pobreza, orientação sexual e refugiados no reino unido

Transcrição

pobreza, orientação sexual e refugiados no reino unido
POBREZA, ORIENTAÇÃO SEXUAL
E REFUGIADOS NO REINO UNIDO
outubro 2013
SUMÁRIO EXECUTIVO
A "homossexualidade" é criminalizada
em 76 países do mundo e a sociedade
persegue e discrimina pessoas LGBTI
em muitas outras nações. Muitas das
pessoas LGBTI que temem por suas
vidas conseguem, às vezes, escapar
para o Reino Unido e reivindicar asilo
com base na sua orientação sexual e/ou
sua identidade de gênero, e/ou a forma
como seus corpos se parecem. Após
passar pelo processo de concessão de
asilo, os candidatos LGBTI bem
sucedidos estão ainda sujeitos a uma
série de outros desafios, incluindo a
pobreza,
que
intensificam
sua
experiência de marginalização e exclusão
no seu novo país.
O objetivo deste projeto é aumentar a
conscientização sobre as experiências
vividas por lésbicas e gays refugiadas(os)
no Reino Unido através da realização de
investigações preliminares sobre a sua
situação de pobreza, as quais se
concentraram em duas cidades, Londres
e Manchester. O estudo visa responder
duas questões principais: as lésbicas e
os gays refugiadas(os) no Reino Unido
são pobres? Se forem, quais relações
existem entre a pobreza e a orientação
sexual?
Cinquenta
lésbicas
e
gays
refugiadas(os) foram entrevistadas(os)
por meio de um questionário estruturado.
Eles vieram de 13 países diferentes, dos
quais 11 eram do continente Africano.
Segundo 50% das(os) entrevistadas(os),
as qualificações obtidas em seus países
de origem não são válidas no Reino
Unido e muitas(os) expressaram o
desejo
de
empreender
novos
treinamentos ou participar de um
curso mais especializado com o
objetivo de "encontrar empregos
melhores" ou abrir um pequeno
negócio. Nas entrevistas, 60% das
pessoas disseram que um dos principais
obstáculos para encontrar emprego é a
falta de experiência de trabalho e
qualificações no Reino Unido, bem como
seu estatuto de refugiado, sua raça,
sexualidade e gênero, os quais se
intersectam e os colocam à margem do
mercado de trabalho.
86% das pessoas entrevistadas
sentiram que foram vítimas de
discriminação por causa de sua
orientação sexual, tanto em seu país de
origem e no Reino Unido. Além dos
múltiplos episódios de perseguição e
discriminação
enfrentados
pelas(os)
respondentes em seus países de origem,
elas(es) explicaram que a discriminação
não parou após a migração. Pelo
contrário, experimentaram outras formas
de exclusão e discriminação baseadas na
sexualidade no Reino Unido.
Apenas 17 entrevistadas(os) nunca se
sentiram discriminados por causa de
seu estatuto de refugiado, os
restantes 33 disseram que sim. As(os)
entrevistadas(os) falaram bastante sobre
O relatório completo está disponível em inglês no nosso site: http://www.micro-­‐rainbow.com/blog 1 as dificuldades materiais que enfrentam
em seus cotidianos resultantes do
simples fato de serem refugiadas(os).
Elas(es) se referiram às dificuldades de
abrir uma conta bancária, ao apresentar
seus documentos de refugiados, ou da
suspeita
repentina
de
potenciais
empregadores,
logo
que
tomam
conhecimento sobre seu estatuto de
refugiado.
As(os)
entrevistadas(os)
também falaram sobre como foram
sempre obrigados a se "sentir diferente"
e limitada(os) a determinados tipos de
trabalho ou a conduzir um determinado
tipo de vida social.
Os resultados da pesquisa mostram
que as pessoas entrevistadas que
"saíram do armário" para as suas
famílias, têm pouco ou nenhum
contato
com
eles.
As(os)
entrevistadas(os) foram excluídas(os) por
causa de sua orientação sexual. 36%
disseram que não se socializam com os
compatriotas no Reino Unido, a menos
que também sejam gays e lésbicas e,
principalmente,
refugiados.
Elas(es)
disseram que não querem correr o risco
de enfrentar os mesmos níveis de
homofobia a que foram previamente
expostas(os). O risco de pobreza
também se aumenta para imigrantes
gays e lésbicas, devido às limitações
encontradas para criar contatos sociais.
A falta de apoio das famílias e a falta
de capital social são obstáculos para a
estabilidade financeira de lésbicas e
gays refugiadas(os).
A discriminação opera em vários níveis e
provém de várias partes da sociedade.
As lésbicas e os gays refugiadas(os) são
condenadas(os) ao ostracismo por causa
de seu estatuto de refugiado, sua raça,
sua sexualidade e sua cultura - em suma,
porque
são
diferentes.
Elas(es)
continuam a viver com memórias
traumatizantes da perseguição que
sofreram por causa da sua sexualidade.
Esses traumas marcam suas psiques e
resultam em baixa autoestima e
autodúvida, que são difíceis de superar.
Ao analisar os dados das entrevistas,
observou-se que a baixa autoestima
produz falta de aspirações para o
futuro.
Todas
as
pessoas
entrevistadas
perceberam que a vida no Reino Unido é
melhor do que costumava ser nos seus
países de origem. Segundo suas
narrativas, a sensação de viver uma
“vida melhor" depende de dois fatores
específicos: a segurança e a liberdade.
Todas(os) elas(es) se referiram à busca
de segurança e de liberdade como
marcadores
da
sua
experiência
migratória. Alguns admitiram que sua
qualidade de vida, em geral, tinha se
decaído com a mudança para o Reino
Unido. No entanto, os sentimentos de
segurança e liberdade faziam a trajetória
migratória valer a pena. Regularmente,
após dizerem que suas vidas no Reino
Unido eram “melhores" que suas vidas
anteriores em seus países de origem,
as(os)
entrevistadas(os)
também
admitiam ter sofrido e continuar sofrendo
segregação, racismo e isolamento. Para
muitas(os), no entanto, a terra da
oportunidade também representa uma
decadência na escada da mobilidade
social. Emergiu-se do estudo que
muitas
vezes
as
circunstâncias
materiais e as condições de viver uma
"vida digna" no novo país foram muito
piores do que aquelas que a(o)
O relatório completo está disponível em inglês no nosso site: http://www.micro-­‐rainbow.com/blog 2 refugiada(o) tinha em seu país de
origem.
Um tema recorrente nas entrevistas é a
dificuldade de ter acesso ao mercado
de trabalho, devido à desconfiança
dos empregadores ao descobrirem
que alguém era refugiado. As(os)
entrevistadas(os) disseram que é "muito
fácil" cair num ciclo de pobreza e isso
afeta muitos outros aspectos de suas
vidas. Ao se sentirem estigmatizadas(os)
por serem refugiadas(os) e não
aceitas(os) por serem lésbicas ou gays,
acabam "estagnadas(os)" e "presas(os)"
em pequenos mundos sociais com
restrição de escolhas e aspirações.
De modo general, a pesquisa mostra que
a maioria das lésbicas e dos gays
refugiadas(os)
que
foram
entrevistadas(os) vive abaixo da linha
da pobreza. Durante as entrevistas,
apenas 26% das(os) entrevistadas(os)
disseram que "tinham dinheiro suficiente
para viver", sendo que três deles
acrescentaram que "apenas conseguem
sobreviver".
Terminamos o relatório fazendo algumas
conclusões (no capítulo 9) e algumas
recomendações (no capítulo 10) para
organizações LGBT, organizações de
refugiados, prestadores de serviços e
formuladores de políticas sobre como a
situação de pobreza de lésbicas e gays
refugiadas(os) pode ser enfrentada.
Destacamos também algumas áreas
onde é necessário mais investigação na
esperança de continuar este diálogo e
melhorar as vidas de lésbicas e gays
refugiadas(os).
O relatório completo está disponível em inglês no nosso site: http://www.micro-­‐rainbow.com/blog 3 CONCLUSÕES
A maioria das lésbicas e gays
refugiadas(os) vive abaixo da linha da
pobreza1. Durante as entrevistas, apenas
26% das(os) entrevistadas(os) disseram
que "tem dinheiro suficiente para viver",
sendo que três deles acrescentaram que
"apenas conseguem sobreviver". Marian
dos Camarões expressou isso de forma
sucinta, quando disse: "é um modo de
vida precário". Depois de analisarmos os
resultados da pesquisa, concluímos que
o risco de pobreza para esta
população migrante de minorias
sexuais é muito elevado no Reino
Unido. Esse risco parece ser produzido
ou reforçado pela natureza complexa de
exclusão social que lésbicas e gays
refugiadas(os) vivenciam, principalmente
depois de longas e sofridas jornadas de
asilo.
Ser parte de uma minoria sexual produziu
uma série de obstáculos para os
participantes
das
entrevistas.
Em
primeiro lugar, ser uma mulher lésbica
1
No Reino Unido, um domicílio tem um
rendimento baixo (ou em situação de pobreza) se
a sua renda após impostos é inferior a 60 por
cento da renda familiar média para esse ano.
Este limite é muitas vezes referido como a "linha
de pobreza". Para uma pessoa solteira sem filhos
(a maioria dos nossos entrevistados) a linha de
pobreza em 2010/11 foi fixada em £168 por
semana, sem os custos de moradia. Para mais
informações, consulte o site da Fundação Joseph
Rowntree em: http://www.jrf.org.uk ou do
Departamento do Trabalho e Previdência:
www.dwp.gov.uk.
ou um homem gay fez com que
elas(es)
fossem
frequentemente
marginalizadas(os) por suas famílias e
compatriotas.
Esta
sensação
de
isolamento as(os) deixou vulneráveis, em
ambos os níveis mentais e materiais.
Embora
as(os)
entrevistadas(os)
consigam formar novas redes sociais,
os seus amigos, que também são
lésbicas ou gays refugiadas(os), não
têm
condições
apoiá-los
financeiramente.
Ser um refugiado no Reino Unido é difícil
de acordo com a narrativa dos
entrevistados; é preciso enfrentar a
desconfiança da sociedade, em particular
no mercado de trabalho e, de fato, os
empregadores parecem ser muito
cautelosos com os documentos de
refugiadas. As dificuldades financeiras
que surgem da falta de trabalho e
oportunidades de emprego impactam
no bem-estar físico e mental dos
indivíduos.
Ficou
claro
que
há
muita
desinformação entre os empregadores
do Reino Unido em relação ao pleno
direito de refugiados de trabalhar no
país. Na verdade, parece que alguns
empregadores pensam que este grupo
migrante nem tem tal direito. Além disso,
a falta de experiência de trabalho no
Reino Unido desqualifica a pessoa. As
pessoas entrevistadas argumentaram
que é uma espécie de círculo vicioso.
Uma pessoa nunca conseguirá ganhar a
O relatório completo está disponível em inglês no nosso site: http://www.micro-­‐rainbow.com/blog 4 experiência de trabalho necessária no
Reino Unido se nenhum empregador
estiver
disposto
a
dar-lhe
tal
oportunidade em primeiro lugar. Os
dados da pesquisa revelaram outra
questão recorrente quando as(os)
entrevistadas(os) tentaram se candidatar
para um empréstimo ou abrir uma conta
bancária.
Agentes
bancários
costumam questionar a validade dos
seus documentos de refugiados, com
a acusação adicional ou suspeita de
falsificação. Além disso, quando viajam,
as(os)
entrevistadas(os)
enfrentam
discriminação dos oficiais de imigração
do Reino Unido. Nas fronteiras, elas(es)
sentiram maltratadas(os) ou tratados de
forma diferente que outros cidadãos da
União Europeia ou do Reino Unido. Tudo
isso junto reforça nos entrevistados um
sentimento de marginalização e de não
pertencimento na sociedade britânica.
Lésbicas e gays refugiadas(os) foram
expostas(os)
à
humilhação,
discriminação e perseguição em seus
países de origem. Elas(es) cresceram
sentindo vergonha de quem são e
tiveram que provar sua orientação sexual
para as autoridades no Reino Unido.
Além disso, a longa espera para resolver
seus casos de asilo e a complexidade
global do sistema de concessão de asilo
produz
sentimentos
de
contínua
perseguição,
desconfiança
e
questionamento, o que acaba minando
suas chances de interagir de forma
produtiva com os outros e com as
instituições
britânicas.
Essas
experiências traumáticas, tanto em casa
como no Reino Unido, têm um efeito
duradouro
sobre
o
senso
de
individualidade dos respondentes. A
partir das histórias compartilhadas nas
entrevistas, ficou evidente que elas(es)
constantemente
sofrem
de
insegurança em relação à sua
sexualidade, diminuindo assim sua
autoestima. Isto, por sua vez, torna-se
contraproducente quando se procura um
emprego no competitivo mercado de
trabalho britânico. As entrevistas também
sugerem que as(os) refugiadas(os)
sentem que não têm oportunidades de
começar um trabalho e precisam de
mais treinamento no Reino Unido, na
esperança de encontrar melhores
empregos.
O relatório completo está disponível em inglês no nosso site: http://www.micro-­‐rainbow.com/blog 5 RECOMENDAÇÕES
Para as organizações de LGBTI, de
refugiados e outras organizações
locais de voluntários
A evidência da nossa pesquisa corrobora
fortemente o argumento de que as
lésbicas e os gays refugiadas(os) no
Reino Unido vivem abaixo da linha da
pobreza. As organizações que os apoiam
devem prestar mais atenção às
necessidades deste grupo específico e
ter acesso a recursos que lhes permitam
oferecer suporte material a lésbicas e
gays refugiadas(os). [Isto pode se aplicar
a outros refugiados que não sejam
lésbicas e gays]
A pesquisa corrobora o argumento de
que as lésbicas e os gays refugiadas(os)
estão particularmente isolados. Isso pode
ter um impacto negativo não só sobre a
sua saúde mental, mas também pode
limitar as suas escolhas, aspirações e
oportunidades, agravando a sua situação
de
pobreza.
Aconselhamos
as
organizações de LGBTI, de refugiados e
outras organizações locais a procurar
recursos que lhes permitam alcançar e
apoiar as lésbicas e os gays
refugiadas(os).
Devido
às
múltiplas
formas
de
discriminação social a que as(os)
refugiadas(os) LGBTI estão sujeitos, é
importante
fornecer
treinamento,
informação,
aconselhamento
e
orientação aos prestadores de serviços,
organizações e grupos de apoio para que
compreendam os problemas específicos
de refugiadas(os) LGBTI e possam
melhorar as oportunidades na vida
desses indivíduos.
Para empregadores
Esta
pesquisa
sugere
que
os
empregadores precisam se conscientizar
de uma vez por todas que os refugiados
têm o pleno direito de trabalhar no Reino
Unido.
Os empregadores também devem estar
cientes do tipo de documentos de
identidade que podem ser aceitos como
prova de que os refugiados podem
trabalhar de forma remunerada no Reino
Unido.
Os empregadores devem ser mais
flexíveis ao aceitar e valorizar a
experiência profissional adquirida fora do
Reino Unido.
As recomendações acima podem ser
aplicadas a outros refugiados que não
sejam lésbicas e gays.
Para formuladores de políticas
Os requerentes de asilo não são
autorizados a trabalhar enquanto a
solicitação de asilo é decidida, um
processo que pode levar semanas,
O relatório completo está disponível em inglês no nosso site: http://www.micro-­‐rainbow.com/blog 6 meses ou anos. Nossa pesquisa sugere
fortemente que esta impossibilidade de
trabalhar pode levar lésbicas e gays à
pobreza, mesmo após terem sido
concedidos o estatuto de refugiado.
Pedimos aos formuladores de políticas
que reconsiderem esta regra.
A evidência corrobora firmemente o
argumento de que as lésbicas e os gays
refugiadas(os) no Reino Unido vivem
abaixo da linha da pobreza. Os
entrevistados afirmaram que quando o
processo de asilo termina, elas(es)
simplesmente
se
encontram
em
condições de vida precárias e há falta de
apoio imediato após a obtenção do
estatuto de refugiado. Esse intervalo de
tempo os coloca em risco de pobreza.
São necessárias mais investigações
sobre a experiência de refugiados
durante este tempo de espera e
recomendações específicas devem ser
formuladas. Os formuladores de políticas
devem se comprometer em conversar
com organizações da sociedade civil para
entender como mudar o sistema de
suporte aos refugiados e proporcioná-los
um melhor começo de sua nova vida no
Reino Unido, ao invés de dificultá-la.
Acreditamos que esta recomendação só
não é tão importante quanto a anterior,
que defende o direito ao trabalho para os
requerentes de asilo.
Verificou-se que é fundamental monitorar
e alterar a linguagem usada pelos meios
de comunicação e discursos políticos
quando se referem aos solicitantes de
asilo e refugiados. Muitas vezes termos
estigmatizados como "ilegais" e "falsos"
A pesquisa revela que as lésbicas e os
gays refugiadas(os) sofrem de baixa
autoestima e falta de confiança. Lésbicas
são utilizados para descrever esse grupo
de migrantes. Isso, por sua vez, afeta a
confiança e a autoestima dos refugiados
e contribui para a criação de estereótipos
negativos. Ademais, cria-se um ambiente
hostil para os refugiados, como é
evidenciado por esta pesquisa, onde
empregadores e funcionários de bancos
presumem que seus documentos de
identidade são falsos e, portanto, lhes
recusam emprego, abertura de contas
bancárias ou empréstimos.
Para prestadores de serviços:
Os funcionários de bancos ou outras
instituições financeiras devem estar
cientes de que os refugiados têm o pleno
direito a abrir uma conta bancária no
Reino Unido. Os refugiados nunca devem
sofrer discriminação nestes serviços ao
apresentarem seus documentos de
identificação. A equipe deve ser treinada
e ter pleno conhecimento do tipo de
documentos que podem ser aceitos dos
refugiados.
Vários refugiados entrevistados para esta
pesquisa considerariam iniciar pequenas
atividades comerciais, muitas vezes em
resposta à ausência de oportunidades de
emprego disponíveis a eles. As
entrevistas realizadas nessa pesquisa
sustentam a visão de que é necessário
providenciar crédito a lésbicas e gays
refugiadas(os) com vocação empresarial,
mesmo que não tenham um histórico de
crédito ou as credenciais que os bancos
normalmente requerem.
e gays refugiadas(os) devem ter acesso
a
oficinas
de
capacitação
e
oportunidades para aumentar sua
O relatório completo está disponível em inglês no nosso site: http://www.micro-­‐rainbow.com/blog 7 autoestima e confiança. O aumento da
autoestima não somente iria ampliar suas
chances de obter renda e/ou aprimorar
suas
habilidades,
mas
também
melhoraria o seu bem-estar emocional e
reduziria o risco de pobreza.
São necessários mais estudos
É necessário urgentemente providenciar
mais investigações sobre as experiências
vividas por pessoas trans e intersex
refugiadas no Reino Unido e o risco de
esses grupos caírem na pobreza. Essa
população migrante tem necessidades
específicas que diferem daquelas de
gays e lésbicas refugiadas(os) e também
merecem atenção.
São também necessários mais recursos
para aumentar a conscientização e
estudar melhor as intersecções entre a
pobreza e as experiências de lésbicas e
gays refugiadas(os), incluindo um estudo
comparativo com outros tipos de
refugiados.
O relatório completo está disponível em inglês no nosso site: http://www.micro-­‐rainbow.com/blog 8 MRI Project Team
Sebastian Rocca
Lucas Paoli Itaborahy
Jill Power
Moud Goba
Erin Power
Prossy Kakooza
Gavin Sharpe
Calogero Giametta
Elena Roffi
Renné Ramos
Belissa Guerrero Rivas
Founder and CEO
International Research and
Business Development Coordinator
Project Support
Project Support
Project Support
Project Support
Project Support
Project Consultant
Project Consultant
Design and layout
Spanish proofreading
Published by
Micro Rainbow International C.I.C.
Registered office: 2-6 Cannon Street
London, EC4M 6YH
United Kingdom
© Micro Rainbow International C.I.C. October 2013
W:
FB:
TT:
Blog:
E:
www.micro-rainbow.com
MicroRainbowInternational
@MicroRainbow @MRI_es @MRI_por
www.micro-rainbow.com/blog
[email protected]
O relatório completo está disponível em inglês no nosso site: http://www.micro-­‐rainbow.com/blog 9 

Documentos relacionados