Ge sta ad ntle auna M - Hospital Mãe de Deus

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Ge sta ad ntle auna M - Hospital Mãe de Deus
Manual
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ÍNDICE
3. ASPECTOS EMOCIONAIS DA GESTAÇÃO,
DO PARTO E DO NASCIMENTO DO BEBÊ
4. A gestação
7. O parto
9. O bebê
11. TODO O CORPO PASSA POR
MODIFICAÇÕES DURANTE A GRAVIDEZ
13. Alteração das mamas durante a gravidez
17. Sala de parto
18. ALIMENTAÇÃO NA GESTAÇÃO
19. Recomendações nutricionais na alimentação
22. Alimentação no período da amamentação
24. CUIDADOS COM O RECÉM-NASCIDO
27. Necessidades básicas do bebê
30. Vacinas do bebê
31. EXERCÍCIOS PARA GESTANTES
32. Forma correta de sentar
34. Exercícios respiratórios
36. CUIDADOS NO PERÍODO PÓS-PARTO
37. Cuidados
38. Atividade sexual
39. Aleitamento materno
46. SAÚDE BUCAL EM FOCO
ENXOVAL
LISTAGEM PARA O RECÉM-NASCIDO
1 pacote de fralda descartável tamanho pequeno
5 conjuntinhos ou tip-top
5 calças de algodão com pezinho
8 camisetinhas de algodão com manga comprida
4 pares de meias
2 chales, conforme a estação
2 vira-chales
4 fraldas de tecido
1 caixa de lencinhos umedecidos
1 tesourinha para cortar unhas
LISTAGEM PARA A PARTURIENTE
Exames pré-natais e documentação
Material de higiene (sabonete, creme
dental, escovas de dente e de cabelo, etc.)
1 par de chinelos baixos
1 par de conchas de silicone para
iniciação da amamentação
4 calcinhas inteiras altas (de gestante)
3 sutiãs reforçados para amamentação
3 camisolas ou pijamas com abertura na
frente para facilitar a amamentação (o
tecido é de acordo com a estação).
1 robe
Roupa para alta
Aspectos Emocionais
da Gestação, do Parto
e do Nascimento do Bebê
3
A Gestação
A gestação é uma experiência única, repleta de sentimentos intensos. É uma fase de grandes transformações, em que todo
o corpo da mulher passa por modificações, exigindo profundas e
rápidas adaptações, tanto físicas quanto emocionais. Não é uma
experiência estática, vem acompanhada de muitas mudanças (de
rotina, biológicas, emocionais, sociais) e desafios.
A gravidez também repercute significativamente no
estado emocional do homem e no relacionamento a dois. É importante abrir espaços na relação, para que tanto o homem quanto a mulher
possam expressar os sentimentos, pensamentos, bem como falar
sobre o parto, o bebê, sobre os medos e fantasias, minimizando assim
a ansiedade, a apreensão e os temores muito presentes em diferentes
graus em toda a gestação.
Deve-se lembrar, no entanto, que as respostas às
mudanças geradas pela gravidez são individuais. Felizmente, a
maioria das mulheres se ajusta física e psicologicamente bem às
mudanças geradas pela gestação. Caso isso não ocorra, a gestante
deve sempre recorrer à ajuda profissional do obstetra que acompanha sua gestação, o qual poderá orientá-la e encaminhá-la, se
necessário, a um especialista capaz de ajudá-la na condução de uma
gestação mais tranqüila.
Gravidez não é só um processo biológico; é também
um processo emocional que inclui, além da mãe, o pai.
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SENTIMENTOS COMUNS NOS DIFERENTES MOMENTOS DA GESTAÇÃO
É importante enfatizar que nem todos os sentimentos são vivenciados por
todas as mulheres e que a intensidade com que são sentidos é também variável.
Primeiro Trimestre
Fase de adaptações
Muita variação nas emoções
Maior irritabilidade
Vontade de chorar
Apreensão, medo, alegria
Sonolência
Mudanças repentinas de humor
Segundo Trimestre
Primeiros movimentos fetais
Maior estabilidade emocional
Maior aceitação da condição de grávida
Idéia mais clara do bebê como sendo outro ser que está dentro da barriga da mãe
Sensação de estar "fora de si, desatenção"
Terceiro Trimestre
Proximidade do parto e do conhecimento do bebê real
Sonhos e fantasias em relação ao bebê aumentam
Aumenta a ansiedade em relação ao futuro
Desatenção
Excitação, impaciência
Pode haver desejo de que a gravidez termine logo ou de que se prolongue
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O QUE SIGNIFICA TER UM FILHO?
O QUE ESPERAMOS DE NÓS COMO PAI E MÃE?
Um filho pode significar muitas coisas, e são inúmeros os motivos pelos
quais queremos ou não que ele venha.
É muito comum que os pais esperem que tudo aconteça de maneira
impecável: a gravidez maravilhosa, o parto ideal, o bebê que nunca reclama. "Será que é
preciso ter filhos perfeitos e que tudo ocorra perf eitamente para que eu me valorize
como mãe ou como pai?”
Para acolher bem o filho, a mulher necessita sentir-se segura dentro de si e
contar com o apoio do contexto familiar e, principalmente, do cônjuge. Se na construção
da auto-imagem a mulher denigre seu próprio corpo e passa a ter uma baixa autoestima, tenderá a sentir-se predominantemente "ruim por dentro", julgando-se incapaz
de "fazer bons bebês", tendo uma gestação carregada de inseguranças e ansiedades,
construindo um clima, após o nascimento, de angústia, prejudicando as trocas interacionais entre mãe e recém-nascido. O lugar do filho, nesse caso, passa a ser o lugar de
angústia, do sentimento de não dar conta da tarefa de criá-lo.
MUDANÇAS EMOCIONAIS (PRÉ-PARTO)
Oscilação de humor
Alteração do senso crítico
Elevação da irritabilidade
Sensibilidade exagerada (choro)
Insegurança
Tristeza
Medo de ter um filho com problema
Medo do parto (morrer)
Medo de assumir o papel de MÃE
Não ter leite
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As mudanças
psicológicas na
gravidez existem para
todos os casais, e
dividi-las ajuda a
superar as angústias e
traz um novo
entendimento das
emoções relacionadas
à chegada do bebê.
O Parto
É comum as mulheres referirem aumento do medo e
ansiedade frente ao parto, principalmente nos últimos meses de
gravidez. Nos primeiros meses de gestação, o parto costuma ser
vivido como uma realidade distante.
À medida que a gravidez se aproxima, o parto aparece
como uma situação irreversível, muito mais concreto e próximo, do
qual não se pode desistir. Isso causa muita ansiedade, não somente
pelo nascimento do bebê em si, mas também por todas as mudanças
e adaptações que o filho recém-nascido vai provocar.
É comum ver mulheres idealizarem o parto e ficarem
decepcionadas quando as coisas acontecem de modo muito
diferente. Diante do inesperado, há mulheres que não apenas se
sentem frustradas, mas também fracassadas, como se tivessem
falhado ou tivessem feito tudo errado. Por exemplo, ela pode estar
preparada para um parto normal e precisar de cesariana. Esses
sentimentos são mais intensos quando a mulher forma um ideal
rígido em relação ao parto, não levando em consideração a
imprevisibidade.
Com o parto, vem a primeira grande separação: o bebê,
ligado à mãe de modo tão íntimo, "corta o cordão umbilical"
fisicamente, embora, do ponto de vista emocional, permaneça muito
dependente para “sobreviver”.
É importante a participação do marido e dos demais
familiares, a fim de possibilitar um ambiente acolhedor tranqüilo
na hora do parto, minimizando a ansiedade.
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ASPECTOS EMOCIONAIS DO PÓS-PARTO E DO NASCIMENTO DO BEBÊ
"São dias, muitas vezes, difíceis, durante os quais a mulher vive uma situação em que fica descentrada, como se o bebê
tivesse mantido o seu centro de gravidade, e o primeiro efeito desse nascimento tenha sido desequilibrá-la. Uma de suas primeiras
tarefas será retomar posse de seu corpo e, ao mesmo tempo, constatar que ele não é mais o mesmo, que ele tem uma nova aparência
e que deve preencher novas funções.” (SZEJER, 2002)
Vários fatores podem contribuir para a tristeza no puerpério, geralmente ela é mais comum em torno do terceiro dia.
Alguns exemplos mais comuns:
Insatisfação c/ aparência (sente-se gorda, abatida, cansada)
Desvia-se da gestante, agora mãe, o foco das atenções
Ânsia de ir para casa e desempenhar o papel de mãe
Responsabilidades que a aguardam em casa
Fadiga pelo trabalho de parto
O desapontamento com o bebê
O desapontamento em relação a si mesma e/ou parto
Por que fui ter um bebê que não sou capaz de cuidar ?
O pesar pelo que se perde (agora o bebê é do mundo)
TRISTEZA OU MELANCOLIA DA MATERNIDADE (BABY BLUES)
Caracteriza-se por um distúrbio transitório de humor
Estado de fragilidade e de hiperemotividade
Atinge cerca de 60% das puérperas
TRISTEZA
=
Ocorre entre o terceiro e quinto dia após o parto
Remissão espontânea
DEPRESSÃO
Persistindo os sintomas, a puérpera de ve procurar seu médico para que seja encaminhada e/ou avaliada por um especialista.
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O Bebê
Durante nove meses você o imaginou, sonhou com ele, e agora ele está
aqui, aparentemente frágil, indefeso, totalmente dependente de você.
É normal você se sentir insegura.
VOCÊ NÃO NASCE MÃE, TORNA-SE MÃE
A interação mãe/bebê, o aconchego, a serenidade, a expressão do amor
ao bebê e o desejo de amamentar são fundamentais para a harmonia e superação de
alguns desconfortos do pós-parto.
Os bebês relacionam-se e trocam afeto por meio de sensações corporais.
A maneira como o bebê é acariciado, tocado e embalado poderá transmitir a ele
ansiedade, aconchego, segurança ou desamparo. O colo permite retomar os sons
apaziguantes que o bebê já conhece no útero materno, como também permite olhá-lo
nos olhos. Pouco a pouco, mãe e recém-nascido aprendem juntos a se conhecerem, vão
descobrindo o ritmo um do outro. Respeitar, perceber o estilo de cada um é fundamental
para um bom vínculo.
A possibilidade de a mãe ser uma boa mãe não se esgota no ato de
amamentar, mas depende da disponibilidade da mãe, da intimidade no afeto, calma,
confiança, tranqüilidade e doação constante e coerente para transmitir ao bebê o
estabelecimento de confiança básica.
É importante que os pais possam aprender a conhecer o bebê, a entender
suas necessidades. Desta forma, aos poucos, hesitações e dúvidas se esvairão, fazendo
com que vocês sintam-se mais seguros.
O nascimento de um filho é certamente a revolução mais importante que
acontece na vida de um casal. Mudam as prioridades, a organização das horas de lazer,
os projetos para o futuro. Em poucos dias, este pequeno e indefeso bebê transformou a
vida de pelo menos duas pessoas.
Para os homens poderá ser um pouco mais difícil aprender a conviver com
o recém chegado, principalmente do ponto de vista prático.
Construir um equilíbrio perfeito no meio desta nova família não é fácil,
mas se existir atenção e sensibilidade, não será impossível.
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RESERVADO AOS PAIS
1) Dê, concretamente, uma mão à sua esposa na administração da casa e nos cuidados com o bebê.
2) Continue a ver na sua esposa a companheira de antes, lembrando-se que vocês dois são um casal,
além de serem pais.
3) Assim que possível, retomem a vida sexual como era antes. Mas respeite o
pouco interesse sexual que afeta boa parte das mulheres após o parto... isso
passará.
4) Continuem, no limite do possível, a desfrutar juntos dos hobbies e
costumes de antes, inclusive as saídas com os amigos. Não é uma
atitude positiva, inclusive para o seu filho, se vocês se trancarem
dentro de casa.
5) Não sinta ciúmes se entre a mamãe e o bebê existe um
relacionamento "especial": é natural que seja assim, pois o
recém-nascido, durante seu primeiro ano de vida, tem
necessidade de estar muito com a mãe, e para ela o seu pequeno é
o centro de suas atenções.
SUGESTÕES DE BIBLIOGRAFIA
O QUE ESPERAR QUANDO SE ESTÁ ESPERANDO? – Arlene Eisenberg, Heidi Mukoff, BSN – Ed. Record
GRAVIDEZ DIA A DIA – Sheila Kitzinger – Ed. Melhoramentos
A VIDA DO BEBÊ – Dr. Lamare – Ed. Bloch
COMO CUIDAR DE BEBÊS E CRIANÇAS PEQUENAS – Maria Tereza Maldonado – Ed. Saraiva
O SURPREENDENTE RECÉM-NASCIDO – Klaus & Klaus – Ed. Artes Médicas
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Todo o Corpo
Passa por Modificações
Durante a Gravidez
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TODO O CORPO PASSA POR MODIFICAÇÕES DURANTE A GRAVIDEZ, E
ALGUNS CUIDADOS PODEM AJUDAR A SE ADAPTAR A ESSAS MUDANÇAS
Ao iniciar o pré-natal, inicia-se também uma relação de confiança
entre paciente e obstetra, pois cada pessoa tem suas características próprias que
fazem a diferença, e cada passo deve ser entendido por você. Siga as orientações
médicas com confiança e não fique com dúvidas.
Para o bebê crescer, o corpo produz mais sangue e alguns
hormônios, e isto traz alterações na circulação, pressão, pele, cabelos e gengivas.
Isto pode fazer com que:
O coração e o pulso fiquem mais acelerados, principalmente ao fazer algum
exercício, como caminhadas ou subir escadas;
A pressão se altera ao mudar bruscamente de posição, podendo ocorrer
tonturas ao baixar a cabeça ou levantar muito rápido;
A gestante sente mais calor;
A pele transpira mais e fica oleosa;
Os cabelos ficam mais oleosos;
As gengivas ficam um pouco inchadas e mais sensíveis, podendo sangrar no
início da gravidez.
Cuidados:
Faça atividades devagar, evite corridas e subir escadas com pressa;
Use roupas confortáveis, preferencialmente de algodão;
Evite cremes oleosos no corpo e no rosto;
Faça higiene com freqüência, evite banhos muito quentes;
Escove os dentes com cuidado e com escova macia.
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Alteração das mamas durante a gravidez:
Aumentam de tamanho;
Ficam mais sensíveis, às vezes parecem "cheias";
Surge uma sensação de formigamento e inchaço;
Os mamilos ficam mais escuros e doloridos;
A pele dos mamilos precisa ser preparada para a sucção do bebê, durante a gestação; dê atenção a
este preparo, deixando os mamilos mais resistentes, e terá uma amamentação tranqüila e
prazerosa;
No período em que ocorre a modificação das mamas, que acontece no início da gravidez até o final
da amamentação, use sutiã resistente e de tamanho adequado para dar boa sustentação às
mamas, proporcionando conforto e ajudando a prevenir a flacidez;
Evite o uso de cremes, pois eles afinam a pele, deixando-a mais sensível;
Tome sol nas mamas, por pequenos períodos de 10 minutos (em horário de sol adequado), durante
toda a gravidez ou pelo menos nos últimos meses. Esfregue delicadamente os mamilos durante o
banho, com um pano limpo, ou ao secar-se com a toalha;
Observe se o seu mamilo tem o bico para fora; se não tiver, faça massagem delicada com a ponta
dos dedos, até formar o bico;
Converse com o obstetra sobre o seu tipo de mamilo
e peça orientação sobre o preparo das mamas.
Desenvolvimento do bebê:
Com o crescimento do bebê, a barriga aumenta de tamanho, causando alterações por dentro e por
fora dela;
A bexiga fica achatada, o que faz urinar mais vezes e em pequenas quantidades;
O intestino fica um pouco comprimido, o que causa uma maior dificuldade em eliminar as fezes,
causando também gases;
O estômago não suporta grandes quantidades de alimentos, o que causa azia e sensação de "estar
sempre cheio";
Náuseas e vômitos aparecem principalmente nos três primeiros meses e, com mais freqüência, pela
manhã, ao acordar;
A pele da barriga fica mais esticada com o crescimento do bebê – quanto mais o bebê cresce,
podem aparecer estrias e haver ressecamento da pele.
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Perto do final da gravidez, quando a barriga estiver grande, pode ocorrer:
Falta de ar ao deitar de costas;
Cansaço ao subir escadas;
Dor nas pernas e nas costas;
Inchaço nos pés e pernas;
Ao deitar de barriga para cima, pode sentir dificuldades para respirar ou tonturas, pois o peso do bebê pressiona as
veias e artérias que passam atrás do útero, diminuindo o fluxo de distribuição de sangue.
Cuidados:
Durma com a cabeça um pouco mais elevada;
Descanse várias vezes ao dia, e, se possível, com os pés um pouco elevados;
Se você trabalha sentada, levante várias vezes, estique as pernas, flexione os pés, faça circular o sangue;
Evite usar meias apertadas e calçados de salto alto;
Se tiver câimbra, estenda bem a perna, puxando o pé para trás;
Faça exercícios de respiração lenta e profunda, quando sentir falta de ar;
Tomar chá de camomila ou leite morno, ler um bom livro e escutar música antes de dormir ajudam a relaxar;
Evite carregar muito peso, correr, realizar trabalho pesado muito prolongado, divida seu trabalho em pequenas tarefas;
As relações sexuais podem ser mantidas até o final da gravidez, desde que não haja dor, desconforto, sangramento,
perda de água do parto.
Lembre-se:
Na presença de qualquer alteração, comunique seu médico;
Não tome nenhum remédio por conta própria ou por indicação de amigos;
Tudo o que você ingerir, aspirar ou passar na pele o seu bebê pode estar absorvendo também.
Trabalho de parto:
Quando a gravidez chega no final, todo o organismo "conspira" para que as modificações ocorram gradativamente e o
parto aconteça;
Quanto mais você se conhecer e observar estas modificações, mais fácil será de identificar que o dia do nascimento
chegou.
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Procure observar:
Umidade da vagina aumentada, eliminação de muco que pode ser semelhante a
"clara de ovo" ou mais líquido, como "gelatina que está derretendo";
A barriga está um pouco "mais baixa", a pressão na altura do estômago diminui
um pouco e aumenta a pressão na região púbica;
Contrações, com ou sem cólicas, de freqüência irregular, aparecem e
desaparecem espontaneamente;
Desconforto na região lombar, que se irradia para o abdômen;
Pequeno sangramento vaginal pode manchar o forro da calcinha;
As caminhadas ficam mais difíceis, as pernas estão mais pesadas, com
"fisgadas" nas virilhas e no canal da vagina.
Entre em contato com seu obstetra e/ou vá ao Hospital quando:
Sentir três contrações em um intervalo de 10 minutos, acompanhadas de cólica
ou não, durante uma hora; e se prematuro, uma contração em 10 minutos;
Apresentar sangramento vaginal que, após higiene, persistir;
Apresentar perda de líquido pela vagina, que escorre pelas pernas ao levantar.
Obs.: "A água da bolsa" tem cheiro semelhante à água sanitária; se perder
líquido, cheire, para diferenciá-lo da urina. O líquido da bolsa pode ser claro
como água, levemente rosado, cor de chá claro. Se estiver esverdeado é sinal
de que, por algum motivo de desconforto, o bebê evacuou e, por isso, você
deverá vir ao hospital para que possamos MONITORIZAR o bebê.
Não observar movimentação do feto por um período maior que um turno inteiro.
Ao vir para o Hospital traga sempre junto:
Carteira de pré-natal, de identidade, do convênio, exames e o nome completo do
seu obstetra.
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Obs.: Não fique em casa se você não conseguir localizar seu obstetra;
venha para o hospital, nós o localizaremos para você.
A remoção dos pêlos não é indicada, para evitar o risco de infecção
cirúrgica associada. Se for necessário, realiza-se a tonsura dos pêlos.
Venha para o hospital sem jóias ou outros objetos de valor, pois o
Hospital não se responsabiliza em caso de perdas ou outros.
Ao chegar no Hospital:
Dirija-se à internação, e você será
encaminhada ao Centro Obstétrico, no 3º
andar. Você será recebida pela enfermagem e
examinada pelo obstetra de plantão, que,
após avaliação , entrará em contato com o seu
Médico e esse orientará qual a conduta a ser
tomada.
Preparo para o parto:
Será feito conforme a orientação do seu
Médico. Na maioria das vezes é feita tonsura
dos pêlos em uma pequena área do períneo e
uma lavagem intestinal.
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Sala de parto:
Será feito o controle dos seus sinais vitais, dos batimentos cardíacos do bebê, do ritmo e intensidade das
contrações, eliminações e perdas vaginais. Nesta sala você pode ficar acompanhada de um familiar de sua
escolha. O exame de toque vaginal é feito aproximadamente num intervalo de uma a duas horas, para averiguar o
progresso da dilatação.
As contrações intensificam-se progressivamente, fazendo com que ocorra o progresso da dilatação. Durante este
período você pode caminhar, sentar ou deitar. Procure uma posição que lhe seja confortável, enquanto aguarda a
dilatação completa.
A analgesia de parto poderá ser feita no momento em que você e o seu médico julgarem necessária. Ele entrará em
contato com o anestesista de sua equipe.
ATENÇÃO: A dilatação completa para o bebê nascer só se dá através de contrações ritmadas, intensas e
constantes, com duração de 1 minuto. O trabalho de parto dura aproximadamente de 4 a 12 horas.
A bolsa do líquido amniótico pode romper antes do trabalho de parto, durante o trabalho de parto, no parto ou ser
rompida pelo obstetra.
Quando a dilatação estiver completa, você vai ser posicionada para o parto, na cama de parto. Neste momento o
bebê está fazendo pressão para sair; você sente uma pressão no ânus e uma vontade de evacuar. A vontade de
fazer força, também conhecida como "puxos", inicia-se espontaneamente, e você começa a se preparar para
auxiliar seu bebê a nascer.
1º Com o pulmão cheio de ar, o músculo do diafragma empurra o útero para baixo.
2º Apoiando as mãos e erguendo o tronco e cotovelos, inclinando-se para frente, você usará a prensa abdominal.
3º Justamente com essas duas forças acima, você fará uma força como se fosse evacuar, sem soltar o ar do
pulmão.
Este conjunto de forças é repetido tantas vezes quantas forem necessárias para a saída do bebê (somente durante a
contração), com um período de repouso e exercício de respiração para relaxamento. O marido (ou familiar de sua
escolha) estará ao seu lado oferecendo apoio e carinho, a enfermeira e o obstetra vão orientando e auxiliando você
a coordenar o parto.
Neste momento, o obstetra fará anestesia local no seu períneo (se for necessário) e, posteriormente, uma pequena
abertura chamada episiotomia, para ampliar o espaço da vagina, a fim de facilitar a passagem do bebê. Com a sua
ajuda, sairá primeiro a cabecinha, que será amparada pelo obstetra, que, após ajudar o bebê a passar os ombros,
segura-o no colo para limpar a boca e o nariz do líquido amniótico, colocando-o em seguida no seu colo.
Após o nascimento, temos o período da saída da placenta, que dura aproximadamente de 10 a 20 minutos. São
feitos pontos na episiotomia, uma higiene em seu períneo e você está pronta para ir para o quarto com seu esposo e
filho, onde vocês poderão curtir este momento de intimidade e carinho, aprender como amamentar e celebrar este
17
Alimentação
na Gestação
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IMPORTÂNCIA DA ALIMENTAÇÃO NA GESTAÇÃO
Na gestação, em especial, o atendimento
das recomendações nutricionais maternas tem grande
influência no ganho ponderal gestacional e no resultado
obstétrico – idade gestacional e peso ao nascer.
RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS NA GESTAÇÃO
Recomendação de energia:
Durante a gestação, as exigências energéticas maternas
são aumentadas.
Recomenda-se um adicional energético de
aproximadamente 300kcal/dia.
O valor energético total (quantidade total de calorias
necessárias para 24h) é calculado individualmente e
depende do peso pré-gestacional da paciente, estado
nutricional, idade, período gestacional, atividade física,
etc.
Recomendação de nutrientes:
As necessidades de nutrientes na gestação estão
aumentadas. É preciso manter uma dieta bastante variada e
colorida para que se consiga atingir as recomendações de
proteínas, carboidratos, lipídios, vitaminas e sais minerais,
como, por exemplo, ferro, cálcio, vit.C, ácido fólico, etc.
O ideal é consumir um alimento de cada grupo alimentar,
como segue abaixo, em todas as refeições.
GRUPO DOS CONSTRUTORES: composto por alimentos
ricos em proteínas. As proteínas são responsáveis pelo
crescimento e manutenção do nosso corpo: estão presentes
nas carnes, ovos, leite e derivados.
GRUPO DOS ENERGÉTICOS: composto por alimentos ricos
em carboidratos e lipídios. Estes alimentos são produtores
de energia, funcionam como "combustível" para nossa
máquina: pão, massa, arroz, açúcar, óleos, etc.
GRUPO DOS REGULADORES: alimentos ricos em vitaminas
e sais minerais que regulam todas as funções de nosso
organismo: frutas, legumes e verduras.
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A RODA DOS ALIMENTOS
Coma um alimento de cada grupo alimentar em cada
refeição!
Não esqueça de tomar água!
UM PRATO COLORIDO CONTÉM
TODOS OS NUTRIENTES DE QUE VOCÊ
PRECISA!
Receita de suco de mamão, laranja e ameixa
(rico em fibras, ferro e vitamina C)
INGREDIENTES:
½ mamão papaia s/semente
1 copo de 150ml de suco natural de laranja
3 ameixas pretas sem caroço (deixar de molho na véspera
em 1/2 copo de água).
MODO DE PREPARO:
Bater todos os ingredientes no liquidificador e adoçar a
gosto.
Bom apetite!
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MANEJO NUTRICIONAL EM SITUAÇÕES ESPECÍFICAS NA GESTAÇÃO
Pirose (azia):
aumentar o fracionamento das refeições (6 a 8
refeições/dia) e diminuir o volume;
excluir ou substituir alimentos que causem desconforto;
evitar estresse durante as refeições;
evitar deitar-se após as principais refeições.
Náuseas e vômitos:
aumentar o fracionamento das refeições e diminuir o
volume;
evitar alimentos gordurosos, condimentados, com odor
forte ou desagradável;
preferir alimentos sólidos;
ingerir bastante líquido, para evitar desidratação, nos
intervalos das refeições.
Constipação intestinal:
aumentar a ingestão de fibras;
adequada ingestão hídrica;
atividade física.
No caso da persistência dos sintomas descritos acima ou
surgimento de outros sintomas, procure seu médico e um
nutricionista.
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ALIMENTAÇÃO NO PERÍODO DA AMAMENTAÇÃO
Mantenha sua rotina alimentar neste período. Não é
necessário excluir nenhum alimento por causa da
amamentação. Nenhum alimento poderá "fazer mal" ou
causar cólicas em seu bebê.
Procure alimentar-se bem, ou seja, mantenha uma
alimentação bastante variada e colorida, pois isso irá
garantir a qualidade nutricional de seu leite!
Consuma com moderação alimentos ricos em cafeína,
como café preto, chimarrão, chocolate, chás e Coca ou
Pepsi-Cola, pois estes podem deixar você e seu bebê
agitados.
Não consuma bebidas alcoólicas!
Não fume!
Não esqueça de ingerir líquidos, principalmente água
pura, para manter-se hidratada.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
VITOLO, Márcia Regina. Nutrição da
gestação à adolescência. Rio de
Janeiro:Reichmann & Affonso,2003.
ACCIOLY, Elizabeth; SAUNDERS,
Cláudia; LACERDA,Elisa. Nutrição em
obstetrícia e pediatria. Rio de Janeiro:
Cultura Médica,1998.
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Cuidados com o
Recém-Nascido
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NASCIMENTO DO BEBÊ
O bebê, ao nascer, sai de um ambiente quente, numa temperatura de 36OC, e está molhado pelo
líquido amniótico; isto faz com que perca calor muito rápido. Portanto, sempre fica num berço aquecido
ligado com campos e compressas (panos esterilizados). Neste local serão feitos os primeiros cuidados, como:
1º - Com compressas esterilizadas, previamente aquecidas, é feita a secagem do corpinho do bebê, para não
se perder calor.
2º - Feito o primeiro atendimento, pesado, medido e identificado com pulseiras, o bebê é enrolado em campos
esterilizados previamente aquecidos e levado junto à mãe, ficando por um pequeno período.
3º - Retorna para o berço aquecido, e é feita a higiene corporal, "banho", vitamina K. Aguardando o tempo
necessário até estabilizar sinais vitais e temperatura corporal, este período é em torno de 2 horas.
4º - O bebê é vestido e levado para junto da mãe, permanecendo ao seu lado o tempo todo.
A partir deste momento é estabelecido o alojamento conjunto.
O alojamento conjunto favorece a amamentação, e a mãe participa dos cuidados com o bebê antes da alta
hospitalar.
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CUIDADOS COM O BEBÊ
“O bebê nasceu, e agora?” “Se ele chorar, o que fazer?” ”Dar
colo?” “Como pegar?” “Fez xixi?” “Como trocar as fraldas?” “E o banho,
como dar?” “Que roupas vestir?”
QUANTAS DÚVIDAS
Então, calma! Vamos conversar sobre como cuidar do
bebê. Em primeiro lugar: acredite em você. Por quê ? Ninguém tem
mais amor por este bebê do que você, MÃE e PAI, para prestar-lhe
esses cuidados.
Nascimento:
Clampeamento do coto.
Exame físico do bebê (atividade, cor, freqüência cardíaca, freqüência
respiratória, tônus muscular e reflexos).
Apgar: nota de O a 10 no 1º ao 5º minuto de vida.
Peso, comprimento e identificação.
Contato com a mãe.
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Importância do alojamento conjunto:
Favorecer a interação Mãe - Filho - Pai;
Adquirir maior confiança na habilidade de cuidar do recém-nascido, desenvolvendo uma relação mais íntima com o
mesmo;
A mãe permanece mais tranqüila, pois tem o filho ao seu lado, podendo observá-lo e cuidá-lo;
Evitar ansiedades e traumas psicológicos desnecessários à mãe e ao filho devido à separação;
O pai começa a compartilhar da responsabilidade e a sentir que o cuidado com o bebê não é tarefa exclusiva da mãe;
O bebê chora menos, pelo contato mais íntimo com a mãe;
O bebê deve estar perto da mãe, para que ela aprenda como ele se relaciona e como inicia a satisfação de suas
necessidades, na medida em que surgem. Isso permite que durante sua breve hospitalização a mãe se prepare para
assumir o cuidado do bebê com mais segurança. Quando receber alta, saberá como alimentá-lo e como agir frente a
pequenos detalhes, como soluços, alterações da pele, eructações e ruídos estranhos, que são normais em todos os
lactentes. Mãe e filho não devem ficar separados, devem ficar juntos. A mãe deve fixá-lo nos olhos, tê-lo em contato
com seu corpo, oferecer-lhe o seio, falar em voz baixa e acariciá-lo.
NECESSIDADES BÁSICAS DO BEBÊ
Sono e Vigília: o bebê dorme a maior parte do tempo. Ele alterna repouso de 2 a 3 horas e dorme de 18 a 21
horas, a não ser que esteja com fome, desconfortável ou sentindo alguma dor, e expressa isso através do choro.
Posição para dormir: colocar o bebê para dormir de costas ou de lado. A posição de bruços não é recomendada.
Evacuação e Micção: o bebê evacua e urina várias vezes ao dia, inclusive após cada mamada. As primeiras fezes
são escuras e pastosas e se chamam mecônio.
Roupa e Conforto: manter o bebê adequadamente vestido, conforme a temperatura ambiente; deixar o bebê livre
para movimentar-se. As roupas do bebê devem ser lavadas em água corrente e com sabão neutro antes de serem
usadas. Podem ser lavadas na máquina com filtro limpo e sem misturá-las com outras roupas.
Todos os utensílios do bebê devem ser fervidos antes de serem usados e ter uso individual; mantê-los sempre
protegidos com tampa e guardados em local limpo e arejado.
Alimentação: seio materno com livre demanda, ambiente calmo e tranqüilo.
Soluços e espirros: são freqüentes, principalmente na hora do banho e após as mamadas. Os espirros nos recémnascidos ocorrem normalmente e não devem ser atribuídos a resfriados.
Carinho e toque: o contato físico não é apenas um estímulo agradável, mas uma necessidade biológica, que
favorece o desenvolvimento.
27
SENTIDOS DO BEBÊ
Visão: indistinta, de 20 a 25 cm de distância;
Audição: desenvolvida, gosta da voz da mãe, do pai;
Olfato: reconhece o cheiro da mãe e do leite materno;
Paladar: difere o sabor amargo, doce, salgado e ácido;
Tato: aguçado, o toque é muito agradável, mas se ressente com as diferenças de temperatura.
Higiene do bebê:
Banho:
Prepare o ambiente e todo o material necessário para o banho antes de despir o bebê;
O banho deve ser dado com uma fralda macia, umedecida com água morna e sabão neutro;
Lavar o rosto, a cabeça, o tórax, os membros e, por último, os genitais;
O banho é diário e sempre que necessário.
Olhos:
Limpar com algodão e água morna;
Unhas:
Devem ser mantidas curtas, para evitar arranhões; a tesourinha deve ser de uso individual;
Umbigo:
Fazer curativo no mínimo 3 vezes ao dia e ou a cada troca de fralda;
Cuidar para que não seja atingido pelas fezes e urina;
Manter o coto umbilical seco e limpo; ficará mumificado até cair, em 7 a 15 dias;
Troca de fraldas e higiene perineal:
Fazer higiene com água e morna e sabão neutro após cada evacuação ou micção;
A higiene dos genitais, tanto do menino como da menina, deve ser feita sem medo, com movimentos suaves, retirando
bem o material eliminado pelo bebê;
Na menina, a higiene deve ser feita de cima para baixo (do púbis em direção ao ânus); limpar bem entre os grandes
lábios;
Nos meninos deve-se fazer uma leve retração do prepúcio para retirada de secreções que possam se acumular;
Não é necessário usar cremes ou pomadas, somente quando necessário e com orientação do pediatra.
28
CONSULTA COM O PEDIATRA
Pós-Alta: 1ª consulta em 7 a 10 dias
Após: 1 vez por mês até o 1º ano.
Depois 1 vez a cada 3 meses.
TESTE DO PEZINHO
Entre o 7º e o 30º dia de vida;
É um conjunto de exames capaz de detectar mais de 40 doenças.
Ex.: Hipotireoidismo congênito, toxoplasmose congênita, fenilcetonúria, anemia
falsiforme e outras.
TESTE DA ORELHINHA
Poderá ser realizado ainda no hospital ou após revisão com o pediatra;
Exame que serve para fazer triagem auditiva no recém-nascido, com o objetivo de
identificar possíveis alterações.
PASSEIO
Após a 1ª revisão, com liberação do pediatra;
Evitar lugares públicos de fumantes e barulhentos;
Evitar contatos com pessoas doentes ou gripadas;
Ter bom senso.
"se sou seu bebê, por favor, me toque. Preciso
de seu afago, de uma maneira que talvez nunca
saiba. Não se limite a me banhar, trocar minha
fralda e me alimentar, mas me embale me
estreitando, beije meu rosto e acaricie meu
corpo. Seu carinho gentil e confortador
transmite segurança e amor.”
29
CALENDÁRIO BÁSICO DE VACINAÇÃO
VACINAS
ao nascer
1m
HEPATITE B
BCG ID
X
X
X
DTP/DtaP
Hib
OPV/IPV
2m
4m
6m
X
X
X
X
X
X
X
X
X
12m
15m
X
18m
4-6 anos
10 anos
14-16anos
X
X
X
MMR
dT
X
ROTAVÍRUS
OUTRAS VACINAS RECOMENDADAS
VACINAS
1m
PNEUMOCOCO
CONJUGADA
MENINGITE C
(3, 5, 7 MESES)
HEPATITE A
VARICELA
2m
4m
6m
12m
X
X
X
X
15m
18m
4-6 anos
10 anos
14-16anos
X
X
X
FEBRE AMARELA
NOTAS
Pneumococo conjugada: Recomendada aos 2/4/6/15 meses de idade. A partir de 12 meses, 2 doses com
intervalo de 60 dias. A partir de 24 meses, dose única.
Meningite C: Recomendada aos 2/4 meses de idade. A partir de 12 meses, dose única.
Hepatite A: Recomendada a partir de 12 meses de idade.
Varicela: Recomendada a partir de 12 meses de idade.
Febre Amarela: Recomendada a partir dos 6 meses de idade nas áreas endêmicas, e a partir dos 9 meses de
idade nas áreas de transição.
30
Exercícios para
Gestantes
31
FORMA CORRETA DE SENTAR
1. Peso distribuído igualmente sobre os dois ísquios.
2. Deitada com as pernas flexionadas, deixar as pernas caírem
para um lado e para o outro.
32
ALONGANDO AS COSTAS
1. Deitada, abraçar os dois joelhos afastados.
2. Encaixe e desencaixe de quadril (tentar encostar toda a coluna no chão).
3. Sentada, pernas em posição de cata-vento, cair para o lado do joelho que
está à frente, estendendo os braços à frente o máximo possível.
33
4. Sentada sobre os calcanhares, pés juntos e joelhos bem afastados, tirando os glúteos o mínimo possível
dos calcanhares, flexionar o corpo à frente, estendendo os braços à frente o máximo possível.
EXERCÍCIOS RESPIRATÓRIOS
1. RESPIRAÇÃO ABDOMINAL
Inspirar lentamente, distendendo o abdômen o máximo possível, e logo após expirar,
voltando o abdômen ao normal.
34
2. RESPIRAÇÃO TORÁCICA
Inspirar profundamente, expandindo o
tórax, e logo após soltar todo o ar, lentamente.
PERÍNEO
Trabalhar o períneo sempre que se lembrar
e que for possível.
35
Cuidados
no Período
Pós-Parto
36
PUERPÉRIO
Chama-se de puerpério o período que se segue ao parto. Dura, em média, 6 a 8 semanas e só termina com
o retorno da menstruação.
LÓQUIOS
Assim é chamada a secreção vaginal que ocorre após o parto. Nos primeiros dias, é sanguinolenta
(vinhosa, escura), geralmente sem coágulos ou cheiro desagradável. Após o 10º dia, torna-se castanha ou amarelada,
sempre sem odor desagradável e em quantidade cada vez menor, vindo a desaparecer entre a 6ª e a 8ª semana.
INVOLUÇÃO UTERINA
Após o parto, o útero pode ser facilmente palpável através da parede abdominal, com seu fundo
alcançando a cicatriz umbilical. Ele está centrado no abdômen, com consistência carnosa endurecida, é imobilizável e
indolor. Sua regressão de tamanho se processa num ritmo de mais ou menos 1 cm/dia, deixando de ser palpável
através do abdômen em tor no do final da 2ª semana pós-parto.
EPISIOTOMIA
O corte realizado na região perineal, a fim de ampliar o espaço para a passagem do bebê, é suturado
imediatamente após o parto. Cicatriza em torno de 1 a 2 semanas, com queda geralmente espontânea dos pontos (no
local não devem ocorrer mudanças da cor da pele, “inchaço”, dor latejante, sangramento ativo ou secreção
amarelada). Geralmente, não são necessários curativos locais, aplicação de produtos intravaginais ou banho de
assento.
CUIDADOS
Higiene freqüente com ducha, e secar com toalha.
Às vezes, no pós-parto imediato, a aplicação de bolsa de gelo pode ser benéfica.
Atenção para alterações, edema, dor, tipo de secreção, cheiros não característicos.
37
DORES
Depois do parto, o útero continua a se contrair. Isso é necessário para evitar sangramento excessivo. Na
maioria das vezes, estas contrações são indolores, mas algumas mulheres as percebem como cólicas, às vezes intensas, principalmente durante a amamentação.
As dores abdominais originadas da operação cesariana ou as dores da episiotomia devem diminuir dia a
dia, sendo perfeitamente controláveis pela utilização de analgésicos recomendados pelo obstetra, quando necessários.
HIGIENE
Quando se sentir segura de que pode permanecer em pé por mais tempo, sem se sentir mal, pode tomar banho,
lavando inclusive os cabelos.
Os banhos diários são normais.
A região genital externa deve ser ensaboada e enxaguada delicadamente.
Não são necessários cuidados especiais para as mamas das mulheres que amamentam.
É importante o uso de absorventes higiênicos externos para aparar a secreção genital pós-parto. As trocas devem
ser efetuadas com mais freqüência, a fim de não deixar a região úmida.
Absorventes internos podem ser utilizados assim que a região genital cicatrizar.
ATIVIDADE SEXUAL
Uma vez cicatrizadas as regiões traumatizadas ou cortadas, cessados os lóquios e as dores, e na dependência do
desejo individual, pode ser reiniciada a atividade sexual. O resguardo dura em média 6 semanas (quarentena).
Nas primeiras relações sexuais, as preliminares devem ser mais “caprichadas”, e a penetração mais cuidadosa, pois a
vagina está mais sensível.
Dores fortes ou sangramentos são motivos para interrupção imediata do ato sexual e posterior consulta médica.
38
PROLACTINA
ALEITAMENTO MATERNO
No início é produzido o colostro, líquido espesso
de coloração amarelada rico em anticorpos, importantíssimo
para proteção do bebê contra infecções e alergias alimentares.
Após o nascimento do bebê, existem duas
substâncias no organismo feminino, responsáveis pela produção e ejeção do leite materno:
Secretada após a
mamada para produzir
a PRÓXIMA MAMADA
PROLACTINA
NO SANGUE
2. IMPULSOS
SENSORIAIS
DO MAMILO
Mais prolactina é
secretada à noite
PROLACTINA
É secretada a partir do estímulo na região do mamilo –
alveolar;
Aproximadamente 30 minutos depois do início da mamada,
há um pico de elevação da prolactina basal, e isso faz com
que a mama produza o leite para a próxima mamada;
A prolactina basal elevada pode se manter de 3 a 4 horas, e
com as mamadas freqüentes esse nível se mantém, por isso o
bebê deve ser amamentado sob livre demanda.
OCITOCINA
1. BEBÊ SUGANDO
REFLEXO DA OCITOCINA
AJUDAM O REFLEXO
PENSAR NO BEBÊ
COM CARINHO
OLHAR O BEBÊ
É responsável pela ejeção do leite e contração uterina;
É por isso que algumas mulheres referem cólicas durante
amamentação.
Inibe a ovulação
OUVIR OS SONS
DO BEBÊ
INIBEM O REFLEXO
PREOCUPAÇÃO
STRESS
DÚVIDAS
DOR
CONFIANÇA
39
CUIDADOS IMPORTANTES
Lave as mãos antes de manipular as mamas;
Alterne a posição de amamentação;
Mantenha os mamilos sempre bem secos;
Utilize sutiã de algodão, com alças largas que sustentem
adequadamente as mamas;
Evite abafar os mamilos com protetores especiais;
Utilize bombas de ordenha somente em casos especiais;
Use foco de luz branca (lâmpada de 40 watts) durante 10
a 15 minutos, mantendo 30 cm de distância das mamas,
ou exponha-as ao sol da manhã por 5 a 10 minutos,
desde que não esteja usando nenhum produto tópico;
O banho diário é suficiente para higiene das mamas e
mamilos. É importante trocar o sutiã mais
freqüentemente;
No ingurgitamento mamário recomenda-se ducha morna,
massagens e ordenha manual após as mamadas;
Lembre-se de que a oferta do seio ao bebê não tem
horários rígidos. Se a criança ficou satisfeita em uma
mamada, ela poderá solicitar outra em torno de 2 a 4
horas; as crianças recém-nascidas não têm horário certo
para mamar.
40
DICAS DE COMO AMAMENTAR
Antes de amamentar, lave as mãos;
Escolha um lugar confortável, tranqüilo e relaxante;
O bebê deve estar acordado, calmo e alerta;
Se o bebê estiver sonolento, deixe-o de fraldas e estimule os
pés, a fim de acordá-lo;
Você deve acalmar o bebê no colo, caso ele esteja muito
excitado e chorão;
Você poderá usar almofadas e travesseiro para apoio na
posição da mãe;
O alinhamento do bebê é importante: bebê lateralizado,
barriga do bebê junto do corpo da mãe, joelhos do bebê na
barriga da mãe, queixo do bebê encostado na mama.
A cabeça do bebê deve estar apoiada, em linha reta em
relação ao corpo, e de frente para o peito.
41
POSIÇÕES PARA AMAMENTAR
42
POSIÇÃO PARA
AMAMENTAR GÊMEOS
AMAMENTAÇÃO
AINDA NA SALA DE PARTO
AMAMENTAÇÃO
DEITADA
AMAMENTAÇÃO
SENTADA
PEGA CORRETA DO BEBÊ DURANTE A AMAMENTAÇÃO
O lábio inferior do bebê virado para fora;
Não se consegue ver quase nada da aréola;
A maior parte da aréola aparece acima
do lábio superior do bebê;
A mãe não sente dor nos mamilos, somente uma
Fisgada, no começo;
As sucções são lentas e profundas (o bebê suga,
faz pausa e suga novamente);
Pode-se ver e ouvir o bebê engolindo; não se ouvem estalos;
Bochechas arredondadas não encovadas;
O mamilo alonga e fica redondo quando sai
da boca do bebê;
Queixo do bebê colado na mama;
Se a pega estiver correta, não é necessário continuar a apoiar o peito.
PEGA INCORRETA DO BEBÊ DURANTE A AMAMENTAÇÃO
Corpo do bebê longe da mãe;
Aparece grande parte da aréola;
O mamilo fica dolorido durante toda a mamada;
Causando fissura mamilar;
As bochecas se encovam e a sucção faz estalos.
43
LEMBRETES
Quanto mais cedo acontecer a primeira mamada, maior
a chance de uma amamentação de sucesso;
Mesmo no parto cesariana, a amamentação é possível;
O bebê pode querer mamar também durante a noite; a
mamada noturna é importante para estimular a
produção de leite. Cada criança tem seu ritmo próprio,
porém não há necessidade de acordar o bebê a noite
para mamar;
Deve-se deixar o bebê mamar quanto tempo quiser, e a
duração da mamada é determinada pelo bebê; os
intervalos em geral são de acordo com a necessidade da
criança;
O recém-nascido precisa ser amamentado
freqüentemente nos primeiros dias; isto significa de 10 a
12 vezes em 24 horas, até ele estabelecer seu próprio
horário;
Deixar os mamilos arejarem após amamentar, limpá–los
com o próprio leite, não usar sabonete nos mamilos e
fazer com que o bebê tenha uma pega correta – isso
evitará problemas como fissura mamilar;
Alterne a posição das mamadas;
Exponha os mamilos ao sol;
O banho diário é o suficiente para uma higiene das
mamas;
Use sutiã de alças largas para boa sustentação das
mamas.
44
BIBLIOGRAFIAS SUGERIDAS
Revista Crescer
Pós-Parto e Amamentação, Dicas e Anotações
Amamentação on-line:
www.aleitamento.org.br
www.aleitamento.com.br
www.aleitamento.com.br/gruporigem
www.aliancapelainfancia.org.br
BIBLIOGRAFIAS CONSULTADAS
Aleitamento materno/editor José Dias Rego
São Paulo: editora Atheneu, 2001.
stockphotos .com.br
www.aleitamento.com.br.
“SER MÃE É CARREGAR O FILHO NO ÚTERO – POR 9 MESES,
NO COLO – POR 2 ANOS E NO CORAÇÃO – POR TODA A VIDA.”
45
Saúde
Bucal
em Foco
46
Gestantes: cuidados com a saúde bucal
LEMBRETES
A gravidez é um período especial e repleto de mudanças no
organismo da futura mamãe. Todos os cuidados possíveis devem ser tomados no
intuito de manter a saúde bucal da mamãe e, desde já, cuidar da saúde bucal do
bebê.
Infelizmente existem alguns “mitos”, como o de que durante a
gestação os dentes “estragam” com mais facilidade. O aumento de cáries em
algumas gestantes está relacionado com alterações na dieta e limpeza
inadequada dos dentes. Também contribui para isso o fato de muitas gestantes
acharem melhor adiarem o tratamento para após o nascimento do bebê, o que
apenas leva a uma progressão de problemas que demandariam um tratamento
bem menos complexo em uma intervenção anterior. Já a gengiva costuma se
inflamar com mais facilidade devido às alterações hormonais. Mas também a
gengivite na paciente grávida só irá piorar onde já houver o problema. Ou seja,
não é a gestação que causa a gengivite, ela apenas exacerba suas características.
Mais recentemente vem sendo encontrada uma relação entre gengivite e parto
prematuro. As bactérias causadoras da gengivite, uma vez na circulação,
disparam reações químicas que apressam o parto. Estudos sugerem que a
gengivite aumenta cerca de duas vezes mais o parto prematuro se comparada
com outros fatores de risco na gravidez, como cigarro, bebidas alcoólicas e
problemas nutricionais. A periodontite, mais grave que a gengivite, tem efeito
ainda maior na prematuridade, aumentando esse tipo de nascimento entre cinco
e sete vezes. Não existem “fortificantes” a serem tomados no intuito de garantir
uma boa dentição para o bebê. Tudo de que ele precisa está numa alimentação
balanceada, constituída por diferentes grupos de alimentos (carnes, frutas,
legumes e verduras, cereais, leite e seus derivados). Principalmente suplementos à
base de flúor devem receber atenção especial, pois o uso de flúor durante o
período de formação dos dentes pode levar a fluorose, doença caracterizada por
manchas e defeitos na superfície do esmalte do dente.
47
Embora o tratamento
odontológico possa ser realizado em
qualquer período gestacional, o segundo
trimestre é o momento mais oportuno,
pois, nessa fase, mãe e bebê encontramse num período de maior estabilidade. No
primeiro trimestre deve-se evitar o uso de
medicamentos e as tomadas radiográficas, pois o bebê está se formando
(período da embriogênese). No caso de
serem imprescindíveis, o avental de
chumbo poderá e deverá ser utilizado em
qualquer período da gestação.
Alimentos açucarados
devem ser evitados, porque, por volta do
quarto mês de gestação, começa a se
desenvolver o paladar do bebê, e se a
futura mamãe consumir muito açúcar, o
bebê provavelmente irá gostar muito de
doces.
48
49
COMO LIMPAR OS DENTINHOS DO BEBÊ
Enquanto o bebê ainda não tem dentes,
procure remover os resíduos de alimentos da boca do bebê
usando gaze ou a ponta de uma fralda molhada em água
filtrada. Também existem géis dentais sem flúor disponíveis
no mercado. Assim que erupcionarem os primeiros
dentinhos (da frente, por volta dos seis meses), pode-se
iniciar a higiene com escova (sempre pequena e macia ou
extramacia) ou com uma dedeira. O uso do gel/creme
dental (infantil) só deve ser iniciado com a erupção dos
molares (mais atrás) e mesmo assim em pequena
quantidade (sentido transversal na escova em vez de
longitudinal – o equivalente a no máximo um grão de
ervilha). Evite, tanto quanto possível, que a criança engula
o gel/creme dental.
O ideal é que os dentinhos sejam limpos após
cada refeição, mas, se não for possível, uma escovação por
dia, desde que bem realizada, é mais do que suficiente
para manter dentes e gengivas saudáveis, principalmente
nos primeiros anos de vida. Ajuda bastante criar um
momento descontraído para a limpeza dos dentes da
família toda.
A criança cria gosto quando vê os pais
realizando a mesma atividade. Contem histórias, troquem
os papéis (pais limpam os dentes da criança e em seguida
ela limpa os dos pais). Nas consultas, o odontopediatra lhe
dará orientação sobre as melhores maneiras de realizar a
escovação corretamente. Muitas vezes a dentição de leite
possui diastemas (espaços) entre os dentes, o que dispensa
o uso do fio. Contudo, se a criança apresentar os dentinhos
juntinhos, deve-se fazer uso do fio nestas áreas, uma vez ao
dia.
49
CALL CENTER:
51 3230 2000

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