Livro Comemorativo 65 anos do CJ

Transcrição

Livro Comemorativo 65 anos do CJ
Reprodução da capa da revista de maio de 1957
CRÉDITOS
2
Agradecimentos Especiais
Pesquisa, Texto e Edição
Mônica Tozetto de Barros Leite
Fotografia
Arquivo
Cléber de Almeida
Coordenação Editorial
Laser Press Comunicação Integrada
Revisão
Prof. Gilmara Berverte Magro
· Jeanine de Almeida Leite
Coordenação Executiva
Esdras Eduardo Franco Rosa
Capa
Vinícius Checchinato
· Antônio Carlos de Castro Siqueira
Design
Eliézer Jeronimo
Preparação
André Luiz de Barros Leite
· Clarisvaldo de Favre
· Armando Scavacini
· Gláucia Langela
· Cássio Jugurtha Fraga
· Cilá e João Gazola
· Esdras Eduardo Franco Rosa
Impressão: Indústria Gráfica Itu Ltda - 11 4813-8696 - [email protected]
Produção: Laser Press Comunicação integrada - 11 4587-6599 - [email protected]
Copyright © 2009 Clube Jundiaiense – reservados todos os direitos desta obra. Proibida toda e qualquer reprodução desta edição por qualquer meio
ou forma, sejam eles eletrônicos ou mecânicos, fotocópia, gravação ou qualquer meio de reprodução, sem permissão expressa do editor.
3
SUMÁRIO
4
Carta do Presidente
06
Um grande começo
08
O sonho da Sede Própria
10
Começa a despontar o Azul e Branco
12
Tênis, a grande estrela
14
Destaque: do Clube para Wimbledon
18
Glamour: marca registrada das festas do Clube
20
Baile da Raqueta
22
Baile de Debutantes
24
Baile do Havaí
26
Baile de Aniversário
28
Outras Festas
30
Carnaval
32
Sede de Campo, um sonho antigo
40
Vanguarda
50
Futebol, paixão Azul e Branca
52
Outros Esportes
55
Um levantamento do trabalho social do Clube
59
Uma história recheada de cultura
60
O espaço das crianças
66
Comunicação: em sintonia com o associado
68
O Clube hoje
70
O Clube em números
84
Diretoria Executiva
85
Conselho de Administração
86
Presidentes do Clube Jundiaiense
87
Patrocinadores
88
5
CARTA DO
PRESIDENTE
6
U
ma sociedade imbuída de
um espírito repleto de solidariedade, amizade e companheirismo, um grupo onde a ideia do impossível estava sempre presente – e
sempre com o objetivo de ser alcançada. Todos estavam unidos para fazer do Clube o melhor lugar. Como
dizia o velho Juranda (Jurandyr de
Souza Lima), primeiro presidente do
Azul e Branco: “Nós tomávamos
conta da cidade”.
O Clube Jundiaiense sempre foi
uma grande família. Para tanto, seus
presidentes e diretores prestigiavam
todos os frequentadores: filantropia, brincadeiras dançantes, bailes,
jogos, carteados, esportes. Enfim,
havia diversão para todos os gostos.
No Clube, as pessoas se conheciam,
namoravam e casavam. Crianças e
jovens tinham seu espaço. Havia
tempo para diversão. Os grandes
carnavais e bailes memoráveis ficaram na memória, como o da Raqueta e os carnavalescos. Sem contar os
inesquecíveis Bailes de Debutantes
e, mais recentemente, o Baile do
Havaí.
No Clube, os amigos se encontravam para colocar a conversa em dia.
E, também, para planejar um futuro ainda melhor e maior para o Azul
e Branco. Grandes personalidades
faziam do lugar sua segunda casa.
E é com orgulho, com uma ponta de vaidade até, que o Azul e Branco lança este livro contando um pouco da história dos seus 65 anos. Para
mostrar que a família cresceu – e
muito – mas continua pensando na
globalidade. Continua em sintonia
com as mudanças da época. Um Clube sempre jovem, mas com uma
alma que mantém o vigor de seus
antepassados.
Arcides Grossi
7
UM GRANDE
COMEÇO
8
E
ra 1898, início da história
tadores divertimento, distração e ins-
jor Francisco de Paula Penteado como
do Brasil República. A vida
trução. Eram esses os objetivos. Pos-
presidente e Bianor Mendes Pereira e
política, econômica e sociocultural do
suía biblioteca, organizava saraus
Manoel Garcia como secretários. Na
país passava por grandes transforma-
dançantes, festas de Carnaval e ofe-
posse definitiva, Penteado continuou
ções. E política era o assunto preferi-
recia jogos, como voltarete (jogo de
na presidência. Arnulpho Alves No-
do dos intelectuais. Em Jundiaí, os re-
cartas muito citado nos livros de Ma-
gueira foi eleito vice; Manoel Garcia,
presentantes desse grupo sentiam fal-
chado de Assis), bilhar, dominó e xa-
primeiro-secretário, José Adrião
ta de um local para se reunirem e dis-
drez. Os acontecimentos políticos
Cassanho Júnior, segundo-secretári-
cutirem os acontecimentos. Foi então
também eram temas das conversas
os; Bianor Mendes Pereira, tesourei-
que surgiu, no dia 16 de janeiro, o
dos homens que se reuniam e, entre
ro e Maurílio Moraes Pereira e Alberto
“Club União”. Reunidos na Rua Fran-
uma leitura e um jogo, discutiam os
da Costa Pereira, procuradores.
cisco Glycério, 20 – hoje Rua do Rosá-
rumos e acontecimentos do País. As
Entre os fatos curiosos da época,
rio – cerca de 60 cidadãos jundiaienses
mulheres frequentavam o local ape-
encontra-se um registro em ata feito
fundaram um espaço recreativo e li-
nas em dias de festa.
na posse da segunda diretoria defini-
terário. Para dar início ao projeto, foi
Para ser sócio do “Cassino
tiva: “declarando o fim da reunião, o
preciso um empréstimo de 1:220$000
Jundiahyano”, que mais tarde tornou-
presidente convidou os membros da
réis, a fim de pagar as primeiras des-
se “Cassino Jundiaiense”, não basta-
diretoria eleita para o corrente ano a
pesas.
va dinheiro. Era preciso tradição, ava-
tomarem posse, o que foi feito, como
O nome “Club União”, sugerido
liada através de uma Comissão de
em toda a solenidade, ao som da
por Arnulpho Nogueira, é substituí-
Sindicância, que examinaria os pedi-
Marselheza”.
do na semana seguinte, por indicação
dos de adesão de novos sócios. De
As questões políticas eram cons-
de Eloy Chaves, um dos sócios fun-
acordo com o Diário Oficial de 1925,
tantes. Segundo relatos de Fernando
dadores, por “Cassino Jundiahyano”.
o local seria comandado por uma di-
Saraiva, Eloy Chaves e Boaventura
O motivo, segundo ele, era “não só por
retoria formada por um presidente,
Mendes Pereira, que eram vinculados
este último nome ser mais expressi-
seu vice, dois secretários e um tesou-
ao PRP – Partido Republicano
vo”, mas também porque “uma chufa
reiro. Contava também com duas co-
Paulista, o Cassino era sede de uma
de mau gosto” havia sido divulgada no
missões: a de sindicância e a de con-
das facções locais, sob direção do co-
jornal “Município de Jundiahy”. Ele
tas. As eleições eram realizadas todo
ronel Joaquim de Siqueira Moraes. A
se referia à piada acerca da leitura das
ano, por via direta e secreta. Votavam
outra facção tinha o comando do co-
primeiras letras de cada palavra, jun-
apenas os sócios que estivessem qui-
ronel Antônio Joaquim Pereira Gui-
tas.
tes com as mensalidades.
marães, conhecido popularmente
O “Cassino”, desde quando foi cri-
Para a primeira diretoria do Cassi-
ado, proporcionava aos frequen-
no, em 1898, foram escolhidos o ma-
como “Gordo”, com quartel-general
no Clube Internacional.
9
Osedesonho
da
própria
O SONHO DA
SEDE PRÓPRIA
E
o
m 1923, na gestão de Olavo
Queiroz e Antenor Soares
Gandra, o saldo em caixa era de
11:076$900. Essa quantia, por aprovação unânime, deveria ser usada
apenas para aquisição de um prédio
próprio no futuro, pois a entidade
sempre ocupara imóveis alugados.
Esse futuro nunca chegou. No dia 23
de dezembro de 1926, era feita uma
assembleia para esclarecimento das
negociações com Luiz Milani e irmãos
sobre a compra do imóvel onde o Cassino estava instalado (Rua do Rosário, 20). O pagamento seria feito mediante 20 contos à vista e mais 40 a
prazo, em três anos, com juros de
oito por cento ao ano. Mas, numa
reunião realizada em 9 de janeiro de
1931, os sócios decidem, devido à
difícil situação financeira do
clube, renunciar
às quantias já pagas aos Irmãos
Milani e refazer o
contrato de locação. O Cassino jamais conseguiu realizar o sonho da sede
própria.
O Estatuto sofre
uma reforma em 1930. A
grande mudança é a criação do conselho diretor,
formado por nove sócios
que passam a comandar o
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clube. Desse grupo, três memC
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são eleitos.
dente, Antenor Soares Gandra.
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Manoel Castilho era o tesoureiro
10
e Jurandyr de Souza Lima, secretário.
Mas no ano seguinte volta a vigorar o
antigo estatuto e são eleitos Francisco Pereira de Castro como presidente
e Osmundo dos Santos Pellegrini
como vice.
Em 1932, com Manoel Aníbal
Marcondes como presidente e Horácio
Soares de Oliveira como vice, registrase uma importante reunião. A Comissão Central Promotora do Comício PróConstituinte pedia adesão dos sócios
da entidade para o evento, marcado
para 24 de fevereiro. Mais uma prova
do envolvimento político da entidade.
Antônio Egydio Sobrinho e José
Victorino Ferreira foram eleitos em
1933. No mesmo ano, Egydio
renuncia
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Horácio Soares de Oliveira assume o
posto. De 1934 a 1938, Manoel Saraiva é reeleito, tendo como vices Jorge
Copelli, Getúlio Nogueira de Sá e Paulo Mendes Pereira. No próximo ano,
Mário Borin e Bento do Amaral Gurgel
governam.
Manoel Saraiva Filho é eleito novamente em 1942 e, dessa vez, tem como
vice Adoniro Ladeira. Na gestão seguinte, Adoniro passa à presidência e Jorge
Copelli é o vice. Finalmente, em 1944,
último ano do “Cassino Jundiaiense”,
são presidente e vice Fernando Saraiva
e Francisco de Queiroz Telles, respectivamente.
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A
SOCIEDADE
DE TÊNIS
PAULISTA
N
os anos de 1930, o tênis
Paulista. Seu primeiro presidente
era o esporte da moda.
foi Durval Lourenço de Azevedo.
Para praticá-lo com requinte, os
Com sede na Rua Rangel Pestana,
funcionários
Companhia
seus associados participavam de
Paulista de Estradas de Ferro, afici-
campeonatos envolvendo os maio-
onados pelo esporte que encantava
res clubes da capital e interior. Além
a elite, fundam, no dia 23 de janei-
disso, realizavam-se reuniões soci-
ro de 1930, a Sociedade de Tênis
ais, artísticas e culturais.
C
A FUSÃO
da
hega o ano de 1944. Jundiaí
realizada em 18 de agosto de 1944, os
tinha cerca de 100 mil habi-
sócios optaram pela fusão. Participa-
tantes e os cartórios eleitorais registra-
ram 67 sócios. Na época, Fernando
vam 20 mil nomes. Surgiam os primei-
Saraiva presidia o Cassino e Raphael
ros arranha-céus. Encabeçando o po-
Mauro, o Tênis. Decidiram deixar de
der, o ditador Getúlio Vargas. O assun-
ser presidentes do novo clube, mes-
to que mais vinha à baila era a guerra,
mo se algum deles fosse eleito, o que
já declarada, entre Brasil e Alemanha.
na verdade aconteceu. O primeiro es-
Os imigrantes eram perseguidos, prin-
colhido foi Fernando Saraiva, que re-
cipalmente alemães e italianos.
nunciou em virtude do acordo esta-
Na elite de Jundiaí, observava-se
belecido. O cargo passou então para
que os sócios do Cassino e Tênis eram
Jurandyr de Souza Lima, o Juranda.
praticamente os mesmos. O primeiro
Nesse dia, na rua 11 de Junho, nascia
não tinha patrimônio, mas tinha di-
o Clube Jundiaense, reunindo a elite
nheiro. Só não investia porque estava
cultural da cidade, a mesma que era
sempre em sedes alugadas. O segun-
responsável pela política e economia
do tinha um salão pequeno para fes-
de Jundiaí. Inaugurava-se uma nova
tas e duas quadras. O terreno era pró-
etapa e, já nesse tempo, o grupo mos-
prio. Apesar de bem frequentado, não
trava a coesão que mantém até hoje.
havia recursos para ampliação.
E, graças à essa união, o desenvolvi-
Dessa maneira, numa assembleia
mento foi grande e rápido.
11
C
COMEÇA A
DESPONTAR O
AZUL E BRANCO
12
om a formação do novo Clube,
assume a presidência
Jurandyr de Souza Lima, carinhosamente conhecido como Juranda. Em novembro de 1944, é realizada a primeira reunião da diretoria, onde foram tomadas
todas as resoluções iniciais. Dentre as
principais, a nomeação de uma comissão de engenheiros para a elaboração do
projeto da nova sede, a solicitação de
exemplares do Regimento Interno de
outros clubes, para servir de modelo ao
Jundiaiense, e a obtenção de capital para
a construção do Azul e Branco. Faltava
dinheiro, mas sobrava disposição. Tanto que, nessa época, foi criada uma construtora, a Anhanguera, que, entre a construção de um prédio e outro, dedicavase às reformas e ampliações do Clube. O
carteado e os jogos de mesa também se
revertiam em obras. Os bailes, realizados no cine República, contribuíram para
as construções. O Clube se tornava grande como aqueles que o criaram. Jurandyr
ficou no cargo até o final de 1945. Foi
sua equipe quem começou a estruturar
tudo o que o Clube representa hoje.
Em 1946, dois anos após a fusão,
toma posse Rafael Mauro. Tiveram início algumas mudanças e concessões. A
venda para jogos foi regularizada e foi
estabelecida uma concorrência para a
exploração do bar. Os filhos dos associados também começaram a ocupar seu
espaço, através das brincadeiras dançantes. Nesse mandato, também foi
lançada a pedra fundamental e inaugurado o edifício da sede social. Na área
beneficente, o Clube patrocinou a alfabetização de adultos.
O único transtorno desses anos – 1946
e 1947 – foi a suspensão das atividades
sociais para conclusão das obras da nova
sede. Mas, no dia 13 de dezembro de 47,
com um baile de gala, é inaugurada a sede
onde se encontra hoje. Com salão, quadras de tênis, piscina, bar, entre outras instalações, era a coqueluche dos associados.
Semanas depois, Fernando Saraiva assume como novo presidente, ficando apenas um ano (voltou em 1952). O próximo presidente é Hermógenes Luiz
Bisquolo. Na sua gestão, tornou-se obrigatório o exame médico para utilização
da piscina. Nessa época, também, foi
criada a carteirinha de identificação do
associado, que era obrigado a apresentar,
até então, o carnê de cobrança na entrada
dos bailes.
Em 1950, é a vez de Antônio Luiz
Zorzi, que ficou no cargo até o final de
1951. Foi o seu grupo o responsável
pela reforma da piscina para a prática
esportiva. As atividades estavam interrompidas pela precariedade do local e a
ampliação da sede. Essa época foi
marcada por grandes bailes de formatura.
Em 1953, nas mãos de Fernando Saraiva, mais melhorias na infraestrutura, inclusive a construção de uma
nova piscina, pavimentação do jardim
lateral, construção da entrada lateral e
reforma da quadra de tênis. Aliás, essa
reforma revolucionou o esporte na cidade. Em 1955, a modernidade chegando, além das reformas o Clube instala
uma antena de TV.
Em 1959, na gestão de José de
Godoy Ferraz, a piscina ganha vestiários, além de filtros. A quadra de tênis
passa por mais uma reforma.
Em 1960, para organizar o amplo
crescimento, foi criada uma comissão
para estudo e elaboração do regulamento interno. Entre os integrantes, Iaro de
Mattos, Mário Piccolo e Armando
Colaferri. Em junho desse mesmo ano,
era impresso o Estatuto Social do Clube Jundiaiense.
Por muitos anos, e mesmo com a criação da Sede de Campo, a Sede Central
foi ponto de encontro de jovens e adultos, oferecendo uma série de atrações.
O restaurante, por exemplo, reunia
amigos e namorados, que encontravam
no Azul e Branco sua segunda casa.
Durante os primeiros anos, cerca de
800 pessoas integravam o quadro
associativo do Clube, cujos nomes representavam os mais importantes grupos da cidade.
13
TÊNIS, A
GRANDE
ESTRELA
A
partida de tênis era apreciada com muita
elegância pela sociedade jundiaiense da épo-
ca. O ano da foto é 1938, e o Clube Jundiaiense ainda
não existia. Os frequentadores faziam parte da Sociedade de Tênis Paulista. À esquerda, aparece o
alambrado da quadra, a mesma que hoje serve os tenistas na Sede Central. Ao fundo, o portão que faz frente para a rua 11 de junho. À direita, a antiga sede do
Tênis, construída em madeira e que, mais tarde, deu
lugar à atual. Em 1938, Jundiaí contava com uma população que não ultrapassava 30 mil habitantes.
14
O
tênis sempre foi a coqueluche
do Azul e Branco. Admirado-
res e praticantes do esporte possuíam,
na sede própria, duas quadras. Uma se
mantém até hoje. Nesse espaço, desfilaram grandes nomes, como Maria Esther
Bueno, que, mesmo antes de se tornar
campeã em Wimbledon, jogou algumas
finais na Sede Central. Depois, já com o
título, voltou, trazendo personalidades
como Michael Belkin, número um do Canadá, Patrício Cornejo, um dos melhores do mundo e número um do Chile, e
Tito Wasquez, argentino que esteve durante muito tempo entre os dez melhores. Outros frequentadores foram
Thomas Koch e Carlos Alberto Kyrmair.
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07
15
A
s quadras receberam a pri-
Paulista de Tênis e, pouco depois, cam-
contava com projeto paisagístico e ar-
meira reforma em 1953, na
peão do Torneio Interclubes de 2ª Clas-
quibancada. O local estava pronto para
gestão de Fernando Saraiva. Na épo-
se Masculina. Na equipe, talentos como
receber grandes campeonatos. O pri-
ca, o diretor de esportes era Oswaldo
Gonzalo Zapata, Pedro Machado, Raul
meiro foi o First Tennis Garden Cup-
de Almeida Leite e, durante a inaugu-
Escudero e Florisvado Gobbi. No ano
Cosmar, de 1ª classe. Foram convida-
ração, foi disputado o Troféu Fernando
seguinte, mais troféus, como o Campe-
dos, para a inauguração, grandes tenis-
Saraiva pelos atletas do Azul e Branco
onato Eng. Henrique Florence e o Tro-
tas da época, como João Soares, Júlio
e do CA Monte Líbano.
féu Bandeirantes de Tênis. O grupo que
Góes, Roger Guedes, Jaime Oncins e
Na gestão de Jurandyr de Souza, o
representava o Jundiaiense nesse ano
Danilo Marcelino.
Juranda, cresceu ainda mais a impor-
era composto por Gonzalo Zapata, José
Hoje, o esporte continua encantan-
tância do esporte, com a criação de re-
Stockel, Pedro Machado, Raul Escudero,
do os associados e mantém muitos
gulamentos especiais. O tênis confir-
Rui Fogete e Rubro Rangel. Com tenis-
adeptos. Em 2008, o tenista Fernando
mou-se, na área esportiva, como a
tas do clube brilhando cada vez mais,
Meligeni brindou os praticantes com
principal atividade do Clube. Em feve-
em 1957 é instituído o 1º Campeonato
uma oficina. E, neste ano, o local pas-
reiro de 1954, destacam-se grandes vi-
de Tênis da Cidade de Jundiaí, encerra-
sou por grandes transformações, ga-
tórias dos tenistas sobre a equipe do
do com o Baile da Raqueta.
nhando sala de TV de plasma, wireless
e, para os praticantes de atividades ori-
Paraguaçu Tênis Clube no Campeona-
Em 1979, são inauguradas quatro
to de Tênis do Interior. Por conta des-
quadras na Sede de Campo, com os no-
sa força, acontece o 1º Baile da Raque-
mes de Martha Burgos Pereira da Silva,
PRÊMIOS
ta, onde se premiavam os destaques na
Joceni Vilela Curado, Ricardo José Zalaf
O Clube Jundiaiense coleciona mui-
área.
e João Fernando Magalhães. Atenden-
tos títulos, como o Troféu Bandeiran-
Em 1955, foi criado o Departamen-
do a uma antiga reivindicação dos asso-
tes e Jogos Abertos do Interior. Além
to de Tênis. Nesse ano, o Azul e Branco
ciados, é construído o paredão de tênis,
disso, grandes campeonatos foram re-
ficou bicampeão de seu grupo no Cam-
em 1984.
alizados, como o Gigantão (em 1981 o
peonato Interclubes da Federação
entais, uma sala zen.
Mais duas quadras são construídas
Azul e Branco teve a posse do Troféu,
em 1986 e, no ano seguinte, os joga-
com o tricampeonato), Morcegão (rea-
dores ganham o Tennis Garden, que
lizado à noite), Copa Champs Privé,
Torneio Popular de Tênis etc.
16
TENNIS GARDEN
N
o início, eram apenas
Em 1997, o Tennis Garden ga-
tica. Geralmente, o público é jo-
quatro quadras de tê-
nhou um prédio de apoio, onde fo-
vem, entre 18 e 30 anos e, em sua
nis. Com a inauguração do Tennis
ram construídas quatro quadras
maioria, executivos, que conside-
Garden, em 1987, mais quatro fo-
de Squash. O esporte, na época,
ram o Squash um esporte dinâmi-
ram constr uíd as . A tualmen te,
ganhava adeptos e o Clube, sem-
co. Em 2009, o local ganhou outra
com as reformas e ampliações,
pre na vanguarda, resolveu pre-
reforma, com pisos amortecedores
são dez.
sentear os associados com a prá-
e outras melhorias.
17
Destaque
DESTAQUE:
do Clube para
Wimbledon
18
G
láucia Langela foi uma das
havia uniforme, mas, nos primórdios
cio, lá pelos idos de 1970, é que pou-
maiores tenistas da cidade.
do esporte, jogava-se inteiramente de
cas mulheres eram adeptas do tênis.
Começou a treinar ainda menina den-
branco. Depois, foram aparecendo
“Quando comecei a jogar melhor, par-
tro das quadras da Sede Central do
outras opções. Quando começou a
ticipava dos torneios masculinos”,
Clube Jundiaiense e chegou a jogar
funcionar, em São Paulo, a loja
lembra. Mesmo assim, ela destaca que
em Wimbledon. Ela lembra com sau-
Procópio, a tenista conta que ganhou
os torneios do Azul e Branco sempre
dades de Fernando Malavares, que
uma
um
tiveram uma característica recreativa.
cuidava das quadras da Sede Central.
detalhezinho (vivinho) de cor verde.
Para assistir às partidas, os
Hoje, o local leva seu nome. “Come-
“Antes disso, fazíamos nossos unifor-
frequentadores do Clube aboletavam-
cei a jogar com apenas oito anos. De-
mes – inteiramente brancos – em cos-
se em arquibancadas de madeira, que
pois, parei e retornei com 12”, conta.
tureiras”, disse.
eram montadas especialmente para
Para jogar, Gláucia se recorda, não
roupa
que
tinha
Outro detalhe da época de seu iní-
os torneios.
19
GLAMOUR:
marca registrada das festas do Clube
20
S
moking para os homens e
eventos que contagiavam a cidade.
longos para as mulheres. Es-
Além das festas tradicionais, o clube
ses modelos figuravam constante-
recebia grandes festas de formatura.
mente
Clube
Entre os colégios, Conservatório Mo-
Jundiaiense, imprimindo aos eventos
delo, Escola Industrial e Colégio
uma atmosfera glamourosa. Mas a
Anchieta. Casais também celebra-
grandiosidade dos bailes teve início
vam sua união em inesquecíveis fes-
depois da construção da Sede Central,
tas de casamento.
nas
festas
do
que aconteceu durante os anos de
Os bailes realizados pelo Clube
1946 e 1947. Nesse tempo, os carna-
eram tão famosos que chegavam a
vais e outros bailes que faziam parte
ser irradiados, como o Baile de São
da agenda aconteciam no Cine Repú-
João, em 1956, que foi transmitido
blica e na Fonte Jundiaí, depois Chá-
pela Rádio Panamericana de São Pau-
cara das Carpas.
lo. No Baile de Gala, como era cha-
No dia 13 de dezembro de 1947,
mada a comemoração de aniversário
um baile de gala inaugura a sede, lo-
do Clube, exigia-se traje a rigor:
calizada na Rua Onze de Junho. O
smoking ou summer. Os eventos
salão nobre, como era conhecido o
eram memoráveis, com orquestras
espaço, não parou mais de receber
esplendorosas.
21
BAILE DA
RAQUETA
A
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22
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5
D
entre os eventos glamou-
homens deveriam estar trajando
rosos promovidos pelo
smokings e as mulheres, roupas de
Clube Jundiaiense, o Baile da Ra-
gala: vestidos longos. Entre as or-
queta estava no topo e ficou na me-
questras que abrilhantaram essas
mória, pelo requinte com que era
noites, a de Silvio Mazzuca era uma
organizado. O evento encerrava as
das mais esperadas. Caso o cidadão
competições anuais de tênis, o es-
não estivesse trajado a rigor, era
porte da elite. Para participar, os
barrado na porta.
23
BAILE DE
DEBUTANTES
P
ara apresentar as moças que
davam seus primeiros passos
na sociedade, nasce, em 1956, o Baile
de Debutantes. As garotas, na época,
tinham uma atitude mais inocente e
obedeciam cegamente às ordens das
mães. Isso é o que contam algumas
das debutantes de 1956: Maria Cecília Mauro, Maria Helena Zonaro e
Jeanine H. Derlot. A idade mínima
para debutar era 15 anos, mas algumas debutavam um pouco antes, já
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Mas, divertido ou sério, era um
o vestido da outra, para fazer o da
acontecimento na sociedade. A co-
filha melhor. Era uma competição.
Na sua grande maioria, as
meçar pelo vestido, encomendado
E as mães eram impositivas. Dizi-
debutantes se conheciam. Eram ami-
em costureiras através de revistas
am que a filha ia debutar e pronto.
gas de escola e até de infância. Para
de moda. Fazia-se sigilo total sobre
Quisesse ou não.
elas, era tudo uma grande farra. Para
o assunto, o que nem sempre era
O ápice do Baile das Debutantes
as mães, o evento era coisa séria. De-
bom, já que, em alguns casos, algu-
era a apresentação das moças. Um
butar significava começar a partici-
mas moças usaram roupas seme-
paraninfo chamava o nome da meni-
par dos bailes, exceto o carnaval,
lhantes. Quem fazia questão do se-
na, que era recebida pelas mãos do
onde era preciso ter 18 anos. Antes
gredo eram as mães, que se preocu-
pai. Quando este a colocava no salão,
do “debut”, as meninas só podiam
pavam em fazer uma apresentação
num passe de mágica, ela ingressava
participar de brincadeiras dançantes.
impecável. Uma queria saber sobre
na sociedade.
que era preciso reunir um grupo para
concretizar o evento.
25
BAILE DO
Baile
do
HAVAÍ
Havaí
A
tualmente, o B aile do
De acordo com Castro, o início
lão”, conta. Quem trouxe a ideia foi
Havaí é o maior evento
do Baile do Havaí foi nos anos 60,
o falecido professor de tênis, Nel-
realiz ado p el o A z ul e B ranco.
no salão social da Sede Central. O
son Cardin, que, durante as via-
Para prestigiá-lo, o Clube recebe
traje era o mesmo: camisa florida
gens que fazia para jogar, partici-
pessoas de todo o Brasil. Mas, até
para os homens e pareô ou vestido
pou de evento semelhante. A deco-
chegar ao que é hoje, existe uma
florido para as mulheres. De acor-
ração também tinha como desta-
longa história, contada por Cas-
do com ele, o local, depois da fes-
que flores e frutas, mas eram os
tro Siqueira, que atuou na dire-
ta, ficava uma “loucura”. “Eram
diretores que colocavam a mão na
toria do Clube de 1969 até 1984.
cascas de melancia por todo o sa-
massa para enfeitar o salão.
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paC
E
m 1977, Castro Siqueira
“Esse será o cenário do Baile do
“ Viemos bem cedo e limpamos
era diretor social. Teve,
Havaí deste ano”. A partir daí, era
tudo”, destaca.
então, a ideia de mudar o Baile do
correr atrás da organização.
Na administração de Clodoaldo
Havaí para a Sede de Campo. Toda
E o evento foi um sucesso. Os di-
Paulo de Souza, o evento tomou as
a diretoria foi contra. Acreditavam
retores decoraram com capricho.
proporções atuais. O diretor social
que iam ter muitos problemas. “Mas
Logo pela manhã, os motoristas do
era Eduardo dos Santos Palhares e
a juventude queria, as coisas esta-
Clube foram às compras de flores e
a ideia foi transformar o parque
vam mudadas”, lembra Castro. E ele
frutas. Distribuídas pelo Parque
aquático na Ilha da Fantasia, base-
não teve dúvidas. Com o presiden-
Aquático, várias carroças completa-
ado no evento realizado na Ilha
te viajando – era Romão de Souza
vam a decoração. “O que caía na pis-
Porchat, em Santos. Hoje, o baile é
na época – Castro passou por cima
cina, a turma pescava e colocava de
seguramente o maior e mais bem
da decisão do grupo. Foi até a Sede
volta nas carroças”, conta. No dia
organizado evento do Azul e Bran-
de Campo, fotografou o local e en-
seguinte, às nove horas, o Clube já
co, com requintes profissionais e
viou um convite para os associados:
estava aberto para os associados.
grandiosos.
27
BAILE DE
ANIVERSÁRIO
28
M
antendo a tradição de
glamour que sempre
marcou as festas do Clube
Jundiaiense, o Baile de Aniversário reúne a sociedade Azul e Branco em grande estilo.
29
O
utras festas aguardadas pelos associados são o Réveillon e a Noite Italiana. A primeira é marcada pela
união da família Azul e Branco. E a segunda, pela alegria e mesa farta.
30
O
primeiro foi realizado de
maneira inusitada. A dire-
toria presidida por Romão de Souza,
com pouca experiência em festas,
também estava sem verbas. Então,
nasceu o Baile da Cerveja. Os ho-
BAILE DO
CHOPE
mens, de caneca em punho, apreciavam a cerveja, trajando um fino
smoking. Atualmente, como Festa do
Chope, o evento reúne grande número de associados, num formato mais
descontraído.
O
s folguedos de junho
sempre foram muito
apreciados pelos associados,
tanto pelos quitutes típicos
FESTA
JUNINA
como pela diversão. Atualmente, a Festa Junina acontece durante um final de semana de junho, privilegiando entidades
beneficentes através da exploração das barracas.
31
Carnaval
CARNAVAL
32
O
s carnavais do Jundiaiense
de toda a família. Na sala de jogos fi-
entrar nos bailes de carnaval. Na ges-
sempre foram concorri-
cavam as pessoas mais velhas e no sa-
tão de Célio Ciari, que foi de 1970 a
díssimos. No início, havia os corsos
lão, as mais novas. O carnaval era ale-
1973, houve a liberação da entrada,
com muitos carros alugados. As con-
gre e concorrido, pontuado por fan-
permanecendo com o evento gratui-
centrações ficavam marcadas em
tasias criativas. No final dos cinco
to até hoje.
frente ao Teatro Polytheama, com
dias, quando a principal preocupação
Em 1981, sob o comando do pre-
destino ao salão do Clube. Entre os
era a descontração, eram precisos até
sidente Osvaldo de Almeida Leite, o
frequentadores, grande euforia e or-
três caminhões de lixo para limpar
tema foi “Carnaval das Galáxias”. A
questras vindas de São Paulo. Havia a
confetes e serpentinas do salão.
folia foi apontada como uma das me-
participação não só da juventude, mas
Até 1970, o associado pagava para
lhores do estado naquele ano.
Do salão
para as ruas
A alegria, irreverência e animação
dos carnavais do Clube Jundiaiense
escaparam dos salões e rechearam as
ruas da cidade, nos anos 90, em grande estilo, no carnaval de rua.
33
BLOCOS
34
O
s blocos eram presenças
marcantes no carnaval do
Clube. Um dos mais famosos foi
o
do
arquiteto
Antônio
Fernandes Panizza, o “Bloco do
Panizza”, como ficou conhecido.
Entre os integrantes do grupo,
Hélio Maffia, Erazê, Araken e
Ararê Martinho, Fernando Castro, Alberto Micheletto, Antônio
Carlos Avalone, Reneê Clóvis
Mendes, Picchi Jr e Roberto
Cury. Certo ano, ali pela década
de 50, resolveram fazer uma fantasia igual para todos. Quem ajudou foi Cássio Jugurtha Fraga.
A primeira fantasia foi uma gralha e constava de uma capa preta, bico amarelo, rosto coberto.
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35
Desfile de
Fantasias
DESFILE DE
FANTASIAS
36
N
ão tão antigo, mas por
los associados, que admiravam
muito tempo concor-
o intenso colorido e criativi-
ridíssimo, o Concurso de Fan-
dade dos participantes. O pri-
tasias do Azul e Branco trazia
meiro aconteceu em 1979, e
pessoas de todo o Brasil. Os
trouxe, entre outras presenças,
eventos eram prestigiados pe-
Elke Maravilha.
37
Aqualoucos
AQUALOUCOS
38
A
ssim eram chamados
os foliões que se jo-
gavam na piscina, depois de
brincarem o carnaval.
39
Sede de Campo,
Um sonho antigo
SEDE DE CAMPO,
UM SONHO ANTIGO
40
A
ideia de ter um espaço
tranquilo, no campo, fazia
parte dos planos dos dirigentes do
Azul e Branco há muito tempo. Já em
1955, na administração de Jurandyr
E, em 1961, foi adquirida a área que,
Souza Lima, a compra de uma área
hoje, está mais bela do que nunca. No
para a criação da Sede de Campo foi
início, havia a casa do lago (Casa do
adiada em decorrência da necessida-
Rampin, que ainda está lá), e uma ou
de maior de reformas na Sede Central.
outra pequena construção. Terra,
Em 1960, o movimento da com-
muita terra e, claro, verde. No mes-
pra do terreno estava fortalecido. Se-
mo ano, forma-se outra comissão,
te. A nova sede começa a ser utiliza-
gundo registro em ata na época, era
presidida por Ariosto Mila, para colo-
da também para eventos sociais. No
preciso mais espaço. Na ata, a dire-
car em prática o Projeto Sede de Cam-
dia 1º de maio de 1964, aconteceu
toria atestava: “instalação essa de há
po. Havia muito trabalho a ser feito.
um grande piquenique para os asso-
muito reclamada para a melhoria das
Aos poucos, a Sede de Campo vai
ciados, que tiveram à disposição até
atividades sociais do Clube”. No pri-
tomando forma. Reforma da piscina,
ônibus, já que não eram todos que ti-
meiro semestre de 1960, era forma-
perfuração de poços artesianos, ins-
nham carro.
da uma comissão para a aquisição da
talação de telefone. Em 1963, foi fei-
E assim foi, com diretorias se su-
área tão almejada. Integrando o gru-
ta a terraplenagem, abrindo a área
cedendo e investindo em obras que
po, Ariosto Mila, Alberto Traldi,
onde seria construído o restaurante.
garantissem maior conforto aos asso-
Lupércio Pupo, Cid Faria Ognibene,
Logo em seguida, veio a preocupação
ciados, quadro que crescia cada vez
o professor José Leme do Prado e
com a instalação da rede elétrica.
mais. Novas áreas foram compradas
Nos dois anos seguintes, sob o co-
e espaços foram adaptados. Hoje, o
Numa atitude ousada e tida como
mando de José de Godoy Ferraz, há
Clube de Campo do Jundiaiense é um
louca por parte da sociedade, alguns
um intenso investimento na área,
presente para os olhos. Prova, mais
associados dividiram o valor do ter-
que ganha piscinas, restaurante, ves-
uma vez, do espírito visionário que
reno em cota, tornando-se remidos.
tiários, quadras de tênis e de basque-
sempre permeou as equipes diretivas.
José Pacheco Netto.
41
E
m meados dos anos 60, sob o
de mais completo. Os planos iam
mais enfrentar barro e poeira. O acor-
comando de José de Godoy
além: numa área de 400 metros, aci-
do foi assinado com a presença do
Ferraz, é construída uma das primei-
ma da sauna, havia um projeto para
então governador Laudo Natel, do
ras obras do Clube, o restaurante.
a construção de um salão social, inau-
secretário dos Transportes, Paulo
gurado em 1975.
Maluf, do prefeito de Jundiaí, Íbis
A sauna foi outro projeto
marcante para os associados do Azul
Em 1974, um convênio entre a
Cruz e de uma comitiva de diretores
e Branco. Um projeto inovador, de-
Prefeitura e o DER garantiu a pavi-
do Azul e Branco: Dugan Ramos de
senvolvido pelo arquiteto Vasco
mentação da estrada velha, facilitan-
Oliveira, Romão de Souza (presiden-
Venchiarutti. De acordo com os jor-
do o acesso dos associados ao Clube
te), José Carlos Pólo e Duílio
nais da época, a obra era o que havia
Jundiaiense, pois já não precisavam
Buzzanelli.
42
43
PARQUE
AQUÁTICO
44
C
om início tímido – ape-
senta parte do Plano Diretor do
nas uma pequena piscina
Clube, que incluía a construção
– para o esplendoroso parque
do novo Parque Aquático e da
aquático atual. O Clube sempre
portaria da Sede. A obra foi
se preocupou com o lazer dos as-
inaugurada, com grande festa,
sociados e brincar na água é um
em março de 1984. Em 2002, o
dos principais. Em 1983, o arqui-
Parque Aquático é novamente
teto Adhemar Fernandes apre-
remodelado.
45
O NOVO
SALÃO SOCIAL
46
A
té hoje espaço para grandes
comemorações, o atual salão
social foi inaugurado em julho de
1993. São 2.400 metros quadrados de
área construída, com capacidade para
3.500 pessoas.
47
COMPLEXO
ESPORTIVO
48
A
nova onda – malhar em Aca-
dade, com espaço moderno e aparelhos
uma das maiores obras do Clube. O es-
demia – foi abraçada pelo
de ponta.
paço proporciona aos associados ativi-
Azul e Branco. Em julho de 1998, na
Sob a administração de Pitico (Luiz
dades esportivas e terapêuticas, além da
gestão de Jorge Martho, o Clube ga-
Roberto Raymundo), em julho de 2007
Academia, que foi reformulada e conta
nhava uma versão de primeira quali-
é inaugurado o Complexo Esportivo,
com aparelhos de última geração.
49
50
VANGUARDA
O
Clube sempre se preocupou
começa bem cedo. Em janeiro de 1975,
fica ainda melhor em 2000, com a cri-
em estar à frente de seu tem-
na gestão de Dugan Ramos de Olivei-
ação do site da instituição. Com o ser-
po, proporcionando aos associados
ra, é autorizada a utilização da “com-
viço, o Clube, plugado na Internet,
maior conforto e segurança. As inici-
putação eletrônica” nos serviços de
oferece uma linha direta com seus
ativas tomadas por todas as diretori-
contabilidade.
frequentadores, anunciando via rede
as desenharam uma trajetória de
Em dezembro de 1985, dez anos
a programação dos eventos sociais,
vanguardismo. O primeiro exemplo
depois, o Clube firma um convênio
promoções e até reservas de mesa
disso aconteceu em 1948, quando as-
com um banco para cobrança das men-
para os eventos. Dois anos depois, as
sumiu o cargo Hermógenes Luiz
salidades dos associados. Os carnês vi-
duas Sedes conseguem manter conta-
Bisquolo. Em sua gestão, foi instituí-
nham dentro de uma carteira plástica,
to através de um servidor.
do o exame médico obrigatório para
facilitando o manuseio. Favorecendo
Sempre pensando em maiores
utilização da piscina, pensando na
ainda mais a vida do associado, era per-
facilidades ao associado, em 2005,
saúde dos frequentadores. Outra ini-
mitido o débito em conta corrente, no
na gestão de Luiz Rober to
ciativa, para facilitar o ingresso aos
banco de preferência de cada um ou,
Raymundo, o Azul e Branco inau-
bailes,
ainda, o pagamento em qualquer agên-
gura a Secretaria Avançada, que
cia bancária da cidade.
passa a oferecer quase a totalidade
foi
a
introdução
das
carteirinhas. Até então, o associado
apresentava o carnê de cobrança para
Uma década depois, em junho de
dos serviços de secretaria da Sede
1995, o Azul e Branco faz um novo in-
Central, que são desativados em
vestimento em informatização. Ago-
julho de 2008, com a inauguração
trabalhista dos funcionários do
ra,
totalmente
do Centro Administrativo. O pre-
Jundiaiense, apostando na vanguar-
informatizado, em todas as suas
sidente na época era Getúlio No-
da, mais uma vez, também na área
ações. São comprados novos e moder-
gueira de Sá.
trabalhista. Em 1968, é organizada a
nos equipamentos e é desenvolvido
Em 2008, há uma nova reorganiza-
secretaria e iniciado um levantamen-
um treinamento intenso de pessoal
ção do site. E, com certeza, as novida-
to patrimonial da instituição.
para implantação da tecnologia.
des que estiverem por vir aterrissarão
entrada no salão.
Em 1951, é legalizada a situação
O investimento em informatização
o
CJ
está
A comunicação com o associado
primeiramente no Azul e Branco.
51
FUTEBOL,
PAIXÃO
AZUL E
BRANCA
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A
história do futebol do Azul e
Em maio de 1993, é inaugurado
Branco começou com apenas
um centro futebolístico com dois
um campo, o A. Localizado em frente
campos com medidas oficiais e um
ao atual Salão Social, o espaço foi pal-
minicampo. Em janeiro de 2002, é
co dos primeiros campeonatos do Clu-
assinada a escritura definitiva do
be, para onde os homens iam, de ca-
terreno de 10 mil metros quadrados,
rona ou mesmo de ônibus.
contíguo ao Centro Futebolístico.
Em 1975, aconteceu o primeiro
Com
essa
aquisição,
a
área
campeonato de futebol. Eram 250 ins-
disponibiliza hoje quatro campos,
critos, que formaram 11 equipes.
além das áreas de apoio.
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Grupos atuais
·
Jovens até 25 anos
paixão pelo futebol entre os
tesco, envolvendo mais de 700 asso-
·
Grupo UPA – Veteranos
associados
Clube
ciados. Além do interno, há diversas
·
Rachão Livre
Jundiaiense nasceu – e cresceu, mui-
outras disputas, além das escolinhas
·
Turma Domingão
to – com a chegada da Sede de Cam-
para a garotada, que, já em 1968, brilha-
·
Turma de 4ª
po. Hoje, o torneio interno é gigan-
va no Campeonato Interno Infantil.
· Jovens de 5ª
A
do
· Grupo UPA 2
53
CLUBE E
COMERCIAL
Conquistas
* Campeão Amador da 1ª Divisão “B” - 1997 - LJF
* Campeão Amador da 1ª Divisão “A” - 2001
54
* Campeão da Copa Kayser
Metropolitano Amador do Estado 2002
E
m agosto de 1996, dois clubes
tradicionais da cidade unem
suas cores: Jundiaiense e Comercial.
Na solenidade que oficializou a união,
no dia 29 de agosto, as diretorias das
duas entidades selaram o resultado de
um trabalho que durou quatro anos.
O grande incentivador desta fusão foi
Vicente Paulo Pereira (Rochinha), último presidente do Comercial.
OUTROS
ESPORTES
N
o início, era apenas o Tênis.
nos anos 50. O evento congregava os
Depois, com o crescimento
associados em competições de vôlei,
dos associados e a ampliação de gos-
basquete, futebol, natação, xadrez,
tos, costumes e mesmo mudanças na
bridge, e claro, tênis.
sociedade, nascem no Clube outros
Em 1967, já na Sede de Campo,
esportes, que agradavam tanto a
foi realizado o Primeiro Campeona-
“gregos como a troianos”. Em 1954,
to Aberto de Bola ao Cesto. Em
observa-se um aumento na área es-
1985, a diretoria aprovou a partici-
portiva. Como em tudo, o Clube foi
pação do Jundiaiense em eventos
pioneiro, criando, por exemplo, os
esportivos externos e de forma
Jogos Desportivos de Natal, também
competitiva.
55
R
ivalidade e torneios disputadíssimos marcaram a história da bocha
no Clube Jundiaiense. Os campos, ou canchas,
BOCHA:
TRADIÇÃO
ficavam repletos durante os torneios internos
que reuniam diversos clubes da região, entre
as décadas de 70, 80 e 90.
Oswaldo Frizzo, praticante fiel do esporte
desde a adolescência e ex-diretor de bocha, recorda um dos campeonatos mais importantes
promovidos pelo Clube, o Torneio Gaetano
Genari, batizado com o nome de um dos
frequentadores e incentivadores da modalidade, já falecido. O troféu foi disputado por outros clubes da cidade e o campeão por três vezes, consecutivas ou alternadas, levava-o para
casa. O grande vencedor da final em 1988 foi o
Clube Jundiaiense, que até os dias de hoje guarda o prêmio em seus arquivos.
Com o passar dos anos, os torneios que
atraíam centenas de pessoas foram perdendo
a força, mas os aficionados pelo esporte ainda
lotam as canchas às terças, quintas e sábados,
para bater um papo e jogar entre amigos. A bola
e o bolim não podem parar.
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empre atento às mudanças
da sociedade, o Azul e
Branco investiu constantemente
nas novidades, como a Ginástica
Rítmica, que agitava a Sede de Campo em 1978. E não parou por aí: realizou campeonatos de bicicross e
skate. Em 1987, a moda era o
jogging. E lá estava o Clube,
prestigiando a nova modalidade.
Em 1990, teve início a escolinha de
Ginástica Olímpica, que tem sido
um sucesso até hoje. Até os aficionados na arte de pescar tem espaço, com o Campesca.
57
POLO
AQUÁTICO
C
om início em 1985, o Polo Aquático do Clube
Jundiaiense, desde 1986, participa de competições
oficiais,por todo o país e até no exterior. Com início difícil,
nos primeiros anos o time investiu no aprimoramento dos
atletas. Aos poucos, foram aperfeiçoando a técnica e, hoje,
colecionam títulos de destaque. O esporte junta 70 atletas
por temporada, nas diversas categorias, inclusive feminina.
Os jogadores são associados que crescem juntos, treinando,
viajando e espalhando o nome do Azul e Branco pelo Brasil e
mundo afora. Entre os títulos importantes, três vices brasileiros, finais de primeira divisão e vitória na segunda divisão.
58
UM LEVANTAMENTO
DO TRABALHO
SOCIAL DO CLUBE
enerosidade e preocupação também sempre estiveram na pauta
dos dirigentes do Azul e Branco. Por isso,
as diretorias nunca pouparam esforços
para estender a mão a toda classe de necessidades. O grande marco das iniciativas sociais aconteceu em 1952, na gestão
de Fernando Saraiva, quando a diretoria
do Azul e Branco realizou o Natal da Criança Pobre de Jundiaí. Nesse ato, destacaram-se nomes como Diva Saraiva, esposa do presidente, Fernanda Milani,
Lavínia da França Silveira, Rosa de Lucca,
Deolinda Copelli e Irma Traldi.
O salão da Sede Central sempre esteve à disposição para bailes com a finalidade de angariar fundos para as entidades
sociais. Exemplos disso são a AJPAE, em
1955, e a Associação da Família do
Tuberculoso de Jundiaí, em 1956. Nos
anos seguintes, outros bailes foram realizados, como o Baile da Primavera, em
1975, cuja renda foi revertida à Rede Feminina de Combate ao Câncer e, em 1976,
um desfile show, com renda para o Lar
Anália Franco.
Entre 1987 e 1990, quando o Clube
era presidido por João Gazola, a diretoria
arregaçou as mangas para trazer alegria
às crianças carentes. A iniciativa foi da esposa de Gazola, dona Cilá. Quando o marido assumiu o cargo, ela deparou-se com
ilustres desconhecidas na diretoria. Não
se fez de rogada. Começou a reunir as mulheres dos diretores às segundas-feiras, na
Sede Central. Desses encontros, a
filantropia foi a estrela. Realizavam-se
bingos, cursos de culinária, almoços e encontros. O que se arrecadava era doado às
entidades que precisavam.
Mas o grupo não se limitava a pequenos atos. No segunda-feira de Carnaval,
levavam-se ao Clube cerca de mil crianças carentes. E quem trabalhava eram os
diretores, já que, nesse dia, os funcionários estavam de folga. Um ônibus, também
patrocinado, ia buscar os pequenos nas
creches. A orquestra era convidada. Iam
aqueles que queriam, porque não se pagava. A maioria participava. A diretoria
conseguia suco, lanches, confetes, serpentinas, apitos e até fantasias. Após o evento, o grupo cuidava da limpeza do salão.
Depois de 1990, os eventos beneficentes continuaram acontecendo isoladamente. Até que, em 1999, nasce o Grupo
Afeto, também uma iniciativa das mulheres dos diretores, com a finalidade de dar
assistência às pessoas carentes e necessitadas. A primeira presidente foi Lúcia
Martho, esposa de Jorge Martho, presidente na época. O grupo, que funciona até
hoje, tem realizado inúmeras atividades
para angariar fundos: festa junina, feijoada, jantares, vendas de alimentos etc. A
renda arrecadada é destinada a entidades
pesquisadas anteriormente, seja de crianças, idosos e até famílias inteiras.
59
UMA HISTÓRIA
RECHEADA DE
CULTURA
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a área de Cultura, o Clube,
Ruy Barbosa, que recebia o coral do
Também na área da literatura, o
desde o início, foi responsá-
Instituto – antigo Instituto de Edu-
Clube recebeu nomes importantes.
vel por grandes realizações. Como não
cação Experimental de Jundiaí. O
Exemplo disso foi a noite de autógra-
havia televisão, as reuniões eram mui-
Jundiaiense recebeu também grandes
fos realizada em 1968, com o escritor
to procuradas. As pessoas se encon-
figuras nacionais, como Plínio Salga-
José Mauro de Vasconcelos, que es-
travam amiúde e conversavam mais.
do, que discorreu sobre a uva e o vi-
tava lançando o livro “O Meu Pé de La-
Os encontros literários eram comuns.
nho. Até o feriado de 9 de Julho era
ranja Lima”, que mais tarde se torna-
Um dos mais antigos era a Semana
comemorado.
ria um best seller nacional.
Diógenes Paes
E
m 1955, um projeto de refor-
pintado por Diógenes Paes, um gran-
ma da fachada foi apresenta-
de artista plástico de Jundiaí. O Clube
do pelo Dr. Odil Campos Saes. O pai-
possui um acervo do pintor que, em
nel – que até hoje pode ser visto diari-
1959, produziu várias telas sobre a ci-
amente no átrio da Sede Central – foi
dade de Jundiaí.
61
E
ENCONTROS
MUSICAIS
ncontros regados a boa música sempre foram constantes dentro do Azul e Branco. Já em 1956, os jo-
vens se encontravam aos domingos, nas famosas domingueiras,
que chegaram a ser transmitidas pela PRA-5 Rádio São Paulo,
da capital, no programa Show da Meia Noite. Em novembro de
1975, foi inaugurada a boate da Sede Central, com a presença
da cantora Ângela Maria. Em 1984, a Boite Griffe 11 dava espaço para a juventude, que tinha nas discotecas o ponto alto dos
anos 80. Em setembro de 1996, o Clube inaugura o Night Club,
um espaço também para dançar.
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FESTIVAIS
DE MPB
O início da Bossa Nova, nos anos 60, deu origem, no Clube, aos festivais de música. Estes foram responsáveis pela criação de conjuntos
como “Os Napões”, composto por Delega Novaes, Wagner Moraes,
Amelinho e Joel Denardi. Os festivais, que sempre terminavam com
algum grupo famoso, duraram mais de 20 anos. A Sede Central, que
abria espaço para que pessoas de todo o Brasil soltassem a voz, recebeu, nos encerramentos dos festivais, nomes como Elis Regina, Os
Mutantes (com Rita Lee), Jair Rodrigues, Titãs, Kid Abelha entre outros. Os eventos chegaram a abrigar cerca de 3.500 pessoas.
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BAILE DE
CASAIS
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início foi muito tímido. O
tanto, que chegou a ser irradiado. Pas-
Baile de Casais era apenas
sou para o salão novo, quando esse foi
um encontro de homens e mulheres,
inaugurado. Para animar, o evento re-
todos amigos, que gostavam de dan-
cebia nomes como Dóris Monteiro,
çar. Para eles, foi oferecido o local onde
Miltinho, Nelson Gonçalves, Agnaldo
hoje funciona o restaurante. Cresceu
Rayol e outros tantos.
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ATRAÇÕES
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a área cultural, o Clube
sempre apoiou grandes
atrações, como peças de teatro e
outros shows como Chico Anísio,
Jô Soares e Dercy Gonçalves. Entre as peças, Analista de Bagé e a
presença de Luiz Gustavo. A Banda Sinfônica do Estado também já
esteve presente no CJ. Destaque
também para Daniela Mercury e
Jorge Benjor, entre outros.
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O ESPAÇO
DAS CRIANÇAS
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S
im, o Clube Jundiaiense
po, até hoje, no verão e no inverno, as
Na área lúdica e de lazer, o Clube re-
sempre foi uma entidade
crianças trocam experiências durante
aliza a festa das Crianças e, com gran-
que privilegia todas as idades, cada qual
três dias. No início, a brincadeira era re-
de emoção por parte dos pequenos, re-
à sua maneira. Para as crianças, atra-
servada apenas aos meninos, mas pos-
cebe, de helicóptero, o Papai Noel. Na
ções especiais, parque, pedalinho,
teriormente foi estendida às meninas.
linha de conscientização, o Clube vem
Na área esportiva, as escolinhas bus-
investindo em eventos como a Semana
escolinhas esportivas.
Já em 1960, os pequenos se diverti-
cam incentivar a prática de várias mo-
am no show do palhaço Carequinha.
dalidades, ensinando fundamentos, re-
Em 1986, acontece o I Acampamento
gras e convivência através da disciplina
Infantil. Na segurança da Sede de Cam-
do esporte.
do Meio Ambiente.
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A
comunicação com o associado sempre foi uma preocu-
pação constante das diretorias do
Clube, em todas as suas faces: boca a
boca, jornais, convites. A primeira
COMUNICAÇÃO:
EM SINTONIA COM
O ASSOCIADO
tentativa de um jornal aconteceu em
1953, nas mãos de Eliéser Rocha e a
colaboração dos professores Nelson
Álvaro Figueiredo Brito e Arnaldo
Carraro. O jornalzinho era mensal,
com uma tiragem de 200 exemplares.
Sem anúncios, servia de elo entre a
diretoria e os associados, trazendo
balancetes, convites de bailes, fofocas e artigos especiais. Durou exatamente 12 números.
Nos anos de 1957 e 1958 são
publicadas duas edições comemorativas à realização do I e II Torneio
Aberto de Tênis de Jundiaí. A Revista do Clube Jundiaiense realizou um
concurso de intelectuais de toda a
cidade e tinha como redatores Paulo
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Camilhe Florençano e Diógenes
Ester Bueno, futura campeã de
Feres Muzaiel, em entrevista para a re-
Duarte Paes, artista plástico com vá-
Wimbledon. A capa – desenho de uma
vista do Clube – maio 94).
rias obras restauradas na Sede do
raquete estilizada, é de Geraldo
Azul e Branco. Além do tênis, tratava
Tomanik e Antônio Caudálio.
Desde a ép oca do C assino
Jundiahyano, existe uma preocu-
das atividades desenvolvidas em toda
Como a imprensa não tinha a agili-
pação em anunciar os eventos aos
a cidade, inclusive notícias sobre ou-
dade atual, a comunicação dos eventos
associados de maneira sofisticada.
tras entidades e publicação de várias
do Clube era feita de maneiras alterna-
Em 1899, um convite aprimorado
obras literárias de outros cidadãos. A
tivas. Mas nunca deixava de ser concre-
(página 8) anunciava o 1º aniver-
edição de 1957 possui várias ilustra-
tizada. “Naquela época havia o footing
sário do Clube que viria a ser o
ções de Diógenes Duarte Paes para as
em Jundiaí e a divulgação dos eventos
Azul e Branco, depois da Fusão
crônicas, contos e poesias. A de 1958
era feita pelo contato pessoal e também
com o Tênis. Hoje, esse cuidado
traz entrevista com a tenista Maria
pelos jornais” (depoimento de Muzaiel
ainda é mantido.
Orador
Um cargo já extinto, mas que, em
outras épocas, ganhava destaque no
Azul e Branco, era o de Orador. Entre
os que passaram por ele, Muzaiel Feres Muzaiel (já falecido), que atuou
nos anos de 58/59 e 62/63 e Tarcísio
Germano de Lemos, em 54/55. Outros nomes que exerceram o papel foram Clóvis de Sá e Benevides, Cid
Ognibene e Romeiro Pereira. Nessa
função, o ocupante era solicitado em
ocasiões como inauguração de obra,
eventos comemorativos, recepção de
visitantes e, até, como representante
da cidade. Entre as regras, o orador precisava conhecer o currículo do convidado ou palestrante, mas não falar do
tema que seria debatido. Tempos depois, com o aumento do quadro social,
o cargo foi extinto e criado o de diretor
cultural.
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O CLUBE HOJE
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ma área de muito verde e
infraestrutura moderna e
completa. Esse é o cenário onde os
mais de 14 mil associados praticam
uma infinidade de modalidades esportivas. Quem preferir, pode apenas
caminhar através das belíssimas paisagens. O Clube também oferece atrações para todos os públicos. Confira
alguns momentos desse Azul e Branco que não para de crescer.
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O CLUBE EM
NÚMEROS
Número de associados
14 mil
Sede Central
·
Terreno
3.200 M²
·
Área Construída
2.850 M²
Sede de Campo
·
Terreno
255.000 M²
·
Área construída
39.800M²
Esportes praticados
·
Aulas de Corrida
·
Balé
·
Basquete
·
Biathlon e Triathlon
·
Dança Circular
·
Dança de Salão
Terreno Jardim Florestal
16.000M²
·
Dança e Consciência Corporal
Frequência de Associados
40 mil/mês
·
Futebol de Areia
·
Futebol de Campo
·
Futebol de Salão Masculino e Feminino
·
Ginástica Artística
·
Hidroginástica
·
Jazz
·
Jiu Jitsu
·
Lian Gong
·
Melhor Idade
·
Natação
·
Pilates
·
Polo Aquático
·
Squash
·
Tae Kwon Do
·
Tai Chi Chuan
·
Tecido Acrobático
·
Tênis
·
Vôlei
·
Vôlei de Areia
·
Yoga
Bailes e Festas
· Baile do Havaí
· Carnaval
· Festa Italiana
· Festa Junina
· Baile de Aniversário
· Festa do Chope
· Réveillon
Eventos Sociais
· Clube do Riso
· Pagode no Clube
· Clube Dançante
· Diplomação dos Veteranos
· Good Time
· Clube da Bossa
· Festa da Academia
· Clube da Jovem Guarda
· Flash Back
· Samba Show
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DIRETORIA
2007-2009
Presidente
Arcides Grossi
1º vice-presidente
José Antônio Galego
2º vice-presidente
Milton José de Marchi
Diretor Secretário I
Antônio Carlos Nogueira de Sá Jr.
Diretor Secretário II
Fernando Marcel Martines
Diretor Financeiro I
Alécio Pinheiro da Silva
Diretor Financeiro II
Antônio Vagner Paganini
Diretor Social I
José Finati Pacheco
Diretor Social II
Luiz Alessandro Baggio
Diretor de Pessoal e Jurídico
Gustavo Delbin
Diretor de Esportes
José Luiz Ferreira Paixão
Diretor Cultural
Esdras Eduardo Franco Rosa
Diretor de Marketing
Esdras Eduardo Franco Rosa
Diretor de Patrimônio e Obras
Domênico Tremarolli
Diretor de Operações
Odair Zelindo Bandeira
Diretores Adjuntos
Carlos Eduardo F. dos Santos
Ivan Carlos de Almeida
Jefferson Ap. Spina
Rafael Marcansole
Diretores que participaram desta gestão:
Agnaldo Leonel, Carlos Einar Segura Y. Grioles, Daniel Caresato, Fernando Romeiro
Meloni Siqueira, Godofredo Chaves Sampaio, João Roberto Simonete, Luciano
D’Angieri e Vagner Vilela Cunha.
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CONSELHO DE
ADMINISTRAÇÃO
Presidente – Reinaldo Antonio Fávero
1º secretário – Reinaldo Miguel Sisto
2º secretário – Maurício Mazzali
COMISSÃO
FISCAL
Presidente
Cláudio A. S. Levada
Vice-presidente
Arnaldo Luiz Romera
Secretário
Edgard Ribeiro Jr.
Suplentes
Eduardo Kalaf
José L. Maran
Odair Lucchini
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PRESIDENTES DO
CLUBE JUNDIAIENSE
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1944 – 1946
1946 – 1948
1948 – 1949
1949 – 1950
1950 – 1952
1952 – 1954
1954 – 1956
1956 – 1958
1958 – 1960
1960 – 1962
1962
1962 – 1963
1966 – 1967
1968 – 1969
1970 – 1971
1972 – 1973
1974 – 1975
1976 – 1977
1978 – 1981
1981 – 1984
1984 – 1987
1987 – 1990
1990 – 1993
1993 – 1995
1995 – 1997
1997 – 1999
1999 – 2001
2001 – 2003
2003 – 2005
2005 – 2007
2007 – 2009
Jurandyr de Souza Lima
Rafael Mauro
Fernando Saraiva
Hermógenes Luiz Bisquolo
Luiz Antônio Zorzi
Fernando Saraiva
Jurandyr de Souza Lima
Jurandyr de Souza Lima
José de Godoy Ferraz
José de Godoy Ferraz
Osvaldo de Almeida Leite
Alfredo Justino Garcia
Osvaldo de Almeida Leite
Osvaldo de Almeida Leite
Célio Ciari
Romão de Souza
Dugan Ramos de Oliveira
Romão de Souza
Osvaldo de Almeida Leite
Clodoaldo Paulo de Souza
Clarisvaldo de Favre
João Sebastião Gazola
Eduardo Santos Palhares
Carlos Lourenço Franchi
Eduardo Santos Palhares
Jorge Martho
Jorge Martho
Armando Scavacini
Luiz Roberto Raymundo
Getúlio Nogueira de Sá
Arcides Grossi
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