Não pode ser vendido separadamente.

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Não pode ser vendido separadamente.
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Portugal Inovador
Índice
6
Colégio de Gaia
10
Formação completa e diferenciada
23
Integrar soluções de confiança
Mediação
Imobiliária
Minho
e Douro
30
Especial Saúde
42
8
ThermoEurop Portugal
26
Intermarché Régua
Cooperar pela diversidade e qualidade
30
CHTMAD
Lisboa e
Vale do Tejo
O Hospital em sua casa
46
40
Secretária de Estado
Lousada
dos Assuntos Parlamentares
e da Igualdade
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4 I Setembro
Portugal Inovador
Setembro I 5
Portugal Inovador
Formação
completa e
diferenciada
Em entrevista à revista Portugal Inovador, o Padre António Barbosa, diretor do Colégio de
Gaia, esclareceu-nos as diferentes dimensões deste projeto educativo.
Quer se queira quer não, um
cartão de visita incontornável
deste colégio é a sua condição de
maior colégio privado do país, se
contabilizarmos o total das suas
instalações escolares e desportivas. Para o nosso interlocutor,
“a grandeza é algo que responsabiliza”, e a responsabilidade
torna-se acrescida se tomarmos
em conta que falar da grandeza
do Colégio de Gaia é também
falar de um legado de 80 anos a
formar jovens à luz dos valores
cristãos. A instituição é, desde
sempre, pertencente à Diocese
do Porto, tendo nascido em 1933
por iniciativa do então Bispo do
Porto, D. António Meireles.
A síntese histórica que nos
é oferecida pelo seu atual diretor, desde a sua génese até à
atualidade, dá relevo ao “grande
investimento feito nos últimos 40
anos na formação científico-tecnológica dos alunos”. No Colégio
de Gaia, formar é, portanto, uma
palavra que passa pelo sentido
mais prático do termo e isso
reflete-se na sua oferta letiva.
Capacitação
profissional
Os seus 1500 alunos estão
distribuídos por turmas que
6 I Setembro
vão do pré-escolar ao ensino
secundário. É neste último que
encontramos o melhor exemplo
desse espírito. Os jovens que ingressam no 10º ano podem optar
por um de 13 cursos científico-tecnológicos, conferentes de
nível 4, com planos de estudos
definidos internamente pelo seu
corpo docente e devidamente
aprovados pelo Ministério da
Educação. Assim, em continuidade com o trabalho até aqui
desenvolvido, da oferta para
2015/2016 constam as áreas
da Administração e Marketing,
Análises Químico-Biológicas,
Animação e Gestão Desportiva,
Comunicação Multimédia, Contabilidade e Gestão Empresarial,
Desenhador de Projetos – Arquitetura e Engenharia, Eletrónica
e Telecomunicações, Eletrónica
Industrial e Automação, Informática e Tecnologias Multimédia,
Produção e Controlo Industrial,
Tecnologias da Saúde, Tecnologias e Segurança Alimentar,
Tecnologias e Sistemas de Informação.
Em correspondência a esta
diversidade de cursos, o colégio está dotado de laboratórios
de Automação, Biologia, CAD,
Comunicação e Design, Contabilidade e Gestão, Eletrónica, Fí-
Portugal Inovador
sica, Informática, Microbiologia,
Multimédia, Marketing, Química
e Telecomunicações. A somar às
condições de que estes alunos
dispõem no interior deste espaço
escolar, beneficiam ainda de 280
horas de formação em contexto
de trabalho (tanto no 11º como
no 12º ano), para as quais estão celebrados mais de 250
protocolos com entidades como
empresas, instituições sociais,
instituições de ensino superior e
o próprio município de Vila Nova
de Gaia. Importa ainda dizer que
a respetiva lecionação é gratuita.
aluno como uma mais-valia, uma
preocupação e, acima de tudo, a
razão de existir da própria instituição”. Essa sua valorização dá
ao colégio a tarefa de “procurar
desenvolver as capacidades não
só intelectuais como também
de socialização dos alunos,
apoiando muito particularmente
as famílias”. Resumindo, o que
se pretende é que “o colégio seja
uma família de famílias”.
Agora, no que toca a manter
esta grande família, as perspetivas futuras são “boas, desde que
o Estado continue a apoiar instituições como esta e olhe para
elas como uma mais-valia para
a educação e não como concorrentes de quem quer que seja”.
Concluindo, o Colégio de Gaia
“tem uma maneira diferente de
fazer educação e essa diferença
deve ser valorizada”.
Sucesso desportivo
A oferta é igualmente rica no
âmbito das atividades de enriquecimento. O Padre António
Barbosa começa por mencionar
a aposta no Xadrez: “Há muitos
anos que entendemos que era
uma atividade vantajosa para
o desenvolvimento da concentração e do cálculo e então é
dado como disciplina a todos os
alunos do ensino básico”.
O ex-líbris, contudo, é o desporto, suportado pelas condições
ímpares que o colégio apresenta.
“Temos essa mais-valia que é
a oferta da prática desportiva a
todos os nossos alunos, desde os
mais pequenos aos mais crescidos”, indica. O leque de modalidades inclui o Atletismo, Badminton,
Basquetebol, Futebol, Futsal, Ginástica, Natação, Ténis de Mesa
ou Voleibol, merecendo aqui uma
especial ênfase o Andebol, pelos
repetidos êxitos nacionais e internacionais das suas equipas femininas. As instalações de apoio a
esta prática passam por campos e
pavilhões desportivos, um ginásio
espelhado, uma piscina aquecida
e uma sala de treino cardiovascular e musculação.
“Uma família de
famílias”
Convidado a partilhar connosco as ideias que o inspiram
enquanto diretor, o Padre António Barbosa diz encarar “cada
Setembro I 7
Portugal Inovador
Integrar soluções de confiança
Determinada por uma filosofia de abertura e proximidade aos mercados, nasceu a
ThermoEurop Portugal, Lda. Nuno Faria expõe-nos agora o seu percurso e as mais recentes
apostas moldadas às necessidades do setor dos transportes.
O empresário contando com
20 anos de experiência no ramo
quis responder às novas necessidades que começavam a emergir neste mercado. “Trabalhei
por conta de outrém e comecei
a sentir que deveria fazer algo
diferente, algo pessoal. Pensei
que o que fazia para os outros
podia eventualmente também fazer para mim, esse foi o primeiro
passo”, explica-nos. Assumindo
na sua missão a criação de um
projeto industrial no nicho de
mercado das transformações
de veículos de mercadorias, a
ThermoEurop Portugal começou por procurar bons parceiros
de negócio com quem pudesse
avançar e progredir. A ideia foi
ganhando alicerces e em 2013
novas estratégias se estruturam
a pensar no mercado nacional.
“A ThermoEurop SA, empresa
espanhola, teve em tempos um
representante em Portugal que
não alcançou os objetivos pretendidos. Após um período de
negociações, chegámos ao acordo e estabelecemos uma nova
sociedade. Nessa época ainda
estava muito presente a crise no
país e, apesar do elevado risco
8 I Setembro
que corria, em setembro desse
ano avancei com o projeto”,
resume.
Nuno Faria, sendo o único
funcionário da empresa, prosseguiu sozinho numa primeira fase.
Recorreu aos meios que tinha ao
seu alcance centrando as suas
ações na prospeção e pesquisa
de mercado. Até ao final de 2013
realizou alguns trabalhos que se
concretizaram em vendas. No início de 2014 dois ex-colegas com
quem tinha partilhado funções
noutras empresas viram o projeto, reconheceram as suas mais-valias e abraçaram o desafio.
Durante a fase de maturação
a empresa foi alcançando um
crescimento gradual e o aumento de pedidos levou a que as
infraestruturas de 400 m 2 onde
se encontravam estabelecidos
condicionassem o desempenho
e alcance pretendido. Novas
pessoas viram aí as virtudes do
projeto e decidiram juntar-se aos
outros três elementos. “Começámos a crescer até que em dezembro de 2014, a Torrestir, nosso
cliente, nos solicitou um serviço
de grande porte”. O elevado esforço humano e material de que
seria necessário despender para
satisfazer o pedido levou a que,
nessa altura, a ThermoEurop
Portugal alugasse as instalações
de 2600 m 2 onde agora nos encontramos. “Quando viemos para
aqui mantivemos o outro armazém até março de 2015, sempre
com este trajeto de crescimento.
Neste momento, estamos com um
universo de 15 pessoas”.
Multisserviços
“Atualmente a nossa atividade concentra-se mais na
montagem e manutenção de
carroçarias isotérmicas, frigoríficas e de carga geral”, informa.
Portugal Inovador
Aliada a essa componente a
empresa tem capacidade para
oferecer mais três serviços: a
assistência técnica a grupos de
frio, a assistência técnica a plataformas elevatórias e pintura.
“Num raio de 50 km observamos
que não havia ninguém a fazer o
serviço de pintura para camiões.
Detetamos aí uma vertente de
negócio oportuna e que podia ser
conjugada com aquilo que já fazíamos. É com esse método que
temos trabalhado, quando vemos
uma lacuna ou um nicho de mercado que consideramos ser uma
mais-valia para a nossa empresa
integramo-lo no conjunto das
nossas valências”, acrescenta.
Assumindo no seu posicionamento qualidade, inovação e
competitividade a ThermoEurop
Portugal conduz para o mercado
soluções práticas e funcionais,
adaptadas às exigências dos
seus clientes. As vantagens deste serviço centralizado permite-lhes dar hoje respostas adicionais minimizando o tempo de
paragem dos veículos a baixos
custos de manutenção.
O esforço coletivo e a integração de todas as partes envolventes assegura a que todas as
fases do serviço se concretizem
em continuidade, sem que o elo
com o cliente se perca. “O que
nós necessitamos é de ter uma
cadeia muito bem articulada e
de estar sempre a acompanhar
o cliente. É desse modo que
gostamos de trabalhar”, ressalva
o empresário.
Aproveitar sinergias
Com apenas dois anos de
história, Nuno Faria e seus colaboradores estão conscientes da
evolução do mercado europeu, e
mais concretamente do seu par-
ceiro espanhol. Recentemente a
ThermoEurop SA, localizada em
Saldaña (Palencia), convidou-os a colaborar numa pequena
parcela do seu negócio. “As exigências do mercado são maiores
do que aquilo que eles estão a
produzir neste momento, por isso
vamos começar a produzir uma
parte do produto, neste caso
serão os frigoríficos de grande
porte para o mercado espanhol,
francês e alemão”, esclarece.
A empresa nacional fará agora a aquisição do novo equipamento na perspetiva de realizar
os primeiros testes até ao final
do ano, “em janeiro de 2016 espero que possamos começar a
produzir para exportação. Para
já o nosso objetivo é fabricar 300
unidades por ano”, aponta.
Sob este crescimento ponderado o gerente calcula vir a
criar mais dez postos de trabalho brevemente. Num prazo de
cinco anos ambiciona explorar
melhor o mercado externo e ter
instalações próprias: “6000 m2 de
área coberta e 6000 m 2 de área
descoberta”, esboça.
O espírito de equipa aqui cultivado leva a que as ideias sejam
pensadas em conjunto. No final
da nossa conversa Nuno Faria
manifesta a importância dos
vínculos que unem as pessoas:
“Todos juntos fazemos muito e
sabemos muito, não sabemos
tudo nem fazemos tudo. Nada se
faz sozinho, precisamos uns dos
outros, e é algo que devemos
saber preservar”.
Setembro I 9
Portugal Inovador
10 I Setembro
Portugal Inovador
Mediação imobiliária
na Margem Sul
Com o intuito de retratar a realidade vigente na Moita e na
Baixa da Banheira, estivemos à conversa com os sócios e
administradores da Era locais, Nuno Amaral e Pedro Pereira.
Em 2004 surge na Moita a marca
Era. A cidade apresenta uma zona central mais antiga “muito associada ao
rio e à construção baixa”, que esboça
já algumas iniciativas de reabilitação
urbana. “Entretanto, nos últimos anos,
começou a haver muita construção
nova, na entrada da cidade, onde
existem muitos apartamentos; realidade que se estende para o outro
lado da autoestrada, onde imperam as
moradias de gama média/alta”, expõe
Nuno Amaral.
A Baixa da Banheira surge como
um mercado diferente, “a malha urbana é mais antiga, há uma percentagem
maior de prédios com mais anos, e
menor tendência para a construção
nova, sendo que a existente é, essencialmente, composta por prédios. Ao
contrário do que tende a acontecer na
Moita, ali funciona também o arrendamento, devido a inúmeros vetores,
nomeadamente a maior instabilidade
profissional”, complementa Pedro
Pereira.
A proximidade a Lisboa e a qualidade de vida que se sente, tanto na
Moita como na Baixa da Banheira é,
nitidamente, uma vantagem, que leva
muitas pessoas a optarem por adquirir
habitação na margem Sul, com fácil
acesso ao transporte de barco para
a capital.
Após anos mais conturbados, que
afetaram todos os setores de atividade,
2015 afigura-se “muito positivo”. “Segundo dados do Instituto Nacional de
Estatísticas, o primeiro trimestre deste
ano foi o melhor dos últimos cinco,
algo que o Grupo Era Portugal sentiu,
através de um crescimento de 34%,
e nós Era Moita, particularmente”, esclarece Pedro Pereira, falando de uma
realidade que apresenta agora mais
procura, perante preços que – após a
queda – estagnaram.
Em prol destes resultados está a
abertura da Banca e o investimento
estrangeiro. “No nosso caso em particular os benefícios fiscais anunciados
a reformados europeus tiveram algum
impacto; com a abertura da Banca,
os portugueses estão também mais
confiantes e começam a procurar-nos”,
reitera Nuno Amaral.
“Face às taxas de juro aplicadas
pelos Bancos nos depósitos a prazo,
o investimento em imobiliário acaba
por ser uma mais-valia”, conduzindo
um crescente número de investidores
à compra com vista à colocação no
mercado de arrendamento. “Arrendar
foi uma necessidade repentina, mas
sabemos que em Portugal tende-se
a privilegiar a aquisição (até porque a
prestação ao Banco, normalmente, já
fica abaixo do valor da renda)”.
As equipas da Era Moita e da Era
Baixa da Banheira destacam-se pela
prévia caracterização do cliente, ou
seja, “por norma, verificamos se os
clientes preenchem os requisitos essenciais, só depois é que partimos para
as visitas, e submetemos os processos
de financiamento ao Banco”, explica
Pedro Pereira. O caminho a seguir
passa “por estar cada vez mais próximos da população que nos envolve e
que nos ajuda a alcançar o sucesso.
Queremos estar integrados na comunidade, apoiar algumas iniciativas e
prestar auxílio às pessoas que querem
encontrar a sua nova casa, o seu novo
sonho”, conclui Nuno Amaral.
Setembro I 11
Portugal Inovador
A Era Torres Vedras
espera pela sua visita
Comprar ou arrendar? É a dúvida de muitos portugueses que
estão de olhos postos no mercado imobiliário. Com o intuito
de esclarecer todas as dúvidas e apresentar diferentes visões,
nesta edição da revista Portugal Inovador, continuamos o
nosso périplo nacional.
“A população
prefere agora
arrendar perante
o flagelo do
incumprimento
e das retomas
bancárias que
afetou inúmeras
famílias”.
Em Torres Vedras na mediadora imobiliária Era, Teresa
Rocha é perentória ao afirmar
que “2014 foi o nosso melhor ano
de sempre”. Segundo a diretora
de loja “verificou-se uma grande
dinâmica essencialmente na modalidade de pronto pagamento”,
algo que considera dever-se às
baixas taxas de juro oferecidas
pela Banca nos depósitos a
12 I Setembro
prazo. Perante esta conjuntura
“2015 vai ser ainda melhor que
o ano anterior”, reforça.
Num mercado onde o arrendamento disparou – “a população prefere agora arrendar perante o flagelo do incumprimento
e das retomas bancárias que
afetou inúmeras famílias” – “há
muita procura e pouca oferta, daí
ser uma boa oportunidade para
quem pode investir, obtendo assim algum lucro”, aponta.
De facto, a população local
com capacidade financeira,
perante a instabilidade do setor
bancário, optou por investir no
mercado imobiliário. “São pessoas que têm recursos financeiros e optam por realizar negócios
na ordem dos 70 a 80 mil euros
com a aquisição de imóveis, que
arrendam por 400 euros, tirando
uma taxa de rentabilidade muito
superior à que os Bancos hoje
lhes oferecem”.
A nossa entrevistada verifica
igualmente um crescente número
de investidores na região que,
por estar próxima da malha urbana de Lisboa, opta por aí adquirir
primeira habitação.
Oportunidade de
negócio?
Teresa Rocha realça a posição que a Era conseguiu manter
Portugal Inovador
trabalhar e crescer localmente”.
Uma marca que nas palavras da
nossa interlocutora “transmite
confiança a clientes nacionais e
internacionais”.
Sediada no coração da cidade
de Torres Vedras, em plena Avenida 5 de Outubro, Teresa Rocha
considera que esta foi uma boa
aposta: “Queremos continuar a
estar próximo das pessoas. A
nossa montra capta a atenção
dos transeuntes e por si só funciona como um polo de atração
de potenciais clientes”.
Recrutamento
“Temos sempre o suporte da Era
Portugal no sentido de desenvolver
novas ferramentas de marketing, novas
campanhas, o que nos permite ter tempo
para trabalhar e crescer localmente”.
em tempos de crise: “Aproveitámos as oportunidaddes que tivemos, falo em particular na Era
de Torres Vedras. Ao contrário
de muitos players do setor, nós
investimos em meios de marketing e publicidade, em formação
constante, fazendo da nossa
equipa uma equipa coesa e com
grande capacidade de ajudar os
clientes nas suas necessidades, apostámos fortemente na
angariação de imóveis em regime de exclusividade o que nos
permitiu ajudar os proprietários
a vender os seus imóveis mais
rápidamente”. Neste momento,
a empresária recolhe os frutos
desse investimento que já se
traduziu, até final de julho, num
crescimento na ordem dos 40%,
face a igual período do ano passado”. Números muito impulsionados pela retoma do crédito à
habitação: “Hoje, na nossa opinião, um casal – em que ambos
os membros sejam trabalhadores
efetivos e com rendimentos médios – já consegue obter crédito
habitação. Temos, inclusivamente, direcionado clientes para a
compra, dado que muitas vezes
as pessoas não se apercebem
que já reúnem as condições para
fazê-lo”.
Dado o método de qualificação dos clientes seguido
pela mediadora “percebemos
realmente se existe capacidade
para a compra, conscientes que
o português gosta realmente de
ser proprietário”.
Aposta na confiança
F o i e m 2 0 0 5 q u e Te r e s a
Rocha entrou no seio da mediação imobiliária como diretora
comercial. Iniciando-se numa
empresa tradicional, em 2008
funda e assume a gerência da
Era Torres Vedras. “Estou neste
projeto desde o primeiro minuto
e, felizmente, temos vindo sempre a crescer mesmo em plena
época de recessão económica”.
Um projeto que abraçou e com
o qual partilha valores de conduta: “Temos sempre o suporte
da Era Portugal no sentido de
desenvolver novas ferramentas
de marketing, novas campanhas,
o que nos permite ter tempo para
Com uma equipa composta
por seis pessoas, a Era Torres
Vedras tem feito um trabalho
meritório na região, no entanto
a diretora de loja ambiciona
crescer. “Felizmente, conseguimos atingir números muito
interessantes, tendo em conta a
nossa dimensão, dada a coesão
que existe no grupo de trabalho.
Mas vamos continuar a recrutar”.
Nesse sentido, Teresa Rocha
lança o convite a todos os interessados em ingressar neste
ramo de atividade “para virem
conhecer as condições oferecidas pela Era Torres Vedras”:
“Serão acompanhados por uma
equipa de profissionais experiente e integrados numa rede
que aposta na colaboração e no
trabalho de equipa”, sublinha.
“Procuramos pessoas proativas, ambiciosas, com espírito
de equipa e que se identifiquem
com o projeto”, conclui.
Setembro I 13
Portugal Inovador
Mediar com valores
de família
Como é que se encontra o mercado imobiliário de Sacavém?
Perguntámos a Cláudia Ferreira, diretora da Era Sacavém
Real Forte.
quadrado. “Estando a cerca de
1 km de distância, aqui há muito
pouco crédito mal parado comparativamente com outras zonas do
distrito de Lisboa, portanto não
notámos a quebra. É evidente
que trabalhámos mais, tivemos
que nos adaptar à mudança, mas
continuamos a laborar focados na
premissa de que todas as pessoas
precisam de um lar”.
Neste concelho, segundo as
palavras da nossa entrevistada,
“o preço por metro quadrado
desceu, começou a haver mais
oferta, principalmente, porque
as pessoas começaram a sentir
algumas dificuldades devido ao
desemprego, ficando sem capacidade para pagar as prestações”.
Nesse sentido, “as empresas
de mediação imobiliária desempenharam o papel de ajudá-las,
vendendo o imóvel e encontrando
um mais acessível ou com uma
prestação mais suave. Adaptamo-nos ao mercado, mas o mercado
não parou”.
“O mercado para nós e para
qualquer outra empresa é feito
de pessoas e casas, havendo
pessoas e havendo casas há
sempre negócio”, responde. “Obviamente, perante a crise e a falta
de concessão de crédito bancário às famílias, tivemos que nos
adaptar. No entanto, a falência
e instabilidade do setor bancário
fez com que aumentasse o receio
das pessoas em manter as suas
poupanças na Banca e muitas
decidiram investir no setor imobiliário, facto que ajudou a que o
mercado não parasse”, continua.
Cláudia Ferreira presente na
14 I Setembro
Era Sacavém desde 2007, retrata
que este mercado sempre viveu
muito do crédito à habitação,
porém com a chegada da crise
económica-financeira, “começámos a perceber que as pessoas
(apesar de serem de classe média
baixa), também tinham as suas
poupanças e são muito boas
pagadoras. Aquilo que percebi e
que efetivamente me deixa muito
feliz é que há muito pouco crédito mal parado na nossa zona”.
Sacavém é um concelho que faz
fronteira com a zona da Expo,
sendo comparativamente abismal
“a diferença de preço por metro
Mais que casas,
pessoas
Cláudia Ferreira afirma: “Este
é um negócio de pessoas para
pessoas e nós, enquanto equipa
Era, somos ensinados a encontrar
soluções para os nossos clientes.
A nossa missão é vender em qualidade ou seja vender casas a quem
as possa comprar. Não criamos
problemas, arranjamos soluções”.
Esta postura mantém-se não só
perante o cliente comprador, mas
também do cliente vendedor, sendo que o foco da equipa “passa
por controlar o mercado no lado da
oferta, a angariação ao preço do
mercado defendendo sempre os
Portugal Inovador
interesses do cliente vendedor”.
Cláudia Ferreira carateriza Sacavém como uma zona “privilegiada em termos de acessibilidades.
Daqui facilmente chegamos à A8,
A1, comboio, metro, autocarro,
em 15 minutos estamos no centro de Lisboa”. Atendendo uma
população muito diversificada,
encontram-se “muitas pessoas
que não têm nacionalidade portuguesa — é importante referir que
estamos numa zona com muitos
bairros de reintegração social,
mas é interessante dado que
mesmo nestes clientes existe uma
cultura de poupança —, famílias
de classe média-alta que habitam
numa das três urbanizações existentes na região; investidores que
compram e recolocam os imóveis
no mercado de arrendamento, etc.
Esta diversidade de públicos
exige uma capacidade de adaptação e profissionalismo que
Cláudia Ferreira resume como
“amor ao trabalho”. “Adoro pessoas e ajudá-las dia após dia a
concretizar um sonho ou uma
necessidade (vender ou comprar).
Ouvimos histórias de felicidade e
outras muito tristes. Obviamente,
tenho o meu lado empresarial.
Neste momento, tenho 18 famílias
ao meu encargo, mas sempre
ajudando e respeitando todos os
nossos clientes. Este é o segredo
do sucesso a nível nacional, esta
é a postura que nos é passada
pelos administradores da Era
Portugal”.
Na Era Sacavém Real Forte
não se verificou nenhum negócio
Golden Visa, “todas as transações
imobiliárias são internas e de
valores médio/baixos”. “É essa a
nossa realidade e permitiu-nos,
em período homólogo, obter um
crescimento de 143%. Estamos
agora a colher todo o trabalho que
semeamos ao longo destes anos.
Felizmente esta postura e este
crescimento, meu e de todos os
meus colaboradores, permitiu-nos
colocar a Era Sacavém em quinto
lugar a nível nacional. É claro que
esta ponta de sucesso se deve
a um grande trabalho, a luta e a
disponibilidade”.
Até onde vai esta máquina?
“O céu já deixou de ser um limite.
Há sempre espaço para crescer.
Sonho, vontade, saúde e pessoas
que partilhem este projeto de vida
connosco e queiram acompanhar-nos, porque sozinhos não fazemos nada”, este é o rumo a seguir.
Apoiada pela Era Portugal,
a Era Sacavém Real Forte está
a iniciar a valência de recursos
humanos. Cláudia Ferreira confidencia-nos que o que partilha com
todas as pessoas que entrevista é
que “este trata-se de um projeto de
vida. E não há maior felicidade que
ver as pessoas crescerem e melhorarem a sua qualidade de vida.
O verdadeiro sentido de líder é
esse: ajudar as pessoas a estarem
no caminho certo, concretizarem
os seus sonhos, tirarem-nas da
sua zona de conforto e levarem-nas um pouco mais além”.
Setembro I 15
Portugal Inovador
A melhor das
soluções
Dois sócios e uma equipa estimulada garantem na Remax
Solução & Arrábida uma resposta eficaz a quem quer comprar
ou vender casa na margem Sul do Tejo.
António Azevedo e Pedro Gonçalves conheceram-se na Remax e
de uma parceria que começou em
2008 resultou, em 2012, a união
de esforços para a fusão das lojas
Remax Amora e Remax Solução
na Cova da Piedade ficando a
designação Remax Solução, por
acharem que comercialmente este
nome faria no mercado atual todo
o sentido. O modelo de gestão
teve resultados positivos, e desde
então os dois sócios adquiriram na
totalidade a loja Remax Arrábida
e, mais recentemente, a Remax do
Laranjeiro.
Pedro Gonçalves, membro integrante da primeira geração desta
imobiliária em Portugal está no
negócio desde 2002, altura em que
se iniciou como gestor comercial:
“Existiam apenas quatro lojas no
país e confundiam-nos”, recorda. Já
António Azevedo, entra para a rede
em 2006, sendo o sócio fundador
da Remax Solução. Apesar das diferenças de idade e formação entre
os dois diretores, Pedro Gonçalves
16 I Setembro
sublinha: “Sempre tivemos uma belíssima afinidade pessoal, e sempre
funcionamos bem”.
Partilha do Sucesso
Numa estrutura que soma os
cerca de 50 colaboradores, os empresários revelam que na base do
seu sucesso estão as pessoas que
ali trabalham: “É preciso tempo para
criar uma estrutura. Há pessoas
que estão connosco desde o início,
são elas que ao longo dos anos
se tornam os nossos alicerces e
que nos vão permitindo expandir ”,
afirma António Azevedo.
O investimento do retorno da
empresa em recursos humanos
é uma das premissas destes dois
gestores, e a logística de delegação
de funções e responsabilidades nas
três lojas tem lugar no contexto de
um crescimento sustentado. “Preferimos cimentar. Fazer com que
as pessoas tenham sucesso e um
crescimento gradual”, afirma Pedro
Gonçalves. E esta é a filosofia que
leva a empresa a definir tetos men-
sais de admissões e a apostar no
acompanhamento e na formação
daqueles que trabalham consigo.
Tal como Pedro Gonçalves se
encarrega mais da parte administrativa e jurídica da empresa, é
António Azevedo quem desenvolve
a parte de orientação comercial,
prezando tanto o apoio ao cliente,
como o apoio aos funcionários. “A
função dos comerciais é captar
negócio e prestar um serviço de
excelência aos clientes, mas a parte
burocrática tem que seguir para
os responsáveis pelos diferentes
setores”, revela o segundo, dando
importância ao facto de que “do
advogado ao gestor de processos,
cada um tem a sua função bem
definida, e assim prezamos pela
qualidade do nosso serviço”.
No que diz respeito à parte financeira, para os empresários “os
colaboradores são acionistas sem
quota”, afirma prontamente Pedro
Gonçalves. Apesar das metas e
objetivos traçados para a empresa
e para cada uma das lojas, António Azevedo defende que “mais
do que alcançar um objetivo num
determinado negócio, é importante
envolver todas as pessoas para
que quando esses objetivos forem
atingidos toda a gente ganhe”.
Com baixo índice de turn over e
uma alta rentabilidade por colaborador, a distribuição de dividendos foi
desde sempre uma forma de reconhecimento do valor que cada elemento tem dentro de uma estrutura
como esta. “Somos completamente
transparentes com as pessoas que
trabalham connosco. Partilhamos o
sucesso e o insucesso, no dia a dia,
e na divisão de receitas”, declara
António Azevedo.
Portugal Inovador
Rápido e Eficaz
A procura externa de alemães,
franceses ou holandeses, e a procura crescente por uma segunda
habitação na zona de Azeitão levou estes empresários à aquisição
total da loja da Arrábida, da qual
já detinham 50%, como forma de
complementar a oferta. Agora com
três lojas e a atuar em três zonas de
características próprias e distintas
entre si, esta é uma empresa que
serve uma procura multifacetada,
onde uma das bases para o sucesso assenta em “dar a mesma importância ao cliente do arrendamento e
ao da venda”, defende Pedro Gonçalves. Ainda que cada loja tenha
uma estrutura própria e os objetivos
sejam pré-estabelecidos para cada
uma delas, “o nosso interesse é
servir o mais rápido e eficazmente
possível, e o cliente que ontem
arrendou connosco, hoje pode comprar”, acrescenta António Azevedo.
E é por isso mesmo – para servir
o cliente – que a empresa defende
e privilegia o regime de partilha.
António Azevedo garante que há
“tanta confiança entre mediadoras
Remax como com os outros players
do mercado”.
Com um crescimento que nunca baixou dos dois dígitos, os
empresários garantem que o que
os distingue é a ambição: “Somos
ambiciosos, não gananciosos.
Neste momento, precisamos de
fortalecer a estrutura e manter um
crescimento sustentado. Mas somos empresários, se aparecer uma
oportunidade não será descartada”,
conclui António Azevedo.
Setembro I 17
Portugal Inovador
Imobiliária com
nome próprio
As ligações familiares ao setor imobiliário impulsionaram em
Paula Gonçalves a decisão de enveredar pela mediação
imobiliária. Começou o seu percurso na Moita, mas mais tarde
decide abrir um projeto no Montijo, também no distrito de Setúbal.
O reconhecimento que alcançou
em anos de trabalho permite-lhe trabalhar uma carteira de clientes sólida a nível nacional, mas muito mais
focada no Montijo e em Alcochete.
Analisando o atual estado do
mercado imobiliário na região onde
se encontra sediada, a profissional
considera que o Montijo e Alcochete sofreram, não só com a crise
que abalou as grandes economias
mundiais, mas também com as
expectativas elevadas, criadas em
torno da eventual construção do
Aeroporto. “Alcochete exagerou-se
na confiança criada em torno desse
projeto, foram construídas muitas
moradias, e alguns desses projetos
acabaram por sair defraudados”, refere, defendendo as potencialidades
de um concelho que classifica como
“uma terra lindíssima que não justifica ter tantos imóveis por vender”.
Perante esta realidade a empresa Paula Imobiliária ajustou-se ao
mercado. “Verificámos um decréscimo nas vendas e um aumento
18 I Setembro
no número de arrendamentos; mas
agora nota-se que há retoma”. Em
2014 os resultados obtidos refletem
“uma ligeira evolução; os arrendamentos desceram mas vendas já
estão a subir”. Realidade que muito
se deve à “maior abertura por parte
dos Bancos o que leva as pessoas,
principalmente jovens, a adquirir
habitação”.
Investir em
TEMPO de crise
Muitos investidores aplicaram
as suas economias em imóveis que
adquiriram e colocaram no mercado
de arrendamento, ou usufuiram como
segunda habitação. Paula Imobiliária
recebeu durante esse período, solicitações e realizou negócios com clientes
portugueses, “mas também estrangeiros”. Se bem que não atingindo o plafond do Golden Visa, surgiram “vários
potenciais clientes que acabamos por
não concretizar, porque esses clientes
baseiam, maioritariamente, o seu interesse em Lisboa ou no Algarve”.
Paula Gonçalves mostra-se
“convicta de que o mercado imobiliário vai crescer bastante no Montijo
e a zona vai ficar muito mais dinâmica”. A profissional reforça: “Tenho
muita expectativa, fala-se muito da
possibilidade de os voos low-cost
virem para a base aérea do Montijo.
Estamos a notar que o mercado está
a mexer. Por exemplo, temos dois
clientes que trabalham no aeroporto
e que estão a negociar connosco,
portanto eu penso que isso já é um
ligeiro sinal de melhoria”.
Positiva e proativa Paula Gonçalves é uma apaixonada pela sua
profissão, que mesmo em tempos
mais conturbados, continuou a
criar valor. “Como a minha estrutura
estava muito ajustada à realidade,
nunca entrei em crise. Vendemos
sempre, arrendamos sempre, nunca
parámos, claro que diminuímos os
nossos resultados, como é óbvio,
mas mantendo sempre a sustentabilidade”. O futuro como já se referiu é
promissor e a o desejo de continuar
a realizar sonhos é uma constante:
“Eu trabalho por paixão, o meu foco
é a satisfação do cliente”, conclui.
Portugal Inovador
Remax Lounge
soma e segue
Em conversa com Sandra Cruz, gestora de processos da
Remax Lounge, e Isabel Venâncio, assistente da consultora
Sandra Branco, ficamos a conhecer a visão de mercado
desta jovem equipa que tendo iniciado atividade em 22 de
setembro de 2014, apresenta já resultados muito positivos
no universo RE/MAX.
Na RE/MAX Lounge a fidelização do cliente tem uma importância
crucial, pois “só assim se constrói
uma base importante e sólida que
potencia e alavanca o negócio no
futuro”. Grande parte dos nossos
clientes são referenciados por
clientes que já utilizaram os nossos
serviços ficaram satisfeitos e recomendam ao seu núcleo de amigos
e familiares.
As nossas entrevistadas referem que o sucesso destes resultados se prende com “a permanente
e consecutiva formação de que os
consultores são alvo bem como
no rigor colocado pelos elementos
da equipa em todas as fases do
processo de venda”: “Todos os
nossos processos são rigorosamente vistos e revistos para que
não haja dissabores no final. Aqui
há, efetivamente, muito rigor, qualidade de serviço; o objetivo final é
a satisfação e o reconhecimento
do nosso cliente. O nosso foco não
são os números, são as pessoas”,
sublinha Sandra Cruz.
Esse rigor começa na formação
e na escolha dos elementos da
equipa. “Todas as semanas é dada
formação, para além da obrigatória
fornecida pela RE/MAX Portugal,
temos a interna que é ministrada
pela consultora Sandra Branco,
vendedora número um há cinco
anos consecutivos na cidade de Setúbal e que de uma forma abnegada
e desprendida, em prol do sucesso
da Agência e da equipa, passa todos os seus conhecimentos adquiridos ao longo dos últimos sete anos
de RE/MAX a todos os colegas de
equipa, desde os mais novos e
chegados recentemente até aos
mais antigos e já com alguns anos
de RE/MAX, esta formação é dada
em sala e tem uma periodicidade
semanal”, informa Isabel Venâncio.
Ser consultor imobiliário na RE/
MAX Lounge é fazer parte “de uma
equipa muito unida”. É um estado
de espírito e não é para todos, só
os muito bons, só os melhores
conseguem manter-se na equipa e
alcançar os resultados sobejamente evidenciados. Ali ambiciona-se a
qualidade, “que passa também pela
qualidade de vida dos consultores”.
A RE/MAX Lounge assume
querer ser a loja número 1 em Setúbal. “O nosso caminho pretende
ser feito de forma sustentada, um
passo de cada vez, consolidando
todos os nossos processos e métodos, criando e formando a nossa
equipa, que nunca está completa
pois estamos permanentemente a
recrutar, e assim crescer ultrapassando os objetivos inicialmente
estabelecidos o que possibilita criar
outros mais ambiciosos de seguida
e assim estarmos em permanente
superação”.
Setembro I 19
Portugal Inovador
Mediar no coração
da cidade de Setúbal
Joaquim Cavaco lidera a Remax Alive em Setúbal, uma cidade “que tem vindo, já desde
o ano passado, a apresentar uma dinâmica diferente da presenciada em anos anteriores,
nomeadamente quando a crise dos mercados financeiros provocou uma mudança radical”.
Nesses anos verificou-se uma
aposta muito grande no setor “por
parte de clientes que tinham as
suas aplicações na Banca e, não se
sentindo tranquilos, viram no setor
imobiliário maior segurança e rentabilidade para o seu investimento”.
Já durante o ano de 2014 nova
mudança surge: a Banca mostra alguma disponibilidade para financiar
e liberta mais verbas para o crédito
à habitação. “O investidor que comprava para investir e rentabilizar,
não desaparecendo totalmente, tem
vindo a dar lugar ao cliente de outros
anos que impulsionado, obviamente,
pela maior disponibilidade da Banca,
precisa mudar de casa, porque a família cresceu ou o local de trabalho
mudou, por exemplo”.
Sendo que a Remax Alive baseia
90% do seu negócio no mercado de
habitação, deteta-se um crescente
mercado de turismo onde “surgem
clientes estrangeiros de classe média, em busca de segunda habitação
com investimentos que raramente
ultrapassam a fasquia dos 100 mil
20 I Setembro
euros”. O mercado de Setúbal começa já a atrair este tipo de clientes
“devido à publicidade que tem sido
feita à cidade, toda a dinâmica que
tem sido criada com novos espaços,
novas áreas. O mercado está a mudar e tenho a certeza que no futuro
Setúbal vai tornar-se uma referência
a nível nacional, pela gastronomia,
pelas praias, pela serra… Temos
tudo para atrair outros clientes”,
garante.
Numa cidade com duas vidas
– “durante o dia existe falta de estacionamento no centro da cidade,
sendo ele todo pago; a partir das
19h tudo muda, o estacionamento
deixa de ser pago, há maior oferta e
surge uma nova faceta da baixa com
espaços de lazer, tascas regionais,
restaurantes” –, Joaquim Cavaco
tem uma visão muito particular da
evolução dos mercados: “O primeiro
patamar passa por criar as condições para atrair um determinado
nível de investidores. É de facto
muito importante que tal aconteça,
mas para isso tem que haver aqui
duas mudanças: a primeira por parte
dos atuais proprietários que devem
perceber que os valores pedidos
pelos imóveis (principalmente no
centro) estão completamente fora
da realidade; segundo, o investidor
que pode estar interessado nesse tipo de imóvel, tem que tomar
conhecimento que Setúbal é uma
cidade de futuro e onde vale a pena
investir. Quando estes dois fatores
se aproximarem, poderemos passar
pela fase da reabilitação”.
Liderando uma equipa composta
por 18 comerciais, Joaquim Cavaco
assume a missão de “apoiar toda a
equipa, dar-lhes as melhores condições possíveis para que possam
concretizar os negócios e prestar o
melhor serviço aos clientes”.
Consciente da exigência da
profissão o broker salienta: “Na Remax é preciso trabalho, dedicação
e um grande espírito de sacrifício.
Nem toda a gente tem perfil para
adaptar-se, mas claro que depois
há o retorno: aqueles que apostam,
têm uma condição económica diferente. Mesmo em tempos de crise,
subimos o nosso nível de faturação,
criando sempre melhores condições
de trabalho para os colaboradores”,
conclui.
Portugal Inovador
Elite do investimento
imobiliário
Portuguesa criada em Paris, a nossa entrevistada sempre
apreciou a singularidade de cada região do nosso país. Hoje é
uma voz que vende Portugal além-fronteiras.
investidores que prezo, muitos nacionais, mas uma grande percentagem
é de estrangeiros. Quando vejo algo
que me interessa, corro atrás, por isso
tenho produtos excelência de Norte a
Sul”, enaltece a nossa interlocutora.
Desenvolvendo maior prospeção
na zona de Setúbal, Maria Manuela
Paiva destaca-se como parceira de
referência de Bancos, financeiras,
sendo ainda promotora de algumas
entidades bancárias.
Setúbal
A Elite Serviços de Mediação
Imobiliária é o exemplo de sucesso
de uma empresa que nasceu fruto da
conjuntura economico-financeira que
afetou pessoas e instituições. Maria
Manuela Paiva é uma empresária
de sucesso no mercado de Setúbal.
Foi em 2011 que decidiu enfrentar
e abraçar a carreira profissional na
mediação imobiliária. Tendo adquirido
formação numa rede a nível nacional,
rapidamente percebeu que o seu sucesso estava na diferenciação de um
projeto criado por si, de raíz.
Empreendedora por natureza “não
me enquadrava naquela maneira de
trabalhar, eu sempre fui empresária,
então procurei informar-me dos critérios e da formação necessários para
abrir uma empresa de mediação.
Passei pelo exame de mediadora,
consegui obter a minha licença e só
depois surge a Elite”, conta-nos.
Aberta ao público, oficialmente,
há três anos, a Elite começou desde
logo muito apoiada nas novas tecnologias de comunicação. A aposta
numa página na internet foi o primeiro
passo: “Sem tecnologia não podemos
chegar a lado nenhum, sem uma boa
plataforma online, redes sociais e uma
grande capacidade de comunicação
multilingue é muito complicado atingir
determinados targets”.
Fluente em português, francês e
inglês rapidamente muitos clientes
estrangeiros (principalmente belgas
e franceses, cativados pelas isenções fiscais concedidas pelo Estado
português) começaram a solicitar os
seus serviços. “Tenho transmitido
uma excelente imagem de Portugal
aos estrangeiros e tenho conseguido cativar muitos para a região de
Setúbal”, transmite, assumindo que
o mercado internacional é cada vez
mais apetecível.
“Interessa-me mais o mercado internacional, não quer dizer que tenha
exclusividade. Tenho muitos clientes
Maria Manuela Paiva considera
que após a queda de preços verificada no parque habitacional “o mercado
vai estabilizar, mas não vai voltar ao
que era”. A abertura ao crédito pela
Banca manifesta-se, mas agora de
forma mais cautelosa, sendo que a
empresária acredita que a construção vai retomar em breve: “O sinal
mais positivo é a crescente venda de
terrenos. Vamos precisar novamente
de engenheiros, arquitetos, e os construtores vão ter que se ajustar a um
nível de construção mais exigente”.
Consciente que trabalha num mercado à escala global, Maria Manuela
Paiva recebe hoje os frutos de anos intensos de dedicação: “Tenho clientes
desde o início que me acompanham
e são fiéis, vão investindo, vão comprando e vêm pedir-me conselhos. A
Elite é uma empresa que transmite
confiança”, finaliza.
Setembro I 21
Portugal Inovador
Uma mediadora
com soluções vantajosas
Se procura uma oportunidade de negócio com a aquisição de empreendimentos de gama
média/alta, Idalina Gomes apresenta-lhe a euCasa, “uma mediadora com um serviço
personalizado e com provas dadas no mercado”.
Idalina Gomes é a cara do projeto de mediação imobiliária euCasa.
Trabalhando desde 1998 no setor,
em 2008 quando o mercado foi
abalado pela crise financeira global,
que levou a falência do Banco de
Investimento Lehman Brothers, esta
empresária viu uma oportunidade
de negócio na parceria com o setor
bancário.
Com sede no Pinhal Novo, a euCasa estende a sua área de atuação
aos distritos de Setúbal e Lisboa, estando totalmente vocacionada para
a comercialização de imóveis da
Banca. Uma oportunidade aliciante
para investidores, mas também
para quem quer adquirir habitação
própria com melhores condições de
acesso ao crédito.
Com o incumprimento bancário
em crescendo e a falência de muitas famílias, os Bancos viram-se a
braços com uma panóplia de casas
que necessitavam de escoar. “Esse
não era o seu negócio”, como tal a
parceria com as mediadoras imobiliárias foi frutífera. Ainda nesse
âmbito, “a cedência de crédito à
22 I Setembro
habitação para imóveis da Banca
teve sempre condições especiais”,
sublinha a empresária.
Em anos atribulados como foram
os de 2009 e 2010, a euCasa esteve
em alta, sendo procurada essencialmente por clientes particulares
com vista à compra de primeira
habitação.
O mercado, inicialmente, era
diverso, surgindo desde imóveis de
luxo em excelentes condições, até
casas familiares a precisar de manutenção, ou vice-versa. Desse modo,
o papel do mediador imobiliário é
crucial: “Temos de saber falar com
o cliente e explicar-lhe os contornos
do negócio. Por exemplo, se a casa
do particular é apresentada ao mercado de forma sugestiva, os imóveis
da Banca vendem-se no estado em
se encontram. Porém, em qualquer
das situações as condições são
vantajosas”, reforça Idalina Gomes,
assumindo que o negócio continua a
ser rentável: “90% das vendas são
para habitação própria permanente”.
Os próximos meses apontam
para a continuidade neste nicho de
mercado: “Está na altura de voltar a
focar-me no cliente particular, dado
que a Banca já está mais recetiva ao
crédito habitação, não deixando os
imóveis da Banca pois ainda existe
muito produto para escoar”, assume
a profissional que, apoiada pelo
trabalho de Tiago Bilé, encontra nas
novas tecnologias de informação o
meio mais eficiente para chegar aos
seus potenciais clientes.
Nova Casa
Atenta às necessidades do
mercado Idalina Gomes prepara-se
para dar um novo passo. O peso
que o mercado de Lisboa tem na
sua atividade conduziu-a a assumir a Avenida da Liberdade nº 110
-1º, como o ponto estratégico para
abrir o novo escritório da empresa.
Apostando na comercialização de
imóveis de gama média/alta, todos
os interessados podem brevemente
contactar a euCasa e beneficiar do
seu atendimento telefónico personalizado e vasto conhecimento de
mercado.
Portugal Inovador
Setembro I 23
Portugal Inovador
A arte de bem acolher
A Casa Diocesana – Seminário de Vilar, situada no Porto, com uma localização privilegiada e
próxima do centro da cidade, dispõe dos serviços de restaurante, cafetaria, bar e esplanada,
quartos e salas de congressos.
“O nosso primeiro objetivo passa por dar apoio logístico a todo
o trabalho pastoral da Diocese
do Porto, mas as capacidades do
Seminário são imensas, por isso, é
necessário aproveitá-las e rentabilizá-las”, introduz o cónego Álvaro
Mancilha, diretor da instituição.
Estas atividades são “muito importantes” para a manutenção do
Seminário de Vilar, que está aberto
de segunda-feira a domingo, 24
horas por dia, “a todas as pessoas
sem exceção”, afirmou o diretor.
O restaurante, na vertente self-service, está aberto sete dias
por semana e serve cerca de 200
almoços diários, havendo a possibilidade de take away, previamente
marcado. Os jantares estão sujeitos
a marcação e muita tem sido a procura neste âmbito – aniversários,
Natal, eventos diversos.
24 I Setembro
O Seminário de Vilar beneficia
de uma excelente localização, por
isso, a estadia prolongada ou a
passagem breve pela casa serão
sempre motivo de um momento
na esplanada com vista para o rio
Douro.
Ângela Magalhães, responsável
pela gestão financeira e membro
da direção do Seminário de Vilar
destacou ainda a vertente do alojamento, com a existência de 90
quartos com televisão, internet e
casa de banho privativa a preços
reduzidos. “Os preços correspondem aos serviços que prestamos,
não pode haver concorrência desleal, ou seja, se nos equipararmos,
por exemplo, a um hotel de três
estrelas, praticamos valores semelhantes”, salientou.
Para além destes serviços, o
Seminário de Vilar disponibiliza 14
salas de reuniões e conferências,
com funcionalidades e lotações
diferentes, tal como o auditório com
1280 lugares, para eventos académicos, comerciais, encontros profissionais ou formações empresariais.
O cónego Álvaro Mancilha lembrou que os serviços de restauração e alojamento são uma segunda
atividade do Seminário de Vilar,
sendo uma forma de manter os 30
funcionários atuais. “Esta aposta e
caminho tem sido positivo, porque
a resposta das pessoas é boa”,
afiançou.
Os valores intrínsecos a esta
Casa estão associados ao “bom
acolhimento, simpatia e de existir
uma marca que nos difere de um
simples hotel ou restaurante”,
funcionando sobretudo através da
vertente humana.
Segundo o diretor do espaço,
o próximo passo é implementar
uma maior dinâmica cultural com
exposições e concertos de piano
gratuitos e abertos a todos, continuando a desenvolver um serviço
de ótima qualidade no coração da
cidade do Porto.
Espaço do Peregrino
Para colmatar uma lacuna da
cidade, numa altura em que o Porto
“está na moda” como destino turístico, a Casa Diocesana – Seminário
de Vilar inaugurou, em janeiro
deste ano, um albergue de apoio
aos peregrinos que fazem cami-
Portugal Inovador
nho até Santiago de Compostela,
tendo a capacidade para alojar 12
pessoas.
O diretor da Casa Diocesana
de Vilar diz que o principal objetivo
da iniciativa pretende “apoiar os
muitos peregrinos que vão passando pela cidade do Porto e que
não dispõem de apoio nesta área”.
Para usufruir deste apoio o visitante terá, obrigatoriamente, de apresentar a Credencial de Peregrino.
O frequentador do albergue será
convidado a fazer uma pequena
contribuição “livre e voluntária”.
Já o serviço de quartos e restaurante “terá preços especiais para
peregrino”.
O cónego Álvaro Mancilha admite que este novo serviço pode
tirar proveito com a projeção atual
da cidade do Porto como destino
turístico, mas adverte que “nunca
se deve esquecer a própria identi-
dade do espaço, ou seja, um espaço de Igreja”, sendo esta “também
uma forma de evangelizar”.
Criado em especial para o peregrino de Santiago, “a disponibilidade do serviço não será exclusiva”.
O cónego Álvaro Mancilha garante
que “se por ventura em vez de peregrino de Santiago, for peregrino
de Fátima será igualmente bem
acolhido”.
A Casa Diocesana de Vilar é,
neste momento, “um espaço de
referência na cidade do Porto e
pretende ser um espaço, cada vez
mais, de encontro dando resposta
às diferentes necessidades das
pessoas e às diferentes solicitações que vão surgindo. Acreditamos, por isso, que a diversidade
das respostas, a qualidade dos
serviços e o cuidadoso atendimento fazem da Casa Diocesana uma
alternativa ao circuito turístico do
Porto, não esquecendo nem retirando a sua identidade Diocesana
e evangelizadora”.
Setembro I 25
Portugal Inovador
Cooperar pela diversidade e
qualidade
Miguel Dias apostou no setor alimentar no decurso do ano de 2013. Hoje conta-nos como se
iniciou no Grupo, tendo por base a afirmação e consolidação de um conceito de proximidade.
“Aderi ao Grupo “Os Mosqueteiros” em fevereiro de 2013, tendo atravessado todo o percurso
de formação teórica e prática que
o grupo define. Esta loja já se encontrava aberta ao público desde
o ano 2000, eu retomei-a no dia
23 de julho de 2015”, principia.
“A nossa loja tem 1100 m 2 e
apesar de nos dedicarmos mais
vincadamente ao mercado alimentar temos toda a outra gama:
produtos de higiene, limpeza,
casa, lazer, animais”, enumera.
Aqui podemos encontrar os mais
diversificados produtos da gama
alimentar estruturados de modo
a proporcionar o fácil acesso
aos clientes. Nessa categoria é
de destacar os produtos frescos
que chegam através da base de
distribuição e do contacto direto
com fornecedores locais. “Temos
quatro bases de distribuição, em
Alcanena e Paços de Ferreira,
que abastecem toda a gama
de frescos e alimentar, temos
a plataforma de distribuição de
26 I Setembro
carnes em Torres Novas, e Cantanhede, que nos fornece praticamente tudo o que não seja da
gama alimentar”, clarifica. Para
além disso, o estabelecimento
consegue também tirar partido
dos produtos regionais da terra,
como é o caso dos enchidos,
do fumeiro, do pão e do vinho.
“Quem entra numa loja Intermarché, em cada zona por onde passa, encontra com toda a certeza
o produto daquela região e isso
é de facto uma das referências
que temos e nos distingue dos
outros Grupos”.
Estas condições aliadas ao
benefício da qualidade/preço
traz mais valias ao serviço, proporcionando uma maior fidelização do cliente. “É uma imagem
forte que o Grupo tem criado e
procurará manter. A loja da Régua não foge à regra”, assegura.
Na loja comercial os visitantes poderão ainda usufruir do
serviço de cafetaria, um pequeno espaço de convívio para os
habitantes ou não habitantes da
terra. E a nível do exterior dispõe
de um parque para deficientes,
casas de banho, “sempre com a
sensibilidade de criar condições
de acesso a qualquer pessoa
que nos visita”, esclarece.
Portugal Inovador
Diferenciação
Miguel Dias assumindo a
chefia da loja reconhece alguns
pontos que podem diferenciar o
Intermarché da Régua dos demais. “Um aderente do Intermarché tem que ser acima de tudo
um líder e os colaboradores não
podem observá-lo apenas como
um patrão. Quero que me vejam
como uma referência, um líder
de equipa que os motiva, porque
só todos juntos poderemos impulsionar a empresa. Eu preciso
de todos eles, e a liderança está
no acompanhamento que eu faço
a toda a equipa. Sou o primeiro
a entrar e o último a sair. Se não
passar pela loja não deteto as
pequenas falhas que possam
existir, essa atitude marca a
diferença. Há a necessidade de
fazer os dois trabalhos, o de loja
e o de escritório. Como sou uma
pessoa que também habita aqui
há essa ligação, e aí poderá residir a diferença”, sublinha.
Promover a região
Numa época em que tantos
emigrantes visitam este espaço,
Miguel Dias envolve-se junto
da comunidade com o objetivo
de aproveitar e divulgar tudo o
que de melhor Trás-os-Montes
e Alto Douro tem para oferecer.
Esse conjunto de iniciativas vem
aproximar os produtores locais
e os consumidores ao produto,
bem como a ligação à terra.
Esta ligação não poderia
deixar de ser concretizada sem
o trabalho de equipa que une os
29 colaboradores da loja. “São
pessoas recrutadas localmente,
que vivem na Régua ou nas
proximidades. Sendo que nesta
época existe também muito o
trabalho sazonal, normalmente
são os estudantes que querem
trabalhar nas férias que nos
procuram; é bom para eles e é
bom para nós”, informa.
Beneficiando dos recursos
(humanos, financeiros e materiais) locais o Intermarché da
Régua consegue desse modo
cumprir o seu objetivo de proximidade, salvaguardando sempre os
direitos dos seus trabalhadores.
a reformular o espaço com a integração de uma pequena galeria
comercial e com a cobertura do
parque de estacionamento, tendo em vista a resposta a outras
necessidades.
Novos projetos
Existem já várias estratégias
que o empresário vai procurar
implementar a curto e médio
prazo. “Partindo sempre de um
crescimento sustentável, pretendemos alcançar uma maior
fidelização do nosso cliente à
loja. Essa fidelização passa pelo
atendimento, pelos serviços que
prestamos e pela diversidade e
qualidade dos nossos produtos”,
sintetiza. A curto prazo espera vir
Setembro I 27
Portugal Inovador
“O Solar”
apreciado por todos
Segundo o nosso entrevistado, para manter um negócio
durante tantos anos no ramo da restauração é preciso
“espírito de sacrifício e muito amor pela profissão”.
Em 1996 quando Aníbal Oliveira
percebe que tem o “bichinho” da
restauração, decide dar um passo
em frente e abrir um restaurante em
Tarouca, fazendo nascer “O Solar”.
O restaurante ganha este nome
sonante e já muito conhecido na
região, porque há 19 anos a vivenda
que lá existia era a mais elevada,
o sol incidia ali diretamente, não
havendo nada em volta a não ser
duas vivendas uma de cada lado;
por isso a esposa de Aníbal Oliveira
decidiu intitulá-lo desta forma. Têm
uma vista privilegiada para a Serra
Santa Helena, paisagem essa que
pode ser apreciada pelos clientes
enquanto usufruem da sua refeição.
Quando abriram portas ao público
funcionavam com duas equipas de
trabalho, sendo que a primeira fazia
o turno da manhã e almoço e a segunda fazia o turno da tarde e jantar.
Passados cinco anos, com o pico da
crise houve uma quebra no negócio
e desde aí reduziram o número de
funcionários. Aníbal Oliveira consi-
28 I Setembro
dera que “o negócio da restauração
já teve melhores dias”, mas mantém
a mesma qualidade e o mesmo empenho nos serviços que presta aos
que por lá passam.
Entretanto, deparou-se com a
necessidade de, em paralelo com
o restaurante, abrir uma Quinta
onde organiza festas de casamento,
batizados e comunhões. A Quinta,
apelidada de “Lameiro”, localiza-se
num espaço rural relativamente perto
do restaurante, sendo composta por
duas salas – uma com capacidade
para 600 pessoas e outra com capacidade para 150. A época do ano
em que há mais fluência a este tipo
de serviços decorre entre maio e
setembro, principalmente, durante
o fim de semana. O projeto surgiu
numa altura em que o procuraram
para servir um casamento para 400
pessoas e o restaurante não tinha
capacidade de resposta. Os espaços
que são hoje indissociáveis.
O nosso entrevistado, conta ainda, que existe um grande empenho
e espírito de sacrifício de todos os
que fazem parte da casa. “Um evento
marcado para sábado começa a
ser preparado segunda-feira para
que não haja falhas, nem atrasos”.
Considera imprescindível a sua presença para coordenar corretamente
o serviço, apesar de ter uma equipa
exclusiva para fazer os eventos, pessoas que já pertencem à equipa há
12 anos: “Funcionários simpáticos,
atenciosos e com muita experiência
no ramo”.
Aníbal Oliveira confidenciou-nos
que não há nenhum segredo para
manter este negócio ao longo de 19
anos, a não ser um prato ou um ingrediente que marcam pela diferença.
“O essencial é manter a qualidade
dos alimentos, escolher as melhores
matérias-primas e manter um atendimento de excelência”. Os pratos
que os fazem já ser reconhecidos
e procurados são os de marisco, incluíndo, o arroz de marisco, feijoada
de marisco, açorda de marisco, o
camarão grelhado, a sapateira.
Portugal Inovador
Hotel Douro Cister
aposta em projeto inovador
Localiza-se entre duas aldeias vinhateiras, Salzedas e Ucanha, oferecendo a quem por lá
passa uma paisagem privilegiada sobre o Alto Douro.
Em 2012 Sérgio Alves, um dos responsáveis por esta iniciativa, aproveitando os incentivos da candidatura ao
QREN 2007-2013, fez nascer o Hotel
Douro Cister Hotel. O projeto pretende
trabalhar os segmentos de turismo-natureza, Touring cultural e paisagístico, saúde e bem-estar, gastronomia
e vinhos e turismo educacional.
Situado numa zona privilegiada,
lá encontram-se as ruínas da abadia
(classificadas com interesse público),
um local que pretendem tornar um
centro de interpretação de ordem
cisterciense. Aproveitando esta localização estratégica, oferecem aos seus
hóspedes, amantes da natureza, passeios equestres e pedestres através
da rota da abadia. “O previsto é fazer
o circuito dentro das ruínas da abadia
e interpretar as pedras que compõe as
ruínas e que antecedem o mosteiro de
Santa Maria de Salzedas”.
Nas redondezas existe uma aldeia,
a 7 km, que ainda tem a estalagem do
Egas Moniz, como tal, decidiram fazer
a rota equestre possibilitando passeios
que vão ao encontro desses caminhos
antigos, possibilitando aos seus hóspedes conhecer e relembrar a história da
época medieval.
Segundo o nosso entrevistado o
Hotel Douro Cister tem como principal
característica a tranquilidade que será
complementada ainda com os vários
espaços que a unidade hoteleira possui: salão de eventos (casamentos,
batizados, festas, etc.) piscina exterior
ecológica, piscina interior aquecida,
Spa, banho turco, sauna, jacuzzi, ginásio, gabinete de estética, picadeiro,
canil, moinho do Séc. XII, sala de jogos,
1200 m de Rio Varosa e gabinete
médico.
Acrescentam outras valências
ao projeto, criando conceitos pouco
usuais em Portugal. Implementaram
uma cozinha, apelidada “do it yourself”, ou seja, um espaço que dará
a oportunidade a cada hóspede de
confecionar as suas refeições, dando
o exemplo dos grupos desportivos, que
por terem uma alimentação mais rígida
podem ter a necessidade de se fazerem acompanhar de um cozinheiro.
Criaram também um canil, tendo em
consideração as muitas famílias que
querem ir de férias e não têm onde
deixar os seus animais de estimação.
Plano de comunicação
A equipa do Hotel Douro Cister
aposta fortemente no plano de comunicação, com o intuito de atingir um
público mais vasto: Europa, EUA, o
Brasil e PALOP, assim como o turismo
de raiz, “dado que existem inúmeros
brasileiros e angolanos que viram as
suas origens surgirem em Portugal e
agora vêm para cá conhecer a cultura
e o país”.
Nesse sentido, por uma questão
de facilidade, a gestão do hotel fica entregue a um programa de gestão que
dispara para 500 operadores turísticos.
A reserva do quarto é feita automaticamente, assim como no check-out
a referência retorna ao Booking e a
todos os operadores e agências de
viagens. A divulgação dos serviços é
feita, maioritariamente, através das
redes sociais, dada a vantagem da
atualização da página quando estão
longe, mas entendem que tem que
haver uma boa coordenação: “Até
podemos ter uma página muito boa,
mas se não há comunicação, esta não
funciona”, explica.
Com todo este investimento e implementação de serviços inovadores,
Sérgio Alves confessa-nos que mantém as expectativas positivas para a
abertura deste projeto “Douro Cister
Hotel Resort Rural e Spa”.
Setembro I 29
Portugal Inovador
O Hospital em sua casa
Lúcia Marinho, médica e adjunta da Direção Clínica no Centro Hospitalar de Trás-os-Montes
e Alto Douro (CHTMAD), esteve em entrevista com a Portugal Inovador para nos apresentar
um projeto de internamento hospitalar no domicílio, designado por “Um projeto D’ouro”.
O Hospital de Proximidade de
Lamego (HPL) apesar de dar cobertura direta e indireta a cerca de 100
mil habitantes dispõe de apenas 30
camas afetas à Medicina Interna.
Sendo a região particularmente
conhecida pela sua população envelhecida, bem como pela sua significativa dificuldade na mobilidade e
acessibilidade aos cuidados de saúde, Lúcia Marinho juntamente com
José Manuel Correia (enfermeiro e
adjunto da Direção de Enfermagem)
e Mafalda Guiné (administradora
hospitalar) cedo perceberam o quadro socioeconómico e ambicionaram
trazer para o Douro Sul um melhor
nível de assistência para responder
às necessidades clínicas de internamento hospitalar de doentes agudos.
Sabendo de antemão a complexidade das doenças e condições
clínicas específicas da velhice aqui
prevalentes, a equipa de profissionais reconhece a importância que
a gestão sustentável dos recursos
representa para a região e para
o país. Foi sob a necessidade de
intervir que um novo paradigma da
saúde nasceu: “E se em vez de estar
internado no hospital pudesse estar
internado em sua casa e a menor
custo para todos?”, introduz.
A disponibilidade de liderar um
30 I Setembro
projeto pioneiro a nível nacional fez
com que paulatinamente um conjunto de instituições e profissionais
identificassem efetivamente as suas
vantagens e se reunissem aos outros
membros. Atualmente o grupo conta
com um conjunto vasto de parcerias
nacionais e internacionais: CHTMAD,
Universidade de Trás os Montes e
Alto Douro, Universidade de Aveiro, Universidade Técnica de Viena
de Áustria, Hospital de La Fé em
Valência, e as Câmaras Municipais
e Assembleias Municipais dos três
concelhos onde o projeto terá início
(Lamego, Peso da Régua e Tarouca).
“Queremos criar um novo serviço
hospitalar que acreditamos ser muito
importante para o SNS”, sublinham.
Embora seja pioneiro a nível nacional, tem como ponto de partida vários
projetos a nível internacional e que
têm bons resultados.
Sob esta nova prática integrar-se-ão novas tecnologias e uma
equipa de saúde transdisciplinar. “O
internamento de doentes agudos
no domicílio será apoiado numa
plataforma de monitorização tecnológica em tempo real e as pessoas
não abandonando o conforto da sua
casa serão monitorizadas 24 horas
por dia, 365 dias por ano e com as
mesmas condições de segurança e
qualidade que teriam se estivessem
no hospital”, esclarece. Os critérios
de internamento já se encontram
devidamente definidos, destinando-se, numa fase inicial, a pessoas que
necessitem de internamento hospitalar, com idade superior a 18 anos,
residentes a menos de 30 minutos
de automóvel, com telefone e habitação adequada. Nesse ambiente
familiar o risco de ocorrerem complicações como as que se deparam
num ambiente hospitalar, nomeadamente as infeções hospitalares,
ficará acentuadamente reduzido e
os custos com as deslocações aos
hospitais serão minimizadas para o
doente e família.
Sabemos que a ARSNorte e o
CHTMAD, de acordo com orientações da Tutela, estão a organizar as
condições para que o projeto piloto
arranque em breve.
O projeto terá a duração de três
anos, “mas com o objetivo de fundamentar a sua continuidade integrado
no âmbito do SNS/CHTMAD a replicação a nível nacional”, concluem.
Portugal Inovador
Distinção nos serviços
O Centro Terapêutico de Fão (CTF) marca a diferença através do seu atendimento
personalizado e instalações modernas cativando pessoas do Norte de Portugal.
Mafalda Carreira, licenciada em
Fisioterapia, mestre em Ciências do
Desporto e com master em Osteopatia, é a grande responsável pelo
nascimento do Centro Terapêutico de
Fão. Conta com um vasto currículo
na área da saúde, considerando que
o seu maior crescimento profissional
e pessoal “terá sido durante a década
em que exerceu funções no hospital
de Fão”. Atualmente, trabalha como
fisioterapeuta/osteopata no CTF, leciona no Instituto Piaget em Gaia, no
curso de Fisioterapia e, paralelamente,
está na fase final de investigação do
doutoramento em Fisioterapia.
Após ter terminado a formação
em Osteopatia, a nossa entrevistada
verificou um aumento na procura dos
seus conhecimentos. Foi exatamente
nessa altura, que decidiu criar um espaço independente, onde as pessoas
tivessem possibilidade de aceder aos
seus serviços. O Centro Terapêutico
de Fão surge em 2011, inicialmente
num gabinete que, passado um ano,
começou a ser demasiado pequeno
para o fluxo de utentes. Por esta razão,
em 2012 dá-se a passagem para umas
instalações maiores, pensadas ao
detalhe para os utentes.
No CTF os utentes têm ao seu
dispor permanentemente as especialidades clínicas de Fisioterapia
(neurológica, ortopédica, desportiva,
respiratória e pediátrica) e Osteopatia, beneficiando de outras valências
que respondem às necessidades da
população. Para além destas duas
especialidades, podemos encontrar
os serviços de Ortopedia, Podologia,
Terapia da Fala e Terapia Ocupacional.
No total a equipa do CTF é composta por sete profissionais, três dos
quais especializados na área da Fisioterapia e Osteopatia. Por esta razão
conseguem marcar três utentes por
hora, o que quer dizer que qualquer
pessoa que faça um tratamento de
Fisioterapia/Osteopatia no Centro Terapêutico de Fão tem a garantia de que
terá um fisioterapeuta em exclusivo
durante o seu tratamento. Segundo
o método de trabalho utilizado, não
há tempo limite para uma sessão de
fisioterapia, ou seja, “varia dependendo das necessidades do caso em
questão”.
Mafalda Carreira considera que a
Clínica marca a diferença na qualidade
dos seus serviços, por oferecer aos
seus utentes um trabalho personalizado e acompanhado, baseado numa
avaliação prévia. “Nós fazemos uma
avaliação muito rigorosa, quando são
precisos exames pedimos, somos muito criteriosos”, garante. Aliada a estas
características está a base científica
que faz parte da formação de cada um
dos profissionais do CTF e que, para
a nossa entrevistada, é fundamental
“uma vez que a medicina está em
constante evolução”.
O Centro Terapêutico de Fão conta
com quatro anos de existência e a
tendência será para a evolução constante. Durante este mês de setembro,
a aposta será feita em duas novas
valências: a Reabilitação Cardíaca e a
Reabilitação Génito-urinária na saúde
da mulher (pré e pós parto e incontinências urinárias). Paralelamente irá
arrancar, também, um projeto mais
alargado a desenvolver com os clubes
de futebol do concelho, tal como já
acontece com alguns atletas olímpicos
de canoagem.
Setembro I 31
Portugal Inovador
Saúde oral humana
Se procura profissionais de qualidade e um atendimento personalizado, a resposta está na
Clínica do Sorriso, em Braga.
e eis a receita para um espaço de
referência na saúde oral.
O utente em primeiro
lugar
Formaram-se em Medicina Dentária pela Universidade Fernando
Pessoa no Porto e começaram o
seu percurso profissional colaborando e ganhando experiência em
diferentes clínicas, até ao momento
em que decidiram instalar o seu
próprio consultório em Braga. Falamos da Clínica do Sorriso, que
abriu portas “há cerca de dois anos
e meio” e que é composta por uma
dupla que faz do trabalho em equipa um dos seus lemas: Rui Santos,
pós-graduado em Competências
Clínicas e em Endodontia e Ana de
Araújo e Silva, pós graduada em
Ortodontia Clinica especializada em
Damon System.
Começar não foi fácil, pois havia
um nome para consolidar e uma
confiança para estabelecer com a
população local. Aos poucos, todavia, o sucesso foi-se construindo,
recorda a diretora clínica adjunta,
Ana de Araújo e Silva: “No nosso
segundo ano de atividade começámos a notar bastantes melhorias, porque os pacientes que nos
visitavam foram falando com outras
pessoas”. E assim foi aumentando
o sorriso da clínica que, entretanto,
já se tornou na primeira escolha não
32 I Setembro
só de bracarenses, mas também
de utentes oriundos de Guimarães
e do Porto.
E o que se pode esperar deste
estabelecimento? “Em termos de
Medicina Dentária, fazemos tudo”,
afirma a nossa entrevistada. A lista
de serviços é, por isso, extensa
e vai do tratamento de cáries,
desvitalizações e extrações até à
Ortodontia e à Implantologia, sem
esquecer a Odontopediatria ou a
Periodontia. Acrescente-se a este
rol de valências e à sofisticação dos
equipamentos o facto de a clínica
estar aberta seis dias por semana
Composta por dois profissionais
que apostam continuamente na sua
formação e que se complementam
através de um trabalho em equipa
evidente em cada tratamento, a
Clínica do Sorriso é também um
espaço que centra toda a sua atividade no bem-estar e na satisfação
do utente. “Tentamos marcar as
consultas sempre de modo a que os
pacientes nunca tenham que esperar ou, pelo menos, que não tenham
que esperar muito”, explica Ana de
Araújo e Silva. Isso por um motivo
simples, embora essencial: “Temos
a noção de que muitas pessoas já
vêm com um certo stresse e o facto
de terem de esperar não ajuda”.
O objetivo da Clínica do Sorriso,
por outro lado, “passa por fazê-las
Portugal Inovador
sentir calmas, tranquilas e conversar um bocadinho”, à medida
que se procede ao tratamento. Em
suma, valoriza-se ao máximo “o
contacto humano”, aspeto que, de
acordo com a nossa entrevistada,
é essencial em qualquer área da
medicina.
Abertura ao feedback
Também importante para a Clínica do Sorriso é a opinião dos seus
utentes. “Antes de terminarmos o
tratamento, perguntamos sempre
ao paciente o que ele acha, se
gosta, se pretende alterar alguma
coisa”, refere Ana de Araújo e Silva.
Uma abordagem que, a seu ver,
“faz toda a diferença”, uma vez que
são aspetos como este que podem
definir se “o paciente voltará ou
não”, garante.
“Obviamente que nós somos os
especialistas, mas damos sempre
várias escolhas ao paciente e vamos ao encontro daquilo que ele
pretende”. De facto, antes de cada
tratamento existe a preocupação de
“explicar tudo sempre da forma o
mais detalhada possível”, em nome
da palavra “satisfação”.
Sempre aberto através do site
da clínica está também um ‘consultório online’ que serve não apenas
para o agendamento de consultas,
como também para o envio de
quaisquer dúvidas, pedidos de
aconselhamento ou para a partilha
de opiniões. Tudo isto em prol não
apenas de um serviço de qualidade
mas, acima de tudo, humano. Daqueles que dão vontade de sorrir.
Setembro I 33
Portugal Inovador
Clisende nasce e cresce
em época de recessão
Surgiu em 2005 com apenas seis utentes por dia. Já passaram dez anos e consideram que
o seu segredo está no amor que entregam à profissão.
A Clisende, Clínica Integrada
de Resende, surgiu em 2005, num
contexto familiar. Começou por iniciar os seus serviços com apenas
seis funcionários, três dos quais a
sócia-gerente Rosa Morais, o marido e o filho.
A abertura da clínica começou
por ter Fisiatria, Clínica Geral e
Fisioterapia, que davam resposta
aos seis utentes diários. Mais tarde,
o aumento das necessidades da população conduziu à oferta de novas
valências no âmbito da saúde.
Atualmente e apesar da concorrência, a Clisende tem, em média, 50 a 55 doentes por dia, com
tratamentos fisiátricos de duração
de uma hora ou mais, dependendo
dos casos. Possui, ainda várias
especialidades que respondem às
necessidades da população, tais
como: Clínica Geral, Fisiatria, Urologia, Ortopedia, Terapia da Fala,
34 I Setembro
Psicologia, Testes Psicotécnicos,
Enfermagem, Acunpuntura e Reiki.
A nossa entrevistada considera
que o segredo da longevidade e
sucesso deste projeto passa por
“trabalharem de forma muito séria,
com muita alegria e dedicação”.
Estes são os ingredientes principais,
até porque dedicam muito do seu
tempo a pessoas de várias faixas
etárias, desde bebés a idosos,
sendo o trabalho com estes últimos
que valorizam de forma especial, a
atenção prestada por toda a equipa.
E, por isso, é com naturalidade que
vêm os seus utentes entrarem nos
tratamentos/consultas “com vonta-
de e com um sorriso no rosto”.
Uma das grandes apostas de
Rosa Morais é sem dúvida a equipa
de trabalho, empregando jovens à
procura de novas oportunidades
profissionais, que sem “vícios”
interiorizam o espírito de equipa e
a forma de viver a profissão desta
família reconhecida no meio.
Desde há cinco anos, momento
em que – à semelhança de muitas
outras empresas a nível nacional –
sofreram um declínio a nível financeiro, a Clisende não parou e procurou dar uma resposta mais ajustada
às necessidades da população, conseguindo estabelecer protocolo com
diversos subsistemas de saúde e
seguros. A região onde se enquadra
sofre com a falta de oferta ao nível
de transportes públicos, principalmente na época balnear, findo o ano
letivo escolar. Por esta razão, perceberam que os utentes deixavam de
ir aos tratamentos fisiátricos. Nesse
sentido, foi adquirido um veículo, e
posteriormente, foi contratado um
motorista para prestar o serviço de
transporte dos utentes, que não
têm qualquer possibilidade de se
deslocarem, desde suas casas até
às instalações clínicas.
Portugal Inovador
Serviço à comunidade
Rosa Morais não entende o
ramo da saúde, principalmente
a Fisioterapia, como um negócio
mas como uma paixão. Considera
importante, o trabalho médico andar
de mãos dadas “com um excelente
atendimento, uma boa conversa,
para assim transmitirem o calor
humano de que qualquer paciente
necessita”. Mantém esta maneira
de estar dentro da clínica enquanto
profissional e é isso que transmite
aos seus funcionários. Ensiná-los
a manter uma boa relação com os
pacientes “é imprescindível”.
Esta capacidade de cativar con-
duz muitos utentes à fidelização nos
serviços prestados: “Há pessoas
que procuram determinados serviços, mas posteriormente, como gostam, acabam por procurar outros”.
No entanto, a grande especialidade
da Clisende está vocacionada,
maioritariamente, para a Fisioterapia, com sessões que duram em
média uma hora, sempre atendendo
à necessidade de cada paciente.
Falando do futuro da empresa,
Rosa Morais não tenciona expandir
para novos locais, mas está sempre aberta a aumentar o leque das
especialidades médicas, tendo em
conta, a procura, interesse e neces-
sidades da população e a localização geográfica da clínica. Por esta
razão “é importante adaptarmo-nos
às necessidades da população, e
isso é feito sempre que necessário”,
conclui.
Setembro I 35
Portugal Inovador
Um espaço onde o utente
se sente bem
Humberto Cardoso da Silva começou o seu percurso como médico dentista no Rio de Janeiro,
mas já há uma década que se encontra estabelecido em Lamego.
Este experiente profissional
nasceu em Angola, cresceu no
Brasil, mas as origens familiares
estavam em Lamego e Resende.
Foi isso que o trouxe, há 11 anos,
para a Cidade Monumental, juntamente com as perspetivas de
segurança e estabilidade que o
nosso país oferece.
Criou aqui a sua própria clínica
(a Clínica de Medicina Dentária
Humberto Cardoso da Silva), onde
o trabalho de médico tem sido
assegurado exclusivamente pelo
nosso entrevistado, que é especialista em Ortodontia, implantes
e próteses. Este seu espaço, conforme nos apresenta, está “capacitado com todos os recursos necessários”, entre os quais nos destaca,
por exemplo, as ótimas acessibi-
36 I Setembro
lidades para deficientes motores.
Sobre o serviço que tem vindo a
prestar à comunidade, diz-nos o
seguinte: “Nós somos regidos pela
Administração Regional de Saúde
e procuramos cumprir as suas
normas, agora o que pode mudar
o trabalho é que, como em tudo,
uns fazem-no com mais carinho
e outros com menos. Considero
que o mais importante é trabalhar
bem, ter preços acessíveis e tratar
o paciente com simpatia”.
Este espírito tem cativado um
universo de utentes que vai bem
para lá dos limites de Lamego, com
muito do seu público a vir dos concelhos próximos e alguns exemplos
pontuais que vêm do Porto ou de
Lisboa. “Há, de facto, pacientes que
vieram cá pela primeira vez quan-
do estavam a passar férias, mas
sentiram-se bem e a partir daí têm
vindo de propósito”, conta. Neste
momento, a Clínica está prestes a
dar uma resposta reforçada a quem
a procura, com a ampliação para
mais um consultório.
No decurso da nossa entrevista, Humberto Cardoso da Silva
partilhou também a sua perceção
sobre algumas questões importantes da saúde oral no país. Nota
que, quanto a hábitos preventivos,
existem ainda “muitos problemas
a nível da higiene oral, algo para
o qual os meios de comunicação
deviam sensibilizar mais a população”. Há “muito pouca atenção à
prevenção nos adultos”, em que a
maioria dos casos vai ao dentista
apenas quando o problema já se
verifica, o que “tem piorado com a
crise”. Já em relação às crianças
deu-se “uma melhoria mesmo
muito substancial”, o que aconteceu “desde que foi implantado o
cheque-dentista.”
Falando também da atualidade
do exercício desta profissão, o nosso interlocutor diz-nos que “Portugal não é um país em que dê para
ficar rico com a Medicina Dentária,
ainda que dê para se viver bem”.
A esse respeito, chama a atenção
para as despesas elevadíssimas
associadas ao contínuo esforço de
formação que estes profissionais
têm de fazer.
Portugal Inovador
“Mais do que clientes, os meus
pacientes são meus amigos”
Eduardo Miranda é uma referência médica e cívica no Douro. Recebeu-nos no seu consultório,
na Régua, onde esteve à conversa connosco acerca da forma de estar que tem mantido ao
longo de um percurso de mais de três décadas, assim como da atualidade da saúde nesta
região.
“Desde miúdo que tive a intuição de que gostava de ser médico e é nessa área que estou”,
conta. Foi então em 1978 que
obteve a licenciatura, pela Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, tendo sido colocado,
no ano seguinte, no Hospital de
Lamego. Cumprido o estágio,
passou a assumir funções no
Centro de Saúde de Mesão Frio,
onde esteve durante cerca de 20
anos, conciliando esta ligação
ao SNS com a atividade privada.
Acima de tudo, sempre se viu a si
próprio como “um médico e não
como um funcionário público” e,
incompatibilizando-se com o sistema, abandonou o setor estatal.
Atualmente, conforme nos
diz, deve ser “o único profissional nas redondezas a viver
apenas da Medicina Privada”.
Acrescentando: “Se o consigo
é porque tenho doentes que
me procuram e tenho mercado
para isso. Até hoje nunca me
dei mal com a situação e às vezes lamento não ter começado
a trabalhar assim mais cedo”.
Este mercado passa, para além
da Régua, por concelhos como
Baião, Armamar, São João da
Pesqueira, Sabrosa ou Alijó, zonas para onde terá conseguido
“passar a imagem de alguém
que, possivelmente, tem alguma
competência ou, sobretudo, interesse por aquilo que faz”.
Entende que “estamos cada
vez mais cheios de doutores e
cada vez há menos médicos”,
procurando fazer a diferença,
através de um trabalho em
que os seus “compromissos
são o doente, o exame clínico,
os olhos, a mão, a intuição e,
principalmente, o interesse em
aliviar o sofrimento e prolongar,
com qualidade de vida, a vida
das pessoas”. Como exemplo,
ainda será dos que “fazem mais
domicílios junto de doentes
que não se conseguem deslocar, fazendo-os aos sábados
e domingos, a qualquer hora”.
Outra das coisas a que se foi
habituando na vida, como relata,
foi também a experimentar os
medicamentos que receita em
si próprio. “Quando dou alguma
coisa a alguém sei, portanto,
com uma margem de erro muito
baixa qual a probabilidade de
sucesso que irá ter com quem
o recebe”, diz. Em síntese, tem
o sentimento de que responde
“sempre de uma forma que é
célere e que vai ao encontro do
agrado das pessoas”.
Por fim, aproveita para deixar
uma palavra às pessoas da Régua, que se “viram despojadas
de uma maneira completamente
injusta de alguns cuidados de
saúde, o que aliás coincidiu com
outras coisas do género que se
passaram em concelhos envolventes e que puseram o Centro
Hospitalar de Vila Real num autêntico estado de sítio”. Espera,
ainda assim, que a entrega da
gestão do Hospital D. Luiz I à
Misericórdia local possa trazer
novas aspirações ao concelho.
Setembro I 37
Portugal Inovador
Crescer em
proximidade com a
população
José Carrapatoso atento à realidade local e aos avanços
da saúde humana em Portugal e, mais especificamente, no
Interior do país, retrato-nos o setor, bem como da Clínica
Carrapatoso, sob sua gerência desde 2010.
“O espaço onde hoje nos encontramos foi o meu consultório privado
durante mais de 30 anos. Decidi
reconstruí-lo e transformá-lo na Clínica
Carrapatoso em 2010, pela vontade de
continuar a dar resposta à população
nas áreas de Medicina Familiar/Clínica
Geral e Medicina Dentária, a que posteriormente se associaram algumas
especialidades médicas de ambulatório, de modo a oferecer resposta fácil e
de proximidade à população de Lamego e região, em áreas de que estava
carenciada”, começa por contar.
A clínica abriu nos finais de 2010
apenas com a Medicina Dentária
e a Medicina Geral e Familiar, mas
“imediatamente avançamos com
Cardiologia, Psiquiatria, Urologia, Otorrinolaringologia, Nutrição, Psicologia
e, recentemente, Cirurgia Vascular,
especialidades em que hoje damos
cabal e satisfatória resposta à cidade
e à região”, prossegue.
“Nesta estrutura de saúde temos
a pretensão de continuar a prestar
serviços clínicos de qualidade, continuando a merecer a confiança e o
reconhecimento das nossas gentes, a
quem garantiremos eficientes serviços
de qualidade, com os mais atualizados
38 I Setembro
padrões do saber médico”, elucida.
Sob essa linha de conduta o papel
preventivo que o médico assume é,
na perspetiva do nosso entrevistado,
fundamental. “Naturalmente que uma
consulta de Medicina, seja ela de que
área for, engloba sempre cuidados
e ensinamentos preventivos, mas
temos de reconhecer que, hoje, as
pessoas procuram muito mais a Clínica Carrapatoso em termos curativos.
Obviamente que nenhum dos médicos
que aqui trabalha descura a prevenção
nas suas áreas de atuação”, salienta.
Dentro dos avanços que a Medicina evidencia, José Carrapatoso não
deixa de verificar algumas debilidades
que Lamego e a região apresentam.
“A falta de acessos e equidade aos
cuidados de saúde” foram colocados,
desde logo, como assuntos prioritários: “Penso que a saúde em Portugal
melhorou, especialmente nas zonas
onde tudo se concentra, o Litoral, mas
é urgente olhar para o Interior deste
país. Temos o direito de ser tratados
em condições de equidade com o todo
nacional”.
Na ambição de prosseguir em crescimento, estimulado por uma equipa
unida, a Clínica Carrapatoso procurará
continuar, com os seus profissionais,
a responder, como até aqui, “com
qualidade, eficiência, humanidade e
profissionalismo. Pretendemos que
quem nos consulte leve a resposta
certa, o conforto amigo, a informação
sobre prevenção em saúde e, fundamentalmente, a eficácia na reabilitação
e recuperação dos problemas que os
inquietam. Procuraremos dar sempre
o melhor a quem nos procura”, conclui.
Portugal Inovador
Setembro I 39
Portugal Inovador
Artigo de Opinião
Um compromisso com a igualdade
entre homens e mulheres no
mercado de trabalho
Apesar das dificuldades vividas
nos últimos anos, Portugal mantém-se entre os países em que a participação das mulheres no mercado
de trabalho tem maior expressão1.
Acresce que a esmagadora maioria das mulheres empregadas
– concretamente 85,2% – tem um
posto de trabalho a tempo inteiro,
e apenas 14,8% trabalham a tempo parcial. Estas circunstâncias,
que decorrem de razões de índole
histórica de longa data, conjugadas
com a necessidade de contribuir
para a sustentação da família (e,
em muitos casos, de a assegurar
completamente), bem como da vontade de garantir a sua autonomia
financeira, fazem da participação
feminina no mercado de trabalho
em Portugal um fator essencial
ao desenvolvimento económico e
social do país.
Não estando evidentemente
as mulheres imunes aos efeitos
pesados da crise na sociedade
portuguesa, não pode deixar de
sublinhar-se que, em muitos indicadores relevantes, as desigual40 I Setembro
dades entre homens e mulheres
não se agravaram e, pelo contrário,
a situação das mulheres revelou
até uma maior resiliência do que a
dos homens a fenómenos que nos
atingiram com especial gravidade.
Refiro-me, nomeadamente, à taxa
de desemprego que, sendo ainda
elevada em ambos os casos, foi,
segundo dados do INE, no segundo trimestre deste ano, inferior no
caso das mulheres (11,8%) face
ao desemprego masculino (12%).
Assim sendo, o gap entre as taxas
de desemprego é neste momento
favorável às mulheres, ao contrário do que tendencialmente se
verificava.
Existem, no entanto, formas de
desigualdade persistentes que, embora não se tendo acentuado nos
tempos mais recentes, subsistem
em níveis inaceitáveis, apesar de
tudo o que se fez ao longo dos anos
para as combater.
Quero referir-me, em concreto, às diferenças salariais entre
homens e mulheres para o desempenho de idênticas funções,
e à representação de ambos os
sexos em altos cargos de decisão
económica.
Quanto ao primeiro tópico, o
das desigualdades salariais injustificadas, deve sublinhar-se que,
de acordo com a fórmula utilizada
pelo Eurostat2, o diferencial registado em Portugal em 2013, data
dos últimos dados disponíveis, foi
de 13%, sendo que o valor médio
da UE era, naquela mesma data,
de 16,4%. Não nos servindo de
consolo que o mal seja geral, a
verdade é que países como a Espanha, o Reino Unido, a Alemanha
e a Áustria, apresentavam, também
em 2013, diferenças salariais de,
respetivamente, 19,3%, 19,7%,
21,6% e 23%, o que significa que,
para além do que temos feito para
anular esta diferença, caberá à
UE, no seu todo, uma atenção
redobrada a este tema que está,
aliás, lançado na agenda política e
pública no mundo inteiro.
Para combater este problema,
elaborou-se em Portugal o I Relatório sobre Diferenciações Salariais
Portugal Inovador
por Ramos de Atividade, com vista
a um levantamento das diferenças
salariais praticadas nas diversas
atividades económicas. Em 2014,
por determinação da Resolução do
Conselho de Ministros n.º 18/2014,
de 7 de março, o referido relatório
foi discutido em sede de concertação social, o que levou à elaboração de recomendações propostas
pelo Governo com o objetivo da
eliminação dessas diferenças salariais sem justificação objetiva.
Já em 2015, foi criado, através da
Resolução do Conselho de Ministros n.º 11-A/2015, de 6 de março,
um apoio técnico gratuito a fornecer
às empresas que se mostrem disponíveis para a implementação de
uma estratégia de eliminação dessas diferenças, visando-se, nesta
primeira fase, apoiar cerca de 200.
De notar que, depois de uma
trajetória crescente de 2005 até
2012, em 2013 registou-se a primeira quebra destas diferenças,
já que, de acordo com os dados
do Eurostat, a mesma passou de
14,8% para os já citados 13%.
Em 2014, as mulheres representavam, na sociedade portuguesa,
61,4% das pessoas com qualificação académica superior, sendo
que, em 2013, eram 54,8% dos
doutorados, resultados que decorrem de um enorme investimento feito na sua educação. Estes valores
contrastam fortemente com os números relativos à sua participação
nos órgãos de topo das empresas,
que revelam que há apenas 9% de
mulheres nos conselhos de administração das maiores empresas
cotadas3!
Embora também neste indicador
se tenha registado algum progresso – em 2011 eram 6% – o certo é
que este crescimento, insuficiente
e lento, impunha novas medidas.
Foi a necessidade de acelerar este
processo, que já demonstrou não
registar avanços fáceis, que levou
à aprovação da mencionada Resolução de Conselho de Ministros n.º
11-A/2015, de 6 de março, através
da qual foram também mandatados
vários membros do Governo para
diligenciarem no sentido da celebração, com as empresas cotadas
em Bolsa, de um compromisso
promotor de um maior equilíbrio de
género nos respectivos conselhos
de administração, e que pressupõe,
da parte das empresas, a fixação
de um objetivo de representação
de 30% do sexo sub-representado,
até final de 2018.
O referido compromisso foi
celebrado, em 30 de junho, com
13 empresas cotadas (BCP, Banif,
CTT, EDP, EDP Renováveis, Galp,
Glintt, Impresa, Lisgráfica, Luz Saúde, Media Capital, Pharol e REN),
9 delas integradas no PSI principal,
e representa um caminho inovador
no reconhecimento da importância
da promoção da igualdade na decisão económica. Este procedimento
não está fechado, podendo outras
empresas, com quem estamos em
contacto, vir a assumi-lo brevemente.
Com o mesmo objetivo, o Decreto-Lei n.º 159/2014, de 27 de
outubro, que aprova as regras
gerais dos programas operacionais
financiados pelo Portugal2020,
determina que, em caso de empate
de projetos candidatos aos fundos
comunitários, tenha vantagem a
entidade que tiver maior representação de mulheres nos seus órgãos
de direção, e que praticar melhor
nível de igualdade salarial, numa
medida completamente inovadora
e sem paralelo entre os nossos
parceiros da União Europeia.
A presença equilibrada de mulheres e de homens em lugares de
decisão, política e económica, é
um requisito da própria democracia e um fator de desenvolvimento
das nações. Impõe-se, portanto,
um melhor aproveitamento das
qualificações e competências de
todas as pessoas, rompendo com
uma cultura empresarial instalada
que tradicionalmente penalizou as
mulheres. Como se afirma numa
recente campanha nacional lançada sobre o tema: É tempo de
encontrar o mérito nos homens e
nas mulheres!
Teresa Morais
Secretária de Estado dos
Assuntos Parlamentares
e da Igualdade
1
Em 2014, a taxa de emprego feminino
era de 59,6%, portanto, superior à registada em muitos países da UE, designadamente a Bélgica, a Irlanda, a Espanha e
a Itália.
2
Diferentemente do Eurostat, que utiliza
a remuneração horária, em Portugal o
cálculo do gap salarial é baseado na remuneração mensal, e em 2013 foi de 17,9%.
3
No sector empresarial do Estado, registam-se 25,2% de mulheres nos conselhos
de administração (fonte: Cumprimento do
Regime Jurídico do Sector Empresarial do
Estado, Relatório Anual 2014, GPEARI,
Ministério das Finanças). Setembro I 41
Portugal Inovador
42 I Setembro
Portugal Inovador
Tratamento neurológico
de excelência
Situado em Torres Vedras, o CNS – Campus Neurológico Sénior faz o acompanhamento de
doenças neurológicas através de uma abordagem multidisciplinar e altamente especializada.
Aberto em setembro de 2013, o
CNS surgiu da necessidade – sentida pelo neurologista e diretor clínico
Joaquim Ferreira – de se “criar, no
nosso país, um centro dedicado a
este tipo de doenças” assente numa
“equipa multidisciplinar”, recorda João
Ferreira. Isto porque, na opinião do
diretor financeiro do CNS, ainda existe
em Portugal “uma lacuna grande de
unidades e de profissionais altamente
especializados” na área.
E é precisamente com o objetivo de
colmatar essa limitação que o CNS se
afirma como um centro de referência
para quem sofre de problemas neurológicos (como, por exemplo, doenças
de Parkinson ou Alzheimer, dores de
cabeça, acidentes vasculares cerebrais, etc.), contando com uma equipa
de 80 profissionais e uma capacidade
de alojamento para 78 pessoas, onde
se incluem utentes portugueses e
estrangeiros, ao abrigo de programas
internacionais.
O CNS divide-se em três áreas
chave. A Unidade Residencial acolhe
doentes neurológicos para “tratamentos de curta duração”, que podem
variar entre “uma semana a dois
meses”, sendo-lhes garantido apoio
“24 horas por dia” de enfermeiros e
outros profissionais. Outra das valências é a Residência Sénior, “pequenos
apartamentos para pessoas ainda com
um grau de autonomia razoável que
encarem viver no CNS”, com igual
direito a apoio profissional a qualquer
hora do dia.
Por fim, existe a Clínica Médica,
onde se fazem diversas consultas na
área da neurologia e que contempla
o centro de neuroreabilitação do
CNS, através do qual se efetuam
tratamentos com uma abordagem
multidisciplinar para problemas como a
doença de Parkinson. “A componente
farmacológica é muito importante, mas
cada vez mais a neuroreabilitação
ganha um peso grande”, explica o
membro da administração do CNS.
“Quando falamos em Neuroreabilitação, falamos de Fisioterapia, Terapia
da Fala, Hidroterapia, Estimulação
Cognitiva, psicólogos, neurologistas e
enfermeiros muito especializados” que
trabalham em conjunto o tratamento de
cada utente.
conhecimento estende-se também
à população geral. “Todos os meses
fazemos um evento chamado ‘Conversas no Campus sobre Saúde’ que
é aberto a todos os que pretendam
assistir e aborda temas importantes”,
com o objetivo de informar os familiares de utentes, bem como pessoas
interessadas na área, sobre temas de
interesse geral com implicações para
a saúde. Tudo isto em nome de uma
“responsabilidade social” que o CNS
assume e que se vem juntar à sua
missão principal, fazendo deste um
centro de referência não apenas para
quem sofre de doenças neurológicas,
mas também para quem as acompanha de perto.
Informar sobre
a doença
O CNS aposta também na componente de Investigação Clínica, em
parceria com universidades estrangeiras, estando envolvido em projetos,
“como ensaios clínicos para novos
medicamentos”, explica João Ferreira.
Já outra das valências do centro passa
pela área de formação, aberta a todos
os profissionais que procurem conhecimentos mais especializados.
Mas essa vontade de partilhar
Setembro I 43
Portugal Inovador
Transporte com fiabilidade
e segurança
A operar em Portugal e no estrangeiro, a DreamTrans garante o armazenamento e transporte
de mercadorias, através de uma equipa devidamente certificada.
Fundada em setembro de 2012,
a DreamTrans Unipessoal, Lda.
nasceu pela iniciativa de Marta Costa
que, durante 15 anos, trabalhou
numa firma do setor dos transportes
que acabou por encerrar portas.
Confrontada com esse cenário, a
empresária optou por desenvolver
o seu próprio negócio, adquirindo
os veículos pertencentes à frota do
seu anterior empregador e colocar
mãos à obra.
“Somos uma empresa jovem e
temos vindo a crescer”, refere a nossa entrevistada, antes de salientar
que o percurso ao longo destes três
anos tem contemplado situações positivas e outras tantas complicadas,
naturais no crescimento de qualquer
empresa. “O importante é que temos
conseguido andar para a frente”, remata Marta Costa, com entusiasmo.
A DreamTrans é uma empresa
dedicada ao armazenamento e distribuição de mercadorias, com um
modus operandi assente na ética, na
transparência e na eficiência. “Armazenamos a mercadoria dos nossos
clientes e transportamo-la assim que
nos é pedido”, explica Marta Costa.
Atualmente, a firma conta com um
44 I Setembro
armazém devidamente licenciado
para o armazenamento de produtos
fitofarmacêuticos e agroquímicos
(com certificação ADR), no qual se
reúne todas as condições necessárias para a sua acomodação.
Embora a maior parte das mercadorias transportadas pelos veículos
da firma estejam inseridos nessa
categoria, a DreamTrans possui
ainda um outro espaço para o armazenamento de carga geral. Pode
dizer-se, por isso, que esta é uma
empresa disponível para responder
a qualquer solicitação dos seus
clientes, atuando não apenas nas
estradas portuguesas, mas também
a nível internacional, nomeadamente
em Espanha.
Neste momento, a DreamTrans
conta com um total de nove veículos
para o transporte de mercadorias.
“Temos desde o ligeiro até ao semirreboque”, enumera a empresária.
Mas também incluído na frota está,
por exemplo, um camião Movibenne.
Já em termos de profissionais, a
empresa é composta por uma equipa
de 12 pessoas, distribuídas em escritório, armazém, oficina e motoristas,
os quais se encontram devidamente
autorizados para o transporte de
mercadorias perigosas (certificação
ADR). “Todos eles estão certificados
porque a qualquer momento podemos sentir a necessidade de transportar este tipo de produtos, que é
o nosso forte”, explica Marta Costa.
Um mercado difícil
Criar uma empresa e avançar
com um negócio não é tarefa fácil
hoje em dia. No setor dos transportes, em particular, o panorama
está “complicado”, considera Marta
Costa. Assim sendo, durante a
fase de arranque, existem etapas
e condicionalismos que qualquer
empresário se vê forçado a enfrentar.
Felizmente, no entanto, a DreamTrans conseguiu “ultrapassar essa
fase”, graças não apenas à força de
vontade da empresária, mas também “ao apoio familiar” que recebeu.
“Tive a vantagem de ter comprado viaturas [da empresa em
que trabalhava anteriormente]
que, apesar de não serem novas,
nos permitiram começar de uma
forma mais simples”, reconhece a
gerente. Já relativamente ao setor
empresarial, a nossa entrevistada
Portugal Inovador
considera que seria importante
que qualquer pessoa apostada
em fundar o seu projeto devesse
frequentar um curso ou período de
formação. “Em nome individual é
muito fácil chegar e montar uma
empresa”, o que pode contribuir
para “perturbar o nosso mercado”.
Face a isso, no entanto, a solução é
apenas uma: “Temos que nos unir,
temos que lutar e tentar minimizar
os custos para podermos seguir
em frente”.
Embora a gestão da firma esteja a cargo de Marta Costa, não
é segredo que o apoio do marido,
Nélson Teixeira, tem sido igualmente
importante para o desenvolvimento
da DreamTrans. Caso para dizer, por
isso, que está tudo em família. E é
precisamente desta forma que os
responsáveis pela empresa encaram
todos os profissionais que os acompanham. “Esta equipa é quase como
uma família, eu estou cá quando eles
precisam e, quando eu preciso, também gosto que cá estejam”, conta a
empresária. E é precisamente essa
“união” que permite que o negócio
“possa seguir em frente”, remata.
Perspetivas para o
futuro
Cumpridos três anos de existência, o que se pode esperar da
DreamTrans para o dia de amanhã? O panorama, neste momento,
permite algum otimismo. “Estamos
capacitados para receber mais
clientes e o volume de negócios expandiu positivamente”, afirma Marta
Costa. Posto isto, os objetivos mais
próximos passam pela renovação
e alargamento da atual frota para
doze veículos.
Existe, em suma, uma vontade de
crescer, mas de forma sustentada.
“Eu gosto de ir devagarinho porque
para construir custa muito, mas para
destruir é muito fácil”, explica, antes
de acrescentar que o facto de “estarem aqui dez famílias a trabalhar”
é outro fator que influencia o desejo
da DreamTrans em manter-se uma
empresa estável que crescerá apenas no momento oportuno.
Embora Nélson Teixeira considere que não se possam “estabelecer metas” neste setor, cuja
atividade depende essencialmente
dos negócios que vão surgindo,
Marta Costa arrisca um desejo para
o futuro. “Gostaríamos de angariar mais uma ou duas empresas
de agroquímicos, já que temos o
armazém e os motoristas licenciados”. Mas tudo a seu tempo, claro.
Porque se há coisa que rima com
DreamTrans é a sustentabilidade e
a seriedade do seu serviço.
Dreamtrans
Setembro I 45
Portugal Inovador
Contabilista & Parceiro
Pedro Baquetas mudou-se da Maia para Lousada em 2006; em instalações renovadas presta
apoio a empresas tanto a Norte como no Centro do país.
Formado pelo ISCAP, com
bacharelato concluído em 1994,
a opção pela Contabilidade surgiu
naturalmente. “Esta é uma área
que sempre me atraiu”, assume
Pedro Baquetas. Ainda que hoje
as implicações da profissão sejam outras, e a burocracia fiscal
esteja mais complexa, para este
contabilista “as plataformas informáticas beneficiam os técnicos
oficiais de contas, deixando de
obrigar a deslocações e permitindo fazer grande parte dos
serviços via internet, agilizando
assim o trabalho”.
Com dois colaboradores no
seu escritório no centro de Lousada, a maioria dos clientes de
Pedro Baquetas são PME’s - Pequenas e Médias Empresas - que,
segundo o contabilista “têm feito
alguns investimentos significativos”. O profissional acaba por,
46 I Setembro
dentro do que a lei permite,
apoiar os clientes no que toca às
suas perspetivas de negócio, e
sugerir, tal como refere, “investimentos ou, quando é o caso,
desinvestimentos”.
Educação Fiscal
Parceiro de confiança dos
clientes, Pedro Baquetas reforça
a ideia de que os contabilistas
têm “um papel importante na educação dos nossos empresários,
para que a Contabilidade não
sirva meramente para questões
fiscais, mas para apoio à gestão”,
defende.
Com a adoção do Sistema de
Normalização Contabilística em
substituição do POC, o Plano
Oficial de Contabilidade em vigor
há mais de 30 anos, tornou-se
imperativa a transparência entre
o contabilista e as empresas, e
o TOC passou a ser peça-chave
na tomada de decisões dos empresários.
“Há quem use a nossa informação para fins meramente
fiscais, para quem somos apenas
intermediários do Estado, mas
há cada vez mais quem aplique
a nossa informação para análise
e gestão”, assume, assumindo
ainda que, para si “o trabalho
de consultoria à gestão é mais
aliciante do que a Contabilidade
por si só”.
Com duas décadas de experiência na área, o nosso entrevistado refere que “a Contabilidade
de hoje não é a mesma de há
vinte anos, altura em que não se
falava em reconciliações bancárias ou controlo por parte dos
bancos”.
Pedro Baquetas reconhece
aqui o papel da Ordem dos Técnicos Oficiais de Contas no sentido
de uma “maior credibilização da
profissão”, e no “apoio que dá
para executarmos com qualidade
o nosso trabalho.” Num mercado cada vez mais competitivo,
onde o trabalho se desenvolve
com cumprimentos de prazos,
atualização formativa constante,
e responsabilidade acrescida, a
agenda semanal de Pedro Baquetas é já muito preenchida.
Ainda assim, e na perspetiva de
“melhorar e aumentar a dimensão
da empresa”, o nosso entrevistado assume: “Para bons clientes
estamos sempre recetivos”.
Portugal Inovador
Na defesa do setor primário
Conheça duas instituições que têm dinamizado de forma relevante o setor primário no
concelho de Lousada.
No âmbito do apoio à atividade
agrícola na região de Lousada nasce em 1955 a primeira Adega da
Região dos Vinhos Verdes, surgindo em 1958 a Adega Cooperativa
de Lousada (ACL). Entre muito do
trabalho já desenvolvido destaca-se
“a plantação de novas vinhas e castas adequadas à região, tendo sido
fomentada a entrega por parte dos
associados de castas separadas”.
A Copagri – Cooperativa Agrícola
de Lousada CRL foi fundada em
1977, “com o objetivo do fornecimento aos seus cooperadores de produtos para a agricultura, destinados às
suas explorações e consumo, bem
como a colocação no mercado dos
produtos provenientes dessas explorações agrícolas e ainda a prestação
de serviços técnicos”.
Atualmente, a direção das duas
instituições é presidida por Francisco
Meireles, detendo a Copagri 2567
associados e a ACL 447 associados
com um número de 4278 pipas inscritas numa percentagem de 70% de
uvas brancas (Arinto, Azal, Trajadura
e Loureiro) e 30% tintas (Vinhão, Espadeiro e Azal Tinto - Amaral).
Francisco Meireles refere que “o
concelho insere-se numa região de
minifúndio, daí a importância destas
entidades organizadas para obter
a melhor informação e transmitir
conhecimentos para que todos os
sócios possam desenvolver as suas
atividades de modo mais eficiente,
a que se associa o fornecimento de
fatores de produção (sementes, adubos, rações fitofármacos e outros),
serviços (ADS, Comissão de Viticultura) aos custos mais económicos,
(efeito de estabilização de preços de
compra), e venda aos preços melhor
de mercado (leite e vinho, milho,
batata e feijão), maximizando assim
o rendimento do custo/benefício do
associado”.
A ACL e COPGRI têm-se re-
velado ferramentas fundamentais
na elaboração, desenvolvimento
e apoio a projetos de interesse
público sendo da sua intenção, no
período de 2014/2020, levar a efeito
investimentos de relevância estrutural e organizacional: “Na Copagri,
pretende-se a ampliação do espaço
em 300 m2 na secção comercial de
bens alimentares e a mesma área
na secção de produtos agrícolas,
assim como ações de formação
interna e externa. Já as estratégias
e projetos que irão implementar na
Adega Cooperativa de Lousada têm
em vista a construção moderna da
‘marca’ ACL”.
No âmbito das atividades que
levam a cabo para representar a
região, nomeadamente o setor
agrícola, dentro e fora de portas, a
Copagri apresenta-se todos os anos
o concurso pecuário do concelho e
participa em feirinhas tradicionais e
locais. A Adega Cooperativa de Lousada participa na Feira dos Produtos
Locais em Lousada; na Feira de S.
Martinho em Penafiel; na Agrival
(feira agrícola do Vale do Sousa) em
Penafiel; rotas Gourmet em Lousada
e Feira da Comunidade Intermunicipal Tâmega e Sousa no Luxemburgo.
Setembro I 47
Portugal Inovador
Paliclousa:
Três serviços, uma só empresa
Empresa de Lousada distingue-se por agregrar três áreas distintas.
A história da Paliclousa será um
pouco diferente da maioria das histórias de empresas portuguesas que já
lhe demos a conhecer.
Sediada em Lousada, surge com
poucos recursos, mas rica na atitude
imposta por umas amigas e colegas
empreendedoras e esforçadas, que
assumiram a missão de, após a insolvência de uma fábrica da região, criar
um projeto próprio. Essas mulheres
conseguiram levar avante o negócio
do calçado, apenas com os materiais
básicos como as máquinas de costura.
Os serviços começaram a ser cada vez
48 I Setembro
mais procurados, aumentando o nível
de produção e a qualidade. Dado este
crescimento, houve a necessidade de
formalizar e reorganizar a empresa,
fazendo nascer assim, em 2001, a
Paliclousa.
Segundo o nosso entrevistado,
Joaquim Cunha, “o negócio do calçado
estava em alta no ano em que surgiu
a Paliclousa”. Por isso, em março de
2004, com o crescimento e exigências
do mercado, verificou-se a necessidade de se juntar à sua esposa, Alice
Teixeira, e ambos assumirem a totalidade do controlo e capital da empresa.
Joaquim Cunha considera que com
esta união “surgiram alterações na
gestão empresarial e implementação
de métodos de produção inovadores,
incluindo atualização de equipamentos
e formação de todos os colaboradores”.
Face ao aumento de capital e ao
número de funcionários, as necessidades da empresa passavam por
uma gestão mais permanente, sendo
que passa para Alice Teixeira a total
responsabilidade da coordenação da
produção do calçado.
Em 2012, face a estas alterações,
decidem alargar atividades e integrar
o ramo da Engenharia e Construção
Civil, área em que Joaquim Cunha
conta com uma “vasta experiência,
coordenação e gestão da construção
de edifícios industriais de referência no
Vale de Sousa”.
Em 2011, paralelamente com a
gestão da Paliclousa, Joaquim Cunha
aproveitando uma longa e vasta
experiência na gestão e capacidade
no setor, decide adquirir uma outra
empresa em Lousada, desta feita
no setor dos transportes. Mais tarde,
passados dois anos, percebe que a necessidade de aumentar e simplificar o
rigor da gestão, era benéfico transferir
essa firma independente para a Paliclousa. É, desta maneira, dado início
à atividade de transportes rodoviários
de mercadorias em território nacional
e internacional para toda a Europa.
Assim, com esta última implementação
a Paliclousa ganha maior força no
mercado passando a atuar em três
setores distintos.
Portugal Inovador
Descanso e bem-estar
no Centro do país
Integrado numa atmosfera abraçada pela natureza, nas imediações de Alcobaça, o Your
Hotel & Spa Alcobaça é um exemplo de equilíbrio entre luxo e tranquilidade.
Esta unidade foi renovada em
2010, tanto na sua parte exterior
como interior, recuperando o
espírito do antigo Hotel Termas
da Piedade. Neste cenário harmonioso em que se encontra, a
experiência dos seus visitantes
é enriquecida através de equipamentos como uma piscina
exterior, um campo de ténis,
um campo de futebol de cinco,
parque infantil, campo de treino
de jogo curto para golf, percurso
pedestre, ginásio e sala de convívio. Para além do alojamento,
para o qual dispõe de 62 quartos (sendo um comunicante e
três suites), o Your Hotel & Spa
Alcobaça tem também merecido
a escolha de diversas grandes
empresas para ministrarem as
suas reuniões.
O produto âncora deste hotel
é, sem dúvida, a valência de
Spa. O Spa & Beyond é um dos
maiores e mais completos de
Portugal, sendo composto por
15 salas de tratamentos e um
Circuito de Spa com Piscina de
Hidromassagem, Jacuzzi, Banho
Turco, Sauna, Pedilúvio, Passeio
das Chuvas e Zona de Relaxamento. Já no final do verão, o
serviço será alargado ao Spa noturno (sextas e sábados à noite),
uma iniciativa que teve bastante
sucesso no primeiro semestre do
ano, altura do lançamento. É um
programa muito romântico para
casais e o objetivo assumido
pelos responsáveis passa por
fazer com que a possibilidade
de ir ao Spa no fim-de-semana
à noite rivalize com a opção de
ir ao cinema, a um bar ou a uma
discoteca.
Outro destaque é o Restaurante. No Restaurante “Sentidos” a
presença dos produtos da Região
Oeste é uma constante. Para
além do tradicional ‘frango na
púcara’ será obrigatório provar
alguns pratos, tais como o ‘robalo
com concassé de camarão tigre,
salicórnia e xarém de tomate’; o
‘tornedó do lombo de vitela com
molho de mostarda à antiga’; o
‘lombinho de porco ibérico assado com alecrim, batata doce e
canela’, passando pela deliciosa
sobremesa de ‘pêra bêbada,
queijo de cabra do monte e licor
de ginja de Alcobaça’ e o fabuloso
‘bolo de chocolate da Chef’.
Rua Manuel Rodrigues Serrazina S/N, Fervença , Vestiaria - Alcobaça - Vestiaria - Alcobaça 2460-743 (Portugal)
Telefone:+351 262 505 370 • Fax+351 262 505 379 • E-mail: [email protected]
www.yourhotelspa.com
Setembro I 49
Portugal Inovador
50 I Setembro
Portugal Inovador
Setembro I 51
Portugal Inovador
52 I Setembro

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