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ANO 5 JUL/AGO/SET 2014
#19
UMA REVISTA DO SISTEMA DE COOPERATIVAS DE CRÉDITO DO BRASIL
DESTAQUE
Sicoob é a maior instituição
financeira privada em três
estados e no DF
ELEIÇÕES
Frencoop, Sebrae e OCB prometem buscar
apoio junto aos novos governantes para o
cooperativismo
Concred
Sistema defende integração dos
negócios para fortalecer o segmento
Uma instituição f inanceira que
associa realização pessoal ao
desenvolvimento das comunidades.
O Sicoob é assim.
Campanha produzida com a
participação de associados do
Sicoob, pessoas que já usufruem
o que existe de melhor em
soluções financeiras.
CARTÕES
CONTA CORRENTE
POUPANÇA
INVESTIMENTOS
O Sicoob é uma instituição financeira que
associa tecnologia e eficiência ao que
existe de melhor nas pessoas: a união, a
solidariedade e a igualdade. O Sicoob é a
maior instituição financeira cooperativa
do Brasil. Por isso, quem se associa ao
Sicoob tem todos os produtos e serviços
financeiros, mas de um jeito diferente:
também participa dos resultados e vê
os recursos captados pelas cooperativas
investidos na sua própria região, gerando
desenvolvimento, empregos e renda para
sua comunidade. O Sicoob é assim.
e
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q
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c
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s
s
A
há de melhor.
ê.
Associado a voc
www.associadoavoce.com.br
CRÉDITO
CONSÓRCIOS
PREVIDÊNCIA
Central de atendimento: 0800 642 0000
Ouvidoria: 0800 725 0996
Deficientes auditivos ou de fala: 0800 940 0458
Saiba mais: www.sicoob.com.br
4 Sumário
7
Entrevista
O presidente da Frencoop, Osmar
Serraglio, fala da atuação junto
ao Congresso para aprovação de
leis prioritárias ao cooperativismo
11
ConCred
Sicoob quer estreitar as
parcerias estratégicas em prol
da maior união entre os sistemas
de cooperativas do país
14
eLEIÇÕES
Conheça as expectativas das
entidades com relação ao
próximo governo
23
6 ABC do cooperativismo
Saiba mais sobre temas e expressões
próprios do cooperativismo financeiro
6 Números
Conheça os destaques mais importantes
conquistados pelo Sicoob
10 Ponto de Vista
Bento Venturim fala dos 25 anos do Sicoob
ES e da participação das cooperativas no
mercado financeiro do estado
18 Negócios
Plataforma móvel promete revolucionar
prestação de serviços do Sicoob
20 Produtos e serviços
Cooperativas já podem oferecer a
Letra de Crédito do Agronegócio,
mais uma opção de investimento
22 Perfil
O empresário Nilton Souza viu no
cooperativismo a oportunidade de ampliar
os negócios em Macapá (AP)
28 Comodidade
Débito Automático (DA) e Débito Direto
Autorizado (DDA) ganham força entre os
associados
30
32
40
Regionalismo
O cooperativismo financeiro
no Paraná está impresso na
origem de sua colonização
Legado
Fruto da parceria entre Sicoob Central ES e
Unimed Vitória, estádio Engenheiro Araripe
recebeu a seleção australiana durante a Copa
34 Jurídico
O assessor jurídico do Sicoob SP,
Douglas Borges Costa, explica a
adequada representação sindical do
cooperativismo financeiro
CAPA
Cooperativas de ES, SC,
RO e DF lideram o ranking
das instituições financeiras
privadas nesses locais
Segmento
Leque completo de produtos e serviços
sugere evolução de cooperativismo de
crédito para cooperativismo financeiro
35 Responsabilidade Social
Solidariedade é prática constante entre
cooperativas filiadas ao Sicoob SP
38
Cultura
Exposição Cara ou Coroa percorre Santa
Catarina e Rio Grande do Sul para contar a
história da moeda no Brasil
43 Expansão
Sicoob chega a Sergipe após filiação da
Federalcred Leste à Central NE
44 Giro
Saiba o que acontece no Sicoob em todo
o país
Editorial 5
Sicoob Confederação
Crescimento em números
e em território
“
Líderes e
representantes
de importantes
entidades
ligadas ao
cooperativismo
ressaltaram
os principais
desafios e
compromissos
que o futuro
presidente da
República deverá
assumir
”
O Sicoob é uma das instituições
financeiras que mais crescem no
mercado. Ocupando a 6a posição
em pontos de atendimento, inseriu
Sergipe no Sistema Cooperativo
Financeiro, com a recente inauguração
de um Posto de Atendimento (PA)
do Sicoob Federalcred na capital,
Aracaju. Para estar presente em todos
os estados, resta chegar ao Ceará.
O avanço também ocorre em
participação de mercado, pois já é a
maior instituição financeira privada
no Espírito Santo, em Santa Catarina,
em Rondônia e no Distrito Federal,
onde nossas cooperativas lideram em
volume de operações de crédito. Por isso,
ganharam destaque na capa desta edição.
Em importantes estados brasileiros,
já estamos à frente de todos os bancos
privados, levando produtos e serviços
financeiros a milhares de pessoas,
com os diferenciais e benefícios do
cooperativismo. O bom atendimento,
o compromisso com as comunidades,
a gestão participativa dos associados,
os preços mais atrativos dos produtos
e serviços e o portfólio completo de
soluções operacionais têm atraído novos
cooperados e contribuído para que o
Sistema seja ainda mais competitivo.
As inovações tecnológicas
também agregam mais diferenciais
ao Sicoob. Uma nova ferramenta,
a Plataforma Móvel de Negócios,
ajudará as cooperativas a alavancarem
os negócios, além de trazer mais
comodidade aos cooperados. A
novidade foi lançada oficialmente
na 10a edição do Congresso
Brasileiro do Cooperativismo de
Crédito (Concred), realizado em
Manaus (AM), entre os dias 10
e 12 de setembro. Ela possibilitará
o cadastramento de pessoas físicas
e jurídicas e a abertura de contacorrente, entre outros serviços, fora da
cooperativa.
Com o tema central Integração
do Sistema Nacional de Crédito
Cooperativo: o melhor caminho, o
Concred promoveu debates sobre os
rumos do cooperativismo financeiro e
os esforços para uma maior integração
dos diferentes sistemas em prol do
crescimento e do desenvolvimento do
segmento. O Sicoob marcou presença
também com um moderno estande,
onde apresentou inovações tecnológicas
e um conjunto de soluções financeiras.
Em ano eleitoral, a expectativa
com relação ao próximo chefe do
Executivo mereceu destaque em uma
reportagem especial desta edição.
Líderes e representantes de importantes
entidades ligadas ao segmento, como
a OCB e o Sebrae, ressaltaram os
principais desafios e compromissos
que o futuro presidente da República
deverá assumir pelo desenvolvimento
do cooperativismo brasileiro.
Em entrevista, o presidente da
Frente Parlamentar do Cooperativismo
(Frencoop), o deputado Osmar José
Serraglio, ressaltou que as aprovações
da lei complementar sobre o Ato
Cooperativo e da Nova Lei Geral
do Cooperativismo são as atuais
prioridades da bancada cooperativista.
A atualização do marco regulatório
irá impulsionar ainda mais o
desenvolvimento das instituições
financeiras cooperativas.
Henrique Castilhano Vilares
Presidente do Sicoob
ANO 5 No19 JUL/AGO/SET 2014
6 ABC DO COOPERATIVISMO
números 6
O que é uma
instituição
financeira
cooperativa?
Uma instituição financeira cooperativa
oferece um portfólio completo de produtos e
serviços financeiros para pessoas Física (PF)
e Jurídica (PJ), com muito mais vantagens,
benefícios e juros mais atrativos que os dos
bancos. Na cooperativa, o usuário também
é dono e, por isso, ao final de cada exercício,
participa dos resultados econômicos e recebe
parte dos lucros (chamado de sobras) auferidos
pela instituição.
Sicoob é a sigla do maior sistema cooperativo
financeiro do país, que possui cerca de 2,7
milhões de associados. É formado por uma rede
com mais de 2.200 pontos de atendimento,
2.300 caixas eletrônicos e 590 correspondentes.
Está presente em 25 estados brasileiros e no DF
e é o 6º maior em pontos de atendimento entre
as instituições financeiras - bancos públicos e
privados - do Brasil.
1 milhão
é o valor da quantidade de itens
que o associado pode escolher no Sicoobcard Prêmios
- programa de recompensas dos cartões Sicoobcard.
24%
foi a média de crescimento das
cooperativas financeiras brasileiras em 2013, mais que
o dobro dos 10% de expansão dos bancos comerciais
no mesmo período.
12
a
é a posição ocupada pelo Sicoob no ranking
de emissão de cartão de crédito no Brasil.
16a é a posição do sistema na comercialização de
cotas de consórcios no país.
R$ 41,5
bilhões foi o número de ativos
combinados que o Sicoob atingiu em 2013,
crescimento de 21,9% em relação ao ano anterior.
Entrevista
7
Cooperativismo no
Congresso Nacional
Frencoop trabalha para garantir aprovações do Ato Cooperativo
e da nova Lei Geral do Cooperativismo
Gustavo Lima / Acervo da Câmara dos
Deputados Banco de Conteúdo Secom
M
estre em Direito do Estado pela
Pontifícia Universidade Católica de
São Paulo (PUC-SP), o advogado e
professor universitário Osmar José Serraglio
está no quarto mandato como deputado
federal. Vice-líder do Governo na Câmara
dos Deputados, é o atual presidente da Frente
Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop),
uma das mais conceituadas frentes, formada
por mais de 200 deputados e 20 senadores.
Natural de Erechim (RS), Serraglio foi
presidente da Associação dos Professores do
Paraná e vice-prefeito da cidade paranaense
de Umuarama. Em 2005, destacou-se como
relator da Comissão Parlamentar Mista de
Inquérito (CPMI) dos Correios. É membro
em quatro Comissões Parlamentares, entre
elas, a de Constituição, Justiça e Cidadania
(CCJC). Na entrevista a seguir, o deputado
revela qual será a atuação da Frencoop para
que o Congresso Nacional aprove as leis
prioritárias em prol do cooperativismo.
Os resultados que a Frente tem
conseguido para o segmento
são as principais ferramentas
para atrair parlamentares de
outros setores
ANO 5 No19 JUL/AGO/SET 2014
Antonio Augusto/Acervo da Câmara dos
Deputados Banco de Conteúdo Secom
8 Entrevista
A formação profissional e a participação ativa nas discussões do setor agrícola, no Congresso, aproximaram Serraglio das questões cooperativistas
REVISTA SICOOB - Quando e
como o senhor entrou para a política?
Osmar José Serraglio - O primeiro
cargo eletivo, político-partidário
que ocupei foi o de vice-prefeito de
Umuarama (PR), de 1993 a 1996.
Entrei para a política por acreditar que
eu podia fazer a diferença ou ao menos
ser diferente. Acredito que a minha
atuação como professor universitário e
como advogado, que prestava assessoria
para diversos municípios da minha
região, contribuiu para isso.
Como e quando o senhor iniciou sua
militância cooperativista?
Desde que assumi uma cadeira
de deputado, em 1999. Em razão da
minha formação, sempre participei
ativamente das discussões do setor
agrícola no Congresso, até mesmo
colaborando com colegas deputados
e orientando juridicamente nas
discussões, pareceres, entre outros. Essa
atuação me aproximou das questões das
cooperativas e acabou me conduzindo à
Diretoria de Assuntos Tributários
da Frencoop.
Pela experiência e pela atuação na área
tributária, o marco regulatório para o
adequado tratamento tributário ao Ato
Cooperativo será uma de suas bandeiras?
As minhas prioridades são as
prioridades das cooperativas: o Ato
Cooperativo e a Nova Lei Geral
do Cooperativismo. Acredito que o
ordenamento jurídico tem que levar
em conta sempre a diferença existente
entre as cooperativas e as demais
empresas privadas, distinguindo
também o tratamento delas.
Quais os principais projetos em
tramitação no Congresso que
beneficiam o cooperativismo
financeiro?
Diretamente ligados às cooperativas
de crédito (ou financeiras), temos,
entre outros, o PL 3.067/2011, para
autorizar o acesso de instituições
financeiras, entre elas, os bancos
cooperativos, confederações e Centrais
de cooperativas aos recursos do Fundo
de Amparo ao Trabalhador (FAT),
para fins de concessão de crédito
rural, e o PL 5.408/2005, que autoriza
estados, Distrito Federal e municípios
a depositarem até 5% das respectivas
disponibilidades de caixa.
Qual é a importância do
cooperativismo financeiro para o
desenvolvimento econômico e social do
país, especialmente o papel do Sicoob,
maior Sistema do segmento no Brasil?
Acreditamos
que o próximo
chefe do Executivo
federal saberá
dar o devido valor
aos projetos do
cooperativismo.
Saberá também
ouvir a Frencoop,
em razão da sua
representatividade
O cooperativismo financeiro é
um sistema inteligente, em que todos
os cooperados são tratados de forma
igual. No Sicoob, além de os associados
serem usuários dos produtos e serviços,
eles são, ao mesmo tempo, os donos
do negócio, o que proporciona essa
igualdade. A contribuição do Sicoob
é fundamental, uma vez que os
recursos captados nas cooperativas
são praticamente disponibilizados nas
9
Como tem sido o diálogo da Frencoop
com as demais bancadas? O que pode
ser feito para atrair mais apoio dos
parlamentares em favor das causas
cooperativistas?
Sendo a Frencoop uma das maiores
frentes parlamentares do Congresso
Nacional, ela já tem um grande poder
de convencimento, pois tem integrantes
ligados a todos os grupos políticos.
De certa forma, isso é uma garantia
de apoio. O trabalho que está sendo e
sempre foi realizado pela frente e os
resultados que ela tem conseguido para
o segmento são as nossas principais
ferramentas para atrair parlamentares
de outros setores.
Como será a estratégia de diálogo da
Frencoop com o próximo presidente
da República para apoio aos projetos
de interesse do segmento?
A argumentação é quase sempre
a melhor forma de convencimento, e
o segmento cooperativista representa
muita força, abrange diversas áreas
fundamentais para o desenvolvimento
do país. Nós acreditamos que quem
quer que seja o próximo chefe do Poder
Executivo saberá dar o devido valor
aos projetos do cooperativismo. Saberá
também ouvir a Frencoop, em razão
da sua representatividade, que é de
fundamental importância também para
os projetos do próprio Governo.
O senhor é relator da PEC 215, de
2000. Ela reacende a polêmica da
delimitação de terras indígenas e a
coloca como atribuição do Congresso.
Ela prejudica a população indígena?
De forma alguma. Não se nega
ao indígena o direito à terra. A PEC
215 busca, justamente, garantir o
pleno direito dele à terra. Ela vai
dar segurança jurídica às próprias
comunidades indígenas, muitas delas
guiadas por arautos de posições
infundadas, boa parte desses a serviço
de organizações transnacionais
interessadas em brecar o
O cooperativismo
financeiro estimula a educação
financeira no país, pois, ao
conceder crédito justo e
consciente, proporciona às
famílias viverem dentro do seu
padrão econômico
desenvolvimento do país. O que tem
acontecido, falando-se em injustiça,
é a correção de um erro do passado
com um erro atual, ao retirar, de suas
propriedades, famílias possuidoras
de títulos legais, em alguns casos, há
mais de 100 anos, e mandar para as
favelas, sem direito algum, como o
que tem acontecido neste país.
Arquivo pessoal
regiões onde elas estão localizadas,
quase que em sua totalidade, o que
contribui para o desenvolvimento
econômico e social.
Em ano eleitoral, como serão
desenvolvidos os trabalhos da
Frencoop? É uma oportunidade ou
um empecilho para aprovação das leis
cooperativistas?
Acredito que o período não
interfere nos trabalhos, pois é
completamente possível conciliar
as atividades do Legislativo,
concentrando esforços, dispensando a
devida atenção à agenda parlamentar
e adequando-a ao calendário eleitoral.
Por que o senhor é a favor da disciplina
sobre cooperativismo em escolas
públicas? Acredita que cooperativismo
financeiro pode estimular a cultura de
educação financeira no país?
Apoio a ideia do ensino do
cooperativismo nas escolas públicas,
pois cria o espírito de solidariedade
desde criança. Acredito que o
cooperativismo financeiro estimula,
sim, a educação financeira no país,
Serraglio apoia a ideia do ensino do
cooperativismo nas escolas públicas
pois, ao conceder crédito justo e
consciente, proporciona às famílias,
indiretamente, viverem dentro do
seu padrão econômico, eliminando
desperdícios, aproveitando
oportunidades, valorizando o que
têm, elevando o padrão num ciclo
virtuoso dentro do que é possível.
ANO 5 No19 JUL/AGO/SET 2014
Sicoob ES comemora
25 anos de crescimento
O
Sicoob ES completou 25 anos
em setembro. Nesse período,
participamos ativamente
dos movimentos em prol da
profissionalização e do fortalecimento
do cooperativismo financeiro, ao lado
de outras equipes do país. Algumas
ações foram marcantes para configurar
nossa atividade até que ela alcançasse o
formato atual e pudesse se desenvolver.
Quando iniciamos nossos trabalhos,
fomos surpreendidos pela extinção
do Banco Nacional de Crédito
Cooperativo (BNCC), que dava
suporte às instituições financeiras do
segmento no Brasil. Constituímos o
Conselho Especializado de Crédito
da Organização das Cooperativas
Brasileiras e, em seguida, a Associação
Nacional das Cooperativas de Crédito
do Brasil (Ancoop).
Nesse fórum, discutíamos os temas
que nos angustiavam até a “conquista
da alforria”, que foi a autorização
do Banco Central para a criação de
bancos cooperativos. Instituímos
nossos sistemas em três níveis:
singulares, centrais e confederações,
tendo o Banco Cooperativo como o
braço financeiro.
Infelizmente, nossa legislação, ainda
muito primitiva, nos dava a ideia de
que teríamos de ter muitas cooperativas
e vários bancos cooperativos,
influência da hiperinflação da qual
saíamos recentemente e da legislação
cooperativista, segmentada e com todos
os defeitos que ainda lutamos para
acertar. Daí em diante, tivemos o mundo
à nossa disposição. Criamos todos
os produtos e serviços bancários e os
disponibilizamos aos nossos associados.
Bento Venturim é presidente do Sicoob Central ES
No Espírito Santo não foi diferente.
Sempre procurando antecipar os passos
dados pelo cooperativismo financeiro,
nos colocávamos à disposição e, por
várias vezes, fomos acionados para
iniciar, ou servir de “piloto”, para o
lançamento de produtos e de serviços.
Essa disposição e a garra dos nossos
dirigentes e da equipe fizeram com
que o Espírito Santo, por meio de
nossa Central, se tornasse um dos três
primeiros estados, junto com Santa
Catarina e Rondônia, a ultrapassar
os dois dígitos na participação do
mercado financeiro (excluindo o crédito
imobiliário), enquanto a média do
cooperativismo financeiro do Brasil está
na casa dos 2,5%.
As grandes conquistas vieram com o
advento da livre admissão, que permitiu
a abertura de nossas cooperativas para
o público em geral. A evolução da
legislação possibilitou também o início
da atuação na Região Metropolitana da
Grande Vitória.
Nesses anos todos, vimos trabalhando
para melhorar a legislação - sempre em
parceria com o Banco Central -, a fim de
que o cooperativismo financeiro seja um
instrumento de desenvolvimento local e
nacional, com sustentabilidade.
Com a mudança da liderança
da nossa Confederação, temos a
expectativa de que nossos anseios
por ganho de escala possam ser
concretizados por meio da união das
cooperativas. Vivemos novos tempos.
Assim como a sociedade, o Banco
Central acredita no Sistema e hoje se
apresenta como um de nossos parceiros.
É hora de o cooperativismo financeiro
evoluir ainda mais.
Sicoob Central ES
10 ponto de vista
Fotos: Sicoob Confederação
cONCRED 11
O presidente do Sicoob, Henrique Castilhano Vilares, durante a 10a edição do Concred
Integração
cooperativista
Sicoob é destaque na 10a edição do Concred
Um dos caminhos para fortalecer o cooperativismo
é a integração nos negócios. Temos que nos adaptar
para promover uma união ainda maior. Quanto mais
unidos, mais fortes seremos”. Essa foi a principal mensagem
do presidente do Sicoob, Henrique Castilhano Vilares, em
sua participação no painel Integração do Sistema Nacional de
Crédito Cooperativo: o melhor caminho, realizado durante a
10a edição do Congresso Brasileiro de Cooperativismo de
Crédito (Concred).
Vilares ressaltou que o Sicoob trabalha para estreitar
o relacionamento em prol da união entre os sistemas e o
consequente fortalecimento do cooperativismo financeiro. “Nos
últimos anos, uma maior aproximação com outros sistemas tem
permitido parcerias em diferentes frentes comerciais, como é
o caso do Cartão BNDES, por meio da Cabal Brasil e vários
outros negócios envolvendo o Bancoob”, observou.
Novidades Sicoob
Com foco nos negócios, Vilares destacou alguns números,
produtos e serviços do Sistema e anunciou, oficialmente, o
lançamento da nova ferramenta do Sicoob: a Plataforma
Móvel de Negócios, que possibilitará a realização de
operações fora da cooperativa (leia mais na página 18).
Também foi apresentado, em primeira mão, o aplicativo
Sicoob para Smart TVs, disponível, no momento apenas para
Smart TVs Samsung. Em breve, o serviço será estendido aos
principais fabricantes do mercado. “Os cooperados poderão
acessar a conta deles pelo aparelho, conferir as últimas notícias
sobre cooperativismo financeiro e pesquisar as cooperativas e
os pontos de atendimento por localidade”, explicou o analista
de Relacionamento e Negócios do Sicoob Confederação,
Luciano Mesquita.
ANO 5 No19 JUL/AGO/SET 2014
12
Sobre a participação no Concred, o diretor-presidente
do Bancoob, Marco Aurélio Almada, disse que foi muito
proveitosa e deve resultar em novas parcerias para o Sistema. “É
gratificante rever os amigos dirigentes das cooperativas, ouvir
sobre como suas cooperativas têm se desenvolvido e entender
quais os desafios mais atuais. Isso nos ajuda a direcionar ainda
mais as ações no Bancoob em prol daquilo que é importante
para as cooperativas. Apresentamos alguns dos nossos
produtos e serviços no Concred, com ótima receptividade pelas
cooperativas. Temos muitas novidades em desenvolvimento e
que deverão estar disponíveis em breve”, comentou.
Estande
Diretores e técnicos do Sicoob participaram de palestras
e de eixos temáticos. O estande do Sistema foi um dos mais
visitados durante o evento. Com a temática de sustentabilidade,
o espaço fortaleceu a marca e promoveu o portfólio de produtos,
serviços e soluções em TI do Sistema, com exibição de vídeos
institucionais em um painel de LED e um game interativo da
campanha #Liberte o Seu Porquinho. “Esse local apresentou as
nossas inovações, mostrando ao mercado o que temos de bom”,
comentou o presidente do Sicoob Cocresul, cooperativa sediada
em Campo Grande (MS), Jamil Reis, no momento em que
utilizava uma das ilhas de telas touch screen.
Integração
O Concred aconteceu em Manaus (AM), entre os dias 10
e 12 de setembro. Durante os três dias do evento, os cerca de
1.400 participantes – muitos deles representantes de centrais e
cooperativas singulares do Sicoob – debateram sobre Integração
do Sistema Nacional de Crédito Cooperativo: o Melhor
Caminho, assunto que era tabu entre os líderes do segmento até
pouco tempo atrás. “Plantamos a semente da união de todos os
sistemas de cooperativas financeiras. O evento também ajudou
a despertar, na população da região Norte, a importância do
cooperativismo para a economia brasileira”, destacou o presidente
do Sicoob Central Norte e anfitrião do evento, Ivan Capra.
O presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras
(OCB), Márcio Lopes de Freitas, foi enfático ao dizer que
a integração não é uma questão apenas ideológica, mas um
caminho para promover a economia e o ganho de escala
no cooperativismo. Ele aproveitou para comentar sobre as
eleições de outubro, ressaltando a necessidade de as pessoas que
militam no cooperativismo se conscientizarem para votar em
parlamentares ligados à Frente Parlamentar do Cooperativismo
(Frencoop). “É necessário profissionalizar a gestão nas
cooperativas, sem esquecer a razão de ser da instituição, que é a
de valorizar as pessoas”, concluiu.
Para o presidente da Confederação Brasileira das
Cooperativas de Crédito (Confebras), Celso Ramos Régis,
os estímulos à cultura cooperativista e às boas práticas criadas
e adotadas pelas cooperativas são fatores determinantes para
impulsionar o desenvolvimento do segmento. “O cooperativismo
financeiro ajuda o Banco Central a desempenhar a missão
de promover a inclusão financeira”, completou o secretário
executivo do Banco Central, Geraldo Magela Siqueira,
representando o presidente Alexandre Tombini, na solenidade
de abertura do evento.
No último dia do Concred, o diretor técnico do Sebrae
Nacional, Carlos Alberto dos Santos, abordou o tema As
cooperativas de crédito e os pequenos negócios, e o diretor de
Relacionamento Institucional e Cidadania do Banco Central,
Luiz Edson Feltrim, destacou o Futuro do cooperativismo sob
Luciano Mesquita (esq.) e Jamil Reis (dir.) conferiram uma das ilhas de telas touch screen no estande do Sicoob
13
Carta de Manaus
Como já é tradição, ao fim do
congresso, o presidente da Confebras
apresentou as diretrizes para a
elaboração da Carta de Manaus,
documento que será entregue
aos representantes dos poderes
Executivo e Legislativo com as principais demandas
do segmento:
Mara Luquet durante apresentação no evento
a óptica do Banco Central. Palestras e debates sobre inovação,
competitividade, sustentabilidade econômica e governança
também integraram a programação, que contou com a presença
de profissionais de renome nacional e internacional, como
o especialista em Responsabilidade Social Corporativa e
Sustentabilidade, Andrew Savitz; a jornalista, comentarista
do canal GloboNews, colunista da rádio CBN e do Jornal
da Globo, da TV Globo, Mara Luquet; e a consultora em
Estratégia Empresarial e Governança Corporativa da Fundação
Dom Cabral, Adriana Solé.
Durante o evento, foi lançado o livro Cooperativismo
financeiro: percurso histórico, perspectivas e desafios, do diretor
de Operações do Bancoob, Ênio Meinen, e do presidente da
Sicredi Pioneira, Márcio Port. Escrita em linguagem simples, a
obra tem 11 capítulos, distribuídos em 550 páginas, apresenta
importantes abordagens e reforça, desde o título, a nomenclatura
de cooperativismo financeiro, ao invés de cooperativismo de
crédito, para designar o segmento (leia mais na página 30).
No âmbito do Congresso Nacional:
Respeito aos dispositivos constitucionais
que estimulam e apoiam o cooperativismo.
Acesso à gestão de recursos dos fundos
constitucionais de financiamento (FCO, FNE
e FNO).
Aprovação do PLS 40/2011, que permite
o acesso direto das cooperativas financeiras/
dos bancos cooperativos a recursos do Fundo de
Amparo ao Trabalhador (FAT).
No âmbito do Poder Executivo Federal:
Inserção do cooperativismo como disciplina
curricular do Ensino Fundamental.
Apoio para que o cooperativismo financeiro
esteja ao alcance de todos os brasileiros,
tornando-o o principal agente de inclusão
financeira, com atenção especial para as regiões
Norte e Nordeste. *
Vale lembrar que, ao longo de sua história, o
congresso possibilitou diversos ganhos ao segmento.
Entre as conquistas, a mais significativa é a Lei
Complementar (LC) 130, que dispõe sobre o
Sistema Nacional de Crédito Cooperativo, aprovada
pelo então presidente Lula. Presente na 4ª edição
do Concred, que aconteceu em 2002, em Santos
(SP), Lula, ainda como presidenciável, demonstrou
grande interesse pelo tema. “Ele nos questionou
muito sobre o funcionamento das cooperativas e
nos indagou onde teríamos gargalos de ordem legal
para que ele pudesse agir caso fosse eleito”, lembra
o diretor-presidente do Sicoob Central Cecresp e
ex-presidente da Confebras, Manoel Messias, que
convidou o candidato a participar daquele evento.
* Confira o conteúdo da Carta de Manaus
em:
www.confebras.coop.br/concred/downloads/Carta_de_
Manaus.pdf
Márcio Port e Ênio Meinen autografam durante o Concred
ANO 5 No19 JUL/AGO/SET 2014
Nel
son
Jr./A
SIC
S/T
SE
14 ELEIÇÕES
Mais apoio
Arquivo pessoal
Entidades sinalizam que
vão buscar, junto aos
eleitos, melhores condições
para as cooperativas
Q
uem for comandar o Executivo no país e nos estados, nos
próximos quatro anos, deverá se dedicar mais às demandas
do setor cooperativista, sobretudo o financeiro. A Frente
Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop), o Serviço Brasileiro de
Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e a Organização das
Cooperativas Brasileiras (OCB) prometem cobrar mais apoio dos
novos governantes a um dos segmentos que mais cresce no país.
Entre as reivindicações, uma carga tributária mais justa para o
cooperativismo, cujo projeto de lei aguarda aprovação no Congresso
Nacional. “Precisamos votar o projeto de lei complementar que
regulamenta o Ato Cooperativo, para evitar que as cooperativas
continuem sofrendo tributação como pessoa jurídica e seus
cooperados, como pessoa física”, afirma o coordenador do ramo
Crédito da Frencoop, deputado federal Arnaldo Jardim (foto).
O parlamentar assegurou que continuará buscando o diálogo
com o poder Executivo e com outros membros do Legislativo,
independentemente da sigla. Um dos objetivos dele, no âmbito
do Congresso Nacional, é debater projetos que assegurem às
cooperativas financeiras acesso aos recursos do Fundo de Amparo
ao Trabalhador (FAT).
Essas medidas auxiliariam o cooperativismo financeiro, que reúne
cerca de 7 milhões de cooperados, segundo a OCB, e movimentou
cerca de R$ 60 bilhões em empréstimos no ano passado. Outro
dado importante é o papel social do cooperativismo para a inclusão
bancária no país. Em 10% das cidades brasileiras, as cooperativas
são as únicas instituições financeiras locais. “Vivo enaltecendo
os benefícios do cooperativismo por acreditar na capacidade dele
de enfrentar os desafios econômicos, urbanos e rurais brasileiros,
com as ferramentas da produtividade, da competitividade e da
responsabilidade social”, ressalta Jardim.
15
Financiamento para
continuar crescendo
Arquivo pessoal
O Brasil atingiu patamar de desenvolvimento econômico
alto e irreversível, na avaliação do diretor técnico do Sebrae
Nacional, Carlos Alberto dos Santos (foto). Ele acredita,
porém, que há um longo caminho a ser percorrido pelos
próximos governantes. O economista, especializado em
Política de Desenvolvimento de
Pequenas Empresas, elege
o crescimento da relação
crédito e Produto Interno
Bruto (PIB) entre os
principais desafios para os
eleitos que conduzirão o
país, a partir de 2015.
Não que Santos considere a relação atual insignificante.
Pelo contrário, ressalta que houve um considerável
incremento do ano 2000 para cá. De acordo com
levantamento do Banco Central, em 2002, as operações de
crédito representavam 26% do PIB. Em agosto de 2014, o
índice chegou a 56%. “Foi um crescimento vertiginoso, mas
ainda é necessário um avanço muito maior para atender a
uma economia do tamanho da nossa, principalmente quando
falamos do microempreendedor”, observa.
Para esse público em especial, o crédito não tem sido
muito favorável. Segundo o executivo, embora o país tenha
presenciado uma expansão grande das cooperativas financeiras,
como provam os números do Sicoob, e os bancos comerciais
tenham adotado uma política de financiamento em massa, há
muito o que melhorar.
Para ele, o sucesso de uma política pública para a expansão
do crédito deve passar pelo apoio às cooperativas financeiras.
Elas mostram, aos grandes bancos comerciais, que é possível
oferecer condições melhores de financiamentos aos pequenos
empreendedores. “A microfinança, que inclui esse tipo
de crédito, necessita de escala. Não se pode abrir mão da
tecnologia e da capilaridade, próprias dos grandes sistemas
financeiros cooperativos”, defende.
Embora avalie que, via mercado, é possível resolver muitos
dos problemas econômicos do país, o diretor defende que os
chefes eleitos precisarão aperfeiçoar o arcabouço político e legal
para a perpetuação do crescimento, estimulando ainda mais o
cooperativismo financeiro.
Participação ativa
Alexandre Alves
Como ocorreu em eleições anteriores, a Organização das
Cooperativas Brasileiras (OCB) não declarará apoio a nenhum
candidato, seja no Executivo seja no Legislativo, tanto na esfera
federal quanto na estadual. O apartidarismo, no entanto, não se traduz
em baixa participação política. A entidade, que está completando
45 anos de existência, em 2014, entregará aos presidenciáveis um
documento com as principais demandas e informações sobre o
segmento no país. O objetivo é que essa aproximação, de alguma
maneira, contribua para que as cooperativas estejam presentes nas
propostas do próximo governo.
Na visão da OCB, embora as cooperativas financeiras tenham
obtido grandes conquistas, desde a década de 1990, com crescimento
médio de 20% ao ano, há um espaço amplo para avançar. No Sistema
Financeiro Nacional (SFN), elas detêm 2,5% de participação. “É
notório que ainda devemos caminhar bastante para obter uma parcela
maior de mercado”, reconhece o presidente da entidade, Márcio
Lopes de Freitas (foto). “O importante é que as cooperativas tenham
consciência dos seus principais problemas e das possíveis soluções para
sensibilizar os candidatos sobre os nossos principais pleitos”, completa.
ANO 5 No19 JUL/AGO/SET 2014
16 ELEIÇÕES
Lopes prefere não detalhar as demandas que constarão
nesse documento, já que está em elaboração. Ele revela,
porém, que será cobrado um melhor tratamento tributário
para as cooperativas financeiras, de forma que consigam
manter recursos para continuarem se expandindo pelo
país. “A intenção é entregar esse material a cada um
dos principais candidatos à Presidência da República
e ao presidente da nossa Frente Parlamentar do
Cooperativismo”, revela.
A entidade cobrará mais avanços no aspecto legal
do segmento. Há questões sobre tributação e acesso
pelas cooperativas a fundos gerenciados pelo governo
federal, assuntos que precisam ser discutidos. A pressão
cooperativista possibilitou, há cinco anos, a criação da
Lei Complementar 130. A regulação permitiu que as
instituições oferecessem produtos e serviços financeiros
similares aos dos bancos comerciais e estabeleceu que as
diretorias executivas fossem dissociadas dos conselhos
de administração, o que garantiu mais profissionalismo
na governança.
Aos associados, Lopes afirma que eles podem se
orientar sobre como escolher os representantes públicos,
na própria OCB, consultando a Agenda Legislativa do
Cooperativismo, a cartilha Cooperativismo e Eleições
e, principalmente, o perfil parlamentar, que contém
o monitoramento da atuação dos parlamentares, suas
votações, discursos e principais atividades, com a posterior
divulgação às unidades estaduais.
OCB lança cartilha
Cooperativismo e Eleições
Disponível em meio digital, a cartilha Cooperativismo
e Eleições – 2014 foi elaborada pelo Sistema OCB para ser
encaminhada pelas unidades estaduais às cooperativas. O
download pode ser feito no site da entidade (www.ocb.org.br).
De acordo com o presidente do Sistema OCB, Márcio
Lopes de Freitas, a publicação ressalta como as sociedades
cooperativas podem contribuir na orientação dos
cooperados em relação à participação efetiva nas eleições.
O documento contém informações sobre o papel do
cidadão, a importância do voto, a escolha do candidato e os
principais números do Congresso Nacional, envolvendo o
segmento, entre os anos de 2011 e de 2014. A publicação
também apresenta o calendário e as regras eleitorais do
que é ou não permitido durante o processo eleitoral, entre
outros pontos.
Agenda da
Frencoop
A Frente Parlamentar do Cooperativismo
(Frencoop) mantém, no Congresso Nacional,
uma agenda positiva para o cooperativismo
financeiro. Um dos principais projetos de lei, já
citado pelo deputado Arnaldo Jardim, é garantir
aos bancos cooperativos acesso direto ao Fundo
de Amparo ao Trabalhador (FAT).
Um dos argumentos da Frencoop, para
convencer os parlamentares a aprovarem a
nova lei, é que o acesso aumentará o volume de
recursos disponíveis às cooperativas, o que auxiliará
diretamente o pequeno empreendedor. Mais de 70%
dos empréstimos concedidos por essas instituições
são de valores abaixo de R$ 5 mil.
Outra medida defendida pela Frencoop é
a permissão para as cooperativas realizarem
operações financeiras, como captar depósitos,
com os entes públicos municipais, seus órgãos
e entidades controladas. Os parlamentares
também defendem a autorização para bancos
e confederações de cooperativas receberem e
repassarem recursos dos Fundos Constitucionais
de Financiamento.
17
Agronegócio contribui
para o crescimento
econômico do país
Arquivo pessoal
O agronegócio no Brasil evoluiu bem, nos
últimos anos, mas ainda há uma estrada longa
de melhorias a ser pavimentada pelos novos
governantes. O ex-ministro da Agricultura
do governo Lula, entre 2003 e 2006, Roberto
Rodrigues (foto), aposta no cooperativismo
financeiro como importante ferramenta para
que o crescimento prossiga. Ele ressalta que o
Produto Interno Bruto (PIB) depende muito
dos negócios do campo e cita dados do IBGE
para explicar. Em 2013, enquanto a economia do
país cresceu 2,3%, o setor subiu 7%, índice muito
maior que o da indústria, que ficou em 1,3%,
e o de serviços, em 2%. “Mais uma vez, como
há muito tempo, nossa economia foi salva pela
agropecuária”, afirma.
O país é hoje o principal exportador mundial
de café, açúcar, etanol e suco de laranja. Detém
mais de 20% do mercado de soja e de frango. No
primeiro semestre deste ano, o Brasil bateu recorde
de embarque de carne bovina, com receita de
US$ 3,4 bilhões e volume negociado de 762 mil
toneladas, de acordo com a Associação Brasileira
da Indústria Exportadora de Carne (Abiec).
Para Rodrigues, que hoje coordena o Centro
de Agronegócio da Fundação Getúlio Vargas
(FGV ) e preside o Conselho do Agronegócio
da Federação das Indústrias do Estado de São
Paulo (Fiesp), boa parte dos bons resultados é
explicada pelos programas de financiamento
do homem do campo, que consegue crédito, via
bancos públicos e cooperativas, para comprar
insumos, maquinário, construir armazéns, silos e
outras estruturas.
“Há um quadro positivo, quando comparado
com os das décadas anteriores, mas nós
podemos crescer muito mais”, garante. Para isso,
ele cobra uma estratégia mais empreendedora
dos próximos governantes. “Falta uma estratégia
consistente para o país, com crescimento
assegurado em logística, uma política comercial
adequada e também uma política de crédito
agrícola. Só não avançamos mais por falta de
uma estratégia articulada”, critica Rodrigues.
Um dos pontos que deverão receber
prioridade, na visão do ex-ministro, é a
tecnologia. Os avanços proporcionados por
entidades como a Empresa Brasileira de
Pesquisa Agropecuária (Embrapa), afirma
ele, trouxeram grande ganhos ao país. “Anos
seguidos da aplicação de novas técnicas geradas
em nossos órgãos de pesquisa e universidades
são os verdadeiros responsáveis por esses saltos
espetaculares. O campo foi modernizado de
forma incomparável com outros setores”.
Ele também exige foco no cooperativismo
financeiro, espécie de termômetro de uma
sociedade democrática, na visão dele. “Um
governo sério deve estimular o cooperativismo
como prova de organização da sociedade e para
facilitar a implantação de políticas públicas”.
Rodrigues destacou a capilaridade de
grandes instituições, como o Sicoob, que
conseguem chegar a regiões cujo acesso ao
sistema bancário é inexistente. “Fortalecer
esse segmento é fundamental para a economia
agrícola, até pelo fato de o recurso do produtor
ser aplicado no mesmo local de seu trabalho”.
ANO 5 No19 JUL/AGO/SET 2014
18 NEGÓCIOS
Na palma da mão
Plataforma móvel permite
negócios fora da cooperativa
O
Sicoob está sempre em busca
de inovação para facilitar o
dia a dia das cooperativas e
de seus associados. Para isso, está
lançando uma ferramenta que
promete revolucionar a prestação
de serviço, otimizando os negócios
e possibilitando ainda mais
comodidade. Trata-se da Plataforma
Móvel de Negócios.
A novidade permite aos
empregados de cooperativas, mesmo
estando distante da sede ou do
posto de atendimento, realizar o
cadastramento de pessoas físicas, a
captura de imagem de documentos,
a abertura de conta-corrente e a
associação de pessoas ao quadro
social da instituição. Essas facilidades
estarão disponíveis na primeira
fase da solução, que prevê, ainda,
implementações futuras. E tudo isso
pode ser feito com segurança e muita
comodidade, na palma da mão – em
tablet ou smartphone.
O gerente de Sistemas da
Informação do Sicoob Confederação,
Marcelo Augusto Silva, afirma que a
Plataforma Móvel de Negócios pode
ser acessada de qualquer dispositivo
móvel conectado à internet, que
funcione na plataforma iOS, da
Apple, ou Android, da Google. “Os
empregados das cooperativas poderão
realizar negócios de onde o cooperado
estiver. Eles poderão aproveitar
os eventos externos, como feiras e
visitas comerciais, para atendimento,
fazer negócios e conquistar novos
cooperados”, comenta.
Segundo o diretor de Tecnologia
da Informação do Sicoob
Confederação, Ricardo Antônio de
Souza Batista, o projeto da plataforma
móvel de negócios mostra que a
19
TI do Sicoob está sempre inovando para assegurar a
excelência no atendimento. “Com a nova solução, as
cooperativas poderão prospectar negócios com mais
rapidez e comodidade, pois, mesmo estando fora
do posto de trabalho, os funcionários poderão abrir
conta-corrente e liberar operações de crédito que
foram cadastradas por meio da nova Plataforma de
Crédito do Sisbr. Isso proporcionará um atendimento
diferenciado e agilizará as atividades, pois as
aprovações poderão ser executadas onde e no momento
que o cooperado necessitar, independentemente de ele
estar ou não em um ponto de atendimento”, destaca.
Projeto-piloto
Inicialmente, a novidade está em uso nos estados
do Paraná e de Santa Catarina, onde cooperativas
da região se ofereceram para o estudo piloto, a fim
de contribuírem para o desenvolvimento e para a
evolução da solução. O gerente de Negócios do Sicoob
Central Paraná, José Eduardo Oliveira Pereira, conta
que o piloto foi iniciado com a abertura de contacorrente. “Acreditamos que a maior celeridade no fluxo
de abertura e na digitalização dos documentos irá
contribuir para melhorarmos a informação cadastral
dos cooperados, diminuindo a possibilidade de
erros e, sobretudo, permitindo atuar com ações de
varejo mais assertivas. Outro ganho é a qualidade e a
excelência no atendimento aos associados, com mais e
bons negócios para a cooperativa”, afirma .
Sisbr 2.0 Mobile
A Plataforma Móvel de Negócios é parte da
iniciativa do Sicoob Confederação de trazer o
Sistema de Informática do Sicoob (Sisbr 2.0) para
o ambiente móvel. Iniciado em 2012, o projeto
de construção do Sisbr 2.0 Mobile prevê um
ambiente único para disponibilização de qualquer
solução de negócio atualmente existente no Sisbr
2.0. O gerente de Sistemas de Informação do
Sicoob Confederação, Márcio Alexandre, acredita
que o fenômeno da mobilidade transformará os
negócios das cooperativas por meio da ampliação
da experiência de seus usuários e associados. "O
Sicoob já tem experiência e construiu a mais
bem-avaliada solução de mobile banking do
Brasil. Esperamos repetir esse resultado com a
solução disponibilizada para nossos empregados e
dirigentes”, planeja.
Benefícios disponíveis
Atualização de dados ou
cadastro de novos cooperados
Captura e armazenamento
de imagens de documentos
comprobatórios
Abertura de conta-corrente
Efetivação da associação
de pessoa física
Consulta online à Receita
Federal, à Serasa Experian e
ao Banco Central
ANO 5 No19 JUL/AGO/SET 2014
20 PRODUTOS E SERVIÇOS
LCA é mais
uma opção de
investimento
A novidade representa incremento em diversificação,
segurança e maior rentabilidade para os associados
A
Sicoob Confederação
s cooperativas do Sicoob já podem oferecer mais
uma opção em investimentos aos seus associados:
a Letra de Crédito do Agronegócio (LCA), cuja
principal vantagem é o Imposto de Renda (IR) para
pessoa física - tanto na fonte quanto na declaração
anual - e a isenção de Imposto sobre Operações
Financeiras (IOF) para pessoa física. A aplicação tem
como lastro operações de crédito de custeio, investimento
e comercialização no agronegócio.
Fábio Mercadante destaca o baixo risco da LCA
Cada cooperativa adotará as condições para
comercialização do produto de acordo com suas estratégias.
Executivos do Bancoob - agente financeiro do Sicoob recomendam o valor mínimo de R$ 100 mil para a operação.
“Nossa expectativa é de que as cooperativas do Sicoob possam
atingir a captação de R$ 1 bilhão, nos próximos 12 meses.
Isso beneficiará os investidores e ampliará a expansão das
operações do agronegócio”, acredita o presidente do Bancoob,
Marco Aurélio Almada.
A LCA é
comercializadA
no Sicoob
Credicitrus
desde fevereiro
deste ano,
como projetopiloto para
todo o Sistema
”
21
REDUÇÃO DE CUSTO DE CAPTAÇÃO
O investimento é garantido pelo Fundo Garantidor do
Cooperativismo de Crédito (FGCoop) até o valor de
R$ 250 mil, por CPF. A remuneração do produto,
oferecido nas cooperativas que operam com crédito rural,
pode ser por meio de taxas pré e pós-fixadas do Certificado
de Depósito Interbancário (CDI). Portanto, ressalta
Almada, a LCA é um excelente investimento, pois amplia
o portfólio das cooperativas e fomenta o crescimento da
carteira de crédito rural com recursos próprios, o que reduz
o custo de captação da cooperativa e gera mais sobras.
O gerente de Planejamento Financeiro do Bancoob,
Fábio Murilo Grossi Mercadante, reforça que o novo
produto permitirá que as cooperativas fomentem o
crescimento dos negócios, proporcionando maior
rentabilidade às aplicações dos associados devido à isenção
do Imposto de Renda. “É uma opção de investimento
que beneficia os cooperados, que terão uma remuneração
maior em suas aplicações, com baixo risco, reduz o custo
de captação de recursos da cooperativa e contribui para o
crescimento do agronegócio na sua região”, afirma.
O produto desenvolvido é comercializado no Sicoob
Credicitrus (cooperativa filiada ao Sicoob SP), desde
fevereiro deste ano, como projeto-piloto para todo o
Sistema. Até julho, foram emitidos R$ 131 milhões em
letras, de acordo com o diretor-presidente da cooperativa,
Siguetoci Matusita. “Houve um incremento de 60% na
nossa carteira de crédito rural com recursos de RPL para
emissão de lastros. A expectativa é de fechar este ano com
uma carteira de, no mínimo, R$ 200 milhões”, planeja.
LCA Sicoob
Características
Prazo mínimo: 90 dias
Taxa: 85% a 90% do CDI
Liquidez: a ser definida na estratégia
Imposto de Renda pessoa física: isento
Garantia FGCoop: Até R$ 250 mil por CPF
Ele afirma que a receptividade do produto está
sendo satisfatória, pois possibilita a diversificação dos
investimentos dos associados, o que fortalece a cooperativa.
“Não tivemos nenhuma dificuldade em implantar o novo
negócio, visto que 95% de nossos associados são produtores
rurais. A LCA era o produto que faltava para atender às
necessidades deles”, comemora.
ANO 5 No19 JUL/AGO/SET 2014
22 perfil
Parceria para prosperar
U
Kitt Foto/Kitt Nascimento
m homem de negócios.
Assim é conhecido Nilton
Ricardo Souza, proprietário da
distribuidora Casa do Cozinheiro, expresidente da Associação Comercial
e Industrial do estado do Amapá e
um dos fundadores da Federação das
Associações Comerciais do Amapá
(Faceap), instituição que, segundo
ele, amplia o apoio ao Sicoob por ter
maiores abrangência e penetração no
interior do estado do Amazonas. E,
claro, associado ao Sicoob
Credempresas,
cooperativa filiada
ao Sicoob Central
AM. Este é um
detalhe que
o empresário
faz questão de frisar. “O meu
envolvimento com o Sistema começou
quando o Sicoob Credempresas dava
os seus primeiros passos, em 2011.
Eu já estava à frente da distribuidora,
há mais de 20 anos, e vi no
cooperativismo a chance de ampliar
meu negócio e de implantar a cultura
da cooperação entre os empresários da
região”, recorda.
Foi dessa forma que Nilton
tornou-se sócio-fundador do Sicoob
Credempresas e ajudou a fortalecer
a imagem do cooperativismo
em Macapá (AP). “No início,
organizávamos reuniões com os
empresários, para apresentar
o que era o Sicoob e como o
Sistema poderia contribuir
para o nosso desenvolvimento.
Assim, fomos construindo a
imagem do cooperativismo
e conquistando uma gama de
cooperados”, afirma.
Nilton considera
que a presença do
cooperativismo em
Macapá é de extrema
importância. “A
principal fonte de
economia na região
é o comércio, e
poder contar com
uma cooperativa
que nos proporciona
todos os serviços
financeiros faz com que o nosso
desenvolvimento se intensifique e
que não dependamos da burocracia
imposta pelos bancos”, comenta.
Desenvolvimento
Mesmo ocupando o cargo de
presidente da Associação Comercial
e Industrial do Amapá, o maior
orgulho do cooperado é a Casa do
Cozinheiro. Considerada tradição
no estado do Amapá, a empresa é
referência na venda e na entrega de
produtos das marcas Gelimpo (gelo)
e Alta Terra (água mineral), além de
ser a única a distribuir sorvetes da
Kibon em toda a região.
Nilton conta que, antes de o
Sicoob chegar a Macapá, havia certa
carência por uma boa instituição
financeira. “Precisávamos de um
parceiro como o Sicoob. Quando abri
meu negócio próprio, por exemplo,
foi na cooperativa que encontrei a
linha de crédito ideal para comprar
os veículos de transporte ”, lembra.
E acrescenta: “a chegada do
cooperativismo ao nosso município
trouxe incontáveis benefícios à
economia da cidade, proporcionou
maior capital de giro e contribuiu
para o crescimento de outros
empresários da região. Tudo isso
interferiu, também, diretamente em
meu negócio.”
capa 23
No topo
do ranking
Sicoob já é a maior instituição financeira
privada em três estados e no DF
A
soma das operações de crédito e
financiamentos rural e agroindustrial
no Sicoob é a maior dentre as
instituições financeiras privadas no Espírito
Santo, em Santa Catarina, em Rondônia e
no Distrito Federal. Com exceção dos bancos
públicos (Banco do Brasil e Caixa Econômica
Federal), o Sistema já lidera o ranking de
instituições financeiras em quatro importantes
regiões do país.
A informação é do último relatório de
Análise de Operações de Crédito (database de junho de 2014), elaborado pela
Assessoria de Planejamento e Projetos
Corporativos (Asplan) do Sicoob
Confederação. O documento, que aponta
a movimentação financeira da rede Sicoob
em cada unidade federativa, é baseado no
Balanço das Cooperativas e no arquivo
Saldos de Estatística Bancária por Município
(Estban), gerado, mensalmente, pelo Banco
Central (BC). “Uma forma de avaliar se uma
instituição financeira está cumprindo o seu
papel é a análise do volume de crédito que
ela tem operado. Não adianta ter milhares de
unidades de atendimento em todo o país, por
exemplo, sem fazer o crédito girar”, avalia o
gerente da Asplan, Hugo Rodrigues Ferreira.
O Espírito Santo e Rondônia também
lideram as operações de empréstimos
e títulos descontados. Nesta última
modalidade, Santa Catarina alcançou o
1 o lugar, posição ocupada também pelo
Distrito Federal em relação às operações de
empréstimos e título descontado.
ANO 5 No19 JUL/AGO/SET 2014
24 capa
Espírito Santo
As cooperativas do Sicoob localizadas no Espírito Santo
alcançaram o 1o lugar nos quatro indicadores analisados.
Juntas, as singulares capixabas atingiram R$ 2,39 bilhões, o
que representa 50,1% de participação no mercado, quando
comparado apenas com os bancos privados.
O presidente do Sicoob Central ES, Bento Venturim, atribui
esse resultado à atuação sistêmica em todas as regiões do estado,
onde o Sicoob administra R$ 3 bilhões em ativos. “O Sicoob
ES tem a maior rede de atendimento privado do estado. Nosso
diferencial é o atendimento prestado aos cooperados, além dos
produtos e serviços adequados às necessidades individuais”, destaca.
Operações de crédito (valor bruto): Espírito Santo
RANKING
INSTITUIÇÃO
1
SICOOB (singulares)
JUN/14
PART.%
2.398,5
50,1%
2
ITAÚ UNIBANCO BM S.A.
865,8
18,1%
3
BCO SANTANDER (BRASIL) S.A.
787,8
16,5%
4
BCO BRADESCO S.A.
337,0
7,0%
5
HSBC BANK BRASIL SA BCO MULTIP
223,5
4,7%
6
BCO SAFRA S.A.
89,1
1,9%
7
BCO BMG S.A.
53,3
1,1%
8
BCO MERCANTIL DO BRASIL S.A.
28,4
0,6%
4.783,3
100%
TOTAL
* Ranking por valores totais no estado em R$ Milhões
Rondônia
Na liderança da Região Norte em todos os indicadores, em Rondônia, o
Sicoob movimentou mais de R$ 806 milhões em operações de crédito. O
valor corresponde a 56,5% das operações realizadas no mercado, quando
considerados os números das instituições privadas.
Para o presidente do Sicoob Central Norte, Ivan Capra, esses
resultados refletem um trabalho iniciado há mais de 15 anos. “Nesse
período, conseguimos conquistar a confiança das pessoas e dos
empresários, que perceberam o valor do cooperativismo, a solidez e
a segurança da nossa instituição, que atualmente está presente em
todos os municípios do estado. Os nossos diferenciais são a agilidade,
o bom atendimento e as condições que oferecemos aos nossos
cooperados", comenta.
Capra brinca que “dinheiro é o bicho mais arisco que existe, pois vive
na área mais sensível do ser humano, que é o bolso”. “Por tratarem muito
bem o dinheiro e com bastante competência, nossas cooperativas ganharam o
respeito da sociedade, atendendo a todas as suas demandas financeiras”.
25
Operações de crédito (valor bruto): Rondônia
RANKING
INSTITUIÇÃO
JUN/14
PART.%
part.%
1
SICOOB (singulares)
806,5
56,5%
2
HSBC BANK BRASIL SA BCO MULTIP
178,0
12,5%
12,1%
3
BCO BRADESCO S.A.
172,6
4
BCO SANTANDER (BRASIL) S.A.
139,0
9,7%
5
ITAÚ UNIBANCO BM S.A.
131,1
9,2%
1.427,2
100%
TOTAL
* Ranking por valores totais no estado em R$ Milhões
Santa Catarina
Em Santa Catarina, as cooperativas do Sicoob responderam por R$ 3,63 bilhões em
operações de crédito, o que representa 23,3% das operações realizadas pelas instituições
financeiras do estado, excetuados os bancos públicos. Para o presidente do Sicoob
Central SC/RS, Rui Schneider, a liderança do Sicoob reflete o perfil de um estado
que tem uma economia diversificada, na indústria, no comércio, em serviços e na
produção agrícola.
Ele acredita que, pela topografia e pela colonização (com forte presença de
correntes migratórias), Santa Catarina tem como característica a agricultura
familiar, de pequenas propriedades - cerca de 85% dos agricultores têm a posse
da terra e aproximadamente 90% das propriedades possuem até 50 hectares. “Para
ganhar em escala, aos poucos, os trabalhadores do campo buscaram na cooperação
a solução para os seus problemas e criaram várias cooperativas de produção e,
mais tarde, cooperativas financeiras, que alavancaram os negócios, modernizaram a
atividade e aumentaram a produtividade. O Sicoob é hoje o 2 o maior financiador da
atividade agrícola catarinense”, afirma.
Schneider ressalta o fato de o catarinense trazer, em sua herança cultural, a valorização
do trabalho, da poupança, do compromisso de honrar os negócios e de buscar a cooperação para
superar obstáculos. “Esses valores e os constantes investimentos em pessoal, tecnologia, comunicação e marketing,
capacitação de empregados e dirigentes, implantação de pontos de atendimento diferenciados e de qualidade
oferecido aos cooperados são alguns dos quesitos que fazem do Sicoob líder do segmento no estado”, orgulha-se.
Operações de crédito (valor bruto): Santa Catarina
INSTITUIÇÃO
JUN/14
PART.%
part.%
1
SICOOB (singulares)
3.635,7
23,3%
2
ITAÚ UNIBANCO BM S.A.
2.671,9
17,1%
3
BCO SANTANDER (BRASIL) S.A.
2.502,9
16,0%
4
BCO BRADESCO S.A.
1.881,4
12,1%
5
HSBC BANK BRASIL SA BCO MULTIP
1.769,6
11,3%
RANKING
6
BCO SAFRA S.A.
1.629,0
10,4%
7
BCO INDUSTRIAL E COMERCIAL S.A.
551,3
3,5%
8
BCO BMG S.A.
339,5
2,2%
9
SICREDI (singulares)
283,8
1,8%
10
BCO VOTORANTIM S.A.
139,8
10,9%
TOTAL
15.609,2
99%
* Ranking por valores totais no estado em R$ Milhões
ANO 5 No19 JUL/AGO/SET 2014
26 capa
Distrito Federal
No Distrito Federal, as cooperativas do Sicoob movimentaram R$ 1,46
bilhão em operações de crédito, o que correspondeu a 23,9% do mercado.
O presidente do Sicoob Planalto Central, José Alves de Sena, credita esse
resultado à grande movimentação que as cooperativas têm junto aos servidores
públicos. Outro fator levantado por ele é o acentuado crescimento das três
cooperativas de empresários filiadas ao Sicoob Planalto Central.
Atingir a liderança no ranking das instituições privadas é, para ele, motivo
de orgulho, pois comprova que o cooperativismo financeiro está ganhando, cada
vez mais, a confiança da sociedade. “Vejo como um ganho geral para todas as
cooperativas, pois a questão filosófica do cooperativismo está sendo ratificada pelos
resultados. Estamos saindo do patamar do discurso e partindo para a prática, com
resultados efetivos, estatísticos. Tínhamos certeza de que era bom, tentamos fazer porque
acreditamos nisso e hoje estamos provando que estávamos certos”, afirma.
Operações de crédito (valor bruto): Distrito Federal
RANKING
INSTITUIÇÃO
JUN/14
PART.%
part.%
1
SICOOB (singulares)
1.460,9
23,9%
2
BCO SANTANDER (BRASIL) S.A.
1.405,1
23,0%
3
ITAÚ UNIBANCO BM S.A.
1.242,2
20,3%
4
BCO INDUSTRIAL E COMERCIAL S.A.
384,0
6,3%
5
HSBC BANK BRASIL SA BCO MULTIP
311,2
5,1%
6
BCO BMG S.A.
309,9
5,1%
7
BCO BRADESCO S.A.
254,0
4,2%
8
BCO SAFRA S.A.
197,7
3,2%
9
BCO RABOBANK INTL BRASIL S.A.
192,3
3,1%
10
BCO ALFA A.A.
188,4
3,1%
TOTAL
6.119,8
97%
* Ranking por valores totais no estado em R$ Milhões
Alcance
Ainda de acordo com o último relatório de Análise de Operações de Crédito, mesmo nos estados em que o
Sicoob não atingiu o 1o lugar do ranking dos bancos privados, sua competitividade é notável.
É o caso de Goiás, onde o Sistema ocupa o 3o lugar em operações de crédito, o 2o lugar em empréstimo e
título descontado e o 2o lugar em financiamento - sendo o 1o lugar em financiamento rural e agroindustrial.
Nesse quesito, Bahia, Maranhão, Pernambuco, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo também alcançaram a 1a
colocação no ranking, seguidos do Paraná e do Tocantins - ambos na 2a colocação.
Tocantins também se destaca com relação a financiamento: é o 3o colocado.
A abrangência e o alcance do Sicoob em todo o Brasil também se sobressaem. De acordo com o Banco Central,
apenas 4,5% dos 5.564 municípios brasileiros não têm nenhuma pessoa associada a uma cooperativa financeira.
Mais uma vez, Santa Catarina é forte exemplo nesse cenário: 40% dos 1.480 pontos de atendimento financeiro
pertencem a cooperativas, percentual que faz do estado o representante da maior rede de cooperativas financeiras
do Brasil. Só o Sicoob possui 295 desses pontos.
27
Em Rondônia, o Sicoob reúne 8
cooperativas, com 56 postos
de atendimento e 94 terminais
de autoatendimento. São 725
empregados, cerca de 48 mil
cooperados, sendo 39,5 mil pessoas
físicas e 8,5 mil pessoas jurídicas,
movimentando contas-correntes.
* Dados: junho de 2014
No Distrito Federal, há 14
cooperativas do Sicoob, com
18 postos de atendimento e 10
terminais de autoatendimento. São
cerca de 159 mil cooperados, sendo
156,5 mil pessoas físicas e 2,5 mil
pessoas jurídicas. Ao todo, são mais
de 530 empregados.
* Dados: junho de 2014
Em Santa Catarina, há
39 cooperativas do Sicoob,
277 pontos de atendimento e 316
terminais de autoatendimento.
São 468,5 mil cooperados, sendo
407,5 mil pessoas físicas e 61 mil
pessoas jurídicas, que respondem
por mais de 443,1 mil contascorrentes ativas. Ao todo, são mais
de 2.800 empregados empenhados
no crescimento do cooperativismo.
* Dados: junho de 2014
No Espírito Santo, há
7 cooperativas do Sicoob, 84
pontos de atendimento e 275
terminais de autoatendimento. Ao
todo, são 155,6 mil cooperados:
131,2 mil pessoas físicas e
24,4 mil pessoas jurídicas,
movimentando contas-correntes, e
mais de 1.000 empregados.
* Dados: junho de 2014
ANO 5 No19 JUL/AGO/SET 2014
28 COMODIDADE
Diretamente
na conta
Bruno Gonzaga
Aumenta adesão dos cooperados aos serviços de
Débito Automático e de Débito Direto Autorizado
Cooperado do Sicoob Credicom, o
clínico geral José Augusto Ferreira
utiliza o DA há mais de oito anos
29
E
Comodidade
No Débito Direto Autorizado, o pagamento também é
efetuado na conta-corrente, mas os valores são apresentados
antecipadamente aos correntistas. O cooperado, então, precisa
acessar a conta pelo internet banking e aceitar o débito. É um
serviço exclusivo para boletos de cobrança bancária registrada,
uma espécie de acordo entre os bancos. Ele permite, por
exemplo, que um cliente do Sicoob possa debitar na conta
uma fatura proveniente de outra instituição financeira.
Para o gerente Operacional de Serviços Bancários
do Bancoob, Leonardo Damasceno, o crescimento
dos débitos automáticos e autorizados reflete não só
o aumento do número de cooperados, mas também
das adesões daqueles que já faziam parte do Sistema.
“Isso quer dizer que cada vez mais pessoas estão
optando por facilitar suas gestões financeiras e
aproveitar o tempo com outras prioridades do dia a
dia. Estamos sempre empenhados em oferecer essa
possibilidade aos associados”, ressalta.
Sicoob Confederação
ntre os serviços oferecidos pelas cooperativas do
Sicoob, dois vêm ganhando cada vez mais força:
o Débito Automático (DA) e o Débito Direto
Autorizado (DDA). Para se ter uma ideia, em 2013, foram
efetivadas cerca de 6 milhões de transações de DA (no
primeiro semestre de 2014, o número foi de 3,6 milhões) e
1,1 milhão no DDA (o serviço fechou o primeiro semestre
de 2014 com 710 mil operações).
Ao todo, quase R$ 2 bilhões foram movimentados
durante 2013, graças à comodidade que ambos os serviços
oferecem, como facilidade na hora de pagar as contas e
maior planejamento – os pagamentos são efetuados por
meio de lançamentos diretamente na conta-corrente, sendo
que o DA evita atrasos e cobrança de multas e o DDA não
exige que o cooperado digite o código de barras ou tenha o
boleto em mãos.
Embora a finalidade seja a mesma, há diferenças
entre eles. No DA, os pagamentos das faturas lançadas
só são realizados se houver saldo suficiente na conta, e
elas precisam ser de empresas ou de órgãos públicos que
mantenham convênio com as cooperativas do Sicoob ou
com o Bancoob, atestado por contrato.
A vantagem é que há parcerias por todo o Brasil. Os
associados podem pagar, via débito automático, tributos
estaduais e federais, cobranças de serviços públicos de
saneamento e de energia elétrica, por exemplo. Há, também,
parcerias com seguradoras, planos de saúde, telefonias,
órgãos de trânsito e até entidades filantrópicas.
receber representantes da indústria farmacêutica, auxiliar
colegas, entre outras tarefas fazem parte da rotina do clínico
geral José Augusto Ferreira, de Belo Horizonte (MG).
Com tantas atividades, o médico, que é associado ao
Sicoob Credicom (cooperativa filiada à Central Cecremge),
utiliza o DA há mais de oito anos. “É muito prático, já
que não preciso nem agendar esses compromissos com a
instituição”. O controle das contas é feito pelo celular e
pelo computador, por meio do internet banking do Sicoob.
“Consigo monitorar tudo, em alguns minutos, de onde eu
estiver”, comenta.
Mais tempo
Atender, em média, a 20 pacientes por
dia e ainda reservar tempo para estudar,
ANO 5 No19 JUL/AGO/SET 2014
30 SEGMENTO
Cooperativas de
crédito ou instituições
financeiras cooperativas?
A nomenclatura
cooperativismo
financeiro ganha
força no mercado
J
á faz tempo que o crédito a juros baixos deixou de ser a única solução
financeira oferecida pelas cooperativas brasileiras. Hoje, o cooperado, além de
ter acesso a diversas linhas de financiamentos, encontra um portfólio completo
de produtos e serviços, como consórcios, seguros, previdência complementar, cartões
de crédito e várias opções de aplicações e investimentos.
Portanto, as cooperativas - que, no início, ofereciam apenas crédito evoluíram e se transformaram em instituições financeiras completas, que ofertam,
praticamente, todos os produtos bancários do mercado, com os diferenciais e as
vantagens que só o cooperativismo proporciona. Essa evolução requer também
um ajuste de nomenclatura, mais aderente à estratégia atual das cooperativas - a
de serem as principais instituições financeiras dos seus cooperados. Diante desse
cenário, o Sicoob, outros sistemas e entidades do segmento vêm assumindo o
emprego das expressões instituição financeira cooperativa, cooperativa financeira,
cooperativismo financeiro e sistema financeiro cooperativo como alternativas para a
nomenclatura vigente.
Um dos primeiros no país a alertar para a importância da adequação do termo
foi o diretor de Operações do Bancoob, Ênio Meinen. Em agosto de 2014, ele
escreveu o artigo Instituição financeira cooperativa, por quê?, publicado no Portal do
Cooperativismo, no qual recorre à história para justificar a necessidade da mudança
da nomenclatura - em março de 2013, ele já havia escrito o artigo Cooperativa
de crédito ou instituição financeira cooperativa?, também publicado no Portal do
Cooperativismo. Meinen explica que, antigamente, a cooperativa existia apenas para
facilitar e melhorar o acesso dos associados ao crédito. Hoje, a função da instituição
vai muito além, para atender a todas as necessidades financeiras do cooperado.
Assim, falar em cooperativa de crédito, atualmente, destoa da realidade e da
necessidade do segmento.
A expressão “financeira” na designação das cooperativas seria, portanto, segundo o
diretor, mais inclusiva, já que está de acordo com o escopo operacional que se vê nos
dias de hoje. O diretor-presidente do Bancoob, Marco Aurélio Almada, concorda
com Meinen: “A mudança do termo condiz com a evolução dos serviços e produtos
financeiros ofertados por uma cooperativa e sua busca pelo atendimento aos anseios de
seus associados. Acompanha também a realidade mundial do modelo cooperativo, que
já oferece muito mais do que apenas crédito.”
A mudança também ajudará o público a identificar os objetivos da instituição.
Uma pesquisa nacional de imagem, realizada pelo Sicoob, no primeiro semestre deste
ano, revelou que boa parte das pessoas desconhece que as cooperativas oferecem os
31
mesmos produtos e serviços financeiros
que os bancos tradicionais. “Isso nos
leva a crer que aquelas pessoas que não
estão interessadas em crédito, mas, sim,
em outros produtos e serviços, acabam
não procurando as cooperativas”,
acredita a gerente de Comunicação e
Marketing do Sicoob Confederação,
Débora Ingrisano.
Por outro lado, Meinen ressalta
que “há uma grande parcela de
pessoas que entra nas cooperativas
apenas para tomar empréstimos,
preservando, dessa forma, o
relacionamento com os bancos e, com
eles, realizando a maioria dos serviços
financeiros”, completa. Embora a
propagação do termo “cooperativas
financeiras” seja recente, boa parte
dos agentes do segmento e de outros
setores voltados ao movimento têm
adotado a nova nomenclatura.
Oficialização
Uma das entidades defensoras da
mudança do nome de “cooperativas de
crédito” para “cooperativas financeiras”
é a Organização das Cooperativas
Brasileiras (OCB). O órgão máximo
de representação do cooperativismo do
país já utiliza o termo “financeiro” em
divulgações, palestras e comunicados.
Porém, o nome oficial ainda permanece
cooperativismo de crédito.
“A mudança não é protocolar.
Por enquanto, é apenas uma forma
de expressão, manifestando uma
posição que hoje as cooperativas
oferecem, com uma gama de
serviços, negócios e oportunidades
muito além do simples crédito”,
explica o presidente da OCB,
Márcio Lopes de Freitas.
A oficialização, no entanto,
segundo Freitas, não deve demorar.
“O próprio Banco Central tem
aceitado isso com muito bons olhos.
Se essa adesão for realmente forte,
provavelmente, nós traremos à
Diretoria da OCB uma proposta para
que se faça a mudança, por registro,
do nome do ramo”, completa.
ANO 5 No19 JUL/AGO/SET 2014
32 LEGADO
Presença na
Copa do Mundo
Sicoob ES e Unimed Vitória se uniram para reformar estádio
que recebeu Seleção da Austrália durante o Mundial
Henrique Montovanelli
da força do esporte”, disse o presidente do
Sicoob Central ES, Bento Venturim.
A escolha
Seleção australiana durante treino da Copa
O
futebol do Espírito Santo planeja
colher os louros do legado deixado
pela Copa do Mundo e usufruir do
estádio Engenheiro Araripe, popularmente
conhecido como Arena Unimed-Sicoob.
As obras, iniciadas em dezembro
de 2012, consumiram R$ 2,5 milhões,
recursos vindos da parceria entre o Sicoob
Central ES e a cooperativa de saúde
Unimed Vitória. A previsão era de que as
intervenções durassem cinco anos. Mas o
interesse da Seleção Australiana de Futebol
em utilizar o espaço fez com que tudo
ficasse pronto em um ano e meio.
Com isso, o estádio recebeu pintura
interna e externa, passou a ter novos
vestiários, dormitórios, salão de refeição,
cozinha industrial, cabines de imprensa,
cabine vip e bares. No campo de futebol
foram investidos R$ 350 mil, o que
possibilitou a implantação de um novo
sistema de irrigação e drenagem e a
completa reconstituição, com grama
certificada pela Fifa.
Dono da casa
Pertencente à equipe Desportiva
Ferroviária, do município de Cariacica,
o time, que disputa o torneio estadual,
objetiva a 3a divisão do Campeonato
Brasileiro. Animado com a nova casa,
o presidente do clube, Wilson de Jesus,
reafirmou a importância do patrocínio
do Sicoob ES e da Unimed para a
equipe e para o futebol capixaba. “Nós,
da Desportiva, estamos muito felizes por
poder hoje apresentar um lindo estádio,
graças à parceria com a Unimed e o
Sicoob. Sem esses parceiros, não teríamos
condições de ter tudo isso”, acredita Wilson.
A Arena Unimed tem capacidade
para 8 mil torcedores. “Ficamos muito
satisfeitos com a vinda da Seleção da
Austrália. Entregamos essa arena para
a sociedade capixaba com o objetivo de
incentivar o futebol regional. Desejamos
que esse investimento ajude a promover o
nosso estado para todo o Brasil, por meio
O Comitê Organizador Local (COL)
da Fifa utilizou mais de 100 critérios
para elaborar o Catálogo de Centro de
Treinamento de Seleções, distribuído
para todas as delegações participantes
do Mundial. A partir dele, as seleções
elegeram o local onde iriam se concentrar
durante a Copa no Brasil.
Em dezembro de 2013, membros da
delegação australiana anunciaram que
haviam escolhido o Espírito Santo para
abrigar a seleção da Oceania durante todo
o período de preparação e disputa da
competição, iniciada no dia 12 de junho.
“Achamos o clima daqui parecido com o
da Austrália. A cidade também é pequena,
e o deslocamento é rápido, principalmente
entre o hotel e o local de treino. Essa
mesma facilidade foi encontrada pelos
torcedores australianos”, afirmou, na
ocasião, o presidente da Federação de
Futebol da Austrália (FFA), David Gallop.
Invasão australiana
A Austrália foi o 4o país que mais
adquiriu ingressos para a Copa de 2014.
Jornalistas e técnicos de seis canais de
televisão daquele país se hospedaram no
Espírito Santo, além dos profissionais de
mídia impressa e de web. Ao todo, cerca de
700 profissionais da comunicação esportiva
passaram pelo estado para acompanhar, de
perto, a Seleção Australiana. Estima-se que
mais de 20 mil turistas estiveram no estado
durante a Copa.
33
Lembranças de um Brasil verde e amarelo
Sonho realizado
Meu sonho era poder levar meu filho ao jogo do Brasil, na Copa do
Mundo, em nosso país. Fiquei orgulhoso e realizado. Conseguimos assistir a
Brasil e Chile, em BH, pelas oitavas de final, e Brasil e Colômbia, em
Fortaleza, pelas quartas de final. Dei entrevista para o Pânico na TV,
apareci nos telões da Globo, antes do jogo e no intervalo, pois sempre vou
bastante caracterizado, como um apaixonado pela Seleção Brasileira
Geraldo Alves Pereira, cooperado do Sicoob, em Janaúba (MG)
Surpresa inesquecível
Faltando menos de 24 horas para o início do jogo das oitavas de
final, meu namorado me contou que havia comprado ingresso para eu
acompanhá-lo ao jogo entre Brasil e Chile, no Mineirão. Foi a partida mais
eletrizante, com empate, prorrogação e pênaltis. Haja coração! Foi um dia
perfeito, que eu nunca mais esquecerei!
Yvna Cristina Vitor Fagundes, empregada do Sicoob Credcooper,
em Caratinga (MG), filiado ao Sicoob Crediminas
Pura emoção
Foi uma experiência fantástica e inesquecível assistir ao jogo Brasil e
Chile pelas oitavas de final, em BH. Foi pura emoção, ouvir milhões de
torcedores cantando o Hino Nacional. Valeu cada segundo, cada momento
vivido no Mineirão
Tatiane Basile, empregada do Sicoob Coopecredi, em Guariba (SP),
filiado ao Sicoob SP
Unidos na comemoração
Eu e minha família tivemos a inesquecível emoção de assistir ao jogo
entre Brasil e Chile, no Mineirão. Vivenciamos emoções extremas durante
os pênaltis: alegria, erros, tristeza, tensão, muito choro. Gente
desconhecida se abraçou e todos se uniram para comemorar
Fotos: Arquivo Pessoal
Maurilo Vinhal, empregado do Sicoob Crediara, em Araxá (MG),
filiado ao Sicoob Central Crediminas
ANO 5 No19 JUL/AGO/SET 2014
34
N
ão raras vezes, as cooperativas
de crédito (ou financeiras) se
veem obrigadas a bater às portas
do Poder Judiciário, postulando o
reconhecimento de sua diferenciação
em relação às demais instituições
financeiras, em especial às bancárias,
notadamente no que diz respeito a sua
forma jurídica e a sua finalidade social.
No âmbito do Tribunal Superior do
Trabalho (TST), prevalecia a equivocada
aplicação analógica da Súmula 55 aos
empregados de cooperativas de crédito,
segundo a qual, “as empresas de crédito,
financiamento ou investimento, também
denominadas financeiras, equiparam-se
aos estabelecimentos bancários, para os
efeitos do artigo 224 da CLT”.
Com o tempo, a referida Corte foi
deixando de se guiar pela aplicação
analógica do precedente citado e, após
várias decisões no mesmo sentido,
editou a Orientação Jurisprudencial
(OJ) de n0 379, que passou a nortear
não só suas próprias decisões, mas
também as das instâncias inferiores,
sedimentando a impossibilidade
de equiparação dos empregados de
cooperativas de crédito aos bancários,
para efeito de aplicação do art. 224 da
Consolidação das Leis do Trabalho
(CLT), especialmente, pela falta
de previsão legal e pelas diferenças
estruturais e operacionais existentes
entre as duas instituições.
A edição da OJ 379 produziu
reflexos diretos em todas as
questões relativas ao relacionamento
jurídico-trabalhista das cooperativas
financeiras, entre eles, o imprescindível
enquadramento sindical.
Na organização sindical brasileira,
vigora a regra de que o enquadramento
sindical dos empregados é fixado de
acordo com a atividade preponderante
do empregador (art. 570, CLT),
sendo que a representação sindical de
determinada categoria econômica está
vinculada à identidade, à similitude e à
conexão de sua respectiva atividade ou
profissão (art. 511, CLT).
A representação sindical específica
das cooperativas financeiras (ressalta-se
a necessidade do registro do sindicato
no Ministério do Trabalho e Emprego)
vem sendo debatida há tempos e
acolhida pela maciça jurisprudência
do TST, tanto em relação a sindicatos
de trabalhadores quanto daqueles
organizados sob a forma de sindicatos
patronais.
Recentemente, o Supremo Tribunal
Federal (STF) selou o fim de um
conflito, envolvendo representatividade
sindical, que se estendia desde 2005,
no qual uma federação e um sindicato,
representantes de empregados de
bancos, ajuizaram dissídio coletivo
contra o Sindicato e a Organização das
Cooperativas de Crédito do Estado de
Minas Gerais (Ocemg), postulando
a representação dos empregados dos
entes cooperados em suas respectivas
bases territoriais.
No julgamento do Agravo de
Instrumento n0 756.974/MG (relator
ministro Gilmar Mendes), a mais alta
Corte do Judiciário pátrio entendeu
que a decisão do TST, que delimitou
a representação da Federação e
do Sindicato dos Bancários aos
empregados de bancos e conferiu às
cooperativas financeiras e aos seus
respectivos empregados o direito de
serem representados por sindicato
específico, não feriu os preceitos
legais estabelecidos pela Constituição
Federal.
Com efeito, a decisão do TST,
mantida em sua integralidade
pelo STF, respeitou os princípios
constitucionais da unicidade e da
liberdade sindicais, já que, apesar
da similitude de suas atividades,
Sicoob SP
STF decide em favor
do cooperativismo
Douglas Borges Costa
é assessor jurídico do Sicoob SP
os empregados de cooperativas
financeiras não se identificam, para
fins de representatividade sindical, com
empregados de instituições bancárias,
devendo, portanto, ser representados por
sindicato próprio e correlato.
As decisões em questão não
têm aplicação direta aos casos ainda
não julgados, mas, sem dúvida, seus
relevantes fundamentos poderão se
refletir em resultados positivos nas
futuras decisões das instâncias inferiores,
vindo a criar, ainda que indiretamente,
a vinculação dessas ao entendimento
manifestado pelas Cortes Superiores.
Trata-se, indiscutivelmente, de uma
importante vitória do cooperativismo
financeiro com relação à adequada
representação sindical e, principalmente,
à incansável busca no sentido de ver
chancelada de vez pelo poder Judiciário
sua flâmula: Não somos banco!
Sicoob Cocred
responsabilidade social 35
Voluntariado como
prática rotineira
Cooperativas filiadas ao Sicoob SP apostam na solidariedade
Sicoob Credimota
No município de Cândido Mota,
o projeto Ecooperação, com diversas
ações educativas, espetáculos teatrais e
oficinas temáticas, atendeu a mais de
4 mil crianças de escolas públicas, em
diversos distritos da área de atuação
do Sicoob Credimota. O projeto foi
realizado em parceria com o Serviço
Nacional de Aprendizagem do
Cooperativismo (Sescoop/SP).
O objetivo foi conscientizar os
participantes quanto à preservação
do meio ambiente, por meio de uma
gincana entre as escolas municipais
Olga Breve e Helena Pupim e a Escola
Estadual Clotilde de Castro Barreira.
“A competição entre as instituições
de ensino proporcionou momentos
de interação, além de trabalhar o
cooperativismo e a confraternização
entre os participantes”, destaca o
coordenador do projeto, Marcos
Antônio de Almeida.
O primeiro ciclo do Ecooperação
foi celebrado com uma grande festa,
que teve participação de cerca de 500
pessoas e marcou o encerramento da
gincana. “O projeto tem comprovado
o quanto o cooperativismo pode
contribuir com a educação. A parceria
com o Sicoob tem dado certo e
vale destacar que as ações terão
continuidade”, afirmou a secretária de
Educação de Cândido Mota, Rosemeire
Aparecida Gonçalves Cassemiro.
Sicoob Credimota
Q
uando o assunto é solidariedade,
cooperativas do interior
paulista, filiadas ao Sicoob SP,
se destacam por apoiar projetos sociais
em suas comunidades. Confira as ações
que o Sicoob Credimota, o Sicoob
Cocred, em parceria com a Copercana
e Canaoeste, e o Sicoob Coopercredi
estão apoiando em prol de uma
sociedade sustentável e justa.
Espetáculos teatrais fizeram parte do projeto Ecooperação
ANO 5 No19 JUL/AGO/SET 2014
36 responsabilidade social
Sicoob Cocred
Há seis anos, o projeto social Sicoob Cocred em Ação apoia iniciativas de entidades assistenciais e
educacionais com objetivo de disseminar os valores cooperativistas e integrar cada vez mais pessoas em
prol do voluntariado. Para isso, a cooperativa não mede esforços e marca presença em inúmeras cidades de sua abrangência.
Sicoob Cocred
Serrana
Em parceria com a Cooperativa dos Plantadores de
Cana do Oeste do Estado de São Paulo (Copercana) e
com a Associação dos Plantadores de Cana do Oeste
do Estado de São Paulo (Canaoeste), o Sicoob Concred
realizou, pelo segundo ano consecutivo, uma corrida em
comemoração ao aniversário da cidade de Serrana.
O diretor de Crédito da cooperativa, Francisco
César Urenha, conta que o evento reuniu atletas de
todas as idades. “É um imenso prazer contribuir com
uma iniciativa que promove saúde e lazer, não só para a
comunidade serranense, como também para a população
de outras cidades que estiveram presentes”, disse.
Barretos
Como forma de incentivo à capacitação de
jovens, a cooperativa realiza, desde 2007, a doação de
ferramentas agrícolas para alunos do programa Jovem
Aprendiz Rural, que visa certificar adolescentes de 14
a 17 anos para o mercado de trabalho na agropecuária.
Neste ano, a cooperativa doou mais de 20 tipos de
ferramentas, chegando a quase 500 unidades.
A renda do jantar beneficente, com show da
dupla Jorge & Mateus, foi revertida para o Hospital
de Câncer de Barretos, para custear o tratamento
de pacientes carentes. O evento, realizado em abril,
foi promovido pelo Sicoob Cocred, com apoio da
Copercana e da Canaoeste.
Sicoob Cocred
Batatais
Pontal
Em parceria com a empresa Sucatas São José, o
Sicoob Cocred e o Sistema Copercana e Canaoeste
realizam a Campanha de Arrecadação de Lacres de
Latas de Alumínio, que foram trocados por cadeiras
de rodas. São necessários 132 quilos de lacres para
trocar por uma cadeira de rodas. Toda a comunidade
é envolvida e, quando a quantidade é atingida, realizase um sorteio para definir a cidade que receberá o
equipamento. É o caso de Pontal, cuja Associação
de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) foi
contemplada. “A campanha contagia todos. Estamos
orgulhosos em poder participar e agradecemos aos que
aderiram”, afirma o gerente do Posto de Atendimento da
cooperativa no município, Manoel Aleixo.
37
Sicoob Coopecredi
Fotos: Sicoob Coopecredi
Já o Sicoob Coopecredi apoiou iniciativas de sucesso em Guariba e Jaboticabal. Uma delas foi o 90 Dia
Nacional do Campo Limpo, cujo objetivo foi sensibilizar a sociedade sobre o trabalho de logística reversa
de embalagens de defensivos e a preservação ambiental. Participaram mais de 1.500 estudantes do Ensino
Fundamental das redes pública e privada.
Em Jaboticabal, cerca de 500 pessoas assistiram ao espetáculo A Bruxinha, da Cia. Truks, que arrecadou
doações para o Fundo Social de Solidariedade. A peça integra o Programa Mosaico Teatral na região, com
apoio da cooperativa.
O 100 Concurso Calendário do Agronegócio foi uma realização conjunta de Sicoob Coopecredi, Coplana
e Socicana. O tema foi Mais alimento para o mundo, e a ideia era avaliar as melhores ilustrações sobre o
assunto e estabelecer um diálogo sobre questões que influenciam a vida em sociedade.
ANO 5 No19 JUL/AGO/SET 2014
38 CULTURA
Cara ou
Coroa?
De volta ao tempo, exposição conta
a história da moeda no Brasil
E
Sérgio Vignes
la é usada para dar início a
uma partida de futebol, definir
apostas ou escolher entre duas
alternativas. A expressão “cara ou coroa”
está incorporada a várias situações do
dia a dia e agora também é tema de
exposição fotográfica, realizada pelo
Sicoob Central SC/RS com apoio do
Banco Central (BC). São 18 painéis
coloridos, que reproduzem as primeiras
moedas metálicas, de ouro, de prata e de
cobre, utilizadas no Brasil.
Durante dois anos, a mostra
Cara ou Coroa irá percorrer vários
municípios de Santa Catarina e do Rio
Grande do Sul. Além das cooperativas
do Sicoob dessas regiões e da sede do
BC, em Brasília (DF), também deverá
circular pelas seguintes regionais do
órgão regulador: Belém (PA), Belo
Horizonte (MG), Curitiba (PR),
Fortaleza (CE), Porto Alegre (RS),
Recife (PE), Rio de Janeiro (RJ),
Salvador (BA) e São Paulo (SP).
Produzida pela empresa Humanum
Design e Comunicação, a primeira
mostra de Cara ou Coroa foi montada
no mês de julho, em São José, na grande
Florianópolis. Na sequência, seguiu para
as instalações do Sicoob Credicampos,
no município de Campos Novos (SC),
depois para o Sicoob Credinorte, em
Mafra (SC), e o Sicoob Credimoc (SC),
em Xanxerê (SC). “Outras cooperativas
ainda estão analisando a melhor data,
neste ou no próximo ano, para receber a
exposição, que deve continuar a percorrer
municípios onde o Sicoob Central SC/
RS possui postos de atendimentos”, diz o
idealizador da exposição, Celso Vicenzi.
O presidente do Sicoob Central
SC/RS, Rui Schneider da Silva,
considera que a moeda foi uma das
maiores invenções da humanidade,
pois permitiu que a sociedade se
organizasse economicamente. “Acredito
que a mostra amplia a compreensão
sobre como o dinheiro foi utilizado
em diferentes épocas para alavancar
os negócios, promover a circulação de
mercadorias e ajudar a desenvolver
39
Curiosidades
Estágios da moeda
Desde seu surgimento, a moeda passou por cinco
diferentes fases até a completa adaptabilidade, como é
mostrado a seguir.
:: Pré-economia ou escambo: corresponde à fase de
trocas esparsas e esporádicas, na qual a atividade
produtiva ainda não estava voltada para o mercado.
:: Moeda-mercadoria: as trocas eram indiretas. O
produtor trocava seu produto pela moeda-mercadoria e,
depois, a trocava pelo que desejasse.
:: Moeda simbólica: as dificuldades em pesar e em
avaliar o metal foram superadas e, a partir das moedas
cunhadas, foram estabelecidos valores para o metal.
:: Moeda escritural: as instituições depositárias
recebiam os depósitos, que eram negociados como
substitutos da moeda física.
:: Moeda sofisticada: a moeda torna-se, basicamente,
um conjunto de registro eletrônico, que representa uma
diversidade de ativos, como nos dias atuais.
comunidades e até mesmo países”,
afirma. Essa é a 4ª exposição itinerante
promovida pela Central. A mostra
anterior, Nomes que Valem uma
Nota!, realizada em parceria com o
Sicoob Maxicrédito, abordou a história
de portugueses e brasileiros que já
estamparam a cédula brasileira e foi vista
por milhares de pessoas em mais de 50
municípios catarinenses e gaúchos.
Educação financeira
Além da exposição Cara ou Coroa,
o Sicoob Central SC/RS planejou
duas iniciativas de cunho cultural e
educacional. A primeira foi a entrega
de uma cartilha às cooperativas filiadas,
para distribuição em escolas, bibliotecas
e aos cooperados; e a segunda será a
publicação de um livro. O conteúdo da
cartilha, de 52 páginas, aborda como as
mercadorias eram utilizadas como moeda
de troca, como o surgimento do dinheiro
passou a substituir esses produtos e quais
:: As primeiras moedas a circularem em solo brasileiro
foram cunhadas em Portugal, e, a partir do século XVII,
o governo português, instalado no Brasil, criou as Casas
das Moedas nos principais estados do país.
:: Durante o domínio holandês no Nordeste brasileiro
(1630-1654), surgiram as primeiras moedas fabricadas
no Brasil, os “florins” e os “soldos”, que traziam a marca
da Companhia de Comércio das Índias Ocidentais. Foi
a primeira vez que a palavra Brasil apareceu escrita em
uma moeda.
:: As “patacas” foram moedas que circularam por mais
tempo, de 1695 a 1834.
:: A elevada produção de ouro no país permitiu lançar a
série de dobrões, todos feitos com o precioso metal. O
dobrão de 20 mil réis, com 53,78 gramas, foi uma das
moedas de maior peso em ouro que já circularam em
todo o mundo.
:: Em 1642, Dom João IV, rei de Portugal, mandou
aplicar carimbos sobre moedas portuguesas e
espanholas que estavam em circulação, para aumentar
o valor de cada uma delas.
são as moedas raras encontradas no
Museu de Valores do Banco Central, na
sede do BC, em Brasília.
O livro, que contará com mais
de 100 páginas, abordará, também,
a narrativa das primeiras moedas
metálicas em uso no Brasil e a evolução
delas. “Essas atividades, cumprem
mais uma vez, os princípios do
cooperativismo, que são os de educar,
formar e informar, além de fazer a
intercooperação e contribuir com as
comunidades, levando informação
e cultura”, ressalta a supervisora de
Marketing do Sicoob Central SC/RS,
Camile Silva.
A origem da
expressão
A expressão “cara
ou coroa” foi trazida
pelo governo de
Portugal, com
as primeiras moedas portuguesas que
circularam pelo Brasil. Elas possuíam a
figura do rei de Portugal, Dom João V,
em uma das faces, e as armas da Coroa
Portuguesa, na outra. Portanto, tinham
“cara” e “coroa”.
40 regionalismo
Herança bem-aplicada
O teatro Ópera
de Arame, um
dos principais
cartões postais
de Curitiba,
inaugurado em
1992, no Parque
das Pedreiras
O Paraná tem o cooperativismo impresso em sua história,
marcada pela colonização europeia
Semelhante ao mar, grande como o mar”. Esse é o
significado, no idioma tupi, da palavra Paraná, que dá
nome a um dos três estados da região Sul do país,
segundo o escritor e linguista brasileiro Francisco
Filipak. Dono de natureza exuberante, como as
mundialmente conhecidas Cataratas do Iguaçu, e
cultura múltipla, o estado carrega, entre as principais
contribuições de sua colonização, particularmente
europeia, a prática do cooperativismo, que hoje já
responde por 16% de toda a riqueza gerada no
território paranaense, segundo a Organização das
Cooperativas do Paraná (Ocepar).
No estado, já há quase 1 milhão de cooperados,
atualmente, também conforme a Ocepar, que possui
231 filiadas. Dessas, 62 cooperativas atuam no ramo
financeiro em 300 municípios. “Considerando-se
o núcleo familiar mais a geração de empregos, o
segmento está presente na vida de mais de 2,6 milhões
de pessoas, ou seja, mais de um quarto da população do
estado”, orgulha-se o superintendente da instituição,
José Roberto Ricken.
O Paraná possui 399 municípios e cerca de 11
milhões de habitantes, segundo estimativa do Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). É o 6o
maior estado em população do país. Outro indicador
de destaque é o Produto Interno Bruto (PIB), que,
no ano passado, cresceu 5%, valor acima da média
nacional (2,3%).
41
Além da presença na capital,
Curitiba, considerada um dos principais
cartões-postais do estado, Maringá
merece destaque, pois é onde está
localizado o Sicoob Central PR.
Fundada em 2001, com o objetivo de
atender às necessidades de expansão do
cooperativismo financeiro no estado, a
Central soma, atualmente, 16 filiadas.
Ao todo, o Sicoob Central PR possui
202 postos de atendimento e está
presente em 121 municípios. São cerca
de 192 mil cooperados; mais de R$ 2,2
bilhões de ativos totais; R$ 301 milhões
em patrimônio líquido e R$ 1,4 bilhão
de operações de crédito (segundo os
dados cadastrais de junho de 2014 e os
dados financeiros de março de 2014).
O presidente da instituição,
Jefferson Nogaroli, ressalta que as
cooperativas financeiras são o principal
estímulo da economia local, já que
permitem a circulação do dinheiro
na região, contribuindo para o
crescimento de todos, inclusive, das
próprias comunidades. Para ele, ainda
que consolidado, o ramo tem espaço
para crescer no estado. “Queremos
chegar, em 2020, com 300 postos de
atendimento. Consequentemente,
planejamos ampliar nosso quadro de
associados, bem como as transações
e as sobras, dando um retorno
concreto a todos que acreditam no
cooperativismo”, afirma.
Sicoob
Metropolitano
Cerca de seis meses após ser
implantado, o Sicoob Central PR
recebeu a quarta filiada, o Sicoob
Metropolitano. Cooperativa de
grande projeção dentro do Sistema,
a instituição nasceu na Associação
Comercial e Empresarial de Maringá,
com a missão de ser uma alternativa
de acesso ao crédito, além de ter a
tarefa de evitar a fuga de recursos da
comunidade, gerando mais emprego
e renda para a população. Presidindo
a cooperativa desde a fundação dela,
em 1999, Luiz Ajita conta que, para prosperar, o Sicoob Metropolitano enfrentou
muitos entraves, como legislação restritiva com relação ao quadro social, capital
inicial insuficiente para as instalações e equipamentos (algo em torno de R$ 35 mil)
e desconhecimento por parte dos dirigentes.
Com muita determinação, a cooperativa conseguiu reverter esse cenário e,
atualmente, possui mais de 34 mil cooperados, cerca de R$ 530 milhões em
ativos, um patrimônio líquido acima de R$ 71 milhões e operações de crédito
em torno de R$ 373 milhões (os dados são de junho de 2014). Seus 28 postos de
atendimento estão distribuídos nas cidades de Maringá, Astorga, Campo Mourão,
Cianorte, Goioerê, Marialva, Mandaguari, Mandaguaçu, Paiçandu, Pitanga,
Sarandi e Ubiratã.
Os serviços mais demandados pelos cooperados são empréstimos, cobrança
bancária e seguros patrimoniais. Ajita ressalta, como diferencial da cooperativa,
a manutenção contínua da excelência operacional, da solidez patrimonial e do
atendimento de qualidade. “Queremos ser a maior rede de atendimento de Maringá
e região. Por isso, investimos pesado na melhoria de processos e na qualificação dos
nossos colaboradores. Mantemos um clima organizacional excelente, e isso se reflete
na autoestima de todos”, comenta. Prova disso é que o Sicoob Metropolitano foi
considerado a 37a melhor empresa entre 50 e 500 colaboradores para se trabalhar
na América Latina, segundo a Great Place ToWork. A premiação aconteceu em
Miami (EUA), em junho deste ano.
Responsabilidade Social
Divulgação
Presença do Sicoob
Também no Paraná está uma das principais ações de responsabilidade social
de todo o Sistema. Criado em 2004, por iniciativa do Sicoob Metropolitano,
o Instituto Sicoob PR tem como missão difundir a cultura cooperativista,
promovendo o desenvolvimento sustentável das comunidades. Por meio do
Instituto, busca-se instruir as comunidades sobre os valores do cooperativismo e
sobre o papel dele na comunidade.
Com atuação em todo o estado, o instituto promove ações conjuntas nas
cooperativas. O projeto Expresso Instituto Sicoob - um ônibus equipado
com notebooks, televisores, impressora e acesso à internet - leva o universo
da tecnologia da informação e da comunicação às pessoas. Para participar da
iniciativa, é preciso ter mais de 7 anos de idade e pertencer às comunidades em
que estão inseridas as cooperativas do Sicoob no Paraná.
Conheça mais sobre o Instituto Sicoob Paraná e suas ações no site
www.institutosicoobpr.org.br.
ANO 5 No19 JUL/AGO/SET 2014
Ocepar
42 regionalismo
Sicoob no Paraná
(*)
16
cooperativas singulares filiadas
Sicoob Central PR
O superintendente da Ocepar,
José Roberto Ricken
202
191.221
121
R$ 301
R$ 2,2
R$ 1,4
postos de atendimento
municípios de atuação
bilhões em ativos totais
Sicoob Metropolitano
O presidente do Conselho de Administração
do Sicoob Central PR, Jefferson Nogaroli
cooperados
milhões em patrimônio
líquido
bilhões em operações
de crédito
*Data-base: dados cadastrais de junho de 2014 e dados financeiros de março de 2014
Gestão profissionalizada
Predomínio urbano
O cooperativismo financeiro no Paraná é predominantemente urbano. “O DNA das
cooperativas do estado é empresarial, pois elas nasceram junto às associações comerciais e em
parceria com a Federação das Associações Comerciais do Paraná (Faciap). Esse processo foi
iniciado, justamente, devido à dificuldade de acesso ao crédito e às condições desfavoráveis
oferecidas aos pequenos empreendedores pelos bancos tradicionais”, explica o coordenador
estadual de Acesso a Serviços Financeiros do Sebrae Paraná, Flavio Locatelli Junior (foto).
A experiência no meio empresarial reflete o profissionalismo que as cooperativas
financeiras vêm alcançando ao longo do tempo. O Sebrae PR é um parceiro estratégico nesse
processo, ao considerá-las fundamentais para a inclusão financeira e para a promoção de
um verdadeiro círculo virtuoso do crédito. “O grande desafio do futuro do cooperativismo
financeiro no Brasil é, sem dúvida, ampliar a participação no mercado. Em alguns municípios
do Paraná, por exemplo, as cooperativas financeiras que apresentaram crescimento acentuado,
nos últimos anos, conseguiram maior participação do mercado local, beneficiando e
impactando positivamente sua região de atuação”, observa Locatelli.
Sebrae PR
O presidente do Sicoob
Metropolitano, Luiz Ajita
Em crescimento vertiginoso, com alto grau de profissionalização e segurança.
É assim que o superintendente do Sistema Ocepar, José Roberto Ricken, avalia o
cooperativismo financeiro no Paraná. Ele considera que os excelentes resultados do
segmento foram possíveis em função do forte trabalho, ao longo da última década,
voltado à profissionalização da gestão, da formação e da qualificação dos integrantes e ao
monitoramento constante do desempenho. “O cooperativismo financeiro do estado vem,
ao longo dos últimos anos, mudando o perfil, adotando uma postura mais competitiva,
profissionalizada e antenada com as tendências tecnológicas, que chegam cada vez mais
velozes, exigindo aperfeiçoamento constante de todos os integrantes”, afirma.
EXPANSÃO 43
Sicoob Federalcred
Sicoob em quase 100%
do território brasileiro
A
expansão do Sicoob pelo Brasil
segue em ritmo acelerado. Prova
recente é a inserção do Sistema
em Sergipe, com a inauguração do
posto de atendimento (PA) do Sicoob
Federalcred, na capital Aracaju. Fincar
sua bandeira em mais um estado do
Nordeste faz com que o Sicoob atinja
quase 100% de abrangência nacional,
faltando apenas o estado do Ceará.
O início das operações na capital
sergipana resultou da filiação da
Federalcred Leste ao Sicoob Central NE,
em abril deste ano. Fundada em junho
de 1998, a cooperativa financeira tem
como alvo os servidores públicos. “Será
um marco ímpar para a nossa cooperativa
e para o Sicoob, já que poderemos
atender, principalmente, o povo alagoano
e o sergipano, que tanto sente falta do
acesso ao crédito e a produtos e serviços
financeiros competitivos, com taxas
módicas e excelência no atendimento.
Será a realização de um grande sonho”,
comenta o diretor-presidente da
instituição, Nivaldo do Nascimento.
Com sede em Maceió (AL) e pontos
de atendimento em Salvador (BA) e
Aracaju (SE), o Sicoob Federalcred
possui cerca de 2 mil cooperados e fechou
o primeiro semestre de 2014 com
R$ 30,1 milhões em ativos, R$ 25,
6 milhões em operações de crédito e
patrimônio líquido de R$ 12,7 milhões.
O evento de inauguração com a
marca Sicoob aconteceu no dia 26 de
julho, com a presença de lideranças
cooperativistas, como o presidente do
Sicoob Confederação, Henrique Vilares,
o diretor financeiro do Bancoob, Ricardo
Simone, o presidente do Sicoob Central
NE, José Evaldo Campos, e o presidente
do Sicoob Federalcred, Nivaldo do
Nascimento. “Com a vinda da Federalcred,
o Sicoob Central NE passa a ter 40 pontos
de atendimento no Nordeste. Nosso
objetivo é chegar ao Ceará, permitindo
a presença do Sistema em todo o país”,
afirma Campos.
Goiás e Amazônia
Duas outras importantes ações de
expansão do Sicoob aconteceram no
primeiro semestre deste ano, com a
integração da Unicred Brasil Central, em
Goiás, e da Unicred Central Amazônia
Ocidental, no Amazonas. Com a união, dez
cooperativas filiadas e um total de 49 pontos
de atendimento e cerca de 31 mil novos
cooperados foram inseridas no Sistema.
Dados corporativos
do Sicoob
1
Banco cooperativo
1
Confederação
17
509
Centrais
Cooperativas financeiras
(singulares)
1.726
Postos de atendimento
(PAs)
2.235
Pontos de atendimento
(singulares + PAs)
1.395
Terminais de autoatendimento (ATMs)
814
Correspondentes
bancários
2.754.930
Associados
7.047
Dirigentes
estatutários
22.063
Empregados
* Data-base: junho de 2014
ANO 5 No19 JUL/AGO/SET 2014
44 GIRO
Bancoob tem novo
diretor financeiro
Mais de 60 cooperativas do Sicoob
participam da campanha do Dia C
Cooperativas do Sicoob de todo o Brasil participaram da campanha nacional Dia de Cooperar
(Dia C) 2014, com a promoção de diversas ações sociais (arrecadação de alimentos e brinquedos,
incentivo à doação de sangue, lazer para idosos e crianças, entre outros). Sob a coordenação do
Sistema OCB, o Dia C foi realizado por 950 cooperativas em 24 estados, além do Distrito Federal.
Neste ano, as atividades da campanha foram consolidadas e celebradas no dia 6 de setembro. Na
ocasião, todas as cooperativas realizaram uma grande mobilização nacional, com diversas atividades
de lazer, integração, cultura, promoção da saúde e conscientização ambiental, entre outras, em
benefício do próximo e da qualidade de vida.
Educação
financeira
Prêmio efinance
2014
“Quem poupa coopera com o futuro!”. Esse é o
tema do projeto de educação financeira Maxi Poupe,
desenvolvido pelo Sicoob MaxiCrédito, que está
percorrendo todas as escolas de Educação Fundamental
dos 24 municípios da área de atuação da cooperativa.
Até junho deste ano, já atendeu a 6 mil alunos das
redes municipal e estadual, em 29 instituições de
ensino da região. Já o Projeto de Educação Financeira
e Sustentabilidade do Sicoob Credisulca atendeu a 5
mil crianças de Turvo (SC) e demais cidades onde a
cooperativa atua. As crianças receberam kits de educação
financeira e ambiental.
O Sicoob conquistou dois troféus, na 13a edição
do Prêmio efinance, com os cases: Nova Plataforma
de Crédito do Sicoob e Cloud Corporativa do Sicoob
Confederação. O evento aconteceu em junho, em São
Paulo. A Nova Plataforma de Crédito irá reduzir custos
para o Sistema, eliminar etapas manuais de análise
e aprovação de crédito e proporcionar a realização
de novos negócios pelas cooperativas. Já a Cloud
Corporativa tem objetivo de transformar a TI do Sicoob
em um provedor de serviços de tecnologia, gerador de
receitas e capaz de auxiliar no desenvolvimento de novas
linhas de negócio.
Divulgação
Bancoob
O novo titular da Diretoria Financeira do Bancoob
é Ricardo Simone Pereira. Com mais de 30 anos de
experiência no mercado financeiro, Ricardo Simone é formado
em Engenharia Civil e em Administração de Empresas pela
Universidade de São Paulo (USP), tendo atuado em mercados
locais e internacionais. Ricardo foi diretor financeiro, de
Câmbio e de Relações com Investidores e também ocupou
posições executivas nas áreas de Tesouraria Internacional,
Capital Markets e Leasing.
45
Parceria Sicoob e
Aerotáxi
A Cooperativa Aerotáxi, dos Motoristas Profissionais
Autônomos do Aeroporto Afonso Pena, em São José dos
Pinhais (PR), firmou parceria com o posto de atendimento do
Sicoob local para beneficiar 158 taxistas. O Sistema oferece
financiamento para renovação da frota de táxis, por meio do
Fomento Paraná, reduções dos custos de movimentações das
contas e das maquinetas de cartão de crédito.
Workshop de
Negócios
Reginaldo Vargas, que trabalha no Sicoob Crediforte,
cooperativa filiada ao Sicoob Goiás Central, foi o grande
vencedor do Concurso Orgulho de Ser Sicoob. Crislaine
Ferreira, do Sicoob Credipontal (Ituiutaba/MG), ficou
em 2o lugar, e Lucas Jacques da Silva, do Sicoob CentroSerrano (Santa Maria de Jetibá/ES), em 3o. Os ganhadores
receberam as premiações e conheceram, em primeira
mão, o livro “Orgulho de Ser Sicoob”, composto pelas 20
histórias escolhidas pela comissão julgadora, no dia 28 de
maio, durante cerimônia no Centro Corporativo Sicoob
(CCS), em Brasília (DF). Para conhecer as histórias
vencedoras e os mais de 300 relatos de vida de dirigentes e
empregados, acesse www.sicoob.com.br/orgulhodeser.
Crédito Rural
Painéis sobre seguro rural, perspectivas para o café,
cana-de-açúcar e agroenergia no Plano Safra 2014/2015,
agricultura familiar, perspectivas de mercado, aspectos
de controle e fiscalização do Banco Central e aspectos
operacionais do crédito rural para os executivos das
cooperativas do Sicoob. Esses foram os temas abordados
durante o 5 o Workshop de Crédito Rural, que aconteceu,
em junho, no Centro Corporativo Sicoob (CCS), em
Brasília (DF).
Sicoob Credisudeste
Sicoob Confederação
Concurso Orgulho
de Ser Sicoob
O Sicoob Central Crediminas promoveu, em
julho, em Domingos Martins (ES), o I Workshop
de Negócios, com foco na formação de líderes
para coordenação de equipes, visando negócios e
resultados. Os objetivos foram despertar nos gerentes
e gestores a necessidade de exercer a função de
líder dos postos de atendimento e das carteiras de
produtos e serviços; disseminar boas práticas para
gerenciamento de cartões e seguros; apresentar
e discutir habilidades necessárias para gerar
resultados; promover a integração entre as Unidades
Administrativas Regional 2 (UAR 2) e ações
conjuntas para fortalecimento do Sistema na região.
ANO 5 No19 JUL/AGO/SET 2014
46
Coordenação Geral
Confederação Nacional das Cooperativas do Sicoob Ltda. –
Sicoob Confederação
SIG Quadra 6 – Lote 2.080 – 70.610-460 – Brasília – DF
Conselho de Administração
Henrique Castilhano Vilares – Sicoob São Paulo
Francisco Greselle – Sicoob Central SC
Jadir Giroto – Sicoob Central MT/MS
José Alves de Sena – Sicoob Planalto Central
Manoel Messias da Silva – Sicoob Central Cecresp
Comitê Editorial
Jadir Girotto – Diretor-presidente do Sicoob Central MT/MS
José Alves de Sena – Diretor-presidente do Sicoob Planalto Central
Henrique Castilhano Vilares – Presidente do Sicoob
Francisco Silvio Reposse Junior – Diretor Operacional do
Sicoob Confederação
Ricardo Antonio de Souza Batista – Diretor de Tecnologia da
Informação do Sicoob Confederação
Marco Aurélio Borges de Almada Abreu – Diretor-presidente
do Bancoob
Ênio Meinen – Diretor de Operações do Bancoob
Cláudio Halley David Pereira – Superintendente de Gestão
Estratégica do Bancoob
Ricardo Belízio de Faria Senra – Gerente jurídico do Bancoob
Débora Márcia Bruno Ingrisano – Gerente de Comunicação e
Marketing do Sicoob Confederação
Flaviana Garcia Gouvea – Supervisora de Comunicação do
Sicoob Confederação
Elisa Gregória Abarca Guimarães – Analista de Comunicação
do Sicoob Confederação
Correspondentes
Ana Carolina Oliveira – Bancoob
Alessandra Del Nero – Sicoob Central Cecresp
Carlos Edilson Santana dos Santos – Sicoob Central Amazônia
Celso Vicenzi – Sicoob Central SC/RS
Cristiane Lopes Orso – Sicoob Central MT/MS
Edivaldo Alves de Oliveira – Sicoob Planalto Central
Emannuelle Marques de Ramalho – Sicoob Central NE
Fernanda Lopes – Sicoob Central Crediminas
Graziella Campos Bagneti - Sicoob Central ES
Karla Brandão Lage – Sicoob Central Cecremge
Luiz Augusto Araújo – Sicoob Goiás Central
Pedro Sérgio Carmo - Sicoob SP
Priscilla F. Binhardi – Sicoob Central PR
Rebeca Brandão Matos de Souza – Sicoob Central BA
Rodrigo Neves de Alencar – Sicoob Central Norte
Sheila Rego – Sicoob Central Rio
Coordenação Editorial
Débora Márcia Bruno Ingrisano – Sicoob Confederação
Luiz Augusto Araújo – LHC Comunicação
Coordenação de Produção
Flaviana Garcia Gouvea – Sicoob Confederação
Elisa Gregória Abarca Guimarães – Sicoob Confederação
Produção Editorial
Press Comunicação Empresarial
(www.presscomunicacao.com.br)
Jornalistas Responsáveis
Luiz Augusto Araújo/Ana Paula de Oliveira
Edição: Luciana Neves
Redação: Ana Paula de Oliveira e Thiago Silvério
Colaboração: Isabela Diniz, Maysa Souza, Nathália
Araújo e Rayane Dieguez
Projeto Gráfico e Editoração
Press Comunicação Empresarial
Designer
Laura Fahel
Revisão
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www.twitter.com/SICOOB_oficial
www.blogsicoob.com.br
Impressão
BR Supply
Tiragem
20 mil exemplares
*Em razão do espaço reservado à coluna, a Revista Sicoob se reserva o direito de editar as cartas.
sicoob.com.br/atendimento
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