6 - Aslan

Transcrição

6 - Aslan
nº.14 Jan/Fev/Mar 2011
O tricô
rompe
barreiras
n 14 Jan/Fev/Mar 2011
A estilista Mary
Arantes apresenta no Minas
Trend roupas
de papelão com
adereços em
tricô.
Tendências
Momentos
Entrevista
Crochê
forte no verão
Lady like
volta à moda
Preview
outono-inverno
Jovens
resgatam a
prática do tricô A especialista
em tricô
rendado
Karen Burns
Pág. 2
Pág. 8
Vestido em crochê da
coleção de Vanessa
Montoro
Pág. 4
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nº.14 Jan/Fev/Mar 2011
As fibras ecológicas e naturais
ganham mais destaque na estação.
O crochê teve presença constante neste verão.
As peças delicadas e cheias de detalhes
românticos ganharam destaque
nesta temporada.
(Foto capa: Divulgação)
O Minas Trend Preview deu a largada para
a temporada outono-inverno 2011. A 7ª edição
do evento abriu suas passarelas com desfiles
de Áurea Prates e Blue Banana que apresentou
muita estamparia, bijuterias, bordados, sapatos,
franjas em tricô e os maxi tricôs pesados. As
peças em tricô também apareceram com acabamento rústico.
A grife Áurea Prates trouxe a cultura
mineira à sua coleção repleta de tecidos fluídos
e referências orgânicas. Sedas, cetins, linho e
tricoline aparecem em camisas e vestidos que
focam no artesanato mineiro para detalhes mais
sofisticados.
O gosto pelo trabalho artesanal sempre esteve presente nas criações de Mary Arantes desde o nascimento de sua marca. Para homenagear
a arte popular e seus artesãos, a estilista inspirou-se neles com materiais, formas e comprimentos
provando que o artesanato também é luxo.
O ponto alto do desfile foram as bijuterias
e as roupas de papelão de Arantes. Mesmo trabalhando com pouco recurso e materiais plebeus,
o estilista criou tessituras de barbante, terços em
ráfia, correntes de elástico, dobraduras complexas em chita. A Faven, grife mineira, apresentou
sua coleção inspirada no contraponto entre o
concretismo e o barroco, uma das tendências
fortes da estação. O desfile equilibrado trouxe
referências dos anos 50 e 70, fios de lurex, saias
godê, coletes compridos com cintos fininhos por
cima, sapatos e estampas de bicho nos tricôs,
calças cenoura em tricô e lindos casacos, saias e
coletes com enormes laçadas de lã. O destaque
ficou por conta dos volumosos e desconstruídos
casacos de laçadas de lã. A próxima edição do
Minas Trend Preview está prevista para acontecer
entre os dias 11 e 14 de maio de 2011.
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(Divulgação)
Peças levam conceito
de obra de arte
Preview
Passarelas mostram
o tricô do inverno 2011
Delicadeza - Os vestidos com babados em tons pastéis
remetem a rendas pela sutileza da construção dos fios.
A coleção de verão da estilista Vanessa Montoro traz a arte do crochê mesclada perfeitamente
com o tricô. Os vestidos criados com fios de seda
e tingidas com pigmentos 100% naturais vindos
do tanino, café e clorofila esbanjam bom gosto e
requinte.
Vanessa repaginou estas duas técnicas
milenares, o tricô e o crochê, para confeccionar
peças baseadas no conceito de obra de arte com
originalidade, atemporais e de edição limitada. Seu
método de tingimento artesanal - feito com casulos de seda descartados, fiados em roca e tingidos
manualmente com pigmentos naturais - permite
que a estilista consiga tonalidades não atingíveis
pelo processo químico convencional.
Outra vantagem de sua coleção é a junção
ao conceito de produto ecologicamente correto.
As peças praticamente únicas são exportadas para a Europa, até mesmo para o Japão.
A estilista não produz em série, cada peça
tem sua particularidade e sofisticação. O
resultado são peças únicas e deslumbrantes
que podem ser usadas durante o dia ou à
noite.
tendências verão
nº.14 Jan/Fev/Mar 2011
O estilo lady like destaca-se por valorizar as curvas da
mulher, adequando-se a todos os tipos de silhueta.
Cintura marcada, tecidos leves,
estampas florais, fitas, laços e muita
delicadeza são características do estilo lady like. O visual com influências
dos anos 40 e 50 conquistou as ruas e
está de volta com força total.
As primeiras referências do
estilo lady like surgiu na década de 40.
Neste período, o vestuário foi muito
afetado pela Segunda Guerra Mundial. Como não havia tecidos extras
disponíveis, as produções seguiam o
estilo clássico, simples e prático. Com
o fim dos anos de guerra e do racionamento de tecidos, o estilo lady like
se aprimorou e a mulher dos anos 50
tornou-se mais feminina e glamourosa. A silhueta extremamente feminina
e jovial atravessou toda a década e se
manteve como base na maioria das
criações. Foi neste período que a alta-costura viveu o seu apogeu.
“Como uma dama” é a tradução literal da expressão lady like que
aposta em vestidos, saias rodadas,
blusas delicadas, saia lápis, cintura
marcada de preferência com cinto
fino, acessório fundamental do estilo.
Os vestidos e as saias de cintura alta
também são a cara da tendência lady
like, principalmente com modelagem
evasê. Os babados e laços deixam o
look ainda mais feminino. Outra característica muito forte do estilo é a blusa
de renda.
Nos pés, os modelos delicados
como sapatilhas, saltos médios, peep
toes que são os sapatos com bico na
frente abertos, ou saltos medianos.
As plataformas estão descartadas. A
vantagem é que esta tendência não
deve sair de moda e continua com
força total no inverno.
Romântico - Babados,
lacinhos, silhueta bem
definida, tecidos esvoaçantes e cores claras.
(Jornal Gazeta do Paraná - Caderno ZAP)
A feminilidade dos anos 40
e 50 estão de volta
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O prazer de
(Voga)
nº.14 Jan/Fev/Mar 2011
“O tricô é a
materialização dos
meus sonhos e das
minhas idéias”.
Karen Burns
Algumas pessoas nascem com o dom de
pintar, outras com o de cantar e Grace Karen Burns
nasceu com o dom de tricotar. Mileide, como também é conhecida, não se limita a copiar receitas, ela
gosta de criar, abusar de sua criatividade. Esta descendente de alemã, que adora cores vivas, aprendeu
a técnica ainda criança com uma amiga de sua mãe.
Tinha apenas quatro anos quando começou a fazer
seus primeiros pontos.
Como estudava em um colégio alemão onde
trabalhos manuais são matérias obrigatórias, logo se
identificou com a arte e não parou mais. “Meninas e
meninos aprendiam tricô, crochê, bordado”, conta ela,
ressaltando que na Europa é muito comum crianças
aprenderem tricotar na escola. “Meu marido aprendeu a fazer tricô quando criança na Inglaterra. Aqui
no Brasil, ainda existe preconceito do homem fazer
tricô, dos trabalhos manuais estarem relacionados
a atividades dos mais velhos, embora acredito que
isso esteja mudando paulatinamente, já que os mais
jovens estão descobrindo o prazer de criar com as
mãos”.
Em 2007, incentivada por duas pessoas do
grupo Montricô, Karen criou seu blog As Tramas de
Milady para que pudesse ensinar novas receitas, tirar
dúvidas e trocar idéias.“Já me disseram que ele serve
até como referência para as outras tricoteiras”.E não é
só tricoteiras que visitam o blog, os homens também
participam. “Talvez por ter uma pitadinha de humor,
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criar com as
algumas alfinetadas sempre pautando o termo tricô”.
A distância não é mais obstáculo para as tricoteiras se reunirem. Para ela, a internet permitiu que
o tricô deixasse de ser uma atividade solitária para
ser uma atividade grupal. “Quando estamos num
ambiente menos formal, nos divertimos mais, tricotamos, bagunçamos, é muito agradável”, diz ela, referindo-se ao Pickinit, “recomendo para quem nunca foi
aparecer no próximo”.
Especialista em tricô rendado, Karen faz todos os tipos de tricô, mas só comercializa para quem
faz tricô, “quem faz tricô ou crochê sabe o trabalho
que dá. Não menospreza o trabalho manual, em termos de preço”, diz ela acrescentando que para não
prejudicar a artesã interessada em algum projeto, ela
costuma demorar 10 dias para concretizá-lo.“Não tricoto 10 horas por dia, pratico três ou quatro horas,
é um tempo bom para elaborar um projeto bonito.
Comprei uma receita que o horário previsto é de 180
horas de trabalho. Eu vou fazer, mas não sei quando”.
Semanalmente, Karen dedica três horas do seu
dia, para estudar e aprender novas técnicas. “Fico encantada com as descobertas dos outros, principalmente com aquelas pessoas que dispõem e passam
para frente tudo que aprendem ou que reinventam
de uma maneira diferente”.
entrevista
nº.14 Jan/Fev/Mar 2011
em fazer esta técnica é por ser desafiadora”,
diz ela que deixa uma mensagem para quem
deseja começar:“Meninas, não tenham medo
de inovar. O tricô é um pouco diferente da
vida, quando erramos podemos consertar o
erro sem prejuízo. E quando quiserem fazer
uma peça diferenciada, nunca digam aquela
frase ‘Eu não consigo’. Tente! Faz muito bem
principalmente, quando se chega no final do
trabalho. Se não conseguir, não tem problema. Se errou, comece novamente. Se estiver
com dúvida, participe de algum grupo de discussão, certamente alguém irá ajudá-la”.
Karen prefere fazer trabalhos trançados e pontos mais elaborados. Experiente, idealiza seus projetos antes de iniciar o ponto. “Olho o modelo e sei
exatamente o que eu quero no final, é muito difícil
me enganar na escolha de um modelo”, conta ela que
crítica a falta de livros sobre o assunto no Brasil. “Infelizmente, existem poucos livros publicados aqui,
você encontra várias publicações em inglês. Algumas
publicações estão sendo reeditadas e copiadas por
revistas com receitas, mas não temos belos livros
com ilustrações, com o ABC do tricô, com técnicas de
acabamento”.
Parceria - Marina Pontieri, consultora da As-
Futuros planos – Ela pretende pro-
lan Trends, convidou Karen que na ocasião era colaboradora do site Manequim a se agregar à equipe
de criação. “Meus primeiros trabalhos foram direcionados por ela que dava um croqui para a criação
das peças. Trabalhar na Aslan me fez realizar grandes sonhos, porque eu ganho para fazer aquilo que
eu gosto e tenho a liberdade de criar. Só tenho que
agradecer a Aslan pela
oportunidade”. Ela conta que tem novos projetos para o público masculino na Aslan que vão
surpreender pela idéia
do ponto. Aguardem.
duzir algumas receitas para vender fora do
país. “Quero traduzir algumas receitas minhas para inserir num fórum de artesãs dos
Estados Unidos, que funciona como se fosse
um orkut aqui no Brasil. Tenho algumas receitas que fiz para a Aslan que foram traduzidas
e tiveram uma boa aceitação no fórum”.
s mãos
BeM veLHinHa
FaZenDo triCÔ,
não ConsiGo
(Voga)
Tricô rendado - Ninguém sabe exatamente como o tricô rendado surgiu, mas historiadores
acreditam que a arte nasceu no mediterrâneo e foi se
espalhando pela Europa. As peças mais antigas são
de 1200 d.C, descobertas no Egito. “Com o advento
da internet e sua democratização as pessoas estão
redescobrindo técnicas antigas do século XVIII e que
está voltando à moda aqui no Brasil”. Os tricôs mais
conhecidos são das ilhas britânicas (Ilha Jersey, Fair,
Ilhas Aran e Ilhas Shetland). As ilhas ficam próximas,
mas cada população desenvolve sua característica
própria. “As boas receitas são alemãs, russas e inglesas e os japoneses têm boas publicações. Quem nunca viu uma toalha de renda não faz idéia de como é
delicado”.
O tricô rendado é uma técnica estratégica, é
um exercício de paciência e de persistência, “quando erramos um ponto temos que desmanchá-lo e
fazer novamente”, explica ela, recomendando a técnica para quem deseja praticar a atividade para desestressar “quem tricota para ganhar dinheiro tem
que valorizar o ponto. As pessoas estão descobrindo
o desafio de fazer tricô rendado. Meu grande prazer
vou Morrer
Me ver seM o
triCÔ.
“
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(Divulgação)
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Arte ousada
e colorida
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Um dos símbolos de Nova York ganhou um presente inusitado neste Natal. A artista Ágata Olek resolveu cobrir o
Charging Bull ou Street Bull, escultura de
bronze que simboliza a vigorosidade e
robustez da economia americana ante as
instabilidades do mercado internacional,
com uma linda e grande capa de crochê
multicolorida. A obra do escultor siciliano
Arturo Di Módica fica no Bowling Green
Park, próximo a Wall Street, desde o Natal
de 1989.
A artista famosa por suas obras e
instalações totalmente revestidas por peças de crochê, nascida na Polônia e formada na Universidade Adam Mickiewicz
na Polónia, com licenciatura em estudos
culturais, justificou sua obra:“Fiz por todas as pessoas que puderam fazer o mesmo pelos seus familiares e para todas as
pessoas que não possuem uma coberta e
nem dinheiro”, ao The New York Times, ressaltando que representa os seus melhores
votos de um ano próspero e com muitas
surpresas”.
Sua paixão pelo crochê foi reacendida em Nova York, cidade onde vive e trabalha. Desde então, ela não parou mais. Olek
sempre foi fascinada pela relação entre a
malha e o corpo humano. Suas esculturas
e instalações trazem refêrencias do comportamento humano, seus movimentos e
interações. Ela desenha cenários e figurinos para teatro e já ministrou oficinas de
figurino de materiais para cinema e dança.
2010, foi um ano com muitas ‘ações
de guerrilha’, nome como define suas
obras e jornada que começou com uma
moto e terminou com um touro em homenagem ao escultor da obra, Arturo di
Modica.
O trabalho de Olek muda de lugar
para lugar. Suas obras já foram expostas
em galerias do mundo todo, incluindo
Brooklyn, Istambul, Veneza e até aqui no
Brasil. O revestimento de 5 metros de crochê pesando três toneladas não perdurou
no touro de bronze. A coberta foi retirada
pela segurança logo depois. Mas a artista registrou toda a montagem em vídeo
e publicou na internet para quem queira
apreciar.
Capacitação
com renda
tricô e cultura
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Um lindo projeto une arte, moda e responsabilidade social e conseguiu encontrar a fórmula do
sucesso. A Ong Orientavida fundada em 1999, capacita mulheres da cidade do interior paulista, Potim, a
produzirem peças artesanais a partir de técnicas de
bordado, crochê, tricô e costura, para que assim elas
possam ocupar-se e gerar renda para suas famílias.
A iniciativa surgiu da presidente da Ong e
também fundadora Celeste Chad, que na ocasião
era a primeira-dama da cidade. Celeste convidou
sua mãe para ensinar costura e bordado para algumas mulheres. No início, apenas quatro faziam parte da oficina. Para comercializar os produtos, Celeste
entrou em contato com a loja Le Lis Blanc Iguatemi.
O resultado foi tão surpreendente que as 40 bolsas
de veludo foram vendidas em apenas uma semana.
A partir disso, o trabalho da Ong começou a ser reconhecido e exposto em grandes lojas como Daslu,
Trussardi e Tok&Stok. Quem é de Potim trabalha
nas dependências do projeto. Já quem vem de fora,
trabalha uma vez por semana, com passagens pagas. Elas ganham por produção, de R$ 100 a 1,5 mil
e mais cesta básica.
Em suas viagens, Celeste conheceu o bordado
francês de nome boutis (pronuncia-se buti) e ficou
encantada. Essa técnica foi criada no século 18, para
o enxoval de Napoleão Bonaparte. Ninguém podia
usá-la sem o consentimento das autoridades francesas. Sensibilizada com o belo trabalho da Orientavida, a presidente do museu Maison du Boutis, Francine Nicolle, autorizou a Ong a utilizar a técnica e
veio ao Brasil ensinar o ponto às artesãs. O trabalho,
realizado com linha francesa - mais densa - é de extrema delicadeza e foi estreado por aqui nos lençóis
usados pelo papa Bento XVI em sua visita a Aparecida do Norte, em 2007. O efeito é de várias linhas em
relevo, formando desenhos.
Atualmente, a Ong tem parceria com a designer Ana Strumpf que conseguiu autorização da Disney para desenvolver objetos de decoração com os
personagens Alice no País das Maravilhas e Zé Carioca, e receberam o prêmio mundial de Melhor Produto Adulto na Linha de Decoração 2010, da Disney.
Através da comercialização de seus produtos, a Ong
mantém em atividade aproximadamente 300 artesãs que são da região do Vale do Parnaíba, nas cidades de Aparecida, Lorena, Guaratinguetá e Arapeí.
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nº.14 Jan/Fev/Mar 2011
momentos
Na era de iPods e videogames mais de 6 milhões
de adolescentes entre 13 e 16 anos tricotam ou fazem
crochê regularmente, nos Estados Unidos .Tem até uma
revista, a Vogue Knitting, dedicada aos tricoteiros usa
uma linguagem jovem e apresenta peças com design
invoador. No Brasil, a história não é diferente, a técnica
de entrelaçar fios também está fazendo a cabeça dos
jovens.
Larissa Goulart, 18 anos, cursa Letras - Inglês na
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Esta gaúcha
que curte música pop- rock europeu (francês e alemão)
divide seu tempo entre os livros e os novelos. Como
sempre gostou de artesanato acompanhava alguns
blogs sobre o assunto e logo surgiu o interesse pelo
tricô. Como ninguém de sua família tricotava foi buscar
ajuda na internet. “Fui aprendendo com os vídeos no
youtube e com as explicações que muitas tricoteiras
O tricô se renova co
Futuro - Larissa, 18, Paola, 17, Natan, 16 garantem a longevidade da ar
disponibilizam em seus blogs. Os meus primeiros pontos aprendi no blog Aulinhas de Tricô da Regina e depois,
no tutorial do Superzíper, que fez uma série sobre tricô”
(com apoio da Aslan Trends), conta ela, confessando que
no início, achava que nunca conseguiria tricotar peças
mais elaboradas ou com cavas,“achava que eu iria tricotar para sempre mantas e cachecóis por serem retinhos”.
Depois de um ano observando os blogs de tricô e praticando muito, Larissa decidiu que já estava na
hora de ter que dividir o que fazia com as outras tricoteiras.“Antes só via o que elas estavam fazendo, suas di-
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ficuldades. Não mostrava os meus trabalhos, em parte
tinha vergonha por que pensava o que elas vão dizer
de uma”menina” de 17 anos – idade que tinha quando
montou o blog - que tricota e tem um blog. No fim, isso
nunca foi um problema, desde que eu criei o blog todo
mundo entra, comenta, posso tirar dúvidas e me sinto
mais integrada”.
Ela conta que suas amigas estão aproveitando
sua paixão pelo tricô.“Algumas querem aprender e outras querem que eu faça um casaco igual ao meu ou
um cachecol bem fofo. Elas são bem legais quanto ao
tricô, só reclamam quando eu estou tricotando e deixo
de prestar atenção no que elas estão me contando”, diz
ela, ressaltando que algumas pessoas têm preconceito.
“Às vezes, quando vou me reunir com as tricoteiras daqui do Rio Grande do Sul, meus amigos dizem: ‘Tú vai
pra redenção (um parque daqui) tricotar?’ Claro que sim,
eu gosto de tricotar. Acho que todos os jovens que gostam de tricotar deveriam “sair do armário” por que eu sei
que tem muitos jovens que gostam de tricotar, mas que
não falam por medo do que os outros vão dizer”. Para
ela, o tricô é uma arte muito gratificante e a sensação
de ver uma peça pronta é indescritível, “antes era só
um fiozinho e com uma agulha transforma-se naquele
blusão, luva, boina e posso dizer fui eu quem fiz”,diz ela,
contando que a arte a ajuda a pensar em outras coisas,
“às vezes estou muito preocupada com os trabalhos da
faculdade e tricotar me ajuda a pensar e a desestressar”.
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om eles
peguei um livro dela e aprendi sozinha”.
Ela gosta de freqüentar os encontros com as tricoteiras do grupo na companhia de sua mãe. No entanto,
devido à preparação para o vestibular, ela não tem participado com tanta freqüência, “nos encontros conversamos sobre tricô, compartilhamos receitas, falamos da
vida, elas falam dos filhos.Teve um encontro em Atibaia
que foi muito legal, também gostei de fazer mantas de
20 cm x 20 cm que doamos para um asilo”.
Assim como Paola, o curitibano Natan Viola, 16
anos, interessou-se por trabalhos manuais na infância.
Quando criança, Natan observava sua mãe bordar tapetes e sempre teve vontade de aprender. Esta técnica o
lembrava o tricô,“achava muito abstrato você conseguir
transformar alguns novelos de linha em uma blusa, por
exemplo. Fiquei curioso e decidi me aprofundar”. Para
aprender a técnica, Natan recorreu à internet. “Minha
(Fotos: Arquivos Pessoais)
A internet tem sido uma grande aliada para a divulgação do tricô,“sem internet nunca teria aprendido a
tricotar, eu precisei aprender a por pontos na agulha, os
pontos básicos. Agora, eu vou aos encontros do grupo
de tricô e, não teria conhecido as meninas sem a Internet. Iria me sentir a única tricoteira do mundo, por que
nunca conheci ninguém que tricotasse sem ter feito
contato com essa pessoa antes pela internet”, ressalta
Larissa.
Para Paola Riciole, a internet é um veículo importante para conhecer mais pessoas que gostam da arte,
“conhecemos outras tricoteiras, blogs sobre o assunto,
encontramos diversas receitas e ajuda as indústrias de
lã a saberem o que estamos procurando”. Ela aprendeu
a técnica aos nove anos de idade, com sua mãe.“Minha
mãe fazia quando eu era pequena e pedi que ela me
ensinasse”.
rte do tricô.
Hoje, aos 17 anos, a futura engenheira civil tricota
sozinha em casa ou com as tricoteiras do Crazy Kiniting
Ladies, grupo do qual faz parte com sua mãe. No início, suas amigas achavam estranho seu gosto pela arte,
“hoje elas já se acostumaram”. Ela gosta de fazer peças
pequenas, ‘teve um casaquinho de bebê que foi um
pouco difícil fazer, mas vendo a receita fica fácil ”, conta
ela, que pretende fazer uma blusa,“já fiz a amostra, agora só falta desenvolver”. Paola sempre teve vontade de
aprender, “sempre pedia para minha mãe me ensinar a
montar ponto na agulha, mas ela nunca ensinava. Então,
mãe fez tricô por um tempo, mas já havia esquecido, e
eu não conhecia ninguém que pudesse me ensinar”.Ele
comprou um par de agulhas, fios, e vendo vídeos institucionais repetidas vezes, acabou aprendendo. Com a
ajuda de sua madrinha foi aprimorando a arte.“Descobri
que ela fazia tricô, quando veio me visitar. Ela me ensinou como segurar a linha com o indicador, como fazer
novos pontos, e fiz meu primeiro trabalho, um cachecol.
Quando o vi pronto, tive uma sensação muito boa. Fiquei satisfeito comigo mesmo, e o apoio que tive da minha família, pelos elogios, fez com que eu continuasse”.
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Ele também participa do Crazy knitting Ladies e do
grupo Irmãs de lã onde se produzem peças para doação,
de mantas feitas em crochê. Natan conheceu o grupo enquanto pesquisava por receitas na internet,“entrei no site,
e vi que haveria um encontro em 5 cidades, e que Curitiba estava entre elas. Decidi ir, fui nervosíssimo, pois não
conhecia ninguém”,conta ele, dizendo que foi muito bem
acolhido pelas tricoteiras, “elas conversaram comigo, me
trataram como um grande amigo. Aprendi a fazer crochê
neste encontro, com a Marina, que muito pacientemente
me ensinou o básico, e continuo me aprofundando no
assunto. Nos e-mails, com as tricoteiras das outras partes
do Brasil, também fui muito bem acolhido, sem nenhuma
discriminação, sempre conversando de igual para igual, e
isto foi importante para que eu continuasse”.
Ele reúne-se com o grupo Irmãs de lã a cada 15
dias para confeccionar mantas de crochê. Cada membro
leva quadradinhos feitos em casa, e depois se encontram
para juntá-los e doar para moradores de rua e orfanatos.
“Nós também nos reunimos fora desse prazo para conversarmos, tricotarmos juntos e mostrar os projetos que
cada um terminou ou está tricotando”.Ele considera como
missão a oportunidade de poder ajudar pessoas carentes
com o trabalho voluntário que realiza no grupo, “poder
difundir esta arte para todos os sexos e idades, sem distinção, e ao mesmo tempo, obter prazer fazendo o que gosto”.
No início, seus amigos acharam muito estranho seu
desejo em querer tricotar, mas com o passar do tempo eles
se acostumaram com a idéia.“Hoje, posso até conversar de
tricô com eles, mostrar meus trabalhos. E eles até pedem
as peças para mim. Minha amiga Karina também tricota,
ainda é iniciante. Nós vamos investir no tricô e tenho certeza que ela ainda vai tricotar peças lindas”,conta ele, que já
sofreu preconceito por gostar de tricotar.“Eu já sofri muito
preconceito graças ao tricô. A mente das pessoas consegue ser aberta para tantas coisas novas, mas parece que
homem tricotar ainda está longe de parecer aceitável. Eu
já perdi alguns colegas por causa de meu gosto. Não digo
amigos, pois amigos são aqueles que ainda estão comigo.
É chato ouvir certas pessoas me julgando pelo que faço.
Mas eu tenho apoio para fazer o que gosto, então não me
importo com isso”.
Atualmente, ele está trabalhando em sua primeira
blusa para presentear sua mãe. “O tricô e o crochê têm
uma grande importância para mim, pois enquanto estou
fazendo alguma peça, aproveito e faço próximo de meus
pais. Com esta arte eu também posso ajudar as pessoas”.
Natan tem muitos planos, o primeiro deles é formar-se e
morar em outro país “conhecer mais tricoteiras e tricoteiros, comprar algumas agulhas que tanto conversamos nos
grupos, e desejo passar muitos anos ainda, com as pessoas
que me rodeiam tanto pessoalmente, quanto virtualmente”.
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deu na imprensa
Continuação Momentos
nº.14 Jan/Fev/Mar 2011
Tricô volta à
ganha novo
Rede Record, programa ‘Hoje em Dia’ - 1/12/2010
Depois que celebridades apareceram tricotando em público a arte de
tricotar ganhou novo conceito. Agora
o passatempo da vovó passou a ser
chique. A técnica de entrelaçar fios
rompeu barreiras, não tem idade, sexo
ou classe social que impeça a prática.
Iara tem 26 anos, aprendeu a tricotar
com a avó. Hoje, ela já tem habilidade
para manusear o tricô de cinco agulhas. “Eu comecei a fazer numa época
em que eu estava bem estressada com
trabalho, relacionamento e etc. Comecei a fazer assistindo televisão, conversando”.
Para ela, não há satisfação maior
do que poder concluir o trabalho. Por
isso, Iara mostra orgulhosa suas produções. “Eu faço mais cachecol, por ser
mais fácil, mais rápido e foi a primeira
coisa que aprendi”.
E se os jovens invadiram o território das vovós, as vovós também se
modernizaram e o tricô foi parar na
internet. Ser tricoteira hoje é ser blogueira. Cada blog virou um ponto de
encontro, idéias, receitas, bate-papo,
novas amizades e até solidariedade.
“Trocamos receitinhas dalí, experimentamos receitas de lá e cresceu”, conta
Vera Lúcia, 57 anos, que tricota desde
menina e que um dia teve a idéia de
fazer casaquinhos de bebê e distribuir
nos hospitais para mães carentes. “A história começou de um grupo grande que fazia mantas para pessoas carentes. Eu achei que poderíamos fazer para
crianças. Nós saímos do grupo grande, eu comecei a
fazer para bebezinhos. Conversando com as amigas,
elas aderiram à idéia e começaram a fazer também”,
conta Vera Lúcia.
A idéia cresceu e foi parar na rede mundial de
computadores. Tricoteiras do Brasil inteiro aderiram
à idéia e hoje as mães carentes recebem os sacos
de bebê da dona VeraLu. “As coisas vão acontecendo e se encaixando naturalmente. Normalmente,
nos sacos procuramos colocar dois ou três casacos,
três gorros e três sapatinhos. Então, conseguimos
100 milhões de
pontos de tricô
Para celebrar os 100 anos de comemoração do Dia
Internacional da Mulher, dois grupos, Loop e Sitandknitabit, resolveram inovar organizando dois eventos. O Loop realizará
100 eventos em Glasgow, na Escócia. Já o Sitandknitabit pretende reunir “100 milhões de pontos de tricô para 100 milhões de mulheres”. Cada ponto irá representar uma mulher
desaparecida.
O objetivo dos eventos é refletir a condição das
mulheres na sociedade seja em casa, no mercado de
trabalho, na mídia e nos governos, além dos problemas
que afetam individualmente cada uma como, violência
doméstica, escravidão, tráfico de mulheres, exclusão de
acesso a recursos e cuidados médicos em comunidades, acesso a educação, cuidados na gestação, entre
outros. Os participantes que aderirem à ação devem
fazer um quadrado de tricô ou crochê de 15cm x
15cm (6’x 6’) para criar um grande cobertor que será
vendido e a verba será destinada a instituições que
ajudam mulheres.
Aposte na
decoração criativa
Os detalhes artesanais conquistaram
as passarelas e agora prometem conquistar a
decoração. Já pensou em reciclar um sofá ou
poltrona, usando como forro uma malha de
tricô feito à mão?
Ou incrementar sua mesa, investindo
em jogos americanos feitos em tricô. Ou melhor ainda, aproveitar as sobras de fios do ano
passado, e de quebra montar um lindo tapete
de pompom . São idéias criativas feitas em
tricô que não passam desapercebidos.
bem estar
montar uma boa sacola de enxoval para um
bebezinho”, conta a psicóloga.
Através do blog Tricô Solidário, Juliana Romeu uniu-se ao grupo. Ela que já fazia
mantas para idosos conheceu o projeto e não
hesitou. “Quando a conheci ela me mostrou
aquele saco cheio de coisinhas, uma mais linda que a outra. Às vezes eu falo que queria ter
um bebê só para tecer uma coisa tão linda”.
Solidariedade foi o que levou Edemar
a pegar nas agulhas. Hoje, ele faz parte do
grupo e além de ajudar as mães carentes
aproveita para desestressar e não importa o
lugar. “Eu levo o tricô e já vou adiantando trabalhos que tenho em andamento. Eu estava
num trânsito caótico, parado, aproveitei para
dar uma tricotada e quando chegava a minha
vez de andar, eu já tinha feito uma carreira
e assim foi indo um bom trajeto de trânsito.
Edemar é operador de caixa de uma rede de
academia e disse que nunca sofreu preconceito. “Eu fui muito acolhido pelo grupo, as
mulheres incentivaram bastante e as pessoas
à minha volta ficaram espantadas porque a
história do tricô começa com os homens praticando. Isso aqui é um trabalho de homem.
Depois, as mulheres começaram a desenvolver o tricô. “
Tricotar não é mais um ato solitário.
Diferente do que as pessoas imaginam, são
promovidos encontros onde várias mulheres trocam idéias, pontos, trabalhos, e claro
um lindo tricô com uma boa fofoca. “A gente
vem aqui por prazer, por escolha, nós falamos
das nossas coisas ligadas ao tricô, do nosso
trabalho, de técnicas, de novas receitas e esta
possibilidade de trocar informações com o
mundo inteiro pela Internet”, enfatiza.
E a cada encontro, uma novidade. Tricoteiras de mão cheia exibem os trabalhos nos
blogs e nas reuniões. Este encontro funciona
para elas como o futebol para os maridos.
“Você passa uma hora tricotando, quando termina tem uma peça pronta, você tem o que
mostrar, isso é importante. Dá uma sensação
de realização, você está desestressando e ao
mesmo tempo, produzindo”.
(Divulgação)
à moda e
conceito
eventos
nº.14 Jan/Fev/Mar 2011
Toque de sofisticação – A capa de tricô é feita sob
medida, depois o móvel é forrado em uma tapeçaria.
11
receitas
nº.14 Jan/Fev/Mar 2011
Blusa Poupurri com o fio Class
Criação Aslan Trends. Desenvolvimento e execução Miriam Nakutis
segunda malha da agulha esquerda e tricote em
tricô. Sem tirar da agulha tricote agora em tricô a
primeira malha) Solte as 2 malhas juntas. Do lado
direito do trabalho os 2 pontos em meia ficarão
cruzados.
•
TRICO CRUZADO – nº par de pontos mais
as bordas
1ª carr.: toda em m.
2ª carr.: * introduza a agulha na segunda malha
da agulha esquerda e tricote em tricô. Sem tirar
da agulha tricote agora em tricô a primeira malha) Solte as 2 malhas juntas. Do lado direito do
trabalho os 2 pontos em meia ficarão cruzados.
Repita sempre estas 2 carr.
•
PONTO PERFURADO – nº de pontos divisível por 3 + os p. de borda
1ª carr. (avesso do trabalho): *1 m.; 2 t. *; repita de
*a*
2ª carr. (direito do trabalho): * 1 m.; laç.; 2 p. juntos
em m. *; repita de * a *
3ª carr.: * 1 t., 1 m.; 1 t. *; repita de * a *
4ª carr.: * 1 m.; 2 p. juntos em meia; laç.*; repita de
*a*
5ª carr.: * 1 m.; 2 t.* repita de * a *
Repita as carr. de 2 a 5
Observações importantes:
•
Para o sucesso da receita é impressindível
Grau de dificuldade: requer prática
igualar sua amostra à amostra apresentada. Caso
(Modelo executado no manequim P/M)
sua amostra fique maior, use uma agulha mais
fina. Se ao contrário, sua amostra fica menor, use
Medidas da blusa acabada:
uma agulha mais grossa.
P/M: 92 cm. na linha do busto e 54 cm. de altura
•
A blusa é tecida numa só peça no sentido
G/GG: 102 cm. na linha do busto e 57 cm. de altura transversal, de uma manga à outra.
•
A receita foi concebida para vários maneMaterial
quins. Quando houver somente uma instrução
7 (8) bolas de 100 g. do Class cor mesclada bege ela é valida para todos tamanhos. Para facilitar o
(1325)
desenvolvimento da peça marque na receita as
Agulhas para tricô reta ou circular 6.0 mm e ag. instruções relativas ao manequim escolhido.
circular 8.0 mm de 40 cm.
•
Todo trabalho é feito com 2 fios juntos.
agulha para costurar malha
Amostra: No ponto Perfurado e ag. 6.0 mm: 16 p.
Pontos empregados:
x 20 carr. = 10 cm
•
PONTO BARRA 2/2 – TRICO CRUZADO –
nº par de pontos mais as bordas
Execução
1ª carr.: * 2 t., 2 m. *; repita de * a * (direito)
2ª carr.: * 2 m.; 2 t. cruzados *; repita de * a * (aves- Punho e Manga: Com a ag. 6.0 mm e o Fio Class
so)
usado duplo monte 40 (44) p. nas ag. 6.0 mm e
Para fazer o tricô cruzado: introduza a agulha na teça por 5 (6) cm. em Barra 2/2-trico cruzado. Na
12
nº.14 Jan/Fev/Mar 2011
carr. seguinte aumente 1 p. e teça 21 (23) carr. no P.
Perfurado.
Na carr. seguinte, teça em m., distribuindo 9 (8) aumentos ao longo da carr.
Teça 14 (16) carr. em tricôs cruzados, aumentando na
última carr. 6 pontos.
Continue por 17 carr. no Ponto Perfurado, aumentando 1 p. de cada lado, x 4 (6) vezes, a cada 2 carr. 64 (68)
p. ao final da sequência de aumentos.
parte das costas e faça como a parte da frente, mas
diminuindo 3 p. para o decote.
Após terminar o decote das costas volte a trabalhar
os 150 (160) p.: 43 (46) barra frente, 64 (68) p. da pala,
43 (46) p. para a barra costas.
Teça 8 (10) carr. no ponto tricô cruzado e 18 (20) carr.
no ponto perfurado.
Arremate os 43 (46 ) p. de cada lado.
Manga e punho
Teça 17 carr. no ponto perfurado, diminuindo a cada
Frente e costas
De cada lado do trabalho monte 43 (46) p. que serão 2 carr. 1 p. de cada lado, 4 (6) vezes.
tecidos no P. barra 2/2 - tricô cruzado até o final da Diminua 6 p. ao longo da carr. seguinte e teça 14 carr.
frente e das costas. Os 64 (68) p. da pala serão tecidos em tricô cruzado.
Diminua 9 (8) p. na próxima carr. que deverá ser trada seguinte maneira:
18 (20) carr. no ponto perfurado, 8 (10) carr. no ponto balhada em meia; 21 (23) carr. no ponto perfurado.
Diminua 1 p. na próxima carr. e termine o punho tetricô cruzado.
cendo 5 (6) cm. no ponto barra 2/2 – tricô cruzado.
Arremate.
Divida o trabalho em frente e costas
Deixe 75 (81) p. das costas à espera, arremate 7 p. para
a frente do decote, trabalhe 9 (11) carr. no tricô cruza- Gola
do, teça 6 (8) carr. no ponto perfurado. Este é o centro Com a ag. circular 8.0 mm. levente ao redor do decote
52 (64) p. e teça em P. meia ou jersey por 7 (8) cm. e
da blusa.
Teça 6 (8) carr. no ponto perfurado, 9 (11) carr. no tri- arremate.
cô cruzado, monte 7 p. para o decote e deixe à espera
Acabamento
os 75 (80) p. da parte da frente.
Volte a trabalhar os pontos deixados à espera para a Costure as laterais das mangas e o corpo da blusa.
13
nº.14 Jan/Fev/Mar 2011
Casaqueto Fantasie em Resort
Criação Aslan Trends e execução Cleid Arts
3ª carr. : *2 t.; 2 m.; laç.; 1 mate duplo; laç.; 2 m.;* 2 t.; repita
de * a *
Repita as carr. de 1 a 4
Amostra: No ponto fantasia e ag. 4.0 mm.: 18 p x 26 carr
= 10 cm.
Observação importante:
A receita foi concebida para vários manequins. Quando
houver somente uma instrução ela é valida para todos
tamanhos. Para facilitar o desenvolvimento da peça
marque na receita as instruções relativas ao manequim
escolhido.
Grau de dificuldade: fácil
(Modelo executado no manequim P)
Medidas da blusa acabada:
P: 89 cm. na linha do busto e 49 cm. de altura
M: 99 cm. na linha do busto e 52 cm. de altura
G: 109 cm. na linha do busto e 56 cm. de altura
Execução:
Com o fio Resort preto e a ag. 3.5 mm. monte 84 (94;
103) p.e teça no Ponto de Barra 2 x 2 por 6 (6; 7) cm. Na
última carreira do P. de Barra 2 x 2, aumente 1 (0; 0) p. ao
final da carr carreira.
Mude para o Fio Ressort mesclado e a ag. 4.0 mm.e continue a tecer no Ponto Fantasia por 20 (23; 26) cm. Lembre-se que nesta contagem de pontos estão previstos
os p. de borda.
Modele as cavas arrematatando no inicio das carr. seguintes:
4 (5, 5) p. x 1 vez; 1 p. x 7 (8; 10) vezes. Restam 62 (66; 71) p.
Siga reto sem diminuições até atingir 19.5 ( 21; 22) cm
desde o inicio da cava.
Modele os ombros arrematando no início das carr. seguintes: 7 (7; 7) p. x 3 vezes.
Arremate os p. restantes.
Frente direita:
Com o fio Resort preto e a ag. 3.5 mm. monte 47 (47; 56)
Material
p. e teça no Ponto de Barra 2 x 2 por 6 cm. Mude para o
2 bolas de 100 g. do Fio Resort cor mesclada azul (1325) Fio Ressort mesclado e a ag. 4.0 mm.e continue a tecer
e 2 bolas de 100 g. do Fio Resort cor preta (19)
no Ponto Fantasia por 20 (23; 26) cm. Teça os 6 p. iniciais
Agulhas para tricô 3.5 e 4.0 mm.
no P. de barra 2 x 2.
agulha para costurar malha
Forme 1 casa na 8 carr. após o inicio do P. Fantasia.
2 botões
Modele as cavas arrematatando no inicio das carr. seguintes do avesso:
Pontos empregados:
4 (5, 5) p. x 1 vez; 1 p. x 7 (8; 10) vezes. Restam 36 (36; 40)
•
Ponto de barra 2 x 2: 1ª carr.: *2 m.; 2 t. *; repita de p. Forme a 2ª casa a 4 carr. antes do início do decote. Siga
*a*; 2ª carr.: teça acompanhando o ponto
reto sem diminuições até atingir 19.5 ( 21; 22) cm desde
•
Ponto Fantasia: Barra ajourada - múltiplo de 9 p. o inicio da cava.
+ 2 + as bordas
Modele os ombros arrematando no início das carr. se1ªcarr.: *2 t.; 1 mate simples; laç.; 3 m.; laç.; 2 p. juntos em guintes: 7 (7; 7) p. x 3 vezes.
m.;* 2 t.; repita de * a *
AO MESMO TEMPO inicie as diminuições do decote: 1
2ª carr.: 2m; * 7 t.; 2 m. *; repita de * a *
p. x 15 (15; 20) vezes. fazer as diminuições depois dos 6
14
nº.14 Jan/Fev/Mar 2011
pontos iniciais (tira de abotoamento) e alternar: 1 diminuições a cada 2 carr. e 1 diminuição a cada 4 carr. Forme
a 2ª casa a 4 carr.
Após concluir as diminuições do ombro continue a tecer a tira de abotoamento de modo até atingir a metade dos pontos do decote das costas.
Frente esquerda: teça conforme as instruções da frente direita, invertendo a posição para as diminuições da
cava e decote. Não fazer as casas na tira de abotoamento.
Mangas:
Com a ag. 3.5 mm. e o fio Resort preto monte 47 (56; 56)
p. e teça 3 cm. em Ponto de Barra 2 x 2 . Mude para o Fio
Ressort mesclado e a ag. 4.0 mm.e continue a tecer no
Ponto Fantasia, aumentando 1 p. x 3 (3; 3;) vezes a cada 6
(6, 6, 6) carr. e inicie o p. Ao completar 13cm. desde o inicio,
forme a cava arrematando no início das carr. seguintes
4 (5; 5) p. e depois 1 p. x 7 (7; 9) vezes; 2 p. x 3 (4; 5) vezes.
Arremate os p. restantes e teça a outra manga igual.
Acabamento:
Una os ombros com uma costura. Pregue as mangas
abertas. Una as laterais com uma costura iniciando pelas mangas em direção ao corpo.
Representação gráfica do ponto fantasia: barra ajourada:
Abreviações e instruções usadas na receita e gráfico:
m: meia; t: tricô; laç.: laçada; carr.: carreira; p.: ponto; ms: mate simples- deslize em meia o ponto da ag. esquerda
para a ag. direita, sem tecer, teça o p. seguinte em meia; passe o ponto não tecido por cima do ponto que acabou de
tecer; 2 p. juntos em meia; mate duplo: deslize em meia o ponto da ag. esquerda para a ag. direita, sem tecer, teça os
2 pontos seguintes, juntos em meia; passe o ponto não tecido por cima do ponto que acabou de tecer
15
nº.14 Jan/Fev/Mar 2011
Mini vestido ou túnica com fio Resort
Criação Aslan Trends e execução Cleid Arts
ag. reta e circular 4.0 mm. com 40 cm.
agulha para costurar malha
Pontos empregados:
•
Ponto de barra tecido circular: sobre um número par de pontos:
1ª volta: *1 m.; 1 t. * ; repita de * a *
•
Ponto fantasia 1: Múltiplo de 15 + 2 pontos +
os p. de bordas
1ª carr.: *[(1 m., 1 t.) x (7 vezes); 1m = 15 p.)]; laç. 2t.; laç.
*; repita de * a *
2ª carr.: *[(1 t., 1 m.) x (3 vezes); 1 t. = 15 p.)]; 4 m. * ;
repita de * a *
3ª carr.: *[(1 m., 1 t.) x (7 vezes); 1m = 15 p.)]; laç, 4 t.; laç.
* ; repita de * a *
4ª carr.: *[(1 t., 1 m.) x (3 vezes); 1 t. = 15 p.)]; 6 m. * ;
repita de * a *
5ª carr.: *[(1 m., 1 t.) x (7 vezes); 1m = 15 p.)]; laç, 6 t.; laç.
* ; repita de * a *
6ª carr.: *[(1 t., 1 m.) x (3 vezes); 1 t. = 15 p.)]; 8 m. * ;
repita de * a *
7ª carr.: *[(1 m., 1 t.) x (7 vezes); 1m = 15 p.)]; laç, 8 t.; laç.
* ; repita de * a *
8ª carr.: *[(1 t., 1 m.) x (3 vezes); 1 t. = 15 p.)]; 10 m. * ;
repita de * a *
9ª carr.: *[(ms x 7 vezes); 1m]; ms; 6 m. 2 pjm.*; repita
de * a *
10ª carr.: toda em t.
Repita sempre as carr. de 1 a 10
Mini vestido ou túnica com decote V e modelagem
levemente acinturada e confortável.
Grau de dificuldade: intermediário
(Modelo executado no manequim M)
Medidas do mini vestido acabada:
PP/P: 92 cm. na linha do busto; 98 cm. na linha do
quadril e 70 cm. de altura
M: 102 cm. na linha do busto; 106 cm. ma linha do
quadril e 75 cm. de altura
G/GG: 118 cm. na linha do busto; 121 cm na linha do
quadril e 80 cm. de altura
Material
6 (6, 7) novelos de 100gr do fio Delicatessen mesclado rosa, cor 989
16
•
Ponto fantasia 2: Múltiplo de 8 pontos + os p.
de borda
1ª carr.: * 8t.; 8 m.*; repita de * a *
2ª carr. e todas carr. pares: toda em tricô
3ª carr.: 1m.; *6 t.; 10 m; *, repita de *a *, terminando a
carr. com 1 m.
5ª carr.: 2 m., *4 t.; 12 m.*; repita de * a *, terminando a
carr. com 2 m.
7ª carr.: 3 m., *2 t.; 14 m.*; repita de * a * , terminando
a carr. com 3 m.
9ª carr.: 8 m., 8 t.*; repita de * a *
11ª carr.: 9m.; *6 t.; 10 m; *, repita de *a *, terminando
a carr. com 9 m.
13ª carr.: 10 m., *4 t.; 12 m.*; repita de * a *, terminando
a carr. com 10 m.
15ª carr.: 11 m., *2 t.; 14 m.*; repita de * a * , terminando a carr. com 11 m.
Repitas sempre as carr. de 1 a 16
nº.14 Jan/Fev/Mar 2011
Costas:
Monte 102(119; 136) p. e teça no Ponto fantasia 1 por
uma repetição completa (carr. de 1 a 10).
Continue no p. fantasia 2 tecendo até atingir 32 (33,
34) cm. desde o início. Modele a cintura arrematando
no inicio das carr. seguintes (1p. x 4 vezes). Continue
tecendo no P. fantasia 2 por mais 18 (20; 23) cm.
Ao completar 50 (53; 57) cm. desde a barra arremate
para as cavas, a cada 2 carr. :
1 vez x 3 p.; 1 vez x 2 p. e 1 vez x 1 p. Ao atingir 69 (74;
79) cm. arremate os 32 ( 36; 40) p. centrais e a cada 2
carr. 2 p. de cada lado (2 vezes). Arremate os p. restantes para os ombros.
Frente:
Teça como a frente até atingir 50 (53; 57) cm desde o
inicio. Divida o trabalho ao meio para formar o decote V. Arremate os 2 p. centrais e a cada 2 (2; 4) carr. (1p.
x 20 vezes).
Ao memo tempo forme as cavas conforme às costas.
arremate os p. restantes de cada lado para os ombros.
Mangas:
Monte 51 (55; 68) p. e teça no p. fantasia 1 .
Para o tamanho PP/P inicie o p. fantasia 1 da seguinte
maneira: 1 p. de borda. 2 t *[(1 m., 1 t.) x (7 vezes); 1m
= 15 p.)]; laç. 2t.; laç. *; repita de * a *
Ao completar a primeira sequencia (carr. de 1 a 10),
arremate para as cavas, a cada 2 carr. : 1 vez x 3 p.; 1
vez x 2 p. e 8 vezes x 1 p. 1 p. por 8
vezes. A 16(18; 20) cm. desde o começo arremate.
Faça a outra manga igual.
Acabamento:
Costura os ombros. Pregue as mangas abertas. Una as
laterias com uma costura iniciando pelas mangas em
direção ao corpo.
Com a agulha circular , levante ao redor do decote
124 (132; 140) p. e trabalhe em p. de barra 1 x 1 por 3
carr. e arremate acompanhando o ponto .
Abreviações: Ponto (p), Tricô (t), Meia (m), laçada (laç), mate simples (ms). 2 pontos juntos em meia (2p. juntos em
m.)
17
nº.14 Jan/Fev/Mar 2011
Bolsa “Aproveitando tudo”
Evelyn Elsner para Aslan Trends
Material
4 bolas de 100 g. do fio Class cor cor 3563
Sobras de fios: Mambo nas cores: 0915, 0001, 0019, 2632, 2646, 0018
Class nas cores: 4007, 1232, 0332, 0008, 4019, 2016,
1311, 0201
Resort nas cores: 1286, 0008, 1325, 0037, 1334
Agulhas de crochê 2,5 e 3mm
Pedaços de EVA fino; Botão imã p/ o fecho da bolsa;
agulha Tapestry nº 18;
Ilhóses prateados grandes; 4 mosquetões prateados
grandes com argola para colocação e alças de bolsas;
5 cravos em metal prateado, Botão de 2 cm de diâmetro; feltro na cor da linha Class 3563; Cola de contato
Brascoplast
Pontos empregados:
correntinha (corr); ponto baixo (pb.); ponto caranguejo: igual ao pb. só que feito da esquerda para a
direita.
Execução
CORPO DA BOLSA
Com o fio Class cor 3563 e a ag. de crochê 2.5 mm,
monte 80 corr.entinhas + 1 para virar.
1ª, 2ª e 3ª carr.: todas em pb., 1 corr. p/ virar (ao finalizar ou começar nova carr de pb sempre fazer 1 corr
4ª carr.: nos últimos 18 pt mudar para a cor 3547. 5ª e
6ª carr.: com a mesma cor. 7ª carr.: na metade mudar
para a cor 4007. 8ª e 9ª carr.: mesma cor. 10ª carr.: nos
últimos 10 pontos mudar para a cor 1311. 11ª carr.:
mesma cor.
12ª carr.: mudar para a cor 1232. 13ª carr.: mesma cor.
14ª carr.: 20 pontos na mesma cor, depois mudar para
a cor 0332. 15, 16 e 17ª carr.: mesma cor.
18ª carr.: nos últimos 20 mudar para a cor 0008.
19ª carr.: mesma cor. 20ª carr.: nos últimos 30 pontos
mudar para a cor 4019.
21ª carr.: mesma cor. 22ª carr.: mudar para a cor 2016.
23 e 24ª carr.: mesma cor. 25ª carr.: no 36º ponto mudar para a cor 4019. 26ª carr.: mesma cor. 27ª carr.: no
36º ponto mudar para a cor 0201. 28, 29 e 30ª carr.:
mesma cor. 31 e 32ª carr.: com agulha 3mm e fio
Mambo na cor 0915. 33 e 34ª carr.: cor 0001. 35 e 36ª
carr.: cor 0019. 37ª carr.: fio Resort cor 1286, agulha
3mm, e como o fio é mais grosso é necessário diminuir alguns pontos, então a cada 7º ponto pular 1 –
restam 70 pontos. 38 e 39ª carr.: mesma cor. 40ª carr.:
mesma cor até 15º ponto, aí mudar para a cor 0008.
18
41 e 42ª carr.: mesma cor. 43ªcarr.: 20 pontos nesta cor,
daí mudar para a cor 1325. 44 e 45ª carr.: mesma cor.
46ªcarr.: 35 pontos na mesma cor, 35 restantes na cor
0037. 47 e 48ª carr.: mesma cor. 49ª carr.: 5 pontos na
mesma cor, daí mudar para a cor 1334. 50, 51 e 52ª
carr.: mesma cor. 53ªcarr.: voltar para o fio Mambo cor
2632 , agulha 3mm ainda, aumentar 10 pontos distribuídos no decorr.er da carr., de 7 em em 7 pontos
fazer 2 no mesmo lugar. 54ª carr.: mesma cor. 55 e 56ª
carr.: cor 2646. 57 e 58ª carr.: cor 0018. 59 e 60ª carr.:
com o fio Class cor 0201, agulha 2,5mm. 61 e 62ª carr.:
cor 4019. 63 e 64ª carr.: cor 2016. 65 e 66ª carr.: cor
4154. 67 e 68ª carr.: cor 0008. 69 e 70ª carr.: cor 0332.
71 e 72ª carr.: cor 2969. 73 e 74ª carr.: cor 1311. 75 e 76ª
carr.: cor 4007. 77ª carr.: cor 3547. 78ª carr.: trabalhar
somente 12 pontos e voltar (79ª carr. carr.: na mesma
cor. Cortar o fio. 78ª carr. carr.: passar o fio 3 pontos depois do 12º ponto feito e fazer 50 pontos na mesma
cor, voltando e fazendo também a 79ª carr.. Cortar o
fio. Nos últimos 12 pontos colocar a mesma cor e te-
nº.14 Jan/Fev/Mar 2011
cer a 78 e 79ª carr.. 80ª carr.: com a mesma cor, fazer a
carr. inteira (80 pontoscarr..:, sendo que nos 3 pontos
pulados (buracos para colocação de ilhós carr.: fazer
3 corr. e continuar a carr.. 81 e 82ª carr.: mesma cor. 83
e 84ª carr.: cor 3563. Cortar o fio.
Fazer mais uma vez a mesma sequência, para o outro
lado da bolsa
assim até o final da volta
4ª e 5ª carr.: 1 pb. em cada p.
6ª carr.: fazer 1 pb. e pular e próx. ponto, assim até o
final da carr. Cortar o fio com 20 cm. de comprimento,
colocá-lo na agulha Tapestry e passar o fio em todos
os pontos. Por o botão por dentro e puxar o fio como
um fuxico. Esconder o fio com a mesma agulha.
ACABAMENTO
Costurar as laterais da bolsa pelo lado direito em
ponto caranguejo com Class cor 3563.
Costurar os bolsos internamente com agulha Tapestry, bolso pequeno de um lado junto com o bolso do
celular e o bolso grande do outro lado.
Costurar o fundo externo com ponto caranguejo. Colocar os cravos no fundo da bolsa. Depois costurar o
fundo falso internamente com agulha Tapestry, deixando 1 lado sem costurar. Cortar 1 pedaço de EVA
com 5x29cm e colocar por dentro, entre o fundo falso
e o fundo externo. Acabar de costurar com a agulha
Tapestry (Obs: o EVA é lavável, portanto não precisa
ser retirado quando for lavar a bolsa.
Cortar 1 pedaço de EVA e outro de feltro no tamanho da aba. Com a cola Brascoplast colar o EVA e o
feltro na parte traseira da aba. Colocar o botão imã,
uma parte na bolsa e outra na aba, depois costurar o
botão por cima do imã para ele não ficar aparecendo.
Mandar colocar os ilhós nos 4 furos do corpo da bolsa.
Com o fios compridos das alças na agulha Tapestry,
pegar cada correntinha (das 20 feitas para cada alça e
“costurar” dentro das alças dos mosquetões. Costurar
os acabamentos superiores das alças com agulha TaABA DE FECHAMENTO:
pestry no meio superior de cada alça para ficarem na
Escolha 1 dos lados da abertura da bolsa e levante altura dos ombros quando a bolsa for usada.
pelo avesso 38 pontos, a partir do 22º ponto. Fazer 16
carr. e começar a diminuir 2 pontos em cada começo
e final de carr., até sobrar somente 26 pontos. Fazer 1
carr. de p. caranguejo sem pular em toda a volta da
aba.
FUNDO EXTERNO
Com o fio Class cor 3563 e a ag. 2.5 mm. monte 80
corr. + 1 para virar Teça 18 carr. em pb.
FUNDO FALSO (INTERNO)
Com o fio Class cor 3563 e a ag. 2.5 mm. monte 78
corr. + 1 para virar. Teça 16 carr. em pb.
LATERAIS
Com o fio Class cor 3563 e a ag. 2.5 mm. monte 18
corr. + 1 para virar .Teça 84 carr. Fazer 2 vezes.
BOLSOS INTERNOS
Reto (menor) 45 corr. + 1 para virar em Class cor 3563,
fazer 30 carr. mais 1 de ponto caranguejo pulando 1
ponto de base.
Para celular: 18 corr. + 1 para virar em Class cor 3563,
fazer 4 carr. Daí aumentar 1 ponto no começo e 1 no
final de cada carr., fazendo 4 carr. com 20 pontos, 4
carr. com 22 pontos, 4 carr. com 24 pontos, 4 com 26
e 4 com 28 pontos. Seguir reto até completar 30 carr..
Fazer 1 carr. de PT caranguejo pulando 1 ponto de
base
Reto (maior): 50 corr. + 1 para virar, Class cor 3563,
fazer 32 carr. mais 1 carr. de p. caranguejo pulando 1
p. de base
ALÇAS – Class cor 3563
Para cada alça fazer 150 corr.entinhas 20 vezes. Em 2
delas deixar o fio do final bem comprido. Parte superior: 40 corr. + 1 para virar, fazer 12 carr.
CAPA DO BOTÃO – Class cor 3563
Fazer 1 argola no dedo e com a agulha de crochê passar o fio dentro da argola. Dentro da mesma argola
fazer 6 pb. Tirar a argola do dedo e puxar o fio do início para a argola se fechar sem formar buraco.
2ª carr.: fazer 2 pb. em cada p.
3ª carr.: fazer 1 pb. no primeiro ponto e 2 pb. no 2º p.,
19
nº.14 Jan/Fev/Mar 2011
Vestido Graciosa em Resort
Criação Aslan Trends e execução Miriam Nakutis
•
Ponto arroz: sobre um número ímpar de pontos
1ª carr.: * 1 m.; 1 t.*; repita de * a *
2ª carr.: * 1 t.; 1 m. * , repita de * a *
•
Folhas e leques em crochê: seguir os gráficos
Observações importantes:
•
Para o sucesso da receita é impressindível
igualar sua amostra à amostra apresentada. Caso sua
amostra fique maior, use uma agulha mais fina. Se ao
contrario, sua amostra fica menor, use uma agulha
mais grossa.
•
O vestido é tecido a partir do decote em direção ao corpo. A pala e o corpo do vestido até a linha
da cintura são tecidos em tricô usando fio duplo. A
partir da cintura o trabalho é desenvolvido em crochê e fio simples.
•
A receita foi concebida para vários manequins. Quando houver somente uma instrução ela
é valida para todos tamanhos. Para facilitar o desenvolvimento da peça marque na receita as instruções
relativas ao manequim escolhido.
20
Execução:
Pala e corpo do vestido (tricô)
Com o fio Resort usado duplo e a ag. circular 6.0 mm.
monte 62 p. NÂO fechar o circulo.
Tricote 2 carr. em m. aumentando 1 p. no inicio e no
Vestido com modelagem levemente acinturada final da 2ª carr. Coloque marcadores de pontos para
tecido em tricô e crochê
definir as partes do vestido: 9 p. para o lado direiGrau de dificuldade: intermediário
to das costas; marcador, 1 p.; marcador; 11 p. para a
(Modelo executado no manequim M)
manga direita; marcador, 1 p.; marcador, 18 p. para a
frente; 1 marcador; 1 p.; marcador; 11 p. para a manga
Medidas do vestido acabado:
esquerda; marcador; 1 p.; marcador. e 9 p. para o lado
P: 89 cm. na linha do busto, cintura 76 cm e 98 cm. de esquerdo das costas.
altura
Inicie a modelagem da pala raglã tecendo em Ponto
M: 99 cm. na linha do busto, cintura 85 cm e 102 cm. arroz, da seguinte maneira:
de altura
Nas carr. ímpares ou do direito: 9 p.; 1 laç. 1 m. torcido,
G: 109 cm. na linha do busto, cintura 96cm e 104 cm. 1 laç.; 11 p.; 1 laç. 1 m. torcido.; laç.; 18 p.; laç.; 1 m. torde altura
cido.; laç.; 11 p.; laç.; 1 m. torcido; laç.; 9 p.
Nas carreiras pares ou do avesso: teça em Ponto arroz.
Material
As laçadas devem ser tecidas em t.
7 (7, 8) bolas de 100gr do fio Resort cor mesclado rosa
e vermelho (1334)
Continue aumentado 1 p. antes e depois de cada
ag. circular 6.0mm. com 80 cm.; ag. para crochê 3.5 marcador (laçada) até obter:
mm.; marcadores de pontos (argolinha); alfinete Tamanho P: 28 p. para cada lado das costas, 35 p. para
prendedor de pontos;
cada manga, 56 p. para a frente.(182 p. no total)
agulha para costurar malha
Tamanho M: 31 p. para cada lado das costas, 35 p. para
cada manga, 60 p. para a frente (192 p. no total)
Pontos empregados:
nº.14 Jan/Fev/Mar 2011
Tamanho G: 34 p. para cado lado das costas; 38 p. para
cada manga; 68 p. para a frente
(212 p. no total)
Teça a outra manga igual.
Arremate da mangas
Com o fio simples e a ag. de crochê 3,5 mm teça
Na próxima carreira do direito ou ímpar, divida o tra- acompanhando o Gráfico 1.
balho para formar o corpo do vestido, tecendo em Feche as mangas e a una ao corpo com uma costura.
Ponto Arroz da seguinte maneira:
28 (31; 34) p. para o lado esquerdo das costas; aumen- Corpo do vestido (em crochê)
te 6 (8; 8) p.; deixe à espera os 35 (35; 38) p. para a primeira manga; 56 (60, 68) p.; aumente 6 (8; 8) p.; deixe à Com o fio simples e a ag. de crochê 3.5 mm., teça a
espera os 35 (35; 38) p. para a degunda manga; 28 (31; primeira carreira do Gráfico 1. (32, 34, 38 motivos).
34) p. para a outra metade das costas.
Coloque marcadores no ponto central da frente do
vestido. Este pontos será seu guia para o centro do
Teça em Ponto Arroz por 4 carr. e feche o circulo.
Continue a tecer em círculo por mais 20 (21; 22) cm. Gráfico 2 ( motivo de folhas).
Marque o ponto central da frente do vestido. Para di- Continue a tecer conforme o Gráfico 2, até atingir o
minuindo 1 (2; 0) p. na última volta e arremate acom- comprimento desejado e arremate.
(o motivo do gráfico 2 deve ser repetido a partir da 5ª
panhando o ponto.
carr. quantas vezes se fizerem necessárias para atingir
o comprimento)
Mangas
Retome os 35 (35; 38) p. deixados à espera para para
a primeira manga. Aumente 3p. no final das 2 carr. se- Acabamento
guintes. Continue a tecer em Ponto Arroz, diminuin- Feche o vestido com um colchete de gancho ou teça
uma correntinha de cada lado do decote.
do 1 p. a cada 8 carr. por 3 vezes e arremate.
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Continuação do Vestido Graciosa
nº.14 Jan/Fev/Mar 2011
Pontos e abreviaturas utilizados:
Ponto (p), Tricô (t), Meia (m) ,cordão de tricô. Ponto para crochê, ponto alto (p.alto ), ponto baixo (p.b) e correntinha (corr).
Faixa de cabelo estilo tiara com flores em Resort
Criação Aslan Trends e execução Cleid Arts
Material
1 bola de 100 g. do fio resort cor vermelho
08
Ag. para tricô 3.0 mm
ag. para crochê 3.0 mm.
ag. para costurar malha
10 cm. de elástico
Tamanho único
Execução:
Tiara (em tricô)
Com o fio Resort e as ag. de tricô, monte
5 p. teça em cordões de tricô por 30 cm. e
arremate.
Flores (5 flores)
Com o fio Resort e a ag. de crochê, faça 1 circulo com
4 corr.
1ª carr.: 8 pb.; 2ª carr.: *1 pb.; 3 corr., 1 pb. no 2º pb.*
(repetir 5 vezes);
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3ª carr.: 1 p. alto; 1 pb. (repetir em todos os elos para
formar a flor. Arremate
Acabamento
Prenda o elástico à faixa da triara de modo a formar
um circulo. Costure as flores na tira.

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