Moscou e São Petersburgo

Transcrição

Moscou e São Petersburgo
V1
%HermesFileInfo:V-1:20121218:
O ESTADO DE S. PAULO
TERÇA-FEIRA, 18 DE DEZEMBRO DE 2012 Nº 2418
Bom e barato no Caribe
‘Sandra Rosa’ em alto-mar
All-inclusive sem decepção em uma oferta pela internet
De Magal a Ramones, os cruzeiros temáticos da temporada
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http://www.estadão.com.br
Rússia
DIVULGAÇÃO
Berço de escritores como Dostoievski, arredio e, ao mesmo tempo, deslumbrante,
o país é uma constante fonte de inspiração. A ser desbravado com ou sem neve
Literatura viva
THIAGO MOMM/ARQUIVO PESSOAL
Por dentro e por fora. Os detalhes rebuscados
da Igreja do Sangue Derramado, em São
Petersburgo: o interior é ainda mais bonito
V6 Viagem
%HermesFileInfo:V-6:20121218:
O ESTADO DE S. PAULO
TERÇA-FEIRA, 18 DE DEZEMBRO DE 2012
Rússia
O ESTADO DE S. PAULO
Moscou e São Petersburgo lapidam seus clássicos, de olho nos turistas que vêm para a
Olimpíada de Inverno em 2014. Mas não é preciso esperar: há muito o que ver desde já
TERÇA-FEIRA, 18 DE DEZEMBRO DE 2012
Fundada em 1703 por Pedro, o Grande, São
Petersburgo mudou de nome três vezes ao longo
de sua história. Virou Petrogrado entre 1914-1924,
depois Leningrado e, em 1991, voltou ao nome original
Viagem V7
São Petersburgo teve diversos apelidos. Alguns
lisonjeiros, como Veneza do Norte. Outros nem tanto: foi
chamada de “a cidade erguida sobre os ossos” em razão
dos até 100 mil trabalhadores mortos em sua construção
FOTOS THIAGO MOMM/ARQUIVO PESSOAL
Cartões-postais. Hermitage,
em ampliação; abaixo,
Fortaleza Pedro e Paulo
Antiga e renovada
Thiago Momm
ESPECIAL PARA O ESTADO
SÃO PETERSBURGO
“Se pelo menos ela
viesse!”, escreveu a autora russa Tatyana
Tolstaya em uma crônica na revista New Yorker ao retratar a espera ansiosa pela neve em São Petersburgo. Essa ansiedade tem a ver com a beleza
do cenário que chega e com o incômodo das chuvas que se vão.
Entre maio e setembro, chove
praticamente um dia a cada
dois. É uma época, diz Tolstaya
– e confirmado pela reportagem
– “em que as casas ficam tão encharcadas que parecem prestes
a se desmanchar em areia”.
Mas agora a neve já veio. Os
primeiros flocos caíram no fim
de outubro, início do que são,
em média, 132 dias de parques,
palácios e domos de igrejas esbranquiçados até abril. Em janeiro, a temperatura tende a
cair para uma média de 6 graus
negativos, com momentos –
pasme – abaixo dos 30 negativos. O Rio Neva logo se torna
uma sólida avenida branca, com
pedestres no lugar dos barcos.
A uma noite de trem dali,
Moscou é um pouco mais fria e,
obviamente, também enfrenta o
mítico inverno russo. Pesadelo
de generais suecos, franceses,
alemães e aspiração de muitos
viajantes. A neve aperfeiçoa o visual da Catedral de São Basílio e
do Kremlin. Também pode, claro, causar transtornos, como o
do fim de novembro, quando
houve a pior nevasca na cidade
dos últimos 50 anos.
A capital, cinco séculos e
meio mais velha que São Petersburgo (865 anos contra 309),
tem uma lista não menos valiosa de atrações para entreter o turista – além de promover, na segunda metade de dezembro, o
grande festival de música clássica Noites de Inverno.
Sede da Olimpíada de Inverno de 2014 e da Copa do Mundo
Arte internacional
reunida em um acervo
de 3 milhões de peças
SÃO PETERSBURGO
Certa vez, Woody Allen declarou: “Fiz um curso de leitura dinâmica e li Guerra e Paz em 20
minutos. Tem a ver com a Rússia”. Quem percorrer de forma
dinâmica as quase 400 salas
abertas do Hermitage principal
pode ter sensação semelhante à
do diretor americano.
Para uma visita calma e ampla, vá na quarta-feira, quando o
museuabre às10h30, comosempre, mas fecha bem mais tarde,
às 21 horas. Outra dica é com-
prar o tíquete pelainternet (hermitagemuseum.org), o que evita filas e deixa em aberto a data
da visita. Pode-se também comprar tíquete válido para dois
dias (R$ 53).
Quer ir direto aos destaques?
Não esqueça a escadaria Jordan,
a sala de antiguidades egípcias
(número 100), algumas das salas do Palácio de Inverno que
sãoatrações em si(especialmente as 194 a 198 e 304 a 309) e quatro das mais elaboradas entre as
32 salas de arte italiana (214, 227,
237 e 241).
Colorido
Arte sacra
● Com 7 quilômetros quadrados de mosaicos, a Igreja do Sangue
Derramado foi erguida no lugar onde o czar Alexandre II foi
assassinado por um grupo terrorista em 1881
de 2018, a Rússia promete facilitar o trânsito turístico no país.
Os brasileiros, porém, não têm
por que esperar. Não precisamos do visto desde 2010 para
viagens de até 90 dias e bem menos burocracia nos separa de lá.
Mas há outra expectativa importante ligada aos megaeventos: a de que mais atrações se tor-
Celebrações. As comemora-
Pelo mundo. Hoje, o museu
tem filiais espalhadas pelo mundo: Londres, Amsterdã, Las Vegas e Cazã, também na Rússia.
Bem que o autor russo Dmitry
Grigovorich escreveu, no século
19: “Digam a palavra ‘Hermitage’ em todos os cantos da Rússia
– todos já ouviram falar”.
Em São Petersburgo são nove
prédios, quatro espalhados pela
cidade e cinco reunidos no complexo mais famoso. É ali que fica
o branco, verde, dourado e opulento Palácio de Inverno, construídoentre1754e1762, noreinadodeElizabethI,eprincipalresidência dos czares pelos 250
anos seguintes.
Após um grande incêndio, em
1837, o prédio foi reconstruído
no mesmo estilo. Na Revolução
de Fevereiro, em 1917, se tornou
sede do governo provisório e, no
mesmo ano, foi tomado pelos
bolcheviques na Revolução de
Outubro. /T.M.
ções do 250 anos do Hermitage, em dezembro de 2014, envolvem uma série de melhorias. O governo russo pretende
gastar pouco mais de R$ 1 bilhão em restaurações de pontos como o Pequeno Hermitage, a Praça do Palácio e o gigantesco e vizinho Palácio do Estado Maior – onde a ala leste, doada ao Hermitage, passa por reformas para ganhar lojas e restaurantes.
A história do museu mais importante da Rússia começa
quando a czarina Catarina, a
Grande (1729-1796) recebeu
de um mercador berlinense 225
quadros de mestres europeus
ocidentais. Quando ela morreu, já eram cerca de 4 mil itens
acumulados. O acervo atual supera os 3 milhões de peças diversas, embora boa parte seja
representativa da arte europeia ocidental.
nem bilíngues. Estudo da empresa Education First com 54 países
revelou “proficiência baixa” de
inglês na Rússia, 29.ª do ranking.
A posição é bem melhor que a
do Brasil (46.º), mas está longe
de significar um turismo sem limitações de comunicação.
Em São Petersburgo, ocidentalizada desde o início, as placas
do metrô e das ruas são traduzidas. De resto, o panorama é o
mesmo de Moscou: inglês garantido em lojas famosas, muitos
hotéis, alguns cardápios e nas
atrações turísticas mundialmente conhecidas, mas não dominado por inúmeros nativos e ausente em pontos importantes.
É o caso do Museu da Guerra
de 1812, ao lado da Praça Vermelha, em Moscou. A exposição do
bicentenário da vitória sobre
Napoleão é anunciada em várias línguas nos alto-falantes externos. A visita, no entanto,
ocorre sem legendas. Em outros museus, o turista é razoavelmente ajudado por livretos
Entre uma e outra atração clássica de São Petersburgo, descubra
pontos menos conhecidos que
também valem a visita:
Restaurante Tchecov
Rua Petropavlovskaia, 4
Aprecie o mobiliário, comova-se
com a pianista e as vodcas da casa, peça comida típica e sinta-se
em uma dacha (casa de campo
russa) do século 19. Refeição completa por cerca de R$ 60 – fica
bem ao lado da estação de metrô
Petrogradskaia.
Reformas. Juntas, Moscou e
São Petersburgo somam mais
de 5 milhões de visitantes ao
ano. As cidades vêm lapidando
seus clássicos nos últimos tempos. Na capital russa, os prédios da antiga fábrica comunista de chocolates Outubro Vermelho são, desde 2010, um inquieto complexo de arte, entretenimento e gastronomia – que
acaba de ganhar mais uma galeria. Diversão garantida por pelo
menos uma semana.
Em São Petersburgo, por sua
vez, o Teatro Bolshoi reabriu
em 2011, depois de passar por
uma ampla renovação. Os Jardins de Verão voltaram a ser
apreciados pelo público em
maio, após três anos de reformas e o Hermitage está em ampliação por conta de seus 250
anos, em 2014. Belezas a serem
apreciadas com ou sem neve.
O que trazer
No bolso
Para entender ao menos as
estações de metrô e os endereços, ande com a tradução
do alfabeto cirílico
Vodca
Nos supermercados, há no
mínimo 20 rótulos desse totem russo. Por menos de R$
20 compra-se algo de qualidade. Vá de Zyr, Decanter, Russian Standard. Vários dos rótulos estão apenas em russo.
Use seu tradutor de alfabeto.
Na mente
Leve muita paciência. A burocracia
russa é capaz de
surpreender até
mesmo os viajantes
mais experientes
SÃO PETERSBURGO
vendidos nas bilheterias ou por
cadernos de consulta no canto
das salas.
O que levar
No corpo
Vista-se em camadas: museus e restaurantes pedem
(ou exigem) que
sejam retirados
jaquetas e sobretudos. Sem uma
blusa de lã, o frio
será inevitável
Achados irresistíveis
para ir além do óbvio
Matrioshkas
Também chamadas de babushkas, são ultratípicas. Em Moscou,
uma com cinco
peças, acabamento
simples e 18 centímetros custa menos
de R$ 30. Há versões
com detalhes de todos os tipos (até diamantes)
Stolle
stolle.ru
Com dezenas de unidades pelo
país, esta rede de tortas doces e
salgadas (R$ 4 a R$ 14) assadas
ao estilo saxão proporciona uma
cativante pausa do inverno lá fora.
Sucessão de atrações ao
longo de uma avenida
SÃO PETERSBURGO
Quatro quilômetros de prados e
florestasseparavamoAlmirantado do Monastério Alexandre
Nevsky. O projeto para conectálos partiu do arquiteto francês
Alexandre LeBlond; a anuência,
de Pedro, o Grande; e a mão de
obra, de prisioneiros suecos da
Grande Guerra do Norte. Assim
surgia, no início do século 18, a
avenidaNevsky, consolidadacomo a principal do país pelos 300
anos seguintes.
No começo do século 20, se
acumulavam pela Nevsky pon-
tes, praças, bondes, carruagens,
populares e nobres, no que era
um dos grandes bulevares europeus da época. Por ali passaram
inúmeros personagens literários
e,aoladodomonastério,descansam Dostoievski e Tchaikovski.
Lá lutaram, em 1917, os exércitos
vermelho e branco na Revolução
Russa;naavenidasurgiramoprédio da antiga Duma, a catedral
Kazan, a biblioteca nacional e,
nas quadras em volta, vários dos
outros prédios que garantem a
grandeza de São Petersburgo.
Embora seja um passeio indispensável, Nevsky se torna um
programa ainda melhor com algumas escapadas ali por perto.
Para compras, a galeria Bolshoi
Gostiny Dvor, à parte o apelo dos
seus mais de dois séculos, não se
compara ao contemporâneo
shoppingGaleria, aduasquadras
da avenida. Para ocidentais interessadosporlivrosrussos,atradicional livraria Don Knigi não alcança a Anglia Books, a cem metros da Nevsky – se a primeira
valepeloprédio,asegundaoferece uma grande seleção de história e literatura russas em inglês.
Hermitage, Teatro Alexandrinsky,MuseuRusso,assuntuo-
sas (e imperdíveis) Catedral de
Santo Isaac e Igreja do Sangue
Derramadotambémficampróximos à Nevsky.
Sairumpoucodaavenidasignifica trocar um excesso de ruído
pelo quase silêncio dos melhores parques da cidade. Caso dos
Jardins de Verão (no detalhe),
reabertosemmaio,apóslongareformulação. Fontes, pavilhões,
92esculturas,umcaféebeloscorredores com arcos e trepadeiras
recebem os visitantes. Ali está
também o modesto palácio habitado por Pedro, o Grande.
Barbas de molho. Quando Pedro,oGrandefundouSãoPetersburgo, em 1703, o espaço onde
ficaria a cidade era apenas um
pântano, e os russos, para alguns
estrangeiros, não mais que “ursos batizados”.
O preconceito se devia ao pouco contato dos barbudos russos
com o Ocidente. Em 1697, Pedro
de 200 tipos de vodca. Famintos
se esbaldam no restaurante
típico anexo.
Erarta
erarta.com
Este museu de arte contemporânea, aberto em 2010, conta com
cerca de 2 mil trabalhos de artistas russos produzidos desde
1950. São cinco andares de exibições temporárias e cinco do acervo, com excelentes quadros. Entrada: R$ 20.
Etagi
loftprojectetagi.ru
O projeto reúne, em uma antiga
fábrica de pães, admiradores de
arte contemporânea. Nos dias
ensolarados, o terraço do café
merece visita. Grátis.
Museu Russo da Vodca
vodkaroom.ru
Privado, oferece ótima exposição
apresentada em inglês por uma
guia e complementada por três
shots (R$ 30). Empolgados pagam e provam outros dos mais
Escritores
Faça uma imersão literária
visitando a casa onde morreu
Pushkin (museumpushkin.ru), em
1837 (tours em russo), o flat onde
Dostoievski (md.sbp.ru) escreveu
o clássico Crime e Castigo (1866)
e o lugar onde Nabokov (nabokovmuseum.org) nasceu e morou até
emigrar do país, em 1917. / T.M.
reuniumaisde250 pessoasefoio
primeiro czar a fazer expedição
significativa pelo mundo ocidental, viagem conhecida como a
Grande Embaixada. Em centros
como Londres e Amsterdã, o
czar ampliou seus conhecimentosnavaisparaconstruirumaflotilha, o que almejava,
mas foi muito além:
depois da viagem,
a Rússia ganharia novo calendário, novo alfabeto, o primeiro jornal,
uma academiadeciências
e uma educação
secular–masperderia as barbas, que
oczarproibiue,emmuitos casos, cortou pessoalmente.
No delta do Rio Neva, à beira
do Golfo da Finlândia, São Petersburgo se tornaria a capital
russa entre 1712 e 1918. Poucos
queriam morar naquele emaranhado de ilhas frequentemente
inundadas, mas, à base de incentivos (e convites forçados), a cidade já contabilizava 34 mil prédios em 1714.
São Petersburgo começou pela Fortaleza de Pedro e Paulo,
planejada como defesa
contra os suecos. A
atração mais visitada da fortaleza é a sua catedral, com 122
metros de altura, interior
barrocoetumbasdequasetodos os czares –
como a do próprioPedro.Bemmenos turistas passam pelaBastilhaTrubetskoi,onde ficaram presos Dostoievski, Trotski
e Gorki, e pela Casa do Almirante, com preciosos objetos da história da cidade. /T.M.
V8 Viagem
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O ESTADO DE S. PAULO
TERÇA-FEIRA, 18 DE DEZEMBRO DE 2012
Pelo centro da capital, quase nove séculos de uma turbulenta trajetória se exibem
tanto na arquitetura como nas lembrancinhas vendidas por ambulantes
Rússia
Relíquias vermelhas e
os ícones do consumo
Bigode espesso, quepe, casaco,
botas, cachimbo. Em troca de
moedas, o perfeito sósia de Josef
Stalin posa com os visitantes que
passampeloentornodoKremlin,
em Moscou. Relevando ou ignorando o passado do ditador, uma
mãe retrata seu filho no colo do
sósia, que sorri. É de se esperar
que uma capital como Moscou,
com 11,5 milhões de habitantes e
quase nove séculos de uma história incrivelmente turbulenta tenha um centro repleto de significados. Ali, é uma overdose.
Príncipes,czares,nobres, invasoresreligiososortodoxos,comunistas, empresários e milhões de
outros russos deixaram (e ainda
deixam) neste quadro complexas pinceladas, que merecem ser
apreciadas tal qual uma obra de
arte: lenta e cuidadosamente.
Assim como o czarismo, o comunismo também angaria turistas. Próximo ao sósia de Stalin, o
embalsamado Lenin descansa à
vista do mundo (a visita é gratuita, mas possível apenas entre 10 e
13 horas, de terça a quinta-feira e
aos sábados e domingos). Já os
líderes moscovitas de 1320a 1690
repousam na Catedral do Arcanjo,dentrodosmurosdoKremlin.
NaPraça daRevolução,anexaà
Vermelha, inúmeras bancas ven-
ção de hoje. Moscou crescia em
importância.Quando Constantinopla caiu, em 1453, a cidade reivindicou para si o título de “TerceiraRoma”.Segundorelataohistoriador Robert Massie, no século 17 Moscou tinha tantos domos
e cruzes de ouro que “se o viajante estivesse presente no momento em que o sol tocava todo esse
ouro, o brilho da luz forçava-o a
fechar os olhos”.
Nessa época, as três magnificentes catedrais que o turista hoje pode visitar com um tíquete de
350 rublos (R$ 23) já ocupavam o
Kremlin. Vale comprar também
o acesso ao Palácio do Arsenal
(com vasta coleção de roupas,
joias, carruagens, tronos e outros
artefatos dos czares) e ao Fundo
dos Diamantes (onde está a
maior safira do mundo). Somados,osdoisingressoscustamcerca de R$ 80. Os palácios do complexo, que refletem o governo de
diferentes séculos, podem ser
apreciados apenas por fora.
Para uma excelente progressão da história russa e moscovita
desde tempos remotos, uma opçãovaliosaéumvizinhodoKremlin, o Museu da História do Estado. Cada uma das 39 salas do museu têm decoração específica da
época que cobre. Uma simpatia.
/THIAGO MOMM, ESPECIAL PARA O
ESTADO
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Se os livros conseguem dar
outra dimensão às viagens,
isso é especialmente válido
no caso da Rússia, prolífica
em escritores de reverberação mundial – a lista do The
Guardian, por exemplo, traz
dez clássicos russos entre os
100 melhores livros de todos
os tempos. Confira opções
recentemente editadas ou
publicadas. / T. M.
Catarina, a Grande
Detalhes: o historiador Robert
Massie, vencedor do Pulitzer
com o livro Sobre Pedro o Grande, aborda aqui a czarina que
acumulou amantes e completou a imersão da Rússia na vida política e cultural da Europa
lá no século 18. Já com fama
internacional, a obra levou o
prêmio Pen/Jacqueline Bograd
Weld de melhor biografia publicada nos EUA em 2011.
Guia Rússia
Lonely Planet
Detalhes: em inglês, traz
informações e sugestões suficientes para cobrir pelo menos um mês de estadia em
São Petersburgo ou Moscou
– que, juntas, somam 140
das 752 páginas do Guia. Destaque também para a seção
Entenda a Rússia, que resume história, arte, gastronomia, entre outros aspectos.
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O Cerco de Leningrado
Detalhes: São Petersburgo
(de 1924 a 1991, Leningrado) foi bloqueada pelos nazistas por 872 dias durante a 2ª
Guerra, com saldo de 1 milhão de mortes. Aqui, o historiador francês Pierre Vallaud
esmiúça o evento e torna
melhores as visitas ao Museu da Defesa e do Bloqueio
de Leningrado e ao da História de São Petersburgo.
Nova Antologia
do Conto Russo
Detalhes: como o título sugere, a obra cobre dois séculos
de produção literária do país.
Reúne autores canônicos, destaques contemporâneos e também antigos nomes pouco conhecidos. Os contos, muitos
deles inéditos em língua portuguesa, foram traduzidos diretamente do russo, o que ainda é
novidade por aqui.
Anna Karenina
Detalhes: publicado em partes entre os anos de 1875 e
1877, este agradável e, ao
mesmo tempo, impactante
romance acaba de ganhar
uma ótima edição em português. Na história, Tolstoi contrasta campo e cidade, homens práticos e intelectuais,
alta e baixa sociedades em
um grande passeio pela Rússia do século 19.
FOTOS DIVULGAÇÃO
demimpensáveisrelíquiascomu- bes mais pretensiosos imitam os
nistas. A imagem de Stalin apare- de outras capitais mundiais e
ceatémesmo atrásdosponteiros mantêm o face control, a prática
de um despertador – talvez pou- de peneirar os clientes. Vestir-se
co útil para acordar de pesadelos. bem ou reservar uma mesa ajuHá os ícones de consumo, dam a garantir o acesso.
curiosidade inevitável em um
Somam-seaodiversificadoquapaís que adotou o capitalismo há drodocentromoscovitaoitoigretãopoucotempo.Aosuldapraça, jasecatedrais,amaioriacomintealém do alardeado McDonald’s, riores espetaculares, mas nenhuhá um elaboramacomafachado sushi 24 hoda da famosa e
ras. A leste fica
feérica Cateo Gosudarstdral de São Bavenny Universílio. Construísalny Magazin,
da entre 1555 e
ou GUM, anti1561 para celegalojadedeparbrar a captura
tamento do esde Cazã por
tado comunisIvan, o Terrí● Novos tempos
ta, cujo lindo
vel, a catedral
Antiga loja comunista,
prédio históritambém mereGUM virou shopping com
co hoje abriga
cevisitaàssuas
mais de mil lojas de grife
mais de mil lonove capelas
jas de grife em
principais (enum shopping
trada: R$ 17).
que rivaliza com os melhores de
São Paulo – inclusive nos preços Horizonte dourado. Por volta
de 1150, muito antes de se tornar
exorbitantes.
A uma quadra do GUM, a rua o destino turístico de mais de um
Nikolskaya ganha fluxo também milhãodeturistasanuais,oKremà noite graças a bares como Che, lin (kreml.ru) surgiu com muros
1920 e Pacha Moscou, baladinha de madeira e iniciou sua história
da famosa rede. Nas pistas, hits política. No século 14, passou a
ocidentais dominam as pick-ups abrigaroepicentrodaigrejaortoenãoédifícilparaosturistasinte- doxa russa, ganhou muros de calragirem. Infelizmente, só é assim cário, torres (boa parte das 19
paraquemchegaládentro.Osclu- atuaisédessaépoca)eadelimita-
MOSCOU
Viagem V9
%HermesFileInfo:V-9:20121218:
O ESTADO DE S. PAULO
TERÇA-FEIRA, 18 DE DEZEMBRO DE 2012
Pedro, o Grande, nunca gostou de Moscou – na infância,
presenciou uma carnificina no Kremlin liderada por uma das
forças militares – e, aos 31 anos, fundou São Petersburgo.
Só em 1918, por ordem de Lenin, Moscou voltou a ser capital
FOTOS THIAGO MOMM/ARQUIVO PESSOAL
De baladas ambiciosas
à típica sauna russa
MOSCOU
Confiraalgumasatraçõesimperdíveis de Moscou para colocar
em seu roteiro:
Yolki-Palki
elki-palki.ru
Restaurante que é de rede sem
parecer, tem decoração de cabana e serve, da entrada à sobremesa, saborosa comida típica.
Você não vai gastar mais de R$
50 em uma refeição.
Noite
Soho Rooms, Imperia Lounge e
Krysha Mira são três das baladas mais ambiciosas de Moscou.
Prepare-se para ser encarado de
alto a baixo pelos seguranças,
que dão o veredicto se você pode
ou não entrar. Lá dentro, você
encontra russos cosmopolitas,
que adoram falar inglês, além de
belas (e altas) mulheres.
Símbolos.
Catedral de
São Basílio e
Kremlin, as
imagens
mais
divulgadas
da capital
Simpático roteiro cultural
em dois distritos à beira-rio
MOSCOU
Depois do aglomerado de pontos turísticos no centro de Moscou,outrocombo deatrações espera o visitante nos distritos de
Zamoskvorechie e Khamovniki,
mais próximos ao Rio Moscou e
à Ilha Bolotny. Trata-se de uma
área que forma, em cerca de 15
quadras, um roteiro com museus, galerias, igrejas, monastérios, bares e restaurantes.
Ali ficam, por exemplo, o Museu Pushkin de Belas Artes (museumpushkin.ru/eng),omaisimportante de arte estrangeira da
cidade, e a Galeria Tretyakov
(tretyakovgallery.ru/en), a melhor compilação de arte russa do
país. Assim como a Catedral de
Cristo,oSalvador,construídapara comemorar a vitória de Alexandre I sobre Napoleão e destruída por Stalin para dar lugar a
um palácio e a uma estátua de
Mínimos detalhes. Arabescos decoram Palácio de Madeira
Lenin gigantescos. Mas as obras
nunca saíram do papel e o lugar
manteve, por cinco décadas, a
maior piscina do mundo. Em
1997, no 850.º aniversário de
Moscou, foi inaugurada a catedral reconstruída.
Se estiver de frente para ela,
vire à esquerda para se deparar
comacontroversa estátua dePedro, o Grande. A peça mostra o
czar a bordo de um navio de 94,5
metrosdealtura, discretona paisagem como um panda se divertindo em uma jacuzzi.
Na parte oeste da Ilha Bolotny
ficaocomplexoOutubroVermelho, antiga fábrica comunista de
chocolates e, desde 2010, abrigo
do universo upscale moscovita.
Ali estão institutos e galerias de
arte, cinema, fotografia, mídia,
arquitetura e design, além de lojas, cafés, restaurantes, academias, um minihotel e bares. No
Rolling Stone, boa sorte com o
face control.
Fora dessa área e do Kremlin
há atrações dispersas. Uma delas, que demanda uma viagem de
mais de meia hora de metrô, é o
Grande Palácio de Madeira, nova versão do construído pelo
czar Alex no século 17 e destruído por Catarina, a Grande em
1768.Semumúnicoprego,opalácio impressiona tanto pela parte
externa, com arrojados domos
verdes, como pela interna, onde
se misturam ouro, pinturas, arabescos e artigos originais.
Aproveitando o metrô, circule
por algumas das famosas estações moscovitas decoradas com
lustres,estátuas,pinturaseadornos. Não perca, especialmente,
as estações Praça da Revolução,
Mayakovskaya, Mendeleevskaya e Prospect Mira. / T.M.
Café Pushkin
cafe-pushkin.ru/en
Com culinária russa e francesa,
esta simpática casa fica em um
prédio do século 19 e tem uma
decoração diferente em cada andar. Refeições completas custam cerca de R$ 120.
Rua Arbat
Reduto de livres-pensadores nos
anos 1960, a rua mais famosa de
Moscou é hoje uma mescla de
lojas de souvenirs com arte e banquinhas ao ar livre. Uma espécie
de Avenida Paulista local, palco
para eventos divertidos (como a
passeata de bolhas de sabão em
1º de abril) e protestos
Bânia
O peculiar bânia russo perde um
tanto do sentido quando traduzido simplesmente por “sauna”. O
principal elemento é a sala de
vapores, onde água (com eucalipto, óleo de pinho ou até cerveja)
é derramada sobre pedras aquecidas em uma fornalha. É ali que
as pessoas ficam de pé e recebem um ramo de bétulas para se
se chicotearem (!) levemente. Na
luxuosa Sanduny (sanduny.ru),
duas horas de cabine privada
custa desde R$ 200. Na Kasnopresnenskie (baninapresne.ru),
mais simples, de R$ 60 a R$ 70.
Escritores
Aqui também vale o roteiro literário. O museu-casa Tchecov (Rua
Kudrinskaia, 6; estação Barrikadnaia) guarda intacto o estúdio
onde o dramaturgo viveu de
1886 a 1890. O interior da casa
de Gorki (Rua Malaia Nikitskaia,
estação Pushkinskaiate) é fantástico e pode-se ver a biblioteca do
autor. A casa de inverno do escritor entre 1880 e 1890 é hoje o
Museu Tolstoi (Rua Lva Tolstogo, 21, estação Park Kultury; tolstoymuseum.ru).
Saiba
mais
0 km
175
FINLÂNDIA
RÚSSIA
SUÉCIA
CHINA
São Petersburgo
N
ÁFRICA
ESTÔNIA
LETÔNIA
MAR
BÁLTICO
RÚSSIA
Moscou
LITUÂNIA
BIELO-RÚSSIA
POLÔNIA
●
Aéreo: SP – Moscou – SP:
desde R$ 2.341 na Lufthansa
(lufthansa.com), R$ 3.017 na
KLM (klm.com), R$ 3.065 na
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br); R$ 3.123,96 na Emirates
(emirates.com) e US$ 1.227
na Turkish (cerca de R$
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oficial da Rússia. R$ 1 equivale a cerca de 15 rublos
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ir de Moscou a São Petersburgo. O trem convencional leva
8 horas (desde US$ 70) e o
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Hotéis
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