As pesquisas sísmicas
Transcrição
As pesquisas sísmicas
Exploração petrolifera e do gáz Recomendações • Associar os organismos de protecção do ambiente, o sector da pesca como também as comunidades das zonas costeiras no desenvolvimento de estudos ambientais estratégicos na identificação das zonas e períodos sensíveis às pesquisas sísmicas; • estabelecer normas jurídicas para as pesquisas sísmicas; • averiguar a aplicação das medidas de atenuação; • evitar as pesquisas sísmicas nas zonas pouco profundas e vulneráveis como as Áreas Marinhas Protegidas, zonas de Mangal, estuários, os campos marinhos assim como também em todas as outras zonas conhecidas igualmente como berçário; As pesquisas sísmicas Em geral, os riscos relacionados a estas consequências são mal quantificados frequentemente desconhecidos - e são susceptíveis de variar de acordo com as condições do ambiente e dos organismos expostos às ondas. Uma pesquisa sísmica consiste em atirar impulsos de energia acústica e registar a energia reflectida pelas camadas rochosas. numa pesquisa típica de uma zona de 100km², são registados 25.000 explosões. O registo das ondas repercutidas fornece as imagens do subsolo marinho e informa aos geólogos sobre a probabilidade de existência de petróleo ou do gás na região. Se for o caso, uma empresa pode decidir fazer uma perfuração de exploração (ver ficha de informação sobre perfuração e produção). Os estudos de laboratório efectuados sobre os peixes, tartarugas e os mamíferos marinhos, localizados na proximidade dos canhões de ar, demonstram que as ondas de sons produzidos pelas pesquisas sísmicas podem provocar hemorragias como também danos no cérebro e no aparelho auditivo. • proibir as pesquisas sísmicas durante o período de migração das espécies importantes ou na presença dos cetáceos; • exigir estudos de impacto ambiental antes de permitir uma pesquisa sísmica (de acordo com UNCLOS), e Navios transportando os canhões de ar © DR © DR • incitar as companhias a usar as técnicas do "inicio progressivo" (soft start). Imagem em 3D do fundo e do subsolo marinho Impactos WWF WAMER Bureau du programme marin pour l’Afrique de l’Ouest 9639, Sacré Cœur III Tél. : +221 338 693 700 / Fax : +221 338 693 702 www.panda.org [email protected] Dos estudos pode-se concluir que as ondas sísmicas emitidas no ambiente marinho não têm muitos efeitos, por outro lado não é excluído que eles possam provocar danos graves e irreversíveis. Porém não é menos verdade que entre uma gama extensa de efeitos, existem numerosas repercussões prejudiciais potenciais entre os extremos. Está claro que nas condições do terreno, a maioria das espécies pode fugir da fonte sonora, não obstante, os estudos demonstraram efeitos importantes nos recursos pesqueiros (Ver quadro abaixo). Espécies Equipement Niveau de son Réduction de la pêche Bacalhau (Gadus morhua) Rede de arrasto Chalupa 250 dB 46-49% e dura pelo menos 5 dias Bacalhau (Gadus morhua) Linha 250 dB 17-45% e dura pelo menos 5 dias Bacalhau (Gadus morhua) Linha Un-determined 55-79% e dura pelo menos 24 horas Arinca (Melanogrammus aeglefinus) Chalupa 250 dB 70-72% e dura pelo menos 5 dias Arinca (Melanogrammus aeglefinus) Linha 250 dB 49-73% e dura pelo menos 5 dias Sebaste (Sebastes spp) Linha 223 dB 52% – Período indeterminado de efeito Embora estas reduções de capturas não durem que alguns dias, nós sabemos pouco sobre as consequências a longo prazo que podem ser muito mais graves, se as pesquisas sísmicas forem efectuadas no período migratório dos peixes. Alguns peritos afirmam que durante tais períodos, os cardumes podem dispersar-se e perderem a orientação em relação as suas rotas habituais de migração. Além disso, dispersando-se perdem a vantagem em nadar em grandes cardumes e então os indivíduos ou grupos menores podem tornarse presas mais fáceis para os seus predadores. Como medida de precaução, certos países como também algumas companhias responsáveis proíbem e abstêm-se de fazer os ensaios sísmicos durante os períodos de migração das espécies fundamentais. È bem conhecido que os mamíferos marinhos são especialmente sensíveis às pesquisas sísmicas. Eles podem ficar surdos quando perturbados por certas frequências de som. Vários estudos demonstraram que as baleias como também os golfinhos não só deixam de se nutrir e de comunicar mas também mudam os seus hábitos de mergulho. Parece que cachalotes (baleias) no Golfe do México afastam-se mais de 50km no inicio das operações sísmicas. Da mesma maneira, os cachalotes (baleias) do Oceano Indico deixam de produzir sons logo depois de impulsos sísmicos efectuados a mais de 300km. As zonas pouco profundas como os estuários, mangal e as barreiras de corais são zonas particularmente sensíveis e podem requerer uma protecção contra os testes sísmicos. Estes habitats muito importantes abrigam muitas espécies tais como espécies de organismos cesseis e ovos e larvas de peixes – que não se podem afastar da fonte sonora. Estes organismos podem ser expostos em distâncias muito curtas aos canhões de ar, provocando uma paragem do crescimento e anomalias. Porém isso só foi observado numa proporção pequena de ovos ou larvas exposta. Embora haja a necessidade de mais pesquisas sobre os impactos das pesquisas sísmicas em tais habitats, vários investigadores se declararam a favor de uma moratória em zonas conhecidas como berçários. Regulamentos Exemplos das restrições legais Várias companhias que procuram o petróleo e o gás na eco-região marinha da África Ocidental são relativamente pequenas e as suas políticas empresariais são pouco claras em termos de uma gestão responsável. É então importante que os Estados criem as leis que gerem as pesquisas sísmicas, para a prevenção contra os efeitos prejudiciais que são de todas as formas facilmente evitáveis. Alguns países já emitiram algumas restrições as actividades sísmicas nas suas águas territoriais. Por exemplo : Não existem regulamentos específicos relativos às pesquisas sísmicas a escala internacional, embora os princípios gerais expostos na Lei do Mar das Nações Unida (UNCLOS) possam ser aplicados. Ao contrário dos outros tratados internacionais que só se aplicam às substâncias biológicas e químicas, UNCLOS associa as formas de energia na sua definição da poluição. Pelo facto do som ser uma forma de energia, as responsabilidades gerais detalhadas na Lei (UNCLOS) têm que levar em consideração as pesquisas sísmicas. Então, todos os sócios de países membros da convenção devem: • Proteger o ambiente marinho de toda a forma de poluição • Impedir que qualquer forma de poluição se produza • Agir com precaução; e • Fazer estudos de impacto ambiental antes de permitir toda e qualquer actividade susceptíveis de ter efeitos poluidores seja realizado. Austrália • Interdição das pesquisas sísmicas nos habitats sensíveis que beneficiam de estatutos de Zona Marinha Protegida. O Canadá e os Estados Unidos • Estudos de impactos Ambiental (EIE) para as pesquisas sísmicas • Manter uma certa distância entre o navio de exploração e os mamíferos marinhos. • Interdição das pesquisas sísmicas durante os períodos onde os mamíferos marinhos são especialmente abundantes. Noruega • Interdição das pesquisas sísmicas nas zonas de pesca, mantendo uma zona tampão de 50km a volta dos limites externos das zonas de pesca (é permitido efectuar algumas pesquisas nessas zonas quando não há actividade piscatória) • Interdição das pesquisas sísmicas na hora dos períodos migratórios. • Interdição das pesquisas sísmicas nas zonas pouco profundas conhecidas como zonas de berçário. Reino Unido • Estudos de impactos Ambiental (EIE) para as pesquisas sísmicas • Interdição das pesquisas sísmicas durante os períodos de desova e migração das espécies comerciais de peixe como o arenque • Interdição das pesquisas sísmicas se os cetáceos estão num raio de 500m (as pesquisas podem então ser feitas somente durante o dia e só se a visibilidade os permite efectuar) • Os navios de exploração podem continuar as suas actividades só depois de um período de 20 minutos após a última observação de cetáceos. FPSO Plataforma flutuante de extracção, armazenamento e descarga Recomendações • Criar um quadro jurídico-legal regional com os países vizinhos em matéria de exploração de petróleo e gás no mar e que inclua a gestão e a concepção de FPSO; Um sistema do tipo da FPSO é um sistema de extracção no mar que, normalmente, tem a forma de um navio e armazena o petróleo em cisternas situadas no seu casco. O petróleo bruto é periodicamente descarregado da FPSO em naviostanque para ser transportado. • colaborar com outros sistemas jurídicos regionais em matéria de ambiente marinho, por exemplo a Convenção OSPAR para o Mar de Norte e o Nordeste do Atlântico ou, HELCOM para o mar Báltico; • inserir as recomendações do OMI relativo a FPSO de casco duplo no direito nacional e no quadro jurídico-legal regional; • levar em conta a investigação conduzida pelo Escritório Veritas sobre as FPSO’s como também a avaliação de impacto das FPSO’s empreendida pelo Governo americano e as recomendações do painel de peritos na exploração de petróleo e gás na Mauritânia; • transpor as linhas directrizes da OMI sobre a “Construção e o Equipamento das Unidades Móveis de Perfuração no Mar” (código MODU) para a gestão das FPSO’s e as unidades de perfuração no mar, no direito nacional e no quadro jurídico regional para a exploração do petróleo e do gás no mar; • designar uma zona de exclusão de um raio de pelo menos 500 metros ao redor da plataforma para todo o tráfico marítimo exterior; • impor um seguro de responsabilidade suficiente para os derrames e as marés negras ou todo outro tipo de poluição do ambiente marinho causadas pelas FPSO’s, as operações dos terminais ou as actividades de perfuração e extracção (limpeza, indemnização, etc.). Hoje, mais de 100 FPSO são utilizados no mundo inteiro e pelo menos 80 encontramse em processo de construção. O primeiro projecto petrolífero em águas profundas situadas na eco-região marinha da África Ocidental, o campo petróleo “Chinguetti” situado na ZEE da Mauritânia, é explorado através de uma FPSO. Bureau du programme marin pour l’Afrique de l’Ouest 9639, Sacré Cœur III Tél. : +221 338 693 700 / Fax : +221 338 693 702 www.panda.org [email protected] © DR WWF WAMER « Berge Helene », primeira FPSO da eco-região marinha da África Ocidental ao largo da Mauritânia Diferentes tipos de FPSO Existem 3 tipos diferentes de FPSO: • a FPSO produzidas a partir de antigos petroleiros de casco simples • a FPSO produzidas a partir de antigos petroleiros de casco duplo • a FPSO nova de casco duplo produzidas especificamente para esse efeito. Actualmente os petroleiros de casco simples podem ser comprados ao preço muito baixos no mercado por causa das políticas do direito internacional em matéria de transporte marítimo que impõe o casco duplo (Organização Marítima Internacional, artigo 13G da Convenção MARPOL 73/78). Não obstante, estes navios-tanque podem ser usados novamente como plataforma fixa de produção e armazenamento (FPSO) para as quais a lei marítima internacional relativo ao tipo de casco não é aplicável. Assim, a reconversão de FPSO`s de casco simples tornam-se numa alternativa interessante para as empresas de petróleo e de gás, nomeadamente para as pequenas jazidas africanas em águas profundas, onde a rentabilidade depende fortemente dos custos. A FPSO “Berge Helene” utilizada ao largo da costa da Mauritânia é um exemplo deste tipo de reconversão da FPSO de casco simples. Falta de regulamentos internacionais, necessidade de soluções locais Embora o FPSO se pareçam com os navios e podem ser concebidos de antigos petroleiros, o estatuto de um FPSO como "navio" não está claro no direito internacional em matéria de transporte marítimo. A aplicação das Convenções da organização marítima internacional (OMI) relativo a FPSO é objecto de um debate (cf. também o folheto do PRCM sobre o quadro jurídico-legal para a exploração do petróleo e do óleo e do gás no mar). É necessário compensar lacunas existentes no quadro jurídico-legal internacional e isso, a escala nacional e regional. Baixos custos - altos riscos O casco de uma FPSO pode ser perfurada em consequência de uma colisão com outro navio, da mesma forma que um petroleiro ordinário. Avaliar os riscos correctamente não é uma tarefa fácil por causa da falta de dados históricos. Pois só durante a segunda parte dos anos 1990 que a grande maioria das FPSO’s começaram a ser utilizadas. Vários estudos foram realizados para avaliar os riscos de uso da FPSO. A famosa sociedade de classificação, Escritório Veritas, realizou um inquérito a metade das FPSO’s utilizadas. As suas conclusões são as seguintes: as FPSO’s concebidas a partir de antigos petroleiros são inadaptadas para serem utilizados como plataformas de extracção e armazenamento. Com o tempo, aparecem os problemas ligados ao seu envelhecimento, e isso, até mesmo nas condições em que as aguas são mais calmas. Além do mais, a pesquisa conclui que os petroleiros são construídos para responder as características técnicas de navios. Um petroleiro responde a critérios muito específicos de carregamento e que não correspondem às sucessões mais extremas e frequentes de carregamento e descarregamento de uma plataforma de extracção e armazenamento do petróleo. petróleo e gás no mar). É necessário, a escala nacional, abordar as diferentes possibilidades de gestão adaptadas às diferentes regiões. que permite assegurar que o tráfico marítimo permanece a uma boa distância de segurança destas FPSO’s. Segurança dos «navios» FPSO Indemnização em caso de marés negras O OMI elaborou várias directivas e códigos para que a FPSO esteja em conformidade com o direito internacional em matéria de segurança marítima. O Código para a construção e o equipamento de unidades móveis de perfuração no mar (código MODU) que foi concebido a fim de recomendar a aplicação da Convenção Internacional para a Protecção de Vidas Humanas no Mar, a saber a Convenção SOLAS. Por causa da importância do artigo 13G do anexo 1 da Convenção MARPOL, a exigência de casco duplo, não se aplica a FPSO. Porém, o OMI formulou uma recomendação não coercitiva que estipula o uso unicamente das FPSO’s com casco duplo. Os Estados que querem ter o mesmo nível de normas de segurança para as suas operações petrolíferas e de gás e que também existem a escala internacional para os navios convencionais, deveriam integrar estas linhas directrizes e recomendações do OMI numa legislação coercitiva a escala nacional ou regional. Os derramamentos de petróleo podem ser causados pelas plataformas, inclusive pela FPSO. Pode acontecer quando o petróleo é descarregado de uma FPSO para um navio petroleiro, se uma FPSO é perfurada por um outro navio no caso de um acidente, ou simplesmente quando uma FPSO se rompe por causa do envelhecimento do metal. De uma maneira ou de outra, a indemnização não é prevista em nenhuma convenção internacional. A Convenção sobre a Responsabilidade civil ou as Convenções que estabelecem fundos exclusivamente concebidos para as marés negras causados por petroleiros e em consequência, excluem todas as plataformas. É por isso que a Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar (CNUDM) estipula a necessidade que os Estados têm, em velar para que os operadores petrolíferos e do gás no mar, tenham uma cobertura de seguro suficiente para os danos causados pelas plataformas de petróleo e do gás no mar. Melhor lei nacional e regional Melhores práticas Produção de lixos Os produtos típicos de lixos dos navios que também provêm do FPSO são regulamentados no quadro da Convenção do OMI relativo a prevenção da poluição (MARPOL 73/78), por exemplo as águas usadas, os lixos e a poluição de ar como também as águas resultantes da lavagem dos tanques. Não existem regulamentos a escala internacional para a produção de lixos mais importantes que estão ligados à extracção do petróleo e a perfuração (fluidos de perfuração, águas e gás provenientes dos reservatórios de petróleo). Estes produtos são trazidos a bordo da FPSO e são então de seguida, transportados para terra, vazados no mar (com ou sem tratamento), ou reinjectados nas jazidas de petróleo ou gás (cf. também o boletim de informação do PRCM sobre o lixo das perfuração e da extracção do Toda a FPSO usada no Nordeste do Atlântico é especialmente concebida com casco duplo. O Governo americano publicou estudos que conduzem a uma política que só permite o uso de FPSO’s recentemente construídas e de casco duplo no Golfo do México. Zonas de segurança As FPSO’s localizadas no Nordeste do Atlântico, o Mar de Norte e as plataformas no mar no Golfo do México têm uma zona de segurança de um raio de pelo menos 500 metros em seu redor, e Os Estados Unidos da América impuseram uma obrigação de responsabilidade ilimitada para erros graves (ou voluntário) em matéria de marés negras causadas por petroleiros como também para toda a exploração de petróleo e gás no mar. Todos os petroleiros exercendo suas actividades nas águas americanas como também todos os operadores de plataformas de petróleo e de gás são obrigados a mostrar às autoridades locais, com certificados de responsabilidade financeira em apoio, confirmando que dispõem de um seguro suficiente para cobrir um risco financeiro máximo. Uma responsabilidade ilimitada representa um estímulo consequente dentro do sector privado (companhias de seguros, empresas de petróleo e de gás) para que a autoregulação complemente o controlo nacional. Recomendações • Realizar avaliações ambientais estratégicas conforme a Convenção de Abidjan e a Declaração de Paris e fazer participar nelas os directores dos programas de planificação e gestão das zonas costeiras, o sector da pesca como também as comunidades, para poder identificar as zonas nas quais a produção do petróleo e gás deveriam ser interditas; • estabelecer normas jurídicas específicas de qualidade da água; • formular medidas de atenuação semelhante para aos que estão a ser praticados em outros lugares; • interditar a produção e a perfuração nas zonas vulneráveis, como dentro ou próximo das áreas marinhas protegidas, nas zonas de mangal, nos recifes de corais profundos, nos campos submersos, nos bancos de conchas, nos estuários e todas as zonas importantes para os alevínos e para a renovação dos estoques de pesca; • impor um regime zero de rejeição, nomeadamente para as água produzidas que poderiam ter um impacto sobre as zonas vulneráveis previamente mencionadas; e • exigir a realização de estudos de impacto ambiental antes de permitir qualquer operação de perfuração ou de produção, em conformidade com o CNUDM. Perfuração e produção As reservas de hidrocarboneto são capturadas no subsolo em reservatórios constituídos por rochas permeáveis como o arenito poroso ou rochas calcárias fissuradas. As rochas impermeáveis como a argila, a rocha calcária e o sal agem como juntas estanques parando ou reduzindo a velocidade do movimento para a superfície. Um grande reservatório de água localizase debaixo do petróleo do gás. Assim que uma prospecção sísmica revela que aquelas estruturas rochosas podem conter reservas de hidrocarboneto, inicia-se as perfurações para prospecção. As operações de perfuração têm também lugar quando são construídos os furos para a produção. Durante a perfuração, uma broca mineira que está no término de um sistema de tubo penetra as diferentes camadas de rocha. Fluidos são injectados neste sistema de tubos para lubrificar, controlar a pressão e a temperatura como também para retirar o cascalho do furo. Estes fluidos são compostos de petróleo, produtos sintéticos ou água. A escolha do fluido depende do tipo de rocha encontrada durante a perfuração, o que significa que diferentes tipos de fluidos são utilizados durante uma simples perfuração. A mistura de fluidos e cascalho (que é também chamada de lama da perfuração) é bombeada até a superfície. gas cap 2km oil seal or cap-rock water permeable reservoir rock gas disolved in oil spill poiny 4km water Corte transversal de um campo de petróleo e gás (Fonte: Pagina Web da UKOAA) Sítios web recomendados: Global Marine Pollution Gateway http://oils.gpa.unep.org/ United Kingdom Offshore Operators Association http://www.ukooa.co.uk/ Environmental Impact of the Offshore Oil and Gas exploration and production http://www.offshore-environment.com/ Bureau du programme marin pour l’Afrique de l’Ouest 9639, Sacré Cœur III Tél. : +221 338 693 700 / Fax : +221 338 693 702 www.panda.org [email protected] © DR WWF WAMER Plataforma offshore com um sistema de canalização (tirado da pagina Web da UKOOA) Acção de perfuração e circulação de fluidos da perfuração Uma broca mineira. As fontes mais significantes de poluição que é gerada durante as fases de perfuração e produção são a seguinte: • As lamas de perfuração; • A água de formação geológica que é também chamada de água de produção, bombeada com o hidrocarboneto para a plataforma; • Os gases. As lamas da perfuração As lamas da perfuração são compostas por uma serie de diferentes compostos e combinações de substância química complexas. Geralmente, os impactos observados durante as actividades de perfuração são a sufocação dos organismos vivos que se encontram no fundo marinho e em redor das zonas das operações de perfuração. Os estudos de impacto concentram-se, na maior parte dos casos, em testes de toxicidade que mede os efeitos directos a curto prazo, num número limitados de organismos dos solos oceânicos. Esta pesquisa concluiu que os fluidos de perfuração a base de água são os mais seguros para o ambiente marinho enquanto que, os fluidos de perfuração a base do petróleo são os mais tóxicos e persistentes no tempo. Com efeito, só 5% deste último tipo de fluidos são biodegradáveis depois de um período de 150 anos. A água da formação geológica Os regulamentos internacionais A água da formação geológica (também designada por água de produção) representa de longe, o tipo de lixo mais importante em volume. Não existe qualquer regulamento específico ao nível internacional, em relação aos produtos gerados pelas actividades de perfuração e de produção. Da mesma maneira, a Convenção Regional de Abidjan não contém nenhuma norma precisa relativo ao lixo da perfuração e produção mas recomenda que os Estados membros conduzam avaliações ambientais estratégicas quando eles explorarem os seus recursos em hidrocarbonetos. A água de produção pode gerar uma ampla poluição e pode causar efeitos imprevisíveis que se repercutem sobre os ecossistemas marinhos vulneráveis como os campos submersos, o mangal ou os estuários. Os hidrocarbonetos que se encontram naturalmente nas águas de produção, como o HAP, os fenóis e os voláteis são particularmente inquietantes. Estes que são solúveis nas águas de produção não são fáceis de retirar durante o tratamento na plataforma. Pesquisa efectuada sobre os impactos ecológicos do HAP contidos na água de produção mostrou que eles podem ter um efeito na fertilidade dos peixes masculinos e podem retardar os períodos de reprodução por várias semanas. O HAP são cancerígenos persistem no tempo e além de acumularem-se nos organismos vivos através da cadeia alimentar. Por outro lado os princípios gerais da Convenção das Nações Uniram sobre os Direitos do Mar (UNCLOS), na qual todos os países da sub-região são membros, são Por causa da falta de orientações detalhadas a escala i internacional, os países produtores de gás e petróleo offshore criaram as suas próprias regulamentações ao nível nacional e regional. Exemplos do quadro regulamentar nacional e regional Convenção OSPAR Nord-Est do Atlântico Lama de perfuração O Gás O Gás associado aos campos de petróleo é as vezes queimado. É melhor comercializar o gás ou reinjecta-lo no reservatório do petróleo, processo que é cada vez mais praticado na produção do petróleo. aplicados aos lixos gerados pelas actividades de produção de petróleo e gás offshore. Em consequência, os governos não só deveriam proteger o ambiente marinho da poluição, mas têm também de prevenir para que nada aconteça, agir com prudência e obrigar as empresas a realizarem estudos independentes de impacto ambiental, em todas as etapas do processo. - As lamas com base no petróleo são transportadas para terra. - As lamas à base de água e lamas sintéticas são analisadas para determinar a sua toxicidade antes de serem rejeitadas. - Interdição de rejeitar as lamas que contêm mais que 1% de petróleo. Convenção HELCOM Mar Báltico - As lamas à base do petróleo são transportadas para terra. - As lamas à base de água e lamas sintéticas são analisadas para determinar a sua toxicidade antes de serem rejeitadas. - Interdição de rejeitar as lamas que contêm mais que 1% de petróleo. - Interdição de rejeitar as lamas que contêm mais 1 mg de cádmio e mercúrio por quilograma. Estados Unidos - As lamas com à base do petróleo são transportadas para terra. - As lamas à base de água e lamas sintéticas são analisadas para determinar a sua toxicidade antes de serem rejeitadas. Água de produção - Re-injectar na formação geológica nas zonas vulneráveis como os estuários e as zonas costeiras. - Quando é rejeitada no mar, o conteúdo em óleo deve ser reduzido a 30 mg / l. - Re-injectar na formação geológica nas zonas vulneráveis como os estuários e as zonas costeiras. - Quando é rejeitada no mar, o conteúdo em óleo deve ser reduzido a 30 mg / l. - Re-injectar na formação geológica nas zonas vulneráveis como os estuários e as zonas costeiras. - Quando é rejeitada no mar, o conteúdo em óleo deve ser reduzido a 15 mg / l no Alasca, 18 15 mg / l na Califórnia e 29 mg/l no Golfo do México. Gás Deve ser explorado, ou re-injectado. Deve ser explorado, ou re-injectado. Deve ser explorado, ou re-injectado. A boa governação Recomendações • Proteger a base dos recursos naturais, os direitos humanos e os planos de desenvolvimento duráveis; • criar um comité de inter-ministerial que supervisionará as indústrias extractivas; • melhorar a capacidade do Governo para negociar e gerir as sociedades petrolíferas; • solicitar o apoio internacional na altura das negociações e em matéria de gestão; • realizar os EES’s tal como é recomendado pela Convenção de Abidjan e a Declaração de Paris; • reforçar os Ministérios do Ambiente para aumentar o controlo ambiental; • garantir um quadro jurídico e legal adequado para o controle das operações petrolíferas offshore ; • aplicar todas as leis, todas as convenções e todos os tratados e rescindir os contratos com as sociedades que infringem a lei; • recusar o uso de navios-tanque velhos de casco simples convertidos em plataforma flutuantes de produção, de armazenamento e de descarga (FPSO); e • aderir ao ITIE (ver abaixo). O ITIE, Iniciativa de Transparência das de Indústrias Extractivas (http://eitransparency.org) é uma coalizão de governos, de empresas, de grupos da sociedade civil, investidores e organizações internacionais que : • Encoraja a partilha equitável dos lucros da parte das indústrias extractivas; • melhora a transparência e a responsabilização no sector mineiro, criando normas que permitem verificar e publicar os pagamentos das empresas, assim como também dos rendimentos do petróleo, do gás e das actividades mineiras arrecadados pelos Governos; • tem uma metodologia sólida mas também flexíveis que garantem que os países que implementam esta iniciativa respeitem uma norma global. WWF WAMER Bureau du programme marin pour l’Afrique de l’Ouest 9639, Sacré Cœur III Tél. : +221 338 693 700 / Fax : +221 338 693 702 www.panda.org [email protected] e as indústrias extractivas: Gerir os recursos não renováveis para ter benéficos duráveis O mundo depende de recursos limitados em petróleo para fazer funcionar os transportes, os alojamentos e as indústrias. Mas o uso destes combustíveis fósseis resulta numa série de custos ambientais e sociais que devem ser postos em equilíbrio com as vantagens que petróleo pode apresentar A boa governação é o elemento chave para maximizar os benefícios e minimizar os conflitos. Trata-se de tomar decisões na base da transparência e com envolvimento de um vasto grupo de actores do Governo e da sociedade civil. Exploração do petróleo e do gás na África ocidental Por causa dos problemas sociais e do declínio das reservas em terra, a grande parte da produção do petróleo e do gás na África Ocidental efectua-se nos depósitos offshore que se encontram localizados em ambientes marinhos sensíveis e essenciais como meio de existência para os humanos. Pode-se dizer que toda a zona costeira foi dividida em blocos petrolíferos. Trata-se em parte de zonas protegidas, zonas chaves em relação a reprodução de peixes, como zona de pesca e muito importantes para o turismo. Os hidrocarbonetos poderiam produzir rendimentos cruciais para alguns países, mas a história do petróleo em África foi muito marcada por problemas sociais e ambientais. Frequentemente as indústrias extractivas (os hidrocarbonetos e as minas) não deram a contribuição que deviam ter no desenvolvimento durável. As actividades de desenvolvimento dos hidrocarbonetos criam grandes expectativas da parte da sociedade, que não consegue compreender que esta pode ter um impacto muito limitado sobre o emprego, pois que, trata-se de um sector de alta tecnologia, que requer grande quantidade de capitais e que emprega só um número limitado de pessoas altamente qualificadas e que são regularmente expatriados. Considerando que as exportações do petróleo geram muito pouco crescimento em outros sectores, a poluição pode comprometer os sectores do turismo, a pesca e a agricultura dos países produtores assim como dos seus vizinhos. O Dr. Emil Salim, presidente da Comissão Independente de Revisão sobre as indústrias extractivas financiado pelo Banco Mundial (RIE) é extremamente crítico das indústrias extractivas: " Não só as indústrias de petróleo e gás e mineiras não ajudaram as populações mais pobres nos países em desenvolvimento mas eles fizeram frequentemente piorar e tornaram as suas situações difíceis. Os países que dependem principalmente das indústrias extractivas tendem a conhecer um nível mais elevado de pobreza, morbidez e mortalidade infantil, guerra civil, corrupção e totalitarismo em relação a aqueles que têm uma economia mais diversificada." A RIE propõe três exigências políticas gerais para o sector mineiro, a saber, a redução da pobreza, a eficiência das políticas sociais e ambientais e o respeito dos direitos humanos. Problemas de governações associadas a para a produção de óleo e gás Sem uma boa governação o sector do petróleo e gás produzem impactos nas pessoas e nos seus ambientes através: • Dos impactos na economia que pode ter efeitos sociais negativos, como a corrupção, o conflito armado e a dependência dos rendimentos do petróleo do gás em detrimento de outros sectores económicos (a "doença holandesa") • Das mudanças climáticas; e • Das operações em terra e no mar. Os problemas ambientais geram frequentemente abusos dos direitos humanos, o que se pode soldar em levantamentos civis. Uma má gestão e governação dos recursos petrolíferos têm, por exemplo, já causado conflitos nacionais e internacionais em Angola, nos Camarões, no Chade, na República Democrática de Congo, na Nigéria, na Serra Leoa e no Sudão. Todos os países ricos em recursos não tiveram sucesso da mesma maneira. A Indonésia e a Nigéria tiveram, há trinta anos, um nível de renda per capita comparável e estes dois países dependeram fortemente dos rendimentos do petróleo. Mas hoje, a renda per capita da Indonésia é quatro vezes mais elevado de que o da Nigéria que experimentou um declínio e passou de 302,75 dólares dos Estados Unidos em 1973 para 254,26 dólares em 2002. Em 2008, os chefes da Nigéria declararam que os numerosos problemas que eles confrontaram no inicio do desenvolvimento do sector petrolífero teria sido evitado se uma governação melhor e mais transparente tivesse sido implementado mais cedo. É tempo para agir A quantidade de petróleo no mundo está limitada mas a procura contínuo a acelerar. Considerando que os estoques diminuem, os preços aumentam e os planos de desenvolvimento de um bom número de países serão seriamente afectados. Em 2008, o impacto de um aumento rápido dos preços do petróleo foi muito evidente quando o preço do barril subiu de um salto para 150 dólares causando perturbações em todas as economias do mundo. Os peritos prevêm que o barril custará entre 150 e 200 dólares nos próximos dez anos. Os preços do petróleo e do gás importado serão para os países em desenvolvimento extremamente elevados, o que também terá algumas consequências nos seus planos de desenvolvimento, a menos que utilizem as suas próprias reservas prudentemente, reduzindo os seus níveis de consumo, enquanto aumentam a eficiência energética e enquanto investem em recursos de energia renovável. Estas decisões terão consequências amplas e consideráveis na forma como a energia de um país é produzida, a saber, quem dela tem acesso e quem dela beneficia. Em consequência, uma tomada de decisão transparente é essencial se pretendermos manter e garantir o apoio do público. As preocupações do UNO sobre a governação O Secretario Geral da ONU esteve muito preocupado com a governação relacionada com as actividades petrolíferas na África Ocidental que designou o Sr. Ahmedou Ould Abdallah como Representante Especial. Ele apresentou algumas dos problemas críticos associados as actividades petrolíferas e do gás em 2004: As Tensões são causadas por uma tendência rápida para que os preços do petróleo se tornem extremamente caros ao nível da região, pelas disputas de limitação das fronteiras marítimas, pela corrupção e pela dependência em relação ao petróleo. Os litígios acontecem a vários níveis: • Entre os Estados na delimitação das fronteiras terrestres e marítimas; • Entre os Governos e as sociedades petrolíferas em relação aos contratos e aos rendimentos; • Entre os Governos e as populações na partilha dos rendimentos; • Entre as sociedades petrolíferas; e • Entre as colectividades locais e os grupos tribais em relação aos direitos. O ONU tenta resolver litígios pela via da " boa governação " e que é, por exemplo: • Apoiando as reformas democráticas nos países produtores a fim de minimizar os riscos de guerras e aumentar a estabilidade nas regiões que produzem o petróleo; • Fornecendo possibilidades de arbitragem e de negociação; • Dividindo as receitas do petróleo, por exemplo a Nigéria que partilha os rendimentos de campo de petrolífero marinho que é objecto de litígio com a Guiné Equatorial. • Encorajando a transparência (ITIE, ver mais abaixo) na hora das negociações conduzidas com o sector do petróleo para ajudar a reduzir as tensões e fazer beneficiar os países em questão; • Encorajando as empresas a publicar os detalhes sobre o que eles pagam (ver www.publishwhatyoupay.org); • Exortando os Governos nacionais e locais a continuar a informar ao público sobre a forma com são utilizados os rendimentos do petróleo; • Recomendando projectos de desenvolvimento que beneficiem a todos. Investimentos nos hidrocarbunetos Recomendações • Investir na protecção dos recursos naturais para as gerações presentes e futuras; • criar uma comissão inter-ministerial para o sector da extracção; • não permitir que os investimentos em petróleo e em gás distorçam a economia (capacidade económica de absorção) ou desestabilizem a população; • compartilhar os lucros sem comprometer a capacidade para administrar e aplicar as leis; • proteger as necessidades energéticas do país em energia antes de permitir que as exportações aconteçam; • obter as autorizações prévias e informar a população local/autóctone e assegurar que ela beneficia; • garantir uma programação / um seguimento ambiental eficiente (EES, EIES); • valorizar o ecossistema e os sistemas sociais de uma maneira adequada nos cálculos dos benefícios e dos riscos; • utilizar as Melhores Tecnologias Disponíveis (MTD) e minimizar as emissões no ar (combustão em chaminés), na água (fluidos de perfuração, água de balastro), e a poluição em terra; • legalizar a iniciativa da transparência internacional (EITI, PWYP); • assegurar o direito do Governo em usar os barcos, os veículos e os aviões das empresas para fazer a efectuar a fiscalização. Forçar as empresas a pagar todas as suas multas; • maximizar os lucros para a economia local: trabalhos, compartilhando dos lucros, etc. ; • assegurar que as empresas possuem um seguro suficiente em matéria de responsabilidade (sem limite no caso de uma falta grave) • insistir para que a empresa repare todos os danos possíveis no término dos projectos; • criar e pré-financiar os protocolos no término dos projectos; e • assegurar que uma percentagem dos rendimentos provenientes dos hidrocarbonetos seja investida em energias renováveis. WWF WAMER Bureau du programme marin pour l’Afrique de l’Ouest 9639, Sacré Cœur III Tél. : +221 338 693 700 / Fax : +221 338 693 702 www.panda.org [email protected] e nos sistemas de energia renovaveis Considerando que os recursos mundiais em petróleo diminuem, os preços aumentarão inevitavelmente e as populações pobres sofrerão muito mais. Se nós não preocuparmo-nos com esta situação, ela poderá provocar problemas sociais, ambientais e políticos muito graves. É por causa disso que a assinatura de contratos deve ser aberta e transparente. Os hidrocarbonetos são recursos limitados, mas quando eles são geridos correctamente, eles podem contribuir para o desenvol-vimento durável. Investir nestes recursos deveria poder gerar melhores rendimentos económicos para o país respectivo e ao mesmo tempo que se protege o ambiente e os direitos humanos. Os projectos de exploração nos domínios do petróleo e gás requerem grandes investimentos de capital, e a maioria dos países em desenvolvimento confiam os seus direitos de exploração as empresas estrangeiras, o que se traduz através de resultados muito mitigados. A diferença entre um bom e um mau contrato pode ser medida em bilhões de Dólares americanos. Diferenças em relação aos objectivos e poder de negociação As empresas internacionais de petróleo que são frequentemente economicamente mais poderosas que os países em desenvolvimento, têm como objectivo, encontrando e explorando as reservas de petróleo a custos mais baixos possíveis. O país anfitrião pode ter como objectivo o crescimento económico, o uso óptimal dos recursos minerais, responder a procura nacional em combustíveis, limitar os efeitos negativos sobre o ambiente, encorajar o emprego directo e indirecto e acumular experiências, conhecimentos e competências Percentagem de lucros das operações com o petróleo arrecadados por alguns governos Países % Camarões 11 México 31 Canadá 35-50 Costa de Marfim 55 Guiné Equatorial 60 Nigéria (águas profundas) 65 Gabão (em terra) 73 Sudão 77 Noruega & Nigéria (em terra) 84 Irão 93 Fonte: US General Accounting Office, mai 2007 Integrar os investimentos do petróleo nos planos nacionais As indústrias extractivas deveriam desenvolverse num contexto do desenvolvimento nacional durável, da redução da pobreza e dos planos ambientais, das leis, convenções e tratados internacionais. Também é importante de criar uma Comissão Nacional para o sector das indústrias extractivas, cujo presidente seria nomeado pelo Presidente ou pelo PrimeiroMinistro para poder tratar da planificação, do EES, etc., a assinatura dos contratos, a transparência e a aplicação das leis… Esta comissão poderá incluir o Ministro do Ambiente que é frequentemente o presidente, os ministros responsáveis pelos sectores de extracção, da agricultura, da pesca, da saúde e o dos negócios estrangeiro. Alguns dos maiores problemas surgem quando a responsabilidade dos projectos petrolíferos, do gás e das minas incumbem a um único ministério. É possível solicitar ajuda estrangeira à quando da assinatura de um contrato Esta ajuda pode vir dos doadores e juristas internacionais que podem prestar assistência as negociações dos governos como também para as equipe de revisão dos contratos. Existem dois exemplos bons: Libéria: uma guerra civil conduzida principalmente por causa dos recursos naturais saqueou a Libéria entre 1989 e 2003. Em 2006, o novo Presidente decidiu renegociar os contratos e engajou os Advogados Seniores Internacionais" (In. International Senior Lawyers Project, ISLP) que oferecem ajudas gratuitas as nações em desenvolvimento que as merecem. Uma equipe de avaliação é designada e compreende os Ministro ou os responsáveis das varias agências que vêm dos diferentes ministérios, e directamente responsáveis perante o Presidente a quem devem prestar contas -, o corpo legislativo nacional e a população, instituições junto dos quais esta equipa deve defender os contratos. Dos 95 contratos examinados, 52 foram aceites, 36 foram anulados e foram recomendados a renegociação de 14, compreendendo entre outros 5 contratos petrolíferos, um contrato mineiro e um contrato de borracha (caoutchouc). Os novos contratos renegociados resultaram em ganhos consideráveis para o Estado e as comunidades locais concernentes. Nigéria: para controlar a corrupção associada ao sector da extracção, a Nigéria aprovou em 2004 uma lei que reconheceu a iniciativa de Transparência no Sector da Extracção (NEITI). Em 2009, o Secretário Executivo desta iniciativa anunciou que durante os primeiros cinco anos da iniciativa, o trabalho de prevenção contra a fraude permitiu economizar uma soma a ordem de 5 bilhões de dólares americanos. A Nigéria recrutou o pessoal de alto nível de Instituições Internacionais. Entretanto, foram implementadas medidas rigorosas contra a poluição e a corrupção e muitas mudanças foram efectuadas, como a criação de uma Agência Nigeriana de Resposta as Marés Negras como também de uma Agencia Nacional de Aplicação de Normas e Regulamentos dentro do Ministério do Ambiente. Contratos Os contratos podem ser divididos em duas categorias elementares a saber: as licenças de concessão e os acordos contratuais. As diferenças vêm das atitudes que variam entre a indemnização, os mecanismos de compartilha das vantagens (inclusive os níveis de comparticipação do governo) e os níveis de controlo conferidos as empresas. No caso das licenças de concessões, o estado é o dono de todos os recursos minerais mas os direitos de extracção dos minerais é conferido em troca de encargos e impostos. ambientais e sociais. Quando o co-empreendimento foi reconhecido como culpado pela infracção das leis, o estado teve que pagar 55% das multas infligidos. respeitadas sem ter que contribuir no pagamento das multas quando a empresa exploradora infringir as leis. Contract problems Contratos de partilha da produção Os conflitos de interesse surgem entre os parceiros públicos e privados sobre uma serie de questões, compreendendo incapacidade de respeitar as normas nacionais e internacionais, as violações dos direitos humanos, as despesas autorizadas, a imposição, as multas, a corrupção e o repatriamento dos benefícios. No quadro de um contrato de partilha da produção (CPP), os recursos minerais e petrolíferos ficam nas mãos do estado que traz uma empresa estrangeira como parte contratante para as operações de exploração. O CPP tem como objectivo principal encorajar os investidores estrangeiros e assegurar uma certa equidade e justiça entre as receitas do estado e os benefícios arrecadados pelas empresas, num quadro de reforço da gestão pública das operações. Para os países produtores, este mecanismo é interessante porque lhes permite compartilhar os lucros sem ter que compartilhar os riscos e pode insistir para que as leis sejam Os procedimentos dos concursos seriam judiciosos para reduzir o nível de corrupção, mas é frequente, na primeira porta aberta para os contratos baseados em supostas amizades. Um modelo típico de CPP, que indica como as receitas podem ser afectadas as partes Rendimento Bruto (por exemplo um barril de petróleo por $100) Empreendimentos $100.00 Receitas do governo Dois ou várias partes formam um coempreendimento («Joint Venture») e acordam em criar um empreendimento novo. Todos os dois participam com fundos próprios e compartilham os lucros, as despesas e o controle da actividade. Um exemplo típico de co-empreendimento é a sociedade Shell de Exploração do Petróleos na Nigéria. Esta sociedade aplica um contrato de coempreendimento com a Sociedade Nacional Nigeriana do Petróleo que detém 55% das partes, Shell 30 %, EPNL 10% e AGIP 5%. Surgiram problemas quando o empreendimento tentou recuperar os custos da exploração na parte correspondente ao seu parceiro público. A substituição das tubagens e das instalações foram retardadas durante vários anos provocando fugas, provocando graves violações Receita da companhia Direitos $10.00 (10%) $90.00 Recuperação de custo (custos de operação (por exemplo depreciação, prostração, etc.) (40%) $36.00 $54.00 Lucro $32.40 (60/40 (passível de imposto) $21.60 Impostos $8.64 $51.04 51% Source: Adopted from Johnston (1994a). (40%) ($8.64) $48.96 49% Um barril de óleo de $100 é seguido ao longo de um contrato de partilha da produção (CPP) com base num modelo desenvolvido por Johnston, 1994. Um encargo de 10% é aplicado. A sociedade recupera até 40% dos rendimentos do custo da operação. O resto do rendimento é partilhado: 60% para o Governo) e 40% para a empresa). A sociedade paga de 40% em impostos e ganha 49% do total do rendimento. PSSAs: Protecção da Eco-região Marinha da África Ocidental contra os impactos do Tráfico marítimo Recomendações • Todos os interessados na protecção dos seus ambientes marinhos e costeiros devem encorajar os seus Governos a proporem projectos de PSSA ao IMO; • os Governos da eco-região Marinha de África Ocidental têm que associar os directores como também as comunidades das zonas costeiras na identificação das zonas candidatas e na elaboração de proposições para a designação e protecção da PSSA a fim de as submeter ao IMO; • nos casos em que dois ou vários países compartilham uma zona sensível e vulnerável, é dever respectivo de unir os seus esforços e de criar e implementar medidas comuns de protecção; • o processo de identificação da PSSA deve ser utilizado nas Avaliações Ambientais Estratégicas para as indústrias de petróleo e gás offshore; • designação de uma zona de exclusão de um raio de pelo menos 500 metros a volta das plataformas para tráfico marítimo exterior; • solicitar ao IMO o reconhecimento das zonas de exclusão a volta das FPSO’s como “Zonas à Evitar” (ATBAs). WWF WAMER Bureau du programme marin pour l’Afrique de l’Ouest 9639, Sacré Cœur III Tél. : +221 338 693 700 / Fax : +221 338 693 702 www.panda.org [email protected] As zonas Marítimas Particularmente Sensíveis (PSSAs) são as zonas que requerem uma protecção especial contra o tráfico marítimo. As zonas marinhas tendo uma importância particular para o turismo, o lazer, os meios tradicionais de subsistência, a ciência ou a educação podem beneficiar de um estatuto de PSSA - que acima de tudo, ajuda a preservar os recursos pesqueiros permitindo uma protecção suplementar as zonas húmidas costeiras, aos estuários, as florestas de mangal como também a outros habitats importantes. Quando estas zonas são ameaçadas pelo tráfico marítimo, é possível adquirirem o estatuto de PSSA beneficiando assim de medidas protecção especiais estabelecidas pela Organização Marítima Internacional (http://www.imo.org/environment/ mainframe.asp?topic_id=1357). corresponde às exigências e condições locais. A PSSA permitem de reduzir os riscos de acidentes, a deterioração do ambiente e parar a poluição internacional regulamentando a passagem dos navios através das zonas concernente ou fora destas. O direito internacional limita os meios de que dispõem os Estados costeiros na aplicação dos seus próprios regulamentos, relativos a navegação e ao ambiente, sobre os navios estrangeiro que atravessam as suas águas territoriais. No limite das suas Zonas Económicas Exclusivas (ZEE), e isto até tem 200 milhas náuticas da costa, os países não impedir o direito de 'passagem inocente' de um navio estrangeiro. É então difícil de proteger as zonas particularmente sensíveis uma vez que as leis internacionais aplicamse em geral a todos os navios, qualquer que seja as sua posição. Científico e educativo: Pesquisa, estudos de controlo e referência, pedagógico, valor histórico. A atribuição do estatuto de PSSA permite aplicar regras específicas numa zona que Identificação das PSSA. Os critérios de identificação de uma PSSA são: Ecológicos: singularidade, dependência, representatividade, diversidade, produtividade, natural, integridade, vulnerabilidade. Social, cultural e económico: Interesse económico, recreação, dependência humana. Só um Governo membro da Organização Marítima Internacional (OMI) poderá submeter um projecto de PSSA. O pedido tem que incluir uma avaliação do nível de vulnerabilidade de uma zona aos danos causados pelas actividades marítimas, definir as medidas propostas para a protecção da zona e explicar o seu funcionamento. Além do mais este carece de uma descrição adicional das condições oceanográficas e ecológicas que tornam esta zona sensível aos impactos do tráfico marítimo. È importante de especificar todas as outras fontes de constrangimento ambiental tais como a pesca ou o desenvolvimento petrolífero e do gás offshore. Graças a OMI, várias medidas estão disponíveis para uma melhor protecção das PSSA’s contra o trânsito do tráfico marítimo. Elas incluem: 3 1 6 Inshore Traffic Zone 4 3 1 6 Zone de Navigation Côtière 5 Rotas de vias duplas nos limites definidos, assegurando uma passagem sem risco para os navios onde a navegação é difícil ou perigosa. Planos de separação do tráfico onde os navios são obrigados a permanecer nos respectivos corredores. 1 3 Zon Insho e d re T e N raff avig ics atio Zon nC e ôtiè re 4 Zonas de tráfico costeiro e rotas em águas profundas para separar o tráfico local do trânsito internacional. Quadro publicado com a amável autorização de Edward Kleverlaan.IMO Caso contrário, é possível impor outras rotas para o tráfico marítimo: Exemplo. • Zonas de emissão controlada de óxidos de enxofre. Medidas para reduzir a poluição do ar. • Rotas recomendadas: Rotas que foram objecto de um exame particular e representam menos perigos possível, e nas quais são recomendadas aos navios de navegarem. • Restrições especiais relativas ao vazamento de líquidos. Pode incluir os lixos petrolíferos, lixos ou águas usadas. • Zonas à evitar: Uma medida de fixação dos itinerários relativos a uma zona com limites definidos e onde a navegação é especialmente perigosa e deve por isso ser evitado por algumas classes de navios, ou por todos os navios. Outros exemplos de medidas aplicados pela IMO são: • Zona proibida a ancoragem: Uma medida de fixação do itinerário cobrindo uma zona com limites definidos onde uma operação de ancoragem representa um perigo ou pode provocar danos inadmissíveis ao ambiente marinho. • Zona de gestão das águas de balastro: A criação de uma zona para a troca das águas de balastro. O objectivo é de evitar que alguns organismos contaminem os ecossistemas locais e provoquem danos irreversíveis. Eco-região da África Ocidental Algumas das rotas de navegação mais frequentadas no mundo passam pela ecoregião Marinha da África Ocidental. Todos os anos, petroleiros transportam aproximadamente 400-500 milhões de toneladas petróleo bruto e produtos refinados através da eco-região Marinha (http://oils.gpa.unep.org/framework/region10-next.htm, http://www.mowca.org/). A densidade deste tráfico marítimo representa um perigo iminente para os ecossistemas chaves da região. Um acidente importante e implicando um petroleiro teria efeitos devastadores a longo prazo e ameaçaria a perenidade dos recursos pesqueiros dos quais dependem a sobrevivência de milhões de pessoas. O sector turístico também seria afectado se uma maré negra atinge-se às praias, os estacões balneares, em particular no Senegal e nas ilhas de Cabo Verde. A criação das PSSA’s nessas regiões reduziria os riscos. A colocação de uma serie de PSSA’s na região poderia igualmente causar o problema da poluição recorrente, causada pelos navios. Podem ser impostas restrições especiais relativas ao vazamento diário do lixo aos navios em trânsito próximo das zonas críticas. Podem ser introduzidas outras medidas especiais para tratar problemas específicos ao nível local. Regras específicas a uma zona para reforçar as medidas de segurança marítima. (Instrumentos da SOLAS) Várias medidas visam a reforçar a segurança do tráfico marítimo, tais como rotas marítimas alternativas, podendo ser implementadas pelos Estados costeiros nas zonas que não tenham sido qualificadas de PSSA mas onde o tráfico marítimo é especialmente perigoso. Por causa dos perigos que representam as plataformas petrolíferas para o tráfico marítimo particularmente as que se encontram localizadas nas rotas de navegação - é possível que os governos os façam reconhecer como Zonas à Evitar (ATBA "Áreas a ser Evitado") ou Zonas Preventivas no quadro da Convenção Internacional para a Segurança da Navegação (SOLAS). Um tal reconhecimento internacional das zonas de segurança já foi aprovado para várias instalações de gás e petróleo offshore tal como a FPSO (Unidade flutuante de produção, armazenamento e descarga) nos Grandes Bancos de Newfoundland. Rotas marítimas e posicionamentos observados Figura publicado com a amável autorização do Programa de gestão das águas de balastro. Áreas protegidas na eco-região Marinha da África Ocidental. Avaliações ambientais estratégicas Recomendações • Um instrumento de desenvolvimento durável; • ajuda a maximizar os benefícios e o e os beneficiários; • garante a coerência, a consistência e a coordenação; • a base de transparência, da participação e do diálogo com os actores envolvidos; • garante do envolvimento de todos os actores na tomada das decisões finais; • fornecedor de um mecanismo de prevenção de conflitos e de sua resolução. As Avaliações Ambientais Estratégicas (EES) - o que é e porque nós temos necessidade disso? Os EES são os instrumentos de avaliação usados principalmente pelos Governos (nacional, regional e local) que permitem tomar decisões ao mais alto nível para encorajar o desenvolvimento durável. Eles garantem que uma actividade ou um conjunto de actividades não prejudicam as actividades mais duráveis. Os EES foram adoptados formalmente na altura da conferência dos Estados membros das Convenções de Abidjan e Nairobi. Os Ministros decidiriam pôr na prática esta acção por causa da descoberta do petróleo e do gás em numerosos países. O desenvolvimento das actividades petrolíferas num país pode também ter um impacto em um ou vários outros países. Muitos pescadores de África ocidentais já são vítimas dos danos causados por mais de 6000 derramamentos de petróleo, os quais afectaram sobretudo o mangal do delta do Níger, que é um das zonas principais de reprodução de peixe de África Ocidental. WWF WAMER Bureau du programme marin pour l’Afrique de l’Ouest 9639, Sacré Cœur III Tél. : +221 338 693 700 / Fax : +221 338 693 702 www.panda.org [email protected] O EES ajudam os decisores políticos a articular a sua planificação, isto é a passar do nível mais alto para os sectoriais, por exemplo, pelo facto de permitir avaliar simplesmente as actividades ligadas ao petróleo, ao gás, as actividades mineiras, a pesca, o turismo, etc. e individualmente para implementar uma metodologia mais abrangente, holística e participativa em sectores múltiplos - por exemplo identificar a forma como as actividades relativas ao petróleo, ao turismo costeiro, à agricultura e à pesca têm em conjunto impactos sobre os ecossistemas marinhos. Esta metodologia trata nomeadamente os impactos cumulativos que existem para os habitantes e o ambiente. Um EES é realizado mais cedo nos processos de tomada de decisão que as avaliações de impacto ambiental e social (EIES) ao nível de um projecto e então, é considerado como um instrumento chave que permite encorajar o desenvolvimento durável. Um EES permite uma participação pública muito exaustiva na tomada de decisão governamental e em vários sectores de desenvolvimento. Um EES fixa também as normas do EIES e o SGE (sistemas de gestão ambiental) que lhe precedem. Um EES avaliará os riscos de poluição das marés a uma escala nacional, regional e internacional como também outras actividades petrolíferas, inclusive o trânsito de navios petroleiros, como também a poluição ao longo das costas, e os impactos cumulativos de projectos existentes, a fim de prever como os projectos novos podem “ajustar-se" aos projectos existentes. Vantagens das EES Um EES regional fornece uma visão de alto nível, o que permite acelerar e tornar mais eficiente e menos custoso o EIES ulteriores que serão efectuados ao nível do projecto. São os Governos que realizam as EES a fim de apoiar o processo decisional e participativo, que é melhor coordenado por um comité de interministerial. A EES também deveria ser feita à escala dos distritos provinciais se várias actividades de extracção são previstas na mesma região. A EES identifica os grupos de actores principais. A EES inicia um processo de diálogo e de aprendizagem para que os actores possam tomar em conta, juntos, os seus interesses comuns e as suas preocupações como grupo mas não de maneira fragmentada e separada dentro dos diferentes grupos de interesse. No seio da WAMER, por exemplo, centenas de milhares de pescadores tradicionais como também as sociedades comerciais de pesca, e um mercado turístico em plena expansão, dependem todos, dos recursos marinhos e costeiros. Ele ajuda também a estabelecer consensos sobre as questões mais pertinentes, como proteger as zonas de reprodução de peixes como também as zonas principais de pesca e as zonas chaves como o Mangal e os campos submersos. a) As políticas, a legislação e outras acções que orientam as regulamentações; b) Os planos e as estratégias, inclusive os planos regionais, os planos de base e os planos sectoriais (por exemplo: os códigos novos ou revistos para as águas nacionais, as actividades mineiras ou os hidrocarboneto, uma estratégia em matéria da redução de pobreza, etc.); e c) Os programas, ou um serie de programas coordenados ao invés de projectos específicos e individuais, em parte porque os projectos específicos são identificados quando a EES é terminada. Se são propostos inúmeros projectos, por exemplo relativos as actividades mineiras, petróleo ou gás, para uma região, a EES examina a região como um todo, aproveitando-se das lições tiradas de projectos similares que já existem na região, como dos impactos cumulativos. 2. Uma EES é programada o mais sedo que possível, de preferência assim que é decidido de elaborar uma política, um plano, um programa e muito antes que os projectos individuais sejam identificados. A EES começa assim que se iniciam os trabalhos num dado sector. Definição de uma EES 1. A EES é um processo proactivo, participativo, formal e sistemático. Este processo é flexível e adaptado aos objectivos. Todas as EES resultam num documento, o que não representa uma formalidade ocasional ou pontual. As EES concentram-se em três categorias principais de actividades, a saber: Politicas Planos EES Programas EIES Projectos 3. A EES é concebida para identificar, prever, relatar, prevenir, compensar ou noutros casos para atenuar as consequências ao nível social, ambiental ou na saúde, das políticas, dos planos ou dos programas que são avaliados. A EES melhora as vantagens das políticas, de um plano ou de um programa. A EES é particularmente eficaz quando se trata de prevenir dos erros onerosos que podem causar danos enormes. 4. A EES é uma ferramenta de decisão concebido para favorecer os melhores projectos, retardar os projectos para os remeter em questão e ajudar a eliminar os piores projectos de um programa. A EES ajuda os decisores a fazer a sua escolha entre diferentes opções. A EES’s eficientes classificam as diferentes opções de um sector em uma ou várias categorias, segundo as suas qualidades, por exemplo em mais ou menos duráveis, tendo impactos sociais mais ou menos negativos / positivos. Assim, A EES pode reduzir a necessidade de EIES ao nível de um projecto do tipo "analisa de alternativas." 5. A EES é inteiramente transparente e participativo, como foi por exemplo prescrito pela Convenção de Aarhus das Nações Unidas. O objectivo é de alcançar um consenso com base em informações prévias (CIP). 6. A EES incorpora então progressivamente um EIES convencional de projectos individuais. O EIES para o nível do projecto é reactive porque selecciona um projecto proposto para de seguida avaliar os impactos ambientais. O EIES que precede a EES será mais rápido e menos custoso porque só os melhores projectos terão sido aceites e a análise das alternativas não seria obrigatoriamente necessária. Numerosas EES’s foram efectuadas com bons exemplos no Gana (Guia de avaliação Ambiental Estratégico www.cea.lk/pdf/SEA Guideline.pdf), na Mauritânia, na Serra Leoa, no Reino Unido, na Noruega e na América Norte, por exemplo no Canada. Diferenças entre O EIES e a l’EES EIES EES Frequentemente reage a uma proposição em matéria de desenvolvimento Pode ser proactivo e permitir orientar as proposições em matéria de desenvolvimento Aborda um projecto específico Examinar as zonas, as regiões ou os sectores de desenvolvimento Concentra-se nos impactos específicos do projecto Permite a criação de um quadro na qual é possível medir os impactos e as vantagens Tem um inicio e um fim bem definido e guia uma decisão particular em matéria de desenvolvimento Pode ser concebido para garantir que as boas informações estejam disponíveis para orientar as decisões a serem tomadas num certo período de tempo A tendência é de avaliar principalmente os impactos e as vantagens directas de um desenvolvimento proposto Permite avaliar os impactos cumulativos e identificar as implicações e as questões para o desenvolvimento durável Concentra-se na atenuação dos impactos Permite concentrar, alcançar e manter um nível desejado de qualidade ambiental Põe em evidência a declaração dos impactos num documento utilizado para a tomada de decisão É considerado mais um "processo"do que um “produto” porque a atenção é muito menos concentrada na redacção de um relatório DEAT (2007), Strategic Environmental Assessment Guideline, Integrated Environmental Guidelines Series 4 ISBN: 978-0-9802694-0-6. See also OECD Guidelines (http://www.oecd.org/dataoecd/4/21/37353858.pdf.) Recomendações • O Governo deve solicitar a criação de um CCC de forma que o projecto possa respeitar as exigências legais; • o CCC deve existir durante todo o período de duração do projecto ou projectos; Comités consultivos dos cidadãos com o objectivo de assegurar a fiscalização do sector da extracção Introdução • um financiamento suficiente e adequado é um elemento essencial; • com garantias adequadas, um grupo de cidadãos pode ser independente mesmo quando beneficiar de financiamentos provenientes do sector. O financiamento não deve ser subordinado a nenhuma condição; • o CCC deve representar todos os grupos de actores envolvidos e que podem ser afectados pelo projecto; • os membros do conselho de administração devem ser nomeados e exercer os seus respectivos mandatos somente com o consentimento dos grupos de actores envolvidos. Eles não devem ser controlados pelo sector ou pelo Governo; • os membros do conselho de administração não precisam de ser obrigatoriamente peritos e especialistas; • a cooperação funciona melhor que a confrontação; Em muitos países em desenvolvimento, os projectos de extracção de grande envergadura, não são objectos de uma fiscalização eficaz por parte do Governo ou dos cidadãos. Considerando que as empresas mineiras têm recursos financeiros, técnicos e políticos consideráveis e através dos quais podem fazer partilhar os seus interesses comerciais, com a maioria dos Governos em desenvolvimento e também com a sociedade civil, mas em geral, este não é o caso. Na ausência de uma fiscalização eficiente, as empresas reduzem o nível das normas sociais e ambientais a fim de baixar os seus custos e maximizar, a curto prazo, os seus benefícios financeiros, penalizando e explorando assim de uma maneira injusta as populações locais, o ambiente e os Governos. • a lógica permite desenvolver a paixão de persuadir, utilizando argumentos científicos, etc; • uma missão e uma identidade clara devem ser estabelecidas desde o inicio. WWF WAMER Bureau du programme marin pour l’Afrique de l’Ouest 9639, Sacré Cœur III Tél. : +221 338 693 700 / Fax : +221 338 693 702 www.panda.org [email protected] Estrutura e função de um CCC Um CCC deve ser estruturado de forma a dar uma voz directa aos cidadãos locais dentro das sociedades ou do Governo, quando se trata de tomar decisões que os tocam e que têm uma influência sobre as suas respectivas comunidades. O grupo deve tornar-se "os olhos, as orelhas e a voz" da população local nas questões relacionadas com o sector. O conselho de administração: • o conflito é inerente mas uma base comum é possível; • concordar na forma de estar em desacordo reduz o conflito; Transparência do Sector Extractivo (ITSE), como também, através de outras iniciativas semelhantes. A fim de corrigir este problema, os cidadãos locais têm que participar na fiscalização das operações do sector que tem influência nas suas vidas. Assim, os Governos devem solicitar a criação dos Comités Consultivos dos Cidadãos (CCC) o que permite fornecer ao público uma fiscalização competente nos domínios do sector extractivo. Estes comités são financiados quer pelos lucros do Governo, como directamente, pelo sector. Enquanto os Governos ou as indústrias não são obrigados a criar os CCC’s, podem beneficiar do apoio ao processo transparência requerido pela iniciativa de Um CCC deve ser dirigido por um conselho de administração (constituído na base do voluntariado ou remunerado) que compreende os membros que representam as comunidades locais e as grandes aglomerações de cidadãos que podem ser afectados pelo projecto. Membros do conselho de administração podem, por exemplo, representar a população nativa, a pesca comercial, a aquacultura, a conservação, o lazer, o turismo, as comunidades locais, os grupos tribais, etc. São os respectivos administrados que escolheriam os membros do conselho de administração e que assegurariam os seus respectivos mandatos, com o acordo destes últimos. Os membros não devem ser escolhidos pelo sector ou pelo Governo. Um CCC também pode ter vários membros de direito, sem direito a voto dentro do conselho de administração e que representam as respectivas Agências Governamentais. O Conselho de Administração deve reunir-se regularmente e em cada reunião, os representantes do sector e do Governo devem fazer um relatório das suas operações e auscultar as preocupações dos cidadãos. Esta troca regular é uma forma de comunicar o que é crucial para os interesses de cada mandatado e permite resolver os problemas num ambiente construtivo. O Conselho de Administração assume a responsabilidade do recrutamento do pessoal, do estabelecimento das recomendações políticas e das dotações do orçamento anual. O pessoal: As actividades diárias do CCC são assumidas por um pessoal remunerado. No pessoal, de acordo com as decisões do Conselho, pode ser incluído um Director Executivo, os Directores Adjuntos, um Director de Informação junto ao público, uma pessoa responsável da ligação com as comunidades locais, um Director Financeiro, os Directores de Projectos e uma pessoa encarregada do apoio administrativo. As comissões: A maior parte dos trabalhos de um CCC pode ser desenvolvida através de comissões técnicas, cada uma delas tendo um encarregado específico de ligação com o pessoal. Caberá ao Conselho de Administração criar e nomear estas comissões com base na experiência, na competência, no interesse e na vontade de cumprir o seu mandato. As comissões recomendam algumas acções ao conselho de administração e implementam a pesquisa aprovada e financiada pelo conselho de administração. população, as médias, as agências governamentais, os órgãos legislativos e o sector. Esta pesquisa implementadas em colaboração com o Governo e a indústria encorajam o desenvolvimento de um maior espírito cooperativo entre estes grupos, minimizando ao mesmo tempo, o conflito e a discordância. O Financiamento: As responsabilidades: A missão global de um CCC é permitir aos cidadãos de assegurar um maior respeito pelas normas em matéria de responsabilidade ambiental e social dos projectos industriais. O CCC deverá estar habilitado a oferecer o serviço de fiscalização em todos os aspectos da evolução do sector extractivo na região, permitindo a exploração, a extracção, o transporte, o refinamento, a colecta das receitas públicas, a gestão dos riscos como também a conformidade em relação as normas ambientais. O CCC deve oferecer o serviço de fiscalização, de aconselhamento e de advocacia em questões como: o lugar no qual seria adequado permitir a realização da exploração, as taxas da extracção da reserva, as normas em relação a Melhor Tecnologia Disponível (MTD), a prevenção de acidentes e a preparação da intervenção, a responsabilidade em matéria de direito, o controle ambiental, as reformas regulamentares, as receitas e os impostos, etc. Por indicação do seu conselho de administração ou das suas comissões, o CCC deve solicitar a realização de estudos científicos independentes e de relatórios sobre as questões pertinentes para a Um financiamento de grande envergadura e estável é um elemento crucial para um tal grupo. O orçamento deverá corresponder às responsabilidades do CCC. O conceito do próprio CCC diferencia-se de outras estruturas consultivas porque dispõe de financiamentos suficientes para realizar o seu trabalho. Normalmente, aproximadamente 1/3 do orçamento anual é reservado ao pessoal, 1/3 para a administração, a saber o aluguer do escritório, o material de escritório, o equipamento, as avaliações, etc. e 1/3 para a pesquisa e os contratos. Existem diferentes possibilidades potenciais de apoio financeiro incluindo: um financiamento directo da parte do sector extractivo (com garantias suficientes contra a influência e o controle do sector). Fazendo face a falta de apoio directo das empresas extractivas, as Instituições Financeiras Internacionais (IFI) podem solicitar as empresas beneficiárias dos seus empréstimos, de criar e financiar a participação independente e credível da população como condição para estes empréstimos. A curto prazo, pode ser concedido um apoio provisório ao lançamento, através de organizações filantrópicas e Organizações Não Governamentais (NGO). Evitar a corrupção e a assimilação: Para evitar a corrupção financeira, um CCC deverá solicitar que auditorias anuais sejam realizadas por empresas independentes e elaborar relatórios dos resultados que serão publicados nos relatórios anuais, aos quais a população tem acesso. Políticas claras relativo ao conflito de interesse e de divulgação em relação aos directores e ao pessoal devem ser estabelecidas. Para limitar o risco de assimilação do sector, os membros do CCC devem ser responsabilizados em relação aos seus pares e perante as partes e respeitar altos níveis de transparência e isenção. Finalmente, são os grupos de cidadãos representados dentro do CCC que controlam o processo e não o Governo ou o Sector. Conclusão Por causa das vantagens óbvias, os quais podem beneficiar a governação democrática e o desenvolvimento durável, recomenda-se que os Governos solicitem a criação dos Comités Consultivos dos Cidadãos. Tais comités permitem estabelecer um nível incomparável de transparência e de envolvimento de uma população bem informada e esclarecida em matéria de actividades industriais, o que é uma condição prévia muito importante para conseguir construir uma sociedade próspera, solidária, justa e durável. Prevenção contra o derramamento do petróleo e contra-medidas Recomendações • Efectuar de forma abrangente avaliações de risco, e de vulnerabilidades; Para os governos, é importante identificar os principais riscos causados pelas marés negras, para os minimizar o mais possível e de se preparar suficientemente. • exigir que operadores tenham seguros com cobertura suficientes, e compensatórios em caso de limpezas provocadas por derrames; • ratificar tratados internacionais e convenções relevantes; • insistir nos mais elevados padrões de segurança para todas as operações, nomeadamente a perfuração, o armazenamento, a transferência, e o transporte; • garantir que Estudos Estratégicos Ambientais (SEA), e Estudos de Impacto Social e Ambiental (ESIA) sejam efectivamente independentes; • estabelecer um Fundo Nacional para derrame de óleos; • garantir que operadores e equipas de resposta estejam adequadamente equipadas e capacitadas. WWF WAMER Bureau du programme marin pour l’Afrique de l’Ouest 9639, Sacré Cœur III Tél. : +221 338 693 700 / Fax : +221 338 693 702 www.panda.org [email protected] Avaliação dos riscos do derramamento de petróleo A História nos mostra claramente que é difícil de restabelecer os ecossistemas e a economia após a maré negra. Os Governos devem estar preparados a implementar contra-medidas para as marés negras, a sua grande responsabilidade nesta matéria é no entanto, de prevenir-se de um tal acontecimento, o mais que possível. As medidas de atenuação e redução dos riscos poderão incluir os elementos seguintes para o tráfico marítimo: • Sistemas de administração e vigilância do tráfico de navios; • Restrições de entrada e saída dos portos, carregar e descarregar por causa das intempéries; • Equipamentos adicional de apoio a navegação, por exemplo as bóias, os faróis, os marcadores de canal, etc.; Em matéria de prevenção é importante identificar as zonas de risco. Uma avaliação dos riscos da maré negra deveria identificar todas as causas, as fontes, os tamanhos e todos os lugares e tipos de substâncias potencialmente perigosas que poderiam ser vertidas, como também as características e potenciais trajectórias. • Normas de verificação dos navios, a saber o casco duplo, as condutas com sistemas recorrentes de segurança e os sistemas de motor, propulsores de proa, etc. ; Esta análise permita saber onde existe o risco de uma maré negra de grande envergadura e onde a acção de prevenção do Governo deveria ser concentrada. • Barcaças de salvação e/ou de escolta prontos a intervir durante o trânsito de navios cisterna; Por outro lado, a avaliação de riscos deve incluir uma análise detalhada de todos os ambientes, espécies e grupos das pessoas que podem correm um risco qualquer, face as marés negras de grande envergadura. • Exigências mais rígidas em matéria de pilotagem nas rotas marítimas perigosa (com marinheiros locais na ponte); • Protocolos mais rígidos de inspecção enquanto os navios cisternas se encontram atracados no porto; • Colocar barreiras contra o derrame em redor dos navios cisterna durante o carregamento e o descarregamento. Outros protocolos semelhantes relativos a redução dos riscos de derrame deveriam ser implementados para as outras fontes potenciais de derrame e compreendendo os terminais, os oleodutos, as plataformas, o FPSO, etc. Estes protocolos consistem em verificações feitas por engenheiros independentes e mandatados pelo Governo para todas as instalações petrolíferas, em inspecções regulares e a manutenção de todas as instalações como também a exigência da Melhor Tecnologia Disponível (MTD) para todas as instalações petrolíferas. Reposta a maré negra / Plano de emergência Além se atenuar e reduzir o mais possível os riscos de maré negra os Governos têm que se preparar também correctamente para uma ampla maré negra. Eles devem criar um plano de emergência nacional relativo a maré negra e exigir que todas as instalações petrolíferas e os armadores façam aprovar os próprios planos de emergência relativo a derramamento do petróleo pelo Governo. Os planos de emergências deveriam consistir num plano detalhado em matéria de maré negra e tomar em conta um máximo derrame provável. Estes planos deveriam ser estruturados em base de um sistema a três níveis que dependem do tamanho da maré: • Nível I - resposta unicamente com os meios locais; • Nível II - requer capacidades adicionais de organizações que se encontram no país; e • Nível III - requer a ajuda de consórcios internacionais de resposta as marés negras. Os planos de emergência relativo as marés negras devem conter os elementos os seguintes: 1. Estancar a fonte da maré a fim de parar o fluxo de petróleo, 2. Normas de planificação das acções de reposta: exigência para os operadores para poderem recuperar 300.000 barris de óleo da superfície do mar em 72 horas, incluindo todo o equipamento e pessoal prontos a intervir para realizar uma tal tarefa (como é o caso no Alasca). 3. Organização das acções de resposta: coordenadas do pessoal que implementará as acções contra à maré, o sistema de comando para o incidente, como estas pessoas serão contactadas, a formação deles e as autoridades financeiras contratantes. 4. Fundo nacional da maré negra: todos os governos deveriam estabelecer um fundo nacional para financiar a prevenção e os esforços de combate ao derramamento do petróleo, e que talvez, pode ser efectuado na base de um imposto com valor nominal de 0,05 dólar americano por barril e sobre todo o petróleo produzido, importado ou transportado através das suas fronteiras. Este fundo estaria disponível para todos os esforços desenvolvidos pelos Governos em matéria de prevenção da maré negra e do seu combate, inclusive nas acções de emergência e/ou urgência. 5. Estancar a maré: suficientes barragens do petróleo, de absorventes, de equipamento de armazenamento para o petróleo recuperado (barcaças, diafragmas, etc.) devem estar pronto a intervir. 6. Protocolos dos dispersantes: o plano que indica onde, como e em que condições as substâncias químicas dispersantes e/ou coaguladoras são aprovadas para o uso no combate da maré negra. O uso dos dispersantes deve ser aprovado só para as zonas offshore onde a profundidade de água é superior a 100m, onde a mistura petróleo / dispersante não entrará em contacto com um ambiente sensível como fundos marinhos, o ambiente costeiro, o mangal, os recifes de corais e quando os ventos têm uma velocidade da ordem de 10 para 20 nós e com alturas de onda de 0,5 a 1m. 7. Protocolos para a queima: o plano que indica o lugar e as condições nas quais o a queima de uma óleo é aprovada. 8. Limpeza das costas: um plano que permite recuperar o óleo que chega as costas, e compreende: • Tecnologias de limpeza a usar: limpeza com água a alta pressão e/ou com água quente onde e quando se revela vantajoso e bio-despoluição (colocação de adubo e ou de bactérias para apressar a "deterioração natural"); • Os absorventes e reservatórios nos quais o petróleo recuperado será transferido e armazenado; • Os materiais a utilizar; e • O pessoal próximo e para qualquer tipo de limpeza e como este pessoal será hospedado / acompanhado. Seria necessário incluir um plano que permite também usar, formar e assegurar a protecção dos voluntários no momento de uma limpeza da costa. 9. Eliminação do lixo: identificar os lugares e as metodologias que permitem eliminar o petróleo e materiais sujos recuperados, inclusive o reprocessamento do petróleo recuperado em produto útil, a saber o revestimento, a refinação, etc. 10. Combate pela fauna e flora: um plano para cuidar de fauna e flora dentro e ao redor da zona afectada por uma maré, incluindo: • comment et quand tenter de récupérer la faune souillée et ce, sans effrayer les autres animaux qui n’ont pas été souillés mais pourraient se retrouver dans la zone touchée par la marée ; • Como e quando tentar recuperar a fauna suja e isso, sem amedrontar os outros animais que não estiverem sujos mas que poderiam encontrar-se na zona afectada pela maré; • Esforçar por manter a fauna que não esteve suja a distancia das rotas tomadas pela maré; • Os protocolos de desinfecção para evitar toda a transmissão de doença em instalações de armazenamento, e • Os protocolos de liberação, nos jardins zoológicos, ou na natureza, etc. 11. Exercícios de alerta para as marés: os Governos devem exigir da parte de todos os operadores de responder aos exercícios de alerta contra as marés, que eles sejam anunciados ou não, incluindo os exercícios teóricos e os exercícios de mobilização completa no qual o equipamento e o pessoal são deslocados e isso, como se trata-se de uma maré real. 12. Avaliação dos danos: um plano que faz uma avaliação completa ao nível ambiental, social e económico dos danos causados por uma maré, identificando as agências que participarão no combate, os estudos e a colecta de dados a efectuar, assim como a colecta e tratamento da informação relativa ao impacto económico sobres os empreendimentos, a saber no sector da pesca, do turismo, etc. para apoiar os pedidos de indemnização a enviar ao que causou esta maré, sua seguradora ou para os organismos internacionais de indemnização no caso de derramamento petróleo, a saber o FIPOL. 13. Restauração: neste plano, as diferentes medidas de restauração ambiental são utilizadas (a) de forma que toda a população afectada pela maré seja reposta nas condições precedendo a maré; (b) para restabelecer ou encontrar uma substituição aos recursos afectados; ou (c) achar um outro acordo ambiental positivo para enfrenta os danos sofridos. 14. Regulamentos de revisão: os Governos deveriam rever e melhorar seus estatutos e regulamentos de prevenção e de combate contra a maré negra, e em particular as suas normas de responsabilidade face a uma maré negra para assegurar que eles correspondem às normas internacionais mais rígidas.