Peregrino

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Peregrino
Peregrino
das Letras
Informação, Cultura e Livre Expressão
IMPRESSO
DISTRIBUIÇÃO DIRIGIDA
www.jperegrino.com.br
Ribeirão
SP- Ano
- Ano
- Nº
10 - fevereiro/2006
RibeirãoPreto
Preto -- SP
IV -VI
Nº 41
- Setembro/2003
- R$ 1,00
PREÇO NAS BANCAS R$1,00
“Que a tua sabedoria não seja uma humilhação para o teu próximo”. Omar Khayyan
PROPOSTA DE ORTOGRAFIA FONÊMICA PARA A LÍNGUA PORTUGUESA
A LÍNGUA PORTUGUESA, nas suas formas falada e escrita, é certamente um patrimônio coletivo de valor inestimável de que
desfrutam brasileiros, portugueses e africanos. Contudo, a ortografia de que dispomos, erigida sobre um alfabeto com letras multíssonas,
conduz a freqüentes dúvidas ao escrever, tornando muitas vezes obrigatória a consulta a dicionários só por razões de ortografia.
Visando eliminar tais irregularidades, propõe-se seja adotada na prática, a ortografia fonêmica definida como: “Cada letra só tem um
som, e vice-versa”...
PÁGINAS 6 e 7
FEBRE MACULOSA
A HORA E A VEZ DA POESIA
A Febre Maculosa é uma zoonose (doença que pode ser
transmitida de um animal para a espécie humana) somente através
da picada de carrapatos da espécie Amblyomma cajennense,
popularmente conhecidos como “carrapato estrela” ou “carrapato
do cavalo”, seja tanto na forma adulta quanto na forma de larvas
ou ninfas (popularmente chamados de “micuins”), portanto não é
possível a transmissão direta do homem para o homem e nem de
animal para animal...
Folheando uma revista de meses atrás, numa sala de espera,
encontrei um artigo sobre “poesia na era da pressa”, ou seja, a
atual..
O artigo dizia que hoje não se tem tempo mais para ler
romances, porque são muito longos. Essa idéia de que o romance
consome muito tempo seria de Camile Paglia, também comentada
numa edição do “Mais” da Folha de São Paulo. O mundo hoje é
da pressa, da televisão, do cinema, do videogame e tantas outras
coisas que incluem rapidez. Então é tempo de ler poesia...
PÁGINA 3
PÁGINA 5
LIVROS
PLANTAS,
FRUTAS E
ERVAS
SÍSIFO NÃO MORREU
Begônia
Essência de alfazema
Amendoeira
Abacaxi
“Não terei compaixão de seus filhos, pois são filhos da
prostituição”. (Oséias – 1,6)
Embora todos os pensadores preconizem que, ao longo dos
séculos, o homem vem evoluindo e, mais recentemente, o vem
fazendo a passos largos em vista dos incontroláveis efeitos da
tecnologia de comunicação, a verdade é que, na essência, este
homem continua (quase) o mesmo.
No livro Ponto de Ruptura e Transformação, Cultrix, 1990,
George Land e Beth Jarman afirmam “o que hoje experimentamos
não tem precedentes na história registrada. (...) As constantes
comutações que se operam sob as manchetes do dia-a-dia
assinalam mudanças, não de grau, mas de tipo. O fato que
devemos encarar é: a própria mudança mudou!” (p. 16) De que
mudança da mudança falam eles?...
PÁGINAS 3 e 9
PÁGINA 8
Entre o céu e a terra – Nilva
Mariani – Editora Legis
Summa
Gestão de Recursos Humanos
– Gilson José Fidelis, Márcia
Regina Banov - Editora Érica
Ltda.
Dominando a Arte da Guerra
– Liu Ji e Zhuge Liang – Grupo
Editorial Madras
Ninguém morre de trabalhar –
Osmar de Almeida Santos –
Editora Textonovo
PÁGINA 11
Peregrino
2
Informação, Cultura e Livre Expressão
Editorial
E lá vem carnaval. Parece que foi ontem, não é? O tempo anda
passando depressa demais. Ainda bem que as coisas boas não
passam. E falando em coisa boa, resolvemos relembrar uma música
de carnaval composta por Paulinho da Viola, em 1969, em
homenagem à Portela, escola de seu coração. Lá vai a letra. Letra
com sentimento dos bons. Música que faz sentir. Bom Carnaval
para todos.
Foi um rio que passou em minha vida
Se um dia
Meu coração for consultado
Para saber se andou errado
Será difícil negar
Meu coração tem mania de
amor
Amor não é fácil de achar
A marca dos meus desenganos
Ficou, ficou
Só um amor pode apagar!
Porém, ai, porém
Há um caso diferente
Que marcou num breve tempo
Meu coração para sempre
Era dia de carnaval
Carregava uma tristeza
Não pensava em novo amor
Quando alguém que não me
lembro
Anunciou!
Portela, Portela!
O samba trazendo alvorada
Meu coração conquistou
Ah! Minha Portela
Quando vi você passar
Senti meu coração apressado
Todo meu corpo tomado
Minha alegria voltar
Não posso definir aquela azul
Não era do céu
Nem era do mar
Foi um rio que passou em
minha vida
E meu coração se deixou
levar...
Mariza Helena Ribeiro Facci Ruiz
[email protected]
JPeregrino
(16) 3621 9225 /
Comunicação Visual Ltda.
9992 3408
e-mail: [email protected]
JPeregrino Comunicação Visual Ltda.
Peregrino - 1ª edição - Maio / 2000
Direção
José Roberto Ruiz - MTb 36.952
Redatora
Mariza Helena R. Facci Ruiz
[email protected]
WebDesign
Francisco Guilherme R. Ruiz
Impressão
Gráfica Spaço
Ribeirão Preto - SP - fevereiro/2006
Envelhecer
Envelhecemos todos os dias
porque o envelhecer outra coisa não
é que a passagem do tempo e
Cronos come seus filhos sem dó
nem piedade. Envelhecemos mesmo
quando não nos damos conta disso,
mesmo quando ainda não surgiram
os sinais de velhice. Sabemos que
somos seres fadados a envelhecer a
não ser que morramos antes. No
entanto a velhice nos surpreende.
Surpreendemo-nos quando nos
olhamos no espelho e percebemos,
de repente, as primeiras rugas, a
flacidez no rosto, a flacidez no corpo.
Surpreendemo-nos com as primeiras
inseguranças no andar, com a
constatação de que já não temos a
mesma energia de antes. Não nos
preparamos para a velhice, assim
como não nos preparamos para a
morte. O ficar velho, que faz parte
de nossa estadia aqui na Terra,
apresenta-se a nós como um castigo. Queremos evitá-lo a qualquer
custo.
A indústria de cosméticos
apregoa que pode adiar a passagem
dos dias. Corremos como loucos
contra o relógio. Hoje, mascaramos
os sinais de velhice no decorrer dos
quarenta, dos cinqüenta, dos
sessenta. Nada contra tratarmos do
corpo, da pele, envelhecermos belos
e atraentes. Porém há que ter certeza
que a velhice virá. Ela nos concede
um tempo e chega calma e tranqüila
a nos impor sua presença. Aos
setenta não há como enganar
ninguém.
Por outro lado mesmo que
consigamos enganar as pessoas tive uma tia que diminuía de idade a
cada década – não podemos nos
enganar. Sabemos quantos anos
vivemos, sabemos de nossas lutas,
de nossos cansaços. Sabemos dos
esforços que tivemos de fazer para
esconder nossa idade. Nossos
olhos refletem nossas experiências,
mesmo que o corpo as desminta.
A velhice não é aceita porque
não nos preparamos para ela. Não
se trata de nos tornarmos velhos(as)
mocorongos(as). O cuidado com
nossa aparência é e deve ser fundamental. Podemos chegar à velhice
belos(as), atraentes e plenos
mentalmente, intelectualmente,
espiritualmente. Não chegaremos,
porém, se não a aceitarmos. É como
deixar algo guardado no armário por
muitos anos a portas cerradas. Um
dia a porta será aberta e teremos que
olhar o que deixamos de olhar. O
impacto será então muito maior.
E porque não aceitamos a velhice
nos afastamos dela e não respeitamos os velhos e não queremos
olhá-los porque revelam o que nos
tornaremos. O respeito a meu ver
significa tratá-los como pessoas
ativas e não como crianças
balbuciantes, não como se não
entendessem o que dizemos, não
como se jamais tivessem vivido
experiências como as nossas.
E porque não aceitamos a velhice
nos tornamos velhos e sentimos
culpa por chegarmos a tal fase da
vida. E nos recolhemos, e temos
medo de que a nossa presença
incomode as pessoas. O círculo se
torna vicioso.
É preciso que nos demos conta
disso. É preciso mudar o conceito
de que velhice é algo de que temos
que nos envergonhar. O velho perde
o poder da presença. Só não o perde
o velho famoso. Imaginem se alguém
vai depreciar um José Saramago!
Então como farão os velhos
comuns e nós que nos tornaremos
ou que estamos nos tornando
velhos comuns para fazermos
presença, para que nos enxerguem
como seres em nova fase de vida,
tão importantes quanto cada
pequeno ser que habita nosso
planeta?
Bem, penso que os velhos podem
começar a parar de culpar-se porque
são velhos, parar de se colocarem
na posição de vítimas porque ficaram
velhos. É um caminho.
No entanto o primeiro passo é
começar por informar as crianças
sobre os ciclos da vida. Nascemos,
vivemos, morremos. Ficamos
velhos. Tudo deve ser levado em
conta. Tudo tem sua importância.
Não somos melhores na infância,
nem na juventude. Somos seres que
evoluem, para os quais toda fase é
importante. Devemos nos desgarrar
do que já se foi para vivermos o
novo. O novo da adolescência, o
novo da maturidade, o novo da
velhice.
Mariza Helena Ribeiro Facci Ruiz
Terapeuta Floral
Practitioner pela Dr. Edward Bach
Foundation, Escritora e membro
da UBE
[email protected]
Assinatura do Peregrino
06 meses - R$15,00 / 12 meses - R$30,00
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Ribeirão Preto - SP - fevereiro/2006
Peregrino
Febre Maculosa
A Febre Maculosa é uma
zoonose (doença que pode ser
transmitida de um animal para a
espécie humana) somente
através da picada de carrapatos
da espécie Amblyomma
cajennense, popularmente
conhecidos como “carrapato
estrela” ou “carrapato do
cavalo”, seja tanto na forma
adulta quanto na forma de larvas
ou ninfas (popularmente
chamados de “micuins”),
portanto não é possível a
transmissão direta do homem
para o homem e nem de animal
para animal.
O agente causador dessa
enfermidade é uma bactéria
denominada Rickettsia rickettsii, que necessita do
carrapato como hospedeiro
intermediário, que a contrai
picando um animal portador da
doença, denominado “reservatório”, ou seja, que convivem
com a bactéria mas não
apresentam sinais clínicos da
doença (portadores sãos).
Dentre esses “animais reservatórios” podemos citar o
3
Informação, Cultura e Livre Expressão
coelho, aves, eqüinos, bovinos,
além dos silvestres, capivara e
roedores. Os cães raramente
apresentam sintomas da doença,
que são bastante leves quando
ocorrem e podem nem ser
percebidos pelos proprietários.
Em alguns casos podem ocorrer
febre alta, inapetência, além de
manchas ou pontos avermelhados na pele. Quando o
carrapato se fixa à pele, devido
a questões metabólicas de seu
organismo, o tempo que transcorrerá para ocorrer a infecção
será em torno de 4 a 6 horas,
portanto é preciso que se fique
bastante atento e caso ocorra
uma infestação é de fundamental
importância que se elimine o mais
rápido possível os parasitas da
pele.
No caso do homem, os
principais sinais de infecção são
febre bastante alta, além da
presença de manchas avermelhadas pelo corpo. O médico
deverá ser procurado o mais
rápido possível para que se inicie
o tratamento, aumentando assim
as chances de uma cura mais
rápida. No Brasil a incidência
dessa enfermidade felizmente é
baixa, apresentando maior
ocorrência em zonas rurais,
muito embora a mídia venha
divulgando com muita veemência casos confirmados
positivos ocorridos em diversas
regiões do país. Portanto,
finalizando, caso seu cão
apresente infestação por
carrapatos, não há motivos para
alarde com relação à Febre
Maculosa, a não ser que na
região haja a presença de algum
foco da doença. É de fundamental importância o controle
e a erradicação dos carrapatos,
que também transmitem outras
doenças aos cães, dentre elas a
erlichiose, sobre a qual já
discorremos há algum tempo
neste jornal, além da babesiose
e anaplasmose, cujos quadros
são bastante parecidos e devem
ser diagnosticados com a
máxima precocidade pelo clínico
veterinário, que também será o
melhor consultor para a
indicação de produtos com
maior eficácia e eficiência para
o controle e erradicação dos
carrapatos, tanto do meio
ambiente quanto dos animais.
Deve-se ter em conta que o
produto de eleição seja mortal
para os parasitas e atóxico para
os animais, pois costumamos
atender diversos casos de
intoxicação, muitas vezes fatais,
pelo uso indiscriminado de
produtos “vendidos em balcões
e indicados por leigos”. Procure
sempre um profissional da sua
confiança.
Dr. Mussi A. de Lacerda
Médico Veterinário
CRMVSP 3065
Begônia-asa-de-anjo
Begonia “Corallina de
Lucerna”
A begônia-asa-de-anjo fica
florida quase o ano todo
chamando a atenção também
para seus bonitos cachos de
flores cor de coral. Como ela
cresce vigorosamente e forma
densas touceiras, você deve
podar pelo menos uma vez
por ano.
Luz: Média a alta intensidade,
próximo a uma janela de face
norte ou leste.
Temperatura: 18 a 24 ºC,
tolerando até 13ºC.
Água: Regue generosamente,
mas espere o solo do vaso
secar, antes de regar novamente.
Adubação: A cada 1 ou 2
meses.
Propagação: Estacas de
ponteiros ou de folhas.
Cuidados especiais: Quando a planta atingir cerca de
1,50 m, pode para estimular
a brotação, deixando-a com
30 cm.
Problemas comuns: Se
houver perda excessiva de
folhas, diminua a freqüência
das regas.
Fonte: Flora – Essencial –
Um guia prático para a
saúde e beleza.
Peregrino
4
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Ribeirão Preto - SP - fevereiro/2006
Apresentações orais - V: Recursos de oratória
No capítulo anterior, vimos a
importância da comunicação
frente a frente. Independente do
aparelho de projeção, retroprojetor ou projetor multimídia, o
apresentador deve olhar para o
público o máximo de tempo
possível. De pé, jamais sentado,
o apresentador distribui o seu
olhar de modo a varrer todo o
público. Nada de estabelecer um
ponto fixo ou de priorizar algumas
pessoas do auditório.
À comunicação frente a
frente se adicionam os chamados recursos de oratória. O
primeiro deles é a movimentação.
De maneira moderada, movimentar-se o tempo todo. Não
ficar imóvel, nem preso ao
microcomputador. Com a
necessidade de clicar o teclado
do microcomputador para
avançar os slides ou os tópicos
de cada slide, muitos apresentadores descuidam e se
acomodam junto ao micro.
Outro recurso é a gesticulação. Usar sempre uma
gesticulação moderada, alternando as duas mãos, entre a linha
de cintura e o queixo. Nunca
abaixo da linha de cintura, nem
acima do queixo.
Por último, a voz. Em apresentações orais, obviamente a
voz tem importância capital. Não
havendo microfone, o volume ou
intensidade de voz tem que ser
compatível com o tamanho da
sala e a sua acústica. Até na
última fila tem que ser audível.
O ritmo da fala deve ser moderado, nem muito acelerado,
como certos nordestinos falam,
nem muito devagar como alguns
mineiros típicos do interior. A
dicção, ou articulação como
preferem os fonoaudiólogos,
também precisa ser bem exercida para que as palavras sejam
pronunciadas claramente. E,
para completar, a entonação não
pode ser esquecida. É a melodia
fala. A ausência da entonação é
que estabelece a monotonia
(etimologicamente, um único
tom).
Concluindo essa série de
cinco capítulos sobre as apresentações orais, lembremos que
as apresentações são sempre
oportunidades de sucesso. Para
que essas oportunidades não
sejam desperdiçadas, basta
empregar a técnica de apresentação. A técnica, que desempenha o papel de embalagem
do produto (considerando como
produto o conteúdo da apresentação), é constituída por uma
tríade. A elaboração dos slides,
usando de criatividade e fugindo
das regras de texto, a utilização
do aparelho de projeção, de
modo a priorizar a comunicação
frente a frente, e o emprego dos
chamados recursos de oratória.
Muito sucesso nas suas
próximas apresentações!
O Moço
e se bebo da taça gota a gota...
Ora! Então pouco se me dá quanta
gota resta!
quantos versos ouvi, quantos
cantei.
Não me perguntem quantos anos
tenho, e, sim,
quantas cartas mandei e recebi.
Se mais jovem, se mais velho...o
que importa,
se ainda sou um fervilhar de
sonhos,
se não carrego o fardo da
esperança morta...
Não me perguntem quantos anos
tenho, e sim,
quantos beijos troquei - beijos de
amor!
Se a juventude em mim ainda é
festa,
se aproveito de tudo a cada
instante,
Não me perguntem quantos anos
tenho, mas...
queiram saber de mim se criei
filhos,
queiram saber de mim que obras
fiz,
queiram saber de mim que amigos
tenho,
e se alguém pude eu tornar feliz.
Não me perguntem quantos anos
tenho, mas...
queiram saber de mim que livros li,
queiram saber de mim por onde
andei,
queiram saber de mim quantas
histórias,
Colaboração: José Carlos
Cintra
Prof. Titular, USP / São
Carlos
[email protected]
E assim, somente assim, todos
vocês,
por mais brancos que estejam
meus cabelos,
por mais rugas que vejam em meu
rosto,
terão vontade de chamar “O
Moço!”
E, ao me verem passar aqui...alí...
não saberão ao certo a minha
idade,
mas saberão, por certo, que eu
vivi!
Moacyr José Sacramento
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Ribeirão Preto - SP - fevereiro/2006
Peregrino
A hora e a vez da poesia
Folheando uma revista de meses
atrás, numa sala de espera, encontrei
um artigo sobre “poesia na era da
pressa”, ou seja, a atual..
O artigo dizia que hoje não se
tem tempo mais para ler romances,
porque são muito longos. Essa idéia
de que o romance consome muito
tempo seria de Camile Paglia,
também comentada numa edição do
“Mais” da Folha de São Paulo. O
mundo hoje é da pressa, da televisão, do cinema, do videogame e
tantas outras coisas que incluem
rapidez. Então é tempo de ler poesia.
Curiosa colocação. Está correta,
colocando-se o tempo como mediador entre a arte literária e os
entretenimentos citados cada vez
mais convidativos. Todos, porém,
consomem tempo, mais, ou menos,
mas consomem. E tempo é uma
questão de preferência. Cabe à
pessoa decidir se prefere um seriado
ruinzinho na televisão, desses
importados a granel, um programa
de auditório, uma novela ou ler um
bom romance ou outro livro mais útil
e interessante que tais programas.
A poesia ganha espaço nessa
competição porque consome menos
tempo, a não ser que se queira ler
Os Lusíadas ou A Divina Comédia.
Hoje não mais se escrevem
poemas épicos e epopéias, especialmente tão longas como essas.
Mesmo no conceito moderno de
épico, em que o “eu” do poeta
funciona como uma espécie de
grande tela onde se projetam os
“eus” da Humanidade, ou, se se
quiser, o “eu” essencial de todo
homem”, conforme o professor
Massaud Moisés; os poemas são
mais curtos e seus temas são
universais, nascem das inquietudes
humanas, dos eternos problemas
fundamentais que afligem o ser
humano.
O mesmo poeta pode ser ora
lírico, expressando emoções e sentimentos comuns à maioria das
5
Informação, Cultura e Livre Expressão
pessoas, ora épico, mergulhando em
profundidade no “eu”, para transcendê-lo e tentar abarcar toda a
Humanidade. Poetas como Fernando Pessoa, Cruz e Sousa,
Baudelaire, Walt Whitman e tantos
outros.
São poetas que merecem ser
lidos sempre, mesmo que tomem o
tempo de um romance, voltando à
idéia inicial. Ou então, ler devagarinho, um poema por vez,
sentindo-o, impregnando-se dele,
sempre que o tempo permitir, mas
não deixar de ler. Um antigo mestre
dizia que a literatura é a rainha das
artes e a poesia a pedra mais
preciosa de sua coroa. E literatura é
uma arte temporal, não nos
esqueçamos.
O artigo, a que me referi no início,
diz ainda que hoje é o dia D da
poesia, como uma vingança contra
a prosa, mas que é preciso reaprender a ler poesia. De fato. Há
gente, entretanto, que nunca leu
poesia, gente que se considera
razoavelmente culta, boa classe
social e educação. Nem sequer
imagina o que está perdendo ou
deixando de ganhar em aprimoramento do espírito, sensibilidade,
beleza, cultura...
Uma vez, num curso de
reciclagem para professores, li um
poema como gosto de fazer, declamando, com toda a sensibilidade
que o texto exigia e de que eu era
capaz, e disse aos alunos-colegas
aos quais fazia a palestra, que assim
é que deveriam ler os poemas para
seus alunos, expressivamente, para
que o entendessem bem, porque os
alunos não sabem ler poesia. Uma
jovem professora perguntou então:
“Mas quem tem coragem?” Francamente...na hora, o impacto foi tão
grande que demorei a responder.
Assim nunca haverá hora e vez da
poesia, nem para essa professora de
Português que tem vergonha de ler
para seus alunos.
Infelizmente, como tudo na vida,
há professores e professores. Por
isso, conheço outras que até
estimulam os alunos a escreverem
poemas, orientando-os, fazendo
concursos de composição e interpretação e publicando, depois,
antologias das turmas. Assim, como
dizia um ex-colega e amigo que já se
foi para outros planos, “nem tudo
está perdido”.
Nilva Mariani
ARL - Academia Ribeirãopretana
de Letras
Crianças cuidadas por mãos
conscientes e amorosas
Conscientizar a sociedade a
respeito da importância do
cuidado para com a preservação da singularidade que
cada criança representa e
necessita vivenciar é fundamental. Desta forma ela
pode contribuir para o processo criativo da estória de
seus filhos. Educar uma criança
seja no âmbito familiar ou
social, hoje em dia, requer a
abertura da percepção amorosa para compreender seu
mundo.
Na fase da infância (0 –12
anos) a criança apreende o
mundo através do imitar, copiar
e, portanto ela se espelha em
todo e qualquer adulto que
com ela se relacione. Portanto,
todo adulto com o qual mantém uma relação afetiva, tornase professor, pois a criança o
tem como modelo.
No mundo atual onde a
realização profissional da
mulher está cada vez mais
sendo solicitada, a criança tem
se tornado uma vítima do
sistema sendo literalmente
desconsiderada em suas necessidades básicas de contato
amoroso, íntimo, estável e
permanente de uma figura
parental (pessoa que se
comporta e se relaciona com a
criança como um pai ou mãe
amorosos e com maturidade
emocional adequada) que lhe
transmita total segurança,
apoio, aceitação, aprovação,
consideração, reconhecimento
de sua potencialidade e do
espaço que veio ocupar dentro
da grande família humana à
qual todos nós pertencemos.
A criança que antes tinha a
oportunidade de usufruir um
espaço sagrado dentro de seu
lar, no qual se sentia segura
com seus objetos de amor
pessoais (brinquedos, irmãos,
pais, avós...) que contribuíam
para seu desenvolvimento, hoje
se encontra dividindo e sendo
dividida logo na primeira
infância pulando etapas de
amadurecimento o que repercutirá, no futuro, em problemas
de adaptação.
A primeira infância é
reconhecidamente uma fase
egóica em que a criança exige
ser o centro das atenções
amorosas e objetivas, através
do qual vai realizando a percepção da própria identidade
e aprendendo a amar. Se lhe
for solicitada, de forma
precoce, a convivência social
fora do seu ambiente familiar e
se suas necessidades não
forem atendidas a contento,
torna-se insegura diminuindo o
senso de confiança, que é a
base para adaptação psicossocial futura.
Silvana Cecílio Janeiro
Telefones: (16) 3620 7708
ou 9129 2066
PAE – PROTEÇÃO ATRAVÉS DA EDUCAÇÃO
BABÁS CONSCIENTES
A empresa PAE - Proteger Através da Educação - visa
atender a necessidade do mercado assegurando à família
a colocação de profissionais, babás conscientes,
previamente preparadas para atender as necessidades
básicas da criança em seu desenvolvimento físico, mental
e emocional.
Levar pessoas conscientes para cuidar da criança
evitará muitos contratempos no processo de
amadurecimento e desenvolvimento de sua identidade.
Telefones: (16) 3620 7708 ou 9129 2066
Silvana Cecílio Janeiro
Peregrino
6
Informação, Cultura e Livre Expressão
Ribeirão Preto - SP - fevereiro/2006
Proposta de ortografia fonêmica para a língua portuguesa (brasileira?)
(Segundo o KOF - Klube de Ortografia Fonêmika)
Introdução
A LÍNGUA PORTUGUESA,
nas suas formas falada e escrita,
é certamente um patrimônio
coletivo de valor inestimável de
que desfrutam brasileiros,
portugueses e africanos. Contudo, a ortografia de que
dispomos, erigida sobre um
alfabeto com letras multíssonas,
conduz a freqüentes dúvidas ao
escrever, tornando muitas vezes
obrigatória a consulta a dicionários só por razões de
ortografia. Visando eliminar tais
irregularidades, propõe-se seja
adotada na prática, a ortografia
fonêmica definida como: “Cada
letra só tem um som, e viceversa”.
Mudanças propostas para
escrita lógica e regular
1- G, com som de GUÊ. Ex:
gitarra, gerra, água.
2- J (substituindo o G com som
de J). Ex: jente, jirafa.
3- Não há letras mudas. Ex: oje,
otel.
4- Dígrafos NH, LH, RR
mantidos. Ex: manhã, folha,
karro.
5- N antes de qualquer
consoante e em sons nasais. Ex:
tanbén, tanpa, mantén.
6- K em lugar de C e Q. Ex:
kaza, keijo.
7- KS em lugar de X com som
de KS. Ex: sekso, táksi.
8- S em lugar de C com som de
S. Ex: senoura, sinema, sidade.
9- S em lugar de X com som de
S. Ex: esplikar, êstaze.
10- S em lugar de SS. Ex: misa,
asado.
11- X em lugar de CH. Ex: xave,
xamar.
12- Z em lugar de X com som
de Z. Ex: ezenplo, ezame, ezato.
13- Z em lugar de S com som
de Z. Ex: fraze, múzika.
14 - Palavras terminadas em A
nasal recebem apenas um til (~).
Ex: irmã, Irã, rã.
15- ALFABETO: 5 vogais: A,
E, I, O, U e 17 consoantes:
B(BÊ), D(DÊ), F(FÊ), G(GUÊ),
H(AGUÊ), J(JÊ), K(KÊ),
L(LÊ), M(MÊ), N(NÊ), P(PÊ),
R(RÊ), S(SÊ), T(TÊ), V(VÊ),
X(XÊ), Z(ZÊ).
Acentuação
Os monossílabos tônicos são
acentuados. Ex: só, pó, nó, sé,
pé.
As palavras oxítonas seguidas
ou não de S são acentuadas. Ex:
kajá, kajás, rapé, rapés.
As oxítonas, terminadas em L,
R não são acentuadas. Ex:
animal, farol, amar, pedir.
As paroxítonas não são
acentuadas. Ex: estudo, ponte,
ponbo, bonito.
Toda palavra proparoxítona é
acentuada. Ex: gramátika,
prédio, krítiko, próprio.
Texto exemplo
Konplikasão Ortográfika da
Antolojia ortofonêmika
brazileira – Volume nº1
Ningén ignora, todos senten
na pele: a ortografia do Brazil
está muito konplikada
atualmente. Ningén konsege
aprendê-la por konpleto. E os
ke aprenden kon serta
dezenvoltura fíkan uzando iso
para demonstrar status e
sabedoria - mas kuando
akaba, terminan senpre por
nesesitar de ir ao disionário de
vês en kuando para tirar
dúvidas ortográfikas. Mesmo
profisionais da palavra
kalejados, komo os revizores,
tên o disionário komo instrumento de trabalho.
Perdemos uma longa parte de
noso tenpo e de nosas enerjias
eskolares estudando ke ou tal
kual palavra se eskreve kon
“x” e não kon “z”, kon “ss”
e não kon “c”, kon “j” e não
kon “g”. E pior akabarnos
não aprendendo nunka. Uma
konplikasão!
Tudo iso porkê? Tudo devido
a uma tal “ortografia
etimolójika” ke andava em
moda na Fransa no fin do
sékulo pasado e ke os
portugezes adotaran ao fazer
sua reforma ortográfika en
1911. A mesma ortografia ke,
kon pekenas modifikasões, foi
adotada pelo Brazil en 1945 e
uzamos oje.
A etimolojia, todos saben,
ningén duvida, é uma siênsia
muito interesante, fasinante
mesmo, ke estuda a istória e a
orijen das palavras. Mas não
konfundamos as koizas. A
ortografia etimolójika não
estuda koiza nenhuma, apenas
atrapalha o estudo. Ou seja:
etimolojia é uma siênsia,
ortografia etimolójika, não.
Porkê ortografia, kualker ke
ela seja - é senpre apenas um
konvensão, a maneira
konven-sional de se pasar o
kódigo eskrito da língua. Deve
ser o mais sinples posível.
Kon efeito - pergunto eu porkê diabos deverian as
palavras fikar demonstrando
de onde vieran kada vês ke
são eskritas? Ke “mesa” se
eskreva kon “s” (enbora se
pronunsie “z”) porkê ven do
latin “mesan”.
E ke, ao kontrário, “razão”
(kujo “z” pronunsiamos igual
ao “s” de “mesa” se eskreve
kon “z” por ke ven do latin
“rationen” - e kovensionou
(veja ben: se konvensionou!)
ke o ke en latin se eskreveria
kon “t” deve en portugês ser
eskrito kon “z”... E asin por
diante, en milhares de
palavras.
(Afinal, kuando falamos, não
presizamos demonstrar a
Ribeirão Preto - SP - fevereiro/2006
orijen de palavra nenhuma no
son da fala...)
E o pior ainda não é iso. Animados kon sua pretensa
siênsia, os pretensos sientistas
da língua inventaram
etimolojias! Estabeleseran,
por ezenplo, ke kuando uma
palavra ven de linguas
nativas de negros afrikanos
ou índios brazileiros, o son “j”
é eskrito kon “j” mesmo e não
kon “g”: “jiló”, “canjica”.
Mas akontese, ke não é só a
orijen ke konta.
A istória da palavra tanbén!
Asin, a palavra “girafa”, ke é
de orijen afrikana, e deveria
pela própria konvensão dos
“sientistas ortográfikos” ser
eskrita “jirafa” não é, porkê
antes de vir para o portugês
pasou pelo italiano “giraffa”!
Iso é sério? Iso é sientífiko?
Siênsia não é brinkadeira,
jente! Siênsia é para
simplifikar, e não para
konplikar! Se os sientistas de
verdade fosen konplikados
komo eses tais “sientistas
orto-gráfikos”, jamais o omen
teria seker inventado a roda,
kuanto mais pizado na Lua!
Ainda ben ke eziste a proposta
fonétika kujo lema é a biunivosidade entre as letras e sons:
“Os mesmos sons as mesmas
letras; as mesmas letras os
mesmos sons”. Tudo aplikado sobre uma língua padrão
média do falar dos brazileiros.
Sonho inposível? Utopia?
Não.
Os de língua alemã tên
ortografia fonétika perfeita,
bazeada na língua padrão
kuja orijen foi a tradusão feita
por Lutero da Bíblia: O
hochdeutsch. Os xine-zes
bazearan a fonetizasão de sua
Peregrino
Informação, Cultura e Livre Expressão
eskrita no mandarin falado en
Pekin. E línguas ben prósimas
à nosa, komo o kasteliano e o
italiano, são línguas fonétikas.
Porkê não deskonplikarmos
tanbén nós, a nosa eskrita?
Eno Teodoro Wanke
Kolaborador do Klube de
Ortografia Fonêmika – KOF
(fundado en 1983)
Vantagens defendidas
Escrever é basicamente combinar consoantes com vogais, o
que pode ser feito conforme
padrões regulares. Assim,
acreditamos que tal proposta
para ortografia pelo som
facilitará a alfabetização das
crianças que usarão apenas a
lógica ao escrever.
Os professores não terão que
explicar o inexplicável, supervalorizando a etimologia. E
poderão se dedicar, com os
alunos, a estudos mais nobres,
como análise sintática, redação
e interpretação de textos.
Para quem está alfabetizado,
basta meia hora, ou até menos,
para adaptar-se à nova
ortografia.
A função morfológica das
palavras homógrafas seria
deduzida do contexto da frase
(como a palavra viajen - verbo
e substantivo).
A Língua Portuguesa ficaria
inteiramente preservada, sujeita
apenas às flutuações de
neologismos ou de semântica,
fenômenos dinâmicos independentes desta proposta.
A escrita é convencional. A
Língua Portuguesa já sofreu
reformas ortográficas. Ex:
Commissão - Comissão, Phísica
- Física, Chímica - Química,
Suísso - Suíço (algumas das
várias alterações ocorridas na
Língua Portuguesa Moderna)
Note-se que o comércio é
bastante receptivo à nova
ortografia fonêmica: Kibon,
Kazinha, Sinteko, Kombi,
Kalçados, Kodak, Sukita, Skol,
S.M. Kato, Kero Dose, Disk,...
7
FALAR BEM...
Prezado Leitor, nesta coluna,
espero poder esclarecer
algumas dúvidas a respeito da
Língua Portuguesa.
Opinião do gramático
Domingos Paschoal Cegalla
Sem dúvida, para os brasileiros
de hoje o sistema ortográfico de
1943 representa uma reforma
muito tímida. Uma simplificação
mais audaciosa haveria de ir
muito além, eliminando outros
signos inúteis, como o h inicial,
o s do dígrafo sc, o x do dígrafo
xc, etc., e restringindo o mais
possível o emprego do hífen e
dos acentos gráficos.
É sumamente desejável um
código ortográfico mais fácil e
mais adequado à comunicação
moderna.
Fonte: Cegalla, Domingos
Paschoal; Novíssima Gramática
da Língua Portuguesa; página
31; Companhia Editora
Nacional.
1. AO NOSSO VER a política
brasileira está com sérios
problemas.
Obs.: Esta proposta foi apresentada
no Congresso Brasileiro de Lingüística e Literatura, na SUAM,
1985, Rio de Janeiro, RJ - Brasil.
Veja, amigo leitor: ANTÁRDIDA
designa o continente. Ex.: Os
cientistas foram à Antárdida.
Prof. Manoel Moacir
Sisccati
ALARP – Academia de
Letras e Artes de Ribeirão
Preto, Delegado de
Esperanto
...e a Língua Portuguesa escrita
e/ou falada assim também!
Prezado amigo leitor, a forma
correta é A MEU VER.
O mesmo vale para a nosso ver, a
seu ver... (formas corretas).
2. Ele disse:
- ANSEIO POR um mundo
melhor!!!
Prezado leitor, todos nós
ansiamos por um mundo melhor...
Podemos dizer:
a) ANSIAR alguma coisa. Ex.:
Anseio um mundo melhor.
b) ANSIAR POR alguma coisa.
Ex.: Anseio por um mundo
melhor.
3. Dúvida que muitos questionam...
E agora ANTÁRDIDA ou ANTÁRTICA?
ANTÁRTICA é o adjetivo que se
refere à Antárdida. Ex.: Ele está
estudando sobre a região antártica. (região é substantivo e
antárdida é o adjetivo).
Renata Carone Sborgia
Advogada e Profª de Português
e Inglês
[email protected]
O CONTEÚDO do Site do Peregrino mudou.
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Peregrino
8
Informação, Cultura e Livre Expressão
Sísifo não morreu
“Não terei compaixão de
seus filhos, pois são filhos da
prostituição”. (Oséias – 1,6)
Embora todos os pensadores preconizem que, ao longo
dos séculos, o homem vem
evoluindo e, mais recentemente,
o vem fazendo a passos largos
em vista dos incontroláveis
efeitos da tecnologia de
comunicação, a verdade é que,
na essência, este homem
continua (quase) o mesmo.
No livro Ponto de Ruptura e
Transformação, Cultrix, 1990,
George Land e Beth Jarman
afirmam “o que hoje experimentamos não tem precedentes
na história registrada. (...) As
constantes comutações que se
operam sob as manchetes do
dia-a-dia assinalam mudanças,
não de grau, mas de tipo. O fato
que devemos encarar é: a
própria mudança mudou!” (p.
16) De que mudança da
mudança falam eles?
A pergunta que intriga a
todos nós e desafia nosso poder
de raciocínio é: o homem mudou
mesmo?!
Ousamos uma pequena
reflexão a partir do livro de
Oséias, do Velho Testamento,
que profetizou entre os anos 750
e 722 a.C., no mesmo tempo do
Profeta Isaías, portanto a fonte
não é nova. O Eclesiastes, 250
a.C., nos alerta que “geração
vai, geração vem, e a terra
permanece sempre a mesma”.
(1,4)
Oséias amava de todo o
coração e de todo o seu ser sua
esposa, mas essa o traiu com
vários amantes. A dor dele foi
tanta que a prostituição tornouse um símbolo e incorporou-se
à sua linguagem. Para ele, todo
tipo de traição e idolatria
metaforizava-se em prostituição:
as alianças políticas e espúrias
para preservar o poder das
minorias, as articulações para
manter o autofavorecimento, a
concentração de riquezas e
flagelamento das camadas
sociais menos favorecidas. Tudo
era denunciado por esse profeta
a partir de sua amarga experiência pessoal, porque, na
essência ele era um profundo
conhecedor da alma humana e
sabia que todas as suas atitudes
estavam entrelaçadas e interrelacionadas. A idolatria denunciada – para ele um tipo de
prostituição – há quase trinta
séculos ia além da simples
adoração fundamentalista de
imagens. “Há juramento falso e
mentira, assassínio e roubo,
adultério e violência; e sangue
derramado se ajunta a sangue
derramado”. (4,2)
Como são atuais suas
palavras, frente a tudo que está
acontecendo! O que a mídia
tem-nos mostrado nos bastidores podres da política
brasileira não é diferente de
“juramento falso e mentira”;
nossos homens públicos hoje
são, em grande parte, a vergonha nacional, um teatro de
prostitutos, que chafurda todo o
país no que há de mais desprezível no homem: a autolocupletação descabida, sem
levar em conta quem quer que
seja, nivelando por baixo toda a
alma nacional. Numa dimensão
maior, o mesmo acontece com
o discurso bushniano quando
interfere na autodeterminação
de outros povos e tenta impor
os valores americanos aos deles.
Isso se repete com Blair, com
Putim... Os noticiários dão-nos
conta, a todo o momento, de
“assassínio e roubo” e estes, que
causavam comoção na po-
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Ribeirão Preto - SP - fevereiro/2006
pulação já não escandalizam
mais – nós corremos o risco de
perder a capacidade de nos
indignar com tamanho
descalabro, tal a freqüência com
que ocorrem, seguidos pela
impunidade. A inversão de
valores essenciais chegou a tal
ponto que “adultério e violência”
são justificados a partir da
relativização das liberdades
pessoais e dos direitos humanos;
por trás de procedimentos
imorais e violentos há sempre
alguma argumentação, travestida
de sociologismo, para amenizar
os seus efeitos perniciosos e
preservar o direito (discutível)
de se fazer o que se quiser, a
ponto de a sociedade moderna
transformar-se no paraíso dos
advogados expertos em defender homens endinheirados de
má-índole, bandidos de colarinho branco. As guerras entre
os povos e as guerrilhas urbanas
são exemplos acabados de
“sangue derramado” se juntando
a mais “sangue derramado”,
fazendo um círculo vicioso
interminável, justificado por
conceitos convenientes e
relativos de democracia ou
justiça social, que camuflam
fortes interesses de impérios ou
grupos econômicos – estes, sim,
verdadeiros deuses adorados,
cuja idolatria tomou conta da
mente e do coração do homem
moderno. Ah, Oséias, moderno
profeta de quase trinta séculos,
como suas palavras teimam em
não calar! Os Baais do século
XXI estão vivos como nunca.
Se o homem continua tão-omesmo, de que mudanças então
falam Land e Jarman? Talvez de
um homem novo que deva
mudar o paradigma de suas
buscas. Menos procura externa
e mais interna. Menos busca
atrás de ter e mais do ser, o
caminho de volta para dentro de
si mesmo, para a sua essência.
Talvez o homem novo deva ser
menos relativizado e mais
absolutizado, mais voltado para
os valores eternos como amor e
justiça. Como nos aconselha o
próprio Oséias: “Semeiem
conforme a justiça e colham o
fruto do amor”. (10,12a).
Buscar a essência de si
mesmo para se renovar no que
temos de mais eterno exige
criatividade e esforço cooperativo constante. Nas palavras
de Land e Jarman, emprestadas
de Teillard de Chardin: “Um dia,
depois de dominarmos os
ventos, as ondas, as marés e a
gravidade, teremos de subjugar,
para Deus, as energias do amor.
Então, pela segunda vez na
história do mundo, o homem terá
descoberto o fogo”.
Ser ou não ser, e sua paráfrase ter ou não ter, são as
questões que se colocam. Ser,
sim, da forma mais absoluta
possível; ser cada vez mais. E
ter, também sim, mas não
absolutamente; somente o que
se puder de forma lícita e
honesta, levando em conta a
relação com o outro. Ser e ter,
conceitos eternos, talvez seja o
caminho do homem novo, que
exigem criatividade... e amor.
Eclesiastes nos questiona
sobre “que proveito tira o
homem de todo o trabalho com
que se afadiga debaixo do sol”.
Tomara que, em meio a tantas
atrapalhadas, pelo menos o Anjo
Torto de Garanhuns tenha razão:
que a esperança vença o medo
e o brasileiro continue com
forças para subir com seu fardo
nas costas.
Sísifo não morreu. Sísifo não
morre. Sísifo é teimoso. Sísifo
salvará o homem?
Waldomiro W. Peixoto
ARL – Academia
Ribeirãopretanta de Letras
[email protected]
Ribeirão Preto - SP - fevereiro/2006
Peregrino
9
Informação, Cultura e Livre Expressão
Essência de Alfazema
Amendoeira
(Amygdalus communis)
Abacaxi
Máscara Rejuvenescedora
O clima ideal para o plantio
da alfazema é o das regiões frias
e nevoentas, como as da
Inglaterra, onde ela se espalha
formando lindos campos perfumados e é colhida como
matéria-prima para excelentes
lavandas. No calor brasileiro,
porém, a alfazema não costuma
florir sendo cultivada mais para
fins medicinais. É um remédio
eficaz para combater asma,
cólicas intestinais, enxaquecas,
falta de apetite, nervosismo,
tonturas e outros males.
A lavandula spica - ou
alfazema começou a ser cultivada na região do Mediterrâneo, nas ilhas Canárias e
na Índia. Com ela fabricou-se a
primeira loção para lavar os
cabelos. Mas, antes disso, já era
largamente usada pela nobreza
européia como água-de-colônia.
E sua responsabilidade não era
pouca: ela devia substituir os
banhos, que só aconteciam uma
vez por mês. Dos palácios, seu
perfume intenso e suave ganhou
lentamente as ruas das principais
cidades européias, onde era
jogada para perfumar o ar.
Hoje, em sachês, ela perfuma as
roupas nos armários e gavetas,
funcionando também no combate a traças e baratas.
A alfazema é um pequeno
arbusto da família das labiáceas,
com pequenas flores azuladas.
Embora seja originária de regiões quentes, ela só floresce
quando cultivada em regiões de
clima frio. Mas mesmo sem
flores seu perfume não é menos
intenso: ele está presente em
todas as partes da planta. Como
remédio, suas aplicações são
muitas: a alfazema é antiespasmódica, estimulante do
cérebro, excitante do sistema
nervoso e tônico do estômago.
É recomendada também para
combater vertigens, leucorréia e
paralisação da língua. A receita
é simples: ferva um punhado de
folhas secas de alfazema em 2
copos de água, abafe e deixe
esfriar. Está pronto. Da alfazema
também é extraído o óleo de
aspic, um líquido incolor utilizado como inseticida e desinfetante, além de ter larga
aplicação em veterinária.
Fonte: Flora – Essencial –
Um guia prático para a
saúde e beleza.
Árvore frutífera com flores
cor-de-rosa e frutos alongados,
de cor verde-acinzentado, dos
quais se consome a semente
(amêndoa). Originária da África
e da Mesopotâmia, a amendoeira foi trazida ao Brasil pelos
europeus. Há variedades doces
e amargas. O óleo de amêndoas
doces é utilizado em produtos
de beleza. As essências de
amêndoas amargas servem para
preparar pomadas e ungüentos,
contra o reumatismo. As amêndoas doces são usadas na
culinária, no preparo de pratos
doces e salgados.
Parte utilizada: amêndoa.
Ajuda a tratar de: Tosse,
falta de ar, reumatismo, dores
musculares.
Fonte: Flora – Essencial –
Um guia prático para a
saúde e beleza.
Lembrança de uma
canoa (*)
É simples deslizar
corrente abaixo em uma
canoa.
Assim também é no mundo.
Mas não esqueças de
pensar no leme
Descasque metade de um
abacaxi e corte a polpa em
pedacinhos. Coloque quatro
colheres (sopa) da fruta em um
recipiente, com duas colheres
(sopa) de farinha de trigo e
quatro colheres (sopa) de
farinha de arroz. Amasse até
formar um creme bem pastoso.
Passe no rosto, deixe agir por
meia hora e depois retire com
água morna. Atenção: evite
aplicar a máscara na região dos
olhos.
Fonte: Flora – Essencial –
Um guia prático para a
saúde e beleza.
Água (*)
Que pena!
Mesmo quando
a fonte é clara e pura,
a água se suja ao encontrar
um riacho poluído.
Diplomados (*)
Bacharel: tu podes pensar que,
por fim, o deixaste para trás.
Não, o aprendizado não tem
fim!
(*) Poemas recomendados por
Mikao Usui - REIKI -Editora
Madras
Peregrino
10
Ribeirão Preto - SP - fevereiro/2006
Informação, Cultura e Livre Expressão
Pri kio ni plej suferas
O que mais sofremos
Ni plej suferas en la mondo —
Ne pro la malfacilajxo, sed pro la senkuragxeco superi gxin.
Ne pro la provo, sed pro la malespero antaux la sufero.
Ne pro la malsano, sed pro la timego gxin ricevi.
Ne pro la malfelicxa parenco, sed pro la cxagreno familie kunvivi kun li.
Ne pro la malsukceso, sed pro la obstino ne rekoni niajn erarojn.
Ne pro la maldankemo, sed pro la nekapablo ami sen egoismo.
Ne pro la propra nenobleco, sed pro la ribelemo kontraux alies supereco.
Ne pro la ofendo, sed pro la vundita memestimo.
Ne pro la tento, sed pro la volupto sekvi gxiajn sugestojn.
Ne pro la kadukigxo de la korpo, sed pro la pasio al gxiaj sxajnoj.
Kiel facile oni perceptas, cxe la solvo de ajna problemo, la plej grava problemo
estas la sxargxo de afliktoj, kiun ni kreas, disvolvas kaj tenas kontraux ni
mem.
O que mais sofremos no mundo –
Não é a dificuldade. É o desânimo em superá-la.
Não é a provação. É o desespero diante do sofrimento.
Não é a doença. É o pavor de recebê-la.
Não é o parente infeliz. É a mágoa de tê-lo na equipe familiar.
Não é o fracasso. É a teimosia de não reconhecer os próprios erros.
Não é a ingratidão. É a incapacidade de amar sem egoísmo.
Não é a própria pequenez. É a revolta contra a superioridade dos outros.
Não é a injúria. É o orgulho ferido.
Não é a tentação. É a volúpia de experimentar-lhe os alvitres.
Não é a velhice do corpo. É a paixão pelas aparências.
Como é fácil de perceber, na solução de qualquer problema, o pior
problema é a carga de aflições que criamos, desenvolvemos e
sustentamos contra nós.
El la libro “Passos da Vida”— Eldono IDE
Livro: “Passos da Vida” - Edição IDE
Notícia sobre o Esperanto
Tatu-bola
Porto - O Museu Nacional da Imprensa lançou, a versão em
Esperanto do Museu Virtual do Cartoon que além do Português
contava já com uma versão em Inglês.
A nova versão foi vista em primeira-mão pelo ministro das
Finanças, Teixeira dos Santos, durante a inauguração da exposição
«Bordallo Pinheiro: um génio sem fronteiras», no átrio do Ministério
das Finanças, em Lisboa.
Criado em 1887 por Ludwik Zamenhof, o Esperanto tinha como
objectivo tornar-se a linguagem universal de todo o mundo, sendo
actualmente falado por mais de três milhões de pessoas em cerca
de 100 países. «Esta latitude geográfica está na base da escolha
do Esperanto como terceira língua deste Museu Virtual», adianta
o Museu da Imprensa em nota informativa.
O Museu Virtual do Cartoon (*), que passou agora a ser
trilingue, foi lançado em Novembro de 2005 durante a abertura
oficial do VII PortoCartoon-World Festival.
Insere-se no quadro da Galeria Internacional do Cartoon que
está a ser criada e visa a divulgação global de um conjunto de
referências que assinalam a importância do desenho de humor no
mundo.
De acordo com os seus responsáveis, o Museu Virtual deve
ser visto como “um espaço dinâmico que pretende valorizar a
linguagem universal do cartoon”, na “linha de excelência do
humor” que tem marcado o PortoCartoon.
Está dividido em vários «espaços», dos quais se destacam a
Galeria de Honra, onde se podem encontrar vários marcos da
história da caricatura, a partir do século XIX, e outro dedicado
especialmente ao PortoCartoon-World Festival. Nas outras
secções pode aceder-se a informação sobre cartunistas,
concursos e festivais, museus e galerias, organizações de cartoon
e notícias.
(*) (http://www.cartoonvirtualmuseum.org/)
(c) PNN Portuguese News Network.
Fonte: http://www.jornaldigital.com/
noticias.php?noticia=9042
A ficha do bicho
Nome popular: Tatu-bola
Nome científico: Tolypeutes tricinctus
Quanto mede: 50 centímetros
Onde vive: Na caatinga do Nordeste
O que come: Formigas, escorpiões, frutas, ovos
Filhotes: Um, no máximo dois filhotes
O tatu-bola é o menor tatu brasileiro, o único tatu endêmico, isto
é, que existe apenas no nosso Brasil e o mais ameaçado, porque,
como não cava bem como os outros tatus, é mais fácil de ser caçado
na região de seca, onde há pouca comida.
Para se defender, esse tatu se enrola completamente, formando
uma bola, daí o nome popular, e o rabo e a cabeça se adaptam como
num quebra-cabeça, protegendo o corpo do tatu, o que não o defende
do homem, porém, porque fica fácil pegar a bola que é o tatu e enfiar
num saco.
Por ser ainda muito caçado, o tatu-bola desapareceu em Sergipe
e no Ceará, mas ainda existe na Bahia, Pernambuco, Alagoas, Paraíba,
Piauí e Rio Grande do Norte, nas regiões ainda despovoadas. Apesar
de protegido por lei, esse animalzinho é caçado até dentro do Parque
Nacional da Serra da Capivara e da Estação Ecológica do Raso da
Catarina, áreas de conservação, onde no passado o tatu-bola existia
em quantidade.
Para salvar essa espécie, os cientistas estão propondo estudos
para criação em cativeiro e principalmente programas de educação
ambiental para a população da área onde ainda sobrevive esse tatu.
O problema é que esse bicho vive justamente na região mais pobre e
carente do Brasil e, sem educação, nunca se conseguirá que um
caboclo com fome deixe de pegar o tatu para comê-lo, se tiver
oportunidade.
Fonte: 100 Animais Brasileiros publicados no Estadão
Luiz Roberto de Souza Queiroz.
Ribeirão Preto - SP - fevereiro/2006
Peregrino
11
Informação, Cultura e Livre Expressão
O conteúdo do site do Peregrino mudou. Visite-nos.
Dominando a Arte da Guerra
– Liu Ji e Zhuge Liang
Entre o céu e a terra – Nilva
Mariani
A China, uma das civilizações
mais antigas da Terra, já se
preocupava com a luta da
humanidade pela sobrevivência.
Por isso, a literatura clássica
chinesa já examinava a guerra e
seu impacto sobre a sociedade
e das implicações éticas
resultantes. Este livro reúne
comentários das estratégias do
clássico de Sun Tzu e ensinamentos sobre a disputa e ação
militar delineados no I Ching, um
livro a respeito de avaliações
estratégicas, cujo desígnio seria
o de ajudar o indivíduo a levar
uma vida mais racional e efetiva.
Grupo Editorial Madras
Tel.: (11) 6959 1127 – Fax: (11)
6959 3090
www.madras.com.br
As narrativas apresentam
características marcantes:
personagens contidas, castradas
pelo cotidiano... a vida pregando
peças, ironizando. (...) Os finais
são quase sempre abertos, temse a idéia de que a autora quer
obrigar o leitor, o fruidor a
tornar-se seu co-autor. (Ely
Vieitez Lisboa) – Nilva leva
sempre sua “mensagem a
Garcia” (...) no servir
espontaneamente e no transformar em crônicas os sentimentos mais profundos do ser
humano na busca incansável do
seu Deus interior. (Prof. Antônio
Carlos Tórtoro)
Editora Legis Summa
Tel/Fax: (16) 3626 0492
Gestão de Recursos Humanos – Gilson José Fidelis,
Márcia Regina Banov
O conjunto de conhecimentos e
práticas de gestão, em linguagem
coloquial, é a composição desta
obra que aborda os processos
inerentes à área de recursos
humanos e aplicável no cotidiano acadêmico e profissional.
Sua didática facilita a utilização
em faculdades, universidades,
empresas e profissionais da área.
Oferece um panorama da gestão de recursos humanos, detalha a integração gerada pelo
processo de socialização e trata
a avaliação de desempenho
como instrumento estratégico
dos gestores.
Editora Érica Ltda.
Tel.: (11) 2295 3066 / Fax: (11)
6197 4060
www.editoraerica.com.br
Ninguém morre de trabalhar
– Osmar de Almeida Santos
O livro pretende ser uma
ferramenta de ajuda, contribuindo para que se fique menos
preocupado em relação ao
estresse e, por conseqüência,
menos vulnerável a ele. Escrito
em linguagem clara e direta, não
perde o vigor científico que um
assunto dessa natureza requer.
É dirigido a todas as pessoas que
se sentem estressadas e, às que,
na indústria, no comércio e no
ramo de serviços, se sentem
responsáveis pelo bem-estar,
saúde e moral de seus subordinados.
Editora Textonovo
Tel.: (11) 3085 4879 / 3088
6221 – Telefax: (11) 3088 0130
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Peregrino
12
Informação, Cultura e Livre Expressão
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Ribeirão Preto - SP - fevereiro/2006
Os elixires de cristais e os animais
(16) 3621 9225 /
9992 3408
traumas físicos e psicológicos, a
recuperação é efetiva.
Minha experiência é caseira,
moro em chácara e tenho muitos
animais de várias espécies e
sempre com a orientação de
amigos veterinários tratamos
saudáveis após o uso dos elixires
de cristais que podem ser
aplicados topicamente (na pele
ou no pêlo) ou ingeridos através
da água do bebedouro.
Temos a responsabilidade de
cuidar bem de nossos amigos
todos os nossos animais com os
elixires de cristais.
E sempre observamos impressionados as grandes e
rápidas evoluções.
Até no caso de infestação por
carrapatos ou pulgas, podemos
controlar e evitar através de um
tratamento para aumentar a
resistência (imunidade) dos
animais infestados, afastando
naturalmente os parasitas.
Observamos nitidamente
mudanças comportamentais
animais que tanto nos ajudam
em nossa evolução pessoal.
Quero deixar bem claro o
quanto nossos amigos animais se
beneficiam com o uso dos
elixires de cristais.
Por serem muito mais puros
em sua natureza e com muito
menos defesa psicológica do
que nós humanos, as respostas
ao tratamento vibracional são
muito mais rápidas e nítidas.
Tanto nos casos de disfunções orgânicas, como nos
Dr. Osvaldo Coimbra Junior
Sintonizador do Sistema de
elixires Cristais de Oz
Médico Clínico Geral
Radiestesista Holístico CRM: 54.243
(16) 3941 6116
[email protected]
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