E-book Volume 1 - A Incrível Arte

Transcrição

E-book Volume 1 - A Incrível Arte
E-book Volume 1
Sumário
Sobre a Incrível Arte..................................................................................................... 4
A incrível arte de alimentar suas emoções – 08/12/2015.............................................5
A incrível arte de cuidar dos bens naturais – 08/12/2015............................................7
A incrível arte do menos é mais – 08/12/2015............................................................. 9
A incrível arte de ser honesto – 08/12/2015............................................................... 11
A incrível arte de crescer em uma egrégora – 08/12/2015........................................13
A incrível arte de mudar paradigmas – 16/12/2015....................................................15
A incrível arte de ativar memórias – 16/12/2015........................................................ 17
A incrível arte de transformar um comportamento – 16/12/2015...............................18
A incrível arte de valorizar quando ainda se tem – 24/12/2015.................................20
A incrível arte de não acreditar – 25/12/2015.............................................................21
A incrível arte de parar os pensamentos – 26/12/2015..............................................23
A incrível arte de inovar na agricultura – 27/12/2015................................................. 25
A incrível arte de ser pai de um autista – 29/12/2015................................................ 26
A incrível arte de planejar seu novo ano – 31/12/2015.............................................. 28
A incrível arte de recomeçar – 01/01/2016.................................................................30
A incrível arte de acompanhar seriados – 02/01/2016............................................... 32
A incrível arte de ser um vegano – 04/01/2016.......................................................... 35
A incrível arte de chegar e partir – 07/01/2016..........................................................38
A incrível arte de viver na estrada – 08/01/2016........................................................ 40
A incrível arte de esperar pelo Oscar – 11/01/2016................................................... 41
A incrível arte de aprender a cozinhar em libras – 13/01/2016..................................45
A incrível arte de desejar uma vida longa – 17/01/2016............................................47
A incrível arte de aprender com as crianças – 21/01/2016........................................ 50
A incrível arte de se descobrir através de trilhas – 25/01/2016.................................52
A incrível arte de poder escutar – 27/01/2016............................................................54
A incrível arte de se sentir bonita – 28/01/2016......................................................... 55
A incrível arte de saber esperar – 04/02/2016...........................................................56
A incrível arte de lidar com mudanças – 11/02/2016..................................................58
A incrível arte de ser organizado – 14/02/2016.......................................................... 59
A incrível arte de viver com gatos – 17/02/2016........................................................61
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A incrível arte de colorir a vida – 21/02/2016............................................................. 63
A incrível arte de procrastinar – 23/02/2016...............................................................65
A incrível arte de saber aceitar – 25/02/2016............................................................. 67
A incrível arte de aprender a cozinhar em francês – 29/02/2016...............................69
A incrível arte de dizer a verdade – 03/03/2016.........................................................70
A incrível arte de não criar expectativas – 07/03/2016...............................................73
A incrível arte de ser gentil – 10/03/2016................................................................... 75
A incrível arte de viver em uma democracia – 14/03/2016........................................77
A incrível arte de aceitar a sua beleza – 19/03/2016.................................................79
A incrível arte de ceder – 29/03/2016.........................................................................81
A incrível arte de definir suas prioridades – 30/03/2016............................................83
Nossa Equipe..............................................................................................................85
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Sobre a Incrível Arte
Olá navegantes, bem vindos!
O site A incrível arte chega para ser um canal com conteúdo voltado para o autoconhecimento e para as deliciosas experiências da vida.
Você encontrará por aqui um material diário com dicas, orientações e história de pessoas
como você, que vivem em busca de aprender e evoluir através deste três pilares que
embasam nosso projeto: ser. sentir. saber.
O ser. tem a ver com o que fazemos em busca de descobrir a nossa verdadeira essência. O
respeito às nossas necessidades, valores, virtudes e principalmente sonhos e desejos.
O sentir. tem a ver com as experiências, vivências obtidas ao longo da vida, que,
conectadas ao nosso emocional, nos proporcionam ao impulso de nossa evolução. A
citação: "você está onde seu coração está" representa a essência do que será encontrado
nesta página. Quando estamos cem por cento em algo é porque este algo nos motiva, nos
envolve e nos faz feliz! E podem ser coisas simples, como estar deitado em uma rede
ouvindo os sons da natureza ou pulando de paraquedas sentindo a pressão do ar sobre o
corpo que cai em queda livre.
O saber. conota o conhecimento. Todo conhecimento é uma verdade. A verdade que
importa para aquele que expõe determinado assunto. Toda verdade deve ser respeitada,
até que se ache um contraponto ou um novo ponto de vista para argumentar. Saber sobre
um determinado assunto e poder expor o que sabe sobre ele contribui com outras pessoas
que se interessem pelo mesmo caminho.
Para cada um destes três segmentos contaremos com pessoas espalhadas pelo mundo,
dando seu contributo a este site e instigando você leitor a sair da sua zona de conforto e
buscar por mais momentos incríveis para viver com arte! :)
Embarque conosco e desfrute!
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A incrível arte de alimentar suas emoções – 08/12/2015
Cherrine Cardoso
Que tipo de emoção você sente quando, ao acordar numa manhã de segunda-feira,
descobre que está atrasado? Não apenas dez minutos, mas um atraso de quarenta
minutos? Qual a primeira coisa que você pensa quando se dá conta disso? Pois bem,
depois de perceber o atraso e de várias palavrinhas soarem feito grunhidos enquanto você
se levanta e se debate, enquanto o coração dispara e o corpo reage, será que consegue
perceber quais são as suas emoções e sentimentos? Provavelmente, não. Mas é a partir
deles que haverão inúmeros reflexos durante todo o desenrolar do seu dia. A cabeça vai a
mil e você pensa nas coisas que precisa fazer, antes mesmo de sair de casa: o ônibus que
já perdeu, o trânsito que provavelmente estará pior do que na hora que costuma sair, a
desculpa que talvez precise inventar pelo seu atraso, a entrega de algo que era para ser
feito na primeira hora da manhã e que agora não será entregue, o cachorro que era para ter
sido levado para passear, enfim, podem ser muitas coisas. Enquanto sua mente percorre
todo o trajeto que deveria ter sido feito sem o atraso, o corpo vai sentindo a manifestação
dos sentimentos que começam a despontar: raiva, euforia, frustração, angústia. Por meio
dessas emoções nosso organismo vai tendo inúmeras reações biológicas. Se isso
acontecesse todos os dias, provavelmente você já estaria doente. A somatização de
sentimentos pesados pode facilmente levá-lo para a cama, gerando algum tipo de doença.
E mesmo que isso ocorra eventualmente, procure perceber como você se sente quando
este dia está chegando ao fim. Recorde da sensação física, do cansaço, do corpo dolorido.
Com esse exemplo podemos perceber claramente que as emoções norteiam nosso
comportamento o tempo todo! Tudo aquilo que é sentido pelo seu corpo, pode ter sido
alimentado por uma emoção, por um sentimento negativo ou positivo. Pense agora em
outra situação: em como é bom estar amando outra pessoa. Com o amor nós alimentamos
nosso corpo de sentimentos nobres, tais como a alegria, a felicidade, o desejo. Sentimentos
que nos deixam mais vibrantes, com mais energia, com mais vontade de realizar coisas.
Mas o que acontece se esse amor não vinga? Se você sofre uma desilusão? Todo esse
sentimento se transmuta em emoções mais densas e pesadas, que continuam sendo um
alimento para o seu organismo. Portanto, qual é o alimento emocional que você está dando
para o seu corpo hoje? Este alimento é tão puro e leve como uma maçã? Assim como seu
corpo físico precisa de proteína, carboidrato, aminoácidos, o seu corpo emocional precisa
de sentimentos. Quanto melhor forem os sentimentos manifestados, melhor será a
sensação física desencadeada em você. E pode ser mais fácil do que imagina. Quando algo
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começar a desagradá-lo, a opção de deixar que isso te prejudique é somente sua. Ao invés
de sentir-se irritado ou bravo, diga para si mesmo: agora que já me atrasei e não há nada
que me ajude a modificar isto, vou fazer o que preciso e deixar que as coisas aconteçam
como tem que acontecer. Paciência! A vida realmente não para e o tempo não volta para
que recuperemos o que já passou, isso vale até para um atraso. O importante é dar-se
conta disso e evitar passar por situações como essas repetidas vezes. Agora, uma
curiosidade: você sabia que cada indivíduo possui ao todo seis corpos? Não? Pois então!
Possuímos o físico denso, o físico energético, o emocional, o mental, o intuicional e até
outros acima deste. O denso você já sabe qual é, aquele que você enxerga, toca, cuida de
forma mais perceptível, sabe como tem que tratar para mantê-lo saudável. Mas e os outros?
Tudo o que foi descrito até agora era a respeito do seu corpo emocional. Mas para que você
seja um indivíduo completo, o melhor seria conhecer-se um pouco mais para tomar
consciência de cada um deles. Saber como cuidar melhor de cada um deles para que
estejam sempre bem, saudáveis e em harmonia. A partir agora, atente para o alimento que
você quer dar ao seu corpo emocional e perceba o quanto os seus outros corpos vão te
agradecer por isso!
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A incrível arte de cuidar dos bens naturais – 08/12/2015
Cherrine Cardoso
Sabe o que é tão importante quanto o ar que você respira? A água que você bebe! Sem ar
você vive míseros segundos, sem água talvez sobreviva alguns dias. Escrever sobre isso é
triste, mas o assunto está em voga e ele é bem sério. Há tempos ouvimos dizer que este
bem natural vai acabar. Só não levamos em conta que isso realmente acontecerá, pois
olhando a quantidade de oceanos e mares que temos em volta dos nossos Continentes,
nos parece ilusório. Pois bem, está acontecendo. Rápido. Diante dos olhos de todos e não
apenas das autoridades locais. E mesmo diante da revolta que gera na grande população, o
que mais choca é a falta de consciência que se tem com relação ao que representa essa
falta de chuva em vários estados brasileiros. Sei que o julgamento e a reclamação da
maioria com relação a esta situação é direcionado aos que estão no poder, mas a culpa não
é deles somente! A culpa é sua. E minha também. Desculpe se esta acusação parece um
dedo apontado injustamente na sua direção. Talvez você até tenha cuidado em tomar
banhos mais curtos ou tenha evitado lavar seu carro com a mangueira aberta largando água
a vontade pela calçada; de repente você também se preocupa com o que come e é adepto
de uma alimentação sem carnes (o que representa uma economia de água surreal para o
planeta). Que bom! Talvez você seja parte de uma parcela da população que foi mais
instruída, que teve acesso a uma boa educação dentro e fora de casa e fez bom uso dos
alertas à essa escassez, evitando assim o desperdício. No entanto, esta não é a realidade
da maior parte dos brasileiros. Não fomos educados para a economia. Fomos educados
para a abundância! Quanto mais melhor. E a água estava junto no pacote. O que estamos
vendo acontecer hoje é resultado do pouco conhecimento que as pessoas tem com relação
ao uso de tudo o que criamos para promover o nosso desenvolvimento. Indústrias, fábricas,
estradas, milhares de novos eletrodomésticos e tecnologias lançadas num consumo
frenético de energia, desmatamento à rodo, tudo isso e mais algumas coisas representam a
seca. Usamos a água sem respeito e a natureza está mandando a conta. Há como reverter
o quadro? Sinceramente não sei! Acho bem difícil. Anos e anos só sugando sem dar nada
em troca. Precisaríamos de muita abstinência para devolver tudo o que vimos tirando do
planeta desenfreadamente. Para isso só mesmo um trabalho contínuo e rápido de
expansão da consciência de cada um para, quem sabe, amenizar o estrago. E como fazer
isso? Pare agora e analise tudo o que o seu comportamento representa nesse processo da
falta de água (na dúvida, dê uma olhada na imagem ao lado). Você planta o que come?
Você demora quanto tempo no banho? Você tem receptores da água da chuva ou faz
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reutilização da água gasta na máquina de lavar (por exemplo)? Você só anda de carro ou
opta por meios de transporte coletivo ou de repente uma bicicleta? Quantas vezes por
semana você come carnes (sabia que para alimentar por um ano apenas uma vaca (sem
contar os outros animais) é necessário 825 mil litros de água?)? Você deixa sua casa com
todas as luzes acesas? E os seus eletrodomésticos e eletrônicos, passam o dia na tomada?
Estamos tão acostumados com o trivial, que mal nos damos conta de que este
comportamento está liquidando nosso planeta e, consequentemente, podendo também
acabar com a nossa vida. Este é o momento do repensar atitudes. Momento de refletir: o
que eu ainda não fiz e posso fazer para contribuir com as gerações futuras? Será que eu
posso sair um pouco da minha zona de conforto e atuar mais diretamente nessa mudança
positiva? Repense. Ainda mais se você tem ou pretende ter filhos. Afinal, é para eles que o
planeta vai ficar, certo?
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A incrível arte do menos é mais – 08/12/2015
Cherrine Cardoso
Estamos crescendo demais. Não, não é de tamanho. É em quantidade! Por onde passamos
vemos milhares de pessoas circulando pelas ruas, a pé, de carro, em transportes públicos.
Será que, como eu, outras pessoas pensam onde isso tudo vai dar? Porque certamente
chegará o dia em que a Terra não comportará mais tanta gente. É fisicamente impossível!
Nem o planeta tem assim tanto espaço. Coitado do planeta! Ele tem sofrido ainda mais com
esse crescimento populacional desenfreado. Não é a toa que há países que controlam a
natalidade local há tanto tempo! Se fizermos uma matemática lógica perceberemos que se
o crescimento seguir da forma como vem sendo nos últimos séculos, a Terra será pouca pra
todos nós. Não só demograficamente, mas também porque os recursos, que seguimos
tirando e explorando do planeta, irão acabar. Não tem como garantir que daqui 50, 100 anos
ainda haverá água potável. Garantir comida também é difícil. Na verdade, garantir que
ainda haja um planeta é quase uma incógnita. Vimos destruindo-o pouco a pouco devido a
necessidade de aumentarmos o consumo de água, de terra, de minério. Vemos pouca
gente com tanto e tanta gente sem nada! E isso é a realidade de todos os lugares dos
quatro cantos do mundinho azul. Eu tenho medo. Não por mim, que certamente não estarei
aqui pra ver o que poderá acontecer. Mas por aqueles que seguem chegando. Dia desses
estava lendo o livro Inferno, o novo do Dan Brown. A história desta vez se passava em
Florencia, na Itália, e o foco era exatamente este. Um cientista, aparentemente lunático,
resolve alertar a civilização de que pra frear essa inflação de pessoas na Terra, seria
necessário matar 40% dos que aqui vivem pra que os que sobrarem possam seguir
trazendo mais gente ao mundo. Lendo parece e soa estranho, bem alucinado mesmo, mas
a medida em que eu lia o livro eu pensava: e pior que ele até tem razão. Acho que as
catástrofes naturais são na verdade este plano colocado em prática, mas não pelo homem e
sim pela própria natureza, que vez ou outra precisa mandar alguns embora, apertando
mesmo o botão de saída para que ela mesma possa sobreviver mais um pouco. E é trise
saber que tudo o que nosso planeta passa hoje é resultado das nossas ações, das nossas
escolhas. É preciso aproveitar o momento. O momento da mudança, da consciência
expandida, e alterar padrões. O cuidado com o lixo (já que pra fora do planeta ele não vai),
o cuidado com o consumo da água, o cuidado com o consumo de carnes (pois a indústria
criando mais bichos para a matança, que alimenta a massa, polui mais que carros e
indústrias e isso já não é mais novidade), o cuidado com aqueles que não tem nada se você
por acaso for dos que tem muito, o cuidado com a educação (já que através dela alteramos
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as atitudes dos que lá na frente serão grandes e farão a diferença), o cuidado com a
vegetação (quanto mais verde, menos quente). Enfim, cuidados que parecem clichês e até
básicos, mas que feito em massa resultará, quem sabe, numa prorrogação um pouco maior
para nós aqui na Terra. Do contrário, ela vai seguir nos expulsando, como alunos
malcriados, que nem mesmo com advertências mudam!
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A incrível arte de ser honesto – 08/12/2015
Cherrine Cardoso
"Tudo o que não puder contar como fez, não faça", já dizia o filósofo alemão Immanuel
Kant. Este preceito deveria ser o princípio de qualquer boa educação, dentro e fora de casa.
Da mais tenra idade até o fim dos dias. Todo mal que nos rodeia é decorrente da pouca
consciência que alguns tem desse dever: o de escolher fazer a coisa da maneira correta e
não o contrário. Poderíamos perguntar: até aonde vai o limite da ética? Dos valores morais?
Do bom senso? No entanto, a resposta é simples. Ela vai até o limite de sua escolha. E nem
sempre as escolhas que fazemos são as melhores. Talvez muito do que causemos a nós e
aos outros seja reflexo da falta de equilíbrio interno: emocional e/ou mental. Para que
possamos reverter este senso de desequilíbrio buscamos alternativas para compreender as
coisas que acontecem a nossa volta. Seja dentro de casa, seja na nossa individualidade ou
na rotina do dia a dia. Guerras civis, que sempre existiram, estão se prolongando demais
por pura arrogância, ganância e egocentrismo humano. Milhares de pessoas estão sendo
reféns da falta de ética e do poder das escolhas de uma minoria. Croácia, Palestina, Israel,
Rússia, EUA, México, Brasil, o que esses países tem em comum? Pessoas! Pessoas tidas
como lúcidas e conscientes, mas que por abuso do poder que tem, com as escolhas que as
beneficiam, atacam e massacram. Os que estão distantes do cenário barbárie que assoma
esses lugares seguem vivendo suas vidinhas. Mas não tão distantes destes pilares tão
importantes: ética, escolhas e equilíbrio. O Brasil está enfrentando neste momento a crise
mais triste de todos os tempos: a falta de confiança para uma nova escolha. Políticos
corruptos, quadrilhas partidárias, ignorância de uma massa maior, que nos faz repensar
novamente a frase de Kant: “o que não puder contar como fez, não faça”. Por que será que
para um grande percentual da sociedade aplicar isso é tão claro como água e para outros
tão utópico? Ou a culpa é do poder, que bem sabemos, corrompe o comportamento? O
próprio Kant também dizia: “Não há virtude tão forte que esteja a salvo da tentação”. Que
verdade dura de aceitar! Mas diante de tudo isso temos os que querem fazer certo. E
vemos também uma grande massa mobilizada por uma mudança positiva. O homem está
passando por uma transformação! Vimos muitas mudanças de hábitos, de valores, de
crenças, de alimentação. Existe um número muito grande de pessoas buscando se
melhorar. Não por modismo, mas por necessidade. O cuidado com os recursos do planeta;
a baixa tolerância para o erro e a cobrança de julgamentos mais justos; o amar ao próximo
como a si mesmo já não limitado a forma humana, ou seja, mais amor e preservação aos
animais; a consciência de escolher o certo, ainda que o certo pareça beneficiar apenas uma
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minoria. Temos que realmente unir forças para tornar este movimento de transformação
mais forte. Não enxergar esse grupo de humanos que vivem em ataque constante e em
grande abuso de poder como a maioria. Esta não é a realidade. Estes somam, num
montante de 100%, apenas 10%. Ainda que a força daquilo que vemos nos pareça
assustador, a ponto de nos sentirmos estúpidos diante de tanta coisa errada, não nos
enganemos. Estes 10% que cometem erros e sujeiras não terão forças se seguirmos
tentando a mudança através da união dos que querem e fazem o bem! E não se culpe se
por ventura já cometeu deslizes ou pequenos erros, isso não o igualará aos grandes
malfeitores. Não! Todos erram e nos erros aprendemos. O que nos diferenciará dos grandes
líderes gananciosos e arrogantes é aquela certeza de que conseguimos deitar a noite e
dormir sem o peso da consciência. Faça o bem ao próximo mais por você do que pelo
outro. Aja com ética sempre, valorizando os bons valores morais, mas não para mostrar a
alguém e sim para dormir feliz e leve. E colha os frutos de suas escolhas de maneira muito
consciente, uma vez que sabemos que tudo o que a vida nos apresenta é apenas o
resultado daquilo que escolhemos. E para os que sabem que estão cometendo erros
atrozes em nome do poder e da ganância, a estes, o nosso pêsame!
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A incrível arte de crescer em uma egrégora – 08/12/2015
Cherrine Cardoso
Será que você já ouviu alguma vez aquela frase que diz que o grupo é o bicho mais lento?
Pois é, ele é mesmo, mas sem dúvida é o que vai mais longe ou o que mais influência seu
modo de agir e pensar. Egrégora é isso. É grupo. Desde que você nasceu sofre a influência
dos grupos pelo qual circula. A tradução deste termo, uma palavra grega da terminologia
egregoroi, diz que é o conjunto de formas-pensamentos de duas ou mais pessoas, voltadas
para algum propósito. Diz também que todo agrupamento humano possui uma, seja ele
uma empresa, clube, família ou até de ordem iniciática. Passamos por vários ao longo da
vida. É o grupo do jardim de infância, dos vizinhos, do colégio, da família, da faculdade, do
trabalho, da noite, das festas, dos estudos. Enfim, uma única pessoa pode no decorrer dos
anos migrar de grupos diversas vezes. Muitos deles interferem tanto que, sem que se dê
conta, essa pessoa já mudou de estilo, de vocabulário, de atitudes e nem percebeu. A
egrégora é capaz de atuar nas escolhas, nas vontades, nas decisões de um indivíduo, para
o bem e/ou para o mal. Pergunto até se temos mesmo livre arbítrio. Porque analisando
como é o comportamento social vejo que egrégoras são tão fortes e produzem uma
influência tão grande, que fica difícil definir até que ponto escolhas são mesmo individuais.
Todo ser-humano vive mesmo de espelhos e até que encontre a imagem que
realmente deseja ver refletida, vai seguir buscando. É por meio desses grupos que
moldamos nossa personalidade e identidade, que buscamos descobrir aquilo que realmente
gostamos. O indivíduo segue moda, tendência, comportamento, hábitos, costumes e isso
tudo é o que determina de qual grupo ele faz parte. Perceba que você mesmo consegue
distinguir, só de olhar, passeando por um bairro, shopping ou parque, de qual grupo certa
pessoa faz parte. Reconhece pelo tipo de roupa, pelos acessórios, pelas gesticulações e
sabe identificar se é uma pessoa refinada ou não. Talvez até a que grupo social ela
pertence. Juntamente com o conceito de egrégora, um outro bem forte caminha junto, que é
o do karma. Diferentemente do que muitos pensam, karma representa apenas ação e
reação. Representa que tudo aquilo que você promove à sua volta vai gerar uma energia de
reação. Se suas atitudes forem positivas, as reações a elas também serão. E vice-versa.
Para uma indivíduo comum a percepção sobre karma é muito pequena se comparado a um
que trabalha seu auto-conhecimento. Quando você tem ciência dos seus atos, já sabendo
que eles promoverão uma reação natural, certamente se preocupa mais, ficando mais
atento aquilo que faz, diz e até pensa. A busca por essa consciência expandida se dá
através de conceitos e técnicas. Trabalhando e percebendo melhor seu corpo físico,
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energético, emocional e até mental, toma-se mais conhecimento das reações às suas
escolhas. Para pertencer a uma egrégora, basta pensar de forma semelhante ao grupo,
principalmente aquelas às quais se pertence sem perceber. Até mesmo assistindo um
programa de TV ou lendo um livro já o faz pertencer a uma egrégora. Quando você aprende
a trabalhar com elas, ganha uma valiosa ferramenta para a melhoria da sua qualidade de
vida, já que determina em qual grupo você quer estar para que isto se torne efetivo!
Repense agora se você está aonde realmente quer estar. Se faz aquilo que realmente quer
fazer, sem ser forçado a tomar suas atitudes. Repense se não se comporta do jeito que a
sociedade quer que você se comporte, indo contra seus valores e instintos pessoais. E se
não estiver no grupo compatível com aquilo que deseja, você tem a opção e a capacidade
de mudar. Como é bom ter essa possibilidade, não é? De saber que você pode buscar o
que te motiva, o que te deixa feliz. Porém, a reflexão maior é: "o que eu vou construir com
essas mudanças?". Qual será meu legado, meu registro neste mundo? Escolha onde você
quer estar, em qual grupo, em qual emprego ou em qual profissão, em quais relações
afetivas e humanas etc. Escolha sua egrégora, mesmo que perceba que a sua opção é
escolher uma nova!
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A incrível arte de mudar paradigmas – 16/12/2015
Cherrine Cardoso
Quantas vezes nossa felicidade é limitada por conta das inúmeras coisas que ouvimos e
acreditamos que devemos fazer, sem ao menos questionar se aquilo é o melhor e o mais
certo? Será que alguma vez você já se perguntou: por que será que eu ajo desse jeito? Por
que será que eu como isso? Por que será que eu sigo este time de futebol? Por que será
que eu ouço este tipo de música? Pois então, esta dúvida não é só sua! Na real, quanto
mais vamos buscando meios de nos conhecer, mais as perguntas surgem. O caminho ao
autoconhecimento é sempre muito instigante, mas nem por isso fácil. Estas atitudes que
você nem sabe que tem se transformam em paradigmas. Você sabe o que é um
paradigma? Paradigmas são modelos ou padrões de comportamento que seguimos como
normas que orientam um grupo e que determinam como as pessoas vão agir dentro de
determinados limites. Vou dar um exemplo de paradigma: quando você chega numa festa e
porque todo mundo esta bebendo você resolve comprar alguma coisa só para segurar um
copo também, mesmo sem vontade de beber, isso é um paradigma. Você segue o que o
outro faz, para se aproximar ou se sentir parte do mesmo grupo. Paradigmas são limitantes!
Você repete padrões de comportamento, sem nem saber porque e isso pode ser o motivo
pelo qual sua vida não alavanca e as coisas que você mais quer não acontecem.
Atualmente muitos fogem do paradigma limitante no âmbito profissional, por exemplo. Na
época dos nossos pais o modelo mais certo de crescer profissionalmente era estudar muito,
conseguir um bom emprego, se esforçar para permanecer nele por muitos anos até se
aposentar, mesmo que isso representasse trabalhar muito, ter poucas horas para si mesmo
e só ansiar pelo fim-de-semana ou por suas férias. Isso tem mudado muito e convenhamos,
ainda bem. Mas há muitos que ainda acreditam que este modelo é o mais certo e que trará
a realização pessoal. Como ser feliz dentro de um paradigma deste? Como acreditar que é
possível construir uma vida de realizações sabendo que todos os dias você precisa correr
contra o relógio para atender aos outros e não ao que você realmente gostaria de fazer?
Enquanto estivermos presos a modelos de comportamento e principalmente a algumas
diretrizes impositivas, dificilmente nos questionaremos sobre felicidade, pois parece errado.
Parece que não temos o direito de nos questionar sobre o que nos faz realmente feliz, pois
se o fizermos estaremos contrariando o modelo padrão. Muitos tem medo de agir diferente,
de fugir da roda, porque isso o faria ter que decidir, tomar novas escolhas diferentes da
maioria. Ser diferente dá medo no início. O medo do desconhecido, do novo, mas são essas
escolhas diferentes que mostram que temos mesmo liberdade para ser e realizar o que
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quisermos. Paradigmas se instalam e nos condicionam, mas não são fixos e imutáveis.
Você pode quebrar um ou vários, quando estiver consciente deles, podendo assim mudá-los
ou eliminá-los de acordo com seus valores e desejos pessoais. Não é porque
aparentemente as coisas já são de um jeito, que você precisa seguir fazendo tudo da
mesma forma. Ao contrário, certamente a sensação de liberdade e felicidade está
exatamente aí, em mudar a rota e fazer tudo diferente.
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A incrível arte de ativar memórias – 16/12/2015
Cherrine Cardoso
Quem nunca sentiu uma forte nostalgia ao ouvir uma música, que automaticamente o levou
a relembrar situações vividas em algum momento? Quem nunca sentiu a saudade de um
tempo que já passou, quando se viu diante de algum lugar que há tempos não visitava?
Dificilmente alguém nunca passou por isso. As memórias são ativadas pela mente, num
resgate aos momentos experimentados e guardados no seu inconsciente. E daí você se
pergunta: por que será que lembrei disso agora? Pois bem, este é o momento de analisar
se há alguma música tocando por perto ou algum cheiro específico no ar. Estes dois
elementos são capazes das viagens mais incríveis dentro dos seus registros emocionais: a
audição e o olfato. E como é prazeroso estimular nossas memórias felizes e positivas
através destes dois sentidos! Somos como um HD ilimitado. Há espaço para um
armazenamento incrível de informações e vivências, que nem mesmo nos damos conta.
Você pode filtrar o que vai guardar sim, mas o olfato e a audição são sentidos tão sensíveis,
que independentemente do filtro, eles poderão resgatar de áreas muito profundas do seus
níveis de consciência coisas que você nem lembra de ter vivido. Coisa boa né?
Experimente fazer retrospectivas na sua vida fazendo uso destes recursos. O que lembra
sua infância? Coloque um som de algo que possa te lembrar épocas da sua vida que, com
o passar do tempo, você se questiona ter vivido. E com os cheiros igual. Tem aquela coisa
de aguçarmos o olfato e de repente lembrarmos de alguém ou de algum momento feliz só
por termos inspirado mais profundo. E é nessas horas também que você lembra que é
possível viver muitas vidas em uma única vida. Cada etapa, cada ano, cada dia que passa é
uma página no seu diário de vida. Você nem precisa gastar caneta escrevendo tudo o que
vê, ouve, sente. Sua capacidade de armazenamento interno faz isso para você. E que
delícia poder vez ou outra recordar. Recordar das pessoas que já passaram por nossa vida.
Pessoas que somaram e contribuíram para sua evolução, amadurecimento, crescimento e
experiências. Cada um que passa deixa um pouquinho de si, cada um que vai leva um
pouquinho de nós. E enquanto houver ar para respirar, corpo firme e forte para seguir, há
uma vida para se viver. Mesmo que com o passar dos anos a capacidade de recuperar
determinadas lembranças vá ficando comprometida por conta do tempo que o nosso HD
interno também possui. Envelhecemos. Junto com o corpo o cérebro também. E é por ele
que estimulamos os sentidos do olfato e audição. Portanto, não deixe passar as estas
oportunidades e relembre tudo o que puder sempre que estes dois sentidos trouxerem
como um presente lembranças doces de dias que já se passaram.
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A incrível arte de transformar um comportamento – 16/12/2015
Cherrine Cardoso
Nós repetimos padrões. Isso! Você tem uma tendência a fazer as coisas sempre do mesmo
jeito e muitas vezes, por mais que perceba que o seu comportamento não o leva
exatamente aonde desejaria estar, segue o repetindo. Por estupidez talvez? Não, por
inconsciência. A repetição do padrão esta num nível mais profundo diante de suas
percepções e quando você se dá conta, está ali agindo da mesma forma outra vez, mesmo
que não queira. Certamente você se pergunta: mas por que estou fazendo isso, de novo?
Antes de responder a si mesmo, analise dois pontos:
1. há pessoas que não se dão conta que repetem um hábito, um condicionamento, um
padrão. Podemos dizer que estas três palavrinhas tem muito a ver entre si! Estas
pessoas simplesmente não percebem que o tipo de resultado que tem da vida é na
verdade uma consequência da repetição de suas atitudes. Se você tem atitudes
ruins, sem perceber isso a ponto de poder mudar, terá como consequência
resultados ruins. Isso pode acontecer em qualquer segmento da sua vida!
Relacionamento afetivo, área profissional, limitações dos seus sonhos de vida etc.
2. e há aqueles que sabem exatamente que estão cometendo o mesmo erro, fazendo a
mesma coisa que já em outras circunstâncias não trouxeram um resultado feliz, mas
mesmo assim repetem o padrão. Estes eu chamo de os estúpidos conscientes, que
convenhamos, é bem pior que o primeiro caso. No primeiro ainda há esta infeliz falta
de percepção e talvez a pessoa só consiga realmente se dar conta de que repete
um condicionamento quando alguém lhe estampar isso na cara. E mesmo assim,
não é certo que irá entender, se dar conta ou até mesmo conseguir mudar.
O que nos facilita a mudar um comportamento é saber que você tem um padrão! O primeiro
passo sem dúvida é despertar para si mesmo este problema. Hábitos são mais fáceis de
alterar, pois estão numa esfera mais superficial do comportamento humano. Os
condicionamentos, apesar de serem muito parecidos com o conceito de hábito, eles estão
numa esfera mais profunda do seus níveis de consciência e para alterá-lo certamente será
necessário uma auxílio externo. Na esfera hábito, você identifica o padrão e altera o
comando, mudando de atitude. No condicionamento dificilmente você consegue alterar a
atitude, porque parece mais forte do que você. E os padrões? Bem os padrões é a soma do
hábito e do condicionamento. É aquele ato que o mantém numa zona de conforto. Por
exemplo: é muito mais fácil fazer determinada coisa da mesma maneira, pois eu já conheço
o resultado, te mantendo assim em uma zona confortável, do que mudar. Vamos supor que
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você faça todos os dias o mesmo caminho para ir ao trabalho. Mesmo sabendo que na hora
em que sai para trabalhar normalmente o trânsito está maior, você segue fazendo o mesmo
caminho, pois sabe que se mudá-lo precisará estar mais atento, já que estará indo por um
caminho desconhecido. E tudo o que é novo e desconhecido, dá mais trabalho! Os padrões
repetitivos normalmente não são pro lado bom. Na maioria das vezes estão atrelados a um
comportamento vicioso que prejudica o desenvolvimento da pessoa. Como beber, fumar,
comer em excesso, trabalhar mais do que o necessário, não se exercitar, ficar mais tempo
vendo TV do que fazer atividades ao ar livre etc. Vou dar um exemplo dos três: a) Hábito é
você acordar todos os dias e tomar café preto antes de sair pra sua rotina. Você até tenta
mudar. Pensa: hoje eu deveria tomar um suco, mas a força do hábito te leva para o café.
Não estou colocando em pauta se café é bom ou ruim, melhor ou pior que um suco. Ambos
tem suas propriedades. Falo do hábito. E você tem plena consciência disso. Ou seja, se
realmente um dia quiser treinar mudar o hábito, você fará um suco e no dia seguinte tomará
um iogurte e assim por diante, até descondicionar do hábito de só tomar o café. Fácil este
né? Dá para inumerar vários hábitos. Parar seu carro sempre na mesma vaga. Fazer seus
trajetos diários sempre pelos mesmos caminhos etc. b) Os condicionamentos são mais
profundos, ou seja, mesmo que tenha consciência deles, tem uma dificuldade enorme para
alterá-los, pois demanda muita energia e determinação. Como por exemplo: tomar uma
dose de whisky, só para relaxar. Ou todos os dias passar horas na frente da televisão
assistindo a programas que não te acrescentam em nada. Ou procrastinar para estudar
para suas provas. Atrasar seus pagamentos. Enfim, são muitas possibilidades. c) E os
padrões, bom estes são complicados. Repetir padrão é você sempre achar uma maneira de
voltar ao mesmo tipo de relação ou atuação que já teve antes. Por exemplo: namorar
sempre pessoas que não te tratam bem. Trabalhar em lugares em que você sabe que não
conseguirá crescer. Querer parar de fumar, mas estar sempre com pessoas que fumam e
dessa forma não conseguir efetivamente colocar isso em prática. Terminar uma relação
somente quando você já tem outra pessoa, sabendo que pode magoar a pessoa com quem
está, mas não consegue evitar. Enfim, repetição de padrão é sempre muito relativo a algo
que não te favorece muito. Agora que já dei mais exemplos dos três tópicos, parecidos mas
diferentes, por que fazemos isso? Se você se identificou com alguns dos pontos verifique se
há algo que possa fazer por si mesmo. Mas faça isso atento para que os próximos hábitos,
condicionamentos e padrões sejam positivos. E mude, sempre que for necessário.
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A incrível arte de valorizar quando ainda se tem – 24/12/2015
Cherrine Cardoso
Estamos no dia 24 de dezembro de 2015. Véspera de Natal. Esta data tem muitos
propósitos, entre elas, para os cristãos, celebrar a chegada daquele que por eles foi
chamado de Jesus. Este espaço não visa ser religioso, portanto, não vou me ater a este
fato. Até porque o planeta é composto por aproximadamente 8 bilhões de pessoas e sabese que destes apenas 2 bilhões são seguidores do cristianismo. Sendo assim, há muitas
pessoas que neste dia não celebram e não comemoram nada! Mas há uma coisa que
devemos sim comemorar, seja em épocas festivas ou simplesmente pela vida. Que é a
presença das pessoas que amamos enquanto elas ainda estão presentes. A vida parece
longa, mas na verdade passa muito rápido. E para cada fase todos tem suas prioridades. Ir
atrás dos seus sonhos. Planejar suas metas e objetivos, lutando diariamente para realizálos. No entanto, todos aqueles que nos ajudam nesta jornada merecem o nosso carinho e a
nossa atenção. Uma campanha publicitária nos fez relembrar o sentido destas
comemorações. São dias que paramos para nos reunir com as pessoas que amamos, que
nos são importantes. E por mais que tenhamos constituído novas famílias, há em nosso
caminho aqueles que serão parentes para sempre. Não devemos nos afastar deles quando
eles mais precisam de nós. Portanto, que este post reforce em você o motivo pelo qual o
Natal é importante. Não são os presentes, não são as celebrações religiosas, não! É o estar
com os pais, filhos, avós, parentes próximos ou distantes, amigos que vemos todos os dias
e os que não vemos tanto. Este é o verdadeiro sentido deste momento! Não deixe-o passar
por estar muito mais focado em você. Todos precisam de carinho e um dia você também se
lembrará de quanto foi bom ter aproveitado cada momento com os que amava realmente
enquanto estes ainda estavam por perto.
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A incrível arte de não acreditar – 25/12/2015
Cherrine Cardoso
Não acredite! Não acredite em mim, não acredite em tudo o que lê, em tudo o que ouve, em
tudo o que vê. Simplesmente não acredite. É na dúvida que está o seu crescimento
pessoal, a sua evolução. Na dúvida que você instiga seu instinto curioso e busca suas
próprias verdades. Todos temos verdades, no entanto, elas não são verdades absolutas. A
qualquer momento sua verdade pode ser questionada e até mesmo para você, deixará de
ser. Portanto, não acredite! Estamos inseridos num contexto de crenças e fanatismos desde
sempre. Somos obrigados a acreditar em tudo o que nos passam e desta forma seguir um
comportamento padrão. Os que se arriscam a duvidar e a questionar são mal vistos e
muitas vezes excluídos de uma sociedade ou até mesmo de seus ciclos de convívio. Somos
por natureza muito covardes. Tememos investigar justamente por saber que aquilo que nos
é passado como algo correto, pode apenas não ser. Mas ao mesmo tempo em que o
homem simplesmente não sabe de tudo, ele não quer ter o trabalho de ir atrás do
conhecimento, investigando, duvidando. Falta-nos coragem para admitir que somos
ignorantes em muitas coisas. Acreditamos que a forma como nos alimentamos é a certa.
Acreditamos que os ensinamentos transmitidos são os certos. Acreditamos que somos
muito importantes diante da imensidão do universo, como se realmente não houvesse mais
nada além da raça humana por aí. E os que não acreditam, que investigam, que duvidam, o
fazem obscuramente, até que encontrem novas verdades para serem apresentadas. E daí,
passamos a crer nas novas verdades, mais uma vez, sem questionar. Mas aceitar que não
se sabe de tudo é o começo do verdadeiro conhecimento. Por isso o mais legal de toda a
existência na nossa vida é explorar, investigar, buscar, experimentar, experienciar. Só assim
você estará diante da sua verdade. Quando de fato experienciar! Ou seja, sentir, buscar, ter
suas próprias experiências. Quanto mais o homem acredita em grandes Mestres ele deixará
de buscar suas próprias experiências, pois se há alguém que diz que aquilo é de uma
determinada maneira e forma, por que questionar e ir atrás de outras explicações, não é
mesmo? Não que todos os grandes sábios não possam nos dar nortes e direcionamentos,
mas não acredite neles. O que ouvir, o que ler, o que ver, faça com atenção, mas não
acredite. Experiencie! Uma das melhores formas de você atingir uma verdade é esvaziandose. Esvaziando sua mente. Limpando-se de todas as ideologias, conceitos, crenças,
julgamentos. Só quando não houver resquícios internos minando suas buscas pessoais é
que poderá chegar a uma verdade sua. E o melhor treinamento para limpar-se por
completo, esvaziando coração e mente, é o treinamento da meditação. Meditar é parar de
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pensar. Mas sobre esta técnica teremos um post novo amanhã.
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A incrível arte de parar os pensamentos – 26/12/2015
Cherrine Cardoso
Sua mente não para nem por um milésimo de segundo. Já reparou? Desde o momento em
que você desenvolveu esta habilidade, passou a dar como alimento à sua mente os seus
pensamentos. Por mais que tente e se peça por alguns minutos de silêncio, logo vem eles
como trovões fazendo uma enorme barulheira dentro de sua cabeça. Parar de pensar é
mesmo uma arte. É preciso conhecer as ferramentas que te levarão a este objetivo. Porque
dar o comando para parar os pensamentos é fácil, difícil é fazer com que eles te obedeçam.
E justamente por isso há inúmeras práticas e correntes filosóficas de todos os tipos que
apresentam possibilidades para que você possa conquistar isso com mais facilidade. É
preciso entender que para silenciar sua mente antes você precisará parar o seu corpo. Não
é a toa que escolas que vendem meditação e que colocam seu praticante diretamente
sentado e mudo, não tem muito sucesso. Sem sem nenhum recurso adicional, acaba sendo
meio utópico parar de pensar. Imagine você, que passa o dia inteiro recebendo vários
estímulos externos (visuais, auditivos, sensitivos etc) resolve então parar, sentar e dizer
para sua mente: "agora é isso, me dá dez minutos de silêncio". Acha mesmo que ela vai te
obedecer. A mente é quase como uma criança inquieta. Ela vai gritar, espernear, chorar até
que você dê a ela o brinquedo dela novamente. No seu caso, este brinquedo, são seus
pensamentos. Mas tente dizer para esta criança: "vamos fazer o seguinte, você para por
dez minutos de chorar e me incomodar, eu te dou horas de brincadeira depois,
combinado?". O que a criança fará instantaneamente? Ela pode até ter dificuldade de parar
por dez minutos. Vai precisar ter ao menos um objeto de distração que seja para esperar
passar este período, para então ganhar os brinquedos novamente. Com a sua mente é
exatamente assim. Você precisa aprender a negociar com ela. Negociando, provavelmente
sua chance de conseguir este aquietamento será maior. E como fazer isso? O ideal é que
você realmente busque orientações de pessoas que conhecem as ferramentas que o
auxiliarão neste caminho à negociação com sua mente. Pessoas que já conhecem os
possíveis atalhos para este objetivo, como por exemplo, técnicas de aquietamento inicial,
respiratórios específicos, posições corporais que estimulem maior distribuição de energia e
também reforço biológico para que seu corpo não se torne um dos objetos de distração
(pense em como você se sentiria sentado por longos minutos na mesma posição.
Certamente as costas passam a reclamar, as articulações dos joelhos, a pouca flexibilidade
dos quadris etc), um momento de descontração física para então dizer a sua mente: foque
apenas nisso e não deixe que mais nada tire a sua atenção. Mas se você quiser tentar
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mesmo assim, sem um profissional te orientando, e fazer o teste em casa, te sugiro o
seguinte:
1. Busque um lugar realmente calmo, o mais isolado possível de sons externos.
Qualquer tipo de som e/ou movimento se tornará uma distração.
2. Feito isso, sente-se confortavelmente em uma posição com as pernas cruzadas. Se
houver desconforto para a coluna, apoie na região da base uma almofada.
3. Antes de iniciar o seu exercício de concentração, negocie com sua mente. Peça
para ela o tempo que você deseja que ela se aquiete. Diga: "eu gostaria de 5 min de
silêncio, vamos trocar isso por 1 hora de distrações depois?" Ela te dá 5min e você
em troca lhe oferece 1h de filmes, livros, conversas, internet. Pode ser que ela te
obedeça.
4. Escolha um entre dois tipos de objetos de concentração: um som ou uma imagem.
Por que isso? Porque sua mente esta acostumada com barulho, silenciar totalmente
logo de cara é quase impossível, acredite em mim! Quando determinar qual será seu
objeto de concentração (som: um barulho constante sem alteração, como o barulho
do mar, ou o canto de um pássaro ou até mesmo o som do ÔM contínuo, muito
usado no oriente | imagem: uma flor, a lua, um círculo, um quadrado etc) feche os
olhos e fique atento apenas ao objeto escolhido.
5. Treine, desenvolva esta habilidade, de concentrar-se apenas no seu objeto
escolhido. Havendo algum tipo de distração, deixe que passe e volte o seu foco ao
que estava fazendo, concentrando-se.
6. Numa mente sem interferências, sem barulho, sem distrações podem realmente
surgir e se revelar verdades pessoais muito fortes e profundas. Você pode sentir
uma desconexão muito forte com o seu corpo ao mesmo tempo em que está muito
ciente de tudo o que o forma.
Meditar é parar de pensar. E meditando você poderá realmente expandir suas percepções,
mergulhar mais profundo para dentro de você, chegando assim a verdadeira essência do
auto-conhecimento. Sem contar que você passa a ter um poder de resolução, de lucidez
muito maior. O que parecia difícil de resolver ou explicar, ganha um sentido simples e
prático. Experimente. Pode ser bem divertido!
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A incrível arte de inovar na agricultura – 27/12/2015
Cherrine Cardoso
Num planeta que vive em constante desequilíbrio, por conta do mau uso de seus recursos
naturais, o homem vem inovando e desenvolvendo novas formas de a humanidade ter
como se sustentar e prover bens considerados 100% naturais e da terra. Prova disso são as
fazendas verticais. A pioneira neste ramo é a AeroFarms, localizada no estado de New
Jersey, em Nova Iorque. Com uma década de existência e investindo pesadamente (diz que
foi um aproximado de 30 milhões de dólares) em tecnologias que pudessem tornar este
projeto uma realidade, a empresa inaugurou este ano o primeiro modelo de plantio vertical.
A empresa é hoje uma das maiores e mais reconhecidas deste segmento. Pretende
expandir seu negócio, para um total de 25 unidades, como esta primeira, para vários outros
estados do seu país de origem até o final desta década. O que não impede, claro, que
empresários visionários e com recursos financeiros invistam em fazendas verticais ao redor
do mundo. Já há notícias de projetos como estes para Singapura, Japão, China, Oriente
Médio, fora os EUA. Certamente uma alternativa para países carentes de recursos naturais,
como um bom solo, água e até mesmo energia solar. As fazendas verticais oferecem
produtos orgânicos, ou seja, livre de agrotóxicos. Outras vantagens deste sistema é que a
produtividade por metro quadrado é maior e pode ser alocada em grandes centros urbanos,
dispensando sol e terra de qualidade e viabilizando alimentos frescos em localidades que
não dispõem de áreas rurais de grande plantio. Os engenheiros que desenvolveram o
sistema já o vendem inclusive para produtores domésticos, como a empresa Tower
Gardens, nos EUA. Desta forma até mesmo uma pessoa comum pode instalar a sua própria
fazenda vertical em sua casa. Veja mais no vídeo explicativo e inspire-se para um futuro
mais auto-sustentável. https://www.youtube.com/watch?v=EXwMM5ra_mU
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A incrível arte de ser pai de um autista – 29/12/2015
Cherrine Cardoso
Marcos Mion, apresentador de programa de entretenimento da TV brasileira, tem
emocionado a muitos internautas com um texto escrito por ele onde conta sua última
experiência junto ao filho Romeo, o mais velho dentre os seus três e que tem autismo.
Romeo pede de presente ao papai noel uma escova de dente azul. Desde que acompanho
os relatos de Mion sempre me surpreendo, pois diferentemente de muitas histórias que
conhecemos, estes pais, ele e Suzana Gullo, mostram que aprenderam a aprender com as
diferenças que seu filho apresenta em seu desenvolvimento. Para alguns, ler que seu filho
pediu uma escova de dente azul e que isso o deixou extasiado ao ganhar o presente no dia
de Natal, pode parecer bobagem e pequeno. Mas o que Mion nos oferece em seu
depoimento é uma lição de amor. Não só por nos mostrar o como ensina aos seus filhos
valores tão importantes nos dias de hoje (como não viver em função do consumismo e
valorizar gestos singelos e simples, como este da foto ao lado), mas também para ser uma
referência à pais que tem dificuldade em lidar com filhos autistas. O autismo é uma espécie
de desordem complexa no desenvolvimento do cérebro e que pode acontecer antes,
durante ou logo após o nascimento. Esses distúrbios se caracterizam pela dificuldade na
comunicação social e comportamentos repetitivos. Embora todas as pessoas
diagnosticadas com TEA (o nome dado as pessoas que possuem transtorno autista,
transtorno desintegrativo da infância, transtorno generalizado do desenvolvimento nãoespecificado (PDD-NOS) e Síndrome de Asperger) partilhem essas dificuldades, o seu
estado irá afetá-las com intensidades diferentes. O TEA pode ser associado com deficiência
intelectual, dificuldades de coordenação motora e de atenção e, às vezes, as pessoas com
autismo têm problemas de saúde física, tais como sono e distúrbios gastrointestinais e
podem apresentar outras condições como síndrome de deficit de atenção e hiperatividade,
dislexia ou dispraxia. Na adolescência podem desenvolver ansiedade e depressão. Algumas
pessoas com TEA podem ter dificuldades de aprendizagem em diversos estágios da vida,
desde estudar na escola, até aprender atividades da vida diária, como, por exemplo, tomar
banho ou preparar a própria refeição. Algumas poderão levar uma vida relativamente
“normal”, enquanto outras poderão precisar de apoio especializado ao longo de toda a vida.
Para um pai e uma mãe é difícil aceitar que um de seus filhos pode ser dependente de
atenção e cuidados para o resto da vida. Até porque a lei natural é que os filhos enterrem
seus pais. Justamente por isso é duplamente doloroso. Pois os pais sofrem sem saber ao
certo como esta criança sobreviverá quando eles já não mais estiverem por perto. Mas sem
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dúvida, com o apoio, com a educação, com a paciência e experimentos certos é possível
gerar uma condição de vida mais independente para pessoas com TEA. O que estas
crianças especiais precisam é de um tratamento igualitário. Mesmo que os que convivam
com elas saibam que trata-se de um serzinho especial. Muitos autistas apresentam um nível
de consciência e lucidez diferenciado. Têm seus sentidos muito mais aguçados e são
extremamente sensíveis. Ouvem melhor que a maioria e muitas vezes por isso lugares
muito barulhentos os deixam inquietos e ansiosos. A visão, o tato, o olfato são muito
melhore que a média das pessoas. São pessoas especiais, que vivem tudo a flor da pele e
requerem de nós muito mais tolerância, paciência e acima de tudo amor.
http://autismoerealidade.org/informe-se/sobre-o-autismo/o-que-e-autismo/
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Fonte:
A incrível arte de planejar seu novo ano – 31/12/2015
Jonata Brignol
Todo o final de ano é a mesma coisa! Vai se aproximando o último dia e nós começamos a
fazer uma série de análises, uma série de reflexões, sobre tudo o que passou na nossa vida
durante os últimos 365 dias. Fazemos aquelas retrospectivas, como as dos canais de
televisão, reunindo os acontecimentos e os fatos que marcaram o nosso ano. E por falar
nisso, como foi o seu 2015? A sua retrospectiva foi boa ou foi ruim? Quais foram os pontos
altos do ano que se encerra e quais foram os pontos ruins desse período? Meu nome é
Jonata Brignol, sou Life Coach e Coach Financeiro e escrevo este texto antes das minhas
duas últimas sessões de Coaching de 2015. Mas o que é Coaching? O Coaching é uma
parceria criativa entre duas pessoas, que inspira novos pensamentos e conduz à
mudanças. E qual meu objetivo com este artigo? Justamente iniciar essa parceria criativa
com você! Te inspirando a novos pensamentos e, principalmente, te motivando a
transformar o teu 2016 em um ano incrível. As pessoas que procuram o meu trabalho, seja
como Life Coach ou como Coach Financeiro, normalmente têm quatro tipos de problema e
me falam o seguinte:
•
Não tenho dinheiro;
•
Não tenho tempo;
•
Não consigo organizar meu dia ou organizar a minha vida;
•
Não consigo tirar meus objetivos e os meus sonhos do papel e torna-los
realidade.
Pode ter certeza que são sempre estes mesmos quatro problemas, com algumas variações,
em alguns casos. E com base na minha experiência profissional, também aproveitando o
período que é propício para a autoanálise, quero fazer duas perguntas: Você vai deixar
2016 ser mais um ano da sua vida ou vai transformar 2016 no ano da sua vida? Você vai
deixar 2016 ser mais um ano onde pensa muito, planeja muito e executa pouco ou quer
transformar 2016 em um ano incrível? Coloquei nos dois questionamentos o verbo
transformar porque acredito que é isso que devemos fazer com nossa vida. Transformar
significa passar de uma condição ou de um estado para outro. Acredito que toda e qualquer
transformação passa por três palavras-chave:
•
Organização
•
Planejamento
•
Disciplina
E já que falamos em Organização, vou lança um desafio a você. Isso mesmo! Neste último
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dia do ano quero que “percas” um pouco de tempo para listar os teus três principais
objetivos em cada uma das quatro dimensões da tua vida.
•
Dimensão Financeira
•
Dimensão Física
•
Dimensão Pessoal
•
Dimensão Profissional
Esses doze objetivos principais vão ser o ponto de partida para tuas realizações! Essa dúzia
de objetivos precisam ser específicos, mensuráveis e totalmente atingíveis ao longo de
2016. Além disso, eles precisam ser, sobretudo, relevantes. Todos os objetivos de todas as
dimensões precisam estar alinhados com teus valores, com tua visão de futuro e devem te
motivar a agir. Depois desses objetivos bem estabelecidos, a fase de planejamento é o
como você vai atingir esses objetivos e a da disciplina é a habilidade que vai te manter
ligado a esse propósito. E qual é a base para transformar efetivamente 2016 em um
excelente ano? O pensamento diferente! Você precisa acreditar que 2016 pode ser um ano
maravilhoso. Precisa efetivamente acreditar que um comportamento diferente vai te
conduzir a um resultado diferente. E olha que interessante! Pensando diferente, vais se
sentir diferente. Se sentindo diferente, vai agir diferente. E só com essa iniciativa de agir, vai
aumentar teu desempenho. Aumentando teu desempenho, vai conseguir realizar mais. E
realizando mais e alcançado seus objetivos em todas as áreas da sua vida, inevitavelmente
vais ser mais feliz. E queres melhor resultado do que a felicidade? Desejo assim o
melhor 2016 possível, com muitas realizações e com muitos momentos de imensa
felicidade. Um abraço e até a próxima. JB Site: http://www.jonatabrignol.com.br | Facebook:
http://www.facebook.com/jonata.brignol
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A incrível arte de recomeçar – 01/01/2016
Cherrine Cardoso
O primeiro dia do ano está chegando ao fim. Muitos esperam os 365 dias que lhes são
dados para fazer promessas, para se planejar, para dizer como pretendem ser no despertar
do ano novo. Mas convenhamos, recomeçar é algo que não precisa de data pré-definida
para acontecer. Todos nós recomeçamos diariamente. Cada dia é uma oportunidade que
todos têm de fazer algo de forma diferente. De iniciar aquilo que tem vontade e que talvez
venha adiando inconscientemente ou até mesmo conscientemente. A única diferença é que,
quando ditamos as possíveis intenções que temos para o ano novo, há um desejo mais
profundo de que realmente consigamos colocar em prática nossas metas. Já parou para
pensar quanto tempo perdemos hoje em dia com distrações? Pare a analise: quando foi a
última vez que você começou e terminou um livro, focado e interessado na sua leitura?
Quando foi que você disse que iniciaria uma atividade física e realmente o fez na data
programada? Há tantas formas de se sabotar, que simplesmente anular seus planos e
seguir inerte é muito mais fácil e confortável do que se por à prova, do que testar sua
capacidade de comando sobre si mesmo. Recomeçar ou simplesmente começar alguma
coisa é sempre desafiador, e talvez por isso nesta época todos estejam empolgados em
listar coisas que sempre deixam para segundo plano, porque o último dia do ano te desafia
buscar ser melhor no novo ciclo que está para se iniciar. Quem não quer ser melhor do que
já é, não é mesmo? Por mais preguiçoso que sejamos, no fundo queremos melhorar a
nossa versão. Diminuir o que sabemos que não faz bem, buscar alternativas para aquilo
que já estamos cansados de fazer, aprender coisas novas, conhecer novos lugares, são
tantas possibilidades! Só é mesmo preciso aquela coragem para recomeçar de forma
realmente diferente. 2016 será um ano regido pelo sol! Para quem acredita em astrologia,
isto representa mais equilíbrio, oportunidades de recomeço, mais amor ao próximo, união e
paz. Se fizermos um balanço desta frase, não há nada aí que a maioria já não esteja
pedindo para este planeta. Juntamente a isso, há ainda as previsões do horóscopo chinês,
que diz que este ano é o do macaco de fogo, uma combinação bastante interessante, já que
macaco representa esperteza e malícia e o fogo vitalidade. Desta forma, podemos presumir
que há uma grande probabilidade de alegrias, confiança mas também prudência.
Independentemente de qual seja sua crença e convicção, este é o período de renovar as
esperanças e também manter ou até fazer novas promessas. Cumprí-las depende
totalmente de cada um. Mesmo que ao longo desses novos 366 dias (já que este ano será
bissexto) você precise rever suas metas e recomeçar várias vezes. O compromisso é seu
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com você mesmo, seja pelo menos sincero e honesto consigo diante de suas tentativas. E
lembre: "embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode
começar agora e fazer um novo fim". Feliz 2016 para todos nós.
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A incrível arte de acompanhar seriados – 02/01/2016
Cherrine Cardoso
Quem nunca se viciou em uma série de TV que levante a mão. Há uma grande dúvida em
acreditar nos que disserem que não. Aqui pelo Brasil, novelas podem ser tidas como séries,
sendo assim há muitos viciados por aí. Programas humorísticos também. Em maior ou
menor grau, todos nos deixamos envolver pelos roteiros criados por autores super criativos,
por cenários e fotografias incríveis, que estimulam nosso lado fantasioso e imaginário. Há
seriados de todos os tipos. Para quem gosta de romantismo, para quem curte uma ficção,
para quem gosta de história, para os que são aficcionados em seres de outro planeta ou até
mesmo os que nunca existiram, como zumbis, e até os que retratam histórias verídicas
ocorridas em algum lugar e com personagens reais. Fato é que hoje o site Netflix é um dos
mais acessados e sem dúvida o que tem o maior número de cadastrados no mundo. Ele
disponibiliza um monte de opções de seriados, produzidos por eles ou comprados, e facilita
a vida dos addicts desta febre. Mas por que acompanhar a séries é então uma arte?
Vejamos:
1. séries são divididas por temporadas e cada temporada tem em média um total de 12
episódios (há alguns com mais). Cada episódio tem entre 30min à 1h de duração.
Ou seja, você precisa ser um faz nada nesta vida!;
2. os episódios dificilmente tem dentro deste tempo algo como um começo/meio e fim.
Normalmente a história só acaba quando a temporada chega ao fim, ou seja, você
assiste a um episódio, mas quando ele termina você tem a necessidade de saber
como continuará e, desta maneira é quase sempre impossível assistir um episódio
só. (algumas fórmulas como Friends e How I Met Your Mother ajudaram os viciados
a assistirem um episódio sem a necessidade de emendar em outros, mas que eu me
lembre, só desse tipo);
3. se você tem uma vida agitada como a maioria que trabalha, estuda e tem vida
social, assistir seriados é torturante. Primeiro porque você quer acompanhar tudo e
quer ir até o final da temporada. Isso demanda um tempo que certamente esta
pessoa não tem. Ela com certeza perderá horas de sono e ficará dias ou semanas
com seu rendimento abaixo da média por querer acompanhar sua série favorita
assim que é lançada;
4. um outro problema dos addicts é que as séries lançadas (fora do Netflix) só solta um
episódio por semana!! Ou seja, você assiste a um hoje, mas a continuação dele só
virá na semana que vem. Quer tortura maior que esta? ;
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5. quem acompanha seriados normalmente não consegue ficar sem um para assistir.
Assim, quando acaba a temporada de um que esteja acompanhando, logo procura
um novo para o tempo que faltará para sairem as novas temporadas daquele que já
estava assistindo. E assim, vai se viciando, colando uma série na outra, até estar
assistindo a umas 10 ao mesmo tempo, com histórias completamente diferentes,
comprometido com todas elas e claro, se enlouquecendo, já que em algum momento
os episódios acabarão e normalmente demora cerca de um ano até que lancem
novas temporadas. Difícil!
6. memorizar nomes de personagens, suas atuações, seus envolvimentos, suas
participações, o que aconteceu na temporada anterior e o que se espera para a
próxima, esta é a verdadeira e incrível arte de acompanhar seriados! É praticamente
impossível. E mais impossível ainda seria reassistir a todos os capítulos já vistos
anteriormente, só para lembrar o que já viu;
7. e o mais legal de tudo isso: você pode treinar seu inglês! Se assistir aos episódios
sem legenda e for treinando seu ouvido, seu inglês (principalmente, pois a maior
produção de seriados vem dos EUA) pode melhorar e muito.
Mas, este foi um dos produtos mais inteligentes que a teledramartugia já lançou. E dá para
aprender muita coisa (e desaprender também) com as histórias. Como em Homeland, que
fala sobre os conflitos do Oriente Médio contra os EUA e Europa. Ou House of cards, que
conta os bastidores da política norte-americana (que certamente é muito parecida em
qualquer outro país democrático). Tem também Narcos, que mesmo sendo um seriado
pesado, conta a história do maior narcotraficante da América do Sul, o Pablo Escobar.
Seguindo uma linha dentro deste mesmo universo tivemos o Breaking Bad, que foi um
sucesso. Há os de ficção científica, como Orphan Black, que fala sobre clonagem humana.
Ou o Sense8, que sugere que pessoas podem se conectar através de suas emoções e
pensamentos em qualquer lugar do planeta. Temos os épicos como o Game of Thrones,
que é o de maior audiência atualmente. E o tão falado The Walking Dead, que é repleto de
zumbis. E os que não deveriam ser feito, pois dão margem para algumas pessoas menos
instruídas ou com tendências psicopatas também terem ideias ruins, como o Dexter ou o
Following. Escola para loucos! Há os que abordam situações reais, mas com pitada de
sarcasmo e comédia, como o Orange is the new black, contando como é a vida de
presidiárias dentro de uma cadeia feminina. Ou o histórico Friends, que bateu recorde de
audiência e seguidores por uma década e até hoje é sucesso no mundo todo. Assim como o
Two and a Half Man ou The Big Bang Theory. Enfim, isso citando alguns de produção
estrangeira. No Brasil tivemos o famoso Sai de baixo, que durou anos e era feito ao vivo de
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um teatro na cidade de São Paulo. Ou a Escolinha do Prof. Raimundo, que por décadas
esteve no ar e agora está sendo retransmitido numa versão atual. São tantas e tantas
produções que ficaria aqui por dias escrevendo sobre várias e ainda assim não chegaria a
metade de tudo o que já foi feito. Seja qual for a série que você escolher assistir,
principalmente depois de ler a este artigo, saiba que você está entrando num caminho sem
volta! Basta ver o vídeo abaixo para entender tudo o que foi dito nos parágrafos acima.
https://www.youtube.com/watch?v=nge_Wm1icfs
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A incrível arte de ser um vegano – 04/01/2016
Cherrine Cardoso
Nos dias de hoje já nem é tão difícil seguir uma alimentação totalmente livre de produtos
animais, ao contrário, este é um mercado totalmente em expansão. Mais e mais pessoas
tem se interessado por esta maneira de se alimentar e isso tem feito com que a demanda
de lugares e estabelecimentos, que ofereçam produtos deste segmento, se multipliquem.
Há algum tempo aqueles que se diziam vegetarianos ou veganos sofriam de um
preconceito muito grande. Passavam um trabalho junto a sociedade, ao núcleo familiar e
amigos. Por mais difícil que parecesse entender era até compreensível, levando em conta a
desinformação e a cultura de países onde a produção de carnes representa um dos
mercados mais lucrativos, como o Brasil, grande exportador. Não comer carnes é
praticamente um lifestyle, um estilo de vida, baseado em princípios e valores que vão além
do prato. A carne que comemos ela vem carregada de sofrimento. Os bichos que morrem
por esta indústria sofrem e muito! Uma pessoa que opta por não comer carnes está, na
verdade, querendo evitar contribuir com este sofrimento. Só por isso já seria motivo
suficiente. Mas os não-carnívoros tem muitos outros, como por exemplo, não querer
contribuir com a destruição de quilômetros de mata para abrir campos que recebem animais
para abate. Bovinos dependem de áreas muito grandes de campo para serem alimentados.
Além disso, o planeta perde em milhares de litros de água por dia para sustentar esta
indústria. Água que já falta hoje para o próprio homem, que gosta de comer a carne de
bichos. Mas não se trata apenas da carne vermelha. Carne é carne. Tanto um vegetariano
(ovo-lacto ou lacto) como um vegano (aquele que nem come e nem usa nada que venha de
um animal) não come nada que venha de bichos. Seja ele um peixe, um frango, um
derivado do mar e nem as carnes processadas, como presunto, salame, peito de peru e por
aí em diante. Veganos são ainda mais exigentes, não usam nada que tenha sido extraído
de um animal, como roupas ou sapatos de couro, móveis que tenham peles de animais etc.
E como o número de adeptos desta alimentação sem carnes cresce, o mercado para
oferecer alimentos diferenciados a esta demanda se favorece. Como é o caso do
supermercado Veganz, primeiro a oferecer somente produtos para veganos, de comidas à
vestimentas até restaurantes. O primeiro mercado vegano desta rede foi inaugurado em
Berlim, na Alemanha, mas a rede já tem interessados por toda a Europa, e facilmente
chegará à América do Sul. Para os que não sabem há leite vegano, queijo vegano, biscoitos
veganos, pão vegano, manteiga vegana, massa vegana, doces veganos (como chocolate,
sorvete etc). E quando dizemos veganos nos referimos a tudo sem ovo, leite ou qualquer
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outro derivado de produto animal. Legal né? Em várias regiões do Brasil é possível
encontrar locais específicos para este grupo, tanto dos vegetarianos como dos veganos.
Mais que isso, é tão grande o número de adeptos que praticamente todos os locais em que
estas pessoas vão hoje deparam-se com opções específicas para elas. Cardápios já
dividem seus pratos com o símbolo de V para enunciar que são pratos sem carnes (alguns
ainda erram, como por exemplo oferecer lanches frios a priori vegetarianos, mas que
contém frango ou atum, mas o erro é comum, pois muitos julgam como carne apenas a
vermelha, ainda por desinformação). Outras redes que crescem são as hamburguerias
especiais para os não adeptos de carne. Parece estranho né, mas não é. Várias
lanchonetes com foco em hambúrgueres já entenderam que para atender a este nicho era
necessário criar diferenciais. Como o caso da Bean Burguer, em Porto Alegre, uma
hamburgueria especialista em hamburguer de feijão. Todos os lanches que são vendidos ali
são feitos com este hamburguer artesanal feito com feijão. O que torna o produto ainda
mais legal é o incremento para o lanche, como os seus acompanhamentos. Tem o bean
burguer de pesto, o acebolado, o chilli e outros. Também em Porto Alegre nasceu o Prána
Sushi. Sem espaço físico todavia, seu idealizador, Diogo Celente atende os viciados em
comida japonesa, só que feita totalmente isenta de carnes. Diogo cria elementos ricos em
proteína, mas 100% natural. Os sushis veganos são deliciosos e não deixam nada a desejar
para a comida japonesa feita com peixe. E foi divulgado recentemente também, por
coincidência também na capital gaúcha, o novo aplicativo só para pedidos de comidas
vegetarianas ou veganas, o Velivery. O novo aplicativo, criado pela dupla Benhur Antunes,
designer e pelo publicitário Guilherme Ebling, também administradores do site
souvegetariano.com, reúne em uma plataforma comidas produzidas por várias empresas da
cidade que tem como proposta este segmento. A opção foi desenvolvida para atender o
público que não consome carne e para conquistar simpatizantes. Há, ainda, ofertas sem
glúten, açúcar e lactose. Por enquanto, opera somente em Porto Alegre, mas a ideia é
expandir para todo o Brasil e quiçá para outros países. Isso são apenas alguns exemplos
para ilustrar que atualmente comer sem carne é muito fácil. E aquela dúvida que muitos tem
sobre o que oferecer à alguém que opte por esta alimentação já não é mais pertinente. Um
vegetariano como de tudo! Só não bichos mortos. E há ainda os que dizem que o melhor
lugar para um amigo vegetariano comer são as churrascarias. Verdade! Por esta você não
esperava né? Mas é ali que existem os melhores e mais completos buffets, variados com
todo o tipo de vegetais, legumes, hortaliças, massas. Os veganos já não concordarão, pois
certamente não comem em churrascarias por saber que de forma indireta estarão
contribuindo com este tipo de restaurante, mas há muita coisa para oferecer até para eles.
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E que o mercado só cresça. Assim, estaremos cuidando do corpo, da saúde e do planeta.
Todos são beneficiados, direta ou indiretamente, por quem opta por esta alimentação.
Quem sabe você não é o próximo?
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A incrível arte de chegar e partir – 07/01/2016
Cherrine Cardoso
Chegadas e partidas. O que inspirou o post de hoje foi justamente o programa da
apresentadora Astrid Fontenelle, para o canal GNT. Mas pensar naquilo que chega ou parte
não se limita apenas a rotina
diária em aeroportos, rodoviárias e qualquer lugar que
promova viagens. Chegar e partir é como receber e largar, trazer e deixar, pegar e
desapegar. Se analisarmos assim entenderemos que, para qualquer uma destas
circunstâncias, é preciso realmente lidar com sentimentos e emoções transformadoras. É
preciso saber ouvir a voz que grita dentro de cada um de nós. Aquela que determina o que
vale a pena e o que não vale, aquilo que realmente importa ou o que não, se algo está
findado ou se ainda há incertezas que nos mantenha na mesma direção, entre tantas outras
coisas. E neste caminho de dúvidas do chegar ou partir é que entra o seu processo de autoconhecimento, de auto-estudo e até aquele famoso jargão "seja o que Deus quiser". Os
hindus usam um termo em sânscrito, íshwara pranidhana, que representa algo parecido
com isso; onde definem que se você já fez tudo o que podia por determinada situação,
então deixe-a entregue ao que tiver que ser. Tanto chegar quanto partir ou para qualquer
um dos outros exemplos citados, também é necessário negociar com seu emocional. Por
mais razões que hajam envolvidas com as decisões o emocional, em qualquer um dos
momentos, tende a te testar. Por exemplo, se o seu caso é um chegar, significa que você
está vindo de algum lugar. Se para uma viagem rápida ou para uma mudança definitiva,
algo te motivou a isso. Pode ser algo bom ou não tão bom, fato é que, ao chegar, sempre
alguma coisa estará por te esperar. Alguém, alguma situação, algum recomeço. E para
quem parte? Tudo o mesmo. Quem decide ir, seja também por algum motivo pessoal,
profissional, temporário, definitivo, se deparará em seu destino com o inesperado. Isso pode
gerar um misto de diferentes emoções. Que convenhamos é exatamente aquilo que nos
move. Quando racionalizamos demais, a probabilidade de nos permitirmos chegar ou partir
fica cada vez mais distante. Há uma frase que resume bem a incrível arte de hoje, que é
"você está onde seu coração está". Onde ainda houver desejo, vontade, paixão, amor,
reconhecimento, desafio etc, estará você! Quando parte de tudo isso for apenas lembrança
é hora de partir. Ou chegar! Dependendo do ponto de vista. E se sua voz interna de alguma
forma insistir em te manter onde você está, seja por medo, por insegurança de arriscar a
algo (que pode ser uma viagem de férias ou a compra de uma casa própria, quem sabe a
volta ao mundo ou a mudança efetiva de um país) lembre que só quem não sai do lugar são
as árvores, por terem raízes fincadas no chão. Nós nascemos com a possibilidade de ir e vir
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ou chegar e partir, sempre que se fizer necessário.
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A incrível arte de viver na estrada – 08/01/2016
Mariana Beluco
Dois anos e meio. Esse foi o tempo estimado de preparo para uma mudança de vida
radical: largar tudo e sair pelo mundo vivendo na estrada, dentro de um carro. Parece um
tempão, mas a verdade é que você não consegue prever como será a sua rotina numa
situação dessas até que a esteja vivenciando. Fazendo referência à famosa pirâmide de
Maslow, que divide as necessidades humanas colocando na base as mais fundamentais fisiológicas e de segurança - até as mais sutis, como o autoconhecimento, no topo; percebo
que viver na estrada nos coloca de volta a essa base, na qual necessidades básicas quase
não são supridas. Por um lado é bom, já que faz com que os instintos de sobrevivência
estejam muito mais aflorados, por outro é o encarar de grandes desafios, diariamente. Viver
em um carro significa não ter água encanada ou filtrada, um lugar seguro para dormir, um
banheiro e muito menos um chuveiro. Significa, muitas vezes, não poder cozinhar por não
encontrar um lugar abrigado da chuva para acender o seu fogo. Em resumo, significa não
saber nunca como será o seu próximo dia ou mesmo as próximas horas. Você pode estar
dormindo tranquilamente em um lindo campo no qual apreciava um belo por-do-sol há
apenas algumas horas e acordar em meio a uma tempestade que te faz temer por sua vida.
No entanto, penso que esse é justamente o encanto desse estilo nômade de viver. Não
existe zona de conforto, você precisar estar alerta o tempo todo e o fluxo de informações é
enorme. Há sempre algo a ser descoberto, a ser visto e a ser sentido. O mundo é tão
grande que você se sente impelido a ir adiante mesmo quando as condições são adversas
o suficiente para te congelar de medo. É uma experiência única. Outro aspecto interessante
que essa nova vida vem me mostrando é a grande capacidade de adaptação do ser
humano. Em menos de uma semana eu já me sentia à vontade com essa realidade como
se sempre tivesse vivido assim e isso aconteceu de forma muito natural, sem que eu
percebesse essa já era a minha rotina. Assim fica fácil entender como existem tantas
pessoas no mundo vivendo de maneiras tão distintas, que nem somos capazes de imaginar!
Portanto, se você tem um grande desafio para encarar de frente, sinta-se cheio de força e
coragem para fazê-lo de peito aberto. É certo que rapidamente você estará adaptado às
mudanças e elas farão parte de seu dia-a-dia. Mariana Beluco Viajante do mundo desde
novembro/ 2015, é idealizadora do projeto Livre Partida junto ao seu parceiro e
companheiro Plácido Salles. O objetivo do casal é dar a volta ao mundo em 3 anos e meio.
Saiba mais clicando aqui.
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A incrível arte de esperar pelo Oscar – 11/01/2016
Cherrine Cardoso
Faltam apenas 50 dias para a grande cerimônia de premiação aos melhores do cinema e é
dada a largada para os aficcionados por filmes começarem suas apostas. As indicações já
despontam em vários sites especializados e muitos já tem seus favoritos, levando em conta
o que já se viu na premiação Globo de Ouro, que de certa forma anuncia aqueles que
certamente levarão mais estatuetas para casa. Muitos dos filmes que concorrem ainda não
foram lançados no Brasil, mas é também nesse pré-Oscar que vários chegam as nossas
telonas, esquentando as sessões e levando muitos ao cinema. Mas não é só pelos filmes
que aguardar ao Oscar é mesmo uma arte. Quem gosta e acompanha moda fica em frenesi
só de imaginar com qual grande estilista ou marca as estrelas atravessarão o red carpet.
Mais do que saber quem leva a estátua pra casa, os fãs esperam mesmo é poder observar
seu ídolo (a) acenando lindamente para o pit dos fotógrafos. É sem dúvida um grande
momento de marketing, já que os olhos do mundo se voltam para esta celebração e
praticamente tudo o que é visto ali vira hit e desejo de consumo da maioria (que pode,
claro!). Mas, como o assunto são as incríveis estréias cinematográficas, nos atentemos a
elas então. Há grandes rumores de que, enfim, o ator Leonardo di Caprio tem grandes
chances de levar a estatueta este ano. Convenhamos que já não é sem tempo. Léo, como é
chamado, já mereceu e muito o título de melhor ator. Grandes encenações já poderiam ter
lhe garantido o Oscar, mas, por algum desvio do destino, até o momento ele só foi nomeado
e nunca chegou a levar o prêmio. As más línguas dizem que há algum complô interno.
Outras de que diante da concorrência, realmente os outros adversários mereciam mais.
Para qualquer esclarecimento, só os verdadeiros críticos realmente poderão opinar. Cá pro A
incrível arte, tomara que desta vez ele leve! Ele concorre pelo O regresso, filme do mesmo
Diretor de Birdman, Alejandro González Iñárritu, que por acaso levou a estátua ano
passado. Isso se o ator Michael Fassbender não surpreender, levando por Steve Jobs. Há
quem diga que a estatueta é dele, mesmo a gente não querendo acreditar. Entre os filmes
mais cotados estão também, a Ponte dos Espiões, estrelado por Tom Hanks e que foi um
filmaço. Filmes muito escuros e com uma duração de quase 3h sem dúvida precisam ter um
roteiro incrível e atuações igualmente assim para prender a atenção do telespectador. Por
acaso este conseguiu isso. Tem também Sicário, que traz Benício Del Toro no papel
principal. Fazia tempo que não o víamos nas telinhas. O filme conta como é a guerra entre
as máfias Mexicanas e Colombianas e o que é necessário para que a polícia americana
consiga quebrar esse círculo vicioso, que traz terror as cidades regidas pelos traficantes.
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Pesado, mas bem bom. Outro que concorre a melhor filme é A grande aposta. Tem um
timaço no elenco e nos faz lembrar o American Hustle. Acho que poucos esperam algo
dele, mas há grandes chances de surpreender. Abaixo você poderá ver a lista completa de
todos os indicados. Entre os atores e atrizes que também concorrem tem o incrível Eddie
Redmayne, que ganhou pelo A teoria de tudo e que aparece agora como A garota
dinamarquesa. Como ele tem aquele ar andrógino, papéis diferentes tem tudo a ver com
ele. E cá pra nós, ele ficou uma mulher linda. Johnny Deep está transformado em Aliança
do crime. Sabemos que o seu talento é inigualável. Consegue surpreender sempre. Pela
atuação e pelas mudanças que são exigidas em cada personagem. Vê-lo careca e
envelhecido não tirou em nada seu charme. Nas indicações para melhor ator vemos nomes
mais fortes do que nas indicações para melhores atrizes. Apenas duas delas já foram
indicadas mais de uma vez à estatueta, que são Cate Blanchett e Jennifer Lawrence. E
sinceramente, o páreo é duro. Enfim, só o que sabemos é que em breve todos estarão com
os olhos fixos na maior premiação do cinema. E o que resta agora é gerenciar a ansiedade.
Confira os indicados abaixo, já com a lista oficial da Academia.
Melhor filme "A grande aposta" "Ponte dos espiões" "Brooklyn" "Mad Max" "Perdido em
Marte" "O regresso" "O quarto de Jack" "Spotlight"
Melhor ator Bryan Cranston ("Trumbo") Matt Damon ("Perdido em marte") Leonardo
DiCaprio ("O regresso") Michael Fassbender ("Steve Jobs") Eddie Redmayne ("A garota
dinamarquesa")
Melhor atriz Cate Blanchett ("Carol") Brie Larson ("O quarto de Jack") Jennifer Lawrence
(“Joy”) Charlotte Rampling (“45 anos”) Saoirse Ronan ("Brooklyn")
Melhor diretor Alejandro G. Iñarritu ("O regresso") Tom McCarthy ("Spotlight") George Miller
("Mad Max: A estrada da fúria") Adam McKay ("A grande aposta") Lenny Abrahamson ("O
quarto de Jack")
Melhor animação "Anomalisa" "O menino e o mundo" "Divertida mente" "Shaun, o carneiro"
"Quando estou com Marnie"
Melhor filme estrangeiro "Embrace of the Serpent" (Colômbia) "Cinco graças" (França) "O
filho de Saul" (Hungria) "Theeb" (Jordânia) "A war" (Dinamarca)
Melhor trilha sonora "Ponte dos espiões" "Carol" "Os 8 odiados" "Sicario" "Star Wars"
Melhor roteiro adaptado "Ponte dos espiões" "Ex Machina" "Divertida mente" "Spotlight"
"Straight Outta Compton"
Melhor roteiro original "A grande aposta" "Brooklyn" "Carol" "Perdido em Marte" "O quarto
de Jack"
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Melhor design de produção "Ponte dos espiões" "A garota dinamarquesa" "Mad Max"
"Perdido em Marte" "O regresso"
Melhor fotografia "Carol" "Os oito odiados" "Mad Max" "O regresso" "Sicario"
Melhor figurino "Carol" "Cinderela" "A garota dinamarquesa" "Mad Max" "O regresso"
Melhores efeitos visuais "Ex Machina" "Mad Max" "Perdido em Marte" "O regresso" "Star
Wars"
Melhor montagem "A grande aposta" "Mad Max" "O regresso" "Spotlight" "Star Wars"
Melhor atriz coadjuvante Jennifer Jason Leigh Rooney Mara Rachel McAdams Alicia
Vikander Kate Winslet
Melhor ator coadjuvante Christian Bale Tom Hardy Mark Ruffalo Mark Rylance Sylvester
Stallone
Melhor edição de som "Mad Max" "Perdido em Marte" "O regresso" "Sicario" "Star Wars"
Melhor mixagem de som "Ponte dos espiões" "Mad Max" "Perdido em Marte" "O regresso"
"Star Wars"
Melhor curta de animação "Bear Story" "Prologue" "Sanjay's Super Team" "We can't live
without Cosmos" "World of tomorrow"
Melhor curta de live action "Ave Maria" "Day one" "Everything will be okay (Alles Wird
Gut)" "Shok" "Stutterer"
Melhor cabelo e maquiagem "Mad Max" "The 100-year-old man who climbed out the
window and disappeared" "O regresso"
Melhor documentário "Amy" "Cartel Land" "The look of silence" "What happened, Miss
Simone?" "Winter on fire: Ukraine's Fight for Freedom"
Melhor documentário de curta-metragem "Body team 12" "Chau, beyond the lines"
"Claude Lanzmann: Spectres of the Shoah" "A Girl in the River: The Price of forgiveness"
"Last day of freedom"
Melhor canção original "Earned it" ("Cinquenta tons de cinza") "Manta Ray" ("Racing
extinction") "Simple song #3" ("Youth") "Writing's on the wall" ("007 contra Spectre") "Til it
happens to you" ("The hunting ground")
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A incrível arte de aprender a cozinhar em libras – 13/01/2016
Cherrine Cardoso
Inspirado pelo lindo trabalho realizado pelo casal Débora e Felipe Dable, o A incrível arte
apresenta o canal Chef Cenoura, onde eles ensinam receitas super simples e saborosas a
base de produtos 100% naturais, ou seja, voltado ao público adepto a uma alimentação
ovo-lacto-vegetariana e que de quebra integra um público de deficientes auditivos. Débora é
intérprete de Libras (se interessou e aprendeu Libras por ter em sua casa uma deficiente
auditiva, que é a sua irmã) e viu, nessa arte de ensinar a comunicação através das mãos,
uma oportunidade de unir a outra paixão do casal, que é a de cozinhar. Ambos são adeptos
da alimentação não-carnívora e desta forma o canal criado por eles no YouTube agrega um
valor duplo. Residentes em Curitiba, no Paraná, Débora e Felipe são na verdade gaúchos.
Formados em psicologia e adeptos de uma vida leve e saudável, tornaram a paixão pela
cozinha um vício prazeroso. A ideia surgiu primeiramente no formato de blog. Ali eles
postavam todas as receitas feitas descontraidamente em encontros com amigos.
E em
novembro de 2015 resolveram investir no canal, tendo este carinho especial com o público
que não pode ouví-los. Ambos são muito simpáticos no vídeo. Difícil não se encantar com o
sorriso e a leveza na apresentação do passo-a-passo das receitas. Quem cuida das
filmagens é um amigo de ambos, Lucas Costa, que aproveita os bastidores e quando
finaliza as imagens inclui também algumas cenas do making-off. Vire e mexe aparece o
cãozinho do casal, Bart, para integrar a cena (ou até roubá-la). O mundo precisa de
iniciativas como estas. Pessoas do bem, que pensam e fazem o bem. Não somente por se
preocuparem em agregar valor ao trabalho realizado e integrar pessoas diversas naquilo
que fazem, mas por estarem atentos a estas necessidades. O Brasil carece de uma
educação que abranja este respeito, esta consciência. Sabemos das dificuldades que
muitas pessoas enfrentam em seu dia a dia diante de um país com pouca atenção sobre os
diversos tipo de deficientes que existem. A mobilidade das ruas é precária, as sinalizações
para deficientes auditivos ou até mesmos cegos comprometem sua segurança. Há pouco
preparo, inclusive, dos profissionais que deveriam estar à disposição de todos. Mas
enquanto esta coerência ainda não é coletiva, enquanto os órgãos públicos não se
esforçam para oferecer condições dignas a todo tipo de pessoa e em qualquer lugar do
país, existem os que fazem de forma anônima ou menos divulgada, favorecendo estas
pessoas e se preocupando com elas. Isso é sinal de humildade e de amor ao próximo. Que
realmente, assim como "cozinhar é dar amor", jargão usado por Débora ao final de cada
vídeo, outras formas de dar amor sejam espalhadas pelo mundo com este mesmo objetivo,
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integrar e unir mais as pessoas e não o contrário. O A incrível arte apoia e divulga iniciativas
assim. Se você conhece algum tipo de trabalho neste direcionamento, no envie que teremos
prazer em postar por aqui. E como não poderia faltar, assista a um dos vídeos dos Chefs
Cenouras em ação! https://www.youtube.com/watch?v=3c67n3UadwE
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A incrível arte de desejar uma vida longa – 17/01/2016
Cherrine Cardoso
Quem não gostaria de viver para sempre? Ter uma vida cheia de dinamismo, energia,
vitalidade física e acima de tudo saúde é o sonho da maioria, sem dúvida. Acreditar que
podemos prolongar nossos anos sem que o envelhecimento progressivo e natural do corpo
afete nosso rendimento e vontade de viver é um desejo intrínseco em cada ser humano,
ainda que ele não exponha ou verbalize isso. No entanto, o corpo envelhece. E junto com
ele envelhece também a essência deste ser humano, que ao ver seu corpo pouco a pouco
ficando mais fragilizado, se entrega, ao que parece o fluxo natural das coisas e acaba por
também deixar sua essência envelhecer junto. Com tantos avanços em áreas diversas,
ainda se espera por um milagre que possa representar a fonte da juventude ou o
retardamento deste envelhecimento natural. No entanto, por mais invenções que já
tenhamos vistos até este momento, poucas delas nos garantem isso. Que estaremos jovens
ou que efetivamente o seremos para sempre. Mas, na verdade, para quem realmente se
interessa ou busca informações neste caminho, há sim formas e maneiras de evitar o
envelhecimento progressivo. E melhor, esta fórmula independe de invenções ou milagres.
Há maneiras de se prolongar a vida apenas sabendo como vivê-la! Comecemos por uma
coisa extremamente fácil de se colocar em prática: a sua alimentação. O intuito aqui não é
ficar doutrinando ninguém a somente mudar sua forma de comer diariamente, mas trazer a
informação de que o alimento é o remédio mais natural que existe para limpar e curar o seu
corpo. Tanto é que a medicina anti-aging, que de certa forma é pouco comentada e até
atacada pela medicina convencional, opta por medicamentos naturais, feitos de maneira
simples, para literalmente curar enfermidades geradas pelo próprio corpo. Você tem ideia de
quão ácido o seu corpo é? Deve saber também que seu corpo é constituído em quase 80%
de água, certo? Porque será que precisamos ser um corpo praticamente a base de água?
Não seria fácil responder se simplesmente analisássemos estas duas observações: ácido e
água. Para combater a acidez natural do seu organismo é preciso mantê-lo limpo e a água,
conclui-se, promove esta limpeza. Mas voltemos aos alimentos! Os alimentos naturais,
àqueles que são extraídos da terra, possuem o que o seu corpo precisa em termos de
proteína, aminoácidos, carboidratos e vitaminas. Não acredita? Então imagine como viviam
nossos antecessores quando ainda não haviam sido expostos aos climas gélidos, que
eliminaram o alimento natural do planeta? Você realmente acha que eles precisavam caçar
se extraíam da terra todo o sustento de que precisavam? Bom, isto pode parecer
especulação, afinal, escrevemos agora tantos milênios após a era do gelo, que toda
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possível verdade se torna duvidosa. Mas, tentemos apenas imaginar. De qualquer forma, a
medicina antienvelhecimento vem ganhando uma força maior. Há provas de que muitos
remédios produzidos e fornecidos pela indústria farmacêutica não surgem com o objetivo de
promover a cura somente. Óbvio que não podemos contestar seus resultados e nem sua
necessidade em casos específicos, mas também é óbvio que esta indústria, como todas as
outras, visam o lucro e somente por isso já fica entendido que boa parte de seus produtos
precisam render a eles a estimativa de retorno planejado. Desta forma entendemo que
remédios são necessários, mas devemos analisar até que ponto e também a sua
quantidade. Por exemplo àqueles remédios que são prescritos para pessoas que tem
dificuldade para dormir ou possuem algum tipo de ansiedade. Quem os toma de forma
contínua, sabe que eles sanam uma necessidade, mas criam novas. Normalmente os
remédios tarja preta tem estes efeitos colaterais. Você resolve de imediato uma
necessidade, mas automaticamente gera outras. O que claro, produz um contínuo
crescimento da indústria que vende remédios. Neste novo/antigo segmento da medicina,
que tem sido mais visto e falado atualmente, seus estudiosos e defensores oferecem uma
nova maneira de você prolongar sua vida com saúde, sem gerar dependência de remédios.
Para tanto é preciso vencer paradigmas e estar disposto a mudar a forma de agir.
Principalmente diante do que representa ter uma vida longa. O primeiro passo foi dito
acima, a forma de se alimentar representa certamente 60% da sua saúde. Os outros 40%
ficam a cargo de como você cuida do resto do seu corpo. E neles entram as atividades
físicas, que você deve manter e fazer para o reforço físico e biológico deste corpo denso.
De como você cuida das suas emoções e pensamentos, sabendo o quanto isso infringe
também a saúde orgânica. De como você evita se viciar em medicamentos que se tornam
uma muleta para sua longevidade, vendendo uma falsa saúde e provocando mais o seu
envelhecimento. A doutora Tatiana Louzada, especializada nesta medicina anti-aging na
cidade de Pelotas/RS, promoveu há poucos meses uma palestra em que mostrava meios
para se ter uma vida mais saudável e longe de remédios. Inclusive é contra o uso de
anticoncepcional. Para muitos médicos da área ginecológica isso deve ser um afronta. Mas
sabe-se que a carga de hormônios jogada para dentro do corpo da mulher através do uso
de pílulas é tão prejudicial à sua saúde quanto necessária como contraceptivo. É um atalho,
sim, mas é um veneno. A mulher acaba sendo expostas a uma taxa de hormônios tão
elevada, que em algumas pode ser a causa, por exemplo, do câncer de mama. Se a mulher
não deseja ter filhos é preciso optar por outras maneiras de evitá-lo, que não impurificando
seu organismo. Outro doutor adepto destas pesquisas antienvelhecimento, famoso já por
isso, é o Dr. Lair Ribeiro. Vê-se muitos vídeos e livros onde ele nos traz informações
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relevantes para a busca da longevidade, sendo necessário pouca coisa, apenas a mudança
de paradigma e de hábitos! Um dos mais famosos vídeos que já circulou pelas redes sociais
é um em que mostra a quantidade de açúcar (que sabe-se que é um dos piores refinados
usados em grande quantidade pela humanidade atualmente) contido em refrigerantes e
sucos enlatados. É realmente assustador saber que em algo aparentemente inofensivo
existem tantos venenos. Aqui no Rio Grande do Sul há ainda o Dr. Victor Sorrentino, que
conta em seu livro Segredos para uma vida longa, que o que o fez mergulhar neste universo
de uma medicina mais alternativa e longe de medicações foi uma necessidade particular.
Ele foi diagnosticado com déficit de atenção e como tal recebeu um tratamento contra esta
doença. O remédio que lhe foi receitado supriu sua necessidade quanto a este diagnóstico,
mas lhe causou outras consequências. Por fim, chegou a conclusão de que a medicina na
qual estava inserido treina os médicos para tratar doenças e quando não enxergam uma
nítida em exames, não conseguem ajudar seus pacientes. Foi por conta deste episódio que
decidiu dedicar parte de seus estudos à esta medicina alternativa, que serve para promover
saúde e não doenças. Um corpo mais limpo, mais alcalino, tem incidências muito menores
de se tornar um corpo doente. Quanto mais a pessoa evitar gordura, corantes, agrotóxicos,
conservantes e venenos mascarados de remédios, melhor será para manter esta limpeza
interna. Temos preguiça de ir atrás deste tipo de informação. Pois é mais prático se manter
ignorante diante da verdade. É mais fácil acreditar que a quem recorremos há mais certezas
do que dúvidas. No entanto, o importante é que você saiba que há opções diferentes das
convencionais e que você tem o poder de escolher. Escolher viver bem e por mais tempo,
ou viver mal e por menos tempo. Nem sempre remédio representa cura. Sem dúvida os
avanços de estudos e tecnologias que trazem cura para muitas doenças são necessárias,
mas se o corpo não estiver doente, há necessidade de remédios? É justamente nisso que
esta a arte de desejar uma vida longa. Em prevenir ao invés de remediar (ou de medicar).
Se cuidar para não ficar enfermo, certamente não haverá a necessidade de se buscar uma
cura, certo? A escolha é sua.
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A incrível arte de aprender com as crianças – 21/01/2016
Cherrine Cardoso
Parece paradoxal um texto que visa expor o quanto os adultos aprendem com as crianças,
quando se espera exatamente o contrário. Talvez essas crianças, que nos apresentam um
comportamento diferenciado, tenham nascido e crescido dentro de famílias que já possuem
valores diferentes da média da maioria e é por elas que aprendemos a ser melhores, só de
ouvir suas histórias. Para isso muitos exemplos têm nos saltado aos olhos. Como é o caso
de uma garotinha de 9 anos que leiloou em dezembro desenhos, que ela faz desde os 3
anos de idade, em pról dos refugiados da Síria. Pare e analise esta informação! Ela é
nascida em Pernambuco, que mesmo sendo uma terra linda do nordeste do Brasil é um
lugar com inúmeros problemas sociais também. E talvez por isto mesmo, ao ver notícias da
dificuldade enfrentada por imigrantes sírios tentando entrar na Europa, ela tenha refletido
sobre qual seria a melhor maneira de contribuir e ajudar estas pessoas. Vejam só, ela tem
apenas 9 anos! Quantos de nós, diante de todas as notícias que não param de chegar
sobre esta crise no Oriente, pensou no que poderia fazer para ajudar estas pessoas? A
maioria está sempre muito envolvida com sua própria rotina, com suas necessidades, que
tem dificuldade de pensar: "como posso ajudar o próximo?". E neste caso um próximo bem
distante. Sophia Maia é filha de uma designer gráfica e ver sua iniciativa nos inspira. E
vejam só sua arte baseia-se em referências como Van Gogh, Frida Kahlo e Monet para
seus desenhos! Que criança de 9 anos sabe quem são estes? Ter uma família que incentive
a cultura e a arte é essencial para a formação de um ser humano mais sensível. Ela contou
para o site de notícias G1 que se emocionou ao ver as imagens veiculadas na TV. A renda
do leilão foi revertida para o Instituto de Reintegração dos Refugiados no Brasil (Adus), que
fica em São Paulo. E o que falar de Betina Motta Lopes, que por um ano juntou lacres de
latinhas de metal para trocar por cadeira de rodas, que ajudariam numa casa de repouso de
Porto Alegre? Como isso partiu dela, esta deveria ser a pergunta. Mas coisas que parecem
sem sentido para muitos, vira resultado para outros. E nesta onda do bem, que as redes
sociais também divulgam, ajuda e muito estes projetos. Betina contou com um apoio extra
após sua iniciativa ter sido divulgada pelo jornal Zero Hora, onde conseguiu doações de
lacres e aumentou para duas cadeiras doadas ao invés de uma! Ou ler sobre um grupo de
meninas que, incentivado por Tara Smith-Atkins, mãe de uma delas, resolveu tornar o
aniversário da filha um motivo especial e mostrar o quanto o inverno no Canadá é gélido e
quantas pessoas sofrem com ele. Sugeriu que as crianças pendurassem casacos pela
cidade, contendo um bilhete de que aquele abrigo não estava perdido e que ele poderia ser
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usado caso quem o achasse estivesse com frio. Imagine o quão feliz não foi para tantos
moradores de rua o presente que aqueceu em noites frias? E então ouvir falar de Hailey
Fort, também de 9 anos, que cultiva desde os 6 uma horta que serve para alimentar
moradores de rua? Ela chega a produzir 100kg de comida por ano. E ela não é só a
cultivadora, é também quem distribui estes alimentos, com o objetivo de conhecer a história
destas pessoas que tem uma condição diferente da dela. Mas daí você acha que isso tudo
já é incrível e descobre que sua história tem mais! Ela criou uma campanha de
financiamento coletivo para aumentar sua produção e em pouco tempo conseguiu arrecadar
cerca de US$ 41 mil. E assim, de gentileza em gentileza, vamos mudando o mundo! Vamos
contribuindo de pequenos para uma mudança que se reflete num todo. Trazendo iniciativas
que contribuem com àqueles que, por falta de oportunidade, tem menos que nós ou sofrem
mais do que nós. Que saibamos o momento certo de sair da bolha egóica em que vivemos
e tenhamos uma visão mais macro. Quando cuidamos de algo muito pequeno próximo a
nós, isso tende a se refletir. Essas meninas não buscaram ser notícia elas apenas se
tornaram por serem referências de uma atitude nobre. Mas com ou sem divulgação teriam
feito o mesmo. Isso mostra a generosidade, que acontece sem visar nada em troca.
Exemplo de cidadania, que anda em alta através do despertar de uma nova consciência.
Que sigamos em frente e que estas crianças possam ser o futuro de uma humanidade
m e l h o r. E m a i s q u e i s s o , q u e n o s s i r v a m s i m d e e x e m p l o !
http://razoesparaacreditar.com/
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Fonte:
A incrível arte de se descobrir através de trilhas – 25/01/2016
Mariana Beluco
Torres del Paine, no Chile, é um parque mundialmente conhecido por suas belezas naturais,
que figuram como umas das mais belas do mundo. O que muita gente não sabe é que o
Parque Nacional Torres del Paine é um lugar destinado aos amantes do trekking, ou seja,
para conhecer as pérolas escondidas em meio aos seus 2.400 km2, é preciso caminhar. E
muito! E foi assim que eu, uma pessoa não acostumada a grandes deslocamentos a pé,
descobri o quanto uma verdadeira caminhada pode ser transformadora. Chegando ao
parque, descobrimos que havia inúmeras opções de trilhas e destinos e que, para conhecer
tudo, deveríamos dedicar pelo menos uns dez dias de esforço contínuo. Nos contentamos
em escolher a opção "intermediária", mais conhecida como doble V - um trajeto de quatro
dias que, quando completo, lembra uma letra W. Confesso que a escolha não me agradou
logo de cara mas, quando se viaja acompanhado, às vezes é preciso ceder. Para encarar o
doble V seria necessário passar quatro dias embrenhados no parque, dormindo em
acampamentos desconfortáveis, carregando nas costas imensas mochilas com os
suprimentos necessários para a aventura - inclusive comida, já que dentro do parque as
condições para cozinhar são super restritas - e caminhar cerca de 50 km. Parece pouco,
mas esse percurso demanda cerca de 9 horas diárias enfrentando trilhas desafiadoras com
os mais diversos níveis de dificuldades e terrenos. Hora você passa por um agradável
bosque cercado por árvores, hora você enfrenta uma verdadeira escalada por pedras que
se soltam à beira da ribanceira. Parece terrível, não é mesmo? Sim, em alguns momentos a
aventura me pareceu demasiado exaustiva e eu pensei em desistir (para desistir ali, só se
eu chamasse um helicóptero!), mas, no final, o saldo foi incrivelmente positivo.
Primeiramente, as paisagens que o parque revela a conta gotas são estarrecedoras. Você
se depara com lugares que até então só imaginava possíveis em cenários de filmes e
caminha por terrenos tão diferentes que sente-se como o personagem principal de um jogo
de video game, daqueles que cada fase acontece em um cenário mais surreal que o outro.
Só o fato de poder experienciar essa diversidade já seria um grande motivo para enfrentar o
desafio, mas ainda tem mais. Caminhar por tantas horas convivendo com emoções
contrastantes por dias, sem ter acesso a nada mais que você, a natureza e o discreto "hola"
pronunciado pelas centenas de pessoas que passam por você o tempo todo, te coloca em
um estado de profundo contato consigo mesmo. Enfrentar uma caminhada como essa faz
você confrontar seus medos e limites; faz você passear por pensamentos e pela ausência
deles; faz você valorizar a bela paisagem que encontrou no final da trilha; faz você suar e se
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sujar sem se preocupar com isso; te coloca em contato com a essência animal do Homem,
conectado à natureza e sua força; faz você se sentir no comecinho de tudo, ao melhor estilo
Jurassic Park. Terminar uma caminhada como essa dá uma sensação indescritível de
missão cumprida e autossuperação e, ao final, tudo o que será necessário serão algumas
boas horas de descanso e alguns dias para assimilar a experiência. Vá a Torres del Paine,
enfrente as trilhas e desfrute das transformações e paisagens que esse lugar único irá lhe
proporcionar. Caminhe, encante-se, beba a água gelada dos seus rios, desfrute dos
incontáveis tons de azul de suas lagoas e sinta-se pequeno diante de suas montanhas.
Certamente você não sairá de lá do mesmo jeito que entrou. M.B.
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A incrível arte de poder escutar – 27/01/2016
Cherrine Cardoso
Você já se perguntou como seria viver sem um dos seus sentidos? Às vezes brincar de
cobra-cega ou de gato mia (tão comum nos jogos de crianças), para aguçar um pouco mais
a audição e a visão, não deve chegar nem perto daqueles que nascem deficientes de algum
deste sentidos. Se colocar no lugar do outro é algo que não fazemos com frequência, até
porque cada um vive no seu universo vencendo suas próprias limitações e obstáculos.
Mesmo sendo perfeito, todos lidamos diariamente com nossas dificuldades, sejam elas
físicas, emocionais ou mentais. Por mais perfeito que sejamos, sempre há algo a melhorar.
Mas o que vamos mostrar aqui não é exatamente algo relacionado a uma evolução pessoal
ou a um aprimoramento individual, diante de algum aspecto físico. Não! Vamos mostrar a
incrível reação de pessoas que nasceram com algum tipo de deficiência auditiva e
ganharam de presente a opção de poderem ouvir. Para aquele que tem a oportunidade de
escutar os diversos sons disponíveis no mundo à sua volta, perceber o quão incrível é esta
possibilidade natural acaba passando despercebido, pelo simples fato de não lhe fazer falta.
Quando já possuímos determinadas coisas, elas deixam de ser desejadas e passam até a
categoria de banais. Mas imagine que você vive num mundo silencioso, onde não pode
escutar a sua própria voz. Já imaginou? Este vídeo nos apresenta estas reações e nos
emociona. Algo que parece tão simples ganha uma dimensão incrivelmente diferente
quando se trata de pessoas que não tinham a opção de escutar e de repente passam a ter.
Assista! Valorize e seja grato, todos os dias, por ter nascido com todos os seus sentidos
aguçados e perfeitos. E se por ventura este não é o seu caso, seja grato mesmo assim, pois
de alguma forma você já é especial por vencer os desafios que a vida lhe apresentou desde
o seu nascimento. Que a tecnologia siga avançado mais e mais, a fim de proporcionar estes
verdadeiros milagres àqueles que precisam.
v=NiV1sYMNqkc
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https://www.youtube.com/watch?
A incrível arte de se sentir bonita – 28/01/2016
Grazy Pacheco
"Este é o primeiro texto da nossa colaboradora Grazy Pacheco. Todo mês ela nos trará sua
visão sobre o como a forma de se vestir fala muito sobre sua essência, suas necessidades,
seus desejos, valores e até mesmo características comportamentais e a qual nicho ou
grupo você pertence em determinados momentos. Que seu know how possa contribuir em
muito com nossos leitores!"-
Como consultora de estilo pessoal conheço muitas
pessoas, visito seus armários e ouço suas dificuldades. Adoro o que faço, pois tenho a
oportunidade de aprender muito com as histórias de vida dessas pessoas que me
procuram. Com esse aprendizados, reflito muito sobre a minha própria vida. Dia desses,
estava aqui na sacada de casa, e me veio um pensamento: “qual é a real motivação para
que eu e as minhas clientes desejem ser/estar mais bonitas?”. Podem existir várias
motivações! O importante é identificá-las e rastrear da onde elas estão vindo, se vem de
dentro do nosso coração ou se de algo externo a nós. Quando as motivações, na sua
maioria, surgem dentro da gente, é muito mais fácil atingir o êxito e se sentir satisfeito, olhar
no espelho e reconhecer o nosso reflexo como algo verdadeiro, alinhado ao que somos por
dentro. Quando as motivações estão vindo do externo as chances de não conseguirmos
alcançar essa satisfação é grande, pois logo surgirá outra meta e assim entraremos em um
ciclo incansável de frustração e baixa autoestima. Ficaremos com a sensação de que está
faltando algo. Não existe receita para descobrir nossas motivações. É legal se fazer
perguntas poderosas e ouvir o coração, afinal, as respostas estão dentro de nós. Quando
surgir uma vontade, pergunte-se o motivo. Qual a motivação para comprar esse sapato? Da
onde vem a minha vontade de fazer essa plástica? Qual a motivação para comprar essa
bolsa, emagrecer ou até mesmo mudar a minha alimentação? Se você descobrir que a sua
motivação está em pertencer a algum grupo, se igualar a alguém em status, imitar alguma
pessoa, querer parecer mais do que você realmente é, respire e seja sincera com você
mesmo. É realmente necessário gastar energia ao invés de investi-la em algo mais íntegro?
No final, em algum momento, sempre será necessário ouvir a nossa própria verdade e
seguir o nosso próprio caminho. G.P. Este texto foi escrito pela nossa colaboradora Grazy
Pacheco. Leia mais sobre o seu perfil clicando aqui!
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A incrível arte de saber esperar – 04/02/2016
Cherrine Cardoso
Para tudo nesta vida há um momento mágico. Há o momento ideal para se fazer novas
escolhas, novas mudanças, tomar decisões, na verdade para tudo. No entanto, o ser
humano por natureza é ansioso. Desde o nascimento somos inseridos numa cultura do ter e
não do ser e isso nos coloca numa corrida incessante, visando apenas ir atrás do que ainda
não se conquistou, sem parar e perceber que todo novo dia já é também uma conquista!
Saber esperar é uma arte. A espera proporciona a cada indivíduo a possibilidade de analisar
prós e contras para toda e qualquer tipo de direção que queira seguir. Seja ela em busca de
algo material ou melhor, para algo pessoal. Na ação por impulso estão contidos muitos
possíveis percalços, que seriam facilmente evitados se tivéssemos a paciência de esperar.
Se evitariam possíveis perdas, se evitariam possíveis traumas, se evitariam possíveis
dores, possíveis registros negativos.. tantas coisas seriam evitadas se apenas
aprendêssemos a esperar! Mas esperar não é o mesmo que se acomodar. Não adianta
também usar a desculpa de esperar o melhor momento e desta forma nunca agir, nunca se
colocar à prova. Só é preciso sentir o momento. Perceber o que determinadas escolhas
poderão lhe acarretar se as tiver por impulso. Quando alguém decide que vai comprar uma
casa, mas sabe que tem dentro de sua rotina uma arrecadação específica, ele decide
primeiro se planejar, certo? Pelo menos, a maioria em suma faz isso. Planejar quanto
economizar, planejar com o que gastar menos, planejar como investir e poupar, planejar o
prazo que tem, planejar a data ideal para fazer sua compra desejada, planejar para depois
realizar. Nos outros âmbitos da vida deve-se agir de forma parecida. Digo de forma parecida
pois naturalmente alguns impulsos não são condenáveis. Imagine se você estiver diante do
mar, lindo, com ondulações, e resolve que quer dar um mergulho, mas daí lembra que não
planejou como fazer isso antes? Você estará perdendo o momento mágico por se cobrar
este planejamento. Também não precisa ser radical, não é mesmo? A menos que você não
saiba nadar ou tenha algum tipo de insegurança para entrar no mar. Daí sem dúvida o
melhor é esperar ou sim, planejar como você fará para desfrutar de um mergulho no mar.
Mas se você já sabe lidar com a água, planejar um mergulho seria perda de tempo. Esta
analogia também pode servir para as decisões que lhe permitem algum tipo de improviso ou
impulso. No entanto, aprenda a sentir! A saber o que pode lhe proporcionar um sentido de
felicidade ou tristeza. O que pode lhe garantir liberdade ou sentir-se aprisionado às suas
escolhas, que muitas vezes pode minar o resultado que você desejava ter. E para isso só
há um caminho: o conhecimento. Não o conhecimento externo e sim aquele mais
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importante, o autoconhecimento! Vá em busca de saber quem você é, na sua
individualidade, na sua essência. Hoje em dia há muitos meios que lhe oferecem esta
descoberta, no entanto, é mais simples do que parece. Busque o silêncio e nele perceba se
cabe você por inteiro. Quando não há interferências e estamos em contato conosco,
observamos se esse silêncio é prazeroso ou se incomoda. Quando incomoda é porque você
ainda não está preparado para se ouvir, para se sentir, para se perceber. Mas siga! Nenhum
caminho sem obstáculos, por mais que pareça, é o melhor caminho. Afinal, são os
obstáculos que nos fazem crescer como pessoa, nos dando força para vencermos e
enfrentarmos nossos maiores desafios.
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A incrível arte de lidar com mudanças – 11/02/2016
Cherrine Cardoso
Mudar é bom. Sempre nos traz novos ares, novas perspectivas, novos desafios (externos e
internos), novos anseios e até medos. Mas o que importa é que mudar é bom, faz bem.
Seja uma mudança de hábito, de condicionamentos, de paradigmas e até mesmo de vida.
Escolher mudar de casa, de cidade, de bairro, de país; isso tudo nos proporciona uma nova
energia e nos impulsiona a realizar ainda mais coisas diante dos nossos sonhos e ideais. A
mudança traz naturalmente aquele ar de novidade. Quando se trata de uma mudança
interna, a novidade fica a cargo do se descobrir. Descobrir as coisas que lhe inspiram, lhe
motivam, lhe fazem sorrir e sair da cama todos os dias para se tornar um indivíduo cada vez
melhor, para si mesmo e para o mundo. Te proporciona este encontro com a sua essência,
a verdadeira base para o autoconhecimento. Quando se trata de uma mudança externa, as
novidades seguem e te levam também para dentro vez ou outra, fazendo-o perceber os
sentimentos que surgem através do novo, mas mais do que isso, te dá a oportunidade de
enxergar as coisas sobre uma nova ótica, lhe dando assim novas perspectivas. Por
exemplo a mudança de endereço. O simples mudar de rua, de bairro, lhe sugere observar
com nitidez os novos detalhes da região. Você passa a estar mais atento aos sons, aos
cheiros, ao movimento! Descobre novas cores e novos encantos. Quando a mudança é de
cidade ou país então soma-se a isso a descoberta a tudo o que lhe é desconhecido. Ruas,
bairros, padarias, lojas, caminhos, parques, pontos de entretenimento e até uma nova
língua!! Aprender a se comunicar fora do seu idioma natural lhe tira da zona de conforto, o
faz sacudir aquele comodismo presente na rotina para lhe aguçar totalmente novos
sentidos. No início dá medo, sem dúvida é desafiador, mas uma vida sem desafios acaba
por se tornar uma vida um pouco sem graça. Desafios nos fazem evoluir! Portanto faça pelo
menos uma grande mudança na sua vida! Seja ela interna ou externa. Sinta tudo isso que
foi mencionado e coloque em prática a delícia de viver as novidades que existem à sua
volta. Vencendo o bichinho da insegurança e aprendendo a se arriscar. Planejando ou indo
por impulso, você é um ser cheio de vida, cheio de dinamismo. Basta apenas se permitir!
Dá trabalho mudar? Pode apostar que sim. Tanto quanto empacotar suas coisas materiais,
o trabalho interno então é o que dá mais trabalho. Você descobre coisas sobre si mesmo
que estavam ali adormecidas por conta do hábito de sempre fazer tudo da mesma forma.
Mas este é o barato da mudança pessoal. Faça uma lista de coisas que gostaria de ver
diferente e se joga.
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A incrível arte de ser organizado – 14/02/2016
Cherrine Cardoso
Organização muitas vezes é, para algumas pessoas, sinônimo de exagero ou síndrome do
toque. No entanto, o sentido de organização constitui uma verdadeira arte de saber quais
são suas prioridades, classificar suas importâncias e definir uma ordenação das partes de
um todo. Não à toa há uma série de empreendedores ganhando muito dinheiro promovendo
aquela boa "santa ajuda", nome que foi dado inclusive a um programa de televisão, para
pessoas que vivem literalmente em uma bagunça. Quando você consegue organizar as
coisas à sua volta, tudo ganha muito mais clareza. É possível dar os próximos passos
totalmente ciente de onde você está pisando, evitando com isso possíveis riscos. E isso
serve tanto para a organização de sua rotina como para a do seu quarto! Pense: se você
vive em um lugar completamente bagunçado, com coisas fora do lugar e espalhadas por
todos os lados, quem garante a você que não se machucará ou achará aquilo que precisa
num momento de emergência? Pois é, a falta de organização dificulta a fluidez da sua vida.
Mas se você é uma pessoa organizada deve estar atento a maneira como atua diante desta
sua característica perante os outros. Não devemos usar nossa organização como motivo
para culpar os que não são, cobrá-los excessivamente para que sejam como nós ou impor a
maneira como as coisas devem ficar para lhe agradar. Analisando este parágrafo anterior
podemos inclusive transferir estas três observações a muitas outras áreas de nossas vidas,
não concorda? Quando temos síndrome de perfeição, desejamos o tempo todo que os
outros sejam como nós. Só que esta expectativa é muito pessoal e quando não
correspondida vem aquela sensação de frustação, plantada exclusivamente por você
mesmo! Então observe-se. A síndrome do toque não é uma doença, mas pode ser
enxergada como caso seja manifestada de forma muito exagerada. As vezes deixar as
coisas pouca coisa fora do lugar é preciso para também sentir que há vida no ambiente em
que estamos. Não digo a toalha molhada em cima da cama (motivo de brigas entre tantos
casais),a louça suja na pia por muitos dias (que pode ser facilmente classificado como
desleixo e até mesmo porquice) ou a sua mesa de trabalho acumulando pilhas de papel,
mas almofadas fora do lugar, cama por fazer, roupas soltas sobre uma poltrona, bolsa ou
livros sobre um sofá etc, estas coisas são toleráveis e por vezes podem acontecer, sem que
se transforme num motivo para criar caso ou iniciar uma discussão. Enfim, que tenhamos
bom senso. Que sejamos organizados, mas não neuróticos. E que saibamos que o
ambiente em que estamos reflete também como estamos nos sentindo por dentro. Se você
vive muito tempo e bem em lugares onde tudo está fora do lugar, completamente sem
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ordenação ou limpo, é assim que estarão seus pensamentos e emoções. Se você tem
compromissos diários e se atrasa constantemente, isto também pode ser um reflexo da sua
desorganização pessoal. Não do ambiente em que vive, mas da falta de planejamento da
sua rotina. Nosso dia a dia rende mais, passa a ser melhor preenchido, quando sabemos
como organizar e definir nossas prioridades. Para isso há cursos de gestão do tempo, de
como usar uma agenda (seja ela de papel ou eletrônica) e saber organizar sua rotina e até
profissionais como coachings que podem auxiliar num caminho para uma mudança positiva
neste sentido. O ideal é não se acomodar no que não está bom, por preguiça de sair da sua
zona de conforto. Vá em busca do equilíbrio, que existe para todos os sentidos da sua vida.
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A incrível arte de viver com gatos – 17/02/2016
Cherrine Cardoso
Hoje é o dia mundial dos gatos. Estes bichanos tão incompreendidos são seres muito
especiais! Você sabia que os gatos não são traiçoeiros? E que eles não dão trabalho algum
e ainda te recompensam com muito amor tanto quando os cachorros? Não que ter um
exclua a possibilidade de ter o outro, afinal, animais de estimação animam e dão alegria a
qualquer ambiente e a vida das pessoas. Não a toa inúmeras empresas possibilitam a
entrada de pets no ambiente de trabalho, por saber o quanto conviver com eles contribuem
e muito para o estímulo do emocional e também o lado criativo de seus colaboradores. Mas
voltemos aos felinos! Os gatos são animais muito sensíveis. Eles preferem muito mais ficar
no conforto do seu lar do que fazendo passeios. São bichos muito mais noturnos. Sabem se
virar muito bem sozinhos. Não sofrem com a ausência de seus amigos humanos tanto
quanto os cachorros, mas não significa que não sintam a falta destes, ao contrário, são tão
sensíveis que quando a ausência é longa demonstram por dias a mágoa que foi gerada
pelo tempo de solidão. Eles não comem muito e não gostam de ter sua comida por muito
tempo no mesmo prato, sendo assim o ideal é servir de pouco em pouco. Não curtem
também água parada, tanto que quando eles pulam na pia (clássico!) é porque sabem que a
água corrente está numa temperatura muito mais agradável do que aquela que ficou horas
e horas no seu potinho. Sabem por instinto fazer suas necessidades no lugar certo e
dificilmente erram. Não gostam de deixar vestígios por passarem na sua caixinha de areia,
tanto que escondem muito bem o xixi e o coco, demonstrando assim o quanto são
higiênicos. Quando você está triste ou doente eles sentem e buscam te confortar e consolar
ficando próximos, na verdade, eles ficam literalmente em cima de você, lhe transmitindo
toda a energia que precisa para se sentir melhor. Só faltava enxugar suas lágrimas ou lhe
dar um remédio! Eles cuidam tanto da limpeza que passam o dia se banhando. Sua língua é
áspera, verdade, muitos se incomodam com a sensação desconfortável de uma lambida,
mas é ali que ficam as impurezas do seu corpo. Quando ele te dá uma lambida, mais do
que carinho, ele está cuidando de você! E se após horas de lambidas em seu corpo peludo
você o vir fazendo aquela menção de querer colocar tudo pra fora, não brigue com ele, é
seu mecanismo de defesa, querendo expelir os pelos que formaram um bolo no seu
estômago. Eles são super pacientes! Se dão bem com cachorros sim, mas se estes
tentarem o atacar ele sabe perfeitamente como se defender e fugir. Dificilmente um gato
perde numa briga com outro animal. E sim, eles tem várias vidas. Aprendem desde cedo a
cair de grandes alturas sobre suas patas, sem se machucar. Ai ai temos tanto a aprender
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com estes bichanos! E o melhor de tudo é no inverno, quando eles se acomodam em meio
as suas pernas e te aquecem durante toda a noite ou quando eles se assustam com sua
própria sombra, fazendo-nos rir sem parar. Fora momentos em que se divertem sozinhos,
brigam sozinhos, usam caixas como brinquedos e tantas outras coisas que são tão típico
deles. https://www.youtube.com/watch?v=tC-DgsnRheI Curtiu? Então, o que mais você
precisa para se entregar a incrível arte de ter um gatinho? Se tem algo a contribuir com este
post, comente!
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A incrível arte de colorir a vida – 21/02/2016
Cherrine Cardoso
Sabe aqueles dias que amanhecem cinzas e muitas vezes deixamos influenciar nosso
humor? Pois bem, você tem o poder de colorí-lo e desta maneira interferir diretamente nas
suas sensações e emoções. Tal como o sol pinta o céu de diversas nuances de cores na
hora em que nasce ou quando se põe, nós podemos usar a leveza e a força das cores para
tornar nossos dias mais vibrantes e consequentemente mais positivos! E como podemos
fazer isso? Primeiro decidindo que quem influenciará o ambiente ao redor seremos nós e
não os tons em que o dia nasceu. Se ele despertou cinza, que tal investir nas cores do seu
visual para ditar como deseja que seja o seu tom? Se você usar algo em cor vibrante,
reverberará energia, como o amarelo, vermelho, laranja, roxo, bordô e as demais
tonalidades desta cartela. Se deseja que ele seja sereno e leve pode então optar pelo
verde, azul, violeta, lilás etc. Se quer exalar um sentimento de amor, carinho e
generosidade, opte pelos tons de rosa. Se quer transmitir cumplicidade, honestidade,
humildade vá de branco. E se o seu foco não forem roupas, como então poderia colorir sua
vida? Mentalizando as cores. Nossa mente tem ainda mais poder de transformar o ambiente
à nossa volta. Quando sentimos a energia de um lugar, tanto nossa postura como nossa
vestimenta pode contribuir com a leveza ou o peso desta energia. Talvez por isso em
ambientes corporativos instiguem o uso de tons como preto, cinza, marrom. Não por
quererem que o ambiente seja pesado, mas para que o visual dos colaboradores transmita
uma postura de seriedade ou aquela agressividade realizadora. O mesmo quando sugerem
branco para locais em que o trabalho é o cuidado com a saúde, ou seja, quanto mais
transparente, mais leve, melhor a energia a transmitir. De qualquer maneira, há outras
várias formas de se colorir a vida. Pela forma de pensar, de agir, de se portar, de se
comunicar, de sentir, de desejar. Quando nos atentamos a quais são estes sentimentos
despertados dentro de nós, isso se reflete na cor que enxergamos a nossa vida do lado de
fora. Essa necessidade de cores é tão forte que da Índia se iniciou essa febre dos festivais
de cores pelo mundo. E olha que a Índia é um dos países mais ricos em cores deste
planeta. De suas especiarias as cores de suas criações. Mas foi ali que surgiu o Happy Holi,
festival que cresceu e muito no último ano pelo Brasil. Talvez para mostrar ao mundo como
é possível mudar o humor e como se encara a vida, espalhando um pó colorido pelo corpo.
Os indianos seguem sendo tão sábios. Um povo que vive uma desigualdade social tão
grande continua ensinando suas riquezas e sabedorias inspirando todos os continentes
deste mundão. E claro, quando você se sente bem consigo mesmo, as cores do arco-íris se
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fazem presentes na maneira como você sorri ou olha os acontecimentos à sua volta.
Mesmo diante de obstáculos e árduos desafios, os encara com os mesmos tons leves e
vibrantes, porque é assim que colore o seu mundo interior. Não é tão fácil quanto pintar as
páginas de um livro de colorir, pois ali os lápis estão disponíveis para que você brinque
facilmente com as inúmeras possibilidades que existem de transmitir cores ao papel. Na
vida é preciso dedicação para não deixar com que as dificuldades tornem seu arco-íris preto
e branco. Portanto, quando ela lhe cobrar mais cor, invista em expandir ainda mais sua
cartela e mescle todos os tons se for necessário, até sair daquela sensação incolor e sem
graça para uma que lhe impulsione a ser mais e mais feliz! E se não for possível sozinho, vá
em busca de algumas alternativas, como os festivais de cores Indiano. Quem sabe ajuda,
né?
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A incrível arte de procrastinar – 23/02/2016
Cherrine Cardoso
Palavrinha difícil esta né? Será que você sabe o que realmente significa? Bom, vou te
ajudar. Procrastinar, segundo nosso amigo dicionário, significa "transferir para outro dia ou
deixar para depois; adiar, delongar, postergar, protrair". Poderia realmente parar aqui,
porque o próprio significado da palavra já diz tudo sobre o que significa procrastinar. Mas
explanemos mais sobre isso. Uma pessoa procrastinadora tende a não se comprometer
com nada daquilo que supostamente para ela não é importante. Desde pendências
pessoais à profissionais. Ou, acaba sendo aquele tipo de pessoa que vive apagando
incêndio. Sabe que vai fazer o que precisa, mas porque ser agora, não é mesmo? Se
sempre há o dia de amanhã? Porém, o amanhã é sempre incerto e poderão haver novas
necessidades e pendências. Quando simplesmente deixamos de aproveitar o hoje, o agora,
para deixar para daqui a pouco ou para o dia seguinte, você esta dizendo internamente que
o seu tempo não tem importância e as vezes mais que isso, que o tempo do outro não é
importante também. Que forma egoísta de seguir levando sua vida, não acha? Se suas
frases mais frequentes são:
•
amanhã eu faço isso;
•
daqui a pouco eu envio;
•
semana que vem eu começo;
•
ano que vem quem sabe eu consiga etc.
acredite, alguma coisa não está legal. E o que poderia ser isso? Talvez realmente as coisas
que você não queira fazer agora tenham pouca relevância naquilo que julga ser importante
para si mesmo. Desta forma, você está sempre em busca do que te satisfaz. Isso é ruim?
Não. Mas você não vive sozinho no mundo! Muitas vezes o que não é importante para você
neste momento é crucial e essencial para seus negócios, por exemplo. Ou até para salvar
seu relacionamento. E se algo não lhe deixa feliz ou se o que você tem a realizar não lhe
traz satisfação é hora de avaliar, mas de forma muito profunda, quais são as coisas que
verdadeiramente lhe motivam. A motivação é aquela corda que você se dá sem esforço
algum. Ver seus negócios dando certo, suas relações interpessoais estáveis, sua
consciência limpa e leve precisam ser a sua prioridade. Se algo esta te incomodando é
imprescindível que você reflita agora sobre como anda a sua tendência a procrastinar.
Talvez o seu sucesso dependa deste auto-estudo. Talvez inclusive a sua felicidade plena
dependa disso. Portanto, pare agora de se sabotar! ;)
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A incrível arte de saber aceitar – 25/02/2016
Mariana Beluco
Sempre fui uma pessoa bastante independente. Desde pequena, não gostava que meus
pais me dessem a comida na boca ou colocassem em mim as minhas roupas; queria fazer
tudo sozinha. Essa característica se manteve ao longo dos anos e considero uma das mais
marcantes em minha personalidade. Há nisso um lado bom, que fez com que me tornasse
independente muito cedo, mas a contraparte ruim é que me custa aceitar ajudas. De
qualquer tipo. No entanto, há algum tempo resolvi empreender um projeto um tanto grande:
dar a volta ao mundo de carro com meu parceiro de vida. Trata-se de uma experiência
impossível de ser lograda sozinha simplesmente pelo fato de que era demasiado grande
para nós dois. Tivemos que pesquisar, buscar referências, aprender coisas totalmente fora
de nossos universos, falar com um, pedir ajuda para outro, buscar parcerias... Nessa fase
comecei a perceber que as pessoas gostam de ajudar. Tanto nosso financiamento coletivo
quanto todos os outros projetos que empreendemos foram um sucesso (vendemos
sanduíches e sucos na praia, em bloquinhos de carnaval, em show de rock). Muitos amigos
nos presentearam com coisas muito úteis para a viagem, ou nos ajudaram a conseguir uma
empresa apoiadora. Criamos uma verdadeira corrente do bem em prol da nossa viagem.
Desde então esse tem sido meu grande aprendizado e se torna mais forte ainda agora que
já estamos na estrada há mais de três meses. Essa linda descoberta tem se mostrado
fundamental para melhorar esse meu aspecto: estou aprendendo a aceitar. Quando digo
aceitar, não falo de me conformar com fatos ou circunstâncias e sim me refiro a me abrir
para receber o que me ofertam, ou simplesmente pedir ajuda quando necessito. Quando se
está a milhares de quilômetros de sua casa e de todas as pessoas que você conhece,
automaticamente os desconhecidos passam a ser um pilar fundamental para sustentar a
sua vida. Seja oferecendo uma simples dica, uma torneira para conseguir água limpa ou a
sua cama para você dormir, muita gente vai fazer parte de sua jornada e é justamente isso
que vai torná-la mais intensa e enriquecedora. E aos poucos vou aprendendo a aceitar e
percebo o quanto as pessoas ficam satisfeitas quando nos ajudam. Aprendo também a ser
mais generosa, em busca de retribuir, ainda que para pessoas diferentes, um pouco do que
recebo. E percebo o quanto fico feliz em ajudar alguém. A vida é feita disso, afinal. São
gestos pequenos que movem o mundo e nos mostram que o ser humano é, sim, bondoso.
O que ficará de recordação dessa experiência, mais do que as belas paisagens, serão as
memórias daqueles que nos empurraram adiante e fizeram desse sonho realidade. (Esse
texto dedico a todos que fizeram e fazem parte desse sonho). M.B. Leia mais textos da
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nossa colaboradora Mariana Beluco e suas histórias no projeto Livre Partida. Ao clicar aqui
lerá o que ela nos conta sobre como foi transformador os dias que passou em Torres Del
Paine. E clicando aqui vai descobrir como são as delícias de se viver na estrada.
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A incrível arte de aprender a cozinhar em francês – 29/02/2016
Cherrine Cardoso
A descoberta deste canal culinário, gravado para o YouTube e tendo como protagonista
uma brasileira, surpreendeu o A incrível arte. Vídeos fáceis e super refinados nos leva à
cidade luz, Paris, e nos faz viajar entre a cultura francesa. Das suas ruelas e incríveis
histórias, contada de forma descontraída pela apresentadora do canal, à sua culinária
requintada e cheia de encantos, o Rendez-vous à Paris nos deixa com água na boca e
anseio de viajar. A jornalista Uiara Araújo ensina cada receita com um toque de delicadeza e
encantamento, mas o mais gostoso é passear por Paris enquanto ela nos guia dando uma
aula de história, explicando tudo sobre os cantinhos escondidos dos bairros parisienses,
enquanto vai ao encontro dos ingredientes que precisa para suas receitas. Um quê a mais é
quando também nos ensina a pronúncia correta das palavras, daquilo que será usado no
preparo de seus pratos, na língua francesa. Très chic! Quanto as receitas, bem, são um
espetáculo a parte. Com tamanha maestria e de deixar muita apresentadora do GNT com
uma certa dor de cotovelo, a produção do programa de Uiara prima pelos detalhes. A
cozinha é linda e típica francesa, com tudo à mão e mostrando o quanto a praticidade ajuda
demais no desenvolver das receitas, o Rendez-vous é um programa para se assistir
sempre. Inspire-se! Faça uma viagem à Paris e mais ainda pelas delícias típicas deste país
tão encantador, mas o que é melhor, tendo uma guia brasileira no comando.
https://www.youtube.com/watch?v=nqMn5KsPVB0
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A incrível arte de dizer a verdade – 03/03/2016
Cherrine Cardoso
Nós seres humanos temos muita dificuldade em dizer a verdade. Preste atenção em você
mesmo e reflita: quantas vezes você conseguiu ser 100% verdadeiro, sem omitir ou
esconder absolutamente nada? Sim, sabemos, é difícil. Muitas situações e circunstâncias,
por vezes, exigem de nós uma certa discrição. Até porque, a verdade dói. Nem todos estão
preparados para ouvir aquilo que achamos ou julgamos (ainda que julgamento não sejam
fatos) sobre alguma atitude ou até mesmo sobre alguém. No entanto, a verdade também
tem um lado muito bom, ela liberta! Quando conseguimos ser verdadeiros sentimo-nos mais
leves. Concluimos que não precisamos pesar nossa consciência ao omitir alguma coisa,
apenas para agradar à alguém. Até porque esta também é uma atitude que ocasiona
frustações: você nunca conseguirá agradar a todo mundo! Mas continuando, a verdade
contribuí e muito para a sua transformação. Ela não vem só com afirmações, mas também
com negações. Quando sabemos dizer sim e quando sabemos dizer não, sendo
verdadeiros conosco e com os outros, a sensação de leveza é deliciosa. Por exemplo: você
não quer ir aquela festa com seu amigo, mas sabe que se for sincero com ele e lhe disser
isso, poderá deixá-lo chateado ou pior ele pode desistir de sair. Daí o que você faz? Omite a
sua real vontade, para assim agradar ao outro. No entanto, esta simples atitude o sabota,
pois sua vontade mesmo era ficar em casa assistindo aos últimos episódios de sua série
favorita. Entendeu? Você disse sim a algo que queria dizer não! Deixou de ser verdadeiro e
ainda se sabotou. Certamente não terá conseguido curtir totalmente a festa com seu amigo
porque sua vontade não era estar ali. O exemplo é bem simples, mas ele vale para tudo.
Quantas vezes você deixou de se priorizar para priorizar o outro? Deixou de ser feliz em
pról da felicidade do outro? Falou sim ao que queria dizer não, e não ao que queria dizer
sim? É, esta também é uma verdade que dói! Juntamente com as verdades andam junto os
melindres. Pessoas não sabem ouvir o que temos a dizer a elas, sobre suas atitudes ou
personalidade, se for algo que não as agrade. Simplesmente porque verdades incomodam.
É sempre muito duro receber do outro o seu feedback, de coração 100% aberto. Totalmente
disposto a ouvir e a assimilar suas percepções diante de como agimos, sabendo que
certamente é uma verdade da qual você foge. Mas existe uma verdade que não se mascara
ou se engana: a sua consciência. Você se conhece muito mais do que os outros o
conhecem. Você sabe quando está incomodado com algo por saber que aquilo é realmente
uma verdade, ainda mais quando sabe também que não adquiriu poder suficiente para
mudar o que pode estar incomodando o outro! Porém, vale ressaltar que não existem
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verdades absolutas, já que o que pode ser uma verdade para você (baseada nas suas
experiências, percepções, educação) pode não ser uma verdade para o outro. No entanto,
independentemente disso, ela segue sendo uma verdade, para um dos lados. Quando a
sua percepção de verdades é abalada, abala-se junto um elemento a mais, que é super
importante e que corresponde a um bom % das boas relações: a confiança. A verdade
também anda junto com a confiança. Quando percebemos que a atitude de alguém não é
verdadeira, passamos a não confiar tanto nesta pessoa. Se a palavra dela está sendo
sempre questionada por você, ainda que mentalmente, certamente a sua intenção de
confiar diminui ainda mais. Por exemplo: você combina com um amigo de sair e ele diz que
chegará as 21h, mas dá 22h e ele não apareceu e nem o avisou. Depois chega como se
nada tivesse acontecido. Na primeira vez você até deixa passar, afinal, pode ter acontecido
algo que o segurou e ele não quer comentar. Acontece, né? Mas esta passa a ser uma
atitude que se repete. Uma, duas, três vezes. Você passa a observar o padrão na atitude. E
daí cansa. Ou seja, já sabe que não pode confiar na pessoa para horários, porque a
tendência dela é sempre dizer que vai chegar num horário e chega em outro. Você não
sabe até que ponto o que ouve será correspondido por uma ação na mesma direção. E o
mais difícil disto tudo é quando sua atitude é sempre verdadeira e tens que lidar de forma
direta ou indireta com pessoas que não tem ações como as tuas. Isso se torna torturoso e
cansativo. Você está sempre acreditando no que te dizem, por ser transparente, e depois,
se decepciona. Tudo bem que a frustação e a decepção são frutos de sua expectativa e
neste caso, aprender a lidar com elas também faz parte do seu trabalho de evolução. Mas a
verdade é um valor muito forte! Ela não está presente apenas em relações afetuosas, ela
deveria estar presente em todos os âmbitos da vida. Na profissão, na política, na economia.
Imaginem se os políticos conseguissem ser realmente verdadeiros? Ou se os economistas
fossem muito claros e transparentes, abrindo o jogo em relação a situação financeira do
país que lidera, de forma objetiva ? Isso não nos prepararia muito mais para as próximas
situações? Não o faria estar atento e mais preparado as suas tomadas de decisões? O
mesmo vale para relações afetivas. Se você consegue ser verdadeiro com seu parceiro (a),
dizendo o que gosta e o que não gosta, o que espera e o que não espera, o que tem e o
que não tem, o que quer e o que não quer, e vice-versa, sem melindres, sem medo das
reações, a sua relação não seria diferente? As dúvidas dariam lugar as certezas,
produzindo assim mais transparência. Quando temos a verdade temos também o poder de
escolher com mais convicção, pois saberemos onde estamos nos metendo. E damos ao
outro esta mesma opção! Quando não acreditamos em alguém, por achar que esta pessoa
tende a não ser verdadeira ou quando passamos a desconfiar de suas atitudes, esta
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relação tende ao fracasso. Cedo ou tarde um dos lados pesará mais e sem dúvida, neste
caso, por mais difícil que seja para você, a escolha serão os seus próprios valores. Você
priorizará as suas verdades, mesmo que isso machuque alguém. Mesmo que este alguém
seja inclusive você mesmo. No entanto, ser verdadeiro é uma virtude muito boa e o melhor
ainda é que dá para treinar a prática disso constantemente, basta estar receptivo também a
ouvir as verdades alheias!
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A incrível arte de não criar expectativas – 07/03/2016
Cherrine Cardoso
Somos seres humanos e como tal, inevitavelmente, estamos sempre esperando mais. Mais
das relações pessoais, mais da opção profissional, mais dos governantes do nosso país,
mais da nossa conta bancária, mais das nossas viagens, mais dos nossos pais e amigos..
enfim, a lista seria interminável; afinal, parece que criamos o hábito da insatisfação e a
insatisfação nada mais é do que fruto da sua expectativa. Esperar por algo pode ser bom ou
ruim, e o que vai determinar isso é a maneira como você lida com as coisas que acontecem
no seu dia a dia. Normalmente consideramos como bom quando o que aconteceu veio ao
encontro de como gostaríamos que determinada coisa acontecesse. E ruim quando
percebemos que as coisas não foram exatamente como as desejávamos. Pois bem, parece
lógico não? Bom e ruim são apenas ponto de vistas e isso pode ser alterado. Pontos de
vistas são mutáveis e isso é o que define a sua capacidade de evolução, de mudança.
Agora a pergunta é: como não criar expectativas se estamos sempre esperando alguma
coisa a mais? Nós temos duas escolhas:
1. seguir com nossas expectativas, cientes de que podemos suprí-las ou não;
2. ou simplesmente nos deixar levar pelas situações de forma leve e curtir o que vier
de cada uma delas, sem sofrer ou lamentar se algo não saiu como desejado.
E daí você se pergunta: mas como? O como depende totalmente de cada um.
Suponhamos que você tenha marcado aquela viagem dos sonhos com seu (sua) parceiro
(a). Planejou, reservou verba, definiu data e partiu. No entanto, nos dias que eram para ser
de conto de fadas você se deparou com atitudes inesperadas e percebeu que a curtição
não seria tal como imaginava. O que fazer então? Desistir dos dias que tem para curtir
ficando emburrado(a) ou aprender a tirar o melhor de cada momento? Por mais difícil que
pareça, escolher a segunda opção vai lhe garantir desfrutar dos seu investimento e até,
quem sabe, reverter a possível decepção, pois na verdade ela foi fruto de sua expectativa.
Muitas vezes achamos que o outro tem que responder as nossas necessidades tal como as
ofereceríamos. Por exemplo: você é super carinhoso, então automaticamente espera dos
outros carinho. Você é super organizado, então naturalmente espera organização. Você
gerencia bem suas contas, então não se imagina vivendo em meio a inúmeras contas. Você
é verdadeiro e transparente, supostamente quer na atitude dos outros o mesmo. E assim
por diante. O que nossas expectativas podem nos trazer de bom então? Elas podem te
ajudar justamente a definir que tipo de escolhas fará pra si mesmo. Diante das observações
acima fica fácil crer que uma pessoa que espera demais acabará por estar ou escolher
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grupos que supram suas necessidades. O organizado vai se envolver e se aproximar de
pessoas organizadas, o transparente não conseguirá ser amigo de alguém que de certa
forma mascara suas atitudes. Nos ajuda a definir o que queremos e como queremos. Mas o
que nossas expectativas nos trazem de ruim? Ao mesmo tempo elas podem minar nosso
desenvolvimento, porque ninguém tem obrigação de suprir suas necessidades somente
para lhe agradar. Se formos esperar que tenhamos tudo o que queremos sempre, seremos
pessoas pequenas e mimadas. Devemos estar dispostos a encarar o desafio das diferenças
e usá-las para nosso crescimento pessoal. Ou fazer como o escritor DeRose sugere em um
de seus textos: "Se o chão tem espinhos, não queira cobrir o solo com couro. Cubra os
seus pés com calçados e caminhe sobre os espinhos sem se incomodar com eles. Ou seja,
não reclame das pessoas e das circunstâncias para tentar mudá-las e sim eduque-se a si
mesmo para adaptar-se. Vamos aceitar as pessoas e as coisas como elas são". Já é um
grande passo e um bom começo.
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A incrível arte de ser gentil – 10/03/2016
Cherrine Cardoso
"Gentileza gera gentileza", este tem sido um bom e velho jargão, que se vê estampado e
falado aqui no Brasil de uma maneira muito expressiva. Mais e mais vemos exatamente
esta frase grafada em muros, coladas em paralamas de carros, em redes sociais, chega a
ser tema de inúmeros coachings. No entanto, o que é realmente ser gentil? Seria só sorrir e
ser simpático? Acho que a concepção de gentil extrapola os âmbitos de uma boa educação.
Porque muitas vezes a pessoa pode ser educada, mas não ser nada gentil. Ou ser muito
gentil, mesmo sem ter tido referências para sua educação. Gentileza é algo muito mais sutil
do que somente usar um obrigado ou respeitar o próximo. É ter um comportamento leve.
Gentileza é saber como não gerar conflitos e aprender a se expressar, sem expor somente
suas insatisfações. Evitar gerar no outro um sentimento de frustração ou angústia, porque
ainda que a reação seja dele a ação sempre partiu de algum lugar. Ser gentil é saber como
contribuir quando percebe-se que o outro está precisando, sem esperar nada em troca. Ser
gentil é respeitar os costumes e hábitos dos locais onde você está e frequenta. Aprendendo
a lidar com as diferenças, já que cada ser humano tem como referência e espelho os que
estão mais próximos dele, sendo isso pessoas ou lugares. Gentileza é aprender como
discutir um assunto, sem precisar ser agressivo para isso, mesmo que as opinões sejam
diferentes, discordando sem ofender. Quantos vemos gentis por obrigação ou sobre um
manto de falsa gentileza? Basta sentir o outro para perceber se suas ações são apenas
superficiais ou verdadeiramente sinceras. De que adiantaria subir num salto alto, portando o
mais belo sorriso, se por trás disso as atitudes não correspondem ao refinamento?
Aproveite as reflexões e repense sobre suas atitudes. Afinal tal como "Gentileza gera
gentileza", "Respeito gera respeito", "Amor gera amor", "Carinho gera carinho",
"Compreensão gera compreensão" e assim por diante. Quando/como você pode ser mais
gentil?
•
esperando sua família para uma refeição, não importando o tamanho de sua fome;
•
dando passagem a pedestres, caso esteja de carro e prestes a passar por uma
faixa;
•
respeitando as regras do local em que você está, seja este a sua casa, o seu
trabalho, a sua escola, o seu país etc;
•
dando passagem às pessoas que estiverem mais apressadas nas ruas, nos
transportes públicos, nas escadas, no trânsito;
•
oferecendo à um desconhecido um sorriso espontâneo, um bom dia/boa tarde/boa
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noite gratuitamente ou até um cafézinho, por que não?;
•
surpreendendo seu parceiro (a) quando este não espera com um mimo simples que
seja;
•
dando lugar à idosos, gestantes, mulheres com crianças, em transportes públicos,
filas ou sempre que vir que é preciso;
•
evitar fazer algo que possa prejudicar, comprometer, magoar ou estragar algum tipo
de relação que você tenha, principalmente suas amizades;
•
sendo mais honesto, transparente, verdadeiro e usando uma boa comunicação para
isso, porque é no silêncio e na ausência de palavras que moram enormes mau
entendidos;
•
evitando o uso de celulares ou similares, quando na presença de pessoas ao seu
lado, primando por desfrutar do contato físico (hoje em dia esta seria uma gentileza
e tanto);
•
etc
A lista pode ser infinita, porque na verdade ser gentil é sair da redoma egoica que nos
envolve para aprendermos a pensar mais no próximo. Aproveite e leia sobre a importância
de dizer a verdade ou sobre a importância de ser honesto, sem dúvida grandes
complementos ao post de hoje. E se gostou: curta, compartilhe e comente! Quem sabe na
sua lista de gentilezas existam outros itens complementares a estes!
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A incrível arte de viver em uma democracia – 14/03/2016
Cherrine Cardoso
O Brasil conquistou sua democracia em 1984, após duas décadas de ditadura e golpes
militares, que tiraram do povo a sua liberdade (não só de expressão, mas muito mais
desta). Foi só então que, em 84, os militares saíram do poder, favorecendo com isso a
criação de partidos políticos e as eleições diretas. Mas bueno, não vamos nos ater a
história, até porque há canais muito mais especialistas nisso para tirar todas as dúvidas
quanto a este momento inicial da democracia e você pode ler mais sobre clicando aqui. O
que queremos com o post de hoje é fazer uma corrente do bem. Primeiro elogiando as
manifestações de ontem por todo o país. Desde a saída as Diretas Já ou a do presidente
Collor do poder, na década de 90, não se via tamanho fervor em querer mudanças, em
exigir direitos e em clamar por limpeza dentro dos órgãos públicos. O povo brasileiro está
exercendo este direito, democracia, e realmente pedindo socorro da forma que lhe cabe. O
que cá para nós, não deveria ser necessário se estivéssemos diante de pessoas honestas.
Antes deste marco histórico que estamos presenciando, as roubalheiras eram mascaradas
e sempre foram tão bem feitas, que ficava difícil, até mesmo para quem quisesse investigar,
achar pontas soltas ou o nome dos culpados envolvidos diretamente em esquemas que os
favorecessem. Pois bem! Isso acabou (ou estamos tentando que acabe). Foi quando um ser
humano mais lúcido decidiu jogar no ventilador toda a sujeira que presenciava em sua
empresa, que o que se vê são inúmeros esquemas de corrupção vindo à tona e pessoas de
cargos públicos sendo acusados, julgados e punidos. A sensação, ainda que de tristeza e
indignação, é de comemoração! Clamamos mudança, clamamos a saída de pessoas sem
caráter do poder público, clamamos para que o dinheiro tão arduamente pago em impostos
exorbitantes tenha um fim justo e em prol do povo, clamamos por transparência. A
democracia nos favorece neste sentido. Só conseguimos ir às ruas ontem por estarmos
dentro de uma. Favorecendo a liberdade de participar, de dizer o que achamos ser o mais
correto, de apoiar e condenar se assim for necessário. Um país sem democracia é um país
sem chances de desenvolvimento. É jogar nas mãos da minoria o poder de decisão de uma
sociedade inteira. E há muitos assim pelo mundo ainda! Portanto, precisamos respeitar este
direito. Precisamos respeitá-lo sabendo que ele não é exclusivamente meu ou seu e sim de
todos. Precisamos respeitar as diferenças de opinião, de escolhas, de visões, de desejos.
Precisamos nos colocar acima deste ou daquele, pois só com a verdadeira imparcialidade
haverá justiça. Quando tendemos a um lado que seja, já nos deixamos ser influenciados.
Deixamo-nos cegar pelas explicações, julgamentos e palavras dos outros para então definir
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os nossos próprios. Errado? Não, porque a democracia te permite até este direito. Mas em
contrapartida a manipulação te leva a um lado apenas, sem favorecer com isso a sua
possibilidade de decidir e escolher por si e por suas interpretações pessoais. É preciso
cuidado! Precisamos lembrar de algo muito importante: as crianças desta nação! Crianças
baseiam-se em espelhos, em referências, na forma de agir e reagir dos que estão mais
próximos. Crianças estão moldando sua personalidade e sim, sendo praticamente 100%
influenciadas pelos meios ao seu redor. Seus pais, amigos, as mídias tudo isso molda a
forma que esta criança vê e acredita o seu mundo. É muito importante que os adultos
estejam atentos e cientes da importância que têm na formação do caráter destas crianças.
Todo político foi criança um dia! Então pense, que tipo de educação recebeu tais políticos?
Em que roubar, mentir, manipular, entre tantos outros aspectos negativos, parecem certo.
Culpa dos pais somente? Da escola que frenquentou? Não, esta mesma criança terá sua
capacidade de decidir e escolher. No entanto, se teve a sua volta referências que o
tendencionassem à comportamentos negativos, assim o será quando tiver mais consciência
de seus atos. O meio, a índole e a essência também ajudam! Tal como acontece com
estupradores, ladrões, assassinos, psicopatas, um dia todos foram crianças. Precisamos
dar a elas o poder de fazer escolhas para o bem. Visando um bem coletivo e não apenas o
seu próprio. Não instigando uma competição do mau, não tornando indivíduos gananciosos
e fúteis, não contribuindo para uma visão separatista. Não há separação, todos somos
seres vivos (do homem ao animal). O respeito, a compaixão, a gentileza, o carinho, a
gratidão, o amor tudo isso são alicerces que poderão tornar crianças grandes homens e
desta forma um mundo melhor para se viver.
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A incrível arte de aceitar a sua beleza – 19/03/2016
Cherrine Cardoso
Muito da nossa dificuldade em nos aceitar como somos vem do exaustivo investimento das
mídias em tornar o mundo real um lugar perfeito. Aquilo que vemos e admiramos muitas
vezes mascaram uma realidade falsa e faz com que a maioria das pessoas deseje ser ou
ter coisas que não lhe trariam felicidade, mas as colocariam, talvez, mais próximas desta
suposta perfeição. Há aproximadamente 9 anos foi lançado no YouTube um vídeo chamado
Sunscreem, que no Brasil acabou traduzido como Filtro Solar, baseado em um discurso de
formatura de 1999, feito nos EUA, e onde o narrador dava dicas para um futuro mais
coerente. Mais de 9 milhões de pessoas já assistiram a este vídeo! E ele virou um áudio
viral que se espalhou rapidamente pelo mundo. Por aqui na narrativa do apresentador e
jornalista Pedro Bial. No discurso ouvimos frases estimulantes para que paremos de buscar
a felicidade fora de nós. Para valorizarmos coisas simples e até para nos aceitarmos mais,
sem usar como espelho as capas de revistas, por exemplo. Para não nos preocuparmos
com o que somos aos 20 anos, pois muitos aos 40 ainda nem descobriram o que gostariam
de fazer na vida. Foi certamente um dos áudios mais ouvidos na época e nos dava um
sensação de alívio, de aceitação. O se aceitar é algo muito difícil quando vivemos em uma
sociedade consumista e na qual o TER é muito mais valorizado e importante que o SER. O
dinheiro se tornou mais do que uma moeda de troca, se tornou parte deste meio fútil no qual
estamos instalados. A maior parte das pessoas não entende, ou prefere ignorar, que no
momento em que nos vamos deste mundo, nenhum dinheiro é válido ou o suficiente para
nos manter por aqui quando a hora chegar. Quem dirá tudo aquilo que se comprou, se
adquiriu, em coisas materiais ou na estética do corpo. É ainda mais chocante quando muito
do que se ganha é investido em um apelo visual e na busca de um visual perfeito. Quantas
pessoas vemos transformadas (para pior) após inúmeras intervenções cirúrgicas em busca
da beleza superficial? Ou quantas pessoas sofrem quando invejam do outro aquilo que não
podem ter? Sem ao menos perceber que o que devemos somar na vida são momentos,
experiências, sensações e não coisas! Dois exemplos marcam o sentido do post de hoje.
Um é a referência de uma beleza natural e duradoura, conquistada com o básico e o
simples. Uma senhora escocesa, ao completar 100 anos, e tendo uma aparência de bem
menos idade, revela qual é o seu segredo. Ao lhe perguntarem como se mantém com um
aspecto de tão menos idade, ela responde: "água fria, sabão e nada de maquiagem". Quem
diria não? Tantos cosméticos prometem a pele perfeita, o rejuvenescimento dos tecidos, o
prolongar da sua aparência, quando na verdade o que se precisa é de quase nada! Em
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contrapartida há uma outra campanha que circula na internet desde 2014, que mostram
pessoas que se "escondem" atrás de maquiagens por, diante das cobranças em que são
inseridos, precisão disfarçar suas imperfeições. A campanha se chama Camo Confession.
Elas se sentam à frente de uma câmera, e mostram como normalmente se apresentam aos
outros; e depois, retiram a camada de maquiagem que as escondem. Ao fazerem isso
mostram suas reais aparências e também que muito de suas fragilidades para lidar com
isso só foram vencidas por terem esta opção. Isso nos dá a impressão de que por vezes
podemos usar do que o mercado tem as nos oferecer se for para nos sentirmos melhor,
mas nunca para nos esconder. E daí para fechar e concluir nossa coluna de hoje trazemos
o novo vídeo da marca Natura (cosméticos), que tem como slogan "Viva a sua beleza". Um
grito e apelo na busca por uma beleza mais real, mais natural. Um pedido à aceitação do
que somos, de que a verdadeira beleza não está contida em maquiagens (ainda que estas
ajudem, sempre que for preciso, a melhorar sua auto-estima). Fica como dica primar pelo
simples, pelo natural, pelo real. Não acreditar em tudo que se vê em revistas, campanhas
publicitárias etc, pois as novas tecnologias servem para disfarçar tudo o que há de
imperfeições que possam impedir as marcas de vender. Vale a pena se inspirar!
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A incrível arte de ceder – 29/03/2016
Cherrine Cardoso
Diariamente nos defrontamos com situações que nos testam, o tempo todo. Testam nossa
simpatia, testam nossa cordialidade, testam nossa paciência, testam nosso afeto, testam
até nossa tolerância. Estes testes representam, na verdade, aquilo que precisamos
aprender a melhorar na nossa forma de ser, sentir e agir. Os testes nada mais são do que
nossas dificuldades em oposição as dificuldades dos outros e das situações nas quais
somos inseridos. Essas dificuldades representam as diferenças de educação e valores que
existem entre as pessoas. O que é certo para mim, pode não ser certo para você, e viceversa. No entanto, temos uma dificuldade muito grande em aceitar estas diferenças,
provenientes de diversas possibilidades: educação familiar, educação social, status,
formação, espelhos diversos nos quais nos baseamos etc. Quando algo não acontece como
você gostaria, é momento de se questionar: isso tem que ser desta forma como eu espero
ou será que há outras maneiras de se conseguir/vivenciar/experimentar tal coisa? Chega
então a hora de praticar o sentido da palavra ceder. Por que iniciar uma discussão ou uma
briga, se podemos simplesmente ceder? Descer do pedestal no qual nos colocamos para
então conseguir interagir com o outro, sem causar desconfortos ou até mesmo confrontos.
O orgulho é o nosso maior vilão! Ele muitas vezes nos impede de simplesmente sair da
zona egóica em que estamos para enxergar o lado do outro. Queremos sempre achar que a
nossa razão, a nossa verdade, é a melhor e mais importante de todas. Quando o outro está
pensando exatamente como você. Ou seja, nesse impasse, ninguém ganha. Veja o
videozinho abaixo e depois chegue a nossa conclusão sobre este post:
https://www.youtube.com/watch?v=y_zhlpjgJ8Y Se você observar bem, vemos situações
como estas o tempo todo. O não ceder conduz a derrota. Ao querer ver apenas o seu lado,
e isso serve para ambos neste caso do vídeo, os dois caem. Os dois perdem! Traga então
esta simples analogia para o que vemos acontecendo hoje no mundo! Conflitos entre países
e culturas diferentes, trazendo a discórdia e a tragédia, porque pessoas pensam diferente.
Nós podemos não concordar com atitudes diferentes das nossas, mas isso não nos dá o
direito de brigar, de gerar atritos, de ofender ninguém e menos ainda de incitar guerras.
Você pode até tentar colocar seu ponto de vista, na tentativa de expô-lo para se sentir
melhor, mas isso não significa que a outra pessoa precise concordar com ele. Se o fizer,
terá sido por condição ou coerência aos seus valores pessoais. Ou seja, de repente, seu
ponto de vista de alguma forma o fez enxergar algo que ainda não era claro para ele. No
entanto, isso não significa que você ganhou (até porque, não se trata de perder ou ganhar).
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Significa apenas que o outro cedeu ou simplesmente viu no que estava sendo exposto,
diferente de como pensava antes, algum sentido coerente pra si mesmo. Enquanto
estivermos mergulhados no nosso orgulho seremos continuamente cegos e surdos. Mudos
não, porque ninguém tende a se calar quando quer impor suas verdades. Mas sem dúvida
seguiremos cegos e surdos, porque preferiremos ver apenas o nosso lado e ouvir apenas
as nossas verdades. Nós humanos temos uma grande dificuldade em ceder, em dar lugar
as necessidades ou verdades do outro, por necessidade contínua de querermos ter sempre
razão. Nós não temos razão em nada! Porque para cada pessoa, cada cultura, cada país,
cada religião, cada política mudam-se as verdades. Mudam-se os valores. Mudam-se as
educações vindas de geração à geração. E o maior aprendizado contido nisso tudo seria:
pare de julgar! Num planeta em que todos tem a capacidade de se comunicar globalmente,
há ainda tantas línguas mal faladas. Seria preciso reaprender a arte da comunicação e
tentar chegar num acordo para que todos pudessem falar efetivamente a mesma língua e
quem sabe assim, evitar discórdias e conflitos.
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A incrível arte de definir suas prioridades – 30/03/2016
Jonata Brignol
Você já teve algum tipo de dificuldade para estabelecer as prioridades da tua vida e do teu
dia-a-dia? Ou ainda, você já se sentiu perdido(a) no meio de tantos compromissos? Se
respondeste "Sim" para alguma dessas perguntas ( ou para as duas ) este artigo é para ti!
Como sabes, trabalho há muito tempo com Life Coaching e Coaching Financeiro e
recorrentemente algum(a) coachee me diz: "Jonata, tenho dificuldade em estabelecer
minhas prioridades e de me organizar." "Jonata, não sei quais são minhas prioridades.". E
confesso que toda a vez que ouço qualquer uma dessas duas frases eu lamento pela
pessoa. E por que eu lamento? Porque acredito que uma das piores frustrações que
podemos ter é a de chegarmos no final do dia com a sensação de não termos realizado
nada significativo, ou seja, de que deixamos de lado o que realmente importa. Afinal, tempo
é vida, e definir prioridades é priorizar também o seu tempo. Se fizer sentido para você,
quero apresentar uma fórmula simples que pode mudar a tua vida! (E que mudou a minha!).
E não é exagero, figura de linguagem ou alguma técnica de marketing! É um conceito direto
e objetivo que vai facilitar a tua tomada de decisão e a organização da tua vida.
Prioridade = Importância + Necessidade
O que é algo prioritário para mim? Aquilo que é importante e necessário simultaneamente. E
percebe como fica simples escolher quando sabemos, entendemos e, sobretudo, quando
praticamos esse conceito. O que é algo importante? Algo que me traz resultado. O que é
algo necessário? Algo que eu preciso fazer, que é imprescindível. Então pensa comigo...
Escrever esse artigo é uma prioridade para mim? Claro! Porque me traz RESULTADOS,
afinal, eu posso te ajudar a ter uma vida melhor e mais realizada através de um conceito
que eu conheço e que aplico na minha vida. E também é algo IMPRESCINDÍVEL, já que
cada vez temos mais compromissos e menos tempo livre. Ou seja, cada vez mais é
PRECISO gerir melhor o tempo para que consigamos realizar tudo que desejamos.
Aplicando a fórmula Prioridade = Necessidade + Importância fica simples decidir onde
investir ou não investir o meu tempo! Da próxima vez que tiveres as dúvidas que citei no
início do artigo ou qualquer outra relacionado à estruturação e organização da sua rotina, te
faz essas duas perguntas: É importante para mim ou para a minha vida? É necessário
para mim ou para minha vida? Se obtiveres dois "sins" trate da questão como uma
prioridade. Se não, repense a execução da atividade ou o impacto dela na tua vida e nos
teus resultados. Espero que tenhas gostado! J.B.
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Nossa Equipe
Idealizadora: Cherrine Cardoso ([email protected])
Desenvolvedor: Guilherme Povala ([email protected])
Publicidade: ([email protected])
Colaboradores:
Cherrine Cardoso – comportamento
Formada em Jornalismo | Publicidade & Propaganda e como Empreendedora do Método
DeRose, desenvolve há mais de 10 anos um trabalho na área de reeducação
comportamental e qualidade de vida.
Dá aulas práticas de desenvolvimento pessoal, ensinando ferramentas técnicas e
conceituais. No âmbito técnico ensina reeducação respiratória, aumento de foco e
concentração, força e flexibilidade, e meditação. No âmbito comportamental dá orientações
para mudanças de hábitos, padrões comportamentais e paradigmas.
É colaboradora da revista Estilo Zaffari desde 2012, onde assina a coluna Equilíbrio,
trazendo um conteúdo sobre auto-conhecimento e mudanças de atitudes.
@ – [email protected]
Mariana Beluco – viagens
Formada em publicidade e propaganda pela FAAP, largou o mundo da comunicação para
trabalhar com sua filosofia de vida, o Método DeRose.
Após 9 anos como empreendedora e ensinante dessa metodologia, mais uma vez mudou
de ares para empreender uma grande aventura: viver na estrada a bordo de um carro
viajando pelo mundo com seu parceiro.
Como viajante, está vivendo com criatividade, hora trabalhando via web, hora fazendo bicos
pelos lugares onde passa.
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Grazy Pacheco – identidade visual/ moda
Graduada em Artes com especialização em Figurino e Indumentária pela Faculdade Senai
Cetiqt, no Rio de Janeiro, Grazy Pacheco também iniciou a Faculdade de Arquitetura e
Urbanismo na UFRJ, até perceber que queria conviver com roupas e personagens. Sua
vontade de ver além da Moda, de perceber o que está por de trás das roupas a levou a criar
um blog onde escreve a oito anos as suas reflexões, novidades, dicas de estilo e seu
lifestyle.
Com experiências em figurino, direção de arte, fotografia, jornalismo e marketing de moda,
assistência de estilo e organização de eventos, Grazy atua também como consultora de
estilo pessoal, dando atendimentos personalizados, palestras e workshops. Com o tempo,
ela foi descobrindo que se importa mais com o pé do que com o sapato, mais com o estilo
do que com tendências, mais com as pessoas e as suas histórias do que com o “tem que
ter” da próxima estação.
Instagram: @grazy_pacheco | Pinterest: /graziele
Site/Blog: www.grazypacheco.com
Fan Page: https://www.facebook.com/1grazypacheco
Contato: [email protected]
Twitter: @grazielepacheco | Periscope: @grazypacheco
Jonata Brignoll – economia/ finanças pessoais
Sou Consultor e Palestrante nas áreas de Finanças Pessoais, Gestão Empresarial,
Investimentos e Planejamento Financeiro, desenvolvo dois programas de Coaching, o Life
Coaching e o Coaching Financeiro, e sou professor de programas de pós-graduação no
Instituto de Desenvolvimento do Alto Uruguai, na Universidade Católica de Pelotas, na
Universidade Federal de Pelotas e na UniRitter. Em todos os lugares por onde passo e em
todas as atividades que desenvolvo, quero ajudar efetivamente as pessoas através da
didática, da empatia, da persuasão e da simplicidade.
Transmito meu conhecimento de forma mais acessível e direta possível, sempre me coloco
no lugar dos outros, tento demonstrar às pessoas que elas podem realizar tudo aquilo que
sonham e defendo que clareza, humildade e naturalidade são fundamentais para o nosso
desenvolvimento.
O meu sucesso e o sucesso do projeto serão medidos através de um único indicador: o
número de vidas que melhorarem depois de conhecer meu trabalho!
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