JAZZ GUITAR - Tercinas Daniel N

Transcrição

JAZZ GUITAR - Tercinas Daniel N
JAZZ GUITAR - Tercinas Daniel N
JAZZ GUITAR - Tercinas
Daniel Nakamura
Olá amigos! Para mim é uma honra poder participar deste
site sensacional que é o Guitar X. Minha coluna estará
sempre abordando temas relacionados a guitarra jazz e
suas vertentes. Espero que gostem e participem de
minhas aulas.
Antes de mais nada gostaria de falar um pouco de mim
para que vocês me conheçam melhor.
Comecei a tocar violão bem cedo, aos 6 anos de idade,
quando ganhei meu primeiro violão. Fiz aulas particulares
de violão popular até os 13 anos.
Em 1989 montei uma banda e comecei a tocar guitarra.
Era uma banda de cover de rock clássico (Deep Purple,
Led Zeppelin, Pink Floyd, ...), e que durou 3 anos. Nesse
período comecei os estudos de harmonia e improvisação
meio autodidaticamente, foi quando começou a despertar
o interresse pelo jazz, que eu ouvia, mas não entendia nada.
Em 1993, entrei para a Faculdade de Medicina do ABC, onde conheci um batera, e um baixista e
montei o Buscopan, que era um power trio de rock. No período de 1996 a 2000, toquei na banda da
cantora Selma Lins, que tinha uma linha mais pop.
Em 2000, resolvi estudar guitarra pra valer e ingressei no IGT, onde me formei. Lá estudei com os
profs. Marco Angi e Djalma Lima, com os quais fiz especialização em Jazz.
Em 2001 entrei na Big Band do Sesc Consolação, regida pelo músico Fábio Tagliaferri, onde tive a
oportunidade de tocar com músicos como: Skowa, Mário Manga, Arnaldo Antunes, Paulinho Moska e
Danilo Caymmi.
Atualmente, toco nesta Big Band, com minha banda Válvula B (soul/funk/Música brasileira 70's), e
num quinteto de jazz. Dou aulas de harmonia e improvisação e criei um blog novíssimo de jazz
(http://beblogjazz.zip.net).
JAZZ GUITAR - Tercinas
O estudo do jazz requer um quesito básico e fundamental, além do estudo da harmonia, escalas,
arpejos, etc... Estamos falando do ritmo. É amigos, sem o ritmo é impossível tocar jazz. Inclusive
muitas vezes a dificuldade de um solo jazzístico encontra-se na dinâmica e no ritmo. Basta ouvir
guitarristas como Wes Montgomery, ou Charlie Christian, para perceber que a encrenca está mais
nas acentuações e nas idéias rítmicas do que em escalas exóticas.
Nesta coluna vou mostrar como é possível variar idéias rítmicas com um simples arpejo de Dm7 e
com o uso de tercinas.
Bom, se você não conhece o arpejo de Dm7 vamos revê-lo. O Ex.1 mostra o arpejo de Dm7 tocado
em duas oitavas e em colcheias (ascendente e descendente). É interessante praticá-lo, com o
metrônomo nos tempos 2 e 4, por alguns minutos.
http://www.guitarx.com.br/library_html/destaque/2ªsemana_outubro/coluna_nakamura.htm (1 of 4) [26/10/04 01:27:33]
JAZZ GUITAR - Tercinas Daniel N
Audio - Ex 1
Cada compasso possui 8 notas, certo?! Então, vamos manter o mesmo número de notas, mas
aplicar tercinas no 2º tempo (Ex.2) . Para tanto, perceba que a primeira nota do arpejo vai rolar no
contra-tempo do 1º tempo do compasso.
Se você estiver tocando com o metrônomo nos tempos 2 e 4, já vai sentir algum sabor jazzístico,
tocando um simples arpejo de Dm7 !
Audio - Ex 2
O passo seguinte seria deslocar essas tercinas para o 3º tempo : Ex.3 ; para o 4º tempo : Ex.4 ; e
para o 1º tempo : Ex.5.
http://www.guitarx.com.br/library_html/destaque/2ªsemana_outubro/coluna_nakamura.htm (2 of 4) [26/10/04 01:27:33]
JAZZ GUITAR - Tercinas Daniel N
A idéia é praticar cada exercício separadamente, por alguns minutos, até você se acostumar com
essas idéias rítmicas. E, depois, você deve praticar misturando-as. Por exemplo, toque o 1º
compasso com a tercina no 2º tempo, no 2º compasso, desloque para qualquer outro tempo, e
assim por diante. A mesma idéia pode e deve ser aplicada para outros arpejos.
O Ex.6, mostra uma frase do genial Charlie Parker, onde ele usa tercinas em um arpejo de Bbmaj7,
sobre Gm7 (compasso 1). Toque a frase e perceba como o ritmo no jazz fala mais do que notas
complicadas.
http://www.guitarx.com.br/library_html/destaque/2ªsemana_outubro/coluna_nakamura.htm (3 of 4) [26/10/04 01:27:33]
JAZZ GUITAR - Tercinas Daniel N
Audio - Ex 6 / 110 Bpm
Audio - Ex 6 / 160 Bpm
Outro detalhe, as colcheias no jazz devem ser tocadas como se fossem a primeira e a terceira nota
de um grupo de tercinas, apesar da escrita normalmente ser em colcheias. Se você tocar examente
como está escrito, vai soar muito mecânico e sem o groove do jazz. No Ex.7 o primeiro compasso
mostra como normalmente está escrito nas partituras e o segundo, mostra como você deve tocar.
Divirtam-se. E até a próxima...
http://www.guitarx.com.br/library_html/destaque/2ªsemana_outubro/coluna_nakamura.htm (4 of 4) [26/10/04 01:27:33]

Documentos relacionados