Edição nº19
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REVISTACARGILL Negócios além das fronteiras A retomada do comércio exterior no segundo semestre conferiu fôlego à economia e aponta para um 2010 promissor ANO 29 - OUT. NOV. DEZ. 2009 19 A caminho de 2010 3 R I O mensagem Profissionais da geração Y 4 U M Á entrevista Redes sociais em alta nas empresas 6 Retomada do comércio exterior visão global Salada com sabor especial consumo Notícias Cargill destaques A vez das mulheres personagens 8 11 12 15 Revista Cargill é uma publicação trimestral editada pelo Departamento de Assuntos Corporativos e dirigida aos funcionários, clientes e fornecedores da Cargill – Av. Morumbi, 8.234 – CEP 04703-002 – São Paulo – Tel.: (11) 5099-3311 – www.cargill.com.br – Direção Editorial: Afonso Champi – Coordenação Editorial e Jornalista Responsável: Lúcia Pinheiro (MTb 18.755) – Comitê Editorial: Alessandra Cher, Ana Caiasso, César Neres, Débora Sesti, Denise Cantarelli, Emerson Sanders, Gerson Beraldo, José Cardoso, Luciane Reis, Marcello Moreira, Mauricio Chiavolotti, Neusa Duarte, Regiane Peres, Renata Holzer, Shirley Lobo, Sônia Matangrano, Vagner Rodrigues, Valmir Tambelini, Vitor Ideriba e Yanah Abreu – Colaboração: Kátia Sala e Ana Caiasso – Projeto Gráfico: Oz Design – www.ozdesign.com.br - Editoração e Direção de Arte: Arco W Comunicação & Design – www.arcow.com.br – Elaboração de Conteúdo: Quintal 22 – Edição de Textos: Anna Costa e Letícia Tavares – Reportagem: Carla Jimenez, Fabiana Garbelotto, Paula Meireles e Renata Nogueira – Foto Capa: Artpartner-Images/GettyImages. A Revista Cargill não se responsabiliza pelas opiniões emitidas em entrevistas. • A Revista Cargill adota o novo acordo ortográfico da Língua Portuguesa. A N O 2 9 - N º - 1 9 O U T . / N O V . / D E Z . 2 0 0 9 S responsabilidade social Para comentários ou sugestões sobre a Revista, envie seu e-mail para [email protected] ou telefone para (11) 5099-3220. Foto: Sergio Zacchi Marcelo Martins Presidente 3 E R P O D A S N E Boa leitura! M As próximas páginas desta edição que encerra o ano de 2009 trazem também exemplos concretos do nosso bom trabalho, do engajamento de nossas equipes e da nossa visão do futuro. Um panorama geral das exportações brasileiras até o momento e as perspectivas de fechamento do exercício completam esta edição. G E Nesse sentido, foi um ano em que também avaliamos alguns de nossos negócios do ponto de vista de performance e direcionamento estratégico, alinhados às dinâmicas de mercado. A saída da Cargill de algumas operações no Brasil, particularmente do negócio de proteína animal, representado pela marca Seara, foi um exemplo. Esses fatores, no entanto, não alteram a vocação da empresa, ao longo de mais de 40 anos, em continuar a crescer no País por meio de negócios e investimentos em consonância com a nossa estratégia mundial. Um bom indicativo foi a construção de nossa processadora de soja no Estado de Mato Grosso, a sétima fábrica da Cargill no Brasil nesse segmento, inaugurada em maio. M Trilharemos ainda um caminho com percalços, no qual a cautela precisará andar lado a lado com a inovação. Como fazer isso? Com a mesma garra com que chegamos até aqui, o que significa usar de forma eficaz os recursos, manter os investimentos, incrementar os negócios nos quais já somos líderes e abrir novas oportunidades que tenham real valor agregado. S I D E N T E C hegamos ao último trimestre de 2009, um ano marcado por incertezas econômicas. Desde o princípio, sinalizamos as forças da Cargill para enfrentar as instabilidades, com atenção às oportunidades que se abrem em cenários como esse. Fizemos a lição de casa: fomos criativos, gerenciamos nossos custos sempre com o olhar para o futuro, buscamos aprimorar ainda mais as oportunidades de sinergia e conexão entre as áreas de negócios. Além disso, mas não menos importante, reforçamos a essência de um dos nossos pilares de sustentação: a confiança dos clientes, consumidores e fornecedores, atendendo às suas necessidades e ajudando-os a alcançar o sucesso nos negócios. Esse atributo contribuiu para que nossa credibilidade se mantivesse inalterada, mesmo diante de um cenário econômico desfavorável. Essa conduta nos fortaleceu e nos tornou ainda mais preparados para os desafios de 2010. Foto: Divulgação A I R A T E S Jovens conectados e multifuncionais começam a ingressar no mercado de trabalho e a promover transformações no formato de gestão de pessoas E L O Revista Cargill - Como essa geração se enquadra no mundo corporativo? Sidnei Oliveira - Os jovens procuram empresas que tenham mais proximidade com suas próprias expectativas, independentemente do tamanho ou status da corporação. Dessa forma, eles se preocupam muito com os desafios que irão receber. Em um progama de trainee, por exemplo, o novo profissional vê a oportunidade de trabalho como uma fase importante. No entanto, se considerar que o programa não proporcionará o crescimento desejado, ele pode se desligar da empresa e sair em busca de novos desafios. Além disso, conecta-se com facilidade às novas tecnologias, tem a mente mais aberta às novidades e é multifuncional, atualmente um fator essencial para uma grande empresa. Por isso, esse tipo de situação tem despertado nos departamentos de RH de diferentes companhias o interesse em alterar seu modelo de gestão, criando condições de atrair e reter esses novos talentos. Dessa forma, existem empresas que começam a considerar alguns fatores, como flexibilidade no horário de trabalho, no ambiente e, inclusive, na vestimenta. Eles cresceram jogando videogame e plugados na internet. Agora, chegam ao mercado de trabalho totalmente conectados com o mundo, mais dispostos a atuar em equipe e em busca de desafios e aprendizado. N D I S E E N I T R I V V I Os desafios dos profissionais do futuro Esse perfil de profissional, por seu estilo de trabalho e suas necessidades diferenciadas, tem provocado um novo posicionamento em gestores de empresas e departamentos de Recursos Humanos. Em entrevista à Revista Cargill, o autor do livro “Geração Y”, lançado em 2009, Sidnei Oliveira, desvenda o comportamento do profissional do futuro. Além de escritor, Oliveira é consultor e desenvolve profissionais em Liderança e Sustentabilidade, realizando diversos trabalhos em empresas. Revista Cargill - O que é a geração “Y”? Sidnei Oliveira - O termo geração Y surgiu no final da década de 90 na tentativa de encontrar um nome ou expressão que pudesse identificar os jovens que nasceram na era da internet. Originalmente foi usado o termo geração jeans, e depois geração internet. Por fim, talvez para dar coerência às demais teses sobre as gerações, adotou-se Young Generation, ou geração Y. São jovens que nasceram entre 1980 e 1999 e possuem características próprias. Muito questionadores e sedentos de aprendizado, buscam desafios no mercado de trabalho e são multifuncionais, isto é, estão aptos a realizar várias tarefas de forma simultânea. Além disso, são extremamente informados, conectados e chegam ao mundo corporativo com diferentes expectativas. Eles esperam das empresas nas quais ingressam maior flexibilidade no ambiente e no horário de trabalho, visam estabelecer uma relação de franqueza com a organização desde o início e querem deixar sua marca em algum projeto desafiador com o qual colaboram. Revista Cargill - As organizações estão preparadas para receber essa nova geração? Sidnei Oliveira - As empresas devem achar um caminho nesse sentido, pois esses profissionais são necessários para o crescimento delas. Acredito que o movimento de adaptação irá acontecer com rapidez, principalmente quando as organizações observarem experiências de sucesso realizadas por suas parceiras ou concorrentes. Revista Cargill - De que forma esse novo tipo de profissional contribui para o crescimento da empresa? Sidnei Oliveira - As empresas que buscam inovar e sair do lugar-comum precisam desse talento multifuncional. Mas, para que as vantagens apareçam, deve ocorrer uma maturidade dos gestores para enxergar a qualificação 4 que esses jovens profissionais têm. Não estamos falando em gênios. A geração Y é simplesmente mais qualificada em alguns aspectos do que as demais, principalmente na interação, na conectividade e no trabalho em equipe. estão conseguindo reter seus talentos. Na maioria das vezes, eles se desligam do antigo emprego para encarar um desafio que consideram mais interessante. Outro fator do perfil desse jovem em relação ao trabalho é o relacionamento com o seu gestor, por meio do qual espera ser incentivado a usar novas ferramentas que permitam seu crescimento. Ele precisa de fatores que o estimulem ao comprometimento. Revista Cargill - A geração Y pode ser considerada a de futuros líderes? Sidnei Oliveira - Sem dúvida. Nos próximos dez anos eles poderão assumir altos postos nas organizações e chegarão lá com muita força e expectativas. Há empresas que já percebem essa mudança e começam a escolher seus atuais líderes para desempenharem o papel de mentores desses jovens profissionais. Isso significa identificar e desenvolver os jovens talentos que a empresa busca no mercado. “A geração Y está mais qualificada em determinados aspectos do que as demais, principalmente na interação, na conectividade e no trabalho em equipe” Revista Cargill - De que maneira esses jovens influenciam as gerações anteriores? Sidnei Oliveira - É muito comum encontrar pessoas mais velhas se esforçando para se parecer com um jovem da geração Y. Todos querem aprender a usar com eficácia o Twitter, Orkut, Facebook e outras redes de relacionamento. Hoje eu diria que todo mundo tem um pouco de Y em seu comportamento. São influenciados, mas caminham de acordo com a própria velocidade. A geração Y, por característica natural, tem a atenção dividida para executar múltiplas tarefas ao mesmo tempo, diferentemente das gerações anteriores, que são lineares e mais focadas, inclusive no meio corporativo. Revista Cargill - As empresas de Recursos Humanos estão mudando o modelo de seleção devido às novas tecnologias a que os jovens têm acesso? Sidnei Oliveira - Os modelos de contratação estão se realinhando, pois as empresas perceberam o quanto é importante se adequar a essa nova comunicação para ter acesso aos melhores talentos. O que tenho visto acontecer são empresas de RH começando a usar redes sociais para identificar o perfil dos candidatos, além de vagas sendo anunciadas no Twitter. Revista Cargill - Como as empresas devem encarar a questão do uso das redes de relacionamento, uma vez que esse jovem possui característica multifuncional? Sidnei Oliveira - Atualmente o acesso a essas ferramentas de comunicação pode ser usado a favor da empresa, com a captação de informações que talvez o profissional não conseguisse em outra situação. A proibição do uso de redes de relacionamento funciona muito mais como fator de desestímulo do que como controle eficiente de produtividade. O que o jovem valoriza é estar conectado. Existe o receio das empresas em relação ao vazamento de informações e à baixa maturidade desses jovens profissionais, mas, para a geração Y alcançar o amadurecimento no trabalho, ela precisa apenas de uma boa orientação. Revista Cargill - Como será a geração após a Y? Vem aí um novo cenário? Sidnei Oliveira - Acredito que a Y é a primeira geração ultraqualificada que chega ao mercado de trabalho. A próxima, que alguns já chamam de geração Z – aquela que começou a nascer a partir de 2000 –, entrará no mercado com aspectos inovadores ainda mais acentuados. Eles encontrarão um ambiente mais propício de trabalho, afinal quem estará no comando em boa parte das empresas será a geração anterior – a Y. Tudo que temos observado nesse cenário atual é o começo de uma nova era de relacionamento entre a empresa e o funcionário. ● Revista Cargill - Como o perfil da geração Y é visto pelas empresas de recrutamento no momento da seleção? Sidnei Oliveira - Nos últimos dois anos, os departamentos de RH têm prestado muita atenção no perfil desses jovens, pois as organizações perceberam que não 5 As redes sociais vêm atraindo cada vez mais as corporações e já demonstram resultados positivos: 52% das empresas que apostaram nesse novo caminho de comunicação tiveram aumento de produtividade E ste é o ano das redes sociais corporativas e de outras ferramentas de comunicação interna, aponta o estudo internacional da consultoria Deloitte. Até o final de 2009, o mercado de soluções de Tecnologia da Informação (TI) para mídias sociais disponíveis nas intranets deve movimentar nada menos do que US$ 500 milhões no mundo. que registraram 25% a mais de usuários no ano passado em comparação a 2007. Alguns sites externos, como o Facebook e o Linkedin, praticamente dobraram a base de usuários em 2008. No Brasil, o fenômeno é ainda mais espantoso. Uma pesquisa recente do Instituto Nielsen/IBOPE mostra que 80% dos brasileiros que acessam a internet são usuários de redes sociais. Em média, passam 25% do seu dia em sites de relacionamento, enquanto o restante da população mundial gasta apenas 6,7%. O crescimento dessas mídias – blogs internos, sites de relacionamento corporativos e wikis, inspirados no formato da Wikipédia – está sendo visto como uma consequência natural da explosão das redes sociais, No mundo, a cada 11 minutos passados na internet, 1 é dedicado ao uso de sites de relacionamento. Em 2007, esse número era de 1 para cada 15 minutos. I D A D E S O C I A L O fenômeno das mídias sociais A B I L “Não é de admirar que as empresas, principalmente as que possuem uma visão diferenciada sobre o assunto, busquem ferramentas que possibilitem a comunicação on-line entre os funcionários”, diz Fábio Cipriani, gerente de consultoria empresarial da Deloitte no Brasil e autor do livro Blog Corporativo (Editora Novatec). S P O N S Um estudo da consultoria IDC Brasil (International Data Corporation) revela que 18% das empresas da América Latina já fazem uso de alguma ferramenta de comunicação em suas intranets, e a tendência é que cada vez mais as corporações adotem esse tipo de mídia. Cerca de 40% das grandes empresas americanas estão testando redes sociais internas, blogs ou wikis empresariais, segundo uma pesquisa da consultoria americana Melcrum. E Organização antenada R Na América Latina e no Brasil, cerca de 25 milhões de pessoas já utilizam as intranets, e a tendência é que esse número aumente. De olho em um expressivo mercado potencial, os grandes fornecedores de software estão incluindo redes sociais corporativas nos produtos oferecidos às empresas, segundo Alexandre Campos Silva, gerente de ser6 Cargill na rede A Cargill está atenta à evolução da comunicação on-line e, para facilitar a troca de ideias e aproximar ainda mais os líderes dos funcionários, a empresa tem adotado algumas redes de relacionamento. Mantém em sua intranet mundial ferramentas de comunicação como o C-Casts, o C-Tube e o C-Blog. O CEO Greg Page, por exemplo, é um dos que participam do C-Blog. Nesse espaço, atualizado frequentemente, os colaboradores podem fazer perguntas e deixar comentários, anonimamente ou não, para seus líderes. Além disso, desde 2008, a Cargill mantém uma página no Facebook, denominada Cargill Careers. O principal objetivo é que os usuários conheçam a empresa, tenham informações pertinentes à carreira e acessem o link do Portal da Cargill, na rede mundial de computadores. As pessoas têm ainda a oportunidade de participar de discussões e tirar dúvidas sobre a corporação. cara a cara, e a comunicação por escrito, que acontece na web, tende a acabar com essa timidez”, analisa Alexandre Crivellaro, diretor de Inovação do IBOPE Media. viços Go-To-Market da consultoria IDC Brasil, coordenador do MBA em Gestão Estratégica de TI e professor de mestrado em Tecnologias de Inteligência e Design Digital da PUC de São Paulo. “Sem dúvida essa é uma grande tendência. As redes sociais facilitam a comunicação e a troca de ideias entre os funcionários e ajudam a firmar a imagem de uma organização moderna, antenada com o futuro”, comenta. As empresas que já aderiram à web 2.0 assinam embaixo. Na IBM, por exemplo, grande parte das inovações em produtos vem sendo feita graças às sugestões dos funcionários divulgadas em fóruns da rede de relacionamento interna. De acordo com a empresa, globalmente, cerca de 45 mil ideias já foram postadas na rede social interna. ● Já é possível mensurar inclusive os benefícios da interação on-line nas empresas. O Aberdeen Group, consultoria americana especializada em tecnologia, debruçou-se recentemente sobre o assunto. Depois de entrevistar presidentes, vice-presidentes e diretores de várias companhias dos Estados Unidos, descobriu que, entre as adeptas das mídias sociais corporativas, 52% tiveram aumento de produtividade e 18% conseguiram maior engajamento dos funcionários. Outra grande vantagem das redes sociais é que quando as pessoas estão on-line sentem-se mais à vontade para dar sugestões, sem se preocupar com hierarquia ou com a qualidade do que está sendo sugerido. “De modo geral, os indivíduos têm pudores em apresentar suas ideias 7 Fotos: Arquivo Arco W/PhotoXpert - RF No Brasil, no entanto, ainda não são muitas as empresas que aderiram às redes sociais corporativas. “A maioria está esperando exemplos bem-sucedidos de quem já implantou uma mídia social para depois entrar nessa onda”, acredita Silva. A Cargill está atenta a esse movimento e, em sua intranet mundial, abriu espaço para um blog corporativo (ver quadro acima). Essas ferramentas ajudam, por exemplo, a encontrar rapidamente especialistas em determinados assuntos dentro da empresa, além de facilitar a localização de projetos em andamento ou já concluídos pelos funcionários. Com isso, ganha-se tempo e a produtividade tende a aumentar. L A B O L G O Ã S I V Foto: Arquivo Arco W/PhotoXpert - RF Exportações: no caminho da recuperação Governo brasileiro investe em missões internacionais e aposta nos alimentos para ampliar a pauta de produtos destinados ao mercado externo em 2009 8 O manece em situação mais favorável do que outras nações, como Japão e Alemanha, nas quais as receitas com exportações representam mais da metade do PIB. No Brasil, as vendas externas significam somente cerca de 18% do total de riqueza gerada. início do segundo semestre de 2009 trouxe números mais positivos para a balança comercial brasileira, em grande parte graças à retomada dos negócios com os Estados Unidos. Em agosto, as exportações para o país cresceram 27,7% em relação a julho. Isso fez com que as vendas externas gerais do Brasil tivessem um acréscimo de 7,2%. Em setembro, o resultado satisfatório continuou: na primeira semana do mês, as exportações tiveram média de crescimento de 0,3%. No acumulado do ano, a balança comercial teve um superavit de US$ 20,77 bilhões até o início de setembro, o que representa uma alta de 14,4% em comparação ao resultado obtido em 2008. Estratégia positiva Apesar da visível recuperação da economia e da tendência de alta nas exportações, o comércio exterior em 2009 deve ficar até 20% menor em relação a 2008. Até agosto, o acumulado de exportação chegou a US$ 97,935 bilhões, segundo o Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) – 24,7% menor do que no mesmo período de 2008. Diante de um cenário externo adverso, o governo brasileiro intensificou acordos com outros parceiros econômicos, além dos Estados Unidos e da União Europeia. “Temos olhado a crise sob a perspectiva de oportunidade”, comenta Alessandro Teixeira, presidente da Associação Brasileira de Promoção das Exportações e Investimentos (Apex-Brasil). Um dos termômetros dessa estratégia é o número de missões de negócios agendadas para este ano. “Tivemos 745 eventos programados. No ano passado foram 700”, comenta. Uma das apostas do governo para o aumento das exportações brasileiras, segundo Teixeira, é o setor de alimentos, que compõe a pauta básica de bens exportáveis. As exportações brasileiras seguiram, este ano, a tendência global de queda. Mas ainda assim o País per- O País já vem colhendo bons resultados devido a essa política. Depois de longas negociações, em junho 9 L A B O L G O Ã S Expectativa do mercado para 2009 • Em comparação a 2008 PIB (crescimento): -0,15% Produção industrial: -7,28% Investimento estrangeiro direto: US$ 25 bilhões Inflação (índice Fipe): 4,21% • E para 2010 PIB (crescimento): 4% Produção industrial: 6% Investimento estrangeiro direto: US$ 30 bilhões Inflação (índice Fipe): 4,45% Foram necessárias diversas missões à Rússia por parte do Ministério da Agricultura, do Itamaraty e de representantes da indústria da carne suína brasileira para que o governo russo voltasse atrás em sua decisão. “Corrigiu-se uma injustiça, visto que o Estado tem o melhor status de vacinação do País”, diz Pedro Camargo Neto, presidente da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs). Avançam também as negociações com Japão, China, África do Sul, Estados Unidos e União Europeia. Fonte: Banco Central, pesquisa Focus, setembro de 2009 nufaturados foi de 32,6%. Em semimanufaturados (peles, couros, óleo de soja etc.), a redução foi de 33,2%. Em uma avaliação histórica, o peso de bens manufaturados (carros, aviões, softwares, celulares etc.) e semimanufaturados (açúcar refinado, óleo modificado etc.) atualmente é maior na pauta de exportações. Hoje a proporção é de 60% para os bens com maior valor agregado e 40% para os básicos, segundo a Apex-Brasil. Há dez anos essa proporção era inversa. V I deste ano foram retomadas as exportações de carne suína do Estado de Santa Catarina para a Rússia. Os exportadores brasileiros tratam o fato como uma conquista: Santa Catarina é o segundo maior Estado exportador de suínos, e a Rússia representa o principal destino internacional das exportações brasileiras do produto, que no ano passado somaram 225,79 mil toneladas – US$ 741,52 milhões. Os negócios da Rússia com os frigoríficos catarinenses estavam suspensos desde o final de 2005. Para Ricardo Gouvêa, diretor-executivo do Sindicato das Indústrias de Carnes e Derivados de Santa Catarina (Sindicarne-SC), é provável que até 2010 grande parte desses países já esteja importando a produção catarinense. “A expectativa é que fechemos 2009 com aumento de pelo menos 10% nas exportações da carne suína, com reflexos ainda mais positivos para o ano que vem”, prevê. Embora as commodities estejam segurando as exportações neste período, o avanço dos itens de maior valor agregado não retrocederá, na análise de Fonseca. “Estamos todos apreensivos, vivendo um período de letargia, mas, dentro de um ou dois anos, as necessidades de importação voltarão”, diz ele. Reconquista em etapas A boa notícia ainda não foi suficiente, no entanto, para reverter o quadro de queda nas exportações de básicos, que em agosto tiveram saída 25,6% menor em comparação a julho. Ainda segundo o Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), por outro lado, certas commodities voltaram a ter maior procura no mercado externo, como é o caso do farelo de soja (vendas 24,5% maiores em agosto), da soja em grão (7%) e do café em grão (2,4%). Para este ano, a expectativa é que a balança comercial tenha um superavit de US$ 25 bilhões, muito semelhante aos US$ 24,735 bilhões registrados no ano passado. O que acontece é que, se por um lado caiu a exportação de manufaturados este ano, por outro cresceu a de commodities. “Países como Índia e China, menos afetados pela crise, até intensificaram a compra de minérios brasileiros e de soja para produzir mais”, diz o economista André Sacconato, da Tendências Consultoria. A venda de itens de maior valor agregado, como automóveis, aviões, aparelhos celulares e motores, está em uma tendência de queda, segundo o MDIC. Por trás do mau desempenho do setor estaria a dificuldade na obtenção de crédito. “Não se pode vender máquinas, automóveis etc., sem financiamento”, afirma Roberto Gianetti da Fonseca, presidente da Fundação Centro de Estudos de Comércio Exterior (Funcex). Só no mês de agosto a queda na comercialização dos chamados ma- Em 2010, também não deve haver grandes mudanças nesse cenário. Há a tendência de as importações voltarem a crescer, com a renda das famílias no Brasil aumentando, e de uma recuperação na venda de produtos de maior valor agregado, como celulares. “Mas não será nada impactante, visto que o mundo está apenas começando a se recuperar economicamente”, diz Sacconato. ● 10 Produzida com ingredientes naturais, a versão Mostarda e Mel apresenta um sabor levemente agridoce e o menor teor de calorias, apenas 14 kcal por porção, e 0% de gorduras. Já a versão Iogurte combina a cremosidade do molho com ervas naturais, dando um toque leve e refrescante ao sabor. A marca exibe ainda outra novidade nas prateleiras: um rótulo atraente e moderno, que desperta o apetite em qualquer consumidor. A imagem traz uma sugestão de salada nutritiva para cada tipo de molho, deixando claro a praticidade do produto, e também destaca a quantidade de calorias por porção. ● Além das novas versões, Liza possui em sua linha as versões Rosé, Queijo, Limão, Caseiro e Caseiro Light. Liza e você, sua vida mais que especial! A marca Liza reservou mais uma novidade para o consumidor. Para que o Natal fique ainda mais especial, Liza óleos trouxe a promoção Liza e você, sua vida mais que especial. Para concorrer, o consumidor deverá responder à pergunta “Qual o óleo que torna sua vida mais que especial?”, juntar 2 rótulos de óleos Liza diferentes e enviar junto com seus dados pessoais para o CEP 0584-960 – São Paulo/SP. O período da promoção Liza e você, sua vida mais que especial vai de 04/10/2009 a 13/12/2009. Serão 3 sorteios, com 3 sorteados por vez, que irão ao programa Tudo é Possível, da apresentadora Ana Hickmann, na Rede Record, para concorrer a 3 carros zero-quilômetro, 3 prêmios de R$ 1.000,00 por mês durante 1 ano e 3 TVs LCD 42”. Contando ainda com suporte de mídia on-line, materiais de ponto de venda e incentivo para equipe de vendas, a promoção visa estimular a usuária de óleo de soja Liza a comprar, também, um óleo especial Liza para experimentar e depois passar a consumi-lo regularmente, contribuindo, assim, para o crescimento do mercado de óleos especiais. Para mais informações, acesse o site: www.lizaevoce.com.br. 11 M U S N Liza é a segunda marca em vendas no segmento de molhos prontos e obteve um crescimento de 55% no último ano, diante de um mercado que expandiu 11%, segundo dados da Nielsen. Entre suas vantagens competitivas está o menor teor calórico de seus molhos, em comparação com a maioria dos concorrentes, além de uma linha diversificada de sabores. O C Mercado em expansão om a aproximação do verão, Liza traz novidades para incrementar a salada do dia a dia dos brasileiros. Com sabores mais leves e refrescantes, a marca lança os novos molhos Iogurte e Mostarda e Mel. Disponíveis desde outubro nos supermercados, essas versões oferecem ainda mais opções aos consumidores que buscam incrementar e variar o sabor de suas saladas, com mais sabor e poucas calorias. C Sabor e praticidade. É o que a marca Liza leva para a mesa do brasileiro com os lançamentos dos Molhos para Salada Iogurte e Mostarda e Mel O Salada com toque especial Foto: Divulgação/Abiove S E U Q oratória da soja. A Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), a Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec), com suas respectivas associadas, entre as quais a Cargill, ao lado da sociedade civil representada por cinco ONGs ambientalistas, reno- M varam – no fim de julho – o acordo que impede a compra de grãos cultivados em áreas desmatadas após julho de 2006, localizadas no bioma Amazônia. Além da renovação desse compromisso, até julho de 2010, a moratória da soja irá intensificar o monitoramento para áreas inferiores a 100 hectares. Para isso, as imagens de satélite com precisão de até 2,5 metros na região amazônica serão fundamentais. A Abiove também apresentou uma proposta ao Grupo de Trabalho da Soja (GTS) para desenvolver um processo de verificação voluntária e remunerada, em parceria entre o setor produtivo e organizações da sociedade civil. P lose e Papel (ABTCP), é o maior desse setor na América Latina. A 42ª edição conta com a presença de 150 expositores e aproximadamente 12 mil visitantes. Durante a feira, a Unidade de Negócio Amidos e Adoçantes apresenta, em parceria com a Topchim – empresa belga de pesquisa em química especializada em tecnologia de revestimento para papel e embalagem, localizada na Bélgica e no Brasil –, o Top Screen. O produto é um revestimento produzido a partir de fontes vegetais e, quando aplicado sob uma superfície de papel, forma uma barreira resistente a água e vapor. S argill vende Seara. Foi anunciado no dia 14 de setembro o acordo de venda da Seara Alimentos S.A. para a Marfrig Alimentos S.A. – companhia multinacional baseada no Brasil. Com crescimento rápido e expressivo no setor de carnes, suínos e aves, o objetivo da Marfrig é tornar-se a maior especialista em proteínas dentro e fora do País. A Cargill estava exatamente no momento de revisão do plano estratégico da Seara quando recebeu a proposta da compra da empresa. Foram avaliadas as mudanças nas dinâmicas dos negócios da indústria de carnes no Brasil e ficou claro o sentido na combinação entre Marfrig e Seara, pois a aquisição vai contribuir para o avanço e a consolidação dos negócios D E S T A O evento contou com as presenças de Paulo Adário, coordenador da Campanha de Amazônia do Greenpeace; Carlos Minc, Ministro do Meio Ambiente; Mônika Bergamaschi, Secretária Geral da ABAG; e Carlos Lovatelli, Presidente da Abiove (na foto, da esquerda para a direita) articipação em exposição. A Cargill participa mais uma vez do Congresso e Exposição Internacional de Celulose e Papel, realizado entre os dias 26 e 29 de outubro no Transamérica ExpoCenter, São Paulo. O evento, organizado pela Associação Brasileira Técnica de Celuugar Dinner. Em outubro será realizada a 5ª edição do Sugar & Ethanol Dinner no Brasil, tradicional evento internacional do setor de açúcar, no qual empresas do segmento convidam produtores e clientes para um jantar de gala. O principal objetivo do encontro é a troca de informações entre representantes das áreas de produção e de consumo. Mais de 500 pessoas participam do evento, no Pavilhão da Bienal, em São Paulo, entre eles representantes da Unidade Açúcar & Etanol da Cargill e clientes. Para a empresa, o jantar é essencial para pôr os clientes em contato com a Unidade de Negócio de outros países, como Suíça, Hong Kong, EUA, México e Índia, e para trocar ideias para aprimorar os serviços. C 12 de ambas. A negociação incluirá as nove unidades de processamento de aves e suínos e as operações portuárias do Terminal Braskarne no Brasil, e os escritórios da Seara na Argentina, Europa e Japão. O Brasil continua sendo um país estratégico para a Cargill, e a decisão de vender a Seara não impacta em nenhum outro negócio da empresa, não altera o seu compromisso, e nem seus negócios de carnes em outras regiões do mundo. A expectativa é que a transação seja finalizada em 2009, dependendo das aprovações dos órgãos competentes. C ongresso. Realizado de 13 a 16 de julho na cidade de Juiz de Fora (MG), o Congresso Nacional de Laticínios é considerado o maior evento do setor de leite e derivados. Este ano, sua 26ª edição contou com 250 expositores. Pela Cargill participaram as Unidades de Negócios Amidos & Adoçantes, CTS, Cacau & Chocolate e Foods (Especialidades e Gorduras), que apresentaram produtos elaborados com ingredientes da Cargill, como o iogurte com calda light de frutas vermelhas (com ZeroseTM), amarelas e de morango, e o achocolatado branco com preparado de manteiga de cacau. O foco principal da Cargill no evento foi mostrar o amplo portfólio de ingredientes e tecnologias, fornecendo soluções e inovação para seus clientes. N ova embalagem de chocolate. Como reposição estratégica da marca no setor de Food Service, as embalagens de chocolate da Unidade Cacau & Chocolate foram redesenhadas e serão distribuídas no mercado em outubro. Com o layout mais liso, essa renovação visa adequar o portfólio da empresa, criando uma identidade única dos produtos entre os clientes. C omunicação com o consumidor. Nos dias 16 e 17 de setembro, São Paulo recebeu diversos palestrantes para discutir o tema “Empresa 2.0 – A comunicação em tempo real pelo consumidor” no Congresso Nacional das Relações Empresa-Cliente (Conarec). O evento é o maior da América Latina na disseminação das melhores práticas de relacionamento, fidelização e encantamento do cliente. O presidente da Cargill, Marcelo Martins, participou na plenária “Minha receita de sucesso para surfar na crise e fidelizar clientes”, que contou com a presença de líderes de empresas de diferentes segmentos de mercado, como Liquigás, Brasilprev, Accenture e Contax. O executivo abordou a importância de gerenciamento de custos, as oportunidades de sinergias entre as áreas da companhia como fator decisivo para a sustentabilidade dos negócios e a confiança do cliente depositada na empresa, bem como a manutenção da credibilidade da companhia para assegurar a fidelização dos clientes. Fotos: Divulgação/Grupo Padrão T erminal 33 em Santos. No final de julho, o Grupo Libra fechou a compra do Terminal 33 do porto de Santos, especializado na exportação de açúcar ensacado, movimentando 840 mil toneladas do produto anualmente. O T-33 tem uma área total de 33 mil m2 e atualmente está arrendado à Teag (Terminal de Exportação de Açúcar do Guarujá), empresa controlada pela Cargill e pela Crystalsev. A Libra Terminais pretende manter tais operações e ainda expandir a importação e exportação de carga geral no terminal. Além do aval da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), a operação envolvendo o T-33 foi aprovada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), do Ministério da Justiça; pela Secretaria de Acompanhamento Econômico (Seae), do Ministério da Fazenda, e pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq). P rojetos de valor. Para comemorar o aniversário de cinco anos do Programa “de grão em grão” e os dez anos do Programa Fura-Bolo, a Fundação Cargill programou diversas ações. A primeira voltada para filhos de funcionários, que foram convidados a escrever uma história em quadrinhos com o seguinte tema: “Festança na Horta – o Mister grão em grão está fazendo 5 anos”. Já para o Programa Fura-Bolo, crianças de 13 cidades integrantes do Programa devem fazer um desenho ou uma poesia com o tema “Uma História de Folclore Diferente”. Para fechar o semestre e o ano com chave de ouro, a Fundação realizará, em dezembro, mais uma campanha Um Dia para o Futuro, cujo objetivo é incentivar os funcionários da empresa a contribuir para os projetos da Fundação Cargill. No painel, mediado pela jornalista Mônica Waldvogel (à direita), o presidente da Cargill, Marcelo Martins (no destaque), falou sobre os desafios da sustentabilidade nos negócios e da fidelização de clientes em tempos de crise 13 C Foto: Arquivo Arco W/PhotoXpert - RF otton Dinner. A Cargill marca presença na 8ª edição do Cotton Dinner and Golf Tournament – tradicional evento promovido pela Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea). Desde 2004, a empresa participa do encontro, cujo objetivo é reunir representantes dos diversos segmentos voltados à exportação de algodão, como fornecedores de insumos, produtores, comerciantes, fabricantes têxteis e transportadores. Este ano, o jantar foi realizado no mês de junho, em Brasília, e contou com a presença de 300 pessoas, entre as quais funcionários da Cargill. 14 O D N U M Calories Tabletop, um produto criado pela Sentosa® Taiwan, em parceria com a Cargill dos Estados Unidos. Trata-se de um adoçante zero caloria cujo principal ingrediente é o eritritol Zerose®. Um dos diferenciais do produto é o sabor muito similar ao do açúcar comum. Outro benefício é o seu potencial de uso em diversas categorias, como doces, geleias, águas e leite com sabor. Desde que foi lançado, o Sentosa® é distribuído em amostras em farmácias, hospitais e associações dietéticas. ✽ A Cargill está expandindo sua capacidade em produção de óleo de canola com a abertura de um novo Centro de Pesquisas e Produção em Aberdeen, no Canadá. O centro permitirá à Cargill desenvolver uma semente híbrida para produzir um óleo com zero gordura trans, além de trabalhar na produção de canola com maior funcionalidade e valor nutricional. Em junho, a empresa anunciou o lançamento do Clear Valley®, óleo de baixa saturação com 4,5% de gordura saturada – 25% menos do que o óleo de canola convencional e com menor quantidade de gordura saturada que qualquer outro óleo vegetal. O ✽ Foi lançado o novo Sentosa® Zero L Q A T S E D E conomia de água. Para preservar os recursos naturais e gerar ganhos para a empresa, a unidade do Terminal de Paranaguá (PR) implantou um projeto com o objetivo de reutilizar a água da chuva. Até 2008, a unidade usava água potável para lavar os equipamentos do terminal, bem como as áreas internas e externas da filial, o que gerava um consumo de 400 m3 ao mês. Após a implementação do projeto, esse número foi reduzido para 235 m3. A chuva é captada por calhas em uma área de 2.000 m2 e passa por um filtro purificador. Depois, é distribuída em quatro cisternas, com capacidade de 20 mil litros cada uma, e aproveitada na limpeza das máquinas, pisos e sanitários. O projeto foi premiado na Semana do Meio Ambiente de Paranaguá. Ao visitar o estande da Cargill, o chefe do escritório regional do Ibama no Paraná, Lício George Domit, enfatizou a importância da preservação ambiental que o projeto proporciona, bem como a racionalização do uso da água. “Preservar a água e otimizar esse recurso será o grande desafio do planeta no século 21”, finalizou o representante do Ibama. com/food/oilsforhealthysolutions o novo centro de conhecimento sobre óleos e gorduras da Cargill. O centro oferece informações sobre os ingredientes e receitas para preparar pratos saudáveis. Funciona como um portal no qual o visitante pode tirar dúvidas e conhecer soluções para melhorar o preparo e o valor nutricional dos alimentos. Há ainda uma calculadora interativa que demonstra a diferença dos valores nutricionais de cada óleo. E S E U M elhores para trabalhar. A Cargill foi eleita, pela nona vez consecutiva, uma das 150 Melhores Empresas para Você Trabalhar no Brasil. A premiação é concedida pelo Guia Você S/A – Exame, que avalia, do ponto de vista dos funcionários, o ambiente de trabalho e as práticas e políticas de RH. Para celebrar o resultado, a empresa promove, no mês de outubro, uma ação que presenteia o meio ambiente: o plantio de 3.600 mudas em uma área de 2 hectares localizada em Porto Ferreira (SP). Cerca de 130 funcionários voluntários participam dessa inovadora iniciativa, representando todos os que elegeram a Cargill uma das melhores empresas para você trabalhar. ✽ Está disponível no site www.cargill. P P resença em Porto Ferreira. Pela segunda vez, a Cargill participa da Feife - Feira Industrial Ferreirense, realizada anualmente em Porto Ferreira, São Paulo, em comemoração ao aniversário da cidade. O evento reúne exposição industrial, comercial, rodeios, shows e parque de diversões. A empresa apresentou à comunidade seus projetos sociais, como o Programa Fura-Bolo, realizado em três escolas que atendem 720 alunos de 1ª a 4ª série. Foram mostrados também os produtos fabricados em suas Unidades de Cacau & Chocolate e Amidos & Adoçantes, localizadas no município. Liderança feminina Atualmente sou gerente da fábrica e coordeno um time de dez pessoas, entre gerentes e supervisores, todos envolvidos nas operações de engenharia. Algumas vezes o trabalho é árduo, mas muito gratificante. Estou envolvida com projetos e iniciativas de melhorias, e tento tirar o máximo dessa oportunidade. Como trabalhei a maior parte da minha vida em funções essencialmente ocupadas por profissionais do sexo masculino, consigo lidar bem com a situação e isso não é um problema. Independentemente de ser homem ou mulher, gosto de trabalhar com pessoas que tenham diferentes competências, perspectivas e pontos de vista, pois podemos aprender com nossas experiências. “ Para conseguir um bom cargo dentro de grandes empresas, é preciso muita dedicação. E eu apostei nisso. Comecei como estagiária em 1996. Assim que me formei, em 1999, fui contratada pela fábrica localizada na cidade de Eddyville, Iowa (EUA). Percebi que a Cargill era uma excelente empresa para trabalhar, pois acredito nos seus valores, estratégias sustentáveis bem-sucedidas, na maneira como cuida de seus funcionários e no grande leque de oportunidades oferecidas. Assim, o fato de cada vez mais as mulheres ocuparem cargos importantes dentro de grandes empresas é relevante, pois todos devem ter a oportunidade de utilizar suas forças, qualquer que seja sua idade, raça, nacionalidade ou sexo. ● ” 15 A N O S R E Nesse contexto, a Cargill valoriza ainda o intercâmbio de culturas que a amplitude geográfica de seus negócios confere à dinâmica de contratação e transferências. Esse é o caso de Christina Marie Venne, 33 anos, que percorreu uma longa trajetória dentro da empresa até chegar aonde está hoje. Ela foi transferida dos Estados Unidos para o Brasil, em junho de 2009, e assumiu a gerência da fábrica da Unidade de Negócio Amidos & Adoçantes, em Uberlândia (MG). P H Dentro da Cargill, passei a ocupar diferentes posições: supervisora e gerente de engenharia. Este ano surgiu a oportunidade de trabalhar aqui no Brasil e aceitei. Novos desafios são uma ótima maneira de aprender e crescer dentro de uma empresa. Por sorte, meu marido, também funcionário da Cargill, conseguiu sua transferência e nos mudamos para Uberlândia. Apesar das dificuldades de adaptação, como o idioma e a cultura, sinto-me honrada por ter a oportunidade de trabalhar com uma grande equipe, formada por funcionários talentosos. á décadas as mulheres vêm ampliando a sua participação no mercado de trabalho. E, a partir do século 21, a ala feminina passou a ter mais motivos para comemorar. De acordo com pesquisa realizada pelo Instituto Ethos, em 2008, 11,5% das mulheres que trabalham nas grandes empresas do País são diretoras, ante 6% há sete anos. Além disso, 24,6% ocupam posto de gerência e 37% são supervisoras. G E N S Christina M. Venne Cada vez mais mulheres marcam presença como executivas de grandes corporações. Na Cargill, elas também ocupam posições importantes e de muita responsabilidade ANÚNCIO
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