Visibilidade para o futebol feminino

Transcrição

Visibilidade para o futebol feminino
Museu do Futebol inaugura exposição sobre
Futebol Feminino
O projeto Visibilidade para o Futebol Feminino visa consagrar no acervo do
Museu a história da participação das mulheres no esporte. A abertura no dia 19
de maio trará também a participação da primeira árbitra FIFA, a brasileira Léa
Campos
Em 2015, ano da Copa do Mundo Feminina FIFA no Canadá, o Museu do Futebol instituição da Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo, localizado no Estádio do
Pacaembu – levanta uma bandeira: dar visibilidade para o futebol feminino. No dia 19
de maio, às 10h, será inaugurada a exposição que inclui no acervo principal a trajetória
das mulheres nesse esporte, dentro e fora dos gramados.
“Ouvimos os pedidos do nosso público e superamos uma lacuna do Museu do Futebol.
Tornar mais conhecida a história da participação feminina no principal esporte do país
visa também colaborar para o reconhecimento das atletas que há muito tempo
batalham pelo direito de jogar bola”, diz Daniela Alfonsi, Diretora de Conteúdo do
Museu do Futebol.
A exposição tem um formato inédito, com intervenções em todo o Museu. Ao
percorrer as salas, o visitante vai descobrindo as novidades, sinalizadas com uma
medalha. Esse novo formato tem o intuito de mostrar ao público que as mulheres
sempre fizeram parte da trajetória do futebol brasileiro, mas quase nada se conhece
sobre o tema.
“Um fato desconhecido do grande público, por exemplo, é que durante quase 40 anos
vigorou uma lei que proibia às mulheres praticar algumas atividades esportivas, dentre
elas, o futebol. A modalidade só foi regulamentada em 1983 e as equipes que jogavam
antes desse período chegavam a ser perseguidas. Mulher jogar bola já foi ilegal no
Brasil”, comenta Silvana Goellner, Professora da Universidade Federal do Rio Grande
do Sul (UFRGS), coordenadora do Centro de Memória do Esporte da mesma
universidade e co-curadora da mostra.
Parte dos acervos foi garimpada junto às próprias atletas, com as quais se
compartilhou a curadoria. Buscou-se o apoio de clubes e centros de memória no Brasil
e no exterior. Centenas de fotografias, recortes de jornais e documentos pertencentes
aos arquivos pessoais das jogadoras estão sendo digitalizados pelo Centro de
Referência do Futebol Brasileiro para integrar os acervos do Museu do Futebol e da
UFRGS.
A primeira intervenção é no Foyer do Estádio, onde serão homenageadas 24 jogadoras
da Seleção Brasileira desde 1988 – a primeira formação - até 2015. Na Grande Área,
hall de entrada do Museu, estão incluídas reproduções de objetos colecionados pelas
atletas, como a primeira medalha da Seleção Brasileira no torneio internacional da
China, em 1988.
Na sala Anjos Barrocos, as jogadoras Marta, eleita cinco vezes a melhor do mundo pela
FIFA, e Formiga, há 20 anos na Seleção Brasileira, finalmente entrarão no panteão de
ídolos do nosso futebol, como Pelé e Garrincha.
Na sala das Origens, será contada a trajetória dos primeiros times femininos no Brasil
até a proibição, pelo Estado Novo, a partir de 1941. Reproduções de documentos e
fotos do Reino Unido, França e Estados Unidos indicam que as mulheres jogam futebol
desde os primórdios do esporte.
A mostra também abre espaço para histórias fora dos campos, como a de Anna Amélia
Carneiro de Mendonça, poeta e entusiasta do esporte desde muito antes de seu
casamento com o goleiro do Fluminense nos anos 1920, Marcos Carneiro de
Mendonça. Ana Amélia publicou o poema “O Salto”, em 1922, introduzindo o tema do
futebol na poesia brasileira.
Na sala Dança do Futebol, com roteiro do jornalista e escritor Marcelo Duarte, três
vídeos mostram a história dos Clubes e Campeonatos nacionais; o jogo bonito de
muitas atletas profissionais e amadoras e as pioneiras no esporte, com destaque a Léa
Campos, a primeira árbitra FIFA no mundo.
Léa desafiou as regras até conseguir autorização do General Médici para apitar um
jogo oficial de futebol, no México, em 1971. A mineira será homenageada na
cerimônia de abertura da exposição, às 10h do dia 19 de maio e, no mesmo dia, às
14h, gravará sua história de vida para o acervo do Museu. Os dois eventos são
gratuitos e abertos à participação do público.
Para desenvolvimento desse projeto, a equipe do Museu do Futebol conta com a
parceria da Epson, Getty Images Brasil, da Rádio Central 3, do coletivo Guerreiras
Project e do Centro de Memória e Esporte da UFRGS. A TV Bandeirantes cedeu as
imagens para os vídeos. Um time de especialistas, incluindo a jornalista Luciane Castro,
a ex-jogadora e medalhista Juliana Cabral e o técnico René Simões não só colabora
com a programação de eventos como levanta com o Museu da bandeira da visibilidade
para o futebol feminino.
Para completar o projeto, um site exclusivo traz, a partir de 19 de maio, a agenda de
atividades, vídeos, textos e acervos que serão pesquisados até o final do ano:
www.futebolfeminino.museudofutebol.org.br. O Museu do Futebol espera, com o
projeto, contribuir para a ampliação das fontes e registros sobre o futebol feminino.
SERVIÇO
Exposição Visibilidade para o futebol feminino
Onde: Museu do Futebol
Data: 19 de maio até 30 de dezembro
Endereço: Praça Charles Miller, s/n – Estádio do Pacaembu
Preço dos ingressos: R$ 6 (inteira) /R$ 3 (meia-entrada para estudantes, idosos e professores).
Horário de funcionamento do Museu: 9h às 17h (permanência até as 18h)
*Pessoas com deficiência não pagam
*Crianças até sete anos não pagam
*Todos os sábados a entrada é gratuita
*Estacionamento no local com Zona Azul – R$ 5,00 válido por três horas. A venda na bilheteria
do Museu
Tel.: (11) 3664-3848
Informações: www.museudofutebol.org.br
Twitter: @_museudofutebol
Facebook: www.facebook.com/museudofutebol
Instagram: http://instagram.com/museudofutebol
Mais informações à imprensa:
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Secretaria de Estado da Cultura
Jamille Menezes – [email protected] / (11) 3339-8243