Boletim Informativo
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Boletim Informativo 1º Trimestre 2012 2º Trimestre de 2010 Número 9 / Ano III Número 2 / Ano I www.FARO1540.org Número: 9 / Ano: III BOLETIM INFORMATIVO Nesta edição: Mensagem do Presidente: Bruno Lage Presidente da Direcção Passaram já os primeiros três meses do ano 2012, um ano à partida bastante conturbado em termos económicos, financeiros e sociais, a que se junta o enigmático alinhamento dos planetas com o sol a 21 de Dezembro, que culminará, segundo os Maias, com o inicio de uma nova ERA. Paralelamente a isto, mas não negligenciando as realidades anteriormente refe- ridas a “Faro 1540” continua a desenvolver o seu trabalho associativo, destacando neste trimestre o jantar conferência com o deputado Mendes Bota sobre a exploração petrolífera na região algarvia, que continua envolta num grande mistério e num estranho silêncio, que resultou num comunicado de imprensa da nossa ONG que teve o mérito de agitar as águas nesta matéria em diferentes sectores da nossa sociedade. Universidade do Algarve tendo sido promovido pelo Jornal Arquitecturas. Tivemos a oportunidade de participar como entidade parceira convidada no 1º congresso Internacional da Paisagem e da Comunidade que decorreu no inicio de Março na Antes de terminar esta pequena mensagem uma alusão especial ao nosso primeiro e ainda único sócio honorário, Fernando da Silva Grade, distinção atribuída no dia 11 de Fevereiro, fruto do seu Tivemos a oportunidade de abrirmos as candidaturas de participação e de lançarmos a página electrónica do FARCUME que já teve mais de mil visitas. Sobre este festival de realçar que nas últimas semanas estão a ser acordadas importantes parcerias para fazer deste evento um festival de referência a sul do país a curto/médio prazo. FICHA TÉCNICA DIRECÇÃO Bruno Lage REDACÇÃO PAGINAÇÃO / DESIGN Bruno Lage Nuno Antunes Idália Sebastião Nuno Antunes 1º Trimestre de 2012 REVISÃO João Alves Idália Sebastião COORDENAÇÃO Nuno Antunes 2 MENSAGEM DO PRESIDENTE 2 ENTREVISTA COM JOÃO ALVES: VENCEDOR DA 1ª EDIÇÃO DO FARCUME 3 JANTAR CONFERÊNCIA COM O DEPUTADO MENDES BOTA 5 PÁGINA ELECTRÓNICA DO FARCUME FOI APRESENTADA 10 FARO 1540 ESTÁ NA LUA! 11 ANIVERSÁRIO DA FARO 1540 12 PARCEIROS DA FARO 1540 13 espirito interventivo e de cidadania participativa, em torno de causas nobres na nossa cidade, como a defesa do património ambiental, cultural e arquitectonico, procurando defender e proteger a identidade, a qualidade de vida e a história da nossa cidade. De destacar ainda o investimento na aquisição de um terreno no satélite natural do Planeta Terra e que na Assembleia-Geral relativa ao Relatório de Contas de 2011, este foi aprovado por unanimidade tendo a “Faro 1540” obtido um saldo positivo de 706,54 €uros. ENTREVISTA Associação FARO 1540 - Boletim Informativo ENTREVISTA COM JOÃO ALVES Vencedor do FARCUME 2011 na categoria Animação Quando saí da UAlg em Dezembro de 2005, o intuito era fazer uma série de televisão em animação para maiores de 16. Tendo em conta que não conhecia ninguém, tinha de me destacar do resto do que já existia para sobressair na multidão. Comecei a pensar no género de filmes que gostava e que não via à mais tempo. Tinha de ser algo de terror, o meu género favorito, mas só terror puro não seria muito original. Como já não saiam westerns há muito tempo e um dos meus filmes favoritos é “The Good, The Bad and the Ugly” surgiu a ideia de fazer algo de terror no oeste americano, com um personagem principal memorável, icónico – Deadeye Jack. Depois foi pensar numa forma original de contar uma estória simples mas que deixá-se o público com vontade de ver mais. Pouco tempo depois comecei a trabalhar em televisão e fiquei sem tempo para fazer projectos pessoais, por isso o “Bats” ficou parado até 2010, altura em que refiz o guião para ser uma curta-metragem e concorrer a festivais. Como analisas o sucesso que a animação tem tido em festivais e mostras de curtas-metragens tanto no país como no estrangeiro? João Alves, nascido no ano 1982 foi, com a sua curta “Bats in the Belfry” o grande vencedor da categoria animação da 1ª edição do FARCUME e foi nessa qualidade que a “Faro 1540″ o entrevistou. Superou todas as expectativas de longe. Tinha dois objectivos ao fazer o “Bats”, perceber se conseguia sozinho fazer algo do principio ao fim e ver uma animação minha numa sala de cinema. Quando me telefonaram do MOTELx a dizer que tinha sido seleccionado já era a vitória que eu queria. Mas depois venci o festival, e fui seleccionado para o Fantasporto onde fui novamente premiado, seguiram-se prémios no ShortCutz Lisboa, FARCUME, Bragacine, Cinanima e no festival de Cinema Digital de Odemira, e graças ao shortCutz Lisboa tive duas exibições na SIC Radical. Enviei o filme para alguns festivais fora de Portugal, mas os que mais me orgulho são os convites, o Frightfest (Londres), Animaldiçoados (Rio de Janeiro) e o Anirmau (Lalín) enviaram-me emails a dizer que tinham gostado da curta e que a queriam passar nos festivais. É sempre excelente quando nos dizem que querem ver algo que fizemos. Tem um fascínio pelo cinema, em particular terror desde tenra idade. Influenciado pelos “National Geographic” ao sábado depois dos desenhos animados, decide estudar Biologia com o intuito de ser documentarista da vida animal. Em Dezembro de 2005 termina a licenciatura em Biologia Marinha e Pescas na Universidade do Algarve, mas desde 2003 que tinha decidido que a sua vida iria ser longe de químicos perigosos e vísceras de animais. Consegue o seu primeiro trabalho em 2006, animando o sketch semanal do humorista Rui Almeida (ou Bubú para quem ouvia a Antena 3) no programa da RTP2 “A Revolta dos Pastéis de Nata”. Seguiram-se várias séries, videoclips e DVDs promocionais e musicais. No início de 2009 começa a animar curtas interactivas na empresa LisbonLabs onde trabalha desde então. Quadro Social A “Faro 1540” acolheu nos últimos três meses mais 3 associados a saber: Pedro Cristo, Humberto Reis e Como surgiu a ideia de produzires a animação “Bats in the Belfry”? Fernando da Silva Grade (Associado Honorário). 3 ENTREVISTA Associação FARO 1540 - Boletim Informativo te em pré produção da minha segunda curta original “inhuman” (ficção científica) que estará pronta no final do ano. Tenho mais um guião escrito, “Mindscape” (film noir), que está pensado para ser filmado com actores reais em cenários virtuais. Quantas horas foram investidas na produção do “Bats in the Belfry”? Não sei bem quantas horas, mas posso dizer que foi feito entre os dias 20 de Junho e 15 de Agosto de 2010. Eu trabalho das 10h às 19h, 5 dias por semana, por isso o “Bats” foi feito depois do jantar, todos os dias, até às 5 da manhã e aos fins de semana o dia todo durante essas 9 semanas. O computador usado foi um Pentium 4 que pelo caminho queimou RAM e teve que levar uma ventoinha devido ao calor desse verão não ser compatível com os renders finais. São a única forma dos novos cineastas darem a conhecer o seu trabalho e as suas ideias. O público tem acesso a mais cinema O que sentiste quando venceste a categoria animação na 1ª edição do FARCUME, festival da cidade onde tu viveste enquanto eras estudante na Universidade do Algarve? Qual é para ti a importância dos festivais e das mostras de curtas-metragens na divulgação destes trabalhos? Fiquei super contente, só tive pena de não poder estar presente, mas foi uma sensação espectacular. O “Bats” foi começado a a ser pensado em Faro, por isso é um orgulho muito especial e pessoal. Ainda mais por ter sido uma decisão de desempate pelo público. Muito bom mesmo É enorme. São a única forma dos novos cineastas darem a conhecer o seu trabalho e as suas ideias. O público tem acesso a mais cinema além dos das grandes produtoras internacionais e é também uma excelente forma dos cineastas se conhecerem e verem os trabalhos uns dos outros. Consideras que há em Portugal condições e oportunidades para desenvolver trabalhos de Animei para séries da RTP2, videoclips, DVDs musicais e Nos próximos anos vamos ver cada vez mais novas animações e de géneros completamente diferentes do que estamos habituados a ver por cá sites Como é que um Biólogo Marinho se dedica e com tanto sucesso, à realização de animações? O curso de Biologia Marinha e Pescas prepara-nos muito bem para várias coisas, sendo duas das mais importantes aprender e improvisar. Sempre tive gosto por cinema e por animação, por isso ainda durante a universidade fui aprendendo a utilizar software de animação, grafismo e 3D e vendo sempre muitos filmes e extras de DVDs. Animei para séries da RTP2, videoclips, DVDs musicais, sites, o que fosse aparecendo. Pagar as contas e gostar de inovar no que se faz são dois bons incentivos para vencer a preguiça. Actualmente trabalho na LisbonLabs – Creative Experiences onde faço grafismo e animações para sites e aplicações de iPad e iPhone, e nos tempos livres estou a começar a dar os primeiros passos em cinema. animação de forma profissional? Há, sempre houve. Nos próximos anos vamos ver cada vez mais novas animações e de géneros completamente diferentes do que estamos habituados a ver por cá. A animação infantil continuará a existir, mas animações com temas mais adultos e mais cinematográficos estão aí ao virar da esquina. Demoram algum tempo a fazer, mas desde que haja público, vai-se fazer mais animação. Assembleia-Geral Na Assembleia-Geral Ordinária de 27 de Março para apresentação do Relatório de Contas e de Actividades relativos Tens novos projectos em mente? ao ano de 2011, os mesmo teve um parecer favorável No final de 2011 fiz a animação do trailer da banda desenhada do Filipe Melo e Juan Cavia “As Extraordinárias Aventuras de Dog Mendonça e Pizzaboy II – APOCALIPSE” que ganhou o terceiro prémio na categoria de Animação Digital dos Prémios ZON e estou actualmen- do Conselho Fiscal e foi aprovado por unanimidade, tendo a “Faro 1540” apresentado uma receita de 1.105,83 €uros e uma despesa de 399,29 €uros, resultando um saldo positivo de 706,54 €uros. 4 ACTIVIDADES Associação FARO 1540 - Boletim Informativo JANTAR CONFERÊNCIA COM O DEPUTADO MENDES BOTA SOBRE A EXPLORAÇÃO DE PETRÓLEO Secretaria de Estado da Energia, que ocorreu em meados de Janeiro, a “FARO 1540” decidiu lançar um debate sobre esta matéria. Neste sentido, pro- A “FARO 1540” decidiu lançar um debate sobre esta matéria moveu no dia 11 de Fevereiro um jantar conferência tendo convidado o deputado à Assembleia da República, Dr. Mendes Bota que apresentou uma comunicação subordinada ao tema “PETRÓLEO NO ALGARVE: OS MITOS, OS RISCOS E OS INTERESSES”, seguida de debate, tendo registado casa cheia (71 pessoas), lotando por completo a sala de grupos do restaurante Pontinha. Durante a refeição, foi disponibilizado o requerimento efetuado pela “FARO 1540”, acompanhado das respostas às perguntas formuladas e que seguidamente se transcreve: A “FARO 1540” antes de se pronunciar publicamente sobre o tema da exploração de Petróleo e de Gás Natural ao largo da costa algarvia, decidiu no passado mês de Outubro, em virtude de muito se ouvir falar mas pouco se saber em concreto sobre este assunto, enviar um requerimento à Secretaria de Estado da Energia onde pediu esclarecimentos a propósito desta exploração liderada por um consórcio constituído pela Repsol e RWE. Assim, após a recepção da resposta por parte da P. - Qual será a metodologia de extração a aplicar? R. - No âmbito do contrato assinado de prospeção e pesquisa, não existe uma definição sobre os métodos de exploração. Se houver descoberta de um campo petrolífero (líquido ou gás) com viabilidade económica, a concessionária terá de elaborar, de acordo com o artº 38º do DL 109/94, o respectivo «Plano Geral de Desenvolvimento e Produção», que será submetido à DGEG/ DPEP para apreciação e aprovação, sem a qual não poderá ser iniciada a produção. A distância à costa, a profundidade do mar no sítio da descoberta, as características geológicas do jazigo e a composição do petróleo influenciarão a metodologia a seguir. No Plano, a ser então apresentado, haverá a resposta a esta pergunta. O início da produção/exploração, se tal se verificar, depende dos resultados dos trabalhos de prospecção e pesquisa ainda a realizar e dos estudos de avaliação do potencial petrolífero não sendo expectável que possa ocorrer antes de 8 a 10 anos. 5 ACTIVIDADES Associação FARO 1540 - Boletim Informativo P. - Existe já alguma previsão de extração diária de petróleo e gás natural? R. - Não existe, pela mesmas razões da pergunta anterior. No Plano Geral de Desenvolvimento e Produção haverá a previsão da data do início da produção comercial e da evolução dos volumes de produção ao longo da vida do campo. - 7% (sete por cento) do valor da produção e comercialização de óleo equivalente compreendida entre os 5 (cinco) e os 10 (dez) milhões de barris; - 9% (nove por cento) do valor dos restantes barris de óleo equivalente produzidos e comercializados». A concessionária pagará ainda taxas, impostos e «rendas de superfície» (artº 52º do DL 109/94) calculados em função dos valores entre 15 e 240 euros por Km2, para os anos de prospecção, pesquisa e produção, fixados nos contratos de concessão. P. - Quais as contrapartidas financeiras e económicas para o Estado Português? No caso de descoberta(s) de campo(s) petrolífero(s) haverá grandes benefícios económicos para o país. Ex: Noruega, Holanda, Escócia. R. - Os contratos assinados preveem, no caso de produção, as seguintes contrapartidas para o Estado: «em caso de descoberta e uma vez iniciada a produção, a concessionária, após recuperar os custos de pesquisa e desenvolvimento do(s) campo(s) patrolífero(s) e após descontar os custos operacionais de produção, isto é, quando atingir um resultado líquido positivo, obriga-se ainda a pagar, de forma continuada à DGEG: Quais as contrapartidas financeiras e económicas para o Estado Português? Se o número de descobertas petrolíferas for suficiente para garantir produção a longo prazo, é de esperar o surgimento de toda uma indústria orientada para as atividades petrolíferas. Ex: Aberdeen (Escócia) que se transformou numa região rica e com muito emprego. Descobertas de petróleo economicamente viáveis permitiriam reduzir a dependência energética do país, com consequente diminuição das importações, aumentar a receita do Estado, criar postos de trabalho e criar/ desenvolver indústrias de apoio ao setor. Mesmo não havendo descobertas, os novos dados obtidos no âmbito das atividades de prospecção e pesquisa, representam muitas dezenas de milhões de euros, têm grande interesse técnico e científico para o país, serão integrados com outros já existentes e levam a melhor conhecimento da Bacia do Algarve e seu potencial petrolífero e ao aumento da probalidade de uma descoberta com viabilidade económica. - 5% (cinco por cento) do valor dos primeiros 5 (cinco) milhões de barris de óleo equivalente produzidos e efetivamente comercializados; 6 ACTIVIDADES Associação FARO 1540 - Boletim Informativo P. - Existe a possibilidade de visualização na linha de costa das bocas de queima das plataformas petrolíferas? R. - Após os trabalhos de prospecção e pesquisa estarem concluídos e em caso de alguma descoberta viável para exploração, serão efectuados estudos de impacto ambiental onde serão avaliados estas e outras questões. No entanto podemos desde já referir que no limite Norte do Bloco 13, encontram-se as zonas mais próximas da costa, sendo a distância a uma das ilhas de Faro mais a Sul de cerca de 8,5 Km e à cidade de Faro de Existe a possibilidade de visualização na linha de costa das bocas de queima das plataformas petrolíferas? P.- Existe algum estudo de risco ambiental efectuado? Em caso afirmativo há a possibilidade de termos acesso a uma cópia do mesmo? R. - Não existe. Na fase de prospecção e pesquisa não são exigidos estudos de impacte ambiental (Dec. Lei nº 197/2005, de 8 de Novembro). São apenas obrigatórios antes do início da produção, quando da apresentação do Plano Geral de Desenvolvimento e Produção que incluirá, entre outros, estudos de impacte ambiental. cerca de 15 Km, não se considerando que possa ter um impacto visual negativo. Há plataformas de produção petrolífera a distâncias similares das costas de vários países como Itália, Holanda, Reino Unido, Noruega, Dinamarca, Espanha, Austrália, etc. Na Ilha Ameland, na P. - Em caso de acidente existe algum estudo que preveja o valor dos danos a nível do turismo, pesca, saúde pública e ambiente? Em caso afirmativo há a possibilidade de termos acesso a uma cópia do mesmo? R. - Não existe, pelas razões referidas nas questões anteriores. Os trabalhos a realizar no âmbito deste contrato são de prospecção e pesquisa. Apenas e após o desenvolvimento destes trabalhos e a realização de estudos complementares é que serão efectuados estudos de viabilidade económica onde poderemos verificar o impacto no desenvolvimento económico nacional e regional. costa holandesa junto à fronteira com a Alemanha, zona protegida para nidificação de aves e com bastante turismo, há produção de gás desde os anos 80. P. - Qual o tempo de duração da concessão? R. - Os contratos de concessão têm duas fases, uma de prospecção e pesquisa, a que corresponde o prazo inicial da concessão, e outra de produção, se houver descoberta com viabilidade económica, a que corresponde o prazo de produção. Prazo inicial (Prospecção e Pesquisa) – 8 anos, com possibilidade de 2 prorrogações de um ano cada, se tecnicamente justificadas. Prazo de Produção – 30 anos, com possíveis prorrogações, de um mínimo de 3 anos cada, até ao limite máximo de 15 anos. 7 ACTIVIDADES Associação FARO 1540 - Boletim Informativo valor económico e que, de acordo com a sociedade em que estamos inseridos, ainda é considerado um recurso indispensável, não só para a produção de energia como para um conjunto multi-variado de produtos originados na indústria transformadora. Contudo, não é menos verdade que a concessão da prospecção e exploração de Petróleo e Gás Natural no Algarve está ainda envolta num grande mistério e num estranho silêncio, o que levou a “FARO 1540” na qualidade de Organização Não Governamental de Ambiente (ONGA) a pedir um conjunto de esclarecimentos junto do Secretário de Estado da Energia. Como já mencionado, se no âmbito das actividades de Prospecção e Pesquisa realizadas, a concessionária estabelecer a existência de campo(s) de petróleo liquido ou gás com viabilidade económica, deverá apresentar à DGEG, para apreciação e aprovação, o respetivo Plano Geral de Desenvolvimento e Produção, de acordo com o artº 38º do DL 109/94, que incluirá estudo de impacte ambiental, planos de prevenção e medidas de mitigação. A concessão da prospecção e exploração de Petróleo e Gás Natural no Algarve está ainda envolta num grande mistério e num estranho silêncio Não se compreende como é que num negócio desta envergadura, que implica um conjunto muito diverso de variáveis não só ao nível ambiental, mas também ao nível económico e social, não tenham sido auscultados autarcas, instituições regionais e sociedade civil. Nem Depois de analisado as respostas às perguntas e após ouvir a dissertação do deputado Mendes Bota sobre esta matéria, a “FARO 1540” elaborou e tornou público o seguinte parecer que seguidamente se transcreve: O Petróleo é indiscutivelmente um recurso de elevado tenha sido fomentado um debate esclarecedor sobre esta matéria de forma a poder ter-se tomado uma decisão ponderada, equilibrada e que defendesse os interesses da região algarvia. 8 ACTIVIDADES Associação FARO 1540 - Boletim Informativo Em vez disso, o que aconteceu foi a assinatura de contratos que garantem uma concessão que pode ir até aos 55 anos sem terem sido asseguradas contrapartidas concretas para a região. A este facto ainda se junta a ausência de um Estudo de Risco Ambiental e de Risco Económico que pudesse prever os valores dos danos ao nível do turismo, da pesca, da saúde pública e do ambiente que resultariam em caso de um acidente, ou de perturbações nos ecossistemas provenientes do funcionamento da actividade petrolífera. Algarve como destino turístico de qualidade. Também é importante esclarecer e desmontar, o mito que Portugal passaria a ter combustíveis mais baratos. É uma ilusão! Pois o que os contratos dizem claramente é que Portugal não tem preço preferencial, comprando o “seu” petróleo aos preços praticados no mercado internacional. Também é importante esclarecer e desmontar, o mito que Portugal passaria a ter combustíveis mais baratos Assim, por um conjunto de contrapartidas absolutamente irrisórias onde, por exemplo, a renda de superfície estará compreendida entre os 15 € e os 240 € por km2 pode-se pôr em risco toda uma região, onde o sol, a areia branca e o mar límpido são as suas principais exportações e o grande motor da sua economia. Com que critérios se vai a partir da agora inviabilizar, em prol do ordenamento do território, da defesa do ambiente e da protecção da biodiversidade, a construção de empreendimentos turísticos ou a expansão de perímetros urbanos de Vila do Bispo, Aljezur, Faro, Olhão ou VRSA quando a poucos kms à sua frente podem começar a existir estruturas que, em caso de acidente, em poucas horas podem provocar danos sobejamente superiores? Pode-se dizer que legalmente não é exigido um Estudo de Impacte Ambiental nesta fase (prospecção) e de facto assim é. Mas os estudos de risco poderiam e deveriam ter sido feitos (e ainda vão a tempo) pois também não é correcto, após 8 ou 10 anos de prospecções onde serão gastos milhares de euros, tempo e recursos, seja efectuado um Estudo de Impacte Ambiental que “chumbe” a fase de exploração, deitando praticamente para o lixo o trabalho de uma década e um investimento avultado por parte das companhias petrolíferas. Ficou-se também a saber que afinal de contas há a séria possibilidade de se visualizar quer as plataformas petrolíferas, quer as bocas de queima das mesmas uma vez que há o risco destas estruturas serem implementadas somente a 8,5 km da costa o que degrada de forma bem vincada a paisagem natural costeira com as implicações directas que isso terá na imagem do O que aconteceu foi a assinatura de contratos que garantem uma concessão que pode ir até aos 55 anos sem terem sido asseguradas contrapartidas concretas para a região Por estes motivos torna-se de crucial importância realizar um estudo de risco ambiental e económico, sobre a actividade petrolífera no Algarve, de modo a dissipar dúvidas, mal-entendidos e garantir a salvaguarda dos bens ambientais e económicos desta região. 9 ACTIVIDADES Associação FARO 1540 - Boletim Informativo Página Electrónica da 2ª edição do FARCUME foi apresentada e já estão a chegar os primeiros trabalhos Por outras palavras, o FARCUME, dentro de um ambiente informal, bem-disposto e descontraído procura premiar e reconhecer a dedicação, o empenho, a criatividade e o mérito dos realizadores, actores e equipas técnicas que com parcos meios conseguem desenvolver trabalhos de grande qualidade. Esta 2ª edição do FARCUME pretende exibir e promover trabalhos até um máximo de 30 minutos de duração, repartidos em quatro categorias que são elas: Animação, Documentário, Ficção e Videoclips. Dados os princípios e os objectivos da “FARO 1540”, Esta página, com cerca de um mês de existência já ultrapassou a fasquia dos mil visitantes No dia 11 de Fevereiro apresentou-se oficialmente a página electrónica da 2ª edição do FARCUME: Festival de Curtas-Metragens de Faro que vai decorrer nos dias 23 a 25 de Agosto. Esta página, com cerca de um mês de existência já ultrapassou a fasquia dos mil visitantes. A organização espera contar com uma boa participação por parte dos realizadores portugueses e de países lusófonos, uma vez que já estão a chegar trabalhos para exibição, apesar da data limite de entrega ainda se encontrar distante—3 de Agosto. que inclusivamente tem o estatuto de ONGA (Organização não Governamental de Ambiente) este ano o festival terá uma forte preocupação e sensibilidade ambiental alertando os participantes para terem o cuidado de não apresentar trabalhos que invoquem ou estimulem o desrespeito pelo ambiente, a desigualdade de direitos humanos ou maus tratos a animais. Está ainda a ser elaborado um plano de Gestão Ambiental de forma a garantir uma optimização dos A organização espera contar com uma boa participação por parte dos realizadores portugueses e de países lusófonos De referir que a edição anterior ultrapassou todas as expectativas, registando nas suas 3 sessões sempre casa cheia tendo, inclusivamente, sido ultrapassada a fasquia do meio milhar de espectadores. Pretende-se que esta iniciativa vá crescendo de forma gradual de modo a transformar-se num festival de curtas -metragens de referência a sul do país dando a conhecer e lançar novos talentos para além de divulgar e promover junto do público os excelentes trabalhos que são realizados nesta área, mas que nem sempre têm a divulgação desejada e merecida. 10 ACTIVIDADES Associação FARO 1540 - Boletim Informativo “FARO 1540” está na LUA! recursos necessários à promoção e realização do evento, a valorização dos resíduos gerados, sendo ainda uma iniciativa Carbono Zero, ou seja, o FARCUME vai estar totalmente isento de emissões de Carbono um dos elementos mais responsáveis pelo efeito de estufa que contribui para os problemáticos fenómenos de alterações climáticas. A “FARO 1540” nas comemorações do seu terceiro aniversário (12 de Março) decidiu presentear todos os seus associados. Assim, adquiriu recentemente um lote de terreno na face visível do satélite natural da Terra, com uma área aproximada de 1 hectare, mais precisamente no Mar dos Vapores “Mare Vaporum”, conforme o registo digitalizado que se encontra três parágrafos abaixo. Ainda foi garantido por esta associação os direitos respeitantes ao sub-solo do terreno adquirido. Assim, a “FARO 1540″ junta-se agora a personalidades como Ronald Reagan, Jimmy Carter, George W. Bush, Roman Abramovich, Nicole Kidman, Clint Eastwood, Tom Cruise, John Travolta, entre outros, que também já tiveram a oportunidade de adquirir lotes de terreno na lua. Neste festival, podem participar todos os cidadãos nacionais e estrangeiros de forma individual ou em grupo, sendo a sua inscrição gratuita, bastando para tal cumprirem o estipulado no regulamento, preencherem uma ficha de inscrição e enviarem as suas obras para a organização até ao dia 3 de Agosto de 2012, estando sujeitas a uma pré-selecção. Os trabalhos apurados serão exibidos e avaliados por um Júri idóneo composto por 3 elementos que terá um peso de 60% sobre a decisão final. Os restantes 40% estarão a cargo do público presente nas diferentes sessões que terá a oportunidade de votar nas suas curtas favoritas. Mais informações consultar a página: http://farcume.faro1540.org Não é brincadeira, estamos a falar muito a sério! Apesar de ser chamado mar, os mares lunares não têm água. As designações “continentes” e “mares” não devem ser entendidas com o mesmo significado que têm na Terra. Os continentes são escarpados e constituídos por rochas mais claras (anortositos), essencialmente formados por feldspatos, que reflectem 18% da luz incidente proveniente do Sol. Neste festival, podem participar todos os cidadãos nacionais e estrangeiros de forma individual ou em grupo, sendo a sua inscrição gratuita 11 Já os mares lunares não têm água, apresentam a sua superfície mais plana do que a dos continentes, fazendo lembrar a superfície livre de um líquido. São escuros, constituídos por basaltos, reflectindo apenas cerca de 6% a 7% da luz incidente. A formação dos mares, que são mais abundantes na face visível do que na face não visível (lado escuro), relaciona-se com os impactos meteoríticos. Apresentam, em geral, um maior número de crateras de impacto e ocupam a maior extensão da superfície lunar. ACTIVIDADES Associação FARO 1540 - Boletim Informativo “Faro 1540” assinalou a data da sua fundação com um jantar com os seus Órgãos Sociais A “Faro 1540” assinalou a data de 12 de Março, com um jantar comemorativo do 3º seu aniversário, com os seus órgãos sociais no restaurante “Casa Algarvia”, onde houve a oportunidade de discutir projectos e actividades futuras da associação. Houve ainda a oportunidade de apresentar a lembrança de aniversário que consistiu no certificado comprovativo de uma propriedade com uma área de quase 1 hectare na Lua, que garante também direitos sobre o seu subsolo, com as suas coordenadas exactas, acompanhada de uma fotografia com a delimitação do terreno adquirido no “Mare Vaporum” (Mar dos Vapores). A partir de agora, quando olharem para o céu e contemplarem a Lua, todos os associados da “Faro 1540” poderão dizer que são proprietários de uma pequena parcela do único satélite natural do planeta Terra. 12 www.FARO1540.org BOLETIM INFORMATIVO PARCEIROS Para a prossecução dos seus objectivos a FARO 1540 tem estabelecido diversos protocolos de cooperação com associações, movimentos e empresas. PARCERIAS COM ASSOCIAÇÕES E MOVIMENTOS As parcerias com colectividades visam fomentar actividades paralelas ou em parceria contribuindo para a promoção, defesa e recuperação do património ambiental, arquitectónico, cultural e histórico de Faro e do Algarve. PARCERIAS COM EMPRESAS Estas parcerias, para além de fomentar relações privilegiadas entre a FARO 1540 e as entidades comerciais aqui mencionadas, estas disponibilizam junto dos nossos associados um conjunto exclusivo de vantagens e regalias. 13