Guia das boas práticas rodoviárias

Transcrição

Guia das boas práticas rodoviárias
Guia das
boas práticas
rodoviárias
Guia das
boas práticas
rodoviárias
> Índice
1. Regras de Ouro > 4
2. Enquadramento > 5
3. Causas da sinistralidade rodoviária > 5
4. Os números da sinistralidade rodoviária > 6
Um problema à escala mundial
5. Manutenção preventiva do veículo > 7
Pneumáticos
No compartimento do motor
Para-brisas
Luzes
Diversos
Em movimento
Inspeção Periódica Obrigatória (IPO)
6. Ergonomia da posição de condução > 9
7. Sistemas de segurança ativa > 11
Sistema Anti Bloqueio (ABS)
Programa Eletrónico de Estabilidade (ESC) ou ESP
8. Sistemas de segurança passiva > 12
Cinto de segurança
Encosto de cabeça
Airbags
Deformação estrutural
Sistemas de retenção infantis
9. Atenção e estratégias de exploração percetiva > 17
Sistema “SMITH”
10. Distância de segurança > 19
11. EcoCondução > 20
Regras de Ouro da EcoCondução
12. Condições de condução adversas > 23
Conduzir à chuva
Nevoeiro
13. Condução noturna > 24
14. Circulação em rotundas > 25
Aproximação e acesso às rotundas
15. Fadiga > 26
Efeitos da fadiga
Prevenção do estado de fadiga
16. Atuação em caso de acidente > 27
O Sistema Integrado de Emergência Médica (SIEM)
Fases do SIEM
17. Renovação da carta de condução > 29
1. Regras de Ouro da FIA
(Fédération Internationale
de l’Automobile)
> Quero conduzir em segurança!
Eu prometo:
1. Usar sempre cinto de segurança - Sou
responsável por todos os passageiros;
2. Respeitar o Código da Estrada - As regras
existem para nos proteger a todos;
3. Respeitar os limites de velocidade - O meu carro
é feito de metal, mas os pais e as crianças não;
4. Verificar os meus pneus - Quanto ao desgaste
e à pressão, incluindo o sobressalente;
5. Conduzir sóbrio - Quando estou embriagado
ou sob o efeito de drogas, sou um perigo na estrada;
6. Proteger os meus filhos - Mantendo-os seguros
em cadeiras adequadas;
7. Manter-me atento - Sou um perigo quando falo
ao telefone ou envio mensagens;
8. Para quando estiver cansado - Chegar atrasado
é melhor que nunca chegar;
9. Usar capacete - As motos e as bicicletas não
protegem a minha cabeça;
10. Ser cortês e atencioso - Respeitar os outros
condutores.
www.fia.com
OS ACIDENTES SÃO
EVITADOS QUANDO
AS BOAS PRÁTICAS
PREVALECEM
SOBRE AS MÁS
>4
2. Enquadramento
Nunca é fácil falar sobre segurança rodoviária, principalmente quando não
assumimos a nossa responsabilidade e achamos que a culpa é sempre dos
outros.
As estatísticas e as notícias que nos chegam diariamente são preocupantes a
este respeito. Quantos de nós têm a felicidade de nunca ter tido um familiar
ou um amigo envolvido num acidente grave? Quantos de nós não passámos
por situações que originaram ou poderiam ter originado acidentes?
A condução deve ser entendida como uma tarefa complexa, de difícil
execução, por requerer a conjugação de uma série de capacidades motoras,
mentais e percetivo-motoras a par de conhecimentos técnicos específicos.
Esta tarefa é ainda altamente influenciada e condicionada pela atitude ou
postura mental do condutor.
3. Causas da sinistralidade rodoviária
Muito se fala sobre as causas da Sinistralidade Rodoviária e não raras vezes
se comete o erro de encarar este tema de forma simplista e até ingénua.
Somos frequentemente confrontados com declarações das autoridades
policiais, PSP e GNR, que referem nas suas entrevistas, as causas dos
acidentes: o álcool, a velocidade, as condições atmosféricas, etc. Porém,
estas causas são apenas fatores desencadeadores da sinistralidade
rodoviária.
A verdade é que estes fatores potenciam eventuais erros por parte dos
condutores, que acabam por perder o controlo dos veículos, situação que se
agrava ainda mais em caso de instabilidade ou perda de aderência do
automóvel. O National Highway Traffic Safety Administration (NHTSA)* estima
que pelo menos 90% dos sinistros rodoviários com veículos automóveis
tenham origem em fatores humanos.
*O NHTSA é um órgão do governo dos EUA integrado na política de transportes e que tem como
missão a prevenção e segurança rodoviárias.
5<
4. Os números da sinistralidade
rodoviária:
Um problema à escala mundial
> 1,3 milhões de pessoas morrem anualmente nas estradas em todo o
mundo (é a 9.ª causa de morte) ou seja, cerca de 3.500 mortes por dia;
> Entre 20 a 50 milhões ficam feridas, sendo que a grande maioria fica com
incapacidades para o resto da vida;
> 90% dos acidentes que resultam em vítimas mortais ocorrem nos países
em desenvolvimento, que possuem apenas 48% do número total de
automóveis registados em todo o mundo;
> 46% das vítimas mortais são os chamados “utentes vulneráveis” – peões,
ciclistas, motociclistas e passageiros de veículos automóveis;
> Se nada for feito, a previsão de mortes em 2020 será de 1,9 milhões;
> Os acidentes rodoviários são a principal causa de morte entre os jovens
(15-29 anos);
> Os acidentes rodoviários além do sofrimento que provocam, têm custos
económicos elevados tanto para as vítimas como para os países onde
ocorrem;
> Apenas 1 em cada 7 países (28 no total) têm legislação relativa aos
principais fatores de risco: excesso de velocidade; condução sob o efeito
do álcool; obrigatoriedade de uso do cinto de segurança; capacete e
sistemas de retenção para crianças;
> De acordo com as previsões, se não forem tomadas medidas até 2030,
os traumatismos resultantes dos acidentes de viação tornar-se-ão a
quinta causa de morte a nível mundial, com cerca de 2,4 milhões de
mortos anualmente.
>6
5. Manutenção preventiva do veículo
Todos os condutores devem conhecer o modo como o seu veículo funciona
e saber fazer uma vistoria de rotina. Não se pretende com estas "dicas" que
sejam realizadas vistorias diárias, mas estas devem ser frequentes e adequadas à utilização do veículo.
Uma vistoria básica passa pela verificação de alguns pontos-chave, essenciais para o correto funcionamento do veículo e para uma melhor segurança
na sua utilização.
Pneumáticos
Verifique se os pneus têm a pressão
adequada, indicada pelo fabricante
da viatura ou do pneu e observe se o
desgaste na superfície é regular e ainda se
o desgaste se encontra dentro dos limites
regulamentares, que deve ser de 1,6 mm de
profundidade dos sulcos do pneu - ver
imagem. Não deve esquecer a roda suplente e
o equipamento de substituição ou de reparação
de furos.
No compartimento do motor
Verifique o nível do reservatório do limpa para-brisas, essencial em caso de
chuva.
Inspecione também o nível do líquido de arrefecimento do motor - radiador.
Não esqueça o nível de óleo do motor, que pode verificar utilizando a vareta
correspondente e ainda, se possível, o óleo dos travões.
Se o seu veículo estiver equipado com um sistema de check-up eletrónico, o
próprio sistema irá verificar todos os níveis. Se for esse o caso, certifique-se
de que o sistema eletrónico está a funcionar corretamente e tenha atenção às
mensagens do computador de bordo.
7<
Para-brisas
É muito importante verificar o estado das escovas e se a sua limpeza é eficaz.
Não se esqueça do vidro traseiro.
Verifique o estado do vidro, se existem fissuras ou se está picado, e repare-as
com urgência para que não evoluam.
Luzes
Se possível, peça ajuda a alguém para verificar o estado das luzes. Se tiver de
as verificar sozinho, volte o seu veículo para uma montra ou parede, de forma
a ver refletidas as luzes. Não se esqueça de verificar as luzes sinalizadoras de
mudança de direção, os mínimos, médios e máximos, luzes de travagem,
nevoeiro e marcha atrás.
Diversos
O triângulo de sinalização e o colete refletor devem estar sempre em bom
estado e em locais acessíveis: lembre-se que em caso de urgência o importante é que o vejam a si e ao seu veículo rapidamente!
Em movimento
Verifique o comportamento do seu volante: se se mantém direito quando
circula em linha reta numa estrada plana, ou se tem desvios e/ou vibrações.
No caso de existirem, podem ser causados por desalinhamento da direção,
jante danificada ou incorreta pressão dos pneus.
Inspeção Periódica Obrigatória (IPO)
Os veículos ligeiros devem efetuar Inspeção Periódica Obrigatória ao completarem o 4º, 6º e 8º anos e depois sempre uma vez por ano, em centros de
inspeções próprios para o efeito.
>8
6. Ergonomia da posição de condução
6.1. Posição do condutor ao volante
Estar bem posicionado, de forma a utilizar eficaz e corretamente os comandos
do veículo, é fundamental.
> A posição mais correta deve ter em conta:
- A morfologia física;
- A utilização eficaz dos controlos e comandos;
- A segurança e o conforto do condutor.
Fonte: Manual do Ensino da Condução - IMTT.
6.2. Utilização dos pedais
Para a correta utilização dos pedais tenha em conta que:
> O pé esquerdo deve manter-se sempre apoiado no chão do veículo, à
esquerda dos pedais ou em suporte específico existente nalguns veículos.
Só se desloca para o pedal de embraiagem, quando for necessário engrenar uma mudança ou para parar. Nos veículos de transmissão automática,
o pé esquerdo não é usado;
9<
> O pé direito deve ser usado para o travão e acelerador. Quando o condutor
acelera, deve, sempre que possível, manter o calcanhar apoiado no chão
do veículo e posicionado próximo do pedal do travão. Em caso de necessitar de travar, o pé já estará na posição necessária ao uso deste pedal.
6.3. Manuseio do volante
Para definirmos a melhor forma de manusear o volante, podemos compará-lo
com o mostrador de um relógio de ponteiros. Desta forma, as mãos
do condutor, respetivamente a mão esquerda e a direita, devem segurar o
volante na posição “nove e um quarto”.
Esta posição é aconselhada pelos seguintes motivos:
> Mais conforto e menor fadiga muscular;
> As mãos estão próximas da zona onde se encontram os comandos de
sinalização e controlo de visibilidade e comunicação (piscas, luzes, buzina,
etc.), permitindo uma utilização fácil e eficaz, à distância de um dedo;
> Mais precisão na manutenção do controlo direcional em reta e em curvas
largas;
> Maior rapidez para manobras reativas e sucessivas;
> Menor probabilidade de sobre reação (uso exagerado do volante e consequente instabilidade do veículo);
> Em caso de abertura do “airbag” existe menor risco de ferimentos nos
braços do condutor.
6.4. Uso dos controlos do veículo
A postura e o posicionamento adequados do condutor face ao volante e
pedais, devem proporcionar o alcance a todos os comandos e controlos, sem
que o condutor tenha de se movimentar ou afastar do assento. Todos os
comandos e acessórios devem ficar ao alcance das mãos, à distância de um
braço esticado.
> 10
7. Sistemas de segurança ativa
Os sistemas de segurança ativa permitem prevenir ou evitar os acidentes,
atuando em situação de emergência e sempre antes do acidente.
> Todos os equipamentos de apoio à visibilidade
(vidros, para-brisas, retrovisores, faróis, pala de sol, etc.);
> Os sistemas de travagem, de ajuda e aumento de eficácia
(tipo de travão, arrefecimento da travagem, ABS, …);
> O sistema de direção, pneus, amortecedores e demais órgãos de
aderência, suspensão e controlo de estabilidade
(como apêndices aerodinâmicos, ESC, …);
> A motorização e sua capacidade de resposta e motricidade
(sistemas de distribuição e alimentação, turbocompressores,
diferenciais, controlo de tração, …);
> Equipamentos de apoio ao conforto e navegação
(bancos envolventes, climatização, …);
> Outros …
Destes, iremos destacar alguns equipamentos eletrónicos que apoiam o
condutor em situações limite de travagem, aderência ou estabilidade:
Sistema Anti Bloqueio (ABS)
Quando as rodas bloqueiam numa travagem, o condutor deixa de conseguir
alterar a trajetória do veículo, mesmo que rode o volante. Nestes casos, a
distância de travagem aumenta consideravelmente.
Assim, o ABS vem potenciar uma travagem em que as rodas não bloqueiam
totalmente, permitindo ao condutor alterar a trajetória e desviar-se do obstáculo em causa.
Programa Eletrónico de Estabilidade (ESC) ou ESP
A derrapagem é uma das principais causas de acidentes de trânsito. Estudos
internacionais mostram que pelo menos 40% de todos os acidentes fatais
são provocados por derrapagens.
11 <
O ESC deteta a iminência de derrapagem e intervém numa fração de
segundo. O condutor mantém o controlo do veículo e este não derrapa,
desde que os limites da física não sejam excedidos.
Apesar da eficácia comprovada destes sistemas, o condutor
não deverá cometer o erro de confiar no sistema para
resolver situações críticas causadas ou potenciadas por
excesso de confiança ou por falha grave na prática de
condução defensiva. O princípio da condução defensiva,
nomeadamente no que toca à velocidade de circulação,
deve ser sempre respeitado independentemente do
sistema de travagem do veículo.
8. Sistemas de segurança passiva
Contrariamente aos sistemas de segurança ativa que atuam na condução
tendo em vista a prevenção do acidente, os sistemas de segurança passiva
agem visando essencialmente a proteção dos ocupantes do veículo, em
caso de acidente.
Não sendo responsável direto pela redução da sinistralidade rodoviária, o
aumento da segurança passiva é, contudo, responsável por uma redução
substancial da vitimização que ocorre durante (e após) o acidente, incluindo
em situações de colisão e capotamento.
Alguns sistemas de segurança passiva
em maior detalhe:
Cinto de segurança
O cinto de segurança é um sistema de retenção
para o corpo dos ocupantes de um veículo, que
retém o corpo em situação de aceleração,
impedindo-o de sair da sua posição no assento.
O cinto de segurança faz com que o corpo
acelere e/ou desacelere juntamente com a
massa do veículo, em qualquer situação:
travagem, colisão ou durante uma curva, atuando
como força centrípeta no corpo dos ocupantes.
> 12
Campanha de prevenção
rodoviária promovida pelo
Governo Australiano: One click
could change your future.
Belt up. Drive safe. Arrive safe.
Agência Publicitária:
Marketforce, Perth, Australia
Encosto de cabeça
O encosto de cabeça é um componente fundamental na segurança dos
ocupantes de um veículo. A sua função principal não é dar conforto, mas
sim evitar um golpe perigoso no pescoço e na região cervical conhecido
como o “golpe de coelho” ou “golpe de chicote”.
Airbags
O “airbag” é outro sistema de segurança passiva que atua apenas e após a
colisão. O princípio de funcionamento é o de uma almofada de ar cujo enchimento,
realizado por ação pirotécnica, é efetuado a grande velocidade (aprox. 90m/s).
É um complemento do cinto de segurança, destinado à proteção da parte
superior do tronco do ocupante, nomeadamente da cabeça.
Por causa da grande velocidade de enchimento do “airbag”, o corpo deve
posicionar-se ao volante a, pelo menos, 30 cm de distância do centro deste,
para evitar uma colisão violenta nos primeiros instantes de enchimento.
Se for transportado um bebé no lugar do ocupante da frente, em dispositivo
de retenção adequado (cadeira), o respectivo “airbag” tem de ser desativado,
para evitar causar no bebé lesões resultantes do enchimento deste sistema
de segurança passiva.
Deformação estrutural
Os veículos automóveis modernos possuem uma estrutura - composta pelo
conjunto chassis/carroçaria - que é deformável, por um lado, e resistente, por outro.
Sistemas de retenção infantis
O acidente rodoviário é a 1ª causa de mortalidade nas crianças com menos
de 10 anos. Como passageira, a criança deve ser transportada, desde o
nascimento e até aos 12 anos, e se tiver menos de 135 cm de altura, utilizando sistemas de retenção adaptados à sua idade e peso, normalmente conhecidas por “cadeiras – auto” ou “cadeirinhas”.
As crianças devem ser transportadas sempre nos bancos de trás dos veículos,
exceto se tiverem menos de 3 anos de idade (neste caso, devem ser transportadas no banco da frente, em sistema de retenção adequado, voltado para a
retaguarda e com o airbag desligado) ou, se a criança tiver mais de 3 anos, não
existir banco de trás ou este não possuir cintos de segurança.
13 <
Atenção aos airbags!
As crianças com idade inferior a 3 anos só podem ser transportadas
no banco ao lado do condutor se:
> Não existir airbag;
> O airbag estiver desligado - através de dispositivo de origem previsto
para o efeito;
> O airbag tiver sido desativado pelo representante da marca, através
de autorização do DGV.
Sinal de Perigo:
Segurança Rodoviária - Dossier de Boas Práticas ANSR
O sinal de aviso acima ilustrado indica o seguinte:
“AVISO!
Não instalar o Sistema de Retenção para Crianças, sobre um banco
dianteiro equipado com airbag.
RISCO DE MORTE OU DE FERIMENTO GRAVE”
> 14
TIPOLOGIA DE SISTEMAS DE RETENÇÃO INFANTIS
CADEIRAS-AUTO
Concebida para proteger as crianças em caso de acidente, a cadeira-auto
não deve ser vista como um mero acessório.
O transporte de crianças em automóvel encontra-se regulado em Portugal.
As crianças com < 12 anos de idade e <135 cm de altura, devem ser seguras
por sistema de retenção homologado e adaptado ao seu tamanho e peso.
Os sistemas de retenção para crianças são classificados em
5 grupos:
> Grupo 0 (até aos 10Kg)
g)
> Grupo 0+ (até aos 13Kg)
> Grupo I ( dos 9 aos 18 Kg)
> Grupo II (dos 15 aos 25 Kg)
> Grupo III ( dos 22 aos 36 Kg)
Segurança
Rodoviária:
Dossier de Boas
Práticas ANSR
15 <
No entanto, o peso não deve ser o único factor a considerar na escolha da
cadeirinha. Deve ter também em conta o tamanho e a idade da criança.
Até aos 18 meses:
O bebé tem o pescoço muito frágil e a cabeça grande e pesada e por isso
nesta idade deve viajar sempre numa cadeirinha voltada para trás mesmo que
tenha mais de 9 Kg. É possível ao condutor ver a criança, através de um
espelho especial instalado na parte de trás do automóvel.
> Cadeirinhas 0-13Kg (grupo 0+)
São adequadas para recém-nascidos e bebés pequenos. Devem ser instaladas no banco de trás ou da frente, voltadas para trás e presas com um cinto
de três pontos. Não podem ser instaladas num lugar com air bag frontal ativo.
São preferíveis às alcofas para automóvel.
> Cadeirinhas 0-18Kg (grupo 0+/I)
São adequadas para crianças com peso inferior a 18Kg e mesmo para crianças
com menos de 13Kg que são demasiado grandes para viajar na cadeirinha do
grupo 0+. No entanto, não são adequadas para crianças com menos de 6 a 9
meses. Devem ser instaladas do mesmo modo que as anteriores.
Depois dos 18 meses:
> Cadeirinhas 0-18Kg (grupo 0+/I) e 9-18Kg (grupo I)
É recomendável que a criança viaje voltada para trás até o mais tarde
possível (4 anos), pelo que estas cadeirinhas devem ser instaladas voltadas
para trás. O facto da criança ficar com as pernas um pouco dobradas não
é desconfortável nem pouco seguro.
> Cadeiras 15-36 kg (grupo II/III)
Nestas cadeiras é o cinto de segurança do automóvel que segura a criança
e a cadeira ao mesmo tempo. Aumentam o conforto por darem apoio
lateral quando a criança adormece e no caso de colisão lateral. Estão
indicadas a partir dos 2-3 anos dependendo do peso e da altura da
criança. Há modelos com as costas destacáveis que se transformam em
bancos elevatórios.
> Bancos elevatórios 15-36Kg ou 22-36 Kg (grupo II/III e grupo III)
Podem ser usados a partir dos 7 ou 8 anos desde que a cinto de segurança
não incomode no pescoço e se o automóvel tiver encosto de cabeça.
> 16
A cadeira pode, no entanto, continuar a ser usada se for suficientemente alta
pois oferece mais proteção lateral. É obrigatório continuar a usar o banco
elevatório até a criança ter 135 cm altura, 12 anos ou 36Kg de peso, por forma
a que o cinto fique corretamente colocado na bacia e não sobre a barriga.
Como reconhecer um sistema de retenção homologado?
Os produtos que estão conforme a regulamentação europeia têm uma
etiqueta que prova a passagem com sucesso nos testes de avaliação do
regulamento ECE 44/03:
Manual do Ensino da Condução – Ficha Técnica: Sistemas Segurança passiva - IMTT
9. Atenção e estratégias de exploração
percetiva
Sistema “SMITH”(1)
Em 1952, Harold Smith estabeleceu o “Smith System Improvement Institute”,
a primeira empresa de formação para condutores profissionais. Smith determinou que a maioria das colisões são evitáveis se alguns hábitos de
condução forem aplicados e praticados de forma constante.
O Sistema “Smith”, comporta 5 “regras”, que permitem aumentar o tempo e
a capacidade de ver, de antecipar e de reagir aos eventos potencialmente
perigosos, também conhecidas como “Regras de Atenção”:
(1)
www.smith-system.com
17 <
> REGRA Nº 1
Olhar o mais longe possível
Quanto mais longe o condutor olhar, maior é a possibilidade de identificar
perigos. Estando na posse desta informação, os condutores podem agir
atempadamente, para se protegerem e evitarem um potencial acidente.
Identificar as situações de tráfego à distância, permite também regular a
velocidade do veículo de forma mais económica, antecipando nomeadamente as situações de paragem.
Os condutores com pouca experiência, tendem a olhar a estrada para um
ponto até 5 a 6 segundos à frente do veículo. Com o aumento da experiência, o condutor deve ir tentando verificar regularmente o que se passa a
uma distância mais afastada, 10 a 15 segundos, ou mesmo para o ponto
mais afastado da estrada, no horizonte.
> REGRA Nº 2
Perceber o conjunto da situação de trânsito
Perceber o conjunto da situação significa que os condutores devem
considerar, na tarefa da condução, outros fatores como por exemplo o
estado das vias por onde circulam, o estado do seu veículo e até mesmo as
condições climatéricas. Estes aspetos podem influenciar de forma significativa e até condicionar a segurança da tarefa de condução.
> REGRA Nº 3
Explorar sistematicamente o ambiente rodoviário
O condutor deve procurar ativamente recolher informações importantes, de
todos os pontos do seu ângulo de visão, recorrendo aos espelhos retrovisores, efetuando uma prospeção visual circundante e abrangente, para ter
na sua posse todas os dados necessários para poder agir adequadamente.
> REGRA Nº 4
Procurar um ponto de fuga em caso de emergência
Se algo acontecer inesperadamente, deve procurar-se um ponto de fuga
para que possa, em segurança, evitar um acidente. Se as regras anteriores
tiverem sido cumpridas, o conhecimento da situação em que o condutor se
encontra é maior, dando-lhe maiores possibilidades de sucesso em caso de
fuga. Esta regra exige a manutenção continuada de uma distância de
segurança, quer em movimento, quer quando parado em fila de trânsito, de
modo a nunca ficar “bloqueado”.
> 18
> REGRA Nº 5
Assinalar a sua presença e procurar ver os outros (ver e ser visto)
Não se pode ter a certeza de que todos os outros condutores, em todas as
situações, estão a observar o trânsito o mais longe possível, e estão
também a perceber o conjunto da situação de trânsito ou estão a explorar
sistematicamente o ambiente rodoviário. Não se pode ter a certeza de que,
em alguns momentos, esses condutores não vão distraídos. Por este
motivo, os condutores devem assinalar a sua presença para que possam
ter a certeza de que são vistos pelos outros utentes da estrada.
Se se aperceber que um condutor ou peão não o está a ver, procure
estabelecer contacto visual. Estabelecer contacto visual, significa “olhar”
para os olhos do outro, verificando se ele nos está a ver. Caso não nos
esteja a ver, pode tentar estabelecer contacto chamando-lhe a atenção,
utilizando a buzina ou as luzes (especialmente durante a noite). Caso não
seja possível ou se a sua tentativa de contacto não resultar, reduza a velocidade, estabeleça uma trajetória afastada do perigo e prepare-se para reagir.
10. Distância de segurança
Segundo Artigo 18º do Código da Estrada, os condutores devem guardar dos
outros veículos uma distância suficiente que lhes permita parar em segurança
no caso de súbita paragem ou diminuição de velocidade daqueles. Deste
modo, a lei não nos dá uma definição objetiva do que seja a distância de
segurança, o que torna mais difícil calculá-la.
Propomos assim, com base em boas práticas realizadas em muitos países,
a regra dos 2 segundos.
Manter uma distância de 2 segundos: quando observamos o veículo que
segue imediatamente à nossa frente, passar um objeto estacionário na berma
da estrada (candeeiro; sinal de trânsito; veículo estacionado; etc.), se o veículo
que conduzimos demorar 2 segundos ou mais a passar no mesmo ponto,
então estamos a uma distância segura.
19 <
?
um
crocodilo
dois
crocodilos
2”
Aqui "dizemos" a palavra crocodilo, apenas como uma forma de preencher
1 segundo.
11. EcoCondução
A EcoCondução traduz-se em claros benefícios, tanto para os condutores
como para as empresas. Estes benefícios traduzem-se em poupanças de
custos diretos com combustíveis, menor desgaste das viaturas, menores
custos de manutenção, menos acidentes, menor emissão de ruído e menores
emissões de gases poluentes.
Porquê uma condução ecológica?
Se adotar hábitos de condução mais eficientes, ecológicos e
seguros, tira maior partido das capacidades dos veículos, otimiza os
consumos, reduz a poluição e o ruído, e está a contribuir para a
diminuição do número de acidentes rodoviários.
> 20
REGRAS DE OURO DA ECOCONDUÇÃO(2) CONSELHOS PRÁTICOS
A escolha do carro tem implicações significativas ao nível
dos consumos, das emissões e da segurança. Na compra
do carro, tenha em conta: o tipo de combustível, a potência,
a indicação dos consumos e das emissões, a aerodinâmica
e todas as indicações sobre a eficiência e manutenção do
veículo. Nos veículos novos, os consumos podem apresentar variações entre os 4 e 15 litros/100 Km. Quanto às
emissões de CO2 dos veículos novos, estas podem oscilar
entre os 115 e os 280 g/km.
Ligue o motor do carro apenas imediatamente antes do
início da viagem e desligue o carro sempre que fique
imobilizado mais do que um minuto.
Conduza a uma velocidade o mais constante possível e,
acima de tudo, com suavidade, evitando acelerações/desacelerações e travagens bruscas. (Pode poupar 15% de
combustível conduzindo a 80 Km/h, em vez de a 100 Km/h).
Use a relação de caixa de velocidades mais alta possível.
Uma mudança alta significa uma rotação mais baixa, que
resulta num menor consumo de combustível. (Potencial
de poupança: 10%).
Cumpra os limites de velocidade, obtendo uma economia
de combustível e contribuindo para a segurança rodoviária.
(Um aumento de 10% na velocidade pode provocar um
aumento de 15% no consumo de combustível).
(2)
Manual Eco-Condução - elaborado no âmbito do Projeto Eco-Condução Portugal promovido pelo
ACAP e apoiado pelo IMTT.
21 <
Nas descidas de acentuada inclinação, deve manter
o veículo engrenado numa mudança compatível
(travar com o motor), obtendo assim maior segurança
e consumo nulo.
Adapte a velocidade do veículo ao tráfego e evite mudar
de via de trânsito.
Escolha o melhor percurso nas deslocações e tente
antecipar o fluxo de trânsito. Uma viagem bem planeada
é um bom recurso para poupar combustível. (Potencial
de poupança: 5%).
Evite transportar bagagens no tejadilho da viatura. (A
alteração das características aerodinâmicas do veículo
aumenta em cerca de 5% o consumo de combustível).
Retire toda a carga desnecessária do porta-bagagens e
assentos traseiros. (Potencial de poupança: 3%).
Evite usar o automóvel em deslocações curtas. Poupa
combustível e contribui para o seu bem-estar físico.
Utilize o ar condicionado apenas quando necessário.
(O sistema de ar condicionado pode consumir até meio
litro de combustível por hora e, no início de cada viagem,
pode representar um aumento de consumo de cerca de 10%).
Verifique, todos os meses, a pressão dos pneus. A
pressão errada obriga à substituição antecipada dos
pneus. Uma pressão demasiado baixa aumenta a
resistência de rolamento (desgaste lateral), aumentando
também o consumo de combustível. Uma pressão
demasiado alta provoca um desgaste, no centro do pneu,
e uma menor aderência na condução. (A pressão correta
permite-lhe uma poupança até 3%).
> 22
Mantenha o veículo afinado e verifique o nível do óleo
com regularidade (Potencial de poupança: 3%).
Utilize os transportes públicos. Economiza tempo, dinheiro
e diminui o stress, ao mesmo tempo que contribui para a
melhoria do ambiente das nossas cidades.
Considere a partilha de automóvel em deslocações para
o trabalho ou de lazer.
12. Condições de condução adversas
Conduzir à chuva
A condução em dias de chuva comporta um aumento do risco de acidente,
resultante de fatores tais como:
> Menor visibilidade
> Menor aderência
> Maior stress físico
Em situações de chuva forte, e particularmente quando associada a velocidades elevadas em autoestrada, aumenta a probabilidade de aquaplanagem do
veículo sobre uma película de água.
Há que saber adaptar a condução ao estado do piso e condições atmosféricas.
Nevoeiro
Alguns dos mais graves e aparatosos acidentes ocorrem com nevoeiro.
Nestas condições, há um conjunto de regras simples que devem sempre ser
cumpridas.
23 <
1. Em épocas de nevoeiro, deve manter as escovas limpa-vidros funcionais,
água no limpa para-brisas e o aquecimento ou o ar condicionado a ventilar
contra o para-brisas.
2. A velocidade deve ser especialmente moderada com nevoeiro. A velocidade segura nestas condições deve permitir que o condutor consiga
parar no espaço visível, ou seja, cumprir com a distância de segurança.
3. As luzes, em especial os médios, são um elemento fundamental de comunicação com os outros condutores, em situações de nevoeiro. Por isso,
sempre que se deparar com nevoeiro deve utilizá-las, seja de dia ou de
noite. Os máximos, no entanto, devem ser evitados, em especial à noite,
pois refletem-se no nevoeiro impedindo a visibilidade a maior distância.
4. Sempre que necessário, mantenha ligados os faróis de nevoeiro traseiros.
Os 4 piscas ou luzes de emergência, só devem ser utilizados se o veículo
estiver imobilizado, ou a circular a velocidades muito baixas ou quando
fizer uma travagem forte e repentina.
13. Condução noturna
Muitos dos mais graves acidentes rodoviários ocorrem durante a noite, entre
as 23h00 e as 06h00, e têm vulgarmente como consequência a morte do
condutor, passageiros, perda total dos veículos e das suas cargas.
Durante a noite, a visibilidade diminui de várias formas:
> Dificuldade de ver as coisas e os objetos;
> Dificuldade de distinguir cores;
> Dificuldade de avaliar distâncias;
> Efeitos do encandeamento sob luz forte;
> Efeitos do deslumbramento, derivado das rápidas alterações da
quantidade de luz, isto é, a passagem de um local escuro para um
muito iluminado ou vice-versa.
> 24
14. Circulação em rotundas
As rotundas têm como grande objetivo:
> Aumentar a fluidez de trânsito;
> Resolver conflitos de intersecção de vias;
> Reduzir o risco de acidentes e colisões;
> Reduzir o tempo de acesso e de passagem;
> Evitar sinalização semafórica ou dos agentes reguladores de trânsito;
> Reduzir a velocidade de circulação;
> Acalmar o tráfego em zonas urbanas;
> Enfatizar a transição de ambientes rodoviários ou alteração das características físicas das infraestruturas (mudança do seu perfil transversal).
Proibido: circular na faixa
exterior da rotunda, exceto
no troço imediatamente
anterior à saída pretendida
Aproximação e acesso
às rotundas
http://dmel.no.sapo.pt/
instrutor/rotundas.html
Dentro das localidades, os condutores
devem utilizar a via de trânsito mais
conveniente ao seu destino (Art.º 14º do
Código da Estrada), pelo que se a via de
acesso à rotunda possuir mais de uma
fila de circulação no mesmo sentido,
deve ser selecionada aquela que mais
se adequa à saída que o condutor
pretende tomar dentro da rotunda.
25 <
15. Fadiga
Quase todas as pessoas já experimentaram estados de fadiga, que podem
ser mais ou menos prolongados no tempo e mais ou menos intensos...
A fadiga pode afetar muito a tarefa de condução, uma vez que contribui para
a diminuição das capacidades percetivas, cognitivas e também motoras.
Efeitos da fadiga
Os efeitos mais comuns da fadiga ao volante, são:
> Dificuldade em manter o veículo dentro dos limites da faixa de
rodagem;
> Mudanças frequentes e inconstantes da velocidade;
> Reação tardia e/ou inadequada a situações perigosas.
Prevenção do estado de fadiga
> Evitar o consumo de bebidas alcoólicas porque contribuem para o
estado de sonolência;
> Evitar fazer uma viagem longa após uma grande refeição;
> Partilhar, sempre que possível, a condução em viagens muito longas,
para que o mesmo condutor não conduza ininterruptamente durante
muitas horas;
> Manter-se hidratado e receber ar fresco durante a viagem, uma vez
que um ambiente muito quente pode aumentar a sensação de
conforto e favorecer o adormecimento;
> Procurar receber alguns estímulos durante a condução, como por
exemplo, falar com um passageiro ou ouvir rádio;
> Fazer uma pausa, em viagens longas, pelo menos de duas em duas
horas. Nas pausas é importante que o condutor se movimente, beba
líquidos estimulantes ou coma alguma coisa. Se possível, o condutor
deve também fazer uma pequena sesta para retemperar forças.
> 26
16. Atuação em caso de acidente
O Sistema Integrado de Emergência Médica (SIEM)
O SIEM é o conjunto dos meios e das ações programadas para possibilitar
uma ação rápida, eficaz e com economia de meios em situações de
emergência médica, onde intervêm o público em geral, operadores das
Centrais de Emergência, agentes da PSP e GNR, Bombeiros, tripulantes de
ambulância, médicos e enfermeiros e demais pessoal técnico dos hospitais,
das telecomunicações e da informática.
Fases do SIEM
Contamos
consigo aqui!
Deteção
Transferência e
tratamento definitivo
Cuidados durante
o transporte
1
6
2
5
3
4
Alerta
Pré-socorro
Socorro no local do acidente
Manual INEM – SIEM – 1ª Edição 2013 – Versão 2.0
> DETEÇÃO
Quando se aperceber da existência de um acidente ou de vítimas de
doença súbita, deve iniciar de imediato as ações para evitar que a situação
de emergência se agrave, incluindo proceder à segurança do local, das
vítimas e dos que prestam socorro.
Balizamento do local. Deve vestir o colete retrorrefletor e colocar o triângulo
de sinalização, no mínimo a 30 metros (cerca de 40 passos largos) do local
do acidente e de forma a ser visível a pelo menos 100 metros. Pode recorrer
a outra viatura para sinalizar o local ou efetuar o corte da via, e utilizar os
triângulos de outras viaturas e a ajuda de outros condutores para auxiliar na
sinalização e proteção do local.
27 <
Prevenção de Riscos secundários. Provenientes do acidente tais como:
Se houver derrame de combustível, deve cobri-lo com terra para evitar que
este chegue aos esgotos pluviais e para minimizar o risco de incêndio ou
derrapagens;
Em caso de início de incêndio, atue de imediato, desligando os motores
dos veículos e utilizando um extintor;
O local do acidente deve ser protegido. Só deve haver remoção da viatura
e/ou de vítimas se existir o risco de agravamento do estado das vítimas ou
caso exista o risco de incêndio, da viatura ficar submersa ou de cair de uma
grande altura, ou ainda se existir o risco de queda de objetos onde o veículo
tenha embatido (árvores, reclames publicitários, cargas de outros veículos).
> ALERTA
Fase em que se contactam os meios de socorro, utiliza-se por norma
o número nacional de socorro, 112 ou os avisadores de estrada.
Se não der o alerta, pode incorrer no crime de omissão de auxílio previsto
e punido pelo Código Penal.
Antes de dar o alerta, efetue um rápido reconhecimento do local do acidente (caso existam condições de segurança para aí parar) e recolha a seguinte
informação:
> Localização exata (não esqueça de referir em AE qual o sentido
de trânsito em que ocorreu o acidente);
> Nº de telefone de contacto (provavelmente o seu);
> O que aconteceu? Qual o tipo de acidente (colisão, despiste,
incêndio, queda na água, etc...);
> Nº de vítimas e viaturas envolvidas;
> Condição em que se encontram;
> O que já foi feito;
> Qualquer outro dado solicitado.
> PRÉ-SOCORRO
É um conjunto de gestos simples que podem ser efetuados até à chegada
do socorro.
> 28
As vítimas não devem ser retiradas ou movimentadas no interior das viaturas,
para que se evitem lesões crânio encefálicas, lesões da coluna cervical ou
outras em órgãos internos ou ossos fraturados;
Nunca lhes dê comida ou bebida, nem as tente colocar numa posição mais
confortável se elas não se conseguem mover pelos meios próprios;
As viaturas onde se encontrem vítimas após um acidente de viação
também não devem ser movimentadas;
Enquanto aguarda pela chegada do socorro mantenha as vítimas tapadas
com algo que lhes mantenha a temperatura corporal, e em caso de se
encontrarem em estado de choque, fale com elas e acalme-as.
17. Renovação da carta de condução
A carta de condução deve ser revalidada de acordo com as idades abaixo
indicadas, para as diferentes categorias de veículos, e independentemente da
validade averbada no documento.
Evite as filas de espera e utilize o prazo que a lei lhe concede, procedendo à
revalidação da sua carta durante os 6 meses que antecedem o dia em que
completa as idades obrigatórias. E tenha em atenção que o documento não
pode ser renovado com mais de 6 meses de antecedência.
Se deixar passar o prazo de renovação corre o risco de multa por circular com a
carta de condução caducada. Após 2 anos sem que tenha revalidado a carta,
terá de efectuar uma prova prática caso pretenda obter novo título de condução.
Idades para revalidação da carta de condução:
Carta de condução obtida antes de 2 de janeiro de 2013:
1 - Condutores de veículos das categorias A, B, BE, A1 e B1
Aos 50, 60, 65, 70 anos e, posteriormente, de dois em dois anos, sem
limite de idade;
2 - Condutores de veículos das categorias C, CE, C1 e C1E
Aos 40, 45, 50, 55, 60, 65, 68 anos e, posteriormente, de dois em dois
anos, sem limite de idade;
29 <
3 - Condutores de veículos das categorias D, DE, D1, D1E e da categoria
CE, cujo peso bruto exceda 20.000 kg.
Aos 40, 45, 50, 55 e 60 anos (a idade limite para estas categorias é 65 anos).
Carta de condução obtida a partir de 2 de janeiro de 2013
(aprovação em exame prático de condução após 2 de janeiro
de 2013):
1 - Condutores de veículos das categorias AM, A1, A2, A, B1, B e BE
Aos 30, 40, 50, 60, 65 e 70 anos e, posteriormente, de dois em dois anos,
sem limite de idade (exceção: quando a carta de condução é obtida entre
os 25 e os 30 anos, os seus condutores estão dispensados de revalidar o
título de condução aos 30 anos);
2 - Condutores de veículos das categorias C1, C1E, C, CE e das categorias B e BE com averbamento do Grupo 2
Aos 25, 30, 35, 40, 45, 50, 55, 60, 65 e 70 anos e, posteriormente, de
dois em dois anos, sem limite de idade (exceção: quando a carta de
condução é obtida entre os 25 e os 30 anos, os seus condutores estão
dispensados de revalidar o título de condução aos 30 anos);
3 - Condutores de veículos das categorias D1, D1E, D e DE
Aos 25, 30, 35, 40, 45, 50, 55 e 60 anos (exceção: quando a carta de
condução é obtida entre os 25 e os 30 anos, os seus condutores estão
dispensados de revalidar o título de condução aos 30 anos);
Nota: A idade limite para estas categorias é 65 anos.
Fonte: www.imtt.pt
Para consultar as tabelas de revalidação por ano
de nascimento do condutor visite www.imtt.pt.
Bibliografia:
Manual ForDrive de condução defensiva
IMTT - Manual do ensino da condução
Liberty Seguros, S.A. – Av. Fontes Pereira de Melo, n.º 6 - 11.º - 1069-001
Lisboa – Tel. 21 312 43 00 – Fax 21 355 33 00 www.libertyseguros.pt – Pessoa
Coletiva matriculada na Cons. Reg. Comercial de Lisboa sob o número único
500 068 658, com o Capital Social de 26 548 290,69 €.
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A032 10/2014
Liberty Seguros, S.A. – Av. Fontes Pereira de Melo, n.º 6 - 11.º - 1069-001 Lisboa – Tel. 21 312 43 00 – Fax 21 355 33 00 www.libertyseguros.pt
– Pessoa Coletiva matriculada na Cons. Reg. Comercial de Lisboa sob o número único 500 068 658, com o Capital Social de 26 548 290,69 €.

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