essencialmente continental, esses grábens constituíram bacias
sedimentares que atualmente são incluídas no Sistema de Riftes
Cenozóicos do Sudeste do Brasil. Observações baseadas em modelos de
ambientes de leques aluviais antigos e leques atuais sugerem atuação de
processos fluviais erosivos e deposicionais característicos, que podem ser
posicionados em relação à distância ao ápice. Nas zonas proximais, sob
condições de maior energia, são depositados cascalhos a areias
relacionadas a rios entrelaçados efêmeros e fluxos gravitacionais. Com o
decréscimo gradual da declividade no sentido do interior da bacia,
encontram-se: na zona medial, areias e lamas que preenchiam canais
fluviais lateralmente mais estáveis predominam sobre depósitos de fluxos
gravitacionais distais; na zona distal, ocorre deposição de areias de canais
rasos pouco confinados e lamas de planície de inundação. Por vezes
encontram-se carbonatos pedogênicos associados a intervalos de
exposição subaérea dos sedimentos. Partindo-se desse modelo
deposicional, levantamentos de campo enfatizaram a caracterização e
associação de fácies dos depósitos da Bacia de Curitiba. Para tanto, foram
empregados dados de superfície, como descrições detalhadas dos
sedimentos, seções colunares e transversais, além de registros
fotográficos dos afloramentos. Os dados pontuais foram projetados sobre
mapa geológico regional e sua distribuição sugeriu seis zonas de
associações litofaciológicas similares. Em seguida procurou-se
correspondência entre associações identificadas e as referidas em
modelos deposicionais de leques aluviais que constam na literatura. A
distribuição horizontal das associações litofaciológicas sugere padrão
radial de dispersão, e corrobora resultados recentemente obtidos por
estudos de proveniência por minerais pesados. Ambos sugerem que as
principais áreas fonte dos sedimentos estão situadas ao longo do flanco
sudeste da Bacia de Curitiba, onde se encontram os maciços granitóides
da Suíte Graciosa.
Palavras-chave: riftes cenozóicos do sudeste, Formação Guabirotuba,
análise faciológica
Dados acadêmicos: Co-Orientador: Mario Sergio de Melo (Universidade
Estadual de Ponta Grossa, UEPG); nível: mestrado; título do projeto
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XII Seminário do Curso de Pós-Graduação em Geologia da UFPR, 2009
original da dissertação/tese: Faciologia e ambientes deposicionais da bacia
sedimentar de Curitiba, Paraná; linha de Pesquisa: análise de bacias e
petrofísica; projeto guarda-chuva: Potencial das Argilas da bacia de
Curitiba e região de Castro, Piraí do Sul-PR; data de entrada: marco/2008;
o
n de créditos concluídos: 19; exame de qualificação: junho/ 2009;
trabalhos publicados ou período de confecção: 05 (um submetido); data da
Defesa: marco/2010; possui bolsa: sim; período: junho/2008 a março/2010;
fonte pagadora: CAPES
Proveniência de sedimentos da Bacia de Curitiba por
estudo de zircões
Machado, Denise Alessandra Monteiro ([email protected])
Orientador: Prof. Dr. Luiz Alberto Fernandes
A bacia sedimentar de Curitiba localiza-se na porção centro-sul do primeiro
planalto paranaense. Constitui o substrato da cidade homônima e de
grande parte de sua região metropolitana. A Formação Guabirotuba, que a
preencheu, tem idade terciária. É composta por depósitos arenosos
arcosianos e lama, conglomeráticos nas bordas. Tem espessura máxima
da ordem de 80 metros. O embasamento da bacia é formado por rochas
metamórficas do Complexo Atuba, granitos da Província Graciosa a E e
SE, e metamórficas do Grupo Açungui a NW. O estudo de proveniência
sedimentar é importante ferramenta na análise de bacias. Os efeitos de
mudanças da assinatura de proveniência original, causados por alteração
intempérica, durante o transporte ou na diagênese, podem ser
parcialmente superados por estudo de um único grupo mineral específico.
O notável predomínio do zircão verificado em pesquisa recente de
mestrado da autora apontou a possibilidade da discriminação de
variedades composicionais para definição mais precisa de áreas-fonte. O
zircão é um mineral de elevada resistência aos processos físicos e
químicos naturais, freqüente entre os minerais detríticos da maior parte
dos depósitos sedimentares. O mineral resiste também a transformações
de alta temperatura como as de processos hidrotermais e metamórficos. A
baixa velocidade de difusão intracristalina dos íons na estrutura do zircão
favorece a preservação de sua composição química e isotópica originais
57
XII Seminário do Curso de Pós-Graduação em Geologia da UFPR, 2009
durante a maior parte dos processos geológicos. Essas propriedades
fazem do zircão um mineral de grande importância em estudos de
proveniência e geocronologia. As propriedades ópticas do zircão têm sido
utilizadas frequentemente na identificação de proveniência de sedimentos.
O tipo de crescimento dos cristais revela a origem de sua rocha
hospedeira. Estudos anteriores registram que zircões metamórficos em
geral possuem terminações arredondadas e aqueles de rochas de alto
grau tendem a formas ovóides, enquanto os ígneos são usualmente
euédricos, com forte zoneamento composicional. A pesquisa será
desenvolvida segundo: 1) revisão bibliográfica, 2) levantamentos de
seções estratigráficas de detalhe, análise faciológica e amostragem em
campo, 3) seleção de amostras, separação de minerais pesados e preparo
de seções para análises laboratoriais de zircões (óptica, MEV/EDS,
químicas) A tipologia dos grãos de zircão é baseada nas combinações
possíveis entre prismas e pirâmides, considerando suas dimensões
relativas. As análises preliminares realizadas no Centro de Microscopia
Eletrônica da UFPR, revelaram diferentes formas dos grãos: 1) com
bandas euédricas, 2) ovais, 3) irregulares e 4) prismáticas com bordas
arredondadas. Nas amostras estudadas até o momento predominam
formas com prisma alongado no eixo c com as pirâmides parcialmente ou
totalmente definidas. Este tipo indica rochas ígneas ou pegmatíticas como
possível área-fonte. As próximas etapas da pesquisa prevêem análise de
elementos químicos maiores e menores com microssonda eletrônica,
assim como terras raras com LA ICP-MS para caracterização química dos
zircões. Está previsto também uma revisão estratigráfica, novas coletas e
medidas de paleocorrentes afim de possibilitar a escolha de áreas chaves
discriminação de potenciais áreas-fontes. Tais resultados são necessários
para definir parâmetros composicionais e identificar grupos de zircões de
possíveis origens distintas. A integração dos dados de química mineral e
formas de zircões, juntamente com resultados de estudos de
paleocorrentes, podem determinar as principais áreas-fonte dos
sedimentos.
Palavras-chave: zircão, Bacia de Curitiba, proveniência
a
a
a
Dados acadêmicos: Co-Orientador (as): Prof Dr Ana Maria Góes, Prof
a
Dr Maria José Mesquita; Nível: doutorado; Título do projeto original da
dissertação/tese: Proveniência de sedimentos da Bacia de Curitiba por
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XII Seminário do Curso de Pós-Graduação em Geologia da UFPR, 2009
estudo de zircões; Área de Concentração: Geologia Exploratória; Nome da
“Linha de Pesquisa”: Análise de bacias; Data de entrada na póso
graduação: 05/2009; N de créditos concluídos: 04; Exame de qualificação:
09/2011; Trabalhos publicados ou período de confecção: Proveniência de
sedimentos da Bacia de Curitiba por estudo de minerais pesados; Data da
Defesa: 05/2012; Possui Bolsa: sim; Período: 05/2009 – 05/2012; Fonte
pagadora: CAPES.
Tectônica rúptil na região da Cachoeira da Porteira,
Rio Trombetas (PA) e correlação com eventos
tectônicos da Bacia Sedimentar do Amazonas
Mancini, Fernando ([email protected])
Orientador: Prof. Dr. Eduardo Salamuni
Levantamentos de campo na região da Cachoeira da Porteira, rio
Trombetas, norte do Estado do Pará, permitiram verificar o predomínio de
estruturas rúpteis afetando rochas silurianas-devonianas da Bacia
Sedimentar do Amazonas, bem como granitos calci-alcalinos do
embasamento. As estruturas primárias e tectônicas foram descritas nas
formações Manacapuru e Maecuru que compõem as unidades basais da
bacia nesta região. A Formação Manacapuru é constituída por repetições
cíclicas de arenitos, com laminação truncada por onda e marcas
onduladas e, localmente, estratificação cruzada de baixo ângulo,
estratificação plano-paralela e estruturação maciça. A porção basal é
constituída por intercalações de camadas de folhelhos e siltitos com
arenitos finos a médios com marcas onduladas. A associação superior da
Formação Manacapuru é constituída por níveis de arenito com granulação
fina à média. A estrutura mais marcante desta associação são
estratificações hummockies. A Formação Maecuru é constituída por
arenitos finos com laminação plano paralela, climbing ripples e marcas
onduladas e tem como estratificação mais frequente a laminação
lenticularizada. Em termos tectônicos, observou-se que o acamamento nas
rochas sedimentares, próximas ao contato com o embasamento, se
encontra suavemente dobrado com eixos aproximadamente a N60E A
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XII Seminário do Curso de Pós-Graduação em Geologia da UFPR, 2009
associação dos dados estruturais de campo com a interpretação do padrão
de lineamentos obtidos da análise de imagens de sensores orbitais
(SRTM) permitiu verificar o predomínio de lineamentos com direção N60E,
E-W e N45E, responsáveis pelo padrão reticulado de drenagem na região.
Em campo foi observado fraturas geometricamente arranjadas ao sistema
de Riedel e sua análise estrutural permitiu separar dois eventos como
responsáveis pela geração das fraturas e dobras. Um evento mais antigo,
provavelmente do final do Paleozóico, com sigma1 posicionado
aproximadamente a N40W, responsável por falhas N80E (fraturas Y),
N60E e N80W (fraturas P e R) do sistema Riedel, todas com cinemática
dextral. Esta posição do sigma1 é compatível com os eixos das dobras
suaves verificadas nas rochas próximas ao embasamento. Um segundo
evento, provavelmente de idade cenozóica (Orogenia Andina), com sigma1
posicionado a N80W, parece reativar antigas estruturas do embasamento
e da bacia, também com padrões do sistema de Riedel, com falhas
dextrais de direção N50-60E (fraturas Y), fraturas em N70E (como R) e
N60W (fraturas antitéticas R´) com componente extensional. A reativação
associada a este último evento parece a responsável pela
compartimentação principal da drenagem atual. Fraturas distribuídas entre
N30-60W em rochas da Formação Alter do Chão e sedimentos
quaternários podem indicar uma terceira fase de deformação, contudo os
poucos dados não permitiram uma melhor caracterização deste evento.
Estas fases de deformação são compatíveis com quadro geral de eventos
de deformação interpretados, até o momento, para as áreas pesquisadas
na Bacia do Amazonas (Tapajós, Monte Alegre e Xingu). Com os dados
levantados nestas áreas, foi possível interpretar pelo menos 8 eventos de
deformação registrados desde o Mesoproterozóico até o Cenozóico nas
rochas que envolvem o embasamento e rochas sedimentares da Bacia do
Amazonas, com quatro eventos associados à deformação das rochas da
bacia com idades devoniano, permo-triássico, cretáceo e neógeno. Os
registros observados nas rochas paleozóicas na região da Cachoeira da
Porteira relacionam-se com os eventos permo-triássico e neógeno. Análise
de mapas estratigráficos (isópacas e isólitas) integrados com o arcabouço
estrutural, obtido por meio da análise de lineamentos em imagens de
sensores remotos e dados geofísicos, permitirá uma avaliação destes
eventos tectônicos no condicionamento paleogeográfico da Bacia do
Amazonas durante o Paleozóico.
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XII Seminário do Curso de Pós-Graduação em Geologia da UFPR, 2009
Palavras- chave: Bacia do Amazonas, geologia estrutural, Paleozóico
Dados Acadêmicos: Co-orientador: Prof. Dr. Sidnei Pires Rostirolla Nível:
Mestrado; Título do projeto original da dissertação: Arcabouço
Estratigráfico Paleozóico da Bacia do Amazonas; Área de Concentração:
Geologia Exploratória; Linha de Pesquisa: Análise de Bacias e Petrofísica;
Data de entrada: agosto de 2007; Nº de créditos concluídos: 6; Exame de
qualificação: maio de 2010; Trabalhos publicados ou período de
confecção: Agosto, 2010; Data da Defesa: Março de 2011; Possui Bolsa:
Sim. Período: agosto de 2007 a novembro de 2009; Fonte Pagadora:
FUNPAR/PETROBRAS.
O Vale do Rio Ribeira como produto da tectônica
formadora do Oceano Atlântico
Nascimento, Edenilson Roberto do ([email protected])
Orientador: Prof. Dr. José Manoel dos Reis Neto
A gênese e a evolução geomorfológica do Vale do Rio Ribeira embora
abordada em diversos trabalhos não possui consenso na descrição e
interpretação de suas características geológicas e geomorfológicas,
principalmente no que diz respeito à associação tectônica entre a abertura
do Oceano Atlântico e o papel do desenvolvimento dos sistemas de rifts
cenozóicos na instauração do referido Vale. O relevo esculpido sobre
rochas Proterozóicas até rochas Mesozóicas da Formação Furnas
condiciona, um escalonamento litológico, com desnível altimétrico superior
a 1000m, limitado por grandes estruturas geológicas. Essas estruturas
geológicas traçadas sobre imagens de sensores remotos permitem inferir a
existência de um bloco abatido de aproximadamente 140 km de
comprimento e 80 km de largura, de direção NE, limitada a NW pela Zona
de Cisalhamento de Itapirapoã (ZCI) e a SE pela Zona de Cisalhamento da
Lancinha (ZCL). Os limites NE e SW desta depressão são constituídos por
grandes alinhamentos de direção NW que se estendem até o Oceano
Atlântico. O limite SW próximo a Serra de São Luiz do Puruña, coincide
com o Alinhamento Rio Alonzo e o limite NE próximo a Serra do Mar está
nas proximidades do Alinhamento São Jerônimo-Curiúva. Com desnível
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XII Seminário do Curso de Pós-Graduação em Geologia da UFPR, 2009
altimétrico superior a 1000m, a área de estudo possui sistemas cársticos
hospedados em formações carbonáticas em diferentes patamares de
relevo, expostos concomitantemente à abertura do Vale do Ribeira. Além
dos sistemas cársticos da região, os remanescentes geomórficos
presentes em diferentes patamares do relevo atestam a história evolutiva
do referido Vale, que é marcado principalmente pelo desenvolvimento das
Superfícies de aplainamento do Puruña e Alto Iguaçu. Para a
caracterização da evolução geomorfológica regional e determinação da
gênese do Vale do Rio Ribeira como fenômeno provido ou desprovido da
tectônica Cenozóica, serão utilizadas imagens de sensores remotos para a
identificação e caracterização das feições estruturais e dos remanescentes
geomórficos. Para a estimativa da taxa de erosão da região será realizada
10
a mensuração da produção do isótopo cosmogênico Be, produzido in
16
16
27
situ, pela interação dos raios cósmicos com os elementos O, O, Al,
28
56
Si e Fe presentes em sedimentos, veios de quartzo, solos e sedimentos
presentes nos metros mais superficiais da crosta terrestre (10 - 20m de
profundidade). Com o presente trabalho espera-se caracterizar os
processos tectônicos formadores do relevo regional, e entender a
contemporaneidade dos processos tectônicos sobre a evolução de áreas
continentais e da margem continental, atestada pela presença de grandes
alinhamentos estruturais que se estendem além dos limites continentais.
Com a caracterização dos regimes tectônicos regionais sobre a
esculturação do relevo e sua correlação com a formação do Oceano
Atlântico também espera-se identificar elementos que contribuam para o
entendimento dos mecanismos formadores da Bacia de Santos.
Palavras-chave: tectônica cenozóica, abertura do Oceano Atlântico, Vale
do Rio Ribeira
Dados Acadêmicos: Co-Orientadores: Prof° Dr. Alberto Pio Fiori; Nível:
Doutorado; Título original da tese: O Vale do Rio Ribeira como produto da
tectônica formadora do Oceano Atlântico; Linha de Pesquisa Geologia
Exploratória; Projeto Guarda-Chuva: Projeto Falhas; Data de entrada na
Pós-Graduação: julho-2009; N° de créditos concluídos: 21; Exame de
Qualificação: dezembro de 2012; Data prevista para defesa: Julho de
2013. Possui bolsa: sim; Período: julho de 2009 a dezembro de 2010;
Fonte pagadora: Petrobras.
62
XII Seminário do Curso de Pós-Graduação em Geologia da UFPR, 2009
Significado evolutivo de feições microtectônicas de
rochas da Província Maroni-Itacaiúnas e da Bacia do
Amazonas na região de Altamira (PA)
Perico, Edimar ([email protected])
Orientador: Prof. Dr. Carlos Eduardo de Mesquita Barros
A área de estudo se localiza no centro-leste do Estado do Pará, nas
proximidades da cidade de Altamira. O cenário geológico regional é
representado por rochas ígneas e sedimentares do flanco sul da Bacia do
Amazonas e por granitóides e anfibolitos paleoproterozóicos pertencentes
à Província Maroni-Itacaiúnas do Cráton Amazônico. Trabalhos anteriores
abordam a variação composicional, estratigráfica e o controle estrutural
regional, no entanto, alguns aspectos deformacionais merecem estudos
detalhados. Neste trabalho são apresentadas e discutidas as feições de
deformação reconhecidas em granitóides, anfibolitos e arenitos por meio
da análise microtectônica. As amostras foram coletadas em trabalhos de
campo realizados ao longo da Rodovia Transamazônica e estradas
vicinais. Foram descritas no Laboratório Didático de Microscopia da
Universidade Federal do Paraná 16 amostras do embasamento e 15 da
Bacia do Amazonas. As fotomicrografias e análises modais foram obtidas
no Laboratório de Análises de Minerais e Rochas (LAMIR). Por meio de
análises modais as rochas do embasamento foram classificadas como
sienogranitos, monzogranitos e granodioritos, constituídos por quartzo,
oligoclásio, feldspato alcalino, hornblenda e biotita. Titanita, allanita,
apatita, zircão e magnetita são minerais acessórios, e epidoto,
sericita/muscovita, clorita e carbonatos são secundários. Nos granitóides, o
quartzo possui microfraturas, extinção ondulante, subgrãos, novos grãos e
limites de grãos interdigitados que sugerem processos de migração do
limite de grãos. Porfiroclastos de microclínio têm pertitas em chama, kink
bands e bordas recristalizadas. Biotita e anfibólio podem apresentar
simplectitos em faces paralelas à foliação. Estas texturas seriam formadas
em um meio não completamente consolidado em temperaturas superiores
a 500 ºC. Em rochas moderada a intensamente foliadas observam-se
intercalações de níveis ricos em minerais máficos e níveis quartzofeldspáticos. Granitóides do embasamento possuem foliações
protomiloníticas/miloníticas concordantes ao trend regional de direção NW63
XII Seminário do Curso de Pós-Graduação em Geologia da UFPR, 2009
SE. Tal fato sugere mecanismos de deformação progressiva em regime de
temperatura decrescente, no final da colocação de plútons sintectônicos.
Em temperaturas inferiores a 400 ºC teriam sido formadas microfraturas e
zonas cataclásticas que, por ocorrerem de maneira discordante à foliação,
podem não ter relação com a historia de colocação de plútons granitóides
e devem refletir esforços tectônicos. Algumas rochas metabásicas do
embasamento têm texturas subofíticas preservadas representadas por
ripas de plagioclásio parcialmente englobadas por pseudomorfos de
actinolita. Esta paragênese traduz uma fase de metamorfismo de fundo
oceânico. Outras estruturas em rochas metabásicas como a foliação e
cristais de actinolita com bordas de hornblenda indicam aumento de
temperatura provocado pela intrusão de granitóides associado a processos
de compressão regional. Com relação às rochas da Bacia do Amazonas,
foram descritos arenitos constituídos por um arcabouço, matriz, cimento e
poros, em alguns casos com estratificações e laminações plano-paralela e
cruzada. O paralelismo entre o acamamento sedimentar e a orientação de
grãos de muscovita é tido como um indicativo de deformação diagenética,
durante processos de compactação mecânica e perda de água. A tênue
compactação observada é indicativa de regimes eodiagenéticos onde as
alterações são controladas pela química de águas superficiais em
profundidades de até 2 km e temperaturas inferiores a 70 ºC. Entre as
feições de maior destaque, têm-se bandas de deformação de espessuras
inferiores a 5 centímetros e zonas cataclásticas com espessuras inferiores
a 4 metros. Nestes locais, os grãos de quartzo possuem lamelas de
deformação, extinção ondulante em intensidades variadas, subgrãos,
microfraturas com aberturas submilimétricas preenchidas por óxido de
ferro e, localmente, trilhas de inclusões e cristais de zircão zonado na
matriz. No entanto, alguns registros de deformação (bordas de quartzo
recristalizadas, textura manto e núcleo) ocorrem de maneira irregular nos
constituintes do arcabouço e, desta maneira, devem representar feições
herdadas. Observa-se que na zona cataclástica ocorrem grãos de
granulação inferior ao restante da rocha e que a quantidade de feições de
deformação também é superior. De acordo com o exposto, nota-se que o
controle estrutural regional é marcado por um embasamento representado
por granitóides e anfibolitos com registros de deformação de diferentes
temperaturas. As feições descritas indicam no embasamento processos de
deformação sintectônicos e diferentes fases de deformação rúptil
posteriores (fanerozóicas). Estas fases de deformação rúptil seriam as
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XII Seminário do Curso de Pós-Graduação em Geologia da UFPR, 2009
principais geradoras de falhas e bandas de deformação em rochas do
flanco sul da Bacia do Amazonas.
Palavras-chave: Província Maroni-Itacaiúnas, Bacia do Amazonas,
análise microtectônica
Dados acadêmicos: Co-orientador(es); Nível: mestrado; Título do projeto
original da dissertação: Análise estrutural multiescala da Província MaroniItacaiúnas e da Bacia do Amazonas na região de Altamira, Estado do
Pará; Área de concentração: Geologia Exploratória; Linha de Pesquisa:
Análise de Bacia e Petrofísica; Data de entrada: março de 2008;
Nº
de créditos concluídos: 18; Exame de qualificação: submetido no dia 08 de
maio; Trabalhos publicados ou período de confecção: 02 resumos
publicados e 01 artigo previsto; Data de Defesa: dezembro de 2009;
Possui Bolsa: Sim; Período: março-2008/dezembro-2009; Fonte pagadora:
FUNPAR/Petrobras.
Evolução estrutural da Faixa Tocantins ao longo de
transecta EW entre as cidades de Santa Maria das
Barreiras (PA) e Bom Jesus do Tocantins (TO)
Pierin, André Ramiro Hillani ([email protected])
Orientador: Prof. Dr. Francisco José Fonseca Ferreira
O objetivo principal desta dissertação de mestrado é desenvolver uma
análise estrutural clássica, mediante perfil geológico de campo entre as
cidades de Santa Maria das Barreiras (PA) e Bom Jesus do Tocantins
(TO). A pesquisa está vinculada ao projeto “Caracterização estrutural da
Faixa Tocantins e da borda Oeste da Bacia do Parnaíba e implicações
para reativações de falhas durante o Fanerozóico”, em desenvolvimento
pelo Laboratório de Bacias e Petrofísica, do Departamento de Geologia da
UFPR, para a Petrobras. A área de estudo abrange rochas ígneas e
metamórficas da Província Tocantins, especificadamente unidades dos
Grupos Estrondo e Tocantins, relativos à Faixa Araguaia, e unidades
sedimentares paleozóicas da Bacia do Parnaíba. Para alcançar os
objetivos do projeto, o cronograma da pesquisa foi ordenado em oito
65
XII Seminário do Curso de Pós-Graduação em Geologia da UFPR, 2009
etapas: (1) levantamento bibliográfico; (2) geração de banco de dados em
ambiente SIG - Arc Map e Windows Explorer; (3) análise de imagens de
sensores remotos SRTM e CBERS; (4) coleta de dados geológicos e
estruturais em pelo menos duas etapas de campo com aproximadamente
dez dias de duração cada; (5) tratamento e processamento dos dados
coletados, que envolve também petrografia e microestrutural; (6)
integração e interpretação de todos os dados; (7) caso seja viável, será
realizado um balanceamento de seção geológica da transecta objeto do
estudo; e (8) redação da dissertação e publicação dos resultados em
congressos e periódicos nacionais e internacionais. Neste contexto, em
correspondência ao cronograma, já foram finalizadas as etapas 1, 2 e 3. O
banco de dados encerra a maioria das referências bibliográficas da área
de estudo, organizada em ambiente Excel, com hiperlinks associados que
levam diretamente aos textos em pdf. Além dos textos, o banco de dados
armazena mapas geológicos da região nas escalas de 1:1.000.000 e
1:250.000 e figuras selecionadas em artigos, teses e dissertações, as
quais estão devidamente georreferenciadas. Para subsídio da análise
estrutural clássica, foram realizados estudos morfoestruturais em
multiescala, a partir de sensores remotos (SRTM e CBERS). A escala
1:800.000 foi utilizada para a análise de elementos de primeira ordem, ou
seja, megalineamentos, com base em imagens SRTM (pixels de 90x90
metros) resgatadas do site da EMBRAPA. Posteriormente, tais estruturas
foram refinadas em escalas 1:300.000 e 1:150.000. Ao longo da transecta
foram utilizadas imagens CBERS (pixels de 15x15 metros), obtidas do site
do INPE, para traçados de lineamentos de primeira ordem, em escala
1:100.000, e posterior refinamento em escala 1:50.000. Esta análise por
sensores remotos resultou em mapas morfoestruturais nas escalas de
trabalho e diagramas de rosetas para dados de comprimento e freqüência
dos lineamentos interpretados. Na primeira jornada de campo, de
reconhecimento regional, foi possível avaliar as condições das estradas da
área da transecta, bem como a qualidade dos afloramentos a serem
analisados, os quais se mostraram satisfatórios. No mês de agosto de
2009 está prevista a segunda etapa de campo, desta vez focada somente
na área da transecta. Estes dados de campo possibilitarão gerar os
seguintes produtos: mapas sinópticos estruturais; diagramas de
paleotensores para cada evento deformacional caracterizado; tabela e
gráficos temáticos com o resumo da evolução tectônica da área; e a seção
geológica-estrutural propriamente dita, em escala 1:150.000. Havendo
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XII Seminário do Curso de Pós-Graduação em Geologia da UFPR, 2009
possibilidade, e em função do detalhamento estrutural de subsuperfície
derivado dos modelos gravimétrico-magnéticos previstos ao longo da
transecta, será realizado o balanceamento da seção geológica com o
objetivo de validar a interpretação do perfil em estudo. O software a ser
utilizado para ações de restauração e balanceamento de seções em
regime compressivo é o LITHOTECT, da empresa Geo-Logyc Systems.
Palavras-chave: geologia estrutural, geotectônica, Faixa Araguaia
Dados Acadêmicos: Co-orientadores: Prof. Dra. Maria José Maluf de
Mesquita. Nível: Mestrado; Título do projeto original da dissertação:
Evolução estrutural da Faixa Tocantins ao longo de transecta EW entre as
cidades de Santa Maria das Barreiras (PA) e Bom Jesus do Tocantins (TO)
Área de Concentração: Geologia Exploratória: Nome da “Linha de
Pesquisa”: Análise de Bacias e Petrofísica; Data de entrada: março de
2009; Nº de créditos concluídos: 4; Exame de qualificação: maio de 2010;
Trabalhos publicados ou período de confecção: Agosto, 2010. Data da
Defesa: Dezembro de 2010; Possui Bolsa: Sim; Período: janeiro de 2009 a
dezembro de 2010; Fonte Pagadora: (Funpar) em convênio com a
Petrobras.
Caracterização do arcabouço geofísico-estrutural da
borda oeste da Bacia Sedimentar do Parnaíba
Romeiro, Marco Antonio Thoaldo ([email protected])
Orientador: Prof. Dr. Francisco José Fonseca Ferreira
O presente trabalho tem como objetivo a caracterização do arcabouço
geofísico-estrutural 2D da borda oeste da Bacia Sedimentar do Parnaíba.
Para tal, um estudo comparativo dos dados geofísicos aéreos e terrestres
pode-se traduzir em uma importante ferramenta multi-escala no auxílio ao
conhecimento da geologia estrutural de subsuperfície dessa região. A área
selecionada para o desenvolvimento deste estudo localiza-se na porção
noroeste do estado do Tocantins, limitada pelas coordenadas geográficas 50º/-5º30’ e -47º/-10º30’, onde as rochas da borda oeste da Bacia do
Paranaíba estão em contato tectônico com a Faixa Araguaia. No contexto
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XII Seminário do Curso de Pós-Graduação em Geologia da UFPR, 2009
geológico regional a Faixa Araguaia, de idade Neoproterozóica, se estende
por aproximadamente 1200 km de comprimento e 200 km de largura, entre
o Cráton Amazônico e a referida bacia. É subdividida em duas unidades
litoestratigráficas, Grupo Estrondo na base e Grupo Tocantins no topo,
apresentando predominância de rochas metassedimentares intensamente
deformadas no Ciclo Brasiliano, condicionando as principais estruturas na
direção N-S. A outra unidade geotectônica da área de estudo é a Bacia
Sedimentar do Parnaíba, localizada na região nordeste do Brasil e ocupa
2
uma área aproximada de 600.000 km , com espessura sedimentar máxima
em torno de 3400 metros em sua porção central. Trata-se de uma bacia
intracratônica, cuja sucessão sedimentar é dividida em duas seqüências,
uma paleozóica e outra mesozóica-cenozóica. A seqüência paleozóica é
composta da base para o topo pelos grupos Serra Grande, Canindé e
Balsas todos separados por expressivas discordâncias possivelmente
vinculadas às orogenias Caledoniana, Eoherciniana e Allegheniana,
respectivamente. A seqüência mesozóica-cenozóica é representada pelo
topo do Grupo Balsas, pelas rochas intrusivas e extrusivas relacionadas a
eventos magmáticos distensivos do Evento Penatecaua e do Rifte SulAtlântico e pela deposição clástica do Grupo Mearim. Na seqüência
paleozóica encontra-se o principal sistema petrolífero da bacia, o
Pimenteiras-Cabeças, com trapa estrutural e selo estratigráfico
representado pelos folhelhos da Formação Longá. Secundariamente, na
seqüência mesozóica-cenozóica, encontra-se o sistema petrolífero CodóGrajaú, aparentemente promissor, apesar de pouco estudado. O principal
fator de acumulação de óleo e gás nas bacias paleozóicas Sul-Americanas
está relacionado a falhamentos de blocos, cuja tectônica cenozóica atuou
de forma preponderante na migração e no trapeamento dos
hidrocarbonetos. Neste sentido, o estudo de reativações de falhas do
embasamento na borda Oeste da Bacia do Parnaíba pode contribuir com o
conhecimento acadêmico e exploratório. A estrutura da presente pesquisa
de mestrado foi ordenada cronologicamente em cinco etapas, a primeira
referente à criação de um banco de dados, a segunda de aquisição dos
dados geofísicos, a terceira de tratamento e processamento dos mesmos,
a quarta de interpretação dos produtos gerados e a quinta referente à
produção escrita. A primeira etapa foi iniciada com a criação e organização
de um banco de dados georreferenciado, onde constam trabalhos
anteriores e figuras, além dos dados de aerolevantamentos adquiridos pela
Petrobras e CPRM, cedidos ao projeto. Na segunda etapa foram
68
XII Seminário do Curso de Pós-Graduação em Geologia da UFPR, 2009
adquiridos os dados de imagens de radar em diferentes escalas
juntamente com aerolevantamentos geofísicos da CPRM, restando ainda a
aquisição de levantamentos de campo. A terceira fase, em andamento,
consistiu-se no tratamento e processamento dos dados de sensores
remotos (SRTM e CBERS) e de aerolevantamentos geofísicos em escalas
1:1.000.000 e 1:500.000 de onde se esperam como produtos dez mapas
geofísicos e dois mapas de morfotectônica. Ainda sobre o tratamento e
processamento dos dados geofísicos, diferentes métodos de realce de
anomalias serão testados, como gradientes direcionais (x,y,z), amplitude
do gradiente horizontal total, amplitude e inclinação do sinal analítico, entre
outros, visando definir o arcabouço geofísico. Para a quarta fase estima-se
a interpretação final das estruturas geofísicas e morfotectônicas e a
integração geofísico-geológica. Os dados geofísicos coletados em campo,
através de perfis magnéticos e gravimétricos, servirão para refinar o
modelo proposto, atingindo assim o objetivo da pesquisa, cuja intenção é a
caracterização de um arcabouço geofísico-estrutural da borda Oeste da
Bacia do Parnaíba.
Palavras-chave: arcabouço geofísico, Faixa Araguaia, Bacia do Parnaíba
Dados acadêmicos: Co-Orientador: Prof. Dr. Sidnei Pires Rostirolla;
Nível: Mestrado; Título do projeto original da dissertação: Estudo
comparativo dos dados geofísicos aéreos/terrestres para a caracterização
do arcabouço geofísico-estrutural da borda oeste da Bacia Sedimentar do
Parnaíba; Linha de Pesquisa: Análise de Bacias e Petrofísica (Geofísica);
Projeto guarda-chuva: Caracterização estrutural da Província Tocantins e
do flanco oeste/sudoeste da Bacia do Parnaíba e implicações para
reativação de falhas durante o Fanerozóico; Data de entrada na póso
graduação: Janeiro de 2009; N de créditos concluídos: 4; Exame de
qualificação: Abril de 2010; Trabalhos publicados ou período de confecção:
Agosto de 2010; Data da Defesa: Dezembro de 2010; Possui Bolsa: sim;
Período:Janeiro de 2009 a Dezembro de 2010; Fonte pagadora: Funpar
(Convênio Petrobras).
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XII Seminário do Curso de Pós-Graduação em Geologia da UFPR, 2009
Modelo Geométrico e Geológico do Deposito de
Crisotila da Mina Cana Brava – Minaçu Goiás
Santos, Carlos Eduardo dos ([email protected])
Orientador: Prof. Dr. Alberto Pio Fiori
A atual proposta de pesquisa de mestrado tem como justificativa a
modelagem conceitual, geométrica, geoestatística e a compreensão da
gênese dos depósitos de serpentina crisotila contidos em rochas máficaultramáficas do Complexo Cana Brava (Minaçu – Goiás). Como objetivo
geral, esse plano de mestrado visa compreender o processo mineralizador
que gerou o deposito de asbesto crisotila. Depósitos de asbesto Crisotila
são raramente encontrados ao redor do mundo, sendo que no Brasil há
conhecido somente uma mina desse mineral. Assim como sua ocorrência,
estudos sobre sua gênese são poucos conhecidos. Visando contribuir para
o conhecimento sobre esse mineral de grande utilização nas indústrias, o
presente projeto de mestrado foi proposto. Intitulado “Modelo Geométrico e
Geológico do Deposito de Crisotila da Mina Cana Brava – Minaçu (Goiás)”,
em desenvolvimento, foi iniciado em março de 2009 e com termino
previsto em agosto de 2010. Com a modelagem do deposito, serão
redimensionadas as reservas e deverão abrir-se novos horizontes
prospectivos para um bem mineral de grande importância na indústria
brasileira e mundial. Os métodos utilizados serão; levantamento
litofaciológico e estrutural na escala 1.2000; estudo de trabalhos
anteriores; modelagem geométrica e geoestatistica do deposito;
difratometria e fluorescência de raio-x de minerais, minérios e rochas;
petrografia de seções delgadas e polidas; balanço de massa utilizando o
método de Gresens. Ao final da dissertação de mestrado, espera-se obter
um novo modelo geométrico e geoestatistico do depósito, um mapa
geológico e o modelo estrutural de detalhe do deposito e a produção de
artigos para publicação em revistas nacionais e internacionais. Até o
momento às seguintes etapas de trabalho já realizadas foram; (a)
levantamento em campo das principais estruturas deformadoras do corpo
mineralizado; (b) coleta de amostras para confecção de lâminas delgadas
e polidas; (c) reconhecimento e mapeamento das principais fácies
mineralizadas com asbesto crisotila; (d) interpretação geológica de 869
sondagens na direção E-W, utilizando o software SURPAC 6.1; (e)
modelagem geométrica do depósito; (f) confecção de 32 lâminas delgadas
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XII Seminário do Curso de Pós-Graduação em Geologia da UFPR, 2009
e 2 lâminas polidas; (g) preparação de 13 amostras para difratometria de
raio-x. Este projeto esta sendo desenvolvido no âmbito do convênio
SAMA-UFPR, no qual a SAMA financia o projeto através do pagamento de
uma bolsa de pós-graduação, durante o período de 18 meses do
Mestrado, com uma ajuda de custo de até R$ 20.000,00 para análises
químicas e físicas e também pagando todas as despesas de campo. As
análises petrográficas, mineralógicas e químicas são realizadas na
Universidade Federal do Paraná, através do Laboratório de Laminação
(LAMIN) e o laboratório de Análises de Minerais e Rochas (LAMIR).
Palavras-chave: asbestos, crisotila, modelagem de depósito mineral
Dados acadêmicos: Co-Orientador:; Nível: Mestrado; Título do projeto
original da dissertação/ tese: Geologia e controle estrutural do depósito de
asbestos crisotila da SAMA em Minaçu (GO) – Complexo MáficoUltramáfico de Cana Brava; Área de Concentração: Geologia Exploratória;
Linha de Pesquisa: Análise de Depósitos Minerais; Data de entrada: março
de 2009; Nº de créditos concluídos: 08; Exame de qualificação: maio de
2010; Trabalhos publicados ou período de confecção: 1 artigo previsto;
Data da Defesa: agosto de 2010; Possui bolsa: sim; Período: março de
2009 a agosto de 2010; Fonte pagadora: SAMA.
Presença de minerais de amianto na rede viária de
Piên-PR: potencial de perigo à saúde humana
Sayama, Celia ([email protected])
Prof. Dr. Luiz Eduardo Mantovani
Na região abrangida pelo município de Piên-PR ocorrem rochas máficas e
ultramáficas em forma de corpos lentiformes, cujos litotipos predominantes
são serpentinitos. Dunitos e hazburgitos serpentinizados, xistos
magnesianos,
metaortopiroxenitos
e
metagabronoritos
ocorrem
subordinadamente. Os serpentinitos apresentam granulação fina a muito
fina, coloração cinza escuro a cinza esverdeado, constituídos
principalmente por serpentina, espinélio, magnetita, restos de olivina e
piroxênio. Nos serpentinitos ocorrem vênulas milimétricas a centimétricas
71
XII Seminário do Curso de Pós-Graduação em Geologia da UFPR, 2009
preenchidas por serpentina, que em nível macro e microscópico, formam
um sistema complexo de fraturas em rede, cortando desordenadamente a
foliação principal da rocha. Pesquisas bibliográficas envolvendo análises
mineralógicas na região identificaram o tipo de serpentina mais comum
das rochas ultramáficas, como sendo a lizardita e subordinadamente
antigorita. Em recente amostragem de material de saibro utilizado como
pavimento das estradas secundárias da região de Campina dos Maias e
Campina dos Crispins, zona rural de Piên, foi identificado, através de
Difração de Raios X, o mineral crisotila, variedade fibrosa do grupo das
serpentinas, conhecido como amianto ou asbesto. Atualmente a produção
e /ou comercialização de amianto é controlado no mercado nacional e
internacional em função de patologias reconhecidamente relacionadas à
exposição às fibras desse material. A identificação da mineralogia,
morfologia, quimismo e formas de ocorrência de minerais fibrosos
ocorrentes nas rochas ultramáficas de Piên e nos materiais utilizados na
pavimentação das estradas locais, bem como o potencial de risco à saúde
pública, em função da exposição aos minerais de amianto, constituem a
finalidade deste projeto de pesquisa. Os métodos de pesquisa utilizados
consistem nas técnicas analíticas de Difração e Fluorescência de raios X,
Análises Termogravimétricas e de Infravermelho, apoiadas por
Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV) para identificação da
mineralogia e quimismo dos minerais de interesse, a partir de coletas em
estradas mais movimentadas da região, especialmente aquelas
localizadas em Campina dos Maias e Campina dos Crispins. A
caracterização petrográfica macro e de seções delgadas de amostras de
rochas das pedreiras em atividade serão realizadas em paralelo, buscando
a comparação da assembléia mineralógica presente nas amostras do
saibro das estradas e das rochas existentes regionalmente. Na fase atual
dos trabalhos estão sendo desenvolvidos no Lamir, testes metodológicos
para comparação das técnicas analíticas que apresentem os melhores
resultados quanto à identificação mineralógica do material coletado,
considerando a dificuldade na distinção dos minerais do grupo da
serpentina. O grupo mineralógico das serpentinas possui cerca de 20
variedades, cujas estruturas são essencialmente análogos trioctaédricos
das estruturas da caulinita e existem três minerais polimorfos de interesse:
antigorita, crisotila e lizardita. O mineral que possui interação com a saúde
humana é a crisotila, em função de sua morfologia fibrosa e hábito
acicular. Amostras de amianto crisotila pura do Canadá, Rússia e Brasil
72
XII Seminário do Curso de Pós-Graduação em Geologia da UFPR, 2009
estão sendo utilizadas como padrão de referência para identificação
mineralógica. Nesse sentido, resultados preliminares de difração de raios
X e MEV confirmam a presença de crisotila em amostras de rochas
coletadas na região de estudo.
Palavras-chave: mineralogia, amianto, Piên-PR
Dados Acadêmicos: Co-Orientador: Prof. Dr. José Manoel dos Reis
Neto; Nível: Mestrado; Título original da dissertação: Mineralogia do saibro
de origem máfica e ultramáfica da região de Piên, Estado do PR – uso na
rede viária e potencial de perigo à saúde humana; Área de Concentração:
Geologia Exploratória; Linha de Pesquisa: Análise de Depósitos Minerais;
Data de entrada na Pós-Graduação: março-2009; N° de créditos
concluídos: 16; Exame de Qualificação (previsão): maio de 2010; Data
prevista para defesa: Março de 2011. Possui bolsa: sim; Período: maio de
2009 a maio de 2011; Fonte pagadora: CAPES.
Caracterização da morfologia estromatolítica em três
afloramentos da Formação Capiru (Neoproterozóico
do Estado do Paraná) e sua interpretação
paleoambiental
Silva, Isabele Eliane da ([email protected])
Orientadora: Prof. Dr. Cristina Silveira Vega
Diversas unidades carbonáticas brasileiras contêm exposições
estromatolíticas, principalmente de idade proterozóica. Os estromatólitos
vem se tornando objeto de grande interesse para a geologia exploratória
de hidrocarbonetos. Isto ocorre em virtude do carbonato microbiano ser
formado a partir de cianobactérias no processo de construção dos
estromatólitos, ocorrendo percolação de óleo nas suas porosidades. Existe
uma forte interação microbiana nos processos de sedimentação terrígena,
evaporítica e carbonática. A caracterização de estromatólitos gera
subsídios para a correlação de feições sedimentológicas com parâmetros
paleoecológicos e paleoambientais, e a distribuição destas propriedades,
73
XII Seminário do Curso de Pós-Graduação em Geologia da UFPR, 2009
sendo importante para auxiliar a caracterização das heterogeneidades e a
qualidade de potenciais rochas-reservatório. Na Sequência Morro Grande
(Formação Capiru, Grupo Açungui), existem exposições estromatolíticas
em metadolomitos de idade Neoproterozóica que necessitam de uma
caracterização detalhada. Para tanto, este estudo foi desenvolvido em
afloramentos das pedreiras Motin Pavin (Colombo), Morro Azul e
Tranqueira (Almirante Tamandaré), localizadas na região metropolitana de
Curitiba, no Estado do Paraná. Com base na caracterização morfológica
da macro e mesoestrutura estromatolítica, apresentamos uma concepção
preliminar do ambiente deposicional, fornecendo dados para futuras
correlações da área estudada com outros locais. As três pedreiras ocorrem
na mesma seqüência litológica, porém apresentam estruturas
estromatolíticas distintas. Na Pedreira Motin Pavin foram diferenciados
cinco morfótipos estromatolíticos, sendo que quatro deles se assemelham,
estando agrupados em bioermas de estromatólitos colunares, com indícios
de exposição ou retrabalhamento sub-aéreo por ondas; já o outro
morfótipo é caracterizado como sendo um bioerma tabular cumulado de
tamanho centimétrico. O modelo deposicional para a pedreira Motin Pavin
pode ser classificado como uma plataforma carbonática do tipo rampa
homoclinal, representado por um complexo de planície de maré, estando
entre a zona de supramaré/intermaré e inframaré. Na Pedreira Tranqueira
ocorrem bioermas estratiformes associados a estruturas onduladas, gretas
de dissecação, teepes e intraclastos. Já na Pedreira Morro Azul os
estromatólitos foram identificados como bioermas dômicos, variando de
planar a cumulados, ocorrendo associados a estruturas onduladas. Em
ambas as pedreiras o ambiente deposicional é definido como um sistema
de plataforma carbonática caracterizado por um complexo de planície de
maré, entre as zonas de intermaré superior e supramaré superior. A
análise integrada considerando a relação dos morfótipos estromatolíticos
com os possíveis ambientes de sedimentação para a Seqüência Morro
Grande permite concluir que as litologias das Pedreiras Motin Pavin,
Tranqueira e Morro Azul foram depositadas em um ambiente marinho
plataformal raso. Para caracterização do paleoambiente a partir da meso e
microestrutura estromatolíticas estão sendo analisadas lâminas
petrográficas e serão feitas análises em microscópio eletrônico de
varredura.
Palavras-chave: estromatólitos, Formação Capiru, Neoproterozóico,
reconstrução paleoambiental
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XII Seminário do Curso de Pós-Graduação em Geologia da UFPR, 2009
Dados acadêmicos: Co-orientador: José Manoel dos Reis Neto; Nível:
Mestrado; Título do projeto original da dissertação: Caracterização
paleoambiental a partir do estudo de estromatólitos da Formação Capiru
(Grupo Açungui), na região de Morro Grande (Colombo, PR); Área de
Concentração: Geologia Exploratória; Nome da “Linha de Pesquisa”:
Análise de bacias; Data de entrada na pós-graduação: março de 2008; N°
de créditos concluídos: 26; Exame de qualificação: julho de 2009;
Trabalhos publicados ou período de confecção: 3; Data prevista para
defesa: março de 2010; Possui Bolsa: sim; Período: 11 meses; Fonte
pagadora: CAPES.
Análise estrutural da borda oeste da Bacia do
Parnaíba
Spisila, André Luis ([email protected])
Orientador: Prof. Dr. Eduardo Salamuni
Este trabalho mostra a análise estrutural da porção oeste da Bacia do
Parnaíba e parte do seu embasamento, com o objetivo do entendimento
da evolução tectono-estrutural da bacia. Busca-se a comparação com a
deformação rúptil da Província Tocantins. A área da pesquisa está inserida
no norte do estado do Tocantins e sudoeste do estado do Maranhão, entre
as coordenadas 47º22’’W \ 6º46’’S e 49º00’’W \ 7º30’’S. O polígono
abrange rochas sedimentares da Bacia do Parnaíba a leste que, por sua
vez, estão em contato com metamorfitos da Faixa Araguaia a oeste. No
contexto geológico regional, a Faixa Araguaia de idade neoproterozóica, é
subdividida em duas unidades litoestratigráficas: (a) Grupo Estrondo na
base e Grupo Tocantins no topo, que apresentam rochas
metassedimentares intensamente deformadas durante Ciclo Brasiliano, o
que condiciona as principais estruturas da Faixa na direção N-S e (b)
Bacia do Parnaíba, que é subdividida nos grupos Serra Grande do
Siluriano-Eodevoniano, Canindé do Mesodevoniano-Eocarbonífero e
Balsas do Neocarbonífero-Eotriássico, além de formações ígneosedimentares de idade jurássico-cretáceo. Na área de estudo, as rochas
do Grupo Tocantins são representadas pela Formação Pequizeiro,
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XII Seminário do Curso de Pós-Graduação em Geologia da UFPR, 2009
enquanto o Grupo Estrondo é representado pelos litotipos da Formação
Xambioá e Formação Morro do Campo. Coberturas de idade cretácea,
mapeadas como Formação Rio das Barreiras pela CPRM na Faixa
Araguaia e pequenas porções gnáissicas e máficas-ultramáficas também
são reconhecidas. Quanto à Bacia do Parnaíba, ocorrem rochas do Grupo
Canindé, representado pelas formações Pimenteiras, Cabeças, Longa e
Poti, rochas do Grupo Balsas, contendo as formações Piauí, Pedra-defogo, Motuca e Sambaíba, e além de rochas extrusivas da Formação
Mosquito. Uma das propostas já cumpridas pela efetivação da pesquisa foi
a geração de um banco de dados, onde são organizados as publicações
anteriores, as imagens de sensores remotos, as figuras georreferenciadas
e os dados de campo, além das interpretações relativas aos resultados da
análise. Os trabalhos anteriores foram catalogados de maneira descritiva,
estando em andamento sua análise crítica. O traçado de lineamentos em
imagens de sensores remotos foi realizado em multi-escala, em imagens
de SRTM (Shuttle Radar Topography Mission) nas escalas 1:1.000.000 e
1:300.000 e imagens CBERS (Satélite Sino-Brasileiro de Recursos
Terrestres) nas escalas 1:100.000 e 1:50.000. A análise fractal de
lineamentos foi realizada de forma preliminar para a tentativa da
caracterização da anisotropia estrutural por meio do método box-counting,
havendo necessidade, porém, do aprimoramento do método. A primeira
etapa de campo foi realizada na segunda quinzena de abril do ano
corrente, e o tratamento preliminar dos dados revela que na Formação
Xambioá ocorrem zonas de falha, ora com caráter reverso, ora
transcorrente, com cinemática destral, mas por vezes também com
cinemática sinistral. Tais falhas frequentemente são preenchidas por veios
de quartzo. Em afloramentos na bacia, zonas de falha que obedecem ao
sistema riedel são observadas na Formação Pedra-de-fogo, apresentando
movimentação sinistral. Falhas normais e diques clásticos são frequentes
na Formação Sambaíba. Trabalhos futuros prevêem novos levantamentos
de campo, e posterior tratamento dos dados, para a caracterização da
história da deformação da Faixa Araguaia e da borda da Bacia do
Parnaíba; a realização da quantificação da anisotropia estrutural por meio
da geometria fractal e, tentativamente, relacionar aqueles parâmetros aos
parâmetros geométricos dos campos de tensores (σ1, σ2 e σ3). Isto poderá
contribuir na determinação dos tensores quando for possível discriminar
feições de eventos distintos e realizar a modelagem de fraturas por
intermédio do método DFN (discrete frature network), utilizando-se, para
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XII Seminário do Curso de Pós-Graduação em Geologia da UFPR, 2009
tanto, os parâmetros obtidos com o tratamento dos dados de campo e
sensores remotos.
Palavras-chave: geologia estrutural, Faixa Araguaia e Bacia do Parnaíba
Dados acadêmicos: Co-Orientador: Profs. Dr. Leonardo Fadel Cury e Dr.
Sidnei Pires Rostirolla; Nível: Mestrado; Título do projeto original da
dissertação: Análise estrutural da borda oeste da Bacia o Parnaíba; Linha
de Pesquisa: Análise de Bacias e Petrofísica (Geofísica); Projeto guardachuva: Caracterização estrutural da Província Tocantins e do flanco
oeste/sudoeste da Bacia do Parnaíba e implicações para reativação de
falhas durante o Fanerozóico; Data de entrada na pós-graduação: Março
o
de 2009; N de créditos concluídos: 0; Exame de qualificação: Abril de
2010; Trabalhos publicados ou período de confecção: Agosto de 2010;
Data da Defesa: Março de 2011; Possui Bolsa: sim; Período:Março de
2009 a Dezembro de 2010; Fonte pagadora: Funpar (Convênio Petrobrás).
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Índice remissivo de
palavras-chaves
abertura do Oceano Atlântico: 62
águas subterrâneas: 28
amianto: 73
análise de imagens: 53
análise estrutural: 53
análise faciológica: 56
análise microtectônica: 65
anisotropia estrutural: 4
aqüíferos: 4
arcabouço geofísico: 69
artificialização do meio geológico: 31
asbestos: 71
assinatura radioquímica: 16
atributos geomecânicos: 8
Bacia de Curitiba: 48, 58
Bacia do Amazonas: 61, 65
Bacia do Parecis: 10
Bacia do Parnaíba: 4, 69, 77
bacia e cráton do amazonas: 42
bacias paleozóicas: 55
batimetria: 22
beachrock: 36
calcretes: 48
Canoinhas: 31
caracterização estrutural: 42
conservação de aqüíferos: 28
contaminação: 40
correlação estratigráfica: 55
crisotila: 71
depósitos quaternários: 2
desembocadura lagunar: 24
diabásio: 46
diagramas estruturais: 26
Domo de Monte Alegre: 53
Domo de Piratininga: 44
elementos do grupo da platina (EGP): 50
elongação de esporão arenoso: 24
erosão costeira: 19
erosão entressulcos: 17
estromatólitos: 75
etanol: 40
EUPS: 17
Faixa Araguaia: 67, 69, 77
Formação Capiru: 75
Formação Guabirotuba: 56
fotogrametria digital: 8
geoconservação: 34
geodiversidade: 34
geoestatística: 38
geoindicadores: 6
geologia estrutural: 61, 67, 77
geoprocessamento: 8
geoquímica: 46
geotecnia: 26
geotectônica: 67
Granito Serra do Carambeí: 16
Guabirotuba: 48
hidrocarbonetos: 40
ilha de São Francisco do Sul: 2
integração de dados: 44
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Itapoá: 12
magmatismo Penatecaua: 46
magnetita: 50
mapas paleobiogeográficos: 55
mapeamento: 2, 34
Mar do Ararapira: 24
método de rotação de ondas: 19
métodos geofísicos: 42
mina Saivá: 26
mineralogia: 73
modelagem de depósito mineral: 71
modelagem numérica e física: 19
monitoramento: 13
morfodinâmica: 12, 30
Neoproterozóico: 75
ondas: 30
Paleozóico: 61
passivos ambientais: 13
pegmatitos: 50
perdas de solos: 17
Piên-PR: 73
plataforma continental rasa: 36
praia: 12, 30
proveniência: 58
Província Maroni-Itacaiúnas: 65
qualidade de água: 10
recifes de arenito: 36
reconstrução paleoambiental: 75
recursos hídricos: 28
riftes cenozóicos do sudeste: 56
sensoriamento remoto: 6
sísmica de reflexão: 44
Sistema Aqüífero Guarani: 38
Sistema Aqüífero Parecis: 10
Sistema Aqüífero Serra Geral: 38
tecnógeno: 31
tectônica cenozóica: 62
topografia: 22
unidades de paisagem: 6
uso do solo: 16
valas sépticas: 13
Vale do Rio Ribeira: 62
variações da linha de costa: 22
zircão: 58
tecnógeno: 31
tectônica cenozóica: 62
topografia: 22
unidades de paisagem: 6
uso do solo: 16
valas sépticas: 13
Vale do Rio Ribeira: 62
variações da linha de costa:22
zircão: 58
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Índice remissivo de
pesquisadores do
programa
Anjos, Maria Luiza Martini dos: 1
Angulo, Rodolfo José: 1, 11, 18, 20, 22, 30,
34
Apoitia, Lilian Fátima de Moura: 10
Arioli, Edemir: 50
Atêncio, Daniel: 48
Athayde, Gustavo Barbosa: 3
Barros, Carlos Eduardo de Mesquita: 46,
63
Bartoszeck, Marcelo K.: 44
Bettú, Daniel Fabian: 5
Bittencourt, André Virmond Lima: 12, 14,
38, 40
Black, Kerry: 20
Bongiolo, Alessandra de Barros e Silva:
41
Borchardt, Nicole: 7
Camargo, Emerson Carneiro: 34
Camargo, Ricardo de: 30
Campos, Adriane Fátima de: 43
Cestari, Marta Margarete: 14
Comelli, Cleciani: 9
Costa, Juliana: 45
Cruz, Cassiano Ricardo da: 11
Cunha, Paola Viana de Castro: 47
Cury, Leonardo Fadel: 42, 77
Fernandes, Luiz Alberto: 47, 55, 57
Ferreira, Carlos Henrique Nalin: 49
Ferreira, Francisco José Fonseca: 41, 43, 53,
65, 67
Ferreira, Valderez: 48
Figueira, Isabella Françoso Rebutini:51
Fiori, Alberto Pio: 7, 16, 25, 62, 70
Godoy, Luiz Carlos: 14
Góes, Ana Maria: 58
Gomes, Marcia Elisa Boscato: 50
Hindi, Eduardo Chemas: 10, 28, 38, 40
Juk, Kaluan Frederico Virmond: 53
Lemos, Clarice Farian de: 16
Lima, Fábio Macedo de: 55
Lima, Marcos Gândor Porto: 18
Lisniowski, Maria Aline: 20
Erbe, Margarete C. Lass: 12
Machado, Denise Alessandra Monteiro: 57
Mancini, Fernando: 59
Mantovani, Luiz Eduardo: 5, 14, 28, 30,
31, 71
Marone, Eduardo: 20, 22, 24, 29
Melo, Mario Sergio de: 56
Mesquita, Maria José Maluf: 49, 58, 67
Müller, Marcelo Eduardo José: 22
Nascimento, Edenilson Roberto do: 61
Nagalli, André: 25
Oka Fiori, Chisato: 6, 17
Osório, Quelen da Silva: 27
Perico, Edimar: 63
Pierin, André Ramiro Hillani: 65
Quadros, Clécio José Lopes de: 29
Reis Neto, José Manoel dos: 61, 73, 75
Romeiro, Marco Antonio Thoaldo: 67
Rosa Filho, Ernani Francisco da: 3, 9,
27, 34, 36, 38
Rostirolla, Sidnei Pires: 44, 61, 69, 77
Salamuni, Eduardo: 8, 51, 59, 75
Santos, Carlos Eduardo dos: 70
Sayama, Celia: 71
Schultz, João Paulo: 30
Silva, Isabele Eliane da: 73
Silva, Maria Cristina Borges: 32
Simioni, Bruno Ivan: 34
Soares, Paulo César: 6
Spisila, André Luis: 75
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Souza, Adalberto Amancio de: 37
Souza, Maria Cristina de: 2, 12, 24
Souza, Rogério Tadeu de: 39
Tomazoni, Júlio Caetano: 17
Vasconcellos, Eleonora Maria Gouvêa:
45
Vega, Cristina Silveira: 53, 73
Veiga, Fernando Alvim: 36
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