CLIMA DA TERRA: Processos, Mudanças e Impactos
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CLIMA DA TERRA: Processos, Mudanças e Impactos
CLIMA: Processos, Mudanças e Impactos Engenharia Ambiental – POLI 2007 CLIMA DA TERRA: Processos, Mudanças e Impactos Prof. OSWALDO MASSAMBANI, Ph.D. Professor Titular [email protected] Departamento de Ciências Atmosféricas Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas Universidade de São Paulo Departamento de Ciências Atmosféricas – IAG-USP CLIMA: Processos, Mudanças e Impactos Referência Bibliográfica CLIMATE PROCESSES & CHANGE Edward Bryant Cambridge University Press 1997 Departamento de Ciências Atmosféricas – IAG-USP Engenharia Ambiental – POLI 2007 CLIMA: Processos, Mudanças e Impactos INTRODUÇÃO História climática da Terra Conceitos PROCESSOS FÍSICOS Processos climáticos Transferência de calor e massa na atmosfera O papel dos oceanos MUDANÇAS CLIMÁTICAS As mudanças climáticas desde o Pleistoceno Causas das mudanças climáticas Os efeitos do homem sobre o clima IMPACTOS CLIMÁTICOS Nos ecossistemas e na saúde Departamento de Ciências Atmosféricas – IAG-USP Engenharia Ambiental – POLI 2007 CLIMA: Processos, Mudanças e Impactos IMPACTOS CLIMÁTICOS Impactos climáticos sobre os ecossistemas e na saúde Demografia mundial e projeções futuras Distribuição atual dos diferentes tipos de biomas Modelando os efeitos do clima sobre os ecossistemas Saúde e as mudanças climáticas Departamento de Ciências Atmosféricas – IAG-USP Engenharia Ambiental – POLI 2007 CLIMA: Processos, Mudanças e Impactos Capítulo 4 • IMPACTOS CLIMÁTICOS Nos ecossistemas Água, Doenças e ... Política Departamento de Ciências Atmosféricas – IAG-USP Engenharia Ambiental – POLI 2007 CLIMA: Processos, Mudanças e Impactos Engenharia Ambiental – POLI 2007 O sistema climático experimenta agora um estado sem precedência sobre os últimos 400 a 800.000 anos. Departamento de Ciências Atmosféricas – IAG-USP CLIMA: Processos, Mudanças e Impactos Engenharia Ambiental – POLI 2007 Mais quente do que nos último 2000 anos Departamento de Ciências Atmosféricas – IAG-USP CLIMA: Processos, Mudanças e Impactos Engenharia Ambiental – POLI 2007 Cenários de risco do IPCC versus Temperatura 16-2-2005 Entrada em ação do Protocolo de Kyoto – Ficam fora os EUA e a Austrália (juntos produzem > 25% das emissões mundiais Departamento de Ciências Atmosféricas – IAG-USP CLIMA: Processos, Mudanças e Impactos População Mundial Departamento de Ciências Atmosféricas – IAG-USP Engenharia Ambiental – POLI 2007 CLIMA: Processos, Mudanças e Impactos Engenharia Ambiental – POLI 2007 World population: 6.512.956.507 At morning of April 30, 2006 Source: United Nations, World Population Prospects, The 1998 Revision; and estimates by the Population Reference Bureau. Departamento de Ciências Atmosféricas – IAG-USP CLIMA: Processos, Mudanças e Impactos Departamento de Ciências Atmosféricas – IAG-USP Engenharia Ambiental – POLI 2007 CLIMA: Processos, Mudanças e Impactos Engenharia Ambiental – POLI 2007 Monthly World population figures: 07/01/05 08/01/05 09/01/05 10/01/05 11/01/05 12/01/05 01/01/06 02/01/06 03/01/06 04/01/06 05/01/06 06/01/06 07/01/06 6,451,058,790 6,457,380,056 6,463,701,322 6,469,818,677 6,476,139,943 6,482,257,297 6,488,578,564 6,494,899,830 6,500,609,361 6,506,930,627 6,513,047,982 6,519,369,248 6,525,486,603 Departamento de Ciências Atmosféricas – IAG-USP CLIMA: Processos, Mudanças e Impactos Departamento de Ciências Atmosféricas – IAG-USP Engenharia Ambiental – POLI 2007 CLIMA: Processos, Mudanças e Impactos Engenharia Ambiental – POLI 2007 Crescimento da população por região Departamento de Ciências Atmosféricas – IAG-USP CLIMA: Processos, Mudanças e Impactos Departamento de Ciências Atmosféricas – IAG-USP Engenharia Ambiental – POLI 2007 CLIMA: Processos, Mudanças e Impactos Engenharia Ambiental – POLI 2007 Modelo de transição demográfica Departamento de Ciências Atmosféricas – IAG-USP CLIMA: Processos, Mudanças e Impactos População e Urbanização Causas: Aumento na expectativa de vida Redução das terras aráveis + industrialização urbana Departamento de Ciências Atmosféricas – IAG-USP Engenharia Ambiental – POLI 2007 CLIMA: Processos, Mudanças e Impactos Engenharia Ambiental – POLI 2007 400 6 ) ) Velocidade das viagens globais em relação ao crescimento Populacional do mundo 5 300 4 250 200 3 150 2 100 50 1 0 0 1850 1900 Year 1950 2000 Departamento de Ciências Atmosféricas – IAG-USP World Population in billions ( Days to Circumnavigate ( the Globe 350 CLIMA: Processos, Mudanças e Impactos Engenharia Ambiental – POLI 2007 Rápido aumento da Urbanização • • Departamento de Ciências Atmosféricas – IAG-USP 2000 - 47% da população do mundo vivendo em áreas urbanas 2030 - 60% da população do mundo vivendo em áreas urbanas CLIMA: Processos, Mudanças e Impactos Departamento de Ciências Atmosféricas – IAG-USP Engenharia Ambiental – POLI 2007 CLIMA: Processos, Mudanças e Impactos Engenharia Ambiental – POLI 2007 As 10 maiores cidades do mundo (em milhões) 1999 - incluindo suas vizinhanças Tokyo Mexico City Sao Paulo Bombay New York Shanghai Los Angeles Lagos Calcutta Buenos Aires 28.8 17.8 17.5 17.4 16.5 14.0 13.0 12.8 12.7 12.3 Departamento de Ciências Atmosféricas – IAG-USP CLIMA: Processos, Mudanças e Impactos Engenharia Ambiental – POLI 2007 Exemplo de um país periférico: Kenya 72% rural 75-80% emprego agrícola 80% da agricultura para o consumo regional Estrutura populacional do Kenia Departamento de Ciências Atmosféricas – IAG-USP CLIMA: Processos, Mudanças e Impactos Engenharia Ambiental – POLI 2007 Um exemplo de um país central: Italia 90% urbana 12% emprego agrícola – orientado para o consumo interno e para exportação Estrutura populacional da Itália Departamento de Ciências Atmosféricas – IAG-USP CLIMA: Processos, Mudanças e Impactos Engenharia Ambiental – POLI 2007 População Global • 6,526 bilhões • Ainda cresce cerca de 70 milhões/ano • Estima-se para 2050 entre 9 e 12 bilhões Top 10 Countries China India US Indonesia Brazil Russia Pakistan Bangladesh Japan Nigeria 1,270,000,000 1,030,000,000 281,421,906 224,784,210 172,860,370 146,001,176 141,553,775 129,194,224 126,549,976 123,337,822 Los Angeles Times 2001 • Maior crescimento previsto no mundo em desenvolvimento • Taxa Total de Fertilidade (TFR) - taxa usualmente definida a partir do número de nascimentos que ocorrem durante um ano - 1.2 a 8 / mulher • Países ricos terão as menores taxas de crescimento • Países pobres terão as maiores taxas de crescimento Departamento de Ciências Atmosféricas – IAG-USP CLIMA: Processos, Mudanças e Impactos Engenharia Ambiental – POLI 2007 Nearly Half of Earth's Land Has Been Transformed by Humans. Humans have gravely altered the chemistry, biology and physical structure of the Earth's land and water, according to the latest findings on the "human footprint on Earth." Half of the mangrove forests, which serve as estuaries in the tropics, have been lost to a combination of coastal development and conversion to aquaculture. Global aquaculture now accounts for more than one-quarter of all fish consumed by humans. In the case of shrimp and salmon -- the fastest growing segment of aquaculture -two to three pounds of fish are needed to grow one pound of the raised seafood. Thus this practice is depleting the oceans of food for wild fish, birds, and marine mammals. About 3000 species of marine life are in transit in ballast water of ships around the world, resulting in a serious invasion of non-native species in our waterways. A minor but increasing contributor to the problem is escape of non-native fish and plants from aquariums. There are now some 50 'dead zones' in the world's coastal areas is reported. The largest in the Western Hemisphere is in the Gulf of Mexico, caused by excess nitrogen and phosphorus flowing down the Mississippi River http://www.overpopulation.org/ Departamento de Ciências Atmosféricas – IAG-USP CLIMA: Processos, Mudanças e Impactos Engenharia Ambiental – POLI 2007 Barreiras para o crescimento futuro • Saúde dos Ecossistemas • Produção de Alimentos • Pico na Produção de Petróleo • Mudança Climática Departamento de Ciências Atmosféricas – IAG-USP CLIMA: Processos, Mudanças e Impactos Engenharia Ambiental – POLI 2007 Saúde dos Ecossistemas • Nos últimos 50 anos, os humanos têm alterado os ecossistemas mais rapidamente e de forma extensiva, mais que em qualquer outro período. • As alterações dos ecossistemas têm contribuído substancialmente para o bem estar e para o desenvolvimento econômico a um alto custo na forma de degradação de outros serviços. • O desafio de reverter essa degradação, enquanto aumentando a demanda, somente pode ser alcançada através de significativas políticas públicas e mudanças institucionais. Departamento de Ciências Atmosféricas – IAG-USP CLIMA: Processos, Mudanças e Impactos Engenharia Ambiental – POLI 2007 Produção de Alimentos • 800 milhões subnutridos (com fome) sem dinheiro para comprar comida • 3 bilhões mal nutridos • Muitos países sem suficiência em alimentos • A produção total de calorias tem se mantido em fase com o crescimento populacional graças à produção de óleos vegetais, mas… • A produção per capita de grãos tem caído nas duas últimas décadas (380 a 330 kgs/pessoa) Departamento de Ciências Atmosféricas – IAG-USP CLIMA: Processos, Mudanças e Impactos Engenharia Ambiental – POLI 2007 Pico da Produção de Petróleo • O suprimento global alcançará um pico a curto prazo • Se extinguirá em cerca de 40 anos • Produção atual é de cerca de 85 mbd e 75 mbd em 2015 • A superprodução leva ao colápso da produção • Novos campos em geral tem qualidade pobre Departamento de Ciências Atmosféricas – IAG-USP CLIMA: Processos, Mudanças e Impactos Engenharia Ambiental – POLI 2007 População • Aumenta a demanda por alimento e água com o crescimento da população • Hoje há cerca de 1.1 bilhões sem água adequada e 2.4 bilhões sem saneamento adequado • Necessidade da redução da demanda per capita nos países ricos e tirar o pobre da miséria Departamento de Ciências Atmosféricas – IAG-USP CLIMA: Processos, Mudanças e Impactos Engenharia Ambiental – POLI 2007 Efeitos na Saúde Humana • A variabilidade climática causa profundos efeitos nos organismos vivos da Terra • Mudanças na incidência, duração, surgimento e intensidade de tempestades, furacões, enchentes e secas, podem impactar de forma significativa no ciclo de vida das doenças em humanos, animais e plantas. Departamento de Ciências Atmosféricas – IAG-USP CLIMA: Processos, Mudanças e Impactos Engenharia Ambiental – POLI 2007 Os padrões de grande escala das mudanças climáticas são bem entendidos, mas as projeções das mudanças em escala regional e em menores escalas permanecem incertas Departamento de Ciências Atmosféricas – IAG-USP CLIMA: Processos, Mudanças e Impactos Engenharia Ambiental – POLI 2007 Atividades Humanas Mudanças Climáticas Regionais / Variabilidade Precipitation Temperature River Discharge Sea Level Rise Bay salinity sedimentation coastal erosion, wetland loss Nutrients Algal Blooms Land Use/Cover Sediment Transport dissolved oxygen turbidity water quality habitat RECURSOS BIOLÓGICOS EM ECOSSISTEMAS AQUÁTICOS Departamento de Ciências Atmosféricas – IAG-USP CLIMA: Processos, Mudanças e Impactos Não há uma regra única O fato de que a trajetória para a sustentabilidade não pode ser identificada antecipadamente, ela terá que ser navegada através da tentativa e erro, bem como, através da experimentação consciente. National Research Council, 2000 Our Common Journey Departamento de Ciências Atmosféricas – IAG-USP Engenharia Ambiental – POLI 2007 CLIMA: Processos, Mudanças e Impactos Engenharia Ambiental – POLI 2007 Impactos Climáticos Impactos social, econômico e ambiental estão associados diretamente com eventos severos e extremos. O conceito mais importante no estudo dos impactos é a vulnerabilidade: Social Econômica Ambiental Os impactos sociais são proporcionais à vulnerabilidade social. A vulnerabilidade social depende das condições de acesso das pessoas à educação, saúde, habitação, alimentação e ... Departamento de Ciências Atmosféricas – IAG-USP CLIMA: Processos, Mudanças e Impactos Engenharia Ambiental – POLI 2007 “Will Not” or “Extremely Unlikely” “Will” or “Virtually Certain” “Very Likely” or “Very Probable” “Very Unlikely” or “Little Chance” Greater than roughly 9 chances in 10 Less than roughly 1 chance in 10 “Unlikely” or “Some Chance” “Likely” or “Probable” Greater than roughly 2 chances in 3 Less than roughly 1 chance in 3 Limited Evidence or Speculative “Possible” or “May” Roughly even odds 0% Increasing Likelihood (or Chance of Occurrence) Departamento de Ciências Atmosféricas – IAG-USP Increasing Confidence in Well-Established the Results Um Léxico Conceitual da Confiança Relativa e da Probabilidade 100% CLIMA: Processos, Mudanças e Impactos Engenharia Ambiental – POLI 2007 Cenários de Mudanças Macro-Climáticas Impactos de Primeira Ordem: Propriedades climáticas regionais Impactos de Segunda Ordem: Agricultura e Uso do solo Impactos de Ordem Superior: Produtividade Agropecuária, Produção Regional, Preços e etc.. Departamento de Ciências Atmosféricas – IAG-USP CLIMA: Processos, Mudanças e Impactos Engenharia Ambiental – POLI 2007 Mas..., há grande VARIABILIDADE CLIMÁTICA Departamento de Ciências Atmosféricas – IAG-USP CLIMA: Processos, Mudanças e Impactos Engenharia Ambiental – POLI 2007 Monitorando desastres e eventos extremos 0 2 0 0 0 4 0 0 0 K m Cool summer Climate system monitoring 10 Sep 2003 Iwate Prefecture Press reports on natural disasters Forest fire Drought W Flood Storm,wet Oct Dry Jun Drought Jun-Jul Hot, dry, forest fire Jun-Sep Forest fire Oct Cold Jan,Feb Dry Oct Drought Sep-Nov Hot Jun Heat wave, Forest fire Jun-Jul Hot Jun-Jul Wet Jul,Oct Wet, typhoons May-Nov,Dec Wet May-Jun Hurricanes Aug-Sep Cyclones Mar Cold Jun-Jul Cold Dec-Jan Wet Jul,Aug Cyclones,storm Apr-Oct p r o je c tio n Amagi Agricultural Office Global extreme climate event chart (Extreme events in 2004) Stormy snow Nov i n k e l 's Wet Jul Dry Jun, Drought Jun-Jul Departamento de Ciências Atmosféricas – IAG-USP Wet Jan-Feb CLIMA: Processos, Mudanças e Impactos Engenharia Ambiental – POLI 2007 Como em qualquer outra região, há uma grande variabilidade no clima da América Latina Departamento de Ciências Atmosféricas – IAG-USP CLIMA: Processos, Mudanças e Impactos Engenharia Ambiental – POLI 2007 EXTREMOS CLIMÁTICOS Sêcas Janeiro a Agosto de 1983 Enchentes e Tempestades Janeiro a Agosto de 1983 Glantz, M. 1987 Departamento de Ciências Atmosféricas – IAG-USP CLIMA: Processos, Mudanças e Impactos • Regiões semi-áridas marginais são em geral mais vulneráveis aos eventos climáticos. • As pessoas pobres que dependem da agricultura nessas regiões se constituem nos grupos mais vulneráveis a eventos de extremos climáticos. Departamento de Ciências Atmosféricas – IAG-USP Engenharia Ambiental – POLI 2007 CLIMA: Processos, Mudanças e Impactos Engenharia Ambiental – POLI 2007 A história do impacto da seca no NE brasileiro é muito relevante. Aparentemente o número de eventos de seca têm aumentado ao longo da história. * Anos com eventos extremos - Magalhães - 2002 Departamento de Ciências Atmosféricas – IAG-USP CLIMA: Processos, Mudanças e Impactos Engenharia Ambiental – POLI 2007 CLIMA, SOCIEDADE e POLÍTICAS PÚBLICAS • O clima afeta a sociedade • A sociedade e o governo respondem aos impactos climáticos O clima e suas variações afetam grandemente as condições de vida em todas as localidades. Na América Latina há uma grande variabilidade climática: O caso do NE do Brasil Departamento de Ciências Atmosféricas – IAG-USP CLIMA: Processos, Mudanças e Impactos Engenharia Ambiental – POLI 2007 Degradação ambiental e mudança no uso do solo Departamento de Ciências Atmosféricas – IAG-USP CLIMA: Processos, Mudanças e Impactos Engenharia Ambiental – POLI 2007 Dinâmica Cíclica Education New skills Societal Outcomes Economic Outcomes New social structures POLICY New industries New institutions S&T Outcomes Knowledge Networks Conduct of Science Knowledge transfer Departamento de Ciências Atmosféricas – IAG-USP Tech transfer CLIMA: Processos, Mudanças e Impactos Engenharia Ambiental – POLI 2007 VULNERABILIDADE Variabilidade Climática Eventos Climáticos: Sêcas – Enchentes • Biofísica Impáctos Climáticos Respostas Políticas • Políticas emergenciais Vulnerabilidade • Social Populações com acesso à: educação, saúde, saneamento, habitação… Departamento de Ciências Atmosféricas – IAG-USP • Políticas de desenvolvimento de longo prazo CLIMA: Processos, Mudanças e Impactos Políticas emergenciais de curta duração Desenvolvimento de políticas de longo termo Departamento de Ciências Atmosféricas – IAG-USP Engenharia Ambiental – POLI 2007 CLIMA: Processos, Mudanças e Impactos Engenharia Ambiental – POLI 2007 IMPACTOS DAS MUDANÇAS CLIMÁTICAS Departamento de Ciências Atmosféricas – IAG-USP CLIMA: Processos, Mudanças e Impactos Engenharia Ambiental – POLI 2007 O primeiro Furacão no Atlântico Sul: Uma possível amplificação dos eventos extremos! Departamento de Ciências Atmosféricas – IAG-USP CLIMA: Processos, Mudanças e Impactos Engenharia Ambiental – POLI 2007 Riscos: Malária, Fome, Redução de água potável e enchentes Departamento de Ciências Atmosféricas – IAG-USP CLIMA: Processos, Mudanças e Impactos Engenharia Ambiental – POLI 2007 NDVI - Ìndice de Vegetação Normalizado – Fevereiro de 1992 AVHRR 8-km Modelos Climáticos já estão sendo acoplados com processos da biota e seus ciclos. NDVI - Ìndice de Vegetação Normalizado – Setembro de 1992 AVHRR 8-km NDVI = IRpróximo – V _________ IRpróximo + V IRpróximo V- (0.76 a 0.90 micras) (0.63 a 0.69) micras Departamento de Ciências Atmosféricas – IAG-USP CLIMA: Processos, Mudanças e Impactos Departamento de Ciências Atmosféricas – IAG-USP Engenharia Ambiental – POLI 2007 CLIMA: Processos, Mudanças e Impactos Departamento de Ciências Atmosféricas – IAG-USP Engenharia Ambiental – POLI 2007 CLIMA: Processos, Mudanças e Impactos Engenharia Ambiental – POLI 2007 Desmatamento na Amazônia - 1999 Departamento de Ciências Atmosféricas – IAG-USP CLIMA: Processos, Mudanças e Impactos Engenharia Ambiental – POLI 2007 O DESMATAMENTO DA AMAZONIA: Vias de transporte – densidade populacional – severidade da estação seca 100 y = 47.58 - 19.48log(x) R= 0.5075 Auto-estradas y = 7 0 .1 8 - 2 6 .1 6 lo g (x ) 80 R = 0 .6 5 6 9 60 40 20 Deforestation (% ) Deforestation (% ) 100 80 Estradas 60 40 20 0 0 1 00 2 00 3 00 4 00 5 00 0 6 00 D is ta n c e to h ig h w a y (k m ) 0 50 100 150 200 250 300 Distance to road (km) Rural Populations 100 y = -16.93 + 18.85log(x) R = 0.4928 Severidade da Estação Seca Deforestation (% ) Deforestation (% ) 100 80 60 40 20 0 80 60 40 20 0 0 100 200 300 400 500 2 Rural-population density (no./km ) 1 2 3 4 5 6 7 D r y - s e a s o n d u r a tio n ( m o n t h s ) Departamento de Ciências Atmosféricas – IAG-USP CLIMA: Processos, Mudanças e Impactos Engenharia Ambiental – POLI 2007 Distribuição global dos Biomas SPOT-VEGETATION 1998/9 Departamento de Ciências Atmosféricas – IAG-USP CLIMA: Processos, Mudanças e Impactos A Água e impactos Lagos 1. Oligotróficos – pequena quantidade de nutrientes 2. Eutrófico – excessiva quantidade de nutrientes • Eutrofização – fertilizantes • Poluição – resíduos e esgoto • Sedimentos – erosão • Canalização • Introdução de espécies exóticas – plantas e peixes • Mudança na vazão – mais enchentes Departamento de Ciências Atmosféricas – IAG-USP Engenharia Ambiental – POLI 2007 CLIMA: Processos, Mudanças e Impactos Engenharia Ambiental – POLI 2007 Demanda global por água potável Departamento de Ciências Atmosféricas – IAG-USP CLIMA: Processos, Mudanças e Impactos Engenharia Ambiental – POLI 2007 Riscos de incidência de vetores transmissores de doenças infecciosas Departamento de Ciências Atmosféricas – IAG-USP CLIMA: Processos, Mudanças e Impactos Engenharia Ambiental – POLI 2007 Efeitos do Aquecimento Global sobre a Malaria Departamento de Ciências Atmosféricas – IAG-USP CLIMA: Processos, Mudanças e Impactos Engenharia Ambiental – POLI 2007 Índice de Malaria - 1965 Índice de Malaria - 1994 Jeffrey D. Sachs – Harvard -1999 Departamento de Ciências Atmosféricas – IAG-USP CLIMA: Processos, Mudanças e Impactos Engenharia Ambiental – POLI 2007 Aumento de doenças infecciosas Translocation Encroachment Introduction “Spill over” & “Spill back” Agricultural Intensification Dasazak P. et.al. Science 2000 287:443 Wildlife EID Domestic Animal EID Human encroachment Ex situ contact Ecological manipulation Human EID Technology and Industry Departamento de Ciências Atmosféricas – IAG-USP Global travel Urbanization Biomedical manipulation CLIMA: Processos, Mudanças e Impactos Engenharia Ambiental – POLI 2007 Progressos tecnológicos e possibilidades de solução de problemas atuais e futuros com novas soluções • Assim como as tecnologias de 1900 não poderiam sustentar a população de 2000, novas tecnologias serão desenvolvidas para a população de 2100 e além. • Enquanto algumas tecnologias estão contribuindo para resolver os problemas de agora, voltar para a natureza não é uma opção, tendo em vista a população no presente e no futuro, tecnologia é essencial. • Custo-benefício de novas tecnologias e manufaturados estão emergindo e nos ajudarão a ter uma energia limpa e um meio ambiente conservado, necessitando apenas um maior comprometimento. • Sendo assim, se nós estamos nos limites acima ou abaixo do impacto de mudanças climáticas isto é irrelevante, nós podemos resolver este problema através de mais investimento em pesquisa e desenvolvimento. Departamento de Ciências Atmosféricas – IAG-USP CLIMA: Processos, Mudanças e Impactos Departamento de Ciências Atmosféricas – IAG-USP Engenharia Ambiental – POLI 2007 CLIMA: Processos, Mudanças e Impactos Engenharia Ambiental – POLI 2007 Uma importante questão ! Como os ecossistemas marinhos, os ciclos biogeoquímicos e suas interações respondem às mudanças globais e como retroalimentam o Sistema Terra ? Departamento de Ciências Atmosféricas – IAG-USP CLIMA: Processos, Mudanças e Impactos Engenharia Ambiental – POLI 2007 Balanços dos custos economicos e benefícios focados nas estimativas dos custos esperados • Sociedade e progresso são dirigidos de forma mais efetiva quando se considera todos os aspectos em termos do custo monetário. • Embora pareça algo sem sentimento, o valor econômico ou monetário é freqüentemente associado com itens sem um verdadeiro valor monetário como a vida humana, a comunidade, a pesca, a floresta e outros. • Os custos das mudanças na tecnologia da energia atualmente podem ser relacionados ao acumulo de custos e/ou benefícios das mudanças no meio ambiente usando algum tipo de desconto na conta final. • Incertezas na ciência e os riscos do meio ambiente podem ser ponderados, o valor na busca do conhecimento pode ser estimado e prioridades podem ser recomendadas. • Sendo assim, procure atualmente o que é o custo-efetivo, mas espere até mais tarde para fazer os cortes necessários, pois a tecnologia está sempre se desenvolvendo e com isso o impacto na base econômica deve ser minimizado. Departamento de Ciências Atmosféricas – IAG-USP CLIMA: Processos, Mudanças e Impactos Engenharia Ambiental – POLI 2007 Declarações de lideres do setor econômico tem sugerido que existe um potencial significativo do ponto de vista custo efetivo para redução de emissões “Estudos econômicos tem identificado que existem muitas políticas potenciais para reduzir as emissões de gases de efeito estufa onde os benefícios são maiores que o custo total. Para os Estados Unidos em particular, as análises econômicas mostram que pode haver uma opção de política que desaceleraria as mudanças no clima sem causar maiores problemas aos padrões de vida americanos e que estas medidas poderiam até melhorar a produtividade dos EUA num futuro próximo.” (Arrow, Jorgenson, Krugman, Nordhaus, Solow, et al. January 1997) Departamento de Ciências Atmosféricas – IAG-USP CLIMA: Processos, Mudanças e Impactos Engenharia Ambiental – POLI 2007 Considerações de Igualdade e apelo a honestidade das pessoas para considerar os interesses de outros • Grupos religiosos tem pedido para que as considerações morais estejam no núcleo deste tipo de tema. • Qualquer coisa que se faça deve ser pesado o efeito relativo e o custo de ricos versus pobres – pesquisas tem indicado que os pobres tem menos capacidade para se adaptar. • Qualquer coisa que se faça deve ser pesado o efeito relativo e o custo dos EUA versus os outros países – pesquisas apontam que mudanças climáticas terão um impacto maior nas nações em desenvolvimento. • Qualquer coisa que seja feita deve levar em consideração os impactos relativos dos custos desta geração versus de futuras gerações – a justiça sugere que nós devemos fazer nossa parte e que trabalhar no problema de forma modera e ao longo de um tempo maior é melhor do que esperar e tentar fazer tudo de uma só vez. Departamento de Ciências Atmosféricas – IAG-USP CLIMA: Processos, Mudanças e Impactos Engenharia Ambiental – POLI 2007 ENTRETANDO, resolver este dilema de meio ambiente é muito difícil dentro dos nossos muitos desejos Nós queremos uma ciência com certeza mesmo que nosso futuro seja incerto. • Nós queremos uma energia abundante e barata para podermos viver livres de preocupações • Nós queremos um meio ambiente limpo, saudável e estável para nós e nossos filhos • Nós queremos que novas tecnologias aumentem nosso conforto e mobilidade • Nós queremos que os custos de nossas necessidades sejam baixos assim nós poderemos fazer mais com o que sobrar • Nós queremos justiça • Nós queremos (e dependemos) das boas relações com o mundo • E, Nós queremos que nossos políticos resolvam este problema Departamento de Ciências Atmosféricas – IAG-USP CLIMA: Processos, Mudanças e Impactos Engenharia Ambiental – POLI 2007 Então, onde estamos agora? A diversidade de perspectivas em prioridades e incertezas tem nos levado a uma grande variedade de opiniões sobre o que devemos fazer ¾ Não tome nenhuma medida agora, pode ser feito depois ¾ Expandir a pesquisa e desenvolvimento ¾ “Sem lamentações”-faça o ¾ Esperar até que haja um conhecimento melhor ¾ Adie decisões enquanto houver incertezas, melhore suas opções que é custo efetivo ¾ O risco econômico triunfa sobre o risco do meio ambiente ¾ Investimento modesto como uma apólice de seguro ¾ Pondere os custos benefícios para balancear os riscos econômicos e do meio ambiente ¾ Busque ações agressivas agora ¾ Riscos no meio ambiente e perdas irreparáveis precisam ser analisados Departamento de Ciências Atmosféricas – IAG-USP CLIMA: Processos, Mudanças e Impactos Engenharia Ambiental – POLI 2007 Uma analogia entre a Terra e a nossa casa 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. Começamos com a casa limpa, abastecida e com o número de pessoas ideal para que todos possam viver com conforto. O número de pessoas cresce, o espaço aperta, a demanda por água e alimentos aumenta. Um número maior de pessoas implica em aumento no consumo de energia e na produção de lixo. Ainda por cima, alguns habitantes gostam de fumar, enchendo o ar de poluentes. A solução é impor regras contra o fumo em excesso, reduzir o lixo e o consumo de energia e otimizar o uso da água. Caso contrário, a casa original rapidamente não daria conta da demanda crescente dos seus habitantes. A Terra é bem maior do que uma casa mas também é finita. A atmosfera, os oceanos e o solo reciclam eficientemente a poluição e o lixo que criamos. Mas todo sistema finito tem um limite. Não há dúvida que, se não mudarmos o modo como usamos e abusamos do planeta, chegaremos a esse limite. Infelizmente, a ciência não pode prever exatamente quando isso vai ocorrer. Mas ela, junto com o bom senso, afirma que é uma mera questão de tempo. Departamento de Ciências Atmosféricas – IAG-USP CLIMA: Processos, Mudanças e Impactos Engenharia Ambiental – POLI 2007 “A humanidade já consome 20% mais recursos naturais do que o planeta é capaz de repor” Relatório Planeta Vivo 2002 – WWF É NECESSÁRIO EMPENHO INDIVIDUAL E COLETIVO PARA PODER PRESERVAR NOSSO PLANETA PARA AS FUTURAS GERAÇÕES !!! O FUTURO DO PLANETA DEPENDE DE CADA UM DE NÓS !! Departamento de Ciências Atmosféricas – IAG-USP CLIMA: Processos, Mudanças e Impactos Engenharia Ambiental – POLI 2007 OBRIGADO !!! Votos de sucesso a cada um de vocês! ________________ Prof. Massambani Departamento de Ciências Atmosféricas – IAG-USP