Investidor planeja finalizar Mackenzie antes do prazo

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Investidor planeja finalizar Mackenzie antes do prazo
SEXTA-FEIRA, 22 DE JUNHO DE 2012 / CAMPINAS / ANO 84 / Nº 26981 / R$ 2,20
www.correio.com.br
RIO+20 É MOSAICO DE CULTURAS
CRISTIANO RONALDO
COLOCA PORTUGAL NA
SEMI DA EUROCOPA
Cúpula dos Povos congrega diferentes etnias e bandeiras
Craque do Real Madrid volta a se
destacar e faz o gol da vitória sobre
a República Tcheca, por 1 a 0, em
Varsóvia, na Polônia. PÁGINA A16
Busca por soluções ambientais e inclusivas reúne até amanhã, no Aterro do
Flamengo, grupos de várias nacionalidades, ideologias e personalidades. PÁGINA B6
Emenda ‘une’
reajuste dos
vereadores
e servidores
A emenda que propõe reajuste de
5,4% aos vereadores de Campinas,
o mesmo concedido aos servidores, será alterada pela Comissão de
Constituição para que possa ser votada quarta-feira. Parlamentares
alegaram inconstitucionalidade e
anunciaram votação de aumento
de 48%. Agora, terão de decidir enPÁGINA A6
tre as duas propostas.
Investidor planeja finalizar
Mackenzie antes do prazo
Novo cronograma prevê entrega em um ano a partir do início da obra, em julho
O prolongamento da Avenida Mackenzie até Sousas, em Campinas, deverá ser entregue em julho de 2013,
um ano antes do previsto. A extensão, de 8km, criará um novo acesso
ao distrito, beneficiando diretamente
8 mil moradores e prestadores de serviços da região do Condomínio San
Conrado e, indiretamente, entre 60
mil e 80 mil moradores que usam dia-
riamente a Rodovia Heitor Penteado,
hoje a única ligação a Sousas e Joaquim Egídio. As obras custarão R$ 65
milhões e terão início no final do próximo mês, de acordo com Fernando
Garnero, presidente do grupo Brasilinvest, um dos investidores, ao lado
da construtora Rossi. A empresa responsável pelos trabalhos ainda está
em fase de definição.
PÁGINA A4
Leandro Ferreira/AAN
editorial
Revitalização do Centro
de Campinas se arrasta
A reativação da Zeladoria do Centro é
mais uma tentativa de tirar do papel a revitalização da região. Mais que evidente
está a necessidade da recuperação de
prédios e áreas degradadas, relegadas ao
abandono e oferecidas ao abrigo da mendicância e das drogas.
PÁGINA A3
colunistas
Torquato
O STF, com a decisão de julgar um dos casos mais importantes de sua história,
mostra o altar da Justiça como o centro
de suas orações.
PÁGINA A2
Cecílio
Precisei viver muito para me dar conta de
que a fantasia é fonte produtora de maravilhas e de horrores. Ao fantasiar, podemos criar céus ou infernos.
PÁGINA C2
Cúpula da Catedral Metropolitana de Campinas vista da torre do sino: proposta é fortalecer o templo como âncora turística, de olho na Copa e na Olimpíada
Leitores
Catedral busca R$ 7 mi para restauro
Ministério autoriza captação pela Lei Rouanet para a 2ª fase dos trabalhos
A poluição do
ar e da água se
afigura como questão mais imediata,
principalmente para os mais pobres.
Depois de acordos com Sarney e Collor, chegou
a vez de Maluf ceder
aos encantos do expresidente.
Cloves S. de Oliveira,
empresário e escritor
Amaury Vieira,
profissional liberal
MÍNIMA
22˚
15˚
O sol aparece entre nuvens, mas o frio
continua e há previsão de chuva.
radares móveis
SAIBA ONDE ESTÃO LOCALIZADOS
OS APARELHOS NA PÁGINA A10
edição de hoje
PÁGINAS
da Catedral, tombada como patrimônio do Estado e da cidade. Nesta
semana, o Ministério da Cultura autorizou a captação pela Lei Roua-
net, que concede incentivo fiscal
aos doadores. A segunda etapa prevê a recuperação da cúpula, da torre e das fachadas. A ideia é fazer do
templo, que abriga também o Museu de Arte Sacra, uma âncora turística durante eventos como a Copa e
a Olimpíada.
PÁGINA A10
Rodrigo Zanotto/Especial para a AAN
tempo
MÁXIMA
32
A Arquidiocese de Campinas vai
buscar apoio de empresários e estatais para arrecadar R$ 7,1 milhões e
dar prosseguimento à restauração
Primeiro Caderno
Economia
Brasil
Mundo
Esportes
Caderno C
Classificados
12 páginas
2 páginas
2 páginas
2 páginas
4 páginas
8 páginas
2 páginas
Pesquisa traça o
perfil da vítima de
acidente com moto
Apas propõe hoje
ao Estado criação
do ‘vale-sacola’
A maioria das vítimas de acidentes
de motos atendidas no Hospital Celso Pierro, da PUC-Campinas, é jovem, do sexo masculino, com habilitação há menos de cinco anos, renda
em torno de R$ 1 mil e estava em motos de baixa cilindrada. O perfil, divulgado esta semana, foi traçado com
114 motociclistas e será apresentado
ao Ministério da Saúde como parâmetro para orientar campanhas educativas de trânsito.
PÁGINA A11
A Associação Paulista dos Supermercados (Apas) vai propor um “vale-sacola” como alternativa à distribuição
gratuita de embalagens plásticas descartáveis aos clientes. A sugestão, que
será apresentada hoje ao governo estadual, Ministério Público e Procon,
será criar um sistema de reembolso
aos consumidores que deixarem de levar sacolas e tiverem de comprar as
reutilizáveis. O valor pago seria descontado na próxima compra. PÁGINA B1
Turquia quer ser
parceira na obra
do trem rápido
Paraguai vota o
impeachment de
Fernando Lugo
PÁGINA B4
O primeiro-ministro turco, Recep Erdogan, que veio ao País para a
Rio+20 e se encontrou ontem com a
presidente Dilma Rousseff, manifestou interesse de seu país em ser parceiro na construção do trem de alta
velocidade (TAV) entre Campinas e
Rio de Janeiro. Segundo o ministro
Antônio Patriota, Brasil e Turquia
pretendem elevar o comércio bilateral para US$ 10 bilhões.
PÁGINA B5
NOTA
ZERO
● Aluna diante de escola infantil do Campo Belo
fechada quatro dias após a inauguração por problemas
como rachaduras, falta d’água e de energia. PÁGINA A8
A4
CORREIO POPULAR
Campinas, sexta-feira, 22 de junho de 2012
Cidades
Editores: Adriana Villar, Claudio Liza Junior, Jorge Massarolo e Ricardo Alécio
Sugestões de pautas, críticas e elogios:
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Chefe de reportagem: Guilherme Busch
PROLONGAMENTO ||| AVENIDA
Mackenzie prevista para julho de 2013
Presidente do Brasilinvest diz que tempo de construção pode ser reduzido de dois anos para um ano
Fotos: André Montejano/Especial para a AAN
Natan Dias
DA AGÊNCIA ANHANGUERA
Avenida vai
melhorar
a circulação
[email protected]
O tempo de construção do
prolongamento da Avenida
Mackenzie pode ser reduzido em até um ano. A previsão inicial era de que ela levaria dois anos para ser concluída. A afirmação é de Fernando Garnero, presidente do
grupo Brasilinvest, responsável, junto com a Rossi, pela
obra que custará aproximadamente R$ 65 milhões. Segundo ele, tudo está dentro
Obra está prevista
para começar
no final de julho
do cronograma e as obras devem começar no final de julho. O orçamento para a escolha de uma empresa para
realizar o trabalho está em
andamento. A expectativa é
que o prolongamento —
com início no trevo da Rodovia D. Pedro I, próximo da Leroy Merlin —, beneficie de
60 a 80 mil motoristas da região de Sousas e Joaquim Egídio, que hoje contam apenas
com a Via Expressa Heitor
Penteado para ter acesso
àquela área. O acesso ao residencial Caminhos de San
Conrado hoje é possível apenas pela Avenida Mário Garnero. Serão por volta de 8
mil moradores e prestadores
de serviços beneficiados.
A doméstica Mercedes
Caetano, de 56 anos, toma
quatro ônibus por dia para
sair do Campo Grande e chegar até o condomínio, onde
trabalha. “Saio às 5h e chego
7h50 aqui. Ainda tenho que
usar o transporte que tem
dentro do condomínio. Somente com um caminho demora muito. Tendo esse outro acho que vai melhorar
bastante e diminuir o tempo
de viagem”, disse.
O mesmo acontece com
Nair Jesus dos Santos. A doméstica de 36 anos sai de
Hortolândia todos os dias para ir ao San Conrado. “Para
mim, vai ser excelente porque vou poder pegar um ônibus que passa atrás da minha casa. O tempo para chegar aqui vai ser bem menor.
O trajeto também é perigoso.
Essa rua (Avenida Mário Garnero, que dá acesso ao condomínio) é perigosa, ainda
mais na chuva.”
Tanto a dona de casa Terezinha Caielli, de 60 anos, como a assistente social Siomara Carlson, de 43, já ficaram
ilhadas, sem poder chegar
ou sair de casa. “O Rio Atibaia subiu e invadiu a Mário
Garnero. Tive que esperar
com minha filha no carro.
Na época ela ainda era bebê”, contou Siomara. “Para
mim vai ser fantástico. Desde quando comprei, existe essa promessa do prolongamento. Agora que vai sair,
vai ser muito melhor para
mim e meus filhos”, explicou
Terezinha.
O prejuízo, do ponto de
Entroncamento da Avenida Mackenzie com a Rodovia D. Pedro I: prolongamento custará R$ 65 milhões e beneficiará 80 mil motoristas
Para Bianca Barbetta, estrada
vai tirar a tranquilidade
Siomar Carlson: preço dos
imóveis subiu 30% com anúncio
Terezinha Caielli disse que será
melhor para ela e para os filhos
Nair Jesus dos Santos comemora
a notícia da nova avenida
vista da também moradora
do San Conrado e estudante
de veterinária Bianca Barbetta, de 32 anos, é que o movimento de carros por dentro
do condomínio aumente e
gere insegurança. “Quem
veio para cá é porque queria
tranquilidade. Acho que, apesar da facilidade do caminho, a segurança será afetada e até mesmo o comércio
de Sousas será prejudicado,
pois vão preferir ir ao shopping”, disse.
Segundo Siomara, mesmo
antes das obras começarem
houve valorização dos imó-
veis. “Teve aumento de cerca
de 30% a 40% nos valores.
Faz 16 anos que moro aqui e
acho que com essa saída teremos um caminho mais estruturado”, disse.
SAIBA MAIS
No dia 23 de maio, o prefeito
Pedro Serafim (PDT) assinou o
Termo de Ajustamento de
Compromisso (TAC) para a
liberação da obra que há cerca de
14 anos estava emperrada. Além
da via, que terá quatro faixas,
haverá a doação de um terreno
de 20 mil m² para a Arquidiocese
de Campinas ao final da avenida.
No local, os empresários irão
erguer uma igreja, com 2 mil m²
de área construída e capacidade
para 500 fieis. Os investidores
irão construir ainda um Centro de
Referência para idosos e um
centro de tratamento para
usuários de crack, que serão
administrados pela Secretaria de
Assistência Social. A via irá
passar por áreas doadas pela
empresa e pela Sol Invest,
professor doutor de
Engenharia de
Transportes da
Faculdade de Engenharia
Civil (FEC) da
Universidade Estadual de
Campinas (Unicamp),
Diógenes Cortijo Costa,
afirmou que o
prolongamento da
avenida promoverá
melhorias na região.
“Melhoraria a distribuição
no tráfego oriundo do San
Conrado. Vejo de forma
benéfica. Inclusive, há
pontos de baixada na
Mário Garnero que, no
período de chuva, o rio
invade e deixa aquela
região ilhada. Com a
Mackenzie, haverá um
opção de escape”,
explicou.
Ele alertou sobre a
possibilidade do trevo da
Rodovia Dom Pedro I
sobre a Mackenzie ficar
sobrecarregado. “Não tive
acesso ao projeto, mas é
provável que o trecho
precise de adaptações e
melhor sinalização.
Mesmo assim essa
ampliação é uma grande
alternativa para desafogar
o trânsito sobrecarregado
de Sousas.”
O prolongamento da
Avenida Mackenzie, com
início no trevo próximo ao
Shopping Iguatemi, no
bairro Vila Brandina, dará
aos motoristas um novo
acesso aos distritos de
Sousas e Joaquim Egídio.
Haverá um acréscimo de 8
quilômetros de extensão
com a construção da
Avenida Isaura Roque
Quércia, a partir da Leroy
Merlin até a entrada do
condomínio Caminhos de
San Conrado, no distrito
de Sousas.
Para o professor, com o
tempo, a via irá atrair um
volume de tráfego maior.
“O prolongamento tem
caráter estruturador. Ou
seja, atrai outras
atividades no entorno
porque é uma facilitadora
do escoamento.” Sobre o
adiantamento da obra em
até um ano, Costa afirma
que é possível. “O terreno
me parece favorável e
daria mesmo para
concluir nesse tempo”,
declarou. Atualmente, o
volume diário de veículos
na Via Expressa Heitor
Penteado, próximo ao
Trevo, é de 50 mil nos dois
sentidos. Na Avenida
Mackenzie esse fluxo é de
25 mil nos dois sentidos, e
na Avenida Antonio
Carlos Couto de Barros
(distrito de Sousas) são 35
mil nos dois sentidos.
(NT/AAN)
O
Toscana, Trombeta, Rossi e
Federação das Entidades
Assistenciais de Campinas
(Feac). O projeto prevê a
construção de três corredores de
fauna, atualmente interrompidos
pela estrada CAM-10, e a
plantação de 8 mil mudas de
árvores nativas na região. O
projeto de prolongamento da
avenida e do condomínio Três
Pontes do Atibaia, que será
implantado ao longo da via,
obtiveram licença através de
Estudo de Impacto Ambiental e
Relatório de Impacto Ambiental
(Eia-Rima). A empresa Comurb
realizou estudos do solo, fauna,
flora e até mesmo arquelógico no
local. Os estudos, comunicou,
foram aprovados pelos órgãos
competentes.

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