As idéias e seus lugares: um panorama internacional do percurso

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As idéias e seus lugares: um panorama internacional do percurso
Programa de Pós-Graduação em Jornalismo – POSJOR/UFSC | PROJETO DE PESQUISA
Pesquisador: Eduardo Barreto Vianna Meditsch
Título: As idéias e seus lugares: um panorama internacional do percurso do
Jornalismo no campo acadêmico
Período de execução: 03/2014 a 02/2018
Linha de Pesquisa: Jornalismo, Cultura e Sociedade
Financiamento: CNPQ, Bolsa de Produtividade Nível 1D e Edital Universal
1. Apresentação:
O presente projeto faz parte de uma pesquisa maior, iniciada durante estágio
sênior de posdoutorado realizado na Universidade do Texas no ano letivo 20102011, com bolsa da Capes, sobre o panorama internacional do percurso do
Jornalismo no campo acadêmico. Naquela primeira etapa, o estudo foi focado
na institucionalização inicial do campo nos Estados Unidos (alguns resultados
parciais já foram publicados, outros estão sendo encaminhados para
publicação). Numa segunda fase, atualmente em andamento com apoio de Bolsa
de Produtividade em Pesquisa e do Edital de Ciências Humanas 2011 do CNPq,
o estudo é ampliado com um panorama histórico do campo acadêmico nas
Américas, incluindo América Latina e Canadá, além da complementação dos
dados sobre os Estados Unidos. A terceira etapa, iniciada em 2014, mais uma
vez com apoio de bolsa PQ do CNPq e também do Edital Universal 2013, foca o
panorama europeu, com ênfase na Alemanha, berço dos primeiros estudos
acadêmicos da área no Século XVII e pioneira na institucionalização de uma
Ciência dos Jornais (Zeitungwissenchaft) no Século XIX; nos países do Leste
europeu, onde se desenvolveu uma teoria marxista do jornalismo desde a
Revolução Russa; e na França, que também instituiu uma Science de la Presse
antes da Segunda Guerra Mundial. A partir da constatação do forte
protagonismo internacional da Unesco, durante a Guerra Fria, na estruturação
da área acadêmica a partir de então, esta etapa prevê também a recuperação da
história desta atuação, a partir da sede central da Unesco em Paris e do Centre
International d'Enseignement Supérieur du Journalism, implantado pela
entidade na Université de Strasbourg. O projeto "as ideias e seus lugares" se
origina da constatação das dificuldades de desenvolvimento teórico sobre o
jornalismo na área acadêmica específica (quer do próprio Jornalismo, quer da
Comunicação) e dos problemas que isso acarreta, tanto para a legitimação da
profissão quanto da disciplina científica. Assim, propõe uma investigação de
suas causas a partir do estudo da institucionalização do campo. Identificando
insuficiências nas dicotomias que tem guiado o debate acadêmico a este
respeito, e em nossos próprios estudos anteriores sobre o tema, o objetivo da
pesquisa é aumentar o conhecimento sobre a história intelectual do Jornalismo
no campo acadêmico, a partir do referencial teórico da Sociologia do
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Conhecimento, buscando dados sobre sua institucionalização social e cognitiva,
contextualizando-os em relação às histórias do Jornalismo e da Universidade.
Tal estudo hermenêutico apoia-se numa estratégia de triangulação
metodológica que prevê a análise de bibliografia e documentos da área, a
realização de entrevistas com especialistas e a observação participante. A
hipótese de trabalho é de que a identificação e descrição dos frames que tem
orientado o ensino e a pesquisa em jornalismo pode ajudar a esclarecer as
causas das dificuldades constatadas no seu desenvolvimento. Os resultados
serão confrontados com a história do campo no Brasil e com referências da
história de outras disciplinas.
2. Problematização:
O norte-americano James Carey foi um dos que perguntou e procurou
responder onde o ensino de jornalismo “deu errado” (CAREY, 1996). Nossa
pergunta de pesquisa é semelhante à dele em motivação, mas foca numa
perspectiva um pouco diversa da dele: o que obstaculariza o
desenvolvimento teórico-conceitual sobre jornalismo dentro da área
específica?
Carey também observou, há pouco mais de uma década, não existir uma
história da pesquisa em comunicação em sentido estrito: “a narrativa que daí
emergiu ultimamente serve a uma variedade de propósitos: principalmente para
focar, justificar e legitimar uma invenção do século XX, a mídia de massa, e para
fornecer status intelectual e direção ao ensino profissional e à pesquisa
relacionados a essa mesma instituição. Mas não é uma história inocente, porque
foi inventada com um propósito político: uma intenção de obter lealdades,
resolver disputas, guiar políticas públicas, confundir a oposição e legitimar
instituições; resumindo, a história que surgiu é um episódio menor das batalhas
sociais, políticas e ideológicas do Século XX (CAREY, 1997:14-5).”
Em resposta a esta demanda, começaram a aparecer estudos mais críticos
da história do campo, como os reunidos por David Park e Jefferson Pooley
(2008). Os autores observam que a história das disciplinas científicas é um
subcampo marginal, mas necessário à constituição do campo. No caso do
Jornalismo e da Comunicação, a maior parte das narrativas históricas seriam
feitas “de dentro”, sem o necessário distanciamento que propiciasse uma
contextualização consistente destes eventos, seja pela perspectiva teórica, seja
pela evidência empírica. Pierre Bourdieu (2011) discute pormenorizadamente as
dificuldades de se estudar um meio social em que se está inserido.
No enfrentamento dessas dificuldades, Park & Pooley, propõem a
construção de um “historicismo qualificado”, para “reconstituir as idéias,
figuras, batalhas por recursos, e qualquer outro objeto de estudo, dentro do
contexto todo de sua localização original no espaço e no tempo”: “Este tipo de
esforço de boa fé é feito, no entanto, com o conhecimento pleno de que todos
estes cuidados vão dar ainda longe do ideal, dados os limites de perspective
socialmente definidos, a linguagem e seleção narrativa. Toda a investigação
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histórica é motivada, em certo nível, por questões do presente, mas isto não
deve ser causa para desespero. Na medida em que essas motivações são
controladas e, na medida do possível, reconhecidas explicitamente, elas podem
ser atendidas sem representar uma violência descomprometida com o passado.”
(PARK & POOLEY, 2008:5-6)
Neste mesmo sentido, Norma Côrtes busca na “situação hermenêutica”
proposta por Gadamer o fundamento da consciência histórica:
“O objeto do conhecimento histórico é, tal como o seu observador, um
sujeito dotado de alguma forma de racionalidade adequada relativamente ao seu
próprio tempo e modo de vida, e ambos são igualmente aptos a formular
hipóteses de futuro, explicações sobre o passado e conhecimento a respeito de
seus respectivos mundos. Dessa forma, além de indicar a polifonia de
significados da palavra história – ela é objeto do interesse cognitivo e,
simultaneamente, é morada daquele que a investiga -, a consciência histórica
instala-se como reconhecimento da variedade da condição humana e da
relatividade dos seus respectivos modos de cognição (...) a hermenêutica
gadameriana também formula uma nova percepção sobre a consciência
historiadora. Porque além de perceber a mobilidade dos tempos,
surpreendendo-se com os limites cognitivos impostos pela descoberta da
relatividade da condição humana, o sujeito do conhecimento histórico se torna
profundamente consciente de sua própria historicidade e nela se instala
epistemicamente. (...) Em resumo, o reconhecimento da historicidade da
consciência compreensiva (...) reclama pela elaboração de uma história social do
conhecimento ou, caso se prefira, uma sociologia do conhecimento (esta foi a
solução de Karl Mannheim) – que a um só tempo ofereça estrutura conceitual e
lastro histórico àquele que conhece. ” (CÔRTES, 2003:49-57) É, portanto, a
partir da perspectiva da sociologia do conhecimento que se desenvolverá este
estudo, observando o desenvolvimento do campo acadêmico do jornalismo
como “realidade objetiva” e, ao mesmo tempo, como “realidade subjetiva”
(BERGER & LUCKMANN, 1973).
3. Metodologia:
Ao discutir a História e sua relação com o Jornalismo como campo de pesquisa,
Romancini (2007) destaca o papel da Nova História Cultural, que “seria uma
corrente exemplar no ‘paradigma pós-moderno’; “Inclusive em termos de novos
aportes temáticos e metodológicos, em comparação com a corrente ‘moderna’.
Em verdade, uma espécie de centralidade dada à categoria cultura faz com que
ela seja estudada numa grande variedade de enfoques (...). Há, pois, conforme
certas áreas, uma nítida aproximação com o contemporâneo, ou pelo menos
com um tempo histórico mais próximo do historiador. E daí a utilização de
técnicas de investigação mais tradicionais das ciências sociais (...) e mesmo de
outras técnicas que hoje já adquirem estatuto metodológico propriamente
histórico, devido à reflexão realizada a respeito, como a história oral, em suas
várias dimensões (...) (ROMANCINI, 2007:28-9).
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Neste caminho, propomos uma triangulação de técnicas de pesquisa a ser
empregada, passando inicialmente pela análise de documentos que registram a
constituição e evolução histórica do campo, especialmente a bibliografia a
respeito do ensino e da pesquisa do jornalismo desde o início do Século passado,
como nos primeiros livros e mais longevos periódicos da área.
A segunda técnica, complementar, será a realização de entrevistas com da
área de jornalismo e comunicação sobre a questão do ensino e da pesquisa em
jornalismo. Na medida em que os recursos possibilitarem, entrevistas
presenciais serão realizadas também com professores e pesquisadores de outros
países, assim como em eventos acadêmicos que ocorram no período da
pesquisa, ou pelo menos por meio eletrônico.
A terceira técnica, também complementar, na medida em que as
oportunidades permitirem, será a imersão do pesquisador na vida acadêmica e
na cultura dos países estudados, por curtos períodos, permitindo uma
observação participante inspirada na tradição da etnometodologia (COULON,
1993), a partir da experiência de pós-doutorado realizada na University of
Texas. Como observou George Zarur (1984), em sua pesquisa antropológica
sobre uma comunidade de pescadores dos Estados Unidos, “apesar dos relatos
de viagem à América serem comuns, são raros os estudos etnometodológicos
que invertem a lógica colonial, ou seja, realizados nas metrópoles por
pesquisadores de suas periferias”. E embora a etnometodologia tenha também
levado diversos sociólogos às redações, propiciando a rica contribuição do
newsmaking aos estudos de jornalismo, também são raras as iniciativas em que
suas técnicas são aplicadas para uma melhor compreensão do universo
acadêmico da área. Neste caso, o distanciamento das disputas paroquiais,
permitindo ao pesquisador a observação de uma situação diversa da que está
inserido, possibilitará não apenas uma perspectiva comparativa, mas
provavelmente também uma clareza maior sobre o debate da questão no Brasil.
A imersão em outras sociedades e culturas permite que enxerguemos de forma
mais nítida as nossas, como já constatamos também na pesquisa de doutorado
realizada em Portugal (MEDITSCH, 1999) e tem sido apontado por
antropólogos importantes (DA MATTA, 1981; 1984).
A aplicação dessas técnicas complementares será adotada
estrategicamente, a partir das condições encontradas e também das possíveis de
construir. Para tanto, está prevista uma fase exploratória da pesquisa de campo,
paralela à busca de documentos e à revisão bibliográfica previstas. No conjunto,
espera-se colher uma rica quantidade de dados qualitativos e eventualmente
alguns quantitativos que forneçam evidências empíricas de suporte à análise
pretendida da institucionalização do campo.
A hipótese de trabalho de que partimos é de que a identificação e
descrição dos frames que se tornaram hegemônicos na área a respeito do
jornalismo e de seu estudo, quer do ponto de vista da Comunicação como
disciplina, quer do ponto de vista profissional do Jornalismo, a partir de sua
institucionalização social e cognitiva, ajuda a explicar suas dificuldades
epistemológicas.
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4. Alcance, Resultados, Contribuições e Metas:
Os resultados das três fases da pesquisa serão publicados numa trilogia. O
primeiro livro, intitulado "A decepção de Pulitzer: utopia e realidade na
implantação do campo acadêmico do jornalismo nos Estados Unidos" está em
fase final de produção. Resultados parciais já foram publicados em forma de
artigos, comunicações em congresso e capítulos de livros (MEDITSCH, 2010,
MEDITSCH; SPONHOLZ, 2011, MEDITSCH 2011b, 2011c, 2012a, 2012b,
2012c). O segundo livro tem como título provisório "A Faculdade de Jornalismo
na América Latina: história de um campo acadêmico heterônomo", está em fase
inicial de redação. O terceiro livro vai tratar da formatação da área acadêmica
da Jornalismo e da Comunicação na Europa, desde a origem do campo na
Alemanha e na França, até a sua inserção no contexto de uma batalha mundial
pelas consciências protagonizada na Guerra Fria. Capítulos do segundo e
terceiro também serão formatados como artigos para periódicos e comunicações
em congressos. A projeto prevê orientações de mestrado, doutorado e iniciação
científica relacionadas, algumas já iniciadas. Como atividade complementar, se
prevê a tradução e publicação em língua portuguesa de textos fundamentais
para a história do campo, como a História da Ciência dos Jornais Alemã
publicada por Otto Groth (1948).
5. Objetivos:
O objetivo central desta pesquisa é aumentar o conhecimento sobre a história
intelectual do Jornalismo no campo acadêmico. O projeto, a ser desenvolvida ao
longo do próximo quadriênio, como bolsista de Produtividade em Pesquisa do
CNPq,
pretende investigar este percurso no contexto europeu, dando
prosseguimento à investigação iniciada nos Estados Unidos. O início da
pesquisa pelos Estados Unidos se deveu ao fato daquele país ter ocupado um
papel de inegável centralidade nos acontecimentos que moldaram o objeto de
estudo no período em análise, apesar da história da área acadêmica do
Jornalismo ser mais antiga em outros países europeus (FROHLICH & HOLTZBACHA, 2003; SOUSA, 2004; PIETLÄ, 2008; TERZIS, 2009).
A etapa que será iniciada em 2014 foca portanto o panorama europeu,
com ênfase na Alemanha, berço dos primeiros estudos acadêmicos da área no
Século XVII e pioneira na institucionalização de uma Ciência dos Jornais
(Zeitungwissenchaft) no Século XIX; nos países do Leste europeu, onde se
desenvolveu uma teoria marxista do jornalismo desde a Revolução Russa; e na
França, que também instituiu uma Science de la Presse antes da Segunda
Guerra Mundial. A partir da constatação do forte protagonismo internacional da
Unesco, durante a Guerra Fria, na estruturação da área acadêmica a partir de
então, esta etapa prevê também a recuperação da história desta atuação, a partir
da sede central da Unesco em Paris e do Centre International d'Enseignement
Supérieur du Journalism, implantado pela entidade na Université de
Strasbourg, que serviria de modelo para os centros regionais implantados mais
tarde no terceiro mundo, como o Ciespal na América Latina. Paralelamente, se
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prosseguirá na complementação dos dados sobre o percurso latino-americano,
apurados na fase da pesquisa ora em andamento, e no que já foi apurado sobre
os Estados Unidos, principal influência na formatação do ensino de jornalismo
no Século XX, estudado na primeira fase, realizada no estágio de pós-doutorado
na Universidade do Texas.
6. Justificativa:
Diversos estudos na área, como os de ZELIZER (2004) e SCHOEMAKER &
COHEN (2006), tem relembrado uma constatação incômoda, feita já há trinta
anos, desde que diversos sociólogos norte-americanos decidiram passar um
tempo observando internamente as redações de seu país para estudar a
produção e a natureza da notícia (PHILLIPS, 1976; TUCHMAN, 1978; GANS,
1979; FISHMAN, 1980): nas palavras de Phillips (1976:88), “os jornalistas não
conceituam suas próprias experiências, nem situam as situações concretas num
contexto teórico mais amplo”. No ano de 2009, ao participar do julgamento de
um prêmio internacional de reportagem, tive mais uma evidência da
persistência desta questão, ao ser confrontado por colegas de júri com um
questionamento sobre a atividade acadêmica: “por que o jornalismo precisa de
uma teoria?”, perguntaram.. No debate, o que mais me surpreendeu nesta
posição foi o fato de ser compartilhada por profissionais renomados e com
experiência docente em instituições paradigmáticas, como a Columbia
University e a Deutsch Welle, sendo que os Estados Unidos e a Alemanha são
considerados os dois principais berços das teorias do jornalismo estudadas em
todo o mundo.
A dificuldade e/ou o desprezo constatados nessas situações, após tanto
tempo e tantos estudos realizados, enfatiza um dos problemas crônicos do
processo de profissionalização do ofício em nível internacional: a inexistência de
um corpo de conhecimentos específicos, amadurecido filosófica e
cientificamente, consensuado internamente e reconhecido socialmente para
justificar o fechamento do mercado de trabalho a seus portadores, em nome da
qualidade da prestação de um serviço público – o pré-requisito para o
reconhecimento de qualquer profissão (REESE, 1999; FIDALGO, 2008). No
Brasil, este déficit teórico ficou evidente na derrota sofrida pela categoria
profissional em 2009, com a decisão do Supremo Tribunal Federal que
derrubou a exigência do diploma específico para o seu acesso, que vigorava no
país há 40 anos.
Mas se, por um lado, tal déficit demonstra a fragilidade do processo de
profissionalização do Jornalismo (sua dificuldade de ultrapassar o nível de
quase-profissão), por outro denota o estágio de desenvolvimento do campo
acadêmico em que está inserido, e que assume a responsabilidade pela formação
profissional específica no nível universitário. Ao não fornecer, ao meio
profissional a que está institucionalmente vinculado, as teorias de que este
necessita para afirmar a sua especificidade e relevância, a área acadêmica do
Jornalismo ou da Comunicação (qualquer que seja o ângulo com que seja
observada neste sentido) também expõe fragilidades no processo de sua própria
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legitimação científica (sua dificuldade de ultrapassar o nível de quasedisciplina). Os desafios da “profissionalização acadêmica” (REESE & COHEN,
2000), e do reconhecimento da área no campo acadêmico (BOURDIEU, 2005,
2011; SPROULE, 2008) também passam, desta forma, pelo enfrentamento da
questão.
Os debates travados no meio acadêmico brasileiro, em 2009, a respeito
da desregulamentação da pro-fissão de jornalista pelo Supremo Tribunal
Federal, e do Projeto de novas Diretrizes Curriculares Nacionais para os Cursos
de Jornalismo, elaborado sob o impacto da mesma, trouxeram à tona, mais uma
vez, as fissu-ras na “institucionalização cognitiva” do campo, que tensionam
periodicamente a sua “institucionalização social” (WHITLEY, 1974).
Partimos da referência de Berger & Luckmann a respeito do papel das
instituições para orientar os atores sociais: “As instituições foram criadas para
aliviar o indivíduo da necessidade de reinventar o mundo a cada dia e ter de se
orientar dentro dele. As instituições criam ‘programas’ para a execução da
interação social e para a ‘realização’ de currículos de vida. Elas fornecem
padrões comprovados segundo os quais a pessoa pode orientar seu
comportamento. Praticando esses modos ‘prescritos’ de comportamento,
aprende a cumprir as expectativas ligadas a certos papéis (...). Quando as
instituições funcionam normalmente, o indivíduo cumpre os papéis a ele
atribuídos pela sociedade na forma de esquemas institucionalizados de ação e
conduz sua vida no sentido de currículos de vida assegurados
institucionalmente, pré-moldados socialmente e com alto grau de autoevidência. Em seu resultado, as instituições substituem os instintos:
possibilitam um agir para o qual nem sempre é preciso pesar cuidadosamente as
alternativas. Muitas interações sociais importantes, do ponto de vista da
sociedade, são realizadas de forma quase automática”. No entanto, como
observam os autores, na socialização das instituições há pequenas fissuras,
quando não verdadeiras rupturas (BERGER & LUCKMANN, 2004:55-56).
A literatura internacional sobre o ensino e a pesquisa em Jornalismo tem
demonstrado que as fissuras são mais gerais do que suas manifestações
pontuais, discutidas nos variados contextos universitários nacio-nais
(MEDSGER, 1997; REESE, 1999; TURNER, 2000; ADAM, 2001; BROMLEY et
al., 2001; SKINNER et al., 2001; SCHADE, 2006; PIETLÄ, 2008, FELAFACS,
2009, DONSBACH, 2013, POYNTER, 2013). Inserido num processo de
mundialização da cultura, em que a internacionalização da ciência tem papel de
vanguarda (ORTIZ, 1994), é pouco provável que o problema da construção do
consenso necessário ao amadurecimento epistemológico do campo encontre
soluções políticas localizadas, quaisquer que elas sejam. As novas formas de
sociabilidade, marcadas pela webemergência como tecnologia intelectual
dominante (MEDITSCH, 2008), e caracterizada por uma longa cauda
rizomática de redes transnacionais articuladas sobre interesses comuns e cada
vez mais específicos, traz novos desafios à questão ainda não solucionada da
unicidade e diversidade da área da Comunicação.
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7. Cronograma:
Durante os quatro anos da pesquisa será feita a coleta, análise de dados e
publicação de resultados parciais pelo autor, assim como a orientação de
projetos de doutorado, mestrado e iniciação científica relacionados ao tema. Ao
final do período será publicado o resultado geral da pesquisa.
8. Bibliografia:
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