SERVIÇO ESPÍRITA DE INFORMAÇÕES
Transcrição
SERVIÇO ESPÍRITA DE INFORMAÇÕES
SERVIÇO ESPÍRITA DE INFORMAÇÕES LAR FABIANO DE CRISTO Rua dos Inválidos, 34 – 7 o andar – Centro 20231-044 – Rio de Janeiro – RJ – Brasil Internet: http://www.lfc.org.br/sei [email protected] Sábado, 25/12/2004 - no 1917 ORGANIZAÇÃO D.Villela A palavra igreja significa, originariamente, assembléia, reunião de pessoas e só bem mais tarde ganhou o significado moderno de segmento religioso. É naquele sentido que Paulo de Tarso a emprega ao referir-se às comunidades que fundou em Corinto, Tessalônica e outras localidades, às quais escreveu cartas que se tornaram famosas, devendo-se lembrar que, nessa época – justamente considerada a mais autêntica e luminosa de toda a história cristã – aqueles primeiros seguidores da BoaNova nem sequer dispunham de locais próprios para realizarem suas reuniões, fazendo-o em seus lares ou em espaços de empréstimo, quando estudavam as lições de Jesus, organizando, também, os primeiros serviços de amparo fraterno aos necessitados de ajuda material ou espiritual. O tempo modificou profundamente esse quadro trazendo hierarquias, templos, por vezes suntuosos, além de uma teologia complexa e... inúmeras divisões entre os seguidores do Mestre, facções essas que chegaram a guerrear-se ferozmente. Surgindo dezoito séculos mais tarde, o Espiritismo logo alcançou expressivo número de adeptos, que se organizaram em grupos particulares ou associações legalmente constituídas ante o poder público, cujos integrantes dedicavam-se ao intercâmbio mediúnico, ao estudo das comunicações, obtidas na própria agremiação ou em outras, bem como ao exame de temas e acontecimentos diversos à luz do conhecimento espírita. Alguns seguidores realizavam sessões de efeitos físicos, sobretudo para a comprovação da realidade espiritual. Abordando esse assunto em “O Livro dos Médiuns”, de 1861 – portanto, quando o Espiritismo tinha apenas quatro anos de existência – Allan Kardec apresentou diretrizes para a organização da atividade doutrinária, que então se iniciava e que, em essência, são as seguintes: nos grupos espíritas deveria haver comunhão de vistas e sentimentos, cordialidade recíproca entre os seus membros e ausência de todo o sentimento contrário à caridade cristã. Deveria haver também um único propósito: o de se instruírem e melhorarem por meio dos ensinos dos Espíritos. Entre os diferentes grupos deveria existir um clima de cooperação fraterna com a realização de visitas e o intercâmbio das mensagens recebidas. É oportuno destacar que após apresentá-las como indispensáveis à harmonia e segurança do trabalho ele assim concluiu: “Essa a estrada pela qual temos procurado com esforço fazer que o Espiritismo enverede. A bandeira que desfraldamos bem alto é a do Espiritismo cristão e humanitário, em torno da qual já temos a ventura de ver, em todas as partes do globo, congregados tantos homens...”. Estabelecia-se, assim, uma estrutura bem simples e funcional, com a percepção clara de que ela era um meio para que fossem alcançados os objetivos de renovação pessoal e coletiva. Em nosso país esse modelo foi consolidado graças, sobretudo, à ação do Dr. Adolfo Bezerra de Menezes com sua autoridade moral alicerçada no exemplo de toda uma vida dedicada ao bem. Vale observar, por fim, que essa forma de atuação proposta pelo Codificador corresponde, na verdade, ao que modernamente se conceitua como organização em rede, onde encontramos autonomia local e facilidade para a circulação de informações, idéias e pessoas, com otimização de recursos e incentivo ao desenvolvimento pessoal com base no conhecimento e vivência das lições do Evangelho. ◊ “O Livro dos Médiuns” (Segunda Parte, capítulo 29). AS PORTAS DO CORAÇÃO José Fernando Iasbech Aproximadamente quinze horas. Meados de dezembro. A professora de piano, junto com seus alunos, encontra-se na sala de sua residência em Campinas. É uma tarde especial. Os pais comparecem para assistir a uma singela apresentação de seus filhos. As crianças se esmeram para mostrar aos corações, que lhes devotam ternu- ra e dedicação, suas conquistas musicais. Fotos, filmagens, aplausos. Dois homens armados e encapuzados entram na casa. Rendem os presentes e perguntam pelo dono da casa. A professora se apresenta. Querem o marido. Ela informa estar ele no escritório. Aquele que chefia o grupo e a professora adentram. O marido está ao telefone. Ela recebe a ordem: – Chame-o exatamente como você costuma fazer. Ela chega à porta. – Querido, você poderia vir aqui? Ante a lividez da esposa, o marido se surpreende e atende de imediato. É rendido pelo assaltante. A esposa recebe ordem de retornar à sala. No escritório, diz o assaltante: – Sei que você viaja muito ao exterior. Quero agora dois mil dólares. – Companheiro – explica o marido, buscando acalmar a situação – façamos o seguinte: vou tirar para fora dos armários tudo o que eu tiver. Você poderá escolher o que quiser levar, mas o dinheiro, infelizmente, eu não tenho. Ante a insistência por dinheiro, o esposo mostra gavetas e a carteira. Tem cinqüenta reais. Tomada a nota, vem a pergunta do homem sob a máscara. – Você estava falando com quem ao telefone? Era com a polícia? – Não, companheiro. Nada disso. É que estamos tentando ganhar um terreno para construir uma creche espírita. Eu conversava com um amigo do Centro exatamente sobre isso. – Você é espírita, moço? – Sim, nós somos espíritas. O homem devolve os cinqüenta reais e faz nova solicitação. – Reze por mim, moço. Retorna à sala. Determina ao colega a devolução de câmeras e carteiras. Retoma o carro que o aguardava nas cercanias e parte. Parte e exatamente a sua partida nos oferece interessante material de reflexão. Vemos avolumar-se nas grandes cidades a violência, o tráfico – esse malfadado rebento do consumo das drogas – e a exclusão social. Enfim, uma série de mazelas, verdadeiras chagas abertas que cabe à 2 sociedade pensar, medicar. Via de regra, no entanto, concentramo-nos em combatê-las, como a amputar o membro cuja chaga já não se consegue mais cauterizar. É fato, que há situações que demandam a dura medida da repressão. É patente o diuturno esforço de policiais e autoridades nesse mister. Mas, enquanto esses se desdobram no cumprimento de suas tarefas, perguntamo-nos: que fazemos nós pelos irmãos na delinqüência? Como estaremos contribuindo para evitar que se engrossem as fileiras de brasileiros que, desconhecedores e descrentes das virtudes da sociedade organizada, nascem, instruemse e são organizados nos círculos da criminalidade? Quanto de nossos esforços, de nossos corações e mentes estamos realmente votando para a diminuição das agruras de almas enfermas relegadas à marginalidade humana? Paramos para conversar, alguma vez, com o malabarista de bolas de tênis ou “pagamos” com alguns centavos a rapidez com que desejamos que ele se afaste dos vidros de nossos carros? Nenhum de nós poderá arvorar-se em possuidor de elevada virtude, nem cometer a veleidade de comparar-se a almas santificadas como a nobre Teresa de Calcutá. É fato! Mas não poderíamos, ao menos, presentear com uma frase amiga a quem encontrarmos, com uma oração sincera os enfermos da alma, com uma cesta de Natal quem dela necessite? Não poderíamos sorrir, perdoar? Roguemos a Jesus que sim. Que nos conceda forças e lucidez para que, apesar de nossos inúmeros defeitos e limitações, possamos fortalecer a flor alva de nossos ideais, para que seu perfume possa oferecer refrigério e alento aos que de nós se avizinhem. Ao vermos renovados os festejos natalinos, quando nos contagiamos uma vez mais com a vontade de presentear ao Cristo, lembremo-nos de Seu ensinamento: “Em verdade vos digo, todas as vezes que isso fizestes a um destes mais pequeninos SERVIÇO ESPÍRITA DE INFORMAÇÕES Boletim Semanal editado pelo Lar Fabiano de Cristo Diretor: Cesar Soares dos Reis Editores: Danilo Carvalho Villela Eloy Carvalho Villela Endereço: Rua dos Inválidos, 34 - 7o andar Centro - CEP 20231-044 Rio de Janeiro - RJ Tel. (21) 2242-8872 Fax (21) 3806-8649 Brasil dos meus irmãos, foi a mim mesmo que o fizestes”. Ao desejarmos aos irmãos um Natal pleno de realizações luminosas e abençoadas oportunidades de aperfeiçoamento moral, parece-nos válido relembrar a poesia “Na noite de Natal”, de João de Deus, com que o amigo espiritual nos adverte: – “Por certo, Jesus ficou Nas palhas, sem proteção, Por não lhe abrirmos na Terra As portas do coração.” INTERNACIONAIS • AUSTRÁLIA As notícias que chegam de Sydney são as mais promissoras. A Casa Espírita Franciscanos anunciou que pretende no próximo ano manter suas portas abertas ao público sete dias por semana, com intensa programação, que incluirá, entre outras atividades, palestras, evangelização, classe de meditação, atendimento fraterno e espiritual. Quanto à arrecadação de roupas e outros artigos para doação a carentes do Brasil, deverá ser também intensificada, sobretudo agora que a Fundação Joana de Cusa, responsável pela tarefa, uniu esforços com a “Franciscanos”, da qual tornou-se um dos departamentos. A Casa Espírita Franciscanos é atualmente presidida por Aida Hauache, tendo como vice a brasileira Glória Collaroy. Endereço da instituição: 1/3a, Railway Parade – Kogarah – NSW 2217 Sydney – Austrália – [email protected]. • FRANÇA Fotos e muitos documentos inéditos, inclusive escritos de próprio punho por Allan Kardec, podem ser vistos na exposição “Lyon, coração do Espiritismo. Allan Kardec e os espíritas lioneses”, montada na Biblioteca Municipal de Lyon. A exposição, aberta oficialmente ao público em 15 de outubro, mostra a vida e a obra do Codificador do Espiritismo, sua projeção no cenário internacional e a história do movimento espírita em Lyon, de 1860 a 1930. Pode ser vista até o dia 8 de janeiro de 2005, com visitação de terça a sexta-feira, das 10 às 19 horas, e aos sábados, das 10 às 18 horas, com entrada franca. Na primeira quarta-feira do mês, as visitas são comentadas por um guia. O endereço da “Bibliothèque Municipale de Lyon” é: La Part-Dieu, 69003 Lyon. Outras informações pelo telefone 04 78 62 18 00 ou pelas páginas www.bm-lyon.fr e www.guichetdusavoir.org. ◊ “O bem que praticares, em algum lugar, é teu advogado em toda parte.” “Vinha de Luz” Emmanuel NOTAS DA GRANDE IMPRENSA NATAL A fachada das casas está mais iluminada. No rosto de quem transita pela rua um quê a mais de felicidade parece refletir o esplendor de singela estrela que há dois mil anos brilhou no céu de Belém. Nos asilos, orfanatos, manicômios ou onde quer que a dor costume estar, a caridade, nesta ocasião tão especial, se faz mais presente no amor que brota mais fácil do coração. É Jesus que novamente visita a humanidade, como mostra Irmão X, na página “O encontro sublime”, do livro “Antologia mediúnica do Natal”, psicografado por Francisco Cândido Xavier: “Quando o cavaleiro D’Arsonval, valoroso senhor em França, se ausentou do medievo domicílio, pela primeira vez, de armadura fulgindo ao Sol, dirigia-se à Itália para solver urgente questão política. Eminente cristão, trazia consigo um propósito central – servir ao Senhor, fielmente, para encontrá-lo. Não longe de suas portas, viu surgir, de inesperado, ulceroso mendigo a estender-lhe as mãos descarnadas e súplices. Quem seria semelhante infeliz a vaguear sem rumo? Preocupava-o serviço importante, em demasia, e, sem se dignar fixá-lo, atirou-lhe a bolsa farta. O nobre cavaleiro tornou ao lar e, mais tarde, menos afortunado nos negócios, deixou, de novo, a casa. Demandava a Espanha, em missão de prelados amigos, aos quais se devotara. No mesmo lugar, postava-se o infortunado pedinte, com os braços em rogativa. O fidalgo, intrigado, revolveu grande saco de viagem e dele retirou pequeno brilhante, arremessando-o ao triste caminheiro que parecia devorá-lo com o olhar. Não se passou muito tempo e o castelão, menos feliz no círculo das finanças, necessitou viajar para a Inglaterra, onde pretendia solucionar vários problemas, alusivos à organização doméstica. No mesmo trato de solo, é surpreendido pelo amargurado leproso, cuja velha petição se ergue no ar. O cavaleiro arranca do chapéu estimada jóia de subido valor e projeta-a sobre o conhecido romeiro, orgulhosamente. Decorridos alguns meses, o patrão feudal se movimenta na direção de porto distante, em busca de precioso empréstimo, destinado à própria economia, ameaçada de colapso fatal, e, no mesmo sítio, com rigorosa precisão, é interpelado pelo mendigo, cujas mãos, em chaga aberta, se voltam ansiosas para ele. D’Arsonval, extremamente dedicado à caridade, não hesita. Despe fino manto e entrega-o, de longe, receando-lhe o contato. Depois de um ano, premido por questões de imediato interesse, vai a Paris invo- 3 car o socorro de autoridades e, sem qualquer alteração, é defrontado pelo mesmo lázaro, de feição dolorida, que lhe repete a antiga súplica. O castelão atira-lhe um gorro de alto preço, sem qualquer pausa no galope, em que seguia, presto. Sucedem-se os dias e o nobre senhor, num ato de fé, abandona a respeitada residência, com séquito festivo. Representará os seus, junto à expedição de Godofredo de Bouillon, na cruzada com que se pretende libertar os Lugares Santos. No mesmo ângulo da estrada, era aguardado pelo mendigo, que lhe reitera a solicitação em voz mais triste. O ilustre viajor dá-lhe, então, rico farnel, sem oferecer-lhe a mínima atenção. E, na Palestina, D’Arsonval combateu valorosamente, caindo, ferido, em poder dos adversários. Torturado, combalido e separado de seus compatriotas, por anos a fio, padeceu miséria e vexame, ataques e humilhações, até que, um dia, homem convertido em fantasma, torna ao lar que não o reconhece. Propalada a falsa notícia de sua morte, a esposa deu-se pressa em substituí-lo, à frente da casa, e seus filhos, revoltados, soltaram cães agressivos que o dilaceraram, cruelmente, sem comiseração para com o pranto que lhe escorria dos olhos semimortos. Procurando velhas afeições, sofreu repugnância e sarcasmo. Interpretado, agora, à conta de louco, o ex-fidalgo, em sombrio crepúsculo, ausentou-se, em definitivo, a passos vacilantes... Seguir para onde? O mundo era pequeno demais para conter-lhe a dor. Avançava, penosamente, quando encontrou o mendigo. Relembrou a passada grandeza e atentou para si mesmo, qual se buscasse alguma coisa para dar. Contemplou o infeliz pela primeira vez e, cruzando com ele o olhar angustiado, sentiu que aquele homem, chagado e sozinho, devia ser seu irmão. Abriu os braços e caminhou para ele, tocado de simpatia, como se quisesse dar-lhe o calor do próprio sangue. Foi, então, que, recolhido no regaço do companheiro que considerava leproso, dele ouviu as sublimes palavras: – D’Arsonval, vem a mim! Eu sou Jesus, teu amigo. Quem me procura no serviço ao próximo, mais cedo me encontra... Enquanto me buscavas à distância, eu te aguardava, aqui tão perto! Agradeço o ouro, as jóias, o manto, o agasalho e o pão que me deste, mas há muitos anos te estendia os meus braços, esperando o teu próprio coração!... O antigo cavaleiro nada mais viu senão vasta senda de luz, entre a Terra e o Céu... Mas, no outro dia, quando os semeadores regressavam às lides do campo, sob a claridade da aurora, tropeçaram no orvalhado caminho com um cadáver. D’Arsonval estava morto.” LIVRO É NOTÍCIA NA LUZ DO EVANGELHO Vivenciar o Evangelho é aspiração de todos aqueles que já começaram a compreender os ensinamentos de Jesus e desejam transformá-los em realidade no dia-a-dia. As palavras são simples, mas de profundo significado, permitindo alcançar uma melhor compreensão das lições do Mestre. “Na luz do Evangelho”, de Therezinha Oliveira, é livro que, com sua linguagem clara e envolvente, proporciona um verdadeiro banquete para o espírito, destinado aqueles que têm fome do pão da vida. Reunindo trechos do Evangelho de Jesus, abordados à luz do conhecimento espírita, constitui um verdadeiro manual, que pode ser usado, igualmente, pelos trabalhadores de boavontade que se dedicam a espalhar a BoaNova e esclarecer dúvidas sobre o fiel cumprimento do preceito “amai-vos e instruívos” recomendado na Codificação Kardequiana. A autora, conhecida no movimento espírita brasileiro há mais de 40 anos como expositora das lições de Jesus, mostra neste livro como o verdadeiro entendimento do Evangelho proporciona condições para o combate às tentações e o arrependimento das próprias faltas, fortalecendo o leitor para a ação do bem. Com sete obras editadas, da “Coleção estudos e cursos”, adotada por diversas Casas Espíritas espalhadas pelo país, sua produção inclui os livros “Parábolas que Jesus contou e valem para sempre” e “Espiritismo – a Doutrina e o movimento”. “Na luz do Evangelho” está dividido em oito capítulos, focalizando temas como “O reino dos céus”, “À beira do poço de Jacó”, “Eu vos aliviarei”, “Mais que o alimento”, “Tentações”, “Não peques mais”, “No caminho de Emaús” e “A visão do Evangelho”, e em cada um deles são analisadas passagens evangélicas relacionadas àquele assunto. Assim, no capítulo “Reino dos céus” são estudados: “O anúncio”, “O valor do reino”, “As chaves para entrar”, “A vida no novo reino”, “Os habitantes do reino”, “Em busca do reino”, “A instalação do reino na Terra” e “Sinais de sua chegada”. O estilo é singelo e convida o leitor à reflexão, como se pode notar no texto “Os habitantes do reino”: “Ao terminarmos de tomar conhecimento de como é regida a vida no reino dos céus, talvez achemos que são leis muito duras. Os judeus também acharam. Mas é o reino que pedimos diariamente ao orar: ‘Venha a nós o vosso reino...’ E está ao nosso alcance, mas não gratuitamente. Depende de nosso esforço”. Com 13,5x21cm e 143 páginas, editado em papel reciclado, que lhe proporciona um visual diferente, agradável, “Na luz do Evangelho” é uma publicação da Editora Allan Kardec, que atende a pedidos na Av. Dr. Theodureto de Almeida Camargo, 750 – Vila Nova – CEP 13075-630 – Campinas, SP – telefone 0800 770-5990 e página eletrônica: www.allankardec.org.br. Preço:16,00. AURELIANO ALVES NETTO Antonio Lucena Jornalista dos mais expressivos, seus artigos eram disputados pela imprensa espírita e não-espírita. Embora residisse numa cidade do interior de Pernambuco, era muito lido e comentado em todo o país. Aureliano Alves Netto nasceu em Condeúba, no Estado da Bahia, no dia 14 de setembro de 1914, filho de Sebastião Alves da Silva e Idalina Alves da Silva. Foi casado em primeiras núpcias e se desquitou, ficando com três filhos: Maria Helena, Maria Isabel e Marcos Aurélio. Realizou os seus primeiros estudos em sua terra natal, transferindo-se depois para o Rio de Janeiro, onde fez o curso de extensão em Administração Pública, pelo antigo Departamento de Adminstração do Serviço Público (Dasp). Foi contador e tesoureiro da Prefeitura de Condeúba, de 1932 a 1939, funcionário do Parque dos Afonsos, funcionário da Coletoria Federal, de Bom Jardim (RJ), coletor federal em Sapucaia (RJ) e agente fiscal do imposto de consumo. Serviu no interior de Mato Grosso e em Cuiabá, na Paraíba, e em Caruaru (PE), onde se aposentou em 1966. Aureliano Alves Netto apreciava música clássica e freqüentava o Teatro Municipal do Rio de Janeiro. Gostava também de poesias, porém não foi poeta nem declamador. Assistia ao bom teatro, como o de Alda Garrido, Procópio Ferreira, Jaime Costa e tantos comediantes e grandes atores da época. De família católica, começou a se interessar pelo Espiritismo quando aluno do professor Mário de Jesus Pinheiro. Leu livros esotéricos e daí para o Espiritismo foi um passo. Leu “Memórias do Padre Germano” e “O Espiritismo à luz dos fatos”, ficando impressionado com os acontecimentos narrados nos livros. Depois leu Léon Denis, Gabriel Delanne, Camille Flammarion, Carlos Imbassahy, Deolindo Amorim e Herculano Pires. Leu as obras psicografadas por Francisco Cândido Xavier, de Emmanuel, André Luiz, Humberto de Campos e, por fim, a Codificação de Allan Kardec, ficando deslumbrado com todos os ensinamentos. Freqüentou a Federação Espírita Brasileira onde ouviu renomados expositores e, em Mato Grosso, foi secretário do Centro Espírita Discípulos de Jesus, no período de 1951 a 1952. Por todo lugar onde passava, procurava as Casas Espíritas. Por fim, fixou residência em Caruaru, onde exerceu o cargo de secretário da Associação Municipal Espírita local. Foi membro correspondente do Instituto de Cultura Espírita do Brasil, fundado por Deolindo Amorim no Rio de Janeiro, 4 sócio efetivo do Instituto Pernambucano de Pesquisas Psicobiofísicas e representante da Associação Espírita Irmão Batuíra e do periódico “Mensageiro”, de Jaboatão (PE). Aureliano, apesar de todas as dificuldades, compareceu a vários congressos, por diversos estados do Brasil, inclusive o 5o Congresso Brasileiro de Jornalistas e Escritores Espíritas, em 1972, na cidade de Niterói (RJ), do qual foi eleito secretáriogeral. Como jornalista colaborou com quase toda imprensa espírita brasileira e mesmo com alguns periódicos de Portugal, Argentina, México e outros países. Foi operado mediunicamente no Grupo Espírita Manoel Quintão, em São Lourenço da Mata (PE), em 1971, depois de ter sido desenganado por vários médicos, obtendo a cura total. A operação foi feita pelo Espírito Dr. Swatra, materializado através do médium Severino Paes de Lira. Aureliano Alves Netto retornou à Espiritualidade no dia 7 de outubro de 2004, vítima de insuficiência respiratória, deixando valioso legado nas letras espíritas e a lembrança de seus exemplos na memória de todos que o conheceram. MOVIMENTO ESPÍRITA • “TERCEIRA REVELAÇÃO” É o programa de televisão produzido pelo Sistema Espírita de Comunicação (SEC), ligado à Federação Espírita Brasileira, com o objetivo de informar o grande público sobre a Doutrina Espírita. Cada edição tem um tema central, analisado à luz da Doutrina, sob a forma de entrevista. Convidados especiais, palestrantes e dirigentes de instituições falam sobre a morte, reencarnação, esquecimento do passado, perda de entes queridos, caridade, entre outros assuntos. Orientação sobre leituras e notícias do movimento espírita também fazem parte do programa, que termina com o quadro “Evangelho no ar”, em que são estudados os ensinamentos de Jesus, baseados em textos de “O Evangelho segundo o Espiritismo”. “Terceira Revelação” vai ao ar aos sábados, das 8 às 8h30min, pela Rede CNT (TV a cabo/NET). Em canal aberto é transmitido em São Paulo e Brasília pela TV RBI, das 10h30min às 11 horas. Os paulistanos assistem no canal 14 e os brasilienses no canal 17. E no Rio de Janeiro, das 8 às 8h30min, pela CNT, canal 9. Para conferir as cidades e os canais em que o programa é transmitido os interessados só precisam acessar a página da emissora, no endereço www.cnt.com.br/canais.htm. A intenção da Federação Espírita Brasileira é disponibilizar o programa gratuitamente para as emissoras interessadas. Outras informações podem ser obtidas pelo telefone (61) 224-5575 ou correio eletrônico: [email protected]. • LANÇAMENTOS DA LEAL • FUNDAÇÃO JOSÉ PETITINGA A Livraria Espírita Alvorada Editora acaba de lançar os livros “Aspectos psiquiátricos e espirituais nos transtornos emocionais” e “Bênçãos do Natal”. O primeiro, da “Série Coletânea Temática”, reúne mensagens psicografadas pelo médium Divaldo Pereira Franco tratando de transtornos emocionais, seus aspectos psiquiátricos e espirituais. Compilado de oito obras por Washington Luiz Nogueira Fernandes, o trabalho tem 214 páginas, tamanho de 14x21cm e custa R$ 22,00. Alguns dos capítulos são: “Esquizofrenia, loucura e obsessão”, “Depressão”, “Autismo” e “Psiquiatria e obsessão”. O outro lançamento é de autoria de Joanna de Ângelis, também pela psicografia de Divaldo Franco. Traz 12 mensagens com temas natalinos distribuídas em 80 páginas, com tamanho de bolso e impressão colorida em papel cuchê. O preço é de R$ 15,00. As obras podem ser encontradas nas livrarias dos Centros Espíritas ou solicitadas diretamente à Leal, Rua Jayme Vieira Lima, 104 – Pau da Lima – CEP 41235-000 Salvador, BA – telefax (71) 393-2855 – [email protected]. Foi criada em Salvador a Fundação José Petitinga, com o objetivo de trabalhar pela preservação do patrimônio e da memória do Espiritismo na Bahia e atuar como agente de captação de recursos para ações do movimento federativo. Sua primeira tarefa será a restauração do prédio histórico da Casa de Petitinga, antiga sede da Federação Espírita do Estado da Bahia (FEEB), no Largo do Cruzeiro de São Francisco. O patrono da nova fundação, José Petitinga, é vulto querido e admirado por suas virtudes cristãs e pelo incansável labor na difusão da Doutrina em terras baianas. “Humilde, mas ao mesmo tempo austero, sabia conquistar o respeito e a estima de quantos dele se aproximassem. Não teve desafetos, pois sua alma temperada na prática do Evangelho, era lhana no trato, tolerante por princípio e caritativa por índole” – relata Zêus Wantuil, no livro “Grandes espíritas do Brasil”, publicado pela Federação Espírita Brasileira. José Petitinga também fundou a União Espírita Baiana, em 1916, da qual foi o primeiro presidente, e que mais tarde viria a se tornar a FEEB, hoje funcionando na Rua Coronel Jayme Rolemberg, 110 – Brotas – CEP 40275-610 Salvador, BA – telefone (71) 351-3220. • “CORREIO ESPÍRITA” Já pode ser encontrado nas bancas do Estado do Rio de Janeiro o jornal “Correio Espírita”. Em formato tablóide, o periódico, que circulará bimestralmente, traz em seu primeiro número notícias sobre o Congresso Espírita Mundial e uma série de artigos sobre outros temas igualmente importantes, como: “O Natal na visão espírita”, “Vida em Marte: Nasa confirma Kardec”, “Feerj e Useerj serão uma só” e “A síndrome da bala perdida”. E ainda: entrevista exclusiva com o pesquisador Jorge Andréa dos Santos. “Correio Espírita” tem dez páginas, custa apenas R$ 1,00 e pode ser adquirido também através de assinatura anual, cujo valor para o Brasil é de R$ 20,00 e para o exterior, de R$ 35,00. A redação funciona na Rua da Conceição, 101 – sala 433 – Centro – CEP 24020082 Niterói, RJ – correio eletrônico [email protected]. • ESPIRITISMO NO NORDESTE O movimento espírita em Taboleiro do Norte, no interior do Ceará, a cada dia se fortalece mais. Recentemente ocorreu a inauguração de um novo pólo de estudo e difusão do Espiritismo, o segundo do município. A instituição é chamada Centro Espírita Deolindo Amorim, em homenagem ao saudoso jornalista que dedicou sua vida à divulgação do pensamento kardequiano. Presidido por Francinilton Batista de Almeida e secretariado por Fabiana Néris Feitosa, o Centro funciona na Rua A, casa 32 – Mutirão – CEP 62960-000 Taboleiro do Norte, CE. • MODELO E GUIA O Lar Maria de Nazaré está incrementando a Campanha Anual do Natal das Crianças, com a venda da fita-cassete ou CD com a palestra realizada pelo Prof. Sérgio Aleixo na Cruzada Espírita Paulo de Tarso, sobre o tema “Modelo e guia da humanidade, Jesus”. Mesmo passado o período natalino, o produto da venda reverterá para a manutenção da obra social da instituição, que ampara crianças carentes. A fita ou o CD estão à venda exclusivamente na Cruzada Espírita Paulo de Tarso, ao preço de R$ 10,00, sendo que os pedidos pelo Correio custam R$ 15,00. O pagamento pode ser feito através de boleto ou depósito bancário nas contas-correntes: 42431-5, agência 576-2, do Banco do Brasil; e 01744-8, agência 5656, do Itaú. O comprovante do depósito deverá ser enviado para a Rua Idumé, 82 – Brás de Pina – CEP 21215-030 – Rio de Janeiro, RJ. Outras informações, pelo telefax (21) 3137-0425 ou pelo correio eletrônico [email protected]. • CAPEMI Através do Instituto CAPEMI de Ação Social são investidos recursos em projetos sociais, que hoje assistem 96 mil pessoas carentes em todo o Brasil. Na sua área empresarial, a CAPEMI também se destaca, oferecendo proteção familiar, através de planos de pecúlio para toda a família, coerentes com as possibilidades do associado. Ligue “Alô CAPEMI”. De segunda a sexta-feira, das 8 às 17 horas. A ligação é gratuita.