Boletim Informativo

Transcrição

Boletim Informativo
Boletim
Informativo
1º Trimestre 2012
2º Trimestre de 2010
Número 9 / Ano III
Número 2 / Ano I
www.FARO1540.org
Número: 9 / Ano: III
BOLETIM INFORMATIVO
Nesta edição:
Mensagem do Presidente:
Bruno Lage
Presidente da Direcção
Passaram já os primeiros
três meses do ano 2012,
um ano à partida bastante
conturbado em termos
económicos, financeiros e
sociais, a que se junta o
enigmático
alinhamento
dos planetas com o sol a
21 de Dezembro, que culminará, segundo os Maias,
com o inicio de uma nova
ERA.
Paralelamente a isto, mas
não negligenciando as realidades anteriormente refe-
ridas a “Faro 1540” continua a desenvolver o seu
trabalho associativo, destacando neste trimestre o
jantar conferência com o
deputado Mendes Bota
sobre
a
exploração
petrolífera na região
algarvia, que continua
envolta num grande mistério e num estranho
silêncio, que resultou
num comunicado de
imprensa da nossa ONG
que teve o mérito de agitar as águas nesta matéria
em diferentes sectores da
nossa sociedade.
Universidade do Algarve
tendo sido promovido
pelo Jornal Arquitecturas.
Tivemos a oportunidade
de participar como entidade parceira convidada
no 1º congresso Internacional da Paisagem e da
Comunidade que decorreu no inicio de Março na
Antes de terminar esta
pequena mensagem uma
alusão especial ao nosso
primeiro e ainda único
sócio honorário, Fernando da Silva Grade, distinção atribuída no dia 11 de
Fevereiro, fruto do seu
Tivemos a oportunidade
de abrirmos as candidaturas de participação e de
lançarmos a página electrónica do FARCUME
que já teve mais de mil
visitas. Sobre este festival
de realçar que nas últimas
semanas estão a ser acordadas importantes parcerias para
fazer deste
evento um festival de
referência a sul do país a
curto/médio prazo.
FICHA TÉCNICA
DIRECÇÃO
Bruno Lage
REDACÇÃO
PAGINAÇÃO / DESIGN
Bruno Lage
Nuno Antunes
Idália Sebastião
Nuno Antunes
1º Trimestre de 2012
REVISÃO
João Alves
Idália Sebastião
COORDENAÇÃO
Nuno Antunes
2
MENSAGEM DO PRESIDENTE
2
ENTREVISTA COM JOÃO
ALVES: VENCEDOR DA 1ª
EDIÇÃO DO FARCUME
3
JANTAR CONFERÊNCIA COM
O DEPUTADO MENDES BOTA
5
PÁGINA ELECTRÓNICA DO
FARCUME FOI APRESENTADA
10
FARO 1540 ESTÁ NA LUA!
11
ANIVERSÁRIO DA
FARO 1540
12
PARCEIROS DA FARO 1540
13
espirito interventivo e
de cidadania participativa, em torno de causas
nobres na nossa cidade, como a defesa do
património ambiental,
cultural e arquitectonico, procurando defender e proteger a identidade, a qualidade de
vida e a história da
nossa cidade.
De destacar ainda o
investimento na aquisição de um terreno no
satélite natural do Planeta Terra e que na
Assembleia-Geral relativa ao Relatório de
Contas de 2011, este
foi aprovado por unanimidade tendo a “Faro
1540” obtido um saldo
positivo de 706,54
€uros.
ENTREVISTA
Associação FARO 1540 - Boletim Informativo
ENTREVISTA COM JOÃO ALVES
Vencedor do FARCUME 2011 na categoria Animação
Quando saí da UAlg em Dezembro de 2005, o intuito
era fazer uma série de televisão em animação para
maiores de 16. Tendo em conta que não conhecia ninguém, tinha de me destacar do resto do que já existia
para sobressair na multidão.
Comecei a pensar no género de filmes que gostava e
que não via à mais tempo. Tinha de ser algo de terror,
o meu género favorito, mas só terror puro não seria
muito original. Como já não saiam westerns há muito
tempo e um dos meus filmes favoritos é “The Good,
The Bad and the Ugly” surgiu a ideia de fazer algo de
terror no oeste americano, com um personagem principal memorável, icónico – Deadeye Jack. Depois foi pensar numa forma original de contar uma estória simples
mas que deixá-se o público com vontade de ver mais.
Pouco tempo depois comecei a trabalhar em televisão e
fiquei sem tempo para fazer projectos pessoais, por
isso o “Bats” ficou parado até 2010, altura em que refiz
o guião para ser uma curta-metragem e concorrer a
festivais.
Como analisas o sucesso que a animação tem
tido em festivais e mostras de curtas-metragens
tanto no país como no estrangeiro?
João Alves, nascido no ano 1982 foi, com a sua curta
“Bats in the Belfry” o grande vencedor da categoria
animação da 1ª edição do FARCUME e foi nessa qualidade que a “Faro 1540″ o entrevistou.
Superou todas as expectativas de longe. Tinha dois
objectivos ao fazer o “Bats”, perceber se conseguia
sozinho fazer algo do principio ao fim e ver uma animação minha numa sala de cinema. Quando me telefonaram do MOTELx a dizer que tinha sido seleccionado já
era a vitória que eu queria. Mas depois venci o festival,
e fui seleccionado para o Fantasporto onde fui novamente premiado, seguiram-se prémios no ShortCutz
Lisboa, FARCUME, Bragacine, Cinanima e no festival de
Cinema Digital de Odemira, e graças ao shortCutz Lisboa tive duas exibições na SIC Radical. Enviei o filme
para alguns festivais fora de Portugal, mas os que mais
me orgulho são os convites, o Frightfest (Londres), Animaldiçoados (Rio de Janeiro) e o Anirmau (Lalín) enviaram-me emails a dizer que tinham gostado da curta e
que a queriam passar nos festivais. É sempre excelente
quando nos dizem que querem ver algo que fizemos.
Tem um fascínio pelo cinema, em particular terror
desde tenra idade.
Influenciado pelos “National Geographic” ao sábado
depois dos desenhos animados, decide estudar Biologia
com o intuito de ser documentarista da vida animal.
Em Dezembro de 2005 termina a licenciatura em Biologia Marinha e Pescas na Universidade do Algarve,
mas desde 2003 que tinha decidido que a sua vida iria
ser longe de químicos perigosos e vísceras de animais.
Consegue o seu primeiro trabalho em 2006, animando
o sketch semanal do humorista Rui Almeida (ou Bubú
para quem ouvia a Antena 3) no programa da RTP2 “A
Revolta dos Pastéis de Nata”. Seguiram-se várias
séries, videoclips e DVDs promocionais e musicais.
No início de 2009 começa a animar curtas interactivas
na empresa LisbonLabs onde trabalha desde então.
Quadro Social
A “Faro 1540” acolheu nos
últimos três meses mais 3
associados a saber: Pedro Cristo, Humberto Reis e
Como surgiu a ideia de produzires a animação
“Bats in the Belfry”?
Fernando da Silva Grade (Associado Honorário).
3
ENTREVISTA
Associação FARO 1540 - Boletim Informativo
te em pré produção da minha segunda curta original
“inhuman” (ficção científica) que estará pronta no final
do ano. Tenho mais um guião escrito, “Mindscape” (film
noir), que está pensado para ser filmado com actores
reais em cenários virtuais.
Quantas horas foram investidas na produção do
“Bats in the Belfry”?
Não sei bem quantas horas, mas posso dizer que foi
feito entre os dias 20 de Junho e 15 de Agosto de 2010.
Eu trabalho das 10h às 19h, 5 dias por semana, por isso
o “Bats” foi feito depois do jantar, todos os dias, até às
5 da manhã e aos fins de semana o dia todo durante
essas 9 semanas. O computador usado foi um Pentium 4
que pelo caminho queimou RAM e teve que levar uma
ventoinha devido ao calor desse verão não ser compatível com os renders finais.
São a única forma dos novos
cineastas darem a conhecer o
seu trabalho e as suas ideias.
O público tem acesso a mais
cinema
O que sentiste quando venceste a categoria animação na 1ª edição do FARCUME, festival da
cidade onde tu viveste enquanto eras estudante
na Universidade do Algarve?
Qual é para ti a importância dos festivais e das
mostras de curtas-metragens na divulgação destes trabalhos?
Fiquei super contente, só tive pena de não poder estar
presente, mas foi uma sensação espectacular. O “Bats”
foi começado a a ser pensado em Faro, por isso é um
orgulho muito especial e pessoal. Ainda mais por ter
sido uma decisão de desempate pelo público. Muito
bom mesmo
É enorme. São a única forma dos novos cineastas darem
a conhecer o seu trabalho e as suas ideias. O público
tem acesso a mais cinema além dos das grandes produtoras internacionais e é também uma excelente forma
dos cineastas se conhecerem e verem os trabalhos uns
dos outros.
Consideras que há em Portugal condições e
oportunidades para desenvolver trabalhos de
Animei para séries da RTP2,
videoclips, DVDs musicais e
Nos próximos anos vamos ver
cada vez mais novas animações e de géneros completamente diferentes do que estamos habituados a ver por cá
sites
Como é que um Biólogo Marinho se dedica e
com tanto sucesso, à realização de animações?
O curso de Biologia Marinha e Pescas prepara-nos muito bem para várias coisas, sendo duas das mais importantes aprender e improvisar. Sempre tive gosto por
cinema e por animação, por isso ainda durante a universidade fui aprendendo a utilizar software de animação,
grafismo e 3D e vendo sempre muitos filmes e extras de
DVDs. Animei para séries da RTP2, videoclips, DVDs
musicais, sites, o que fosse aparecendo. Pagar as contas
e gostar de inovar no que se faz são dois bons incentivos para vencer a preguiça. Actualmente trabalho na
LisbonLabs – Creative Experiences onde faço grafismo e
animações para sites e aplicações de iPad e iPhone, e
nos tempos livres estou a começar a dar os primeiros
passos em cinema.
animação de forma profissional?
Há, sempre houve. Nos próximos anos vamos ver cada
vez mais novas animações e de géneros completamente
diferentes do que estamos habituados a ver por cá. A
animação infantil continuará a existir, mas animações
com temas mais adultos e mais cinematográficos estão
aí ao virar da esquina. Demoram algum tempo a fazer,
mas desde que haja público, vai-se fazer mais animação.
Assembleia-Geral
Na Assembleia-Geral Ordinária
de 27 de Março para apresentação do Relatório de Contas e de Actividades relativos
Tens novos projectos em mente?
ao ano de 2011, os mesmo teve um parecer favorável
No final de 2011 fiz a animação do trailer da banda
desenhada do Filipe Melo e Juan Cavia “As Extraordinárias Aventuras de Dog Mendonça e Pizzaboy II – APOCALIPSE” que ganhou o terceiro prémio na categoria de
Animação Digital dos Prémios ZON e estou actualmen-
do Conselho Fiscal e foi aprovado por unanimidade,
tendo a “Faro 1540” apresentado uma receita de
1.105,83 €uros e uma despesa de 399,29 €uros, resultando um saldo positivo de 706,54 €uros.
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ACTIVIDADES
Associação FARO 1540 - Boletim Informativo
JANTAR CONFERÊNCIA COM O DEPUTADO MENDES
BOTA SOBRE A EXPLORAÇÃO DE PETRÓLEO
Secretaria de Estado da Energia, que ocorreu em
meados de Janeiro, a “FARO 1540” decidiu lançar
um debate sobre esta matéria. Neste sentido, pro-
A “FARO 1540” decidiu
lançar um debate sobre esta
matéria
moveu no dia 11 de Fevereiro um jantar conferência tendo convidado o deputado à Assembleia
da República, Dr. Mendes Bota que apresentou
uma
comunicação
subordinada
ao
tema
“PETRÓLEO NO ALGARVE: OS MITOS,
OS RISCOS E OS INTERESSES”, seguida de
debate, tendo registado casa cheia (71 pessoas),
lotando por completo a sala de grupos do restaurante Pontinha.
Durante a refeição, foi disponibilizado o requerimento efetuado pela “FARO 1540”, acompanhado
das respostas às perguntas formuladas e que seguidamente se transcreve:
A “FARO 1540” antes de se pronunciar publicamente sobre o tema da exploração de Petróleo e
de Gás Natural ao largo da costa algarvia,
decidiu no passado mês de Outubro, em virtude de
muito se ouvir falar mas pouco se saber em concreto sobre este assunto, enviar um requerimento
à Secretaria de Estado da Energia onde pediu esclarecimentos a propósito desta exploração liderada
por um consórcio constituído pela Repsol e RWE.
Assim, após a recepção da resposta por parte da
P. - Qual será a metodologia de extração a aplicar?
R. - No âmbito do contrato assinado de prospeção e
pesquisa, não existe uma definição sobre os métodos de
exploração. Se houver descoberta de um campo petrolífero (líquido ou gás) com viabilidade económica, a concessionária terá de elaborar, de acordo com o artº 38º
do DL 109/94, o respectivo «Plano Geral de Desenvolvimento e Produção», que será submetido à DGEG/
DPEP para apreciação e aprovação, sem a qual não
poderá ser iniciada a produção. A distância à costa, a
profundidade do mar no sítio da descoberta, as características geológicas do jazigo e a composição do petróleo
influenciarão a metodologia a seguir. No Plano, a ser
então apresentado, haverá a resposta a esta pergunta. O
início da produção/exploração, se tal se verificar, depende dos resultados dos trabalhos de prospecção e pesquisa ainda a realizar e dos estudos de avaliação do
potencial petrolífero não sendo expectável que possa
ocorrer antes de 8 a 10 anos.
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ACTIVIDADES
Associação FARO 1540 - Boletim Informativo
P. - Existe já alguma previsão de extração diária
de petróleo e gás natural?
R. - Não existe, pela mesmas razões da pergunta anterior. No Plano Geral de Desenvolvimento e Produção
haverá a previsão da data do início da produção comercial e da evolução dos volumes de produção ao longo da
vida do campo.
- 7% (sete por cento) do valor da produção e comercialização de óleo equivalente compreendida entre os 5
(cinco) e os 10 (dez) milhões de barris;
- 9% (nove por cento) do valor dos restantes barris de
óleo equivalente produzidos e comercializados».
A concessionária pagará ainda taxas, impostos e «rendas
de superfície» (artº 52º do DL 109/94) calculados em
função dos valores entre 15 e 240 euros por Km2, para
os anos de prospecção, pesquisa e produção, fixados
nos contratos de concessão.
P. - Quais as contrapartidas financeiras e económicas para o Estado Português?
No caso de descoberta(s) de campo(s) petrolífero(s)
haverá grandes benefícios económicos para o país. Ex:
Noruega, Holanda, Escócia.
R. - Os contratos assinados preveem, no caso de produção, as seguintes contrapartidas para o Estado: «em caso
de descoberta e uma vez iniciada a produção, a concessionária, após recuperar os custos de pesquisa e desenvolvimento do(s) campo(s) patrolífero(s) e após descontar os custos operacionais de produção, isto é, quando
atingir um resultado líquido positivo, obriga-se ainda a
pagar, de forma continuada à DGEG:
Quais as contrapartidas
financeiras e económicas para
o Estado Português?
Se o número de descobertas petrolíferas for suficiente
para garantir produção a longo prazo, é de esperar o
surgimento de toda uma indústria orientada para as atividades petrolíferas. Ex: Aberdeen (Escócia) que se
transformou numa região rica e com muito emprego.
Descobertas de petróleo economicamente viáveis permitiriam reduzir a dependência energética do país, com
consequente diminuição das importações, aumentar a
receita do Estado, criar postos de trabalho e criar/
desenvolver indústrias de apoio ao setor.
Mesmo não havendo descobertas, os novos dados obtidos no âmbito das atividades de prospecção e pesquisa,
representam muitas dezenas de milhões de euros, têm
grande interesse técnico e científico para o país, serão
integrados com outros já existentes e levam a melhor
conhecimento da Bacia do Algarve e seu potencial
petrolífero e ao aumento da probalidade de uma descoberta com viabilidade económica.
- 5% (cinco por cento) do valor dos primeiros 5 (cinco)
milhões de barris de óleo equivalente produzidos e efetivamente comercializados;
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ACTIVIDADES
Associação FARO 1540 - Boletim Informativo
P. - Existe a possibilidade de visualização na
linha de costa das bocas de queima das plataformas petrolíferas?
R. - Após os trabalhos de prospecção e pesquisa estarem concluídos e em caso de alguma descoberta viável
para exploração, serão efectuados estudos de impacto
ambiental onde serão avaliados estas e outras questões.
No entanto podemos desde já referir que no limite
Norte do Bloco 13, encontram-se as zonas mais próximas da costa, sendo a distância a uma das ilhas de Faro
mais a Sul de cerca de 8,5 Km e à cidade de Faro de
Existe a possibilidade de
visualização na linha de costa
das bocas de queima das
plataformas petrolíferas?
P.- Existe algum estudo de risco ambiental efectuado? Em caso afirmativo há a possibilidade de
termos acesso a uma cópia do mesmo?
R. - Não existe. Na fase de prospecção e pesquisa não
são exigidos estudos de impacte ambiental (Dec. Lei nº
197/2005, de 8 de Novembro). São apenas obrigatórios
antes do início da produção, quando da apresentação do
Plano Geral de Desenvolvimento e Produção que incluirá, entre outros, estudos de impacte ambiental.
cerca de 15 Km, não se considerando que possa ter um
impacto visual negativo. Há plataformas de produção
petrolífera a distâncias similares das costas de vários
países como Itália, Holanda, Reino Unido, Noruega,
Dinamarca, Espanha, Austrália, etc. Na Ilha Ameland, na
P. - Em caso de acidente existe algum estudo
que preveja o valor dos danos a nível do turismo,
pesca, saúde pública e ambiente? Em caso afirmativo há a possibilidade de termos acesso a
uma cópia do mesmo?
R. - Não existe, pelas razões referidas nas questões
anteriores. Os trabalhos a realizar no âmbito deste contrato são de prospecção e pesquisa. Apenas e após o
desenvolvimento destes trabalhos e a realização de
estudos complementares é que serão efectuados estudos de viabilidade económica onde poderemos verificar
o impacto no desenvolvimento económico nacional e
regional.
costa holandesa junto à fronteira com a Alemanha, zona
protegida para nidificação de aves e com bastante turismo, há produção de gás desde os anos 80.
P. - Qual o tempo de duração da concessão?
R. - Os contratos de concessão têm duas fases, uma de
prospecção e pesquisa, a que corresponde o prazo inicial da concessão, e outra de produção, se houver descoberta com viabilidade económica, a que corresponde
o prazo de produção. Prazo inicial (Prospecção e Pesquisa) – 8 anos, com possibilidade de 2 prorrogações
de um ano cada, se tecnicamente justificadas.
Prazo de Produção – 30 anos, com possíveis prorrogações, de um mínimo de 3 anos cada, até ao limite máximo de 15 anos.
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ACTIVIDADES
Associação FARO 1540 - Boletim Informativo
valor económico e que, de acordo com a sociedade em
que estamos inseridos, ainda é considerado um recurso
indispensável, não só para a produção de energia como
para um conjunto multi-variado de produtos originados
na indústria transformadora.
Contudo, não é menos verdade que a concessão da
prospecção e exploração de Petróleo e Gás Natural no
Algarve está ainda envolta num grande mistério e num
estranho silêncio, o que levou a “FARO 1540” na qualidade de Organização Não Governamental de Ambiente
(ONGA) a pedir um conjunto de esclarecimentos junto
do Secretário de Estado da Energia.
Como já mencionado, se no âmbito das actividades de
Prospecção e Pesquisa realizadas, a concessionária estabelecer a existência de campo(s) de petróleo liquido ou
gás com viabilidade económica, deverá apresentar à
DGEG, para apreciação e aprovação, o respetivo Plano
Geral de Desenvolvimento e Produção, de acordo com
o artº 38º do DL 109/94, que incluirá estudo de impacte
ambiental, planos de prevenção e medidas de mitigação.
A concessão da prospecção e
exploração de Petróleo e Gás
Natural no Algarve está ainda
envolta num grande mistério
e num estranho silêncio
Não se compreende como é que num negócio desta
envergadura, que implica um conjunto muito diverso de
variáveis não só ao nível ambiental, mas também ao
nível económico e social, não tenham sido auscultados
autarcas, instituições regionais e sociedade civil. Nem
Depois de analisado as respostas às perguntas e após
ouvir a dissertação do deputado Mendes Bota sobre
esta matéria, a “FARO 1540” elaborou e tornou público
o seguinte parecer que seguidamente se transcreve:
O Petróleo é indiscutivelmente um recurso de elevado
tenha sido fomentado um debate esclarecedor sobre
esta matéria de forma a poder ter-se tomado uma decisão ponderada, equilibrada e que defendesse os interesses da região algarvia.
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ACTIVIDADES
Associação FARO 1540 - Boletim Informativo
Em vez disso, o que aconteceu foi a assinatura de contratos que garantem uma concessão que pode ir até aos
55 anos sem terem sido asseguradas contrapartidas concretas para a região. A este facto ainda se junta a
ausência de um Estudo de Risco Ambiental e de
Risco Económico que pudesse prever os valores dos
danos ao nível do turismo, da pesca, da saúde pública e
do ambiente que resultariam em caso de um acidente,
ou de perturbações nos ecossistemas provenientes do
funcionamento da actividade petrolífera.
Algarve como destino turístico de qualidade.
Também é importante esclarecer e desmontar, o mito
que Portugal passaria a ter combustíveis mais baratos. É
uma ilusão! Pois o que os contratos dizem claramente é
que Portugal não tem preço preferencial, comprando o
“seu” petróleo aos preços praticados no mercado
internacional.
Também é importante esclarecer e desmontar, o mito
que Portugal passaria a ter
combustíveis mais baratos
Assim, por um conjunto de contrapartidas absolutamente irrisórias onde, por exemplo, a renda de superfície estará compreendida entre os 15 € e os 240 € por
km2 pode-se pôr em risco toda uma região, onde o sol,
a areia branca e o mar límpido são as suas principais
exportações e o grande motor da sua economia.
Com que critérios se vai a partir da agora inviabilizar,
em prol do ordenamento do território, da defesa do
ambiente e da protecção da biodiversidade, a construção de empreendimentos turísticos ou a expansão de
perímetros urbanos de Vila do Bispo, Aljezur, Faro,
Olhão ou VRSA quando a poucos kms à sua frente
podem começar a existir estruturas que, em caso de
acidente, em poucas horas podem provocar danos
sobejamente superiores?
Pode-se dizer que legalmente não é exigido um Estudo
de Impacte Ambiental nesta fase (prospecção) e de facto
assim é. Mas os estudos de risco poderiam e deveriam ter sido feitos (e ainda vão a tempo) pois também não é correcto, após 8 ou 10 anos de prospecções
onde serão gastos milhares de euros, tempo e recursos,
seja efectuado um Estudo de Impacte Ambiental que
“chumbe” a fase de exploração, deitando praticamente
para o lixo o trabalho de uma década e um investimento
avultado por parte das companhias petrolíferas.
Ficou-se também a saber que afinal de contas há a
séria possibilidade de se visualizar quer as plataformas petrolíferas, quer as bocas de queima das
mesmas uma vez que há o risco destas estruturas serem
implementadas somente a 8,5 km da costa o que degrada de forma bem vincada a paisagem natural costeira
com as implicações directas que isso terá na imagem do
O que aconteceu foi a assinatura de contratos que garantem uma concessão que pode
ir até aos 55 anos sem terem
sido asseguradas contrapartidas concretas para a região
Por estes motivos torna-se de crucial importância
realizar um estudo de risco ambiental e económico, sobre a actividade petrolífera no Algarve, de
modo a dissipar dúvidas, mal-entendidos e garantir a salvaguarda dos bens ambientais e económicos
desta região.
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ACTIVIDADES
Associação FARO 1540 - Boletim Informativo
Página Electrónica da 2ª edição do FARCUME foi
apresentada e já estão a chegar os primeiros trabalhos
Por outras palavras, o FARCUME, dentro de um
ambiente informal, bem-disposto e descontraído procura premiar e reconhecer a dedicação, o empenho, a
criatividade e o mérito dos realizadores, actores e equipas técnicas que com parcos meios conseguem desenvolver trabalhos de grande qualidade.
Esta 2ª edição do FARCUME pretende exibir e promover trabalhos até um máximo de 30 minutos de
duração, repartidos em quatro categorias que são elas:
Animação, Documentário, Ficção e Videoclips.
Dados os princípios e os objectivos da “FARO 1540”,
Esta página, com cerca de um
mês de existência já ultrapassou a fasquia dos mil visitantes
No dia 11 de Fevereiro apresentou-se oficialmente a
página electrónica da 2ª edição do FARCUME: Festival
de Curtas-Metragens de Faro que vai decorrer nos dias
23 a 25 de Agosto. Esta página, com cerca de um mês
de existência já ultrapassou a fasquia dos mil visitantes.
A organização espera contar com uma boa participação
por parte dos realizadores portugueses e de países lusófonos, uma vez que já estão a chegar trabalhos para exibição, apesar da data limite de entrega ainda se encontrar distante—3 de Agosto.
que inclusivamente tem o estatuto de ONGA
(Organização não Governamental de Ambiente) este
ano o festival terá uma forte preocupação e sensibilidade ambiental alertando os participantes para
terem o cuidado de não apresentar trabalhos que invoquem ou estimulem o desrespeito pelo ambiente, a desigualdade de direitos humanos ou maus tratos a animais.
Está ainda a ser elaborado um plano de Gestão
Ambiental de forma a garantir uma optimização dos
A organização espera contar
com uma boa participação
por parte dos realizadores
portugueses e de países lusófonos
De referir que a edição anterior ultrapassou todas as
expectativas, registando nas suas 3 sessões sempre casa
cheia tendo, inclusivamente, sido ultrapassada a fasquia
do meio milhar de espectadores.
Pretende-se que esta iniciativa vá crescendo de forma
gradual de modo a transformar-se num festival de curtas
-metragens de referência a sul do país dando a conhecer
e lançar novos talentos para além de divulgar e promover junto do público os excelentes trabalhos que são
realizados nesta área, mas que nem sempre têm a divulgação desejada e merecida.
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ACTIVIDADES
Associação FARO 1540 - Boletim Informativo
“FARO 1540” está na
LUA!
recursos necessários à promoção e realização do evento, a valorização dos resíduos gerados, sendo ainda uma
iniciativa Carbono Zero, ou seja, o FARCUME vai
estar totalmente isento de emissões de Carbono um
dos elementos mais responsáveis pelo efeito de estufa
que contribui para os problemáticos fenómenos de alterações climáticas.
A “FARO 1540” nas comemorações do seu terceiro
aniversário (12 de Março) decidiu presentear todos os
seus associados.
Assim, adquiriu recentemente um lote de terreno na
face visível do satélite natural da Terra, com uma área
aproximada de 1 hectare, mais precisamente no Mar
dos Vapores “Mare Vaporum”, conforme o registo digitalizado que se encontra três parágrafos abaixo. Ainda
foi garantido por esta associação os direitos respeitantes ao sub-solo do terreno adquirido.
Assim, a “FARO 1540″ junta-se agora a personalidades como Ronald Reagan, Jimmy Carter, George W.
Bush, Roman Abramovich, Nicole Kidman, Clint Eastwood, Tom Cruise, John Travolta, entre outros, que
também já tiveram a oportunidade de adquirir lotes de
terreno na lua.
Neste festival, podem participar todos os cidadãos
nacionais e estrangeiros de forma individual ou em grupo, sendo a sua inscrição gratuita, bastando para tal
cumprirem o estipulado no regulamento, preencherem
uma ficha de inscrição e enviarem as suas obras para a
organização até ao dia 3 de Agosto de 2012, estando
sujeitas a uma pré-selecção. Os trabalhos apurados
serão exibidos e avaliados por um Júri idóneo composto
por 3 elementos que terá um peso de 60% sobre a
decisão final. Os restantes 40% estarão a cargo do
público presente nas diferentes sessões que terá a oportunidade de votar nas suas curtas favoritas. Mais informações consultar a página: http://farcume.faro1540.org
Não é brincadeira, estamos a falar muito a sério!
Apesar de ser chamado mar, os mares lunares não têm
água. As designações “continentes” e “mares” não
devem ser entendidas com o mesmo significado que
têm na Terra. Os continentes são escarpados e constituídos por rochas mais claras (anortositos), essencialmente formados por feldspatos, que reflectem 18% da
luz incidente proveniente do Sol.
Neste festival, podem participar todos os cidadãos nacionais e estrangeiros de forma
individual ou em grupo, sendo
a sua inscrição gratuita
11
Já os mares lunares não têm água, apresentam a sua
superfície mais plana do que a dos continentes, fazendo
lembrar a superfície livre de um líquido. São escuros,
constituídos por basaltos, reflectindo apenas cerca de
6% a 7% da luz incidente. A formação dos mares, que
são mais abundantes na face visível do que na face não
visível (lado escuro), relaciona-se com os impactos
meteoríticos. Apresentam, em geral, um maior número
de crateras de impacto e ocupam a maior extensão da
superfície lunar.
ACTIVIDADES
Associação FARO 1540 - Boletim Informativo
“Faro 1540” assinalou a data da sua fundação com um jantar
com os seus Órgãos Sociais
A “Faro 1540” assinalou a data de 12 de Março,
com um jantar comemorativo do 3º seu aniversário,
com os seus órgãos sociais no restaurante “Casa Algarvia”, onde houve a oportunidade de discutir projectos e
actividades futuras da associação. Houve ainda a oportunidade de apresentar a lembrança de aniversário que
consistiu no certificado comprovativo de uma propriedade com uma área de quase 1 hectare na Lua, que
garante também direitos sobre o seu subsolo, com as
suas coordenadas exactas, acompanhada de uma fotografia com a delimitação do terreno adquirido no “Mare
Vaporum” (Mar dos Vapores).
A partir de agora, quando olharem para o céu e contemplarem a Lua, todos os associados da “Faro 1540”
poderão dizer que são proprietários de uma pequena
parcela do único satélite natural do planeta Terra.
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www.FARO1540.org
BOLETIM INFORMATIVO
PARCEIROS
Para a prossecução dos seus objectivos a FARO 1540 tem estabelecido diversos protocolos de cooperação
com associações, movimentos e empresas.
PARCERIAS COM ASSOCIAÇÕES E MOVIMENTOS
As parcerias com colectividades visam fomentar actividades paralelas ou em parceria contribuindo para a promoção, defesa e recuperação do património ambiental, arquitectónico, cultural e histórico de Faro e do Algarve.
PARCERIAS COM EMPRESAS
Estas parcerias, para além de fomentar relações privilegiadas entre a FARO 1540 e as entidades comerciais
aqui mencionadas, estas disponibilizam junto dos nossos associados um conjunto exclusivo de vantagens e
regalias.
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