Untitled - Programa de Pós-Graduação em Geologia
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XII Seminário do Curso de Pós-Graduação em Geologia da UFPR, 2009 Sumário Programa de Geologia Ambiental Anjos, Maria Luiza Martini dos - Mapeamento dos depósitos quaternários costeiros da ilha de São Francisco do Sul, Santa Catarina Athayde, Gustavo Barbosa - Implicações da anisotropia estrutural na hidrodinâmica de aqüíferos, na borda oeste da Bacia do Parnaíba – aspectos preliminares do estudo Bettú, Daniel Fabian - Unidades de paisagem geomórfica e mudanças geoambientais: o Alto Iguaçu, Paraná Borchardt, Nicole - O uso da técnica de fotogrametria digital na elaboração de banco de dados de cunho geológico-geotécnico – aplicação no Proyecto Hidroeléctrico Mazar, Equador Comelli, Cleciani - Caracterização hidrogeológica e hidroquímica do Sistema Aqüífero Parecis na zona urbana do município de Sinop-MT Cruz, Cassiano Ricardo da - Estudo morfodinâmico das praias do Município de Itapoá, SC, Brasil Erbe, Margarete C. Lass - Riscos de contaminação de águas subterrâneas: disposição de resíduos dos serviços de saúde na vala séptica de Curitiba - PR Godoy, Luiz Carlos - Radioanomalias no Granito Serra do Carambeí, Estado do Paraná, e possíveis implicações no uso e ocupação do solo Lemos, Clarice Farian de - Análise multitemporal da erosão na bacia hidrográfica do alto curso do rio Pitangui - PR Lima, Marcos Gândor Porto - Desenvolvendo uma solução sustentável de proteção/recuperação costeira para Matinhos, litoral central do Paraná Lisniowski, Maria Aline - Variabilidade espaço-temporal dos depósitos sedimentares entre a face praial e a face litorânea na planície costeira da Praia de Leste, PR, Brasil Müller, Marcelo Eduardo José - Availação da dinâmica costeira do mar do Ararapira como subsídios à ocupação Nagalli, André – Análise estrutural de taludes da mina Saivá a partir de modelo digital tridimensional Osório, Quelen da Silva - Suscetibilidade de contaminação do Aqüífero 01 03 05 07 09 11 12 14 16 18 20 22 25 27 XII Seminário do Curso de Pós-Graduação em Geologia da UFPR, 2009 Cárstico em Colombo/PR Quadros, Clécio José Lopes de - Dinâmica morfosedimentar associada ao regime de ondas em praias oceânicas do arco praial da Planície de Praia de Leste – PR Schultz, João Paulo - Tecnógeno: transformação do relevo através da artificialização do meio geológico no município de Canoinhas, Estado de Santa Catarina Silva, Maria Cristina Borges - Análise da evolução de uso e ocupação do solo na Região Cárstica Curitibana Simioni, Bruno Ivan - Mapeamento e caracterização de recifes de arenito naturais da plataforma continental rasa paranaense Souza, Adalberto Amâncio de – Aplicação de Conceitos Geoestatísticos na Modelagem hidrogeológica dos Aquíferos Serra Geral e Guarani no Estado do Paraná Souza, Rogério Tadeu de - Efeitos na contaminação de água subterrânea por óleo diesel e gasolina em presença de etanol 29 30 32 34 37 39 XII Seminário do Curso de Pós-Graduação em Geologia da UFPR, 2009 Programa de Geologia Exploratória Bongiolo, Alessandra de Barros e Silva - Caracterização estrutural da Bacia do Amazonas e seu embasamento através de métodos geofísicos: gravimetria, magnetometria e gamaespectrometria Campos, Adriane Fátima de - Abordagem multiescala no domínio do Domo de Piratininga, SP Costa, Juliana - Petrologia das rochas máficas da Bacia do Amazonas na região de Medicilândia, Estado do Paraná Cunha, Paola Viana de Castro - Caracterização e gênese de calcretes da Formação Guabirotuba, Bacia de Curitiba Ferreira, Carlos Henrique Nalin - Pegmatitos como guias de exploração de EGP e metais associados em basaltos da Formação Serra Geral, na região de Salto do Lontra, PR Figueira, Isabella Françoso Rebutini - Caracterização morfoestrutural do Domo de Monte Alegre (PA) Juk, Kaluan Frederico Virmond - Estudo comparativo das seções do Carbonífero Superior na borda sudoeste da Bacia do Parnaíba e na borda sul da Bacia do Amazonas Lima, Fábio Macedo de - Litofaciologia dos sedimentos da Bacia de Curitiba, PR Machado, Denise Alessandra Monteiro - Proveniência de sedimentos da Bacia de Curitiba por estudo de zircões Mancini, Fernando - Tectônica rúptil na região da Cachoeira da Porteira, Rio Trombetas (PA) e correlação com eventos tectônicos da Bacia Sedimentar do Amazonas Nascimento, Edenilson Roberto do - O Vale do Rio Ribeira como produto da tectônica formadora do Oceano Atlântico Perico, Edimar - Significado evolutivo de feições microtectônicas de rochas da Província Maroni-Itacaiúnas e da Bacia do Amazonas na região de Altamira (PA) Pierin, André Ramiro Hillani - Evolução estrutural da Faixa Tocantins ao longo de transecta EW entre as cidades de Santa Maria das Barreiras (PA) e Bom Jesus do Tocantins (TO) 41 43 45 47 49 51 53 55 57 59 61 63 65 XII Seminário do Curso de Pós-Graduação em Geologia da UFPR, 2009 Romeiro, Marco Antonio Thoaldo - Caracterização do arcabouço geofísicoestrutural da borda oeste da Bacia Sedimentar do Parnaíba Santos, Carlos Eduardo dos - Modelo Geométrico e Geológico do Depósito de Crisotila da Mina Cana Brava – Minaçu Goiás Sayama, Celia - Presença de minerais de amianto na rede viária de Piên-PR: potencial de perigo à saúde humana Silva, Isabele Eliane da - Caracterização da morfologia estromatolítica em três afloramentos da Formação Capiru (Neoproterozóico do Estado do Paraná) e sua interpretação paleoambiental Spisila, André Luiz - Análise estrutural da borda oeste da Bacia do Parnaíba 67 70 71 73 75 XII Seminário do Curso de Pós-Graduação em Geologia da UFPR, 2009 Resumos Programa de Geologia Ambiental Mapeamento dos depósitos quaternários costeiros da ilha de São Francisco do Sul, Santa Catarina Anjos, Maria Luiza Martini dos ([email protected]) Orientador: Prof. Dr. Rodolfo José Angulo A ilha de São Francisco do Sul (ISFS) está localizada no norte do litoral de Santa Catarina, sul do Brasil. Seu substrato é composto por rochas graníticas e gnáissicas, concentradas a oeste da ilha, e por sedimentos de origem continental e costeira, totalizando aproximadamente 270 km². As rochas do embasamento pertencem ao Domínio Costeiro e foram formadas entre o Proterozóico Superior e o Cambriano. A cobertura sedimentar da ilha é composta por sedimentos continentais, concentrados nos arredores das rochas do embasamento, e sedimentos costeiros quaternários, distribuídos por toda a ilha. O objetivo central desse trabalho é o mapeamento dos depósitos costeiros da ilha, com ênfase nos holocênicos. O mapeamento dos mesmos foi realizado com base em 101 fotografias aéreas, escala 1:25.000, de 1978, cuja interpretação foi digitalizada em Sistema de Informações Geográficas, e em cinco etapas de levantamentos de campo. Os principais critérios utilizados para determinar as unidades fotointerpretadas foram as suas texturas, morfologia e distribuição na planície costeira da ilha. Nas etapas de campo foram descritas fácies sedimentares em afloramentos de cada unidade e também a morfologia das mesmas. As idades dessas unidades foram inferidas utilizando-se critérios tais como diferenças de altitude, morfologia, posição geográfica e comparação com áreas próximas semelhantes em 14 Itapoá e litoral paranaense, nas quais existem datações C. Foram definidas oito unidades de mapeamento: (1) rochas do embasamento e sedimentos continentais associados a vertentes; (2) depósitos fluviais 1 XII Seminário do Curso de Pós-Graduação em Geologia da UFPR, 2009 quaternários, (3) depósitos de barreira pleistocênicos e (4) holocênicos; (5) depósitos lagunares e (6) eólicos holocênicos; (7) depósitos de planícies de maré e (8) praiais atuais. Os depósitos fluviais quaternários concentram-se nas margens do rio Acaraí, no centro-leste da ilha, e possuem uma área pequena. Os depósitos de barreira pleistocênicos estendem-se desde os afloramentos do embasamento, a oeste, até os depósitos lagunares holocênicos, a leste. Eles são arenosos e apresentam em planta contornos sinuosos, cordões litorâneos e feições erosivas atribuídas à dissecação por ação de antigas redes de drenagem de padrão retangular. Os depósitos lagunares holocênicos constituem uma faixa orientada NE com largura média de 3.400 m. Possuem relevo plano e, em alguns locais, cordões litorâneos curvos e retilíneos, paralelos entre sim ou truncados. Os depósitos são constituídos por areias-argilosas, argilasarenosas e argilas e são parte de um sistema barreira-laguna. A leste dessa unidade estão os depósitos de barreira holocênicos, que compõem uma faixa NE com 550 m de largura média. São arenosos e apresentam relevo plano ou suave ondulado devido á presença de cordões litorâneos. Sobre tais depósitos, na sua porção norte e central, ocorrem os depósitos eólicos holocênicos. Esses são arenosos e apresentam-se como faixas de dunas parabólicas voltadas para SE, com alturas de até 30 m na parte norte e progressivamente menores para o sul. Os depósitos de planícies de maré, de composição argilosa, localizam-se nas margens do rios situados na costa oeste da ilha, voltados para a Baía da Babitonga. Os depósitos praiais atuais, constituídos por areias, estão localizados na costa leste, no extremo norte e no extremo sul da ilha, voltadas para o oceano. Palavras-chave: mapeamento, depósitos quaternários, ilha de São Francisco do Sul Dados acadêmicos: Co-orientadores: Profª Drª Maria Cristina de Souza; Nível: Mestrado; Título do projeto original da tese: Mapeamento dos Sistemas Deposicionais Costeiros Holocênicos da Ilha de São Francisco do Sul, Nordeste do Estado de Santa Catarina; Linha de Pesquisa: Evolução, Dinâmica e Recursos costeiros; Projeto guarda-chuva: Estratigrafia e Evolução das Barreiras Quaternárias Paranaenses e Norte Catarinenses; Data de entrada na pós-graduação: mar/2008; Nº de créditos concluídos: 15; Exame de qualificação: jun/2009; Trabalhos publicados ou período de confecção: 1 resumo aceite para publicação, 1 2 XII Seminário do Curso de Pós-Graduação em Geologia da UFPR, 2009 artigo previsto para submissão até dezembro; Data da Defesa: fev/2010; Possui Bolsa: sim; Período: mar/08 a fev/10; Fonte pagadora: CAPES. Implicações da anisotropia estrutural na hidrodinâmica de aqüíferos, na borda oeste da Bacia do Parnaíba – aspectos preliminares do estudo Athayde, Gustavo Barbosa ([email protected]) Orientador: Prof. Dr. Ernani Francisco da Rosa Filho Localizado na porção norte do Brasil, o Estado do Tocantins é abastecido em quase sua totalidade por águas subterrâneas. Em alguns municípios, o abastecimento dá-se por sistemas mistos de captação (águas subterrâneas e superficiais), mais sujeito aos riscos climáticos, como prolongados períodos de estiagem. Desta forma, o conhecimento de estruturas tectônicas e litologias que caracterizem-se como potenciais aqüíferos é de suma importância para esta região. Este trabalho objetiva caracterizar a implicação da anisotropia estrutural nos diferentes aqüíferos situados na borda oeste/sudeste da Bacia do Parnaíba e na Província Tocantins. Para esta caracterização serão realizadas, dentre outras, análises morfo-estrututurais em modelos digitais do terreno (SRTM); análises multi-escala de lineamentos estruturais (análises direcionais, de densidade e comprimento acumulado); levantamentos de campo para mapeamento e descrição dos principais tipos de rochas e estruturas (lineares e planares) existentes; determinação da direção e cinemática destas estruturas; análise dos campos de tensão, bem como suas relações temporais; modelagens fractais dos lineamentos estruturais, descrições petrográficas e macroscópicas em lâminas / amostras orientadas, bem como a integração com os resultados do arcabouço geofísico (aeromagnetométrico e gamaespectometria) da área. Concomitante a análise da anisotropia estrutural serão realizadas análises químicas (método de espectrometria fluorescência de raios - X) e mineralógicas (método de difratometria de raios-X) dos principais aqüíferos mapeados. Ensaios granulométricos e descrições petrográficas complementarão os ensaios para caracterizar a geoquímica dos reservatórios aqüíferos. Através de uma coluna de lixiviação experimental, em um período de dois 3 XII Seminário do Curso de Pós-Graduação em Geologia da UFPR, 2009 anos de interação entre o fluido e a rocha triturada, pretende-se associar a composição química e mineralógica dos litotipos com a análise do lixiviado coletado. De um total de cinco etapas de campo previstas, a primeira etapa foi realizada em abril de 2009, onde foram descritos cinqüenta e oito afloramentos, em doze dias de campo. O objetivo desta primeira etapa de campo foi reconhecer as principais formações geológicas, a estruturação tectônica regional, bem como fornecer subsídios à logística das outras etapas de mapeamento. Os seguintes litotipos pertencentes a Província Tocantins foram descritos: gnaisses, xistos, filonitos e milonitos. Na Bacia do Parnaíba foram mapeados conglomerados, arenitos, siltitos e folhelhos. Resultados preliminares indicam que a direção azimutal N70 a 60W predomina nos lineamentos de primeira ordem (escala de zoom 1:800.000) traçados em imagem SRTM, tanto na bacia como na faixa, sendo assim um primeiro indício da reativação de falhas do embasamento na bacia sedimentar. Desta forma, espera-se contribuir com o aumento do conhecimento científico da região, bem como caracterizar potenciais estruturas exploratórias (falhas e / ou fraturas) que condicionem poços tubulares com vazões representativas, caracterizando assim bons prospectos exploratórios. O suporte financeiro desta pesquisa conta com os recursos do Programa Tecnológico de Fronteiras Exploratórias – PROFEX da PETROBRAS; dentro do projeto intitulado “Caracterização estrutural da Faixa Tocantins e do flanco oeste/sudoeste da Bacia do Parnaíba e implicações para reativação de falhas durante o Fanerozóico”, sob coordenação, na UFPR, do Prof. Fernando Mancini. Agradeço a CAPES pela concessão da bolsa de doutorado, bem como ao Prof. Dr. Ernani Francisco da Rosa filho pela orientação desta pesquisa. Palavras-chave: anisotropia estrutural, aqüíferos, Bacia do Parnaíba Dados acadêmicos: Co-Orientador(es): não possui; Nível: doutorado; Título do projeto original da tese: Implicações da Anisotropia Estrutural na Hidrodinâmica de Aqüíferos, na borda oeste da Bacia do Parnaíba; Área de Concentração: Geologia Ambiental; Nome da “Linha de Pesquisa”: o Recursos Hídricos; Data de entrada na pós-graduação: 03/2009; N de créditos concluídos: 34 créditos; Exame de qualificação: previsto para 09 / 2011; Trabalhos publicados ou período de confecção: 01 artigo submetido ao Boletim Paranaense de Geociências; Data da Defesa: 02 / 2013; Possui Bolsa: Sim; Período: 04 / 2009 a 03 / 2013; Fonte pagadora: Capes. 4 XII Seminário do Curso de Pós-Graduação em Geologia da UFPR, 2009 Unidades de paisagem geomórfica e mudanças geoambientais: o Alto Iguaçu, Paraná Bettú, Daniel Fabian ([email protected]) Orientador: Prof. Dr. Luiz Eduardo Mantovani A inexistência de informações geoambientais espacializadas é importante limitador ao desenvolvimento de políticas públicas relacionadas à adoção de medidas de prevenção/contenção de impactos ambientais; entre outros, àqueles ligados à ocupação inadequada do solo. Historicamente o resultado da falta de planejamento de uso e da ocupação territorial acarreta em custos financeiros elevados, além da perda de vidas humanas, decorrentes de processos da dinâmica natural, sejam eles amplificados ou não pela ação humana. Entre os eventos naturais com potencial para conflitos relacionados à ocupação territorial destacam-se as inundações e escorregamentos de solo, sendo que estes são normalmente prognosticáveis devido a indícios das condições geoambientais do terreno. Neste contexto, unidade de paisagem é um conceito em desenvolvimento, e que vem se constituindo uma importante ferramenta para análise e gestão das unidades geoambientais naturais. Estas podem ser representadas por elementos descritivos independentes que qualificam e quantificam atributos da paisagem, refletindo processos ativos atuais ou históricos. Tais elementos podem ser adquiridos objetivamente e constituem critérios diagnósticos das unidades de paisagem. Sucessivas unidades de paisagem (mesmos atributos) que ocorrem continuamente numa área geográfica, constituem uma zona homóloga. Uma adequada qualificação e classificação das unidades de paisagem devem, portanto, constituir a fundamentação básica para o planejamento da ocupação do território, especialmente aquele que precisa ser objeto de proteção especial. Um conjunto de variáveis/evidências qualificadoras de uma paisagem deve, então, permitir a criação de um modelo descritivo da paisagem e por sua vez um modelo interpretativo finalizando num modelo preditivo de comportamento. Tendo em vista a elevada disponibilidade de dados, dispersos em diferentes meios, na maioria dos casos já em meio digital – elevação do terreno, refletância espectral e pancromática, além de mapas temáticos, como: geológico, pedológico, geomorfológico e de vegetação, todos podendo compor conjuntos de variáveis espaciais, 5 XII Seminário do Curso de Pós-Graduação em Geologia da UFPR, 2009 propõe-se determinar assinaturas digitais de diferentes unidades de paisagem. Com base nessa premissa, a hipótese de trabalho para a tese em questão é que seja possível o mapeamento de unidades de paisagem através da utilização de dados independentes e já disponíveis, ou seja, com baixo custo, e que serão integrados em ambiente de Sistema de Informações Geográficas (SIG). Tal hipótese será testada nas bacias hidrográficas dos rios Barigüi e Passaúna, afluentes da margem direita do rio Iguaçu na região de Curitiba, as quais apresentam características interessantes quanto à presença de paleo-superfícies de aplainamento, indicadores geoambientais de paleo-climas e que atualmente encontramse bastante antropizadas. Os dados a serem avaliados (elementos de relevo, refletância espectral, geologia, pedologia, cobertura vegetal, hidrografia, geofísica) irão compor atributos espaciais, que serão avaliados por meio de análise de agrupamento, visando identificar a relação entre indicadores independentes. A relação entre a presença destes atributos e a unidade de paisagem onde estão inseridos será avaliada utilizando a regra de Bayes, aplicando também princípios da análise de incertezas, ou seja, o grau de dúvida inerente a sua identificação. Assim, as informações quanto à presença, ausência ou dúvida da existência de um indicador (atributo), e a relação dessa informação com a unidade onde está inserido, serão testadas na identificação de uma determinada unidade de paisagem. Por fim será realizado procedimento automatizado de classificação do terreno das bacias hidrográficas em questão, com o objetivo de delimitar as diferentes unidades de paisagem existentes. Este procedimento se dará por meio do fornecimento de mapas de atributos (aqueles identificados como correlacionáveis) e cujos resultados deverão ser compatíveis com as unidades de paisagem previamente identificadas. Entre as aplicações da metodologia a ser testada espera-se que seja possível a geração rápida e de baixo custo de cartas espacializadas de unidades de paisagem, fornecendo assim subsídios para a tomada de decisões quanto ao planejamento territorial. Palavras-chave: geoindicadores unidades de paisagem; sensoriamento remoto; Dados acadêmicos: Co-Orientadores: Prof. Dr. Paulo César Soares, Profª. Dra. Chisato Oka-Fiori; Nível: Doutorado; Título do projeto original da tese: Unidades de paisagem geomórfica e mudanças geoambientais: o 6 XII Seminário do Curso de Pós-Graduação em Geologia da UFPR, 2009 Alto Iguaçu, Paraná; Área de concentração: Geologia Ambiental; Nome da “Linha de Pesquisa”: Análise multitemporal, neotectônica e riscos geológicos.; Data de entrada na pós-graduação: março de 2009.; Nº de créditos concluídos: 18, usando o limite disponível a partir do Mestrado; Exame de qualificação: previsto para julho de 2011.; Trabalhos publicados ou período de confecção: publicação de um artigo até julho de 2010.; Data da defesa: prevista para dezembro de 2012; Possui bolsa: Não O uso da técnica de fotogrametria digital na elaboração de banco de dados de cunho geológicogeotécnico – aplicação no Proyecto Hidroeléctrico Mazar, Equador Borchardt, Nicole ([email protected]) Orientador: Prof. Dr. Alberto Pio Fiori A fotogrametria, como técnica de avaliação, prospecção e documentação, oriunda da obtenção de informações métricas (forma e posição) de objetos tridimensionais mediante interpretação e dimensionamento de imagens fotográficas, aprimorou-se com o advento da era digital. Graças a essa evolução, sua aplicação tem alcançado setores onde raramente era utilizada, com especial eficácia em estudos territoriais, ambientais, urbanos, arqueológicos e arquitetônicos. Por tratar-se de uma ferramenta de sensoriamento remoto, contribui significativamente para a avaliação de objetos à distância, sem haver contato físico com os mesmos. Esta sua peculiar característica, não invasiva nem destrutiva, assegura a possibilidade de instituir controles periódicos sobre um mesmo objeto no intuito de avaliar sua dinâmica e, indiretamente, a modificação de seus atributos, como é pretendido deduzir no caso da porção da Cordilheira dos Andes situada na área de implantação do projeto hidroelétrico Mazar, no Equador, a qual vem a ser o objeto deste estudo. No atual estágio, tem-se elaborado a avaliação digital desta área por meio de fotografias aéreas datadas de 1995, à escala 1:60.000, com auxílio do software Erdas. Para o caso de uma análise de cunho geológico-geotécnico, como o proposto 7 XII Seminário do Curso de Pós-Graduação em Geologia da UFPR, 2009 neste trabalho, a técnica de fotogrametria digital vem auxiliando na delimitação de feições de descontinuidades (falhas, fraturas, xistosidades, acamamentos), correlacionando-as com suas respectivas características mensuradas em campo, como tipo de preenchimento, rugosidade, espaçamento, atitude. Estes elementos estruturais estão sendo catalogados em banco de dados para posterior processamento. Além disto, estão sendo delineadas as cicatrizes de escorregamento e seus atributos morfométricos, adicionando-os ao banco de dados. A partir destes dados, espera-se executar a análise cinemática de taludes em rocha (formas e mecanismos de escorregamentos e desprendimentos de taludes e blocos), além da análise dinâmica (estudo das forças atuantes no maciço) para determinar valores de Fator de Segurança. Deve-se considerar que a fotogrametria não substitui em definitivo ao objeto in natura, mas oportuniza a determinação de características do mesmo, direta e/ou indiretamente, por meio da avaliação simultânea de diversos pontos espacialmente correlacionados. Até o presente, cumpriu-se o cronograma disciplinar, além do programa de estudos com estágio no exterior, por um período de 6 meses, na Università degli Studi di Siena Itália. Palavras-chave: geomecânicos fotogrametria digital, geoprocessamento, atributos Dados acadêmicos: Co-Orientador(es): Dr. Eduardo Salamuni; Nível: Doutorado; Título do projeto original da dissertação/tese: Proposta de determinação e espacialização de atributos geomecânicos de taludes e túneis em maciços rochosos e sua aplicação em barragens de usinas hidrelétricas; Linha de Pesquisa: Análise Multitemporal, Neotectônica e Riscos Geológicos; Projeto guarda-chuva: - ; Data de entrada na póso graduação: Agosto/2007; N de créditos concluídos: 19; Exame de qualificação: Agosto/2010; Trabalhos publicados ou período de confecção: - ; Data da Defesa: Julho/2011; Possui Bolsa: Não; Período: -; Fonte pagadora: - . 8 XII Seminário do Curso de Pós-Graduação em Geologia da UFPR, 2009 Caracterização hidrogeológica e hidroquímica do Sistema Aqüífero Parecis na zona urbana do município de Sinop-MT Comelli, Cleciani ([email protected]) Orientador: Prof. Dr. Ernani Francisco da Rosa Filho 2 A área deste estudo abrange uma superfície de 90 km correspondente à zona urbana do município de Sinop (MT). Geomorfologicamente está inserida no Planalto dos Parecis que é caracterizado por extensos platôs formados por rochas sedimentares. Essas rochas foram depositadas em ambiente de bacia do tipo intra-cratonica e constituem a Bacia Sedimentar dos Parecis, cujo embasamento é o cráton amazônico, constituído por rochas metamórficas de baixo e alto grau, bem como por rochas intrusivas ácidas. As rochas sedimentares que compõem a bacia foram depositadas em ambiente continental (desértico, fluvial, lacustre e glacial) e marinho raso. A Bacia Sedimentar dos Parecis foi dividida em três domínios tectono-sedimentares: a fossa tectônica de Rondônia (sub-bacia de Rondônia), o baixo gravimétrico dos Parecis (sub-bacia Juruena) e depressão do Alto Xingu (sub-bacia do Alto Xingu). Segundo essa divisão a área de estudo compõe a sub-bacia do Alto Xingu. Essa porção recebeu os sedimentos da Formação Furnas passando gradativamente para os sedimentos pelíticos da Formação Ponta Grossa, sotopostos à Cobertura Cenozóica Inconsolidada. Essas litologias formam o Sistema Aqüífero Parecis, cujas reservas hídricas são explotadas na cidade de Sinop, sem qualquer conhecimento de suas características hidrogeológicas, o que poderá vir a comprometer a qualidade e a quantidade das águas subterrâneas armazenadas. Além disso, por ser um aqüífero do tipo livre e pelas características de permo-porosidade do substrato geológico, considera-se que este seja vulnerável à contaminação por substâncias decorrentes do uso e ocupação do solo na área de abrangência do aqüífero. Sendo assim, suprir a escassez de dados que possibilitem avaliar a dinâmica de fluxo no aqüífero e a tipologia da água para o seu uso sustentável, justificam a realização desse estudo. Com isso, o trabalho objetiva conhecer as propriedades hidrodinâmicas, as variações sazonais da potenciometria do aqüífero e a qualidade das águas subterrâneas, bem como delimitar as áreas de recarga e de risco potencial de contaminação 9 XII Seminário do Curso de Pós-Graduação em Geologia da UFPR, 2009 do aqüífero. A etapa inicial desta pesquisa compreende o levantamento de dados bibliográficos básicos e inventário de poços tubulares usados para diversos fins e coleta de dados nos órgãos gestores responsáveis, empresas de perfuração e universidades. Em seguida será feito o mapeamento das unidades geológicas na área de pesquisa, de uso e ocupação do solo e seleção dos locais para coleta de amostras de água para análise físico-química e bacteriológica. Com base nesses dados, serão inferidas as áreas de recarga e de risco potencial à contaminação da água subterrânea na área de estudo. Os dados obtidos formarão um banco de dados georreferenciados que poderão ser visualizados em mapas temáticos que servirão de subsídios para a elaboração de um plano gestor das águas subterrâneas para a zona urbana de Sinop. Palavras-chave: Sistema Aquífero Parecis, Bacia dos Parecis, qualidade de água Dados acadêmicos: Co-orientadores: Prof. Dr. Eduardo Chemas Hindi, M.Sc. Lilian Fátima de Moura Apoitia; Nível: Mestrado; Titulo do projeto original da dissertação ou tese: Caracterização hidrogeológica e hidroquímica do Sistema Aqüífero Parecis na zona urbana do município de Sinop-MT; Área de Concentração: Geologia Ambiental; Linha de Pesquisa: 0 Recursos Hídricos; Data da entrada na pós-graduação: março de 2009; n 0 de créditos concluídos: 10; exame de qualificação: abril de 2011; N de trabalhos publicados: 0; Data prevista para defesa: 12/2011; Possui bolsa: não; Período: - ; Fonte pagadora: - . 10 XII Seminário do Curso de Pós-Graduação em Geologia da UFPR, 2009 Estudo morfodinâmico das praias do Município de Itapoá, SC, Brasil Cruz, Cassiano Ricardo da ([email protected]) Orientador: Prof. Dr. Rodolfo José Angulo A morfodinâmica de praia é definida como o resultado da interação entre as ondas incidentes, o sedimento e a morfologia antecedente da praia, formando um ciclo fechado retroalimentado, no qual as ondas incidentes irão atuar sobre os sedimentos modificando a morfologia da praia que, por sua vez, influenciará nas ondas incidentes. Este estudo tem como objetivo principal caracterizar morfodinamicamente as praias do Município de Itapoá, litoral norte do Estado de Santa Catarina, Brasil. A área de estudo compreende as praias localizadas entre a Barra do rio Saí-Guaçú, ao norte, até a baia de São Francisco do Sul, ao sul, de coordenadas geográficas 26º00’- 26º15’ S e 48º30’e 48º45’W. O estudo avalia ainda o comportamento e a variabilidade espaço temporal do balanço sedimentar, da morfologia e da sedimentologia destas praias. A metodologia utilizada consiste em interpretação de fotografias aéreas e levantamentos de campo ao longo de 32 km de costa onde foram realizados perfis praias, coleta de sedimentos e medição visual de altura e período de ondas. A partir dos dados coletados foram calculados parâmetros morfodinâmicos como: Ômega, Ômega teórico, Variação Relativa da Maré e variações morfológicas. Resultados preliminares permitem observar a presença de bancos submersos intercalados com cavas, cuja forma variou ao longo da praia estando alguns soldados e outros paralelos e oblíquos à praia. As praias ainda apresentaram ondas do tipo deslizante a mergulhante, com período variando de 8 a 12 segundos e altura média entre 0.5 m a 1.0 m na porção centro-norte e de 0.2 m na porção sul, próxima a desembocadura da Baía de São Francisco do Sul. O balanço sedimentar demonstrou equilíbrio entre o número total dos perfis monitorados. Os resultados obtidos por fotointerpretação e observações de campo até o momento permitem inferir uma classificação morfodinâmica do tipo intermediária nas porções centro e norte e refletiva no extremo sul da área de estudo. No entanto, valores morfodinâmicos de ômega teórico indicaram comportamentos dissipativos para determinados pontos ou condições oceanográficas. 11 XII Seminário do Curso de Pós-Graduação em Geologia da UFPR, 2009 Palavras-chave: morfodinâmica, praia, Itapoá a Dados acadêmicos: Co-orientador: Prof. Dr . Maria Cristina de Souza; Nível: Mestrado; Título do Projeto original da dissertação ou tese: Classificação Morfodinâmica das praias do Município de Itapoá, SC, Brasil; Linha de Pesquisa: Evolução, dinâmica e recursos costeiros; Projeto guarda-chuva: Dinâmica de ambientes costeiros; Data de entrada na póso graduação: março de 2008; N de créditos concluídos: 14; Exame de qualificação: junho de 2009; Trabalhos Publicados ou período de confecção: 1 em outubro de 2009; Data de defesa: março de 2009; Possui bolsa: não. Riscos de contaminação de águas subterrâneas: disposição de resíduos dos serviços de saúde na vala séptica de Curitiba - PR Erbe, Margarete C. Lass ([email protected]) Orientador: Prof. Dr. André Virmond Lima Bittencourt Aproximadamente 934.000 toneladas de resíduos dos serviços de saúde foram dispostos na vala séptica de Curitiba – PR, em uma área de 83.390 2 m . São resíduos contaminados com microorganismos patogênicos, materiais químicos como cátions e anions inorgânicos, incluindo materiais persistentes, como os quimioterápicos, que foram depositados de modo indiscriminado e que possibilitaram a geração de um passivo ambiental de alto custo para a sua remediação. O substrato geológico da área da vala séptica é composto basicamente por afloramentos de rochas sedimentares da Formação Guabirotuba seguido por regolito do Embasamento Cristalino associado ao Complexo Atuba. A vala séptica está localizada na Avenida Juscelino Kubitschek de Oliveira s/nº - CIC – Curitiba – PR. A represa do Passaúna encontra-se a oeste, áreas habitacionais a nordeste e ao norte, o rio Barigüí no sentido norte sul, a empresa Toshiba Sistemas de Transmissão e Distribuição do Brasil Ltda. a noroeste e as empresas Essencis Soluções Ambientais e Sanepar - Companhia de Saneamento do Paraná a sudoeste. Para a viabilização econômica desta pesquisa foi firmada uma parceria de trabalho conjunto entre a Universidade Federal do 12 XII Seminário do Curso de Pós-Graduação em Geologia da UFPR, 2009 Paraná e a Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Curitiba. A pesquisa em andamento teve como foco avaliar as águas superficiais situadas a noroeste e leste da vala séptica. Foram analisadas as águas do córrego situado entre a vala séptica e a empresa Toshiba Ltda. e as águas da lagoa situada ao leste. Foram avaliados os parâmetros físicos e químicos/ metais, compostos orgânicos voláteis, coliformes fecais e Escherichia coli. Foi feita a avaliação da toxicidade aguda das amostras para o organismo teste Daphnia magna através de bioensaio de sistema estático de laboratório e ensaios de genotoxicidade - teste do micronúcleo písceo e ensaio cometa com sangue utilizando o peixe Astyamax spb (lambari). Os dados obtidos foram confrontados com a legislação ambiental, resolução CONAMA Nº 357/2005 e 397/2008 que dispõem sobre a classificação dos corpos de água e diretrizes ambientais para o seu enquadramento, bem como estabelece as condições e padrões de lançamento de efluentes. Os dados destes ensaios, associados aos ensaios de avaliação geofísica para verificar o direcionamento e alcance da pluma de contaminação e demais ensaios a serem realizados em amostras oriundas de poços de monitoramento possibilitarão avaliar o grau de contaminação e risco em que esta área se encontra. Para o desenvolvimento da segunda fase da pesquisa serão estudadas diferentes técnicas para a remediação de passivos ambientais, em especial o passivo ambiental apresentado pelo risco da contaminação de águas subterrâneas pela disposição dos resíduos dos serviços de saúde em valas sépticas. Este estudo será desenvolvido na Universidade Técnica de Berlin/ Alemanha - Instituto de Geociências Aplicadas, que realiza pesquisas na área da engenharia e geologia do meio ambiente, no transporte e na degradação dos contaminantes da água subterrânea e no gerenciamento e na pesquisa para a remediação destes contaminantes. Serão avaliados diferentes substratos geológicos, frente a mobilidade, tempo de percurso e persistência de quimioterápicos. Este medicamento é considerado como elemento traço para esta pesquisa, pela sua persistência no meio ambiente. A destruição destes medicamentos só ocorre a uma temperatura superior a 1.100ºC. A escolha e detalhamento de uma técnica apropriada para a remediação do passivo ambiental apresentado será efetuada, respeitando os aspectos da geologia e hidrogeologia do local, bem como os contaminantes presentes. Palavras-chave: passivos ambientais, valas sépticas, monitoramento 13 XII Seminário do Curso de Pós-Graduação em Geologia da UFPR, 2009 Dados acadêmicos: Co-orientadores: Prof. Dr. Luiz Eduardo Mantovani e Prof. Dra. Marta Margarete Cestari; Nível: Doutorado; Título do Projeto original da tese: Riscos de contaminação de águas subterrâneas: disposição inadequada de resíduos dos serviços de saúde na vala séptica de Curitiba; Linha de Pesquisa: Geologia Ambiental – Recursos Hídricos; Projeto guarda-chuva: não procede; Data de entrada na pós-graduação: agosto 2007; Nº de créditos concluídos: 39; Exame de qualificação: dezembro de 2010; Período de confecção de trabalhos para publicação: jan a nov de 2010; Data prevista para defesa: março de 2011; Possui bolsa: não. Radioanomalias no Granito Serra do Carambeí, Estado do Paraná, e possíveis implicações no uso e ocupação do solo Godoy, Luiz Carlos ([email protected]) Orientador: Prof. Dr. André Virmond Lima Bittencourt O Granito Serra do Carambeí situa-se entre os municípios de Ponta Grossa, Castro e Carambeí, a cerca de 10 km a leste da sede administrativa de Carambeí. Trata-se de um granito radioanômalo, cujas 238 232 40 elevadas concentrações de U, Th e K, conhecidas desde o início da década de 1970, tem sido vastamente abordadas por diversos autores quanto aos aspectos geológicos e mineralógicos. Porém, no que tange às implicações ambientais relacionados a tais radioanomalias e respectivas radiações ionizantes emitidas, os estudos realizados são muito incipientes, carecendo de maior aprofundamento, face aos potenciais e maléficos efeitos biológicos associados. Considerando que as concentrações dos 40 238 232 radionuclídeos naturais K e das séries do U e Th em diferentes materiais geológicos constitui etapa fundamental da presente pesquisa, procedeu-se, inicialmente, a compilação e a análise de dados geológicos, mineralógicos e gamaespectrométricos constantes na bibliografia relativa à região em que se localiza a área em estudo. O cruzamento destas informações com o mapa de detalhe da malha viária local, obtido de ortofotocartas e plantas planialtimétricas em escala 1:10.000, evidenciou a 14 XII Seminário do Curso de Pós-Graduação em Geologia da UFPR, 2009 existência de regiões pobremente amostradas em trabalhos anteriores, implicando na necessidade de implantação de novas estações para a aquisição de dados de gamaespectrometria terrestre para que a totalidade da área seja amostrada de forma mais homogênea. Além disso, para a formação de uma base consistente de dados, verificou-se a necessidade de obtenção de dados geoquímicos, hidroquímicos e radioquímicos, ainda inexistentes. Para tanto, foram efetuadas cinco campanhas de campo quando foram coletas 60 amostras de materiais geológicos e pedológicos diversos como rochas, materiais do manto de alteração e materiais de depósitos de assoreamento, os quais abrangeram toda a área de ocorrência do Granito Serra do Carambeí. Tais amostras, em fase final de preparação, serão submetidas a ensaios físicos, químicos, radioquímicos e mineralógicos nos laboratórios da UFPR (Laboratório de Pesquisas Hidrogeológicas - LPH e Laboratório de Análise de Minerais e Rochas – LAMIR), da UEPG (Laboratório Interdisciplinar de Materiais Cerâmicos – LIMAC) e da Comissão Nacional de Energia Nuclear - CNEN (Centro de Desenvolvimento da Tecnologia Nuclear - CDTN). Com a finalidade de se avaliar as características radioquímicas e hidroquímicas de águas subterrâneas e superficiais da área em estudo, serão coletadas 18 amostras de águas de nascentes e da represa de Alagados, entre os meses de julho e agosto, período de menor precipitação na região. Quanto às características geomorfológicas (formas e comprimentos de vertentes, declividades, etc.), hidrográficas (padrão de drenagem, comprimento de canais, perfil longitudinal, etc.), bióticas (cobertura florestal e atividade de animais escavadores), antrópicas (uso e ocupação do solo) e climáticas (temperatura, precipitação, umidade relativa), cujos reflexos na morfogênese influenciam e determinam a distribuição dos radionuclídeos na paisagem, estão sendo obtidas através da análise de sensores remotos, cartas temáticas diversas e de dados obtidos durante as campanhas de campo, com conclusão prevista para o mês de agosto. A análise, interpretação e cruzamento de todos os dados anteriormente referidos, aliados aos dados de saúde que estão sendo atualmente levantados junto a 3ª Regional de Saúde, em Ponta Grossa, poderão (ou não) estabelecer um vínculo entre determinadas doenças com grande incidência na população que mantém residência fixa na área de ocorrência do Granito Serra do Carambeí e a assinatura radioquímica do mesmo. 15 XII Seminário do Curso de Pós-Graduação em Geologia da UFPR, 2009 Palavras-chave: Granito Serra do Carambeí, uso do solo, assinatura radioquímica Dados acadêmicos: Nível: Doutorado; Título do Projeto original da tese: Anomalias uraníferas no Granito Serra do Carambeí, Estado do Paraná, e possíveis implicações no uso e ocupação do solo; Linha de Pesquisa: Geoquímica de superfície; Data de entrada na pós-graduação: agosto 2006; nº de créditos concluídos: 44; Exame de qualificação: agosto de 2009; Nº de Trabalhos Publicados: 0; Período de confecção de trabalhos para publicação: novembro de 2009 a fevereiro de 2010; Data prevista para defesa: julho de 2010; Possui bolsa: não. Análise multitemporal da erosão na hidrográfica do alto curso do rio Pitangui - PR bacia Lemos, Clarice Farian de ([email protected]) Orientador: Prof. Dr. Alberto Pio Fiori A área de estudo pertence à Bacia Hidrográfica do Alto curso do rio Pitangui - BHAP, que compreende desde a nascente até a Represa de Alagados (área inundada pelo represamento dos rios Pitangui e Jotuba). Esta área possui 163,537 km², pertencente ao município de Castro (149,413 km²); Carambeí (8,382 km²) e Ponta Grossa (5,742 km²) e está localizada entre as coordenadas geográficas 24°52’ a 25º05' de latitude Sul e 49°46’ a 50º00' de longitude Oeste. Está a uma altitude entre 904 a 1170 m acima do nível do mar e, pela classificação de Köppen, o tipo climático é Cfb (clima temperado). Esta bacia encontra-se entre o Primeiro (161,875 km²) e Segundo Planalto Paranaense (1,662 km²), onde a subunidade morfoescultural predominante é o Planalto de Castro, com relevo de dissecação média, relativamente plano e declividade característica menor que 6%; vertentes de perfis convexo–côncavas; topos alongados e aplainados; vales abertos de fundo chato e de direção geral NW/SE. A geologia da região engloba migmatitos do Embasamento Cristalino, rochas do Grupo Açungui (Formação Itaiacoca e Formação Abapã) e do Complexo Granítico Cunhaporanga, do Grupo Paraná (Formação Furnas), do Grupo São Bento (Diques de Diabásio) e depósitos 16 XII Seminário do Curso de Pós-Graduação em Geologia da UFPR, 2009 aluviais e coluviais recentes. Os tipos de solos encontrados pertencem aos grandes grupos dos Cambissolos, Latossolos, Nitossolos, Organossolos, Gleissolos e Neossolos com Afloramentos Rochosos. O objetivo, deste trabalho, é a análise multitemporal comparativa do uso e ocupação do solo e a evolução das perdas anuais de solo por erosão entressulcos ou laminar, empregando a Equação Universal de Perdas de Solos - EUPS, nos períodos de 1960 a 1984, 1985 a 1995, 1996 a 2002 e 2003 a 2007. Utilizou-se, para a realização desse estudo: dados de precipitação de 31 estações pluviométricas, com distância de até 50 km; imagens de satélites nas bandas 2B3R4G cena 221/077 (LANDSAT-5 TM de 26/05/1984 e + 23/04/1995 e LANDSAT-7 ETM de 17/03/2002) e cena 157/128 (CBERS2 CCD de 07/03/2007), no formato digital e georreferenciadas; plantas planialtimétricas, com curvas de nível equidistantes de 5 m; software de geoprocesssamento SPRING 5.0 para a geração de modelo digital do terreno, execução de mapas e tratamento específico para cada fator da EUPS; além dos trabalhos de campos. Para os períodos analisados, os resultados obtidos foram: pluviometria entre 1105,89 a 1782,71 mm; -1 -1 -1 erosividade da chuva (R) de 5901,60 a 8062,84 MJ.ha .mm. h .ano ; -1 -1 -1 erodibilidade (K) entre 0,0178 a 0,0363 t.ha .h.mm .ha.MJ ; maior valor para comprimento de rampa e declividade foram 287,426 m e 221,953 %, sendo que a maior porção da área (24,01%) apresentou fator LS < 0,5 e a menor (0,42 %) com LS > 10; fator CP médio de 0,141, 0,219, 0,101 e 0,154, em cada período; e por fim, as perdas de solos (PS) mostraram -1 -1 -1 -1 valores médios de 40,036 t.ha .ano , 62,614 t.ha .ano , 35,409 t.ha 1 -1 -1 -1 .ano e 46,112 t.ha .ano , na sequência dos períodos estudados. Portanto, conclui-se que a relação entre processos erosivos existentes e atividades antrópicas são perceptível e, por isso, o estudo contribui para alertar sobre os danos ambientais causados pelo uso inadequado do solo nessa região. Palavras-chave: erosão entressulcos; EUPS, perdas de solos Dados acadêmicos: Co-Orientadores: Professora do Departamento de Geografia - UFPR Dr.ª Chisato Oka Fiori e Professor do Curso de Engenharia Ambiental – UTFPR Dr. Júlio Caetano Tomazoni, professor; Nível: Doutorado; Título do projeto original da tese: Análise multitemporal da erosão na bacia hidrográfica do alto curso do rio Pitangui - PR; Linha de Pesquisa: Estabilidade de Taludes e Análise Multitemporal da Dinâmica Ambiental; Projeto guarda-chuva: Análise multitemporal, neotectônica e 17 XII Seminário do Curso de Pós-Graduação em Geologia da UFPR, 2009 riscos geológicos; Data de entrada: março/ 2006; Nº de créditos concluídos: 42; Exame de qualificação: agosto de 2009; Trabalhos publicados ou período de confecção: Previsão de 2 (final de 2009); Data da Defesa: fevereiro / 2010; Possui Bolsa: não deste programa de pós. Desenvolvendo uma solução sustentável de proteção/recuperação costeira para Matinhos, litoral central do Paraná Lima, Marcos Gândor Porto ([email protected]) Orientador: Prof. Dr. Rodolfo José Angulo Este trabalho tem por objetivo desenvolver uma metodologia para interromper e solucionar, de maneira sustentável, o problema erosivo das praias de Matinhos no litoral do Paraná. A rotação de onda é o método de proteção costeira sugerido, no qual são utilizadas estruturas submersas perto da praia orientadas para girar o trem de ondas de forma que a corrente costeira (bem como o transporte de sedimento) seja reduzida. O realinhamento do ângulo da onda no ponto de quebra em harmonia com o alinhamento da praia resulta no acréscimo gradual de sedimento na parte abrigada pela estrutura. O entendimento prévio dos processos costeiros que governam a região é indispensável para que os objetivos sejam alcançados. Além disso, é necessária uma estrutura que utilize princípios naturais oceanográficos, tais como refração e dissipação de energia de ondas, para que a praia seja protegida/recuperada. A metodologia é dividida em 4 componentes principais: (1) estudos de campo e análise dos dados; (2) concepção da estrutura e modelagem numérica; (3) modelagem física e; (4) avaliação dos impactos para gerenciamento costeiro. O primeiro componente da metodologia de trabalho implica no reexame/coleta e análise dos dados de campo. As essenciais medições de campo necessárias para o estudo são: batimetria, correntes, ondas, granulometria e transporte de sedimento. As informações mais úteis pertinentes a esta costa têm sido recolhidas e apresentadas em vários relatórios técnicos. O estudo já possui uma batimetria do local, mas, será realizada nova batimetria ainda neste ano. Os dados de correntes serão coletados juntamente com o levantamento batimétrico. As ondas foram 18 XII Seminário do Curso de Pós-Graduação em Geologia da UFPR, 2009 medidas com dispositivo S4ADW (Directional Wave Instrument), o qual fornece dados capazes de determinar todos os parâmetros espectrais das ondas. A identificação de distintos estados de agitação marítima foi realizada utilizando 1 ano de dados coletados na costa paranaense. Amostras de sedimentos foram coletadas no local. Estes indicadores fornecem informações sobre o tamanho e velocidade de precipitação dos grãos de areia, os quais devem ser conhecidos para os efeitos ambientais e modelagem de transporte. Modelos numéricos calibrados utilizando dados (medidos) serão analisados em um claro entendimento dos processos costeiros especificamente para estrutura a ser concebida. Os modelos serão baseados nos dados de sedimento, de ondas e de correntes coletados durante o programa de medição, bem como na informação já existente. Além disso, para a modelagem da praia, será necessário realizar a modelagem regional de refração de ondas, a fim de colocar os dados locais no contexto regional mais amplo. Estas informações serão então utilizadas para o desenho da estrutura. Já a modelagem física será realizada no tanque de ondas de grande escala da ASR Ltda., no moderno laboratório Hamilton (Nova Zelândia), o qual fornece modelagem em escala de toda a gama de condições de ondas e sedimentos que ocorrem nos sistemas naturais e ao redor de uma estrutura costeira. O tanque de ondas é utilizado para a validação de laboratório do comportamento de recifes de proteção costeira, dos quebramares, molhes e outras estruturas costeiras. Um estudo de proteção costeira deve prever os impactos ambientais com um elevado grau de confiança. A extensão dos impactos físicos é exclusivamente dependente da forma, tamanho e localização da estrutura. Neste caso, o estudo possui objetivos compatíveis, isto é, irá proteger o litoral e, desta forma, os efeitos através de um alargamento da praia serão percebidos como benéficos. O entendimento detalhado juntamente com a modelagem dos impactos leva ao posicionamento e dimensionamento da estrutura, o que deve ser então concebido estruturalmente de materiais adequados e incorporando métodos adequados para uma possível implantação. A introdução de estruturas submersas próximas à costa pode proporcionar a proteção costeira e ainda agregar funções para benefício da comunidade local. Palavras-chave: erosão costeira, modelagem numérica e física método de rotação de ondas, 19 XII Seminário do Curso de Pós-Graduação em Geologia da UFPR, 2009 Dados acadêmicos: Co-Orientador(es): Prof. Dr. Eduardo Marone e Dr. Kerry Black; Nível: Doutorado; Título do projeto original da dissertação/tese: Evolução costeira de Matinhos, litoral central do Paraná: estudo para o dimensionamento de um projeto de proteção/recuperação costeira; Área de Concentração: Geologia Ambiental; Nome da “Linha de Pesquisa”: Evolução, Dinâmica e Recursos Costeiro; Data de entrada: o Agosto de 2008; N de créditos concluídos: 4 e práticas de docência ainda não contabilizadas; Exame de qualificação: Janeiro de 2011; Trabalhos publicados ou período de confecção: 1; Data da Defesa: Janeiro de 2012; Possui Bolsa: sim; Período: início em Julho de 2009; Fonte pagadora: CNPq. Variabilidade espaço-temporal dos depósitos sedimentares entre a face praial e a face litorânea na planície costeira da Praia de Leste, PR, Brasil Lisniowski, Maria Aline ([email protected]) Orientador: Prof. Dr. Rodolfo José Angulo A área de estudo deste trabalho situa-se no litoral central do Estado do Paraná e abrange uma linha de costa com extensão aproximada de 35 km, limitada pelas desembocaduras das baías de Paranaguá ao norte e Guaratuba ao sul. Alguns setores da costa apresentam problemas erosivos associados à ocupação e ao gerenciamento costeiro inadequado. Os processos físicos que ocorrem na face litorânea e praial; e influenciam modificações na linha de costa; são extremamente dinâmicos, envolvendo a ação de ondas, de correntes induzidas por ondas e de movimento de sedimentos. Um dos processos mais importantes na modificação da morfologia costeira é o transporte de sedimentos, longitudinal e transversal à linha de costa. O transporte transversal tem sido amplamente relacionado à erosão praial, pois resulta em extensas e visíveis mudanças na configuração da praia, em intervalos curtos. A magnitude do transporte transversal e sua direção preferencial são usualmente inferidas pelas mudanças na elevação da praia e do fundo oceânico adjacente. As elevações são medidas através do perfil da praia e podem ser obtidas com técnicas convencionais de topografia. Entretanto, para um detalhamento 20 XII Seminário do Curso de Pós-Graduação em Geologia da UFPR, 2009 capaz de identificar essas variações a nível regional, são necessárias medições até a profundidade de fechamento do perfil (aproximadamente 7 m) e que acompanhem a linha de costa (tridimensionais). Os objetivos deste estudo visam preencher algumas lacunas no estudo dos processos costeiros, que são baseados grandemente em medições pontuais (perfis de praia) e modelos computacionais. Este estudo busca determinar as variações da linha de costa, intensidade do transporte transversal e longitudinal e estado de alteração do sistema praial. Para atingir estes objetivos, serão analisados alguns aspectos ainda não abordados a nível regional para a costa paranaense, como: A) Determinar a topografia da parte emersa da praia (face praial) e a batimetria da parte submersa (face litorânea), utilizando DGPS (Sistema de Posicionamento Global Diferencial) e eco-sonda em 5 levantamentos semestrais; B) Montar um banco de dados de posições da linha de costa ao longo do tempo com os dados existentes de mapeamentos da linha de costa e através de monitoramento usando DGPS; C) Quantificar as taxas sazonais do transporte transversal a partir dos cálculos de deslocamentos dos depósitos sedimentares entre a face praial e a face litorânea; D) Avaliar as possíveis causas para as diferenças encontradas no comportamento da linha de costa ao longo do tempo e ao longo da costa; E) Classificar a costa paranaense em função do comportamento das variações da linha de costa, determinando áreas com tendência à erosão, estabilidade ou acresção e F) Classificar a costa em função das características ambientais dominantes (geológicas, geomorfológicas, morfodinâmicas e oceanográficas) e seu estado de alteração decorrente de interferências antrópicas. O levantamento topografia da face praial e detalhamento da linha de costa consistem na aquisição dos dados através de uma estação de DGPS móvel, realizando um percurso ao longo da parte emersa da praia e usando como indicador de referência o limite máximo da vegetação, a linha da base da duna frontal ou ainda os limites entre os calçadões e areia da praia. O sistema para medir a batimetria e também as correntes na zona costeira é denominado SCAMP (Surf and Coastal Area Measurement Platform). A atividade consiste na obtenção das coordenadas de um ponto fornecidas pelo DGPS, em tempo real, e a profundidade deste ponto fornecida pelo eco-sonda. Os equipamentos são instalados em uma embarcação (jet ski) e o trajeto é previamente estabelecido, incluindo a zona rasa até a profundidade de fechamento do perfil. Os resultados deste estudo devem trazer respostas importantes para 21 XII Seminário do Curso de Pós-Graduação em Geologia da UFPR, 2009 o estudo do transporte de sedimentos na zona costeira, pois os volumes transportados são medidos através de métodos abrangentes e ao mesmo tempo detalhados ao longo de toda a costa. Adicionalmente, os mapas topográficos e batimétricos serão um importante subsídio para o gerenciamento costeiro da região, que possui locais intensamente urbanizados e onde projetos de contenção da erosão vêm sendo desenvolvidos desde a década de 70. Palavras – chave: variações da linha de costa, batimetria, topografia Dados acadêmicos: Co-orientador: Prof. Dr. Eduardo Marone; Nível: Doutorado; Título do Projeto original da dissertação: Variabilidade espaçotemporal dos depósitos sedimentares entre a face praial e a face litorânea na planície costeira da Praia de Leste, PR, Brasil; Linha de Pesquisa: Evolução, Dinâmica e Recursos Costeiros; Projeto guarda-chuva: Evolução das Planícies Costeiras Quaternárias e Dinâmicas de Ambientes Costeiros Atuais Paranaenses, Norte Catarinenses e Sul Paulistas: Subsídios para a Gestão Integrada da Zona Costeira; Data de entrada na pós-graduação: julho de 2009; nº de créditos concluídos: 0; Exame de qualificação (previsão): janeiro de 2012; nº de Trabalhos Publicados: 0; Período de confecção de trabalhos para publicação: a partir de 2010; Data prevista para defesa: agosto de 2013; Possui bolsa: sim; Período: agosto de 2009 a agosto de 2013; Fonte pagadora: Capes. Avaliação da dinâmica costeira no mar do Ararapira como subsídios à ocupação Müller, Marcelo Eduardo José ([email protected]) Orientador: Prof. Dr. Rodolfo José Angulo O Mar do Ararapira, localizado no extremo norte do litoral paranaense e extremo sul do litoral paulista é um corpo d’água meandrante, paralelo à linha de costa e com orientação SSW-NNE. Tem comprimento aproximado de 16km e largura média de 400m. A sua desembocadura determina o limite entre os estados de São Paulo e Paraná e vem migrando na direção SW a pelo menos 700 anos. O Mar do Ararapira está separado do oceano 22 XII Seminário do Curso de Pós-Graduação em Geologia da UFPR, 2009 pelo esporão da Restinga do Ararapira cuja largura não ultrapassa os 800m, e que apresenta três estreitamentos localizados nas margens côncavas do esporão com o corpo lagunar. O mais estreito destes apresenta alta taxa de erosão, podendo se romper ainda nesta década. Foi monitorada a largura do esporão in situ, do limite entre a vegetação e a areia na margem interna até o mesmo limite na margem oceânica, nas seguintes datas: abril de 2008, agosto de 2008, dezembro de 2008 e abril de 2009. A metodologia utilizada foi a de nivelamento topográfico com nível, mira e trena. A largura do esporão, segundo os levantamentos, foi respectivamente 23,84m; 24,85m; 21,45m; e 26,44m, sendo que sua largura, em 1980, era de 100m. No entanto, para maiores conclusões sobre o processo de ruptura do esporão, é necessário analisar os efeitos de erosão e/ou progradação em cada margem, em separado. Na margem do Mar do Ararapira a linha de costa sofreu uma erosão contínua no período monitorado, totalizando 1,38m. Na margem oceânica, entre avanços e recuos da linha de costa, prevaleceu o avanço de 3,98m. Na margem do Mar do Ararapira a erosão é provocada pela ação erosiva das correntes de maré nas margens côncavas do canal. Já, na margem oceânica, os processos alternados de erosão e progradação são mais rápidos, devido ao balanço natural sazonal da praia por ação de ondas. Em agosto de 2008 foi realizado o caminhamento da linha de costa no extremo sul da Restinga do Ararapira com GPS de mão, o qual apresenta um erro embutido de até 15m. O resultado foi sobreposto ao levantamento realizado pelo mesmo autor em outubro de 2007 com GPS diferencial, com erro inferior a 1m. Mesmo desconsiderando os erros do equipamento, houve uma progradação da linha de costa de até 80m na direção SW em menos de um ano. Três perfis praiais realizados nesta região indicam o crescimento contínuo das dunas frontais, evidenciando que a região encontra-se em processo de acresção. O rompimento da Restinga do Ararapira, previsto para meados de 2010 a meados de 2015, poderá provocar a formação de uma nova desembocadura e o fechamento da atual, formando uma laguna costeira entre a antiga e a atual desembocadura. Estas alterações hidrodinâmicas irão refletir nas propriedades sedimentológicas de fundo do Mar do Ararapira. As 77 amostras já coletadas ao longo do Mar do Ararapira tem o objetivo de caracterizar a tipologia sedimentológica de fundo para uma posterior comparação após a abertura da desembocadura. Além das mudanças físicas no ambiente, a abertura de uma nova desembocadura poderá 23 XII Seminário do Curso de Pós-Graduação em Geologia da UFPR, 2009 trazer conseqüências à pesca artesanal estuarina e no modo de vida das três comunidades tradicionais residentes na região, sendo certa a realocação da comunidade de Enseada da Baleia e possível a realocação da comunidade de Pontal do Leste, ambas no estado de São Paulo. Além disso, o rompimento da Restinga, 6km a NE da atual, trará dúvidas sobre a divisa entre os estados do Paraná e São Paulo, já que a desembocadura e o Mar do Ararapira determinam atualmente o limite entre os dois estados. Espera-se que os resultados alcançados com esta pesquisa subsidiem na tomada de decisão do poder público local e da população tradicional residente com relação as mudanças na configuração da linha de costa, prevista para os próximos anos, no uso e ocupação dessas áreas, e ainda contribua para o entendimento da dinâmica das praias arenosas com pouca ou nenhuma ação antrópica, já que, ao contrário da porção sul do estado do Paraná e da quase totalidade do estado de São Paulo, as praias a serem estudadas não recebem grandes impactos diretos da ação humana. Palavras-chave: desembocadura lagunar, elongação de esporão arenoso; Mar do Ararapira Dados acadêmicos: Co-Orientador(es): Eduardo Marone, Maria Cristina de Souza; Nível: Mestrado; Título do projeto original da dissertação/tese: Caracterização morfosedimentar e evolução do esporão e da barra do Ararapira e conseqüências da abertura de uma nova desembocadura; Área de Concentração: Geologia Ambiental; Linha de Pesquisa: Evolução, dinâmica e recursos costeiros; Data de entrada na pós-graduação: o 03/2008; N de créditos concluídos: 24; Exame de qualificação: Junho/julho de 2009; Trabalhos publicados ou período de confecção: Um trabalho submetido para a Quaternary and Environmental Geosciences como coautor e outro previsto para o primeiro semestre de 2010; Data da Defesa: previsão 03/2010; Possui Bolsa: sim; Período: 04/2008 a 02/2010; Fonte pagadora: CNPq. 24 XII Seminário do Curso de Pós-Graduação em Geologia da UFPR, 2009 Análise estrutural de taludes da mina Saivá a partir de modelo digital tridimensional Nagalli, André ([email protected]) Orientador: Prof. Dr. Alberto Pio Fiori A presente etapa do estudo buscou verificar a consistência dos dados estruturais obtidos a partir do modelo digital empregando-se diagramas estruturais combinados à análise estatística. O objetivo maior da pesquisa é o de avaliar a estabilidade de taludes a partir da ferramenta denominada laser scanner. A primeira etapa do estudo verificou a aplicabilidade da metodologia e suas limitações. O objeto de estudo é a mina Saivá, situada no município de Rio Branco do Sul, Paraná, uma jazida de calcário empregado pela Votorantim para a fabricação de cimento. A metodologia desta etapa do trabalho inclui a identificação no modelo digital tridimensional dos planos de fraturamento, através de suas coordenadas em um sistema de referência, agrupamento dos planos identificados em famílias, elaboração dos diagramas estruturais de Schmidt-Lambert, estudo da média dos resultados e desvio padrão, com estimativa do erro. Foram estudados até o momento mais de uma centena de planos de ruptura, em duas frentes de lavra. Nos planos de ruptura mais representativos, foram tomadas cerca de trinta medidas de atitudes para verificação da acuidade do método. Nestes casos, as medidas obtidas para os ângulos de direção e mergulho variaram de 1,2 a 2,9º, o que significa uma boa precisão considerando os recursos usuais empregados para este serviço na geologia estrutural (bússolas). Os dados foram trabalhados nos softwares Microsoft Excel, Rockworks2002, Cyclone e Autocad. O posicionamento espacial dos planos foi obtido por geometria analítica, a partir das coordenadas de três pontos não colineares pertencentes a um plano de ruptura, diretamente do software Rockworks e conferido através de uma planilha elaborada Microsoft Excel. Têm-se como resultados desta etapa diagramas estruturais para os planos identificados e histogramas. Os resultados obtidos revelam que a ferramenta mostra-se bastante vantajosa e precisa na medição de atitudes de planos, reiterando a validação da metodologia. A amplitude de variação das medidas de atitudes tomadas digitalmente são compatíveis com as observadas em campo. Mostra-se relevante no processo a escolha dos três pontos que definem o plano de ruptura. Desta forma, buscou-se 25 XII Seminário do Curso de Pós-Graduação em Geologia da UFPR, 2009 empregar planos constituídos por pontos distantes entre si centímetros a metros, observando-se a qualidade dos dados obtidos. Em geral, quanto mais distantes os pontos, mais representativas se revelam as medidas. Contudo, esta alternativa apresenta limitações física, uma vez que os planos de ruptura são limitados. Outro aspecto a se considerar é a rugosidade dos planos, quanto mais rugoso o plano, piores são os resultados. Esta questão pode ser minimizada empregando-se o maior distanciamento entre os pontos de identificação do plano. Uma vez que grande parte do trabalho, tais como anotação das coordenadas dos pontos e subseqüente transcrição aos softwares, é manual, a utilização de histogramas e diagrama de rosetas permitiu identificar erros grosseiros decorrentes do processo. Assim, puderam-se corrigir erros de anotação ou transcrição, aumentando-se a confiabilidade do método. Uma das grandes vantagens do método é a possibilidade de se obter parâmetros estruturais de áreas que em campo não se tem acesso direto, por questão de segurança ou fixação, por exemplo. A presente pesquisa vem cumprindo ao cronograma estabelecido e suas etapas subseqüentes abrangerão o levantamento manual de estruturas significativas na área, comparação com os dados obtidos pelo laser scanner, a classificação geomecânica do maciço rochoso por setores da mina e o estudo da estabilidade dos taludes na área. Palavras-chave: diagramas estruturais, mina Saivá, geotecnia Dados acadêmicos: Nível: Doutorado; Título do projeto original da tese: Análise estrutural e teste de ferramentas de análise fractal em sistemas fraturados com diferentes comportamentos hidráulicos e aplicações em geotecnia; Linha de Pesquisa: Análise Multitemporal, Neotectônica e Riscos Geológicos; Projeto guarda-chuva:Projeto Fractal (UFPR/Petrobrás); Data de entrada na pós-graduação:ago/2007; Nº de créditos concluídos: 36; Exame de qualificação: jan/2010; Trabalhos publicados ou período de confecção: 1 submetido, 3 previstos; Data da Defesa: jan/2011; Possui Bolsa: sim; Período:ago/07 a ago/11;Fonte pagadora:Capes. 26 XII Seminário do Curso de Pós-Graduação em Geologia da UFPR, 2009 Suscetibilidade de contaminação Cárstico em Colombo/PR do Aquífero Osório, Quelen da Silva ([email protected]) Orientador: Prof. Dr. Ernani Francisco da Rosa Filho Seguindo os fundamentos da Política Estadual de Recursos Hídricos, que declara a água como um bem de domínio público; recurso natural limitado, dotado de valor econômico; cuja gestão deve sempre proporcionar o uso múltiplo; ser descentralizada e contar com a participação do Poder Público, dos usuários e das comunidades. A presente proposta objetiva contribuir para os estudos de Geologia Ambiental no âmbito dos Recursos Hídricos, identificando por meio da abordagem geossistêmica áreas susceptíveis à contaminação do aquífero cárstico no município de Colombo/PR. Os objetivos específicos compreendem: identificar áreas de recarga e vulnerabilidade intrínseca do aqüífero, a partir das características do meio físico-natural; constatar as diferentes formas de uso e ocupação do espaço; elaborar mapas temáticos; e, propor um zoneamento de proteção do aqüífero considerando as fragilidades naturais. Para tanto, a pesquisa está dividida em três etapas; a primeira compreende a coleta de dados pré-existentes, como consultas aos materiais cartográficos (cartas topográficas, mapas geológicos, mapas de solos e fotografias aéreas), obtenção de informações sobre os poços junto a SANEPAR e/ou SUDERHSA; condição socioeconômica e ambiental junto ao IBGE, IPARDES, EMATER e/ou SEMA. A segunda etapa caracteriza-se pela organização e tratamento dos dados obtidos, a partir da elaboração de banco de dados e mapas temáticos. A última etapa, por meio do uso de geoprocessamento e da abordagem geossistêmica buscar-se-á identificar as áreas susceptíveis à contaminação do aquífero cárstico e elaborar um zoneamento de proteção geológico-ambiental visando sua preservação, propondo-se limitações, restrições ou adaptações de usos conforme as áreas de suscetibilidades identificadas. No atual estágio da pesquisa vem sendo realizada a primeira etapa proposta, ou seja, a coleta de dados junto aos órgãos mencionados, onde foi possível coletar alguns materiais cartográficos pré-existentes e constatar as principais formas de uso e ocupação do espaço geográfico da área em estudo, dentre as quais se distribuem entre o desenvolvimento das atividades agropecuárias, industriais e setor de serviços (este predominante). Da área total do 27 XII Seminário do Curso de Pós-Graduação em Geologia da UFPR, 2009 município de Colombo (198km²), existem 19.794 ha ocupados com estabelecimentos agropecuários, destes, 243 ha são lavouras permanentes (com cultivo de uva, erva-mate, caqui, figo, limão, pêra, pêssego, etc.); 12.347 ha são lavouras temporárias (com destaque para o cultivo de milho, tomate, feijão, batata-doce, entre outros); e 1908 ha, são ocupados com cultivos de leguminosas e oleaginosas em pequenas propriedades. As pastagens naturais ocupam 2.435 ha, as áreas de matas e florestas ocupam 2.861 ha. Ocorre ainda a criação de bovinos, suínos e aves (frangos). Quanto aos cultivos permanentes e temporários observase que é comum o uso de fungicidas, herbicidas e inseticidas, em geral, não biodegradáveis, merecendo maior atenção para a quantidade utilizada nas lavouras de tomate (que totalizam 190 ha), o qual também demanda grande de água, para sua produção. Convém enfatizar o exposto por Smith (1993), que discorrendo sobre a natureza dos aquíferos cársticos, ressalta a suscetibilidade destes à poluição, devido ao fato do fluxo de condutos, ou seja, a água é transportada por espaços amplos, e não em meio à porosidade da rocha. Tal aspecto torna a "filtragem" natural praticamente inexistente, e o fluxo de água e qualquer poluente ou material que esteja em solução ou disperso no meio líquido será rapidamente transportado, eventualmente para quilômetros de distância do local de origem. Portanto, na continuidade desta etapa, vem sendo realizadas coletas de dados sobre a resposta aqüífera da região cárstica em estudo, buscando-se reconhecer as relações entre os impactos da atividade antrópica e os possíveis problemas dela decorrentes, seja por ação direta ou indireta, nos terrenos cársticos do município de Colombo/PR. Palavras-chave: recursos hídricos, águas subterrâneas, conservação de aquíferos Dados acadêmicos: Co-orientadores: Prof. Dr. Luiz Eduardo Mantovani e Prof. Dr. Eduardo Chemas Hindi. Nível: Doutorado. Título do Projeto Original: Suscetibilidade de Contaminação do Aqüífero Cárstico em Colombo/PR. Área de Concentração: Geologia Ambiental. Linha de Pesquisa: Recursos Hídricos. Ano de ingresso no Programa: 2008. N° de créditos concluído: 10. Previsão pára Exame de Qualificação: dezembro de 2009. Previsão para Defesa: dezembro de 2011. Previsão e n° de trabalhos para publicação: 2 em 2009. Possui Bolsa: Não. 28 XII Seminário do Curso de Pós-Graduação em Geologia da UFPR, 2009 Dinâmica morfosedimentar associada ao regime de ondas em praias oceânicas do arco praial da Planície de Praia de Leste – PR Quadros, Clécio José Lopes de ([email protected]) Orientador: Prof. Dr. Eduardo Marone No estado do Paraná a costa pode ser dividida em três setores, compartimentada em função da ocorrência das baías de Paranaguá e Guaratuba. Ao norte da baía de Paranaguá encontra-se a planície de Superagüi ou planície Norte, entre Pontal do Sul e Caiobá encontra-se a planície da Praia de Leste, e ao sul da baía de Guaratuba a planície Sul ou do Brejatuba. O arco praial da Planície de Praia de Leste caracteriza-se por aproximadamente 35 km de praias arenosas oceânicas. A orla desta região está quase que em sua totalidade ocupada, sendo que, alguns setores apresentam problemas com erosão e destruição de áreas ocupadas à aproximadamente 20 anos, estando esta problemática associada ao mau planejamento ocupacional da orla. A evolução morfosedimentar de praias arenosas como estas, apresenta-se altamente dinâmica e sensível, constantemente ajustando-se as flutuações dos níveis de energia local. As ondas representam a principal entrada de energia para estes sistemas e devido à mobilidade dos sedimentos encontrada nestes ambientes, estes se ajustam as condições hidrodinâmicas vigentes. Sendo assim, o estudo do clima de ondas da região é de extrema importância, visto que este é um dos principais processos atuantes no balanço sedimentar ao longo do litoral. Este projeto de pesquisa visa caracterizar a dinâmica morfosedimentar em diferentes setores do arco praial da Planície de Praia de Leste, associando ao regime de ondas incidentes na região. A partir da realização de perfis topográficos, coleta de sedimentos e observação visual de ondas em 14 praias durante 24 meses, monitoramento este que se encontra concluído, será possível a análise da variação volumétrica sedimentar, da evolução morfológica, e a caracterização sedimentar das praias em questão. A utilização de ferramentas como modelos matemáticos possibilitarão a caracterização do regime de ondas atuante na região, realizado a partir de dados de ondas já coletados a profundidades de 10 e 15m, batimetria da plataforma interna rasa adjacente à área de estudo e dados meteorológicos regionais. Assim 29 XII Seminário do Curso de Pós-Graduação em Geologia da UFPR, 2009 sendo, será possível a simulação de diferentes cenários que caracterizarão os estados de mar mais freqüentes na região. Com a diferenciação dos índices morfodinâmicos atuantes nestes setores será possível determinar características da dinâmica morfosedimentar associada ao regime de ondas das praias oceânicas do arco praial da Planície de Praia de Leste. Sendo assim, este trabalho apresenta-se como subsídio para a gestão costeira, auxiliando no processo e inferindo diretrizes aos planos de manejo para este trecho da orla do Estado. Palavras-chave: praia, morfodinâmica, ondas Dados Acadêmicos: Co-orientadores: Prof. Dr. José Rodolfo Angulo e Prof. Dr. Ricardo de Camargo; Nível: Doutorado; Título do projeto original da tese: Dinâmica morfosedimentar associada à ocorrência de frentes meteorológicas em diferentes setores do arco praial da Planície de Praia de Leste – PR; Linha de pesquisa: evolução, dinâmica e recursos costeiros; Data de entrada na pós-graduação: março de 2007, Exame de qualificação: setembro de 2009; Nº de trabalhos publicados: 4; Data prevista para defesa: março de 2011; Possui bolsa: sim, Período: março de 2007 a março de 2011; Fonte pagadora: Capes. Tecnógeno: transformação do relevo através da artificialização do meio geológico no município de Canoinhas, Estado de Santa Catarina Schultz, João Paulo ([email protected]) Orientador: Prof. Dr. Luiz Eduardo Mantovani O Tecnógeno, ou transformações tecnogênicas como é referido neste estudo, tem como particularidade a ação da sociedade como principal agente geológico modificador do relevo. Trata-se de um tema relativamente novo em Geologia sendo motivado pelas intensas transformações do meio ambiente da Terra provocadas pela ação humana. O presente trabalho trata-se de um estudo sobre essas transformações tecnogênicas no município de Canoinhas - SC. O município de Canoinhas localiza-se na parte setentrional do estado de Santa Catarina, na divisa 30 XII Seminário do Curso de Pós-Graduação em Geologia da UFPR, 2009 com o estado do Paraná e faz parte da microrregião de Canoinhas. Possui 2 uma área de 1.143 Km e está situado ao vale do Canoinhas a uma latitude de 26° 10’ 38” S e longitude de 50° 23’ 24” W de Greenwich e altitude de 765 metros. Na região que compreende o estudo, observam-se inúmeras atividades decorrentes da ação humana sobre o relevo bem como sobre as formas de ocupação do solo. Dentre as principais destacam-se o crescimento do espaço urbano, atividades agrícolas, pedreiras, cemitérios entre outras. Além dessas atividades, percebem-se também a ocupação do solo nas áreas ribeirinhas do Rio Canoinhas. Assim, seu estudo é muito importante para a compreensão dos ambientes que sofrem transformações a partir da ação da sociedade além da contribuição aos estudos que vinculam ação geológica humana. A pesquisa partiu da necessidade de se compreender de que maneira o relevo se modifica através da participação direta ou indireta da artificialização do meio geológico. Para a realização desse estudo foram estabelecidas três etapas. A primeira etapa consistiu na realização de uma fundamentação teórica visando explicar e discutir os principais termos relativos à geologia tecnogênica através de bibliografias. Na segunda, foram realizados estudos referentes à caracterização geológica, geomorfológica e geográfica da área compreendida para a realização da pesquisa. Foram utilizados nesta etapa os levantamentos de campo para a descrição da geologia local e banco de dados do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Canoinhas e da CIRAM/EPAGRI para a descrição e caracterização geográfica da área da pesquisa. Na terceira etapa está sendo feita a identificação das transformações tecnogênicas ocorridas ao longo do tempo. Para isso, estão sendo utilizados alguns métodos e técnicas de pesquisa, dentre os quais destacam-se: levantamentos de campo, fotografias de paisagens notáveis afim de registrar as características físicas da área da pesquisa, uso de fotografias aéreas e imagens de satélite bem como alguns softwares para dar suporte a pesquisa. Assim, busca-se analisar e interpretar as ações que transformam o meio ambiente terrestre, destacando o relevo, o solo e os rios que pertencem ao município de Canoinhas. Palavras – chave: tecnógeno, artificialização do meio geológico, Canoinhas 31 XII Seminário do Curso de Pós-Graduação em Geologia da UFPR, 2009 Dados acadêmicos: Nível: Mestrado; Título do Projeto original da dissertação: Tecnógeno: Proposta de estudo sobre a transformação do relevo através da ação geológica humana no município de Canoinhas-SC; Linha de Pesquisa: Geologia Ambiental Avaliação, Zoneamento e Gestão de Bacias Hidrográficas; Data de entrada na pós-graduação: março de 2008; Nº de créditos concluídos: 24; Exame de qualificação: junho de 2009; Trabalhos publicados ou período de confecção: 1 em 2009; Data prevista para defesa: março de 2010; Possui bolsa: não. Análise da evolução de uso e ocupação do solo na Região Cárstica Curitibana Silva, Maria Cristina Borges ([email protected]) Orientador: Prof. Dr. Luis Eduardo Mantovani A área de estudo, abrange porções dos Municípios de Campo Magro, Campo Largo, Almirante Tamandaré, Itaperuçu, Rio Branco do Sul, Colombo e Bocaiúva do Sul. São inúmeras as informações contidas nos diversos estudos sobre a Região Cárstica Curitibana, uma série de recomendações e um macrozoneamento foram efetuados em relação ao uso e ocupação destas áreas extremamente frágeis, no final dos anos noventa. Decorridos uma década se faz necessário avaliar a evolução do uso e ocupação destas áreas. O Zoneamento Ambiental é um dos instrumentos da política ambiental brasileira estabelecida pela Lei n.º 6.938/81 (Art. 9.º, II), e está alicerçada em diversos princípios, dentre os quais, no controle e zoneamento das atividades potencial ou efetivamente poluidoras (Art. 2.º, V). Os objetivos do zoneamento do Uso e Ocupação do Solo na região Cárstica Curitibana têm sido o de indicar áreas para preservar o equilíbrio entre as atividades humanas e os níveis qualitativos e quantitativos da recarga do expressivo manancial hídrico da região. No diagnóstico da situação, contida no Plano de Zoneamento do Uso e Ocupação do Solo da Região do Carst na região Metropolitana de Curitiba, foram estabelecidos os limites da área de ocorrência desse aqüífero, não só aquela de influência direta, como também nas áreas de influência indireta sobre o mesmo. Na área norte da Região Metropolitana de Curitiba, nos últimos anos verificou-se um rápido e intenso processo de 32 XII Seminário do Curso de Pós-Graduação em Geologia da UFPR, 2009 ocupação do espaço, no entanto esta ocupação não foi planejada e, portanto, não teve acompanhamento de investimento em infra estrutura e serviços urbanos, o que vem determinando uma série de conflitos, entre a ocupação e a base física. A característica hidrogeológica da região, que facilita a ocupação humana, via oferta de água subterrânea, também pode torná-la inviável, caso esse manancial seja utilizado de maneira inadequada. Compreendida essa incoerência, é preciso que se compreenda também, com ênfase ao planejamento das atividades humanas nessa região, que a mesma compõem um espaço geográfico bem definido e com características especiais quanto à fragilidade ambiental, e por esse motivo, devem ser tratados de forma diferenciada das demais áreas que compõem a Região Metropolitana de Curitiba. Assim, as diretrizes para o ordenamento do uso e ocupação do solo na Região do Carst precisam congregar múltiplas variáveis que estejam alicerçados na fragilidade da sua base natural frente às atividades humanas. Desta forma faz-se necessário uma análise temporal e espacial do uso e ocupação do solo para estabelecer índices de vulnerabilidade e riscos socioambientais, que considerem a geodiversidade e a geoconservação. A geodiveridade entendida aqui, como sugere Schobbenhaus(2008), representada pelos diferentes tipos de rochas, paisagens, minerais, fósseis, solos e outros depósitos superficiais, que são o suporte da vida na Terra, ou seja, todas as formas de biodiversidade, incluindo a humana. Para o autor a geodiversidade é o substrato essencial para o desenvolvimento e evolução de qualquer forma de vida, sendo difícil de entender que as questões relacionadas à geoconservação raramente são tratadas com o mesmo grau de profundidade que a bioconservação. Desta forma, alguns elementos da geodiversidade apresentam interesse científico, didático, cultural, estético (paisagístico), econômico (geoturismo), entre outros, e podem ser considerados como sítios geológicos ou geossítios (ou monumentos geológicos, ou geótopo). Portanto, os geosítios representam testemunhos irremovíveis do patrimônio geológico de uma região, que precisam ser protegidos e preservados, e por isso, deverão ser alvo especial da política de ornamento territorial. Sendo assim é necessário analisar as mudanças ocorridas por intermédio de avaliação estatística multivariada e de mapeamento temporal e espacial que leve em consideração a geodiversidade e a geoconservação, pois estas são elos entre as pessoas, paisagens e suas culturas, por meio da interação com a biodiversidade. 33 XII Seminário do Curso de Pós-Graduação em Geologia da UFPR, 2009 Pois ao contrário da biodiversidade, o conceito de geodiversidade e geoconservação são pouco divulgados para sociedade. Palavras-chave: mapeamento, geodiversidade, geoconservação Dados Acadêmicos: Co-Orientadores Prof. Dr. Ernani Francisco da Rosa Filho, Prof. Dr. Emerson Carneiro Camargo. Nível Doutorado, Linha de Pesquisa: Recursos Hídricos/Zoneamento Ambiental; Projeto GuardaChuva: Avaliação e Gestão da Bacias Hidrográficas, Data de entrada na pós-Março/2008,Título do Projeto Original Qualificação Geoambiental da Região Cárstica Curitibana:Potencial e fragilidade de uso alternativo das o áreas de mananciais para adequação da educação e do turismo. N de créditos concluídos: 30, Exame de Qualificação: maio 2010, Trabalhos Publicados: 2. Data prevista para a defesa: dezembro de 2011; possui bolsa: não. Mapeamento e caracterização de recifes de arenito naturais da plataforma continental rasa paranaense Simioni, Bruno Ivan ([email protected]) Orientador: Rodolfo José Angulo As características geológicas e morfodinâmicas atuais das regiões costeiras são resultantes dos processos continentais e oceânicos às quais estão sujeitas atualmente e da herança geológica, marcada por movimentos tectônicos, dinâmicas erosivas e deposicionais associadas à ação de ondas, marés, correntes e aos eventos transgressivos e regressivos dos oceanos. Feições sedimentares associadas às variações do nível do mar durante o Período Quaternário são identificáveis em toda a costa sul brasileira, especialmente nas áreas emersas onde podem ser observados cordões litorâneos correspondentes a antigas linhas de costa e dunas frontais, entre outras feições. Por sua vez, a identificação de linhas de costa pretéritas nas áreas submersas é bastante restrita devido ao retrabalhamento, nas fases transgressivas, do material depositado durante as fases regressivas. Há cerca de 18.000 anos antes do presente (AP), data correspondente ao último máximo glacial, o nível do mar estaria 34 XII Seminário do Curso de Pós-Graduação em Geologia da UFPR, 2009 aproximadamente 130 metros abaixo do atual e a plataforma continental estaria emersa. Na região da plataforma continental paranaense, observase a presença de sedimentos de granulometria média a grossa que não condizem com o atual sistema deposicional na região, onde os rios mais importantes desaguam no interior de dois estuários bem desenvolvidos (Complexo Estuarino de Paranaguá e Baía de Guaratuba), indicando que este material foi depositado em épocas onde o mar estava abaixo do atual. Outro indicativo de períodos de rebaixamento do nível do mar é a existência de recifes de arenito (ou beachrocks) submersos, descritos em alguns trabalhos na região. Sua formação é comumente associada à região de entremarés, sendo constituídos por sedimentos marinhos rapidamente cimentados pela precipitação de cimentos carbonáticos (tipicamente calcita magnesiana e aragonita), podendo representar a linha de costa da época em que foram formados. Além disto, os recifes de arenito podem fornecer pistas sobre as características paleoambientais na época de sua formação, afiguradas na mineralogia e hábito cristalino do cimento carbonático. Devido, porém, à ampla distribuição geográfica e diferentes características dos beachrocks e seus ambientes de formação, torna-se difícil determinar com convicção os processos condicionantes de sua gênese. Estas incertezas geram extensas argumentações sobre como correlacionar os dados obtidos de beachrocks em diferentes localidades com as variações do nível do mar, sua profundidade e local de formação e as características ambientais condicionantes deste processo. O projeto a ser desenvolvido visa abordar estes aspectos, através de uma revisão bibliográfica atual e abrangente, da coleta de beachrocks submersos na região da plataforma continental rasa paranaense e da análise destes em laboratório quanto à sua granulometria, composição mineral e idade aproximada de formação. Para localização de afloramentos serão consultados pesquisadores que possuem trabalhos desenvolvidos sobre o assunto na região e serão utilizadas cartas de navegação dos pescadores locais, que conhecem e evitam estes locais para a pesca por causar danos aos equipamentos. Os trabalhos em campo serão realizados com o auxílio de equipamento de mergulho autônomo, identificando, fotografando, medindo e amostrando os afloramentos dos beachrocks, o que auxiliará na elaboração de mapas de localização georreferenciados. A localização real dos afloramentos encontrados pode ou não ser revelada com precisão, dependendo da fragilidade do ecossistema encontrado e do conhecimento de sua posição pelos pescadores. Espera-se que este 35 XII Seminário do Curso de Pós-Graduação em Geologia da UFPR, 2009 projeto venha a contribuir com os estudos sobre a gênese e os processos condicionantes na formação de beachrocks e com o estudo sobre paleoníveis marinhos na área de estudo. Este faz parte do projeto guardachuva denominado “Evolução, dinâmica sedimentar e recifes de arenito naturais da plataforma continental interna rasa paranaense: subsídios à avaliação de recursos costeiros” e conta com o apoio logístico e dados de outros projetos em desenvolvimento sobre a região da plataforma continental paranaense, além do apoio do Laboratório de Estudos Costeiros (LECOST) da Universidade Federal do Paraná. Palavras-chave: recifes de arenito, plataforma continental rasa, beachrock Dados acadêmicos: Co-orientador: Dr. Fernando Alvim Veiga; Nível: Mestrado; Título do projeto original da dissertação: Mapeamento e caracterização de recifes de arenito naturais da plataforma continental rasa paranaense; Área de concentração: Geologia ambiental; Linha de pesquisa: Evolução, dinâmica e recursos costeiros. Data de entrada: o Julho/2009; N de créditos concluídos: 0; Exame de qualificação: Trabalhos submetidos: Data de defesa (previsão): Junho/2011. Possui bolsa: (Pleiteada em 10/07/2009); Período: 24 meses; Fonte pagadora: CAPES. 36 XII Seminário do Curso de Pós-Graduação em Geologia da UFPR, 2009 Aplicação de Conceitos Geoestatísticos na Modelagem hidrogeológica dos Aqüíferos Serra Geral e Guarani no Estado do Paraná Souza, Adalberto Amancio de ([email protected]) Orientador: Prof. Dr. Ernani Francisco da Rosa Filho O presente estudo tem por objetivo avaliar a aplicação dos conceitos geoestatísticos na modelagem hidrogeológica dos aqüíferos Serra Geral e Guarani no Estado do Paraná. A estatística clássica, aquela que se utiliza de parâmetros como média e desvio padrão para representar um fenômeno com base na hipótese principal de que as variações de um local para outro são aleatórias, tem se mostrado limitada na representação de variáveis regionalizadas, porque desconsideram a anisotropia e a descontinuidade da variável que se quer observar. Os métodos tradicionais de interpolação espacial tais como triangulação, média local das amostras e inverso do quadrado da distância, só para citar alguns, representam boas soluções quando os dados amostrais são abundantes. Quando os dados são esparsos, como é o caso dessa pesquisa, tais métodos apresentam limitações. Nesse caso, a interpolação mais indicada é a Krigagem, que considera uma matriz de covariância espacial que determina os pesos atribuídos às diferentes amostras, o tratamento da redundância dos dados, a vizinhança a ser considerada no procedimento inferencial e o erro associado ao valor estimado. Além disso, a Krigagem fornece estimadores exatos com propriedades de não tendenciosidade e eficiência. As técnicas de Krigagem possuem como ferramenta básica de suporte o Variograma. O Variograma permite representar quantitativamente a variação de um fenômeno regionalizado no espaço. O Variograma representa o que, intuitivamente, se espera de dados de campo, isto é, que as diferenças entre valores obtidos entre duas amostras decresçam à medida que a distância que as separam decrescem. Da mesma forma, o Variograma indica um aumento da variância (γ(h)) com o aumento da distância. O Variograma apresenta quatro parâmetros: o alcance, o efeito pepita, o patamar e a contribuição. Tanto o Aqüífero Serra Geral quanto o Aqüífero Guarani, possuem variáveis hidrogeológicas com comportamento regionalizado. No presente estudo, a malha amostral utilizada é irregular e de baixa densidade, cerca de 320 amostras 37 XII Seminário do Curso de Pós-Graduação em Geologia da UFPR, 2009 2 distribuídas em uma áreas de aproximadamente 110.000 Km , no Aqüífero Serra Geral, e de 50 amostras distribuídas em uma área de 2 aproximadamente 131.000 Km , no Aqüífero Guarani. Mapas de densidades de lineamentos para o Aquífero Serra Geral, foram elaborados com o objetivo de definir as direções em que serão modelados os Variogramas, visto que o aquífero em questão é fraturado. Com base nesses Variogramas é que serão feitas as interpolações das variáveis estudadas. Assim, aplicando-se os conceitos de geoestatística, pretendese quantificar essas incertezas associadas aos valores estimados, verificar se essa densidade amostral permite uma estimação adequada das variáveis, se não, qual seria uma densidade suficiente para tornar o grau de incerteza aceitável e por fim, elaborar o modelo hidrogeológico da cada um desses aqüíferos. Até o presente momento foram amostrados 304 poços tubulares no Aquífero Serra Geral e 40 poços tubulares no Aquífero Guarani. A base teórica desses conceitos vem sendo obtida através de cursos e pesquisas bibliográficas e sua aplicação no estudo proposto tem se mostrado viável. Palavras-chave: Sistema Aqüífero Serra Geral, Sistema Aqüífero Guarani, geoestatística Dados Acadêmicos: Co-orientadores: Profs. Drs. André Virmond Lima Bittencourt e Eduardo Chemmas Hindi; Nível: Doutorado; Título do projeto original da tese: Aplicação de Conceitos Geoestatísticos na Modelagem Hidrogeológica dos Aqüíferos Serra Geral e Guarani no Estado do Paraná; Linha de pesquisa: recursos hídricos; Data de entrada: Julho de 2007; Número de créditos a serem concluídos: 0; Exame de qualificação: Primeiro semestre de 2011; Número de trabalhos a serem publicados: 3; Período de confecção de trabalhos para publicação: 2009 e 2010; Data prevista para defesa: Julho de 2011. 38 XII Seminário do Curso de Pós-Graduação em Geologia da UFPR, 2009 Efeitos na contaminação de água subterrânea por óleo diesel e gasolina em presença de etanol Souza, Rogério Tadeu de ([email protected]) Orientador: Prof. Dr. Ernani Francisco da Rosa Filho A contaminação de aqüíferos por vazamentos de hidrocarbonetos de petróleo é uma ameaça para a qualidade das águas subterrâneas devido à alta toxicidade dos compostos orgânicos presentes no petróleo e seus derivados. Em presença de etanol os compostos denominados BTEX (benzeno, tolueno, etilbenzeno e xilenos) potencializam danos quanto a dispersão e persistência da contaminação em subsuperfície, principalmente o benzeno. A contaminação da zona saturada caracterizase por apresentar alta mobilidade dos contaminantes e está associada ao fluxo da água subterrânea, transportando dessa forma esses compostos a longas distâncias e disponibilizando-os a diferentes potenciais receptores, inviabilizando o uso e consumo dessa água. A pesquisa envolvendo os efeitos na contaminação de água subterrânea por óleo diesel e gasolina na presença de etanol tem por objetivo implantar um laboratório de campo para desenvolvimento de conhecimentos específicos nessa área. Para esse desenvolvimento realizou-se uma caracterização completa da geologia e hidrogeologia da área de estudo como condição fundamental para entender os fenômenos de dispersão e persistência dos contaminantes. Para tal, foram perfurados cinco piezômetros para caracterização. O local de desenvolvimento da pesquisa é uma área adjacente ao CEM-UFPR - Centro de Estudos do Mar, no município de Pontal do Paraná, litoral do Paraná distante aproximadamente 120 km de Curitiba. O aqüífero freático foi caracterizado por meio de ensaios de densidade, porosidade e análises físico-químicas de água. Dessa forma, foi caracterizado como arenoso, com alta porosidade total (38,7% a 44,5%) 3 e efetiva (30,3% a 37,7%), densidade variando entre 1,95 g/cm a 2,56 3 g/cm e apresentando água bicarbonatada cálcica-sódica. A condutividade hidráulica foi determinada através de dois métodos. O primeiro, se refere ao teste de slug no qual os dados de nível d’água em função do tempo foram interpretados pelo método de Hvorslev. O segundo, utilizou dados gerados a partir da distribuição da curva granulométrica e interpretados por -3 meio do método de Shepherd. A condutividade hidráulica variou entre 10 -4 a 10 cm/s. As análises granulométricas apresentaram grãos maturos de 39 XII Seminário do Curso de Pós-Graduação em Geologia da UFPR, 2009 granulação fina a média. A geologia é constituida por sedimentos inconsolidados marinhos de planície costeira, indiferenciados, com cordões litorâneos da fase antiga e aluviões recentes do Cenozóico. Através da leitura do nível d’água e levantamento planimétrico, para as maiores elevações de maré, o fluxo subterrâneo mostrou-se para a direção norte (mais próximo ao mar) e noroeste no interior do CEM no sentido rio Pereque. O experimento de contaminação consistirá na injeção de fase dissolvida de duas misturas distintas: uma mistura de gasolina e etanol e a outra de diesel e etanol e, conseqüente observação do comportamento da dispersão das duas plumas de contaminação em subsuperfície. As duas misturas conterão a mesma proporção, ou seja, 24% de etanol cada uma. O estudo concentra-se no meio poroso da zona saturada. Aliado às características dos contaminantes e somado à ampla gama de variáveis geológicas e hidrogeológicas que interagem entre si e que constituem fator determinante nas tecnologias disponíveis de remediação de aqüíferos, este estudo disponibilizará conhecimento específico sobre o comportamento dos contaminantes diesel + gasolina + etanol e suas interações em subsuperfície. Palavras chaves: contaminação, hidrocarbonetos, etanol Dados acadêmicos: Co-orientadores: Prof. Dr. André Virmond Lima Bittencourt, Prof. Dr. Eduardo Chemas Hindi; Nível: Mestrado; Título do projeto original da dissertação: Efeitos na contaminação de água subterrânea por óleo diesel e gasolina na presença de etanol; Linha de pesquisa: Geologia Ambiental; Data de entrada na pós-graduação: março o 2008; N de créditos concluídos: 19; Exame de qualificação: junho 2009; Data prevista para defesa: março 2010; Possui bolsa: não. 40 XII Seminário do Curso de Pós-Graduação em Geologia da UFPR, 2009 Programa de Geologia Exploratória Caracterização estrutural da Bacia do Amazonas e seu embasamento através de métodos geofísicos: gravimetria, magnetometria e gamaespectrometria Bongiolo, Alessandra de Barros e Silva ([email protected]) Orientador: Prof. Dr. Francisco José Fonseca Ferreira O presente trabalho faz parte do Projeto Caracterização Tectono-Estrutural da Bacia do Amazonas, em desenvolvimento pelo Departamento de Geologia da UFPR para a Petrobras. Um dos objetivos do projeto é averiguar a influência das estruturas do embasamento na compartimentação e evolução tectono-estrutural da bacia, através da interpretação de reativações sucessivas de tais estruturas e geração de outras, durante o Fanerozóico. Para tanto, foi selecionada uma área 2 aproximada de 1.200.000 km , compreendida pelas coordenadas geodésicas 0º00’ a 8º00’ de latitude sul e 48º00’a 60º00’ de longitude oeste, a qual envolve porções do embasamento exposto da Bacia do Amazonas. Dados gravimétricos, aeromagnéticos e gamaespectrométricos disponíveis na UFPR foram processados e qualitativamente interpretados visando delinear o arcabouço geofísico, o qual será posteriormente cotejado às principais estruturas regionais da área de estudo. Para definição das tendências geofísico-estruturais foram testados vários métodos de realce de anomalias de campos potenciais, neste contexto foram eleitos os métodos que obtiveram melhores respostas em relação à área estudada como gradientes direcionais (x,y,z), amplitude do gradiente horizontal total, amplitude e inclinação do sinal analítico, amplitude do gradiente horizontal total da inclinação do sinal analítico, inclinação do sinal analítico da amplitude do gradiente horizontal total, este último aqui empregado experimentalmente, com excelentes resultados. Tais técnicas foram também aplicadas às malhas continuadas para cima (2000, 5000 e 10000 metros), em correspondência ao incremento da ordem de derivação, no sentido de atenuar os ruídos e verificar a persistência das 41 XII Seminário do Curso de Pós-Graduação em Geologia da UFPR, 2009 estruturas em profundidade. Foi também aplicado o método deconvolução de Euler, de determinação estatística de profundidades das fontes magnéticas e gravimétricas, para vários modelos (esfera, cilindro, degrau, contato, etc.) obtendo resultados satisfatórios até o momento. A superposição do arcabouço magnético-estrutural (profundo), ao correspondente de superfície, extraído de mapas geológicos disponíveis e de outros sensores (SRTM, imagens Landsat e outras) está sendo realizada com bons resultados de acordo com o objetivo do estudo. No intuito de comparar tais estruturas estão sendo gerados diagramas de roseta para definição das direções preferenciais do embasamento e bacia. Após o processamento e interpretação dos dados gamaespectrométricos foi possível observar grande correspondência das respostas radiométricas à geologia da área. Ainda, pretende-se selecionar áreas-alvo para interpretação quantitativa (modelamento e inversão 2-D e 3-D). Os resultados esperados, basicamente, consistem da proposição de um arcabouço gravimétrico-magnético-estrutural da Bacia do Amazonas e do embasamento exposto com apoio da gamaespectrometria para confirmação dos contatos geológicos e direções de camadas. Tal arcabouço, depois de integrado aos dados geológicos de superfície e subsuperfície, deve contribuir para o objetivo principal do Projeto “Caracterização estrutural do embasamento da Bacia do Amazonas e implicações para reativações de falhas durante o Fanerozóico”. Palavras-chave: bacia e cráton do amazonas, métodos geofísicos, caracterização estrutural Dados acadêmicos: Co-orientador: Prof. Dr. Leonardo Fadel Cury; Nível: Doutorado; Título do projeto original da dissertação ou tese: Modelo Gravimétrico-Magnético da Bacia do Amazonas; Linha de Pesquisa: Análise Regional e Métodos de Exploração; Projeto guarda-chuva: Caracterização estrutural do embasamento da Bacia do Amazonas e implicações para reativações de falhas durante o Fanerozóico, Petrobras; Data de entrada na pós-graduação: julho 2007; nº de créditos concluídos: 29; Exame de qualificação: previsto para dezembro de 2009; Nº de Trabalhos Publicados: previsão de 3 artigos, um para o 1º semestre de 2010 e dois para o 1º semestre de 2011; Data prevista para defesa: junho 2011; Possui bolsa: sim; Período: setembro de 2007 a julho de 2011; Fontes pagadoras: CNPq-CAPES. 42 XII Seminário do Curso de Pós-Graduação em Geologia da UFPR, 2009 Abordagem multiescala no domínio do Domo de Piratininga, SP Campos, Adriane Fátima de ([email protected]) Orientador: Prof. Dr. Francisco José Fonseca Ferreira O objetivo geral deste estudo é realizar uma abordagem multiescala para determinar as possíveis correlações entre a deposição e geometria das camadas com os eventos tectônicos relacionados ao Domo de Piratininga. Portanto, a área deste estudo abrange o domínio do Domo de Piratininga, sendo este representado por um alto estrutural, com seu ápice definido por um horst limitado por falhas. Para subsidiar a pesquisa foram utilizados dados de subsuperfície, como linha sísmica com resolução convencional, com cerca de 80 km de comprimento, e um perfil composto do poço 1-PA1-SP. No sentido de adicionar novos dados de subsuperficie foram realizadas duas etapas de aquisição sísmica de reflexão de alta resolução. Como resultados foram obtidos duas seções sísmicas, totalizando aproximadamente 2,8 km de comprimento e profundidade de investigação de cerca de 360 metros. Os parâmetros de aquisição utilizados foram os seguintes: intervalo de geofones 3 metros, intervalo de tiro 12 metros, tempo de registro 1 segundo e intervalo de amostragem 0,5 milisegundos. Tais parâmetros garantem uma maior resolução quando comparados com os utilizados comumente na sísmica terrestre convencional (25 a 50 metros de intervalo de geofones, 25 a 100 metros de intervalo de tiro e 4 a 8 milisegundos de intervalo de amostragem). A fonte sísmica aplicada foi do tipo queda de peso acelerado, que possui como característica boa repetibilidade, permitindo a soma dos sinais dos tiros. Foi estabelecida uma metodologia para levantamentos sísmicos de alta resolução, a qual permitiu o aumento de produtividade e conseqüente ganho de tempo nas atividades de campo. O processamento dos dados sísmicos foi realizado segundo o seguinte fluxo: entrada dos dados, inserção da geometria, silenciamento de ruídos, aplicação de ganho, balanço espectral, análise de velocidade, NMO, filtro FK, INMO, análise de velocidade, estaqueamento e migração. Os resultados obtidos demonstram a presença de refletores marcantes, com boa continuidade lateral e também indicam que o tipo de arranjo e os parâmetros de aquisição utilizados permitiram imagear até aproximadamente 300ms com razoável qualidade. A realização de duas etapas de aquisição, em épocas distintas e com levantamentos em 43 XII Seminário do Curso de Pós-Graduação em Geologia da UFPR, 2009 direções opostas, sendo uma linha com direção W-E e outra E-W, indica que as feições imageadas correspondem a eventos geológicos e não a artefatos gerados pelo processamento ou pela aquisição. A interpretação da linha sísmica convencional e de alta resolução foi realizada com o objetivo de identificar e delinear os principais horizontes sísmicos e sistemas de falhas. Na linha sísmica de alta resolução foram identificados vários horizontes sísmicos, a partir dos quais foi possível observar às relações entre a deposição e a geometria e também a presença de falhas. Foi identificada uma falha normal, com posicionamento no terreno coincidente com um lineamento identificado em imagem de satélite. Outro aspecto identificado é que as falhas interpretadas na linha regional apresentam correlação com as feições observadas na linha de alta resolução, ambas apresentando blocos baixos basculados a oeste. Estas falhas possuem relação com lineamentos de terreno interpretados com base nos dados altimétricos orbitais da Shuttle Radar Topography Mission (SRTM) e também nos dados aeromagnetométricos dos Projetos Botucatu e Bauru. Os resultados obtidos até o momento permitiram estabelecer a relação entre feições do arcabouço tectônico regional com estruturas interpretadas nos dados sísmicos. Estes resultados indicam o potencial de aplicação da metodologia multiescala em outras pesquisas geológicas. Palavras-chave: integração de dados, sísmica de reflexão, Domo de Piratininga Dados acadêmicos: Co-orientadores: Dr. Sidnei P. Rostirolla e Msc. Marcelo K. Bartoszeck; Nível: Doutorado; Título do projeto original da tese: Modelagem sísmica e de dados potenciais aplicada à determinação do arcabouço geológico-geofísico do Domo de Piratininga – SP; Linha de Pesquisa: Modelagem Exploratória – Análise de Bacia e Petrofísica; Projeto guarda-chuva: SPHERA; Data de entrada: agosto / 2005; Número de créditos concluídos: 37; Exame de qualificação: agosto / 2009; Número de trabalhos publicados: 1; Período de confecção de trabalhos: março / 2008 e agosto / 2009; Data prevista para defesa: setembro / 2009; Possui bolsa: não. 44 XII Seminário do Curso de Pós-Graduação em Geologia da UFPR, 2009 Petrologia das rochas máficas da Bacia do Amazonas na região de Medicilândia, Estado do Pará Costa, Juliana ([email protected]) Orientadora: Prof. Drª. Eleonora Maria Gouvêa Vasconcellos As rochas máficas da Bacia do Amazonas estão inseridas no evento magmático Penatecaua, datado do final do Triássico, relacionado à fragmentação do Pangea e conseqüente abertura do Oceano Atlântico Norte. O magmatismo é caracteristicamente intrusivo com predomínio de soleiras, com diques subordinados e é, aparentemente, controlado por altos estruturais anteriores ao magmatismo. Em geral as intrusões são mais espessas próximo ao depocentro da bacia e mais adelgaçadas próximo aos altos estruturais. A média das espessuras totais das soleiras é 5 de 500 metros, com volume estimado de 4x10 km³. Na literatura as rochas são descritas como diabásios de assinatura toleítica, compostas por plagioclásio, piroxênio, ilmenita, magnetita, apatita e, como minerais secundários, ocorre sericita, epidoto, biotita e argilominerais. Entretanto, os trabalhos disponíveis a respeito destas rochas não abordam de forma específica a petrologia, a geoquímica, a petrogênese e a evolução magmática das rochas intrusivas, assim como as relações de contato das intrusões com as encaixantes. A área de estudo do plano de mestrado localiza-se no município de Medicilândia, no estado do Pará, na borda sul da Bacia do Amazonas. Nesta região são mapeadas intrusões ao longo de cerca de 40 km na Rodovia Transamazônica, em uma faixa de até 13 km de largura. Em Medicilândia as rochas máficas estão intrudidas em rochas sedimentares paleozóicas da bacia, especificamente nos grupos Urupadi e Curuá. O objetivo geral do trabalho é traçar a evolução magmática responsável pela formação das rochas do Penatecaua da Bacia do Amazonas na região de estudo, e fazer correlação com a Província Magmática do Paraná na Bacia do Paraná. Como objetivos específicos têm-se a caracterização mineral, análise da química mineral e da assinatura geoquímica das rochas e, com base nestes dados, determinar a temperatura e a pressão de instalação das intrusões. Para alcançar com êxito os objetivos propostos, os métodos utilizados são: o estudo de trabalhos anteriores; uma etapa de campo de 10 dias na área de trabalho, realizada no mês de julho de 2009 com o apoio do projeto CATEA/Petrobras; análises petrográficas das rochas; análises por 45 XII Seminário do Curso de Pós-Graduação em Geologia da UFPR, 2009 fluorescência de raios X para definição de elementos maiores e traço, a serem realizadas no LAMIR/UFPR; análise de elementos terras raras em espectrômetro de massa com fonte de plasma ICP-MS; análise por microssonda eletrônica para determinação da química mineral. Os dados litoquímicos obtidos serão interpretados por meio de diagramas tipo Harker, diagramas de classificação, spidergrams e diagramas multielementares, entre outros e serão correlacionados com as informações petrográficas e de campo. Os dados de química mineral serão analisados com a confecção de diagramas de classificação e cálculos de temperatura e pressão a partir de geotermobarômetros; interpretação dos dados geoquímicos e petrográficos, visando à caracterização da série magmática e da evolução das rochas. De acordo com o cronograma, até o momento foi realizada extensa pesquisa bibliográfica, a fim de reunir os dados existentes sobre o evento magmático Penatecaua. Os resultados esperados com o trabalho são: propor um modelo evolutivo para as intrusões, definir a forma e espessura das soleiras, comparar os dados obtidos com modelos da literatura e correlaciona-los com o magmatismo Juro-Cretáceo da Bacia do Paraná, associado à quebra do Pangea e abertura do Oceano Atlântico Sul. Palavras-chave: magmatismo Penatecaua; geoquímica; diabásio Dados Acadêmicos: Co-Orientador: Dr. Carlos Eduardo de Mesquita Barros; Nível: Mestrado; Título do projeto original da dissertação: Petrologia das rochas máficas da Bacia do Amazonas na região de Medicilândia, Estado do Pará. Área de Concentração: Geologia Exploratória: Nome da “Linha de Pesquisa”: Análise regional e métodos de exploração; Data de entrada: março de 2009; Nº de créditos concluídos: 10; Exame de qualificação: maio de 2010; Data da Defesa: fevereiro de 2011; Possui Bolsa: Sim; Período: abril de 2009 ao fim do mestrado; Fonte Pagadora: CAPES. 46 XII Seminário do Curso de Pós-Graduação em Geologia da UFPR, 2009 Caracterização e gênese de calcretes da Formação Guabirotuba, Bacia de Curitiba Cunha, Paola Viana de Castro ([email protected]) Orientador: Prof. Dr. Luiz Alberto Fernandes A bacia sedimentar de Curitiba, de idade miocênica a pleistocênica, localiza-se na região metropolitana da cidade homônima, em área de cerca 2 de 3.000 km . Seu preenchimento sedimentar é constituído essencialmente por depósitos arenosos arcosianos e lamitos, localmente com cimentação e crostas carbonáticas. Os intervalos carbonáticos são descontínuos, tabulares, com extensões laterais métricas, de cor cinza clara, espessuras centimétricas a métricas.Geralmente são maciços, embora ocorram de forma foliada ou como cimentação difusa a nodular. Nas areias arcosianas os carbonatos encontram-se na forma de cimentação friável e descontínua. Também podem ocorrer como vênulas, correspondentes a pequenas fraturas preenchidas, aleatoriamente distribuídas que podem ser produto de processos pedogenéticos mais recentes. Os calcretes são definidos como acúmulo secundário de carbonato de cálcio. Tal acúmulo, resulta da cimentação e/ou reposição de material hospedeiro pela precipitação do CaCO3 da água que infiltra no solo ou da água subterrânea. O tempo necessário para a formação de um perfil de calcrete dentro de um solo varia muito e está controlado por alguns fatores como: clima, taxa de sedimentação, o abastecimento de cálcio e de carbonato. Os calcretes pedogenéticos apresentam feições bem definidas no perfil de solo. Alguns traços macroscópicos são característicos, como presença de: rizolitos, nódulos de carbonatos, grãos com revestimento micrítico, texturas laminares. Traços microscópicos também são muito característicos. São feições formadas por processos biogênicos e/ou físico-químicos: 1) tipo alfa, aquelas com predomínio de processos não biogênicos e 2) tipo beta, de processos biogênicos. Os calcretes com textura do tipo alfa apresentam frequentemente cristais rômbicos de calcita. O tamanho dos cristais varia de micrítica a esparítica. Sua formação vem de reprecipitação e recristalização do CaCO3 pela variação do nível freático. Os de textura tipo beta apresentam cristais aciculares de calcita, feições em menisco, porosidade maior. A formação dos calcretes com textura do tipo beta parece estar relacionada com alto grau de sobresaturação ou com atividade microbiana. As estruturas 47 XII Seminário do Curso de Pós-Graduação em Geologia da UFPR, 2009 alveolares são típicas deste tipo de calcretes, estão formadas por septos arqueados de longitude variada que se desenvolvem dentro de espaços vazios, como moldes de raízes ou em poros intergranulares. A presença de crostas e nódulos carbonáticos em sedimentos pelíticos é em parte atribuída a paleopedogênese decorrente da exposição dos sedimentos sob condições de forte evaporação em clima semi-árido. A pesquisa tem como objetivo principal caracterizar petrográfica e quimicamente os calcretes da bacia de Curitiba. A caracterização mineralógica e discussão da gênese dos calcretes, apoiada em revisão de associações faciológicas e evolução sedimentar da bacia constitui tema de grande interesse, tanto para a evolução das bacias continentais cenozóicas, quanto para avaliações dos comportamentos geotécnicos, de recursos naturais (minerais e águas subterrâneas) da região metropolitana de Curitiba. A pesquisa consiste essencialmente em: 1) revisão bibliográfica, 2) levantamentos de seções de detalhe em campo, 3) caracterização petrológica dos calcretes por microscopia óptica eletrônica de varredura, difração de raios X, e isótopos de C e O. Espera-se com tais estudos discriminar distintos contextos genéticos e assim obter informações paleoambientais e de evolução da bacia. Amostras coletadas em primeira etapa de campo foram analisadas com Microscópio Eletrônico de Varredura e Emissão de Elétrons Secundários (MEV/EDS). Os resultados preliminares revelaram diferentes texturas e feições microscópicas, possíveis registros de episódios diferentes de deposição do CaCO3. Palavras-chave: calcretes, Bacia de Curitiba, Guabirotuba º º a a Dados acadêmicos: Co-Orientador (s): Prof Dr Daniel Atêncio, Prof Dr Valderez Ferreira. Nível: mestrado; Título do projeto original da dissertação/tese: Caracterização e gênese de calcretes da Formação Guabirotuba, Bacia de Curitiba; Área de Concentração: Geologia Exploratória; Nome da “Linha de Pesquisa”: Análise de bacias; Data de o entrada na pós-graduação: 05/2009; N de créditos concluídos:10; Exame de qualificação: 05/2010; Trabalhos publicados ou período de confecção: Electron microscopy study of the calcretes Guabirotuba Formation, Curitiba Basin (Paraná) ; Data da Defesa: 03/2011; Possui Bolsa: sim; Período: 05/2009 – 05/2011; Fonte pagadora: CAPES. 48 XII Seminário do Curso de Pós-Graduação em Geologia da UFPR, 2009 Pegmatitos como guias de exploração de EGP e metais associados em basaltos da Formação Serra Geral, na região de Salto do Lontra, PR Ferreira, Carlos Henrique Nalin ([email protected]) a Orientador: Prof Dra. Maria José Maluf de Mesquita A área de estudo localiza-se na região sudoeste do Estado do Paraná, nas proximidades da cidade de Salto do Lontra. O objetivo geral deste projeto é estudar, em detalhe, os corpos pegmatitos e a relação genética destes com a distribuição e o comportamento dos elementos EGP e metais associados nos Basaltos da Formação Serra Geral na região. A definição dos processos que atuaram na diferenciação dos derrames de basaltos da Formação Serra Geral, pode contribuir de forma significativa para o melhor entendimento da metalogênse de EGP e metais associados nestas rochas. No Oeste do Paraná, foram registradas mais de trinta ocorrências de rochas diferenciadas de granulação grossa, pegmatitos, alojadas em derrames tabulares de basalto maciço, classificados por Gomes et al. (2006) de derrames tipo II. As ocorrências distribuem-se na área portadora de anomalias geoquímicas de elementos do grupo da platina (EGP), Ni, Cr, Cu e Au (LICHT e ARIOLI, 2000; ARIOLI e LICHT, 2006). Os pegmatitos formam lentes horizontais, com espessura de poucos centímetros até cerca de 70 cm, por uma centena de metros de comprimento, encaixados no nível maciço central dos derrames espessos de basalto. Os contatos entre os níveis de pegmatito e as encaixantes são geralmente nítidos na base e difusos no topo. Em alguns locais, observamse apófises ou veios subverticais, interconectando os corpos horizontais e formando stockworks. ARIOLI (2008) estabelece a relação de EGP e metais associados com magnetita, na forma de inclusões de sulfetos e ligas metálicas, a qual forma concentrações nos contatos externos dos pegmatitos. Os pegmatitos podem ser interpretados como produtos de diferenciação magmática em derrames espessos de basalto, com características petrográficas, particularmente a textura pegmatóide, e geoquímicas, como o enriquecimento em elementos químicos incompatíveis, indicadoras de filtragem seletiva do líquido residual durante a ascensão através da rede de grãos de plagioclásio, na lava subsolidus, parcialmente cristalizada (PHILLPOTS et al. (1996). Para melhor 49 XII Seminário do Curso de Pós-Graduação em Geologia da UFPR, 2009 compreender a formação e mineralização destas rochas pretende-se: Individualizar e caracterizar os derrames da área de estudo dentro do contexto regional da Formação Serra Geral, caracterizar petrologicamente os pegmatitos e suas rochas encaixantes, definir alvos de concentração de magnetita, mineral concentrador de EGP e metais e quantificar os teores de EGP e metais associados presentes nestas rochas. Pretende-se implantar uma malha de susceptibilidade magnética, com o propósito de definir alvos de concentração de magnetita e direcionar uma amostragem seletiva. Análises químicas por fluorescência de raio-X e plasma ICPMS serão realizadas a fim de quantificar os teores de EGP e metais associados prasentes nestas rochas, bem como realizar uma modelagem geoquímica com a finalidade de definir o grau de parentesco entre os pegmatitos e as rochas encaixantes. Com este estudo espera-se contribuir para o avanço no entendimento dos processos de formação dos pegmatitos em derrames tabulares da Formação Serra Geral, bem como compreender como se dá a distribuição dos EGP e metais associados nestas rochas. O estudo será financiado em parte com recursos do projeto de pesquisa intitulado “Estudo dos processos pós-magmáticos hidrotermais em basaltos da Formação Serra Geral no Estado do Paraná”, coordenado pela co-orientadora Dra. Márcia Boscato Gomes, aprovado pelo CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico - no Edital MCT/CNPq 02/2006 – Universal, processo n° 484323/2006-7. O projeto também tem apoio institucional e financeiro da MINEROPAR, que financiará os trabalhos de campo e parte das análises químicas. Palavras-chave: pegmatitos, magnetita, elementos do grupo da platina (EGP) a Dados acadêmicos: Co-Orientador: Prof Dra. Marcia Elisa Boscato Gomes, Geól. Dr. Edir Edemir Arioli; Nível: Mestrado; Título do projeto original da dissertação/ tese: Geologia e controle estrutural do depósito de asbestos crisotila da SAMA em Minaçu (GO) – Complexo MáficoUltramáfico de Cana Brava.; Área de Concentração: Geologia Exploratória; Linha de Pesquisa: Análise de Depósitos Minerais; Data de entrada: março de 2009; Nº de créditos concluídos: 10; Exame de qualificação: Agosto de 2010; Trabalhos publicados ou período de confecção: 1 (um) resumo no II Simpósio Brasileiro de Metalogenia; Data da Defesa: Março de 2011; 50 XII Seminário do Curso de Pós-Graduação em Geologia da UFPR, 2009 Possui bolsa: sim pagadora: CAPES. Período: Abril de 2009 a Março de 2011; Fonte Caracterização Morfoestrutural do Domo de Monte Alegre (PA) Figueira, Isabella Françoso Rebutini ([email protected]) Orientador: Prof. Dr. Eduardo Salamuni O Domo de Monte Alegre é uma estrutura geomorfológica dômica, exibe uma forma semi-elíptica limitada por diferentes zonas de falhas que se destaca na planície amazônica e está associado a anomalias de drenagens anelares e radiais centrípetas. Esta mega-feição está situada nas proximidades da cidade homônima, cerca de 100 km a leste de Santarém. O estudo das principais estruturas de deformação, que condicionam a morfologia do relevo atual, englobou diferentes escalas, que vão desde imagens orbitais até fotografias aéreas. Do ponto de vista geomorfológico a estrutura é caracterizada por um relevo plano no interior, recoberto por vegetação tipo savana, circundado por um anel de serras com perfil de “cuestas” e “hogbacks”. As variações altimétricas variam de 35 metros na região central a 250 metros nas bordas, chegando até a 440 metros na Serra de Itauajuri, localizada no noroeste da estrutura. Como conseqüência destas características do terreno, as drenagens são anelares no entorno e radiais centrífugas no interior. Geologicamente a região do domo está inserida na Bacia do Amazonas situada no norte do Brasil entre os escudos das Guianas e Brasil Central. Na porção central do domo afloram rochas mais antigas pertencentes à Formação Ererê do Grupo Urupadi, em uma superfície aplainada envolvida por um anel de serras que sustentam o relevo onde afloram rochas dos grupos Urupadi, Curuá, Tapajós, Javari e intrusões do magmatismo Penatecaua. A área de abrangência, dos levantamentos de campo e apresentação dos dados, compreende essencialmente a feição dômica e a região do entorno. Este trabalho baseou-se na análise de imagens, de dados pré-existentes, mapas temáticos e dados de campo. Os dados pré-existentes utilizados foram: mapas geológicos e mapas publicados em artigos técnicos; as imagens e modelos numéricos utilizados, base das interpretações 51 XII Seminário do Curso de Pós-Graduação em Geologia da UFPR, 2009 morfoestruturais, foram: modelos 3D SRTM 90m; a imagem Landsat 7 ETM+ e fotos aéreas na escala 1:15.000. Os dados de campo contribuíram para levantamento de dados estruturais, das características litoestruturais e a identificação mais precisa da localização e características das principais estruturas (lineamentos) definidas pela análise de imagens. Na área do domo e região do entorno foram interpretadas as feições lineares de relevo de detalhe, por meio de estereoscopia de fotografias aéreas. Através da sobreposição destas informações, obtidas nas escalas variadas, foram delineadas as principais impressões dos registros das deformações, com base na continuidade e direções dos traços. No decorrer do estudo, foram também gerados mapas temáticos para auxiliar na caracterização das morfoestruturas, a saber: mapa da rede de drenagem teórica; mapa da densidade das drenagens; mapa de densidade dos lineamentos, comprimento acumulado e freqüência acumulada dos lineamentos. Ressalta-se também a elaboração de um mapa de declividade, confeccionado a partir dos modelos SRTM. Estes mapas foram fundamentais para uma adequada caracterização morfológica do terreno e suas respectivas relações com as estruturas (falhas / fraturas). No domo e região do entorno estão presentes intrusões de diques e soleiras que cortam a seção pré-cretácea provenientes do magmatismo básico do evento Penatecaua atuante durante o Jurássico. O mapa de declividade evidencia a conformação dômica da região, onde os maiores valores da declividade encontram-se nas bordas do domo, também com distribuição circular. A configuração geomorfológica/estrutural atual revela que as principais zonas de falhas que deformaram o Domo de Monte Alegre encontram-se nas direções NNW-SSE, NE-SW, ENE-WSW e algumas NS. Essas zonas de falhas foram definidas com base na interpretação das imagens em escalas variadas, e algumas destas direções coincidem com as direções do Sistema Riedel. Levantamentos de campo permitiram identificar em rochas do Devoniano Médio ao Carbonífero uma deformação associada à fase D1, com paleontensor σ1 de direção N45W/SE. As anomalias de drenagem identificadas na região do Domo de Monte Alegre e área do entorno podem estar associadas a esta deformação, pois encontram-se alinhadas segundo a direção de compressão máxima e de alinhamentos NE/SW coincidentes com a direção do σ3. As falhas ENE-WSW e NE-SW, compartimentam a estrutura dômica ao sul e leste, com rejeitos elevados, identificadas também por altos valores de declividade. Levanta-se aqui a hipótese que a 52 XII Seminário do Curso de Pós-Graduação em Geologia da UFPR, 2009 deformação do Domo de Monte Alegre ocorreu em pelo menos duas fases sendo estas direções correlacionadas ao falhamento gerado no evento D2 cretáceo a pós-cretáceo. Essas informações serão complementadas com futuros dados de campo. Palavras-chave: Domo de Monte Alegre, análise estrutural, análise de imagens Dados acadêmicos: Co-Orientador: Francisco José Fonseca Ferreira; Nível: Doutorado; Título do projeto original da dissertação/tese: Caracterização estrutural do Domo de Monte Alegre, Bacia do Amazonas – Pará; Área de Concentração: Geologia Exploratória; Nome da “Linha de Pesquisa”: Análise de Bacias e Petrofísica; Data de entrada na póso graduação: julho 2007; N de créditos concluídos: 26; Exame de qualificação: dezembro 2009; Trabalhos publicados ou período de confecção: 2009/2010; Data da Defesa: julho 2011; Possui Bolsa: sim; Período: 4° semestre; Fonte pagadora: Petrobras. Estudo comparativo das seções do Carbonífero Superior na borda sudoeste da Bacia do Parnaíba e na borda sul da Bacia do Amazonas Juk, Kaluan Frederico Virmond ([email protected]) Orientadora: Prof. Dr. Cristina Silveira Vega O conhecimento estratigráfico das bacias do Amazonas e Parnaíba é pouco expressivo quando comparado a sua extensão. O estudo da evolução geológica das bacias sedimentares brasileiras é de grande interesse, pois é uma ferramenta importante na investigação dos processos e definições de possíveis áreas geradoras de recursos energéticos. O principal objetivo do trabalho é a comparação do Carbonífero Superior das duas bacias, com o intuito de compreender melhor a evolução paleogeográfica. Os trabalhos na Bacia do Amazonas são dificultados pela grande cobertura vegetal presente, além de uma limitada área de afloramentos paleozóicos, poucos acessos rodoviários e extensas planícies fluviais. As melhores exposições da bacia encontram-se 53 XII Seminário do Curso de Pós-Graduação em Geologia da UFPR, 2009 ao longo de rios, que cortam a seção paleozóica aflorante na Bacia e na rodovia Transamazônica. A área a ser estudada da Bacia do Amazonas localiza-se no Estado do Pará, nos municípios de Itaituba, Rurópolis e Placas. Esta área foi definida por possuir facilidade de acesso, visto que o cinturão de afloramentos paleozóicos é cortado pela BR-230 (Rodovia Transamazônica) e pelo Rio Tapajós. O Carbonífero Superior na Bacia do Amazonas é representado pelas formações Monte Alegre, Itaituba e Nova Olinda. A área de estudo na Bacia do Parnaíba localiza-se entre as cidades de Guaraí e Pedro Afonso, no estado do Tocantins, ao longo da BR-235. Na Bacia do Parnaíba este intervalo é representado pela Formação Piauí. O estudo deste intervalo tem uma importância relevante para a compreensão e caracterização de reservatórios. O potencial exploratório da Bacia do Parnaíba está associado principalmente ao gás gerado na Formação Pimenteiras (Devoniano) e acumulado nos arenitos devonianos da Formação Cabeças. Há também um potencial reservatório na seqüência carbonífera da Bacia do Parnaíba, onde o hidrocarboneto pode estar acumulado nos arenitos da Formação Piauí, selados por folhelhos e anidritas da Formação Pedra de Fogo. Em relação à Bacia do Amazonas, a Formação Monte Alegre representa um potencial reservatório para óleo e gás. A Formação Itaituba, devido a suas características litológicas, serviria como selo, facilitando a acumulação de hidrocarbonetos na Formação Monte Alegre. Portanto o melhor conhecimento da idade e ambiente de deposição é importante para avaliar o potencial da seqüência carbonífera da Bacia do Amazonas. Para realizar esta análise será feita a caracterização das formações neocarboníferas das duas bacias, uma comparação entre a bioestratigrafia dessas formações e construção de mapas paleobiogeográficos do intervalo analisado. Para atingir estes objetivos está sendo realizado um levantamento bibliográfico da litoestratigrafia e da bioestratigrafia do Neocarbonífero das duas bacias. As informações levantadas estão catalogadas em um banco de dados. Já foi feita uma etapa de campo em cada área a ser estudada. O procedimento em campo baseia-se na coleta de informações estratigráficas utilizando o método de perfis estratigráficos verticais e coleta de amostras para análise de fósseis. Como produto deste trabalho espera-se obter uma melhor caracterização litológica da Formação Piauí, na Bacia do Parnaíba, e das formações Monte Alegre e Itaituba na Bacia do Amazonas. A correlação de perfis cronoestratigraficamente posicionados permitirá a melhor datação 54 XII Seminário do Curso de Pós-Graduação em Geologia da UFPR, 2009 dos eventos atuantes durante a deposição. Estes eventos serão demonstrados através de mapas paleobiogeográficos. Palavras-chave: correlação estratigráfica, bacias paleozóicas, mapas paleobiogeográficos Dados Acadêmicos: Nível: Mestrado; Título do projeto original da dissertação: Estudo comparativo das seções do Carbonífero Superior na borda sudoeste da Bacia do Parnaíba e na borda sul da Bacia do Amazonas. Área de Concentração: Geologia Exploratória: Nome da “Linha de Pesquisa”: Análise de Bacias e Petrofísica; Data de entrada: março de 2009; Nº de créditos concluídos: 8; Exame de qualificação: maio de 2010; Data da Defesa: fevereiro de 2011; Possui Bolsa: Sim; Período: abril de 2009; Fonte Pagadora:PETROBRAS/PARNAÍBA BORDA OESTE. Litofaciologia dos sedimentos da Bacia de Curitiba, PR Lima, Fábio Macedo de ([email protected]) Orientador: Luiz Alberto Fernandes A Bacia de Curitiba situa-se no centro-sul do Primeiro Planalto Paranaense, no denominado Planalto do Alto Iguaçu. A noroeste da bacia encontram-se os metamorfitos do Grupo Açungui e a sudeste os granitóides da Suíte Graciosa (SG), já nos domínios da Serra do Mar. Localmente, o embasamento da bacia é representado pelas rochas do Complexo Atuba e Setuva e os granitos Guajuvira e Anhangava (SG). 2 Sobre estes estão preservados 3.000 km de sedimentos com espessura máxima conhecida da ordem de 90 m. São cascalhos, areias e lamas de cor predominante cinza esverdeado, que podem apresentar precipitados carbonáticos de cores claras. Tais depósitos são incluídos na Formação Guabirotuba, cuja deposição foi atribuída a sistemas de leques aluviais desenvolvidos junto a escarpas de falha, sob regime climático semi-árido. Durante o Cenozóico, esforços residuais do rifteamento cretáceo do Atlântico Sul afetaram a margem continental sul e sudeste brasileira. Estruturas preexistentes de direção NE-SW foram reativadas com 55 XII Seminário do Curso de Pós-Graduação em Geologia da UFPR, 2009 deslocamento normal, originando grábens assimétricos subalinhados à linha de costa atual. Preenchidos por sedimentos de natureza essencialmente continental, esses grábens constituíram bacias sedimentares que atualmente são incluídas no Sistema de Riftes Cenozóicos do Sudeste do Brasil. Observações baseadas em modelos de ambientes de leques aluviais antigos e leques atuais sugerem atuação de processos fluviais erosivos e deposicionais característicos, que podem ser posicionados em relação à distância ao ápice. Nas zonas proximais, sob condições de maior energia, são depositados cascalhos a areias relacionadas a rios entrelaçados efêmeros e fluxos gravitacionais. Com o decréscimo gradual da declividade no sentido do interior da bacia, encontram-se: na zona medial, areias e lamas que preenchiam canais fluviais lateralmente mais estáveis predominam sobre depósitos de fluxos gravitacionais distais; na zona distal, ocorre deposição de areias de canais rasos pouco confinados e lamas de planície de inundação. Por vezes encontram-se carbonatos pedogênicos associados a intervalos de exposição subaérea dos sedimentos. Partindo-se desse modelo deposicional, levantamentos de campo enfatizaram a caracterização e associação de fácies dos depósitos da Bacia de Curitiba. Para tanto, foram empregados dados de superfície, como descrições detalhadas dos sedimentos, seções colunares e transversais, além de registros fotográficos dos afloramentos. Os dados pontuais foram projetados sobre mapa geológico regional e sua distribuição sugeriu seis zonas de associações litofaciológicas similares. Em seguida procurou-se correspondência entre associações identificadas e as referidas em modelos deposicionais de leques aluviais que constam na literatura. A distribuição horizontal das associações litofaciológicas sugere padrão radial de dispersão, e corrobora resultados recentemente obtidos por estudos de proveniência por minerais pesados. Ambos sugerem que as principais áreas fonte dos sedimentos estão situadas ao longo do flanco sudeste da Bacia de Curitiba, onde se encontram os maciços granitóides da Suíte Graciosa. Palavras-chave: riftes cenozóicos do sudeste, Formação Guabirotuba, análise faciológica Dados acadêmicos: Co-Orientador: Mario Sergio de Melo (Universidade Estadual de Ponta Grossa, UEPG); nível: mestrado; título do projeto 56 XII Seminário do Curso de Pós-Graduação em Geologia da UFPR, 2009 original da dissertação/tese: Faciologia e ambientes deposicionais da bacia sedimentar de Curitiba, Paraná; linha de Pesquisa: análise de bacias e petrofísica; projeto guarda-chuva: Potencial das Argilas da bacia de Curitiba e região de Castro, Piraí do Sul-PR; data de entrada: marco/2008; o n de créditos concluídos: 19; exame de qualificação: junho/ 2009; trabalhos publicados ou período de confecção: 05 (um submetido); data da Defesa: marco/2010; possui bolsa: sim; período: junho/2008 a março/2010; fonte pagadora: CAPES Proveniência de sedimentos da Bacia de Curitiba por estudo de zircões Machado, Denise Alessandra Monteiro ([email protected]) Orientador: Prof. Dr. Luiz Alberto Fernandes A bacia sedimentar de Curitiba localiza-se na porção centro-sul do primeiro planalto paranaense. Constitui o substrato da cidade homônima e de grande parte de sua região metropolitana. A Formação Guabirotuba, que a preencheu, tem idade terciária. É composta por depósitos arenosos arcosianos e lama, conglomeráticos nas bordas. Tem espessura máxima da ordem de 80 metros. O embasamento da bacia é formado por rochas metamórficas do Complexo Atuba, granitos da Província Graciosa a E e SE, e metamórficas do Grupo Açungui a NW. O estudo de proveniência sedimentar é importante ferramenta na análise de bacias. Os efeitos de mudanças da assinatura de proveniência original, causados por alteração intempérica, durante o transporte ou na diagênese, podem ser parcialmente superados por estudo de um único grupo mineral específico. O notável predomínio do zircão verificado em pesquisa recente de mestrado da autora apontou a possibilidade da discriminação de variedades composicionais para definição mais precisa de áreas-fonte. O zircão é um mineral de elevada resistência aos processos físicos e químicos naturais, freqüente entre os minerais detríticos da maior parte dos depósitos sedimentares. O mineral resiste também a transformações de alta temperatura como as de processos hidrotermais e metamórficos. A baixa velocidade de difusão intracristalina dos íons na estrutura do zircão favorece a preservação de sua composição química e isotópica originais 57 XII Seminário do Curso de Pós-Graduação em Geologia da UFPR, 2009 durante a maior parte dos processos geológicos. Essas propriedades fazem do zircão um mineral de grande importância em estudos de proveniência e geocronologia. As propriedades ópticas do zircão têm sido utilizadas frequentemente na identificação de proveniência de sedimentos. O tipo de crescimento dos cristais revela a origem de sua rocha hospedeira. Estudos anteriores registram que zircões metamórficos em geral possuem terminações arredondadas e aqueles de rochas de alto grau tendem a formas ovóides, enquanto os ígneos são usualmente euédricos, com forte zoneamento composicional. A pesquisa será desenvolvida segundo: 1) revisão bibliográfica, 2) levantamentos de seções estratigráficas de detalhe, análise faciológica e amostragem em campo, 3) seleção de amostras, separação de minerais pesados e preparo de seções para análises laboratoriais de zircões (óptica, MEV/EDS, químicas) A tipologia dos grãos de zircão é baseada nas combinações possíveis entre prismas e pirâmides, considerando suas dimensões relativas. As análises preliminares realizadas no Centro de Microscopia Eletrônica da UFPR, revelaram diferentes formas dos grãos: 1) com bandas euédricas, 2) ovais, 3) irregulares e 4) prismáticas com bordas arredondadas. Nas amostras estudadas até o momento predominam formas com prisma alongado no eixo c com as pirâmides parcialmente ou totalmente definidas. Este tipo indica rochas ígneas ou pegmatíticas como possível área-fonte. As próximas etapas da pesquisa prevêem análise de elementos químicos maiores e menores com microssonda eletrônica, assim como terras raras com LA ICP-MS para caracterização química dos zircões. Está previsto também uma revisão estratigráfica, novas coletas e medidas de paleocorrentes afim de possibilitar a escolha de áreas chaves discriminação de potenciais áreas-fontes. Tais resultados são necessários para definir parâmetros composicionais e identificar grupos de zircões de possíveis origens distintas. A integração dos dados de química mineral e formas de zircões, juntamente com resultados de estudos de paleocorrentes, podem determinar as principais áreas-fonte dos sedimentos. Palavras-chave: zircão, Bacia de Curitiba, proveniência a a a Dados acadêmicos: Co-Orientador (as): Prof Dr Ana Maria Góes, Prof a Dr Maria José Mesquita; Nível: doutorado; Título do projeto original da dissertação/tese: Proveniência de sedimentos da Bacia de Curitiba por 58 XII Seminário do Curso de Pós-Graduação em Geologia da UFPR, 2009 estudo de zircões; Área de Concentração: Geologia Exploratória; Nome da “Linha de Pesquisa”: Análise de bacias; Data de entrada na póso graduação: 05/2009; N de créditos concluídos: 04; Exame de qualificação: 09/2011; Trabalhos publicados ou período de confecção: Proveniência de sedimentos da Bacia de Curitiba por estudo de minerais pesados; Data da Defesa: 05/2012; Possui Bolsa: sim; Período: 05/2009 – 05/2012; Fonte pagadora: CAPES. Tectônica rúptil na região da Cachoeira da Porteira, Rio Trombetas (PA) e correlação com eventos tectônicos da Bacia Sedimentar do Amazonas Mancini, Fernando ([email protected]) Orientador: Prof. Dr. Eduardo Salamuni Levantamentos de campo na região da Cachoeira da Porteira, rio Trombetas, norte do Estado do Pará, permitiram verificar o predomínio de estruturas rúpteis afetando rochas silurianas-devonianas da Bacia Sedimentar do Amazonas, bem como granitos calci-alcalinos do embasamento. As estruturas primárias e tectônicas foram descritas nas formações Manacapuru e Maecuru que compõem as unidades basais da bacia nesta região. A Formação Manacapuru é constituída por repetições cíclicas de arenitos, com laminação truncada por onda e marcas onduladas e, localmente, estratificação cruzada de baixo ângulo, estratificação plano-paralela e estruturação maciça. A porção basal é constituída por intercalações de camadas de folhelhos e siltitos com arenitos finos a médios com marcas onduladas. A associação superior da Formação Manacapuru é constituída por níveis de arenito com granulação fina à média. A estrutura mais marcante desta associação são estratificações hummockies. A Formação Maecuru é constituída por arenitos finos com laminação plano paralela, climbing ripples e marcas onduladas e tem como estratificação mais frequente a laminação lenticularizada. Em termos tectônicos, observou-se que o acamamento nas rochas sedimentares, próximas ao contato com o embasamento, se encontra suavemente dobrado com eixos aproximadamente a N60E A 59 XII Seminário do Curso de Pós-Graduação em Geologia da UFPR, 2009 associação dos dados estruturais de campo com a interpretação do padrão de lineamentos obtidos da análise de imagens de sensores orbitais (SRTM) permitiu verificar o predomínio de lineamentos com direção N60E, E-W e N45E, responsáveis pelo padrão reticulado de drenagem na região. Em campo foi observado fraturas geometricamente arranjadas ao sistema de Riedel e sua análise estrutural permitiu separar dois eventos como responsáveis pela geração das fraturas e dobras. Um evento mais antigo, provavelmente do final do Paleozóico, com sigma1 posicionado aproximadamente a N40W, responsável por falhas N80E (fraturas Y), N60E e N80W (fraturas P e R) do sistema Riedel, todas com cinemática dextral. Esta posição do sigma1 é compatível com os eixos das dobras suaves verificadas nas rochas próximas ao embasamento. Um segundo evento, provavelmente de idade cenozóica (Orogenia Andina), com sigma1 posicionado a N80W, parece reativar antigas estruturas do embasamento e da bacia, também com padrões do sistema de Riedel, com falhas dextrais de direção N50-60E (fraturas Y), fraturas em N70E (como R) e N60W (fraturas antitéticas R´) com componente extensional. A reativação associada a este último evento parece a responsável pela compartimentação principal da drenagem atual. Fraturas distribuídas entre N30-60W em rochas da Formação Alter do Chão e sedimentos quaternários podem indicar uma terceira fase de deformação, contudo os poucos dados não permitiram uma melhor caracterização deste evento. Estas fases de deformação são compatíveis com quadro geral de eventos de deformação interpretados, até o momento, para as áreas pesquisadas na Bacia do Amazonas (Tapajós, Monte Alegre e Xingu). Com os dados levantados nestas áreas, foi possível interpretar pelo menos 8 eventos de deformação registrados desde o Mesoproterozóico até o Cenozóico nas rochas que envolvem o embasamento e rochas sedimentares da Bacia do Amazonas, com quatro eventos associados à deformação das rochas da bacia com idades devoniano, permo-triássico, cretáceo e neógeno. Os registros observados nas rochas paleozóicas na região da Cachoeira da Porteira relacionam-se com os eventos permo-triássico e neógeno. Análise de mapas estratigráficos (isópacas e isólitas) integrados com o arcabouço estrutural, obtido por meio da análise de lineamentos em imagens de sensores remotos e dados geofísicos, permitirá uma avaliação destes eventos tectônicos no condicionamento paleogeográfico da Bacia do Amazonas durante o Paleozóico. 60 XII Seminário do Curso de Pós-Graduação em Geologia da UFPR, 2009 Palavras- chave: Bacia do Amazonas, geologia estrutural, Paleozóico Dados Acadêmicos: Co-orientador: Prof. Dr. Sidnei Pires Rostirolla Nível: Mestrado; Título do projeto original da dissertação: Arcabouço Estratigráfico Paleozóico da Bacia do Amazonas; Área de Concentração: Geologia Exploratória; Linha de Pesquisa: Análise de Bacias e Petrofísica; Data de entrada: agosto de 2007; Nº de créditos concluídos: 6; Exame de qualificação: maio de 2010; Trabalhos publicados ou período de confecção: Agosto, 2010; Data da Defesa: Março de 2011; Possui Bolsa: Sim. Período: agosto de 2007 a novembro de 2009; Fonte Pagadora: FUNPAR/PETROBRAS. O Vale do Rio Ribeira como produto da tectônica formadora do Oceano Atlântico Nascimento, Edenilson Roberto do ([email protected]) Orientador: Prof. Dr. José Manoel dos Reis Neto A gênese e a evolução geomorfológica do Vale do Rio Ribeira embora abordada em diversos trabalhos não possui consenso na descrição e interpretação de suas características geológicas e geomorfológicas, principalmente no que diz respeito à associação tectônica entre a abertura do Oceano Atlântico e o papel do desenvolvimento dos sistemas de rifts cenozóicos na instauração do referido Vale. O relevo esculpido sobre rochas Proterozóicas até rochas Mesozóicas da Formação Furnas condiciona, um escalonamento litológico, com desnível altimétrico superior a 1000m, limitado por grandes estruturas geológicas. Essas estruturas geológicas traçadas sobre imagens de sensores remotos permitem inferir a existência de um bloco abatido de aproximadamente 140 km de comprimento e 80 km de largura, de direção NE, limitada a NW pela Zona de Cisalhamento de Itapirapoã (ZCI) e a SE pela Zona de Cisalhamento da Lancinha (ZCL). Os limites NE e SW desta depressão são constituídos por grandes alinhamentos de direção NW que se estendem até o Oceano Atlântico. O limite SW próximo a Serra de São Luiz do Puruña, coincide com o Alinhamento Rio Alonzo e o limite NE próximo a Serra do Mar está nas proximidades do Alinhamento São Jerônimo-Curiúva. Com desnível 61 XII Seminário do Curso de Pós-Graduação em Geologia da UFPR, 2009 altimétrico superior a 1000m, a área de estudo possui sistemas cársticos hospedados em formações carbonáticas em diferentes patamares de relevo, expostos concomitantemente à abertura do Vale do Ribeira. Além dos sistemas cársticos da região, os remanescentes geomórficos presentes em diferentes patamares do relevo atestam a história evolutiva do referido Vale, que é marcado principalmente pelo desenvolvimento das Superfícies de aplainamento do Puruña e Alto Iguaçu. Para a caracterização da evolução geomorfológica regional e determinação da gênese do Vale do Rio Ribeira como fenômeno provido ou desprovido da tectônica Cenozóica, serão utilizadas imagens de sensores remotos para a identificação e caracterização das feições estruturais e dos remanescentes geomórficos. Para a estimativa da taxa de erosão da região será realizada 10 a mensuração da produção do isótopo cosmogênico Be, produzido in 16 16 27 situ, pela interação dos raios cósmicos com os elementos O, O, Al, 28 56 Si e Fe presentes em sedimentos, veios de quartzo, solos e sedimentos presentes nos metros mais superficiais da crosta terrestre (10 - 20m de profundidade). Com o presente trabalho espera-se caracterizar os processos tectônicos formadores do relevo regional, e entender a contemporaneidade dos processos tectônicos sobre a evolução de áreas continentais e da margem continental, atestada pela presença de grandes alinhamentos estruturais que se estendem além dos limites continentais. Com a caracterização dos regimes tectônicos regionais sobre a esculturação do relevo e sua correlação com a formação do Oceano Atlântico também espera-se identificar elementos que contribuam para o entendimento dos mecanismos formadores da Bacia de Santos. Palavras-chave: tectônica cenozóica, abertura do Oceano Atlântico, Vale do Rio Ribeira Dados Acadêmicos: Co-Orientadores: Prof° Dr. Alberto Pio Fiori; Nível: Doutorado; Título original da tese: O Vale do Rio Ribeira como produto da tectônica formadora do Oceano Atlântico; Linha de Pesquisa Geologia Exploratória; Projeto Guarda-Chuva: Projeto Falhas; Data de entrada na Pós-Graduação: julho-2009; N° de créditos concluídos: 21; Exame de Qualificação: dezembro de 2012; Data prevista para defesa: Julho de 2013. Possui bolsa: sim; Período: julho de 2009 a dezembro de 2010; Fonte pagadora: Petrobras. 62 XII Seminário do Curso de Pós-Graduação em Geologia da UFPR, 2009 Significado evolutivo de feições microtectônicas de rochas da Província Maroni-Itacaiúnas e da Bacia do Amazonas na região de Altamira (PA) Perico, Edimar ([email protected]) Orientador: Prof. Dr. Carlos Eduardo de Mesquita Barros A área de estudo se localiza no centro-leste do Estado do Pará, nas proximidades da cidade de Altamira. O cenário geológico regional é representado por rochas ígneas e sedimentares do flanco sul da Bacia do Amazonas e por granitóides e anfibolitos paleoproterozóicos pertencentes à Província Maroni-Itacaiúnas do Cráton Amazônico. Trabalhos anteriores abordam a variação composicional, estratigráfica e o controle estrutural regional, no entanto, alguns aspectos deformacionais merecem estudos detalhados. Neste trabalho são apresentadas e discutidas as feições de deformação reconhecidas em granitóides, anfibolitos e arenitos por meio da análise microtectônica. As amostras foram coletadas em trabalhos de campo realizados ao longo da Rodovia Transamazônica e estradas vicinais. Foram descritas no Laboratório Didático de Microscopia da Universidade Federal do Paraná 16 amostras do embasamento e 15 da Bacia do Amazonas. As fotomicrografias e análises modais foram obtidas no Laboratório de Análises de Minerais e Rochas (LAMIR). Por meio de análises modais as rochas do embasamento foram classificadas como sienogranitos, monzogranitos e granodioritos, constituídos por quartzo, oligoclásio, feldspato alcalino, hornblenda e biotita. Titanita, allanita, apatita, zircão e magnetita são minerais acessórios, e epidoto, sericita/muscovita, clorita e carbonatos são secundários. Nos granitóides, o quartzo possui microfraturas, extinção ondulante, subgrãos, novos grãos e limites de grãos interdigitados que sugerem processos de migração do limite de grãos. Porfiroclastos de microclínio têm pertitas em chama, kink bands e bordas recristalizadas. Biotita e anfibólio podem apresentar simplectitos em faces paralelas à foliação. Estas texturas seriam formadas em um meio não completamente consolidado em temperaturas superiores a 500 ºC. Em rochas moderada a intensamente foliadas observam-se intercalações de níveis ricos em minerais máficos e níveis quartzofeldspáticos. Granitóides do embasamento possuem foliações protomiloníticas/miloníticas concordantes ao trend regional de direção NW63 XII Seminário do Curso de Pós-Graduação em Geologia da UFPR, 2009 SE. Tal fato sugere mecanismos de deformação progressiva em regime de temperatura decrescente, no final da colocação de plútons sintectônicos. Em temperaturas inferiores a 400 ºC teriam sido formadas microfraturas e zonas cataclásticas que, por ocorrerem de maneira discordante à foliação, podem não ter relação com a historia de colocação de plútons granitóides e devem refletir esforços tectônicos. Algumas rochas metabásicas do embasamento têm texturas subofíticas preservadas representadas por ripas de plagioclásio parcialmente englobadas por pseudomorfos de actinolita. Esta paragênese traduz uma fase de metamorfismo de fundo oceânico. Outras estruturas em rochas metabásicas como a foliação e cristais de actinolita com bordas de hornblenda indicam aumento de temperatura provocado pela intrusão de granitóides associado a processos de compressão regional. Com relação às rochas da Bacia do Amazonas, foram descritos arenitos constituídos por um arcabouço, matriz, cimento e poros, em alguns casos com estratificações e laminações plano-paralela e cruzada. O paralelismo entre o acamamento sedimentar e a orientação de grãos de muscovita é tido como um indicativo de deformação diagenética, durante processos de compactação mecânica e perda de água. A tênue compactação observada é indicativa de regimes eodiagenéticos onde as alterações são controladas pela química de águas superficiais em profundidades de até 2 km e temperaturas inferiores a 70 ºC. Entre as feições de maior destaque, têm-se bandas de deformação de espessuras inferiores a 5 centímetros e zonas cataclásticas com espessuras inferiores a 4 metros. Nestes locais, os grãos de quartzo possuem lamelas de deformação, extinção ondulante em intensidades variadas, subgrãos, microfraturas com aberturas submilimétricas preenchidas por óxido de ferro e, localmente, trilhas de inclusões e cristais de zircão zonado na matriz. No entanto, alguns registros de deformação (bordas de quartzo recristalizadas, textura manto e núcleo) ocorrem de maneira irregular nos constituintes do arcabouço e, desta maneira, devem representar feições herdadas. Observa-se que na zona cataclástica ocorrem grãos de granulação inferior ao restante da rocha e que a quantidade de feições de deformação também é superior. De acordo com o exposto, nota-se que o controle estrutural regional é marcado por um embasamento representado por granitóides e anfibolitos com registros de deformação de diferentes temperaturas. As feições descritas indicam no embasamento processos de deformação sintectônicos e diferentes fases de deformação rúptil posteriores (fanerozóicas). Estas fases de deformação rúptil seriam as 64 XII Seminário do Curso de Pós-Graduação em Geologia da UFPR, 2009 principais geradoras de falhas e bandas de deformação em rochas do flanco sul da Bacia do Amazonas. Palavras-chave: Província Maroni-Itacaiúnas, Bacia do Amazonas, análise microtectônica Dados acadêmicos: Co-orientador(es); Nível: mestrado; Título do projeto original da dissertação: Análise estrutural multiescala da Província MaroniItacaiúnas e da Bacia do Amazonas na região de Altamira, Estado do Pará; Área de concentração: Geologia Exploratória; Linha de Pesquisa: Análise de Bacia e Petrofísica; Data de entrada: março de 2008; Nº de créditos concluídos: 18; Exame de qualificação: submetido no dia 08 de maio; Trabalhos publicados ou período de confecção: 02 resumos publicados e 01 artigo previsto; Data de Defesa: dezembro de 2009; Possui Bolsa: Sim; Período: março-2008/dezembro-2009; Fonte pagadora: FUNPAR/Petrobras. Evolução estrutural da Faixa Tocantins ao longo de transecta EW entre as cidades de Santa Maria das Barreiras (PA) e Bom Jesus do Tocantins (TO) Pierin, André Ramiro Hillani ([email protected]) Orientador: Prof. Dr. Francisco José Fonseca Ferreira O objetivo principal desta dissertação de mestrado é desenvolver uma análise estrutural clássica, mediante perfil geológico de campo entre as cidades de Santa Maria das Barreiras (PA) e Bom Jesus do Tocantins (TO). A pesquisa está vinculada ao projeto “Caracterização estrutural da Faixa Tocantins e da borda Oeste da Bacia do Parnaíba e implicações para reativações de falhas durante o Fanerozóico”, em desenvolvimento pelo Laboratório de Bacias e Petrofísica, do Departamento de Geologia da UFPR, para a Petrobras. A área de estudo abrange rochas ígneas e metamórficas da Província Tocantins, especificadamente unidades dos Grupos Estrondo e Tocantins, relativos à Faixa Araguaia, e unidades sedimentares paleozóicas da Bacia do Parnaíba. Para alcançar os objetivos do projeto, o cronograma da pesquisa foi ordenado em oito 65 XII Seminário do Curso de Pós-Graduação em Geologia da UFPR, 2009 etapas: (1) levantamento bibliográfico; (2) geração de banco de dados em ambiente SIG - Arc Map e Windows Explorer; (3) análise de imagens de sensores remotos SRTM e CBERS; (4) coleta de dados geológicos e estruturais em pelo menos duas etapas de campo com aproximadamente dez dias de duração cada; (5) tratamento e processamento dos dados coletados, que envolve também petrografia e microestrutural; (6) integração e interpretação de todos os dados; (7) caso seja viável, será realizado um balanceamento de seção geológica da transecta objeto do estudo; e (8) redação da dissertação e publicação dos resultados em congressos e periódicos nacionais e internacionais. Neste contexto, em correspondência ao cronograma, já foram finalizadas as etapas 1, 2 e 3. O banco de dados encerra a maioria das referências bibliográficas da área de estudo, organizada em ambiente Excel, com hiperlinks associados que levam diretamente aos textos em pdf. Além dos textos, o banco de dados armazena mapas geológicos da região nas escalas de 1:1.000.000 e 1:250.000 e figuras selecionadas em artigos, teses e dissertações, as quais estão devidamente georreferenciadas. Para subsídio da análise estrutural clássica, foram realizados estudos morfoestruturais em multiescala, a partir de sensores remotos (SRTM e CBERS). A escala 1:800.000 foi utilizada para a análise de elementos de primeira ordem, ou seja, megalineamentos, com base em imagens SRTM (pixels de 90x90 metros) resgatadas do site da EMBRAPA. Posteriormente, tais estruturas foram refinadas em escalas 1:300.000 e 1:150.000. Ao longo da transecta foram utilizadas imagens CBERS (pixels de 15x15 metros), obtidas do site do INPE, para traçados de lineamentos de primeira ordem, em escala 1:100.000, e posterior refinamento em escala 1:50.000. Esta análise por sensores remotos resultou em mapas morfoestruturais nas escalas de trabalho e diagramas de rosetas para dados de comprimento e freqüência dos lineamentos interpretados. Na primeira jornada de campo, de reconhecimento regional, foi possível avaliar as condições das estradas da área da transecta, bem como a qualidade dos afloramentos a serem analisados, os quais se mostraram satisfatórios. No mês de agosto de 2009 está prevista a segunda etapa de campo, desta vez focada somente na área da transecta. Estes dados de campo possibilitarão gerar os seguintes produtos: mapas sinópticos estruturais; diagramas de paleotensores para cada evento deformacional caracterizado; tabela e gráficos temáticos com o resumo da evolução tectônica da área; e a seção geológica-estrutural propriamente dita, em escala 1:150.000. Havendo 66 XII Seminário do Curso de Pós-Graduação em Geologia da UFPR, 2009 possibilidade, e em função do detalhamento estrutural de subsuperfície derivado dos modelos gravimétrico-magnéticos previstos ao longo da transecta, será realizado o balanceamento da seção geológica com o objetivo de validar a interpretação do perfil em estudo. O software a ser utilizado para ações de restauração e balanceamento de seções em regime compressivo é o LITHOTECT, da empresa Geo-Logyc Systems. Palavras-chave: geologia estrutural, geotectônica, Faixa Araguaia Dados Acadêmicos: Co-orientadores: Prof. Dra. Maria José Maluf de Mesquita. Nível: Mestrado; Título do projeto original da dissertação: Evolução estrutural da Faixa Tocantins ao longo de transecta EW entre as cidades de Santa Maria das Barreiras (PA) e Bom Jesus do Tocantins (TO) Área de Concentração: Geologia Exploratória: Nome da “Linha de Pesquisa”: Análise de Bacias e Petrofísica; Data de entrada: março de 2009; Nº de créditos concluídos: 4; Exame de qualificação: maio de 2010; Trabalhos publicados ou período de confecção: Agosto, 2010. Data da Defesa: Dezembro de 2010; Possui Bolsa: Sim; Período: janeiro de 2009 a dezembro de 2010; Fonte Pagadora: (Funpar) em convênio com a Petrobras. Caracterização do arcabouço geofísico-estrutural da borda oeste da Bacia Sedimentar do Parnaíba Romeiro, Marco Antonio Thoaldo ([email protected]) Orientador: Prof. Dr. Francisco José Fonseca Ferreira O presente trabalho tem como objetivo a caracterização do arcabouço geofísico-estrutural 2D da borda oeste da Bacia Sedimentar do Parnaíba. Para tal, um estudo comparativo dos dados geofísicos aéreos e terrestres pode-se traduzir em uma importante ferramenta multi-escala no auxílio ao conhecimento da geologia estrutural de subsuperfície dessa região. A área selecionada para o desenvolvimento deste estudo localiza-se na porção noroeste do estado do Tocantins, limitada pelas coordenadas geográficas 50º/-5º30’ e -47º/-10º30’, onde as rochas da borda oeste da Bacia do Paranaíba estão em contato tectônico com a Faixa Araguaia. No contexto 67 XII Seminário do Curso de Pós-Graduação em Geologia da UFPR, 2009 geológico regional a Faixa Araguaia, de idade Neoproterozóica, se estende por aproximadamente 1200 km de comprimento e 200 km de largura, entre o Cráton Amazônico e a referida bacia. É subdividida em duas unidades litoestratigráficas, Grupo Estrondo na base e Grupo Tocantins no topo, apresentando predominância de rochas metassedimentares intensamente deformadas no Ciclo Brasiliano, condicionando as principais estruturas na direção N-S. A outra unidade geotectônica da área de estudo é a Bacia Sedimentar do Parnaíba, localizada na região nordeste do Brasil e ocupa 2 uma área aproximada de 600.000 km , com espessura sedimentar máxima em torno de 3400 metros em sua porção central. Trata-se de uma bacia intracratônica, cuja sucessão sedimentar é dividida em duas seqüências, uma paleozóica e outra mesozóica-cenozóica. A seqüência paleozóica é composta da base para o topo pelos grupos Serra Grande, Canindé e Balsas todos separados por expressivas discordâncias possivelmente vinculadas às orogenias Caledoniana, Eoherciniana e Allegheniana, respectivamente. A seqüência mesozóica-cenozóica é representada pelo topo do Grupo Balsas, pelas rochas intrusivas e extrusivas relacionadas a eventos magmáticos distensivos do Evento Penatecaua e do Rifte SulAtlântico e pela deposição clástica do Grupo Mearim. Na seqüência paleozóica encontra-se o principal sistema petrolífero da bacia, o Pimenteiras-Cabeças, com trapa estrutural e selo estratigráfico representado pelos folhelhos da Formação Longá. Secundariamente, na seqüência mesozóica-cenozóica, encontra-se o sistema petrolífero CodóGrajaú, aparentemente promissor, apesar de pouco estudado. O principal fator de acumulação de óleo e gás nas bacias paleozóicas Sul-Americanas está relacionado a falhamentos de blocos, cuja tectônica cenozóica atuou de forma preponderante na migração e no trapeamento dos hidrocarbonetos. Neste sentido, o estudo de reativações de falhas do embasamento na borda Oeste da Bacia do Parnaíba pode contribuir com o conhecimento acadêmico e exploratório. A estrutura da presente pesquisa de mestrado foi ordenada cronologicamente em cinco etapas, a primeira referente à criação de um banco de dados, a segunda de aquisição dos dados geofísicos, a terceira de tratamento e processamento dos mesmos, a quarta de interpretação dos produtos gerados e a quinta referente à produção escrita. A primeira etapa foi iniciada com a criação e organização de um banco de dados georreferenciado, onde constam trabalhos anteriores e figuras, além dos dados de aerolevantamentos adquiridos pela Petrobras e CPRM, cedidos ao projeto. Na segunda etapa foram 68 XII Seminário do Curso de Pós-Graduação em Geologia da UFPR, 2009 adquiridos os dados de imagens de radar em diferentes escalas juntamente com aerolevantamentos geofísicos da CPRM, restando ainda a aquisição de levantamentos de campo. A terceira fase, em andamento, consistiu-se no tratamento e processamento dos dados de sensores remotos (SRTM e CBERS) e de aerolevantamentos geofísicos em escalas 1:1.000.000 e 1:500.000 de onde se esperam como produtos dez mapas geofísicos e dois mapas de morfotectônica. Ainda sobre o tratamento e processamento dos dados geofísicos, diferentes métodos de realce de anomalias serão testados, como gradientes direcionais (x,y,z), amplitude do gradiente horizontal total, amplitude e inclinação do sinal analítico, entre outros, visando definir o arcabouço geofísico. Para a quarta fase estima-se a interpretação final das estruturas geofísicas e morfotectônicas e a integração geofísico-geológica. Os dados geofísicos coletados em campo, através de perfis magnéticos e gravimétricos, servirão para refinar o modelo proposto, atingindo assim o objetivo da pesquisa, cuja intenção é a caracterização de um arcabouço geofísico-estrutural da borda Oeste da Bacia do Parnaíba. Palavras-chave: arcabouço geofísico, Faixa Araguaia, Bacia do Parnaíba Dados acadêmicos: Co-Orientador: Prof. Dr. Sidnei Pires Rostirolla; Nível: Mestrado; Título do projeto original da dissertação: Estudo comparativo dos dados geofísicos aéreos/terrestres para a caracterização do arcabouço geofísico-estrutural da borda oeste da Bacia Sedimentar do Parnaíba; Linha de Pesquisa: Análise de Bacias e Petrofísica (Geofísica); Projeto guarda-chuva: Caracterização estrutural da Província Tocantins e do flanco oeste/sudoeste da Bacia do Parnaíba e implicações para reativação de falhas durante o Fanerozóico; Data de entrada na póso graduação: Janeiro de 2009; N de créditos concluídos: 4; Exame de qualificação: Abril de 2010; Trabalhos publicados ou período de confecção: Agosto de 2010; Data da Defesa: Dezembro de 2010; Possui Bolsa: sim; Período:Janeiro de 2009 a Dezembro de 2010; Fonte pagadora: Funpar (Convênio Petrobras). 69 XII Seminário do Curso de Pós-Graduação em Geologia da UFPR, 2009 Modelo Geométrico e Geológico do Deposito de Crisotila da Mina Cana Brava – Minaçu Goiás Santos, Carlos Eduardo dos ([email protected]) Orientador: Prof. Dr. Alberto Pio Fiori A atual proposta de pesquisa de mestrado tem como justificativa a modelagem conceitual, geométrica, geoestatística e a compreensão da gênese dos depósitos de serpentina crisotila contidos em rochas máficaultramáficas do Complexo Cana Brava (Minaçu – Goiás). Como objetivo geral, esse plano de mestrado visa compreender o processo mineralizador que gerou o deposito de asbesto crisotila. Depósitos de asbesto Crisotila são raramente encontrados ao redor do mundo, sendo que no Brasil há conhecido somente uma mina desse mineral. Assim como sua ocorrência, estudos sobre sua gênese são poucos conhecidos. Visando contribuir para o conhecimento sobre esse mineral de grande utilização nas indústrias, o presente projeto de mestrado foi proposto. Intitulado “Modelo Geométrico e Geológico do Deposito de Crisotila da Mina Cana Brava – Minaçu (Goiás)”, em desenvolvimento, foi iniciado em março de 2009 e com termino previsto em agosto de 2010. Com a modelagem do deposito, serão redimensionadas as reservas e deverão abrir-se novos horizontes prospectivos para um bem mineral de grande importância na indústria brasileira e mundial. Os métodos utilizados serão; levantamento litofaciológico e estrutural na escala 1.2000; estudo de trabalhos anteriores; modelagem geométrica e geoestatistica do deposito; difratometria e fluorescência de raio-x de minerais, minérios e rochas; petrografia de seções delgadas e polidas; balanço de massa utilizando o método de Gresens. Ao final da dissertação de mestrado, espera-se obter um novo modelo geométrico e geoestatistico do depósito, um mapa geológico e o modelo estrutural de detalhe do deposito e a produção de artigos para publicação em revistas nacionais e internacionais. Até o momento às seguintes etapas de trabalho já realizadas foram; (a) levantamento em campo das principais estruturas deformadoras do corpo mineralizado; (b) coleta de amostras para confecção de lâminas delgadas e polidas; (c) reconhecimento e mapeamento das principais fácies mineralizadas com asbesto crisotila; (d) interpretação geológica de 869 sondagens na direção E-W, utilizando o software SURPAC 6.1; (e) modelagem geométrica do depósito; (f) confecção de 32 lâminas delgadas 70 XII Seminário do Curso de Pós-Graduação em Geologia da UFPR, 2009 e 2 lâminas polidas; (g) preparação de 13 amostras para difratometria de raio-x. Este projeto esta sendo desenvolvido no âmbito do convênio SAMA-UFPR, no qual a SAMA financia o projeto através do pagamento de uma bolsa de pós-graduação, durante o período de 18 meses do Mestrado, com uma ajuda de custo de até R$ 20.000,00 para análises químicas e físicas e também pagando todas as despesas de campo. As análises petrográficas, mineralógicas e químicas são realizadas na Universidade Federal do Paraná, através do Laboratório de Laminação (LAMIN) e o laboratório de Análises de Minerais e Rochas (LAMIR). Palavras-chave: asbestos, crisotila, modelagem de depósito mineral Dados acadêmicos: Co-Orientador:; Nível: Mestrado; Título do projeto original da dissertação/ tese: Geologia e controle estrutural do depósito de asbestos crisotila da SAMA em Minaçu (GO) – Complexo MáficoUltramáfico de Cana Brava; Área de Concentração: Geologia Exploratória; Linha de Pesquisa: Análise de Depósitos Minerais; Data de entrada: março de 2009; Nº de créditos concluídos: 08; Exame de qualificação: maio de 2010; Trabalhos publicados ou período de confecção: 1 artigo previsto; Data da Defesa: agosto de 2010; Possui bolsa: sim; Período: março de 2009 a agosto de 2010; Fonte pagadora: SAMA. Presença de minerais de amianto na rede viária de Piên-PR: potencial de perigo à saúde humana Sayama, Celia ([email protected]) Prof. Dr. Luiz Eduardo Mantovani Na região abrangida pelo município de Piên-PR ocorrem rochas máficas e ultramáficas em forma de corpos lentiformes, cujos litotipos predominantes são serpentinitos. Dunitos e hazburgitos serpentinizados, xistos magnesianos, metaortopiroxenitos e metagabronoritos ocorrem subordinadamente. Os serpentinitos apresentam granulação fina a muito fina, coloração cinza escuro a cinza esverdeado, constituídos principalmente por serpentina, espinélio, magnetita, restos de olivina e piroxênio. Nos serpentinitos ocorrem vênulas milimétricas a centimétricas 71 XII Seminário do Curso de Pós-Graduação em Geologia da UFPR, 2009 preenchidas por serpentina, que em nível macro e microscópico, formam um sistema complexo de fraturas em rede, cortando desordenadamente a foliação principal da rocha. Pesquisas bibliográficas envolvendo análises mineralógicas na região identificaram o tipo de serpentina mais comum das rochas ultramáficas, como sendo a lizardita e subordinadamente antigorita. Em recente amostragem de material de saibro utilizado como pavimento das estradas secundárias da região de Campina dos Maias e Campina dos Crispins, zona rural de Piên, foi identificado, através de Difração de Raios X, o mineral crisotila, variedade fibrosa do grupo das serpentinas, conhecido como amianto ou asbesto. Atualmente a produção e /ou comercialização de amianto é controlado no mercado nacional e internacional em função de patologias reconhecidamente relacionadas à exposição às fibras desse material. A identificação da mineralogia, morfologia, quimismo e formas de ocorrência de minerais fibrosos ocorrentes nas rochas ultramáficas de Piên e nos materiais utilizados na pavimentação das estradas locais, bem como o potencial de risco à saúde pública, em função da exposição aos minerais de amianto, constituem a finalidade deste projeto de pesquisa. Os métodos de pesquisa utilizados consistem nas técnicas analíticas de Difração e Fluorescência de raios X, Análises Termogravimétricas e de Infravermelho, apoiadas por Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV) para identificação da mineralogia e quimismo dos minerais de interesse, a partir de coletas em estradas mais movimentadas da região, especialmente aquelas localizadas em Campina dos Maias e Campina dos Crispins. A caracterização petrográfica macro e de seções delgadas de amostras de rochas das pedreiras em atividade serão realizadas em paralelo, buscando a comparação da assembléia mineralógica presente nas amostras do saibro das estradas e das rochas existentes regionalmente. Na fase atual dos trabalhos estão sendo desenvolvidos no Lamir, testes metodológicos para comparação das técnicas analíticas que apresentem os melhores resultados quanto à identificação mineralógica do material coletado, considerando a dificuldade na distinção dos minerais do grupo da serpentina. O grupo mineralógico das serpentinas possui cerca de 20 variedades, cujas estruturas são essencialmente análogos trioctaédricos das estruturas da caulinita e existem três minerais polimorfos de interesse: antigorita, crisotila e lizardita. O mineral que possui interação com a saúde humana é a crisotila, em função de sua morfologia fibrosa e hábito acicular. Amostras de amianto crisotila pura do Canadá, Rússia e Brasil 72 XII Seminário do Curso de Pós-Graduação em Geologia da UFPR, 2009 estão sendo utilizadas como padrão de referência para identificação mineralógica. Nesse sentido, resultados preliminares de difração de raios X e MEV confirmam a presença de crisotila em amostras de rochas coletadas na região de estudo. Palavras-chave: mineralogia, amianto, Piên-PR Dados Acadêmicos: Co-Orientador: Prof. Dr. José Manoel dos Reis Neto; Nível: Mestrado; Título original da dissertação: Mineralogia do saibro de origem máfica e ultramáfica da região de Piên, Estado do PR – uso na rede viária e potencial de perigo à saúde humana; Área de Concentração: Geologia Exploratória; Linha de Pesquisa: Análise de Depósitos Minerais; Data de entrada na Pós-Graduação: março-2009; N° de créditos concluídos: 16; Exame de Qualificação (previsão): maio de 2010; Data prevista para defesa: Março de 2011. Possui bolsa: sim; Período: maio de 2009 a maio de 2011; Fonte pagadora: CAPES. Caracterização da morfologia estromatolítica em três afloramentos da Formação Capiru (Neoproterozóico do Estado do Paraná) e sua interpretação paleoambiental Silva, Isabele Eliane da ([email protected]) Orientadora: Prof. Dr. Cristina Silveira Vega Diversas unidades carbonáticas brasileiras contêm exposições estromatolíticas, principalmente de idade proterozóica. Os estromatólitos vem se tornando objeto de grande interesse para a geologia exploratória de hidrocarbonetos. Isto ocorre em virtude do carbonato microbiano ser formado a partir de cianobactérias no processo de construção dos estromatólitos, ocorrendo percolação de óleo nas suas porosidades. Existe uma forte interação microbiana nos processos de sedimentação terrígena, evaporítica e carbonática. A caracterização de estromatólitos gera subsídios para a correlação de feições sedimentológicas com parâmetros paleoecológicos e paleoambientais, e a distribuição destas propriedades, 73 XII Seminário do Curso de Pós-Graduação em Geologia da UFPR, 2009 sendo importante para auxiliar a caracterização das heterogeneidades e a qualidade de potenciais rochas-reservatório. Na Sequência Morro Grande (Formação Capiru, Grupo Açungui), existem exposições estromatolíticas em metadolomitos de idade Neoproterozóica que necessitam de uma caracterização detalhada. Para tanto, este estudo foi desenvolvido em afloramentos das pedreiras Motin Pavin (Colombo), Morro Azul e Tranqueira (Almirante Tamandaré), localizadas na região metropolitana de Curitiba, no Estado do Paraná. Com base na caracterização morfológica da macro e mesoestrutura estromatolítica, apresentamos uma concepção preliminar do ambiente deposicional, fornecendo dados para futuras correlações da área estudada com outros locais. As três pedreiras ocorrem na mesma seqüência litológica, porém apresentam estruturas estromatolíticas distintas. Na Pedreira Motin Pavin foram diferenciados cinco morfótipos estromatolíticos, sendo que quatro deles se assemelham, estando agrupados em bioermas de estromatólitos colunares, com indícios de exposição ou retrabalhamento sub-aéreo por ondas; já o outro morfótipo é caracterizado como sendo um bioerma tabular cumulado de tamanho centimétrico. O modelo deposicional para a pedreira Motin Pavin pode ser classificado como uma plataforma carbonática do tipo rampa homoclinal, representado por um complexo de planície de maré, estando entre a zona de supramaré/intermaré e inframaré. Na Pedreira Tranqueira ocorrem bioermas estratiformes associados a estruturas onduladas, gretas de dissecação, teepes e intraclastos. Já na Pedreira Morro Azul os estromatólitos foram identificados como bioermas dômicos, variando de planar a cumulados, ocorrendo associados a estruturas onduladas. Em ambas as pedreiras o ambiente deposicional é definido como um sistema de plataforma carbonática caracterizado por um complexo de planície de maré, entre as zonas de intermaré superior e supramaré superior. A análise integrada considerando a relação dos morfótipos estromatolíticos com os possíveis ambientes de sedimentação para a Seqüência Morro Grande permite concluir que as litologias das Pedreiras Motin Pavin, Tranqueira e Morro Azul foram depositadas em um ambiente marinho plataformal raso. Para caracterização do paleoambiente a partir da meso e microestrutura estromatolíticas estão sendo analisadas lâminas petrográficas e serão feitas análises em microscópio eletrônico de varredura. Palavras-chave: estromatólitos, Formação Capiru, Neoproterozóico, reconstrução paleoambiental 74 XII Seminário do Curso de Pós-Graduação em Geologia da UFPR, 2009 Dados acadêmicos: Co-orientador: José Manoel dos Reis Neto; Nível: Mestrado; Título do projeto original da dissertação: Caracterização paleoambiental a partir do estudo de estromatólitos da Formação Capiru (Grupo Açungui), na região de Morro Grande (Colombo, PR); Área de Concentração: Geologia Exploratória; Nome da “Linha de Pesquisa”: Análise de bacias; Data de entrada na pós-graduação: março de 2008; N° de créditos concluídos: 26; Exame de qualificação: julho de 2009; Trabalhos publicados ou período de confecção: 3; Data prevista para defesa: março de 2010; Possui Bolsa: sim; Período: 11 meses; Fonte pagadora: CAPES. Análise estrutural da borda oeste da Bacia do Parnaíba Spisila, André Luis ([email protected]) Orientador: Prof. Dr. Eduardo Salamuni Este trabalho mostra a análise estrutural da porção oeste da Bacia do Parnaíba e parte do seu embasamento, com o objetivo do entendimento da evolução tectono-estrutural da bacia. Busca-se a comparação com a deformação rúptil da Província Tocantins. A área da pesquisa está inserida no norte do estado do Tocantins e sudoeste do estado do Maranhão, entre as coordenadas 47º22’’W \ 6º46’’S e 49º00’’W \ 7º30’’S. O polígono abrange rochas sedimentares da Bacia do Parnaíba a leste que, por sua vez, estão em contato com metamorfitos da Faixa Araguaia a oeste. No contexto geológico regional, a Faixa Araguaia de idade neoproterozóica, é subdividida em duas unidades litoestratigráficas: (a) Grupo Estrondo na base e Grupo Tocantins no topo, que apresentam rochas metassedimentares intensamente deformadas durante Ciclo Brasiliano, o que condiciona as principais estruturas da Faixa na direção N-S e (b) Bacia do Parnaíba, que é subdividida nos grupos Serra Grande do Siluriano-Eodevoniano, Canindé do Mesodevoniano-Eocarbonífero e Balsas do Neocarbonífero-Eotriássico, além de formações ígneosedimentares de idade jurássico-cretáceo. Na área de estudo, as rochas do Grupo Tocantins são representadas pela Formação Pequizeiro, 75 XII Seminário do Curso de Pós-Graduação em Geologia da UFPR, 2009 enquanto o Grupo Estrondo é representado pelos litotipos da Formação Xambioá e Formação Morro do Campo. Coberturas de idade cretácea, mapeadas como Formação Rio das Barreiras pela CPRM na Faixa Araguaia e pequenas porções gnáissicas e máficas-ultramáficas também são reconhecidas. Quanto à Bacia do Parnaíba, ocorrem rochas do Grupo Canindé, representado pelas formações Pimenteiras, Cabeças, Longa e Poti, rochas do Grupo Balsas, contendo as formações Piauí, Pedra-defogo, Motuca e Sambaíba, e além de rochas extrusivas da Formação Mosquito. Uma das propostas já cumpridas pela efetivação da pesquisa foi a geração de um banco de dados, onde são organizados as publicações anteriores, as imagens de sensores remotos, as figuras georreferenciadas e os dados de campo, além das interpretações relativas aos resultados da análise. Os trabalhos anteriores foram catalogados de maneira descritiva, estando em andamento sua análise crítica. O traçado de lineamentos em imagens de sensores remotos foi realizado em multi-escala, em imagens de SRTM (Shuttle Radar Topography Mission) nas escalas 1:1.000.000 e 1:300.000 e imagens CBERS (Satélite Sino-Brasileiro de Recursos Terrestres) nas escalas 1:100.000 e 1:50.000. A análise fractal de lineamentos foi realizada de forma preliminar para a tentativa da caracterização da anisotropia estrutural por meio do método box-counting, havendo necessidade, porém, do aprimoramento do método. A primeira etapa de campo foi realizada na segunda quinzena de abril do ano corrente, e o tratamento preliminar dos dados revela que na Formação Xambioá ocorrem zonas de falha, ora com caráter reverso, ora transcorrente, com cinemática destral, mas por vezes também com cinemática sinistral. Tais falhas frequentemente são preenchidas por veios de quartzo. Em afloramentos na bacia, zonas de falha que obedecem ao sistema riedel são observadas na Formação Pedra-de-fogo, apresentando movimentação sinistral. Falhas normais e diques clásticos são frequentes na Formação Sambaíba. Trabalhos futuros prevêem novos levantamentos de campo, e posterior tratamento dos dados, para a caracterização da história da deformação da Faixa Araguaia e da borda da Bacia do Parnaíba; a realização da quantificação da anisotropia estrutural por meio da geometria fractal e, tentativamente, relacionar aqueles parâmetros aos parâmetros geométricos dos campos de tensores (σ1, σ2 e σ3). Isto poderá contribuir na determinação dos tensores quando for possível discriminar feições de eventos distintos e realizar a modelagem de fraturas por intermédio do método DFN (discrete frature network), utilizando-se, para 76 XII Seminário do Curso de Pós-Graduação em Geologia da UFPR, 2009 tanto, os parâmetros obtidos com o tratamento dos dados de campo e sensores remotos. Palavras-chave: geologia estrutural, Faixa Araguaia e Bacia do Parnaíba Dados acadêmicos: Co-Orientador: Profs. Dr. Leonardo Fadel Cury e Dr. Sidnei Pires Rostirolla; Nível: Mestrado; Título do projeto original da dissertação: Análise estrutural da borda oeste da Bacia o Parnaíba; Linha de Pesquisa: Análise de Bacias e Petrofísica (Geofísica); Projeto guardachuva: Caracterização estrutural da Província Tocantins e do flanco oeste/sudoeste da Bacia do Parnaíba e implicações para reativação de falhas durante o Fanerozóico; Data de entrada na pós-graduação: Março o de 2009; N de créditos concluídos: 0; Exame de qualificação: Abril de 2010; Trabalhos publicados ou período de confecção: Agosto de 2010; Data da Defesa: Março de 2011; Possui Bolsa: sim; Período:Março de 2009 a Dezembro de 2010; Fonte pagadora: Funpar (Convênio Petrobrás). 77 XII Seminário do Curso de Pós-Graduação em Geologia da UFPR, 2009 Índice remissivo de palavras-chaves abertura do Oceano Atlântico: 62 águas subterrâneas: 28 amianto: 73 análise de imagens: 53 análise estrutural: 53 análise faciológica: 56 análise microtectônica: 65 anisotropia estrutural: 4 aqüíferos: 4 arcabouço geofísico: 69 artificialização do meio geológico: 31 asbestos: 71 assinatura radioquímica: 16 atributos geomecânicos: 8 Bacia de Curitiba: 48, 58 Bacia do Amazonas: 61, 65 Bacia do Parecis: 10 Bacia do Parnaíba: 4, 69, 77 bacia e cráton do amazonas: 42 bacias paleozóicas: 55 batimetria: 22 beachrock: 36 calcretes: 48 Canoinhas: 31 caracterização estrutural: 42 conservação de aqüíferos: 28 contaminação: 40 correlação estratigráfica: 55 crisotila: 71 depósitos quaternários: 2 desembocadura lagunar: 24 diabásio: 46 diagramas estruturais: 26 Domo de Monte Alegre: 53 Domo de Piratininga: 44 elementos do grupo da platina (EGP): 50 elongação de esporão arenoso: 24 erosão costeira: 19 erosão entressulcos: 17 estromatólitos: 75 etanol: 40 EUPS: 17 Faixa Araguaia: 67, 69, 77 Formação Capiru: 75 Formação Guabirotuba: 56 fotogrametria digital: 8 geoconservação: 34 geodiversidade: 34 geoestatística: 38 geoindicadores: 6 geologia estrutural: 61, 67, 77 geoprocessamento: 8 geoquímica: 46 geotecnia: 26 geotectônica: 67 Granito Serra do Carambeí: 16 Guabirotuba: 48 hidrocarbonetos: 40 ilha de São Francisco do Sul: 2 integração de dados: 44 78 XII Seminário do Curso de Pós-Graduação em Geologia da UFPR, 2009 Itapoá: 12 magmatismo Penatecaua: 46 magnetita: 50 mapas paleobiogeográficos: 55 mapeamento: 2, 34 Mar do Ararapira: 24 método de rotação de ondas: 19 métodos geofísicos: 42 mina Saivá: 26 mineralogia: 73 modelagem de depósito mineral: 71 modelagem numérica e física: 19 monitoramento: 13 morfodinâmica: 12, 30 Neoproterozóico: 75 ondas: 30 Paleozóico: 61 passivos ambientais: 13 pegmatitos: 50 perdas de solos: 17 Piên-PR: 73 plataforma continental rasa: 36 praia: 12, 30 proveniência: 58 Província Maroni-Itacaiúnas: 65 qualidade de água: 10 recifes de arenito: 36 reconstrução paleoambiental: 75 recursos hídricos: 28 riftes cenozóicos do sudeste: 56 sensoriamento remoto: 6 sísmica de reflexão: 44 Sistema Aqüífero Guarani: 38 Sistema Aqüífero Parecis: 10 Sistema Aqüífero Serra Geral: 38 tecnógeno: 31 tectônica cenozóica: 62 topografia: 22 unidades de paisagem: 6 uso do solo: 16 valas sépticas: 13 Vale do Rio Ribeira: 62 variações da linha de costa: 22 zircão: 58 tecnógeno: 31 tectônica cenozóica: 62 topografia: 22 unidades de paisagem: 6 uso do solo: 16 valas sépticas: 13 Vale do Rio Ribeira: 62 variações da linha de costa:22 zircão: 58 79 XII Seminário do Curso de Pós-Graduação em Geologia da UFPR, 2009 Índice remissivo de pesquisadores do programa Anjos, Maria Luiza Martini dos: 1 Angulo, Rodolfo José: 1, 11, 18, 20, 22, 30, 34 Apoitia, Lilian Fátima de Moura: 10 Arioli, Edemir: 50 Atêncio, Daniel: 48 Athayde, Gustavo Barbosa: 3 Barros, Carlos Eduardo de Mesquita: 46, 63 Bartoszeck, Marcelo K.: 44 Bettú, Daniel Fabian: 5 Bittencourt, André Virmond Lima: 12, 14, 38, 40 Black, Kerry: 20 Bongiolo, Alessandra de Barros e Silva: 41 Borchardt, Nicole: 7 Camargo, Emerson Carneiro: 34 Camargo, Ricardo de: 30 Campos, Adriane Fátima de: 43 Cestari, Marta Margarete: 14 Comelli, Cleciani: 9 Costa, Juliana: 45 Cruz, Cassiano Ricardo da: 11 Cunha, Paola Viana de Castro: 47 Cury, Leonardo Fadel: 42, 77 Fernandes, Luiz Alberto: 47, 55, 57 Ferreira, Carlos Henrique Nalin: 49 Ferreira, Francisco José Fonseca: 41, 43, 53, 65, 67 Ferreira, Valderez: 48 Figueira, Isabella Françoso Rebutini:51 Fiori, Alberto Pio: 7, 16, 25, 62, 70 Godoy, Luiz Carlos: 14 Góes, Ana Maria: 58 Gomes, Marcia Elisa Boscato: 50 Hindi, Eduardo Chemas: 10, 28, 38, 40 Juk, Kaluan Frederico Virmond: 53 Lemos, Clarice Farian de: 16 Lima, Fábio Macedo de: 55 Lima, Marcos Gândor Porto: 18 Lisniowski, Maria Aline: 20 Erbe, Margarete C. Lass: 12 Machado, Denise Alessandra Monteiro: 57 Mancini, Fernando: 59 Mantovani, Luiz Eduardo: 5, 14, 28, 30, 31, 71 Marone, Eduardo: 20, 22, 24, 29 Melo, Mario Sergio de: 56 Mesquita, Maria José Maluf: 49, 58, 67 Müller, Marcelo Eduardo José: 22 Nascimento, Edenilson Roberto do: 61 Nagalli, André: 25 Oka Fiori, Chisato: 6, 17 Osório, Quelen da Silva: 27 Perico, Edimar: 63 Pierin, André Ramiro Hillani: 65 Quadros, Clécio José Lopes de: 29 Reis Neto, José Manoel dos: 61, 73, 75 Romeiro, Marco Antonio Thoaldo: 67 Rosa Filho, Ernani Francisco da: 3, 9, 27, 34, 36, 38 Rostirolla, Sidnei Pires: 44, 61, 69, 77 Salamuni, Eduardo: 8, 51, 59, 75 Santos, Carlos Eduardo dos: 70 Sayama, Celia: 71 Schultz, João Paulo: 30 Silva, Isabele Eliane da: 73 Silva, Maria Cristina Borges: 32 Simioni, Bruno Ivan: 34 Soares, Paulo César: 6 Spisila, André Luis: 75 80 XII Seminário do Curso de Pós-Graduação em Geologia da UFPR, 2009 Souza, Adalberto Amancio de: 37 Souza, Maria Cristina de: 2, 12, 24 Souza, Rogério Tadeu de: 39 Tomazoni, Júlio Caetano: 17 Vasconcellos, Eleonora Maria Gouvêa: 45 Vega, Cristina Silveira: 53, 73 Veiga, Fernando Alvim: 36 81