Recomendações para aumentar a cooperação
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Recomendações para aumentar a cooperação
Recomendações para aumentar a cooperação internacional da Educação Superior através da Educação Aberta Dezembro 2015 Grupo de autoria: Parceiros do eMundus Objetivo do documento O Projeto eMundus, mantido pela Comissão Europeia sob o Programa Erasmus Mundus, vem trabalhando nos últimos 2 anos explorando o potencial da Educação Aberta (incluindo os Recursos Educacionais Abertos, MOOCs e Mobilidade Virtual) a fim de apoiar parcerias acadêmicas interculturais, balanceadas, de longo prazo. A visão do projeto é a de que a Educação Aberta não deveria ser vista apenas como uma solução aos desafios urgentes de redução dos custos unitários da educação superior, mas também como uma forma valiosa de ajudar a estabelecer parcerias internacionais de longo prazo, criando um ecossistema internacional aberto onde as universidades cooperariam por meio de sua capacidade de atrair alunos internacionais e de compartilhar de forma significativa conteúdos e conhecimentos com as universidades parceiras. A conclusão geral do trabalho do eMundus, que incluiu atividades de mapeamento e numerosas discussões com importante público estratégico, é de que abordagens abertas podem certamente ter um impacto positivo nas práticas colaborativas internacionais, aumentando não apenas a confiança e compreensão mútua, mas também a eficiência e inovação da cooperação internacional. Ao mesmo tempo, descobriu-se que a relação entre a educação aberta e a cooperação internacional ainda se encontra inexplorada, principalmente porque as práticas colaborativas fomentadas pela educação aberta são bastante novas e estão em desenvolvimento. Para tratar dessa questão, eMundus propõe um conjunto de recomendações dirigidas a três categorias de público estratégico: primeiro: líderes institucionais, executivos e agentes de relação internacional dentro das universidades; segundo: redes acadêmicas e terceiro: legisladores (possivelmente agentes de mudança) na Educação Superior. 1 Recomendações para líderes da universidade, executivos, agentes de relação internacional 1. Incluir Licenças Abertas e REA como padrão de componente fundamental de seus acordos de cooperação (bom exemplo: política da Politécnica de Otago 2. Permitir aos centros de design de aprendizagem promover mixagem, uso e reuso de REA, uma vez que isto promoverá a colaboração por definição (bom exemplo: a estratégia de REA da Universidade de África do Sul). 3. Incluir licenças abertas e REA em seu planejamento estratégico “de uma forma razoável” (bons exemplos: as estratégias da Politécnica de Otago e da Universidade Aberta dos Países Baixos). 4. Criar habilidades e competências digitais nas mixagens, usos e reusos colaborativos de REA (bom exemplo: o curso aberto online da UNESCO sobre "Habilidades Digitais para Desenvolvimento de REA Colaborativo"). 5. Aceitar credenciamento de alunos baseado em avaliações de conhecimento e habilidades, tanto aprendidas por meio de REA quanto por outros meios, fomentando, assim, a mobilidade (virtual) (bom exemplo: REA Universitas). Recomendações para redes acadêmicas 1. Identificar e engajar os campeões de REA entre seus membros e parceiros (começando pelas Comissões sobre REA da UNESCO/ICDE). 2. Promover a conscientização de Educação Aberta e os benefícios e desafios de REA entre seus membros e parceiros (usando por exemplo o Sítio de REA da UNESCO ou a Nuvem de Conhecimento de REA). 3. Assegurar que as considerações e exigências de qualidade do conteúdo educacional são as mesmas das dos conteúdos comerciais/conteúdos protegidos por direitos autorais, uma vez que a qualidade é melhor avaliada por meio da efetividade do material na transferência do conhecimento do que por sua aparência, ou pelo tipo de licença. 4. Facilitar a construção de comunidade para compartilhar e discutir boas práticas, experiências e recursos abertos autorizados e moderados pela própria comunidade. 5. Conectar as redes de educação aberta (tais como OER Universitas e ICORE). Recomendaçoes para legisladores a nível nacional e local responsáveis pela Educação Superior 1. Incluir licenças abertas como padrão em suas políticas de conteúdo (bons exemplos: Política de Educação Aberta da Comissão Europeia, o Ato de Educação a Distância Aberta das Filipinas e a Política de Acesso Aberto da Agência-Tri Canadense sobre Publicações). 2. Aceitar credenciamento baseado em avaliação do conhecimento e habilidades adquiridas pelos alunos usando REA, através de exames desafiadores e Reconhecimento de Aprendizagem Adquirida (bons exemplos: Universidade de Athabasca; Faculdade Excelsior). 3. Premiar inovadores e praticantes de Educação Aberta através de incentivos (exemplos: BCcampus no Canadá e Universidade Federal do Paraná no Brasil). 4. Conectar com outros legisladores preeminentes em desenvolvimentos em educação aberta (bom exemplo: a política de Abertura da Eslovênia). 5. Desenvolver, promover e avaliar suas políticas de Educação Aberta e compartilhar abertamente seus resultados de avaliação. 2
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