Jornal do colégio - Nova Floresta

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Jornal do colégio - Nova Floresta
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COLÉGIO MANUEL BERNARDES
anos
Diretor: Pe. António Tavares • [email protected] • Julho 2015 • N.º 91 • Ano: LXXVII (2.ª série)
Fundado 6 de abril de 1938
PUBLICAÇÃO TRIMESTRAL
Férias,
estamos
preparados?
A
palavra férias desperta em todos nós um
certo sentimento de liberdade, de alegria e
de festa. Aliás, a palavra “férias”, no latim,
significa «dia de festa». Por isso interrogo-me se
estamos preparados para esse dia de festa.
A festa supõe um espaço tranquilo de alegria,
uma comunicação, não se faz festa sozinho
porque se perde a relação. Podem fazer-se férias
sozinho: há a relação com a natureza, pode
visitar-se museus, pode descansar-se muito, mas
principalmente eu entendo que as férias são para
um enriquecimento de relações construtivas. Por
isso, as férias deveriam ser a capacidade de criar
condições e concretizar momentos de paragem,
de respirar, de digerir, deveriam ser espaços
de silêncio e de relação. Sobretudo porque
vivemos um tempo intensivo onde a quantidade
se sobrepõe à qualidade. Estou convencido que
aquilo que nos descansa é a verdadeira relação
humana. Falamos muito uns com os outros,
interagimos, mas relacionarmo-nos é algo que
nos pode escapar com grande facilidade. Há as
relações sociais, de trabalho, de família, mas a
relação que nos descansa, que nos faz aceitar
quem somos, que nos ajuda a aceitar o outro –
isso, é com certeza, o que mais nos descansa.
As férias podem tornar-se numa correria, uma
competição, uma ansiedade para estar em todo
o lado, para viver uma série de coisas, encher
um programa incrível. Acaba por ser uma nova
canseira. As pessoas regressam de férias a
precisar de respirar, de descanso. Por isso
distingo as férias e o descanso. Pensar que vou
para férias não apenas para me distrair mas para
ter a oportunidade de me encontrar. Encontrar-me
comigo, com os outros, com os valores e com
o futuro. Viver a comunhão com a natureza, os
outros.
Que as férias não sejam só um tempo para
nos distrair no sentido do esquecer a realidade
presente: fazer um intervalo onde não se pense,
mas antes pensar em que é eu vou pensar,
aprofundar, refletir. Escolher um bom livro,
ouvir uma boa música, perceber onde, se sou
crente, rezar e como, reunir-me com amigos e
familiares, participar em acontecimentos festivos
e comemorativos e fazer das férias um tempo de
verdadeira festa.
Padre António Tavares
Afirmar o nosso Eu
ano letivo termina e, com ele, o frenesim das avaliações, dos toques de entrada, do professor a lecionar,
do recreio à hora de almoço ou da amena conversa com os colegas. É um momento em que se torna
indispensável o repouso, o assentar de ideias, de diminuir o ritmo de trabalho, não nos deixando de
continuar ativos, realizando o que mais gostamos. É neste ciclo de vivência, que oscila entre o trabalho escolar
diário, os momentos de avaliação, as atividades dentro e fora da escola e os períodos de interrupção, mais
ou menos extensos, que se encontra o Aluno. Agora, o presente- este tempo-, é o momento em que se deve
retornar à tranquilidade, à diversão, mas também ao momento de síntese. De avaliar o que de pior e melhor
fizemos, o que devemos corrigir ou o que devemos dar continuidade, que estratégias devo utilizar para
alcançar o sucesso nos objetivos a que nos propomos (sempre na medida do meu sucesso realizável), mas
com uma lógica de autenticidade, ou seja de uma elevação da liberdade de autodeterminação, força opositora
de totalitarismos cuja génese se encontra na ideia de um contrato social alicerçado numa vontade geral, que
traduz uma forma de liberdade comum, à qual todos devem aderir em nome de um bem maior.
Assim, esta ideia de autenticidade eleva-se a uma necessidade fundamental de me ouvir a mim próprio,
de escutar a natureza interior, cujo dia a dia é colocada em risco pelas pressões exteriores (formalismos,
regras, normas, leis de conformidade impostas ou que visam o nosso condicionamento), ao qual é possível
cada um de nós vacilar e, afinal, instrumentalizar a nossa atitude para connosco mesmos, deixando para
trás esta possibilidade e liberdade de escutar a nossa própria consciência. Nas palavras de Charles Taylor:
Ser verdadeiro comigo mesmo significa ser fiel à minha própria originalidade e isso é algo que só eu posso explicitar e
descobrir. Ao fazê-lo, estou também a definir-me a mim mesmo. Apercebo-me de uma potencialidade que é propriamente
minha. (...) É o que dá sentido à ideia de “viver a minha vida” ou de “alcançar a minha própria realização”.
Aproveitamos este momento de pausa para ouvir então, a nossa voz interior e reflitamos sobre o que ela nos
fala, autenticamente, para que não percamos a possibilidade de afirmar o nosso eu.
Boas férias!
O
O Diretor Pedagógico
Hugo Quinta
2
RELIGIÃO
As festas religiosas do Colégio
N
o mês de Maio acontece no nosso Colégio o momento
de celebrarmos a concretização de uma caminhada
catequética desenvolvida e preparada ao longo de todo
o ano letivo. Este momento envolve toda a comunidade escolar
mas centra-se com maior incidência no terceiro ano que festeja
a sua primeira comunhão e por consequência disso a festa do
perdão, onde pela primeira vez os nossos alunos sentem esse
misto de alegria e nervosismo de abrir o seu coração a Deus
através da primeira confissão. Também o sexto ano vê chegar
o mês de Maio com vontade de renovar as suas promessas
batismais através da celebração da profissão de fé e consequente
comunhão solene porque a eucaristia ganha mais valor e
significado aos seus olhos. Por último chegamos aos alunos do
nono ano que depois de uma preparação e consciencialização
maior da sua fé e do seu compromisso cristão avançam para a
celebração do Crisma.
Quase ao jeito bíblico de que os últimos são os primeiros,
começamos pelos últimos, ou seja, foi no dia 15 de Maio, às 19
horas, na Sé patriarcal de Lisboa que pelas mãos do Sr. Bispo
Auxiliar, D. José Augusto Traquina, que os nossos alunos e
alunas do nono ano receberam e celebraram o seu Crisma.
Esta cerimónia desenvolveu-se em ambiente de grande beleza
e oração em conjunto com outros Colégios Católicos que se encontravam presentes. É sempre muito gratificante quer para nós Colégio, quer para
a hierarquia da Igreja, Sr. Bispo e Pároco da Sé, podermos ver a Sé repleta de jovens adolescentes a viverem a sua fé e entrega a Jesus Cristo numa
manifestação jovial de esperança numa igreja que viva a alegria do evangelho e o partilhe de uma forma tão fraterna e próxima. Nesta festa o
Colégio Manuel Bernardes apresentou ao Sr. Bispo cinquenta alunos e alunas que assim completaram o seu percurso cristão e fecharam com alegria
a sua iniciação cristã.
No dia 23 de Maio, pelas 12 horas, chegou a vez dos mais novos deste grupo catequético celebrarem a sua primeira comunhão. Foi na Igreja de
Nossa Senhora de Fátima em Lisboa. Quem conhece a Igreja, sabe que é ampla e generosa de espaço, pois nesse dia, a belíssima Igreja de Fátima
ficou pelas costuras. Os pais, familiares, amigos e professores dos nossos alunos encheram por completo este templo. Aproximaram-se do altar,
para receber a comunhão pela primeira vez, noventa alunos, e isso não deixa ninguém indiferente, pois ver a alegria e respeito dos nossos mais
novos a comungar Jesus pela primeira vez encheu-nos a todos de emoção e encanto, por perceber que as crianças continuam a ser a melhor voz e
presença de Deus no meio de nós. Parabéns também aos pais e restante família que com a sua presença manifestaram a importância e relevo que
colocam nesta celebração.
Mesmo a encerrar o mês, no dia 30 de Maio, pelas 10 horas, na Igreja de S. João Batista, no Lumiar, o sexto ano celebrou a sua profissão de fé.
Depois dos exames escolares obrigatórios que obrigaram a uma pequena paragem na preparação desta festa, foi com renovado entusiasmo e
humilde orgulho e brilho, que os nossos adolescentes, todos vestidos de alvas brancas, entraram na Igreja cantando e louvando a Deus por este
momento em que solene e publicamente iam proferir a sua fé. Os setenta e um alunos do nosso Colégio abrilhantaram a cerimónia com a sua
entrega nas orações, nos cânticos e nos momentos mais solenes da celebração. Por momentos senti que é uma honra podermos afirmar que o nosso
Colégio estava a encerrar o mês mariano de uma forma única e muito particular de louvar e agradecer a sua missão de educar, instruir e preparar
os alunos para a vida, mas não esquecendo esta escola de Maria que transmite estes valores de alegria, confiança e fé no nosso Deus que faz
maravilhas nos nossos corações.
Resta-me terminar, lembrando que o quarto ano, em Junho,
foi em peregrinação ao santuário de Fátima agradecendo o
encerramento de Ciclo e pedindo a Maria Santíssima o apoio
maternal para o seu percurso escolar futuro. Manifestando
também o elevado apreço pelos seus professores e educadores
que contribuíram para este sucesso.
Com tudo isto gostaria de terminar referindo aos meus
queridos professores deste Colégio as palavras de S. João da
Cruz: «Procure a alma inclinar-se não ao que é fácil mas sim ao
mais difícil; não ao mais agradável mas ao mais agreste; não ao mais
gostoso mas ao que menos gosto dá; não ao que é descanso, mas ao
que é trabalhoso; não ao que é consolo mas antes ao desconsolo; não
a querer alguma coisa, mas a não querer nada; e estas obras convêm
que se dê a elas o coração, pois quem do coração as pratica, muito
em breve, nelas achará grande alegria e consolação». Apresento
os meus agradecimentos a toda a comunidade educativa
do Colégio Manuel Bernardes pelo seu esforço, empenho,
dedicação e envolvimento nestas festas.
P. António
PRÉ-ESCOLA
No Atelier da
E assim chegámos
Joana
Vasconcelos
ao final da Pré-Escola
M
N
ais um ano se passou e com ele chega o fim de um caminho. Um caminho repleto de instantes
maravilhosos, experiências fantásticas e enriquecedoras, momentos únicos, feitos de tudo o que
é forte, simples e belo, de tudo o que é, realmente, importante.
Neste caminho cultivámos amizades, apreciámos gestos e sorrisos, ganhámos com as nossas diferenças
e lavrámos valores como o respeito, a partilha e a interajuda. Vencemos desafios e traçámos objetivos.
Aprendemos a questionar, a pensar, a resolver, a ser interventivos, criativos, exigentes, perseverantes e
lutadores. Aprendemos a não desistir nunca e a entender que somos sempre capazes. Todos nós, eu em
particular.
Agradeço por cada dia destes 3 anos, pois cada criança, em particular, marcou a minha vida de maneira
única e especial. Desejo que as experiências compartilhadas no percurso até aqui sejam a alavanca para
que alcancem a alegria de chegar ao destino que projetarem. Desejo que o caminho que agora finda
conflua numa estrada larga e longa repleta de felicidade e sucesso. Desejo, a todos os meus pequeninos.
Aos pais, agradeço o terem-nos entregue os seus tesouros mais preciosos, a confiança que depositaram
no nosso trabalho. Agradeço a colaboração desmedida, a forma como abraçaram os nossos projectos e
fizeram vossos os nossos desafios.
Agradeço à Lúcia, à Paula Cristina, à Liliana e, por este último ano, à Ana Assis. Embarcaram nesta
viagem com uma generosidade enorme e um folgo inquestionável, estiveram sempre ao meu lado,
sempre dispostas para todas as aventuras. À Ana Assis, particularmente, muito obrigada pelas
horas que passou connosco na sala, pela sua colaboração preciosa, pelas ideias fantásticas, pela sua
dedicação, profissionalismo e pelo seu entusiasmo. Sem a sua ajuda não teríamos conseguido tanto.
Apartamo-nos agora, no espaço, nunca no coração, onde cada um permanecerá para sempre!
Ana Fernandes
(Educadora do grupo A – 5 anos)
As nossas
Visitas de Estudo
s visitas de estudo são, já o defendi
muitas vezes, um dos meios de
aprendizagem mais estimulantes para
as crianças, dado o carácter motivador que
constitui a saída da rotina escolar. Uma visita de
estudo não é um mero passeio, é uma situação
de aprendizagem que favorece a aquisição de
conhecimentos, proporciona o desenvolvimento
pessoal e facilita a sociabilidade. São, cada uma
delas, um meio privilegiado para a criança
aprender, compreender, conhecer, experienciar
novas vivências, observar e respeitar o mundo
que está ao seu redor.
Dar à criança a possibilidade de ter acesso a
tudo isso é permitir que seja intelectualmente
ativa e culturalmente desperta, facilitando que se
desenvolva cognitivamente, particularmente na fase pré escolar.
Mas todas estas experiências e vivências podem acontecer dentro da escola, com a mesma riqueza e
com o mesmo impacto. Nem todas as “visitas de estudo” têm que ser ao exterior.
Neste último ano da pré escola, fizemos muitas visitas de estudo: à RTP, ao jornal Correio Da Manhã,
à Microsoft, à Quinta Pedagógica, à fábrica dos gelados Olá, ao Museu do Ar… ao teatro e muitas outras.
Mas também tivemos bons momentos em que a cultura e o exterior, no geral, vieram até nós numa
partilha de conhecimentos e experiências que nos deixaram mais ricos.
Foi assim quando a atriz Sofia Arruda veio à nossa sala, conversou com todos os meninos, distribuiu
sorrisos, palavras simpáticas e até autógrafos. Foi muito engraçado, porque alguns dias antes tínhamo-la visto no teatro, no papel de Alice (no País das Maravilhas).
Também a escritora Isabel Alçada veio até ao colégio para conversar connosco sobre a sua “Gata
Gatilde”. E nós já a conhecíamos tão bem… Havia duas semanas que andávamos a falar dela, que
andávamos a brincar com ela! Até fizemos uma peça de teatro!
Depois de a ouvirmos, de viva voz, contar a sua história, quisemos que ela autografasse os nossos
livros, e pedimos-lhe que tirasse uma fotografia connosco, para ficarmos com uma recordação.
Também os pais de muitos meninos vieram explicar-nos generalidades e minuciosidades das suas
profissões. Enriquecedor, motivador e divertido!
Assim foi o nosso ano letivo, muito preenchido, repleto de vivências que, certamente, ficarão para
sempre na memória de todos.
A
Ana Fernandes
(Educadora do grupo A – 5 anos)
o dia 05 de junho,
fomos visitar o atelier
da Joana Vasconcelos.
A visita que, como outras, veio
de encontro à temática das
profissões, que trabalhámos
neste último período de aulas,
foi programada também para
cimentar e complementar todas
as experiências que temos
feitos, nestes 3 anos em geral e
neste último em particular, no âmbito das artes plásticas.
Tivemos a felicidade de poder visitar o espaço de uma artista
consagrada, com imensas obras expostas e documentadas
em imagens e publicações e isso deu-nos a possibilidade de
contactar com as mesmas antes da visita, de trabalhar sobre
elas e de descobrirmos a sua composição e as motivações que
conduziram à sua criação. Motivações extra para as crianças e
uma espetativa ainda maior.
Logo à entrada do imenso espaço onde a artista dá asas à sua
veia criativa, fizeram-se as primeiras descobertas:
– Olha o Coração (Independente)!!!
Chegou então a Aviva, relações públicas da Joana, e com ela
embarcámos numa viagem de fantasia.
Durante a visita, em que tiveram oportunidade de ver 50 profissionais a trabalhar, as crianças puderam aprender o processo de
criação das peças, tocar nos materiais, interagir com a artista e
com os demais colaboradores.
Perderam-se por entre a imensidade dos rolos de tecidos,
maravilharam-se com as dezenas de caixinhas de missangas,
experimentaram as agulhas de crochet e divertiram-se com os
muitos animais de cerâmica vindos directamente da fábrica Rafael Bordalo Pinheiro.
Percorreram todo o espaço livremente, de forma vagarosa e
informal, colocando todo o tipo de dúvidas e questões:
– Joana, como é que fizeste este polvo?
– Joana, onde é que compraste as “pedras preciosas”?
– Joana, eu já te vi numa fotografia…
A todas as questões a Joana Vasconcelos ia respondendo com
um sorriso terno, com a disponibilidade de quem estava ali à
nossa espera – que sorte a nossa – e com uma simplicidade
proporcional à sua grandeza enquanto artista e pessoa.
Uma visita de onde não apetecia sair, que nos encheu os olhos e
a alma!
Ana Fernandes
(Educadora do grupo A – 5 anos)
3
4
SARAUS
Sarau – Pré-escola
Fotoreportagem: Eliseus
SAÚDE
Quadradinho da Saúde
A postura e o futuro (presente)
“Põe-te direito!”
“Endireita essas costas!”
“1, 2, esquerdo, direito, encolhe a barriga e estica o peito!”
uem nunca ouviu estes comentários da mãe, do pai ou do professor? Será que eles são só chatos ou têm razão
em “melgar-te” com estes conselhos?
Tu podes não te lembrar, mas antes de entrares para o Colégio não passavas mais de metade do teu dia sentado
a uma secretária, todo encolhido a tirar notas numa folha de papel ou à frente do computador a fazer trabalhos,
sempre com o stress de não teres acabado o TPC mais cedo ou de ir jogar o último Call of Duty, GTA ou FIFA…
E porquê? Porque o teu corpo não estava preparado para isso. Ao longo da evolução do Homem, a necessidade
social da posição ereta do nosso corpo e o bipedismo não foram acompanhados por alterações no nosso corpo
suficientes para nos adaptarmos ao estilo de vida moderno. Foi como se o nosso estilo de vida andasse de carro de
Fórmula 1 e o nosso corpo andasse a pé: as nossas costas (a coluna vertebral e a bacia) e os músculos da postura (os
músculos das costas, da barriga e o diafragma) pura e simplesmente nunca tiveram tempo para se adaptar à posição
de sentado e de “todo torto no sofá”! É por isso que mais de 3 em cada 10 jovens em idade escolar têm má postura, o
que os leva a ter dores de cabeça, cervicais e lombares antes sequer de acabarem o ensino secundário!
“O que posso fazer para evitar ter esses problemas?”. Não querendo entrar em pormenores, deixo-te algumas
sugestões para melhorares a tua performance postural a começar já amanhã:
Não vejas televisão nem jogues jogos de vídeo/consola deitado.
Usa uma mochila às costas para transportar o material escolar que não esteja pesada (se tiveres de te inclinar para a frente ou de a apoiar no fundo das costas para te
equilibrares, quer dizer que ela está muito pesada!) e garante que as pegas da mochilas estão justas ao teu corpo.
Não vejas televisão, jogues computador ou estejas sentado a uma secretária mais do que 20 minutos seguidos sem fazeres uma pausa para esticar as pernas.
Não uses os intervalos das aulas para ficar agarrado ao telemóvel: mexe-te e interage ao vivo com os teus colegas para evitares ficar com um text neck (vá lá, se não sabes o
que quer dizer, Google it!).
Inclui uma pequena caminhada na tua rotina de maneira a fortaleceres a base de uma boa postura: as pernas.
Fortalece o teu centro: aprende a estabilizar o tronco usando os abdominais e músculos das costas na aulas de educação física e no dia-a-dia.
Q
Nota: Não posso deixar de agradecer ao fisioterapeuta Pedro Fonseca da Fisiogaspar por me ter revisto o
texto e dado excelentes dicas para te ajudar a melhorar o teu futuro (presente).
Miguel Fróis Borges
Ex-aluno CMB n.º1025/107
Médico Interno de Cirurgia Geral do Hospital Garcia de Orta
Assistente Convidado de Anatomia da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa
[email protected]
PS: Sim, eles tinham razão: “Põe-te direito!”
Basquetebol
REGIONAL INICIADOS FEM
– 23 MAIO (4.º lugar)
Com uma equipa 100% escolar demos a réplica
possível – 3 jogos num só dia pesam nas pernas
e na alma de quem não tem a rotina do desporto
federado. Mas valeu pela entrega e responsabilidade
das alunas com o apoio dos pais.
Classificação
– 1.º Marinhas Rio Maior (Santarém); 2.º João Barros
Corroios (Setúbal); 3.º Roque Gameiro (Amadora); 4.º
CMB (Lisboa)
1pt. Nos infantis, com lesões à mistura, não foi tão
bom como no Regional onde fomos Campeões
Regionais. Aqui no Nacional, venceu a equipa do
Colégio Campo Flores que tinha sido 2.º e atrás de
nós no Regional. Por 1 se ganha por 1 se perde...é
preciso saber ganhar e perder no desporto como na
vida... tentaremos fazer melhor da próxima vez!
1.º CMB; 2.º Lameirinhas (Guarda); 3.º Clube Camões
(Gouveia); CMB – Clube Camões 72-23; CMB-Lameirinhas 38-27; Lameirinhas-Clube Camões 20-14.
Após 4 dias de trabalho muito intenso ainda houve gás
para a superação física e mental! Pela 1.ª vez participaram rapazes no Estágio e não podia ter corrido melhor,
com responsabilidade e entusiasmo como é costume.
X TORNEIO A. Rodrigo Louro CMB/AE CANEÇAS
(1.º lugar)
O CMB – 1.º lugar no Torneio de INICIADOS
FEM pelo 2.ª vez consecutiva – 2.º lugar Infantis
masculinos – 3.º lugar e Infantis Femininos
Kika Brito, Raquel Capitulo, Carlota Almeida, Inês
Moreira, Rita Finisterra, Inês Galvão, Margarida Pais,
Barbara Copland, Joana Graça e Mariana Sousa
IV TORNEIO CMB SERRA da ESTRELA – 2015
(1.º lugar)
VICE-CAMPEÃO (2.º lugar) NACIONAL 3x3 FPB
– Iniciados Fem
Quase perfeito...o último jogo, que era a final, foi
um pouco menos conseguido e... perdemos por
Também vai chegar a vez das mais novas...Marta,
Margarida, Inês Costa, Bárbara, Rita, Raquel, Joana,
Carolina, Inês Esteves... estas atletas a trabalhar
com empenho e regularidade vão longe.!
5
6
SARAUS
Sarau – 1.º Ciclo
Fotoreportagem: Eliseus
TECNOLOGIA
Projeto R2-D2
construção de um Robot é um projeto que envolve diversas áreas relacionadas
com o desenho, eletrónica e programação, entre outras. Este projeto R2-D2 foi
um trabalho dos alunos do 12.º Ano, integrado na disciplina de Aplicações
Informáticas B.
As etapas do projeto foram as seguintes:
A
1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
8.
9.
Análise geral do projeto;
Pesquisa dos desenhos à escala 1:1;
Adaptação e desenho em CAD;
Corte a laser das peças;
Montagem das peças;
Aquisição da placa de controlo Arduino;
Montagem elétrónica;
Programação;
Testes.
1. Na análise geral do projeto dividiram-se tarefas, cada grupo de alunos ficou
responsável por uma determinada área de trabalho.
2. A pesquisa dos desenhos à escala 1:1 foi realizada na Internet. Existe muita
informação relacionada com este famoso robot da saga Star Wars. Foi escolhido o
R2 Builders Group, de onde foram descarregados os desenhos cotados e do qual
apresentamos um exemplo (Fig.1).
3. O trabalho que se seguiu consistiu em desenhar em CAD cada uma das peças
(corpo, pernas, etc.), necessárias para a construção do robot. Esta tarefa foi
necessária, pois como as peças em madeira, seriam cortadas a laser, o sistema de
corte a laser, só aceita ficheiros CAD (Fig.2).
Figura 1 – Planos do R2-D2
Figura 2 – Desenho da perna
do R2-D2
4. Nesta etapa, todas as peças necessárias para a construção do robot foram cortadas
a laser numa empresa especializada neste trabalho (www.nsflaser.com) (Fig.3)
6. Depois da montagem de todas as peças e de realizadas todas as ligações elétricas
dos motores, foi adquirida o sistema de controlo dos motores, a escolha recaiu
na placa de controlo Arduino. Esta placa tem um microcontrolador (Atmel AVR)
responsável pela gestão das entradas e saídas, analógicas e digitais (Fig.5).
7. Para além placa de controlo Arduino foi necessário incluir no sistema de controlo
de motores uma placa de relés. Esta placa tem vista ligar e desligar os motores,
desviando a corrente, cerca de 4 A, da placa Arduino, pois esta só permite a
passagem de correntes da ordem dos miliamperes (Fig.6).
Figura 5 – Arduino UNO
Figura 6 – Sistema de controlo completo
8. Depois do robot pronto, passou-se à fase da programação e dos testes.
A programação da placa Arduino é realizada através do software que foi
desenvolvido pelo fabricante da placa controladora, mas que é muito parecido com a
linguagem C++ e que é apresentado no exemplo.
/*
R2D2 controlo dos motores
*/
// the setup function runs once when you
press reset or power the board
void setup() {
// initialize digital pin 13 as an output.
pinMode(2, OUTPUT);
pinMode(3, OUTPUT);
pinMode(4, OUTPUT);
pinMode(5, OUTPUT);
pinMode(6, OUTPUT);
pinMode(7, OUTPUT);
pinMode(8, OUTPUT);
pinMode(9, OUTPUT);
pinMode(10, OUTPUT);
}
// loop function
void loop() {
// Liga o motor 1 no sentido direto
digitalWrite(2,LOW);
digitalWrite(5,LOW);
digitalWrite(3, HIGH);
digitalWrite(4, HIGH);
digitalWrite(6, HIGH);
digitalWrite(7, HIGH);
digitalWrite(9, HIGH);
digitalWrite(10, HIGH);
tone(12,1000,500);
delay (5000);
//Inverte a rotação dos motores
digitalWrite(3, LOW);
digitalWrite(4, LOW);
digitalWrite(6, LOW);
digitalWrite(7, LOW);
digitalWrite(9, LOW);
digitalWrite(10, LOW);
noTone(12);
delay(5000);
}
9. Os testes finais foram realizados durante a exposição do final do ano letivo, pois
no ginásio havia mais espaço, para realizar movimentos mais alargados (Fig.7).
O projeto na acaba aqui, nos próximos anos letivos, os alunos vão continuar a
desenvolver o R2-D2 e a trabalhar na realização de programas mais elaborados.
Figura 3 – Peças da perna do R2-D2
5. Após o corte da madeira, procedeu-se à montagem de todas as peças, assim como
à escolha dos motores e a sua instalação. Foram escolhidos motores elétricos de
12V, utilizados nos limpa vidros de autocarros, pois têm um binário maior e se for
invertida a polaridade, o movimento é invertido (Fig.4).
Figura 7 – R2-D2 completo
Para mais informações consultar:
http://colegiomb.no.sapo.pt/soft.htm
JM Freixo Nunes – Prof. de Aplicações Informáticas B
Figura 4 – Estrutura do R2-D2
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SARAUS
Sarau – 2.º Ciclo
Fotoreportagem: Eliseus
Minitrampolim
ATUAL
Domine ad quem ibimus
o passado mês de Maio morreu um grande amigo meu. Tinha um cancro há alguns anos,
foi piorando o seu estado de saúde nos últimos meses, sobretudo depois de ficar muito
debilitado com os vários tratamentos de quimioterapia a que foi sujeito. Um homem
simples e discreto, casado, pai de onze filhos, professor. Dedicou a sua vida à família e amou a
Igreja, leccionou filosofia na escola e ajudava no que podia na paróquia. A cada dia que passava
até ao momento do seu último suspiro, quando lhe perguntavam “então, como te sentes?”, a
resposta era sempre a mesma: “cada vez melhor!”. E se o sorriso na resposta já era, por si só,
desconcertante, o que se seguia era ainda mais avassalador: “se o Senhor está comigo, como
poderia estar mal?”. O seu filho mais velho é também meu amigo e confessou-me que do pai
guarda muitas memórias e apenas um bem como herança: «A FÉ».
Há muitos que pensam que o mais importante é estudar para tirar um curso. Então porque é
que há tanta gente com curso e desempregada? Ou que estando empregada, não é feliz? Há
quem pense que para ser feliz tem de ter um bom emprego, uma boa casa, uma boa mulher
(ou um bom marido), bons filhos e algum dinheiro na carteira. Então porque é que todas as
semanas nos entra pela televisão a dentro notícias de tragédias vividas por pessoas que, tendo
tudo isso, não são felizes? Há pais que fazem «tudo» para assegurar os sonhos dos filhos (ou
os deles, frustrados… não sei bem, nunca percebi). Contudo, porque é que acabam num lar,
esquecidos pelos filhos por quem tudo fizeram?
Passei a última década a dar aulas, a ensinar Matemática, a explicar a mais de meio milhar de
alunos a harmonia dos números, as propriedades das operações, as noções geométricas e as
mais belas relações e conexões com a natureza, entrei pela lógica e pela física para explicar e falar matematicamente sobre o mundo que nos rodeia, mostrei a muitos diversos
conceitos abstractos e a uns poucos introduzi no cálculo integral. Mas para que serve tudo isso se mais tarde se perderem? Para que lhes serve ter falado de Tales, Pitágoras,
Arquimedes e Euclides, Apolónio, Paccioli, Cardano, Pedro Nunes, Gauss, Galois, Euler, Ruffini, Cauchy, Laplace ou Bolzano se um dia, frente ao sofrimento, ao desespero,
ao sem sentido da vida, a um acontecimento de morte, verdadeira ou ôntica, ficarem sem resposta? De que me serve a mim, enquanto pai, pedir aos meus filhos que se
esforcem por ser bons estudantes se eu não lhes mostro o que é serem bons para com os outros? Como lhes posso pedir que sejam bons entre eles se não lhes mostrar todos os
dias o que é o Amor e a Misericórdia? Como lhes posso exigir obediência a nós, pais, se não for submisso e obediente em tudo aos meus superiores? Como quero eu ensinar
alguém a se dedicar a cem porcento a qualquer coisa se eu não mostrar que é possível dar a vida, perder a vida por algo que consideramos precioso? Como os posso eu
enganar acerca dos troféus desta vida – o curso, o emprego, a casa, a conta no banco – que hoje existem mas amanhã de nada nos servirão, se não lhes passar a única herança
incorruptível, que perdura para sempre – «a Fé»? Todo aquele que vive sob o lema do “faz o que eu digo, não faças o que eu faço” deve estar atento a si mesmo, pois não só
não ajuda nem edifica, como ainda pode ofuscar a Luz que poderia iluminar a vida do outro.
Ser professor é aceitar uma grande missão! É, talvez depois de ser pai e mãe, a missão mais sublime que alguém pode ter na vida, pois trata-se de cuidar das almas que nos
são confiadas. Ensinar Matemática é muito simples e interessa pouco, neste contexto, entenda-se! Ensinar, iluminar e guiar as gentes da terra… isso sim, é ciência elevada!
Umas boas férias e um óptimo descanso para todos!
N
Prof. Emanuel Oliveira
Torneio Interturmas
Futebol
P
elo 3.º ano consecutivo o C.M.B. no escalão de juvenis, venceu o torneio de
futebol 7, organizado pelo Colégio S. João de Brito.
Mais uma vez os nossos rapazes dignificaram a grande instituição onde
crescem, como Homens e desportistas, com uma honrosa e brilhante prestação,
ultrapassando as equipas do Colégio São João de Brito, Salesianos, FuteBola e
por fim o Sporting de Carcavelos, cumprindo o seu percurso só com vitorias.
Parabéns aos jogadores, pais e equipa técnica constituída pelo Mister Carlos
Sousa e Luis Aldeia, que durante anos os têm acompanhado com uma enorme
dedicação, contribuindo assim para o sucesso desportivo do nosso Colégio.
VENCEDORES 2014-2015
Futebol Masculino 1.º Ciclo
– 4.º E
Futebol Masculino 2.º Ciclo
– 6.º B
Futebol Masculino 3.º Ciclo
– 9.º C
Futebol Masculino Secundário
– 12.º B
Doro Machado
(Pai do aluno Diogo Machado)
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FINALISTAS
Obrigada por fazerem parte das nossas vidas
Realizou-se no dia 4 de junho no Centro Cultural de Belém, o tradicional jantar de despedida oferecido pela
administração do Colégio aos alunos finalistas do 12.º ano e suas famílias.
brigada. Obrigada por se encontrarem aqui. Obrigada por partilharem este dia em que, com
smokings e lindos vestidos, crescemos um pouquinho mais. Obrigada por nos terem dado a
mão inúmeras vezes. Depois de todos os obrigadas proferidos, acrescento um, mais importante
que os restantes – Obrigada por fazerem parte das nossas vidas.
Todos nós fomos tocados por esta instituição que, mais que um mero colégio, foi a nossa segunda casa.
Aqui fizemos amizades que ficarão para sempre. Aqui conhecemos amigos que sabemos que estarão
para sempre presentes. Nas sábias palavras de Goethe, “A amizade é como os títulos honoríficos:
quanto mais velha, mais preciosa.” Olhando em redor, o meu olhar prende-se em pessoas que,
durante este últimos anos, se predispuseram a ouvir as minhas lamentações e as minhas reclamações
- os meus amigos Olhando em redor, são várias as pessoas que vejo que partilharam os seus dias,
as suas tristezas e as suas felicidades comigo - os meus amigos. Olhando em redor, os meus olhos
encontram o olhar daqueles que, depois de me aturarem durante doze anos, continuarão a aturarme durante muitos mais- os meus amigos. E tenho fortes convicções de que todos nós saímos desta
instituição com amizades tão verdadeiras e sinceras como as minhas.
Mas também tivemos momentos maus. Tivemos discussões cuja memória nos traz um sorriso aos
lábios, quando na altura nos trouxe lágrimas. Tivemos momentos de grande stress, suor, lágrimas e
muito trabalho cuja memória nos fortalece, quando na altura nos deteriorou. Tivemos momentos de desespero cuja memória nos direciona para trabalhos-de-casa, projetos
escolares e os inevitáveis, mas temíveis, exames. Todos estes percalços, todas estas vicissitudes, todos nos fizeram crescer, todos contribuíram para que nos tornássemos
homens e mulheres, em detrimento dos meninos e meninas que fomos. Isto devemos ao Colégio.
Nesta instituição seguimos caminhos distintos. Se escolhi Humanidades, outros houve que escolheram Ciências ou Economia. Em comum temos os valores perfilhados pelo
Colégio - Trabalho, Exigência, Esforço, Dedicação, Método, Bondade, Caridade, Honra, Rigor. Alicerçados nestes crescemos e chegámos onde agora nos deparamos.
Os nossos dias no Colégio estão a chegar ao fim. Não tarda seremos advogados, médicos, professores, enfermeiros, economistas, gestores conceituados. Antes disso, porém,
teremos que passar por duras provações - o mundo universitário, o mundo do trabalho, entre outros. Todavia, sei que saímos preparados para o que no futuro advier.
Parte desta preparação devemos ao corpo docente que, ao longo deste nosso percurso, nos acompanhou pacientemente (e reitero a parte da paciência vezes e vezes sem
conta, pois não fomos, nem somos, santos nenhuns). Todos os professores, com as suas peculiaridades, deixaram parte de si em nós. Quantas vezes não pensaremos nós,
quando estivermos com frequências e exames, como eram os testes do ensino secundário? Quantas vezes não pensaremos nós nas escolhas múltiplas de Geografia, quando
tivermos que redigir as nossas teses? Quantas vezes não pensaremos nos apontamentos da professora Sónia, quando nos depararmos com um professor académico que
fala sem parar? Quantas vezes não pensaremos nas aulas da professora Patrícia e nas fichas que nos forçava a fazer, à rebelia da nossa vontade, quando na faculdade não
soubermos a que materiais de estudo recorrer? Apesar das críticas e reclamações que tecemos ao longo destes anos, urge agora apontar as qualidades deste professores. No
futuro, estes nossos professores, a quem hoje não damos o devido valor, serão recordados com saudade e melancolia.
Com a mesma melancolia recordaremos o Senhor Ramiro e todos os maravilhosos momentos da Viagem de Finalistas.
Quando soube que escreveria o discurso, senti-me muito honrada. Mas esta não foi uma tarefa fácil. Foram muitos anos, muitos momentos, muitas histórias. Recordo com
saudades aqueles dias em que corria na quinta, ainda de terra batida. Recordo a Professora Rita, doce e querida, cheia de paciência para os alunos e sempre com um sorriso,
ensinando-me a ler e a escrever. Agradeço-lhe de coração a bondade com que me ensinou. Mas se a Rita e a Turma D me marcaram, outros foram tocados pela Professora
Margarida, pela Professora Fátima e pela Professora Otília - todas ocupam um cantinho especial nos nossos corações.
Na memória trago, também, as visitas de estudo. Através das minhas irmãs tenho relembrado os momentos mais marcantes de cada ano. Através das fotografias tenho
revisitado os sítios a que fomos ao longo destes anos. Lamego, Algarve, Santiago de Compostela... Honestamente, nem sei se me lembraria dos sítios, acaso fosse não ter as
fotografias. A certeza é que, nunca esquecerei essas viagens, pela companhia que nelas tive. Os laços de amizade que nessa altura se criaram tornaram-se, na sua maioria,
inquebráveis. E mesmo aqueles que hoje não são mais que conhecidos, esses ficam na memória pelos bons momentos passados, fomentando o desejo de voltar atrás no
tempo, concertar o que ficou desconcertado, unir o que foi separado, perdoar o que foi esquecido. Mas máquinas do tempo só existem nos filmes. Por isso, seguimos o nosso
caminho sem remorsos, de consciência tranquila, preparados para o que o Futuro nos preparou.
Não me quero alongar mais. Quero apenas deixar uma última mensagem para todos os que aqui se encontram.
O Colégio não é perfeito. Nem todas as pessoas que o frequentam são simpáticas. As estruturas não são modernas nem inovadoras. Não. O Colégio não é, de todo, perfeito.
Mas, apesar dos seus defeitos, nunca me senti tão em casa, como aqui me sinto. Apesar de tudo o que possa ser criticado, cresci rodeada de pessoas prestáveis e sempre
disponíveis para ajudarem no que fosse preciso. Apesar de me ter sentido muitas vezes perdida, encontreime através do Clandestino, através da professora Ana Luísa,
através daqueles que sempre acreditaram em mim. Apesar de todos os momentos menos bons que aqui passei, as amizades que aqui criei e tudo o que aprendi fizeram com
que tudo valesse a pena. Apesar do que lhe possa ser apontado, não ousaria trocá-lo por nada.
Obrigada.
O
Madalena Abreu
N.º 198, 12.º E
Campeã de Iniciados
S
ou mãe de quatro filhos, três
delas raparigas, duas das
quais jogadoras de futebol.
Todos eles passaram pelo Colégio
Manuel Bernardes e tiveram
oportunidades de experimentar diversos desportos, desde o ballet,
ao judo, passando pelo Andebol e
pelo basquetebol, mas o problema
residia mesmo nas duas raparigas
gostarem de futebol e quererem
poder representar o Colégio.
Com uma diferença de 9 anos
entre a Maria e a Marta começam a ver-se as diferenças no
que diz respeito ao estereótipo
das raparigas a jogarem futebol. A mais velha, nunca teve oportunidade de poder
representar o Colégio pela equipa de futebol, porque lhe diziam que era o jogo
dos rapazes e que as raparigas poderiam fazê-lo de outras formas, já a Marta,
atualmente, é convocada para todos os jogos em conjunto com a melhor amiga, a
Beatriz, sendo as únicas jogadoras femininas no meio de uma equipa de rapazes
e num campeonato só com equipas masculinas.
Enquanto mãe, por vezes torna-se difícil ter de lidar com tudo isto, porque para
além de a Marta estar a representar o Colégio, de certa forma eu também o tenho
de fazer. Confesso que custa ter de acordar cedo aos fins-de-semana para a deixar nos jogos e ter de a ver a sofrer faltas como é comum no futebol, mas no fim
é um orgulho vê-la a fazer o que realmente gosta, a ganhar jogos ou mesmo a sair
de campo com um sorriso na cara embora o resultado não tenha sido o melhor.
Mas mais importante que tudo é bom ver como os treinadores, o Sr. Carlos e Sr.
Luis, as tratam: com todo o cuidado e atenção que as raparigas na idade delas
precisam e ao mesmo tempo com igualdade em relação aos outros jogadores.
E por tudo isto, quero agradecer a estes dois senhores que têm feito de tudo para
que a minha filha seja feliz a fazer aquilo que gosta, jogar futebol, e ao conseguirem
o primeiro lugar no torneio realizado ao longo do ano lectivo: um muito obrigada!
Sofia Alexandre
LÍNGUA PORTUGUESA
A semana do Departamento de Língua Portuguesa
ntre visitas ao Museu do Teatro, peddy-papers, declamações de poemas e pequenas teatralizações, bem como a visita do escritor Norberto Morais, que, amavelmente,
esteve à conversa com os alunos do ensino secundário, explicando a importância da leitura, de como nos tornarmos bons leitores, como se processa a escrita de um livro,
de todos os rascunhos que nunca veem a luz do dia ou das recusas e exigências das editoras, os alunos dos 3.º e 4.ºanos participaram num concurso organizado pelas
turmas do 7.ºano de escolaridade para desenharem e elaborarem uma quadra, respetivamente.
Fica aqui uma pequena amostra das produções artísticas e poéticas destes alunos vencedores do concurso, esperando que sirvam para colorir e alegrar a nossa vida e de
motivação para o desenvolvimento e enriquecimento do processo de escrita e de criatividade!
E
O Departamento de Língua Portuguesa
A
POEM
AR
G
U
1.º L
HO
DESEN
AR
2.º LUG
HO
DESEN
AR
G
U
L
1.º
HO
DESEN
AR
3.º LUG
A
POEM
AR
G
U
3.º L
A
POEM
AR
G
U
2.º L
Teatro
N
o dia 11 de junho do corrente ano letivo, no auditório da pré-escola, o grupo
de teatro Clandestino apresentou mais uma peça: O Avarento, de Molière.
Com um público caloroso, que excedia as 200 pessoas, muitos foram os
elogios que se fizeram ouvir no final e apenas uma “crítica” se ouviu de diversas
pessoas: “o Clandestino já merece outro espaço”. De facto, muitos foram os Encarregados de Educação, familiares e amigos que infelizmente não puderam assistir ao
nosso espetáculo por já não haver bilhete, e, naturalmente, por limitação do espaço.
Depois de A Ilha Encantada, de Hélia Correia (adaptação de Tempestade, de
Shakespeare), apresentada no Natal, foi a vez de um clássico da dramaturgia
francesa ter lugar entre o repertório deste grupo que tem trazido ao Colégio Manuel
Bernardes grandes vultos do teatro nacional e internacional. O Avarento fez rir e fez
chorar, cumprindo mais uma vez um dos objetivos principais deste grupo: emocionar
e ensinar pela arte!
Para o ano prometemos continuar…
Saudações Clandestinas,
Ana Luísa Bento
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Propriedade e Administração: COLÉGIO MANUEL BERNARDES
Morada: Qta. dos Azulejos – Lg. Padre Augusto Gomes Pinheiro, 44 – Paço do Lumiar 1600-549 Lisboa
Telefone: 217 570 501 • Fax: 217 572 311 • email: [email protected] • site: cmb.pt
Direção/Redação: Pe. António Tavares – Jorge Amaro
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Semana das Artes e Tecnologias/Expo Bernardes
a semana de 01 a 05 de junho, teve lugar no nosso colégio a Semana das Artes e Tecnologias. Durante esta semana houve mais uma edição da Expo-Bernardes, uma
exposição representativa do ano letivo, onde pudemos apreciar o trabalho que os alunos desenvolveram em todas as áreas disciplinares presentes. Evento cultural
cujo principal propósito é despertar nos alunos o interesse pela Arte, enquanto importante meio de expressão de emoções e ideias e a oportunidade de aprofundarem
os conhecimentos na área das Tecnologias. Realizaram-se ainda, concertos no âmbito de Educação Musical. Esperamos ter correspondido às expetativas por vós criadas,
agradecemos a visita e colaboração de todos e prometemos voltar para o Ano. Boas Férias.
N
Departamento de Artes e Tecnologias.
Fotoreportagem: Eliseus
E BOAS FÉRIAS!