2008 - Belo Horizonte - Sociedade Brasileira de Fitopatologia
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2008 - Belo Horizonte - Sociedade Brasileira de Fitopatologia
Official bimonthly publication of the Brazilian Phytopathological Society Vol. 33 SUPLEMENTO AUGUST, 2008 TROPICAL PLANT PATHOLOGY Former Fitopatologia Brasileira Official Publication of the Brazilian Phytopathological Society Revista Oficial da Sociedade Brasileira de Fitopatologia ISSN 1982-5676 Editorial Committee (2006 - 2008) / Comissão Editorial Address / Endereço Cx. Postal 3066, 37200-000, Lavras, MG Fone: 55-35-3829.1479, e-mail: [email protected] http://www.sbfito.com.br/tpp Assistant Editors / Editores Adjuntos Carlos R. Casela Embrapa Milho e Sorgo, Sete Lagoas, MG President / Presidente Ludwig H. Pfenning Mário Lúcio V. Resende Universidade Federal de Lavras, MG Universidade Federal de Lavras, MG Associate Editors / Editores Associados Álvaro M. Rodrigues Almeida Embrapa Soja Londrina, PR David de Souza Jaccoud Filho José Luís Bezerra Regina Maria D.G. Carneiro Comissão do Plano da Lavoura Cacaueira Itabuna, BA Embrapa Recursos Genéticos Brasília, DF Univ. Estadual de Ponta Grossa Ponta Grossa, PR Embrapa Trigo Passo Fundo, RS José Maurício C. Fernandes Reginaldo da Silva Romeiro Eduardo S.G. Mizubuti Lilian Amorim Ricardo Moreira Souza Erlei Melo Reis Luadir Gasparotto Robert W. Barreto Francisco F. Laranjeira Luis Eduardo Aranha Camargo Valmir Duarte Francisco Murilo Zerbini Marciel João Stadnik Wagner Bettiol Gary Odvody Marcos Paz S. Câmara Gilvan Pio-Ribeiro Marisa A.S.V. Ferreira John C. Sutton Nilceu R.X. Nazareno José da Cruz Machado Renato B. Bassanezi Univ. Federal de Viçosa Viçosa, MG Univ. de Passo Fundo Passo Fundo, RS Embrapa Mandioca e Fruticultura Cruz das Almas, BA Univ. Federal de Viçosa Viçosa, MG Texas A&M University Corpus Christi, EUA Univ. Federal Rural de Pernambuco Recife, PE University of Guelph Canadá Univ. Federal de Lavras Lavras, MG Univ. de São Paulo - ESALQ Piracicaba, SP Embrapa Amazônia Ocidental Manaus, AM Univ. de São Paulo - ESALQ Piracicaba, SP Univ. Federal de Santa Catarina Florianópolis, SC Univ. Federal Rural de Pernambuco Recife, PE Univ. de Brasília Brasília, DF Inst. Agronômico do Paraná Curitiba, PR Fundecitrus Araraquara, SP Univ. Federal de Viçosa Viçosa, MG Univ. Estadual do Norte Fluminense Campos dos Goytacazes, RJ Univ. Federal de Viçosa Viçosa, MG Univ. Federal do Rio Grande do Sul Porto Alegre, RS Embrapa Meio Ambiente Jaguariúna, SP Wolfgang Osswald Technical University Munich Alemanha Ficha Catalográfica Preparada pela Divisão de Processos Técnicos da Biblioteca Central da UFLA Tropical Plant Pathology. -- Vol. 33 Suplemento (Ago/2008). -- Brasília: Brazilian Phytopathological Society, 2008. v. : il.; 28 cm Bimestral. Official Publication of the Brazilian Phytopathological Society. Former title: Fitopatologia Brasileira. Edits one Supplement each year ISSN 1982-5676 �������������� 1. Fitopatologia - Periódicos. I. Brazilian Phytopathological Society. �������� CDD 22ª –�� ������ 632.05 Composition / Composição Ana Carolina Naves Ferreira Printing / Impressão e Acabamento INDI Gráfica Editora Ltda. Fone: 35-3821.0621, Lavras MG Printing Date / Data da Impressão July, 25, 2008 / 25 de julho de 2008 Printed copies / Tiragem 1500 copies / 1500 cópias SUMÁRIO / CONTENT XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia XLI Annual Meeting of the Brazilian Phytopathological Society PALESTRAS - MESAS REDONDAS .............................................................................. S9 RESUMOS ...................................................................................................................... S89 ÍNDICE DE AUTORES - PALESTRAS E MESAS REDONDAS ...................................... S311 ÍNDICE DE AUTORES - RESUMOS ............................................................................... S313 ÍNDICÉ DE HOSPEDEIROS ........................................................................................... S347 ÍNDICE DE PATÓGENOS ............................................................................................... S355 ANEXOS .......................................................................................................................... S367 XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia XLI Annual Meeting of the Brazilian Phytopathological Society Belo Horizonte, MG - 10 a 14 de agosto de 2008 Belo Horizonte, MG - August 10th a 14th, 2008 COMISSÃO ORGANIZADORA / ORGANIZATION COMMITTEE Presidente Vice-Presidente Tesoureiro Secretária Ricardo Magela de Souza Universidade Federal de Lavras, MG Universidade Federal de Lavras, MG Membros: Ângela Pimenta Peres, MAPA, Brasília, DF Cacilda Márcia Duarte Rios Faria, UNICENTRO Mariane Figueira, UFLA Nilda Duarte Rios, Lavras, MG Silvia Regina R. de Paula Ribeiro, UFLA Sônia Maria de Lima Salgado, EPAMIG Antônia dos Reis Figueira Secretária Executiva José da Cruz Machado Universidade Federal de Lavras, MG Paulo Estevão de Souza Universidade Federal de Lavras, MG Mário Lúcio Vilela de Resende Membros: Edson Ampélio Pozza, UFLA Eduardo Alves, UFLA José da Cruz Machado, UFLA Ludwig H. Pfenning, UFLA Reginaldo da Silva Romeiro, UFV Vicente Paulo Campos, UFLA Universidade Federal de Lavras, MG Comitê de Planejamento, Orçamento e Gestão Hilário Antônio de Castro Universidade Federal de Lavras, MG Membros: Edson Ampélio Pozza, UFLA José da Cruz Machado, UFLA Mário Sobral de Abreu, UFLA Paulo Estevão de Souza, UFLA Coordenador Eduardo Alves Membros: Ana Carolina Naves Ferreira, SBF Hilário Antônio de Castro, UFLA Ludwig H. Pfenning, UFLA Comitê de Divulgação, Informática e Logistíca Antônia dos Reis Figueira Universidade Federal de Lavras, MG Coordenador Coordenador Coordenador Comitê Técnico Científico Comitê Sócio Cultural Universidade Federal de Lavras, MG Carla Melissa Naves de Carvalho Maria de Lourdes Oliveira Silva Patrícia Maria Silva Renata Kelly Silva Rezende Universidade Federal de Lavras, MG Comissão de Apoio Amanda Cabral Corrêa de Oliveira Ana Beatriz Zacaroni Angelo Aparecido Barbosa Sussel Carolina da Silva Siqueira Cleilson do Nascimento Uchôa Cleiton Lourenço da Silveira Elias Bruno Castro Lasmar Eloísa Aparecida das Graças Leite Flávia Mara Vieira Lelis João Carlos Belarmino Aguiar João Eduardo Melo de Almeida Jucilayne Fernandes Vieira Luana da Silva Botelho Luciana Maria de Lima Márcia Toyota Pedro Martins Júnior Priscilla de Souza Geraldino Rejane Rodrigues da Costa Renata da Silva Canuto Rodrigo Pedrozo Suellen Bárbara Ferreira Galvino Valquíria Nogueira Camargos Thaís Oliveira Camargos Universidade Federal de Lavras, MG PALESTRAS E MESAS REDONDAS XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia PALESTRA 1 Are new modes of action important in managing resistance? Derek W. Hollomon. Department of Biochemistry, School of Medical Sciences, University of Bristol, Bristol, BS8 1TD, UK. E-mail: [email protected] Over 150 different fungicidal compounds are used world-wide to control the major fungal plant diseases. Successful biochemical targets include sterol biosynthesis, respiration, cell division and RNA synthesis, although development of resistance has limited the value of these targets in some pathogens, prompting the search for new modes of action. Several novel compounds recently grouped together as Cyclic Acid Amides (CAAs), cause cell walls to burst, possibly through inhibition of phospholipids biosynthesis, and offer good control of downy mildews and Phytophthoras. A new carboxamide, Boscalid, does not exploit a new mode of action, but instead inhibits Complex II (succinate:ubiquinone oxidoreductase) in respiration. Unlike older carboxamides, boscalid has a wider disease control spectrum which includes grey mould (Botrytis cinerea) and several pathogens of cereals. Coupled with the search for new modes of action is a better understanding of resistance mechanisms, and an opportunity to review resistance risks. Significant resistance to strobilurins (QoIs) was quickly linked to a point mutation in the target cytochrome bc-1 gene, but it seems that this mutation is lethal in rusts and some other pathogens. Resistance risk in these pathogens is lower than in a number of other diseases. Originally considered a high-risk pathogen, this may not always be the case for Phytophthora infestans since, unlike related downy mildews, it has not developed resistance to QoI or CAA fungicides despite their extensive use to control potato late blight in some regions. This has led to moves to reconsider anti-resistance strategies for the use of these fungicides against potato late blight. However, anti-resistance strategies still rely heavily on the continued availability of multi-site inhibitors such as chlorothalonil and mancozeb. Unfortunately, attempts to find novel multisite inhibitors with a low resistance risk has so far been unsuccessful. PALESTRA 2 Beneficial soil bacteria: regulators of growth and defense in plants Paul W. Pare, Huiming Zhang, Flávio Henrique Vasconcelos de Medeiros, Xitao Xie, Fernanda Carvalho Lopes de Medeiros, Mi-Seong Kim. �������������������������������������������������� Chemistry and Biochemistry Department, Texas Tech University; Lubbock, Texas 79409, USA. E-mail: [email protected] Plant growth-promoting rhizobacteria are naturally occurring soil microbes that colonize roots, stimulate growth and confer immunity against pathogens in plants. With an increasing appreciation of how volatile elicitors from bacteria signal and activate plant responses, downstream plant signal transduction sequences are now being more fully characterized. Arabidopsis transcriptional profiling with Bacillus subtilis GB03 exposure reveals a group of over 600 differentially expressed genes related to cell wall modifications, primary and secondary metabolism, stress responses, hormone regulation and other expressed proteins. Gene and metabolite expression studies in combination with transgenic and mutant line analyses provide the basis for a model of how growth promotion and enhanced defenses are mediated in plants by growth promoting rhizobacteria. PALESTRA 3 A evolução da ciência e tecnologia no Brasil José Oswaldo Siqueira1,2, Emerson Silva Ribeiro Jr.2 1Departamento de Ciências do Solo, Universidade Federal de Lavras, Lavras, MG, Brasil 2Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – CNPq. E-mail: [email protected]; [email protected] Uma análise do processo civilizatório da raça humana mostra que no período anterior do início do século XVII quando a maior parte das pessoas, cerca de 80 a 90%, viviam da “agricultura e pecuária”, a diferenciação do produto per capita e do nível tecnológico entre os povos era muito pequena. Com o avanço da civilização surgiram as Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008 diferenças entre pobres e ricos, as quais ampliaram-se atingindo em 1820 a proporção de 3 para 1. Atualmente, a diferença per capita entre países industrializados e menos desenvolvidos pode chegar a 100 vezes. O processo dispare de crescimento entre as nações pode ser explicado por vários fatores, mas o estoque de conhecimento acumulado e transformado em S XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia bens e serviços nas nações ricas, tem participação decisiva no desenvolvimento econômico destas. Este processo se consolidou na chamada “nova economia” que tem sido a mola propulsora do desenvolvimento dos países ricos, que em geral tem baixa população e alta renda per capita, o que permite grandes avanços na competência científica e nas atividades de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D); ao contrário do que ocorre nos países pobres, onde por falta de recursos os investimentos em educação e P&D são insuficientes. Há indicações que os países ricos investem em P&D, cifras cerca de 200 vezes maior que os pobres. Isto cria um abismo intransponível entre estes e amplia as contradições entre riqueza e desenvolvimento das nações e, via de regra, leva a um círculo vicioso e não virtuoso entre a Ciência e Desenvolvimento nos países que mais precisam. Com pouca capacidade de gerar conhecimento e promover sua aplicação, não há geração de tecnologia, a qual é comprada do exterior, causando sérias conseqüências, como: competitividade globalizada muito limitada, agravamento dos problemas sociais e ambientais, pois há pouca geração de emprego e renda e elevada exploração predatória dos recursos naturais, grandes gastos de divisas para pagamento de royalties e licenciamento de tecnologias. Enfim, um quadro de grande exclusão e dependência tecnológica, caracterizando uma nova forma de colonialismo (científico e tecnológico), que conduz a uma espiral de pobreza. O uso generalizado do conhecimento transformou-se em forte instrumento de desenvolvimento de modo que este e sua aplicação e não mais a ideologia e religião, dividem o mundo. O PIB mundial ultrapassa hoje, em moeda corrigida para o poder de compra, cerca de US$ 50 trilhões e mais de 85% desta cifra foi adicionada após a II Guerra Mundial. Isto evidencia um crescimento muito rápido e, ao que tudo indica, movido pelas novas descobertas e pelas inovações tecnológicas e gerenciais incorporadas ao mundo dos negócios. Portanto, nesta era da chamada “economia do conhecimento” mais vale o capital intelectual (recursos humanos e conhecimento) que o capital físico (recursos naturais, equipamentos e infraestrutura). Segundo a OCDE, metade da riqueza (mais de 50% do PIB) dos países desenvolvidos deriva da produção e distribuição de conhecimento e 80% dos postos de trabalho nestes países, são ocupados pelos chamados “trabalhadores do conhecimento”. Assim, o desenvolvimento das nações, particularmente daquelas ricas em recursos naturais, dependerá fortemente de sua competência científica, tecnológica e gerencial. Países emergentes, como o Brasil, precisam ampliar o contingente de recursos humanos qualificados para C&T, aumentar e melhorar a infra-estrutura de P&D e garantir de modo continuado recursos orçamentários e financeiros para estas atividades. Análises bibliométricas entre o índice de riqueza e de citações de artigos científicos de vários países, publicadas na revista Nature (430, 2004), demonstram que o índice de citação, como medida de impacto da produção de conhecimento do país, relaciona-se de modo muito estreito com seu desenvolvimento. Este estudo permite concluir que “o desenvolvimento econômico sustentável em um mercado globalizado altamente competitivo, requer o engajamento direto S 10 e eficaz na geração de conhecimento”. Assim, o crescimento econômico e social de uma nação se relaciona positivamente com o número de pesquisadores e com os investimentos em P&D, e certamente isto exige planejamento e gestão integrada de todos os setores e atores envolvidos na geração e aplicação do conhecimento. A Ciência brasileira tem experimentado um crescimento quantitativo e qualitativo extraordinário, desde a década de 50 com a criação do CNPq e CAPES. Em 1990 o país formava menos de um doutor por cada 100 mil habitantes, índice que se elevou para ao redor de 6 no corrente ano. Isto representa um grande avanço, mas ainda abaixo do ideal, uma vez que a Coréia do Sul já formava este número de doutores por 100 mil habitantes em 1990. Atualmente formamos mais de 10 mil doutores e 35 mil mestres por ano, e nossa produção científica de fluxo internacional vem crescendo mais que a média mundial, atingindo 8,2% ao ano na última década, e como conseqüência, já participamos com 2% da produção científica mundial, ocupando a 15a posição. Não só ampliamos nossa capacidade de formar e empregar doutores, mas também temos aumentado os investimentos em infra-estrutura e financiamento para C&T. Ampliamos esta capacidade nas Universidades e Instituto de Pesquisa, mas segundo o Sr. Ministro de Ciência e Tecnologia “o domínio tecnológico nas empresas pouco progrediu”. Nossa Ciência avançou muito, mas o desenvolvimento tecnológico do setor público e privado não alcançou o mesmo êxito. Temos baixa taxa de inovação tecnológica nas empresas e competitividade ainda muito limitada e restrita a poucos setores da economia. O país precisa estabelecer um ciclo virtuoso entre C&T e desenvolvimento econômico e social, para garantir benefícios do uso da competência que atingimos. O Governo Federal, em um esforço integrado liderado pelo MCT, elaborou e lançou uma agenda nacional para C&T com foco estratégico para a Inovação Tecnológica e Desenvolvimento Social. Trata-se de uma política de governo que busca estabelecer de modo bem coordenado ações estruturadoras e convergentes entre as políticas de desenvolvimento industrial e social com as de C&T nos moldes do PAC, denominado PACTI – Plano de Ação em Ciência, Tecnologia e Inovação. O Plano é uma política de Estado a ser executada no período 2007–2010, elaborado em premissas básicas bem fundamentadas e com diferentes eixos estruturantes, plano de ações e dotação orçamentária de cerca de R$ 40 bilhões, a ser aplicada neste período, para: expansão e consolidação do sistema de C&T, promoção da inovação tecnológica nas empresas, P&D em áreas estratégicas e C&T para o desenvolvimento social do país (1). O PACTI tem como metas elevar os investimentos em P&D dos atuais 1,0% para 1,5% do PIB nacional, ocorrendo, com sua implementação, a ampliação dos recursos para a infra-estrutura de pesquisa e inovação (FINEP), fomento e bolsas (CNPq e CAPES). Por exemplo, o número de bolsas totais concedidas pelo CNPq, deverá elevar-se dos atuais 65 mil, para mais de 100 mil em 2010, assim como os recursos para fomento à pesquisa em áreas estratégicas inseridas no Plano. No âmbito do CNPq ampliamse e regularizam-se as chamadas para o Edital Universal e tornando-se cada vez mais freqüentes as chamadas para os Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008 XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia editais temáticos, com recursos dos Fundos Setoriais e parcerias com outros Ministérios e órgãos dos governos Estaduais. Esta nova agenda para C,T&I, traz mudanças nos mecanismos e no perfil de concepção de recursos de fomento, destacando-se o aprimoramento dos critérios de avaliação com ênfase mérito científico-tecnológico, e na relevância e vinculação das propostas às diretrizes do plano, tendo em vista o foco de “C&T para o desenvolvimento”. Embora o crescimento da competência em C&T (pós-graduação e pesquisa) no país tenha ocorrido em todas as áreas, os níveis atingidos e as necessidades estratégicas para o futura são diferenciadas, destacando-se as áreas da Ciências da Saúde, Engenharias, Agronegócio, Energia, Biodiversidade e Recursos Naturais, Genômica e Biotecnologia. O crescimento da pós-graduação e dos grupos de pesquisa que até então foi espontâneo, devera ser, a partir de agora, mais induzido por certas ações com foco para inovação nas indústrias, necessidades regionais em atividade de educação, C&T e problemas sociais do país, e também ênfase na competência e inserção internacional da produção em C&T. No caso da Ciência Aplicada ao Campo, verifica-se que o país alcançou uma grande competência, contando com mais de 250 programas/cursos de pós-graduação (representando 11% do total) sendo cerca de 1/3 destes, de ótima qualidade conforme a última avaliação da CAPES (triênio 2004-06) e 2.235 grupos de pesquisa, 8.128 pesquisadores doutores, dos quais, cerca de 1.374 são bolsistas de produtividade em pesquisa (17% do total). Esta grande área de conhecimento ocupa uma posição de destaque no cenário nacional, devido a importância econômica, social e ambiental do agronegócio brasileiro. No entanto, as Ciências Agrárias tem pela frente muitos desafios. O conhecimento que geramos é ainda de baixa visibilidade mundial, o que é inaceitável diante do avanço tecnológico e da importância que o país atingiu como produtor e exportador agroindustrial. Precisamos continuar elevando nosso nível científico e tecnológico, desenvolvendo conhecimento de vanguarda, exportando tecnologias, serviços e produtos de maior valor agregado. Em rápido levantamento no Diretório de Grupos de Pesquisa do CNPq (2) utilizando a palavra chave de busca “fitopatologia” foi encontrado um total de 81 grupos de pesquisas cadastrados, os quais desenvolvem 33 linhas de pesquisa, envolvendo um total de 194 pesquisadores, dos quais 32 são bolsistas PQ (14 categoria 1, e 18 categoria 2). Existem apenas seis Programas de Pós-Graduação em Fitopatologia (3), espalhados por 4 regiões geográficas, embora 4 destes no sul e sudeste. Estes cursos iniciaram em 1964 (USP/ESALQ) com o Mestrado, sendo o Doutorado iniciado em 70 na mesma instituição. A expansão dos programas somente ocorreu duas técnicas depois. Não há curso 7 em Fitopatologia, existindo apenas um curso 6 e outro 5. Todos os programas são de universidades públicas contando com um total de 68 docentes permanentes. No período de 2004–06 foram formados 126 mestres e 183 doutores nesta área. Foram publicados neste mesmo período 599 Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008 artigos científicos, sendo 137 em periódicos internacionais, correspondendo a um índice médio de internacionalização de apenas 22%, o que é considerado muito baixo, quando comparado com outras áreas do conhecimento. Analisandose a cronologia de criação de cursos de Doutorado, observase que a Fitopatologia parece estagnada, pois nos últimos 10 anos criou-se um único curso de doutorado (em 2000). Os investimentos em pesquisa feitos pelo CNPq têm sido crescentes (4), passando o fomento a projetos de pesquisa de cerca de R$ 100 milhões em 1997, para próximos à R$ 500 milhões, em 2007. Houve também crescimento no número de bolsas (país e exterior), passando de 49 mil em 1997 para 56 mil em 2007. Verifica-se um decréscimo para bolsas no exterior, e aumento nas modalidades de bolsa no país, as quais deverão ultrapassar a cifra de 100 mil em 2010. Como exemplo deste contínuo crescimento, citam-se os Editais Universais as chamadas para Bolsa de Produtividade em Pesquisa – PQ em todas as áreas de conhecimento do CNPq. Em 2002, primeiro ano da ação de fomento por chamada do Edital Universal, a demanda total para projetos no programa básico de Agronomia foi de 449 propostas, sendo 50 na área de Fitopatologia. Naquele ano foram aprovados recursos da ordem de R$ 2,3 milhões para 56 propostas na Agronomia e R$ 270 mil em seis propostas em Fitopatologia. Já em 2007, observase um crescimento acima de 100% no número de propostas submetidas na Agronomia (991 propostas), quando comparada aos valores de 2002, sendo 139 em Fitopatologia (crescimento relativo a 2002 de 278%). Em 2007 foram fomentadas 298 propostas em Agronomia, sendo 40 em Fitopatologia. O volume total de recursos disponibilizados aos pesquisadores da Agronomia acompanhou o aumento do número total de propostas, saltando para R$ 9,5 milhões na Agronomia e R$ 1,4 em Fitopatologia. Limitando-se às especialidades da Fitopatologia, observou-se que a Micologia foi a que mais cresceu no período, sendo que em 2002 aprovou cerca de 25% do total de propostas da área e em 2007 a aprovação passou para 45%. Já Virologia decresce de 40% em 2002 para 21% do total aprovado. Bacteriologia e Nematologia praticamente não se alteraram neste período, representando em média, cerca de 18% das propostas aprovadas. Seguindo o calendário de julgamento de Produtividade em Pesquisa - PQ, o número de bolsas na Agronomia saltou de 337 solicitadas e 108 aprovadas na demanda 10/2003 para 491 solicitadas e 203 aprovadas na demanda 10/2007. Na Fitopatologia, o total de solicitações passou de 47 em 2003 para 71 em 2007, e aprovação de 19 para pouco mais de 30, respectivamente. Tal como ao observado para o Edital Universal, a Micologia foi a especialidade com maior número relativo de bolsas recebidas, representando em média 50% das bolsas concedidas. (1) O documento completo pode ser obtido em http://www. mct.gov.br/index.php/content/view/66226.html (2) http://www.cnpq.br/gpesq/apresentacao.htm; (3) http://www.capes.gov.br; (4) Fonte: http://www.cnpq.br/estatisticas/indicadores.htm S 11 XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia PALESTRA 4 New approaches to study cell-to-cell movement of plant virus Jan W.M. van Lent. ����������������������������������������������������������������������������� Laboratory of Virology, Department of Plant Sciences, Wageningen ����������������������� University, 6709 PD Wageningen, The Netherlands. E-mail: [email protected] After a virus enters the first cell of a compatible host plant it replicates and rapidly moves to neighboring cells to establish systemic infection. The capability to move from cell-to-cell is an important determinant for virus-host compatibility. Cell-to-cell movement requires infectious entities to traverse the cell wall and for this viruses make use of the natural channels called plasmodesmata (Pd) that are present in these cell walls. Both from the structural and biochemical point of view, Pd are very complex channels providing a route for intercellular communication and are of fundamental importance not only to plant development, but to disease development, i.e. disease resistance and the spread of RNAi signals and virus. However, estimates of the conductivity of Pd show that they are not capable of facilitating the free passage of large molecules and the gating capacity of Pd must be drastically increased to enable the passage of viral genomes and virions. Plant viruses encode one or more so-called movement proteins (MPs) that are, amongst other functions, implicated in such Pd dilation. These MPs are targeted to the Pd where they modify Pd “molecular size exclusion limit” (SEL) and enable passage of viral genomes or even mature virus particles. Roughly two mechanisms of MP-assisted cell-tocell movement can be distinguished In one mechanism, best studied for Tobacco mosaic tobamovirus (TMV), the MPs reversibly adapt Pd to allow transport of a ribonucleoprotein complex and the viral coat proteins are not required. In the second mechanism, exemplified by Cowpea mosaic comovirus (CPMV), the MPs aggregate into cell wall penetrating nanotubules for transport of mature virions or nucleocapsids; hence, coat proteins are required for this type of viral transport. Whereas viruses that use a TMVlike movement mechanism modify the gating capacity of Pd without noticeable structural alterations, viruses that employ tubules drastically modify Pd structure to allow assembly and expansion of the transporting tubule within the Pd pore. The presentation focuses on mechanistical aspects of this “tubule-guided” virus movement. Although in planta transport tubules assemble in Pd, �������������������������������������������������������� intact Pd are not essential for the assembly of MP into tubules. Identical tubules are readily formed in isolated plant cells (protoplasts) and even animal cells, growing from the surface of the cell outwards into the culture medium and tightly enwrapped by the plasma membrane. The outward polarity of the plasma membrane-engulfed tubules suggests a strong interaction between the tubule-forming MP and the plasma membrane. FRAP (fluorescence recovery after photobleaching) analysis has shown that the MP does not directly interact with the plasma membrane, but that it probably binds to the membrane via a plasma membraneS 12 intrinsic or peripheral protein. Such MP-binding proteins were identified by affinity chromatography of purified plasma membrane fractions from cowpea using immobilized MP Several proteins were obtained of which four have been identified as subunits H, D and E of v-ATPase and aquaporin. Both proteins are ubiquitous and conserved membrane proteins and valid candidate MP-binding host proteins. Fluorescence Resonance Energy Transfer (FRET) analysis showed that a physical interaction between CPMVMP and aquaporin occurs inside the punctuate spots from which tubule assembly is initiated. Using protoplasts and transient expression of a collection of CPMV-MP mutants fused to GFP, a sequence of distinguishable events leading to tubule-guided virus movement has been identified. First MP is targeted from the place of synthesis to the plasma membrane. At this membrane the MPs accumulate in punctuate structures in which they further aggregate to assemble tubules that extend into the neighbouring cell. During this assembly process virions are specifically included. In the next cell, the tubule destabilizes thereby releasing the virions for further infection. In this sequence of events several molecular interactions must take place. For intracellular transport of the MP to the plasma membrane and more specifically to the PD, the MP must interact with different components of the host proteome. Using various cytoskeletal inhibitors it was shown that with tubule-forming viruses like CPMV, the MP targeting and tubule assembly was independent from cytoskeletal elements. Treatment with the fungal brefeldin A (BFA), an inhibitor that perturbs the endomembrane system, showed that this system is not required for MP targeting to the plasma membrane, but that it is required for formation of the tubules. Possibly it is involved in targeting of an essential host protein to the plasma membrane or because vesicle transport is needed for tubule formation. To assemble into tubules, viral MP molecules must interact with each other and join together into a tubular arrangement. It has been shown that the MP is not only the sole viral protein required for tubule formation but also the sole structural component. Important features for targeting of the MP to punctuate spots and consequent assembly into tubules are GTP binding and MP multimerization. The MP of CPMV binds GTP and this binding is required for MP targeting and tubule formation, however, the MP does not show GTPase activity. The significance of these findings is not yet understood, however, in a highly speculative model MP could bind to RabGTPases that play a role in vesiclemediated macromolecular transport. The MP could then be transported by cargo vesicles to the plasma membrane and at the same time, by GTP hydrolysis, it could provide the Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008 XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia molecular switch to start MP polymerisation. The vesicles could even transport necessary enzymes for cell wall degradation to enlarge the Pd channel or to form secondary channels for virus transport. Last but not least, MP molecules must interact with the coat protein/virion, as the virion is included into the transport tubule. For CPMV it was shown that the MP C-terminus is located on the inside of the tubule, in close proximity to the virus particles. Incorporation of virions into the tubule was disturbed by deletions in this C-terminal region, giving rise to ‘empty’ tubules, i.e. tubules without virus particles. Moreover, the MP specifically bound to only one, the L(arge), of the two CPMV coat proteins. The data obtained so far give rise to a speculative general model for tubule-guided transport of virions: From the site of virus replication and protein synthesis, which take place in a membranous viral compartment close to the nucleus, MP is trafficking to the cell periphery. Targeted trafficking of the MP depends on multimerization of the protein and GTP-binding, and likely occurs by docking at the membranes of transport vesicles and hiking along the host vesicle transport system. Once such vesicles arrive and fuse at the plasma membrane, the MP migrates to Pd to form nucleation sites in the membrane. From these nucleation sites the MPs further multimerize into tubules inside the Pd pore. Hydrolysis of the MP-bound GTP by host cell GTPases may be the molecular switch for this perpetuate multimerization, and is possibly also required for destabilisation of the tubule in the neighbouring cell to release the virions. Nothing is known about the location where MPs and virions come together in this process. Considering the affinity of the MP for CP and assembled capsids, MP-virion complexes may well be targeted to the plasma membrane in a similar fashion as the MP alone. It is very likely that virions are incorporated during assembly of the tubule, rather than that virions would traverse tubules like cars in a tunnel. When the virion-containing tubule reaches the neighbouring cell, the growing tubule disassembles, delivering the virions in the uninfected cell, where a new infection cycle starts. Many aspects of the tubule-guided movement mechanism remain unresolved. Challenges are found in the analysis of vesicle transport (secretory pathway) system as possible route for MP and virion delivery at the plasma membrane. Also the identification of the plasma membrane anchoring place, the analysis of the mechanism of MP multimerization into tubules and the molecular structure of these tubules are subjects for in depth research. New approaches, like correlative microscopy and electron tomography, to establish molecular architecture of the Pdtubule complex will be discussed. PALESTRA 5 Manejo de doenças em sistemas agro-florestais Edna Dora M.N. Luz, Ademilde O. Cerqueira, Márcia C.A. Paim, Stela Dalva V.M. Silva. CEPLAC/ CEPEC/SEFIT, 45600-970, Ilhéus BA, Brasil. E-mail: [email protected] Disease management in agroforestry systems. Nas últimas décadas do século passado o ser humano, ante a ameaça de contaminação dos mananciais aqüíferos e da atmosfera do nosso planeta, única e exclusivamente por sua própria ação, parece ter finalmente acordado para a necessidade de preservação dos recursos naturais restantes no planeta. Na exploração da terra para a produção de alimentos têm sido buscadas soluções para os problemas sócio-ambientais gerados pelos sistemas convencionais de produção agrícola em monoculturas tentando minimizar as ações deletérias do ser humano e melhorar as suas relações com a natureza (Viana et al., 1997). A produção de alimento de qualidade e saudável, a reconstrução do ambiente, o aumento da qualidade de vida e um balanço energético positivo para todos passou a ser o novo paradigma da agricultura sustentável. Com isso o uso de sistemas agroflorestais, embora prática milenar na Ásia e na América Latina, ganhou impulso nas décadas de 80 e 90 visando principalmente o meio ambiente e a otimização da produção de alimentos. É o reflexo da necessidade cada vez mais explicita no homem de tentar reaver os ecossistemas naturais por ele degradados. Os SAFs são formas de uso e manejo dos recursos Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008 naturais nos quais espécies lenhosas (árvores, arbustos e palmeiras) são utilizadas am associação deliberada com cultivos agrícolas ou com animais, no mesmo terreno, de maneira simultânea ou em seqüência temporal (OTS, CATIE, 1986). A busca de sistemas de produção apropriados para cada região e para cada produtor em termos sócioambientais e viáveis economicamente é a estratégia central para o desenvolvimento rural sustentável (Viana et al., 1997; Penereiro, 2002). Existem SAFs consórcios e biodiversos, SAFs de baixo ou de elevado nível de insumos adaptáveis as necessidades e a realidade cultural e social de cada ambiente. Os de baixo nível de insumo são adotados pelas populações tradicionais (seringueiros, índios, caboclos, caiçaras, quilombolas e outros) e pelos produtores orgânicos, caracterizando-se por elevada diversidade de espécies e complexidade estrutural, tendo no componente arbóreo e arbustivo o principal responsável pela conservação do solo e pela produtividade (Ramakrishnan, 1995). Os sistemas com elevado nível de insumos, adotados por grandes produtores e empresas agrícolas, guardam as características dos sistemas convencionais de produção, com simplicidade estrutural S 13 XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia e elevado valor econômico de cada um dos componentes consorciados para agregação de renda (Nair, 1993). As pesquisas sobre SAFs realizadas no Brasil, ainda são tímidas diante do potencial que estes sistemas apresentam e necessitam ser priorizadas. É necessário, pois que, em primeiro lugar, se promovam esforços para conhecer os casos já existentes de aplicação com sucesso de SAFs a fim de que, os dados obtidos na análise global dos sistemas, norteiem a escolha pelos produtores dos consortes cuja exploração conjunta traga agregação de valores, desde que, entre as espécies componentes dos SAFs não deve haver competição. As florestas-pomar, os SAFs adaptados ao meio ambiente da floresta para as populações tradicionais da região norte brasileira, caracterizados pela alta biodiversidade são, segundo Dubois et al., (1996), exemplos de respeito ao ambiente, gerando: renda mediante a extração natural da castanha, da borracha, do açaí, a venda de madeiras; serviços ambientais tais como o seqüestro de carbono; outros produtos não-madeireiros, para auto-consumo ou comercialização (mel, sementes florestais, palmito, cacau, café, frutas, castanhas, produtos fito-farmacêuticos, etc.). Há muito que se aprender dessas experiências que devem ser analisadas e divulgadas. Atenção também precisa ser voltada para o consórcio dos “endobiontes” - bactérias, fungos, epífitas, micorrizas, componentes da micro e macro fauna que acompanham e atuam dinamicamente na complexidade dos SAFs. Entre estes se destacam principalmente os microorganismos patogênicos que podem ter o seu potencial de agressividade ampliado ou diminuído em função da escolha dos constituintes dos SAFs. Ao buscarmos na literatura informações para a elaboração do presente trabalho nos demos conta da exigüidade delas. As referências sobre os efeitos de fitopatógenos nos SAFs consórcio ou biodiversos são pontuais o que demonstra o quanto a pesquisa necessita ser ampliada neste campo. O alto grau de biodiversidade interna dos sistemas agroflorestais tradicionais gera uma capacidade de “auto-regulação”, buscando o equilíbrio também com as outras formas de vida, os endobiontes, o que explica - entre outros efeitos vantajosos - os baixos níveis ali encontrados de doenças ou ataques de insetos sobre os componentes vegetais da floresta-pomar (Vivian, 1995). Uma adequada biodiversidade interna de agrossistemas, SAFs e reflorestamento deixa que as doenças e as pragas não cheguem aos níveis de dano, característicos das monoculturas. Dependendo dos tipos de culturas que são consorciadas com ou sem sucessão temporal pode haver acúmulo de propágulos de patógenos no solo ou em restos de cultura que permanecem na área quebrando o equilíbrio natural que deveria existir. Fungos causadores de podridões de raízes como Rosellinia spp. (podridão-negra), Ganoderma philippii (podridão-vermelha), Armillariella mellea, Phellinus noxius, que possuem ampla gama de hospedeiros incluindo árvores, arbustos, cultivos perenes e anuais, tendem a aumentar a sua incidência nas áreas consorciadas, principalmente quando tocos de árvores e restos das culturas temporais remanescem S 14 ou são incorporados ao solo. Na Amazônia brasileira e no sul da Bahia, os consórcios de seringueira com açaí e com pupunha são exemplos de aumento principalmente das podridões negra e vermelha. Desequilíbrios nutricionais em culturas consorciadas podem alterar o equilíbrio dos endobiontes e favorecer a ocorrência de doenças. �������� Salgado et al. ������������������ (2007), estudando o progresso da ferrugem e da cercosporiose do cafeeiro consorciado com grevílea, com ingazeira e a pleno sol, em Lavras MG, observaram que no consórcio cafeeiro X ingazeira houve maior incidência da ferrugem do cafeeiro (Hemileia vastatrix), provavelmente favorecida pela diminuição da luz solar e aumento da umidade no microssistema, que, no entanto, desfavoreceu o ataque de Cercospora caffeicola quando comparado aos demais sistemas testados. A ferrugem e a cercosporiose são as principais enfermidades do cafeeiro com alto potencial de danos. Exemplos de consórcios que podem favorecer a incidência de enfermidades comuns a duas ou mais espécies companheiras são: 1) pupunha, cacau e/ou seringueira no sul da Bahia, principalmente no município de Una - as três culturas são suscetíveis a P. palmivora que está associado às raízes do cacaueiro, que funcionam como fontes de inóculo primário para o patógeno (Luz, 1989), P. capsici, P. citrophthora e P. heveae, as outras três espécies que atacam o cacaueiro também são patógenos da seringueira. No entanto, está sendo recomendada a substituição do sombreamento permanente dos cacaueiros (eritrinas) por seringueiras para agregação de renda (Marques et al., 2005); 2) citros com abóbora, em Minas Gerais – as duas culturas são hospedeiras de Phytophthora e quando a abóbora foi plantada em um pomar entre as fileiras de citros propiciou um ataque fulminante de P. capsici na cultura da abóbora (Resende, M.L., com. pes.). A Sigatoka negra (Mycosphaerella fijiensis) constitui sério problema a bananicultura nacional desde sua constatação em 1998 devido ao alto potencial de disseminação e a inexistência de fungicidas economicamente efetivos no seu controle. A consorciação com palmeiras e árvores caducifólias (árvores de fuste longo e copa reduzida: louro, sobragi, cedro, etc) e o manejo seletivo através do sombreamento do bananal possui efeito notório na inibição desta enfermidade no Brasil (Bertazzo, 2007) e na Colômbia (Garnica, 2000). Em Una, estado da Bahia avaliou-se no período de 1992 a 2000 áreas consorciadas de coqueiros com diversas culturas observando-se que consórcios com bananeira propiciaram a morte de coqueiros pela doença murcha-dephyotomonas, causada pelo protozoário tripanosomatídeo Phytomonas staheli (Moura, 2008). As bananeiras formaram um ambiente favorável ao desenvolvimento do vetor Lincus lobuliger, pois sob a cobertura dos restos de cultivos das bananeiras foram encontrados ovos, ninfas e formas adultas do percevejo. No consórcio do coqueiro com fruteiras temporárias (mamão e abacaxi) em Itabela BA, registrouTropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008 XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia se alta incidência de anel-vermelho (Bursaphelencus cocophilus) cujo vetor Rhyncophorus palmarum foi atraído provavelmente pelo odor de fermentação dos pedaços de caule dos mamoeiros deixados juntos aos coqueiros quando da renovação das plantações. Segundo Moura (2008) o melhor consorte para o coqueiro no sul da Bahia seria o cupuaçuzeiro (Theobroma grandiflorum), por não interferir no aumento de pragas e doenças do coqueiro e por agregar receitas significativas para o produtor. Portanto, dependendo do manejo dado às culturas consortes pode-se através do uso de SAFs diminuir a incidência de enfermidades. A escolha das culturas, o espaçamento entre plantas e culturas, o nível de sombreamento, a proximidade de florestas, a presença entre os consortes de espécies que propiciem a associação simbiótica com rizobactérias e micorrizas são fatores importantes no manejo das enfermidades em SAFs. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Bertazzo CJ (2007) Paisagens da agrobiodiversidade em bananais do Rio Grande do Sul. Revista Brasileira de Agroecologia 2:15561559. Anais, 3º Congresso Brasileiro de Sistemas Agroflorestais. Manaus AM. pp. 319-322. Luz EDMN (1989) The roles of five species of Phytophthora in infection and disease of roots, stems, and pods of Theobroma cacao L. Ph.D. Thesis. University of Florida. Gainesville FL. Marques JRB, Monteiro WR, Lopes UV (2005) Substituição do sombreamento permanente dos cacaueiros: eritrinas por seringueiras. 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Congresso Brasileiro de Ciência do Solo, Rio de Janeiro RJ. Sociedade Brasileira de Ciência do Solo. PALESTRA 6 Genetic Regulation of Fungus-Plant Incompatibility Lisa Vaillancourt. University of Kentucky, Lexington, Kentucky USA. E-mail: [email protected] The discussion will focus on host- and cultivar-specific resistance of maize to Colletotrichum species. Anthracnose diseases caused by Colletotrichum fungi cause major yield losses of both maize and sorghum. The Colletotrichum species that infects sorghum (C. sublineolum) cannot usually attack maize in the field. However, if maize plant defenses are compromised by environmental or physiological stress, C. sublineolum can infect and complete its life cycle. Even in healthy plants, certain tissues can be effectively colonized by this “non-pathogen”. Thus, non-host resistance of maize to C. sublineolum appears to be conditional and tissue specific. Resistance to anthracnose often breaks down quickly in sorghum, where single gene resistance sources are the most common type deployed. Multigenic resistance has been more Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008 commonly used in maize, and there resistance has generally been more durable. However, widespread release of a new major gene source of resistance to maize anthracnose by Pioneer Hi-bred International is imminent. Rcg1 encodes a protein in the LRR-NBS family. Activity of Rcg1 appears to result in more rapid, more extensive, and more effective deployment of basal resistance response pathways, though not in “HR” as it is usually defined. Because races of C. graminicola are not known to exist, it is thought that Rcg1 provides recognition of a universal C. graminicola signal. We are very interested in understanding the nature of this signal, and in determining how this Rgene mediated cultivar-specific resistance relate to speciesspecific resistance to C. sublineolum. Colletotrichum fungi S 15 XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia are hemi-biotrophs: they initially infect their host plants as biotrophs, and during this phase rapid cell death mediated by R-genes could presumably be useful for defense. Later, they switch to a necrotrophic phase when cell death may actually be induced. It is interesting to consider the role of R-gene mediated resistance during these two phases of development. Resistance conferred by Rcg1 can be overcome if plants become old or stressed (e.g. water or nutrient deprived), and this may limit its reliability in the field. We would like to understand more about how the activity of R-gene mediated and basal defense responses are impacted by physiological condition and stress, and how this relates to the effect of these factors on host-specific defense against C. sublineolum. All of these questions will be discussed in the context of managing anthracnose diseases on both maize and sorghum in the future. PALESTRA 7 Taxonomy of plant pathogenic bacteria Carolee Bull. USDA/ARS, Salinas, California, USA. E-mail: [email protected] Phytobacteriologists are particularly interested in diseases of plants caused by bacteria. In order to manage a bacterial disease efficiently and effectively it is essential first to know what organism is causing the disease. Phytobacteriologists must circumscribe, distinguish between, and label biologically relevant groups of pathogens. These activities represent, respectively, the major activities of taxonomy: classification, identification and nomenclature. As in the general field of bacteriology, it was initially of paramount importance to agriculture to identify pathogens to help prevent the spread of disease. Therefore, researchers concentrated on using the minimal techniques available at the time to find differences that could distinguish between pathogens and from non-pathogens. Later, similarities emerged among pathogenic and nonpathogenic bacteria and classification of organisms into taxa based on similarities became a dominant theme of research. For the past 50 years novel technologies have strengthened our abilities to classify organisms. These same methods are now being developed for identification based on differences among taxa. Although many equate bacterial systematics with taxonomy, systematics is a broader field of research of which taxonomy may be considered a sub-discipline. Systematic bacteriology investigates the fundamental relationships between bacteria and diversity represented by bacteria as well as the evolutionary and genetic mechanisms by which the taxa develop. Whereas systematics may concern itself with the long-term evolutionary processes that result in distinct stable populations, taxonomy can be considered to study the end result concentrating on extant organisms. The methods, criteria and assumptions used by taxonomists may not be considered in some systematics research. This has led to a disconnection between our understanding of evolutionary processes and relationships among bacteria and the current classification systems and adherent nomenclature. This may be due to the lack of understanding of the potential impact of the systematics research on taxonomy. Unfortunately analyses evaluating the genetic diversity of bacterial plant pathogens are often made with incomplete sets of strains and rarely include the appropriate type strains in the research. S 16 Classification The discipline of classification is dictated by the scientific method. The norms and practices of classification evolve and incorporate data and novel techniques as they emerge. For example, DNA sequencing of conserved genes (e.g., 16S rDNA) became a nearly universal tool for determining phylogeny as soon as it became practical for bacteriology laboratories to routinely sequence these genes or have them sequenced. The technologies used for classification will continue to evolve and analyzing sequences of whole genomes or large portions of genomes may soon become standard as the feasibility and cost of whole genome sequencing comes within reach of the average bacteriology lab. Our theoretical understanding of classification also changes with technology. Thus, as our ability to analyze the genetic relatedness among bacteria increases, so does the importance of phylogeny in classification. Taxonomists have moved from phenetic approaches to an era in which phylogenetic inference guides classification. Concurrently, bacterial species concepts change based on the information gained in analysis using the available technology. A current species concept describes bacterial species as a group of phylogenetically related organisms that are ecologically and biologically relevant units. This species concept is testable primarily because of the ability to sequence DNA from microbes in the environment and analyze genes differentially expressed in that environment. Classification is a dynamic and iterative process in which modern methods are used to build upon our previous understanding that may result in changes in the classification of various taxa. Formal proposals for these changes may require changes in the associated nomenclature. Formal proposals are more likely to come from research intentionally focused on classifying organisms rather than from informative research on bacterial diversity. Thus, for some taxa our understanding the bacterial diversity and systematics does not correspond to the proposed classification and nomenclature of those groups. Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008 XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia Nomenclature Whereas the methods of classification are governed by the scientific method, the methods of nomenclature are governed by a strict set of rules. Nomenclature is the only discipline in taxonomy for which there are codified rules. The nomenclature of plant pathogenic bacteria are governed by International Code of Nomenclature of Prokaryotes and the International Standards for Naming Pathovars of Plant Pathogenic Bacteria. These documents outline the rules and standards that are followed when naming plant pathogenic bacteria. These documents dictate the preservation of the oldest nomenclature to ensure continuity when changes in classifications based on additional research dictate nomenclatural changes. The rules of nomenclature have nothing to say about the methods, assumptions and results of classification, but provide an outline for ensuring that the oldest nomenclature given has priority over newer nomenclatures. Often scientists confound acceptance or rejection of names (based on only on adherence to the rules and standards) with judgments about the proposed classifications. Whereas peer review evaluates the methods used and the conclusions drawn from research for classification purposes, the International Committee on Systematics of Prokaryotes and the International Society of Plant Pathology Committee on the Taxonomy of Plant Pathogenic Bacteria are responsible for evaluating nomenclatural proposals. Their evaluations do not result in official nomenclatures, however. These groups only evaluate nomenclature for its adherence to the rules and standards. Individual researchers choose which classifications most closely conform to their understanding of the natural relationships among by bacteria and demonstrate this choice by using the nomenclature that corresponds to the classification they choose. Most researchers don’t realize that in choosing one nomenclature over another, they are providing a scientific opinion about the classification system from which the names were derived. Identification There are differences in the analytical requirements and rigor needed for identification of bacterial plant pathogens depending on the purpose of the identification. For example, identification of a pathogen that is frequently encountered by plant disease clinic for management by a local grower may require only a few tests to distinguish this pathogen from likely alternatives. This identification requires less rigor than identification for quarantine purposes. Detection and identification are sometimes confounded. Whereas identification is the process of assigning pathogen to a previously circumscribed taxon, detection is the recognition of the presence of a specific pathogen. In the first case it is clear that the pathogen is present while in the second there may not be symptoms to indicate the presence of the pathogen. Issues of accuracy, precision, sensitivity and specificity are important in detection. For both detection and identification sequence based technologies including the Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008 polymerase chain reaction (PCR), sequencing, hybridization and localization of restriction sites are used frequently. Immunological methods and some phenotypic methods are also used in combination or alone for detection and identification. The strategies used for identification of organisms for which the taxonomy has been previously evaluated is somewhat different from the work that is required to identify an organism that has not previously been described. Although the later is exciting, it is generally more time consuming and may involve the circumscription of a novel taxon. Many phytobacteriologists are not versed in the methods, statistics and assumptions of the discipline of classification and upon encountering what may be a novel pathogen, often seek the help of a trained taxonomist. A portion of our laboratory resources are dedicated to identifying bacterial pathogens causing diseases on vegetables and small fruits grown in the western United States. Most frequently, samples are received through Steve Koike, the Plant Pathology Farm Advisor for Monterey County, California (University of California Cooperative Extension). For diseases that may potentially be new to our region a modified version of Koch’s postulates (described below) is used to first determine which isolates from the diseased tissue are pathogenic prior to a detailed identification of the organisms. It is ideal to receive samples from several different fields showing the same symptoms or at a minimum from several locations within one field. Diseased tissue is examined, symptoms recorded and colonies are isolated on low nutrient agar from diseased tissue that has been surface disinfested. From each geographical location, approximately 20 colonies are selected, purified and stored for analysis. More confidence can be given to cultures in which all the colonies from the original isolation have the same color and morphology. However, often there are a variety of colony types that emerge. Genetic fingerprinting using rep-PCR is integral to determining the genotypic diversity of the organisms isolated from diseased tissue. This approach is rapid and inexpensive and allows the researcher to select several individuals from each genotype to test for pathogenicity rather than having to test all the strains isolated. Genetic fingerprinting is further used to confirm that the bacteria reisolated from characteristically symptomatic tissue are identical to the strain used to inoculate the plant. After confirmation of the genotype of the pathogen, additional tests are conducted. The tests that need to be conducted vary depending on the type of organism and recent developments in the discipline. Scholarly articles provide the most up-to-date classification information about a given group of organisms. After initial tests are conducted to determine to what known organisms the pathogen might be related, the type strains for all potentially relevant organisms are obtained and are used as controls for further evaluation. As the process continues, additional type strains may be needed and tests may need S 17 XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia to be repeated to ensure that all relevant types have been tested. One of the most difficult decisions to make is the extent of host range testing that is needed to differentiate novel pathovars. Although the International Standards for Naming Pathovars of Plant Pathogenic Bacteria indicates that pathovars are distinguished by differences exhibited in pathogenicity, it gives little guidance as to the extent of the differences that must be demonstrated. Thus, researchers are left to determine the extent of host range testing needed for complete characterization of novel pathovars. Historically, identification and classification have advanced and continue to advance with technology. In contrast, only occasionally have there been significant advances in the practice of nomenclature. Despite the lack of advances in the practice of nomenclature, it is the topic of many heated debates in phytobacteriology. This may be because the name of the pathogen is perhaps the single most important piece of information to scientists, regulators and the public. Although the names themselves do not impart any real information about the taxon, the name of the organism is the key to access the scientific literature related to a particular pathogen. PALESTRA 8 Resistência de plantas a doenças, genômica e genes candidatos como marcadores moleculares Luis Eduardo Aranha Camargo. Departamento de Entomologia, Fitopatologia e Zoologia Agrícola, ESALQ, Universidade de São Paulo, Piracicaba, SP, Brasil. E-mail: [email protected] A visão atual sobre o sistema de defesa da planta é o de um sistema cujas respostas são estratificadas, porém conectadas (Stahl & Bishop, 2000; Holub & Cooper, 2004). A primeira barreira de defesa é generalista e corresponde a mecanismos de resistência a não patógenos. Patógenos conseguem vencer esta barreira e aí podem encontrar um segundo sistema de defesa que é ativado quando da identificação de sinais moleculares apresentados pelos microrganismos invasores. O resultado é a incompatibilidade (resistência) e dizemos que o patógeno é avirulento. Se este segundo sistema não for ativado, então começa o processo doença. Porém, mesmo neste caso também há a ativação de genes de defesa e o resultado pode ser mais ou menos doença, dependendo da constituição genética do hospedeiro. Os mecanismos de defesa da primeira barreira são passivos (pré-formados) ou ativos (pós-formados) e ambos podem ser divididos em estruturais e bioquímicos (Holub e Coopper, 2004). A segunda barreira corresponde às clássicas interações entre genes de resistência e de avirulência, conforme a interpretação molecular da Teoria Gene-a-Gene de Flor. Segundo esta teoria, o reconhecimento por parte do hospedeiro de assinaturas moleculares associadas a patógenos desencadeia uma cascata de eventos que culmina com uma reação de incomopatibilidade. Por outro lado, caso não ocorra o reconhecimento do patógeno, este pode iniciar a colonização, resultando no processo doença. Mas mesmo neste caso, o patógeno pode se desenvolver mais em alguns genótipos do hospedeiro do que em outros, o que caracterizaria uma resistência do tipo quantitativa. Então fica claro que, mesmo vencida a segunda barreira de defesa da planta, ainda há uma terceira, cujos genes participantes são pouco conhecidos. Mas quais seriam estes genes? A resposta ainda não sabemos ao certo, mas a Genômica promete ajuda nesta área. Estudos recentes de expressão gênica global por meio da técnica de microarranjos gênicos (veja revisão de S 18 Wise et al., 2007) indicam massivas alterações na expressão gênica em resposta à infecção tanto por parte de um genótipo avirulento como por um avirulento. A conclusão mais importante destes trabalhos é que a planta responde com um mesmo conjunto de genes em ambos os casos, porém em tempos diferentes. Então, a diferença entre um genótipo resistente e um suscetível parece estar não no que é expresso, mas sim na quantidade, qualidade e intensidade do que é expresso. Neste cenário, o reconhecimento de um gene avr por um gene de resistência potencializa as respostas do sistema de defesa da planta, resultando numa reação incompatível. Quando não há reconhecimento, a reação é menos intensa e mais lenta, permitindo o desenvolvimento do patógeno (Eulgem, 2005). Este desenvolvimento, no entanto, se dará em maior ou em menor grau em função dos alelos existentes nos genes que compõem o sistema de defesa. A comparação de estudos baseados na técnica de microarranjos possibilita a identificação de um conjunto de genes, ditos candidatos, que respondem a infecção por patógenos e consequentemente de rotas metabólicas que participam do sistema de defesa vegetal. Como exemplos destas últimas, temos as vias que levam à produção de corismato (via do shikimato), da lignina e das fitoalexinas fenilpropanóides (via do ácido cinâmico), de compostos alcalóides (via do triptofano e tirosina) e do ácido jasmônico (vias do jasmonato e etileno), entre outras (Wise et al., 2007). Nada levar a supor, no entanto, que todos estes genes contribuam para resistência. A expressão de certa fração destes certamente ocorre em decorrência de alterações celulares resultantes da ação do patógeno e, portanto, seria conseqüência e não causa da resistência (Katagiri, 2004). Como distinguir entre estes genes candidatos aqueles cujas variações em níveis de expressão estão diretamente ligadas a alterações nos níveis de resistência? Esta é uma questão relevante e de aplicações práticas. Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008 XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia Em última instância, para afirmarmos que um gene é responsável por uma característica, é necessária a obtenção de uma planta mutante que não seja funcional para o gene e que esta mutação seja acompanhada por uma mudança no fenótipo da planta. Outra abordagem seria superexpressar o gene em uma planta transgênica. Em ambos os casos, as abordagens são muito limitadas devido aos altos custos e também às dificuldades técnicas inerentes a ela, haja vista que a eficiente transformação genética ainda é difícil para muitas espécies vegetais. Uma terceira estratégia é a de confrontar os efeitos de substituições alélicas nestes genes candidatos em cruzamentos experimentais, usando para tanto polimorfismos de seqüências nucleotídicas como marcadores. Esta abordagem, denominada de mapeamento por genes candidatos, é um conceito emergente na área de marcadores moleculares (Morgante & Salamini, 2003). Vale-se de conhecimento da Genômica para escolher a priori genes associados a determinada característica em estudo e testar se seus variantes (alelos) contribuem para variações no fenótipo. Mais importante do ponto de vista prático é que assim permite identificar alelos superiores, de interesse para o melhoramento. Trata-se de variante da técnica de mapeamento genético com a única diferença que não são mais usados marcadores anônimos (como RAPD e AFLP), isto é, marcadores sobre o quais não há nenhuma informação biológica. Assim, de um lado, estudos de expressão gênica global permitem expandir e completar nosso conhecimento de vias metabólicas participantes da resposta de defesa. Por outro, estes estudos fornecem uma lista de genes potencialmente envolvidos na resistência. O desafio agora é o de associar variações nestes genes candidatos com variações em fenótipos. Este conhecimento, associado ao desenvolvimento de plataformas modernas de genotipagem e seqüenciamento em larga escala, certamente terão conseqüências relevantes no processo de identificação de genes por meio de associação com marcadores e tornará o tão almejado objetivo de seleção assistida por marcadores uma realidade. REFERÊNCIAS BBLIOGRÁFICAS Eugem T (2005) Regulation of the Arabidopsis defense transcriptome. Trends in Plant Science 10:71-78. Holub EB, Cooper A (2004) Matrix, reinvention in plants: how genetics is unveiling secrets of non-host disease resistance. Trends in Plant Science 9:211-214. Katagirif (2004) A global view of defense gene expression regulation – a highly interconnected signaling network. Current Opinion in Plant Biology 7:506-511. Morgnante M, Salamini F (2003) From plant genomics to breeding practice. Current Opinion in Biotechnology 14:214-219. Stahl EA, Bishop JG (2000) Plant-pathogens arms races at the molecular level. 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Endoparasitic nematodes use both mechanical force, through stylet contraction and retraction, and releasing of enzymatic arsenal to weak preformed cell wall components to infect plant roots (Vanholme et al., 2007). β-1,4 endoglucanases were first reported from the cyst nematodes Globodera rostochiensis and Heterodera glycines (Smant et al., 1998) and were supposed to assist J2 forms during their migration towards the vascular cylinder. ��������������������������� Other cellulases were also reported in the subventral glands from different endoparasitic nematodes such as Heterodera schatii and Meloidogyne incognita (Willianson & Gleason, 2003). Pectin-degrading enzymes such as a p������������� ectate lyase (Popeijus et al., 2000) and an exo-polygalacturonase (Jaubert et al., 2002) were also identified in the subventral Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008 glands of G. rostochiensis and M. incognita J2, respectively, and are also probably released during the penetration and migration of endoparasitic nematodes. Calcium-dependent pectate lyase genes, which degrade the calcium pectates present in the middle lamella of plant roots rather than the cell wall pectin, were reported in the subventral glands of M. javanica (Doyle & Lambert, 2002), Bursaphelenchus xylophilus (Kikuchi et al., 2006) and more recently in H. schatii ���������� (Vanholme et al., 2007). Feeding sites establishment Genes that are up and down regulated at nematode feeding sites can be separated in different categories such as: cell cycle and cytoskeleton genes, wound and defence response, cell wall, physiology and water transport, embryogenesis, general and stress metabolism, transcription factors, auxin response and genes involved in nodulation and oxidative processes (Gheysen & Fenoll, 2002). S 19 XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia Physiological plant responses to nematode feeding include the transfer of water and solutes from other plant cells to the nematode feeding sites in order to feed juveniles with the high levels of nutrients required for their growth (Hussey & Grundler, 1998). ����������������������������������� Cell cycle alterations lead to DNA replication and consequently plant genome multiplication. Root-knot nematodes induce giant cells through several acytokinetic mitotic cycles whereas cyst nematodes generate syncytia by endoreduplication or several S-phases without nuclear division and mitosis. However, there are evidences that mitotic cycles may occur in syncytia at least in the early stages (Gheysen & Fenoll, 2002). A variety of other transcription factors, including KNOX and PHAN, is upregulated in feeding sites, reflecting the need for changes in gene expression. Other genes upregulated in feeding sites reflect the greatly enhanced metabolism of those cells. ATPases are examples of this class of genes. LEA proteins and heat shock proteins including HasHsp17.7 and HSP70 are also abundantly expressed, perhaps reflecting the stress caused to the plant by the high metabolic activity of the feeding site (Willianson & Gleason, 2003). Feeding site formation in both cyst and root-knot nematodes requires re-organization (or breakdown of cells in the case of syncytia) of plant cell walls. Consequently a range of endogenous plant cell wall degrading enzymes are also induced in feeding sites including β-1,4 endoglucanases, polygalacturonases and pectin acetyl esterases (Mahalingam et al., 1999; Goellner et al., 2000). Other proteins associated with cell expansion, such as extensins and cell wall relaxation or disassembly as expansins, are also up regulated in nematode feeding sites (Neibel et al., 1993; Fudali et al., 2008). Some genes upregulated in plants infected by nematodes contribute to host defense against nematodes. Examples include peroxidases, chitinases, lipoxygenases and proteinase inhibitors. Other genes including gliceollin are responsible for other aspects of defense such as phytoalexin production. To counter these responses, nematodes produce antioxidant proteins in their surface coat, including superoxide dismutase, thiredoxin peroxidase as well lipid-binding proteins that may inhibit plant defense signalling pathways (Willianson & Gleason, 2003). Cell wall ingrowths are present in feeding sites of endoparasitic nematodes as a way of facilitating the transport of water or molecules from xylem and phloem to syncytia or giant cells. ������������������������������������������������ Some examples are the water channel gene TobRB7 in giant cells and genes that encode proteins responsible for sugar transport from phloem to syncytial cells (Hussey & Grundler, 1998). Other interesting genes present in nematodes’ genome are the chorismate mutase, which in a recent past were supposed to occur only in plants and other microorganisms but not in animals. Some chorismate mutase genes have been isolated from the esophageal gland cells of root-knot and cyst nematodes and are probably involved in the synthesis S 20 of compounds like the auxin indole-3-acetic acid (IAA) and the defence-related salicylic acid (Doyle & Lambert, 2003). Chalcone synthase genes, involved in the synthesis of flavonoids, were shown to be expressed at early stages of giant cells formation and supposed to play a role in feeding sites development due to local increase of IAA concentration (Karczmareck et al., 2004). However, Jones et al. (2007) reported that flavonoids are likely to be involved in plant defence instead of in feeding sites establishment. Plant resistance against nematodes Several nematode resistance genes have been isolated and characterised from plants. These include, HS1pro-1 from sugar beet, Cre3 from wheat, Gpa2 and Gro1-4 from potato and Mi and Hero from tomato, all of them showing resistance against cyst or root-knot nematodes. The genes Mi and Hero provide resistance against different species of root-knot nematodes, while other genes like Gpa2 and Gro1-4 show resistance against some H. schatii pathotypes. Nematode R genes show structural characteristics as the presence of leucine zipper motifs, nucleotide-binding sites (NBS) and leucine-rich repeats (LRR) (Poch et al., 2006). The resistance provided by genes in plants against cyst or root-knot nematodes does not prevent the penetration of J2 forms into the roots. Considering the Mi gene, hypersensitive response is activated near the feeding sites, preventing giant cells formation. However, resistance against cyst nematodes allows syncytia to be fully developed but their activity decreases along the time, leading to the development of males instead of females (Golinowski et al., 1997). Some attempts have been made to engineer and incorporate genes in commercial cultivars in order to improve their yield and resistance against nematodes. One example is the construct Oc-I∆D86, obtained by alteration in the amino acid chain of the cystatine proteinase inhibitor oryzacystatin-I, which encodes for a globular protein of 11.2 kDa. The mentioned alteration maximises the inhibitory activity of that enzyme, weakening cyst and root-knot nematodes while feeding on plant roots and interfering on the size and fecundity of females (Urwin et al., 1997). Other example is the gene Mi that has been incorporated in the genome of commercial tomato cultivars, assisting farmers in the management of root-knot nematodes in infested areas (Jung & Wyss, 1999). The advances achieved so far and the progresses that will be available in the near future certainly will assist in the development of new strategies for nematode control. REFERENCES Doyle EA, Lambert KN (2002) Cloning and characterization of an esophageal-gland-specific pectate lyase from the rootknot nematode Meloidogyne javanica. Molecular Plant-Microbe Interactions 15:549-556. 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Research at Rothamsted has increased understanding of the key interactions and enabled more predictable biocontrol with this fungus. The plant cultivar affects the rate of nematode multiplication, tolerance to nematode attack and the extent to which P. chlamydosporia colonises the rhizosphere. The fungus is more efficient on plants that are poor hosts for the Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008 nematode pest but support extensive fungal growth on their roots. However, the activity of the fungus as a biological control agent is more closely linked to its nutrition than to its abundance in soil. Readily available nutrient sources appear to maintain the fungus in its saprophytic phase. Understanding the regulation of the transition from saprotroph to parasite is important for the exploitation of the fungus as a biological control agent, especially if it is to be used in conjunction with soil organic amendments. Biotypes of the fungus differ in their saprophytic growth in S 21 XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia soil and in their virulence, and may show host preferences. Although virulent biotypes appear to be less competitive in laboratory assays, suggesting a fitness cost, this has not been demonstrated in experiments in soil. Different biotypes occur in the same suppressive soil but there is less variation found in P. chlamydosporia isolated from nematode egg masses than has been found in isolates from the soil and the rhizosphere, suggesting there may be some selection during the parasitic phase of the fungus. In Cuba and India production methods for the fungus have been optimised and effective control of root-knot nematodes has been demonstrated in the field but there is still a need to evaluate the fungus in a range of conditions to determine its practical applicability. PALESTRA 11 The Coffee Genome Project and plant disease resistance Alan C. Andrade. LGM-NTBio, Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, Brasília, DF, Brazil. E-mail: [email protected] Due to the economic importance of coffee to the Brazilian agriculture and the increasing demand for technological solutions to assure a sustainable and competitive coffee production in Brazil, The Brazilian Coffee Genome Project was carried out in a partnership between Embrapa and FAPESP with support from the Brazilian Consortium on Coffee Research and Development (CBP&D-Café). The project was designed to develop and deploy useful tools for gene discovery and functional genetic analysis in coffee and related species. The generated coffee EST database from Coffea arabica, Coffea canephora and Coffea racemosa resulted in the identification of more than 30 thousand different unigenes and provides a valuable resource for studies on the biology and physiology of coffee plants, considerably facilitating the isolation and characterization of important agronomic traits for genetic improvement of Coffea (Vieira et al., 2006). Arabica production is constrained by numerous pests and fungal diseases, but coffee ������������������������������� leaf rust caused by the biotrophic fungus H. vastatrix is the most important disease in Arabica coffee, causing economic damage estimated at US$ 1-2 billion per year due to crop losses (Van der Vossen, 2005). Although ����������������������������������������� chemical control of coffee leaf rust has been efficient, on a long term, there are negative effects on the environment and on non-target microorganisms. In addition, the continuous usage of a single control strategy increases the selection pressure on the pathogen and may lead to the appearance of fungicide resistant populations of rust (Zambolim et al., 2005). Therefore, different approaches such as breeding for resistant varieties, biological control methods and alternative treatments that induces the plant defense response mechanisms are being followed by coffee researches to provide more sustainable disease control methods with less environmental impact (Guzzo et al., 1987; Zambolim et al., 2005; Resende et al., 2007; Santos et al., 2007). The transfer of desirable genes in particular for disease resistance from coffee species into Arabica cultivars without affecting quality traits has been the main objective of Arabica breeding (Carvalho, 1988). To date, C. canephora S 22 provides the main source of disease and pest resistance traits not found in C. arabica, although C. liberica has also been used as source of resistance to leaf rust (Srinivasan and Narasimhaswamy, 1975) while C. racemosa constitutes a promising source of resistance to the coffee leaf miner (Guerreiro Filho et al., 1999). Exploitation of such genetic resources has so far relied on conventional procedures in which a hybrid is produced and the progeny is backcrossed to the recurrent parent (���� Mahé et al., 2007)������������������������������ . A minimum of 25 years after hybridisation is required to restore the genetic background of the recipient cultivar and thereby ensure good quality of the improved variety (Lashermes et al., 2008). Moreover, it is already known that there are more than 45 physiological races of H. Vastatrix (Várzea ���������������������������� and Marques,���������������� 2005) and upon selection pressure, the high genetic variability of biotrophic pathogens such as rusts, can lead to an increase in frequency of pathogen populations adapted to the newly generated resistant varieties, resulting in breakdown of resistance in a short period of time, under field conditions (Zambolim et al.,�������� 2005). Advances in molecular biology techniques have greatly increased our knowlege on plant pathogen interactions in the last decades and has helped plant pathologists to characterize the molecular aspects of recognition and subsequent defence signalling pathways associated with the proposition of the gene-for-gene hypothesis by Flor (1942). Since then, many sophisticated pathogen recognition mechanisms have been discovered that initiate highly complex signalling cascades that most often leads to a hypersensitive response (HR), a localized cell death reaction that results in inhibition of further pathogen growth and host genotype-specific resistance. It is now clear that one of the ways plants respond to pathogen attack acts largely inside the cell, using the polymorphic NB-LRR protein products encoded by most R genes (Jones and Dangl, 2006). The great majority of R genes encode cytoplasmic proteins that have a variable leucine-rich repeat (LRR) domain, a nucleotide-binding site (NBS) and Nterminal coiled coil (CC) or Toll-interleukin-1-receptor like (TIR) domain. Surprisingly, R genes from diverse plant Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008 XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia species were found to encode structurally similar proteins. Pathogen effectors (Bent and Mackey, 2007) from diverse kingdoms are recognized by NB-LRR proteins, and activate similar defence responses. Interestingly, recent reports indicate that pathogen effectors inhibit proteases involved in the onset of HR (Rooney et al., 2005). Emerging evidence indicates that the proteolytic machinery of plants plays an important role in defense against pathogens (Shindo and Van den Horn, 2008). Recent advances in coffee genomics is allowing coffee researchers to have the first sense on the molecular responses of coffee plants to pathogen attack and on the molecular identity of coffee R genes. The Brazilian Coffee EST Database (Vieira et al., 2006) has proved to be a resourceful tool for the identification of candidate genes involved in plant disease resistance as reported by mining studies carried out by different groups (Albuquerque et al., 2007; Alvarenga et al., 2007; Campos et al., 2007; Hufnagel et al., 2007; Rabelo et al., 2007; Sato et al., 2007; Teixeira et al., 2007; Thiebaut et al., 2007). These results are already leading to the generation of essential molecular markers closely linked to rust resistance traits that will certainly help to accelerate coffee breeding programs by the use of marker assisted selection (MAS) (Alvarenga et al., 2007a; Brito et al., 2007). In other studies (Noir et al., 2001), reported the isolation of 27 RGAs from genomic DNA of C. arabica and C. canephora, by using PCR with degenerate primers based on conserved motifs in the NBS domain of known R genes of several plant. Results from in-silico comparative analyses indicated that at least 20 of these resistance-gene analogs (RGAs) were closely related to cloned R genes of the CC-NBS-LRR class. Bhat et al. (2004) came to similar conclusions based on the results of an analogous study, but including four wild Coffea (Psilanthus), in addition to C. arabica and C. canephora species. In a recent work (Mahé et al., 2008), a resistance gene (SH3) has been transferred by crossing from C. liberica into C. arabica and sequencecharacterized genetic markers for leaf rust resistance were developed. Two markers appeared to co-segregate perfectly with the SH3 gene in the two plant populations analyzed and these markers are perfectly suitable for use in markerassisted selection for leaf rust resistance and to facilitate pyramiding of the SH3 gene with other leaf rust resistance genes. Fernandez et al.(2004) identified several ESTs differentially expressed during incompatible R-Avr interactions displaying similarities (BLASTX searches) to proteins with plant defense and signaling functions of Arabidopsis. These data suggest that in C. arabica there are conserved components of the disease resistance mechanism to coffee leaf rust which are similar to those operative against biotrophic pathogens in other plants. Interestingly, detailed cytological observations and biochemical investigations of host-pathogen interactions in rust infected leaves of susceptible and resistant genotypes of C. arabica indicated that the cascade of defence responses was the same in both Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008 situations, except that it was too slow and therefore ineffective to arrest the pathogen in susceptible plants without the right R gene (Silva et al., 2002). As highlighted previously, advances in coffee genomics is certainly helping the progress in our understanding on how coffee plants respond to pathogen attack. The produced data allows investigations of the differences and similarities as compared to better characterized plant systems and, also, provides applied results for coffee breeding programs directed towards disease resistance. With the advent of new generation sequencing technologies coupled with integrated proteome and metabolome analyses will certainly cause a revolution in our current understanding of plant-pathogen interactions and plant disease resistance. However, more attention should also be paid on rust (H. vastatrix) genomics. So far, only few reports on the molecular characterization of isolates are available (Gouveia et al., 2005; Ferreira et al., 2007; Nunes et al., 2007) and no elicitor (Avr) gene has yet been characterized. We are really entering on a new era on plant sciences in which novel tools and information resources will rapidly become available and time-consuming breeding programs on perennial crops such as coffee must benefit most. The development of these tools are coming timely for coffee researchers which have to face the challenges already in place for the 21st century such as the implications of climate changes on coffee diseases and physiology, as well as the increasing demands of society for quality and more sustainable production practices. Financial support: CBP&D-Café and FINEP REFERENCES Albuquerque EVS, Silva MS, Teixeira CC, Campos MA, Grossi de Sa MF, da Silva FR (2007) Análise in silico dos ESTs isolados de Coffea arabica infestada com Meloidogyne paranaensis. Resumos, 5º Simpósio de Pesquisa dos Cafés do Brasil. Águas de Lindóia SP. CD-ROM. 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E-mail: ����������������������� [email protected] Eucalyptus is currently the most planted forest species worldwide to meet the high demand of timber for pulp and paper production, charcoal, furniture, electricity poles, fencing poles, firewood, fuel wood, and building materials. About thirty years ago, the area planted with eucalyptus in Brazil was relatively small and concentrated mostly in the states of Minas Gerais and São Paulo. Until then, plantations were practically disease free. However, in the last past years, there has been an increase in disease outbreaks, caused by endemic or accidentally introduced pathogens because of the expansion of plantations into warmer and/or humid areas favorable to infection, the use of more productive material of unknown resistance, as well as new crop management techniques and successive plantation cycles on the same area. Most notable are canker (Crysoporthe cubensis), rust (Puccinia psidii), leaf blight and defoliation (Cylindrocladium spp., Rhizoctonia spp, Quambalaria eucalypti, and Kirramyces epicoccoides). More recently, we have recorded new diseases now considered emerging, such as vascular fungal (Ceratocystis fimbriata) and bacterial (Ralstonia solanacearum) wilts, bacterial (Xanthomonas axonopodi) and fungal (Teratosphaeria spp. = Mycosphaerella spp.) leaf blights and defoliation. In nurseries, disease controll is achieved by integrated management practices to partially or totally eradicate the primary inoculum sources, to favor plant growth and reduce conditions conducive to infection. In the field, disease control is carried out by planting resistant genotypes. MAIN EMERGING DISEASES Bacterial wilt of eucalyptus The occurrence of bacterial wilt caused by Ralstonia solanacearum in eucalyptus clonal nurseries has recently resulted in huge losses among nurseries in Brazil. The incidence of the disease has led to elimination of about 553,991 mini-stumps (R$0.7/mini-stump), 6,837,691 propagules at rooting phase and 11,266,819 rooted cuttings, with total estimated losses of at least six million reais (about US$ 375,000,000.00). However, considering the average Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008 production capacity of each mini-stump over a period of 36 months (6.4 rooted mini-cuttings/month and a value of R$0.35 per cutting), these losses may reach more than 44 million reais (almost 28 million dollars) in clonal minihedges alone. In addition to direct losses, the disease has resulted in expenditure for eradication of the pathogen, adaptations in nursery structure to minimize risks of new infections, new schedules for planting and elimination of certain elite clones from the planting schedule (Alfenas et al., 2006). In mini-hedges, the disease is characterized by leaf necrosis, ringed or complete xylem darkening, wilting and death of the mini-stump. At the rooting phase, infected mini-cuttings can present purpling of the leaf limb veines and rot. In the field, the disease is at first characterized by wilting and necrosis in the region of the central leaf vein, leaf bronzing and basal defoliation. Perpendicular sections made in the stem show darkening of the xylem, starting in the medule. Bark cracking caused by high soil temperature, hydric deficit, overplanting, and root deformities form entry sites for the bacterial infection. Generally, the most affected trees present root deformities and/or overplanting which, depending on disease intensity, causes growth reduction and/or death of the plants (Alfenas et al., 2006). Although it has to be confirmed experimentally, as in other crops, the chances of success in planting resistant materials are low, because of the possible lack of variability for resistance, and also because of environmental interactions, especially high temperatures and high soil humidity (Mew & Ho, 1977). Biological controll has arisen as a promising alternative for wilt management. For example, in Brazil the use of Streptomyces sp. has been effective for wilt control in sweet potato, banana and tomato plants (Moura & Romeiro, 1999). In China the application of Pseudomonas fluorescens, PGPR (rhizobacteria) type, has efficiently controllled R. solanacearum in eucalyptus nurseries (Ran et al., 2005). Ceratocystis wilt in eucalyptus The first recorded outbreak of this disease in eucalyptus in Brazil dates from 1999 (Ferreira et al., 1999). Today, if we count up the records of the disease in the states S 25 XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia of Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, São Paulo (Alfenas et al., 2004) and recently in Maranhão, the disease has been found in about 15 commercial clones as well as in seedling plantations. Inoculation studies of the pathogen under controllled conditions have shown that several other eucalyptus clones are susceptible (Zauza et al., 2004). Studies on losses resulting from the disease in southern Bahia have shown a reduction of 58% in the volumetric growth increment in a hybrid clone of E. grandis x E. urophylla (Ferreira et al., 2007) and of 13.7% in pulp yield. Considering the annual mean increment of 52 m3/ha in the region and the wood value of R$45.00/m3, the losses can be as high as R$9,495.00/ha by the end of the cycle. If we consider the losses in pulp yield, then this sum reaches R$17,645.00/ ha (92.0 t/cellulose/ha and R$1,400.00/t), which is approximately 15.8 million reais (or nearly 10 million dollars) if the 900 ha planted with this clone are infected, plus the increased alkali consumption of 45% for the cooking process. In addition to eucalyptus, the pathogen also infects several other hosts, such as mango, sweet potato, yam, fig, crotalaria, coffee, and gmelina, among others. In eucalyptus, the infections come from the soil, via the roots, or on fresh wounds in the stem. After penetration, the fungus colonizes the xylem and then the radial parenchymal cells, culminating in the darkening of infected tissues, wilting and death of the whole plant or its branches (Alfenas et al., 2004). The typical symptoms of radial darkening are observed in transversal sections along the infected stem. Xylem darkening can extend for long distances from the roots, even arriving at the branches. In young shoots the longitudinal lesions are black and purplish (Ferreira et al., 2006). Die-back and canker can also be observed (Laia et al., 2000, Alfenas et al. 2004). Planting resistant genotypes has been successfully used for several crops (Ribeiro et al., 1995; Simmonds, 1994), including eucalyptus (Zauza et al., 2004). Leaf blight caused by Xanthomonas axonopodis The disease is characterized by angular soaked intervein leaf lesions, necrosis of the petiole and branches, perforations in the lesion sites, concentration of lesions along the main vein, lengthwise lesions along the leaf edges and exudation of bacterial pus from the leaf tissue, observed under the microscope (100–200x). Differences in the symptoms may be observed depending on the eucalyptus species, leaf age and developmental stage of the lesion (Gonçalves et al., 2008). Isolated lesions coalesce on the limb and along the main vein in completely expanded young and mature leaves, resulting in a fish-spine like formation, typical of bacterial leaf blight in Eucalyptus spp. The pathogen causes intense defoliation by inducing leaf senescence or necrosis of the petiole. Infection in young leaves starts with localized water soaked lesions, but it develops into necroses of the cortical edges and perforation on the limb at the center of the lesion. Coalescence of the lesions in the upper part of the limb may result in the necrosis and breakage of the leaf tip. In S 26 nurseries the disease occurs more severely in spray irrigated plants where the water film over the leaf favors dispersion, multiplication and penetration of the pathogen. Completely expanded leaves of Eucalyptus spp. are more susceptible than young unexpanded leaves. From 2003 to 2008 significant losses caused by bacterial leaf blight were recorded among eucalypt clonal nurseries in Brazil, accounting for elimination of 18,076 million rooted cuttings and 102,500 mini-stumps affected, representing losses of about 16.5 million reais (over 10 million dollars) (Table 1). The high infection levels are due to bad management practices that increase inoculum density, leaf wetness and high temperature favorable to infection. In the nursery, disease control consists of avoiding leaf wetness, and eradication of the sources of primary inoculum in mini-cuttings, substrate, water, and reused trays and tubes. (Alfenas ��������� et al., 2004). Leaf blight and defoliation caused by Teratosphaeria in E. globulus and its hybrids Because of its high yield in pulp and paper production, plantations of E. globulus and its hybrids have expanded in Brazil and other Latin-American countries. As plantations expand, so too does the risk of epidemics caused by native endemic or exotic pathogens, accidentally introduced into the country. Among these, leaf blight and defoliation caused by Teratosphaeria spp. (= Mycosphaerella spp.) constitutes one of the most severe threats to plantations, as observed in Australia, South Africa, Uruguay and, more recently, in southern Brazil, where it is still found as endemic. The disease is characterized by numerous, initially round, straw-colored lesions, which later progress and coalesce, acquiring variable shapes, covering much of the leaf limb. It occurs more severely on juvenile leaves in the apical parts of the plant, where it induces intense defoliation. Less frequently, adult leaves can also be infected, but with much lower incidence and less severity than juvenile leaves. Under favorable conditions to infection (high humidity and temperature between 15 to 25ºC), most plants in the same compartment are highly infected and few healthy trees may be resistant or escaped from infection. Leaf blight and severe defoliation, caused by Teratosphaeria spp., have been reported in young eucalyptus plantations in various countries such as Australia, New Zealand, South Africa, Portugal, Spain, Chile (Pietrzykowski et al., 2006), Ethiopia (Gezahgne et al., 2006) and Uruguay, resulting in significant productivity losses. In 2007, about 3,000 ha of E. globulus (Jeeralang provenance) were reformed in consequence of defoliation caused by Teratosphaeria spp. The disease therefore presents a broad geographic distribution and occurs mainly in E. globulus and E. nitens. Leaf blight and defoliation caused by Teratosphaeria spp. is one of the emerging diseases likely to cause most losses in E. globulus and its hybrids and related species in Brazil and other LatinAmerican countries. More than 80 species of Teratosphaeria have been recorded in Eucalyptus spp., including pathogenic and Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008 XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia TABLE 1 – Losses caused by leaf blight (Xanthomonas axonopodis) in Brazilian eucalyptus clonal nurseries from 2003 to 2008 Place Southern Bahia Southern Bahia SW Espírito Santo Rio Grande do Sul Goiás Cerrado - MG Cerrado - MG Cerrado - MG Cerrado - MG Triângulo Mineiro - MG Cerrado - MG Cerrado - MG Cerrado - MG Cerrado - MG Nursery Year Number of cuttings discarded1 Number of mini-stumps discarded 2 1 1 2 3 4 5 6 7 7 8 9 10 11 12 2003 2004 2004 2007 2008 2008 2008 2008 2008 2008 2008 2008 2008 2008 2,000,000 2,500,000 1,800,000 500,000 3,000,000 1,600,000 500,000 2,400,000 2,700,0003 800,000 200,000 70,000 6,000 60,000 42,500 - 700,000.00 875,000.00 630,000.00 175,000.00 1,050,000.00 560,000.00 175,000.00 6,000,000.00 840,000.00 5,195,000.00 280,000.00 70,000.00 24,500.00 2,100.00 18,076,000 102,500 16,576,600.00 Total Total losses (R$) Unit value = R$ 0.35 Unit value = ± R$ 100.00 3 Infected cuttings under observation that may be discarded, depending on disease progress. 1 2 saprophytic species. Among the species reported, T. cryptica and T. nubilosa are the most important, occurring in young plantations of Eucalyptus spp. from cold climates, mainly E. globulus and E. nitens (Hunter et al., 2008). T. nubilosa presents a relatively narrow host range, occurring mainly in five species (E. globulus, E. nitens, E. bridgesiana, E. cypellocarpa and E. quadrangulata) from the Viminales series of the sub-genus Symphyomyrtus (Crous, 1998; Maxwell et al., 2005) and, rarely, in E. grandis and E. botryoides (Crous, 1998). In contrast, T. cryptica has a relatively wide host range, having been reported in more than 50 species of Eucalyptus (Crous, 1998; Maxwell et al., 2005), including important cultivated species such as E. globulus, E. nitens, E. dunnii, E. maidenii, E. viminalis, E. saligna, E. tereticornis, and E. cloeziana, among others. The use of resistant material may be an alternative for control of the disease. Selection of resistant materials is currently based on results from natural infection in regions and seasons favorable to infection, but it is fundamental to develop protocols for mass multiplication of the fungus and appropriate methods for artificial inoculation and for evaluation of resistance, under controlled conditions. References Alfenas AC, Zauza EAV, Mafia RG, Assis TF (2004) Clonagem e doenças do eucalipto. Viçosa MG. Editora Universidade Federal de Viçosa. Alfenas AC, Mafia RG, Sartório RC, Binoti DHB, Silva RR, Lau Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008 D, Vanetti CA (2006) Ralstonia solanacearum em viveiros clonais de eucalipto no Brasil. Fitopatologia Brasileira 31:357-366. Crous PW (1998) Mycosphaerella spp. and their anamorphs associated with leaf spot diseases. Saint Paul MN. APS Press. 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Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008 XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia MESA REDONDA 1-A Controle alternativo de fitodoenças Coordenador: Trazilbo J. de Paula. EPAMIG Manejo cultural e biológico de doenças causadas por patógenos habitantes do solo, na cultura do feijoeiro comum Murillo Lobo Junior. EMBRAPA Arroz e Feijão, Santo Antônio de Goias, GO, Brasil E-mail: [email protected] INTRODUÇÃO Os sistemas produtivos de cultivo do feijoeiro comum (Phaseolus vulgaris L.) foram submetidos a diversas mudanças tecnológicas nas últimas décadas, de intensidade variável conforme a região, as quais foram responsáveis por mudanças drásticas nas relações planta × patógenos × ambiente × microrganismos. Tais mudanças permitiram um salto do potencial produtivo da cultura de 500 kg ha-1 para mais de 5000 kg ha-1 desde a década de 60 até este início de século XXI, porém, em muitos casos sem a redução proporcional dos riscos conhecidos ao cultivo dessa espécie. Entre as principais mudanças tecnológicas que proporcionaram o aumento de produtividade do feijoeiro comum estão a disponibilização de novas cultivares, a semeadura direta, os plantios em safrinha, os novos insumos e os cultivos irrigados. As mudanças nos sistemas produtivos são aparentemente irreversíveis e, conforme os plantios foram intensificados, doenças de importância secundária adquiriram importância epidemiológica, como as podridões radiculares (Fusarium solani e Rhizoctonia solani) e o mofo branco (Sclerotinia sclerotiorum). Este breve relato apresenta o panorama atual das doenças do feijoeiro comum causadas por patógenos habitantes do solo, e apresenta opções de manejo que consideram o desenvolvimento, a disseminação e o bom uso de tecnologias. Práticas culturais e a “tecnologia capricho” para o controle de doenças Com o uso de grãos próprios em 90% dos plantios do feijoeiro comum, há uma grande facilidade para que uma série de doenças de importância econômica sejam perpetuadas no campo, comprometendo o sucesso de inovações tecnológicas. Portanto, o controle de doenças requer a combinação de medidas já consagradas e outras de desenvolvimento mais recente, as quais compõem o manejo integrado de doenças. Muitas práticas culturais estão disponíveis, mas percebe-se que elas freqüentemente não são consideradas. São tecnologias simples e acessíveis a um grande número de agricultores e que, quando bem executadas, são denominadas de “tecnologia capricho” (Kluthcouski et al., 2007). Ou seja, realizar o manejo correto, na hora certa, com produtos e equipamentos adequados e na dosagem exata é essencial. Há vários exemplos de diferentes Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008 métodos para o controle de doenças, úteis para a cultura do feijoeiro comum (Tabela 1). Em sua maioria, as práticas listadas acima podem ser aplicadas em inúmeros ambientes. Os problemas na lavoura ocorrem justamente quando se confia o controle de doenças a apenas um ou poucos destes métodos, sem considerar as características de cada patossistema. Alguns resultados de pesquisas realizadas em campo são apresentados a seguir. Uso da arquitetura de plantas para escape às doenças. Estudos de pós-melhoramento podem aproveitar características das cultivares que possam gerar um escape parcial das doenças. Em cultivares com hábito de crescimento tipo 1 e tipo 2 (como BRS Horizonte, IAPAR 81 e FT Magnífico), o desenvolvimento da mela e do mofo branco ocorre mais tardiamente, em comparação a cultivares de crescimento prostrado, onde grandes reboleiras dessas doenças podem ser formadas e disseminá-las rapidamente dentro da lavoura (Costa, 2007). Do mesmo modo, cultivares que possam desenvolver rapidamente um sistema radicular vigoroso como BRS Pontal podem sofrer menos danos causados por F. solani e R. solani. Rotação de culturas com Brachiaria spp. A ocorrência do mofo branco, das podridões radiculares e da murcha causada por Fusarium oxysporum f. sp. phaseoli em alta severidade pode ser facilmente observada em plantios sobre solo compactado, sem um esquema racional de rotação de culturas. A desinfestação de solos tem sido obtida com eficiência em sistemas de Integração Lavoura-Pecuária, onde a supressão de patógenos ocorre com o manejo de espécies de Brachiaria, em especial B. brizantha e B. ruziziensis. Junto ao aporte de matéria orgânica no solo e à formação de palhada, há um aumento da atividade de microrganismos que reduzem o inóculo de patógenos (Costa & Rava, 2003; Toledo-Souza, 2006). A palhada também funciona como uma barreira física à formação de apotécios de S. sclerotiorum, que dependem de luz para completar seu desenvolvimento. O sistema radicular da forrageira também pode romper camadas compactadas, com melhores resultados a partir de dois anos após seu plantio. As raízes do feijoeiro comum se aproveitam da melhor estrutura do solo e dos espaços deixados pelas raízes decompostas da braquiária S 29 XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia TABELA 1 - Número de patógenos que infectam o feijoeiro comum para os quais a resistência genética, o controle químico, o controle biológico e práticas culturais são componentes importantes para o controle de doenças, e alvo principal do método (adaptado de Hall & Nasser, 1996) para atingir camadas mais profundas do solo, facilitando tanto sua nutrição quanto ao escape de podridões radiculares. Sob braquiária em crescimento, também se pode formar um microclima favorável à germinação de apotécios de S. sclerotiorum (ou outra espécie que também favoreça à formação de um microclima favorável à germinação carpogênica), mantendo-se a umidade do solo alta por algumas semanas. Nesse ambiente, a formação de apotécios é induzida sob uma cultura não-hospedeira e pode levar ao esgotamento de uma grande quantidade de escleródios no solo, que não germinam novamente (Görgen et al., 2007). Controle biológico de doenças Essa forma de controle de doenças tem se expandido no Brasil, por poder reduzir a densidade de inóculo de patógenos, proteger raízes e promover o crescimento das plantas. Seu uso de forma empírica tem levado a vários casos de frustrações, que por conseqüência têm gerado S 30 Total 2 1 0 0 2 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 0 0 0 0 1 10 5 4 5 0 3 5 5 0 0 0 7 4 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 1 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 1 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 33 25 24 17 16 16 12 11 10 10 9 9 9 8 6 6 5 5 5 4 3 3 3 2 2 + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + Ambiente Micoplasma 4 0 4 4 4 2 2 1 0 0 0 4 1 0 0 0 4 4 0 0 0 0 0 0 0 Planta Nematóides 25 14 15 9 4 12 7 5 5 10 9 5 0 3 6 6 1 1 5 4 1 2 3 2 2 Patógeno Vírus Alvo principal Bactérias Rotação de culturas Resistência genética Controle químico Sementes sadias Controle de plantas daninhas Sistemas de plantio Consórcios Uso adequado da irrigação Controle biológico Drenagem do solo Espaçamento entre fileiras Controle de restos culturais Distanciamento de culturas Época de plantio Ajuste da fertilidade do solo Aporte de matéria orgânica Controle de plantas voluntárias Controle do trânsito na lavoura Temperatura do solo Planejamento da colheita Pousio limpo Uso de palhada Arquitetura de plantas para o escape de doenças Semeadura rasa Escolha da direção do plantio Patógenos Fungos Prática + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + a críticas e desinteresse pela técnica. O maior problema do controle biológico tem sido a falta de estudos sistematizados em campo. Para todos os casos, é essencial compreender que este método segue o mesmo princípio que permite a ocorrência de doenças: a relação entre patógeno × hospedeiro × ambiente × microrganismos (Figura 1). Ou seja, sem a interação entre estes componentes, não há sucesso no controle biológico de doenças. Antagonistas como Trichoderma harzianum podem aumentar o período de proteção às raízes após o tratamento de sementes com fungicidas sintéticos (desde que compatíveis), incrementando o controle de podridões radiculares e a produtividade cultura (Lobo Jr., 2005). Da mesma forma, formulações de Trichoderma spp. podem ser aplicadas em jato dirigido ao sulco de plantio, para controle de doenças radiculares. Para redução da população de escleródios de S. sclerotiorum, a aplicação do antagonista deve ser feita via barra de pulverização ou água de irrigação para cobrir 100% da área infestada com o patógeno. Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008 XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia Patógeno = Trichoderma, Bacillus, Pseudomonas Microrganismos de esforços e de competências segue a mesma lógica do controle de doenças. Ao localizar áreas de interesse, planejar corretamente, coletar corretamente informações, empregar metodologias e recursos humanos capacitados, ganha-se em produtividade e as soluções são disponibilizadas. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICAS Hospedeiro = Fusarium, Sclerotinia, etc. Ambiente FIG. 1 - Fatores necessários para a compreensão e o sucesso do controle biológico de doenças (Adaptado de Gäumann, 1950). Em diversos experimentos conduzidos pela Embrapa Arroz e Feijão observou-se que diferentes dosagens de antagonistas produzem uma curva de resposta, em termos de controle de doenças e aumento de produtividade. Acima da dosagem “ideal”, a eficiência do controle biológico e a produtividade caem, junto com a relação custo × benefício. Para S. sclerotiorum, obteve-se até 65% de parasitismo de escleródios, após tratamento preventivo nos estágios V3 ou V4. Além do sombreamento do solo fornecido pela cultura, o antagonista se beneficia também da maior atividade microbiana no solo, conseqüência da liberação de exsudatos pelas raízes. CONCLUSÕES A estratégia de integração de métodos tem sido uma forma eficiente para o controle de doenças, com resultados satisfatórios. Devido à constante adaptação dos patógenos às cultivares e aos agroecossistemas, as soluções para controle precisam acompanhar com rapidez o surgimento de novos problemas. Para que as instituições públicas e privadas possam atender às novas demandas, a estratégia de integração Costa GR (2007) Estratégias para o manejo integrado da mela do feijoeiro causada por Thanatephorus cucumeris. Tese de Doutorado. Universidade de Brasília. Brasília DF. Costa JLS, Rava CA (2003) Influência da braquiária no manejo de doenças do feijoeiro com origem no solo. 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E-mail: [email protected] A preocupação da sociedade com o impacto da agricultura no ambiente e a contaminação da cadeia alimentar com os agrotóxicos está alterando o cenário agrícola, resultando no surgimento de segmentos de mercado para produtos diferenciados, tanto aqueles produzidos sem o uso de agrotóxicos, como aqueles portadores de selos que garantem Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008 que os agrotóxicos foram utilizados adequadamente. Além disso, o incremento dos custos com o controle químico, a perda de eficiência de alguns agrotóxicos, devido à resistência dos organismos alvos, e os problemas ambientais advindos destas práticas, indicam a necessidade da busca de produtos biocompatíveis para o controle de fitopatógenos, S 31 XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia dentre os quais os agentes de biocontrole (Bird et al., 1990; Bettiol & Ghini, 2003). A preocupação com a situação do uso dos agrotóxicos permeia a agenda ambiental de diversos países, tendo como exemplo o pacote ambiental lançado em 26/10/2007 pelo governo francês, que estabelece a redução de 50% do consumo de agrotóxicos em dez anos (Folha de São Paulo, 26/10/2007). Assim, surge o controle biológico de doenças, pragas e plantas invasoras como opção segura e ambientalmente adequada. A integração do controle biológico de fitopatógenos com outras medidas de manejo é bastante discutida, especialmente no contexto do manejo ecológico de doenças de plantas. Esse manejo é conceituado como um “conjunto de estratégias e de práticas empregadas com base nos princípios de controle de doenças de plantas, com o objetivo de reduzir as perdas em níveis toleráveis, sem interferir, acentuadamente, no ambiente” (Mizubuti, & Maffia, 2001). Enfatiza-se o emprego integrado de táticas e métodos sejam eles culturais, mecânicos, físicos, legislativos, biológicos, de resistência genética etc., com vistas à prevenção e à redução da intensidade das doenças. A associação do controle biológico com outras estratégias de controle é altamente desejável. A integração de métodos físicos e biológicos mostrou-se eficiente no controle de perdas causadas por patógenos em um viveiro de Cordia verbenacea (erva baleeira) em Campinas SP (Morandi, 2008). A erva baleeira é uma planta medicinal cujo óleo essencial é usado comercialmente na fabricação de pomadas e sprays com propriedades antiinflamatórias. O cultivo em larga escala da cultura depende do transplantio de mudas produzidas em viveiros a partir de sementes. As perdas devido a doenças, especialmente causada por Phoma sp., podem chegar a mais de 60% das mudas no viveiro. Um primeiro teste verificou que o patógeno não estava sendo transmitido pelas sementes. Porém, os novos lotes de mudas eram rapidamente infectados ao serem colocados no viveiro. Para se resolver o problema, foi proposto um esquema de manejo integrado que incluiu, em seqüência: 1) Limpeza e desinfestação das instalações do viveiro. 2) Desinfestação prévia do substrato em coletor solar (Ghini & Bettiol, 1991; Bettiol & Ghini, 2003). Estas duas primeiras medidas visaram a redução do inóculo inicial do patógeno na área. 3) Recolonização do substrato com aplicação de biofertilizante à base de esterco bovino, visando o incremento da diversidade e atividade microbianas no substrato (Bettiol, 2006). 4) Manejo da irrigação, com a redução da freqüência e ajuste da hora, para reduzir o período de molhamento foliar e assim limitar a ocorrência de ambiente favorável à infecção. 5) Proteção do filoplano, por meio da pulverização quinzenal de biofertilizante a 10%, visando a formação de uma “barreira biológica” sobre as mudas. 6) Manutenção da limpeza, por meio da eliminação freqüente de plantas e partes de plantas doentes, visando a redução da disseminação do inóculo secundário do patógeno no interior do viveiro. Com a implementação destas medidas, verificouse redução drástica das perdas causadas pela doença para S 32 menos de 10% das mudas. Assim, a integração de medidas simples, baseadas no conhecimento epidemiológico, podem ser ferramentas valiosas no manejo de doenças em viveiros. Outro exemplo de integração de métodos biológicos para o controle de doenças e pragas foi o desenvolvido em uma propriedade de cultivo de lírio localizada na Holambra, SP, com histórico de utilização intensiva de fungicidas, inseticidas e acaricidas. Os problemas fitossanitários no lírio, cultura de alto valor agregado, são limitantes para o seu cultivo. Dentre esses podem ser destacados os causados por Botrytis, Rhizoctonia, Phytophthora, Pythium, Fusarium e por pulgões. Para se obter um controle integrado desses problemas foi necessário realizar um redesenho do sistema de produção de lírio em estufa. O uso dos agrotóxicos foi paulatinamente eliminado do sistema produtivo por meio da integração de métodos alternativos para o controle de pragas e doenças. De um modo geral, a produção atual baseia-se na colonização de um substrato desinfestado com vapor, com Trichoderma, Metarhizium, Beauveria e microrganismos presentes em biofertilizante para eliminar o vácuo biológico promovido pela desinfestação. Além disso, é realizada uma aplicação de biofertilizante concentrado logo após a emergência dos bulbos e semanalmente a aplicação massal de Trichoderma e Clonostachys, bem como biofertilizante e óleo de nim. Associado a esses produtos e a uma fertilização equilibrada, um programa de sanitização, com eliminação de plantas e partes de plantas doentes é mantido em todas as estufas. Também um controle da umidade relativa é realizado nas estufas. O sucesso se deve não apenas à substituição dos agrotóxicos por algum produto biocompatível, mas sim pela alteração de todo o sistema de produção, pois a simples substituição de produtos pode levar aos mesmos desequilíbrios causados pelos agrotóxicos (Bettiol et al., 2005; Wit, 2008). Um sistema semelhante foi adotado na cultura de Spathiphyllum (bandeira-branca, lírio da paz). Um dos principais problemas no controle fitossanitário nestas culturas, assim como na maioria das plantas ornamentais e hortícolas, é a inexistência de produtos fitossanitários registrados para uso. Assim, ocorrem os problemas principalmente nas culturas em que selos são exigidos para venda no mercado interno e principalmente externo. Na cultura do lírio da paz ou espatifilo a principal doença é causada por Cylindrocladium spathiphylli. Essa doença é limitante para a cultura e os fungicidas disponíveis no mercado não são registrados para uso e não apresentam a eficiência desejada, além dos problemas com resistência do patógeno. Assim, considerando esses fatos foi decidido substituir todos os produtos químicos utilizados por técnicas alternativas de controle visando redesenhar o sistema de produção. Nas estufas de produção foi estabelecido um programa de substituição de fungicidas por técnicas que não causem estresses às plantas. Inicialmente o substrato de crescimento foi enriquecido com biofertilizante produzido aerobicamente e com Trichoderma. Além disso, as plantas também passaram a ser pulverizadas semanalmente com o Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008 XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia agente de biocontrole. Associado a isso foi montada uma estrutura na casa de vegetação para que os vasos ficassem elevados do solo em torno de 30 cm, com a finalidade de evitar a sua contaminação via solo. Um problema da cultura é a ocorrência de ratos logo após o transplante, pois as mudas são arrancadas do substrato. Nesse caso o uso de raticidas foi substituído integralmente pela liberação de um gato nas estufas, sendo que o gato tem todo o acompanhamento veterinário recomendado (Kievitsbosh, 2008). A murcha de Fusarium do crisântemo pode inviabilizar o seu cultivo em algumas propriedades, sendo sério problema nas áreas produtoras. Para o controle exclusivo de murcha de Fusarium em crisântemo foi desenvolvido um sistema onde a integração ocorre desde o momento da produção do solo artificial (substrato) de cultivo. Esse substrato é produzido misturando-se diversas matérias orgânicas no material básico e enriquecido com um biofertilizante produzido aerobiamente à base de estercos animais, devidamente compostado, mais uma fonte de açúcar. Após o plantio, o mesmo biofertilizante é utilizado na fertiirrigação duas vezes por semana. A integração de métodos de manejo para mais de um patógeno ou pragas ao mesmo tempo aumenta as chances de sucesso de controle e contribui para a redução de custos. A integração de métodos fitossanitários é a principal forma de reduzir o uso de agrotóxicos em sistemas de produção, como tem se buscado no manejo integrado de pragas (MIP) e na produção integrada de várias culturas. Entretanto, o sucesso na integração de métodos de manejo só será possível após o conhecimento das possíveis interações entre plantas, fitófagos e patógenos e seus efeitos sobre a eficiência dos métodos considerados (Paula Júnior et al., 2007). O manejo biológico integrado de ácaro-rajado (Tetranychus urticae) e mofo-cinzento (Botrytis cinerea) é realizado com sucesso desde 2005 no cultivo orgânico do morango em uma propriedade em Serra Negra, SP. O agente de controle biológico Clonostachys rosea é usado em conjunto com a liberação de ácaros predadores do gênero Phytoseiulus. O antagonista é aplicado semanalmente a partir do transplantio das mudas, enquanto os ácaros predadores são liberados nas reboleiras assim que são observados os primeiros ácaros-rajados na cultura. Além da aplicação dos agentes de controle biológico, a limpeza da cultura é mantida pela eliminação continua de folhas e frutos doentes. A introdução de um agente de controle biológico exige o seu estabelecimento, seguido da interação com o organismo alvo e outras espécies de organismos. Essas complexas interações são fundamentais para o sucesso do controle, devendo ser analisadas de modo holístico e consideradas a longo, e não a curto prazo. Assim sendo, há a necessidade de um amplo conhecimento da ecologia de sistemas para o sucesso do controle biológico. Há também necessidade de se estabelecer formas eficientes para que o conhecimento sobre o controle biológico e técnicas alternativas sejam socializados e passem a ser utilizados pelos agricultores. O aumento do uso de métodos alternativos depende do conhecimento da estrutura e do funcionamento do Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008 agroecossistema. O conceito absoluto de agricultura sustentável pode ser impossível de ser obtido na prática. Entretanto, é função da pesquisa e da extensão oferecer opções para que sistemas mais sustentáveis sejam adotados. Para tanto, os projetos de pesquisa pontuais e de curta duração são de pouca utilidade. Somente estudos que incluem o monitoramento de sistemas de produção nas diferentes áreas do conhecimento fornecerão informações suficientes para o entendimento das diferentes interações. Assim, apenas a substituição de fungicidas não é suficiente para garantir uma agricultura mais limpa. Há necessidade de se redesenhar os sistemas de produção para atingir a sua sustentabilidade. Nesse sentido, diversos exemplos vêm sendo apresentados (Bettiol & Ghini, 2003; Gliessman, 2005). O processo evolutivo para a conversão dos agroecossistemas em sistemas agrícolas de alto grau de sustentabilidade possui duas fases distintas: 1) melhora da eficiência do sistema convencional, com a substituição dos insumos e das práticas agrícolas; 2) redesenho dos sistemas agrícolas. A primeira fase é trabalhada de forma relativamente organizada, com a redução do uso de insumos, controle e manejo integrado, técnicas de cultivo mínimo do solo, previsão da ocorrência de pragas e doenças, controle biológico, variedades adequadas, feromônios, integração de culturas, cultivos em faixa ou intercalados, desenvolvimento de técnicas de aplicação que visem apenas o alvo e conscientização dos consumidores, entre outros. Em relação ao redesenho dos sistemas agrícolas há a necessidade de se conhecer a estrutura e o funcionamento dos diferentes sistemas, seus principais problemas e, conseqüentemente, desenvolver técnicas limpas para resolvê-los. Devido à complexidade dessa tarefa, esforços são realizados por diferentes correntes de pesquisa, mas todas consideram a mínima dependência externa de insumos, a biodiversidade, o aproveitamento dos ciclos de nutrientes, a exploração das atividades biológicas, o uso de técnicas não poluentes, o reaproveitamento de todos os subprodutos e a integração do homem no processo (Bettiol & Ghini, 2003; Bettiol et al., 2005; Gliessman, 2005). A integração de métodos biocompatíveis para o controle dos problemas fitossanitários se torna ainda mais importante nesse momento que vive a humanidade. Isso devido ao novo desafio para a manutenção da vida na terra, que são as mudanças climáticas globais. Assim, é imprescindível que esforços sejam realizados para minimizar a emissão de carbono para a atmosfera. Possivelmente, diversos desses métodos poderão colaborar nesse contexto. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Bettiol W (2006) Productos alternativos para El manejo de enfermedades em cultivos comerciales. 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Práticas antigas como o uso de esterco para adubação, o cultivo de plantas mais rústicas e em pequenas extensões de área, fazendo o uso de rotação de culturas mantinham as populações de nematóides em equilíbrio, abaixo do nível de dano econômico, pois estimulavam a microbiota antagonista natural do solo e geravam compostos naturais tóxicos aos nematóides. Algumas das áreas que procuram restabelecer o equilíbrio do solo e se destacam por serem mais estudadas são o controle biológico, a utilização de plantas antagonistas e o uso de matéria orgânica e resíduos da agroindústria. O controle biológico é a redução da população de fitonematóides por outro organismo vivo, geralmente um microrganismo, através de parasitismo, predação, competição ou antibiose. Essa redução pode ocorrer em diferentes intensidades, dependendo das espécies de microrganismos antagonistas presentes no solo, de sua densidade populacional e das condições do ambiente. Esses microrganismos podem ocorrer naturalmente na área infestada pelos nematóides ou serem selecionados e introduzidos pelo homem. Mais de 200 diferentes organismos são considerados inimigos naturais dos fitonematóides, como fungos, bactérias, nematóides predadores, tardígrados, copepodes, colêmbolas e ácaros, entretanto, os com maior potencial para o uso comercial como agentes de controle biológico de nematóides são os fungos nematófagos, a bactéria Pasteuria penetrans e as rizobactérias (Sikora, 1992). S 34 Os fungos têm sido os organismos mais estudados para o controle biológico de fitonematóides. No Brasil, o primeiro relato foi feito por Freire e Bridge (1985), sobre Paecilomyces lilacinus e Pochonia chlamydosporium (sin. Verticillium chlamydosporium) parasitando Meloidogyne incognita. Os fungos antagonistas são divididos em endoparasitas, fungos armadilhas e parasitas de ovos e fêmeas. Desses três grupos, os fungos parasitas de ovos e fêmeas apresentam maior valor potencial para o controle biológico, uma vez que são saprofíticos e independem da presença do nematóide no solo para garantir sua sobrevivência, além de produzirem substâncias tóxicas aos nematóides. Eles colonizam rapidamente ovos, fêmeas e cistos de nematóides, principalmente os endoparasíticos como Meloidogyne spp. e Heterodera spp., destruindo de uma só vez, grande número de indivíduos. Pochonia chlamydosporia, Paecilomyces lilacinus e Dactylella oviparasitica são as principais espécies fúngicas com atividade ovicida. Vários estudos mostraram o grande potencial de Paecilomyces lilacinus no controle de fitonematóides, mas sua capacidade de parasitar seres humanos e causar doenças em pessoas imunocompetentes faz desse organismo um risco à saúde pública. Já Pochonia chlamydosporia, além de ser relatado causando supressividade de nematóides em condições naturais no campo, tem alta capacidade saprofítica, produz esporos de resistência e sobrevivência, os clamidósporos, e ainda colonizam as raízes das plantas hospedeiras superficialmente e internamente, de modo semelhante ao das Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008 XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia micorrizas de orquídeas, podendo promover o crescimento das plantas em situação de estresse. Um produto comercial à base de Pochonia chlamydosporia está em fase final de desenvolvimento e deverá ser disponibilizado aos agricultores brasileiros nos próximos anos, após o seu registro. A bactéria Gram positiva formadora de endósporos Pasteuria penetrans é tida por muitos pesquisadores como o mais promissor agente de controle biológico de nematóides (Stirling, 1991). Sua sobrevivência prolongada no solo, resistência ao calor e à dessecação, a inocuidade ao homem e outros animais, e o possível uso em conjunto com práticas culturais de manejo de fitonematóides são as principais vantagens deste microorganismo (Freitas & Carneiro, 2000). Os endósporos de P. penetrans são estruturas unicelulares resistentes que permanecem dormentes no solo até que o juvenil de segundo estádio do nematóide (J2) entre em contato com eles e os carregue aderidos em sua cutícula para o interior das raízes. O desenvolvimento da bactéria ocorre em sincronia com o desenvolvimento do nematóide e a duração do ciclo depende da temperatura. Mais de dois milhões de endósporos são liberados, em média, com a morte e decomposição de uma fêmea do nematóide, e esses esporos se dispersam com a percolação da água de chuva ou de irrigação e por cultivo do solo. Como P. penetrans depende do encontro de seus endósporos com os J2 no solo para aderir-se e multiplicar-se, o desenvolvimento da supressividade só ocorre em solos altamente infestados pelo nematóide hospedeiro. Desta forma, todas as condições que favoreçam o desenvolvimento do nematóide são importantes para a reprodução de P. penetrans. Um exemplo de controle do nematóide das galhas por Pasteuria penetrans no campo, no Brasil, é o controle de Meloidogyne javanica em jaborandi no Maranhão. A bactéria foi aplicada ao solo, em suspensão aquosa de pó de raiz. As altas temperaturas da região, a cultura do jaborandi, que tolera alta reprodução do nematóide, água em abundância e alta disseminação de P. penetrans favoreceram a multiplicação da bactéria e a elevação de sua densidade populacional até o desenvolvimento da supressividade do solo. As rizobactérias são bactérias habitantes da rizosfera, região do solo influenciada pelos exsudatos radiculares, e podem exercer efeito antagônico a vários patógenos, inclusive aos nematóides. Elas controlam os nematóides reduzindo a eclosão de ovos e a atratividade das raízes, pois produzem toxinas e alteram os exsudatos radiculares, e indiretamente por induzir resistência sistêmica na planta hospedeira (Sikora & Hoffmann-Hergarten, 1992). Apesar de ser um assunto de pesquisa relativamente novo, as evidências de seu potencial de uso contra os nematóides são promissoras. Pseudomonas spp. e Bacillus spp. são frequentemente associadas ao controle de nematóides. As plantas antagonistas são aquelas que afetam negativamente a população de fitonematóides. Dentre as diversas plantas antagonistas destacam-se algumas espécies de leguminosas, compostas e gramíneas, que podem ser utilizadas em plantio intercalar, em rotação de culturas Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008 ou como adubo verde. Estas plantas não prejudicam os inimigos naturais dos nematóides e sua ação na redução das populações de nematóides é mais rápida do que o uso de culturas não hospedeiras em esquema de rotação. Quando aplicadas na forma de adubo verde elas propiciam todos os benefícios da matéria orgânica além de liberarem substâncias tóxicas aos nematóides. Muitas plantas da família das Compostas apresentam efeitos antagônicos contra o nematóide Pratylenchus penetrans, devido a compostos nematicidas encontrados nas raízes destas plantas. A planta conhecida como tagetes ou cravo-de-defunto varia em eficiência contra os nematóides dependendo das espécies e cultivares empregados. Dentre as leguminosas, a mucuna preta (Mucuna aterrima) e espécies de Crotalaria são as mais utilizadas e as que apresentam melhores resultados. A adubação verde com mucuna preta propicia aumentos significativos de produtividade para várias culturas. A parte aérea desta planta possui compostos nematicidas e quando incorporada, a ação sobre o nematóide é mais efetiva. As bactérias associadas às raízes destas plantas são diferentes das encontradas associadas às raízes de culturas comerciais e talvez este seja mais um mecanismo de controle dos nematóides. O plantio de mucuna ou crotalária em sucessão à cultura principal pode ser explorado em várias regiões do Brasil e é uma opção bem atraente. Extratos aquosos de folhas, frutos ou sementes, folhas picadas, óleo e torta de nim (Azadiracta indica) têm sido testados para o controle de fitonematóides com bons resultados. Matéria orgânica é todo material de origem vegetal e animal adicionado ao solo e decomposto por microorganismos formando uma camada de terra muito rica, chamada húmus. Durante a decomposição da matéria orgânica ocorre liberação de produtos tóxicos aos fitonematóides, tais como os ácidos acético, butírico e propiônico, além de amônia e nitritos. Reduções nas populações de diversos gêneros de fitonematóides têm ocorrido devido à adição de matéria orgânica de diferentes fontes. Resíduos do processamento da mandioca (manipueira) ao serem incorporados ao solo reduzem drasticamente a população dos nematóídes das galhas, Meloidogyne spp. (Ponte et al., 1995). O esterco de frango, por exemplo, promove o controle M. arenaria, M. incognita, M. javanica e Rotylenchulus reniformis. Casca de café reduziu significativamente a população de M. javanica em alface (Ribeiro et al., 1998). Segundo Zambolim et al. (1996), a decomposição da palha de café libera NH4+ e forma furfural no solo, ambas com efeito nematicida. A adição restos de culturas, estercos, palhas e farelos no solo, sua incorporação ao solo, irrigação da área e cobertura com plástico transparente é um processo chamado biofumigação, tem como objetivo aumentar a eficiência do uso da matéria orgânica para o controle dos nematóides (Souza, 2004). Vários métodos podem e devem ser utilizados em conjunto para potencializar o controle dos fitonematóides, como por exemplo a aplicação de fungos antagonistas com matéria orgânica, ou mesmo em conjunto com rotação de culturas com plantas antagonistas. Métodos culturais como o S 35 XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia revolvimento de solo infestado para exposição de ovos de nematóides seguido de irrigação também reduz efetivamente o inoculo inicial antes do plantio (Dutra & Campos, 2003). 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MESA REDONDA 1-B Epidemiologia Coordenador: Edson A. Pozza. UFLA Epidemiologia molecular: uma investigação indiscreta sobre a vida de fitopatógenos Eduardo S.G. Mizubuti. Departamento de Fitopatologia, Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, MG, Brasil. E-mail: ����������������������� [email protected] A disponibilidade de informações sobre genomas de microrganismos é crescente, porém explorar seu conteúdo com o propósito de compreender processos epidemiológicos de interesse constitui-se em grande desafio. Particularmente, um dos objetivos mais desafiadores é o da identificação de variações genéticas funcionais associadas a atributos fenotípicos de relevância evolutiva e, no caso de fitopatógenos, de importância agronômica. A exploração de informações genômicas relativas ao desenvolvimento de epidemias vem sendo investigada sob o prisma da epidemiologia molecular. Na medicina, a “epidemiologia molecular” é área de investigação já consolidada e vários centros de pesquisas foram estabelecidos em diferentes países. Na epidemiologia botânica, esta área ainda necessita ser desenvolvida. Várias razões podem ser apontadas para explicar este fato. Entre elas, e talvez uma das mais influentes, está a falta de uso mais intensivo de técnicas de biologia molecular como ferramentas para elucidação de questões epidemiológicas. Apesar de a epidemiologia molecular em fitopatologia ser ainda incipiente, é possível S 36 vislumbrar seu potencial de contribuição para aumentar a quantidade e o detalhamento do conhecimento das epidemias de doenças de plantas. O que é epidemiologia molecular? Há várias definições para epidemiologia molecular. Na área médica, a epidemiologia molecular é “a ciência que se volta para a contribuição dos potenciais fatores de risco genéticos e ambientais, identificados no âmbito molecular e bioquímico, para a etiologia, distribuição e prevenção de doenças dentro de famílias e entre populações” (Dorman, 1994). Para a fitopatologia, uma definição apropriada ainda não foi proposta. Porém, é possível considerar epidemiologia molecular como o ramo da epidemiologia que estuda, no âmbito molecular, o papel dos fatores genéticos e suas interações com fatores ambientais na ocorrência e distribuição de doenças em populações. Por quê estudar epidemiologia molecular? Em 1999, Levin et al. (1999) publicaram um artigo Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008 XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia na revista Science no qual discutiram os objetivos da epidemiologia molecular: identificar os microrganismos causadores de doenças e determinar suas fontes físicas (fontes de inóculo), suas relações biológicas (filogenética), seus modos de transmissão e os genes (inclusive elementos acessórios) responsáveis pela virulência e resistência a drogas. Os estudos de epidemiologia molecular estão voltados às questões de diversidade genética nas populações de patógenos, dos aspectos evolutivos associados à essa diversidade e suas implicações epidemiológicas. Com a maior popularização das técnicas moleculares, percebe-se haver grande interesse por parte de epidemiologistas em entender a estrutura genética e os mecanismos evolutivos de populações de microrganismos e suas conseqüências para a patogênese, biologia, ecologia e evolução das populações (Levin et al., 1999). Percebe-se assim que a epidemiologia molecular é uma área complexa, que envolve estudos das diferentes facetas genéticas dos patossistemas. Comumente, empregam-se análises em um continuum de resolução, que objetivam descrever desde as relações entre espécies de patógenos e suas implicações para as epidemias até as associações entre polimorfismos de base única (“SNPs”) com eventos da patogênese (Figura 1). Como salientado por Lewontin (1974), “concentrar apenas na variação genética sem tentar relacioná-la aos tipos de evolução fisiológica, morfogenética e comportamental constatadas no registro fóssil e na diversidade dos organismos viventes e suas comunidades, é esquecer completamente o que se deseja explicar”. O conhecimento da história evolutiva e dos fatores que determinam a associação de populações de fitopatógenos com plantas hospedeiras é essencial para a epidemiologia e, conseqüentemente, para otimização de medidas de controle de doenças. Tais conhecimentos são de aplicação direta; como exemplo, na delimitação de populações geneticamente distintas e que apresentam requerimentos ecológicos diferenciados, e no uso estratégico de variedades resistentes e de fungicidas. FIG. 1 - Variação genética em diferentes escalas de interesse Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008 Estudos de “genômica populacional” de fitopatógenos foram iniciados, no contexto de epidemiologia molecular, com o intuito de parametrizar mecanismos evolutivos e determinar as implicações das variações genéticas para o desenvolvimento de epidemias. Para ilustrar algumas dessas contribuições, serão apresentados e discutidos dois estudos de caso com doenças que afetam o tomateiro: 1. A pinta preta, causada pelo fungo Alternaria solani e 2. Begomoviroses, em particular o mosaico causado pelas espécies Tomato commom mosaic virus – ToCmMV e Tomato yellow vein streak virus - ToYVSV. No primeiro, diferentes marcadores foram empregados com o propósito de determinar, o mais acuradamente possível, a estrutura genética da população. No segundo, foi possível realizar um estudo pioneiro de genômica de populações de fitopatógeno no Brasil. ESTUDOS DE CASO A - Epidemiologia molecular da pinta preta Há aproximadamente cinco anos, iniciou-se uma linha de pesquisa com estudos epidemiológicos, no contexto de biologia de populações, com o objetivo de elucidar os fatores ecológicos e genéticos que afetam o patossistema A. solani – solanáceas. Coletaram-se isolados do patógeno nas regiões Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul do Brasil. Inicialmente, utilizaram-se os marcadores AFLP e RAPD para estimar a diversidade genética. Obtiveram-se 123 haplótipos com 62 locos, a partir da combinação de marcadores AFLP e RAPD (92% polimorfismo). As análises com esses marcadores revelaram haver evidências de subdivisão da população; isto é uma população associada a tomateiro e outra a batateira. Constatou-se haver maior variação genética dentro (70%) do que entre (30%) populações e não houve evidência de recombinação. Numa segunda etapa, os mecanismos evolutivos foram parametrizados a partir de análises de genealogia de genes por processos coalescentes. Para essas análises, de maior resolução, utilizaram-se seqüências parciais dos genes de uma proteína alergênica Alt a 1 (Alt a 1) e gliceraldeído-3-fosfato desidrogenase (Gpd), e a região do espaçador interno transcrito do rDNA (ITS). Polimorfismos foram identificados em todas as seqüências. Detectou-se diferenciação genética entre populações de A. solani na análise do loco Alt a 1 e não houve evidências de recombinação, resultados esses que corroboraram a classificação de A. solani como fungo mitospórico. Verificou-se que não há evidência de subdivisão geográfica de populações, isto é, há intenso fluxo gênico entre populações de batateira e tomateiro. Portanto, do ponto de vista epidemiológico, é possível inferir que: 1. apenas conídios estão associados a epidemias de pinta preta em ambos os hospedeiros no Brasil; 2. a população tem estrutura clonal e mutação parece ser o principal mecanismo responsável pelo padrão de variação S 37 XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia constatado na população; e 3. inóculo para epidemias de pinta preta pode ser oriundo de diferentes campos e locais. Realizaram-se, também, análises filogenéticas a partir das seqüências Alt a 1, Gpd, e ITS. Além disso, o marcador RAPD foi combinado com as seqüências Alt a 1 e Gpd em análises de parcimônia. Novamente, detectou-se associação de populações de A. solani com batateira e tomateiro. Especula-se que tal separação possa estar associado a ou resultar em processo de especiação. O próximo desafio é elucidar que fator(es) genéticos determinam a associação de populações de A. solani. Espera-se, em breve, determinar a associação de SNP’s com a especificidade por hospedeiro. A resposta a esse questionamento certamente possibilitará a melhor compreensão dos processos de patogênese e maior embasamento para subsidiar programas de melhoramento voltados para a obtenção de variedades resistentes à pinta preta. B - Genômica de populações de Tomato commom mosaic virus – ToCmMV e Tomato yellow vein streak virus ToYVSV Nos últimos 15 anos, constatou-se aumento considerável da intensidade de epidemias de mosaico em tomateiro, causado por espécies de begomovírus. Tal fato está associado à introdução do biótipo B da mosca-branca, Bemisia tabaci. Esse variante possui maior capacidade de reprodução e, portanto, maior eficiência de transmissão de begomovírus. Suspeita-se que, por ser mais eficiente, o biótipo B estaria envolvido na transmissão de vírus encontrados em plantas silvestres ou daninhas para o tomateiro. Tal fato é de grande relevância epidemiológica, pois uma estratégia de controle passaria a ser orientada ao manejo adequado dos possíveis reservatórios. O estudo de genômica populacional possibilitou inferir sobre processos epidemiológico-evolutivos de implicações para o manejo doença. Amostras de plantas infectadas foram coletadas em dois municípios produtores, Paty do Alferes (RJ) e Coimbra (MG). Em Coimbra, foram coletadas 17 amostras de tomateiro e 43 amostras de plantas daninhas. Uma única espécie ocorreu nos dois municípios: ToCmMV. Alguns questionamentos de interesse epidemiológicos foram levantados: 1. Há diferenças genéticas entre as populações do ToCmMV de Coimbra e Paty do Alferes? 2. Há evidências de plantas daninhas serem fonte de inóculo para epidemias de begomoviroses em tomateiros? 3. Qual a magnitude e quais são os mecanismos geradores de variabilidade genética nas populações de begomovírus no Brasil? As populações de ToCmMV de Paty do Alferes e Coimbra são geneticamente distintas. Houve maior S 38 variabilidade dentro de populações em Coimbra. Possivelmente, trata-se de população mais antiga. Em Coimbra, três novas espécies foram encontradas em plantas daninhas: Blainvillea rhomboidea, Sida micrantha e S. rhombifolia. Cabe salientar que essas espécies de plantas daninhas são comumente encontadas próximas a campos de produção na região de Coimbra. Há evidências de que plantas daninhas podem atuar como reservatório de novas espécies ainda não totalmente adaptadas ao tomateiro. Houve alta taxa de mutação e há sinais de ocorrência freqüente de eventos de recombinação nas populações das espécies de begomovírus estudadas. Considerando-se que a presença de begomovírus na região de Coimbra vem sendo constatada desde 2001, ao passo que em Paty do Alferes ocorreu apenas em 2005, os resultados obtidos são consistentes com a introdução recente das populações virais em Paty do Alferes, seguido de expansão populacional. Em Coimbra, o vírus e seu hospedeiro provavelmente estão co-evoluindo há mais tempo. Os estudos de caso apresentados constituem em um limitado subconjunto de possibilidades de uso de análises genéticas para o melhor entendimento de processos epidemiológicos. Acredita-se que com a maior difusão e interesse na abordagem da epidemiologia molecular, um vasto conjunto de informações será rapidamente construído. Contudo, mais importante do que sua geração, será a conversão desse conhecimento em estratégias mais eficientes de controle de doenças de plantas. AGRADECIMENTOS FAPEMIG pelo financiamento do projeto de pesquisa. Aos colegas Dr. F. Murilo Zerbini Jr. e Dra. Glória P. U. Castillo pelos dados sobre begomovírus. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Dorman JS (1994) Molecular epidemiology and DNA technology transfer: A program for developing countries. In: Dorman JS (Ed.) Standardization of epidemiologic studies of host susceptibility New York NY. Plenum Press. pp. 241-251. Levin BR, Lipsitch M, Bonhoeffer S (1999) Population biology, evolution, and infectious disease: Convergence and synthesis. Science 283:806-809. Lewontin RC (1974) The genetic basis of evolutionary change. New York NY. Columbia University Press. Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008 XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia Bioecologia das populações de Moniliophthora perniciosa na Bahia Karina Peres Gramacho, José Luis Pires. CEPLAC/CEPEC/SEFIT, Ilhéus, BA, Brasil. E-mail: [email protected] A introdução da doença vassoura-de-bruxa na região cacaueira da Bahia afetou fortemente o conjunto das vantagens comparativas desta região para a produção de cacau e, com isto, a preservação deste setor econômico passou a ser mais dependente de fatores tecnológicos ligados à redução dos custos de produção, elevação da produtividade e obtenção de melhores preços de produto. Esta doença foi descrita pela primeira vez em 1895, após grandes danos em plantações costeiras do Suriname (Pereira, 1999). Durante os trinta anos seguintes, a doença foi registrada em todas as regiões produtoras próximas à Bacia Amazônica, incluindo Amazônia Brasileira, Colômbia, Peru e alguns dos mais importantes produtores do inicio do século: Equador (10), Trinidade e Tobago (40) e Venezuela (50). As perdas foram enormes e, com a pressão da doença e emergência de outras áreas produtoras como Bahia e países Africanos, Equador, Trinidade e Venezuela perderam importância no mercado internacional. No Equador a produção caiu para menos de 50%, e o inicio da recuperação só se deu na década de 50, prioritariamente pela incorporação de novas áreas. Trinidade tem, hoje, produção inexpressiva e a Venezuela tem produção semelhante a que tinha no início do século. Quase 100 anos depois é registrado um segundo ciclo de expansão do fungo, que atingiu o Panamá, em 1978, através da Colômbia, e, em 1989, a Bahia (Pereira, 1989). Esta região produziu a mais rápida resposta na história da doença, com base, principalmente, no uso de variedades resistentes e controle biológico do patógeno (Costa, 2003; Pires et al., 1999), e já iniciou a recuperação de sua produção. No entanto, as variedades até então liberadas para cultivo comercial tem sua resistência baseada quase exclusivamente em uma única fonte: o clone Scavina 6, coletado no Peru por Pound, na década de 40 (Bartley, 1994), para o qual mais informações eram disponíveis. Por outro lado, em estudos sobre a coleção de Germoplasma do CEPEC, na Bahia, Brasil, foi identificado um elevado número de genótipos com forte distinção em relação à resistência à vassoura-de-bruxa, muitos dos quais de diferentes origens e com baixa similaridade genética entre si, conforme marcadores moleculares RAPD e Microssatélites; e genótipos introduzidos mais recentemente propiciaram uma expressiva ampliação da diversidade do conjunto de acessos resistentes da coleção. Isto indica, a principio, a existência da possibilidade de se alcançar à associação de diferentes genes de resistência e de se ampliar a diversidade em cultivo, aspecto premente, uma vez que foi identificada, na coleção, a redução do destaque de descendentes da citada fonte tradicional de resistência e base das variedades Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008 atualmente distribuídas, o Scavina 6, e foi captado um processo de evolução do patógeno: isolados amostrados em materiais resistentes diferem geneticamente dos amostrados em genótipos susceptíveis, conforme marcadores RAPD (a mudança de comportamento de descendentes de Scavina foi, a partir daí, verificada em diversas propriedades rurais de diferentes municípios da região). Considerando, conjuntamente, a mudança de comportamento citada para os descendentes de Scavina e a distinção entre os isolados de materiais resistentes e susceptíveis, constata-se que o aumento da incidência da doença nos materiais resistentes não se deve apenas a um possível aumento do número de inóculos, mas sim a um aumento da quantidade de inóculos de ‘tipos’ não usuais, que teriam, agora, uma maior freqüência proporcional. Evidência de adaptação foi também notada em testes de patogenicidade destes isolados, em ensaios de inoculação cruzada nos clones TSH 1188, CCN10, CCN51 E SIC2. Os Isolados oriundos do SCA6 e do TSH 1188 foram os mais patogênicos. Porém, ainda não o foram observados indicativos claros de especialização. Assim, é previsível que nas áreas cultivadas com os materiais resistentes de um dado tipo, por exemplo, descendentes de Scavina ocorra alta pressão de seleção para os tipos diferenciados, de maior eficiência na infecção destes materiais (que já estão sendo gerados) que teriam sua freqüência aumentada e, conseqüentemente, produziriam danos cada vez maiores, caso estes tipos mais bem sucedidos não sejam impedidos de produzir descendentes. De modo que é imprescindível a obtenção de novas variedades comercias que englobem o maior número possível de fatores de resistência, para ampliar sua durabilidade. Assim como, a extrema necessidade de se efetuar um controle minucioso de vassouras nas áreas cultivadas com os materiais resistentes, evitando que estas venham a esporular. Além da diferenciação genética entre patógenos que se desenvolvem sobre genótipos susceptíveis e resistentes foram, também, observadas diferenças para o fungo entre paises e entre regiões dentro de países, entre e dentro de municípios dentro da região cacaueira da Bahia, e entre anos para um mesmo grupo e plantas. Isto mostra uma excepcional capacidade de adaptação e enorme variabilidade do fungo (Gramacho et al. 2003; 2006; 2007; Moreira 2006; Braz et al., 2006) Na Bahia, com base em estudos moleculares e de compatibilidade somática (Oliveira, Gramacho e Silva, 2006), ecótipos de M. perniciosa foram correlacionados com a zona de transição ao plantio de cacau, tendo sido encontradas três populações de M. perniciosa. Interessantemente, estes resultados de certa forma corroboram com os resultados de S 39 XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia patogenicidade e de compatibilidade somática, que distinguem três grupos de patogenicidade: grupo 1, formado por isolados mais agressivos, inclui isolados dos agrossistemas Almada, Camacan e Linhares; grupo 2, um grupo considerado intermediário em termos de patogenicidade, inclui isolados dos agrossistemas Jiquiriça e Valença, e grupo 3, o menos agressivo, formado por isolados do Agrossistema Ipiau. Estes últimos agrossistemas são considerados zonas de transição ao plantio de cacau. A variabilidade genética de M. perniciosa foi também estudada no Estado do Espírito Santo, tendo sido identificadas duas populações geneticamente similares às populações preponderantes no Sudeste da Bahia. A presença de transposons, a constante presença de hospedeiros suscetíveis ao longo do ano e as variações climáticas podem, portanto, justificar tanto a diversidade como também a fixação de novas linhagens do fitopatógeno com vantagens adaptativas. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Bartley BG (1994) A review of cacao improvement. Fundamental ������������ methods and results. Proceedings, International Workshop on Cocoa Breeding Strategies. Kuala Lumpur, Malaysia. p. 16. Braz NGR, Gramacho KP, Moreira RFC, Serra WO (2006) Temporal variability in Crinipellis perniciosa in plantations of Southeast Bahia, Brazil. Proceedings, �������������������������������������� 15th International Cocoa Research Conference. p. 184. Costa JCB (2003) Situação atual do controle biológico da vassourade-bruxa do cacaueiro com o uso de Trichoderma spp. na Bahia. Resumos, VIII Reunião de Controle Biológico de Fitopatógenos, Ilhéus BA. ������������������ CEPLAC. pp. 63–69. Gramacho KP, Risterucci AM, Lanaud C, Lima LS, Lopes V (2007) Characterization of microsatellites in the fungal plant pathogen Crinipellis perniciosa. ���������������������������������� Molecular Ecology Notes 7:153-155. Gramacho KP, Pires JL, Lopes UV, Bezerra JL (2006) Vassourade-bruxa, evolução do fungo e necessidade de remoção das partes afetadas em clones resistentes. 28. Semana do Fazendeiro. Uruçuca BA. Agenda Técnica 28:423-426. Gramacho KP, Lopes UV, Pires JL, Lopes JRM, Bahia RC, Zaidan H (2003) Phylogeography of the witches´ broom pathogen in Bahia. Proceedings, 14th International Cocoa Research Conference, Ghana. Moreira RFCM (2006) Estrutura genética de populações de Crinipellis perniciosa e Moniliophthora roreri utilizando marcadores RAPD e SSR. Tese de Doutorado em Genética e Melhoramento de Plantas. Universidade Estadual Paulista. Jaboticabal SP. Oliveira ML, Gramacho KP, Silva, VR (2006) Compatibilidade somática entre isolados de Crinipelllis perniciosa originários da região cacaueira da Bahia. Agrotrópica 17:53-62. Pereira, J. L.; Ram, A.; Figueiredo, J. M. and Almeida, L. C. C. de. (1989). Primeira ocorrência de vassoura-de-bruxa na principal região produtora de cacau do Brasil. Agrotrópica �������������������� 1:79-81. Pereira JL (1999) Renewed advance of Witches’ broom disease of cocoa: 100 years later. Proceedings, 12th International Cocoa Research Conference. Salvador BA, Brasil. Cocoa Producers Alliance. pp. 287-292. Pires JL, Monteiro WR, Luz EDMN, Silva SDVM, Pinto LRM, Figueira A, Lopes KP, Albuquerque PSB, Yamada MM, Ahnert D, Brugneroto MIB (1999) Cocoa Breeding for witches ‘broom resistance at CEPEC, BA, Brazil. In: International Workshop on the Contribuition of Disease Resistance to Cocoa Variety Improvement, 1996, Salvador, BA. Proceedings of the International Workshop on the Contribuition of Disease Resistance to Cocoa Variety Improvement. pp. 910-101. Pires JL (2003) Avaliação quantitativa e molecular de germoplasma para o melhoramento do cacaueiro com ênfase na produtividade, qualidade de frutos e resistência a doenças. Tese de Doutorado. Universidade de Viçosa. Viçosa MG. Epidemiologia molecular das doenças infecciosas em humanos Joice Neves Reis. Departamento de Microbiologia Clínica – Faculdade de Farmácia, Universidade Federal da Bahia UFBA, Salvador, BA, Brasil. E-mail: [email protected] A epidemiologia das doenças infecciosas é uma das principais áreas da ciência que tem sido completamente transformada pela introdução das ferramentas da biologia molecular. Esta nova abordagem permite um olhar sobre a epidemiologia dos patógenos desde sua perspectiva evolucionária, traçando alterações genéticas no decorrer de curtos ou longos períodos de tempo, que podem ser relevantes para a dinâmica de transmissão e persistência de epidemias na população hospedeira. A epidemiologia molecular fornece ainda ferramentas que objetivam desvendar o mecanismo molecular de resistência às drogas, patogêneses e transmissão dos agentes infecciosos. S 40 Diversas definições do termo “Epidemiologia molecular” tem sido publicadas, sendo que todas referem à utilização de técnicas moleculares, mas nem todos fazem referência explicita a epidemiologia. Desde 1977, Higginson já havia definido a epidemiologia molecular como a aplicação de técnicas sofisticadas em estudos epidemiológicos de material biológico (1) e recentemente, Levin e cols. estabeleceram: ”Os objetivos práticos da epidemiologia molecular são identificar os microparasitas responsáveis pelas doenças infecciosas e determinar sua origem física, sua relação biológica, e sua rota de transmissão e quais os genes responsáveis por sua virulência, antígenos relevantes para vacina e resistência as drogas”(2). Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008 XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia Uma característica importante que distingue epidemiologia molecular de genética populacional ou filogenia é que ela sempre irá focar em uma oportunidade para intervenção ou prevenção. Em vários estudos, a descrição das doenças é limitada a uma análise da estrutura populacional e distribuição de patógenos no tempo e espaço. O rastreamento de uma cepa de um local a outro e através do tempo é uma aplicação das técnicas moleculares, mas esta aplicação não é suficiente para bordar questões importantes e relevantes sobre a transmissão de doenças (3). Em epidemiologia de doenças infecciosas, pergunta-se: como um organismo é introduzido na comunidade e como e por que ele se dissemina Quem se infecta? Quem desenvolve a doença após infecção? E por quê? Como os patógenos são mantidos em uma comunidade de hospedeiros? Como e por quê uma cepa emerge como patógeno predominante em uma comunidade e por que ela desaparece? Como utilizar o conhecimento adquirido sobre a dinâmica de transmissão de uma determinada doença para implantar medidas efetivas de controle e prevenção? Técnicas moleculares ajudam na estratificação de dados para uma obtenção de medidas mais sensíveis e específicas. Essas técnicas contribuem para melhoria das ações epidemiológicas, incluindo estudos de vigilância, investigações de surto, identificação de rotas de transmissão e fatores de risco associados aos casos esporádicos. Adicionalmente, as técnicas moleculares são importantes para caracterizar interações patógeno-hospedeiro, detectar microrganismos não cultiváveis, fornecer evidências de envolvimento de causas infecciosas com o câncer e outras doenças crônicas, e contribuir para melhor compreensão da patogênese em nível molecular. As técnicas moleculares não substituem as convencionais, elas resolvem problemas epidemiológicos que não poderiam ou seriam difíceis de serem solucionados somente pela aplicação de métodos convencionais. Numerosas técnicas de genotipagem têm sido aplicadas em estudos epidemiológicos de doenças infecciosas. Todas são baseadas na análise de diferenças ou seqüências do ácido nucléico, cromossômico ou extra-cromossômico. A vantagem dos sistemas de tipagem baseados em análise de ácidos nucléicos é que são menos influenciados por manipulação ou condições de cultivo. Outra vantagem dos sistemas de genotipagem é que quase todos podem ser agrupados em basicamente três tipos de análise: 1) Padrão de bandas de eletroforese; 2) hibridização de ácidos nucléicos e; 3) sequenciamento de ácidos nucléicos. Isto permite o uso de equipamentos comuns e a padronização de reagentes para a análise de diferentes agentes infecciosos. Os sistemas de genotipagem são divididos em duas categorias gerais: os baseados em análises de elementos extra-cromossômicos e os com base em análise de DNA cromossômico. Os sistemas baseados em análise de DNA cromossômico são aqueles desenhados para comparar diferenças que ocorrem por alterações de nucleotídeos em partes do genoma, ou seja, mensuram a microdiversidade; ou técnicas que consideram o genoma como um todo e que portanto, podem analisar a macrodiversidade. Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008 Na análise do padrão de eletroforese devemos lembrar que uma eletroforese de DNA convencional só é adequada para separar moléculas de 500 a 20 Kb. Dentre os métodos baseados em análises de eletroforese de ácidos nucléicos podemos citar: Polimorfismo de tamanho do fragmento de restrição - RFLP (restriction fragment length polymorphism), eletroforese de campo pulsátil (PFGE), ribotipagem e métodos baseados em reação da polimerase em cadeia (PCR). Os métodos da PCR podem ser classificados como capazes de: 1) amplificar um único produto com diferenças no peso molecular ou, 2) gerar um fingerprinting devido à amplificação de múltiplos produtos. Vários métodos de fingerprinting exploram os elementos repetitivos que ocorrem no cromossomo de procariotos e de eucariotos como: ERIC (enterobacterial repetitive intergenic consensus); REP ( repetitive extragenic palindromic), BOX, IS, ITS etc. Dentre os métodos de tipagem baseados em hibridização de ácidos nucléicos, podemos citar a combinação do RFLP (tipagem de Mycobacterium tuberculosis através do IS6110), Dot ou Slot blots (spoligotyping) e microarray. O microarray ou chip genético surgiu na era pós-genômica – o qual permite novas formas de comparação de genomas baseados em padrões de hibridização gerados a partir de milhares de seqüências conhecidas fixadas em uma lâmina de vidro ou membrana de nitrocelulose. O perfil de hibridização pode ser gerado de acordo com parâmetros demográficos, clínicos, epidemiológicos ou laboratoriais associados a um agente infeccioso. A tipagem baseada no sequenciamento de ácidos nucléicos pode ser categorizada em: 1) Comparação do seqüências completas do genoma; 2) comparação de segmentos do genoma (MLST, SNP e microssatélites) e; 3) Comparação de seqüências de elementos extra-cromossômicos – SNP (plasmídios, mitocôndrias e cinetoplastos). Por ser uma disciplina que requer a aplicação prática de técnicas de laboratório e de epidemiologia, a prática da epidemiologia molecular requer uma interface entre médicos, estatísticos, epidemiologistas, biólogos, técnicos de informática e especialistas em bio-informática e biologia computacional. Este trabalho de colaboração entre as mais diversas formações, talvez seja um dos principais desafios da epidemiologia molecular. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Higginson J (1977) The role of the pathologist in environmental medicine and public health. American Journal Pathology 86:460484 Levin BR, Lipsitch M, Bonhoeffer S (1999) Population biology, evolution, and infectious disease: convergence and synthesis. Science 283:806-809. Foxman B, Riley L (2001) Molecular Epidemiology: Focus on Infection. American Journal Epidemiology 12:1135-1141. S 41 XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia MESA REDONDA 1-C Publicação científica e indexação Coordenador: Ludwig H. Pfenning. UFLA Indicadores de qualidade da publicação científica Gilson Luiz Volpato. Research ��������������������������������������������������������������������������� Center on Animal Welfare, RECAW; Departamento de Fisiologia; IB e Centro de Aqüicultura da UNESP; Universidade Estadual Paulista, UNESP, Botucatu, SP, Brasil. E-mail: [email protected] INTRODUÇÃO Na vida universitária, os processos de avaliação têm sido sistematicamente abortados, interrompidos ou dissimulados, pois não há interesse de certos postos decisórios para que tais avaliações sejam de competência. Por que isso ocorre exatamente no lugar onde floresce ciência, cuja essência reside na crítica do conhecimento (Popper, 1959)? Minha hipótese para essa questão é que os cientistas se debruçam na descoberta do conhecimento, ignorando os demais caminhos da universidade, enquanto outros, por vocação ou insuficiência científica, se acomodam na administração, grande parte deles se dedicando enfaticamente, por ironia talvez, ao ensino da “ciência” ou mesmo sua divulgação para o meio extra-universitário. Com isso, os referenciais para avaliação ficam sob controle de não-cientistas. Como, na ingênua tese do tripé universitário (ensino, pesquisa e extensão), todos devem se curvar a esses referenciais, eles são balizados para que os não-cientistas também sobrevivam no quesito produção científica. Esse quadro hipotético hilário tem eliminado qualquer proposta competente da avaliação da produção científica... nivela-se por baixo. Com isso, contamina-se o foco da avaliação, que é a publicação e seu impacto, com a inclusão exacerbada de atividades-meio. Assim, passa-se a valorizar número de orientações concluídas, participação em bancas examinadoras, número de publicações científicas em quaisquer veículos, número de participações e de resumos em congressos, entre outras. Costumo fazer uma analogia dessa situação com um jogo de futebol. Qual é a meta final: driblar, passar a bola, ficar com a posse de bola, chutar escanteios e faltas? Não, a meta é fazer gols. Vence quem faz mais gols. O que tem ocorrido na universidade é que a qualidade científica tem sido dissimulada pela inclusão dos indicadoresmeio. Outra forma de retardo para a implantação de uma avaliação competente é a crítica constante, e constantemente equivocada, sobre os indicadores de produção científica atuais. É interessante observar não-cientistas, ou cientistas não-praticantes, defenderem-se da baixa produção por meio de ataques aos índices existentes. Qual é a meta dos cientistas? Apenas três: produzir e divulgar conhecimento científico e formar cientistas. Nesse texto abordo as duas primeiras: a produção e a divulgação S 42 do conhecimento científico. Mais especificamente, focarei apenas a produção do conhecimento e a divulgação dele no meio científico. Embora não abordado nesta ocasião, apenas ressalto que a divulgação do conhecimento científico para a comunidade não-científica é responsabilidade social também do cientista. Cabe a ele divulgar os conhecimentos científicos produzidos e estáveis na ciência para leitores não-cientistas ou fora da especialidade, seja por meio de palestras, textos de divulgação, entrevistas, filmes etc. Mas o que é o conhecimento científico? Embora a questão do método científico seja ainda controversa (vide Oliva, 2003, para um leitura fácil e atraente), alguns elementos básicos são inquestionáveis: base empírica (dados “concretos”) para as generalizações, controle de variáveis, conclusões probabilísticas etc. Porém, para que a conclusão científica seja considerada a resposta que a comunidade científica adotará, é necessário algo mais: o conhecimento produzido deve ser aceito por parcela significativa da comunidade científica (Volpato, 2003, 2007). Esse quesito muda tudo, da concepção de redação científica até a avaliação da publicação. A meta não é publicar, mas usar a publicação para que o conhecimento produzido seja visto e tenha chance de ser aceito pela comunidade científica. Com isso em vista, analiso a seguir, dentre os diversos índices existentes, os mais usuais na avaliação da qualidade da publicação científica: o fator de impacto, o número de citações e o índice h. Fator de Impacto Este conceito, idealizado na década de 60 por Garfield (idealizador do ISI), foi amplamente disseminado na ciência mundial na segunda década de 90 e, no Brasil, atingiu maior popularidade a partir deste século. Ele mede fundamentalmente o uso que a comunidade científica faz dos conhecimentos publicados por determinado periódico. Esse uso é específico para citações inseridas em artigos científicos e não distingue o caráter da citação (aceitação ou crítica). Ele é a razão entre o número de citações no ano após um biênio e o número de artigos publicados pelo periódico no biênio. Assim, se uma revista publicou 200 artigos em 2006 e 2007 e teve 400 citações desses artigos no ano seguinte (2008), seu fator de impacto é 2,0. Mas note que se publicou 10 artigos e teve 20 citações, o valor também é 2,0. O fator de impacto mede, então, o potencial do corpo Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008 XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia editorial em selecionar artigos que interessam à comunidade da área da revista. Com isso, se conseguimos publicar um artigo numa revista de alto fator de impacto, temos a expectativa de que esse artigo será bastante reconhecido pela comunidade da área. Ou seja, num primeiro passo, ao aceitarem nosso artigo os editores dessa revista estão nos dizendo que ele é interessante e, possivelmente, atrairá a atenção de leitores. Em decorrência, os autores procuram publicar nas revistas de maior fator de impacto. Isso dá ao corpo editorial cada vez mais potencial para fazerem boas seleções de manuscritos, pois a disponibilidade dessas submissões é grande. Conseqüentemente, no campo dos leitores, cria-se a expectativa de que os artigos publicados em revistas de maior fator de impacto têm menor chance de equívocos. O fator de impacto entra na avaliação da publicação científica do pesquisador porque a concorrência e exigência para se publicar em revistas de alto fator de impacto é muito grande. Com isso, indiretamente se mede a qualidade do manuscrito proposto e do perfil científico do autor. Em revistas de baixo escalão, muitas vezes o editor se vê compelido a aceitar manuscrito de qualidade duvidosa para evitar perda de periodicidade que poderia trazer implicações para a manutenção da indexação do periódico. Como todo índice de avaliação, o fator de impacto tem limitações naturais, por exemplo: a) não indica o prestígio do artigo, b) não garante que o artigo seja mais ou menos citado, c) não indica o número de citações que a revista recebeu, d) é limitado à área da revista; e e) não reflete a abrangência internacional do periódico. Considerando que indique a dificuldade de publicação, o somatório de fator de impacto de um cientista, ponderado pelo número de anos de publicação ou pelo número de artigos publicados, indica seu potencial para ultrapassar o crivo editorial de bons periódicos. Nesse quadro, revistas de baixo escalão têm usado mecanismos artificiais para aumentarem o fator de impacto, como ao explicitarem que manuscritos que citem artigos publicados pela revista na qual foram submetidos terão atenção especial. Apesar disso, estudos desenvolvidos pelos organizadores do ISI indicam que a autocitação (artigos citando a própria revista onde são publicados) não tem impacto significativo na avaliação do fator de impacto das revistas. Número de Citações Implícito no conceito de conhecimento científico apresentado no item 1, é o papel das citações na avaliação da qualidade da publicação do autor. Seja qual for a natureza da citação (crítica ou de suporte), ela é relevante por auxiliar o debate científico. Muito pior é quando o artigo é ignorado. Partindo-se disso, o somatório de publicações de um autor, ponderado adequadamente pelo número de artigos e/ou anos de publicação, indica parte do perfil de qualidade do cientista. Além de produzir conhecimento de interesse, deve apresentá-lo de forma convincente (robusto e atraente) para Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008 ser citado. Essa aceitação é talvez o melhor prêmio que um cientista possa receber. Evidentemente, está envolta em problemas, pois “amigos” citam “amigos”, “brasileiro” não cita “brasileiro” no exterior, “inimigos” não se citam etc. Mas quando a citação ocorre, ela é significativa. Se for de grupo fora do círculo de amizade do autor, melhor ainda, pois mostra que sua “ciência” é forte e consegue convencer cientistas da área. Os mecanismos atuais de detecção das citações têm ferramentas para se excluir as autocitações, de forma a melhorar o caráter informativo deste indicador. A importância deste indicador é incontestável, tanto assim que foi a base para a proposta do índice h, como será visto a seguir. Índice h Este índice foi proposto por Hirsch (2005) e rapidamente absorvido pelo ISI e, em maio de 2007, também publicado pelo Scopus. Atualmente já é usado pelo CNPq, inclusive fazendo parte dos dados do currículo Lattes. O índice h indica uma ponderação entre o número de publicações e o número de citações. Basicamente, o valor h indica que o autor tem h artigos com, no mínimo, h citações. Se ele tem h = 3, possui ao menos 3 artigos com 3 citações cada. Para subir esse índice para 4, deve conseguir 4 artigos com, no mínimo, 4 citações. Entre os especialistas reconhecidos internacionalmente, o valor de h é geralmente maior que 30. Entre os laureados com prêmio Nobel, os valores vão acima de 50 e ultrapassam a primeira centena. Entre a maioria dos cientistas, no entanto, geralmente está entre 1 e 15. Em nossas universidades, valores acima de 5 já mostram um diferencial importante. No entanto, esses referenciais sofrem grande influência da área do cientista. As principais restrições ao índice h são: a) depende da área considerada; b) pode estar contaminado por autocitações (ao menos o Scopus permite a exclusão das autocitações); c) não enaltece poucos artigos com muitas citações; e d) pode indicar apenas o prestígio do pesquisador numa comunidade restrita (por ex., pesquisadores brasileiros que publiquem excessivamente em periódicos nacionais pertencentes ao ISI ou Scopus, mas sem impacto internacional). Expectativa Futura Hoje podemos cadastrar nossos artigos no ISI ou Scopus e sermos notificados por e-mail cada vez que nossos artigos são citados por publicações cadastradas nessa bases. Com isso, rapidamente podemos saber o teor da citação, o que certamente nos fornece elementos fundamentais para direcionamento de nossas pesquisas. Podemos, então, considerar a qualidade da citação. É muito diferente sermos citados por alguém de nosso grupo ou de pesquisador fora desse círculo. É também diferente quando nosso artigo aparece citado entre vários outros numa frase (somos mais um entre tantos). Mas quando ele é citado sozinho, indica que foi a única alternativa, ou a melhor alternativa, encontrada pelo autor que nos cita. Essa análise de qualidade pode S 43 XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia ser feita pelo autor e, quem sabe, no futuro seja também contemplada por indicadores numéricos. Conclusão A busca por indicadores numéricos reflete o desejo de objetivar as avaliações. No entanto, ela deve ser dirigida para os elementos fim da atividade, no caso, o impacto que as publicações têm na comunidade científica. Cada indicador reflete alguns elementos da qualidade da publicação, de forma que o conjunto deles mostra mais adequadamente o perfil do cientista. Conforme a questão da avaliação da publicação cientifica se torna mais incisiva e os meios de comunicação mais sofisticados, novos indicadores surgem e encorpam esse conjunto. Felizmente caminhamos no sentido de atender quesitos filosóficos da ciência, como o próprio conceito de conhecimento científico: passamos do número de publicações para a qualidade do periódico e, agora, nos dirigimos para ponderações sobre as citações. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Oliva A (2004) Filosofia da Ciência. Coleção passo-a-passo. Rio de Janeiro RJ. Editora Jorge Zahar. Popper KR (1959) The Logic of Scientific Discovery. London. Hutchinson. [Tradução de “Logik der Forschung”, Edição 1935]. Volpato GL (2007) Ciência: da Filosofia à Publicação. 5ª. Ed. São Paulo SP. Cultura Acadêmica. Vinhedo SP. Scripta Editora. Volpato GL (2003) Publicação Científica. 2ª Ed. Botucatu SP. Tipomic Gráfica e Editora. Indexação de revistas científicas em bases de dados: critérios e implicações para a avaliação da produção científica Regina C. Figueiredo Castro. Coordenação de Comunicação Científica em Saúde, BIREME/OPAS/ OMS – Centro Latino-americano e do Caribe de Informação em Ciências da Saúde, São Paulo, SP, Brasil. E-mail: [email protected] O fluxo de comunicação científica pode ser descrito de forma simplificada em cinco etapas: redação, revisão, publicação, indexação e disseminação. Até o advento da Internet essas etapas eram seqüenciais e dependiam umas das outras em termos de espaço e tempo. Com a publicação eletrônica na internet, as etapas do fluxo tradicional continuam as mesmas, mas podem ocorrer com um alto grau de simultaneidade e de convergência entre autores, revisores, editores, produtores de bases de dados e usuários, permitindo acessibilidade imediata e em todo o tempo e lugar. O fluxo da comunicação científica na Internet permitiu a introdução de uma nova etapa no processo: a de avaliação de uso e de impacto das publicações (1). As revistas científicas constituem a principal via para a publicação de resultados de pesquisa e uma das mais representativas do fluxo acima descrito, em várias áreas do conhecimento. Por suas características, distinguem-se de outros tipos de contribuições (livros, teses, relatórios, trabalhos de congressos etc.), principalmente por sua periodicidade definida, pelo controle de qualidade explícito pela revisão por pares e pela possibilidade de disseminação rápida e de ampla divulgação. Desde sua criação no século XVII, há mais de 400 anos atrás, as revistas foram concebidas para registrar e divulgar os avanços do conhecimento científico, com a publicação imediata e periódica de resultados de pesquisa. Com o aumento do número de revistas científicas, surgiram as bases de dados que permitiram o registro, indexação, S 44 recuperação e disseminação da produção publicada em todas as regiões do mundo. As primeiras bases de dados dedicaram-se a registrar principalmente as revistas científicas, não só pela facilidade de localizá-las e de controlar seu fluxo de publicação, como também porque contavam com um processo de controle de qualidade do material publicado. Essas bases eram apenas referenciais, isto é, registravam metadados (autor, título, fonte, resumo, descritores etc.), que serviam de referência para os documentos publicados. Atualmente, as bases de dados indexam outros tipos de documentos (livros, teses, relatórios etc.) e permitem acesso aos textos completos em formato eletrônico, oferecem enlaces para artigos ou outras fontes relacionadas. Nas ciências biológicas e da saúde, exemplos de bases de dados referenciais são: BIOSIS Previews, (que inclui o Biological Abstracts), CAB Abstracts, AGRIS – International Information System for the Agricultural Sciences and Technoogy e MEDLINE. Há também bases de dados que geram e publicam indicadores bibliométricos.de uso, citações, co-autoria etc. Além dos metadados básicos, trabalham também com as referências dos artigos indexados, que permitem medir o grau de visibilidade ou de aceitação dos trabalhos publicados pela comunidade científica. A mais antiga e conhecida base de citações é a Web of Science, a partir da qual é publicado o Journal Citation Reports, que registra o Fator de Impacto, mundialmente utilizado como um indicador de qualidade da produção científica. Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008 XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia A SciELO (Scientific Electronic Library Online), coordenada pela BIREME, e a Scopus, coordenada pela Elsevier, com o portal SCImago Journal and Country Rank (SJR) também produzem indicadores bibliométricos. Estar indexada em uma base de dados é uma condição de extrema importância para as revistas científicas, pois garante a elas visibilidade, acessibilidade e uma certificação de que cumprem os critérios de qualidade estabelecidos pela base. Os principais critérios de seleção adotados pelas bases de dados são: qualidade científica, composição do comitê editorial, procedimentos de controle de qualidade do conteúdo pela revisão por pares, tipo de conteúdo, periodicidade, freqüência de publicação e normalização (23). As bases de dados de citações consideram além desses, o potencial de citações das revistas selecionadas (4-6). Por qualidade científica do conteúdo entende-se a existência de artigos bem estruturados, bem escritos, metodologicamente adequados, com resultados originais, que representem avanços do conhecimento e importância para a área temática coberta pela revista. Quanto mais artigos originais e relevantes publicados, mais as revistas serão reconhecidas e selecionadas para uma base de dados. A existência de artigos de autores de várias instituições nacionais ou estrangeiras é um indicativo de qualidade científica da revista, pois mostra que a comunidade científica da área valoriza aquela publicação. O primeiro filtro de seleção é, na verdade, o do autor. A composição do comitê editorial e a instituição responsável pela publicação mostram o respaldo científico que a revista recebe. Comitês Editoriais com profissionais de reconhecida importância para a área, com ampla cobertura geográfica no país ou no exterior, garantem menos subjetividade no processo de seleção de artigos para publicar e, conseqüentemente, maior idoneidade e imparcialidade da publicação. Revistas com comitês formados apenas com membros da própria instituição publicadora tendem a ser mais suscetíveis a pressões institucionais e conflitos de interesse. A seleção de trabalhos para publicação não deve ser realizada apenas pelos membros do Comitê Editorial. A decisão de publicar ou não os artigos submetidos à publicação é do editor científico, mas ele deve valer-se de uma análise feita por membros externos da comunidade científica, os revisores ou pareceristas. O processo de revisão pelos pares é um fator decisivo para a melhoria de qualidade dos trabalhos publicados: sugere correções e adequação do conteúdo, referenda a metodologia e resultados, verifica procedimentos éticos, ao mesmo tempo em que apóia o trabalho do corpo editorial. O segundo filtro de qualidade da revista científica, portanto, é o do revisor e do editor. São indicadores do processo de revisão por pares: a participação de revisores internos e externos, a publicação das datas de recebimento, aprovação e publicação na revista e a taxa de rejeição de trabalhos. As revistas de qualidade recebem muitos trabalhos, mas tendem a rejeitar muitas das Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008 contribuições recebidas, se estas não forem relevantes para manter a qualidade da revista. Revistas novas ou com pouca visibilidade na área, recebem menos trabalhos e tendem a aceitá-los com mais facilidade para garantir o fluxo de publicação. O tipo de conteúdo determina a importância da revista científica para sua área temática. Artigos de pesquisa original e de revisão crítica são mais valorizados pela comunidade científica e, conseqüentemente, pelas bases de dados. Parâmetros relacionados à gestão editorial e aos formatos de apresentação adotados, como normalização, revisão gramatical e de idioma, regularidade e freqüência de publicação também são analisados. As revistas devem definir as normas que adotam e segui-las; devem definir uma periodicidade de publicação e manter a regularidade de publicação segundo a periodicidade definida; devem definir e manter um formato de apresentação constante, compatível com normas nacionais ou internacionais. As bases de dados facilitam aos pesquisadores a recuperação de documentos sobre temas determinados e permitem a identificação das revistas de maior prestígio em suas áreas de atuação; auxiliam os editores na gestão de suas revistas científicas ao identificar os artigos ou seções que despertam mais interesse da comunidade científica; apóiam os gestores de ciência e tecnologia na identificação de áreas prioritárias, grupos e linhas de pesquisa e tendências da produção científica ao longo de períodos de tempo. Nas áreas especializadas, as bases de dados indexam os núcleos de revistas, selecionadas pelos critérios de seleção já mencionados. Existe muita duplicação de cobertura, ao mesmo tempo em que existem revistas que atendem apenas aos parâmetros de uma base de dados. Estar indexada em uma base de dados não é, por si só, um indicativo de qualidade, pois existem outras variáveis no processo de seleção como objetivos da base, interesse por áreas temáticas emergentes ou por áreas geográficas específicas. Para ser selecionada, uma revista compete com as demais revistas já indexadas e deve mostrar que possui um diferencial que justifique o interesse dos usuários da base. Pode-se afirmar então que todas as revistas indexadas nas bases de dados cumprem os critérios de seleção e de qualidade, mas nem todas as revistas que atendem esses critérios serão selecionadas. Por outro lado, assim como acontece com as revistas científicas, nem todas as bases de dados utilizam critérios de seleção definidos, contam com revisores externos e reconhecidos na área, são relevantes para a área, possuem regularidade de atualização, têm cobertura abrangente e distribuída equitativamente entre áreas e regiões do mundo e são publicadas por instituições de autoridade reconhecida. Autores, editores e gestores devem utilizar as bases de dados como referência de qualidade e prestígio das revistas científicas para a tomada de decisão individual, institucional, nacional, regional ou temática, mas devem saber avaliá-las, identificando-as segundo sua importância relativa para cada área do conhecimento. S 45 XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia REFERÊNCIAS (1) Castro RCF (2006) Impacto da Internet no fluxo da comunicação científica em saúde. Rev. Saúde Pública, 40 (no.spe):57-63, ago.. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rsp/v40nspe/30623.pdf >. doi: 10.1590/S0034-89102006000400009. (2) NATIONAL LIBRARY OF MEDICINE (��������������� 2007)���������� . MEDLINE journal selection. ���������������������������������������������� Bethesda MD, Jul.. Disponível em: http://www. nlm.nih.gov/pubs/factsheets/jsel.html (3) Have T (2006) Journal evaluation and source coverage policies for BIOSIS products. Philadelphia PA, Thomson Scientific, nov.. Disponível em: <http://scientific.thomsonreuters.com/free/essays/ selectionofmaterial/biosis-selection/> (4) Testa J. The Thomson Scientific selection process. Philadelphia PA, Thomson Scientific. ����������������������� Disponível em: <http:// scientific.thomsonreuters.com/free/essays/selectionofmaterial/ journalselection/> (5) SCOPUS (2007) content coverage. Amsterdam, ��������������������� Elsevier, Oct. Disponível em: <http://www.info.scopus.com/docs/content_ coverage.pdf> (6) Critérios SciELO Brasil (2004) Critérios, política e procedimentos para a admissão e a permanência de periódicos científicos na coleção SciELO Brasil. São Paulo, BIREME, out. Disponível em: <http://www.scielo.br/criteria/scielo_brasil_ pt.html> Tropical Plant Pathology: o sistema de submissão, tramitação e publicação on-line Ludwig H. Pfenning. Editor Chefe Tropical Plant Pathology, Universidade Federal de Lavras, Lavras, MG, Brasil. E-mail: [email protected]; www.sbfito.com.br/tpp Adriana Luccisano. Centro Latino Americano e do Caribe de Informação em Saúde (BIREME/OPAS/ OMS) - SciELO - Scientific Electronic Library Online, São Paulo, Brasil. Provavelmente nem todos ainda se conscientizaram, mas estamos diante de um fato: o periódico científico como um produto físico que se pode pegar na mão, tocar, olhar, já é parte da história. Praticamente todos os periódicos conceituados já recorreram à publicação eletrônica dos trabalhos. Até o aspecto da arte gráfica migrou para o desenho das páginas da web. Hoje é fato que se faz uma revisão bibliográfica exaustiva em poucas horas na web. O argumento que o atrativo da busca na biblioteca consistiria no encontro de material inicialmente não visado, trazendo novas idéias, tornou-se obsoleto com recursos de busca cada vez mais sofisticados e eficientes. Entre as pessoas que ainda chegaram a conhecer bibliotecas, muitas certamente lembram-se de uma situação em que encontraram, durante a busca por literatura, uma pessoa interessante e para iniciar uma primeira conversa, numa biblioteca nunca falta assunto. Grandes editoras comerciais, como Elsevier, Blackwell e Springer dominam o mercado da produção de periódicos científicos e administram todos os processos na publicação de um manuscrito, da submissão até a publicação em formato eletrônico e distribuição da versão impressa. Estes processos são gerenciados por sistemas que fazem administração do fluxo de avaliação do manuscrito com a participação de todos os envolvidos na publicação de artigo científico. Lançado em 2006, o Sistema SciELO de Publicação representa um avanço na área de gestão de publicações eletrônicas e contribui para que o projeto SciELO mantenhase em consonância com as tendências internacionais e com as necessidades da rede, consolidando-se cada vez mais como uma iniciativa pioneira na América Latina e Caribe. A S 46 revista Tropical Plant Pathology – TPP está trabalhando nos preparativos e visa adotar o sistema, com vistas a racionalizar a gestão e operação do processo de publicação dos artigos a partir de 2009. Superada a etapa de aperfeiçoamento, todos os manuscritos serão submetidos via sistema, de forma gradual e com o apoio da equipe SciELO. Com a adoção do sistema, esperasse uma redução com os custos com correio na ordem de R$ 7.000 p.a., pois todas as comunicações serão feitas via e-mail, facilitando o recebimento de manuscritos de autores de todas as partes do Brasil e de outros países. Além disso, o sistema visa agilizar a publicação em formato eletrônico na SciELO, fazendo com que a publicação em papel seja um subproduto da publicação eletrônica. A partir dessa estrutura, o Sistema SciELO de Publicação permite contemplar todo processo de publicação de periódicos, desde a submissão de artigos até a publicação online e envio de metadados, utilizando o Open Journal Systems (OJS) como suporte de gerenciamento e publicação de periódicos em formato eletrônico. Os manuscritos serão encaminhados via web em: http://submission.scielo.br/index.php/tpp/index. É importante que os manuscritos sejam preparados de acordo com alguns conceitos gerais. O corpo do texto principal contém, além dos elementos da primeira página, abstract e resumo, o texto, a seção de bibliografia, as tabelas e legendas de figuras. As figuras devem ser preparadas em arquivos separados, individualmente. O sistema permite até 5 MB , caso os arquivos sejam muito grandes, o envio de duas versões, uma mais leve para tramitação e outra para a produção, é aconselhável e facilita o trabalho da comissão. A carta de encaminhamento (cover letter) deve ser preparada, Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008 XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia indicando claramente a responsabilidade de todos os autores, a declaração que a matéria não foi e não será submetida em outro veículo de publicação, e uma breve explicação da razão pela qual foi escolhido o periódico. Desde o recebimento do manuscrito, o mesmo já está preparado para publicação em SciELO para fins de levantamento bibliométrico. Quando aprovado, pode ser imediatamente disponibilizado na versão ahead of print, a publicação eletrônica, recebendo o código DOI - digital object identifier, mesmo antes da composição do fascículo da revista. MESA REDONDA 2-A Genética e epidemiologia de Colletotrichum Coordenador: Carlos R. Casela, EMBRAPA Milho e Sorgo Análise genética de Colletotrichum lindemuthianum Elaine Aparecida de Souza. Departamento de Biologia, Universidade Federal de Lavras, Lavras, MG, Brasil. E-mail: [email protected] O fungo Colletotrichum lindemuthianum (Sacc. & Magnus) Briosi & Cavara (forma anamórfica) é o agente causal da antracnose no feijoeiro comum, uma das doenças de maior importância desta cultura. Este fungo se reproduz assexuadamente produzindo conídios em corpos de frutificação denominados acérvulos. Apresenta micélio septado e ramificado, e sua coloração, à medida que envelhece, varia de hialina à quase negra. A fase teleomórfica é conhecida como Glomerella cingulata f. sp. phaseoli Kimati, pertence ao Filo Ascomycota, familia Glomerellaceae, sendo inicialmente denominada de Glomerella lindemuthiana Shear. Nesta fase, o fungo produz peritécios e ascos, dentro dos quais originam os esporos sexuais, denominados ascósporos. A disseminação deste patógeno ocorre à curta distância por meio de respingos de chuvas, ventos, implementos agrícolas, homem, insetos e vários outros agentes, e a longa distância, por meio de sementes infectadas. Essas sementes representam a principal fonte de inóculo do ponto de vista epidemiológico. O fungo desenvolve-se principalmente em regiões tropicais onde as temperaturas variam entre 13 e 27ºC e alta umidade relativa (Kimati et al., 1997). Os sintomas típicos causados pela antracnose são as lesões necróticas de coloração marrom-escura presentes nas nervuras principais e na face inferior da folha; Nas vagens, as lesões são circulares, deprimidas, de coloração marrom, com as bordas escuras e salientes, circundadas por um anel pardo-avermelhado nas vagens e, no hipocótilo, formamse lesões alongadas, superficiais ou deprimidas, podendo até ocorrer o estrangulamento do mesmo e morte da planta conforme a agressividade do patógeno. Quando a doença afeta as plântulas, lesões pequenas de coloração marrom ou preta podem ser observadas nos cotilédones. Várias estratégias têm sido desenvolvidas visando o controle da antracnose e o emprego da resistência genética Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008 é o mais eficaz, pela redução nos custos de produção e diminuição dos danos causados ao ambiente. Essa estratégia deve estar, entretanto, associada a um manejo integrado, que inclui também o uso de sementes de alta qualidade sanitária, a rotação de culturas e a eliminação de restos culturais, dentre outros. Uma grande dificuldade no emprego da resistência genética é a alta variabilidade que o patógeno apresenta, resultando em um elevado número de raças fisiológicas nas regiões produtoras dessa cultura. Em 1990, na Primeira Reunião Latino Americana da Antracnose do Feijoeiro, realizada no CIAT (Cali, Colômbia) foi proposto o emprego de doze cultivares diferenciadoras e o uso do sistema binário para classificar as raças de C. lindemuthianum. Oito cultivares são de origem mesoamericana (Michelite, Cornell 49-242, México 222, PI 207262, TO, TU, AB 136, G2333) e quatro andinas (MDRK, Perry Marrow, Widusa, Kaboon). Desde então, este sistema de identificação de raças de C. lindemuthianum tem sido adotado internacionalmente, facilitando sobremaneira a comparação dos dados de distribuição de raças do patógeno ente diferentes regiões produtoras do mundo . No Brasil já foram identificadas mais de 50 raças e em, levantamentos realizados nos últimos dez anos, tem havido predominância das raças 65, 81 e 73 (Silva et al., 2007). A raça 65 tem sido relatada como estável e amplamente distribuída há mais de três décadas, possuindo grande importância para os programas de melhoramento do feijoeiro visando resistência à antracnose. No entanto, algumas cultivares têm se mostrado resistentes a determinados isolados e suscetíveis a outros da mesma raça. Este fato evidencia a existência de variabilidade dentro da raça 65, além de sugerir que o conjunto de cultivares diferenciadoras, atualmente utilizado, não consegue discriminar pequenas diferenças (Davide & Souza, 2008). A variabilidade dentro S 47 XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia da raça 65 também tem sido demonstrada por meio de marcadores moleculares e grupos de anastomoses entre hifas de isolados de C. lindemuthianum (Ishikawa et al., 2008). O patossistema C. lindemuthianum / Phaseolus vulgaris tem sido amplamente adotado como modelo em estudos citológicos, fisiológicos e moleculares da especificidade patógeno-hospedeiro. Tem sido considerado que a especificidade raça-cultivar é determinada pelo sistema genea-gene. Embora existam dados sobre a herança da resistência a C. lindemuthianum no feijoeiro e uma série de 11 genes de resistência (Co-1, Co-2, Co-3, Co-4, Co-5, Co-6, Co-7, Co-8, Co-9, C0-10, Co-11) tenha já sido identificada, são escassos os estudos sobre a herança da patogenicidade em C. lindemuthianum, bem como sobre a identificação de alelos de avirulência. Portanto, a evidência de que uma relação gene-a-gene exista neste patossistema, apoia-se ainda na analogia com outros sistemas melhor entendidos. A ampla variabilidade observada em C. lindemuthianum, por meio dos testes de patogenicidade, marcadores morfológicos e moleculares, é devida a vários mecanismos genéticos que não foram perfeitamente elucidados. Grande parte desta variabilidade tem sido atribuída à ocorrência de mutações (Tu et al., 1992). A mutação é a fonte básica de variação genética e a heterocariose e heteroplasmose conduzem à variação em fungos selvagens (Hatie, 1982). No entanto, evidências citomorfológicas e citogenéticas apontam para a ocorrência de outros mecanismos envolvidos na ampliação da variabilidade genética deste patógeno, tais como, a reprodução sexual, a recombinação parassexual, a ocorrência de tubos de anastomoses entre conídios e o polimorfismo cromossômico. A recombinação por meio do ciclo sexual é a forma mais comum de aumento da variabilidade genética.Aocorrência do ciclo sexual de G. cingulata f. sp. phaseoli em laboratório foi descrita pela primeira vez em 1913 e poucos trabalhos têm sido realizados desde então. A partir de marcadores morfológicos e, recentemente, moleculares tem sido demonstrada a natureza homotálica e heterotálica desde fungo, caracterizando um comportamento pseudo-homotálico (Kimati & Galli, 1970, Rodrigues-Guerra et al. 2005, Camargo Junior et al. 2007). Relatos recentes têm apresentado o isolamento da fase sexual diretamente de lesões em folhas, vagens e hastes oriundas do campo. No entanto, ainda não foram observadas estruturas de G. cingulata f. sp. phaseoli no campo. A análise dos recombinantes obtidos a partir do cruzamento de linhagens heterotálicas de G. cingulata f. sp. phaseoli evidencia que o controle genético do sistema de acasalamento (mating types) não é de apenas um loco com dois idiomorfos, o que é normalmente encontrado em outros fungos ascomicetos (Rodrigues-Guerra et al. 2005). É provável que o sistema de acasalamento seja complexo envolvendo vários genes, o que também tem sido relatado para outras espécies do gênero Glomerella (Vallancourt & Hanau, 1999). O ciclo parassexual foi descrito pela primeira vez por Pontecorvo e Roper (1952) em Aspergillus nidulans, e tem grande importância para fungos assexuais, pois possibilita S 48 a ocorrência de recombinação gênica. A anastomose entre hifas, ou seja, a fusão de hifas, e a formação de heterocário são etapas da compatibilidade vegetativa e pré-requisitos para ocorrência do ciclo parassexual. O próximo passo deste processo é a fusão de núcleos, obtendo-se diplóides heterozigotos, e em seguida a produção dos recombinantes. O mecanismo de recombinação envolve a permuta genética (mitótica) e haploidização que resulta de uma série de não-disjunções, que podem levar a formação de núcleos contendo cromossomos a menos, sendo, portanto núcleos instáveis (Azevedo,1998). Em C. lindemuthianum tem sido observado ampla diversidade quanto aos grupos de anastomoses e grupos de compatibilidade vegetativa (Rodrigues-Guerra et al., 2003; Ishikawa et al., 2008; Barcelos & Souza, 2008). Há relato da formação de heterocário, diplóides e segregantes entre mutantes nit de C. lindemuthianum, evidenciando a ocorrência do ciclo parassexual (Castro-Prado et al., 2007). Recentemente foi descrito a ocorrência de elementos celulares especializados em C. lindemuthianum. Estes foram denominados de tubos de anastomoses conidiais (CATs) e são responsáveis pela fusão entre conídios em corpos de frutificação. Núcleos e organelas se movem de um conídio para o outro por meio das anastomoses (Roca et al., 2003). Em C. lindemuthianum os conídios são inicialmente uninucleados, porém, após 15 dias de desenvolvimento do acérvulo e coincidentemente com a formação de anastomoses, há um incremento na fração de núcleos sofrendo divisão, migração e fragmentação. Algumas vezes este fato é acompanhado com perda do núcleo de um dos conídios. Por meio da microscopia eletrônica de varredura e de transmissão, foram detectadas anastomoses entre conídios e passagem de mitocôndrias e vacúolos em C. lindemuthianum. Os CATs têm sido observados emergindo dos conídios em diferentes situações: dentro do acérvulo, in vitro após remoção do acérvulo, na superfície da folha e em lesões de antracnose de vagens de feijão (Roca et al., 2003). Em C. lindemithianum os CATs podem ser uma importante via para a recombinação, contudo, não está clara sua função e como são regulados. Polimorfismo cromossômico em C. lindemithianum tem sido constatado, sendo observadas 2 classes de tamanhos distintos de cromossomos, uma com um número variável de pequenos cromossomos denominados minicromossomos (< 2,5 Mb) e outra com cromossomos maiores (O’Sullivan et al., 1998). A partir de estudos citológicos da variabilidade das formas anamórfica e teleomórfica de C. lindemuthianum, por meio de microscopia de luz, foi observado que a fase sexuada demonstrou-se bastante estável com meiose normal e que a fase assexuada apresentou polimorfismo cromossômico numérico de 4-8 (Ishikawa et al., 2004). Apesar da constatação do polimorfismo cromossômico em C. lindemuthianum, ainda não estão totalmente esclarecidos os mecanismos que efetivamente levariam a essa variação do genoma nesta espécie. A Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008 XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia elucidação de mecanismos que geram variabilidade em C. lindemuthianum permitirá o conhecimento genético deste patógeno que ocasiona perdas consideráveis nos climas tropicais, bem como, estabelecer a estrutura e a dinâmica populacional do mesmo, gerando informações importantes para os programas de melhoramento visando resistência a antracnose do feijoeiro. MI. Michigan State University. Annual Report no. 51. pp. 186187. Kimati H, Amorim l, Bergamin Filho a, Camargo lea, Rezende Jam (1997) Manual de Fitopatologia, Vol. II – Doenças da Plantas Cultivadas. 3ª. Edição. São ��������������������������������������� Paulo SP. Editora Agronômica Ceres. Kimati H, Galli F (1970) Glomerella cingulata (Stonem.) �������� Spauld. & v. Schrenk. f. sp. phaseoli n.f., fase ascógena do agente causal da antracnose do feijoeiro. Piracicaba SP. Anais da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” 27:411-437. O’Sullivan D, Tosi P, Creusot F, Cooke BM, Phan TH, Dron M, Langin T (1998) Variation in genome organization of the plant pathogenic fungus Colletotrichum lindemuthianum. Current Genetics 33:291-298. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Azevedo JL (1998) Genética de Microrganismo. Goiania GO. Universidade Federal de Goias. Barcelos Q, Souza EA (2008) Vegetative compatibility and genetic analysis of Colletotrichum lindemuthianum isolates from Brazil. Annual Report Bean Improvement Cooperative 51:176-177. Camargo Junior OA, Souza EA, Mendes-Costa MC, Santos JB, Soares MA (2007) Identificação de recombinantes de Glomerella cingulata f. sp. phaseoli por meio de marcadores RAPD. Genetics and Molecular Biology 6:607-615. Centro Internacional de Agricultura Tropical (1990) Programa de frijol: Informe Anual de 1998. Cali, ��������������������������������� p. 128-129. CIAT-Documento de trabajo, 72. 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Variabilidade patogênica e resistência genética no patossistema milho - Colletotrichum graminicola Rodrigo Veras. Embrapa Milho e Sorgo, Sete Lagoas, MG, Brasil. E-mail: [email protected] A antracnose, causada pelo fungo Colletotrichum graminicola (Ces.) Wilson, é considerada umas das principais doenças da cultura do milho no Brasil. Esse patógeno é capaz de atacar todas as partes da planta, embora, as fases de antracnose foliar e de podridão de colmo sejam consideradas as mais importantes. Os plantios sucessivos e a ampla adoção do sistema de plantio direto, sem rotação de Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008 culturas, têm favorecido a ocorrência de severas epidemias desta doença devido ao rápido acúmulo de inóculo na área de cultivo. A resistência genética é considerada a principal estratégia de manejo dessa enfermidade. Entretanto, a utilização dessa medida de controle pode ser dificultada pela variabilidade patogênica apresentada por C. graminicola, resultando na rápida adaptação do patógeno aos materiais S 49 XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia resistentes disponível no mercado (Ferreira & Casela, 2001). Portanto, um maior conhecimento da variabilidade e estrutura populacional deste patógeno é fundamental para o estabelecimento de estratégias de manejo que possibilitem a obtenção de níveis mais estáveis de resistência nesse patossistema. Isolados de C. graminicola apresentam elevada variabilidade patogênica tanto em folhas como em colmo de milho. Entretanto, existem controvérsias quanto à existência de raças fisiológicas desse patógeno. Forgey et al. (1978) identificou oito raças de C. graminicola com base na reação de 10 linhagens de milho a 10 isolados do patógeno. No entanto, Nicholson & Warren (1981) utilizando as mesmas linhagens e sete dos dez isolados utilizados por Forgey et al. (1978) concluíram que os isolados diferiram quanto a agressividade às linhagens utilizadas e não à virulência, e que os dados não eram suficientes para caracterização de raças fisiológicas. Esses resultados foram confirmados em estudos posteriores (Barbosa, 2001; Coelho et al., 2001; White et al., 1987). Marcadores moleculares RAPD têm sido utilizados para identificar e caracterizar isolados de Colletotrichum em diversos patossistemas devido à vantagem de serem mais rápidos e de custo mais baixo (Sicard et al., 1997). Barbosa (2001) comparou isolados de C. graminicola de milho com auxílio de marcadores RAPD e de virulência em casa de vegetação, e verificou a existência de elevada variabilidade patogênica, embora sem evidencia da existência de raças fisiológicas. Segundo o autor, os padrões de bandas, agrupamentos de similaridade e analise de virulência confirmaram resultados anteriores a respeito da variação em agressividade entre os isolados e ausência de interação diferencial com o hospedeiro. Apesar desses resultados não suportarem a hipótese da existência de raças fisiológicas em populações de C. graminicola é bastante provável que elas ocorram na natureza, à semelhança do que acontece com outras espécies de Colletotrichum, como C. sublineolum, agente causal da antracnose em sorgo. Um ponto importante a ser observado é o pequeno número de isolados utilizados para caracterização de raças em todos os trabalhos mencionados anteriormente. Além disso, os critérios de avaliação são, também, extremamente importantes (Nicholson & Warren, 1981). Barbosa (2001) utilizou os parâmetros de tamanho e largura de lesão para caracterizar a reação de plantas de milho a diferentes isolados de C. graminicola, visando caracterização de raças fisiológicas. Entretanto, esses parâmetros estão mais relacionados ao tipo de resistência horizontal no hospedeiro e à agressividade nas populações do patógeno. Além disso, a presença de resistência horizontal em determinado genótipo não exclui a possibilidade da existência de resistência do tipo vertical (Silva, 1983). Segundo Barbosa (2001), a existência de várias fontes de resistência e, principalmente, resistência controlada por poligenes, dificulta o surgimento de raças de C. graminicola de milho. Entretanto, a resistência do tipo oligogênica com ação gênica dominante foi detectada S 50 (Coelho et al., 2001), o que indica a provável existência de uma relação gene-a-gene nesse patossistema. No presente trabalho são relatados estudos sobre a variabilidade existente em populações de C. graminicola quanto à patogenicidade e parâmetros, na interação patógenohospedeiro, que possibilitem identificar o tipo predominante de resistência em plantas de milho à infecção foliar causada por C. graminicola. O trabalho será relatado em três etapas: 1) Variabilidade patogênica de isolados de C. graminicola em genótipos de milho em casa de vegetação; 2) Período latente e taxa de esporulação de isolados de C. graminicola em milho; 3) Avaliação de genótipos de milho quanto à severidade da antracnose foliar em condição de campo. Etapa 1 Foi avaliada a reação de 15 genótipos de milho (híbridos e linhagens) quanto à reação a 190 isolados monospóricos de C. graminicola oriundos de diferentes regiões produtoras do Brasil. Foi utilizado o delineamento experimental inteiramente ao acaso, em parcelas subdivididas, com os isolados nas parcelas e os genótipos de milho nas subparcelas. O inóculo foi aplicado em plantas com 21 dias de idade, utilizando-se um pulverizador manual. Após a inoculação, as plantas foram incubadas por 18 horas em câmara úmida a 100% de umidade relativa e no escuro. Após esse período, as plantas foram mantidas em casa de vegetação, a temperatura de 25-28oC, até o momento das avaliações. As avaliações do grau de resistência ou de suscetibilidade dos genótipos foram realizadas aos 15 dias após as inoculações. Foi utilizada uma escada de notas baseada nos critérios de tipo de lesão, presença de esporulação e severidade da doença. Dentre os patótipos identificados, três representaram quase 90% dos isolados testados. O patótipo denominado 00.00 (virulento a todos os genótipos) representou cerca de 68% dos isolados testados. Os patótipos 00.32 e 00.16 (avirulentos apenas para os híbridos 2B710 e P 30F35, respectivamente) representaram aproximadamente 17 e 5% dos isolados inoculados. Os demais patótipos apresentaram baixa freqüência de ocorrência. Os resultados obtidos indicaram a existência de resistência vertical em alguns genótipos de milho e de raças fisiológicas na população de C. graminicola. Entretanto, entre os híbridos BRS1001, BRS1010, BRS1030 e BRS1035, e suas respectivas linhagens, não foi identificada resistência vertical ao referido patógeno. Considerando os casos em que a reação dos genótipos foi de suscetibilidade ao patógeno foram observadas diferenças com relação à severidade dos sintomas nos diferentes genótipos. Na linhagem L182, a qual apresentou predominantemente reação de suscetibilidade, foi verificada menor severidade da antracnose foliar quando comparada aos demais genótipos avaliados. Esses resultados indicam a existência conjunta de resistência vertical e horizontal no germoplasma de milho a essa enfermidade. Resultados semelhantes foram observados para a linhagem L 2283 e L 141. Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008 XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia Etapa 2 Com base nos resultados dos ensaios descritos anteriormente foram selecionados três isolados de C. graminicola que apresentaram maior espectro de virulência, ou seja, que foram virulentos a todos os genótipos testados. Esses isolados foram novamente inoculados nos 15 genótipos de milho, testados anteriormente, visando determinar o período latente (PL) e a taxa de esporulação (TE) para cada combinação isolado x genótipo. Os ensaios foram conduzidos em casa de vegetação. Foi utilizado o delineamento experimental de blocos ao acaso, em arranjo de parcela subdividida, com 45 tratamentos (3 isolados x 3 genótipos) e quatro repetições, totalizando 180 vasos. Os isolados foram dispostos nas parcelas e os híbridos nas subparcelas. O procedimento adotado para preparo do inóculo e inoculação foi o mesmo descrito anteriormente. Para determinação do PL, as plantas de milho foram avaliadas, quanto à presença de lesões esporulantes, em intervalo de 24 horas, após o segundo dia das inoculações. Foram avaliadas todas as folhas inoculadas em três plantas por vasos. Para determinação da taxa de esporulação fragmentos de folhas contendo lesões foram recortados, as lesões medidas e os esporos removidos e quantificados em hemacitômetro. Não foi verificada diferença no componente PL entre os híbridos avaliados. Todos os genótipos apresentaram esporulação, aos três isolados testados, aos sete dias após a inoculação. Foram observadas diferenças significativas quanto à capacidade média de esporulação de C. graminicola entre os 15 genótipos de milho. Genótipos considerados como mais resistentes (resistência horizontal), com base nos resultados obtidos nas fases anteriores, apresentaram menor número de esporos /cm2, ou seja, menor taxa de esporulação. Resultados inversos foram observados para os genótipos considerados suscetíveis. Etapa 3 Os 15 genótipos de milho foram avaliados quanto à severidade da antracnose foliar em condição de campo. Foram utilizados os três isolados testados anteriormente. Foi utilizado o delineamento experimental de blocos ao acaso, em arranjo de parcela subdividida, com 45 tratamentos (15 genótipos x 3 isolados) e três repetições. Os isolados foram dispostos nas parcelas e os híbridos nas subparcelas. A 0,5 m de cada parcela foram semeadas quatro linhas de 1,0 m de comprimento com um genótipo suscetível à antracnose. Essas linhas foram utilizadas para inoculação artificial dos isolados e serviram como fonte de inóculo para as parcelas. Os resultados demonstraram a inexistência de interação significativa entre as fontes de variação estudadas (isolados x genótipos) descartando-se, portanto, a possibilidade de existência de resistência vertical incompleta nos genótipos aos isolados utilizados. Foi observada, entretanto, variação significativa entre os genótipos de milho quanto à resistência horizontal a C. graminicola. As linhagens L2283, L141 e L182 e o híbrido 2B710 apresentaram os maiores níveis de resistência horizontal. Com base nos resultados, concluise que a elevada variabilidade patogênica observada em C. graminicola pode ser explicada pela existência de raças fisiológicas em sua população. Coexistem, no germoplasma de milho os dois tipos de resistência à antracnose, vertical e horizontal, com predominância da resistência do tipo horizontal. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Barbosa MPM (2001) Variabilidade patogênica de Colletotrichum graminicola isolado de milho (Zea mays L.). Dissertação de Mestrado. Piracicaba SP. ESALQ - Universidade de São Paulo. Coelho RMS, Silva HP, Brunelli KR, Camargo LEA (2001) Controle genético da antracnose foliar em milho. Fitopatologia Brasileira 26:640–643. Ferreira AS, Casela CR (2001) Antracnose do milho (Colletotrichum graminicola). Sete Lagoas: EMBRAPA – CNPMS. Circular Técnica, no. 13. Forgery WM, Blanco MH, Laagering WQ (1978) Differences in pathological capabilities and host specificity of Colletotrichum graminicola on Zea mays. Plant Disease Reporter 62:573–576. Nicholson RL, Warren HL (1981) The issue de races of Colletotrichum graminicola pathogenic to corn. Plant Disease 65:143–145. Sicard D, Michalakis Y, Dron M, Neema C (1997) Genetic diversity and pathogenic variation of Colletotrichum lindemunthianum in the three centers of diversity of its hosts, Phaseolus vulgaris. Phytopathology 87:807–813. Silva HP (1983) Herança da resistência a antracnose foliar em milho (Zea mays L.) e métodos de avaliação. Dissertação de Mestrado. Piracicaba SP. ���������������������������������� ESALQ - Universidade de São Paulo. White DG, Yanney J, Anderson B (1987) Variation in pathogenicity, virulence and aggressiveness of Colletotrichum graminicola on corn. Phytopathology 77:999–1001. Colletotrichum Genomics Lisa Vaillancourt. University of Kentucky, Lexington, Kentucky USA. E-mail: [email protected] Topics to be discussed include: the current status and major findings of the on-going Colletotrichum graminicola genome project: the next step in developing genomic Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008 resources for the Colletotrichum genus: and how the availability of genomics data will change the ways we can study Colletotrichum species as plant pathogens. S 51 XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia A genome sequencing project for Colletotrichum graminicola was funded in 2007 by the United States Department of Agriculture. The genome of strain M1.001 (also known as M2), which was originally isolated from infected maize in Missouri in 1972, has been sequenced to 8X coverage by the Broad Institute’s Fungal Genomes Initiative (http://www.broad.mit.edu/annotation/fgi/). The raw sequence data became available for download from the trace archives FTP site at the National Center for Biotechnology Information (NCBI: http://www.ncbi. nlm.nih.gov/Traces/ trace.cgi?) in April of 2008. The C. graminicola genome will be assembled, annotated, and posted on the Broad Institute website by December, 2008. An optical map was created to aid in assembly efforts. The map revealed that the C. graminicola genome is considerably larger than expected, 57 Mb versus the predicted 42 Mb. There are three minichromosomes and 10 larger ones. An EST project is currently underway to assist in the annotation efforts. EST sequences will be collected from three cDNA libraries prepared from mycelium grown under different conditions, including complete medium: nitrogen starved (nitrate): and carbon starved (glycerol). Sequence data for a second strain of C. graminicola were released by Pioneer Hi-bred Intl. in May of 2008. The strain, M5.001, was collected from infected maize in Brazil in the late 1980s. These data are available from Genbank, and include approximately 1X genome sequence coverage and about 2000 EST sequences from developmental libraries. M5.001 is sexually compatible with M1.001. The availability of new, cheaper sequencing technologies (e.g. 454 pyrosequencing, Solexa sequencing), together with the availability of the high quality finished genome of M1.001 to “anchor” sequences of closely related species, and combined with a new understanding of the close phylogenetic relationships among Colletotrichum species infecting grasses (including C. graminicola, C. sublineolum, C. falcatum, and C. cereale), will allow us to utilize comparative genomics approaches in the future to identify sequences containing determinants of host specificity, recognizable as regions that have evolved more rapidly than the rest. Furthermore, the availability of a genome for C. graminicola will make it possible to begin to investigate global changes in gene and protein expression that occur during pathogenesis of this and closely related species. Genomic studies of other fungi have made it increasingly clear that pathogenicity is an evolved trait that has utilized the raw materials of the basic metabolic and developmental pathways that exist in all fungi, modifying, diversifying, and regulating these in ways that enable plant defenses to be subverted and make plant resources available. Quantitative aspects of the host-pathogen interaction also become more accessible with a genomics approach. MESA REDONDA 2-B Tópicos em fitovirologia molecular Coordenador: Antônia R. Figueira. UFLA Modulação da expressão gênica do hospedeiro durante os estágios iniciais da infecção de tomateiro por potyvírus Poliane Alfenas-Zerbini1*, Francisco Murilo Zerbini1*, Riani Moreira Neto1, Ivan G. Maia2, Júlio C.M. Cascardo3. 1Departamento de Fitopatologia, BIOAGRO, Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, MG, Brasil; 2 Departamento de Biociências, Instituto de Genética, Universidade Estadual Paulista, Botucatu, SP, Brasil; 3Departamento de Biologia e Genética Molecular, Universidade Estadual de Santa Cruz, Ilhéus, BA, Brasil. E-mail: [email protected] Durante a coevolução entre vírus e hospedeiro desenvolve-se uma interação complexa envolvendo diversos mecanismos de ataque do patógeno, e de defesa do hospedeiro. A alteração no padrão de expressão gênica do hospedeiro é uma conseqüência desses mecanismos. Entretanto, o conhecimento sobre os efeitos da infecção viral na expressão gênica ainda é limitado. Com o objetivo de identificar genes diferencialmente expressos em uma interação vírus - planta, uma biblioteca subtrativa foi produzida a partir de plantas suscetíveis de S 52 tomateiro infectadas pelo potyvírus Pepper yellow mosaic virus (PepYMV), utilizando-se folhas inoculadas, 72 horas após a inoculação (Alfenas, 2006). Foram identificados 777 genes diferencialmente expressos durante a infecção viral. Os genes identificados foram agrupados em categorias funcionais de acordo com a classificação do banco de dados MIPS. Dentre os ESTs da coleção de genes induzidos, 12,9% correspondem a genes que codificam proteínas envolvidas em transdução de sinais, 10,3% envolvidos em síntese de proteínas, 9,1% envolvidos na biogênese de Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008 XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia componentes celulares, dentre outros. Dentre os ESTs da coleção de genes reprimidos, 17,3% estão envolvidos em processos metabólicos, 9,1% em respostas a estresses, 8,4% correspondem a genes envolvidos na síntese de proteínas, 7,2% foram classificados como envolvidos em resposta de defesa, e 1% correspondem a elementos transponíveis. A expressão diferencial dos genes foi validada macroarranjos e por RT-PCR quantitativo em tempo real. DNA plasmidial de 480 clones da coleção dos ESTs induzidos e 288 clones da coleção de ESTs reprimidos foram transferidos para membranas de náilon e submetidos à análise de expressão diferencial por macroarranjos. Um total de 42 genes tiveram a expressão diferencial confirmada dessa forma. Quatro genes foram selecionados para comprovação da expressão diferencial por meio de RT-PCR quantitativo em tempo real (qRT-PCR): CRC9 (“Cytokinin-repressed 9”), CXIP4 (“CAX-interacting protein”), SNF1 (“Sucrose non-fermenting 1”) e TCTP (“Translationally controled tumor protein”). Os níveis de expressão foram analisados em plantas de tomateiro ‘Moneymaker’, 72 horas após a inoculação com o PepYMV. RNA total foi extraído das plantas inoculadas, tratado com DNAse e utilizado como molde para qRT-PCR usando SYBR Green. A eficiência das reações foi estimada a partir dos dados obtidos na fase exponencial de cada curva de amplificação. Os resultados de três experimentos independentes confirmaram a indução da expressão dos quatro genes, 72 horas após a inoculação com o vírus. Os genes que codificam as proteínas TCTP e SNF1 foram selecionados para análise funcional, a fim de verificar o seu papel na interação tomateiro-PepYMV. TCTP é expressa em diversos organismos eucariotos e está envolvida em vários processos celulares, como crescimento celular, progressão do ciclo celular, e proteção das células contra diferentes condições de estresse e apoptose (Bommer e Thiele, 2004). Entretanto, apesar da descrição de vários aspectos funcionais, seu modo de ação preciso nesses diferentes processos celulares ainda não está totalmente esclarecido. A comparação das seqüências de TCTP de diferentes organismos mostra um alto nível de conservação entre todos os organismos eucariotos. Em plantas, dos 168 aminoácidos de TCTP, 50% (86) dos resíduos são totalmente conservados entre as espécies. Por exemplo, as TCTPs de Arabidopsis e couve-flor possuem 90% de identidade e as de ervilha e arroz possuem 85%. Todas as seqüências de TCTPs de plantas disponíveis possuem uma tirosina adicional nas posições 64 e 73. Estes resíduos são conservados exclusivamente em plantas e ausentes nos outros organismos. Estes sítios são alvos de proteínas cinases C específicas de plantas, sugerindo que TCTP em plantas pode ter funções adicionais que são especificamente reguladas por proteínas cinases C. SNF1 é uma proteína cinase de Saccharomyices cerevisae que possui homólogos em mamíferos e em plantas. Em levedura, essa cinase é responsável pela utilização de fontes de carbono diferentes de glicose (Sanz, 2003). SNF1 tem função importante na ativação transcricional e Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008 na expressão da regulação gênica em leveduras, além de ter função na resposta celular a diferentes estresses, como limitação de nutrientes, estresses salinos e choque térmico. Como esses estresses levam a uma redução no nível global de ATP celular, SNF1 desativa rotas metabólicas que consomem muita energia e ativa rotas alternativas de síntese de ATP. Em plantas, uma cinase relacionada a SNF1 é responsável pela sinalização de estresses em plantas, por meio da regulação global do metabolismo de carbono. A proteína cinase SRK2C de Arabidopsis thaliana, que é relacionada a SNF1, controla a expressão de genes envolvidos na resposta de estresse osmótico e confere tolerância à seca. Durante um ataque herbívoro, a cinase SRK1, outro homólogo de SNF1, altera a alocação de recursos para a raiz, permitindo que plantas de Nicotiana attenuata tolerem o ataque. Proteínas virais de geminivírus têm a capacidade de se ligarem a cinases relacionadas a SNF1. Quando ocorre a ligação da proteína Trap do geminivírus Tomato golden mosaic virus (TGMV) a SNF1, verifica-se um aumento de suscetibilidade do hospedeiro (Hao et al., 2003). Para determinar se o aumento no acúmulo de mRNA de TCTP e SNF1 em plantas infectadas por potyvírus é devido a uma resposta generalizada a estresses bióticos, ou se é uma resposta específica à infecção viral, plantas de tomateiro cv. Moneymaker foram inoculadas com diferentes patógenos: o fungo Alternaria solani, a bactéria Pseudomonas syringae pv. tomato, o nematóide Meloidogyne incognita, o tobamovírus Tobacco mosaic virus (TMV), o cucumovírus Cucumber mosaic virus (CMV) (ambos vírus com genoma de RNA de fita simples, sentido positivo), e o begomovírus Tomato yellow spot virus (ToYSV, um vírus com genoma de DNA), além do PepYMV. Amostras foliares foram coletadas 0 e 72 horas após a inoculação e o acúmulo de mRNA de TCTP e SNF1 nestas plantas foi analisado por qRT-PCR. O acúmulo do mRNA de TCTP foi 2,0 vezes maior em plantas infectadas pelo PepYMV do que em plantas sadias. Em plantas infectadas pelo demais patógenos não ocorreu um aumento no acúmulo do mRNA de TCTP. O acúmulo de SNF1 foi aumentado somente em plantas infectadas por ToYSV e PepYMV, sendo respectivamente 3,3 e 2,2 vezes maior do que em plantas sadias. Estes resultados indicam que a expressão da proteína TCTP é induzida especificamente em plantas infectadas por potyvírus, e que SNF1 é induzida especificamente em plantas infectadas por potyvírus e begomovírus. Para estudar a cinética de indução da expressão de TCTP em tomateiro infectado pelo PepYMV, um anti-soro policlonal foi produzido a partir de proteína expressa in vitro. O anti-soro foi utilizado para detecção da proteína em plantas sadias e infectadas, a 0 e 72 horas após a inoculação com o vírus. Análise por meio de Western blot indicou que o acúmulo de TCTP em tecidos infectados e não infectados é semelhante tanto a 0 quanto 72 horas após a inoculação. Esses resultados sugerem que os níveis de mRNA, e não da proteína, possam estar envolvidos na interação tomateiroPepYMV. Essa hipótese tem como base resultados da literatura S 53 XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia demonstrando que a TCTP está envolvida na resposta de defesa mediada por RNA de fita dupla (dsRNA) (Bommer et al., 2002). O mRNA de TCTP é altamente estruturado, e capaz de ativar uma proteína cinase dependente de RNA fita dupla (PKR), que por sua vez induz uma série de respostas de defesa, incluindo a resposta de defesa antiviral mediada por interferon em células de mamíferos e diminuição na taxa de síntese protéica do hospedeiro. É possível que em plantas infectadas ocorra uma indução da expressão de TCTP como parte dessa resposta de defesa. Como estratégia para combater o mecanismo de defesa do hospedeiro mediada por PKR, alguns vírus codificam proteínas que se ligam a dsRNA, e inibem a resposta de defesa mediada por dsRNA. Vírus que infectam plantas, incluindo os potyvírus, também codificam proteínas capazes de suprimir a resposta de defesa mediada por dsRNA. O envolvimento dos genes TCTP, SNF1 e Sub (subunidade alfa do proteossomo 26S, também identificado com induzido) na interação tomateiro-PepYMV foi analisado por meio de silenciamento gênico induzido por vírus (“virus induced gene silencing”, VIGS). Para tal, fragmentos de cDNA correspondentes aos três genes (TCTP, ~400 nt; SNF1, ~600 nt; Subα, ~250 nt) foram clonados no vetor viral baseado no tobravírus Tobacco rattle virus (TRV). Como controle positivo da indução do silenciamento foi clonado, no mesmo vetor, um fragmento de aproximadamente 450 nt do gene que codifica a proteína fitoeno dessaturase (PDS). Células de Agrobacterium tumefaciens GV3101 foram transformadas por choque térmico com as diferentes construções e utilizadas para agroinocular plantas de tomateiro cv. Moneymaker. Uma vez confirmado o silenciamento, as plantas foram inoculadas com o PepYMV. Os níveis de suscetibilidade das plantas inoculadas, em comparação com as plantas nas quais os genes não foram silenciados, estão sendo avaliados por qRT-PCR e ELISA indireto. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Alfenas PF (2006) Identificação de genes potencialmente envolvidos na interação tomateiro - Potyvirus. Tese de Doutorado. Universidade Federal de Viçosa. Viçosa MG. Bommer UA, Borovjagin AV, Greagg MA, Jeffrey IW, Russell P, Laing KG, Lee M, Clemens MJ (2002) The mRNA of the translationally controlled tumor protein P23/TCTP is a highly structured RNA, which activates the dsRNA-dependent protein kinase PKR. RNA 8:478-496. Bommer UA, Thiele BJ (2004) The translationally controlled tumour protein (TCTP). The International Journal of Biochemistry & Cell Biology 36: 379-385. Hao L, Wang H, Sunter G, Bisaro DM (2003) Geminivirus AL2 and L2 proteins interact with and inactivate SNF1 kinase. Plant Cell 15:1034-1048. Sanz P (2003) SNF1 protein kinase: A key player in the response to cellular stress in yeast. Biochemical Society Transactions 31:178181. Progresso na transformação genética do maracujazeiro para resistência ao cowpea aphid-borne mosaic virus Jorge AM Rezende1, Alessandra C.B. Monteira-Hara2, Ana Paula C. Pinto2, Adriana S. Jadão1, Ricardo Harakava3, Beatriz M.J. Mendes2, Maria Lúcia C. Vieira4. 1Departamento de Entomologia, Fitopatologia e Zoologia Agrícola, ESALQ, Universidade de São Paulo, Piracicaba, SP, Brasil; 2Laboratório de Biotecnologia Vegetal, CENA, Universidade de São Paulo, Piracicaba, SP, Brasil; 3Centro de P&D de Sanidade Vegetal, Instituto Biológico, São Paulo, SP, Brasil; 4Departamento de Genética, ESALQ, Universidade de São Paulo, Piracicaba, SP, Brasil. E-mail: [email protected] O maracujazeiro (Passiflora spp.), ou flor-da-paixão, é uma planta da família Passifloraceae originária da América Tropical No Brasil, encontra-se o centro de diversidade genética de um grande número de espécies do gênero Passiflora que é o predominante, com cerca de 400 espécies, sendo 150 nativas. A maioria é usada para fins ornamentais e cerca de 60 produzem frutos comestíveis (Ruggiero et al., 1996; Maldonado et al., 1999). Atualmente, o Brasil é o primeiro produtor mundial de maracujá, com uma área estimada de 36.576 ha e uma produção anual de 491.619 t. Noventa e sete por cento da produção é de maracujá-amarelo (Passiflora edulis S 54 f. flavicarpa) e o restante de maracujá doce (P. alata) (Agrianual 2007). A expansão da área plantada foi acompanhada pelo surgimento e agravamento de grande número de doenças consideradas de grande importância econômica, entre as quais as de natureza viral. No Brasil, o maracujazeiro (amarelo e doce) pode ser infectado por diferentes vírus, porém o que causa o endurecimento dos frutos é o de maior importância (Kitajima et al., 1986; Novaes et al., 2000; Rezende & Kitajima, 2003). Desde que essa doença foi constatada no Brasil, na década de 70 (Chagas et al., 1981), diversos estudos indicaram que ela era causada pelo Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008 XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia Passion fruit woodiness virus (PWV) (Kitajima et al., 1986; Chagas et al., 1992; Fischer et al., 2005). No entanto, estudos baseados na seqüência de nucleotídeos do gene que codifica a proteína capsidial de isolados do vírus de diferentes regiões do Brasil claramente indicaram que o endurecimento dos frutos é causado por uma estirpe do Cowpea aphid-borne mosaic virus (CABMV) (Nascimento et al., 2006). As seqüências completas do genoma de dois isolados do CABMV, i.e. um de Passiflora e outro de amendoim (o qual não infecta Passiflora) corroboram essa conclusão (Barros et al., 2007). O CABMV é uma espécie do gênero Potyvirus, da família Potyviridae, cujas partículas medem 670-750 nm de comprimento por 12-15 nm de diâmetro, apresentando RNA de fita simples, senso positivo (Bock & Conti, 1974; Fauquet et al., 2005). O controle do endurecimento dos frutos do maracujazeiro é difícil. A transmissão do vírus envolve diversas espécies de afídeos, que não colonizam o maracujazeiro e cuja relação vírus/vetor é do tipo não persistente e não circulativa. Isto torna o controle químico do vetor ineficiente (Perring et al., 1999). Outro fator relevante é o fato do vírus infectar algumas espécies de leguminosas e espécies silvestres de Passiflora, as quais podem funcionar como fontes de inóculo (Costa, 1996). A preimunização com estirpes fracas do CABMV não apresentou resultados promissores (Novaes & Rezende, 2003). Variedades comerciais resistentes ao vírus ou tolerantes à doença são inexistentes (Costa, 1996). Neste cenário problemático, a obtenção de maracujazeiro transgênico resistente ao CABMV passa então a ser uma alternativa interessante para alcançar uma solução duradoura para o controle dessa importante doença que afeta a cultura dessa frutífera no Brasil. Alfenas et al. (2005) foram os primeiros a obter plantas de maracujazeiro transgênicas contendo a região 3’ do gene Nib e a 5’ do gene da proteína capsidial (CP) do isolado CABMV-MG1. Uma das plantas transgênicas (R0) mostrou-se resistente ao isolado CABMV-MG-1, porém susceptível ao isolado CABMV-PE1. Em 2003, iniciou-se um projeto de cooperação entre a ESALQ/CENA, USP, Piracicaba e IAC, Campinas, financiado pela FAPESP, também com o objetivo de transformar plantas das três principais variedades comerciais de maracujá (FB-100, IAC-275 e IAC-277) com o gene CP do CABMV, na tentativa de obter plantas resistentes a diferentes isolados do vírus. Os primeiros resultados de transformação usando discos foliares e o gene CP do isolado CABMV-SP indicaram que as plantas R0 do transformante T2 (IAC-277) mostraram-se altamente resistentes à infecção com três isolados do CABMV (SP, RJ e CE) por meio da inoculação mecânica. Análise de Southern blot indicou a presença de três inserções do transgene na planta resistente (T2). Como a transcrição e expressão da CP nessa planta transgênica foi suprimida, conforme revelaram as análises de Northen blot e Western blot, respectivamente, os autores sugeriram que o silenciamento gênico poderia ser o mecanismo responsável pela resistência aos diferentes isolados virais (Trevisan et al., Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008 2006). Posteriormente as plantas R0 do transformante T16 (IAC-277) também se mostraram resistentes aos mesmos isolados do CABMV por meio da transmissão mecânica. Análise de Southern blot indicou a presença de três eventos de inserção do transgene nos clones R0 de T16. A resistência à infecção de 371 plantas R1 de T2 e 279 plantas R1 de T16, obtidas por autofecundação artificial, foi avaliada por meio da inoculação do isolado CABMV-SP com afídeos (Myzus nicotianae), usando-se cinco insetos virulíferos por planta. Nenhuma planta R1 de T2 permaneceu resistente, enquanto 15 plantas R1 de T16 mostraram-se resistentes após quatro inoculações sucessivas. A resistência de outras plantas R1 de T2 está sendo avaliada, enquanto as 15 plantas R1 resistentes de T16 estão sendo autocruzadas para a obtenção da geração R2. Mais recentemente foram obtidas duas novas construções gênicas (anti-sense e “hairpin”), envolvendo um fragmento do gene da proteína capsidial do CABMV-SP, para, juntamente com a construção sense utilizada anteriormente, realizar novas tentativas de transformação do maracujazeiro FB-100. A construção anti-sense contém um fragmento de 610 pb do gene CP do CABMV-SP. Aproximadamente 2.000 explantes de hipocótilo de maracujazeiro FB-100 foram inoculados com Agrobacterium tumefaciens transformado com o vetor binário pCambia. Análise de PCR de 22 plântulas revelou a presença do gene CP antisenso em duas plântulas. Essa construção também está sendo usada para os trabalhos de tranformação de plantas de maracujá doce, para o qual o protocolo de organogênese in vitro já foi estabelecido. Para a construção gênica do tipo “hairpin” foi utilizado um fragmento de aproximadamente 200 pb, contendo a região conservada WCIEN, do gene da CP do CABMV-SP. As primeiras tentativas de transformação de FB-100 com essa construção estão em andamento. Finalmente, é oportuno mencionar que análise da reação de 16 espécies de Passiflora a quatro isolados do CABMV confirmaram relato preliminar (Costa, 1994) de que P. suberosa é imune a esse vírus (Maciel et al., 2008). Esse resultado é muito interessante, pois abre outra linha de abordagem do problema através do melhoramento genético clássico. Dificuldades, todavia, poderão ser encontradas nos cruzamentos de P. edulis f. flavicarpa com P. suberosa visto que essas espécies além de pertencerem a diferentes subgêneros (Passiflora e Decaloba, respectivamente), possuem números de cromossomos diferentes (2n = 18 e 2n = 24, respectivamente) (Otoni et al., 1996; Ulmer & MacDougal, 2004). Essas dificuldades não devem ser usadas como argumentos para não explorar mais essa possibilidade para encontrar uma solução duradoura para o controle dessa importante virose do maracujazeiro. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Alfenas PF, Braz ASK, Torres LB, Santana E, Nascimento VS, Carvalho MG, Otoni WC, Zerbini FM (2005) Transgenic passion fruit expressing RNA derived from Cowpea aphid-borne mosaic S 55 XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia virus is resistant to passion fruit woodiness disease. Fitopatologia Brasileira 30:33-38. 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A proteína de movimento intracelular de geminivírus interage com uma GTP-ase de tráfego núcleocitoplasmático Claudine M. Carvalho1,2, João Paulo B. Machado2, Anésia A. Santos2, Francisco M. Zerbini1, Elizabeth P. B. Fontes2. 1Departamento de Fitopatologia; 2Departmento de Bioquímica e Biologia Molecular / BIOAGRO, Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, MG, Brasil. E-mail: ccarvalho@vicosa. ufv.br Doenças causadas por geminivírus transmitidos por mosca-branca têm se tornado uma grande ameaça para agricultura brasileira, devido ao grande aumento populacional da mosca branca, a introdução de um novo biótipo do inseto com grande capacidade de colonização de tomateiros e a emergência de novas espécies com propriedades patogênicas mais acentuadas, causando uma proliferação crescente de S 56 geminivírus nesta cultura. Estas observações argumentam a favor da necessidade de se definirem estratégias gerais mais eficientes para resistência engenheirada, aplicáveis no controle de diversos membros da família Geminiviridae. Apesar de sua importância agronômica e científica, pouco se sabe a respeito da interação entre geminivírus e as células hospedeiras. Por exemplo, os mecanismos pelos quais os Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008 XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia geminivírus se movem dos elementos de vaso, que não possuem núcleo, para células companheiras com capacidade de replicação do DNA é totalmente desconhecido. Além disso, pouco se sabe a respeito da identidade dos fatores do hospedeiro que medeiam a atuação da proteína de movimento intracelular NSP (nuclear shuttle protein). Além disso, as bases moleculares acerca da capacidade de transporte núcleo-citoplasmático de NSP ainda não foram determinadas e as proteínas do hospedeiro que controlam o transporte nuclear em plantas e interagem com NSP de geminivírus ainda não foram identificadas. Investigando esses mecanismos, uma proteína da planta hospedeira que interage com NSP de CaLCuV (Cabbage leaf Curl virus), designada NIG (NSP-Interacting GTPase) foi caracterizada nesse trabalho e a sua interação específica com NSP foi determinada. Empregou-se uma biblioteca de cDNA de folhas jovens de Arabidopsis thaliana, que foi fusionada ao domínio de ativação de GAL4, no vetor pEXAD502 (Invitrogen). A estirpe de leveduras MaV203 (MAT α, leu2-3,112, trp1-901, his3200, ade2-101, gal4, gal8,SPAL10::URA3, GAL1::lacZ, HIS3UAS GAL1:: HIS3@LYS2, can1R, cyh2R), contendo pBD-CaLCuV-NSP, foi transformada com 25 µg de cDNA desta biblioteca, e 2 mg DNA carreador de esperma de salmão, usando o método do acetato de lítio/polietileno glicol. Os transformantes foram plaqueados em meio seletivo na ausência de Trp, Leu, Ura e His, suplementado com 3-aminotriazole 25 mM e cultivado por 3-5 dias a 30oC. Aproximadamente 5 x 106 transformantes foram obtidos, conforme estimado, baseado no numero de transformantes crescendo em placas SDTrp-Leu. O DNA plasmidial foi recuperado de leveduras e transformado em Escherichia coli por eletroporação. O gene At4g13350 foi identificado como clone positivo, pela capacidade do produto codificado por interagir com NSP de CaLCuV. A proteína NIG contém 602 aminoácidos e exibe características estruturais de proteínas envolvidas no transporte de proteínas. Essas incluem um domínio ARF-GAP na região N-terminal (resíduos 12-130) que contém uma região com dedos de zinco (resíduos 22-64), um domínio de interação com Rev (resíduos 24-43, 43-60, 61-82) e uma região rica em prolina (resíduos 445-562) na região C-terminal, que corresponde à região de interação com a proteína NSP. A proteína Rev do vírus da imunodeficiencia humana tipo 1 (HIV-1) tem funções similares à da proteína NSP de geminivírus e facilita a exportação nuclear de RNAs virais (Bogerd et al., 1995; Fritz et al., 1995, Sánchez-Velar et al., 2004). A interação específica entre NIG e NSP também foi demonstrada bioquimicamente por purificação em batelada por afinidade. A proteína NIG, fusionada a uma cauda de histidina 6X (NIG-HIS), foi incubada com a proteína NSP fusionada a GST (GST-NSP) e com a GST sozinha e o complexo resultante foi isolado através de purificação de afinidade por batelada utilizando-se glutationa sepharose 4B (Amershan). NIG-HIS se ligou a GST-NSP, mas o mesmo não ocorreu com a proteína GST quando foi Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008 expressa sozinha, confirmando que NSP e NIG interagem in vitro. NIG também interagiu com NSP de Tomato golden mosaic virus (TGMV) e Tomato crinkle leaf yellows virus (TCrLYV), indicando que a formação do complexo NIGNSP não é vírus-específica. Para a determinação da localização subcelular de NIG, foi utilizado o método de expressão transitória mediado por Agrobacterium tumefaciens (Latijnhouwers et al., 2005), em células da epiderme de folhas de fumo, e a localização de NIG fusionada a GFP foi observada por microscópia confocal. NIG é uma proteína citosólica, pois intensa fluorescência foi observada no citoplasma e ao redor do envelope nuclear das células transfectadas. Sendo NIG uma possível proteína envolvida no tráfego intracelular, foi examinado se NIG possui capacidade de se ligar a GTP. NIG-HIS, expressa em Escherichia coli, foi incubada com GTP imobilizada em agarose durante uma hora. O pellet contendo as proteínas ligadas a GTP foi ressuspendido em tampão de amostra e a seguir foi realizado immunoblotting com anti-NIG. Neste experimento a proteína NIK demonstrou capacidade de ligação a GTP, cuja especificidade foi confirmada por experimentos de competição, onde concentrações maiores de ATP, CTP e UTP não foram capazes de inibir a capacidade de NIG em se ligar a GTP, indicando que NIG se liga especificamente a GTP. A capacidade de NIG de hidrolisar GTP em GDP também foi analisada. NIG purificada foi incubada com GTP sob condições ótimas de hidrólise na presença e na ausência de NSP. NIG exibiu atividade de GTPase de 15 mmoles Pi.mg protein-1h-1, a qual não foi afetada pelo aumento de concentrações de NSP. Proteínas que se movem entre o núcleo e o citoplasma estão aparentemente concentradas no núcleo, porque a taxa de importação nuclear é maior que a taxa de exportação (Jansen, 2001). Em células transfectadas expressando NSP de CaLCuV, a localização de NSP é nuclear, mas quando NSP é co-expressada com a proteína de movimento (MP), NSP é redirecionada para a periferia celular, provavelmente devido à mudança do equilíbrio de exportação nuclear justificado pelo transporte de NSP para o citoplasma (Sanderfoot and Lazarowitz, 1995, 1996). Consistente com esse modelo, NSP de CaLCuV associouse com MP-GFP in vivo, pois foi co-imunoprecipitada por anti-GFP de extratos protéicos de protoplastos de folhas de fumo co-expressando MP-GFP e NSP, mas não por extratos protéicos de folhas expressando somente NSP. Esse resultado demostra que NSP de CaLCuV, como a NSP de outros geminivírus, comportam-se como autênticas proteínas de transporte nuclear. Uma metodologia similar à descrita acima foi utilizada para examinar a capacidade da proteína NIG em influenciar as propriedades de transporte nuclear de NSP. NIG-GFP foi co-expressada com YFP-NSP em células da epiderme de folhas de fumo, através da agroinfiltração das mesmas. Observações ao microscópio confocal revelaram que a co-expressão de NIG alterou a localização de NSP, S 57 XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia pois a proteína foi excluída do núcleo e realocada para o citoplasma em células co-transfectadas. Estes resultados fornecem evidência para a regulação da mudança núcleocitoplasmática de NSP via interação com NIG. A seguir, foi explorada a possibilidade de NSP intergir com NIG in vivo. Folhas de fumo foram agrinoculadas com 35S:YFPNSP e 35S:NIG e a interação entre as proteínas expressas transitoriamente foi monitorada por ensaios de coimunoprecipitação. O acúmulo de proteínas recombinantes foi detectado por immunoblotting dos extratos protéicos de protoplastos de células transfectadas com anti-GFP ou anti-NIG. Para o extrato cellular de folhas co-transfectadas, foi utilizado anti-GFP a fim de se obter imunocomplexos formados com NSP e analisados na presença de NIG por western blot. Nestes extratos as proteínas NSP e NIG foram co-imunoprecipitadas utilizando-se o anticorpo anti-GFP, demonstrando assim, uma prévia associação das proteínas. No experimento recíproco, YFP-NSP e NIG foram coimunoprecipitadas de extratos co-transfectados com antiNIG, confirmando que NIG e NSP interagem in vivo. Para investigar a relevância biológica da interação NSP-NIG na infecção por geminivirus, plantas de Arabidopsis foram transformadas com o gene NIG, como cDNA intacto ou fusionado a GFP, sob o controle do promotor 35S. As linhagens 35S-NIG e 35S-NIG-GFP foram utilizadas nos experimentos de infectividade. Essas linhagens transgênicas foram inoculadas com DNA-A e DNA-B de CaLCuV por biobalística. Linhagens selvagens e transgênicas (35S-NIG e 35S-NIG-GFP) inoculadas com vírus apresentaram sintomas típicos de infecção por CaLCuV, como clorose, enrolamento das folhas e epinastia. Entretanto, a superexpressão de NIG, intacta ou fusionada a GFP, alterou a sintomatologia e a freqüência das plantas infectadas. As linhagens transgênicas desenvolveram sintomas mais severos e uma maior taxa de infecção quando comparadas às linhagens selvagens. Esses dados implicam que NIG contribui positivamente para a infecção por geminivírus, sendo consistente no seu papel em interagir com NSP durante o transporte intracelular do DNA viral. A identificação de NIG como um fator celular para a função de NSP deve fornecer novas perspectivas no entendimento do mecanismo de movimento intracelular do complexo NSP- DNA. De fato, desde o trabalho incial de Sanderfoot e Lazarowitz (1995), que demostrou que MP de SqLCV realoca NSP para a periferia da célula, uma interação in vivo entre essas proteínas virais não havia sido demostrada. Aqui, foi demostrado que MP e NSP de CaLCuV interagem in vivo quando são expressas transitoriamente em folhas de fumo. Os resultados aqui obtidos demostram que NIG facilita o transporte intracelular do complexo viral NSP-DNA do núcleo para o citoplasma cortical onde deve ser substituída pela proteína de movimento. Identificou-se também um novo componente da maquinaria do transporte núcleo-citoplasmático. Com base nas propriedades bioquímicas que afetam NSP, NIG deve funcionar como um interruptor para a desmontagem de complexos transportados para o citoplasma e/ou um regulador positivo do movimento subseqüente de proteínas exportadas do núcleo para sítios específicos no citoplasma. 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Estudos baseados na sintomatologia e no seu modo de transmissão levantaram a hipótese de que esta doença estaria relacionada à doença azul do algodoeiro, uma moléstia de algodão mundialmente disseminada. A doença azul do algodoeiro (DA) foi inicialmente descrita na África em 1949 e em seguida foi encontrada também na Ásia e nas Américas (Cauquil & Vaissayre, 1971). A doença é transmitida pelo pulgão Aphis gossypii e os sintomas são caracterizados por nanismo devido ao encurtamento dos entrenós, enrolamento e escurecimento foliar e amarelecimento das nervuras (Cauquil, 1977). Pode acarretar forte redução da produtividade, chegando a relatos de diminuição de 91% na produção/planta. No fim do anos 90 foram relatadas perdas de até 1500 kg.ha-1 em Mato Grosso e Goiás. Os sintomas e a transmissão restrita ao afídeo levaram à especulação de que a doença azul poderia estar relacionada a um vírus da família Luteoviridae. Entretanto, nenhuma evidência molecular suportava essa hipótese até então. Tentando caracterizar o agente causal da DA, foram desenhados oligonucleotídeos degenerados, correspondentes às regiões conservadas do genoma, de membros de dois gêneros da família Luteoviridae, através do alinhamento das seqüências disponíveis no Genbank. Oligos desenhados para o gênero Polerovirus, amplificaram, através de RT-PCR, um fragmento com 1405 pares de bases correspondentes a parte do genoma viral. Oligos desenhados para membros do gênero Luteovirus, entretanto, não geraram nenhum produto de amplificação. O seqüenciamento da região amplificada mostrou que essa correspondia à parte da polimerase (ORF2) e às seqüências completas do capsídeo (ORF3), da proteína de movimento (ORF4) e da região intergênica (IR). Análises das seqüências de aminoácidos posicionaram claramente o vírus dentro da família Luteoviridae. Além disso, a comparação de seqüências virais obtidas a partir de diferentes plantas de algodão infectadas mostrou alta conservação intra-populacional. Baseados nos sintomas de campo, foi então proposto o nome Cotton leafroll dwarf virus (CLRDV) para esse vírus (Corrêa et al., 2005). Partindo-se do fragmento primeiramente amplificado, foram desenhados novos pares de oligonucleotídeos com o intuito de amplificar novas regiões do genoma viral. No momento está sendo completada a seqüência correspondente à região 3´ viral, não traduzivel, já tendo sido caracterizada a seqüência correspondente a RTD “readthrough protein” ou ORF 5, associada à transmissão pelo afídeo. O sequenciamento da polimerase também está sendo concluído, restando ainda alguns fragmentos da região 5` para serem clonados e seqüenciados. Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008 Com o intuito de disponibilizar testes diagnósticos sorológicos e/ou moleculares para a doença, inexistentes até então, desenvolveram-se testes de nested PCR para a região correspondente à polimerase e também para a região do capsídeo. Tais testes se mostraram muito robustos e com 100% de reprodutibilidade, já tendo sido testado em mais de 55 isolados diferentes do vírus, oriundos de diversos municípios das regiões produtoras nacionais. Um estudo sobre a diversidade genética dos isolados virais brasileiros está em andamento, já tendo sido analisada a filogenia de 48 isolados. Uma alta conservação da proteína do capsídeo do vírus, com graus de identidade em torno de 90% ou mais foi encontrada. A região da polimerase apresentou um grau de diversidade um pouco maior. Além disto, foi observada a presença de um novo vírus recombinante, presente em três diferentes locais de coleta na safra 2006/2008, associado a sintomas atípicos da doença. Estes sintomas atípicos correspondem a um avermelhamento das folhas abaixo do ápice, na região mediana da planta, associado a sintomas típicos de DA na parte apical. No momento também estão sendo testados antissoros para duas proteinas recombinantes virais e para o vírus purificado, com o objetivo de desenvolver teste sorológico. Testes de western blot mostraram que os anticorpos produzidos foram capazes de interagir com a partícula viral purificada e com plantas infectadas com a DA. Agora tais antissoros vão ser utilizados para tentar o desenvolvimento de testes de ELISA. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Cauquil F (1977) Etudes sur une maladie d’ origine virale du cotonnier: la maladie bleue. Coton et Fibres Tropicales��������� (Paris)� 23:�������� 259-278. 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S 59 XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia MESA REDONDA 2-C Cultivos bioenergéticos tradicionais - doenças emergentes Coordenador: Fernando C. Juliatti. UFU Epidemiology of Soybean Rust and Prediction of White Mold X.B. Yang. Department of Plant Pathology, Iowa State University, Ames, Iowa, USA. E-mail: [email protected] Part I: Soybean Rust Epidemiology Soybean rust, caused by Phakospora pachyrhizi was reported in South America in 2001 and the disease has caused severe damage to soybean production in Brazil. Apparently, it was dispersed into the southern part of the continental U.S. by hurricanes in late summer 2004, as predicted by weather models (Stokstad, 2004). In the US, soybean rust spread from the over-wintering regions in the Gulf Coast states to major soybean production regions during each growing season. So far, soybean rust has shown limited dispersal during a growing season in the southern US and Argentina although environmental conditions in most soybean production regions in America (south and north) are considered conducive to the disease throughout these regions. Intensive studies have been carried out to examine the epidemiology of this disease in America (South and North). New insights are revealed despite of the fact that this disease has been studied over 20 years. Below I summarized the new information on epidemiology of this disease. production region. When northern Arkansas becomes a new bridge area for inoculum, rust could spread to major soybean production regions. This bridging pattern agrees closely with records of the 1970 southern corn leaf blight epidemic in the US Corn Belt (Moore, 1970). Observations in the US show that the fungus moved in great distance but not the disease. Two independent studies in the US reported that the fungus moves in great distances northward in a growing season. A study led by USDA in University of Minnesota detected soybean rust spores with a molecular method from rain drops collected nation wide. The rust spores were detected many times in every state in northern soybean production regions in the entire growing season. Another spore trapping study led by University Arkansas showed that soybean rust spores can be found throughout soybean production region including Iowa. These studies have been done in two seasons and clearly have showed that the rust fungus does move. So why was disease not found in northern states such as Iowa except for 2007 season ? Obvious disease movement is affected by the biology of soybean rust fungus. Regional Dispersals Soybean rust is an airborne disease and obviously can travel long distance with storm system as intercontinental movements have been suggested by modeling results. Evident from both Brazil and America suggested that this disease has limited regional dispersal capacity for outbreaks compared with other rust diseases. The most obviously evidence is the seasonal dispersal in the US. The spread of soybean rust in the US is a combination of two dispersal modes. The first is epidemic wave movement in regions where soybean is extensively grown and the second is long-distance hops for geographic areas where soybean growing areas are more sparsely distributed over a large region, such as southern coast states. Results from integrated aerobiology simulation (Kim and Yang, unpublished), which is an integration of the High Split model and soybean rust spore survival model, show that if spores are produced in early April in soybean or kudzu in central Florida, there is a high probability that it will reach the southern Mississippi major soybean production region. When this area is established as a bridge source area, spores are likely to reach the northern Arkansas major soybean Rain is a critical factor for disease outbreaks Research at Iowa State University has addressed the importance of rain on soybean rust epidemic by comparing the situation in Brazil with the North Central soybean production region using a soybean rust model developed in China. A modified version was developed and paper has been published in Phytopathology. It was found that the chance to have epidemic for a particular growing season in northern US is low according to historical weather data. This is also applicable to Argentina. Recent new studies have shade more light on the disease outbreak. We found epidemic of the disease is sensitive to rain. Its outbreaks need a lot of rain days and cloudy days. Brazil is quite unique to soybean rust, very suitable to the disease. Rain, especially number of rain days, is associated with rust outbreaks in Asia and Brazil. Dr. Claudia Goody observed that epidemics in Brazil seemed highly depended on rain because major losses were found in areas with high frequency of rain during a growing season. The differences in amount of rain explain the difference in outbreak risk of soybean rust between north and south America. In Cerrado, the average amount of rainfalls S 60 Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008 XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia from January to March is about 24 inches. In Iowa for June to August, the number is about 13 inches. Compared with southern Brazil, the Iowa has equivalent amount of rainfall with little less rain days. The implication is that in years with precipitations suitable for rust epidemics in July and August, the risk could be high in central Iowa only if the disease shows up in July or earlier, such weather is rare. Light as a limiting factor to spore survival Previous analysis and prediction for soybean rust only addressed the temperature and moisture factors. However, inconsistence of the predictions suggests other unknown factor limits the development of soybean rust outbreak. I believe that light likely plays a critical role on soybean rust outbreaks. Observations on effects of light. Observations on occurrence of the disease indicated that SAR may be a light sensitive disease, a likely critical area which has not been considered by researchers. In Florida, soybean rust was found mainly in kudzu leaves under tree shade, not in open ground, indicating light may affect soybean rust development. Similar observations were also found in southern Brazil and Paraguay. Previous studies reported that soybean rust sporulation is mostly observed on the lower surface of leaves. The disease always occurred in lower leaves of a soybean plant when it was first detected although the top leaves should have greater chance for infection because they have more dew and large spore deposition than lower leaves. This suggests the possibility of shade effects on disease occurrence. The association of ASR with rain days (Emerson et al, 2006) also suggests shade effects from lengthy cloud in a raining season. In Asia, the disease is more severe in mountain valleys because shade effects from mountain. Most epidemics in Asia occur in fall, which indicate day length effect of light. Effects of light on ASR from Literature. KOCK and his colleague reported germination tubes of ASR spores had negative phototropism which means that this fungus grows to the opposite direction of light beam. This is not a common behavior for most germinating spores. Under stronger light beams including natural sunlight, the negative phototropism of germ tubes may affect later stages of the infection process such as appressoria formation and penetration. Other studies demonstrated that the number of appressoria formed from germinated spores presenting germ tubes is higher in the dark compared to light conditions. BONDE et al in USDA (1976) exposed inoculated soybean plants to different periods in the dark to observe penetration rates and number of lesions formed. After 8 hours of darkness, they verified a regular rate of 20% penetrations from observed appressoria. However, they observed a remarkable increasing number of lesions being formed with prolonged darkness exposure. This data suggests that soybean rust requires darkness not only for initial infection processes occurring on the leaf surface but also for successful post-penetration processes up to lesion formation. Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008 Evidence from experiments. In 2006 and 2007 growing season, ISU carried out experiments in collaboration with University of Florida to examine the light effects on the occurrence of soybean rust. Results show that disease incidence was consistently reduced under full sunlight treatment (L1) compared to the partial sunlight treatments (L2-L4). When any daytime shading was provided (L2L4), the infection process initiated during the night was successfully completed and significantly more diseased leaves were observed. Similar patterns occurred for ASR severity, with plants exposed to full sunlight treatment (L1) presenting significantly fewer lesions per leaf. These results explained previous observations that soybean rust occurs under shaded. There was a large decrease in soybean rust incidence when plants were exposed to more then 15MJ. m-2 of solar irradiation accumulated during the day after inoculation. Similar disease inhibition was detected even when spores had enough night hours to germinate and penetrate suggesting light interference in later stages of ASR infection. Evidence from modeling. To determine the light effects on disease outbreak, computer simulations were made by incorporation of cloudiness to estimate disease outbreak using Brazil and South Africa data (Dias, 2007). Analysis shows that although large amounts of rainfall have been observed at Mato G. do Sul state (Brazil) both in the 2004_05 and 2005_06 growing seasons, the later season’s outbreaks were unusually severe. This could be explained by the large number of cloudy days during the season. Similar effect has been observed in the 2003_04 growing season in Bahia state, Brazil. In the US, high levels of sunlight are observed during a summer which may limit ASR development even in southern states where inoculum is present. The available sunlight is limited at sub-tropical latitudes in the fall, which may explain the considerable increment in ASR detection observed during the fall in the US. By adding light effects, Dias simulated ASR progress in different regions and growing seasons in Brazil and South Africa using logistic modeling. Previous field observations were used for calculations of model parameters under different light conditions. She calculated that in a sunny day, ASR progress rate is reduced to 5% of the observed in a cloudy day. The model successfully predicted the intensity of ASR regional epidemics with a high correlation coefficient between estimated and observed disease severity (r = 0.95). The simulation with a cloudiness-based model successfully projected Asian soybean rust outbreaks for major soybean growing regions in Brazil and South Africa. Light may affect several components in soybean rust development. It has been recently reported that radiation from sun reduced spores germination (ISARD et al 2006). An intriguing point is that sunlight may also affect the latent period and the expression of symptoms. Results suggest that sunlight may reduce fungus ability to express symptoms. If this is true, prolonged period of sunlight may be effective in slowing ASR development. This idea agrees with the results S 61 XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia presented in the epidemiological study of ASR in Brazil and South Africa where a cloudiness-based model was successful in predicting disease outbreaks in both countries. Results of this study also explain why number of rain days is associated with outbreak of soybean rust. Soybean rust forecasting Since the rust has established in the continental U.S, the rust outbreaks depends on dispersal from the southern states to northern major soybean production regions. The reasonably reliable prediction of the disease activity is crucial. In collaboration with St. Louis University, a seasonal forecast system was developed using climate model and rainfall disease model. The forecast provide weekly dispersal of soybean rust spores and weekly risk map. Forecast a month ahead of made in weekly to provide progressive, self correct prediction. During 2005 and 2006 growing seasons we ran our disease forecasting system which includes weekly spore dispersion prediction and monthly weather favorability in advance. So far we have successfully predicted the occurrence of disease in southern states and occurrence in northern states. The forecasts were disseminated to state sentinel plots coordinators, seed industry, university extension staff who interpreted communicated with producers through various media. We also provided weekly soybean rust outlooks to general public. Results so far are proven to be quite encouraging. Part II: Soybean White Mold Prediction Since the early part of this decade, Sclerotinia stem rot of soybean, caused by Sclerotinia sclerotiorum, has caused considerable damage in the north-central United States. To determine the extent of its distribution and associated factors, investigations were conducted in Iowa, Illinois, Iowa, Minnesota, Missouri and Ohio. In each state, soybean fields were randomly selected in collaboration with the National Agricultural Statistics Service. From each field, 20 soybean stems of 20-cm length (from the base) were sampled in a zigzag pattern. Over the four-year period, stem samples were collected from 1,983 fields and assessed for the presence or absence of the disease. Of the five states, Sclerotinia stem rot was most prevalent in north-central Iowa and southern Minnesota. The prevalence of the disease was strongly related to cumulative departures from normal maximum and minimum temperatures in July and August. The disease was more prevalent when yearly temperatures were below normal than when they were above normal. The prevalence of the disease was exponentially related to latitudinal positions of the fields reflecting the effect of the north-south variations in temperature. There was no relationship between precipitation and the prevalence of the disease. Tillage also affect the occurrence of the disease (P = 0.001 and P = 0.007). Because effective control of this disease with chemicals depends on knowing the possibility of disease S 62 occurrence or when the white mold fungus produces mushrooms, methods to predict the production of white mold mushrooms during a growing season have been developed. We have carried a study was to quantify the effects of light, moisture, and temperature on the production of white mold mushrooms (apothecium). Our study shows that in addition to soil moisture and temperature, light intensity also critically affects the production of white mold mushrooms. A simple mathematical model has been developed for predicting white mold mushroom production to guide chemical control. Based on the results from above two projects, the regional prevalence of soybean Sclerotinia stem rot was modeled using tillage practices, soil texture, and weather variables (monthly air temperature and monthly precipitation from April to August) as inputs. Logistic regression was used to estimate the probability of stem rot prevalence with historical disease data from four states of the North Central Region of the United States. Potential differences in disease prevalence between states in the region were addressed using regional indicator variables. Two models were developed: model I used spring (April) weather conditions and model II used summer (July and August) weather conditions as input variables. Both models had high explanatory power (78.5 and 77.8% for models I and II, respectively). However, predicted values of field incidence were generally overestimated in both models compared with the observed incidence. The results suggest that preseason prediction of regional prevalence would be feasible. However, prediction of field incidence would not, and a different site-specific approach should be followed. REFERENCES Del Ponte EM, Godoy CV, Li X, Yang XB (2006) Predicting Severity of Asian Soybean Rust Epidemics with Empirical Rainfall Models. Phytopathology 96:797-803. Dias AP (2007) Epidemiology and impact of light on the development of soybean rust. PhD. Thesis. Iowa State University, Ames, Iowa. Del Ponte EM, Godoy CV, Canteri MG,Reis EM, Yang XB (2007) Models and applications for risk assessment and prediction of Asian soybean rust epidemics. Fitopatologia ������������������������������������ Brasileira 31:533-544. Del Ponte EM, Godoy CV, Li X, Yang XB (2006) Predicting severity of Asian soybean rust with empirical rainfall models. Phytopathology 96:797-803. 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E-mail: [email protected] INTRODUÇÃO Com o incremento da área de plantio de algodão no Brasil, tem-se observado um aumento significativo dos problemas fitossanitários, principalmente aqueles relacionados à ocorrência de doenças na fase inicial de desenvolvimento da cultura. As doenças iniciais do algodoeiro, principalmente aquelas causadas por Rhizoctonia solani, como o tombamento de plântulas e a mela, estão amplamente disseminadas no Brasil, principalmente nas regiões dos cerrados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Goiás e Bahia, freqüentemente causando danos significativos na fase inicial de estabelecimento da lavoura, pela redução da população de plantas. Os níveis de danos causados por estas doenças são dependentes de diversos fatores, porém, nas condições do Brasil, o que mais tem favorecido a sua ocorrência tem sido a monocultura do algodoeiro associada ao preparo intensivo do solo, o que freqüentemente favorece situações de alagamento e encharcamento contribuindo para o aumento do potencial de inóculo do patógeno. Além disso, a utilização de sementes com baixo vigor associada ao plantio em épocas favoráveis à ocorrência destas enfermidades, são também fatores predisponentes ao ataque de R. solani, que devem também ser considerados. Baseado em critérios de importância, patogenicidade e ocorrência, nessa oportunidade serão discutidos os aspectos relacionados ao manejo do tombamento e da mela causados por R. solani. A - Doenças iniciais do algodoeiro Tombamento de plântulas O “tombamento” é uma doença que ocorre na fase Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008 de plântula (tombamento de pós-emergência) e ataca as sementes por ocasião da germinação (tombamento de pré-emergência). Esta doença é causada por um complexo de fungos do solo e da semente, cujas espécies podem variar grandemente de um lugar para outro. São elas: R solani, Colletotrichum gossypii, C. gossypii var. cephalosporioides, Fusarium spp., Pythium spp., Botriodiplodia theobromae e Macrophomina phaseolina. Nas condições do Brasil, principalmente em se tratando do algodão no cerrado (onde está 85% do algodão cultivado no Brasil), o principal agente causal do tombamento de plântulas é Rhizoctonia solani Kuhn grupo de anastomose (AG)-4 (teleomorfo: Thanatephorus cucumeris (A.B. Frank) Donk), pela freqüência que ocorre (mais de 95% dos casos) e pelos danos que causa na fase inicial de estabelecimento da lavoura. Alguns poucos relatos da ocorrência de tombamento causado por Fusarium spp. e Pythium sp. foram registrados, porém numa freqüência muito baixa, o que os coloca numa condição de patógenos secundários e de pouca importância epidemiológica. O fungo Colletotrichum gossypii South var. cephalosporioides Costa (causador de ramulose) também pode provocar o tombamento de pré e pós-emergência, porém isso só ocorre quando a incidência desse patógeno nas sementes é elevada (acima de 20%, através de inoculação). Considerando que, em condições naturais de infecção no campo, a incidência máxima desse patógeno nas sementes tem variado de 5% a 9%, a ocorrência de tombamento no campo devido a este fungo não tem sido observada. R. solani é um parasita necrotrófico, habitante natural do solo. É um fungo polífago pois ataca um grande número de espécies vegetais. R. solani pode ser transmitido pelas sementes, porém raramente isto ocorre, motivo pelo qual a semente não é considerada a principal fonte de inóculo desse patógeno. Este patógeno, estando presente no solo S 63 XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia e/ou nas sementes, além de ocasionar perdas significativas na fase de plântulas (falha no estande), pode servir ainda como fonte de inóculo para culturas subsequentes. Os sintomas caracterizam-se inicialmente pelo murchamento das folhas com posterior tombamento das plântulas. Este fungo provoca lesões deprimidas e de coloração marromavermelhada no colo e nas raízes das plântulas de algodão. Mela Uma nova doença no algodoeiro vem chamando a atenção pela forma que se apresenta e pelos danos que vem causando na fase inicial de desenvolvimento da lavoura. Trata-se da “mela”, também causada pelo fungo R. solani. O primeiro relato da ocorrência desta doença foi na safra 2004/05, no estado de Mato Grosso. Desde então, já foi detectada também nos estados de Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Goiás e Bahia. Esta doença ataca o algodoeiro na fase inicial de desenvolvimento (fase de plântula - cotiledonar), reduzindo o estande e, em casos mais sérios, levando à ressemeadura, onerando ainda mais o custo de produção e reduzindo o potencial produtivo da lavoura, em função da semeadura ser realizada fora da época recomendada. Os sintomas iniciais caracterizam-se pela presença de lesões nas bordas dos cotilédones. A infecção evolui para o encharcamento (anasarca), seguida de destruição total dos cotilédones com posterior morte da plântula. Isolamentos realizados de material doente (plântulas de algodoeiro com sintomas típicos de mela, provenientes dos diferentes estados onde a doença foi detectada) mostraram, na totalidade dos casos, a presença de um crescimento profuso de hifas e micélio sobre os tecidos doentes, o que foi identificado posteriormente como sendo R. solani, considerado agente causal primário da doença, confirmando assim a etiologia desta enfermidade. Colônias do patógeno provenientes de diferentes isolados e localidades foram enviadas para a determinação do grupo de anastomose (AG) e resultados preliminares apontam para o AG4-HGI, que também pode estar associado a sintomas foliares, sendo este o primeiro relato em algodoeiro no Brasil (1). B - Estratégias de manejo visando o controle das doenças iniciais do algodoeiro Época adequada de semeadura Em função de baixas temperaturas favorecerem a severidade e a incidência do tombamento causado por R. solani, recomenda-se evitar semeaduras anteriores a meados de outubro. Sob baixas temperaturas, sementes de algodoeiro exsudam maior quantidade de açúcares e aminoácidos, o que é extremamente favorável ao ataque do patógeno. Estas condições atrasam a germinação ou tornam mais lento o processo de emergência, mantendo a plântula num estágio suscetível por um período mais longo. Assim, a necessidade de adoção de medidas de controle, S 64 tais como o tratamento de sementes com fungicidas, tem sido claramente demonstrada sob condições de solo com temperaturas baixas. Tratamento químico das sementes De todas as práticas recomendadas para o controle do tombamento, o tratamento das sementes com fungicidas eficientes assume um importante papel, sendo considerado, até o momento, a principal medida a ser adotada e a opção mais segura e econômica (representa apenas 0,17% do custo total de produção) para minimizar os efeitos negativos desta doença. Trata-se de prática indispensável quando se reduz a quantidade de sementes na semeadura, com vistas a eliminar a operação de desbaste, sendo reconhecida em todo o mundo como uma medida das mais eficazes e convenientes, tornandose cada vez mais difundida e adotada em esquemas de controle integrado de doenças do algodoeiro. A cada ano, um grande número de fungicidas é testado com o objetivo de verificar sua eficiência no controle do tombamento, sendo que os melhores resultados são obtidos com as misturas fludioxonil + mefenoxan + azoxyxtrobin (5+15+30 g i.a./100kg de sementes), tolylfluanid + pencycuron + triadimenol (75+75+50 g i.a./100kg de sementes), carboxin + thiram (187,5+187,5 g i.a./100kg de sementes) e tiofanato metílico + fluazinam (150+150 g i.a./100kg de sementes). Com relação á mela, até o momento, não existe nada publicado oficialmente, relacionado ao manejo desta doença. Informações preliminares têm apontado o tratamento das sementes com fungicidas associado á uma pulverização na fase inicial de desenvolvimento da lavoura como uma das estratégias mais eficientes e viáveis de controle desta doença. Desta forma, resultados obtidos em condições de campo, demonstraram maior eficiência de controle da mela com a adição do fungicida PCNB, na dose de 375 g do i.a./ 100kg de sementes às misturas fludioxonil + mefenoxan + azoxyxtrobin (5+15+30 g i.a./100kg de sementes), tolylfluanid + pencycuron + triadimenol (75+75+50 g i.a./100kg de sementes) e carboxin + thiram (187,5+187,5 g i.a./100kg de sementes). Excepcionalmente, quando as condições climáticas estão muito favoráveis á ocorrência da mela, além da realização do tratamento das sementes com fungicidas, tem sido realizada uma pulverização com o fungicida azoxystrobin, na dose de 200-300 ml/ha, com bons resultados. Rotação de culturas A rotação de culturas é uma prática agrícola que pode aumentar o rendimento da cultura na atividade agropecuária. Sua adoção preserva ou melhora as características físicas, químicas e biológicas do solo, auxiliando também no controle de algumas doenças que atacam o algodoeiro. No caso específico do fungo R. solani, devido à versatilidade ecológica deste fungo, isto pode não ocorrer, o que o torna de difícil controle Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008 XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia pela adoção desta prática. Isto é explicado, uma vez que este fungo, além de apresentar estruturas de resistência, possui uma habilidade de competição saprofítica muito grande, sendo capaz de manter-se viável por muito tempo em uma área, pois apresenta capacidade de trocar de substrato. Desta maneira, qualquer espécie vegetal alternativa integrante do sistema de rotação, pode lhe servir de substrato. Apesar de toda esta dificuldade, a adoção da rotação de culturas deve ser implementada, uma vez que, quando usada eficientemente, pode promover uma alteração qualitativa na microflora do solo, favorecendo o crescimento e o estabelecimento de microorganismos antagônicos ao patógeno, induzindo assim níveis de supressividade a doenças, como no caso da Brachiaria plantaginea. Resistência genética Sabe-se que a resistência genética é potencialmente o mais econômico e eficiente método de controle de doenças de plantas. Entretanto, não se dispõe até o momento, de cultivares resistentes a todas as enfermidades, tornando-se necessária a adoção de outras medidas de controle para diminuir as possibilidades de ataque de doenças. Atualmente os programas de melhoramento, têm procurado desenvolver variedades com melhor nível de resistência às principais doenças do algodoeiro, tais como: doença azul, vermelhão, mosaico comum, mancha angular, ramulose, ramulariose, pinta preta, causada por espécies de Alternaria ou Stemphylium, fusariose, verticiliose, cercosporiose, antracnose, podridão de maçãs, além de nematóides das galhas e reniforme. No caso de R. solani, até o momento não se conhecia nenhuma informação no Brasil que mostrasse o comportamento de cultivares de algodoeiro frente a ação desse patógeno, até que resultados obtidos na Embrapa Agropecuária Oeste, em Dourados, MS, demonstraram a existência de diferentes reações de algumas cultivares com relação ao ataque do fungo R. solani. Desta forma, os genótipos de algodoeiro que apresentaram menor incidência de tombamento e menor percentagem de plântulas com sintomas desta doença, demonstrando maior tolerância ao ataque de R. solani foram CNPA ITA 90 II e BRS Aroeira, seguidos de BRS Cedro. Considerações finais Considerando que o tratamento de sementes de algodoeiro com fungicidas é a tecnologia mais empregada e eficaz para o controle do fungo R. solani na cultura do algodoeiro, a maneira mais eficiente de maximizar o seu efeito é a sua adoção em conjunto com outras práticas culturais (como por exemplo, a rotação de culturas e o uso de cultivares mais tolerantes) que possibilitem minimizar Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008 a ocorrência dessa doença pela redução do inóculo inicial. É sabido que o desempenho de um determinado fungicida depende, dentre outros fatores, da população de fungos no solo, ou seja, é influenciada pela pressão de inóculo do patógeno no solo e também pelas interações com outros fungos, o que pode evidenciar um controle biológico. Desta maneira, quando analisada sob a ótica dos princípios do manejo integrado de doenças, sugere-se, em áreas com histórico de altas populações de R. solani, dar preferência às cultivares que apresentam melhor comportamento frente ao patógeno, visando otimizar a eficácia do fungicida aplicado às sementes de algodoeiro. (1) Comunicação via E-mail da Profa. Dra. Maisa Ciampi, UNESP, Jaboticabal SP, em 05.12.06. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Davis RM, Nunez JJ, Subbarao KV (1997) Benefits of cotton seed treatments for the control of seedling diseases in relation to inoculum densities of Pythium species and Rhizoctonia solani. Plant Disease 81:766-768. 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S 65 XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia Ocorrência de doenças causadas por Sclerotinia sclerotiorum em girassol e culturas em sucessão Regina Maria Villas Bôas de Campos Leite, Ademir Assis Henning. Embrapa Soja, Londrina, PR, Brasil. E-mail: [email protected] A ocorrência de epidemias causadas por Sclerotinia sclerotiorum na cultura da soja, em regiões onde ocorrem condições climáticas amenas na safra de verão, principalmente nas chapadas dos Cerrados, em áreas acima de 800 m de altitude, leva à necessidade da divulgação de informações para minimizar o problema nas regiões afetadas, particularmente naquelas onde se pretende fazer o cultivo de safrinha com outras espécies suscetíveis ao fungo, como o girassol e a canola. Esse fungo é considerado um dos patógenos fúngicos mais importantes no mundo e está distribuído em todas as regiões produtoras, sejam elas temperadas, subtropicais ou tropicais. No Estado do Paraná, em cultivos de girassol após a colheita da safra de verão, a incidência da doença na haste e no capítulo foi alta (17,6% a 100,0%), nas regiões de clima frio no inverno. A podridão branca é a principal doença fúngica da canola no Paraná. As doenças conhecidas como mofo branco ou podridão branca recebem esses nomes em função dos sintomas e sinais causados na planta: presença de lesões encharcadas nos órgãos afetados, de coloração parda e consistência mole, com micélio branco, de aspecto cotonoso, cobrindo porções dos tecidos. Na soja, os sintomas ocorrem geralmente no terço médio das plantas, atingindo haste principal, pecíolos, folhas e vagens. No girassol, o fungo pode afetar a raiz e o colo da planta, a haste e o capítulo. Na canola, a podridão de hastes e caules durante a evolução da doença é seca. Dependendo do órgão afetado, sintomas reflexos também são observados nessas espécies, como a seca da parte aérea. O fungo produz estruturas de resistência denominadas escleródios, dentro e na superfície dos tecidos colonizados, que retornam ao solo com os resíduos da cultura e são responsáveis pela sobrevivência do fungo. Os escleródios podem permanecer no solo por até 11 anos, conservando intacto seu poder patogênico. As sementes são importantes veículos de disseminação de S. sclerotiorum, através de escleródios misturados a elas ou de micélio existente nos tecidos internos. A contaminação de lotes de sementes com escleródios é particularmente importante para o girassol, porque freqüentemente essas estruturas têm o mesmo tamanho, forma e peso específico das sementes, o dificulta sua remoção na operação de limpeza. Em condições favoráveis e na presença de um hospedeiro suscetível, o escleródio germina e pode produzir micélio, que penetra diretamente nos tecidos da base da planta, ou formar apotécios, que emergem na superfície do solo e liberam os ascosporos. Em condições de alta umidade relativa, acima de 70%, e temperatura ao redor de 20ºC, os apotécios liberam ascosporos durante várias semanas, que são responsáveis pela infecção da parte aérea das plantas. O fungo invade os tecidos e provoca o seu apodrecimento. S 66 O micélio desenvolve-se sobre um substrato formado por tecidos mortos ou senescentes. A temperatura ótima para o desenvolvimento do micélio situa-se entre 18ºC e 25ºC. Assim, cabe salientar que a ocorrência de epidemias de mofo branco na cultura da soja se dá em virtude da favorabilidade climática para o fungo durante a safra, ou seja, excesso de precipitação aliado a temperaturas amenas (abaixo de 20ºC). Sclerotinia sclerotiorum é um fungo polífago, tendo como hospedeiros plantas de 75 famílias, 278 gêneros e 408 espécies. Entre eles, destacam-se soja, girassol, canola, ervilha, feijão, alfafa, fumo, tomate e batata. O controle da podridão branca é dificultado devido à permanência de escleródios viáveis por um longo tempo no solo, aliado ao fato de que os ascosporos que produzem a infecção aérea podem ser provenientes de escleródios existentes a longas distâncias, à falta de controle químico eficaz e à alta suscetibilidade dos hospedeiros cultivados. Assim, o controle mais efetivo baseia-se num programa integrado de medidas, que incluem diversas práticas culturais. Uma das recomendações de controle mais importantes é evitar a utilização de sementes com escleródios que, uma vez depositados no sulco de semeadura, poderão favorecer a infecção do fungo. A análise da qualidade sanitária da semente deve ser feita antes da implantação da cultura. O uso de sementes certificadas, de procedência conhecida e certificado fitossanitário de origem, é fundamental para evitar a introdução do patógeno na área. Para a soja, a separação dos escleródios pode ser feita durante o beneficiamento da semente, pelo emprego do separador espiral seguido da mesa de gravidade. Entretanto, para o girassol, essa remoção torna-se difícil. O tratamento de sementes de soja com fungicidas de contato (Captan, Thiram, Tolylfluanid) ou com fungicidas sistêmicos associados ou não a produtos de contato (Carbendazin, Carbendazin + Thiram, Carboxin + Thiram, Difenoconazole, Fludioxonil + Metalaxyl, Thiabendazole, Thiabendazole + Thiram, Tiofanato metílico) deve ser adotado como medida de segurança para reduzir a possibilidade de transmissão do fungo por meio de micélio dormente. A rotação de culturas é fundamental para o manejo da doença. Em áreas onde ocorreram epidemias recentes, deve-se evitar o cultivo em sucessão com soja, girassol, canola, ervilha, feijão, alfafa, fumo, tomate e batata, entre outras culturas, devido à suscetibilidade a S. sclerotiorum, retornando com esses hospedeiros na mesma área somente após, pelo menos, quatro anos. A intercalação com culturas resistentes a esse fungo, como as gramíneas (milho, aveia branca ou trigo), serve para dar tempo para a degradação natural dos escleródios por meio de seus inimigos naturais. Uma medida fundamental para prevenir a ocorrência de doenças causadas por S. sclerotiorum é reduzir ao máximo Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008 XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia os períodos de alta umidade e baixa temperatura na cultura. Para isso, a escolha da época de semeadura é fundamental. Para reduzir as chances de ocorrência de podridão de capítulos de girassol, é imperativo evitar a época de semeadura que resulte na floração em períodos de baixas temperaturas, como ocorre no outono-inverno, na Região Sul do Brasil. No Paraná, o cultivo de girassol, após a colheita da safra de verão, está limitado a regiões onde não ocorram baixas temperaturas e chuvas no outono-inverno; nessa condição, a época de semeadura não deve ultrapassar meados de março e deve-se optar por genótipos de ciclo precoce (100 dias entre a emergência e a colheita), para evitar baixas temperaturas no final do ciclo. Cabe salientar que a Embrapa Soja está realizando estudos de zoneamento climático para o cultivo do girassol em safrinha no Paraná, de modo a proceder à correta indicação sobre a época de semeadura de menor favorabilidade climática para a doença, nas diferentes regiões. Outras práticas culturais são importantes para minimizar os problemas causados por S. sclerotiorum. Em lavouras irrigadas sob pivô central, deve-se diminuir ao máximo o número de irrigações durante a floração, que é a fase de maior suscetibilidade da planta à infecção. É conveniente escolher menores densidades de semeadura e espaçamentos maiores, de modo a permitir uma adequada aeração das plantas e diminuir as chances de contato de plantas doentes com plantas adjacentes. Deve-se evitar adubações excessivas de nitrogênio, o que pode tornar os tecidos mais suculentos e, conseqüentemente, mais suscetíveis ao fungo. O controle químico do mofo branco na cultura da soja não é recomendado pela pesquisa uma vez que não existem fungicidas registrados para essa finalidade junto ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). No caso do girassol, o controle químico da doença não tem sido recomendado por vários aspectos: não existem produtos com eficiência sistêmica, há dificuldade de proteger todo o período da suscetibilidade do capítulo à infecção (floração), além de não haver produtos registrados junto ao DDIV/MAPA, para uso na cultura no Brasil. Verifica-se também a necessidade de registro no Brasil dos produtos adequados para o controle de podridão branca em canola. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Boland GJ, Hall R (1994) Index of plant hosts of Sclerotinia sclerotiorum. Canadian Journal of Plant Pathology 16:93-108. Gulya TJ, Rashid KY, Masirevic SM (1997) Sunflower diseases. In: Schneiter AA (Ed.) Sunflower technology and production. Madison. American Society of Agronomy. pp. 263-379. Henning AA, França Neto JB (1985) Control of Sclerotinia sclerotiorum (Lib.) De Bary and Alternaria spp. in sunflower seeds. Proceedings, 11. International Sunflower Conference, Mar Del Plata. Toowoonba. 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E-mail: [email protected] Entre vários fatores que afetam o desempenho do feijoeiro no Brasil, os nematóides têm posição de destaque. Entre eles destacam os nematóides formadores de galhas Meloidogyne incognita e Meloidogyne javanica. A principal alternativa de controle é o emprego de cultivares resistentes. Essa apresentação tem por objetivo discutir o que está sendo realizado visando a resistência a esse patógeno. Destaque Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008 será dado nas diferenças na pesquisa dos Nematologistas e dos Melhoristas. Alguns trabalhos de screening realizadas visando a identificação de fontes de resistência serão apresentados. Linhagens foram identificadas tendo bom nível de resistência. Entre elas a ‘Pérola’, sendo essa uma das razões do sucesso desta cultivar no Brasil, já que é uma das mais utilizadas nos últimos dez anos. O controle genético tem sido S 67 XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia estudado e ao que tudo indica é monogênico ou oligogênico. Há evidências também que o controle é independente para formação de galha e reprodução dos nematóides. Ênfase será fornecida na solução de problemas na obtenção de cultivares resistentes que podem ser resolvidas com a cooperação entre os Nematologistas e Melhoristas. Molecules active against plant-parasitic nematodes Denilson F. Oliveira. Departamento de Química, Universidade Federal de Lavras, Lavras, MG, Brasil. E-mail: [email protected] The most disseminated methods to control plantparasitic nematodes are based on the use of nematicides such as aldicarb, adoxycarb, cadusafos, carbofuran, chloropicrin, cloethocarb, dazomet, DCIP, D-D, diamidafos, 1,2-dibromo3-chloropropane, 1,3-dichloropropene, 1,2-dibromoethane, dichlofenthion, ethoprophos, fenamiphos, fensulfothion, fosthiazate, isamidofos, isazofos, metam, oxamyl, phorate, terbufos, thiomazin and triazophos (Ministério da Agricultura, 2008). Although ���������������������������������������� these substances are essential to produce food and fiber demanded worldwide, they present negative aspects such as high toxicity to human beings and other animals. Consequently, the use of some of them has been forbidden in many countries (Chitwood, 2002). Possible alternatives to circumvent such problem rely on natural products, whose toxicity may be much lower than the ones observed for the above-mentioned nematicides. An example can be found in the work of Kusano et al. (2000), who detected the in vitro activity against Pratylenchus penentrans by the alkaloids penigekilone and peniprekinolone. Analogously, ergotamine was highly efficient towards the immobilization of Pratylenchus scribneri (Panaccione, 2005) and atropine was a potent inhibitor of Heterodera rostochiensis juveniles hatching out (Schreiber and Sembdner, 1960). Besides alkaloids, phenols also seem an important class of organic substances in the plant-nematode interaction. Bajaj et al. (1983) ������������������������������������������������ observed that tomato plants resistant to Meloidogyne incognita could produce o-dihydroxiphenols and flavonols in higher amounts than the susceptible cultivar. Actually, the nematicidal activities by natural products are not restricted to such classes of organic substances. In the case of Tagetes spp. and Asparagus spp. it was related to sulfur containing substances (Bakker et al., 1979; Takasugi et al., 1975), while the activity against nematodes by Tacca spp. was due to multifunctional steroidal structures, which were generically denominated taccanolides (Adam et al., 2001). Even carbohydrates affect nematodes, though most of them are universally considered nutrients. Fractionation of the crude extract of onion bulbs (Allium cepa L.) guide by in vitro assays with Meloidogyne exigua second stage juveniles (J2) afforded sucrose as one of the substances to which the nematicidal activity of such extract could be attributed (Oliveira et al., 2007). Another class of substances that surprisingly affect nematodes is the one consisting of amino acids. When a sample which had reduced the population of M. exigua in S 68 coffee plants was submitted to a bioguided fractionation process, alanine, glutamic acid, glycine, histidine, threonine and valine were identified as the active substances. In a similar experiment with coffee plants, cysteine at a concentration of 8,490 µg/mL was as effective as aldicarb at 500 µg/mL towards reduction of such nematode population (Oliveira, submitted for publication). Microorganisms present great potential to afford nematicidal substances as well. An example is Pseudomonas fluorescens, which can produce 2,4-diacetylphloroglucinol (Cronin et al., 1997). Analogously, Bacillus amyloliquefaciens can produce a cyclic peptide, whose use as a nematicide has been protected by a patent (Bendzko et al., 1998). A well known example of nematicide producing bacterium is Streptomyces avermectilis, which is an actinomycete able to synthesize macrolactones denominated avermectins. These substances are so active against plant-parasitic nematodes (Shen et al., 2002) that have already undergone commercialization as a nematicidal product to be used in several crops (Ministério da Agricultura, 2008). Fungi also appear as potential sources of nematicides. An example is Aspergillus mellus, which can synthesize aspyrone (Kimura et al., 1996). Similarly, it is worth mentioning Cladobotryum rubrobrunnescens, a cladobotrin producing fungus (Wagner et al., 1998). Regarding Omphalotin olearius, the activity against nematodes was due to a cyclododepsipeptide denominated omphalotin A, which has been protected by a patent (Anke et al. 1999). Analogously, Fusarium moniliforme could produce two nematicidal substances when grown in liquid medium, being a cyclic peptide with nine units of N-methylglycine one of them (Silva, 2001). Concluding, the great number of studies about the nematicidal activity of organic substances from natural sources has made clear the potential of such compounds for the control of plant-parasitic nematodes. Consequently, in the near future the production of some of these molecules or their derivatives will probably be optimized for their commercial use as nematicides. REFERENCES Adam G, Andersch W, Erdelen C, Gehling M, Harder A, Liu J, Marczok P, Muehlbauer A, Nauen R, Tran Van S, Turberg A, Velten R (2001) Control of pests e.g. nematodes, molluscs or Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008 XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia insects, using taccalonolide compounds, some of which extracted from plants of the genus Tacca. Patente número CN1298877-A, 13/June/2001. 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Diferentemente dos nematóides do gênero Meloidogyne, onde somente o juvenil de segundo estádio é parasitado por Pasteuria penetrans, os espécimes de Pratylenchus brachyurus e P. zeae são parasitados por P. thornei em todos os estádios de desenvolvimento. Com a locomoção no solo de todos os estádios de vida desses nematóides, há uma maior possibilidade de contato desses com a bactéria. O objetivo desta publicação é relatar a ocorrência de Pasteuria thornei em espécimes de P. brachyurus e P. zeae, encontrados, respectivamente, em Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008 um cultivo de abacaxizeiro (Ananas comosus), localizado do município de Marco, Estado do Ceará e em plantas de Dracena (Dracaena marginata), no Município de Juquiá, SP. Os nematóides foram extraídos de amostras de raízes e de solo. Verificou-se a presença de endósporos de P. thornei aderidos externamente à cutícula de espécimes de P. brachyurus, como também no interior do corpo do nematóide. Em espécimes de P. zeae, observou-se a presença de endósporos somente no interior do corpo do nematóide. Mais pesquisas são necessárias para o conhecimento do potencial de controle de isolados de P. thornei sobre P. brachyurus, P. zeae e em outras espécies de Pratylenchus. S 69 XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia MESA REDONDA 3-B Tópicos em bacteriologia Coordenador: Reginaldo S. Romeiro. UFV Desafios no estudo de Candidatus Liberibacter e no controle do huanglongbing Marcos A Machado, Carlos EF, Coletta-Filho HD. Centro de Citricultura Sylvio Moreira, Instituto Agronômico de Campinas, Cordeirópolis, SP, Brasil. E-mail: [email protected] Huanglongbing (HLB, doença do dragão amarelo) ou greening é considerada uma das mais destrutivas doenças de citros. Primeiramente detectada na Ásia, depois na África do Sul, a doença foi pela primeira vez relatada no Estado de São Paulo em 2004, na Flórida em 2005 e em Cuba em 2007. Os principais sintomas da doença estão associados redução de crescimento, sintomas generalizados de deficiência nutricional, mosqueamento de folhas, florescimento fora de época, redução de crescimento, assimetria e queda de frutos, e sementes abordadas. Pelo menos três espécies candidatas da bactéria são associadas à doença: Candidatus Liberibacter asiaticus, Ca. L. africanus e Ca. L. americanus. Por não ser cultivada, não ainda foi possível fechar o postulado de Koch, mas evidências de detecção e transmissão por enxertia e por Diaphorina citri não deixam dúvidas de que elas estão inteiramente associadas com o desenvolvimento da doença. A bactéria Gram negativa é restrita ao floema, distribuindose sistemicamente por toda a planta. Além de citros e gêneros próximos, a bactéria pode ser transmitida por Cuscuta spp. e se multiplicar experimentalmente em hospedeiros herbáceos, como Catharanthus roseus, Nicotiana tabacum e Lycopersicon esculentum. Os desafios no desenvolvimento de trabalhos com as bactérias causadoras do HLB estão associados à inexistência de metodologia para seu cultivo, tendo como conseqüência a falta de conhecimento sobre crescimento e metabolismo, assim com a inexistência de informações genômicas suficientes para complementar estudos básicos. Em determinadas circunstâncias a presença de sintomas inespecíficos associado a distribuição irregular e a baixíssima concentração na planta faz com que o diagnóstico, tanto por sintomatologia como por técnicas moleculares, nem sempre seja preciso, necessitando, neste último caso, de repetições nas etapas para se confirmar a diagnose. Estas características fazem com que o período de incubação da doença seja difícil de ser determinado, podendo variar de 3 a 12 meses em condições de inoculação artificial via borbulhas. Por outro lado, parece haver uma forte associação e especificidade da bactéria com o vetor, no qual ela se multiplica ativamente, limitando significativamente as abordagens de controle da doença através do controle de vetor. Embora muitos dos desafios relacionados possam ser superados com a introdução de novas abordagens de estudos e novas tecnologias, o principal desafio no patossistema HLB é a falta de perspectivas de controle da doença por métodos tradicionais, como supressão e/ou controle do vetor, ou controle varietal. A bactéria se multiplica em todos os genótipos de citros e gêneros relacionados, excluindo as estratégias de melhoramento clássico na obtenção de novas variedades, sem considerar, evidentemente, os desafios no melhoramento desse grupo de plantas. No entanto, a quebra no ciclo de transmissão deverá ser a melhor opção para controle a médio e longo prazo. Nesse estudo serão apresentados os principais resultados sobre prevalência das espécies de Liberibacter em diferentes genótipos de citros e gêneros afins, similaridade genética e multiplicação da bactéria, sistema de detecção por PCR em tempo real, transmissão e multiplicação em hospedeiros alternativos, metagenoma, aquisição e multiplicação no vetor. Xylella fastidiosa: a bactéria e doenças de importância econômica que ocorrem no Brasil Rui P. Leite Jr. Instituto Agronômico do Paraná, Londrina, PR, Brasil. E-mail: [email protected] Xylella fastidiosa é uma bactéria Gram-negativa, nutricionalmente fastidiosa e limitada ao xilema, que causa doenças de importância econômica em diversas plantas cultivadas A bactéria possui uma ampla gama de hospedeiros que inclui espécies de pelo menos 28 famílias de plantas mono e dicotiledôneas. Embora muitas plantas não apresentem sintomas, elas podem servir como S 70 hospedeiros alternativos da bactéria e contribuir para o desenvolvimento de doenças em plantas cultivadas. A bactéria X. fastidiosa tem sido associada com doenças em diversas plantas de importância econômica como a doença mal de Pierce da videira, escaldadura da folha de ameixeira, o “phony” do pessegueiro, e escaldadura de folhas em carvalho, amendoeira e cafeeiro. Entretanto, Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008 XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia existe um determinado nível de especialização patogênica da bactéria, e uma única estirpe de X. fastidiosa normalmente não causa doenças em todos as plantas hospedeiras da bactéria. Além disso, diferenças para várias características da bactéria têm sido relatadas entre as diversas estirpes de X. fastidiosa. Doenças causadas por X. fastidiosa tem sido reportadas na América do Sul desde a década de 1930. A escaldadura da folha de ameixeira foi constatada pela primeira vez na região do Delta do Rio Paraná, na Argentina em 1935. Esta doença foi posteriormente também reportada no Brasil e no Paraguai. A escaldadura da folha de ameixeira tem se constituído em uma doença limitante para a cultura da ameixeira japonesa (Prunus salicina L.) e seus híbridos nos Estados do Sul do Brasil. A utilização de material propagativo contaminado foi certamente o principal meio de disseminação da doença para novas áreas nos Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, nos anos 1970 e 1980. Além disso, a presença de insetos vetores também foi muito importante para a disseminação da bactéria de planta para planta dentro de um mesmo pomar, ou entre pomares próximos. Pomares do cultivar mais plantado de ameixeira japonesa, Santa Rosa, foram totalmente destruídos nos Estados do Paraná e Santa Catarina em meados da década de 1970 e início da década de 1980. Atualmente, a escaldadura da folha de ameixeira está presente em praticamente todas as regiões produtoras de ameixa do Brasil. Não existem cultivares de ameixeira de alto valor comercial resistentes à escaldadura da folha. Conseqüentemente, as estratégias de controle da escaldadura da folha envolvem basicamente o plantio de mudas livres da doença em locais sem histórico do problema. A clorose variegada dos citros (CVC), causada por uma estirpe de X. fastidiosa, foi reportada pela primeira vez na região Noroeste do Estado de São Paulo em 1987. Uma doença similar denominada de “pecosita” já havia sido reportada na província de Missiones, Argentina, em 1984. A CVC tem se constituído em uma das mais importantes doenças que ocorrem em laranjas doces (Citrus sinensis), afetando todos os cultivares de laranja de importância comercial, como a Hamlin, Pêra, Valencia, Natal e Folha Murcha. A doença não tem sido observada em outras espécies de citros, como tangerinas, limões, limas ácidas e pomelos. Mais de 45% das plantas de laranja no Estado de São Paulo se encontram contaminadas com a bactéria da CVC. Mudas cítricas contaminadas foi o meio mais importante de disseminação da CVC para as diferentes regiões citrícolas do Brasil. Além disso, diversas espécies de cigarrinhas sugadoras do xilema, da família Cicadellidae, também Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008 foram identificadas como vetores da bactéria da CVC em citros. Pelo menos 11 espécies de cigarrinhas pertencentes à família Cicadellidea foram identificadas como transmissoras da bactéria que causa a CVC. Entretanto, a eficiência de transmissão de X. fastidiosa por cigarrinhas em citros tem sido considerada relativamente baixa, variando de 1 a 17%, dependendo da espécie transmissora. Espécies da tribo Cicadellini, como Bucephalogonia xanthophis e Dilobopterus costalimai, aparentemente são mais eficientes na transmissão da bactéria em citros do que espécies da tribo Proconiini. A CVC já está presente em todas as principais regiões citrícolas do Brasil, e também do Nordeste da Argentina. As estratégias de controle envolvem a produção de mudas cítricas sadias, utilizando telados a prova de insetos, controle de insetos vetores e poda de plantas em estágio inicial da doença. Mais recentemente, X. fastidiosa tem sido associada com a seca dos bordos de folha de cafeeiro (Coffea arabica) no Brasil. A bactéria foi constatada pela primeira vez em cafeeiros da cultivar Mundo Novo (Coffea arabica) em São Paulo em 1995. Plantas infectadas com a bactéria apresentavam depauperamento generalizado, folhas cloróticas, pequenas e deformadas, e ramos com internódios curtos. Cafeeiros doentes normalmente apresentavam também seca e morte de ramos. Sintomas de queima de bordos de folhas também tem sido associados à ocorrência de X. fastidiosa em cafeeiro. Atualmente, a presença da bactéria em cafeeiro já foi constatada nas principais regiões produtoras de café do Brasil, incluindo os Estados do Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Espirito Santo, Bahia, Goiás e Distrito Federal. No Paraná, a bactéria X. fastidiosa está presente em todas as regiões produtoras de café. Na região Norte do Estado foi constatado em torno de 80% das plantas infectadas pela bactéria em lavouras comerciais de café, com maior incidência da bactéria em plantas com idades entre 16 e 20 anos. Por outro lado, não foram constatadas diferenças em relação à ocorrência da bactéria nas principais cultivares de cafeeiros. Além de C. arabica, X. fastidiosa também tem sido encontrada associada a outras espécies de Coffea, como C. kapakata, C. canephora var. Conilon, C. canephora var. Robusta, C. racemosa, C. dewvrei, C. stenophylla e C. eugenioides. Híbridos interespecíficos de C. arabica com outras espécies de Coffea também são susceptíveis à infecção pela bactéria X. fastidiosa, como é o caso de híbridos entre C. arabica e C. dewvrei, C. eugenioides, C. racemosa e C. robusta. Como a descoberta da ocorrência da bactéria em cafeeiro ainda pode ser considerada como recente, não se possui uma avaliação clara dos danos causados ao cafeeiro por essa associação com X. fastidiosa. S 71 XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia Bactérias fitopatogênicas exóticas: introduções recentes Júlio Rodrigues Neto. Centro Experimental do Instituto Biológico, Laboratório de Bacteriologia Vegetal, 13001-970, Campinas, SP, Brasil. E-mail: [email protected] Espécies exóticas podem ser definidas como organismos estranhos a uma comunidade local, e que podem ser nela introduzidos intencional ou acidentalmente, apresentando-se potencialmente daninhos ou não, dependendo do tipo de organismo. Algumas espécies podem ser introduzidas com objetivos específicos, e podem ou não competir com as espécies nativas, conforme a sua capacidade de adaptação ao novo ambiente. A introdução acidental ou natural de um fitopatógeno exótico em uma região indene poderá afetar a produção bem como a qualidade dos produtos agrícolas produzidos e provocar impacto à economia do país com o desabastecimento e aumento nos custos de produção. Poderá ainda provocar perdas de mercado de exportação com embargo dos países importadores e também a substituição da cultura agrícola por outras de menor significado econômico, além da necessidade de implementar pesquisas visando resistência ao patógeno introduzido. A longo prazo, o manejo do patógeno poderá provocar alterações no meio ambiente, com o acúmulo de resíduos de pesticidas no solo, água e nos alimentos, além da seleção de linhagens resistentes. O exemplo histórico da epidemia da requeima da batata (cujo agente causal é Phytophthora infestans) na Irlanda (1845 a 1846), a qual resultou na morte de cerca de meio milhão de pessoas e na imigração de 1,5 milhões, ilustra significativamente a introdução de patógeno exótico em área outrora indene. Por outro lado, o aumento do comércio internacional de produtos agrícolas, bem como a busca de novas variedades e diversidade genética das plantas cultivadas, influem diretamente nos riscos de introdução e dispersão de nova(s) praga(s) nas culturas, algumas de importância estratégica para o país. No Brasil, a maioria das espécies vegetais cultivadas economicamente é oriunda do exterior, devido ao intercâmbio de materiais vegetais (mudas, material de propagação, sementes, frutas, etc.) desde a época de sua colonização. Por exemplo, no período de 1976 até 2006 foram analisados pelo EMBRAPA – Cenargen mais de 500 mil acessos de plantas resultantes de importação, exportação e trânsito interno no Brasil (Vilarinho et al., 2007). É de se esperar, portanto, que muitos dos patógenos reconhecidos no território nacional foram introduzidos juntamente com os materiais vegetais. Exemplo marcante de introdução de organismo exótico no país é a bactéria Xanthomonas axonopodis pv. citri, agente causal do cancro cítrico, detectada em 1957, e para o seu controle já foram empregados milhões de reais. No caso específico das bactérias fitopatogênicas, mais de 20 gêneros bacterianos já foram assinalados em nosso país (Robbs et al., 1981; Marques et al., 1994; Almeida, 2001; Romeiro & Rodrigues Neto, 2001), sendo que algumas das espécies contidas nesses gêneros são S 72 responsáveis por grandes perdas econômicas, muitas vezes limitantes à exploração comercial das culturas. Malavolta Jr. et al. (2008), num exaustivo trabalho de revisão, relacionam os registros de bactérias fitopatogênicas no Brasil, onde são mencionadas mais de 700 publicações pertinentes. Dentre os patógenos bacterianos considerados “genuinamente” nacionais, estão pouco mais de 20 espécies (e/ou patovares), alguns dos quais listados na Tabela 1. Por outro lado, devemos ter em mente que, embora uma espécie bacteriana já tenha sido diagnosticada no país, a introdução de material vegetal deve ser evitada, haja vista que a população de um patógeno na natureza não é homogênea, podendo ocorrer diferentes variações em uma única espécie ou patovares. Por exemplo, elementos extracromossômicos, como plasmídeos, diferenças nos sistemas regulatórios de patogenicidade, sistemas de secreção, biofilmes, exopolissacarídeos, etc. Ainda, o desenvolvimento de variedades de plantas resistentes numa cultura, pode levar à evolução bacteriana, selecionando linhagens que se sobrepõem à resistência. Além do cancro cítrico, outras doenças causadas por bactérias e de importância econômica significativa foram introduzidas no país, principalmente as que afetam plantas perenes. Dentre estas, destacam-se Rhizobium vitis em videira (Oliveira et al., 1994), Xylella fastidiosa em ameixeira (French & Kitajima, 1978) e Xanthomonas campestris pv. viticola em videira (Malavolta Jr. et al., 1999). Em 2004 foi identificada a doença “huanglongbing” (HLB) também conhecida por “greening” em pomares de citros no Estado de São Paulo (Teixeira et al., 2005). O agente causal Candidatus Liberibacter americanus, uma bactéria Gram-negativa (alpha proteobacteria) limitada ao floema, ainda não cultivável em meio de cultura artificial, é caracterizada por técnicas moleculares, tem se mostrado um dos patógenos mais destrutivos à cultura dos citros, além de ser disseminado rapidamente por meio de insetos vetores (psilídeos). Posteriormente, também foi identificada a variante Candidatus Liberibacter asiaticus, e que atualmente é predominante nos plantios de citros afetados (A.J. Ayres, informação pessoal). Outras bactérias introduzidas no país, que afetam plantas de ciclo curto ou anuais, algumas de importância econômica, como é o caso de Acidovorax avenae subsp. citrulli (em melão, melancia), Xanthomonas albilineans, Xanthomonas axonopodis pv. vasculorum e Leifsonia xyli (em cana-de-açúcar), Xanthomonas axonopodis pv. phaseoli (feijoeiro) e outras como Pseudomonas savastanoi pv. phaseolicola, Pseudomonas syringae pv. tabaci (hospedeiros diversos), Xanthomonas axonopodis pv. dieffenbachiae, Xanthomonas campestris pv. campestris e patovares de Xanthomonas translucens, embora estejam Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008 XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia estabelecidas nas áreas de cultivo, podendo causar sérios danos às culturas, podem ser manejadas com aplicação de técnicas agronômicas. Importante é a confecção de Listas de patógenos bacterianos para indicar: (i) as espécies não-indígenas e que eventualmente possam ser introduzidas e se estabelecer no país; (ii) relacionar as espécies já presentes e que são encontradas em áreas limitadas, e que acidentalmente possam ser introduzidas em outras regiões. A Tabela 2 relaciona algumas bactérias não identificadas no país, e que representam grande potencial destrutivo para a agricultura nacional. È obvio que um determinado patógeno está sempre em situação dinâmica, e as listas são tentativas, e servem como base para análise de risco. Neste último caso, temos o exemplo recente de Xanthomonas campestris pv. viticola em Roraima (Halfeld-Vieira, 2006). As diretrizes e estratégias para a exclusão de fitopatógenos no país são de competência do MAPA, que propõe ações para contenção desses patógenos. O MAPA por sua vez, conta com o apoio de instituições como o CENARGEM/EMBRAPA e de laboratórios credenciados. Serão discutidas ações para elaboração de banco de dados e otimização de testes para detecção de fitobactérias. TABELA 1 - Algumas bactérias fitopatogênicas primeiramente identificadas em território nacional Espécie / patovar Hospedeiro Erwinia psidii Pseudomonas caricapayae P. syringae pv. garcae Ralstonia solanacearum a Xanthomonas axonopodis pv. anacardii b Xanthomonas axonopodis pv. aurantifolii Xanthomonas axonopodis pv. eucalyptii c Xanthomonas axonopodis pv. manihotis Xanthomonas campestris pv. arracaciae Xanthomonas campestris pv. betae Xanthomonas campestris pv. cordiae c Xanthomonas campestris pv. passiflorae Xanthomonas campestris pv. paulliniae Xanthomonas campestris pv. silvia c Xanthomonas campestris pv. viegasii Xanthomonas marantae c Xanthomonas melonis Xylella fastidiosa (CVC) Psidium guajava Carica papaya Coffea spp. Citrus aurantifolia Eucalyptus spp. Manihot esculenta Arracacia xanthorrhiza Beta vulgaris Cordia goeldiana Passiflora spp. Paullinia cupana Helianthus annuus Pachystachys lutea Maranta arundinacea Cucumis melo Citrus spp. a = espécie cosmopolita, amplamente distribuída no globo; b = sin. X. axonopodis pv. mangiferaeindicae c = considerados nomes não válidos TABELA 2 - Algumas bactérias fitopatogênicas de importância econômica, ainda não detectadas no país Espécie / patovar Doença Hospedeiro Clavibacter michiganensis subsp. sepedonicus Erwinia amylovora Erwinia tracheiphila Pseudomonas celebensis Pseudomonas syringae pv. passiflorae Rathaybacter iranicus Rathaybacter rathayi Rathaybacter tritici Spiroplasma citri Xanthomonas campestris pv. musacearum Xanthomonas cassavae Xanthomonas oryzae pv. oryzae Xanthomonas oryzae pv. oryzicola Xyella fastidiosa Xylophilus ampelinus Podridão anelar Queima Murcha “Blood disease bacterium” Mancha oleosa Gomose Gomose Gomose “Stubborn” Murcha bacteriana Necrose Crestamento foliar Estria foliar Mal de Pierce Crestamento bacteriano Batata Rosáceas Cucurbitáceas Banana Maracujá Trigo Centeio e gramas Trigo e gramas Citrus spp. Banana Mandioca Arroz Arroz Videira Videira Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008 S 73 XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Almeida IMG (2001) Bactérias fitopatogênicas exóticas. 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Project Manager Genomics, BASF Plant Science GmbH, Limburgerhof, Germany. E-mail: [email protected] The importance of increasing productivity in agriculture globally cannot be overstated. With global population increases as projected and changes in consumption patterns towards diets with ore meat will occur in developing countries the need to grow our agricultural productivity significantly is extremely urgent. If biofuels are also to be produced, to reduce dependency on mineral oil and reduce carbondioxide net production, the pressure on agriculture will be dramatic. The reason for this is that agricultural land is not available much more that used today. Roughly 1400 million hectares of land are suitable to efficient agriculture globally, and there is no technology readily available or being developed to create more sheer area that can be used. More intensive agriculture will mean also increased S 74 protection against pests and pathogens. Despite the use of highly effective fungicides (total value 6 B$ per year) total losses due to fungal pathogen infections globally reach several billion dollars per year and therefore it is imperative to develop strategies to improve our crops with respect to fungal resistance. Luckily, we live in an age where technology is developing rapidly, opening up opportunities for engineering resistance to pests and pathogens. New sequencing technology allows cost-effective surveys of pathogen genomes and thus, reconstruction of the molecular basis of pathogenicity, which will in future certainly speed up strategies to engineer resistance. In my talk I will discuss strategies to engineer fungal resistance and focus on how novel technologies can help to engineer resistance in a more targeted way. Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008 XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia Genetic engineering applied to the development of plants resistant to viruses and fungi Francisco JL Aragão1, Faria JC2, Dias BBA1, Ribeiro SG1, Tinico ML1, Cunha WG1, Cruz ARR1. 1 Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, Brasília, DF, Brazil; 2Embrapa Arroz e Feijão, Santo Antônio de Goiás, GO, Brazil. E-mail: [email protected] Plant genetic engineering has promised researchers improved flexibility with regard to the introduction of new traits into cultivated crops. A variety of approaches has been applied to produce pathogen-resistant transgenic plants, some of which have proven to be remarkably successful, especially for virus, nematode, and more recently for fungal resistance. Since the first reports of CMV-resistant transgenic plants, many strategies have been utilized to achieve virus-resistant plants (VRP), mainly involving expression of the coat protein (CP) genes, transdominance and post-transcriptional gene silencing (PTGS). In order to obtain common bean plants resistant to the Bean golden mosaic virus we transformed plants with the viral genes Rep-TrAP-REn and BC1 cloned in antisense orientation and two transgenic lines presented delayed and attenuated viral symptoms. Using the strategy of transdominance, transgenic bean lines (expressing a mutated rep gene) revealed resistance to the virus. More recently, the concept of using RNAi construct to silence the AC1 viral gene has been explored to generate highly resistant transgenic common bean plants. A similar strategy has been used to achieve Geminivirus-resistant tomatoes. Regarding fungal resistance, we have developed strategies to express some antimicrobial genes, mainly those coding for small peptides, to obtain Sclerotinia-tolerant lettuce and soybean lines. Studies on the behavior of transgenic plants under field conditions have been conducted. Biotechnological tools complement those from classical breeding and have the potential to accelerate the generation of new varieties containing genes from agronomic traits, which are difficult to be found in the primary or secondary gene pool. MESA REDONDA 4-A Aplicações de microscopia no estudo da interação planta-patógeno Coordenador: Eduardo Alves. UFLA Applications of electron microscopy to plant pathology: emphasis on plant-pathogen interactions Richard J. Zeyen. Department of Plant Pathology, University of Minnesota, Saint Paul, Minnesota, USA. E-mail: [email protected] Human beings are visually oriented. Nearly 90% of the information a normal human takes in comes in the form of visual images. Human learning and understanding require visualization. Microscopes aid this learning requirement by making objects “visible” to us that our eyes cannot see. Indeed, we would know little or nothing about the microbial world were it not for various types of microscopes. Limitations of the resolving power of light microscopy spurred the invention and utilization of electron microscopy, so that we might “see” even smaller objects. Today electron microscopes are essential tools for plant pathologists. The images from these instruments make it possible for us to visualize plant-pathogen interactions. Images from various types of microscopes (correlative microscopy) when joined with results from biochemistry, genomics and molecular biology experiments, add great depth and comprehension to our understanding of plant-pathogen interactions. Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008 An example for correlative microscopy The Powdery Mildew Disease of Cereal Crops Powdery mildew disease of cereal crops is one of the most wide spread and damaging of cereal diseases. The development of the causal agent, Blumeria graminis (an epidermal penetrating, biotrophic fungus,) and corresponding cereal plant epidermal cell responses have been studied using light microscopy for more than 100 years. Modern studies of B. graminis and cereal plant epidermal cell interactions use correlative microscopy. In these studies various tissue preparation protocols and types of light, scanning electron and transmission electron microscopy are correlated with biochemical, molecular and molecular genetic data to give a comprehensive and deep understanding of this plant-pathogen interaction. S 75 XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia The successful Blumeria graminis – plant interaction Understanding the chronology of B. graminis-plant infection begins with light and electron microscopy images of conidial spores on plant epidermal cell surfaces. Upon landing, conidia release pre-formed extra-cellular materials (ECM) from round structures on their exterior cell walls. This ECM contains glycoproteins that bind spores to epidermal cell surfaces. The ECM also contains esterase enzymes that degrade wax and cuticle materials. Presumably, esterase activity releases molecules that conidia “sense” to determine if they are on a suitable surface for further germination. For B. graminis, the first germination event produces a primary germ tube (PGT). The PGT adheres to the plant cuticle and partially penetrates into the plant’s epidermal cell wall. PGTs never fully penetrate plant epidermal cell walls. If the small PGT infection peg “senses” cellulose, and relays signals, its conidium will send out an appressorial germ tube (AGT). The AGT grows for about 6-8 h and then flattens its terminus to form an appressorium. The appressorium secretes materials from paramural bodies in its cytoplasm; these paramural bodies form a circular pattern or ring within the appressorium. From the center of this ring, whose contents soften and digest the appressorium’s cell wall, emerges a very small infection hyphae or “penetration peg” (PP). The PP uses high osmotic pressure to force itself through the appressorium wall and into the partially predigested plant cuticle and epidermal cell wall. The plasma membrane of the epidermal cell retreats in front of the PP. As the PP develops into a haustorium, the host cell plasma membrane surrounding it is modified. It becomes the “extra haustorial membrane”. Once a functional haustorium is established, it and the infected epidermal cell become a strong sink for importation of photosynthates. The haustorium actively absorbs glucose, sucrose and simple amino acids to “feed” developing surface hyphae. Surface hyphae grow and form additional appressoria. These then penetrate and form yet more haustoria. These added haustoria supply nutrients for even more surface hyphae. Eventually surface hyphae produce conidial initials and abundant chains of conidia. Under extreme environmental conditions or plant senescence, surface hyphae form asci and ascospores, thus allowing this Ascomycete fungus to complete its sexual cycle. Penetration resistance in the Blumeria graminis – plant interaction Plant epidermal cells quickly sense B. graminis conidia on their surfaces. Presumably, plant cells sense soluble conidial materials, and the byproducts of fungal enzyme activity from cereal plant cuticles. Within 30 minutes of inoculation cereal plants begin to transcribe abundant mRNA of phenylalanine ammonia-lyase and mRNA of other plant defense related response genes. Simultaneously, epidermal cell nuclei migrate to within 10 µm of the PGT attack sites and often double their DNA contents. Small epidermal cell cytoplasmic aggregates accumulate directly subtending the partial PGT penetration sites. Presumably S 76 the epidermal cell nuclei migrate to be close to elicitors formed by the attack of the PGT, and nuclear DNA contents increase to give higher copy numbers of defense response genes. It is thought that cytoplasm aggregates subtending the PGT attack site may actually physically “hard wire” signal transduction pathways leading to the nucleus. These events when taken together appear to enhance the epidermal cell’s ability to further respond to B. graminis attack. As an appressorium begins its infection attempt, by producing a PP, a much stronger epidermal cell response begins. A large epidermal cell cytoplasmic aggregate forms directly beneath the appressorium and the emerging PP. This cytoplasmic aggregate is the site of vesicle-mediated deposition of epidermal cell materials onto the inner surface of the epidermal cell wall. This deposited material is known as an epidermal cell wall apposition (CWA) or a “papillae”. The principle component of the CWA is a matrix of callose. The CWA occurs regardless of a plant’s eventual resistance or susceptibility to penetration and its deposition is accompanied by a small, localized oxidative burst (H2O2). The CWA’s or papillae relate to B. graminis penetration in two distinct ways: (1) Often penetration fails when CWA’s are present; and degenerate infection hyphae or penetration pegs can be observed trapped in the CWA matrix. (2) Penetration may succeed and the CWA resistance response is turned into a “collar” for the neck region of the successful haustorium. In this role the CWA helps seal the hole in the epidermal cell wall made by the penetration peg and forms a tight seal to help contain the turgor pressure of the epidermal cell. As CWA deposition events begin there is a strong, concomitant up regulation defense response gene mRNA transcription. One of these defense response genes encodes phenylalanine ammonia-lyase, the gateway enzyme for phenolpropanoid biosynthesis. Thus many phenolpropanoid molecules are synthesized. In cases of penetration failure, high levels of phenolics, hydrolytic enzymes, antifungal proteins, phenolic conjugated polyamines and H2O2 are localized in the epidermal cell wall surrounding appressorium contact (the “halo effect”) and in the CWA. These are visualized using histochemistry, fluorescence, and immunogold labeling procedures. A successful CWA encases the PP and it then degenerates; thus stopping the attempted infection. As these processes occur cereal plants move silicon (Si) and other elements into epidermal cells under attack. It is common to find silicon (Si) locally deposited into the epidermal cell wall halo region and in the CWA during B. graminis attack. Si assists in penetration resistance and plant health at many levels. In the B. graminis – cereal plant interaction Si, Ca, K, Cl, Mn and Mg may be elevated and detected by X-ray microanalysis in combination with either transmission or scanning electron microscopy. Programmed cell death resistance in the Blumeria graminis – plant interaction If penetration resistance fails and B. graminis begins to establish a haustorium then epidermal cell programmed Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008 XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia cell death (CPD) or “hypersensitivity” may be triggered. The CPD is observed in race-specific, non-host and to a limited extent (low frequency) in susceptible cereal plants. It may be fast-acting and involve only attacked and/or immediately adjacent epidermal and mesophyll cells. Fast-acting CPD can only be observed using microscopy; it is not visible to the human eye. Slow-acting CPD is the result of B. graminis colonization that later becomes limited by extensive CPD. Slow-acting CPD is visible to the human eye; it is the “hypersensitive response” that most pathologists have learned to recognize. The B. graminis induced CPD begins with a strong oxidative burst (H2O2) followed by nuclear disintegration, cytoplasmic aggregation and collapse of the central vacuoles of cereal plant epidermal cells. Simultaneously B. graminis haustoria collapse, as do surface hyphae fed by these haustoria. No further fungal growth is possible and further infection and sporulation ceases.Finally, dying plant cells totally collapse; however, these cells are filled with Si and other elements. They are literally entombed in insoluble, opaline Si. The details of Si filling of B. graminis induced CPD in epidermal cells are unknown. However the process, as observed by light microscopy, appears much the same as that followed by specialized epidermal cells whose developmentally induced PCD leads to the formation of phytoliths. REFERENCES Ahlstrand GG, Zeyen RJ, Carver TLW (1991) Preparation of barley epidermis for X-ray microanalysis In: Michael JR, Ingram P (Eds.) Microbeam Analysis 1990. San Francisco CA. San Francisco Press Inc. pp. 463-466. Carver TLW, Zeyen RJ, Ahlstrand GG (1987) The relationship between insoluble silicon and success or failure of attempted primary penetration by powdery mildew (Erysiphe graminis) germlings on barley. Physiological and Molecular Plant Pathology 31:133-148. Ebrahim-Nesbat F, Bohl S, Heitefus R, Apel K (1993) Thionin in cell walls and papillae of barley in compatible and incompatible interactions with Erysiphe graminis f.sp. hordei. Physiological and Molecular Plant Pathology 43:343-352. 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In large part, this is due to numerous technological advances in equipment and fluorescent molecular tags, both having dramatically extended our ability to probe pathogen structures in fixed and living cells (Czymmek, 2002). Optical sectioning techniques such as deconvolution, confocal and multiphoton microscopy have paved the way in this fluorescence revolution. With plant structures in particular, confocal and multiphoton microscopy have shown their utility to Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008 extract high contrast, high-resolution optical sections noninvasively in both space and time (Czymmek, 2005). As such, information regarding targeted subcellular entities, tissues or even interactions with the local environment can be readily garnered in vivo. Molecular approaches using fluorescent proteins as biosensors and/or fusion proteins have been especially helpful in surmounting challenges associated with labeling structures through semi-permeable and chemically diverse plant and fungal cell walls (Czymmek et al., 2004). In its simplest form, constitutive cytoplasmic expression of fluorescent S 77 XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia proteins within the pathogen allows a traceable, highly specific method for following pathogen ingress and subsequent disease events (Bourett et al., 2002; Czymmek et al., 2007; Kankanala et al., 2007). More sophisticated application of fluorescent proteins enables the direct localization of specific organelles, proteins, promoter activity and even ions in both the host and pathogen. My lab is primarily dedicated to using contemporary cytological tools in conjunction with molecular approaches for understanding basic plant and fungal cell biology, as well as their interactions with each other. Data will be presented that explores numerous applications of confocal microscopy for optimal imaging of seeds, leaves and roots. In addition, the theoretical and practical application of these optical imaging technologies will be provided in the context of plant pathogenesis. Special emphasis will be placed on two-, three- and four-dimensional imaging of fungal entities (Fusarium oxysporum and Magnaporthe oryzae) and include contemporary methods for acquiring relevant quantitative and qualitative information from microscopic data. REFERENCES Bourett TM, Sweigard JA, Czymmek KJ, Carroll A, Howard RJ (2002) Reef coral fluorescent proteins for visualizing fungal pathogens. Fungal Genetics and Biology 37:211-220. Czymmek KJ (2005) Exploring fungal activity with confocal and multiphoton microscopy. In: Dighton J, Wicklow DT (Eds.) The Fungal Community. Boca Raton TX. CRC Press. pp. 307-329. 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UFLA New technologies for detection of seed-borne bacterial diseases Jan van der Wolf, Jan Bergervoet, Cor Schoen. Plant Research International, Wageningen, The Netherlands. E-mail: [email protected] INTRODUCTION Seed-borne pathogenic bacteria are considered as the most important hazard in vegetable seed production. A number of them are quarantine pathogens, and findings easily result in high economic damage due to claims, back tracing and eradication of infection sources, and loss of markets. Sampling costs for seed testing are also high. Bacteria are often present in low densities in seed and irregularly distributed. At low incidences, even at a large sampling size, false-negative results are easily obtained. Control of seed-borne bacteria therefore requires an integrative approach, which includes the use of pathogenfree basic seed, cultivation in dry area’s not conducive for the pathogen, appropriate cultivation methods in which use of overhead irrigation should be avoided, application of S 78 hygienic practices and a avoidance of cross-contamination during harvesting and sorting. Detection methods play crucial role in control of seed-borne bacterial diseases. They are required to monitor disease development during seed production and for seed testing. Methods should be able to detect reliably low numbers of viable cells in a high number of seeds, be specific and preferably able to distinguish virulent from non-virulent variants of the pathogen, be robust, cost effective and easy to perform. Most assays approved by ISTA and ISHI are based on (seed wash) dilution assays, followed by characterization of suspected colonies via PCR, serological assays and a pathogenicity assay. These methods are often reliable, but are time – and labour intensive, require a lot of technical skills and are costly. There is an ongoing search for alternative assays Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008 XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia with improved characteristics. This paper describes new developments, in which combination of techniques based on different principles are used, including (selective) growth on solid media, direct viable staining, PCR amplification, serology, and flow cytometric analysis of cells. It �������� also describes true multiplex assays that allow detection of multiple targets on platforms suited for automated highthroughput screening. DNA based techniques Bio-PCR. Specific PCR-amplification procedures have been developed for many different seed-borne bacteria. However, PCR amplification on DNA extracted directly from seed often lack sensitivity and will also detect dead cells, which are often superficially present on the seed coat. Both problems can be largely circumvented by using a BioPCR procedure, in which subsequently bacteria are grown on selective agar media or in liquid media, bacteria are sampled from plates or samples are taken from liquid media, DNA is extracted and analyzed by (real time) PCR amplification. This procedure is more time- and labour intensive as a direct PCR amplification, but often results in a higher sensitivity, because bacteria have multiplied and DNA-inhibited compounds from seed were diluted in or diffused into the growth medium. PMA-PCR. In general, only viable bacteria will be detected in Bio-PCR, but incidentally also dead bacteria will cause positive reactions. In particular after disinfection of seed with hot water, seed extracts can harbor large densities of dead cells. This problem can be avoided by using propidium mono-azide (PMA)-PCR. PMA is highly selective in penetrating only into ‘dead’ bacterial cells with compromised membrane integrity. Upon intercalation in the DNA of dead cells, a photo-induced cross-linking renders the DNA insoluble and results in its loss during genomic DNA extraction from dead cells only. Evidence was provided that PMA can be applied to a wide range of bacterial species. We showed that PMA-PCR is potentially useful to determine viability of Pectobacterium carotovorum and Xanthomonas hortorum pv. carotae. Multiplex amplification procedures. Detection and isolation of slow growing bacterial pathogens, such as Clavibacter michiganensis subsp. michiganensis, by dilution plating is often cumbersome, whereas regulations for this quarantine organism oblige isolation and characterization to full identity. Alternatives for isolation will only be acceptable if procedures have at least the same sensitivity as plating assays, result in a reliable identification of the pathogen, and are able to detect exclusively viable cells. The use of PMA prior to amplification can be used to meet the last demand. Reliable identification can be achieved by (multiplex) detection of different targets specific for the bacterial pathogen simultaneously. Within Plant Research International, the OpenArray™ NT Imager Genotyping System developed by ������������������������������������������������������ BIOTROVE is currently explored for this purpose. This array system allows real time amplification of 3000 target Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008 sequences of 48 samples per array simultaneously. By using the information from whole bacterial genome sequence projects, a high number of target sequences, including those associated with virulence, can be amplified simultaneously, thus allowing reliable identification of bacteria without prior isolation. Proximity ligation. At present, lot of diagnostic assays are based on real time PCR. Although those assays are often very sensitive and suitable for high throughput, molecular detection however is not always reliable, and antigen detection is required.������������������������������� ������������������������������ A new technique that provides the specificity of an immunoassay with the sensitivity and manageability of PCR is proximity ligation. Proximity ligation uses antibodies or other binding reagents, coupled to oligonucleotides for proximity-dependent ligation reactions that depend on dual recognition of target molecules. The two oligonucleotide extensions hybridize with a free oligonucleotide (or a padlock probe), followed by ligation after which the new chimeric DNA strand can be amplified by PCR or RCA (rolling circle amplification). It is expected that such assays permit detection of as little as a few hundred target proteins or single infectious agents in solution. The specificity of the assay increases as the number of specific epitopes on the target is increased, reducing the risk of cross-reactive detection. The improbability of ligation in the absence of the specific target ensures a low background and thus high assay specificity. This combination of high specificity and sensitivity offers opportunities for designing multiplex assays that target antigens and/or antibodies in a wide variety of samples. This technique will be in particularly useful for slow growing (quarantine) pathogens, e.g. Clavibacter michiganensis subsp. michiganensis for which highly specific (monoclonal) antibodies have been generated and for which a highly sensitive detection is required. Flow cytometry Flow cytometry (FCM). FCM is widely used in human diagnostics but in plant sciences its use has been limited to ploidy measurements. At Wageningen UR methods are developed using FCM to aid plant pathology. Flow ��������������� cytometry enables multiparameter analysis and quantification of particles, such as bacterial cells. Particles are analysed on the basis of size, granularity and emission of fluorescence, if particles are fluorescent or stained with a fluorescent probe. We developed a FCM immuno-detection procedure for different seed-borne pathogenic bacteria in plant extracts, including Clavibacter michiganensis subsp. michiganensis and Xanthomonas campestris pv. campestris. Extracts are filtered and stained with Alexa488 conjugated antibodies. The entire procedure is completed within 1 h and allows detection of 1000 - 10.000 cells per ml of extract. FCM was also evaluated for direct viable counting of bacterial cells using combinations of propidium iodide (PI) and SYTO9, or PI and carboxy fluorescein diacetate (cFDA). PI penetrates only (dead) cells with damaged membranes, resulting in S 79 XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia a red fluorescence, Syto9 penetrates all cells, resulting in green fluorescence, whereas cFDA is only converted into a green fluorescent compound by viable cells. Luminex detection. To make testing of plant material on pathogenic bacteria by FCM more cost-effective, microsphere immunoassays (MIA) were developed using the Luminex xMAP microsphere technology. Microspheres ���� are small paramagnetic polystyrene beads (ø 5.6 µM) on which antibodies or other molecules can be covalently coated. At the moment there are 100 different sets of these microspheres available, and theoretically 100 tests can be performed at the same time in one single sample. The sensitivity of the MIA is comparable to a regular ELISA method and follows more or less the same procedure. After sample extraction, extracts are transferred to a microtiterplate and the microspheres are added to the sample After an incubation period of 30 min, samples are washed and incubated for 30 min with secondary antibodies labelled with a fluorochrome. A Luminex analyzer is used to analyse samples. The �������������� assay can be completed within 2 hours and the use of consumables such as microtiterplates, buffers and antibodies are reduced. Tests were developed for the detection of plant pathogenic ����������� bacteria and viruses.������������������������������������������ Bacteria can be detected in a multiplex setting at a detection level of ca. 105 cfu per ml. MIA can be combined with enrichment techniques similar as described for Bio-PCR. During the assay bacterial cells are immunocaptured on the paramagnetic beads and MIA results can be readily verified with PCR. Advances in Seed Health Testing Valerie Cockerell. SASA, Scottish Government, Roddinglaw Road, Edinburgh, UK E-mail: [email protected] INTRODUCTION Seeds are widely distributed in national and international trade and germplasm is also distributed and exchanged in the form of seeds in breeding programmes. Fungi, bacteria, viruses and nematodes can all be carried on or within seeds, some of which are pathogenic. With the majority of the world’s food crops grown from seeds the potential for seed-borne organisms to cause crop losses and introduce disease or new pathotypes of existing diseases to new areas ensures that seed health is an important factor in crop production. Seed health testing plays a significant role in the control and the prevention of these pathogens. In the early twentieth century as the association between seed and their ability to transmit plant disease was recognised, methods for detecting pathogens on seed began to be discussed and published. The most noteworthy of the early pioneers in seed health testing was Dr. Lucy C. Doyer, the first official seed pathologist when the first seed health testing laboratory was established at the government Seed Testing Laboratory in Wageningen. In 1938 Doyer published the Manual for Determination of Seedborne Diseases’, in the manual she describes reproducible methods for the detection and identification of a number of fungi, bacteria, nematodes and insects associated with seed. Doyer’s methods were based mainly on macroscopic evaluations e.g. presence of bunts and sclerotia in seed samples and microscopic evaluation of seeds and seedlings mainly for fungal fruiting bodies and seed washes for spores. From the forties through to the sixties we saw the development of S 80 what we now consider more ‘traditional’ methods involving: direct examination, washing tests to examine spores (e.g. Tilletia spp.) and embryo extraction (e.g.Ustilago nuda); incubation methods including blotter (absorbent paper) (e.g. Alternaria spp.) and agar plate (e.g. Ascochyta spp); growing on tests (e.g. LMV); and isolation and culturing methods for bacteria. Since then more sophisticated technologies have become available such as immunological and molecular techniques enzyme-linked immunosorbent assay (ELISA) and polymerase chain reaction (PCR). Other major influences on the advancement of seed health testing in the last 10-15 years include QA and renewed impetus for International Method Validation due to globalisation of markets and financial claims and court cases against seed growers and seed suppliers where seedborne diseases in vegetable production have caused major problems. Traditional Methods Traditional methods are still effective and the majority of methods submitted to the ISTA International Rules for Seed Testing (Anon., 2008) in the last five years would fit in to this category. Some are methods which have been routinely used in laboratories for years and have only recently been validated through the ISTA Method Validation programme e.g. Microdochium nivale/Triticum spp., (Cockerell & Roberts, 2007) others have been further developed and validated for use in routine testing. Xanthomonas campestris pv. campestris/Brassicas is a good example where a change Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008 XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia of selective media from NSCAA (Schaad & Franken,1996) to mCS20ABN (Roberts and Koenraadt, 2003) improved detection and increased reproducibility amongst laboratories when used with mFS medium. The use of mCS20ABN in combination with mFS also reduced the likelihood of false negatives due to sensitivity of strains to different antibiotics. Within the literature we still find examples of modifications to traditional methods which can enhance the detection of a specific pathogen. In blotter tests for fungi the addition of NaOH solution to the blotter has proved suitable for the detection of slow growing pathogens such as Verticillium sp in peanut and fenugreek mainly due to the suppression of saprophytes (Elwakil et al, 2007; Elwakil and Ghoneem, 2002). The use of semi-selective media instead of malt has proved valuable in testing Alternaria radicina on carrots, (Pryor et al., 1994) and Alternaria brassicicola in brassicas (Wu & Chen., 1999). Traditional methods rely heavily on experienced trained staff for identification and therefore detection of pathogens. Accurate identification of suspect fungi or bacteria is often difficult and time consuming. The presence of saprophytes in both bacterial and fungal tests can influence the result leading to the traditional methods often being described as lacking sensitivity. Traditional methods can be limiting in the time taken for testing with anything from 7-12 days for a fungal blotter or agar test to 3-4 weeks for bacterial tests and up to 6+ weeks for a growing on test. On the other hand agar and grow out methods provide proof of pathogen viability and agar and particularly blotter tests provide cheap routine tests for fungal pathogens particularly those that are generally present at levels above 1%. Immunoassays ELISA and immunofluorescence techniques offer more rapid testing. The ELISA test has had a significant impact on the testing for seed-borne viruses but has been of a more limited value for the detection of bacteria and particularly fungi due to both bacteria and fungi containing many non-specific antibodies which may cause crossreactions with related and unrelated species (Maude,1996). In seed testing the most commonly applied format is the double antibody sandwich ELISA (DAS-ELISA), Clark and Adams (1977). The test offers improved efficiency and is also cost effective where high throughput testing is done. Many viruses are detected using this method including lettuce mosaic virus (LMV) where it has replaced the grow out test, pea seed borne mosaic virus (PsbMV) and pea earlybrowning virus (PEBV) Koenraadt and Remeeus, 2007 and CMV in lupin, O’Keefe et al. 2007. Problems exist with the quality of antisera particularly for use in seed testing where viruses tend to have very low titres. False positives and false negatives are a problem with false positives usually related to background problems with many possible causes such as insufficient plate washing and false negatives where the signal maybe low because the virus is close to the detection threshold. Perhaps the biggest problem is that DAS-ELISA Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008 does not discriminate between infectious and non-infectious virus. Molecular methods In the last fifteen years, developments in molecular (nucleic acid based) diagnostic methods particularly PCR, have led to significant improvements in the detection of plant pathogens. The detection of seed-borne pathogens has been more challenging due to the presence of inhibitors in the seed and the low level of pathogen present. The success of PCR has been as an aid to identification of pathogens and is now commonly used for confirmatory identification in many laboratories. The current ISTA method for Xanthomonas hortorum pv carotae, (Asma, 2006) offers the use of either a traditional pathogenicity test or a PCR test for confirmation of suspect colonies. Qualitative PCR direct from DNA extracted from seed and visualised using agarose gels has been used successfully to detect Curtobacterium flaccumfaciens pv flaccumfaciens in bean seeds, Tegli et al, 2002. Quantitative assays using real-time PCR are now being used routinely by some laboratories, including PCR tests for Pyrenophora spp in Hordeum vulgare,(Bates et al, 2001) Tilletia tritici (McNeil et al, 2004)and Microdochium nivale (Cockerell et al, 2004)in Triticum aestivum and Pseudomas syringae pv. pisi in peas. The majority of viruses have RNA genomes which at first made them unsuitable for PCR but this has been overcome by the development of reverse transcription PCR assay. A reverse transcriptase enzyme is used immediately before PCR and this has been successful in the detection of pea seed-borne mosaic virus (PSbMV) (Kohen et al, 1992). The application of DNA molecular techniques in routine seed health testing has still not been fully exploited. Like the ELISA test the major concern with PCR tests is that they do not differentiate between live and dead cells. To overcome this problem a number of researchers have looked at the value of Bio-PCR’s, indications are that they can help improve both the sensitivity and speed of diagnosis of viable inoculum in the seed test (Porcher et al, 2008; Schaad et al, 1997). Once developed and validated, molecular assays can provide relatively simple, quick, high throughput diagnosis. However these methods tend to be expensive to set up and apply and the advantages of these methods have to be considered against the cost of less expensive methodologies. The presentation will further explore the technology currently available with examples that explore the advancement of seed health over the last few decades, and consider the advantages and disadvantages of the different techniques. To finish the presentation will also look to what might be the future technologies for seed health testing. REFERENCES Anon. (2008) International Rules for Seed Testing, International Seed Testing Association (ISTA), Bassersdorf, Switzerland. S 81 XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia Asma M (2006) 7-020: Detection of Xanthomonas hortorum pv carotae on Daucus carota. Annexe to Chapter 7: Seed Health Testing Methods, International Rules for Seed Testing, International Seed Testing Association (ISTA), Bassersdorf, Switzerland. Bates JA, Taylor EJA, Kenyon DM, Thomas JE (2001). ���� The application of real-time PCR to the identification, detection and quantification of Pyrenophora species in barley seed. Molecular Plant Pathology 2:49-57. McNeil M, Roberts AMI, Cockerell V, Mulholland V (2004) Realtime PCR assay for quantification of Tilleta caries contamination of UK wheat seed. Plant Pathology 53:741-750. O’Keefe DC, Berryman DI, Coutts BA, Jones RAC (2007) Lack of seed coat contamination with Cucumber mosaic virus in Lupin permits reliable, large scale detection of seed transmission in seed samples. Plant Disease 91:504-508. Cockerell V, Kenyon DM, Mulholland V, Bates JA, McNeil M, Law JR, Handy CL, Roberts AMI, Taylor EJA, Thomas JE (2004) Development of rapid seed health tests for Microdochium nivale seedling blight. Technical Paper No. 1 HGCA Project Report No. 340. Home Grown Cereals Authority. London. Porcher L, Mathis R, Fargier E, Briand B, Guillaumes J, Grimault V, Guyot, L, Valette N, Darrieutort G, Manceau C (2008) Development of a new detection method of living Xanthomonas campestris in cruciferous seed lots by Bio-PCR. 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E-mail: [email protected] Neste mini-curso abordo as dicas para construção de um artigo científico de qualidade internacional. Parto do pressuposto que o alvo primordial do autor ultrapassa a publicação; é necessário que seu texto seja encontrado, lido, entendido, aceito e divulgado (Volpato, 2006, 2007a, b). Nesse contexto, a arte da redação científica se torna fascinante, porém muito mais difícil. Envolve mudanças de conceito, como será abordado nos tópicos a seguir. Ciência Internacional A ciência natural visa conhecer as generalizações que explicam ou descrevem fenômenos naturais (Volpato 2007). Podemos estudar casos particulares ou regionais, mas só fazemos ciência quando encaixamos essas particularidades num contexto mais geral. Se determinada cultura de plantas da região centro-oeste do Brasil tem desempenho diferente de cultura similar em outra região, não basta que atribuamos isso à “especificidade local”. É necessário entender por que ela ocorre, criando aí uma generalização que explique as diversas especificidades (Volpato, 2007). Nesse sentido, toda pesquisa científica pode resultar em ciência e, portanto, é condizente com uma discussão internacional. Embora dados sejam particulares (base empírica da pesquisa), as conclusões são gerais. Mesmo aquelas que se aplicam a determinadas regiões, ou países, devem se tornar visíveis para pesquisadores de outros países, pois outras áreas da ciência podem se valer de dados aparentemente “regionais” para construírem leis científicas cada vez mais gerais. Portanto, é imperativo que a comunicação científica deve ser feita em idioma internacional, no caso, o inglês. A discussão internacional aumenta a chance de encontrarmos equívocos. Por Onde Começar? Para atingirmos o alvo indicado no início deste texto, a pesquisa deve ser concebida de forma ousada, conduzida com propriedade e concluída corretamente. Assim, a redação científica é apenas a ponta do iceberg; ela pode enaltecer a nobreza do estudo, se houver tal nobreza, mas jamais criála a partir de pesquisas medíocres. A redação científica não deve corrigir equívocos, mas enaltecer acertos. Antes de conceber a pesquisa, escolha o nível do periódico onde deseja publicar. E seguida, avalie nela artigos de sua área examinando a qualidade do objetivo, da metodologia e Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008 da conclusão. Esse são os referenciais para idealizar uma pesquisa combatível. Lembre-se que para o artigo ser aceito para publicação e interessar aos leitores ele deve sustentar conclusão interessante! Escolha do Nível da Revista No Journal Citation Report (JCR), segmento do ISI (Institute for Scientific Information), você obtém a mediana do fator de impacto das revistas de sua área de atuação. Recomendo que publique em periódicos acima dessa mediana. Isso é difícil, mas vale tentar (lembre-se, aprendemos nos bons periódicos!). Se for muito difícil, publique ao menos nas revistas que estão no ISI. Portanto, busque os periódicos valorizados por sua comunidade científica internacional. O fator de impacto da revista indica indiretamente essa respeitabilidade na comunidade da área. Escolha do Tema e do Objetivo A qualidade da pesquisa geralmente não depende de parafernálias instrumentais. O que vale é a idéia. Em periódicos de indiscutível qualidade, como Science e Nature, encontramos pesquisas cuja execução não requer metodologias complexas. Algumas não requerem mais que um cronômetro! O tempo gasto na coleta de dados também não indica qualidade (veja o estudo de Watson e Crick sobre o DNA). A quantidade de resultados também não ajuda; o importante é a qualidade da conclusão, a qual depende do objetivo inicial. O tema deve ser ousado. Se é comum investigar os fatores x, y e z sobre determinado fenômeno, tente achar algum fator que ninguém pensou antes. Arrisque-se! A ciência não valoriza mesmices. Dizer que seus dados concordam com o de outros autores mostra que, no máximo, você disse o que já se sabia. Isso não tem espaço na ciência de bom nível. Planejamento e Execução da pesquisa O planejamento experimental é crucial. Não dá para usar o “jeitinho brasileiro” de coletar um monte de dados e depois ver o que se pode aproveitar. Isso é chute – não tem lugar na ciência de qualidade. Gaste tempo planejando para não desperdiçar tempo depois. Mas cuidado: prefira delineamento experimental simples e claro, fácil de ser entendido pelo leitor. Sempre que possível, evite avaliar S 83 XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia várias variáveis ao mesmo tempo, pois leva a muitos tratamentos e dificultam as repetições (n). Uma regra prática que proponho para definir o número de repetições no estudo é: use número de repetições igual ou maior ao que se tem visto nas publicações internacionais na área de sua pesquisa; se a conclusão é inovadora, aumente esse número (Volpato, 2007). Colete os dados com a máxima cautela e esteja convencido de que são válidos. Isso permitirá que se sinta seguro no universo das conclusões ousadas. sem diferenças significativas podem ser publicados em periódicos de qualidade internacional. Demonstrar que algo esperado não ocorre é importante. Mas precisará de uma boa estratégia para publicar e ser aceito. Nesse caso, construa uma Introdução fortemente persuasiva mostrando que determinado efeito ou fenômeno deve ocorre. No seguimento do manuscrito, ou mesmo no final da Introdução, mostre, com surpresa, que o esperado não ocorreu – essa é a novidade do estudo. Análise dos Dados e Conclusão Use estatística sempre que possível. Se usá-la, na a despreze para as conclusões. Não acredite em tendências (por ex., p = 0,06). Se houver tendência à significância, aumente as repetições: se a tendência for genuína, atingirá a significância; do contrário, confirmará a ausência de efeito. Mas lembre-se que a estatística de teste de hipótese mostra apenas se há associações e interações e se valores de tendência central pertencem ou não a uma mesma população. A conclusão do trabalho ultrapassa essa análise, motivo pelo qual geralmente os estatísticos não são co-autores de trabalhos que assessoram. Veja as recomendações da Tropical Plant Pathology sobre as co-autorias. A conclusão mais arrojada envolve a explicação e implicação biológica dos efeitos estatísticos. Ela deve estar sempre sustentada pelos dados obtidos e conhecimentos divulgados na literatura de bom nível. Não atingir esse patamar, ou voar além dele, é causa freqüente de negação de manuscritos em periódicos internacionais. Resumo Seja breve. Resumos longos nem sempre são lidos. Inclua resultados substanciais, embora não sejam necessários pela lógica científica. Inicie preferencialmente com o objetivo teórico do estudo. A Escolha da Revista Nesta etapa você tem mais condições de definir com exatidão o periódico para publicação. Essa escolha deve valorizar seu estudo e não comprometê-lo. Mantenha o referencial mostrado no item 3. Há pesquisadores conceituados que inicialmente enviam o texto para revistas de alto impacto (por ex., fator de impacto 3 a 10 vezes maior que a mediana da área) e, caso não consigam a publicação, reduzem gradativamente o nível de impacto da revista em tentativas sucessivas (após as devidas correções). Note que um periódico de boa qualidade internacional avalia rapidamente seu manuscrito (de 1 a 3 meses). Não caia na ilusão carreirista. Não busque periódicos fracos apenas para incluir uma linha no currículo Lattes. Mesmo que alguns concursos públicos privilegiem a incompetência por análises puramente quantitativas, use a “entrevista” para mostrar seu perfil de qualidade. Se desistirmos desta possibilidade, a ciência nacional perderá muito. Dicas para Preparação do Manuscrito (vide Volpato 2003, 2006, 2007a,b) Estratégia de apresentação O ponto central é ressaltar a novidade do estudo (os leitores querem novidades). Mesmo estudos com resultados S 84 Conclusão É escrita no presente e deve ultrapassar os resultados. Aparecem necessariamente na Discussão. Caso haja um item Conclusões, nele apenas repetimos de forma sintética e pontual as principais conclusões obtidas. As conclusões devem ser teóricas. Convergem para o objetivo do estudo, mas podem ultrapassá-lo (sem exceder a base empírica). Resultados Limite-se ao necessário (vide item 7.10). Os principais devem vir, geralmente, na forma de gráficos. Em segundo plano, como tabelas e, em último, como texto. Antes de ler o artigo o leitor dará uma rápida olhada nas figuras e tabelas... o que pode estimulá-lo ou desanimá-lo da leitura. Faça figuras auto-explicativas e não repita dados de figuras e tabelas no texto. Indique claramente as diferenças estatísticas. Nos gráficos, qualquer sinal tem uma função: ou ajuda, ou atrapalha; mas nunca é inerte. Não há padrões, use o bom-senso. Material e Métodos É o capítulo mais chato de ser lido. Portanto, o mais difícil de se redigir. Apresente-o do geral para o particular. No caso, na seguinte seqüência: a) organismo de estudo; b) delineamento do estudo; c) procedimentos específicos; e d) análise dos dados (cálculos e os testes estatísticos). Discussão Não faça Discussão fofoca (aquela que apenas compara os dados com o de outros autores). Na Discussão devemos segurar a mão do leitor e conduzi-lo inequivocamente às conclusões. É um texto argumentativo e não contemplativo. É aqui que defendemos nossas conclusões. Introdução Mostre o problema que originou a pesquisa, as justificativas que o levaram a estabelecer o objetivo e, obviamente, o objetivo do estudo. Na Introdução devemos convencer (justificativa) o leitor sobre a importância de nosso estudo. Para testar se a Introdução está adequada, Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008 XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia retire dela o objetivo do estudo e peça que algum colega de sua area a leia e lhe diga, em seguida, qual é o objetivo do estudo. Se ele acertar, está boa... caso contrário, reescreva. Título Um bom título deve ser curto, informativo (não engana o leitor) e compreensível. Deve cativar também leitores de áreas correlatas. Palavras-chave Sempre que possível, inclua uma ou mais palavraschave que não estejam presentes no texto. Isso aumenta a chance de seu artigo ser encontrado. Estilo de redação Costumo dizer que construir um texto científico é similar a construir um edifício de vários andares usando o mínimo possível de colunas e vigas, mas garantindo que seja sólido e atraente. As vigas e estacas são seus resultados e a literatura (a base empírica) que sustentam as conclusões (o edifício). O texto científico deve conter apenas as informações essenciais. Todo excesso deve ser eliminado. Esta é a maior dificuldade do pesquisador brasileiro, pois costuma achar que quanto mais, melhor. Acha também que colocando todos Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008 os dados o leitor pode achar interessante. Não interessa o que fizemos, mas o que solidamente concluímos a partir do que fizemos. O objetivo acima deve ser conseguido com o menor número de palavras (sintético), com frases curtas (até 22 palavras) com apenas uma idéia cada. Seja claro, diga exatamente o que deve ser dito. Não use palavras complexas, de difícil entendimento, e evite termos muito específicos, pois limitam seu estudo aos especialistas (note que das várias referências citadas num artigo, apenas algumas são restritas à sua especialidade). Além disso, o texto deve ser objetivo e sem adjetivos vagos (bom, baixo, alto, bastante etc.). REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Volpato GL (2007a) Bases Teóricas para Redação Científica. 1ª. Ed. São Paulo, SP. Cultura Acadêmica. Vinhedo, SP. Scripta Editora. Volpato GL (2007b) Ciência: da Filosofia à Publicação. 5ª. Ed. São Paulo, SP. Cultura Acadêmica. Vinhedo, SP. Scripta Editora. Volpato GL (2006) Dicas para Redação Científica. 2ª. Ed. Bauru, SP. Joarte Gráfica e Editora. Volpato GL (2003) Publicação Científica. 2ª Ed. Botucatu, SP. Tipomic Gráfica e Editora. S 85 RESUMOS XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia BAC-001 Caracterização bioquímica e fisiológica de isolados de Clavibacter michiganensis subsp. michiganensis. Lima HE1, Oliveira JR1, Lopes CA2, Pontes NC1, Fujinawa MF1. 1Depto. de Fitopatologia, UFV, MG. 2Embrapa Hortaliças, DF, Brasil. ������������������ E-mail: hyana.mel@ bol.com.br. Biochemical and physiologic characterization of Clavibacter michiganensis subsp. michiganensis. Clavibacter michiganensis subsp. michiganensis (Cmm), bactéria causadora do cancro-bacteriano, é um dos principais patógenos de tomateiro. Testes laboratoriais para diagnóstico deste patógeno têm sido dificultados pela grande variação nas características bioquímicas relatadas na literatura especializada. O objetivo deste trabalho foi avaliar 20 isolados de Cmm provenientes de diferentes regiões do Brasil em relação aos principais testes indicados para esta subespécie. Testes como liquefação de gelatina, hidrólise de amido, produção de H2S e atividade da protease mostraram-se variáveis em relação aos relatos de outros autores, embora não se tenha observado variação entre os isolados brasileiros. Estes testes, portanto, devem ser usados com cautela. Outras características se mostraram consistentes e independem da origem do isolado, como reação de Gram, oxidase, catalase, formação de levana, hidrólise de esculina, urease e a utilização de sacarose e não utilização de inulina e sorbitol como única fonte de carbono. Todos os isolados de Cmm induziram HR em plantas de maravilha e feijoeiro cultivar Pérola, confirmando a primeira como importante ferramenta para diagnóstico deste patógeno. Porém, a segunda deve ser utilizada com cautela, pois outras bactérias patogênicas ao tomateiro também induzem HR nelas. Apoio: FAPEMIG e CAPES. BAC-002 Caracterização morfológica de Clavibacter michiganensis subsp. michiganensis e avaliação de meios semi-seletivos para sua detecção. Lima HE1, Oliveira JR1, Lopes CA2, Rodrigues AL1. 1 DFP, UFV, MG. 2Embrapa Hortaliças, DF, Brasil. E-mail: �������������� hyana. [email protected]. Morphological characterization of Clavibacter michiganensis subsp. michiganensis and evaluation of semiselective media for its detection. Meios semi-seletivos são importantes ferramentas para o isolamento de bactérias fitopatogênicas de tecidos de plantas, sementes e solo. Os meios MB1M, SCM, mSCM, D2ANX, KBT e CNS foram avaliados quanto à eficácia em permitir o crescimento de 20 isolados de Clavibacter michiganensis subsp. michiganensis (Cmm) de diferentes regiões do Brasil. SCM, mSCM e CNS reprimiram totalmente o crescimento de todos os isolados, indicando que isolados brasileiros são sensíveis a algumas substâncias antibacterianas presentes nesses meios, em comparação com isolados estrangeiros. KBT apresentou repressividade alta para quase todos os isolados e repressão total para um isolado. Porém, este meio se destacou na supressão de organismos contaminantes. Já o meio MB1M apresentou uma baixa repressão de Cmm, mas inibiu totalmente o crescimento de um dos isolados. O meio D2ANX apresentou repressividade baixa e não inibiu o crescimento de nenhum dos isolados. Assim, embora a supressão de contaminantes nos meios MB1M e D2ANX não tenha sido alta, eles são úteis, numa utilização conjunta em testes de rotina para a detecção de Cmm. Dentre as características morfológicas das colônias, a forma circular, superfície elevada, textura lisa e bordos inteiros foram as mesmas para todos os isolados. Apoio:FAPEMIG e CAPES. Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008 BAC-003 Época de aplicação de acibenzolar-S-metil no controle do crestamento bacteriano comum do feijoeiro. Zacaroni AB1, Souza RM1, Ishida AKN2, Ribeiro Júnior PM1, Amaral DR1, Resende MLV1. 1Departamento de Fitopatologia, UFLA, Lavras, MG. 2Embrapa Amazônia Oriental, Belém, PA, Brasil. E-mail: ������������ ana. [email protected]. Application time of acibenzolar-S-metil on the control of common bacterial blight of beans. O presente trabalho teve como objetivo determinar a melhor época de aplicação do acibenzolar-S-metil (ASM) no controle do crestamento bacteriano comum do feijoeiro em casa-de-vegetação. O ASM foi pulverizado na dose de 15 g p.c./100 L de água, aplicado aos 3, 7 e 14 dias antes da inoculação do patógeno. A pulverização de Agrimaicin na dose de 428 g p.c./100 L água aos 3 dias antes da inoculação, foi utilizada como padrão. ������������� A inoculação foi realizada através de pulverização d�������������������������� a parte aérea das plantas com suspensão bacteriana, na concentração de 109 UFC/mL. O delineamento experimental foi em blocos casualizados com 5 tratamentos e 4 repetições (6 plantas/repetição).���������������� A avaliação da severidade da doença foi realizada aos 7, 14, 21, 28 e 35 dias após a inoculação, com base na��������������������������������������� escala diagramática proposta por Díaz et al. (2001). Não houve diferença significativa entre as épocas de aplicação do ASM, nem entre o ASM e o Agrimaicin, contudo ambos diferiram estatisticamente da testemunha inoculada não tratada, com diminuição na porcentagem da doença de 61,4 e 64,96%, respectivamente. Apoio financeiro: Capes. BAC-004 Oxicloreto de cobre e acibenzolar-S-metil (ASM) na indução de respostas de defesa do feijoeiro contra Xanthomonas axonopodis pv. phaseoli. Zacaroni AB1, Souza RM1, Ishida AKN2, Ribeiro Júnior PM1, Amaral DR1, Resende MLV1. 1Departamento de Fitopatologia, UFLA, Lavras, MG. 2Embrapa Amazônia Oriental, Belém, PA, Brasil. ���������������������������������� E-mail: [email protected]. Copper oxychloride and acibenzolar-S-methyl (ASM) on induction of defense responses in beans against Xanthomonas axonopodis pv. phaseoli. Avaliou-se neste trabalho o efeito do oxicloreto de cobre e do acibenzolar-S-metil (ASM) na atividade das enzimas peroxidase, quitinase e glucanase,�������������������������������������������� possivelmente envolvidas nos mecanismos de indução de resistência em feijoeiro à X. axonopodis pv. phaseoli,���� . �� O ASM foi utilizado na dose de 15 g p.c./100 L de água e o oxicloreto de cobre na dosagem de 450g p.c./100L de água. Os tratamentos foram aplicados 7 dias antes da ��������������������������� inoculação do ���������������� patógeno����� . As ��� amostras para extração das enzimas foram coletadas às 0, 12, 24, 72 e 168 horas após a aplicação dos tratamentos e aos 3 e 7 dias após a inoculação do patógeno, em todos os tratamentos. O delineamento experimental foi em blocos casualizados com 6 tratamentos e 4 repetições. As plantas tratadas com ASM apresentaram diferença significativa na atividade das enzimas peroxidase, quitinase e glucanase, em relação à testemunha, com picos de atividade aos 14, 14 e 10 dias após pulverização, respectivamente. Apoio financeiro: Capes. S 89 XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia BAC-005 Sensibilidade de Clavibacter michiganensis subsp. michiganensis a fungicidas cúpricos e antibióticos. Pontes NC, Fujinawa MF, Oliveira JR. Departamento de Fitopatologia, UFV, Viçosa, MG, Brasil. E-mail: ������������������������������������������������ [email protected]. Sensibility of Clavibacter michiganensis subsp. michiganensis to cupric fungicides and antibiotics. BAC-007 Ocorrência de murcha bacteriana em plantios de Eucalyptus grandis no estado de Santa Catarina Auer CG, Santos AF, Rodrigues Neto J. Laboratório de Fitopatologia, Embrapa Florestas, Colombo, PR, Brasil. ����������������������������������������� E-mail: [email protected]. Occurrence of bacterial wilt in Eucalyptus grandis plantations in Santa Catarina state. O cancro-bacteriano, causado pela bactéria Clavibacter michiganensis subsp. michiganensis, é uma doença comum no tomateiro. A aplicação preventiva de fungicidas cúpricos ou antibióticos agrícolas consiste em uma das práticas de controle, mas o surgimento de estirpes bacterianas insensíveis a estes produtos pode inviabilizar este procedimento. Neste trabalho foi avaliada a sensibilidade de 8 isolados da bactéria, provenientes de diferentes estados brasileiros, a 4 cúpricos (óxido cuproso, oxicloreto de cobre, sulfato de cobre e hidróxido de cobre) e 2 antibióticos (kasugamicina e estreptomicina), todos recomendados para o controle da doença. Os produtos foram adicionados ao meio Kado & Heskett (1970), nas concentrações de 10, 50 e 200 mg/L. A mistura foi vertida para placas de Petri e nestas foram semeados os isolados. Após 96 horas de incubação à 28ºC, foi avaliada a presença de crescimento bacteriano nas placas. Dos cúpricos, o óxido cuproso e o hidróxido de cobre, na concentração de 200mg/ L, inibiram o desenvolvimento de 4 e 2 isolados, respectivamente. Cinco isolados foram sensíveis à estreptomicina em todas as concentrações. Todos os isolados foram sensíveis a kasugamicina na concentração de 200mg/L. O uso contínuo e indiscriminado destes químicos pode explicar o surgimento de estirpes da bactéria insensíveis aos mesmos. (Apoio: FAPEMIG). O plantio do eucalipto encontra-se em expansão na região sul do Brasil, pela alta demanda de madeira para uso industrial. No estado de Santa Catarina, a região litorânea está sendo utilizada para o plantio de espécies tropicais de eucalipto, especialmente E. grandis. Em levantamento realizado em março de 2008, em São Francisco do Sul, SC, em plantio de E. grandis, com aproximadamente um ano de idade, verificou-se a ocorrência de plantas mortas e com sintomas de murcha, distribuídas em reboleiras na plantação. Foram coletadas amostras e analisadas no Laboratório de Fitopatologia da Embrapa Florestas e no Laboratório de Bacteriologia Vegetal, CEIB, Campinas, SP. O objetivo deste trabalho foi elucidar a etiologia desta doença. Entre os procedimentos usados para diagnose, cortou-se o caule das plantas com sintomas de murcha e colocou-se a parte cortada em copo com água; com isso, foi possível observar uma forte exsudação de pús bacteriano na região do corte. Isolamento efetuado em meio de TZC, teste de patogenicidade, hipersensibilidade e testes bioquímicos confirmaram tratar-se de Ralstonia solanacearum biovar I/raça 1. Este é o primeiro relato da ocorrência da murcha bacteriana em eucalipto na região Sul do Brasil. Bolsistas do CNPq. BAC-006 Seleção massal de rizobactérias autóctones em arroz para promoção de crescimento. Santiago TR, Garcia FAO, Ferraz HGM, Freitas MA, Souza NA, Godinho MT, Souza LO, Hilst PC, Oliveira GL, Santos MR, Dias DCFS, Romeiro RS. Departamento de Fitopatologia e de Fitotecnia, UFV, Viçosa, MG. E-Mail: [email protected]. Screening of autochthonous rhizobacteria from rice for growth promotion. A partir de amostras de raízes e solo de rizosfera de arroz, tanto irrigado como de sequeiro, foram isoladas 40 rizobactérias, por diluição em placas seguindo-se semeio em meio adequado. A potencialidade para solubilização de fosfatos foi estudada pelo semeio em placas contendo CaHPO4 como forma insolúvel de fosfato, observando-se que nem todas as PGPRs em estudo eram capazes de solubilização, nas condições do ensaio. A potencialidade de colonização de raízes foi investigada pelo método de germinação em ágar-água, com sementes microbiolizadas por embebição, constatando-se que muitas eram capazes de colonizar o rizoplano. Aumentos no alongamento de raízes, uma indicação indireta de síntese de ACC deaminase por PGPRs, foi investigado em sementes previamente microbiolizadas e postas a germinar em papel absorvente, encontrando-se alguns isolamentos promissores. Para uma próxima etapa, programa-se estudar promoção em um sistema PGPR-solo-planta, a atividade de fosfatases e de ACC deaminases. Apoio: FAPEMIG E CNPq. S 90 BAC-008 Estudo das tendências populacionais da Xanthomonas campestris pv. vesicatoria in vivo e em folíolos destacados na presença de dois agentes de biocontrole. Lanna-Filho R1, Romeiro RS2. 1Departamento de Fitopatologia, UFLA, Lavras; 2 Departamento de Fitopatologia, UFV, Viçosa, MG, Brasil. E�� mail: [email protected]. A study of population trends of Xanthomonas campestris pv. vesicatoria in vivo and with detached leaves the presence of two agents of biocontrol. Dois residentes de filoplano (RFT-24 e RFT-183) foram dispensados, separadamente, por atomização (OD540= 0,4) em plantas de tomate cultivar Santa Cruz ‘Kada’ (30 dias de idade), e após 4 dias o patógeno X. campestris pv. vesicatoria foi inoculado por atomização (OD540= 0,4). Com 24 h, folíolos foram retirados do terço superior, médio e inferior de cada tratamento (Fegatex (2,5 g i.a. L-1), água, RFT-24 e RFT-183), e as plantas permaneceram em casa-de-vegetação. Os folíolos foram transferidos para Erlenmeyer contendo 150 mL de solução tampão PBS (0,1M; pH=7,0) esterilizado com 0,5 % de Tween 80, e submetidos a ultrasom a 60 Hz/20 min.. O extrato obtido foi submetido à diluição (1:103) e 200 µL das amostras obtidas em cada diluição foram semeadas em placas contendo meio 523 semi-seletivo ao patógeno desafiante. As placas foram incubadas a 28 ºC por 72 h. Quando do crescimento do patógeno e aparecimento dos sintomas, observouse a correlação entre severidade da doença e a U.F.C/g de tecido foliar. Para cada tratamento foram utilizadas seis plantas. Apoio financeiro: FAPEMIG. Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008 XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia BAC-009 Resistência de genótipos de feijão-caupi a Xanthomonas axonopodis pv. vignicola em condições de campo. Souza ���������� GR, Halfeld-Vieira BA, Nechet KL, Amorim LC, Youssef DR. Embrapa Roraima, Boa Vista, RR, Brasil. E-mail: [email protected]. br. Resistance of cowpea genotypes to Xanthomonas axonopodis pv. vignicola in field conditions. Visando reduzir perdas causadas por Xanthomonas axonopodis pv. vignicola em feijão-caupi [Vigna unguiculata (L.) Walp.] foi realizado experimento em campo com os genótipos: Amapá, Bragança, Guariba, Gurguéia, Mazagão, Milênio, Patativa, Pitiúba, Tracuateua e Vita-7. Avaliou-se o período de incubação e severidade da doença, utilizando-se escala diagramática para determinação do percentual de área foliar lesionada. O delineamento experimental foi em blocos ao acaso com 4 blocos, sendo cada bloco constituído por 10 parcelas. As parcelas eram de 2,0 x 5,0 m com 4 linhas, espaçamento entre linhas de 0,50 m e entre plantas de 0,25 m. Aos 35 dias após o plantio, cada parcela foi inoculada com 1,1 l de suspensão bacteriana com concentração de 5 x 107 ufc.ml-1. Vita-7 foi o genótipo que apresentou maior período de incubação e Amapá, Bragança, Guariba e Tracuateua tiveram menor período de incubação. Bragança apresentou maior severidade, seguido do Amapá, sendo considerados os mais suscetíveis à doença, enquanto que Guariba, Gurguéia, Mazagão, Milênio, Tracuateua e Vita-7 apresentaram menor severidade. Considerando os dois parâmetros, Vita-7, Gurguéia e Mazagão foram considerados os mais resistentes, sendo indicados para plantio em locais onde ocorra a doença. BAC-010 Sensibilidade de Xanthomonas axonopodis pv. begoniae a fungicidas cúpricos e antibióticos. Fujinawa MF, Pontes NC, Oliveira JR. Departamento de Fitopatologia, UFV, Viçosa, MG, Brasil. E-mail: ���������������������������� [email protected]. Sensibility of Xanthomonas axonopodis pv. begoniae to cupric fungicides and antibiotics. O cultivo de begônias no Brasil tem se destacado, principalmente pelo fato desta cultura ser cultivada em vaso, com produção durante todo o ano. A ocorrência de Xanthomonas axonopodis pv. begoniae tem ocasionado perdas aos produtores, pois não se conhecem cultivares resistentes à esta bactéria, a qual causa lesões nos bordos e manchas nas folhas. Uma das medidas de controle utilizadas consiste em pulverizações preventivas de cúpricos e antibióticos. Entretanto, os resultados são insatisfatórios, provavelmente pelo aparecimento de isolados insensíveis a estes produtos. O presente trabalho teve como objetivo avaliar a sensibilidade de isolados de X. axonopodis pv. begoniae à oxido cuproso, oxicloreto de cobre, sulfato de cobre, hidróxido de cobre, kasugamicina e estreptomicina, todos muito utilizados no controle da doença. Os produtos foram adicionados ao meio 523 fundente nas concentrações de 10, 50 e 200 mg/L. O meio contendo os químicos foi vertido em placas de Petri, e em cada uma delas foram semeados 8 isolados, todos provenientes de cultivos no estado de São Paulo. Após 96 horas, foi avaliada a ocorrência de crescimento bacteriano. Os isolados foram insensíveis a todos os tratamentos, exceto para os com kasugamicina (200 mg/L) e estreptomicina (todas as concentrações). Apoio Financeiro: CAPES; FAPEMIG. Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008 BAC-011 Enfezamento da couve-flor associado a fitoplasma do grupo 16SrIII. Rappussi MCC, Bedendo IP. Departamento de Fitopatologia, ESALQ/USP, Brasil. E-mail: ��������������������������� [email protected]. br. Cauliflower stunt associated with a phytoplasma belonging to group 16SrIII. A cultura da couve-flor (Brassica oleracea var. botrytis) tem papel econômico relevante na agricultura familiar e regional no cinturão verde do estado de São Paulo, sendo este o maior produtor brasileiro desta hortaliça. Nos municípios de Sorocaba e Bragança Paulista, localizados nesta região, agricultores e técnicos têm observado nos últimos anos a incidência crescente de uma anomalia denominada por eles de doença do anel. Esta incidência chega a atingir 40%. A doença tem causado sérios prejuízos aos produtores, pois torna inviável a comercialização das cabeças das plantas afetadas, o que leva ao abandono do cultivo da hortaliça. Os sintomas se caracterizam por enfezamento da planta, má formação da inflorescência e a presença de um anel escurecido no interior a haste principal, na região dos vasos de floema e xilema. Para se demonstrar a associação de fitoplasmas com a doença, DNA total foi extraído de plantas sintomáticas e assintomáticas, e submetido ao teste de duplo PCR, usando-se os pares de primers P1/Tint e R16F2n/R2. A identificação molecular foi feita por RFLP com as enzimas AluI, RsaI, KpnI, HpaII, MseI, HhaI, MboI, Bsh12361. Os resultados mostraram consistente associação entre fitoplasma e plantas doentes, sendo o fitoplasma caracterizado como um representante do grupo 16SrIII. Este é o primeiro relato no Brasil da ocorrência de fitoplasma associado a uma doença da couve-flor. Apoio financeiro: CNPq. BAC-012 Distribuição da murcha de Curtobacterium em campos de produção de feijão comum do Distrito Federal e entorno, safra 2007/08. ����������������������������������������� Miranda Filho RJ, Nogueira LR, Uesugi CH. Departamento de Fitopatologia, Universidade de Brasília, DF. E-mail: [email protected] Distribution of Curtobacterium wilt in common beam production farming of the Federal District and adjacency, harvest 2007/8. A murcha de Curtobacterium vem afetando lavouras de feijão (Phaseolus vulgaris) em várias regiões do Brasil, a ocorrência na região do DF iniciou-se com a identificação no ano de 2002 no município de Cristalina (Uesugi et al. Fitop. bras. 28(3), mai - jun 2003) desde então ficou evidenciado a importância desta doença e a necessidade de acompanhamento de sua distribuição e seus possíveis danos. O presente trabalho teve por objetivo detectar a presença de C. flaccumfaciens pv. flaccumfaciens, em campos de produção de feijão distribuídos em um raio de 300 km da cidade de Brasília. As plantas suspeitas foram coletada e conduzidas ao laboratório de fitopatologia da UnB sendo realizado isolamento em placas PETRI contendo meio nutritivo 523 (Kado & Hesckett, 1970) e incubada a 28° C. A avaliação foi feita 48 h após o plaqueamento. Foi observada a ocorrência da bactéria nos municípios de Planaltina de Goiás, São Gabriel, São João D´aliança, Água Fria, Formosa, Cabeceiras e Serra Bonita no estado de Goiás bem como nos municípios de Arinos, Buritis, Unaí no estado de Minas Gerais. Os resultados reforçam que a murcha de Curtobacterium está bastante disseminada em lavouras de feijão no DF e entorno. Apoio financeiro CNPq, UnB. S 91 XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia BAC-013 Mancha foliar em Ruscus causada por Burkholderia andropogonis no Brasil. Almeida IMG1, Beriam LOS1, Rodrigues Neto J1, Sannazzaro AM2. 1Instituto Biológico, Campinas, SP; 2 APTA/UPD Sorocaba, Sorocaba, SP. E-mail: ������������������������ gatti@biologico. sp.gov.br. Bacterial leaf spot of Ruscus caused by Burkholderia andropogonis in Brazil. Ramos de Ruscus com sintomas de manchas foliares, provenientes de plantios localizados na região de Santo Antonio de Posse (SP), foram recebidos para análise em abril de 2008. Essas manchas eram pequenas, arredondadas, com 5 a 8 mm de diâmetro, de coloração marrom escuro, apresentando centro necrótico e circundadas por halo clorótico. Observações ao microscópio óptico de cortes de folhas com este tipo de sintomas evidenciaram intensa exsudação bacteriana. Dos isolamentos realizados em meio de cultura foram obtidas colônias bacterianas circulares, lisas, convexas, de coloração creme. As bactérias eram Gram-negativas, oxidativas e não produziam pigmento fluorescente sob luz ultra-violeta quando cultivadas em meio B de King. Testes bioquímicos e serológicos, utilizando-se antissoros contra B. andropogonis isolada de trevo (Trifolium repens), permitiram identificar as linhagens bacterianas isoladas como Burkholderia andropogonis. Inoculações artificiais em mudas sadias de Ruscus reproduziram os sintomas observados, de onde o patógeno foi reisolado. Este é o primeiro relato desta espécie bacteriana em Ruscus no Brasil. Linhagens bacterianas encontram-se depositadas na Coleção de Culturas de Fitobactérias do Instituto Biológico sob nºs 2594 e 2595. BAC-014 Indução de HR em Maravilha por bactérias patogênicas do tomateiro. Raimundi MK, Conceição MM, Lima HE, Pontes NC, Fujinawa MF, Oliveira JR. Dep. de Fitopatologia, UFV, Viçosa, MG, Brasil. �������������������������������������������������� E-mail: [email protected]. Induction of HR in Maravilha by pathogenic bacteria of tomato. Isolados de Clavibacter michiganensis subsp. michiganensis (Cmm), Xanthomonas campestris pv. vesicatoria (Xcv), Ralstonia solanacearum (Rs), Pseudomonas syringae pv. tomato (Pst), P. corrugata (Pc), Erwinia carotovora subsp. carotovora (Ecc), patogênicos ao tomateiro, foram inoculados infiltrando as células bacterianas (108ufc/mL) diretamente no interior do tecido foliar em plantas de maravilha (Mirabilis jalapa), fumo e feijão, com auxílio de seringa hipodérmica, a fim de verificar a indução de HR nessas plantas. Como testemunha, plantas foram infiltradas com solução salina (NaCl a 0,85%). O ensaio foi conduzido com quatro repetições. As plantas foram mantidas em casa de vegetação e os sintomas foram avaliados 24 horas após a inoculação. Isolados de Xcv, Rs, Pst, Pc e Ecc não induziram HR em maravilha, enquanto os 20 isolados de Cmm testados induziram. Xcv, Rs e Pst induziram HR em fumo. Cmm, Xcv, Rs, Pst e Ecc induziram HR em feijão. Curtobacterium flaccumfaciens pv. flaccumfaciens, que é uma bactéria corineforme, também foi inoculada em maravilha para se avaliar a indução de HR. Porém esta reação não foi observada. A utilização de plantas de maravilha em testes de HR para confirmar a patogenicidade de isolados pode auxiliar na detecção e na diferenciação de Cmm de outras bactérias, com a vantagem de ser um teste cuja resposta é rápida. Apoio: FAPEMIG. S 92 BAC-015 Sensibilidade de isolados de Clavibacter michiganensis subsp. michiganensis a diferentes substâncias antimicrobianas presentes em meios semi-seletivos. Conceição MM, Lima HE, Raimundi MK, Oliveira JR. Departamento de Fitopatologia, UFV, MG, Brasil. ������������������������������ E-mail: [email protected]. Sensibility of Clavibacter michiganensis subsp. michiganensis isolates to different antimicrobials substances in semi-selective media. Os meios semi-seletivos MB1M, SCM, mSCM, D2ANX, KBT e CNS são comumente utilizados para a detecção de Clavibacter michiganensis subsp. michiganensis (Cmm). Estudos prévios mostraram inibição do crescimento de um isolado de Cmm no meio MB1M e inibição de todos os isolados nos meios SCM, mSCM e CNS. Assim, um antibiograma qualitativo, para cada substância, foi realizado a fim de se determinar quais substâncias inibiam o crescimento dos isolados. Soluções dessas substâncias, nas concentrações definidas para cada meio, foram adicionadas aos meios básicos, nos quais procedeu-se ao semeio de 100μL de suspensão de células bacterianas de cada isolado. O ensaio foi realizado duas vezes, utilizando-se três repetições. O ácido bórico (1,5g/L ), reprimiu o crescimento de um isolado nos meios MB1M, SCM e mSCM. Já o ácido nalidíxico (0,03g/L), inibiu o crescimento de todos os isolados nos meios SCM e mSCM e de um isolado no meio CNS, na concentração de 0,025g/L. Porém, na concentração de 0,01g/L, nenhum dos isolados foi inibido no meio KBT. Cloratalonil (60mL/L) inibiu o crescimento de todos os isolados no meio CNS. Estes resultados mostram que isolados brasileiros de Cmm são sensíveis a algumas substâncias antimicrobianas presentes nesses meios, em comparação com isolados estrangeiros. Apoio:FAPEMIG. BAC-016 Tendência populacional de Pseudomonas putida (UFV-0073) no filoplano de plantas de tomate, em condições de campo. Souza AN, Ferraz HGM, Garcia FAO, Freitas MA, Godinho MT, Sousa LO, Santiago TR, Romeiro RS. Departamento de Fitopatologia – UFV. E-mail: ���������������������������� [email protected]. Population tendencies of Pseudomonas putida (UFV-0073) in tomato phylloplane under field conditions. Plantas de tomate oriundas de cultivo nunca dantes expostas a agrotóxicos, e com o quarto par de folhas definitivas, foram atomizadas com propágulos de P. putida (OD540=0,3). Aos 0, ½, 1, 2, 5,10 e 20 dias (cada um dos tempos compunha um tratamento), três folhas do terço médio do tomateiro, em cada um dos tratamentos, foram coletadas, pesadas e transferidas para Erlenmeyer contendo 200 mL de solução salina (0,85%) + Tween 80 (0,05%), seguindose sonicação por 20 minutos, diluição em série e semeio em meio seletivo contendo antibióticos aos quais P. putida é insensível, que foi desenvolvido para tal fim. Resultados de contagem (UFC/g de tecido foliar) indicam que a população do antagonista mantevese praticamente estável, durante o período de monitoramento da população, posto que a população no tempo zero era de 106 UFC/g de folha e, após 10 dias, era de 105 UFC/g. A pequena variação na população da bactéria em condições de campo, onde é acirrado o antagonismo entre os integrantes da microbiota do filoplano, credenciam o isolado UFV-0073 como um promissor agente de biocontrole de doenças da parte aérea do tomateiro, face sua boa sobrevivência. Apoio Fapemig e CNPq Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008 XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia BAC-017 Primeiro relato da ocorrência de fitoplasma em cultura do brócolis no Brasil. Eckstein B1, Silva EG1, Bedendo IP1, Brunelli K2. 1Departamento de Entomologia, Fitopatologia e Zoologia Agrícola - ESALQ /USP; 2Sakata Seed Sudamenrica Ltda. E�� mail: [email protected]. First report of the occurrence of phytoplasma in broccoli in Brazil. A associação de fitoplasma com a cultura do brócolis já foi relata na Itália e na Sérvia, em plantas que apresentavam malformação da inflorescência e filodia, os fitoplasmas pertenciam ao grupo 16SrIsubgrupo B. No Brasil, plantas mostrando deformação e redução de inflorescência, filodia e anel escurecido no interior das hastes, correspondentes à necrose de vasos de floema, foram observadas em campos de cultivo, em Bragança Paulista/SP. Visando associar estes sintomas com a ocorrência de fitoplasma, DNA de plantas sintomáticas foi usado em duplo PCR. A detecção foi feita através dos iniciadores universais P1/Tint e 16F2n/R2. A amplificação de fragmentos genômicos do 16SrDNA de 1,2 kb confirmou a presença de fitoplasma nas plantas sintomáticas. A identificação com primers específicos R16(I)F1/R1 revelou que o fitoplasma detectado pertencia ao grupo 16SrI, pela observação de bandas correspondentes a fragmentos genômicos de 1,1 kb, típicas para fitoplasmas deste grupo. A identificação de um fitoplasma do grupo 16SrI, subgrupo B foi obtida pela análise de RFLP com as enzimas de restrição MseI, AluI, RsaI, MboI, KpnI, HpaII, HhaI e HaeIII. Este trabalho se constitui no primeiro relato da presença de fitoplasma em plantas de brócolos no Brasil. BAC-018 Ocorrência de fitoplasmas em vinca na região do Alto Paranaíba, estado de Minas Gerais. Eckstein B1, Lanza R, Barbosa JC, Bedendo IP1. 1Departamento de Entomologia, Fitopatologia e Zoologia Agrícola - ESALQ /USP. E-mail: [email protected]. Occurrence of phytoplasmas in the Alto Paranaíba region in the State of Minas Gerais. A vinca (Catharanthus roseus G. Don.) é uma planta ornamental conhecida como hospedeira de diferentes grupos de fitoplasmas. Plantas de vinca exibindo sintomas normalmente associados a fitoplasmas, como clorose foliar, superbrotamento de ramos, intensa virescência e filodia foram observadas no município de Carmo do Paranaíba/MG. Com o objetivo de confirmar a diagnose, DNA de quatro plantas sintomáticas foi usado em duplo PCR. A detecção dos fitoplasmas foi feita através do uso dos iniciadores universais P1/ Tint e F2n/R2. Através da amplificação de fragmentos genômicos de 1,2 kb confirmou-se a presença de fitoplasma em todas as plantas amostradas. Utilizando-se primers específicos, foram identificados fitoplasmas afiliados aos grupos 16SrI ou 16SrIII. A confirmação do fitoplasma do grupo 16SrIII foi feita através da técnica de RFLP. No entanto, os fitoplasmas identificados como pertencentes ao grupo 16SrI não apresentaram perfis correspondentes aos representantes deste grupo, mas perfis indicativos de fitoplasmas do grupo 16SrXIII, ainda pouco relatados no país. Estudos estão sendo conduzidos para confirmar a identificação destes fitoplasmas, uma vez que a vinca pode estar atuando como possível reservatório destes agentes, os quais poderão estar associados a plantas de interesse agronômico cultivadas na região. Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008 BAC-019 Classificação em filotipo de isolados brasileiros de Ralstonia solanacearum da biovar 2. Santana BG1, Lopes CA2, Allen C3, Quirino BF1. 1Pós-graduação Universidade Católica de Brasília, Brasília DF; 2CNPH, Brasília DF; 3Plant Pathology Department, University of Wisconsin-Madison, E.U.A. E-mail: betaniaf@pos. ucb.br. Phylotype classification of Brazilian isolates of Ralstonia solanacearum biovar 2. A bactéria de solo Ralstonia solanacearum (Rs), responsável pela murcha bacteriana, é uma espécie complexa devido à sua diversidade genética. Historicamente, Rs tem sido classificada em biovares, baseado na utilização de açúcares e álcoois como fonte de carbono, e em raças, baseado na capacidade de infectar diferencialmente espécies hospedeiras. Esses sistemas de classificação, entretanto, não são adequados para explicar toda a variabilidade deste patógeno. Fegan e Prior (2005) propuseram uma classificação em filotipos com base na região ITS (intergenic transcribed sequence) entre os genes de RNA ribosomal 16S e 23S. O filotipo I encontrado na Ásia, o filotipo II Américas, o filotipo III África e filotipo IV Indonésia. Neste trabalho, foram analisados 62 isolados brasileiros, a maioria deles associados à cultura da batata. Esses isolados, pertencentes à coleção do CNPH, foram previamente classificados como biovar 2 e confirmados como Rs por meio de PCR com primers universais. A classificação em filotipos, realizada uma PCR multiplex, indicou que todos os isolados apresentaram fragmento amplificado correspondente ao filotipo II, com exceção de um isolado, obtido de pimentão em Brasília (filotipo IV). Esses resultados corroboram a expectativa da prevalência do filotipo II nas Américas. Apoio Financeiro: CNPq e Universidade Católica de Brasília. BAC-020 PCR detection of Candidatus Liberibacter asiaticus associated with Citrus huanglongbing in Cuba. Llauger R1, Luis M1, Collazo C1, Teixeira DC2, Martins EC2, Peña I1, López D1, Batista L1, Prieto D1, Riaño R1, Borroto A1, Cueto J1, Ayres J2, Bové JM3. 1 Instituto de Investigaciones en Fruticultura Tropical, Habana, Cuba; 2Fundecitrus, Araraquara, SP, Brazil; 3Institut National de la Recherche Agronomique and Université de Bordeaux 2, UMR, Villenave d’Ornon, France. E-mail:[email protected]. Detecção por PCR de Candidatus Liberibater asiaticus associado ao Huanglongbing em Cuba. Symptoms of huanglongbing (HLB) were reported in Cuba in 2007. It is caused by a noncultured, sieve tube-restricted α-proteobacteria. Detection of the three known liberibacters is based on polymerase chain reaction (PCR) amplification of their 16SrRNA gene or ribosomal protein genes of the ß operon. Leaves showing blotchy mottle and yellow shoot symptoms characteristic of HLB were tested for the presence of liberibacters by duplex PCR with the specific primers A2/J5/GB1/GB3. Positive amplification for Candidatus (Ca.) Liberibacter (L.) asiaticus was accomplished in 41 of 46 symptomatic leaf samples, while none of the symptomless samples gave positive PCR amplification. The amplified fragments from the rplKAJL-rpoBC operon were cloned and sequenced. BLAST analysis revealed a 100% sequence identity with the correspondent ribosomal proteins L10 (rplJ) and L12 (rplL) of Ca. L. asiaticus identified in different Asian countries. The results obtained confirm the presence of HLB in Cuba. S 93 XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia BAC-021 Isolamento, preservação e avaliação da patogenicidade de isolados brasileiros de Streptomyces sp. associados a sarna da batata. Corrêa DBA1,2, Salomão D1, Destéfano SAL1, Rodrigues Neto J1, Shimoyama N3. 1Lab. Bacteriologia Vegetal, Instituto Biológico, Campinas, SP, Brasil; 2Ciências Biológicas (UNICAMP); 3ABBA, Itapetininga, SP. ������������������������ E-mail: dbacorrea@gmail. com. Isolation, preservation and pathogenicity of Brazilian isolates of Streptomyces sp. associated to potato scab. A sarna comum, causada por Streptomyces spp., é uma doença importante da batata, caracterizada por lesões superficiais, corticosas, reticuladas, lisas ou profundas, que reduzem consideravelmente a comercialização dos tubérculos e, os relatos dos patógenos associados a essa doença são escassos no Brasil. O presente trabalho teve por objetivo o isolamento de linhagens representativas da diversidade de Streptomyces spp. em regiões produtoras de batata no Brasil e a manutenção dessas linhagens na Coleção de Culturas de Fitobactérias do Instituto Biológico (IBSBF) por meio de ultracongelamento e liofilização. Foram preservados 58 isolados nacionais com alta diversidade morfológica, oriundos dos estados de São Paulo, Minas Gerais, Goiás e Paraná. A avaliação da patogenicidade dos mesmos foi realizada pela verificação da presença do gene nec1, que codifica a proteína necrogênica associada à virulência, e 36 linhagens (62%) apresentaram resultados positivos para esse gene. Devido à ausência do gene nec1 em alguns isolados, foi padronizado um teste em minitubérculos para confirmação da patogenicidade das linhagens obtidas. Apoio Financeiro: FAPESP. BAC-022 Efeito do manejo orgânico e convencional na incidência da seca dos ponteiros em goiabeira. Tomita CK1, Uesugi CH2. 1Dep. Agric. Natural MOA International do Brasil, Brazlândia-DF, 2Dep. Fitopatologia, UnB, 70.910-900, Brasília-DF, Brasil. E-mail: [email protected]. Effect of the organic and conventional management on the incidence of guava bacterial blight. O objetivo do trabalho foi avaliar a incidência da seca dos ponteiros causada por Erwinia psidii nas brotações do ano, na inflorescência e nos frutos tipo chumbinho e comercial de goiabeira (Psidium guajava), em sistemas manejados com compostos bioativos e convencional, numa área com registro de perdas de até 100% da produção. O experimento foi realizado em 2005, dentro do campo de produção de 2ha aproximadamente, utilizando 40 plantas, com espaçamento 7x6 m, em um delineamento fatorial 2x2x4, utilizando os 2 sistemas de produção, 2 variedades de goiaba (Pedro Sato e Ogawa), 4 manejos culturais: 1- adubação (AB), 2AB + controle de doenças (CD), 3- AB + cobertura do solo (CB) e 4- AB+CD+CB, com 4 repetições em blocos casualizados onde cada parcela foi constituída por 1 planta (unidade experimental). A incidência da doença nos frutos comerciais de ambas as variedades foi menor no manejo orgânico, reduzindo 14,79 e 14,05% em média da convencional respectivamente. Na combinação de manejos, AB+CD+CB no sistema orgânico, os resultados superaram em 36,1% e 30,35% respectivamente na redução da doença nos frutos. Os resultados mostraram que o manejo orgânico apresentou melhores perspectivas de produção que o sistema convencional para campos com ocorrência da bacteriose. Apoio Financeiro: CNPq. S 94 BAC-023 Ocorrência de murcha bacteriana em helicônias e musácea ornamental no DF. Zoccoli DM1, Tomita CK2, Uesugi CH1. 1 Universidade de Brasília/Fitopatologia, ICC/Sul, Brasília, DF; 2MOA Internacional, Brazlândia, DF, Brasil. E-mail: �������� [email protected]. Occurrence of bacterial wilt of heliconia and ornamental musaceae in Federal District, Brazil. Plantas de helicônias (Heliconia bihai e H. psittacorum cv. Red Gold) e musacea ornamental (Musa coccinea) apresentando sintomas de murcha, progredindo para morte e comprometimento de toda touceira, em área de plantio comercial, tem sido observadas nos Núcleos Rurais de Rajadinha e Alexandre Gusmão no Distrito Federal. Ao seccionar o pseudocaule pode-se observar intenso escurecimento da região interna central com exsudação de líquido de aspecto característico de pus bacteriano. A bactéria isolada em meio de cultura 523 (Kado & Heskett) apresentou características fluída e branca, Gram negativa, OF oxidativo, oxidase positiva, não utilizando nenhum dos 6 carboidratos (manitol, sorbitol, dulcitol, maltose, lactose, cellobiose), confirmando assim ser o agente patogênico Ralstonia solanacearum biovar 1. Plantas de Helicônia, musácea ornamental, bananeira do grupo nanicão, tomate cv. Santa Clara e fumo foram inoculadas a uma concentração de aproximadamente 1x108 ufc/ mL. Os testes foram positivos em musácea ornamental (AAB), helicônias e fumo (reação de hipersensibilidade) e negativos para banana nanicão (AAA) e tomate, determinando como sendo a bactéria da raça 2, provavelmente a estirpe H (helicônia). Este é o primeiro relato da bactéria em musácea ornamental e helicônias no DF. Apoio Financeiro: CNPq. BAC-024 Avaliação de fontes de resistência à murcha bacteriana em germoplasma de Capsicum. Demosthenes LCR; Gomes LM; Bezerra EJS; Silva AM, Souza DS, Bentes JLS. FCA ���� –�� UFAM, ������ Manaus, AM. E-mail: [email protected]. Evaluation of sources of resistance against bacterial wilt in Capsicum germoplasm. A murcha bacteriana causada por Ralstonia solanacearum tem sido importante para o gênero Capsicum no Amazonas devido às condições de altas temperaturas e elevada umidade que favorecem o desenvolvimento do patógeno e da doença. O presente trabalho objetivou avaliar fontes de resistência em germoplasma de capsicum nativo e comercial. Foram avaliados 22 acessos de Capsicum spp., incluindo pimentas e pimentões comerciais e nativos da região amazônica, em casa-de-vegetação. O isolado do patógeno foi obtidos a partir de coleta de plantas com sintomas de murcha provenientes de produtores locais. Foram feitos testes bioquímicos confirmação da identidade e classificação da biovar. A inoculação foi feita mediante ferimento das raízes e vertendo ao redor das plantas 5 mL da suspensão de bactérias na concentração 108 ufc/mL em plantas com 30 e 45 dias de idade. A avaliação da resistência à murcha bacteriana foi realizada através de escala de notas variando de 0 a 5 (Winstead & Kelmam, 1952). Todos os genótipos avaliados apresentaram sintomas de murcha bacteriana. Os acessos 13 e 31 foram os mais susceptíveis enquanto os acessos 17, 30 e 20 foram os mais resistentes. Foi observada relação direta entre severidade da doença e idade das plantas. Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008 XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia BAC-025 Efeito de acibenzolar S-metil sobre a murcha bacteriana do pimentão. Demosthenes LCR, Gomes LM, Bezerra EJS, Silva AM, Sales RSA, Souza D, Bentes JLS. FCA-UFAM. Manaus, AM, Brasil. ���������������������������������������������������������� E-mail: [email protected]. Effect of acibenzolar Smetil against bacterial wilt of chili. BAC-027 Seqüenciamento e análise das seqüências do gene da recombinase (rec A) em Erwinia psidii. Torres P, Marques ASA, Ferreira MASV. Departamento de Fitopatologia, UnB, Brasília, DF, Brasil. E-mail: �������������������������������������������������� [email protected]. Sequence analysis of the recombinase gene (rec A) in Erwinia psidii. O presente trabalho teve como objetivo, avaliar o efeito da aplicação do acibenzolar S-metil contra a murcha bacteriana em três cultivares de pimentão. O experimento foi conduzido em casa de vegetação. Avaliou-se a eficiência da aplicação do Acibenzolar na concentração 2,5 g.i.a/100 L água. Utilizaram-se as cultivares Cascadura Ikeda, e os híbridos Magali e Nathalie. Os tratamentos foram distribuídos no esquema de parcelas subdivididas onde os níveis de aplicação (rega de 5,0 mL, pulverização foliar e rega com água destilada) foram distribuídos na parcela e as cultivares na subparcela. O delineamento experimental foi em blocos casualizados com 8 repetições. Foram feitas 6 aplicações de BION, sendo a primeira aplicação quando as plantas estavam com 15 dias e aplicações sucessivas a cada 7 dias. Para a inoculação utilizouse suspensão bacteriana com 108 ufc/mL. O método de inoculação consistiu de ferimento da raiz com bisturi e aplicação de 5,0 mL da suspensão bacteriana no colo da planta. A avaliação da resistência à murcha bacteriana foi realizadas através de escala de notas variando de 0 a 5 (Winstead & Kelmam, 1952). Todos os genótipos apresentaram sintomas de murcha bacteriana. Não foi observado redução na severidade em plantas tratadas com BION. A seca dos ponteiros da goiabeira, causada por Erwinia psidii, é um dos principais problemas fitossanitários da cultura no Brasil. A ausência de medidas eficazes de diagnose e controle justifica o desenvolvimento de um método molecular para a detecção precoce da bactéria em mudas de goiabeira. Inicialmente, buscou-se selecionar regiões candidatas ao desenvolvimento de iniciadores para PCR. O gene recA, analisado por PCR-RFLP, mostrou-se adequado, em razão do perfil único obtido para as 50 estirpes testadas, independente da origem geográfica. Em seguida, realizouse o seqüenciamento de 730 pb do gene amplificado do DNA de 14 estirpes de E. psidii, oriundas de quatro regiões brasileiras. As seqüências foram analisadas e alinhadas (via BLASTN e BioEdit) em relação à seqüência da estirpe tipo IBSBF 435 (ICMP 8426). Não foi detectada variação entre as seqüências das estirpes de E. psidii. Seqüências de E. mallotivora, E. persicina, E. tracheiphila, Pantoea stewartii, P. agglomerans e Pectobacterium cypripedii, do GenBank, com identidade acima de 85% em relação a E. psidii, foram alinhadas à seqüência da estirpe tipo. Em um alinhamento de 355 pb, identificaram-se regiões de máxima homologia entre as estirpes e de maior divergência entre as espécies e gêneros. Dois pares de iniciadores candidatos foram selecionados para amplificação específica do DNA de E. psidii. Apoio Financeiro: CNPq, FAP-DF. BAC-026 Análise de risco do agente causal da podridão anelar da batata. Martins, OM, Oliveira, MRV. Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, Brasília, DF, Brasil. E-mail: olinda@cenargen. embrapa.br. Pest risk analysis on the agent of potato ring rot. BAC-028 Amplificação e análise de seqüências similares ao gene copA em Xanthomonas campestris pv. viticola. Marques E, Trindade LC, Ferreira MASV. Departamento de Fitopatologia, UnB, Brasília, DF, Brasil. �������������������������������������������������� E-mail: [email protected]. Amplification and analysis of copA-like sequences in Xanthomonas campestris pv. viticola. Clavibacter michiganensis subsp. sepedonicus, que causa a podridão anelar da batata (Solanum tuberosum L.), é endêmica em muitos países do Hemisfério Norte. No Brasil, essa subespécie pertence à lista A1 de pragas quarentenárias. A bactéria encontrase dispersa em regiões do Canadá e Estados Unidos da América e sob controle oficial em muitos países da Organização Européia de Proteção de Plantas (OEPP). Em decorrência de importações de batata-semente e tubérculos frescos, existe o perigo de introdução da bactéria. Realizou-se uma Análise de Risco de Pragas (ARP), para as regiões produtoras em atendimento ao Projeto de Conservação e Utilização Sustentável da Diversidade Biológica Brasileira. O potencial de introdução foi avaliado por meio de uma escala semiquantitativa, considerando a entrada, o estabelecimento, a dispersão e a sobrevivência da bactéria, com base em informações sobre o ciclo de vida, hospedeiras e dados epidemiológicos em áreas de ocorrência da praga. Após o plantio dos tubérculos, a bactéria multiplica-se rapidamente no sistema vascular, atingindo as raízes e novos tubérculos, que podem ser utilizados como sementes. A bactéria apresenta uma temperatura ótima de crescimento (210C). No Brasil, a praga teria probabilidade de se instalar apenas em alguns nichos de temperaturas mais baixas. A ARP indicou médio risco devido, em parte, à especificidade da bactéria em causar infecção natural na batata. Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008 O cancro bacteriano da videira, causado por Xanthomonas campestris pv. viticola (Xcv), é uma das principais doenças que afetam o cultivo irrigado de uva no Submédio do Vale São Francisco. Entre as medidas de controle empregadas na região destaca-se a aplicação preventiva de fungicidas cúpricos. Este trabalho teve como objetivo detectar por PCR (reação da polimerase em cadeia) e caracterizar, em diferentes estirpes de Xcv, seqüências similares ao gene copA, presente nos genomas de X. axonopodis pv. citri (Xac) e X. campestris pv. campestris (Xcc) e envolvido na resistência ao cobre. DNA genômico de 37 estirpes de Xcv foi submetido a PCR com os iniciadores copAL e copAR. Amplificação de um fragmento de aproximadamente 900 pb foi observada em todas as estirpes testadas. Os produtos da PCR da estirpe tipo NCPPB 2475 e das estirpes brasileiras UnB 1292, UnB 1295 e UnB 1318 foram seqüenciados. As seqüências obtidas mostraram alta similaridade com genes cop presentes em outras Xanthomonas. O alinhamento e análise filogenética das seqüências das estirpes de Xcv com as seqüências do gene copA de Xcc, Xac e X. oryzae pv. oryzae (Xoo) mostraram um grupo com maior similaridade englobando NCPPB 2475, UnB 1318, UnB 1292 e UnB 1295 de Xcv e Xac, e outro mais distante formado por Xcc e Xoo. Apoio Financeiro: CNPq. S 95 XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia BAC-029 Reação de cultivares de milho inoculados com a bactéria Pantoea ananatis, agente causal da Mancha Branca do Milho. Pedro ES, Meirelles WF, Paccola-Meirelles LD. Departamento de Ciências Biológicas, UEL, Londrina, PR, Brasil. E-mail: ������������������������ eliseupedro@bol. com.br. Reaction of maize cultivars inoculated with the bacterium Pantoea ananatis causal agent of the Maize White Spot Disease. A Mancha Branca do Milho, causada pela bactéria Pantoea ananatis é considerada uma das principais doenças da cultura, podendo reduzir em 60% a produção de grãos. O método de controle mais eficiente e econômico tem sido a utilização de cultivares resistentes. Avaliou-se a resistência de quatro cultivares comerciais de milho (Zea mays) quando inoculados com a bactéria P.ananatis em casa de vegetação. Foram preparados 10 vasos de cada cultivar (DAS 657, HS 200 (Embrapa), DAS 2B710, DAS 2A120) com duas plantas por vaso. Sete deles tiveram suas plantas inoculadas quinzenalmente com uma suspensão de P.ananatis (cultura líquida da bactéria diluída 1: 1 em salina) e três inoculados com a solução controle (meio líquido acrescido de salina na proporção de 1:1). As plantas foram avaliadas a partir do estágio seis de maturação, quando já tinham entrado em seu estado reprodutivo. Em todos os tratamentos houve formação de lesões com incidência média variando de 0,90 a 2,4 lesões/folha. Lesões foram formadas em maior quantidade nos cultivares HS 200 e DAS 657, comprovando a suscetibilidade destes genótipos à mancha branca do milho. A cultivar DAS 2A120 seguida da DAS 2B710 apresentaram maior índice de resistência. Apoio Financeiro: CNPq e Fundação Araucária BAC-031 Introdução de bactérias endofíticas para o controle da murcha bacteriana do tomateiro. Barretti PB, Souza RM, Pozza EA. Departamento de Fitopatologia, UFLA, Lavras, MG, Brasil. �� Email: [email protected]. Introduction of endophytic bacteria to control tomato bacterial wilt. Três métodos de introdução de bactérias endofíticas foram comparados. Utilizaram-se isolados de Bacillus pumilus e Serratia marcescens, pré-selecionados para o biocontrole da murcha bacteriana do tomateiro. Os ensaios foram conduzidos em casa de vegetação. Na introdução pelo corte do hipocótilo, plântulas de tomateiro com o segundo par de folhas definitivas foram seccionadas no hipocótilo, descartando-se o sistema radicular e imergindo-se o restante em suspensão de células de cada antagonista. Posteriormente, as seções da parte aérea foram plantadas em vasos aguardando-se o enraizamento. Na microbiolização de sementes, após a desinfestação, fez-se a imersão em suspensão de células de cada antagonista e semeou-se em bandejas de poliestireno. Na irrigação do substrato, suspensões de células de cada antagonista foram vertidas, homogeneizadas com o substrato, semeando-se a seguir as sementes de tomate desinfestadas. Dez dias após a introdução das endofíticas fez-se a inoculação com suspensão de Ralstonia solanacearum por irrigação do solo. A severidade da murcha bacteriana foi avaliada a cada cinco dias e, após a sexta avaliação, calculou-se a área abaixo da curva de progresso da doença (AACPD). Os métodos de introdução de bactérias endofíticas, bem como os isolados avaliados não diferiram entre si quanto à redução da severidade da doença, porém, diferiram da testemunha apresentando menores AACPD. BAC-030 Viabilidade de isolados de Pantoea ananatis agente causal da Mancha Branca do Milho, em laboratório. Pedro ES, Baba, VY, Meirelles WF, Paccola-Meirelles LD. Departamento de Ciências Biológicas, UEL, Londrina, PR, Brasil. E-mail: �������������������� eliseupedro@ bol.com.br. Viability of the bacterium Pantoea ananatis, isolated of Maize White Spot Disease maintained under different cell concentrations and temperatures. BAC-032 Detecção de Xanthomonas axonopodis pv. phaseoli a partir de diferentes formas de preparação dos extratos de sementes de feijão. Silva FC, Souza RM, Zacaroni AB, Lelis FMV. Departamento de Fitopatologia, UFLA, Lavras, MG, Brasil. �������� E-mail: [email protected]. Detection of Xanthomonas axonopodis pv. phaseoli from seeds extracts of beans. A cultura de milho tem sido severamente atacada pela doença Mancha Branca do Milho, causada pela bactéria Pantoea ananatis. Este fitopatógeno apresenta baixa viabilidade quando armazenada em condições de laboratório. Avaliou-se a viabilidade de três isolados bacterianos, o ESM03, EMS04 e EMS05, durante 20 semanas, quando mantidos sob diferentes concentrações celulares e em diferentes temperaturas. Avaliaram-se quatro concentrações celulares quando mantidas a temperatura ambiente e a temperatura de 6º C ± 1. Observou-se variabilidade entre os isolados, mas de forma geral, houve redução na viabilidade da bactéria em todos os tratamentos. Quando mantidos em altas concentrações celulares e a temperatura ambiente, os isolados EMS04 e EMS05 diminuíram drasticamente a viabilidade enquanto que o isolado EMS22 manteve taxas semelhantes de viabilidade em praticamente todas as concentrações. No entanto, quando as suspensões foram mantidas a 6oC ± 1, os isolados EMS04 e EMS05 mantiveram-se viáveis, enquanto que o isolado EMS22 perdeu completamente a viabilidade, logo na segunda semana de estocagem. As oscilações de temperatura do ambiente parecem contribuir para a diminuição da viabilidade de alguns dos isolados. Apoio Financeiro: CNPq ; Fundação Araucária Visando-se o desenvolvimento de uma metodologia para a detecção de Xap em análises de rotina em programas de certificação de sementes de feijão, avaliaram-se quatro métodos de preparação do extrato de sementes de feijão para a detecção de Xap via PCR: 1) extrato bruto de sementes; 2) extrato concentrado por filtração em membrana milipore (0,22Mu de diâmetro) e ressuspensão em água ultra pura; 3) extrato concentrado por centrifugação a 16.000 rpm por 30 minutos e 4) Bio-PCR. Foram utilizados os primers X4c (GGC AAC ACC CGA TCC CTA AAC AGG) e X4e (CGC CGG AAG CAC GAT CCT CGA AG), considerados específicos para detecção de Xap. Para obtenção dos extratos, 0, 1 e 2 sementes de feijão, inoculadas pela técnica de restrição hídrica, foram misturadas, respectivamente, a 1000, 999 e 998 sementes consideradas sadias e posteriormente imersas em 600 mL de água destilada esterilizada, permanecendo por 18 horas a 10 °C. Apenas a técnica de Bio-PCR permitiu a detecção de Xap em todos os extratos, inclusive no extrato sem adição de semente inoculada, o que indica a presença de Xap nas sementes de feijão consideradas sadias. Por esta técnica, a diagnose de um lote de sementes de feijão pode ser realizada em aproximadamente quatro dias. Apoio Financeiro: CAPES. S 96 Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008 XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia BAC-033 Óleo essencial de Cymbopogon citratus no crescimento in vitro de Xanthomonas axonopodis pv. malvacearum (Xam), X. axonopodis pv. phaseoli (Xap), Clavibacter michiganensis pv. michiganensis (Cmm) e Curtobacterium flaccumfaciens subsp. flaccumfaciens (Cff). Guimarães LGL1, Cardoso MG1, Zacaroni AB2, Lelis FMV2, Souza RM2. 1Departamento de Química. 2Departamento de Fitopatologia, UFLA, Lavras, MG, Brasil. E-mail: fvieiralelis@ yahoo.com.br. Essential oil of Cymbopogon citratus on in vitro growth of Xanthomonas axonopodis pv. malvacearum (Xam), X. axonopodis pv. phaseoli (Xap), Clavibacter michiganensis pv. michiganensis (Cmm) e Curtobacterium flaccumfaciens subsp. flaccumfaciens (Cff). O objetivo do trabalho foi verificar o efeito do óleo essencial de C. citratus (capim limão) sobre o crescimento in vitro de Xam, Xap, Cmm e 2 isolados de Cff provenientes de MG e SC. O óleo foi obtido pela técnica de arraste a vapor e seus componentes majoritários: neral (31.89%), geranial (37,42%) e mirceno (23.77%) quantificados por normalização de áreas pela análise do cromatograma. Foram utilizadas as concentrações: 1,0; 1,5; 2,0; 2,5; 3,0; 3,5 e 4,0 % do óleo diluído em DMSO e 3 testemunhas. Foram depositados 4 µL de cada tratamento em pocinhos feitos com uma pérola de vidro em placas de Petri contendo meio 523 semeados com 100 µL de suspensão bacteriana. ��������������� O�������������� delineamento experimental foi inteiramente casualizado com 6 repetições. Após ����� a incubação a 28ºC por 48h verificou-se �������������������� formação de halo de inibição para Xam, Cmm e Xap, a partir da concentração 1,5%, e não formação de halo quantificável para os isolados de Cff nas concentrações testadas. Apoio financeiro: Fapemig. BAC-034 Caracterização Molecular de Streptomyces spp. causadores da sarna comum em batata nas regiões produtoras do Brasil. Salomão D1,2, Corrêa DBA1, Destéfano SAL1, Rodrigues Neto J1, Shimoyama N3. 1Lab. Bacteriologia Vegetal, Instituto Biológico (IB), Campinas, SP, Brasil; 2Pós Graduação (IB); 3ABBA, Itapetininga, SP, Brasil. ������������������������������������ E-mail: [email protected]. Molecular characterization of Streptomyces spp. causing common potato scab in Brazil. A sarna comum da batata, uma importante doença que vem causando grandes prejuízos a essa cultura, é caracterizada por lesões reticuladas, profundas e superficiais, que historicamente têm sido atribuídas à espécie Streptomyces scabiei. Nos últimos anos, com o avanço das técnicas de análises de DNA, novas espécies de Streptomyces foram descritas e, atualmente são reconhecidas 10 espécies associadas a essa doença. No Brasil, relatos a respeito do(s) patógeno(s) responsável(eis) por essa doença são escassos e portanto, o presente trabalho teve por objetivo a caracterização de Streptomyces spp. que ocorrem nas regiões produtoras do país. Foram analisados 70 isolados oriundos dos Estados da Bahia, Goiás, Minas Gerais, Paraná e São Paulo. Resultados preliminares com base na morfologia das colônias demonstraram alta diversidade entre os isolados e análises de PCR-RFLP da região espaçadora 16S-23S DNAr indicam, além de S. scabiei, a ocorrência de, pelo menos, 3 espécies diferentes e/ou novas espécies de Streptomyces. O seqüenciamento dos isolados foi iniciado, bem como a análise das seqüências obtidas para a comparação com as espécies “Tipo” de Streptomyces visando à confirmação da identidade dos isolados. Apoio financeiro: ABBA/FUNDAG. Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008 BAC-035 Oxicloreto de cobre e acibenzolar-S-metil (ASM) na indução de respostas de defesa do algodoeiro contra Xanthomonas axonopodis pv. malvacearum. Souza RM1, Zacaroni AB1, Ishida AKN2, Ribeiro Júnior PM1, Amaral DR1, Resende MLV1. 1 Departamento de Fitopatologia, UFLA, Lavras, MG. 2Embrapa Amazônia Oriental, Belém, PA, Brasil. E-mail: ��������������������� ana.zacaroni@ hotmail.com. Copper oxychloride and acibenzolar-S-methyl (ASM) on induction of defense responses in Gossypium hirsutum against Xanthomonas axonopodis pv. malvacearum. Para identificar os possíveis efeitos do oxicloreto de cobre e do acibenzolar-S-metil (ASM) nos mecanismos ���������������������������������� enzimáticos envolvidos na indução de resistência em algodoeiro à X. axonopodis pv. malvacearum, o presente trabalho avaliou ������������������������ a atividade das enzimas peroxidase, quitinase e glucanase. O ������������������������������� ASM foi utilizado na dose de 15 g p.c./100 L de água e o oxicloreto de cobre na dosagem de 450g p.c./100L de água. Os tratamentos foram aplicados 7 dias antes da inoculação do ������������������������������������������������������� patógeno�������������������������������������������� . ������������������������������������������ As amostras foram coletadas às 0, 12, 24, 72 e 168 h após a aplicação dos tratamentos e às 72 e 168h após a inoculação do patógeno, em todos os tratamentos. O delineamento experimental foi em blocos casualizados com 6 tratamentos e 4 repetições. Plantas tratadas com ASM apresentaram maior atividade das enzimas peroxidase, quitinase e β-1,3-glucanase do que as tratadas com oxicloreto de cobre. ������������������������� Houve maior deposição de lignina nas plantas de algodoeiro tratadas com ASM e oxicloreto de cobre e inoculadas, contudo não houve diferença significativa entre os tratamentos testados e a testemunha. �������������������������� Apoio financeiro: Capes e Fapemig. BAC-036 Sensibilidade in vitro ao cobre em isolados de Acidovorax avenae subsp. citrulli. Bonato C, Tebaldi ND, Damasceno JPS, Marques ASA. Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, Brasília, DF, Brasil. ���������������������������������������������������� E-mail: [email protected]. Sensibility to copper of Acidovorax avenae subsp. citrulli strains. O melão e a melancia são produtos importantes do agronegócio brasileiro. A mancha aquosa dessas culturas, causada por Acidovorax avenae subsp. citrulli (Aac) reduz a produção e a qualidade do produto. O objetivo deste estudo foi analisar a sensibilidade de isolados de Aac a sulfato de cobre e oxicloreto de cobre. Foram testados 19 isolados provenientes de melão e melancia, de diferentes regiões brasileiras, incluindo-se o isolado-tipo (CFBP 4459). O ensaio foi realizado em duas etapas: suspensões ajustadas a 108 ufc/ml foram depositadas (5 µL) em meio agar-nutritivo suplementado com os cúpricos nas dosagens de 5 a 350 µg/mL (três repetições por dose) com avaliação após 72 h de incubação, pela observação do crescimento confluente da bactéria; alíquotas de 100 µL de suspensões a 103 ufc/mL foram espalhadas sobre o meio para contagem do número de colônias (duas repetições por dose de CuSO4). Na primeira etapa a sensibilidade foi observada a partir de 250 µg/mL. A 300 µg/mL 11 isolados não apresentaram crescimento, havendo inibição total a 350 µg/mL. Na etapa de plaqueamento de suspensões menos concentradas, observaramse, igualmente, diferenças entre isolados e houve decréscimo no número de colônias a partir de 200 µg/mL. Nesta etapa a CMI esteve sempre abaixo, indicando a possibilidade de maior resistência em agregado de células. Apoio financeiro: Finep. S 97 XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia BAC-037 Ocorrência de Pseudomonas cichorii em mamoneira no Distrito Federal, Brasil. Diener HS, Damasceno JPS, Marques ASA. Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, Brasília, DF, Brasil. E-mail: �������������������������������������������������� [email protected]. Occurrence of Pseudomonas cichorii in castor bean in Distrito Federal, Brazil. A queima bacteriana da mamoneira causada por Pseudomonas cichorii foi relatada no Brasil (Robbs et al., Proc. 1st Int. Conf. Pl. Path. Bact., 1981), mas sem mencionar as regiões ou estados onde foi detectada. Atualmente, considerando que a cultura tende a se expandir e ganhar importância por ser uma das espécies envolvidas na produção de biodiesel, faz-se necessário identificar os problemas fitossanitários atuais e potenciais, visando viabilizar seu cultivo de forma sustentável. Em levantamento no Distrito Federal, foram coletadas amostras com sintomas de manchas necróticas limitadas pelas nervuras, no limbo foliar. A bactéria fluorescente consistentemente isolada, foi identificada como Pseudomonas cichorii (Swingle) Stapp 1928, apresentando colônias translúcidas, de coloração bege, achatadas e com bordos irregulares. A bactéria é gram-negativa, com metabolismo oxidativo da glicose. Apresentou os seguintes resultados aos testes LOPAT: -, +, -, -, +, enquadrandose no grupo III. Testes complementares foram realizados obtendose resultados positivos para catalase e manitol e negativos para redução de nitrato, crescimento a 41 ºC, celobiose, D-arabinose, sorbitol, sacarose e trealose. Plantas de mamoneira cv. BRS Energia foram inoculadas reproduzindo-se parcialmente os sintomas. A transmissão da bactéria pelas sementes está sendo investigada. Apoio financeiro: CNPq. BAC-038 Avaliação da colonização radicular de plantas de arroz pelo uso de pgpr’s pré-selecionadas para o biocontrole da brusone. Neves DMS1; Filippi MC2, Viana HF3. 1UEG, Palmeiras de Goiás, GO, Brasil; 2Embrapa Arroz e Feijão, Sto. Antônio ���������������������� de Goiás, GO, Brasil; 3Uni-Anhanguera, Goiânia, GO, Brasil. e-mail: domasine@ yahoo.com.br. Evaluation of rice plant growth after root colonization by PGPR previously selected for rice blast biocontrol. Rizobactérias isoladas de solo de rizosfera e rizoplano de plantas sadias de arroz em cultivo de 1º ano (150 isolados) estão sendo avaliadas quanto a sua capacidade de colonização do sistema radicular e promoção de crescimento de plantas de arroz. Ensaios in vitro foram realizados utilizando sementes de arroz microbiolizadas com suspensão de cada antagonista e semeadas em tubos de ensaio contendo ágar-água 0,6%, visando avaliar a interação microrganismo-planta. Concomitantemente, um ensaio em casa de vegetação está sendo realizado levando em consideração a premissa básica de que para um efetivo aumento do crescimento de plantas seja necessária a colonização do sistema radicular das plantas. As avaliações em casa de vegetação consistirão dos parâmetros de altura de plantas, massa fresca e seca, comprimento e peso radiculares e teor de clorofila. Os dados de avaliações in vitro e in vivo permitirão selecionar os melhores isolados que serão reavaliados em ensaio de campo. S 98 BAC-039 Bactérias adaptadas às condições extremas provenientes de solos manejados organicamente para o controle da murcha bacteriana do tomateiro. Rezende AMFA, Tomita CK, Uesugi CH. Dep. de Fitopatologia, UnB, Brasília–DF, Brasil. �������� E-mail: [email protected]. Bacteria adapted to the extreme conditions from organically managed soils for control of tomato bacterial wilt. Solos incorporados com composto orgânico e Bokashi apresentam maior atividade biológica, melhorando as características físicoquímicas do solo e simultaneamente se comportando como supressivo a fitopatógenos. O presente trabalho teve por objetivo levantar nesses solos as bactérias adaptadas às diferentes condições físico-químicas extremas, tais como pH, temperatura e salinidade para o controle da murcha bacteriana. Amostras de solos dos primeiros 20 cm de profundidade foram coletadas em área de cultivo orgânico de cenoura, maracujá, milho e pimentão, no município de Brazlândia-DF. Um grama de cada amostra de solo foi diluído até 10-5 e, 0,05mL da diluição final foi plaqueada em meio de cultura 523 e incubada a 28°C por 48h. Foram obtidas no total 30 isolados. Esses isolados foram submetidos às seguintes condições: (1) temperaturas: 35, 45, 55, 65 e 75°C; (2) acidez pH: 3, 4 e 5; (3) alcalinidade pH: 9, 10 e 11; (4) salinidade (NaCl): 5%, 10% e 15%. Dos isolados testados, observaram-se respectivamente crescimento em: (1) 100%, 63,3%, 16,7%, 33,3% e 23,3%; (2) 46,7%, 93,3% e 96,7%; (3) 100%, 93,3% e 6,7%; (4) 100%, 63,3% e 13,3%. O maior destaque foi para a presença de um maior número de bactérias alcalinófilas, sendo muitas delas antagônicas in vitro a R.. solanacearum. Apoio Financeiro: CNPq. BAC-040 Caracterização molecular de isolados de Xanthomonas campestris pv. viticola e avaliação da patogenicidade em variedades de videira. Castro, NR, Silva, MLRB, Silva, MV, Costa, AF. Laboratório de Genoma, IPA, Pernambuco. ��������������� E-mail: neilza@ ipa.br. Molecular characterization Xanthomonas campestris pv. viticola isolates and pathogenicity evaluations in Vitis variety. O trabalho objetivou a caracterização molecular de isolados da X. campestris pv. viticola bem como a avaliação da patogenicidade em variedades de videira. Os isolados foram coletados de regiões produtoras do Vale da São Francisco, dos quais foram extraídos os DNAs. Para caracterização molecular, foram utilizados os primers fD1 e rD1 que amplifica regiões conservadas do DNA ribossomal. Os amplicons obtidos foram seqüenciados em seqüenciador automático de DNA ABI 3100 para análise de homologia/similaridade com as seqüências mantidas em banco de dados, utilizando o programa BLAST. Para testar a patogenicidade dos isolados, mudas da variedade Red Globe, suscetível à doença, cultivadas em casa de vegetação foram inoculadas com os isolados de X. campestris pv. viticola, utilizando o método de picadas no caule com deposição de suspensão bacteriana na concentração de 104 ufc/mL. Após 15 dias da inoculação foi possível verificar a ocorrência de sintomas, evidenciando a patogenicidade dos isolados. Os dados moleculares obtidos, que confirmaram a identidade do patógeno, juntamente com os dados de patogenicidade foram eficientes como suporte para utilização desses isolados em estudos de identificação de genes de resistência na videira. Apoio financeiro: CNPq, Facepe, Embrapa. Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008 XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia BAC-041 Eficácia de tratamentos utilizados em packinghouses para a desinfestação superficial de frutos assintomáticos em relação à bactéria do cancro cítrico. Murata MM1,2, Buassi M1, Leite Jr. RP ��1. 1IAPAR, 2UEL, Londrina, PR, Brasil. ruileite@iapar. br. Effectiveness of packinghouses treatments for the surface disinfestation of asymptomatic fruits regarding the citrus canker bacterium. BAC-043 Detecção e identificação de Xanthomonas axonopodis pv. malvacearum por primers específicos. Balani DM1, Destéfano SAL1, Almeida IMG1, Pizzirani-Kleiner AA2. 1Instituto Biológico, Campinas, SP; 2Depto. Genética e Melhoramento de Plantas, ESALQ-USP. E-maill: [email protected]. Detection and identification of Xanthomonas axonopodis pv. malvacearum by specific primers. O cancro cítrico é uma doença causada pela bactéria Xanthomonas axonopodis pv. citri (Xac). Sua ocorrência dificulta a exportação de frutos in natura para países livres da doença. O objetivo deste trabalho foi avaliar a sobrevivência da bactéria após os tratamentos de desinfestação superficial de frutos cítricos. Laranjas do cultivar Valência, com e sem lesões da doença, foram lavadas com água e submetidas à imersão por 2 minutos em solução de hipoclorito de sódio a 200 ppm. Após o tratamento, os frutos foram colocadas em sacos plásticos contendo 50 ml de solução tampão fosfato com 0,1 % de Tween 20 e submetidos à agitação por 120 min. a 150 rpm. O conteúdo líquido dos sacos plásticos foi centrifugado a 5000 rpm por 10 min. O sobrenadante foi descartado e o pellet ressuspendido em 5 ml de água para diluição e plaqueamento em meio semi-seletivo KCB. As placas foram mantidas a 28°C e a avaliação foi realizada pela contagem de unidades formadoras de colônia (UFC) no sétimo dia. Foram utilizados primers específicos para identificação das colônias por PCR. Após o tratamento com hipoclorito de sódio não foi detectada a presença de células viáveis de Xac em frutos com e sem lesões. No entanto, nos frutos sintomáticos foi confirmada a presença da bactéria por PCR, mesmo após o tratamento. Apoio: PIBIC/CNPq A mancha angular do algodoeiro, causada por Xanthomonas axonopodis pv. malvacearum (Xam), é uma doença de importância econômica, que pode causar perdas consideráveis nos campos de cultivo. A preocupação com a utilização de sementes infectadas ou contaminadas não reside apenas no fato de que poderão dar origem a um surto epidêmico no campo. Até o presente não há descrição de um método rápido e eficiente para a detecção de Xam em sementes de algodão. O presente trabalho teve por objetivo o desenho de primers específicos para a detecção e identificação de Xam, a partir de análises de um fragmento de aproximadamente 800 pares de bases (pb) do gene rpoB. O alinhamento de seqüências desse fragmento presente em X. a. pv. malvacearum, X. a. pv. axonopodis, X. a. pv citri e X. campestris pv. campestris, permitiu o desenho dos primers Xam1F (GTCGCAGTTCATGGATCAGA) Xam2R (CTTCTGCGAACGCAAGTGT). O produto de amplificação de aproximadamente 500pb mostrou-se altamente específico para Xam quando utilizado em reações de amplificação com DNAs de diferentes espécies de Xanthomonas. A partir desses resultados estão sendo desenvolvidas metodologias que possibilitam a avaliação de lotes de sementes, uma vez que a detecção de bactérias é de fundamental importância para o controle preventivo da doença. Apoio financeiro: CNPq. BAC-042 Tratamento de sementes no manejo da murcha de Curtobacterium do feijoeiro. Martins SJ, Souza RM, Ferro HM, Medeiros FHV, Neto HS, Zanotto E, Zacaroni AB. Departamento de Fitopatologia, UFLA, Lavras, MG, Brasil. E-mail: ������������������ samueljmt@ yahoo.com.br. Seed treatment to manage bean bacterial wilt (Curtobacterium flaccumfaciens pv. flaccumfaciens). Rizobactérias são capazes de controlar bacterioses cujos patógenos são transmitidos por sementes. A murcha-de-curtobacterium, causada por C. flaccumfaciens pv. flaccumfaciens (Cff), está entre as bacterioses vegetais para as quais nenhum tratamento de sementes foi ainda desenvolvido. O objetivo deste trabalho foi determinar a eficácia do tratamento de sementes de feijão com Bacillus spp. no controle da murcha-de-curtobacterium. Sementes contaminadas por Cff foram tratadas com suspensões (108 ufc/ml) de isolados de Bacillus spp. pré-selecionados para controle de outras doenças de plantas. Avaliou-se a severidade da doença das plantas resultantes de cada um dos tratamentos aos 14, 22, 25 e 28 dias após a semeadura e calculou-se a área abaixo da curva de progresso da doença (AACPD). A redução da AACPD em relação à testemunha variou de 45,67 a 93,60%. Destacaram-se os isolados: Bacillus subtilis ALB629, B. subtilis sp. UFLA285, Paenibacillus lentimorbus MEN2 e Bacillus sp. UFLA168. O tratamento biológico de sementes com Bacillus spp. constitui portanto uma alternativa para o tratamento de sementes de feijoeiro visando ao controle da murcha-de-curtobacterium. Apoio financeiro: FAPEMIG, CNPq. Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008 BAC-044 Identificação molecular e caracterização da patogenicidade de isolados de Curtobacterium flaccumfaciens pv. flaccumfaciens de feijoeiro. ������������ Gonçalves JS1,2, Leite Jr. RP1. 1IAPAR, 2UEL, Londrina, PR. E-mail: [email protected]. Molecular identification and characterization of pathogenicity of Curtobacterium flaccumfaciens pv. flaccumfaciens isolates from beans. A cultura do feijoeiro está sujeita a diversas doenças que podem acarretar perdas significativas. Dentre estas, a murcha-decurtobacterium, causada por Curtobacterium flaccumfaciens pv. flaccumfaciens (Cff) tem se constituído em um importante problema na região Centro Sul do Brasil. O objetivo deste trabalho foi identificar molecularmente e avaliar a patogenicidade de isolados de Cff em feijoeiro. Foram utilizados dois pares de primers, CF4CF5 e CffFOR2-CffREV4, para identificação dos isolados por PCR. Também foi investigada a presença de plasmídeos. Para a patogenicidade, foi realizada inoculação em plântulas de feijoeiro do cultivar Carioca. As plântulas foram inoculadas na haste pela inserção de palito de dente, previamente mergulhado em suspensão bacteriana a 108 UFC/ml. Foram avaliadas a incidência da doença, pela contagem de plantas infectadas, e severidade, utilizando escala diagramática. Todos os isolados foram confirmados como sendo Cff pela amplificação de bandas de 200 e 300 pb, como esperado para os primers utilizados. Não foi detectada a presença de plasmídeos nos isolados. Na patogenicidade, a incidência da doença variou de 33 a 100% aos 28 dias após a inoculação. Houve variação entre os isolados em relação à severidade da doença, sendo os isolados 14305 e 14307 os mais agressivos. Apoio Financeiro: PIBIC/CNPq S 99 XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia BAC-045 Variabilidade bioquímica e patogênica de Ralstonia solanacearum no Estado do Tocantins e diagnóstico via PCR e aglutinação com látex. Álvarez ER1, Fonseca MEN2, Boiteux LS2, Lopes2 CA, Lima Neto3 AF. 1Centro Nacional de Sanidade Agropecuária de Cuba (CENSA), Havana, Cuba; 2Embrapa Hortaliças, Brasília-DF; 3 Fundação Universidade do Tocantins (UNITINS), Palmas-TO. E-mail: [email protected]. Biochemical and pathogenic variability of Ralstonia solanacearum from the State of Tocantins and diagnosis via PCR and latex agglutination. Um aumento expressivo das áreas ocupadas com o cultivo hortaliças tem sido verificado no Estado do Tocantins. A murcha bacteriana (Ralstonia solanacearum) tem sido relatada como uma das principais doença nas lavouras de tomate, jiló e pimentão no Estado. A presença da murcha bacteriana pode inviabilizar a expansão de produção. Amostras de plantas murchas de tomate (24) e jiló (04) coletadas nos municípios de Colméia, Guaraí e Fortaleza do Tabocão, mostraram-se positivas quanto à presença de R. solanacearum pelos métodos ‘aglutinação com látex’ e ‘PCR’. Testes bioquímicos confirmaram que todos os 28 isolados pertencem à biovar 3. Testes de patogenicidade em germoplasma de jiló e berinjela mostraram que isolados provenientes de jiló foram significativamente mais agressivos ao jiló e à berinjela que isolados de tomate da biovar 1 altamente virulentos ao tomate (‘RS 221’). Isso implica que é necessário, para o melhoramento genético de solanáceas visando ao controle da murcha bacteriana para o Estado de Tocantins, o uso de isolados locais e específicos, com ênfase na biovar 3. BAC-046 Detecção de Candidatus Liberibacter asiaticus em diferentes partes de plantas de citros. Buassi M1, Meneguim L1,2, VilasBoas LA1, Marques-Marçal VV1,2, Leite Jr. RP ��1. 1IAPAR; 2UEL, Londrina, PR, Brasil. E-mail: [email protected]. Detection of Candidatus Liberibacter asiaticus in differents parts of the citrus trees. Huanglongbing (HLB), causada pela bactéria Candidatus Liberibacter spp., é considerada a principal doença dos citros. Todas as variedades de Citrus spp. são susceptíveis, não sendo conhecido nenhum mecanismo eficiente de controle. O diagnóstico da doença é feito com base na presença de sintomas característicos e confirmado pela PCR com primers específicos para a bactéria a partir do DNA extraído de pecíolos de folhas sintomáticas. Este trabalho teve por objetivo a detecção da bactéria em diferentes partes da planta, sendo utilizadas partes de ramos sintomáticos e assintomáticos de plantas afetadas. Foram testados nervura central, limbo, fruto, semente e casca de ramos com diferentes níveis de suberização. O DNA foi extraído pelo método de Murray & Thompson (1980). Utilizando primers específicos para Ca. Liberibacter asiaticus, foram obtidas amplificações de DNA em pecíolo, limbo, casca de frutos e casca de ramos sintomáticos. Tecidos de folhas sem sintomas, de ramos sintomáticos, mostraram amplificação variável tanto para limbo como pecíolo. Não foi detectada a presença da bactéria em sementes de frutos afetados. Cascas obtidas dos ramos sintomáticos foram positivas nas diferentes amostras avaliadas. Estes resultados podem auxiliar no diagnóstico da doença, oferecendo outras opções de material para detecção da bactéria. Apoio Financeiro: Capes. S 100 BAC-047 Avaliação da População de vetores da Xylella fastidiosa e da Clorose Variegada dos Citros em variedades de laranja doce Citrus sinensis no Noroeste do Paraná. Molina RO, Suzukawa AK, Nunes WMC. Núcleo de Pesquisa em Biotecnologia Aplicada, UEM, Maringá, PR, Brasil. E-mail: ������������������������������������ [email protected]. Avaliation of Population ofthe vectors Xylella fastidiosa and Citrus Variegated Chlorosis in varieties of sweet orange in the Northeast of Paraná. A bactéria Xylella fastidiosa Wells.causa uma doença, conhecida como Clorose Variegada dos Citros (CVC), que afeta variedades de laranja doce [Citrus sinensis (L.) Osbeck]. Esta bactéria é transmitida por cigarrinhas vetoras (Hemiptera: Cicadellidae). O objetivo foi avaliar a população de insetos vetores da X. fastidiosa, assim como a incidência da doença (CVC), em diferentes variedades de laranja doce em um pomar experimental da Universidade Estadual de Maringá, no município de Maringá, região noroeste do Estado do Paraná. Foram utilizadas variedades de laranjeira doce (C. sinensis), tangerineiras (C. reticulata Blanco), e seus híbridos, enxertadas em limoeiro ‘cravo’, cultivar ‘Limeira’ (Citrus limonia Osbeck). As espécies vetoras foram capturadas através de armadilhas adesivas amarelas (Biocontrole®) colocadas em campo aleatoriamente fixadas a 1.70cm do solo, sendo avaliadas e renovadas mensalmente. A análise espacial da incidência da doença no campo foi realizada por meio de avaliações visuais do pomar. As espécies de cigarrinhas mais encontradas foram Dilobopterus costalimai e Acrogonia citrina, com 20% e 16,5% respectivamente as variedades que apresentaram sintomas de CVC foram Pêra GS, Pêra Dibbern e Pêra Ovale Siracusa. Apoio financeiro: CNPq BAC-048 Ocorrência de Candidatus Liberibacter asiaticus agente causal do Huanglongbing no Estado do Paraná. Meneguim L1,2, Buassi M1, Vilas-Boas LA1, Marques-Marçal VV1,2, Paccola-Meirelles LD2, Leite Jr. RP ��1. 1IAPAR; 2UEL, Londrina, PR, Brasil. E-mail: [email protected]. Occurrence of Candidatus Liberibacter asiaticus causal agent of the Huanglongbing in Paraná State. Huanglongbing (HLB) é uma das mais destrutivas doenças dos citros no mundo. Esta doença é causada pela bactéria Candidatus Liberibacter spp., e não existem práticas eficientes para seu controle. Os sintomas de HLB incluem amarelecimento com padrão mosqueado das folhas, redução do tamanho dos frutos e presença de sementes abortadas. No Brasil, a doença foi descrita em 2004 em pomares do Estado de São Paulo, sendo detectada pela primeira vez no Paraná em 2006 na região Noroeste, em pomares no município de Altônia. Amostras apresentando sintomas característicos de HLB foram coletadas na região Noroeste do Paraná e testadas para a presença da bactéria. Foi utilizado o protocolo de extração de DNA descrito por Murray & Thompson (1980) com modificações. A amplificação foi feita com os primers OI1/OA1/OI2c e A2/J5, específicos para Ca. L. asiaticus e Ca. L. africanus e com GB1/GB3 específico para Ca. L. americanus. Foram obtidas amostras positivas para HLB de plantas provenientes dos municípios de Altônia, Guairaçá, Paraíso do Norte, Paranavaí e São Jorge do Patrocínio. O fragmento de DNA amplificado de todas as amostras foi clivado com a enzima Xba I gerando padrão específico para a espécie Ca. L. asiaticus. Não foi obtido amplificação nas avaliações para Ca. L. americanus e Ca. L. africanus. Apoio Financeiro: Capes. Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008 XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia BAC-049 Quantificação de Candidatus Liberibacter americanus em vinca (Catharantus roseus) com diferentes graus de sintomas. Francisco CS1, Coletta-Filho HD1, Locali-Fabris EC1, RosaPereira MA, Alves KCS1, Machado MA1. 1.Centro APTA Citros Sylvio Moreira, Cordeirópolis, SP. ������������������������ Email:carol_francisco18@ hotmail.com. Candidatus Liberibacter americanus quantification in periwinkles plants (Catharantus roseus) with different levels of HLB symptoms. O huanglongbing (HLB), causada pela bactéria Gram-negativa, limitada ao floema, Candidatus Liberibacter spp. é transmitida pelo psilídeo Diaphorina citri.. Além de não ser cultivada em meio de cultura, mesmo em plantas sintomáticas a bactéria é irregularmente distribuída e esta presente em baixas concentrações, dificultando trabalhos focando sua genômica. Em vinca, Cataranthus roseus, a bactéria se multiplica facilmente atingindo altas titulações. Este trabalho tem como objetivo monitorar por PCR e qPCR de a distribuição de Ca. L. americanus (CLam) em plantas de vinca infectadas, analisando-se tecidos com diferentes graus de sintomas. Foram utilizadas três plantas de vinca infectadas com CLam através de enxertia, mantidas em casa de vegetação. O DNA dos tecidos [folhas amarelas (sintoma severo), cloróticas com mosqueamento (sintoma inicial) e verdes (sem sintomas) e ramos] foi extraído e submetido a PCR e qPCR, utilizando primers e sondas específicas. Os resultados evidenciaram maior concentração da bactéria em tecidos apresentando sintomas mais severos (folhas amarelas), seguidos dos tecidos cloróticos com mosqueamento e ramos. Tecidos mais jovens com ausência de sintomas apresentaram as menores concentrações de Clam. Suporte financeiro: FAPESP, CNPq BAC-050 Emergência e desenvolvimento de melancia inoculada com bactérias promotoras de crescimento. França FS, Queiroz FCC. Santos MM, Dourado DL, Peixoto AR, Paz CD. DTCS, UNEB/ Campus III, Juazeiro, BA, Brasil. E-mail: francyfranca@gmail. com. Emergency and development of watermelon by plant growthpromoting bacteria. As bactérias promotoras de crescimento de plantas (BPCP) têm a capacidade de promover o crescimento vegetal através de diversos mecanismos quando inoculadas nas sementes ou no solo cultivado por uma grande variedade de espécies vegetais. Objetivando avaliar a promoção de crescimento em plantas de melancia (Citrullus lanatus L.), testaram-se oito isolados bacterianos considerados para outras culturas como BPCP, incluindo as espécies Bacillus thuringiensis subvar. Kurstakii (HPF14), B. megaterium pv. cerealis (RAB7), Bacillus sp. (RAB9), B. subtilis (R14), B. cereus (HNF15), B. cereus (C210), B. pumillus (HPS6) e Paenibacillus lentimorbus (MEN2), obtidos de vários hospedeiros. Os tratamentos foram constituídos por 4 combinações desses isolados e testemunha: HPS6+RAB9+R14+HPF14, MEN2+R14+RAB9, HNF15+RAB7, C210+MEN2. Foi realizado um bioensaio com cinco tratamentos, quatro repetições, e cada repetição com 20 plântulas. As sementes foram tratadas com suspensão bacteriana na concentração de 108 ufc/ml, e cultivadas em casa de vegetação por 18 dias em substrato comercial Plantimax® dispostas em bandejas para avaliação do índice de velocidade de emergência, velocidade de emergência, crescimento e matéria seca da parte aérea e do sistema radicular. Os resultados demonstraram que a combinação bacteriana HNF15+RAB7 apresentou o melhor crescimento radicular quando comparado à testemunha. A aplicação das misturas de isolados foram eficientes na indução do crescimento e evidenciam a potencialidade das combinações de bactérias no desenvolvimento de melancia. Apoio Financeiro: PICIN-UNEB, FAPESB, UFRPE. Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008 CAL-001 Atividade fungitóxica de óleos essenciais sobre Cercospora coffeicola. Alves E, Pereira RB, Lucas GC, Perina FJ. Departamento de Fitopatologia, UFLA, Lavras, MG, Brasil. �������������������� E-mail: ealves@ufla. br. Fungitoxic activity of essential oils on Cercospora coffeicola. Cercospora coffeicola Berk & Cooke é um patógeno importante na cultura do cafeeiro, capaz de provocar queda de folhas e frutos, além de depreciar a qualidade dos mesmos. Em busca de métodos alternativos de controle desta doença, o objetivo deste trabalho foi avaliar a atividade fungitóxica de diferentes óleos essenciais sobre o crescimento micelial de C. coffeicola. Os tratamentos constituíramse de: óleo de tomilho, cravo-da-índia, eucalipto, canela, citronela, árvore de chá, nim e capim limão, na concentração de 1000ppm, testemunha, e leite em pó 1,0%. Os óleos foram adicionados ao meio de cultura BDA autoclavado contendo leite em pó 0,1% (emulsificante natural). Após homogeneização, os meios foram distribuídos em placas de Petri de 9 cm de diâmetro e, inoculados com disco de micélio de 0,7 cm de diâmetro. O experimento foi realizado em delineamento inteiramente casualizado, com oito repetições. As placas foram mantidas em BOD a 25°C. Avaliouse o diâmetro das colônias a cada quatro dias e, calcularam-se os índices de velocidade do crescimento micelial. Os tratamentos constituídos de leite em pó, citronela, árvore de chá e eucalipto não apresentaram efeito fungitóxico, sem diferir em relação à testemunha, seguidos de capim limão e tomilho. Óleo de nim, cravo e canela apresentaram fungitoxidade, inibindo totalmente o crescimento do patógeno. Apoio Financeiro: FAPEMIG. CAL-002 Efeito inibitório de extratos vegetais sobre Aspergillus spp. Venturoso LR, Bacchi LMA, Gavassoni WL, Conus LA, Pontim BCA, Bergamin AC. Universidade Federal da Grande Dourados, UFGD, Dourados, MS. Email: [email protected]. Inhibitory effect of vegetal extracts on Aspergillus spp. Inúmeros fatores têm contribuído na busca de substâncias que possam ser utilizadas para o controle de patógenos. Foi conduzido na Universidade Federal da Grande Dourados um experimento com objetivo de avaliar o efeito in vitro de extratos aquosos sobre o crescimento micelial de Aspergillus spp. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado, com 11 tratamentos e 10 repetições. Foram utilizados extratos de alho, arruda, canela, cravo-da-índia, cavalinha, eucalipto, hortelã, jabuticaba, melão de são caetano e nim, mais a testemunha. Para obtenção dos extratos foram coletadas 20 g do material vegetal e trituradas em 100 ml de água destilada. A solução foi colocada em banho maria a 55 °C durante 1 hora, sendo posteriormente filtrada em papel wathman nº 1, incorporada em meio BDA e acondicionada em placas de Petri, onde foram transferidos discos de micélio do patógeno, de 3 mm de diâmetro. Realizaram-se medições do crescimento da colônia em dois eixos ortogonais, sendo calculada a média. Os resultados revelaram que o extrato de cravo-da-índia foi superior aos demais, inibindo o crescimento de Aspergillus spp. Alho reduziu significativamente o crescimento micelial em relação aos demais tratamentos. Os extratos de canela e hortelã apresentaram crescimento intermediário. Para os demais extratos foram observados menor crescimento que a testemunha, no entanto, foram todos semelhantes entre si. S 101 XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia CAL-003 Efeito de extratos aquosos sobre o crescimento micelial de Penicillium spp. Venturoso LR, Bacchi LMA, Gavassoni WL, Conus LA, Pontim BCA, Souza FR. ������������������������ Universidade Federal da Grande Dourados, UFGD, Dourados, MS. Email: luck_rv@ hotmail.com. Effect of aqueous extracts on mycelial growth of Penicillium spp. CAL-005 Inibição do crescimento micelial de Penicillium digitatum por extrato de Orégano (Origanum vulgare).� Marcondes MM, Biezus V, Marcondes MM, Baldin I, Leite CD, De Moraes, LKA, Faria CMDR. Departamento de Agronomia – UNICENTRO. Email: [email protected]. Mycelium growth of Penicillium digitatum inhibition by Origanum vulgare extract. A formação de uma consciência e a necessidade de se preservar o meio ambiente tem gerado a necessidade de testar produtos naturais, visando um controle alternativo de fitopatógenos. Desta forma objetivou-se avaliar o potencial de extratos aquosos sobre o crescimento micelial de Penicillium spp. O experimento foi conduzido no Laboratório de Fitopatologia da Universidade Federal da Grande Dourados. Adotou-se o delineamento experimental inteiramente casualizado, com 11 tratamentos e 10 repetições. Foram utilizados os extratos de alho, arruda, canela, cravo-daíndia, cavalinha, eucalipto, hortelã, jabuticaba, melão de são caetano e nim na concentração de 20.000 ppm, mais a testemunha. Os extratos foram filtrados em papel wathman nº 1, colocados em banho maria a 65 °C, durante 1 hora, incorporados em meio BDA e acondicionados em placas de Petri, onde foram transferidos discos de 3 mm de diâmetro do micélio do patógeno. O crescimento micelial foi obtido pela média das medições do crescimento radial da colônia em dois eixos ortogonais. Foram observados que o meio de cultura contendo os extratos de cravo-da-índia, alho e canela apresentaram o menor crescimento micelial, sendo superiores aos demais. Os extratos de eucalipto, melão de são caetano, hortelã, jabuticaba e nim apresentaram crescimento intermediário, porém foram superiores aos extratos de arruda, cavalinha e a testemunha. O objetivo deste trabalho foi verificar a eficiência de extrato de orégano no desenvolvimento do fungo P. digitatum in vitro. Utilizou-se extrato aquoso de orégano obtido por infusão, adicionado em meio BDA, nas concentrações 0 (testemunha); 5; 10 e 20%. O meio, após esterilizado, foi vertido em placas de Petri onde o fungo foi repicado na forma de discos do meio de cultura de 8mm de diâmetro, com micélio fúngico. As placas foram incubadas em câmara de crescimento BOD a uma temperatura média de 25 ± 2ºC durante 168 horas. As avaliações foram realizadas a cada 48 horas, com auxílio de paquímetro manual, medindo-se o diâmetro da colônia. O delineamento experimental utilizado foi inteiramente casualizado, em que cada unidade experimental foi constituída de uma Placa de Petri, com quatro repetições. No decorrer das avaliações observou-se que à medida que a concentração do extrato no meio aumentou, houve uma diminuição no crescimento micelial, sendo que este comportamento foi observado nas quatro avaliações realizadas. Os valores médios do diâmetro da colônia obtidos após 168 horas de cultivo foram de 6,5; 5,6; 4,8 e 3,5 cm de diâmetro para as doses 0; 5; 10 e 20% respectivamente. Assim, o orégano apresentou potencial fungitóxico sobre P. digitatum in vitro. CAL-004 Metodologia alternativa de controle da antracnose pós-colheita em helicônia. Coelho RSB, Gurgel LMS, Oliveira SMA, Castro NR, Silva RLX, Rosa RCT. Laboratório de Fitopatologia, IPA, Recife, PE, Brasil. E-mail: [email protected]. Alternative control of anthracnose post-harvest in Heliconia rostrata A Heliconia rostrata é afetada por diversas doenças de importância econômica, destacando-se a antracnose, causada pelo fungo Colletotrichum gloeosporioides, que reduz a produtividade e ou desvalorizando as flores para comercialização. Este trabalho objetivou estabelecer uma metodologia alternativa de controle da antracnose em cultivares de Helicônia e determinar qual o indutor e época de aplicação mais eficiente no controle da antracnose em pós-colheita. Os indutores e fungicida foram aplicados na flor fechada 5-7 dias antes e após a emissão da inflorescência, antes da colheita, através da pulverização foliar, utilizando duas dosagens: Bion 10 e 20g PC/100 L de água; jasmonato 15 e 30mg/L de água; Agro-mos® 100-200mL/ 100 L de água; Crop-Set® 100-200mL/ 100 L de água; Ecolife®40 100-200mL/ 100 L de água; Cercobin 5070g/ 100 L de água. Na avaliação foram observadas as dimensões das lesões e análise de peroxidase. As helicônias responderam à aplicação dos indutores, com menores níveis de severidade em todos os tratamentos, com exceção do Bion, em relação à testemunha. Os indutores Ecolife®40 e jasmonato proporcionaram menor severidade, quando utilizados na menor e maior dosagem, respectivamente. A maior produção de peroxidase em helicônia foi verificada nas hastes tratadas com Crop-set® e Agro-mos®. Apoio Financeiro: CNPq. S 102 CAL-006 Inibição do crescimento micelial de Penicillium digitatum por extrato aquoso de catinga de mulata (Tanacetum vulgare). Marcondes MM, Baldin I, Marcondes MM, Leite CD, De Moraes LKA, Faria CMDR. Departamento de Agronomia, Universidade Estadual do Centro-Oeste. E-mail: [email protected] Mycelium growth of Penicillium digitatum inhibition by Tanacetum vulgare extract. O objetivo do trabalho foi avaliar a influência do extrato aquoso de catinga de mulata (Tanacetum vulgare) no crescimento micelial de Penicillium digitatum in vitro. Preparou-se o extrato através da infusão do material seco nas concentrações 5; 10 e 20 % e adicionou-se ao meio de cultura BDA antes do seu preparo. Após autoclavagem, os meios foram vertidos em placas de Petri, nas quais os discos de meio de cultura de 8 mm contendo o fungo, foram repicados. As placas foram incubadas em câmara de crescimento (BOD) a 23 ± 2°C e fotoperíodo de 12 horas. Após 48, 96 e 144 h de incubação avaliou-se o diâmetro micelial. Utilizouse o delineamento inteiramente casualizado com 4 repetições e 4 tratamentos (3 concentrações mais controle sem extrato). Os dados foram submetidos à análise de variância e análise de regressão com 0,05% de probabilidade. A utilização do extrato aquoso em todas as concentrações inibiu do crescimento micelial do fungo comparandose com a testemunha. Nas concentrações de 5; 10 e 20 % observouse crescimento de 4,14; 4,48 e 3,95 cm, respectivamente. Concluise que o extrato aquoso de catinga de mulata tem ação fungitóxica sobre o crescimento micelial de P. digitatum. Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008 XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia CAL-007 Efeito de óleos essenciais na germinação de urediniósporos de Phakopsora pachyrhizi. Silva AC, Souza PE, Pinto JEBP, Silva BM, Amaral DC. Departamento de Fitopatologia, UFLA, Lavras, MG, Brasil. E-mail: [email protected]. Effect ���������� of essential oils on the germination of urediniospores of Phakopsora pachyrhizi. O trabalho teve como objetivo avaliar a fungitoxidade de óleos essenciais de plantas medicinais sobre a germinação de esporos do fungo Phakopsora pachyrhizi, agente causal da ferrugem asiática na soja. Foram utilizados os óleos essenciais de Hyptis marrubioides, Aloysia gratissima e de Cordia verbenacea. Todos os tratamentos foram realizados in vitro, no qual consistiram dos três óleos nas concentrações 0,1; 0,3, 0,5 e 1% e fungicida pyracl ostrobin+epoxyconazole (Opera), na dosagem de 66,5+25g.i.a/ha, no qual, foram misturados no meio de cultura Ágar-Água e vertido em placa de Petri contendo 10 mL da mistura. Após a solidificação do meio foram depositados 50µL da suspensão de esporos na concentração de 2,0 x 105 esporos/mL. A testemunha constou-se de água destilada estéril + Tween 20 a 1% misturado ao meio de cultura e suspensão de esporos. A avaliação foi realizada 4 horas após o início da incubação. Contou-se a quantidade de esporos germinados e não germinados no campo de visão da objetiva de 10X do microscópio ótico em quatro quadrantes da placa Petri totalizando 200 esporos por placa. Todos os óleos essenciais, em todas as concentrações e o fungicida inibiram completamente a germinação do fungo, a testemunha teve uma germinação de 69%. Esses resultados indicam o potencial antifúngico dos óleos essenciais na germinação da Phakopsora pachyrhizi. CAL-008 Severidade da antracnose do sorgo em misturas de cultivares. Souza BO, Casela CR Departamento de Fitopatologia, UFLA, Lavras, MG, Brasil. E-mail: ������������������������������������������ [email protected] Anthracnose severity of the sorghum in mixture of cultivars. Misturas de genótipos de sorgo, IG150 (resistente a antracnose) e BRS304 (suscetível a antracnose) foram avaliadas quanto a capacidade em reduzir a severidade da antracnose em Sete Lagoas e Indianópolis, MG. Os híbridos foram combinados nas seguintes proporções: IG150 (100%), IG150+BRS304 (75%+25%), IG150+BRS304 (50%+50%), IG150+BRS304 (25%+75%) e BRS304 (100%). Tendo a linhagem BR009 como testemunha suscetível. Foram realizadas sete avaliações, a partir de 60 dias após a semeadura, em intervalos de sete dias, com base na escala de notas estabelecida por Sharma (1983). A AACPD foi calculada e o programa SISVAR foi utilizado na análise estatística dos dados. A medida que se aumentou a proporção do híbrido IG150 nas misturas, foi verificada redução da severidade da doença nos dois locais de cultivo. Em Sete Lagoas, as misturas e os estandes puros não diferiram estatisticamente a 5% de probabilidade em relação a AACPD. Já, em Indianópolis, as combinações 75%+25%, 50%+50% e 25%+75% foram eficientes no controle da doença e diferiram do estande puro suscetível BRS304(100%). Para elucidar o mecanismo de controle da antracnose do sorgo nos ambientes de misturas, isolados do agente causal da doença serão analisados quanto a virulência e dinâmica populacional. Apoio financeiro: CNPq e Embrapa Milho e Sorgo. Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008 CAL-009 Atividade antifúngica de extratos de própolis sobre Sphaerotheca fuliginea, agente causal do oídio do quiabeiro. Souza LA, Vieira GHC, Kulczynski SM, SilvaJC, Barbosa MMM. Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul, Cassilândia, MS, Brasil. �������� E-mail: [email protected]. Antifungal activity of wax bees extracts on Sphaerotheca fuliginea causal agent of the powdery mildew of the gumbo plants. Este trabalho teve por objetivo avaliar o potencial de extratos de própolis na inibição da germinação de conídios de Sphaerotheca fuliginea, agente causal do oídio do quiabeiro, comparando-se com dois fungicidas. Foram testados os substratos: sacarose-ágar, frutose-ágar, sacarose-ágar-própolis (0,2%), frutose-ágar-própolis (0,2%), sacarose-ágar-própolis (0,4%), frutose-ágar-própolis (0,4%), sacarose-ágar-própolis (0,8%), frutose-ágar-própolis (0,8%), sacarose-ágar-própolis (0,16%), frutose-ágar-própolis (0,16%), sacarose-ágar-Cercobin 700 PM e frutose-ágar-Folicur 200 CE. Após a solidificação dos meios de cultura, estes foram cortados em tiras e colocados sobre lâminas, dentro de gerbox umedecidos. Os conídios foram retirados de folhas com sintomas, inoculados na superfície dos meios com o auxílio de um pincel de cerdas macias e depois incubados em BOD, com fotoperíodo de 12 h à 25°C, por 12, 24 e 30 horas. Avaliou-se a germinação dos conídios, estimando-se a percentagem dos mesmos germinados. As médias de germinação foram comparadas pelo teste de Tukey a 5%. Os melhores controles foram observados nos substratos sacarose-ágar-própolis (0,16%) e sacarose-ágar-Cercobin 700 PM, respectivamente. Apoio financeiro: PIBIC/UEMS CAL-010 Efeito de diferentes meios de cultura sobre a germinação de conídios de Sphaerotheca fuliginea, agente causal do oídio do quiabeiro e da aboboreira. Souza LA, Kulczynski SM, Silva JC, Rossi RF, Reis LL, Freitas LA. Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul, Cassilândia-MS, Brasil. E-mail: ������������������������� leandroagronomia@ hotmail.com. Effect of different culture medium about the germination of conidia of Sphaerotheca fuliginea, causal agent of the powdery mildew of the gumbo plants and of the pumpkin plant. O presente trabalho teve como objetivo testar diferentes substratos sobre a avaliação da taxa de germinação de conídios de Sphaerotheca fuliginea, agente causal do oídio do quiabeiro e da aboboreira. Foram testados os substratos: batata-sacarose-ágar (BSA), 1/4 BSA, sacarose-ágar, dextrose-ágar, frutose-ágar, infusão de folhas de quiabo, infusão de folhas de abóbora, água estéril em lâmina escavada e água-ágar (Padrão). Os meios de cultura, após sua solidificação foram cortados em tiras e colocados sobre lâminas, dentro de caixas de acrílico do tipo gerbox, que continham espumas úmidas. Os conídios foram retirados de folhas de abóbora com sintomas, com o auxílio de um pincel de cerdas macias e depositados na superfície dos meios de cultura, sendo posteriormente incubados em câmara de crescimento, com fotoperíodo de 12 h a 25 °C, por 6, 12 e 24 horas. Avaliou-se a germinação dos conídios, contando-se o número de conídios germinados. As médias de germinação foram comparadas pelo teste de Tukey a 5%. Os valores mais elevados de germinação de conídios foram observados no substrato dextroseágar, a partir de 12 horas de incubação. S 103 XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia CAL-011 Aplicação de silício no solo e na folha visando o controle da mancha angular do feijoeiro. Rezende DC, Carré-Missio V, Reis RD, Rodrigues FÁ. Universidade Federal de Viçosa, DFP, 36570000. ���������������������������������������������������������������� E-mail: [email protected]. Silicon application in the soil and on the leaf aiming to control angular leaf spot on beans. A mancha angular do feijoeiro, causada pelo fungo Phaeoisariopsis griseola, tem se destacado por causar grandes perdas na produção dessa cultura. Este trabalho teve como objetivo investigar a aplicação de silício (Si) via solo ou foliar no controle da mancha angular do feijoeiro em condições de casa-de-vegetação. O experimento foi instalado num DIC com 4 tratamentos e 4 repetições. Os tratamentos consistiram de: silicato de cálcio (SC) via solo (1,25 g de volastonita/kg de solo), silicato de potássio (SP) (FertiSil, INEOS Silicas Ltda) via foliar (40 g/L), KCl (8,23 g/ L) e testemunha (T). O SP e o KCl foram aplicados 24 h antes da inoculação das plantas. As plantas foram inoculadas com uma suspensão de 2 x 104 conídios/mL aos 30 dias após semeadura. As plantas inoculadas permaneceram em câmara de nevoeiro (UR ≈ 95%, 23-25°C) por 48 h e depois foram transferidas para câmara de crescimento (UR ≈ 65%, 22°C). Avaliou-se a severidade da doença aos 15 dias após a inoculação. No final do experimento, as folhas das plantas foram coletadas e secas em estufa para análise foliar de Si. Não houve diferença significativa entre os tratamentos T, SC e SP quanto ao teor foliar de Si. Houve um decréscimo de 21,3% na severidade da doença com a aplicação de SC em relação à T. Apoio: FAPEMIG e CNPq. CAL-013 Método Alternativo de controle sustentável da antracnose pós-colheita em bastão do imperador. Gurgel LMS, Coelho RSB, Oliveira SMA, Maranhão SRVL, Silva RLX, Rosa RCT. Laboratório de Fitopatologia, IPA, Recife, PE, Brasil. E-mail: [email protected]. Alternative control sustainable of anthracnose post-harvest in Etlingera elatior. As condições de cultivo de flores tropicais no Nordeste, relacionadas, principalmente, aos fatores precipitação, umidade e temperatura, favorecem a ocorrência de problemas fitossanitários, os quais têm pouco sido estudados. Este trabalho objetivou estudar uma alternativa de controle para a antracnose em bastão do imperador, utilizando a indução de resistência, visto que o uso de indutores químicos tem apresentado resultados expressivos no controle de várias doenças em culturas de importância econômica. Os indutores e fungicida foram aplicados na flor fechada 5-7 dias antes e após a emissão da inflorescência, antes da colheita, através da pulverização foliar, utilizando duas dosagens: Bion 10 e 20g PC/100 L de água; jasmonato 15 e 30mg/L de água; Agro-mos® 100-200mL/ 100 L de água; Crop-Set® 100-200mL/ 100 L de água; Ecolife®40 100-200mL/ 100 L de água; Cercobin 50-70g/ 100 L de água. Na avaliação foram observadas as dimensões das lesões e análise de peroxidase. Os dados obtidos mostram uma melhor indução de resistência no bastão à antracnose quando os indutores jasmonato e Crop-set® foram utilizados em maior dosagem, diferindo estatisticamente da testemunha. Os resultados mais eficientes da atividade de β-1,3-glucanase foram obtidos quando Crop-set® e Ecolife®40 foram aplicados na maior dosagem, e jasmonato na menor dose. Apoio Financeiro: CNPq. CAL-012 Processo infeccioso de Phaeoisariopsis griseola em folhas de plantas de feijoeiro supridas com silício. Rezende DC, CarréMissio V, Resende RS, Schurt DA, Rodrigues FÁ. Universidade ������������� Federal de Viçosa, Depto. de Fitopatologia. E-mail: fabricio@ufv. br. Infection process of Phaeoisariopsis griseola on leaves of bean plants supplied with silicon. CAL-014 População de Fusarium spp. em Solo sob Cultivo de Milho no Verão – Safra 2007-08 em Sucessão a Aveia e Pousio no Inverno; sob Plantio Direto e Convencional. Orsini IP, Sumida CH, Takahashi A, Pintar AF, Homechin H. Departamento de Agronomia, UEL, Londrina. Email:[email protected]. ������������������������������ br. Population of Fusarium spp. in soil of cultivation of corn in the summer –Harvest 2007-08 in succession of oat and falls in the winter; under no tillage and conventional tillage. A mancha angular, causada por Phaeoisariopsis griseola, tem causado grandes perdas na produção de feijão. Esse trabalho estudou o efeito do silício (Si) no processo infeccioso de P. griseola em folhas de feijoeiro. O experimento foi instalado num DIC com 4 repetições. Os tratamentos foram: silicato de cálcio (SC) via solo (1,25 g de volastonita/kg de solo), silicato de potássio (SP) (FertiSil, INEOS Silicas Ltda) via foliar (40 g/L), KCl (8,23 g/ L) e testemunha (T). O SP e o KCl foram aplicados 24 h antes da inoculação das plantas. As plantas foram inoculadas com uma suspensão de 2 x 104 conídios/mL aos 30 dias após semeadura. Observações citológicas das folhas coletadas aos 15 dias após a inoculação indicaram que, a extensão bem como a intensidade da necrose nas células de cada sítio de infecção foi menor com adição de SC no solo em relação aos demais. Na testemunha, observouse intensa necrose das nervuras. Ensaio in vitro foi realizado para verificar o efeito do SP (20 e 40 g/L; pH 5,5) em inibir a germinação dos conídios. Utilizou-se KCl (3,27 g/L; pH 5,5) para equilibrar o teor de K com o tratamento SP. Não houve efeito das duas doses de SC e nem do KCl em inibir a germinação dos conídios de P. grisea. Apoio:FAPEMIG e CNPq. A baixa produtividade e a qualidade dos grãos na cultura do milho podem resultar da incidência de patógenos, aliado às condições climáticas e práticas agrícolas, como a monocultura associada ao plantio direto. No presente estudo o objetivo foi determinar a população de Fusarium spp. (Fs) em solo de área de produção de milho sob diferentes manejos, na safra 2007-08. Para cada área/ tratamento, foram coletadas dez sub-amostras de cada profundidade (pf), 0-5, 5-10, 10-15, 15-20, 0-20cm e palhada. Utilizou-se a técnica da diluição seriada em meio de Nash e Schneider e incubação em BOD a 25ºC. Na pf de 0-20cm foi observado maior população do fungo em solo de plantio convencional após pousio (1,31X105ufc). No solo das demais pfs a maior população do patógeno foi observada na pf de 0-5cm (1,44X105ufc), com exceção ao solo do plantio convencional após aveia, que apresentou maior população de Fs na palhada. No plantio direto observou-se decréscimo na população de Fs com aumento da pf da amostragem; fato não observado no plantio convencional, onde a população se manteve semelhante nas diferentes pfs. Os resultados mostram o efeito da prática agrícola e da profundidade de amostragem do solo, na sobrevivência do Fusarium spp. S 104 Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008 XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia CAL-015 Óleos essenciais de plantas medicinais na inibição do crescimento micelial de Colletotrichum gloesporioides de cafeeiro. Martins FG, Abreu MS, Pierre RO, Vieira JF, Silva BM, Ogoshi C, Peixoto APB. ��������������������������������������������������������� Departamento de Fitopatologia, UFLA, Lavras, MG, Brasil. E-mail: [email protected]. Essential oils of medicinal plants on the inhibition of mycelial growth of Colletotrichum gloesporioides from Coffee plants. CAL-017 Índice SPAD influenciado por elevados teores foliares de nitrogênio e a severidade da mancha parda em arroz. Baroni JCP, Carvalho MP, Silveira PR, Andrade CCL, Loureiro Júnior JE, Rodrigues FÁ. ������������������������������������������ Universidade Federal de Viçosa, Depto. de Fitopatologia, 36570-000. E-mail: [email protected]. SPAD index affected by high foliar level of nitrogen and the severity of brown spot in rice. O objetivo do trabalho foi avaliar in vitro o efeito dos óleos essenciais de eucalipto (Corymbia citriodora), e cravo-da-Índia (Syzygium aromaticum) na inibição do crescimento micelial de isolado de Colletotrichum gloesporioides de ramos secos de cafeeiro. Os óleos foram incorporados em meio malte e ágar previamente autoclavado, nas doses de 0 (ausência de óleo), 0,1%, 0,25% e 0,5%. O meio foi distribuído em placas de Petri com 9 cm de diâmetro. Após a solidificação do meio, um disco de 0,5 cm de diâmetro contendo micélio do fungo foi repicado para o centro das placas e incubados a 23 ± 2°C com fotoperíodo de 12 horas. O delineamento foi inteiramente casualizado com 4 repetições. Os dados foram submetidos ao teste de Tukey a 5% de significância. Avaliou-se o crescimento micelial a cada 24 horas, durante 11 dias, medindo-se o diâmetro das colônias. Os resultados evidenciaram que o óleo de eucalipto inibiu em 100% o crescimento micelial de C. gloeosporioides. Já o óleo de cravo-da-Índia nas 3 concentrações testadas diferiram estatisticamente da testemunha, sendo que a concentração 0,5% apresentou maior inibição do crescimento micelial (23,7%). Apoio Financeiro: FAPEMIG, CNPq. A mancha parda do arroz, causada pelo fungo Bipolaris oryzae, é uma das principais doenças do arroz no Brasil. Esse trabalho teve como objetivo verificar o efeito de elevados teores foliares de nitrogênio (N) no índice SPAD e a severidade dessa doença. O experimento foi instalado num DBC em esquema fatorial 5x2 com 5 repetições. Os fatores estudados foram: 5 doses de N (0, 25, 50, 75 e 100 mg de N dm-3 de solo utilizando o nitrato de amônio como fonte desse elemento) e plantas inoculadas ou não. Plantas de arroz da cultivar Metica-1 foram inoculadas com conídios de B. oryzae (5 x 103 conídios/ml) aos 33 dias após emergência (DAE). O índice SPAD foi avaliado na segunda e terceira folha do perfilho central de cada planta aos 33, 38, 39 e 45 DAE utilizando-se o aparelho Minolta SPAD-502. Avaliou-se também a área abaixo da curva do progresso da mancha parda (AACPMP) e o teor foliar de N (TFN). O índice SPAD em plantas inoculadas (Y = 23,81 + 0,85 x, R2 = 0,78) e sadias (Y = 28,11 + 0,85 x, R2 = 0,86) aumentou em função das doses crescentes de N. A AACPMP decresceu linearmente em função das doses crescentes de N enquanto que o teor foliar de N, independente da inoculação ou não das plantas, aumentou. Agradec.: FAPEMIG e CNPq. CAL-016 Controle de Meloidogyne incognita com manipueira em tomateiro cultivado em vasos. Nasu EGC, Pires E, Silva TP, Comerlato AP, Seifert, KE & Furlanetto C. Universidade Estadual do Oeste do Paraná, M.C. Rondon, PR; E-mail: ericanasu@gmail. com. Control of Meloidogyne incognita with manipueira on tomato plants cultivated in pots. Objetivou-se com o presente trabalho testar o efeito nematicida da manipueira no controle de Meloidogyne incognita em tomateiro. O experimento seguiu o delineamento inteiramente casualisado com 5 tratamentos (manipueira diluída em água a 10%, 25% e 50%, água destilada e nematicida Carbofuran 2g/vaso) e 5 repetições. Vasos individuais com uma planta de tomate Santa Cruz Kada foram inoculados com 5.000 ovos e/ou juvenis de M. incognita e mantidos em casa-de-vegetação por 60 dias a 25o C. Após, a parte aérea das plantas foi cortada, deixando-se apenas as raízes infectadas no solo, com posterior aplicação de 200 mL de líquido/ vaso. Após 4 dias, efetuou-se o transplantio de uma planta de tomate para cada vaso, avaliando-se as variáveis número total de galhas, Fator de Reprodução (FR), altura de plantas e comprimento de raízes aos 60 dias após a aplicação dos tratamentos. Manipueira a 10%, 25% e o nematicida Carbofuran apresentaram o menor número de galhas, seguidos de manipueira a 50% e testemunha com água. Os tratamentos manipueira a 10% (FR = 7), 25% (FR = 5), 50% (FR = 13) e nematicida (FR = 12) diferiram estatisticamente do controle com água (FR = 33). Para as variáveis altura de plantas e comprimento de raízes, o tratamento manipueira a 50% foi o que apresentou as maiores médias devido à maior concentração de nutrientes disponibilizada às plantas. Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008 CAL-018 Efeito de doses crescentes de nitrogênio no progresso da mancha parda em arroz. Carvalho MP, Andrade CCL, Baroni JCP, Silveira PR, Loureiro Júnior JE, Rodrigues FÁ. Universidade ������������� Federal de Viçosa, Depto. de Fitopatologia. E-mail: fabricio@ufv. br. Effect of nitrogen rates on the progress of brown spot in rice. A mancha parda do arroz, causada pelo fungo Bipolaris oryzae, é uma das principais doenças do arroz no Brasil. Esse trabalho teve como objetivo verificar o efeito de doses crescentes de nitrogênio (N) no progresso dessa doença. O experimento foi instalado num DBC com 5 tratamentos e 5 repetições. Os tratamentos corresponderam às doses de 0, 25, 50, 75 e 100 mg de N dm-3 de solo utilizando o nitrato de amônio como fonte desse elemento. Plantas de arroz da cultivar Metica-1 foram inoculadas com conídios de B. oryzae (5 x 103 conídios/ml) aos 33 dias após emergência. Foi avaliado o período de incubação (PI), o número de lesões (NL) por cm2 de área foliar, a área abaixo da curva do progresso da mancha parda (AACPMP), o teor foliar de N (TFN) e o peso da matéria seca da parte aérea (PMSPA). O PI e o NL não foram afetados pelas doses crescentes de N, mas a AACPMP decresceu linearmente (Y = 1526,4 - 8,34 x, R2 = 0,81). O TFN (Y = 1,97 - 0,089 x, R2 = 0,92) e o PMSPA (Y = 1,09 + 0,069 x, R2 = 0,84) aumentaram em função das doses crescentes de N. Conclui-se que o progresso da mancha parda foi afetado negativamente pelos altos teores foliares de N. Agradec.: FAPEMIG e CNPq. S 105 XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia CAL-019 Inibição do crescimento micelial de Macrophomina phaseolina pelo óleo de melaleuca. Martins JAS, Sagata E, Santos VA, Juliatti FC. Universidade Federal de Uberlândia – ICIAG - Núcleo de Fitopatologia, Campus Umuarama, Uberlândia, MG. �������� E-mail: [email protected]. Macrophomina phaseolina growth mycelial Inhibition by tea tree oil. Macrophomina phaseolina (Tassi) Goidanich, agente causal da podridão preta das raízes da soja, causa prejuízos a cultura em condições de clima seco. A transmissão por semente parece não ser importante, uma vez que o inóculo existe na maioria dos solos, porém sementes infectadas podem ter a germinação reduzida. Em busca de novas alternativas de controle o presente estudo visou avaliar “in vitro” a eficiência do óleo de Melaleuca alternifolia em 5 diferentes concentrações (0,0; 0,2; 0,4; 0,6 e 0,8%) na inibição do crescimento micelial de M. phaseolina. Transferiu-se um disco de 0,6cm de M. phaseolina e incubou-se as placas de Petri a 20ºC e fotoperíodo de 12h por um período de 3 dias quando a testemunha atingiu o máximo de crescimento micelial na placa. A eficiência da ação do óleo de melaleuca foi verificada através de medições do diâmetro das colônias em centímetros, determinando-se a média de inibição dos tratamentos comparada à testemunha. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado com cinco repetições. Observou-se que na dosagem de 0,2% houve um retardo no crescimento do fungo quando comparado com a testemunha. A partir da dose 0,4% houve inibição total do crescimento. Apoio Financeiro: FAPEMIG. CAL-020 Inibição do crescimento micelial de Alternaria alternata pelo óleo de melaleuca. Martins J AS, Assis AM, Araújo MMS, Garcia RA, Juliatti FC. Universidade Federal de Uberlândia – ICIAGNúcleo de Fitopatologia, Campus Umuarama, Uberlândia, MG. �� Email: [email protected]. Alternaria alternata growth mycelial inhibition by tea tree oil. Doenças fúngicas são responsáveis por grandes perdas na cultura do tomate, o que justifica a atribuição de 40% do custo de produção do mesmo em fungicidas. A doença conhecida como Cancro da haste é causada pelo fungo Alternaria alternata, os frutos infectados apresentam sintomas típico como lesões necróticas de característica escura. Em busca de novas alternativas de controle o presente estudo visou avaliar “in vitro” a eficiência do óleo de Melaleuca alternifolia em diferentes concentrações na inibição do crescimento micelial de Alternaria alternata. Foram utilizadas 3 concentrações (0,2; 0,6 e 0,8%) de óleo de melaleuca incorporados no meio de cultura BDA, e vertidos em placas de Petri.Transferiuse um disco de 0,6 cm de A.alternata e incubou-se as placas a 20ºC e fotoperíodo de 12 h por um período de 15 dias. A eficiência da ação do óleo de melaleuca foi verificada através das medições do diâmetro das colônias em centímetros, determinando-se a média de inibição dos tratamentos comparada à testemunha. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado com dez repetições. Observou-se total inibição do crescimento micelial nas concentrações 0,6 e 0,8% do óleo. O fungo apresentou sensibilidade ao óleo a partir do concentrado 0,6%. Entretanto, evidencia-se a necessidade de estudos da aplicação do óleo de melaleuca “in vivo”. Apoio Financeiro: FAPEMIG. S 106 CAL-021 Índice SPAD influenciado por elevados teores foliares de potássio e a severidade da mancha parda em arroz. Andrade CCL, Silveira PR, Carvalho MP, Baroni JCP, Loureiro Júnior JE, Rodrigues FÁ. ������������������������������������������ Universidade Federal de Viçosa, Depto. de Fitopatologia. E-mail: [email protected]. SPAD index affected by high foliar level of potassium and the severity of brown spot in rice. A mancha parda do arroz, causada pelo fungo Bipolaris oryzae, é uma das principais doenças do arroz no Brasil. Esse trabalho teve como objetivo verificar o efeito de elevados teores foliares de potássio (K) no índice SPAD e a severidade dessa doença. O experimento foi instalado num DBC em esquema fatorial 5x2 com 5 repetições. Os fatores estudados foram: 5 doses de K (25, 50, 75, 100 e 125 mg de K dm-3 de solo utilizando o cloreto de potássio como fonte desse elemento) e plantas inoculadas ou não. Plantas de arroz da cultivar Metica-1 foram inoculadas com conídios de B. oryzae (5 x 103 conídios/ml) aos 33 dias após emergência (DAE). O índice SPAD foi avaliado na segunda e terceira folha do perfilho central de cada planta aos 33, 38, 39 e 45 DAE utilizando-se o aparelho Minolta SPAD-502. Avaliou-se também a área abaixo da curva do progresso da mancha parda (AACPMP) e o teor foliar de K (TFK). O índice SPAD foi negativamente afetado pelas doses crescentes de K somente em plantas inoculadas (Y = 27,55 - 0,28 x, R2 = 0,44). A AACPMP não sofreu influência das doses crescentes de K. O TFK aumentou linearmente em plantas inoculadas (Y = 2,46 - 0,063 x, R2 = 0,49) e não inoculadas (Y = 2,09 - 0,11 x, R2 = 0,84) em função das doses crescentes desse elemento adicionadas ao solo. Agradec.: FAPEMIG e CNPq. CAL-022 Efeito do silício na atividade de enzimas de defesa do trigo à mancha marrom. Oliveira HV, Domiciano GP, Xavier Filha MS, Moreira WR, Pereira SC, Andrade CCL, Rodrigues FÁ, Vale FXR. Universidade Federal de Viçosa, Depto de Fitopatologia, Viçosa, MG. E-mail: [email protected]. Effect of silicon on the activity of enzymes related to wheat defense against spot blotch. O objetivo desse trabalho foi avaliar o efeito do silício (Si), nas atividades das enzimas de defesa peroxidases (POX), polifenoloxides (PFO) e quitinases (QUI), em folhas de plantas das cultivares de trigo BR18 e BRS208, crescidas em vasos contendo 0 e 0,30 g Si/kg de solo. Plantas com 45 dias de idade (estádio de máximo perfilhamento) foram inoculadas com Bipolaris sorokiniana. A primeira e a segunda folha do perfilho principal das plantas, das repetições de cada tratamento, foram coletadas às 0, 12, 24, 48, 72 e 96 horas após a inoculação (HAI) para se medir a atividade de cada enzima. Observou-se um aumento significativo na atividade das QUI a partir das 48 HAI, nas plantas das duas cultivares supridas com Si, porém de forma mais acentuada na cultivar BRS 208. A atividade da POX foi maior nas plantas da cultivar BRS 208 supridas com Si. A atividade da PFO foi baixa nas folhas das plantas que receberam ou não Si. Plantas supridas com Si, por apresentarem maior atividade das enzimas QUI e POX, apresentaram reduzidos valores de severidade da mancha marrom. Apoio: FAPEMIG e CNPq. Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008 XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia CAL-023 Efeito de doses crescentes de potássio no progresso da mancha parda em arroz. Silveira PR, Baroni JCP, Andrade CCL, Carvalho MP, Loureiro Júnior JE, Rodrigues FÁ. ������������������������ Universidade Federal de Viçosa, Depto. de Fitopatologia. E-mail: [email protected]. Effect of potassium rates on the progress of brown spot in rice. A mancha parda do arroz, causada pelo fungo Bipolaris oryzae, é uma das principais doenças do arroz no Brasil. Esse trabalho teve como objetivo verificar o efeito de doses crescentes de potássio (K) no progresso dessa doença. O experimento foi instalado num DBC com 5 tratamentos e 5 repetições. Os tratamentos corresponderam às doses de 25, 50, 75, 100 e 125 mg de K dm-3 de solo utilizando o cloreto de potássio como fonte desse elemento. Plantas de arroz da cultivar Metica-1 foram inoculadas com conídios de B. oryzae (5 x 103 conídios/ml) aos 33 dias após emergência. Foi avaliado o período de incubação (PI), o número de lesões (NL) por cm2 de área foliar, a área abaixo da curva do progresso da mancha parda (AACPMP), o teor foliar de K (TFK) e o peso da matéria seca da parte aérea (PMSPA). Nenhum componente de resistência bem como o PMSPA foi afetado pelas doses crescentes de K. O TFK (Y = 2,46 - 0,063 x, R2 = 0,49) aumentou em função das doses crescentes desse elemento adicionadas ao solo. Agradec.: FAPEMIG e CNPq. CAL-024 Efeito do silício na taxa fotossintética de cultivares de trigo com sintomas de brusone. Silveira PR, Xavier Filha MS, Domiciano GP, Oliveira HV, Moreira WR, Rodrigues FÁ. Departamento ���������������� de Fitopatologia, UFV, Viçosa, MG. E-mail: [email protected]. Effect of silicon on the photosynthetic rate of wheat cultivars with symptoms of blast. O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito do silício (Si) na taxa fotossintética (TF) de plantas das cultivares de trigo Aliança e BH1146 crescidas em vasos contendo 0 e 0,30 g Si/kg de solo. Plantas com 45 dias após a emergência foram inoculadas com uma suspensão de conídios de Pyricularia grisea (concentração 105 conídios/mL) e a TF, expressa em µmol CO2m-2 s-1, foi medida às 0, 60, 84 e 108 horas após inoculação (HAI) utilizando-se a aparelho “LI 6400 Portable Photosynthesis System”. As avaliações da TF foram realizadas na folha bandeira (FB) e na primeira folha abaixo (FA) da FB. A severidade da brusone foi avaliada às 60, 84 e 108 HAI. A TF das folhas das plantas da cultivar Aliança e BH 146 foi significativamente maior na presença de Si às 60 e 84 HAI, respectivamente. As plantas supridas com Si apresentaram uma TF sempre superior as plantas não supridas com esse elemento devido aos menores valores de severidade da brusone. Apoio: FAPEMIG e CNPq. Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008 CAL-025 Fungi, pathogenic to soybean, cotton, stylosanthes and wheat, are sensitive to organic extracts of Cerrado native Annonaceae plants. �������� Silva MS1, Espíndola LS2, Paula JE2, Rocha TL3, Silva ACP1, Oliveira LD1, Silva LN1, Costa JVM1, Murad AM3, Charchar MJD’Á1, Anjos JRN1. 1Embrapa Cerrados, Planaltina, DF, Brazil; 2 UnB, Brasília, DF, Brazil; 3Cenargen, Brasília, DF, Brazil; E-mail: [email protected]. Fungos, patogênicos a soja, algodão, estilosantes e trigo, são sensíveis a extratos orgânicos de plantas Annonaceae nativas do Cerrado. Activity of 60 organic extracts from Cerrado native Annonaceae plants was tested against in vitro growth of 6 fungi, pathogenic to cotton (Colletotrichum gossypii var. cephalosporioides), wheat (Pyricularia grisea), stylosanthes (Colletotrichum gloeosporioides) and soybean (Macrophomina phaseolina, Sclerotinia sclerotiorum, Fusarium solani f. sp. glycines). No leaf extract was active. No extract affected C. gloeosporioides or F. solani. S. sclerotiorum was susceptible to Annona sp. stem core hexanic extract and Duguetia sp. root core/cortex ethanolic/hexanic extracts. P. grisea was sensitive to Duguetia sp. root core/cortex hexanic extract and Cardiopetalum sp. stem core ethanolic/hexanic extracts. C. gossypii was susceptible to Duguetia sp. root core hexanic extract, Duguetia sp. root cortex ethanolic extract and Cardiopetalum sp. stem core ethanolic/hexanic extracts. M. phaseolina was sensitive to Annona sp. stem core ethanolic extract, Duguetia sp. root cortex hexanic and root core ethanolic extracts and Xylopia sp. stem core ethanolic extract. The antifungal principles will be investigated. Support: Embrapa, FAPDF/CNPq(IC Jr). CAL-026 Soybean, cotton and wheat pathogenic fungi are susceptible to organic extracts of Cerrado native Sapindaceae, Sapotaceae and Clusiaceae plants. Silva �������� MS1, Espíndola LS2, Rabello, AR1, 1 2 Alves RS , Paula JE , Rocha TL3, Santos LCB1, Silva LJ1, Assis MFO1, Oliveira GAP1, Nascimento TA1, Costa TKD1, EspíritoSanto FRS1. 1Embrapa Cerrados, Planaltina, DF, Brazil; 2UnB, Brasília, DF, Brazil; 3Cenargen, Brasília, DF, Brazil; E-mail: [email protected]. Fungos patogênicos de soja, algodão e trigo são susceptíveis a extratos orgânicos de plantas Sapindaceae, Sapotaceae e Clusiaceae nativas do Cerrado. Out of 37 tested organic (hexanic, ethanolic, methanodichloric) extracts from Cerrado native Sapindaceae (Cupania sp.; Magonia sp.; Matayba sp.), Sapotaceae (Pouteria ssp.) and Clusiaceae (Kielmeyera sp.; Calophylum sp.) plant organs (leaf, stem, root), 21 extracts were active against in vitro growth of 5 fungi, pathogenic to cotton (Colletotrichum gossypii var. cephalosporioides), wheat (Pyricularia grisea) and soybean (Macrophomina phaseolina, Sclerotinia sclerotiorum, Fusarium solani f. sp. glycines). C. gossypii was susceptible solely to Cupania sp. and Magonia sp. P. grisea was sensitive to all plant genus tested. M. phaseolina was sensitive to almost all Clusiaceae tested genus, except for Kielmeyera sp., and to almost all Sapindaceae and Sapotacea tested genus, except for Matayba sp. S. sclerotiorum was susceptible to almost all plant genus tested, except for Magonia sp. and Matayba sp. F. solani was susceptible solely to Cupania sp. stem ethanolic/hexanic extracts. These antifungal principles will be further investigated. Financial support: Embrapa, FAPDF/CNPq(IC). S 107 XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia CAL-027 Métodos alternativos de controle de oídio em pepino causado por Sphaerotheca fuliginea. Silva JC, Vieira GHC, Kulczynski SM, Souza LA, Rossi RF, Oliveira Filho AC. Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul, Cassilândia-MS, Brasil. �������� E-mail: [email protected]. Alternative methods of powdery mildew control in cucumber caused by Sphaerotheca fuliginea. Produtos naturais como extrato de própolis e leite são cada vez mais utilizados na produção orgânica para o controle de doenças. Avaliou-se o efeito destes produtos sobre a incidência e severidade foliar (escala de notas de 1 a 6) do oídio (Sphaerotheca. fuliginea) em 4 cultivares de pepino (Híbridos F1 Nikkey, Podium, Runner e Supremo). Os tratamentos constituíram-se de extrato de própolis (8% e 16%) e leite de vaca (40%), sendo a água utilizada como testemunha e o Folicur 200 CE como fungicida padrão. A aplicação dos tratamentos foi realizada através de pulverizações. Foram realizadas 3 avaliações semanais subseqüentes. Após a segunda aplicação dos produtos observamos que o melhor tratamento foi o do leite, o qual reduziu a severidade do oídio, para todas as cultivares de pepino, não diferindo da testemunha (fungicida), entretanto, o extrato de própolis na concentração de 16% após a terceira aplicação apresentou atividade antifúngica. CAL-028 Avaliação de extratos de nim (Azadirachta indica A. Juss.) para o controle de Sclerotinia sclerotiorum (Lib.) e Fusarium sp. Moraes MD, Kulczynski SM, Barbosa MMM, Menegazzo ML, Silva JC. Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul. Email: [email protected]. Evaluation of nim extracts (Azadirachta indicates A. Juss.) for the control of Sclerotinia sclerotiorum (Lib.) and Fusarium sp. Os patógenos de solo Sclerotinia sclerotiorum (Lib.) e Fusarium sp. inviabilizam o cultivo das principais culturas econômicas. Buscando-se alternativa para seu controle, desenvolveu-se o presente trabalho com objetivo de testar o efeito antifúngico de diferentes concentrações de extratos de folha (8%, 4% e 2%), semente (4%, 2% e 1%) e óleo de nim (1%, 0,5% e 0,25). Representam testemunhas o BDA (positiva) e Orthocide® (negativa). O delineamento experimental foi em DIC, com 11 tratamentos e 5 repetições. Folhas e sementes foram trituradas com água, colocados para decantar por 24 horas e coados para obtenção do extrato puro a 10%, que foi diluído, até atingir as concentrações. A atividade antifúngica foi avaliada por meio de determinação do crescimento micelial de Sclerotinia sclerotiorum (Lib.) e Fusarium sp., em cada extrato e em 3 períodos de incubação (48, 72, 96 horas). Os tratamentos com extrato de folhas e sementes não inibiram o crescimento micelial de Sclerotinia sclerotiorum, em todas as concentrações testadas, não diferindo do óleo de nim a 0,25%. Entretanto para este patógeno o melhor resultado foi com óleo de nim a 1%, não diferindo do padrão químico. O óleo de nim em todas as concentrações foi eficiente no controle de Fusarium sp. S 108 CAL-029 Efeito de produtos alternativos no controle da ferrugem do cafeeiro. Costa DR, Zambolim L, Souza AF, Neto PNS, Lopes UP, Nogueira Junior AF, Lanza FE. ������������������������������� Departamento de Fitopatologia, UFV-Viçosa-MG, Brasil. E-mail: [email protected]. Effect of alternative products on the control of the coffee leaf rust. O experimento foi conduzido entre fev/2004 e ago/2007 em lavoura de café cv. Catuaí Vermelho, em Coimbra-MG. O delineamento utilizado foi o de blocos ao acaso com parcelas subdivididas, sendo a parcela constituída por 7 tratamentos e a subparcela por 2 épocas de aplicação (E1 e E2), e três repetições. Os produtos foram aplicados mensalmente no período de dez a mar (E1) e de dez a mar e em jun e jul (E2). Os tratamentos (g ou ml/L) foram: T1-Testemunha; T2-Bordasul 3,75g + Sulfocal 7,5g + Sulfato de Zinco 5g(SZ) + Ácido Bórico 3g(AB); T3-Viçosa Café 12,5g; T4-Rocksil 10g + SZ+AB + Sulfato de Cobre 5g(SC) + Cal 5g; T5-Fosfito 3,75ml + SZ+AB+SC + Cal 5g; T6-Super Magro 10ml + SZ+AB + Hidróxido de Cobre 3,75g(HC); T7-Nim 10ml + SZ+AB+HC. Avaliou-se o progresso da ferrugem entre os meses de nov e jul de cada ano através da incidência da doença e com os dados calculou-se a área abaixo da curva de progresso da ferrugem (AACPF). A AACPF média dos quatro anos nos tratamentos 1, 2, 3, 4, 5, 6, e 7 foram: 1660, 527, 424, 219, 134, 175 e 236 na E1 e 1549, 422, 455, 165, 127, 140 e 145 na E2, respectivamente. Os Tratamentos 2, 3, 4, 5, 6 e 7 diferiram do 1 pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade mostrando-se eficientes no controle da ferrugem. Não houve diferença entre as épocas de aplicação. Apoio financeiro: FAPEMIG. CAL-030 Efeito de óleos essenciais sobre o crescimento micelial do fungo Fusarium oxysporum isolado da Bananeira. Silva AC, Souza PE, Pinto JEBP, Silva BM, Silva EH, Perina FJ. Departamento de Fitopatologia, UFLA, Lavras, MG, Brasil. E-mail: andrec_agro@ yahoo.com.br. Effect of essential oils on micelial growth of the fungus Fusarium oxysporum isolated from banana plant. O objetivo do trabalho foi avaliar o efeito de óleos essenciais sobre o crescimento micelial do fungo Fusarium oxysporum isolado da Bananeira. Foram utilizados os óleos essenciais de Hyptis marrubioides, Aloysia gratissima e de Cordia verbenacea. Todos os tratamentos foram realizados in vitro em meio BDA, no qual consistiram dos três óleos nas concentrações 6,25; 12,5; 25 e 50µL misturados ao meio de cultura e vertido em placa de Petri contendo 10 mL da mistura. Após a solidificação do meio foi depositado no centro da placa de Petri um disco de 5 mm do fungo. A testemunha constou-se água destilada estéril + Tween 20 a 1% misturado ao meio de cultura mais o disco de micélio. As avaliações foram realizadas diariamente iniciando-se 48 horas após o início da incubação. Os óleos essenciais de todas as plantas inibiram o crescimento micelial do fungo em relação à testemunha. O tratamento com o óleo da Aloysia gratissima na concentração de 50 µL obteve o menor crescimento do patógeno. Entre os óleos essenciais o de Cordia verbenacea foi o que obteve uma menor inibição do crescimento do fungo nas suas respectivas dosagens. Entre os óleo de Hyptis marrubioides, a maior inibição do crescimento do patógeno foi na concentração de 50 µL. Esses resultados indicam o potencial fungitóxico dos óleos essenciais no crescimento micelial de Fusarium oxysporum. Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008 XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia CAL-031 Caracterização e distribuição de raças de Colletotrichum sublineolum em locais de cultivo de sorgo. Maciel CT, Casela CR, Silva DD, Freitas ME, Costa RV. Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde, PUC-MG, Belo Horizonte, MG, Brasil. E-mail: cibele. [email protected]. Characterization and distribution of races of Colletotrichum sublineolum in cultivation areas of sorghum. A antracnose é a mais severa doença que ataca a cultura do sorgo no Brasil. Desta forma é imprescindível o conhecimento da variabilidade, diversidade e distribuição do patógeno, Colletotrichum sublineolum, para um correto manejo de resistência genética. Dez linhagens de sorgo (5 macho-estéreis e 5 restauradoras), do programa de melhoramento genético da Embrapa-CNPMS, foram inoculadas com 92 isolados monospóricos, provenientes de Pelotas- RS, Indianópolis e Sete Lagoas-MG e Palmeira de GoiásGO. As plantas foram avaliadas 12 dias após a inoculação por notas de 1 a 5, segundo Cardwel et al. (1989) e estas designaram as raças do fungo, conforme o sistema binário utilizado por Nietsche et al. (2001). Quarenta e cinco raças foram identificadas, a maioria em baixa freqüência na população. A maior freqüência foi observada para a raça 07.22 em todos os locais, exceto em Indianópolis, onde não foi encontrada. Indianópolis e Sete Lagoas tiveram o menor e o maior número de raças, respectivamente. A diversidade fenotípica de cada local foi calculada por meio dos índices de Shannon, Simpson e Gleason. A maior diversidade foi observada em Sete Lagoas, com valores de Shannon de 3,11 e Gleason de 6,83. A menor diversidade foi observada em Indianópolis de acordo com os três índices, no entanto, as raças deste local apresentaram o maior valor para o índice de complexidade (6,916). Fonte financiadora: CNPq e Embrapa-CNPMS. CAL-032 Efeito do silício no controle de Rhizoctonia solani, em bainhas de arroz. Reis RD, Rezende DC, Carré-Missio V, Rodrigues FÁ, Schurt DA. Departamento ������������������������������������������������ de Fitopatologia, UFV, Viçosa, MG, Brasil. E-mail: [email protected]. Effect of silicon on the control of sheath blight in rice. A queima das bainhas, causada pelo fungo R. solani, é uma doença importante na Ásia e América, reduz drasticamente a produção de grãos. A ausência de resistência genética em grande parte dos cultivares de arroz irrigado faz com que o uso de fungicidas seja a principal medida de controle dessa doença. A fertilização silicatada é uma estratégia de controle que pode ser utilizada no manejo integrado da queima das bainhas. Plantas de arroz das cultivares índica IRGA – 409 e japônica Labelle, foram crescidas em solução nutritiva, na concentração de 0 e 2 mmol Si L-1. Após 90 dias de crescimento das plantas, as bainhas foram inoculadas com palitos de dente (1cm) contendo micélio do fungo R. solani AG1, posteriormente estas foram levadas para câmara de crescimento (UR » 95%, 25ºC). Ao decorrer 36 horas após a inoculação, observou-se os sintomas R. solani em todos os tratamentos. Mediuse o comprimento da lesão em relação ao comprimento da bainha a 36, 48, 72, 96 e 120 horas. Observou-se que a cultivar IRGA – 409, suprida com Si, apresentou uma redução no comprimento da lesão, em relação ao comprimento da bainha, comparada com os demais tratamentos. Em relação à área abaixo da curva do progresso da doença, a cultivar IRGA – 409, suprida com Si, também apresentou uma redução em relação aos demais tratamentos. Apoio: Fapemig. Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008 CAL-033 Efeito do silicato de potássio, via foliar, no processo infeccioso de Hemileia vastatrix em folhas de cafeeiro. Carré-Missio V, Rezende DC, Schurt DA, Reis RD, Rodrigues FÁ, Zambolim L. Universidade Federal de Viçosa, DFP, 36570-000. �������� E-mail: [email protected]. Effect of potassium silicate, on foliar application, in infection process of Hemileia vastatrix on leaves of coffee plants. A ferrugem do cafeeiro (H. vastatrix) atinge todas as regiões cafeicultoras do Brasil, podendo ocasionar perdas em torno de 35% a 50% da produção. O objetivo deste trabalho foi observar o efeito do silício (Si) no processo de patogênese de H. vastatrix. O 2o par de folhas de mudas de cafeeiro foi pulverizado com silicato de potássio (SP) (FertiSil, INEOS Silicas Ltda) (20 g L-1) com (pH 5,5) ou sem (pH ≈ 10,5) alteração do pH. Folhas pulverizadas com água destilada serviram como testemunhas (T). Vinte quatro horas após a aplicação dos tratamentos, as plantas foram inoculadas com uma suspensão de 1 mg de uredósporos de H. vastatrix mL1 . Foram coletadas amostras das folhas entre 5 e 35 dias após a inoculação (D.A.I.) para observação no Microscópio Eletrônico de Varredura (MEV) e Microanálise de Raios-X (MAX), realizada no NAP/ MEPA da ESALQ/USP. As eletromicrografias mostraram que, em folhas da T aos 15 D.A.I. havia pústulas em início de desenvolvimento, enquanto que em folhas tratadas com SP (pH ≈ 10,5) observou-se apenas uredósporos germinados. Em folhas da T foi observada maior intensidade de pústulas em relação às folhas tratadas com SP. Pela MAX, detectou-se presença de Si somente em folhas de plantas tratadas com SP, embora em baixa quantidade em relação à testemunha. Apoio: FAPEMIG e CNPQ. CAL-034 Redução na severidade da mancha parda em grãos de arroz pelo silício. Mielli MVB, Dallagnol LJ, Rodrigues FÁ. Universidade Federal de Viçosa, Dept. de Fitopatologia, Viçosa, MG. �������� E-mail: [email protected]. Reduction on brown spot severity in rice grains by silicon. Este estudo objetivou avaliar o efeito do silício (Si) sobre alguns componentes de rendimento e de qualidade dos grãos de arroz produzidos por plantas da cultivar Oochikara (CO) e do mutante lsi1 (M) (deficiente na absorção ativa de Si). As plantas foram cultivadas em solução nutritiva contendo 0 ou 2 mM Si as panículas inoculadas com Bipolaris oryzae no início do estágio de grão-leitoso. Avaliou-se a severidade da mancha parda nos grãos (SEV), o número de grãos por panícula (GP), o peso de mil grãos (PMG), o rendimento de beneficio (RB) e os grãos inteiros (GI). A concentração de Si na casca dos grãos foi de 0,5 e 3,0% para CO e de 0,3 e 2,6% para o M, respectivamente, na ausência e presença de Si. Na ausência de Si, mais de 75% grãos produzidos pelas plantas da CO e do M apresentaram SEV superior a 50%. Já na presença de Si, mais de 80 e 60% dos grãos nas panículas, respectivamente, das plantas da CO e do M apresentaram SEV inferior a 10%. Nas plantas da CO inoculadas e supridas com Si, o GP, o PMG, o RB e o GI aumentaram, respectivamente, em 34, 18, 7 e 16%; enquanto que nas panículas das plantas do M essas variáveis aumentaram em 29, 12, 5 e 1%, respectivamente. Conclui-se que a mancha parda afetou o rendimento e a qualidade dos grãos produzidos e que o Si foi crucial para elevar os valores dessas duas variáveis. Apoio: FAPEMIG e CNPq. S 109 XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia CAL-035 Atividade de extratos de plantas medicinais no crescimento micelial e produção de escleródios de Sclerotinia sclerotiorum. Santana SM, Dias-Arieira CR, Barizão DAO, Silva ML, Yamagawa CM, Arieira JO. ����������������������������������� UEM-Umuarama, Umuarama, PR. Email: [email protected]. Extract activity of medicinal plants in the mycelial growth and sclerotium production of Sclerotinia sclerotiorum. Em anos recentes, Sclerotinia sclerotiorum tem sido um fator limitante da produção de morango em áreas de cultivo orgânico no noroeste do Paraná, tornando necessárias pesquisas para o controle alternativo deste patógeno. Objetivou-se avaliar a atividade de nove espécies de plantas medicinais sobre o crescimento micelial e a produção de escleródios de S. sclerotiorum in vitro. Discos de micélio do fungo, previamente isolado de morangueiro, foram transferidos para placas de Petri contendo macerado das plantas nas concentrações de 0, 1, 5, 10 e 15%, e foram incubados em BOD a 27 ºC. O crescimento micelial foi medido a cada três dias durante nove dias e o número de escleródios avaliados após 30 dias. Submeteram-se os dados à análise fatorial (9x5) e as médias foram comparadas pelo teste Scott-Knott 5%. O extrato de arruda foi o mais eficiente em reduzir o crescimento micelial do fungo, seguido por hortelã e losna. Além destes, extratos de orégano e citronela reduziram significativamente a produção de escleródios. Mas, em geral, o aumento no número de escleródios foi diretamente proporcional ao aumento das dosagens dos extratos. CAL-036 Eficiência do uso de cobertura plástica no controle de podridão da uva madura em videira. Andrade ER de, Schuck E. EPAGRI, Videira, SC, Brasil. E-mail: [email protected]. ����������� Efficiency on grapevine ripe rot control by using plastic covering. Atualmente, em Santa Catarina, vem se intensificando o cultivo de uvas para produção de vinhos, espumantes e consumo in natura. Entretanto, as condições climáticas no estado são muito favoráveis a ocorrência de doenças durante todo o ciclo vegetativo, e a viabilização do plantio dessas uvas, requer aplicação preventiva e freqüente de fungicidas para o controle de doenças. A podridão da uva madura (Glomerella cingulata), uma das principais doenças que incidem sobre os cachos, provoca perdas de até 100% da produção. A plasticultura é uma tecnologia, que visa diminuir ou até eliminar o uso de fungicidas, pois protege os órgãos verdes da planta, dificultando a ocorrência de infecção. O objetivo deste trabalho foi avaliar a eficiência do uso da cobertura plástica no controle de G. cingulata na cultivar Moscato Embrapa. Avaliou-se em laboratório, a incidência da doença em 200 cachos maduros, colhidos ao acaso, sendo 100 de plantas conduzidas sob cobertura plástica e 100 fora da cobertura. A incidência da doença nas plantas conduzidas sob cobertura plástica foi de 3,33% e nas plantas fora da cobertura plástica foi de 49,14%, embora tratadas semanalmente com fungicidas. Os resultados evidenciam a eficiência do uso da plasticultura no manejo integrado de G. cingulata em videira. S 110 CAL-037 Avaliação da atividade fungitóxica do óleo essencial das folhas de Aloysia gratissima. e Hyptis suaveolens. Cardoso JCW1, Pinto LBB1, Pinto JEBP1, Souza PE2, Bertolucci SKV1. 1Departamentos de Agronomia e 2Departamentos de Fitopatologia, UFLA,Lavras, MG Brasil. ������������������������ E-mail: [email protected] Fungitoxic activity of the essential oils from Aloysia gratissima and Hyptis suaveolens As plantas apresentam grande potencial de moléculas bioativas, com a necessidade de busca de compostos menos tóxicos para o agricultor e o meio ambiente. Esse trabalho teve como objetivo avaliar a atividade fungitóxica do óleo essencial, extraído das folhas de Aloysia gratissima Tronc. Hyptis suaveolens, por meio de ensaios biológicos “in vitro” contra os fitopatógenos Colletotrichum gloeosporioides, Fusarium oxysporium e Botrytis cinerea. Foi utilizado o meio de cultura BDA (batata-dextroseágar) na presença de diferentes concentrações de óleo essencial (20, 100 e 500 ppm) e dos controles negativos: BDA e BDA+ propilenoglicol. Os ensaios foram realizados em quadruplicatas, avaliando-se os raios médios em cm a partir da parte central do micélio. Os valores aferidos foram aplicados à fórmula do Índice de Crescimento Micelial (ICM) para as análises estatísticas. Para o fungo Botrytis cinérea apenas H. suaveolens a 500 ppm foi efetivo. O fungo Fusarium oxysporium apresentou inibição significativa a 500 ppm com óleos essenciais das duas plantas. No caso do fungo Colletotrichum gloeosporioides, todas as concentrações (20, 100 e 500 ppm) inibiram significativamente o crescimento micelial. Apoio Financeiro: CNPq, CAPES, FAPEMIG CAL-038 Efeito de óleos essenciais sobre a produção de conídio de Fusarium oxysporum isolado da Bananeira. Silva AC, Souza PE, Pinto JEBP, Pinto LBB, Silva BM. ������������������������������� Departamento de Fitopatologia, UFLA, Lavras, MG, Brasil. E-mail: [email protected]. Effect of essential oils above the production of conidia of Fusarium oxysporum isolated of the Banana plant. O objetivo do trabalho foi avaliar in vitro o efeito de óleos essenciais na produção de conídio do fungo Fusarium oxysporum isolado da Bananeira. Foram utilizados os óleos essenciais de Hyptis marrubioides, Aloysia gratissima e de Cordia verbenacea. Todos os tratamentos foram realizados in vitro em meio BDA. Os tratamentos consistiram dos três óleos nas concentrações 6,25; 12,5; 25 e 50µL, fungicida pyraclostrobin+epoxyconazole (Opera), na dosagem de 66,5+25g.i.a/ha e água mais Tween , no qual, foram misturados no meio de cultura e vertido em placa de Petri contendo 10 mL da mistura. A produção de conídio foi avaliada no nono dia de incubação, sendo que os esporos de cada placa foram suspensos em 100 mL de água, acrescidos de uma gota de Tween 80. Para cada placa, três alíquotas de 0,1 mL foram transferidas, separadamente, para uma lâmina de hemocitômetro, onde se procedeu à contagem de esporos. Os dados médios das três contagens foram transformados em conídios por cm2 de colônia, considerando-se a quantidade de conídios produzidos na área tomada pela colônia em cada placa. Foi observada uma maior produção de conídio no tratamento Hyptis marrubioides 50% seguido da Aloysia gratissima 6,25% e do fungicida. Observou-se também uma tendência de quanto maior a concentração do óleo maior a produção de conídio. A testemunha obteve a menor produção de conídios por cm2 de colônia. Trabalhos futuros devem avaliar a viabilidade dos conídios produzidos. Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008 XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia CAL-039 Efeito da adubação verde na supressividade à murcha-defusário do caupi. Oliveira SAS, Ferreira VVL, Michereff SJ, Nascimento CWAN. UFRPE, Recife-PE. ����������������� Email: sami@depa. ufrpe.br. Effect of green manuring on cowpea fusarium wilt suppressivity. A murcha-de-fusário, causada por Fusarium oxysporum f.sp. tracheiphilum, é uma importante doença do caupi nas regiões Nordeste e Norte do Brasil. Foi avaliado o potencial da adubação verde na indução da supressividade a essa doença em experimento conduzido em casa de vegetação, em solo franco arenoso infestado um isolado (CMM-732) do patógeno. Foram comparados 11 tratamentos, em quatro cultivos, considerando diferentes combinações de pousio (PO), caupi (CA), crotalaria juncea (CJ), crotalaria spectabilis (CS), feijão-de-porco (FP), guandu (GU), labe-labe (LA) e mucuna-preta (MP). As plantas de caupi foram avaliadas quanto à severidade da doença (SVD) e os solos analisados quanto às características microbiológicas e químicas. O melhor resultado foi obtido pela sucessão CJ-CA-CJ-CA, com redução de 40% na severidade da doença. Não foram constatadas correlações significativas entre as características microbiológicas dos solos e os níveis de SVD, mas houve correlação negativa entre essa variável e os teores de fósforo, indicando um dos possíveis mecanismos envolvidos na supressividade da murcha-de-fusário do caupi pela adubação verde com crotalaria juncea. CAL-040 Ação inibidora de óleos essenciais sobre o crescimento micelial de Botrytis cinerea. Barbosa MAG1, Terao D, batista dc, dos Anjos FGJ2, Câmara CAG3 1Embrapa Semi-Árido, 2Universidede de Pernambuco – Campus de Petrolina, 3Universidade Federal Rural de Pernambuco. E-mail: ���������������������������������� angelica.guimaraes@cpatsa. embrapa.br. Inhibitory action of essential oils on the mycelial growth of Botrytis cinerea. A podridão cinzenta, causada pelo fungo Botrytis cinerea, é uma importante doença pós-colheita em uva. No entanto, a restrição ao uso de fungicidas tem levado a procura de métodos alternativos de controle. Os óleos essenciais têm surgido como importante alternativa devido aos compostos presentes nas plantas que podem possuir ação antimicrobiana. Assim, o objetivo deste trabalho foi testar diferentes óleos essenciais no controle de B. cinerea. Foram testados seis óleos (capim santo, pitanga, canela, laranja pêra, pimenta-de-macaco e Funginate®) nas doses de 0; 50; 100; 150; 200 e 250 ppm. Para o Funginate foram usadas 0; 0,25; 0,5; 1; 1,5 e 2 vezes a dose recomendada pelo fabricante. Os óleos foram adicionados ao meio de cultura BDA fundente e após resfriamento do meio, discos de papel de filtro umedecidos com 8 µl de suspensão de 1 x 106 conídios/ml de B. cinerea foram transferidos para o meio. A avaliação foi realizada após o fechamento da primeira placa pelo crescimento fúngico. Após a seleção da melhor dose de cada óleo, foi realizado um teste de comparação entre os tratamentos, sendo incluído um tratamento padrão (tiabendazol) na dose recomendada pelo fabricante e a testemunha. As melhores doses foram as de 250 ppm para todos os óleos e de 0,25 vez para Funginate. Tiabendazol e Funginate proporcionaram 100% de inibição do crescimento micelial de B. cinerea, diferindo estatisticamente dos demais tratamentos (P=0,01%). Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008 CAL-041 Diferentes metodologias de esterilização na eficiência do extrato aquoso de alho. Venturoso LR, Pontim BCA, Bacchi LMA, Gavassoni WL, Conus LA. Universidade ������������������������������� Federal da Grande Dourados, UFGD, Dourados, MS. Email: [email protected]. br. Different sterilization methodologies in the efficiency of the aqueous extract of garlic. Foi conduzido no Laboratório de Fitopatologia da Universidade Federal da Grande Dourados um experimento com o objetivo de avaliar in vitro a atividade antifúngica de extrato aquoso de alho, submetido a diferentes processos de desinfestação e/ou esterilização sobre o crescimento micelial de Fusarium solani. O delineamento experimental utilizado foi inteiramente casualizado, com 5 tratamentos e 8 repetições. Utilizou-se o extrato de alho na concentração de 20 %, submetido posteriormente a filtragem (FI), banho maria a 65 °C (BM), tindalização (TI) e autoclavagem (AT), mais a testemunha. Posteriormente os extratos foram incorporados em meio BDA e acondicionados em placas de Petri. Os tratamentos foram avaliados medindo-se o diâmetro da colônia do fungo em dois eixos ortogonais, em intervalos de três dias. Foi observado em todas as leituras maior crescimento do fungo na testemunha, evidenciando o potencial antifúngico do extrato de alho. O crescimento micelial do patógeno foi influenciado pelo modo de preparo do extrato, logo a partir da primeira leitura, verificando superioridade dos extratos FI e BM. Na segunda leitura o extrato FI proporcionou a maior inibição do crescimento de Fusarium, seguido pelos extratos BM, TI e AT. Na terceira e última leitura, a maior eficiência também foi observada para o tratamento FI. CAL-042 Controle de Colletotrichum lindemuthianum por extratos de Pycnoporus sanguineus. Baldo M, Stangarlin JR, Iurkiv L, Meinerez CC, Kuhn OJ, Franzener G. Unioeste, M. C. Rondon, PR. E-mail: ������������������������������������������ [email protected]. Control of Colletotrichum lindemuthianum by Pycnoporus sanguineus extracts. Um dos enfoques da agricultura agroecológica é o controle alternativo de doenças. Este trabalho teve como objetivos avaliar o controle da antracnose em feijoeiro por extratos aquosos de micélio (EM), basidiocarpo (EB) e filtrado de cultura (EF) de Pycnoporus sanguineus, bem como a indução de resistência pela determinação da severidade e da atividade das enzimas peroxidase (POX), polifenoloxidase (PFO), fenilalanina amônia-liase (FAL) e β-1,3 glucanase. Extratos nas concentrações 5 e 10% foram aplicados nas 1as folhas trifoliadas de feijoeiro, três dias antes da inoculação do patógeno realizada nas 1as e 2as folhas. Água, acibenzolar-Smetil (75 mg i. a. L-1) e fungicida azoxystrobin (4 g i. a. L-1) foram utilizados como tratamentos controle. Para dosagem das enzimas foram amostradas as 1as e 2as folhas no momento dos tratamentos e após 3, 6, 9, 12 e 27 dias. Nas plantas, os EF 5 e 10% reduziram 69 e 67%, respectivamente, a severidade nas 1as folhas, enquanto o fungicida e ASM reduziram 87 e 76%, respectivamente. Nas 2as folhas EB 10% e EF 5 e 10% reduziram em média 63% a severidade, de forma sistêmica. Esta redução na severidade pode estar associada com POX, FAL e β-1,3 glucanase que apresentaram alterações na atividade específica, o que não foi observado para PFO. Estes resultados indicam o potencial dos extratos de P. sanguineus no controle da antracnose do feijoeiro. S 111 XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia CAL-043 Efeito de indutores naturais de resistência sobre Meloidogyne incognita em alface cultivadas em sistema orgânico. Serra IMRS, Silva GS, Ferreira ICM. Departamento de Fitotecnia e Fitossanidade, UEMA, São Luis, MA, Brasil. E-mail: ���������������� ilka.tt@ gmail.com. Effect of the resistance inductor to lettuce plants on the Meloidogyne incognita the organic farming areas CAL-045 Efeito de diferentes concentrações de fosfitos e fungicidas no controle de Bipolaris sorokiniana in vitro. Santos HAA, Dalla Pria M, Silva OC, UEPG, Ponta Grossa, PR, Brasil. Email: �������������� hellen_ [email protected]. Effect of different concentrations of phosphites and fungicides in control of Bipolaris sorokiniana in vitro. O trabalho teve como objetivo avaliar o efeito de indutores naturais na expressão da resistência a Meloidogyne incognita em plantas de alface como uma alternativa sustentável no controle da doença sistema orgânico de produção. Os indutores Rocksil, Protesyl, Quitosana, Neem e Biopirol, foram aplicados 5 e 10 dias, em tratamentos independentes, antes da inoculação do patógeno através da pulverização foliar, utilizando duas dosagens para cada indutor. Plantas com 30dias de idade foram inoculadas com 5.000 ovos de M. incognita, distribuídos em sulcos feitos ao redor do colo das plantas. Trinta dias após a inoculação do patógeno, as plantas foram avaliadas quanto aos índices de galhas e massas de ovos. Todos os indutores mostraram-se eficiente em reduzir a reprodução do nematóide. No entanto, os indutores Rocksil, Protesyl, Quitosana e Neem na menor dosagem, na primeira ou segunda época de aplicação, foram o que apresentaram os menores índices de massa de ovos. Quanto ao número de galhas, destaca-se como menores índices, o tratamento com Quitosana, na menor dosagem e primeira época de aplicação. Estes resultados constituem a base para o desenvolvimento de tecnologias alternativas a serem utilizados no controle sustentável de doença de hortaliças em sistema orgânicos de produção. Com o objetivo de avaliar a eficiência de fosfitos e fungicidas sobre Bipolaris sorokiniana, testes in vitro foram conduzidos no Laboratório de Entomologia e Fitopatologia da Fundação ABC. Os produtos foram incorporados ao meio de cultura BDA, em placas de petri, para avaliação da inibição do crescimento micelial e, em lâminas, para avaliação da germinação de conídios. Foram testadas duas marcas comerciais de fosfitos (Phytus e Starphós) com a mesma formulação (30% de P2O5 e 20% de K2O) e um fungicida a base de epoxyconazole + pyraclostrobin (50 + 133 g i.a.L-1) nas concentrações de 0; 0,1; 1; 10; 100 e 1000 mg L-1, com quatro repetições. O crescimento micelial foi mensurado a cada 24 horas até o tratamento controle atingir os bordos da placa de petri. A germinação de conídios foi avaliada após incubação de seis horas no escuro, contando-se 100 conídios por repetição. A inibição máxima do crescimento micelial ocorreu na concentração de 1000 mg L-1 para os três produtos. Sendo que para o Starphós foi de 69,6% e para o Phytus 74% de inibição, com R2=0,96 e 0,85, respectivamente. O fungicida atingiu 100% de inibição, com R2=0,92. Na germinação de conídios os três produtos apresentaram inibição máxima na concentração de 1000 mg L-1 e com R2 acima de 0,9. CAL-044 Atividade de β-1,3 glucanases em cotilédones de soja tratados com frações provenientes de Pycnoporus sanguineus. Cristiane C. Meinerz, Luciana Iurkiv, José R. Stangarlin, Odair J. Kuhn. Universidade Estadual do Oeste do Paraná – Unioeste, Mal. Cdo. Rondon ������� –�� PR. ���������������������������� [email protected]. β-1,3 glucanase activity in soybean cotyledons treated with Pycnoporus sanguineus fractions. Extrato bruto (EB) de P. sanguineus vem sendo utilizado na indução de resistência em plantas. A enzima β-1,3 glucanase é responsável pela hidrólise de polímeros de β-1,3 glucana da parede celular fúngica e está freqüentemente relacionada com o processo de indução. O presente trabalho objetivou avaliar a capacidade de indução de β-1,3 glucanases pela aplicação de frações provenientes da precipitação de EB de P. sanguineus com sulfato de amônio (SA). Foram obtidos 5 cortes pela saturação com SA a: 0-20%, 20-40%, 40-60%, 60-80% e 80-100%. Utilizou-se também, os tratamentos EB 20%, S. cerevisiae (25 mg/mL) e água. Os tratamentos foram aplicados sobre cotilédones incisados. Após 20 h os mesmos foram macerados e determinada a atividade de β-1,3 glucanases a 410 nm. Apesar da ausência de diferença estatística entre os tratamentos, a fração 60-80% apresentou atividade enzimática 89% maior em relação ao controle água. O que pode indicar a presença de compostos tanto elicitores quanto inibidores de β-1,3 glucanases no EB de P. sanguineus. S 112 CAL-046 Doses de fosfitos e aplicação de fungicidas no controle das doenças foliares do trigo. Santos HAA, Dalla Pria M, Silva OC, May-De-Mio LL. ���������������������������������������������� UEPG, Ponta Grossa, PR, Brasil. Email: hellen_ [email protected]. Doses of phosphite and application of fungicides in controlling leaf diseases of wheat. Com o intuito de avaliar o efeito de doses de fosfitos e número de aplicações de fungicidas no controle das doenças foliares do trigo, foi realizado um experimento no Campo Experimental da Fundação ABC, Castro-PR, utilizando esquema fatorial (4x3) com quatro repetições, sendo 4 doses de fosfito: 0, 300, 600 e 1200 mL i.a.ha-1, aplicadas na elongação e no florescimento e 3 aplicações de fungicidas sendo: 1 aplicação (emborrachamento), 2 aplicações (emborrachamento e floração), e 3 aplicações (elongação, emborrachamento e floração), utilizando 675 g i.a.ha-1 de fenpropimorfe (elongação) e 137,25 g i.a.ha-1 de piraclostrob ina+epoxiconazole (emborrachamento e flor). Foram avaliadas a severidade do oídio, ferrugem das folhas e manchas foliares, componentes de rendimento, produtividade, e calculado a área abaixo da curva do progresso da doença (AACPD). Não houve interação entre doses de fosfitos e número de aplicação de fungicida no complexo de doenças. Houve resposta com três aplicações de fungicidas no controle de oídio, ferrugem das folhas e manchas foliares. O fosfito teve efeito apenas na maior dose no controle das manchas foliares. Na produtividade não houve efeito de fosfito x fungicida, com três aplicações de fungicida houve aumento da produtividade. Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008 XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia CAL-047 Quantificação de derivados da lignina e compostos fenólicos solúveis totais em bainhas de arroz, inoculadas com Rhizoctonia solani em plantas supridas com silício. Schurt DA, Reis RD, Rezende DC, Carré-Missio V, Rodrigues FÁ. ���������������� Departamento de Fitopatologia, UFV, Viçosa, MG, Brasil. E-mail: d_schurt@ yahoo.com.br. Quantification of derivative lignin e total phenolic compost in sheath rice inoculated with R. solani in plant mediated by silicon. A lignina é um polímero natural complexo composto por macromoléculas, sendo encontrada na parede celular de alguns vegetais. A presença da lignina na parede celular secundaria, confere rigidez e resistência à planta. Na cultivar Tetep, considerada resistente ao fungo, uma zona escura contendo compostos fenólicos oxidados ocorre envolvendo as lesões, caracterizando uma manifestação da resistência da planta. Plantas de arroz das cultivares índica IRGA – 409 e japônica Labelle, foram crescidas em solução nutritiva Hoagland modificado. Foram cultivadas 6 plantas por vaso de 8 litros, na concentração de 0 e 2 mmol Si L-1. Após 90 dias de crescimento das plantas, as bainhas foram inoculadas com palitos de dente (1cm) contendo micélio do fungo R. solani AG1, posteriormente estas foram levadas para câmara de crescimento (UR » 95%, 25 ± 2ºC) As bainhas das plantas a 0, 24, 36, 48, 72, 96 e 120 horas após inoculação, quantificou-se os derivados de lignina-ácido tioglicólico e compostos fenólicos solúveis totais. Observou-se um aumento nestes compostos em plantas supridas com Si em relação à testemunha. Apoio: Fapemig. CAL-049 Eficiência de casca de arroz carbonizada no controle da queima-da-bainha em arroz. Xavier DS1, Prabhu AS2, Silva-Lobo VL2, Filippi MCC2, Silva FR1, Rodrigues FÁ3. 1Uni-Ahanguera, Goiânia, GO; 2Embrapa Arroz e Feijão, Santo Antônio de Goiás, GO; 3Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, MG. Efficiency of carbonized rice hull in controlling rice sheath blight Foi realizado um experimento de campo, na Embrapa Arroz e Feijão, objetivando estudar a eficiência relativa de casca de arroz carbonizada, como fonte de silício, em relação ao fertilizante silicato de cálcio e magnésio (SCM) no controle da queima-da-bainha (Rhizoctonia solani) na cultivar BRS Alvorada. O delineamento utilizado foi blocos ao acaso, no esquema de parcelas subdivididas, com quatro repetições. As parcelas consistiram de tratamentos com SCM e casca de arroz carbonizada e as subparcelas de doses (0; 1; 3; 5 e 7t/ha de casca de arroz e doses correspondentes de SCM). As plantas sadias no campo foram transplantadas para bandejas plásticas em casa de vegetação e quando estavam com 100 dias de idade, as duas folhas superiores foram inoculadas com discos de BDA com micélio do isolado 4F1. A extensão da lesão a partir do ponto de inoculação foi avaliada para determinar a eficiência relativa dos produtos na redução do tamanho da lesão. A interação fontes de silício x doses não foi significativa. A dose mais alta reduziu o tamanho da lesão em relação à testemunha sem aplicação de silício. A redução do tamanho da lesão na folha bandeira foi maior com adubação de SCM em comparação à casca de arroz , neste primeiro ano de avaliação. Apoio Financeiro: Embrapa e CNPq. CAL-048 Caracterização de lignina de bainhas de arroz, inoculadas com Rhizoctonia solani em plantas supridas com silício. Schurt DA, Reis RD, Carré-Missio V, Rodrigues FÁ. Departamento de Fitopatologia, UFV, Viçosa, MG, Brasil. E-mail: ����������������������� d_schurt@yahoo. com.br. Characterization of lignin in rice sheath inoculated with R. solani in plant mediated by silicon. CAL-050 Silicato de potássio como potencializador da atividade de enzimas de defesa à ferrugem em plantas de café. Pereira SC, Carré-Missio V, Rezende DC, Rodrigues FÁ, Oliveira MGA, Zambolim L. Universidade Federal de Viçosa, DFP. �������� E-mail: [email protected]. Potassium silicate as a potentiater of the activity of enzymes related to the defense to rust in coffee plants. A lignina é um polímero natural composto por macromoléculas de origem fenilpropano, sendo encontrada na parede celular de alguns vegetais. A presença da lignina na parede celular secundaria, confere rigidez e resistência à planta. A pirólise é defina como a quebra de macromoléculas em fragmentos menores usando-se somente a energia térmica, na ausência de oxigênio. Plantas de arroz dos cultivares IRGA – 409 e Labelle, foram crescidas em solução nutritiva, na concentração de 0 e 2 mmol Si L-1. Após 90 dias de crescimento das plantas, as bainhas foram inoculadas com palitos de dente, contendo micélio do fungo R. solani AG1, posteriormente estas foram levadas para câmara de crescimento (UR » 95%, 25 ± 2ºC) As bainhas das plantas ao 0 e 120 horas após inoculação, de todos os tratamentos foram coletadas em N2 líquido, liofilizadas, moídas e peneiradas. Aproximadamente 100μg de material seco, foi colocado no cadinho e pirolisado a 550ºC. Imediatamente injetou o gás proveniente da pirólise, em um cromatografo gasoso acoplado ao espectrômetro de massa. Na análise dos pirogramas das bainhas, notou-se a presença de monômeros fenólicos derivados da lignina e compostos furânicos e pirânicos oriundos da desidratação e rearranjos dos carboidratos. Fazendo uma análise qualitativa não se observou diferença dos tratamentos Apoio: Fapemig. O silício (Si) aumenta a resistência de plantas às doenças e ao ataque de pragas. As plantas ativam diferentes mecanismos de defesa, entre eles o aumento na atividade de enzimas como as β-1,3-glucanases (GLU) e as quitinases (QUI) que hidrolisam componentes da parede celular fúngica; a fenilalanina-amônialiase (PAL) e as peroxidases (POD) importantes no processo da lignificação; as polifenoloxidases (PPO) formadoras de quinonas e as lipoxigenases (LOX) que catalisam a degradação de ácidos graxos. O presente trabalho teve como objetivo verificar se o Si reduziria a severidade da ferrugem do cafeeiro potencializando o aumento na atividade das enzimas GLU, QUI, PAL, POD, PPO e LOX. Plantas de café inoculadas e não inoculadas com H. vastatrix, foram pulverizadas com silicato de potássio (SP) via foliar. Utilizaram-se como tratamentos controle, a pulverização com água (A) e com o indutor de resistência Acibenzolar-S-Metil (ASM). A aplicação foliar de SP e de ASM reduziu a severidade (SEV) da ferrugem em comparação ao tratamento A. A indução das enzimas foram exclusivamente potencializadas pela presença do patógeno. A redução na SEV da doença deveu-se à polimerização do SP na superfície foliar que possivelmente, dificultou a penetração do fungo ou afetou a viabilidade das suas estruturas reprodutivas. Apoio: FAPEMIG e CNPQ. Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008 S 113 XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia CAL-051 Silício como potencializador da atividade de enzimas de defesa à ferrugem em plantas de soja. Pereira SC, Carré-Missio V, Rios JA, Rodrigues FÁ, Oliveira MGA, Zambolim L. Universidade Federal de Viçosa, DFP. E-mail: �������������������������������������� [email protected]. Silicon as a potentiater of the activity of enzymes related to the defense to rust in soybean plants. CAL-053 Controle de Phytophthora palmivora por extratos vegetais e óleos essenciais. Soares LPR1, Amorim EPR1, Peixinho GS1, Silva JC1, Barbosa LF1. 1Laboratório de Fitopatologia, Centro de Ciências Agrárias,Universidade Federal de Alagoas. ������������������� E-mail: lp.peixoto@ yahoo.com.br. The control of Phytophthora palmivora fungus by plant extracts and essential oil. Os efeitos do silício (Si) são usualmente expressos sob condições de estresse, tanto abiótico como biótico. Em resposta a infecção por patógenos, as plantas ativam diferentes mecanismos de defesa, dentre estes, a atividade de enzimas como as β-1,3glucanases (GLU) e as quitinases (QUI) que catalisam a hidrólise de componentes da parede celular fúngica; a fenilalanina-amônialiase (PAL) e as peroxidases (POD) intermediárias da lignificação; as polifenoloxidases (PPO) que catalisam a formação de quinonas e as lipoxigenases (LOX) que catalisam a degradação de ácidos graxos. Com o objetivo de verificar se o Si via foliar reduziria a severidade da ferrugem asiática da soja potencializando a atividade das enzimas GLU, QUI, PAL, POD, PPO e LOX, plantas de soja inoculadas e não inoculadas com Phakopsora pachyrhizi, foram pulverizadas com silicato de potássio (SP). Utilizaram-se como tratamentos controle, a pulverização com água (A) e com o indutor de resistência Acibenzolar-S-Metil (ASM). As atividades das enzimas foram exclusivamente potencializadas após a infecção pelo patógeno. A aplicação foliar de SP e de ASM reduziu a severidade da ferrugem. A redução da severidade da doença pelo Si via foliar foi devido à barreira física criada pela polimerização de SP, com efeito negativo sobre o estabelecimento do patógeno. Apoio: FAPEMIG e CNPQ. O efeito inibidor “in vitro” sobre o crescimento micelial de Phytophthora palmivora (PIC), agente causal da podridão radicular do mamoeiro, foi avaliado usando-se extratos aquosos de manipueira e nim, óleos essenciais de citronela, eucalipto, pimenta (piper aduncum) e gengibre, produto comercial a base de biomasssa cítrica (ecolife®) e fungicida (metalaxyl + mancozeb) em diferentes dosagens: 20 40 e 60% para manipueira; 5 10 e 15% para o extrato de nim; 0,5, 1 e 1,5 % para os óleos essenciais; 2,5; 3,5 e 4,5g/L para o fungicida e 0% para as testemunhas. Todos os extratos e óleos foram esterilizados em luz UV, por 30 minutos antes de serem adicionados ao meio BDA autoclavado. Os óleos de citronela, eucalipto e o fungicida, em todas as concentrações e manipueira, (40 e 60%) inibiram em 100% a PIC do fungo, constituindo os melhores tratamentos. Ecolife e óleo de pimenta inibiram parcialmente o crescimento micelial, com um incremento na PIC à medida que se aumentava a concentração do produto. O extrato de nim e óleo de gengibre não diferiram da testemunha. A inibição parcial ou total da PIC do fungo demonstra a existência de compostos de ação antifúngica nos extratos e óleos testados. CAL-052 Controle de Cryptosporiopsis perennans com água aquecida e luz UV-C em maçãs. Bartnicki VA¹, Valdebenito Sanhueza RM². ¹Universidade do Estado de Santa Catarina. ²Pesquisadora CNPq. E-mail: [email protected]. Control of Crptosporiopsis perennas by heated water and UV-C light on apple. Avaliou-se o efeito da água aquecida e da luz UV-C no controle de Cryptosporiopsis perennans em maçãs. Frutos da cv. ‘Fuji’ foram inoculados por aspersão com uma suspensão de 1x106 conídios.mL1 de C. perennans e incubados na temperatura de 20ºC por 4 horas e, em seguida submetidos aos tratamentos na linha de seleção de maçãs: aspersão de água aquecida a 50ºC por 15 e 30 segundos ou exposição a luz UV-C (10 lâmpadas de 30 watts) por 15, 30 e 60 segundos, a 10 cm da fruta. Cada tratamento foi dividido em 4 amostras de 2 frutos, as quais foram submetidas a lavagem por sonicatação (Ultra-Clear 1400 – 40 kHz) em 300 mL de água destilada e esterilizada com 1 gota de Tween 80, por 30 segundos. Amostras de 100 µL da água da lavagem foram plaqueadas em BDA ácido (pH 4,5). As placas foram incubadas com fotoperíodo de 12 horas a 22ºC e, após 7 de incubação efetuou-se a contagem do número de colônias por placa. Os tratamentos foram arranjados em um delineamento experimental inteiramente casualizado com quatro repetições e a unidade experimental constou de 2 placas. Os tratamentos por 30 segundos com água aquecida a 50°C e com luz UV-C controlaram 99,25 e 99,33 % respectivamente, quando comparados à testemunha. Os dois tratamentos físicos mostraram-se eficazes no controle de C. perennans. Apoio financeiro: CAPES. S 114 CAL-054 Inibição de Rhizoctonia solani e Fusarium sp. por extratos aquosos de plantas medicinais in vitro. Maggioni MS1, Batista DM1, Bacchi LMA1, Gavassoni WL1. 1Faculdade de Ciências Agrárias, Universidade Federal da Grande Dourados. E-mail: ������������ mia. [email protected]. Inhibition of Rhizoctonia solani and Fusarium sp. by aqueous extracts of medicinal plants in vitro. Fusarium sp. e Rhizoctonia solani causam tombamento em inúmeras culturas de importância econômica, incluindo a soja. Para o controle destes fungos normalmente utiliza-se o tratamento de sementes com fungicidas através do controle químico, que embora de grande eficiência, não pode ser aceito em sistemas orgânicos de produção vegetal. O controle alternativo pode ser feito fisicamente, por termoterapia ou radiação, biologicamente ou com o uso de extratos de plantas. O objetivo do trabalho foi avaliar o efeito de extratos de calêndula, melão-de-São-Caetano, alho e arruda sobre o crescimento micelial de Fusarium sp. e Rhizoctonia solani, in vitro. Extratos aquosos das plantas avaliadas, após filtragem para o de alho e tindalização para os demais, foram incorporados em meiode-cultura BDA na concentração de 10.000 ppm. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado com cinco tratamentos (incluindo testemunha) e 10 repetições. O extrato de calêndula não inibiu o crescimento dos fungos. Os extratos que melhores resultados apresentaram foram o de alho e o de arruda para os dois patógenos. Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008 XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia CAL-055 Utilização de biofumigação para o controle da Ralstonia solanacearum Smith em mudas de bananeira (Musa spp.). Andrade FWR, Nascimento LN, Silva JC, Amorim EPR. Laboratório de Fitopatologia, CECA-UFAL, Rio Largo, AL, Brasil. E-mail: [email protected]. Utilization of biofumigation for Ralstonia solanacearum Smith control in banana plant (Musa spp) seedling. A bananeira é uma das frutas mais consumidas no país e faz parte da dieta alimentar das mais diversas classes sociais. Entre as doenças causadas por bactérias o moko constitui uma permanente ameaça a essa cultura, tendo como agente causador a R. solanacearum. O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito de resíduos orgânicos, como raspas de mandioca, cascalhos de marisco, cama-de-frango, folhas de bananeira e gengibre sobre a severidade do moko em mudas de bananeiras. In vitro o melhor resultado foi observado no tratamento com raspas de mandioca 10 % com redução no número de colônias e presença de maior número de halos de inibição. Resultados significativos foram, ainda, observados nos tratamentos com gengibre 20%, cascalho de marisco (10 e 20%) e folhas de bananeira (10 e 20%), onde também houve aparecimento de halos de inibição. No experimento in vivo os substratos que receberam raspas de gengibre e folhas de bananeira apresentaram baixos índices de infecção das plantas, com 25% das plantas apresentando sintomas de murcha, enquanto que os tratamentos com cascalhos de marisco (10 e 20 %) apresentaram, respectivamente, 75 e 50% de sintomas de murcha, demonstrando que houve diferenças entre as dosagens. O tratamento com raspas de mandioca não diferiu da testemunha.. Apoio Financeiro: FAPEAL. CAL-056 Avaliação de produtos alternativos no controle da ferrugem asiática da soja em condições de campo. Mesquini RM1; Schwan-Estrada KRF1; Vieira RA, Nascimento JF1, Machado ATS1. 1Universidade Estadual de Maringá, PR. Email: ����������������� rmesquini@ gmail.com. Evaluation of alternatives products in the control of Asian soybean rust in crop conditions. O objetivo deste trabalho foi avaliar os produtos alternativos: Biomassa cítrica (1), extrato bruto (2) e óleo essencial (3) de Eucalyptus citriodora, grãos de kefir (4) no controle da ferrugem asiática da soja. Utilizou-se como padrão: azoxystrobina + ciproconazole (5) e a testemunha (6). O ensaio foi conduzido em Itambé-PR com delineamento de blocos ao acaso com 4 repetições, sendo cada repetição constituída por parcelas de 5 fileiras de 5 m. Os tratamentos alternativos foram aplicados preventivamente nos estádios R1, R2 e R3. As avaliações foram realizadas após a constatação da doença em R5, em intervalos de 5 dias até a desfolha. A AACPD, n° pústulas por cm2, produtividade, e peso de 1000 grãos foram submetidos à análise de variância e comparados pelo teste de Scott-Knott (P ≤ 0.05). Pela AACPD, o tratamento 5 apresentou melhor controle da doença do que os demais. Os tratamentos 1 e 4 apresentaram controle mais eficiente do que os tratamentos 2 e 5, ao passo que estes não diferiram da testemunha. Para n° de pústulas/cm2, o tratamento 5 também apresentou os menores índices. Os tratamentos 1, 3 e 4 apresentaram n° de pústulas/cm2 que não diferiu estatisticamente. O tratamento 2 não diferiu da testemunha, que atingiu, na média, 32 pústulas/ cm². Para produtividade e peso de 1000 grãos não foram observadas diferenças significativas entre os tratamentos. Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008 CAL-057 Controle alternativo da germinação in vitro de Sphaerotheca pannosa (Vallr. ex. Fr.) Lev., causador do oídio em roseira (Rosa sp). Silva CN1, Santana MV1, Oliveira AC2, Santos A1. 1 Lab. Fitopatologia-Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB), Vitória da Conquista/BA; 2Lab. Biologia Geral-UESB, Vitória da Conquista/BA; [email protected]. Alternative control on germination in vitro of Sphaerotheca pannosa, causal agent of powdery mildew in Rosa sp. O oídio em roseira interfere na sua comercialização. Este trabalho objetivou avaliar a eficiência de compostos alternativos na redução da germinação ‘in vitro’ de S. pannosa, sob DIC {T1 (Enxofre 0,625M); T2 (sabão Omo Aloe vera, 2g/100mL); T3 (sabão Minuano, 2g/100mL); T4 (T1 + T2); T5 (T1 + T3); T6 (Rotinin, 2g/100mL); T7 [Lentinulas edodes 40% (p/v)]; T8 [Agaricus blazei 40% (p/v)]; T9 [Bion 100ppm (i.a.)]; T10 (ácido acetil salicílico 1,84x10-2 M); T11 (T1 + T2 + T6) e T12 (contendo apenas 20 mL de meio agar-água)}, com 3 repetições/tratamento (1 repetição = 1 placa de Petri). Foi adicionado 1 mL da solução de 3,6 x 105 de conídios/mL em cada placa e, posteriormente, as mesmas foram incubadas 24 horas/escuro contínuo/25ºC/UR de 80% a 90%. Estimaram-se as razões entre conídios germinado/ total (3 repetições/placa, microscópio óptico 40X). Resultados médios dos tratamentos foram transformados (arcsen raiz x/100) antes de se realizar a ANAVA. Todos os tratamentos diferiram estatisticamente da testemunha (T12) (α<0,01). Estudos posteriores serão conduzidos visando elucidar a relação custo/benefício do emprego desses compostos no controle da doença em condições de campo. Apoio financeiro: UESB CAL-058 Viabilidade de aromas, sobre germinação de Hemileia vastatrix. Santana MV1, Silva CN1, Souza SE2, Santos A1. 1Laboratório de Fitopatologia-Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB), Vitória da Conquista/BA; 2Laboratório NematologiaUESB, Vitória da Conquista/BA. Feasibility of flavourings on germination of Hemileia vastatrix. O objetivo desse trabalho foi avaliar o efeito de diferentes aromas sobre a germinação de H. vastatrix agente causal da ferrugem do café. O experimento foi montado em delineamento inteiramente casualizado (DIC), com seis tratamentos, três repetições. Utilizaramse placas de Petri com 6 cm de diâmetro, contendo cada placa 20 ml de meio de cultura Agar-água com os seguintes tratamentos: (T1) Testemunha; (T2) Testemunha contendo folhas de café (Coffea sp.); (T3) Urina de vaca em lactação; (T4) Pimenta cumari (Capsicum baccatum); (T5) Fumo (Nicotiana tabacum) emacerado; (T6) Óleo de Eucalipto citriodora (Corymbia citriodora), em seguida foi depositado uma solução de inóculo 2,4 x 106 uredósporos/ml, determinada em câmara de Neubauer. As placas foram incubadas por 24 horas em escuro contínuo a temperatura de ±24ºC com umidade relativa de 90%. Para avaliar a germinação dos uredósporos foram realizadas três leituras/repetição, totalizando 54 leituras em microscopia óptica. Os resultados obtidos foram submetidos ao teste Tukey 5% de probabilidade o índice de germinação com a utilização do óleo de eucalipto apresentando 16,64 % e a urina de vaca com 38,92% de germinação, estes podem ser indicados para análises em futuros trabalhos de germinação do patógeno. S 115 XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia CAL-059 Avaliação de três métodos de inoculação de Phytophthora palmivora em mudas de mamoeiro. Santos TR, Tavares GM, Tocafundo F, Varjão LB, Luz EDMN. ���������������������������� Ceplac/Cepec/Sefit, ItabunaBA. E-mail: [email protected]. Evaluation of three methods of inoculation of Phytophthora palmivora in papaya seedlings. CAL-061 Inibição do crescimento micelial de Fusarium moniliforme pelo óleo de melaleuca. Corrêa da Silva JV, Martins JAS, Sagata E, Santos VA, Juliatti FC. Universidade Federal de Uberlândia – ICIAG- Núcleo de Fitopatologia. E-mail: [email protected]. Mycelial growth inhibition of Fusarium moniliforme by tea tree oil. A podridão-do-pé e dos frutos causadas por Phytophthora palmivora é importante doença do mamoeiro, e variedades resistentes com valor comercial são praticamente inexistentes. Objetivando estabelecer uma metodologia de inoculação e avaliação de resistência de genótipos a P.palmivora utilizou-se três métodos de inoculação: adição de suspensão de zoósporos a plântulas de mamoeiro com solo encharcado (M1), aplicação da suspensão de zoósporos ao redor das plântulas sem encharcamento (M2) e imersão do sistema radicular em suspensão de zoósporos (M3), cinco concentrações de inóculo 5x103, 104, 5x104, 105 e 5x105 zoósporos/mL e três variedades: Golden, Kapoho e Calimosa. O desenho experimental foi fatorial 3x3x5 utilizando-se 10 plantas por tratamento e comparou-se os efeitos de métodos, concentrações e cultivar usando-se o teste de Turkey, para a variável tempo de vida. O método M2 foi o menos drástico, diferindo significativamente dos outros dois que foram estatisticamente iguais. O genótipo Golden foi mais suscetível que os demais e a concentração de inóculo 105 foi a mais eficiente. Apoio Financeiro: FAPESB Fusarium moniliforme J. Sheldon (Giberella fujikuroi) (Sawada Wolen) é um dos principais patógenos do milho, causando redução na germinação da semente, morte de plântulas, podridão de raízes e de colmos e podridão dos grãos. Em busca de novas alternativas de controle o presente estudo visou avaliar “in vitro” a eficiência do óleo de Melaleuca alternifolia em diferentes concentrações na inibição do crescimento micelial de F. moniliforme. Foram utilizadas 6 concentrações (0,0; 0,1; 0,15; 0,20; 0,25 e 0,30%) de óleo de melaleuca incorporados no meio de cultura batata-dextroseágar (BDA), e vertidos em placas de Petri. Transferiu-se um disco de 0,6cm de F. moniliforme e incubaram-se as placas a 20ºC e fotoperíodo de 12h por um período de 8 dias quando a testemunha atingiu o máximo de crescimento micelial na placa. A eficiência da ação do óleo de melaleuca foi verificada através de medições do diâmetro das colônias em centímetros, determinando-se a média de inibição dos tratamentos comparada à testemunha. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado com quatro repetições. Observou-se que com o aumento das doses o crescimento micelial do fungo foi reduzido. Com a dose de 0,3% houve inibição total. Apoio Financeiro: FAPEMIG. CAL-060 Atividade de enzimas oxidativas, acúmulo de fenóis, lignina e incidência de vassoura-de-bruxa em mudas de cacaueiro expostas à preparações obtidas a partir do cultivo de um isolado de Streptomyces sp. Macagnan D1, Pascholati SF2, Albuquerque PSB2, Garcia EO2. 1CEFET-Rio Verde, Rio Verde-GO 2Esalq-USP, Piracicaba-SP. 3CEPLAC-Erjoh Marituba-PA. E-mail: dirceu. [email protected]. Oxidative enzymes activity, phenols and lignin accumulation and incidence of witches’ broom disease on cocoa seedlings exposed to preparations from a Streptomyces sp. cultivation. Um isolado de Streptomyces sp. foi capaz de induzir resistência em cacaueiro. Visando obter indícios da origem da molécula eliciadora da indução o microrganismo foi cultivado em meio BD líquido por 72h sendo posteriormente centrifugado. As preparações obtidas foram células vivas suspendidas em meio BD, células suspendidas em meio BD e autoclavadas, células vivas suspendidas no sobrenadante, sobrenadante livre de células e o meio de cultivo estéril. Mudas de cacaueiro genótipo PA 195 foram expostas aos diferentes preparados. As folhas, coletadas 1, 2, 4, e 8 dias depois de tratadas, foram submetidas à análise das enzimas peroxidase e polifenol oxidase. Quantificaram-se proteínas solúveis totais, fenóis totais e lignina. Mudas expostas às mesmas preparações foram também inoculadas com o patógeno Crinipellis perniciosa. Observou-se que não houve aumento na atividade das enzimas estudadas, bem como na quantidade de fenóis e lignina. Porém as mudas expostas às células autoclavadas demonstraram alta concentração de proteínas solúveis. Já a incidência da doença foi menor nas mudas expostas ao sobrenadante. Apoio financeiro: CAPES S 116 CAL-062 Aplicação de gesso no controle do mofo-branco do feijoeiro. Lehner MS, Lima RC, Prado AL, Teixeira H, Paula Júnior TJ, Vieira RF. �������������������������������������������������� Epamig-CTZM, Viçosa, MG, Brasil. E-mail: trazilbo@ epamig.br. Application of calcium sulfate for white mold control on common beans. O cálcio pode estimular os mecanismos de defesa do feijoeiro ao mofo-branco. O objetivo deste trabalho foi verificar o efeito de gesso (CaSO4) sobre a intensidade da doença. O experimento foi conduzido em área naturalmente infestada com escleródios de Sclerotinia sclerotiorum, no outono-inverno de 2007. Foram testados os seguintes tratamentos: 1. testemunha (água); 2. uma aplicação de fluazinam (início da floração); 3. duas aplicações de fluazinam (início da floração e 10 dias após); 4. uma aplicação de gesso (início da floração); 5. duas aplicações de gesso (início da floração e 10 dias após); 6. uma aplicação de fluazinam (início da floração) e uma de gesso (10 dias após); 7. uma aplicação de gesso (início da floração) e uma de fluazinam (10 dias após); 8. duas aplicações de gesso em mistura com fluazinam (1/2 dose, início da floração e 10 dias após). O gesso foi aplicado na dose de 6,2 kg ha-1 e o fluazinam (Frowncide 500 SC) na de 0,5 L ha-1. As aplicações foram feitas com regadores simulando aplicação via água de irrigação por aspersão. Foram utilizadas parcelas experimentais de 7,5 m2, em DBC e oito repetições. Empregou-se a cultivar Majestoso. Houve alta incidência (>80%) e baixa severidade da doença. Não houve efeito da aplicação de gesso no controle do mofo-branco do feijoeiro. A intensidade da doença foi levemente reduzida pelo fungicida. Apoio Financeiro: CNPq e FAPEMIG. Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008 XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia CAL-063 Aplicação de cloreto de cálcio e de silicato de cálcio visando ao controle do mofo-branco do feijoeiro. Santos J, Lima RC, Lehner MS, Prado AL, Teixeira H, Paula Júnior TJ, Vieira RF. Epamig-CTZM, Viçosa, MG, Brasil. E-mail: trazilbo@epamig. br. Application of calcium chloride and calcium silicate for white mold control on common beans. O cálcio é importante na defesa do feijoeiro contra o ataque de Sclerotinia sclerotiorum. O objetivo deste trabalho foi verificar o efeito de suspensões de cloreto de cálcio (CaCl2) e de silicato de cálcio (Ca2SiO4) pulverizadas (volume de calda de 800 L ha1 ) sobre feijoeiros do cv. Talismã no controle do mofo-branco. O experimento foi conduzido no outono-inverno de 2006, em Viçosa (MG), em área naturalmente infestada com escleródios de S. sclerotiorum. Os produtos foram aplicados no início da floração, nas doses de 100, 200, 300 e 400 mg L-1, ou no início da floração e 10 dias após, na dose de 300 mg L-1. Esses tratamentos foram comparados com a aplicação de água (testemunha) e do fungicida fluazinam (Frowncide 500 SC, 0,5 L i.a. ha-1, aplicado no início da floração e 10 dias após). Foram utilizadas parcelas experimentais de 10,5 m2, em DBC e quatro repetições. A incidência e a severidade do mofo-branco foram levemente reduzidas com a aplicação das suspensões de Ca, independentemente da dose, sem efeito significativo no rendimento da cultura. O fungicida reduziu a severidade e a incidência da doença em 52 % e 73 %, respectivamente, com aumento de rendimento de 31 %. Apoio Financeiro: CNPq e FAPEMIG. CAL-064 Atividade antifúngica de extratos vegetais sobre o crescimento micelial e germinação de esporos de Fusarium proliferatum. Souza AEF, Araújo E, Nascimento LC, Souto FM, Gomes ECS. Programa de Pós-Graduação em Agronomia, UFPB, Areia, PB, Brasil. E-mail: ������������������������������������������������������� [email protected]. Antifungical activity of naturals extracts on mycelia growth and spores germination of Fusarium proliferatum. F. proliferatum foi isolado a partir de grãos de milho pelo emprego do Blotter-test e cultivado em meio de cultura BDA (Agar batata dextrose), sendo as placas incubadas à temperatura ambiente (23 + 2°C) por oito dias. Foram avaliados os efeitos dos extratos de alho (Allium sativum L.) e capim-santo (Cymbopogon citratus Stapf.) nas concentrações 0,5%, 1,0%, 2,5%, 5,0% e 10,0% com relação à taxa de crescimento micelial (realizando-se, durante oito dias, a medição do diâmetro das colônias) e à germinação de conídios (esporos do fungo foram imersos em soluções dos extratos, nas mencionadas concentrações, e avaliados às 6, 12, 18 e 24 horas de imersão). Em função do extrato e das concentrações utilizadas, houve diferenças na velocidade de crescimento micelial, do diâmetro máximo alcançado pela colônia e da quantidade de esporos germinados. À medida que se aumentou a concentração dos extratos, observou-se redução da taxa de crescimento micelial e da germinação dos esporos de F. proliferatum. O extrato de alho, a partir da concentração 2,5%, mostrou-se superior aos demais tratamentos no controle do crescimento e esporulação do fungo. Apoio Financeiro: CAPES. Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008 CAL-065 Efeito de extratos de alho e capim-santo sobre a germinação de sementes e o desenvolvimento de plântulas de milho inoculadas artificialmente com Fusarium proliferatum. Souza AEF de, Araújo E, Nascimento LC, Brito NM de, Coutinho OL. Departamento de Fitopatologia, UFPB, Areia, PB, Brasil. E-mail: [email protected] Effect of Allium sativum and Cymbopogon citratus extracts on germination and development of corn plantlets artificially inoculated with Fusarium proliferatum. Objetivou-se testar a atividade antifúngica de diferentes concentrações (0,5%, 1,0%, 2,5%, 5,0% e 10,0%) dos extratos de alho (Allium sativum L.) e capim-santo (Cymbopogon citratus Stapf.) visando o controle fitossanitário de Fusarium proliferatum em sementes de milho. O fungo foi isolado a partir de grãos de milho pelo emprego do Blotter-test e cultivado em meio de cultura BDA (Agar batata dextrose), sendo as placas incubadas à temperatura ambiente (23 + 2°C) por oito dias. Sementes de milho foram tratadas em soluções dos extratos e inoculadas com suspensão de F. proliferatum (1,00 x 107 conídios/mL), sendo avaliadas quanto à percentagem de germinação e incidência de tombamento e podridão do colmo das plântulas. O emprego dos extratos vegetais promoveu controle do fungo, o que refletiu no aumento da germinação das sementes e na redução do índice de apodrecimento do colmo e tombamento das plântulas. O extrato de alho, a partir da concentração 2,5%, mostrou maior eficiência em relação aos demais tratamentos. Apoio Financeiro: CAPES. CAL-066 Influência do sistema de manejo de solo na severidade da mancha de ramularia em cultivares de algodoeiro. Chitarra LG, Lamas FM, Menezes VL. Embrapa Algodão, UEP – MT, Várzea Grande, MT, Brasil. �������������������������������������������� E-mail: [email protected]. Influence of soil tillage systems in the severity of areolate mildew in cotton cultivars. A mancha de ramulária (Ramularia areola Atk.) em algodoeiro foi avaliada nas cultivares BRS Cedro, Araçá e Jatobá, no quarto ano de experimento, cultivadas em diferentes sistemas de manejo do solo: sistema convencional sem rotação de culturas (algodão – algodão – algodão - algodão); sistema convencional com rotação anual de culturas (algodão – soja – algodão - soja), sistema convencional com rotação bianual de culturas (soja – soja – algodão - soja) e sistema plantio direto (algodão - soja – milho – algodão). O delineamento experimental foi de blocos ao acaso em parcelas subdivididas e quatro repetições, sendo as parcelas constituídas pelos sistemas de manejo do solo e as subparcelas por cultivares. As avaliações foram realizadas atribuindo notas de 1 (plantas sem sintomas) a 5 (incidência no ponteiro e desfolha no baixeiro) às plantas das duas linhas centrais de cada parcela. Houve diferença significativa em relação à severidade da ramulária nas cultivares testadas e entre o sistema convencional sem rotação de culturas e sistema plantio direto. A nota no sistema plantio direto foi de 2,93 e no sistema convencional sem rotação de culturas 3,39. A BRS Cedro apresentou maior suscetibilidade com nota média de 3,34 seguida da BRS Jatobá e BRS Araçá, com 3,09 e 3,06, respectivamente. A interação sistema x cultivares não foi significativo, segundo teste F. Apoio: Agrisus. S 117 XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia CAL-067 Inibição do crescimento micelial de Sclerotinia sclerotiorum pelo óleo de melaleuca em bioensaio com girassol. Parreira FOS1, Sagata E1, Martins JAS 1, Santos VA1, Juliatti FC1. 1LAMIPLaboratório de Micologia e Proteção de Plantas, ICIAG, Uberlândia MG. ������������������������������������������������������������ E-mail: [email protected]. Mycelial growth inhibition of Sclerotinia sclerotiorum by tea tree oil in sunflower bioassays. CAL-069 Severidade da ferrugem-asiática da soja em plantas pulverizadas com extratos vegetais, em casa de vegetação. Borges DI, Moraes MB de, Alves E. Departamento de Agricultura, UFLA, Lavras, MG, Brasil. ���������������������������������� E-mail: [email protected]. Severity of the Asian soybean rust in plants sprayed with plants extracts in green house. Sclerotinia sclerotiurum é considerado um dos patógenos mais importantes no mundo e está distribuído em todas as regiões produtoras. No caso do girassol, o controle químico da doença não tem sido recomendado. Em busca de novas alternativas de controle o presente estudo visou avaliar a eficiência do óleo de Melaleuca alternifolia em 6 concentrações (0,0; 0,1; 0,15; 0,2; 0,25 e 0,3%) na inibição do crescimento micelial de Sclerotinia sclerotiorum em bioensaio de girassol.. As folhas foram previamente borrifadas com uma solução de água mais o óleo e receberam um disco de micélio de 6mm de diâmetro com 5 dias. Os gerbox foram incubados à temperatura de 22 ± 3ºC e fotoperíodo de 12 horas em câmara úmida, durante 72 horas. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado com quatro repetições. As avaliações foram realizadas 72 horas após a incubação com base na escala diagramática elaborada pelo Programa Quant da UFV. Todas as concentrações testadas do óleo não foram eficientes na inibição do crescimento micelial do fungo e não diferiram significativamente da testemunha. Apoio Financeiro: CAPES CNPq, FAPEMIG. Plantas de soja de duas cultivares, MG/BR 46 (suscetível) e BRS 134 (moderadamente resistente) e de dois genótipos de plantas (PIs), com genes de resistência Rpp2 e Rpp4 foram pulverizadas 7 dias antes e 7 dias após a inoculação, com os extratos a 1,0% de Tília cordata, Pelargonium sp., Lavandula officinalis e Mentha pulegium. Como testemunha utilizaram-se água destilada e um fungicida à base de Piraclostrobina + Epoxiconazol. As plantas foram mantidas em vasos de 3 litros e o experimento foi conduzido em blocos ao acaso. Foram feitas 4 avaliações, sendo a severidade baseada em escala diagramática e no número de lesões/cm2 e, na última avaliação, foi realizada a contagem do número de soros urediniais/0,5cm2 em microscópio estereoscópio. Para as análises de severidade, não foi observado efeito dos tratamentos; já para o número de soros urediniais, o efeito dos tratamentos foi evidenciado. A variável cultivar mostrou-se significativa para todas as avaliações, pelo teste Tukey (P≤0,05). O genótipo PI 459025, com gene de resistência Rpp4 foi o que obteve os melhores resultados para todos os itens avaliados. Mesmo apresentando efeito de inibição e de estímulo in vitro, não foi observado nenhum efeito dos extratos sobre a germinação dos urediniósporos in vivo, pois os mesmos foram capazes de penetrar na folha, causando doença. Apoio Financeiro: CNPq e FAPEMIG. CAL-068 Atividade fungitóxica de óleos essenciais sobre urediniósporos de Phakopsora pachyrhizi. Borges DI, Moraes MB de, Alves E. Departamento de Agricultura, UFLA, Lavras, MG, Brasil. �������� E-mail: [email protected]. Fungitoxic activity of essential oils on urediniospores of Phakopsora pachyrhizi CAL-070 Reação de híbridos de pepino à Corynespora cassiicola. Bezerra EJS, Silva AM, Demosthenes LCR, Gomes LM, Sales RSA, Wolff ACS, Araújo CMM, Gonçalves IO, Bentes J.LS. Departamento de Ciências Fundamentais e Desenvolvimento Agrícola, UFAM, Manaus, AM, Brasil. E-mail:[email protected]. ���������������������������������������� Reaction of cucumber hybrids to Corynespora cassiicola. O objetivo deste estudo foi identificar se os óleos essenciais de Rosmarinus officinalis, Cymbopogun citratus, Eucalyptus citriodora, Caryophilus aromaticus e Piper aduncum podem ser utilizados como produtos alternativos para manejo da ferrugem da soja, causado pelo fungo P. pachyrhizi. Assim, os 5 óleos essencial, obtidos comercialmente, foram avaliados quanto à seus efeitos na germinação de urediniósporos do referido fungo. Foram utilizadas placas de Petri de 6 cm, adicionado de 6 µL do óleo essencial misturado ao meio de cultura ágar-água. A testemunha consistiu de placas com 50 µL de água destilada. Após, foram adicionados 50µL de uma suspensão de esporos, na concentração de 2mg/5mL e espalhados com alça de Drigalsky. As placas foram colocadas em BOD, a 23(±2oC), por 4 horas. Depois, a germinação foi paralisada com adição de lactoglicerol. A avaliação da percentagem de esporos germinados foi realizada em microscópio de luz. Todos os óleos essenciais avaliados foram efetivos na inibição da germinação, com destaque para os óleos essenciais de C .aromaticus, C. citratus e de R. officinalis, quando comparados com a testemunha-água, que apresentaram percentuais de inibição de 78,26%; 76,08% e 76,08%, respectivamente. Apoio Financeiro: CNPq e FAPEMIG. O presente trabalho teve como objetivo avaliar a reação de 10 hibridos de pepino à mancha alvo causada por Corynespora cassiicola no Amazonas, em casa de casa de vegetação. Os híbridos de pepino Aodai, General Lee F1, Hokushin, Japonês Híb.F1 (Soudai), Jóia, Marketmore 76 (Verde comprido), Natsubayashi, Natsu sujumi, Sprint 440 II e Tsuyataro foram semeadas em copo plástico com capacidade de 180ml contendo substrato Plantimax HT. O isolado de C. cassiicola foi obtido a partir de folhas de pepino naturalmente infectadas, e multiplicado em meio de cultura BDA sob iluminação contínua para estimulação da esporulação, durante dez dias. As plantas foram inoculadas nas duas primeiras folhas definitivas com o patógeno na concentração de 2x104conídios/mL e mantidas em câmara úmida por 48 horas. A severidade foi avaliada usando-se a escala de notas descrita por Oliveira et al. (2006). O delineamento experimental utilizado foi inteiramente casualizado com dez tratamentos, dez repetições e cinco testemunhas de cada híbrido. Pela análise da severidade o híbrido Aodai comportou-se como resistente com 6,5% de severidade e Tsuyataro a mais susceptível com severidade em torno de 85%. Apoio financeiro: FAPEAM. S 118 Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008 XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia CAL-071 Efeito de extratos vegetais sobre Scutellonema bradys, agente causal da casca preta do inhame. Barbosa LF, Amorim EPR, Costa VKS, Peixinho GS. Universidade Federal de Alagoas, Centro de Ciências Agrárias, Rio Largo-AL. E-mail: ����������������������������� leo_fbarbosa@hotmail. com. Effect of plant extract on Scutellonema bradys fungus of the dry rot in yams. A casca preta, causada por Scutellonema bradys é uma das doenças que pode reduzir a produção e o valor econômico do inhame. O manejo da doença inclui medidas preventivas, notadamente as técnicas de exclusão. Estudos têm mostrado a importância dos químicos naturais como uma possível fonte de pesticidas alternativos biodegradáveis e não-tóxicos, que são de baixo custo e de fácil aquisição. Este trabalho teve como objetivo avaliar o efeito de extratos vegetais no controle da casca preta do inhame. 15 dias após o plantio de túberas de inhame em substrato infestado com 5000 ovos de S. bradys, realizou-se o tratamento do substrato com manipueira (60%), extrato de nim (2%), torta de nim (150g/ vaso), ecolife® (6 i.a./L), nematicida (Furadan- 0,3mL/L) e água (testemunha). As avaliações da densidade populacional do nematóide no substrato dos vasos foram efetuadas em intervalos de 30 dias, durante seis meses, coletando-se as amostras de substrato para extração e quantificação dos nematóides. O delineamento foi inteiramente casualizado, com seis tratamentos e quatro repetições. Todos os tratamentos diferiram da testemunha, destacando-se o extrato de nim, a manipueira, o nematicida e a torta de nim que apresentaram os melhores resultados, demonstrando um efeito erradicante sobre S. bradys, com maior intensidade nos primeiros 30 dias, reduzindo no decorrer do desenvolvimento vegetativo do inhame. CAL-072 Uso de extrato de própolis e de Azadirachta indica, sobre a inibição da germinação de uredosporos de Phakopsora jatrophicola Cumm. Barbosa MMM, Kulczynski SM, Rossi RF, Silva JC, Reis LL, Vieira GHC. Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul. E-mail: [email protected]. Use of extract of propolis and Azadirachta indica, on the inhibition of germination uredosporos of Phakopsora jatrophicola Cumm. O fungo Phakopsora jatrophicola é um parasita obrigatório, agente causal da ferrugem do pinhão-manso. O Conhecimento sobre as formas de controle alternativo deste patógeno ainda se encontra recente, havendo necessidade de estudos. Diante disto o trabalho teve como objetivo avaliar a atividade fungitóxica de diferentes concentrações de extratos de própolis e de nim como medida alternativa para o controle Phakopsora jatrophicola. Os tratamentos foram constituídos de: Folicur®, de extratos de própolis (1,6% e 3,2%), extrato de folha de nim (4% e 8%), extrato de semente de nim (4% e 2%) e testemunha (ágar+água). O delineamento experimental foi em DIC, com 8 tratamentos e 3 repetições. Suspensões de uredosporos (10 µl) foram aplicadas sobre blocos dos respectivos meios dispostos sobre lâminas de microscopia e incubadas em BOD a 22ºC no escuro. As avaliações foram feitas com 6, 12 e 24 horas de incubação, observando-se o número de uredosporos germinados. A partir de 6 horas foi observada a germinação de uredosporos, sendo os extratos de própolis nas concentrações de 3,2% e 1,6% os que proporcionaram melhor controle da germinação, seguidos dos extratos de folhas e sementes de nim, nas concentrações de 8% e 4%, não diferindo do padrão químico. Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008 CAL-073 Atividade in vitro de diferentes concentrações de extrato de própolis, como inibidor da germinação de urediniósporos de Phakopsora jatrophicola Cumm. Barbosa MMM, Kulczynski SM, Rossi RF, Reis LL, Freitas LA, Vieira GHC. Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul. E-mail: manoel_agro@hotmail. com. Activity in vitro of different concentrations of extract of propolis, as inhibitor germination of uredosporos of Phakopsora jatrophicola Cumm. Produtos naturais como extrato de própolis são cada vez mais utilizados para o controle de doenças de plantas. Este trabalho objetivou avaliar a utilização de extrato de própolis como medida alternativa para o controle de Phakopsora jatrophicola, agente causal da ferrugem do pinhão-manso, in vitro. Os tratamentos utilizados foram Cercobin®, Folicur® e diferentes concentrações de extratos de própolis (2%, 4%, 8% e 16%), e como testemunha o BDA. O delineamento estatístico utilizado foi em DIC, com 7 tratamentos e 3 repetições. Os urediniósporos de P. jatrophicola foram transferidas de folhas contaminadas de pinhão-manso, com auxilio de um pincel, para blocos de meios sobre lâminas e incubados a temperatura de 22ºC, no escuro. As avaliações foram realizadas após 6, 12 e 24 horas, observando-se o número de urediniósporos germinados. O melhor tratamento foi o extrato de própolis (16%), o qual proporcionou menor germinação de urediniósporos, não diferindo dos tratamentos químicos. CAL-074 Efeito do nitrogênio e do potássio na severidade da antracnose foliar (Colletotrichum graminicola) em duas cultivares de milho. Carvalho DO, Pozza EA, Casela CR, Costa RV. Embrapa Milho e Sorgo, Sete Lagoas-MG, Brasil. E-mail: �������������������� diego@cnpms. embrapa.br. Effect of nitrogen and potassium on the severity of anthracnose (Colletotrichum graminicola) in two maize cultivars. A influência das doses de N (75; 150; 300; 600 e 1200 mg.dm-3) e de K (62,5; 125; 250; 500 e 1000 mg.dm-3) na severidade (SEV) da antracnose foliar foi avaliada em casa de vegetação, em duas cultivares de milho, DAS 2B710 (moderadamente resistente) e BRS 1010 (suscetível). As doses de N e de K foram parceladas em 4 vezes, de 10 em 10 dias a partir da semeadura (DAS). Aos 21 DAS, pulverizou-se as plantas com suspensão de inóculo. Realizouse câmara úmida e escura por 3 dias consecutivos. Utilizando uma escala de notas, avaliou-se a severidade da doença aos 11 dias após a inoculação, quando o progresso da doença já havia estabilizado. As notas de SEV foram transformadas em porcentagem de área foliar lesionada pela doença (AFL%). A interação entre as doses de N e de K influenciou a AFL em ambos os materiais; no entanto, observaram-se alterações significativas no progresso da doença apenas na cultivar DAS 2B710. A menor AFL ocorreu nas doses de 75 mg.dm-3 de N e 1000 mg.dm-3 de K. Foi obtida média de 32,24% para AFL na cultivar DAS 2B710, e 54,44% na cultivar suscetível. Em média, a AFL na cultivar moderadamente resistente foi 41% menor que na cultivar suscetível. S 119 XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia CAL-075 Efeito do nitrogênio e do potássio no período de incubação e no período latente de Colletotrichum graminicola em duas cultivares de milho. Carvalho DO, Pozza EA, Casela CR, Costa R V. Embrapa Milho e Sorgo, Sete Lagoas-MG, Brasil. �������� E-mail: [email protected]. Effect of nitrogen and potassium on incubation and latent periods of Colletotrichum graminicola in two maize cultivars. O efeito de 5 doses de N (75; 150; 300; 600 e 1200 mg.dm3 ) e de K (62,5; 125; 250, 500 e 1000 mg.dm-3), no período de incubação (PI) e no período latente (PL) de C. graminicola, foi estudado em casa de vegetação, em duas cultivares de milho, DAS 2B710 (moderadamente resistente à antracnose foliar) e BRS 1010 (suscetível). O fornecimento das doses de N e de K foi parcelado em 4 vezes, com intervalos de 10 dias a partir da semeadura (DAS). Aos 21 DAS, as plantas foram pulverizadas com suspensão de inóculo até o ponto de escorrimento. Para propiciar condições favoráveis, realizou-se câmara úmida e escura por 16 horas durante a noite, por 3 dias consecutivos. No 4º dia após a inoculação, iniciaramse as avaliações para a estimativa do período de incubação (PI) e do período latente (PL) do patógeno. Não houve influência da adubação com N e K no PI para ambas as cultivares e no PL para a cultivar BRS 1010. O incremento das doses de K aumentou de 9 para 11,5 dias ou 21,7% o PL do patógeno na cultivar DAS 2B710. CAL-076 Atividade de macerados de Cymbopogon nardus e Ruta graveolens no crescimento micelial de Alternaria solani. Santana SM, Dias-Arieira CR, Arieira JO, Morita DAS. UEM-Umuarama, Umuarama, PR. [email protected]. Activity of Cymbopogon nardus and Ruta graveolens in the mycelial growth of Alternaria solani. O trabalho teve como objetivo avaliar, in vitro, a atividade de citronela (Cymbopogon nardus) e de arruda (Ruta graveolens) sobre o crescimento micelial de Alternaria solani. Para realização do experimento, utilizou-se macerado de folhas frescas de citronela, arruda e citronela+arruda, nas concentrações de 5, 10 e 15%. Os respectivos macerados foram adicionados ao meio BDA e autoclavado; BDA puro foi utilizado como controle. Posteriormente o meio foi vertido em placas de Petri com 9 cm de diâmetro e recebeu um disco de micélio com 0,8 cm, do fungo previamente isolado em cultura pura. As placas foram incubadas em BOD a 27 ºC e o diâmetro médio das colônias determinado a cada três dias, até que o controle tomasse toda a placa. Cada tratamento constou de quatro repetições e as médias foram comparadas pelo teste Tukey 5%. Com exceção do macerado de citronela na concentração de 5% e da combinação citronela+arruda nas concentrações de 5 e 10%, todos os tratamentos diferiram estatisticamente da testemunha. A menor média de crescimento micelial foi obtida quando se utilizou o macerado de arruda na concentração de 15%. S 120 CAL-077 Controle alternativo de oídio em pimenta malagueta na Zona da Mata de Minas Gerais. Pinto CMF, Silva RCC. Epamig-CTZM, Viçosa, MG. E-mail: [email protected]. Alternative control of powdery mildew on red pepper in Zona da Mata, Minas Gerais state, Brazil. Entre as doenças que causam perdas significativas na produção de pimenta, destaca-se o oídio, especialmente em cultivos protegidos. Há carência de produtos registrados para pimenta e por isso, realizou-se esse ensaio, em casa-de-vegetação (nov./2006 a jul./2007), visando avaliar a eficiência de produtos alternativos na redução da taxa de progresso de oídio em pimenta malagueta. Utilizou-se o DBC com três repetições em parcela experimental de quatro vasos. Plantas infectadas, nas fileiras do experimento, foram fontes de inóculo. Os tratamentos foram: Calda Viçosa (1,5%); Calda Bordalesa (1,5%); Calda Sulfocálcica (1,0%); Bicarbonato de Sódio (0,2 M); Óleo de nim 5%; Leite crú (10%); Cercobin e; Água (Testemunha). As pulverizações ocorreram na semana anterior às quantificações da severidade de oidio. A severidade foi avaliada em cada terço da planta, em 9/3, 23/3, 13/4, 27/4, 11/5, 25/5, 12/6, 22/6 e 16/7, por dois avaliadores. Na quantificação do avaliador 1, à exceção da Calda Sulfocálcica e Leite, os demais tratamentos foram eficientes na redução da taxa de oídio. Na quantificação do avaliador 2, apenas o Leite não foi eficiente na redução da taxa da doença, apesar de não diferir significativamente dos demais tratamentos. Ao baixo peso, de frutos foi atribuída a menor produção das plantas tratadas com bicarbonato de sódio, produção semelhante à apresentada pela testemunha. Apoio Financeiro: FAPEMIG. CAL-078 Indução de resistência em mudas de cacaueiro contra Moniliophthora perniciosa por produto à base de mananoligossacarídeo fosforilado. Costa JCB1, Resende MLV2, Ribeiro Júnior PM2, Camilo FR2, Monteiro ACA2, Pereira RB2. 1 CEPLAC, Ilhéus, BA; 2DFP/ UFLA, Lavras, MG, Brasil. �� Email: [email protected]. Resistance induction of cacao seedlings against Moniliophthora perniciosa by a phosphorilated mannanoligosacharide based product. Investigou-se o efeito de um produto à base de mananoligossacarídeo fosforilado (Agro-Mos®) sobre a proteção de mudas de cacaueiro contra Moniliophthora perniciosa, bem como a sua toxicidade direta sobre o patógeno e caracterizou-se alguns mecanismos bioquímicos de defesa da planta. Verificou-se que o Agro-Mos® conferiu maior proteção às mudas de cacaueiro contra a VB, em relação ao acibenzolar-S-metil (ASM). O crescimento micelial de M. perniciosa foi completamente inibido in vitro pelo AgroMos® e o Recop® (oxicloreto de cobre), nos intervalos de 3,6 a 7,0 mL L-1 de solução e 0,1 a 0,2 g L-1, respectivamente. Em plantas tratadas com ASM, Agro-Mos® e Agro-Mos® Experimental (sem Cu++ e Zn++), observou-se aumento da atividade de quitinases, β1,3-glucanases, peroxidases de guaiacol e oxidases de polifenóis, sem alteração do conteúdo de lignina solúvel e fenóis solúveis. A redução da incidência da doença, aliada ao efeito tóxico in vitro e à ativação de algumas enzimas relacionadas às respostas de defesa da planta, sugere que o Agro-Mos® possui efeito de proteção e indução de resistência contra VB em mudas de cacaueiro. Apoio Financeiro: CEPLAC, UFLA e CNPq. Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008 XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia CAL-079 Controle do agente causal da antracnose do mamoeiro pela fumigação de óleos essenciais. Gomes LIS¹, Alves E¹, Santana EN², Castro HA¹. ¹Departamento de Fitopatologia, UFLA, LavrasMG.²Incaper, Linhares-ES. ������������������������������� E-mail: [email protected]. br. Control of the causal agent of anthracnose from papaya using fumigation with essential oils. O objetivo neste trabalho foi avaliar o efeito in vitro da fumigação de óleos essenciais de 5 plantas medicinais (Lavandula officinalis, Lippia alba, Ocimum selloi, Origanum vulgare e Zingiber officinale) sobre o crescimento micelial de Colletotrichum gloeosporioides, agente causal da antracnose do mamoeiro. Discos de 0,5 cm de diâmetro da colônia do fungo foram colocados no centro de placas de Petri contendo o meio de batata, dextrose e ágar (BDA). Alíquotas de 0; 0,25; 0,5; 1,0; e 2,5 µL dos óleos essenciais foram aplicadas em papel filtro, o qual foi fixado na tampa da placa de Petri. Após 2, 4, 6 e 8 dias de incubação foi medido o diâmetro da colônia, e posteriormente, foi quantificada a percentagem de inibição do crescimento micelial em relação à testemunha. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado, com 4 repetições. Os óleos essenciais de gengibre (Zingiber officinale), alfazema (Lavandula officinalis), atroveram (Ocimum selloi), orégano (Origanum vulgare) e erva-cidreira (Lippia alba) inibiram o crescimento micelial nas proporções de 25%, 29%, 42%, e 85%, respectivamente, na maior concentração a qual proporcionou os melhores resultados. Testes com os óleos essenciais mais promissores estão sendo realizados visando o controle da antracnose em frutos de mamão pelo método de fumigação. Financiamento: CAPES. CAL-080 Inibição da germinação carpogênica de Sclerotinia sclerotiorum em solos sob Integração Lavoura-Pecuária com Brachiaria brizantha. Brandão RS1, Lobo Jr. M2, Prado TS1, 1Universidade Federal de Lavras, UFLA, Lavras, MG. 2Embrapa Arroz e Feijão, S. Antônio de Goiás, GO. ������������������������������������������� E-mail: [email protected]. Inhibition of the carpogenic germination of Sclerotinia sclerotiorum on croplivestock systems with Brachiaria brizantha. Rotações de cultura envolvendo Brachiaria spp. têm sido utilizadas para o controle de patógenos habitantes do solo, em sistemas de integração lavoura-pecuária. Seus benefícios envolvem o incremento de populações de saprófitas e a re-estruturação do solo. Possivelmente, pode haver inibição à germinação carpogênica de escleródios de Sclerotinia sclerotiorum, sem que estes sejam parasitados. Desta forma, o objetivo deste trabalho foi verificar o desenvolvimento de apotécios em solo com rotação de culturas anuais (arroz ou soja no verão, feijão no inverno) por até dois anos, seguidos de B. brizantha, cultivada por até três anos. O estudo foi realizado na Embrapa Arroz e Feijão (S. Antônio de Goiás, GO). Em fevereiro de 2008 foram obtidas amostras de solo compostas da camada 0-10 cm, em seis rotações de culturas, além de pastagem degradada e vegetação nativa, anexas ao experimento. Em cada tratamento foram obtidas três amostras distintas. Em laboratório, foram distribuídos 25 escleródios viáveis sobre 250g de solo de cada repetição em caixas gerbox (11 cm x 11 cm x 3,5 cm). As caixas com solo em capacidade de campo e escleródios foram incubadas a 20° C, com fotoperíodo de 12 horas luz / escuro, por 40 dias. Ocorreu um alto desenvolvimento de apotécios nas áreas onde havia o cultivo de soja (76%) e arroz (86,67%). Sob vegetação nativa em apenas 8% dos escleródios desenvolveram apotécios, e 46,67% em pastagem degradada. Em áreas com um, dois e três anos de cultivo com B. brizantha germinaram, respectivamente, 96%, 66,27% e 22,67% de escleródios. Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008 CAL-081 Relação de indicadores biológicos de qualidade de solos com Fusarium spp., Rhizoctonia solani e Trichoderma spp. em uma área sob integração lavoura-pecuária. Brandão RS1, Lobo Jr. M2, Prado TS1. 1Universidade Federal de Lavras, UFLA, Lavras, MG. 2Embrapa Arroz e Feijão, S. Antônio de Goiás, GO. E-mail: �������� [email protected]. Relationship between biological indicators of soil quality and Fusarium spp., Rhizoctonia solani and Trichoderma spp. in a crop-livestock system. A sustentabilidade de agroecossistemas tem sido avaliada por meio de diversas variáveis físicas, químicas e biológicas, utilizadas como “indicadores da qualidade do solo”. Para verificar a relação de populações dos patógenos Fusarium solani, Rhizoctonia solani, dos antagonistas Trichoderma spp. e de formas saprófitas de F. oxysporum, com indicadores biológicos de qualidade do solo, foi realizado um estudo na Embrapa Arroz e Feijão ( Santo Antônio de Goiás, GO), em área sob Integração Lavoura-Pecuária. Amostras de solo compostas, da camada 0-10 cm foram obtidas na safra 2007-2008 em seis rotações de culturas envolvendo arroz, milho + Brachiaria brizantha, B. brizantha solteira e soja, além de pastagem degrada e de vegetação nativa. Posteriormente, avaliaram-se as populações de microrganismos a partir de diluições seriadas e plaqueamento em meios de cultura semi-seletivos; C e N da biomassa microbiana pelo método de fumigação-extração; e a atividade microbiana de acordo com a hidrólise do diacetato de fluoresceína. De acordo com o coeficiente de Pearson, foram verificadas correlações entre C e N da biomassa microbiana e F. solani (respectivamente, ρ=-0,53 e -0,80), F. oxysporum (ρ=0,56 e ρ=-0,84) e R. solani (ρ=0,54 e ρ=0,21). As populações de F. solani, F. oxysporum e R. solani também foram correlacionadas à atividade microbiana, respectivamente com ρ=-0,64, ρ=0,61 e ρ=0,28. Trichoderma spp. foi correlacionado somente ao N da biomassa microbiana (ρ=-0,33). CAL-082 Avaliação do metabolismo de Fusarium oxysporum f. sp. cubense em solo com diferentes concentrações de torta de pinhão manso. Lopes EP, Xavier AA, Pegoraro RF, Soares IP, Ribeiro RCF, Mizobutsi EH, Amorim IJF, Aguiar FM. Depto. Ciências Agrárias, UNIMONTES, Janaúba, MG, Brasil. E-mail: [email protected]. Evaluation of Fusarium oxysporum f. sp. cubense metabolism in soil with different concentrations of pinhão manso cake. O subproduto do pinhão manso (Jatropha curcas) poderá ser utilizado na agricultura. Porém, os efeitos deste substrato sobre a microbiota patogênica no solo não são conhecidos. Assim, avaliou-se o metabolismo de F. oxysporum f. sp. cubense (FOC) na presença da torta de pinhão manso (PM) por respirometria. Em vidro hermeticamente fechado de 1,3 litros adicionou-se 50g de solo fumigado + 0,5%; 1%; 2%; 2,5% e 5% de PM. A seguir, ajustou-se a capacidade de campo para 60% com suspensão de 10³ conídios/mL de FOC. Como testemunhas utilizou-se solo natural e solo fumigado com e sem FOC. Em cada recipiente adicionou-se um copo plástico com 30 mL de água e outro com 30mL de NaOH 0,5mol/L. As amostra foram fechadas e, após 48 h e em intervalos de 72 h até 26 dias estimou-se o C02 evoluído. Para isso, adicionou-se 10 mL de BaCl2 0,05 mol a 10 mL de NaOH + 3 gotas de fenolfitaleína 1% e titulou-se com HCl 0,25 mol. Os dados foram transformados em meq de CO2/100g de solo. Utilizou-se DIC em esquema fatorial 2x5x3 + 2 testemunhas. Os tratamentos constaram das 5 concentrações com e sem FOC e 3 repetições. Nas concentrações acima de 0,5% houve uma redução de 50% da atividade respiratória de FOC quando comparado ao tratamento solo fumigado +FOC. Apoio: FAPEMIG. S 121 XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia CAL-083 Estudo histopatológico de Cercospora coffeicola em folhas de cafeeiros tratados com óleos essenciais. Pereira RB, Lucas GC, Perina FJ, Alves E. Departamento de Fitopatologia, UFLA, Lavras, MG, Brasil. ������������������������������������������� E-mail: [email protected]. Histopathologic study of Cercospora coffeicola on coffee leaves treated with essential oils. CAL-085 Manejo alternativo de oídio (Sphaerotheca fuliginea) em abóbora de moita cultivada no norte de Minas Gerais. Sales NLP, Xavier CCO, Dourado ER, Costa CA, Rocha JMJ. ����������� Univ. Fed. Minas Gerais, Montes Claros, MG. E-mail: [email protected]. br. Alternative management of powdery mildew in pumpkin cv. Caserta grown in the northern Minas Gerais state, Brazil. O objetivo deste trabalho foi observar o efeito dos óleos essenciais de canela, citronela (0,1%) e testemunha sobre os eventos de prépenetração, penetração e colonização Cercospora coffeicola, em folhas de cafeeiro das cultivares Mundo Novo, Catuaí e Catucaí, por meio da microscopia eletrônica de varredura. Plantas foram pulverizadas com os óleos e, após 24hs tiveram o seu terceiro par de folhas coletados e, acomodados em bandejas desinfetadas, onde no fundo colocou-se uma lâmina de espuma sintética e papel germitest umedecido. A inoculação foi realizada pela deposição de 25μL de suspensão de 1,0 x 104 conidios.mL-1 sobre a face abaxial das folhas. As bandejas foram mantidas a 24ºC e fotoperíodo de 24hs. As coletas foram realizadas às 4, 8, 16, 48, 120, 172 e 240h após inoculação (HAI). O preparo e observações das amostras foram realizados conforme metodologia do Laboratório de Microscopia e Análise Ultra-estrutural (LME) da Ufla. Nas observações realizadas 4 e 8 HAI, os óleos de canela e citronela promoverem reduções na germinação de conídios, independentemente das cultivares. Nos demais tempos, observou-se que os conídios que conseguiram germinar apresentavam-se tão desenvolvidos quanto os da testemunha, indicando que os óleos exercem efeito na germinação dos conídios e não no desenvolvimento do tubo germinativo. Apoio Financeiro: FAPEMIG. Buscou-se com este estudo determinar a eficiência de métodos alternativos de controle do oídio (Sphaerotheca fuliginea) uma das principais doenças da abóbora de moita (Cucurbita pepo) na região norte de Minas Gerais. Avaliou-se em condições de casa de vegetação, a eficácia do leite cru de vaca, vinagre de vinho tinto e urina de vaca no controle do oídio na cultivar caserta. Utilizouse o delineamento em blocos casualizados com cinco tratamentos: leite cru de vaca (10%); vinagre de vinho tinto (30%), urina de vaca (30%); fenarimol (200µl/l) e a testemunha (água destilada esterilizada). Iniciaram-se as pulverizações, quando observada a distribuição uniforme do fungo na face abaxial das folhas, em todas as plantas. Os tratamentos foram realizados a cada 7 dias, totalizando-se 4 aplicações. Foram feitas 4 avaliações: uma antes da aplicação para quantificar a severidade da doença e outras após 14, 21 e 28 dias da pulverização. Concluiu-se que os tratamentos alternativos foram tão eficientes quanto o fungicida, porém, recomenda-se que a preferência seja dada aos primeiros, pois têm o custo reduzido, elimina-se o impacto ambiental do uso de agroquímicos e devido a simplicidade no manejo e aplicação, características ideais para os agricultores familiares da região. CAL-084 Óleos essenciais sobre o crescimento micelial de Colletotrichum gloeosporioides de goiaba. Rozwalka LC, Alves E, Camargos RB. Departamento de Fitopatologia, UFLA, Lavras, MG, Brasil. �� Email: [email protected]. Essential oils on the mycelial growth of Colletotrichum gloeosporioides from guava fruit. O objetivo do trabalho foi avaliar a ação de óleos essenciais sobre o crescimento micelial de Colletotrichum gloeosporioides, isolado de goiaba. A����������������� líquotas de 6,67� ����� µL de óleos foram pipetadas������ ��������������� ����� em 3 pontos eqüidistantes�������������������������������������������� sobre papel de filtro em ��������������������� torno de um disco de micélio�������������������������������������������������� colocado no centro ������������������������������������� de ��������������������������� placas de Petri (9 cm) com BDA, mantidas a 24������������������������������������������ ºC e fotoperíodo de 12 horas. No 6º dia, observou-se inibição total do crescimento micelial �������������� devido à ação fungitóxica dos compostos voláteis dos óleos de tomilho (Thymus vulgaris) e erva-doce (Pimpinella anisum) e inibição parcial na� presença ��������������� de manjericão (Ocimum ��������� basilicum) (42%), capim-limão (Cymbopogon citratus) (33%), alecrim (Rosmarinus officinalis) (32%), melaleuca (Melaleuca alternifolia) (32%), alfazema (Lavandula officinalis) (31%), palmarosa (Cymbopogon martinii) (28%), gengibre (Zingiber officinale) (21%), camomila (Matricaria recutita), (21%), eucalipto (Eucalyptus globulus e E. citriodora) (14 e 26%), laranja doce e limão siciliano (Citrus sinensis e C. limon) (12 e 13%). Ação fungitóxica e fungistática foi observada em 50% das placas de atroveran (Ocimum selloi), 25% de cravo-daÍndia (Eugenia caryophyllata), 75% de menta (Mentha arvensis) e orégano (Origanum vulgare), e nas demais inibição de 86, 80, 92 e 96%, respectivamente. Halos de inibição formaram-se quando ocorreu o contato do patógeno com compostos fixos de alfazema e camomila. Apoio Financeiro: CNPq. S 122 CAL-086 Efeito de óleos essenciais sobre o crescimento micelial de Colletotrichum gloeosporioides isolado do maracujá. Souza Júnior IT, Sales NLP, Martins ER, Aquino CF. Universidade Federal de Minas Gerais, UFMG, Montes Claros, Brasil. �������� E-mail: [email protected]. Effect of essential oils of Colletotrichum gloeosporioides micelial growth isolated of fruit passion. Foi avaliada a atividade fungitóxica das concentrações mínimas (0; 1,0; 3,0; 5,0 e 10,0 µL/mL) de óleo essencial das plantas alecrim-pimenta (Lippia sidoides), alfavaca-cravo (Ocimum gratissimum), capim santo (Cymbopogon citratus), cidrão (Lippia citriodora) e goiaba vermelha (Psidium guayava var. pomifera) sobre o crescimento micelial do C. gloeosporioides isolado do maracujá amarelo. Nas placas de Petri foi adicionado o meio BDA juntamente com as concentrações dos óleos vegetais de cada planta. Em seguida cada placa foi inoculada no centro, com um disco de micélio de 5 mm de diâmetro. As placas foram incubadas em BOD, a 25°C sob fotoperíodo de 12 horas. A avaliação foi realizada através de medições diárias do diâmetro da colônia nos dois eixos ortogonais, até o 14° dia após a inoculação. Nos tratamentos com alecrim-pimenta, alfavaca-cravo, capim-santo e cidrão, todas as concentrações reduziram em 100% o crescimento micelial. O óleo de goiaba vermelha variou no controle sendo que as concentrações de 1,0; 3,0; 5,0 e 10,0 µL/mL controlaram o crescimento micelial em 44%, 50%, 67% e 69 %, respectivamente se comparando com a testemunha. Os resultados confirmam que as concentrações mínimas dos óleos essenciais testadas inibem o crescimento micelial do C. gloeosporioides. Apoio financeiro: FAPEMIG. Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008 XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia CAL-087 Efeito de óleos essenciais na germinação de esporos de Fusarium oxysporum f. sp. tracheiphilum. Carnaúba JP, Melo AP, Silva ADF, Santana AAD, Laranjeira D. Fitossanidade, UFRPE, Recife, PE. ��������������������������������������������������������������� E-mail: [email protected]. Effect of essential oils in the spores germination of F. oxysporum f. sp. tracheiphilum. A murcha-de-fusário, causada por F. oxysporum f. sp. tracheiphilum/ FOT, é uma das principais doenças do caupi no NE brasileiro. O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito de três óleos essenciais em diferentes concentrações sobre a germinação de esporos do patógeno. Foram utilizados os óleos de pimenta-de-macaco (0; 200; 500 e 750ppm), erva-doce (0; 0,25; 0,50; 1,0%) e citronela (0; 0,25; 0,50; 1,0%). O ensaio foi realizado adicionando-se os óleos em suas respectivas concentrações em meio BDA fundente. Após verter as placas, alíquotas da suspensão de FOT (106) foram adicionadas em pontos eqüidistantes. O delineamento experimental foi inteiramente ao acaso com 5 repetições. Após 12 h de incubação, a avaliação foi realizada por meio da observação de 100 esporos/ repetição, com auxílio de microscópio óptico, sendo quantificada a % de esporos germinados. Os dados de % de germinação foram submetidos à análise de regressão e ajustados ao modelo quadrático. Os resultados mostraram que a porcentagem de germinação de esporos reduziu significativamente (teste F/ P=0,05) à medida que aumentou as doses do óleo de pimenta-de-macaco. Por outro lado, os demais óleos não apresentaram diferenças estatísticas com relação às doses utilizadas, sendo que a porcentagem de germinação foi próxima de zero. Apoio financeiro: CNPq. CAL-088 Efeito do sistema de plantio e de rotações de culturas sobre populações de Fusarium spp., Rhizoctonia solani e Trichoderma spp. em cultivo orgânico de feijoeiro comum. Prado TS1, Lobo Jr M2, Brandão RS1, Ferreira EPB2 1-Universidade Federal de Lavras, UFLA, Lavras, MG. 2-Embrapa Arroz e Feijão, St Antônio de Goiás, GO. ����������������������������������������������������������� E-mail: [email protected]. Effect of tillage and crop rotations on Fusarium spp., Rhizoctonia solani and Trichoderma spp. populations on common bean organic crops. Nos sistemas de produção orgânica há dificuldades para o controle de doenças, havendo demandas específicas para este ambiente. Desta forma, o objetivo deste trabalho foi verificar o efeito de sistemas de plantio e de rotações com espécies utilizadas para adubação verde em rotação sobre Fusarium solani, F. oxysporum, Rhizoctonia solani e Trichoderma spp. em cultivos de feijoeiro comum (Phaseolus vulgaris L.). A cultivar BRS Marfin foi cultivada na safra das águas de 2007/2008, após plantios de sorgo, mucuna-preta, guandú, Crotalaria juncea ou pousio, sob plantio direto e convencional. O estudo foi realizado na Embrapa Arroz e Feijão (Santo Antônio de Goiás, GO), em uma área onde os tratamentos descritos foram conduzidos desde 2004. Em fevereiro de 2008 foram obtidas amostras de solo compostas da camada 0-10 cm, durante o florescimento da cultura. Em laboratório, suspensões de solo foram diluídas em série e posteriormente plaqueadas nos meios de Komada, Ágar-Água, de Martin e de Nash & Snyder. Após identificação e contagem de colônias, análise de variância e separação de médias pelo teste de Scott-Knott (5%), verificou-se que as maiores populações de F. oxysporum e menores de Trichoderma spp. foram encontradas em plantio direto. Nos plantios de feijoeiro comum após sorgo ou mucuna-preta produziram maiores densidades de F. oxysporum. Os sistemas de plantio e as rotações não diferiram entre si quanto às populações de F. solani e R. solani. Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008 CAL-089 Extratos de plantas medicinais e aromáticas na inibição do crescimento micelial de Colletotrichum gloeosporioides de frutos de goiaba. Pierre RO, Rozwalka LC, Braga AS, Abreu MS, Alves E. Departamento de Fitopatologia, UFLA, Lavras, MG, Brasil. E-mail: ����������������������������������������������� [email protected]. Extracts of medicinal and aromatic plants in the inhibition of micelial growth of Colletotrichum gloeosporioides from guava fruit. Objetivou-se nesse trabalho avaliar o efeito dos extratos de alecrim (Rosmarinus officinalis), alfavaca (Ocimum basilicum), cravoda-Índia (Syzygium aromaticum), gengibre (Zingiber officinale), orégano �(Origanum vulgare)���������������� , quebra-pedra (Phyllanthus sp.), erva-cidreira (Lippia alba), capim-limão (Cymbopogon citratus) e tomilho (Thymus vulgaris) sobre o ������������������������ crescimento micelial de C. gloeosporioides de frutos de goiabeira, in vitro. Os extratos a 10% foram obtidos pela maceração das folhas em água destilada. Em seguida foram adicionados em meio BDA, autoclavados, filtrados e vertidos em placas de Petri. Após a solidificação do meio, os isolados foram repicados e incubados a 23 ± 2°C. O delineamento foi inteiramente casualizado com 4 repetições. Os dados foram submetidos ao teste de Tukey a 5% de significância. Avaliou-se o crescimento micelial a cada 24 horas, durante 7 dias, medindose o diâmetro das colônias. O extrato de cravo-da-Índia inibiu em 100% o crescimento micelial de C. gloeosporioides. Observou-se também, inibição parcial do crescimento micelial na presença dos extratos de alecrim (52,52%), gengibre (45,14%), alfavaca (36, 33%), orégano (30,93%), quebra-pedra (27,88%), erva-cidreira (21,40%), capim limão (18,70%) e tomilho (12,77%). Apoio Financeiro:FAPEMIG, CNPq. CAL-090 Efeito de diferentes soluções homeopáticas dos óleos essenciais de Eucalyptus citriodora, Cymbopogon citratus e Cymbopogon martini na indução de fitoalexinas em soja. Coqueiro DSO1; Mesquini RM2; Schwan-Estrada KRF2; Bonato CM2. 1 Universidade Federal de Santa Catarina, SC, 2Universidade Estadual de Maringá, PR. Email:[email protected]. ��������������������������� Effect of different homeopathic solution of essencial oils on induction of phytoalexins in soybean. As preparações homeopáticas são oriundas de produtos de diversas origens que servem de base para as sucessivas dinamizações. O objetivo deste trabalho foi verificar o efeito de óleos essenciais dinamizados na indução de fitoalexinas em cotilédones de soja. Os cotilédones foram seccionados na superfície inferior e sobre o corte foram depositadas alíquotas de 75µl de cada preparado homeopático, posteriormente foram transferidos para placas de Petri contendo papel de filtro umedecido com água destilada e incubados a 25 °C e escuro. Após 20h, os cotilédones foram transferidos para tubos de ensaio contendo 15 mL de água destilada e deixados em agitação por 1h para extração das fitoalexinas. A absorbância foi determinada a 285 nm. O ensaio foi montado sob delineamento inteiramente casualizado com treze tratamentos, cujos fatores foram tipos de óleos (Eucalyptus citriodora, Cymbopogon citratus e C. martini), dinamizações (6CH, 12CH, 24CH e 30CH) e testemunha (Álcool 70%), sendo três repetições/ tratamento (1 repetição = 1 placa contendo quatro cotilédones de soja). Foi observada diferença significativa entre os tratamentos, com maior produção de fitoalexinas no tratamento com preparado homeopático de C. martini 30CH. S 123 XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia CAL-091 Atividade de peroxidases em folhas de soja tratadas com soluções homeopáticas e inoculadas com Microsphaera diffusa. Coqueiro DSO1; Mesquini RM2; Schwan-Estrada KRF2; BalbiPeña MI2; Bonato CM2. 1Universidade Federal de Santa Catarina, SC; 2 Universidade Estadual de Maringá, PR. Email:rmesquini@ ���������������� gmail.com. Peroxidases activity in soybean leaves treated with homeophatic solution and inoculated with Microsphaera diffusa. O objetivo deste trabalho foi verificar o efeito da dinamização do óleo essencial de Eucalyptus citriodora na indução de resistência em soja contra Microsphaera diffusa pela avaliação da atividade de peroxidases. Plantas com 20 dias de idade foram tratadas com: dinamização (24CH) do óleo essencial de E. citriodora (DOE), óleo essencial de E. citriodora (OE), controle [álcool 70% (A), utilizado como veículo nas preparações homeopáticas] e um controle absoluto [álcool 70% sem inoculação (A’)]. Após o tratamento, as plantas foram inoculadas. As amostragens foram feitas antes do tratamento (T0), 72 horas após o tratamento (T1) e 48 (T2) e 96 horas (T3) após a inoculação. A atividade de peroxidases foi determinada por espectrofotometria e a absorbância lida a 470nm. No T0 e T1, tanto a DOE quanto o OE apresentaram uma atividade de peroxidases menor que A e A’. No T2, a DOE foi superior que o OE, e ambos apresentaram maior atividade de peroxidases do que o controle sem inoculação e controle inoculado. No T3, foi observada uma atividade maior de peroxidases no tratamento com o OE, sendo que o tratamento com a DOE foi menor que o OE , A e A’. O aumento da atividade dessa enzima, com o uso de preparos homeopáticos, indica a presença de moléculas que possam atuar na indução de resistência em plantas de soja. CAL-092 Inativação de Ralstonia solanacearum e Fusarium sp. por tratamento térmico da água. Gomes PF, Freitas MA, Café Filho AC, Uesugui CH, Campos ALT, Delgado GV. Depto ��������� de Fitopatologia, UnB. E-mail: [email protected]. Inactivation of Ralstonia solanacearum and Fusarium sp. by heat treatment of water. O objetivo deste trabalho foi determinar a temperatura e o tempo de inativação de Fusarium sp. e Ralstonia solanacearum em água contaminada artificialmente. Para Fusarium sp. foi preparada suspensão aquosa de esporos na concentração de 1,38.106 esporos/ml e tratadas nas temperaturas de 40, 45, 50, 55 e 60 0C, durante 40, 60, 80 e 100 minutos, em banho-maria. Após o tratamento, alíquotas de 50 µl dessa suspensão tratada foram transferidas para placas com meio BSA, em seguida, foram incubadas em câmara do tipo BOD (fotoperíodo = 12 horas e temperatura = 25 oC). Para R. solanacearum foram testados os mesmos tratamentos em suspensão aquosa de células de 6,99.104 ufc/ml. Após o tratamento, alíquotas de 10µl foram transferidas para placas com meio 523 (Kado), incubadas a 28°C. A porcentagem de controle foi avaliada por meio da contagem diária de colônias até a estabilização. Nos tratamentos de 40 e 45°C, (todos os tempos) não houve controle de Fusarium sp., entre 50°C (todos os tempos) e 55°C (40min.) o controle foi acima de 95% e entre 55°C (60, 80 e 100min) e 60°C (todos os tempos) foi de 100%. Para R. solanacearum não houve controle a 40°C (todos os tempos) e 45°C (40min.), o controle foi superior a 95% nos tratamentos de 45°C (60 e 80min.) e 55°C (60min.) e para os tratamento de 45°C (100min.), 50°C (todos os tempos), 55°C (40, 80 e 100min.) e 60°C (todos os tempos) o controle foi 100%. Apoio financeiro: UnB e Capes. S 124 CAL-093 Silício como potencializador da atividade de enzimas de defesa à ferrugem em plantas de café. Carré-Missio V, Pereira SC, Rezende DC, Moreira WR, Schurt DA, Rodrigues FÁ. ��������������������� Universidade Federal de Viçosa, DFP. E-mail: [email protected]. Silicon as a potentiater of the activity of enzymes related to the defense to rust in coffee plants. Os efeitos benéficos do silício (Si) são usualmente expressos sob condições de estresse, auxiliando a planta de maneira a aliviar o estresse por ela sofrido. Enzimas como as β-1,3-glucanases (GLU) e as quitinases (QUI) que catalisam a hidrólise de componentes da parede celular fúngica e as peroxidases (POD) importantes no processo da lignificação, são mecanismos de defesa ativados pela planta em resposta ao estresse. Este trabalho teve como objetivo investigar a resposta de defesa de plantas de café supridas com Si via solução nutritiva (0 e 2 mmol L-1), pela quantificação da atividade das enzimas GLU, QUI e POD. A solução utilizada foi a de Clarck (1975) modificada. Mudas com três pares de folhas completos foram inoculadas com uma suspensão de 1 mg de uredósporos de Hemileia vastatrix mL-1. Em seguida, transferidas para câmara úmida (UR > 95%, 23-25ºC) e mantidas no escuro por 48 h. Em plantas supridas com Si, atividade de GLU foi superior as plantas sem Si somente aos 30 dias após a inoculação. Já para QUI, o pico com maior atividade em plantas com Si, ocorreu aos 20 dias após a inoculação. A POD apresentou valores de atividade superiores em plantas com Si, nas etapas iniciais de infecção do patógeno até a ocorrência dos primeiros sintomas da doença. Apoio: FAPEMIG e CNPQ. CAL-094 Efeito do silicato de potássio, via foliar, no processo infeccioso de Phakopsora pachyrhizi em folhas de soja. Carré-Missio V, Rezende DC, Menezes MF, Schurt DA, Rodrigues FÁ, Zambolim L. Universidade Federal de Viçosa, DFP. E-mail: ��������������������� fabricio@ufv. br. Effect of potassium silicate, on foliar application, in infection process of Phakopsora pachyrhizi on leaves of soybean plants. A ferrugem asiática da soja (P. pachyrhizi) possui alto potencial de dano à sojicultura, constituindo-se uma das mais importantes doenças da cultura. O objetivo deste trabalho foi observar o efeito do silício (Si) no processo de patogênese de P. pachyrhizi em folhas de plantas de soja. Plantas de soja foram pulverizadas com silicato de potássio (SP) (FertiSil, INEOS Silicas Ltda) (40 g L-1). Plantas pulverizadas com água destilada serviram como testemunhas (T). Vinte quatro horas após a aplicação dos tratamentos, as plantas foram inoculadas com uma suspensão de 1 x 105 uredósporos/mL de P. pachyrhizi. Foram coletadas amostras das folhas, as quais foram submetidas ao clareamento para observação no Microscópio de Luz (ML) e preparação para Microscópio Eletrônico de Varredura (MEV). Observações citológicas das folhas indicaram que a intensidade da necrose nas células de cada sítio de infecção foi menor com aplicação de SP em relação à T. No MEV, não foi observada diferença na camada de cera epicuticular entre folhas de plantas não inoculadas tratadas e não tratadas com Si. Foi visível a perda de cerosidade próximo ao sítio de infecção em folhas sem Si, e maior presença de pústulas completamente desenvolvidas em relação às folhas tratadas com Si. Apoio: FAPEMIG e CNPQ. Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008 XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia CAL-095 Efeito de produtos naturais sobre a qualidade sanitária de sementes de sucupira (Bowdichia virgilioides). Coutinho OL, Silva V, Nascimento LC, Araújo, E. Gomes, ECS. Programa de Pós-Graduação em Agronomia, UFPB/CCA, Areia, PB, Brasil. �� Email: [email protected]. Effect of natural products on sanity quality of Bowdichia virgilioides seeds. CAL-097 Potencialização pelo silício de algumas respostas bioquímicas de defesa de cultivares de trigo à brusone. Xavier Filha MS, Domiciano GP, Oliveira HV, Moreira WR, Rodrigues FÁ. Departamento de Fitopatologia, UFV, Viçosa, MG, Brasil. E-mail: [email protected]. Potentiation by silicon of some biochemical defense responses of wheat cultivars to spot blotch. O tratamento de sementes de espécies florestais permite a introdução de uma espécie sadia, além do pleno desenvolvimento da planta, garantindo funcionalidade no que se referem os aspectos relacionados ao reflorestamento, por exemplo. O estudo de microorganismos fitopatogênicos em sementes de espécies nativas e a utilização de produtos naturais são de grande importância, uma vez que, estudos sobre tratamento de sementes em espécies florestais nativas são escassos. O presente trabalho teve como objetivo verificar o efeito do óleo de erva-doce e citronela sobre a incidência da microflora em sementes de sucupira. As sementes foram imersas em soluções com diferentes concentrações dos óleos (0, 0,5, 1,0, 1,5 e 2,0%). Para efeito de comparação, as sementes foram tratadas com o fungicida Mancozeb, na dosagem recomendada pelo fabricante. As sementes foram incubadas à temperatura ambiente em placas de Petri, contendo papel de filtro esterilizado, durante oito dias. Observou-se uma baixa incidência de fungos, incluindo os gêneros Rhizopus sp. e Aspergillus sp., nas sementes tratadas não havendo diferenças significativas em relação às concentrações utilizadas para os dois óleos. O efeito dos tratamentos naturais foi semelhante ao do fungicida. Neste trabalho objetivou-se quantificar possíveis alterações na concentração de compostos fenólicos solúveis totais (CFST) e de derivados da lignina-ácido tioglicólico (DLATG) potencializadas pelo silício (Si). O experimento foi montado em DIC num esquema fatorial 2x2x2. Os fatores estudados foram: doses de Si (0 e 0,30 g/ kg solo), duas cultivares de trigo (Aliança e BH1146) e inoculação ou não das plantas. As folhas foram coletadas às 0, 24, 48, 72 e 96 horas após a inoculação para determinação da concentração de CFST e DLATG. Houve diferença significativa na concentração de CFST nas folhas das plantas das duas cultivares inoculadas em relação aos valores obtidos de plantas não inoculadas durante o período amostrado. Na presença de Si, o decréscimo na concentração de CFST em plantas supridas com o elemento foi associado ao aumento na concentração de DLATG e decréscimo na severidade da brusone. A variável CFST não explicou a resistência das plantas das duas cultivares à brusone. Porém, a concentração de DLATG foi maior em plantas inoculadas e supridas com Si, o que pode explicar um aumento no nível de resistência das cultivares de trigo à brusone. Apoio: CNPq. CAL-096 Efeito do silício em alguns componentes de resistência do trigo à brusone. Xavier Filha MS, Domiciano GP, Moreira WR, Oliveira HV, Rodrigues FÁ. �������������������������������������������� Departamento de Fitopatologia, UFV, Viçosa, MG, Brasil. E-mail: [email protected]. Effect of silicon on some components of resistance of wheat to blast. Neste trabalho objetivou-se avaliar o efeito do silício (Si) em alguns componentes de resistência de plantas das cultivares de trigo Aliança e BH1146 a brusone, causada por Magnaporthe grisea. As plantas foram crescidas em vasos contendo 0 e 0,30 g Si/kg de solo e inoculadas aos 45 dias após emergência com uma suspensão de 1,0x105 conídios/ml. Foram avaliados o período de incubação (PI), o número médio de lesões (NML) por cm2 de área foliar, o tamanho médio de lesão (TML) e a área abaixo da curva do progresso da brusone (AACPB). A concentração foliar de Si aumentou em 142% em plantas supridas com esse elemento em relação ao controle. Além disso, a microanálise de raios-X revelou ocorrer uma maior deposição de Si nas folhas das plantas de trigo da cultivar Aliança suprida com Si. O PI foi prolongado em 15 h na presença de Si possivelmente pelo impedimento físico à penetração do fungo oriundo da deposição desse elemento na superfície foliar. Na presença de Si, houve uma redução de 80% no NML, 54% no TML e 29% na AACPB. Houve correlação positiva entre a concentração foliar de Si com o PI (r = 0,70) e negativa com a AACPB , TML e o NL (r = -0,30,-0,60, -0,56 respectivamente). Apoio: CNPq. Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008 CAL-098 Efeito do óleo comercial de Nim (Azadirachta indica) no controle in vitro de fungos do algodoeiro. Chitarra GS, Gonzatti C. UNIVAG – Centro Universitário de Várzea Grande, Várzea Grande, MT, Brasil. [email protected]. ������������������������������������������ The effect of the commercial oil of neen (Azadirachta indica) in the control in vitro of fungi cotton. Devido à necessidade de métodos alternativos para o controle de doenças em plantas, o óleo comercial de Nim foi testado in vitro sobre o crescimento micelial da colônia, esporulação e germinação dos esporos dos fungos Colletotrichum gossypii var. cephalosporioides (Cgc), Mirothecium roridum e Fusarium oxysporum f.sp. vasinfectum do algodoeiro. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado com 5 tratamentos (0, 1, 2, 3, e 4% de óleo comercial de Nim) com três repetições, sendo uma placa por repetição. As diferentes concentrações de óleo de Nim 1%, 2%, 3%, e 4% foram diluídas em meio de cultura BDA (Batata Dextrose Agar) contido em placas de Petri, e como controle, placas contendo somente meio de cultura BDA Os resultados foram submetidos a análise de variância e as médias ao teste de Tukey a 5% de probabilidade. O óleo de Nim, independente da concentração utilizada, reduziu o crecimento micelial dos três fungos avaliados, diferindo significativamente do controle. Os fungos avaliados não apresentaram redução na produção de esporos nas diferentes concentrações de óleo de Nim testadas. Os esporos do fungo Fusarium oxysporum f.sp. vasinfectum apresentaram acentuada redução na porcentagem de germinação, na concentração de 4% de óleo de Nim, diferindo significativamente do controle e das demais concentrações testadas. S 125 XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia CAL-099 A seca de ponteiros em cafeeiros pode estar relacionada com a mancha manteigosa? Ogoshi C, Martins FG, Vieira FJ, Pierre RO, Silva BM, Abreu MS. ������������������������������������� Departamento de Fitopatologia, UFLA, Lavras, MG, Brasil. E-mail: [email protected]. Is there relationship between dieback and blister spot in coffee plants? Com o objetivo de avaliar a relação entre isolados de Colletotrichum gloeosporioides e a seca de ponteiros em mudas de cafeeiro obtidas por cultura de tecidos. Nesse sentido, foram realizadas inoculações em folhas de mudas de cafeeiro previamente feridas e marcadas com discos autocolantes. Nas folhas foram depositados 10 µL da suspensão com 2x106 conídios mL-1 de 3 isolados, C. gloeosporioides do café (haste) com sintomas de mancha manteigosa (I) e (ramos) sem sintomas de mancha manteigosa (II) e C. gloeosporioides da mangueira (III). As avaliações foram realizadas a cada cinco dias iniciando-se aos sete dias após a inoculação durante 30 dias, seguindo a escala de avaliação utilizada em testes de inoculação de Colletotrichum spp. As áreas abaixo da curva de progresso da incidência e severidade da doença (AACPISD) mostraram que o isolado I obtido de cafeeiro e de manga (III) não apresentaram sintomas da doença durante as avaliações. Entretanto, o isolado II diferiu significativamente dos demais, mostrando aumento constante da incidência e severidade da mancha manteigosa durante as avaliações. Desta forma, pode-se concluir que a cultivar é tolerante aos isolados I e III e susceptível ao isolado II, confirmando haver uma estreita relação entre C. gloesporioides da mancha manteigosa e o da seca de ponteiros. Apoio Financeiro: CNPq, FAPEMIG. CAL-101 Formulações à base de extratos vegetais, cobre e manganês, na proteção de cafeeiro contra Cercospora coffeicola. Mac Leod REO, Amaral DR, Resende MLV, Ribeiro Júnior PM, Camilo FR, Pinheiro JB. Departamento de Fitopatologia, UFLA, Lavras, MG, Brasil. E-mail: [email protected]. Formulations based on vegetal extracts, copper and manganese, for the protection of coffee seedlings against Cercospora coffeicola. No presente trabalho objetivou-se estudar o efeito de extratos vegetais e a mistura dos mesmos com cobre e manganês na severidade da cercosporiose e no desenvolvimento de mudas de cafeeiro em quatro experimentos. Os extratos provenientes de folhas de café infectadas com ferrugem (EFID) e cascas de frutos de café (CFC) foram misturados com sulfato de cobre e com sulfato e cloreto de manganês. Estes extratos e suas misturas, além do indutor de resistência acibenzolar-S-metil (ASM), Viça Café® e fosfito de cobre, foram aplicados, via foliar, sete dias antes da inoculação de Cercospora coffeicola. Nos experimentos 1 e 2, utilizando formulações à base de extrato isoladamente e em mistura com cobre, observou-se que os tratamentos com fosfito de cobre, a mistura de EFID com cobre e EFID, isoladamente, proporcionaram maior proteção contra a doença, aumento de folhas e maior altura das mudas em relação à testemunha inoculada. Para os experimentos 3 e 4 verificou-se que os tratamentos com fosfito de cobre, a formulação EFID, a mistura de EFID com sulfato de manganês (0,29 g/L) e EFID com cloreto de manganês (0,435 g/L) proporcionaram maior proteção contra a doença, aumento de folhas e maior altura das mudas em relação à testemunha inoculada. Apoio Financeiro: CNPq, FAPEMIG. CAL-100 Atividade antifúngica de extratos de plantas medicinais sobre Colletotrichum musae de frutos de banana. Martins FG, Ogoshi C, Vieira JF, Pierre RO, Abreu MS, Alves E, Peixoto APB. Departamento de Fitopatologia, UFLA, Lavras, MG, Brasil. E-mail: [email protected] Antifungal activity of plants medicinal extracts against Colletotrichum musae from banana fruits. CAL-102 Alternativas de produtos naturais no manejo da ferrugem da soja em campo. Medice R, Alves E, Perina FJ, Arruda EC. UNESP/FCA, Botucatu, SP. E-mail: [email protected]. Natural products on the integrated control of the soybean rust in the field conditions. Objetivou-se nesse trabalho avaliar o efeito dos extratos de cravoda-Índia (Syzygium aromaticum), gengibre (Zingiber officinale) e canela (Cinnamomum zeylanicum) sobre ����������������������������� o crescimento ��������������������� micelial de C. musae de frutos de bananeira, in vitro. Os materias vegetais foram incorporados em MEA onde foram juntamente autoclavados, nas doses de 0 (ausência de extrato), 0,5%, 1,0% e 1,5%. Após a autoclavagem o meio foi filtrado e distribuído em placas de Petri com 9 cm de diâmetro. Após a solidificação do meio, um disco de 0,5cm de diâmetro contendo micélio do fungo foi repicado para o centro das placas e incubados a 23 ± 2°C. O delineamento foi inteiramente casualizado com 4 repetições. Os dados foram submetidos ao teste de Tukey a 5% de significância. Avaliou-se o crescimento micelial a cada 24 horas, durante 7 dias, medindo-se o diâmetro das colônias. Foi possível observar que o extrato de cravo-da-Índia, nas 3 concentrações estudadas, inibiu em 100% o crescimento micelial de C. musae. Esse mesmo resultado foi observado com o extrato de canela nas concentrações 1,0% e 1,5%. Observou-se ausência ou inibição parcial do crescimento micelial na presença do extrato de canela a 0,5% e dos extratos de gengibre em todas as concentrações estudadas. Apoio Financeiro: FAPEMIG, CNPq. A eficiência de óleos essenciais, extrato de alho e suspensão de Bacillus subtilis no controle da ferrugem asiática da soja foi avaliada em campo. Testou-se os óleos essenciais de eucalipto citriodora 0,1%, citronela 0,5%, melaleuca 0,6%, nim 0,1% e tomilho 0,3%; extrato de alho 20% e suspensão de B. subitilis (108 UFC/ml) em comparação com a testemunha e fungicida padrão (). O delineamento experimental foi blocos ao acaso com três repetições, utilizando a cultivar MG/BR 46. Três aplicações foram realizadas, nos estádios V5, R2 e R4, com um pulverizador costal pressurizado com CO2. As parcelas foram constituídas por quatro linhas tendo como área útil as duas linhas centrais. As avaliações da severidade da doença, quantificando a porcentagem de tecido lesionado de acordo com escala diagramática, foram realizadas em três épocas. Os tratamentos diferiram significativamente quanto à severidade, apresentando comportamento diferente nas três épocas avaliadas. Apenas o óleo de tomilho não diferiu da testemunha no controle da doença. Os melhores tratamentos foram em ordem decrescente: fungicida, nim, melaleuca, suspensão de B. subtilis, alho, E. citriodora e citronela, todos diferindo da testemunha. Os produtos avaliados apresentaram potencial para o manejo da ferrugem asiática da soja em campo. Apoio Financeiro: CAPES S 126 Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008 XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia CAL-103 Extratos de plantas medicinais na inibição do crescimento micelial de Pestalotiopsis sp. de frutos de goiaba. Carvalho EA, Pierre RO, Rozwalka LC, Vieira JF, Braga AS, Abreu MS, Alves E. Departamento de Fitopatologia, UFLA, Lavras, MG, Brasil. �� Email: [email protected]. Extracts of medicinal plants in the inhibition of micelial growth of Pestalotiopsis sp. from guava fruit. CAL-105 Uso de cobertura morta com adubos verdes visando o manejo de Sclerotinia sclerotiorum em sistema agroecológico. Ferraz LCL1, Bergamin Filho A2, Ambrosano EJ3. 1,2 Dep. Entom., Fitop. Zool. Agrícola, ESALQ/USP, Piracicaba, SP, 3APTA- Centro-sul, Piracicaba, SP. 1e-mail: [email protected]. Crop mulch of plant residue for the management of Sclerotinia sclerotiorum in agroecologic systems. Objetivou-se avaliar o efeito dos extratos de alecrim (Rosmarinus officinalis), alfavaca (Ocimum basilicum), cravo-da-índia (Syzygium aromaticum), gengibre (Zingiber officinale), orégano (�Origanum vulgare)����������������� , erva-cidreira (Lippia alba),���������� tomilho (Thymus vulgaris) ��e capim-limão (Cymbopogon citratus) sobre ����������������������������� o ��������������������� crescimento micelial de Pestalotiopsis sp. de frutos de goiabeira in vitro. Os extratos a 10% foram obtidos pela maceração das folhas em água destilada. Em seguida foram adicionados em meio BDA, autoclavados, filtrados e vertidos em placas de Petri. Após a solidificação do meio, os isolados foram repicados e incubados a 23 ± 2 °C. Adotou-se o delineamento inteiramente casualizado com 4 repetições. As médias foram comparadas pelo teste de Scott Knott a 5% de significância. Avaliou-se o crescimento micelial a cada 24 horas, durante 7 dias, medindo-se o diâmetro das colônias. O extrato de cravo-da-Índia inibiu em 100% o crescimento micelial de Pestalotiopsis sp. Observou-se também a inibição parcial do crescimento micelial na presença dos extratos de gengibre (66,23%), alecrim (42,29%), tomilho (39,34%), erva-cidreira (22,46%), alfavaca (13,77%) e orégano (9,84%). O extrato de capim-limão apresentou ausência de inibição não diferindo estatisticamente da testemunha. Apoio Financeiro: CNPq, FAPEMIG. Foi estudado o uso de adubos verdes como cobertura morta sobre o solo visando o manejo de S. sclerotiorum plantas no sistema agroecológico. Testaram-se os seguintes adubos verdes: A-1: Crotalarea mucronata, A-2: C. spectabilis, A-3: C. paulinea, A-4: C. ocroleica, A-5: C. juncea, A-6: Canavalia ensiformes (Feijãode-porco), A-7: Cajanus cajan (Feijão-guandu, favalarga), A-8: C. cajan (anão), A-9: Mucuna aterrima (preta), A-10: M. cinereum (cinza), A-11:M. pruriens (verde), A-12: Lab lab purpures (Lablab), A-13: Brachiaria brizantha cv. Xaraés, A-14: B. brizanha cv. Marandu e A-15: B. decumbens. Os resultados indicaram que os extratos estéreis dos resíduos de A-1, A-4, A-6, A-8 e A-9 reduziram ou inibiram a germinação miceliogênica (escleródios) de S. sclerotiorum. Os adubos verdes A-6 e A-7, possivelmente devido a presença de algum elemento gasoso, conferiram a redução da germinação miceliogênica. Observou-se uma redução da germinação carpogênica (apotécios formados) na presença de adubos verdes testados da família Fabaceae, os quais foram mais efetivos quando comparados às plantas da família Poaceae. Estes resultados indicaram o potencial de controle de S. sclerotiorum utilizando-se resíduos de adubos verdes sobre o solo. Projeto financiado pelo CNPq. CAL-104 Efeito do hidrolisado de peixe no controle de Fusarium em crisântemo. Pinto ZV1, Bettiol W2. 1UNESP/FCA, Botucatu-SP; 2 Embrapa Meio Ambiente, Jaguariúna-SP, E-mail: bettiol@cnpma. embrapa.br. Effect of fish hydrolyzed on the control of Fusarium in chrysanthemum. CAL-106 Uso de resíduos de plantas de biocombustível visando o manejo de Sclerotinia sclerotiorum em sistema agroecológico. Ferraz LCL1, Bergamin Filho A2, Ambrosano EJ3. 1,2 Dep. Entom., Fitop. Zool. Agrícola, ESALQ/USP, Piracicaba, SP, 3APTA- Centrosul, Piracicaba, SP. 1e-mail: [email protected]. Biofuel plant residue for the management of Sclerotinia sclerotiorum in agroecologic systems. Fusarium está limitando a produção de crisântemo no Brasil. Há relatos do seu controle, em outras hospedeiras, com hidrolisado de peixe (HP), um fertilizante orgânico obtido da fermentação de resíduos de pescados. O trabalho teve por objetivo avaliar o efeito do HP no controle de Fusarium em crisântemo cultivado em vasos com 3 l de substrato à base de casca de pinus. Dois experimentos foram conduzidos com as variedades Yellow Marino e Papirus White em propriedade infestada em Holambra/SP. No primeiro experimento o HP foi incorporado ao substrato nas concentrações de 0, 10, 20, 30, 40 e 50 % do volume de água necessário para atingir a capacidade de campo, via irrigação. No segundo, o HP foi incorporado nas mesmas concentrações, mas com auxílio de betoneira para melhor homogeneização. Os experimentos foram inteiramente casualizados com 20 repetições. Transcorridas 8, 12, 14 e 20 semanas do plantio foi avaliada a incidência e a severidade da doença em cinco repetições cada, com isolamento das hastes das plantas para verificar a presença do fungo. As variedades testadas e a forma de aplicação apresentaram o mesmo comportamento com relação à severidade da doença. O hidrolisado de peixe não controlou o Fusarium neste patossistema. Em média a incidência foi de 100% e a severidade apresentou nota 4 (murcha e todo xilema atacado) em uma escala de 1=planta sadia a 5=planta morta. Apoio: CNPq. Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008 Visando o manejo de S. sclerotiorum em plantas no sistema agroecológico foram estudados o uso da incorporação ao solo de tortas de resíduos de plantas de biocombustivel. Testaram-se as tortas de plantas de biocombustivel: T-1: Ricinus communis (mamona), T-2: Gossypium hirsutum (algodão), T-3: Arachis hypogaea (amendoim), T-4: Jatropha curcas (pinhão manso), T5: Raphanus sativus (nabo forrageiro) e T-6: Helianthus annuus (girassol). Testaram-se em três ensaios distintos, o efeito dos extratos estéreis, presença de gases, e diferentes concentrações das tortas, em delineamento experimental inteiramente ao acaso com três repetições. Os resultados indicaram que os extratos estéreis de T-1 e T-4 reduziram ou inibiram a germinação miceliogênica (escleródios formados). As tortas T-2, T-3, T-4 e T-6, devido a algum elemento gasoso, conferiram a redução da germinação miceliogênica. Em todas as tortas de biocombustível testadas nas concentrações de 3, 9 e 18% no solo inibiram completamente a germinação carpogênica (produção de apotécios) quando comparados a testemunha, somente solo. Estes resultados indicaram o potencial de controle de S. sclerotiorum utilizando-se a incorporação ao solo de diferentes tortas de plantas de biocombustivel. *Projeto financiado pelo CNPq. S 127 XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia CAL-107 Efeito do fosfito e cloreto de cálcio no controle pós-colheita da antracnose do mamão. Lopes LF, Dutra JB, Blum LEB, Daher TG. Departamento de Fitopatologia, Unb, Brasília, DF, Brasil. �� Email: [email protected]. Effect of the phosphite and chloride of calcium in the control of the anthracnose of papaya. O objetivo deste trabalho foi avaliar os efeitos da associação e uso isolado dos fosfitos de cálcio (30% P2O5 + 7% Ca) de potássio (40% P2O5 + 20% K2O) e do cloreto de cálcio no controle da antracnose (Colletotrichum gloeosporioides) em frutos de mamão (Carica papaya) do grupo solo cv. ‘Golden’. Os frutos com estágio de maturação entre 0 e 2 foram previamente desinfestados através da imersão em soluções de álcool e hipoclorito de sódio e posteriormente feridos a uma profundidade de 3mm em cinco pontos ao longo do fruto utilizando-se uma chave ‘Philips’ esterilizada. Os locais feridos foram inoculados com 50μl da suspensão (106 conídios/ml) do patógeno e em seguida os frutos permaneceram em câmara úmida por 24 horas até a aplicação dos tratamentos. Frutos não tratados e tratados com o fungicida Derosal (p.a. carbendazim) foram mantidos como testemunhas. Após os tratamentos os frutos foram armazenados por 10-12 dias em câmaras tipo BOD com temperatura de 13°C e fotoperíodo de 12 horas, analisando-se diariamente o diâmetro das lesões nos frutos. Em todos os experimentos realizados o uso isolado do cloreto de cálcio reduziu significativamente a doença quando comparados aos demais tratamentos. O uso do fungicida, fosfito de cálcio e fosfitos associados ao cloreto de cálcio obtiveram uma resposta variada quanto ao desenvolvimento da doença. Apoio Financeiro: CAPES, CNPq. CAL-108 Avaliação de fosfitos no controle de Colletotrichum gloeosporioides in vitro. Dutra JB, Lopes, LF, Blum LEB, Daher, TG. Departamento de Fitopatologia, UnB, Brasília, DF, Brasil. E-mail: [email protected]. Evaluation of Phosphites in the control of Colletotrichum gloeosporioides in vitro. Com o objetivo de avaliar a eficiência de fosfitos (ácido fosforoso) sobre Colletotrichum gloeosporioides Penz., agente etiológico da antracnose em diversas fruteiras tropicais, testes in vitro foram realizados utilizando-se o Fosfito-Mg (40% P2O5 + 6% Mg), FosfitoZn (40% P2O5 + 10% Zn), Fosfito-Ca (30% P2O5+ 7% Ca) e FosfitoK (40% P2O5+ 20% K2O) em três doses diferentes e o fungicida Derosal (p.a. carbendazim), adicionados em meio de cultura BDA fundente. Avaliou-se o crescimento micelial e a produção de conídios de três isolados do fungo provenientes de mamão (Carica papaya), maracujá-amarelo (Passiflora edulis Sims. f. flavicarpa Deg.) e goiaba (Psidium guajava). O delineamento experimental utilizado foi inteiramente casualizado com 14 tratamentos e quatro repetições para cada tratamento. Todos os fosfitos utilizados foram eficientes na redução do crescimento micelial e na esporulação dos três isolados de C. gloeosporioides em relação ao controle (tratado apenas com água) e ao fungicida. Apoio Financeiro: CAPES, CNPq. S 128 CAL-109 Efeitos de óleos essenciais e épocas de aplicação sobre o controle da mancha bacteriana do tomateiro (Xanthomonas vesicatoria). Lucas GC, Alves E, Pereira RB, Perina FJ, Zacaroni AB. Departamento de Fitopatologia, UFLA, Lavras, MG, Brasil. E-mail: [email protected]. Effects of essential oils and application times on the control of tomato bacterial spot (Xanthomonas vesicatoria). Testaram-se os óleos essenciais de tomilho (TO), cravo-da-índia (CR), eucalipto (EU), canela (CA), citronela (CI), árvore de chá (ME) e capim limão (CL) (0,1%); acibenzolar-S-metil (AS - 0,2 mg mL-1); Recop® 2,0 mg mL-1; em três épocas de aplicações, quanto ao efeito no progresso da mancha bacteriana em tomateiro. Como emulsificante foi utilizado o leite em pó (LP 0,1%) e como controle utilizou-se testemunha inoculada e absoluta. As plantas foram tratadas somente antes da inoculação (A), somente após a inoculação (D) e antes e após a inoculação (AD) semanalmente até o final do experimento. Sete dias após o tratamento, as plantas foram inoculadas com suspensão bacteriana de 5 x 108 UFC mL-1 e, sete dias após iniciaram-se avaliações a cada quatro dias. O experimento foi conduzido em delineamento de blocos casualizados. Foram calculadas as áreas abaixo da curva de progresso da severidade da doença (AACPSD) e as eficácias dos tratamentos. Plantas tratadas A e AD apresentaram maiores eficácias de controle, em ambas o ASM foi o mais eficiente com 89% de controle, seguido dos óleos ME (60 e 47%), CL (57 e 61%), CR (53 e 53%) e CI (51 e 48%). Em D os melhores tratamentos foram Recop®, EU, CI, ME, CL e TO com eficácias de 53, 49, 44, 41, 39 e 28%, respectivamente. Apoio Financeiro: CAPES. CAL-110 Aplicação de silício no solo e na folha visando o controle da mancha de Pestalotia (Pestalotia longisetula) do morangueiro. Carré-Missio V, Rezende DC, de Souza NFA, Schurt DA, Rodrigues FÁ, Zambolim L. Universidade Federal de Viçosa, DFP. �������� E-mail: [email protected]. Silicon application in the soil and on the leaf to control Pestalotia leaf spot on strawberry. A presença de silício (Si) em algumas plantas tem sido relacionada principalmente com o aumento da resistência contra pragas e doenças. Este trabalho teve como objetivo investigar a aplicação de Si via solo ou foliar no controle da mancha de Pestalotia do morangueiro. O experimento foi instalado num DIC com 3 tratamentos e 7 repetições. Os tratamentos consistiram de: silicato de cálcio (SC) via solo (1,25 g de volastonita kg-1 de solo), silicato de potássio (SP) (FertiSil, INEOS Silicas Ltda) via foliar (15 g L-1) aplicado 24 h antes da inoculação e testemunha (T). As plantas foram inoculadas com uma suspensão de 2 x 105 conídios/mL de P. longisetula, sendo em seguida mantidas sob condição de câmara úmida (UR ≈ 95%, 21-22oC) por 48 h. Avaliou-se a expansão de lesões e a severidade (SEV) da doença às 48, 96, 144, 192 e 240 h após a inoculação. Os dados da SEV foram utilizados para calcular a área abaixo da curva do progresso da doença (AACPD). Houve diferença significativa para os dois tratamentos com Si em relação à testemunha. A AACPD foi reduzida em 33 e 10,3% em relação à testemunha, com o uso do SC e SP, respectivamente. A expansão de lesões nas plantas do tratamento T foi em média 22% maior do que as observadas nas folhas das plantas dos tratamentos SC e SP. Apoio: FAPEMIG e CNPQ. Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008 XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia CAL-111 Controle alternativo do oídio da soja. Perina FJ, Alves E, Pereira RB, Lucas GC. Departamento de Fitopatologia, UFLA, Lavras, MG, Brasil. E-mail: [email protected]. Alternative control of the soybean powdery mildew. O oídio da soja sempre esteve presente em todas as regiões produtoras. Esta é uma doença potencialmente perigosa em períodos de estiagem, podendo causar 40% de perdas. Plantas inoculadas naturalmente por Erysiphe diffusa Cooke & Peck, foram tratadas com óleos essenciais, leite e fungicida, a fim de comparar o controle exercido pelos óleos essenciais em relação ao leite e ao fungicida. Realizaram-se três pulverizações com: leite (LE) 10%, óleo essencial de citronela (CI), capim-limão (CL), eucalipto (EU), canela (CA) e melaleuca (ME) 0,1%, tebuconazole (FU) a ponto de escorrimento. Avaliou-se quinzenalmente a severidade da doença. Todos tratamentos apresentaram severidade significativamente menor que a testemunha, onde FU, CI, LE, CL e EU, apresentaram mesmo nível de controle, seguido de CA e ME. Pôde-se inferir que os óleos: CI, CL e EU, são promissores no controle da doença, por se igualarem aos tratamentos LE e FU. Apoio Financeiro: FAPEMIG. CAL-112 Óleos essenciais no controle de Podosphaera xanthii em pepino. Pereira RB, Perina FJ, Lucas GC, Alves E. Departamento de Fitopatologia, UFLA, Lavras, MG, Brasil. ����������������� E-mail: perinafj@ gmail.com. Essential oils in the control of Podosphaera xanthii in cucumber. Podosphaera xanthii (Sphaerotheca fuliginea), agente causal do oídio do pepino, é considerado importante na cultura, pois afeta toda a parte aérea da planta reduzindo a produção. O objetivo deste trabalho foi avaliar a eficiência de óleos essenciais no controle do oídio em pepino. Os tratamentos constituíram-se de: Kumulus® (2 g L-1), óleos de canela (CA), citronela (CI), capim limão (CL), nim (NI) na concentração de 1000 ppm e testemunha. As plantas foram inoculadas mediante pulverização com uma suspensão de 4 x 104 conídios.mL-1 aos 26 dias após a semeadura e pulverizadas com os tratamentos aos um e cinco dias antes da inoculação (DAÍ). O experimento foi conduzido em delineamento de blocos casualizados, com três repetições e parcela constituída de quatro plantas. Aos 14 e 24 DAI, avaliou-se a severidade da doença e calcularam-se as áreas abaixo da curva de progresso da severidade da doença (AACPD). A pulverização realizada aos cinco DAI apresentou os melhores resultados. Aos cinco DAI, Kumulus® apresentou a maior eficácia de controle, 95,76%, seguido dos óleos de CI e CL, com eficácias de 42,02 e 38,97%. Óleos de CA e NI não diferiram em relação à testemunha. Em plantas tratadas um DAI, Kumulus® também apresentou maior controle, 87,76%, seguido de óleo de CA, 44,35%. Os demais óleos não apresentaram diferença em relação à testemunha. Apoio Financeiro: FAPEMIG. Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008 CAL-113 Uso de extrato de Pomelo no controle de Penicillium digitatum em lima ácida ‘Tahiti’. Pedro LS, Moretto C, Cherpinski G, Cervantes ALL, Kupper KC. Centro APTA Citros ‘Sylvio Moreira’ IAC, Cordeirópolis, SP, Brasil. E-mail: lucienesilvapedro@yahoo. com.br. Use of Grapefruit extract in the control of Penicillium digitatum in ‘Tahiti’ lime. O bolor verde causado por P. digitatum é responsável por grandes perdas de frutos cítricos na fase de pós-colheita. O objetivo deste trabalho foi estudar a ação de extrato de pomelo (Citrus grandes) na redução de infecções causadas pelo fungo em frutos de lima ácida ‘Tahiti’. Para isso foram testadas 4 doses do extrato, nas concentrações de 0,05; 0,1; 0,2 e 0,4% (v/v), de forma curativa e preventiva. Frutos de lima ácida ‘Tahiti’ foram desinfestados superficialmente, feridos e inoculados com suspensão do patógeno de 105 conídios/mL. Os tratamentos corresponderam a frutos inoculados com o patógeno, 24 antes ou após os tratamentos, que corresponderam à imersão dos frutos por 2 minutos nas respectivas doses do extrato. As testemunhas compreenderam frutos, somente inoculados, inoculados e tratados com imazalil e frutos sem inoculação e tratamento. Após o tratamento e inoculação, os frutos foram armazenados em ambiente a 25°C e 75% UR por 5 dias e em câmara fria a 10°C e 95% UR, por 20 dias. A avaliação se deu pela porcentagem de frutos sadios. Os resultados demonstraram eficiência no controle do bolor verde a partir da concentração de 0,05% do extrato de pomelo, em ambos modos de ação, curativo e preventivo, com um total de frutos sadios acima de 95% em ambas condições de armazenamento. CAL-114 Dinâmica populacional de Xanthomonas axonopodis pv. citri em plantas cítricas tratadas com imidaclopride. Silva MRL1,2, Bagio TZ3, CanteriMG2, Leite Jr. RP1. 1IAPAR. 2UEL. 3FALM. Email: [email protected]. Populational dynamics of Xanthomonas axonopodis pv. citri in imidacloprid treated citrus plants. Indutores de resistência em plantas têm sido testados para o controle de doenças em diversas culturas. O objetivo deste trabalho foi avaliar o controle de Xanthomonas axonopodis pv. citri (Xac), causadora do cancro cítrico, em plantas cítricas tratadas com diferentes doses do neonicotinóide imidaclopride. Plantas de laranja Valência mantidas em casa de vegetação foram tratadas por meio de rega no solo com imidaclopride nas dosagens de 0,75, 1,5 e 3,0 g de p.a. por planta. As plantas controle foram tratadas com água. Suspensão bacteriana do isolado 306 de Xac na concentração de 104 UFC/ml foi infiltrada em folhas 6 dias após o tratamento. A curva de crescimento da bactéria in planta foi determinada pelo plaqueamento periódico de suspensão obtida de discos foliares da área infiltrada com a bactéria. A incidência da doença foi avaliada pela contagem do número de lesões das folhas inoculadas. A população de Xac obtida das áreas infiltradas foi significativamente menor em plantas tratadas com 1,5 e 3,0 g de imidaclopride quando comparadas às plantas controle. A incidência de cancro cítrico também foi significativamente menor nas plantas tratadas com estas mesmas dosagens. Apoio financeiro: CAPES, FUNDECITRUS. S 129 XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia CAL-115 Efeito da época de aplicação de imidaclopride para controle de cancro cítrico. Silva MRL1,2, Gonçalves RM1,2, Canteri MG2, Leite Jr. RP1. 1IAPAR.. 2UEL. E-mail. [email protected]. Effect of the time of application of imidacloprid for control of citrus canker. Produtos indutores de resistência em plantas têm sido estudados para o controle de doenças em diversas culturas. O objetivo deste trabalho foi determinar a melhor época de aplicação de imidaclopride como indutor de resistência para controle de cancro cítrico, causado por Xanthomonas axonopodis pv. citri (Xac). Plantas de laranja Valência mantidas em casa de vegetação foram tratadas por meio de rega no solo com imidaclopride na dosagem de 3,0 g de p.a. por planta. As plantas controle foram tratadas com água. Suspensão bacteriana do isolado 306 de Xac na concentração de 104 UFC/ml foi infiltrada em folhas no mesmo dia, três dias antes e três dias após os tratamentos. A avaliação foi realizada 25 dias após a inoculação da bactéria, pela contagem do número de lesões nas folhas e plaqueamento de suspensão obtida de discos foliares da área infiltrada com a suspensão bacteriana. Plantas tratadas com imidaclopride no mesmo dia e três dias antes da inoculação apresentaram redução significativa na incidência de cancro cítrico quando comparadas às plantas controle. A população de Xac recuperada da área infiltrada demonstrou que o tratamento da planta com imidaclopride torna a planta competente para reduzir a multiplicação da bactéria no tecido foliar. Apoio financeiro: CAPES, FUNDECITRUS. CAL-116 Avaliação de soluções homeopáticas de óleos essenciais na germinação de Corynespora cassiicola e Alternaria solani. Oliveira JSB1, Schwan-Estrada KRF1, Mesquini RM1, Oliveira DS2, Bonato CM1. 1Universidade Estadual de Maringá,PR, 2Universidade Federal de Santa Catarina,SC. Email: ����������������������������� julianaglomer@hotmail. com. Evaluation of homeopathic solution of essential oils on the germination of Corynespora cassiicola and Alternaria solani. Com o objetivo de avaliar o efeito de soluções homeopáticas na germinação de conídios de Corynespora cassiicola e Alternaria solani, foram utilizados 9 tratamentos: 4 dinamizações (6CH, 12CH, 24CH e 30CH) dos óleos essenciais: Eucalyptus citriodora (EC) e Cymbopogon citratus (CC) e testemunha (água). O ensaio contou com 4 repetições. O teste de germinação foi feito em placas de Elisa, sendo depositados 40 �������������������� μ������������������� L da suspensão 1x104 esporos.mL-1 com 40 μ�������������������������������������� ��������������������������������������� L de cada um dos tratamentos. Após 20 horas de incubação no escuro a 25 ºC procedeu-se à interrupção do processo germinativo com lactofenol. Determinou-se o nº médio em % de esporos germinados e não germinados. Os dados de inibição da germinação foram submetidos à análise de variância, e posteriormente comparados pelo teste de Scott-Knott (5%). Na germinação de conídios de A. solani, todos os tratamentos utilizados diferiram da testemunha (germinação média: 67%), inibindo de 45 a 63 % a germinação. Os esporos de C.cassiicola submetidos às dinamizações do óleo essencial EC, tiveram uma inibição média de 7 a 13%, sendo menos eficientes que a testemunha (germinação média: 85%), já as dinamizações do óleo essencial CC foram estatisticamente diferentes dos demais tratamentos, inibindo de 18 a 22% dos esporos. S 130 CAL-117 Efeito do tiossulfato de prata na redução da desfolha causada pela Cercosporiose em mudas de cafeeiro. Vieira JF, Pierre RO, Resende MLV, Nepomucena TM, Ribeiro Júnior PM, Abreu MS, Amaral DR. ��������������������������������������������� Departamento de Fitopatologia, UFLA, Lavras, MG, Brasil. E-mail: [email protected]. Effect of silver thiosulphate to reduce defoliation caused by brown eye spot of coffee seedlings. Objetivou-se nesse trabalho testar o potencial do tiossulfato de prata (STS) aplicado em mudas de cafeeiro, visando redução do desfolhamento provocado pela cercosporiose. O trabalho foi instalado em casa de vegetação, utilizando a cultivar ‘Mundo Novo’ (suscetível), com seis meses de idade. O delineamento experimental foi em DBC com esquema fatorial com 1 produto (STS) x 3 doses (0,05; 0,04 e 0,03M) x 2 (número de aplicações: 1 e 4). Todas as testemunhas desse ensaio receberam somente água deionizada. As mudas foram avaliadas a cada 7 dias, totalizando 5 avaliações. De acordo com os resultados observou-se que aos 21 e 28 dias houve efeito de dose, com comportamento linear para o número de folhas. Além disso, as plantas que foram tratadas com a maior dose do produto apresentaram também o maior número de folhas. Entretanto, esta dose causou toxidez em algumas plantas. Com relação ao número de aplicações não houve diferença significativa. Os resultados preliminares sugerem que o STS tem potencial para ser usado contra desfolha. Todavia, serão necessários outros testes para determinar a melhor dose e a que não cause fitotoxidez. Apoio Financeiro: CNPq, FAPEMIG. CAL-118 Biocontrol of onion root bulb by Trichoderma spp wild strains. Zapata SR, Soriano MR, Vecchietti NB. Fitopatología. Facultad Ciencias Naturales. Universidad Nacional de Salta. Argentina. E-mail: [email protected]. Controle biológico da produção de cebola com isolados silvestres de Trichoderma. Four Trichoderma spp wild strains from Valle de Lerma (Salta, Argentina) were probed against Rhizoctonia solani, Fusarium sp and Sclerotium rolfii, isolated from onion root bulb. Two kind of assays were carried out: 1) testing the efficacy in inhibiting pathogens growing in vitro by TVL7, TVL10, TVL11 and TVL12 Trichoderma wild strains by using dual cultures on potato dextrose agar. It worked with a completely randomized design, with 15 treatments (including 3 controls) and 3 replications. Mycelia growth of both fungi was measured and evaluated according Royse & Ries formula. Plates were incubated during 6 days at 25°C. Results showed strong inhibition (more than 20%) of Rhizoctonia and Fusarium sp in front of TVL7, TVL11 and TVL12. 2) Test “in vivo” were carried out applying simultaneously pathogen and biocontrol. It worked with a completely randomized design, with 16 treatments (including 3 positive and 1 negative controls) and 3 replications. An onion bulb was the experimental unit. Bulb rot percent was estimated and data were analyzed by Duncan test. Both, TVL11 and TVL12, vs Rhizoctonia solani showed the best behavior. According two test results indicated that TVL11 and TVL12 Trichoderma wild strains have good performance as biocontrol for Rhizoctonia solani and Fusarium sp. In the same way, biocontrol for Sclerotium rolfii failed in both tests. Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008 XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia CAL-119 Efeito do tratamento térmico sobre a podridão do fruto do mamoeiro (Phytophthora palmivora). Amorim EPR, Dantas-Júnior AMM, Soares LPR, Junior MHC. Universidade Federal de Alagoas, Centro de Ciências Agrárias, Rio Largo, AL. ������������������������ E-mail: [email protected]. Effect of thermal treatment on fruit rot of the papaya (Phytophthora palmivora) O fungo Phytophthora palmivora causa a podridão-do-pé ou de frutos e é considerado um dos principais problemas do mamoeiro. O tratamento hidrotérmico é um método de controle de doenças em pós-colheita e tem a vantagem de ser um tratamento livre de resíduos e de não oferecer risco a saúde humana e ao meio ambiente. O objetivo deste trabalho foi avaliar o controle da podridão de frutos do mamoeiro através da termoterapia. Frutos com até 25% de sua superfície amarela, foram inoculados através de aspersão, com 10 mL de suspensão de P. palmivora (20 esporângios/mL) e submetidos aos seguintes tratamentos: imersão em água a 50, 51, 52 e 53°C por 3 e 5 minutos; imersão dos frutos em fungicida (metalaxil + mancozeb – 3,5g/L) e testemunha (suspensão do patógeno). Os frutos foram colocados em sacos plásticos a vácuo e avaliados diariamente por até 7 dias, quando a severidade da doença foi determinada (% das áreas lesionadas). O delineamento experimental foi inteiramente casualizado com 10 tratamentos e 4 repetições. Os sintomas só foram observados no quarto dia após a inoculação, na testemunha e no tratamento com fungicida, que apresentaram cerca de 60% de infecção. Os frutos tratados com a termoterapia não apresentaram sintomas, o que indica a eficiência do tratamento térmico no controle de P. palmivora em mamão. CAL-120 Efeito de rotações de cultura sob plantio direto sobre Fusarium spp. e Trichoderma spp. em cultivos de feijoeiro irrigado Oliveira P1, Lobo Jr M2, Silveira PM2, Kluthcouski J2. 1‑Universidade Federal de Goiás, Escola de Agronomia e Engenharia de Alimentos, Goiânia, GO; 2‑Embrapa Arroz e Feijão, Santo Antônio de Goiás, GO, Brasil. E-mail: [email protected]. Effect of crop rotations under no-tillage on Fusarium spp. e Trichoderma spp. in the cultivation of common beans under irrigation. Os fitopatógenos Fusarium solani e F. oxysporum f. sp. phaseoli são causadores de doenças importantes do feijoeiro comum (Phaseolus vulgaris L.). Outros fungos de importância são as espécies de Trichoderma spp., cujas populações devem ser mantidas nos agroecossistemas para o manejo de murchas e podridões radiculares. Diante disso, objetivou-se determinar as populações de F. solani, F. oxysporum e Trichoderma spp. em Sistema Plantio Direto com quatro rotações de culturas: pastagem de Brachiaria ruziziensis (T1); feijão após B. ruziziensis (T2); feijão após consórcio de milho com B. ruziziensis (Sistema Santa Fé) (T3) e feijão após milho (T4). Nos tratamentos T2, T3 e T4 foi utilizada a cv. BRS Supremo 7762, irrigada por pivô central de julho a setembro em 2006 e 2007. A partir de amostras de solo da profundidade de 0-10 cm, obtidas durante o florescimento do feijoeiro, foram realizadas diluições em série e plaqueamento em meios semi-seletivos para estimativa das populações dos patógenos e de Trichoderma spp. A análise dos resultados (Tukey, 5%) permitiu verificar que: a) as populações de F. solani, F. oxysporum e de Trichoderma spp. aumentaram de 2006 para 2007; b) o Sistema Santa Fé contribuiu para menor população de F. solani em ambos os anos; c) os tratamentos não diferiram entre si quanto à densidade de F. oxysporum e incidência da murcha de Fusarium, que variou de 47,5% a 57,5%. Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008 CAL-121 Ação de indutores na resistência de tomateiro ao Fusarium oxysporum f. sp. lycopersici, agente causal da fusariose. Sandra MCC, Atônia ACR. Mestrado em Agroecologia, UEMA, Laboratório de Fitopatologia, UEMA, MA, Brasil. ��������� E- mail: [email protected]. Inductors action on the resistence of tomato plant to Fusarium oxysporum f. sp. lycopersici, causal agent of fusariosis. Os elicitores são compostos que induzem a síntese de PR-proteinas, e outras respostas de defesa da planta. Visando a obtenção de uma alternativa de controle para murcha de fusário do tomateiro (Lycopersicon esculentum Mill.) foram avaliados os indutores ASM (5,0 mg i.a/L de água), Ecolife (5 ml/L de água), Biopirol (2 ml/L de água) e Óleo de nim (15 ml/L de água). Para isso foram utilizadas plantas das cultivares Caline IPA-6, altamente suscetível e IPA-6, suscetível ao Fusarium oxysporum f.sp. lycopersici. Os indutores foram aplicados via foliar aos 5, 10 e 15 dias antes da inoculação das plantas. Realizou-use a inoculação 30 dias após a semeadura através do ferimento de raiz em meia lua. O delineamento foi inteiramente casualizado em fatorial 2 X 3 X 4. Realizou-se a avaliação 21 dias após a inoculação através da escala de notas de 1-5. Observou-se diferença significativa entre os indutores e a testemunha, nas duas cultivares. Para cultivar Ipa 6 os indutores ASM e Biopirol aplicados aos 5, 10 e 15 dias, e apresentaram 72,23 % de controle da fusariose e na cultivar Caline Ipa 6 destacaram-se os indutores ASM e Óleo de nim aplicados aos 5 dias antes da inoculação e o indutor Biopirol aos 5 e 10 dias antes da inoculação, apresentando os três indutores 75 % de controle da fusariose do tomateiro. CBI-001 Controle da mancha angular do algodoeiro via tratamento de sementes. Ferro HM, Souza RM, Medeiros FHV, Santos Neto H, Zanotto E, Pomella AWV, Martins SJ, Ximenes MC. UFLA, DFP, Lavras (MG), Sementes Farroupilha, Patos de Minas (MG). �� Email: [email protected]. Control of cotton blight way treatment of seeds. Xanthomonas axonopodis pv. malvacearum (Xam), agente etiológico da mancha angular do algodoeiro, tem nas sementes a sua principal forma de disseminação. Devido à inexistência de produtos registrados para a erradicação Xam e visando-se diminuir o impacto dos agroquímicos na cultura do algodoeiro, este trabalho buscou o tratamento de sementes utilizando Bacillus spp. para o controle da doença. Doze isolados rizosféricos de Bacillus spp (suspensões de 108 ufc/ml), pré-selecionados para o controle de doenças e promoção de crescimento do algodoeiro, foram utilizadas para o tratamento de sementes contaminadas com Xam. As plântulas foram avaliadas quanto à severidade da mancha angular aos 8, 10 e 13 dias após o plantio. Quatro grupos de isolados foram mais eficientes que a testemunha. O controle da mancha angular, medido pela redução na AACPD em relação à testemunha, variou de 41,13 a 96,55%. Destacaram-se os isolados do grupo 1, Bacillus subtilis ALB629, Bacillus sp. UFLA 133, Bacillus sp. UFLA 24 e Bacillus sp. UFLA 401, com controle próximo ao fungicida Tolyfluanid, 88,60%. De acordo com os resultados pode-se concluir que Bacillus spp. é uma alternativa para o controle da mancha angular do algodoeiro via tratamento de sementes. Apoio financeiro: CNPq, FAPEMIG. S 131 XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia CBI-002 Modos de ação de Bacillus spp. no controle da mancha angular do algodoeiro. Ferro HM, Souza RM, Medeiros FHV, Santos Neto H, Zanotto E, Martins SJ, Ximenes MC. ����������������������� UFLA, DFP, Lavras, MG, Brasil. E-mail: [email protected]. Modes of action of Bacillus spp. in the control of cotton blight. A determinação do modo de ação de rizobactérias no controle doenças é de suma importância para a determinação das estratégias de manejo. Suspensões (108ufc/mL) de doze isolados de Bacillus spp., pré-selecionados para o controle de doenças e promoção de crescimento de plantas de algodão, foram usadas para o tratamento de sementes infectadas com Xam. Parte das sementes tratadas foram plaqueadas em meio semi-seletivo para avaliação da taxa de infecção (TI) e parte plantada para determinação da incidência da doença 14 dias após o plantio. A partir dos dados de incidência e TI foi determinada a taxa de transmissão (TT) da mancha angular. Parte dos isolados atuou por erradicação, como Paenibacillus lentimorbus MEN2 com baixa TI (56,7%), mas alta TT (64,3%). Parte dos isolados atuou por proteção, como Bacillus sp.UFLA 133 com alta TI (100%) mas baixa TT (21,7). Apenas Bacillus sp. UFLA 401 atuou tanto por erradicação (53,3% de TI) quanto por proteção (23,8% de TT). A maior parte dos isolados garantiu o controle da mancha angular do algodoeiro (3,09 a 67,36%) em relação à testemunha não tratada, por diferentes mecanismos de atuação. Nos trabalhos futuros será feita a combinação de isolados com diferentes modos de ação para maior eficiência de controle. Apoio financeiro: CNPq, FAPEMIG. CBI-003 Proteção do algodoeiro contra ramulose. Zanotto E, Souza RM, Ferro HM, Medeiros FHV, Santos Neto H, Ximenes MC. UFLA, ������ DFP, Lavras (MG). E-mail: [email protected]. Protection of the cotton plant against ramulose. Rizobactérias podem proteger as plantas de doenças fúngicas. Suspensões de Bacillus subtilis GB03 e B. subtilis UFLA285 foram testadas no tratamento de sementes infectadas por Colletotrichum gossypii var. cephalosporioides (Cgc) para a proteção de plantas contra a ramulose. Suspensões de Bacillus spp. (108 ufc/mL) foram usadas para o tratamento de sementes e novamente aplicadas aos 20 dias após o plantio (DAP). Aos 27 DAP as plantas foram inoculadas com Cgc (105 com/mL). A eficiência dos tratamentos foi testada pela área abaixo da curva de progresso da doença (AACPD), obtida a partir da avaliação semanal da severidade da doença até os 75 DAP, e pelo peso seco de plantas ao término do ensaio. Ambos os isolados bacterianos reduziram a doença em 21 e 26%, respectivamente para B. subtilis GB03 e B. subtilis UFLA285. O peso das plantas inoculadas foi semelhante. Os isolados reduziram o progresso da ramulose, mas outras aplicações dos antagonistas ou complementação com aplicação de fungicida são necessárias para garantir o ótimo desenvolvimento de plantas. Apoio financeiro: CNPq, FAPEMIG. S 132 CBI-004 Bacillus spp. no tratamento de sementes de feijão para controle do crestamento bacteriano comum. Zanotto E, Souza RM, Ferro HM, Medeiros FHV, Neto HS, Martins SJ, Zacaroni AB. Departamento de Fitopatologia, UFLA, Lavras, MG, Brasil. E-mail: [email protected]. Seed treatment to manage bean common bacterial blight (Xanthomonas axonopodis pv. phaseoli). Xanthomonas axonopodis pv. phaseoli (Xap), agente do crestamento bacteriano comum, é comumente disseminado por sementes de feijão contaminadas. Devido à inexistência de produtos registrados para o controle da doença, o presente trabalho teve como objetivo determinar a eficácia de Bacillus spp no tratamento de sementes. Sementes contaminadas por Xap foram tratadas com suspensões (108 ufc/ml) de isolados de Bacillus spp. pré-selecionados para controle de outras doenças de plantas. Avaliou-se a severidade da doença das plantas resultantes de cada um dos tratamentos aos 14, 22, 25 e 28 dias após a semeadura. A redução da área abaixo da curva de progresso da doença (AACPD) em relação à testemunha variou de 0 a 94,80%. Destacaram-se os isolados: Bacillus subtilis ALB629 (94,84%), Bacillus sp. UFLA168 (94,05%), B. subtilis GBO3 (92,76%) e B. subtilis UFLA285 (86,86%). O uso de Bacillus spp. no tratamento de sementes constitui uma alternativa para o controle do crestamento bacteriano comum do feijoeiro. Apoio financeiro: FAPEMIG, CNPq. CBI-005 Potencial de isolados de Trichoderma sp. para biocontrole de Fusarium oxysporum. Carvalho1 DDC, Oliveira1 TAS, Aquino2 RR, Braúna2 LM, Mello2 SCM. 1Departamento de Fitopatologia (UnB, Brasília, DF.), 2Cenargen (Embrapa, Brasília, DF). �������� E-mail: [email protected]. Potential of Trichoderma sp. strains as biological control agents of Fusarium oxysporum. O objetivo deste trabalho foi testar o efeito antagonista in vitro de 10 isolados de Trichoderma sp. (CEN 287, CEN 288, CEN 289, CEN 290, CEN 293, CEN 295, CEN 298, CEN 299, CEN 301 e CEN 302) contra Fusarium oxysporum f.sp. phaseoli. Discos de micélio (5 mm de diâmetro), retirados de colônias de F. oxysporum com seis dias de cultivo, foram transferidos para placa de Petri contendo meio BDA e, após quatro dias, foi posicionando opostamente, em cada placa, um disco do antagonista. Posteriormente, as placas foram mantidas em BOD a 25oC com fotoperíodo de 12 horas. As avaliações consistiram da medição do diâmetro das colônias do patógeno cinco dias após repicagem dos isolados do antagonista. Os experimentos foram conduzidos em triplicata e, os valores médios obtidos relativos ao crescimento radial, utilizados para análise estatística. Dentre os 10 isolados de Trichoderma sp., CEN 289, CEN 288 e CEN 290 foram os que apresentaram maior antagonismo, reduzindo o crescimento médio do patógeno a valores significativamente inferiores aos demais tratamentos Aos sete dias, os três isolados mencionados colonizaram pelo menos 66,66% da superfície do meio de cultura, inibindo fortemente o desenvolvimento de F. oxysporum. Apoio financeiro: CAPES, CNPq, Embrapa-Cenargen. Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008 XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia CBI-006 Atividade in vitro de isolados de Trichoderma sp. contra Sclerotinia sclerotiorum. Oliveira1* TAS, Carvalho1 DDC, Braúna2, LM, Silva2 MC, Mello2 SCM. 1Departamento de Fitopatologia (UnB, Brasília, DF.), 2Cenargen (Embrapa, Brasília, DF.). *E-mail: [email protected]. In vitro activity of Trichoderma sp. isolates against Sclerotinia sclerotiorum. CBI-008 Avaliação de Trichoderma viride e formaldeído no controle da armilariose em plantios de pínus. Auer CG, Gomes NSB. Laboratório de Fitopatologia, Embrapa Florestas, Colombo, PR, Brasil. E-mail: �������������������������������������������� [email protected]. Evaluation of Trichoderma viride and formaldehyde on Armillaria root rot control in pine plantations. Este trabalho objetivou testar o efeito in vitro de 10 isolados de fungos do gênero Trichoderma (CEN 304, CEN 308, CEN 311, CEN 315, CEN 316, CEN 320, CEN 329, CEN 330, CEN 332 e CEN 334) contra Sclerotinia sclerotiorum. Discos (5 mm de diâmetro) de meio de cultura contendo micélio de S. sclerotiorum com seis dias de cultivo foram transferidos para placa de Petri contendo meio BDA e, após dois dias, foi colocado em cada placa, em lados opostos, um disco de Trichoderma. Foram realizadas três repetições, para cada isolado de Trichoderma. As placas foram mantidas em BOD a 25oC com fotoperíodo de 12 horas. Após sete dias de cultivo dos dois fungos na mesma placa, procederam-se as avaliações, que consistiram na medição do crescimento radial das colônias de S. sclerotiorum. Os valores médios de crescimento micelial obtidos foram, então, utilizados para análise estatística. Dentre os isolados de Trichoderma sp. testados, CEN 316, CEN 334 e CEN 311 foram os que apresentaram maior antagonismo, reduzindo o crescimento médio do patógeno a um valor (4,96 cm) significativamente inferior aos demais tratamentos. O isolado CEN 316 sobrepôs as colônias de S. sclerotiorum, ocupando em média, 83% da área das placas de Petri, aos 10 dias de cultivo simultâneo dos fungos. Apoio financeiro: CAPES, CNPq, Embrapa-Cenargen. A armilariose é a principal doença em plantios comerciais de pínus na região Sul do Brasil. Para o controle dessa doença, uma das medidas comentadas é o uso de antagonistas. Um ensaio de controle biológico foi montado em uma área comercial de P. elliottii var. elliottii, em Santa Maria do Oeste, PR, onde a doença ocorre, para testar o potencial de Trichoderma viride. O inóculo do antagonista foi produzido em grãos de trigo esterilizados e colonizados por T. viride, em laboratório. Uma semana antes da aplicação do antagonista, fez-se a desinfestação da área com a aplicação de 10 L de uma solução de formaldeído a 2 %, por cova. Posteriormente, os grãos de trigo colonizados de T. viride foram aplicados na cova de plantio de mudas de pínus e incorporados com o solo antes do plantio das mesmas. O ensaio foi montado em parcelas com 300 plantas com quatro tratamentos: formaldeído e antagonista, somente formaldeído, somente antagonista e testemunha. Avaliou-se a incidência de plantas mortas pela doença após 48 meses. A incidência foi menor na parcela onde aplicou-se somente formaldeído (5,7 %), seguido pelos tratamentos somente antagonista (11,3 %), formaldeído mais antagonista (11,7 %) e testemunha (12,3 %). Não se observou um efeito positivo de T. viride sobre a incidência da armilariose, aplicado na forma de grãos de trigo colonizados. Bolsista do CNPq. CBI-007 Antagonismo direto detectado em rizobactérias isoladas de rizosfera de arroz contra Bipolaris oryzae. Santiago TR, Garcia FAO, Ferraz HGM, Freitas MA, Souza NA, Godinho MT, Souza LO, Romeiro RS. Departamento de Fitopatologia, UFV, Viçosa, MG. E-mail: ����������������������������������������������������������� [email protected]. Direct antagonism detected in rhizobacteria isolated from rice rhizosphere against a pathogen of the culture. Isolaram-se 59 rizobactérias, por diluição em placas, seguindose plantio em meio adequado, a partir de amostras de raízes e solo de rizosfera de arroz, tanto irrigado como de sequeiro. A potencialidade antagonística de cada uma delas foi investigada, “in vitro” contra Bipolaris oryzae, por dois métodos distintos – inibição de crescimento micelial e da germinação de conídios. No primeiro caso, foi empregada a técnica de dupla camada, em que propágulos do patógeno eram incorporados à camada superior de meio que era então vertida sobre a camada inferior onde rizobactérias haviam sido cultivadas. No segundo caso, gotas de suspensão de propágulos do patógeno (105 conídios/mL) e do antagonista (suspensão, OD540 = 0,8) eram misturadas e depositadas em lâminas de vidro que eram incubadas em câmara úmida, contando-se, após 06h, 100 conídios (germinados e não germinados) por gota. Resultados indicam que algumas rizobactérias inibiram de forma pronunciada o patógeno. Apoio: FAPEMIG e CNPq. Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008 CBI-009 Significância da supressão da difusão do ácido oxálico por rizobactérias no controle da murcha-de-esclerócio. HalfeldVieira BA, Barbosa RNT, Amorim LC, Nechet KL, Souza GR, Youssef DR. Embrapa Roraima, Boa Vista, RR. E-mail: halfeld@ cpafrr.embrapa.br. Significance of the suppression of oxalic acid diffusion by rhizobacteria on the control of southern blight. A elucidação de mecanismos envolvidos no controle biológico de doenças é um dos principais desafios e pode permitir o estabelecimento de métodos mais eficientes na seleção de agentes de biocontrole. Para Sclerotium rolfsii foi testada a hipótese de que a supressão da difusão do ácido oxálico seria um mecanismo que explicaria a eficiência de controle biológico da murha-deesclerócio por rizobactérias. Em casa-de-vegetação foi verificada a capacidade de 105 rizobactérias em controlar a doença em tomateiro, selecionando-se 24 isolados com potencial de controle. A inibição da difusão do ácido oxálico por cada rizobactéria foi verificada desenvolvendo-se um novo método por incorporação de uma concentração de 0,005% de azul de Bromotimol ao meio 523 de Kado & Heskett. Posteriormente, semearam-se 4 rizobactérias nas extremidades de cada placa e um disco de micélio do fungo no centro. A alcalinização do meio de cultura pela rizobactéria foi verificada pela formação de um halo de coloração azul ao seu redor, inibindo a difusão do ácido oxálico, evidenciado pela formação do halo amarelado ao redor da colônia do fungo. Das 105 bactérias testadas, 8,6% apresentaram capacidade em alcalinizar o meio de cultura, porém nenhuma destas apresentou capacidade de controle in vivo. Apoio: CNPq, proc. 470433/2007-8. S 133 XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia CBI-010 Evaluation of Trichoderma brevicompactum as a biocontrol agent for cocoa witches’ broom disease (Crinipellis perniciosa). Cleber NB. Ceplac/Supor/Erjoh, Marituba, PA, Brasil. Email: [email protected]. Avaliação de Trichoderma brevicompactum como um agente de biocontrole para vassoura-debruxa (Crinipellis perniciosa) CBI-012 Significância da antibiose como método de seleção de antagonistas para o controle de Sclerotium rolfsii. Barbosa RNT, Halfeld-Vieira BA, Amorim LC, Nechet KL, Souza GR, Youssef DR. Embrapa Roraima, Boa Vista, RR, e-mail: rosiannethome@ click21.com.br. Significance of antibiosis as a selective method for the control of Sclerotium rolfsii. Biological control by means of microrganisms is a powerful tool that could contribute susbstantially as an alternative or a part of an overall integrated management strategy of the witches’ broom disease, caused by Crinipellis pernciosa. The aim of this paper was studying the effect of one isolate of Trichoderma brevicompactum as a possible biocontrol agent of witches’ broom of cocoa. The antagonist was isolated from inner trunk tissues of cocoa, after surface desinfection with a sodium hypochloride solution, rinsed once in 70% ethanol and twice in sterile distilled water. The production of basidiocarps on dried brooms was significantly reduced after one application of spore suspension (2 x 107 spores/ ml) obtained from T. brevicompactum grown on autoclaved rice grains. Experiments carried out in greenhouse showed that spore suspension and culture filtate (5%) were able to reduce the incidence of witches’ broom in cocoa seedlings and also the number of diseased pods in field.. Trichoderma brevicompactum demonstrated high potential to prevent infection on plant tissues and also to reduce inoculum on dried brooms. Certas rizobactérias favorecem o crescimento das plantas e suprimem patógenos através de diferentes mecanismos, os quais podem envolver antibiose por meio de produtos do metabolismo secundário. O objetivo do trabalho foi avaliar se o efeito do mecanismo de antibiose detectável in vitro explica o controle de Sclerotium rolfsii in vivo. Foram testados 105 isolados de rizobactérias obtidos de raízes de tomateiro. No teste in vitro, testou-se a capacidade das rizobactérias em suprimir o crescimento micelial de S. rolfsii através do mecanismo de antibiose. O teste foi repetido apenas com rizobactérias que inibiram o crescimento micelial. No teste in vivo, avaliou-se a capacidade de cada isolado em controlar a murcha-de-esclerócio em tomateiro. Dos 105 dos isolados avaliados, somente 26,67% reduziram o crescimento micelial de S. rolfsii por meio do mecanismo de antibiose, e apenas 17,86% dessas rizobactérias controlaram a murcha-de-esclerócio nos testes in vivo. Os resultados demonstraram que para 79,17% dos isolados de rizobactérias selecionadas in vivo se utilizam de outros mecanismos de antagonismo para controlar a murcha-deesclerócio em tomateiro. Apoio CNPq, proc. 470433/2007-8. CBI-011 Avaliação de 18 isolados de Trichoderma spp. no controle da podridão-dos-frutos de mamoeiro. Tocafundo F, Santos TR, Tavares GM, Luz EDMN. Souza, JT de. CEPLAC/Cepec/Sefit ������� Itabuna-BA, Brasil. E-mail: [email protected]. Evaluation of 18 isolates of Trichoderma spp. to control papaya fruit rot. CBI-013 Inibição do crescimento micelial de Sclerotinia sclerotiorum pelo óleo de melaleuca. Sagata E1, Martins JAS1, Santos VA, Juliatti FC1. 1LAMIP-Laboratório de Micologia e Proteção de Plantas, ICIAG, Uberlândia, MG. E-mail: [email protected]. br. Mycelial ������������������������������ growth inhibition of Sclerotinia sclerotiorum by tea tree oil. Phytophthora palmivora (Pp) é um importante patógeno do mamoeiro. Visando controlar a podridão-dos-frutos, 18 isolados de Trichoderma spp. foram aplicados a frutos (imersão) na concentração de 1x107UFC/mL e, 24 horas após, os frutos foram inoculados com Pp por dois métodos: pulverização com suspensão de 5x105 zoósporos/mL e disco de cultura (0,5 cm de diâmetro). O experimento foi inteiramente casualisado com 39 tratamentos (2 métodos x 18 isolados + 2 testemunhas inoculadas só com Pp pelos 2 métodos + testemunha absoluta) e 5 repetições. Avaliações foram realizadas 4 dias após a inoculação com Pp, medindo a área lesionada, a porcentagem de área esporulada na lesão e a presença ou não de Trichoderma spp. Foi feita Anova e aplicado o teste de Dunnett para comparar os tratamentos à testemunha. Pela variável proporção de área esporulada o método pulverização diferiu do método de disco, sendo o mais eficiente. No entanto, a avaliação pelo método de disco permitiu diferenciar o efeito dos isolados 2995 e SF04 diminuindo significativamente a área de lesão em relação à testemunha (57.4 e 57.7% respectivamente). Apoio financeiro: FAPESB. Sclerotinia sclerotiurum é considerado um dos patógenos mais importantes no mundo. Economicamente, é inviável o controle químico total desta doença, embora a aplicação do fungicida pentachloronitrobenzene (PCNB) pode reduzir a germinação dos escleródios. Em busca de novas alternativas de controle o presente estudo visou avaliar “in vitro” a eficiência do óleo de Melaleuca alternifolia em 5 diferentes concentrações (0,0; 0,2; 0,4; 0,6 e 0,8%) na inibição do crescimento micelial de Sclerotinia sclerotiorum. Transferiu-se um disco de 0,6cm de Sclerotinia sclerotiorum e incubou-se as placas de Petri a 20ºC e fotoperíodo de 12h por um período de 5 dias quando a testemunha atingiu o máximo de crescimento micelial na placa. A eficiência da ação do óleo de melaleuca foi verificada através de medições do diâmetro das colônias em centímetros, determinando-se a média de inibição dos tratamentos comparada à testemunha. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado com cinco repetições. Observou-se que na dosagem de 0,2% houve retardo e pouco desenvolvimento micelial e a partir da dose 0,4% não houve nenhum crescimento. Apoio Financeiro: CNPq, FAPEMIG. S 134 Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008 XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia CBI-014 Controle Biológico in vitro de Fusarium oxysporum f. sp. lycopersici através de bactérias promotoras de crescimento. França FS, Santos MM, Abe MA, da Silva MA, Peixoto AR, da Paz CD. DTCS, UNEB/Campus III, Juazeiro, BA, Brasil. E-mail: �������� [email protected]. In vitro biological control of Fusarium oxysporum f. sp. lycopersici by plant growth-promoting bacteria. CBI-016 Filtrado de cultura de microrganismos epifíticos inibitórios à Guignardia citricarpa. Guimarães AM1, Paz ICP1, Santin RCM1, Dal Soglio FK1. 1Laboratório de Microbiologia Fitopatológica, UFRGS. E-mail: [email protected]. Culture filtrate of epiphytic microorganisms inhibitory to Guignardia citricarpa. O emprego de bactérias promotoras de crescimento de plantas (BPCP) vem se destacando no controle de uma grande variedade de fungos fitopatogênicos. O objetivo deste trabalho foi avaliar seis isolados bacterianos quanto à capacidade antagônica sobre o Fusarium oxysporum f. sp. lycopersici, raças 1, 2 e 3, agente causal da murcha de Fusarium no tomateiro. Para observação de incompatibilidade entre as bactérias e o patógeno, raças 1, 2 e 3, realizaram-se testes de antagonismo in vitro entre os microrganismos. Os isolados bacterianos foram Bacillus subtilis (R14), B. cereus (HNF15), B. thuringiensis subvar. Kurstakii (HPF14), B. cereus (C210), Bacillus sp. (RAB9) e Paenibacillus lentimorbus (MEN2). O ����������� controle in vitro constituiu-se de sete tratamentos e três repetições, testados em placas de Petri contendo meio BDA. Os tratamentos R14 X F. oxysporum Raça 1, R14 x F. oxysporum Raça 2, R14 X F. oxysporum Raça 3 e HNF15 X F. oxysporum Raça 2 apresentaram inibição do crescimento micelial do fungo quando comparado à testemunha. Estes resultados revelaram alto grau de antagonismo entre os isolados bacterianos R14 e HNF15 em relação ao F. oxysporum f.sp. lycopersici. Apoio Financeiro: PICIN-UNEB, FAPESB, UFRPE. Agentes de biocontrole de fitopatógenos produzem compostos em meio de cultura, capazes de inibir o crescimento de microrganismos, sendo esse mecanismo denominado antibiose. Este trabalho objetivou avaliar a ação inibitória de filtrados de cultura de microrganismos epifíticos de tangerina cv. Montenegrina com atividade antagonista à G. citricarpa, in vitro. Quatro isolados de fungos filamentosos foram avaliados, B3, B4, B5 e TC 01, sendo este Trichoderma koningii. Os filtrados foram obtidos a partir do crescimento dos isolados em meio de cultura BD, 150 rpm a 28°C, durante sete dias. O potencial inibitório foi determinado pelo método de difusão em placa, no qual discos de papel-filtro foram embebidos com os respectivos filtrados e contrapostos com G. citricarpa. A leitura do diâmetro da colônia do fitopatógeno foi realizada após 15 dias de incubação a 28°C. Apesar de haver uma tendência na redução do tamanho da colônia de G. citricarpa quando contraposta com os filtrados dos isolados epifíticos B4, B5 e T. koningii, somente o isolado B3 reduziu significativamente o crescimento do fitopatógeno. A ação isolada de um mecanismo de antagonismo pode não resultar na inibição do patógeno. Assim, acredita-se que ocorra sinergismo entre diferentes formas de antagonismo, principalmente, entre a antibiose, o micoparasitismo e a competição. Apoio: CAPES e ECOCITRUS. CBI-015 Efeito antagonista de Trichoderma spp. a isolados fúngicos da Região Amazônica: antibiose e produção de metabólitos voláteis. Santos MS, Lustosa, DC; Silva, GB. Instituto de Ciências Agrárias, UFRA, Bélem, PA, Brasil. ������������������������� E-mail: mialegal@hotmail. com. Antagonistic effect of Trichoderma spp. to fungals isolates of the Amazon Region: antibiose and production of volatile metabolites. CBI-017 Produção de enzimas hidrolíticas por microrganismos epifíticos com atividade antagonista contra Guignardia citricarpa. Guimarães AM1, Paz ICP1, Santin RCM1, Dal Soglio FK1. 1 Laboratório de Microbiologia Fitopatológica, UFRGS. e-mail: [email protected]. ��������������������������������� Production of hydrolytic enzymes by epiphytic microorganisms with antagonistic activity against Guignardia citricarpa. Foram testados in vitro, isolados de Trichoderma provenientes da AM (Tluc25 e Tjaz18) e PA (T39), quanto ao seu antagonismo a fungos fitopatogenicos a essências florestais e de plantas cultivadas, através de antibiose e produção de compostos voláteis. Os isolados fúngicos foram: Rhizoctonia spp. (Oryza sativa), Pestalotia spp. (Mauritia flexuosa), Phytophthora spp. (Hevea brasiliensis), Fusarium ssp. (Ananas comosus) e Colletotrichum spp. (Morinda citrifolia, Annona muricata e Prunus domestica). Para a produção de metabólitos voláteis avaliou-se o diâmetro médio das colônias do isolado fúngico, comparado com a testemunha (isolado sem presença de Trichoderma), aos sete dias e, para antibiose, o diâmetro médio do halo de inibição, aos quatro dias. Apenas Fusarium sp. apresentou diminuição no diâmetro da colônia. Para os demais isolados não houve diferença estatística entre a testemunha e o fungo na presença do antagonista, indicando que Trichoderma spp., pode apresentar outro mecanismo de ação para a inibição do crescimento desses fungos testados, conforme observado em teste de pareamento já realizado. Não houve formação de halo de inibição para nenhum dos isolados testados. Apoio Financeiro: CNPq/Finep/Rede CT Petro Amazônia. Algumas enzimas produzidas por agentes biocontroladores apresentam importante papel no controle de fungos fitopatogênicos. Com o objetivo de avaliar a produção de enzimas relacionadas ao biocontrole, por microrganismos epifíticos de tangerina cv. Montenegrina com atividade antagonista in vitro à G. citricarpa, foi determinada a atividade quitinásica, glucanásica e proteásica. Quatro isolados de fungos filamentosos foram avaliados, B3, B4, B5 e TC 01, sendo este Trichoderma koningii. Primeiramente, os isolados foram crescidos em meio de cultura BD para obtenção dos filtrados. Em cada filtrado foi determinada a liberação de açúcares redutores, pelo uso de DNS, a partir da hidrólise de quitina coloidal para a atividade quitínásica, e de laminarina para atividade glucanásica. A atividade proteásica foi avaliada usando azocaseína como substrato. Todos os isolados testados apresentaram atividades quitinásica, glucanásica e proteásica. O isolado B5 apresentou as maiores atividades quitinásica e glucanásica, como 9.52 U e 10.73 U, respectivamente. T. koningii foi o maior produtor de proteases com 1,75 U. Estes dados sugerem que o micoparasitismo, mediado por enzimas, pode estar relacionado ao controle de G. citricarpa. Apoio: Capes e Ecocitrus. Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008 S 135 XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia CBI-018 Efeito do Folisuper 600 BR sobre o crescimento micelial de Trichoderma stromaticum, “in vitro”. Veloso JLM, Bezerra KMT, Oliveira ML, Santos-Filho LP. CEPLAC/CEPEC/SEFIT. �������� E-mail: [email protected]. Effect of Folisuper 600 BR on the mycelial growth of Trichoderma stromaticum, “in vitro” Objeti������������������������������������� vando-se conhecer a sensibilidade do Trichoderma stromaticum (agente do biofungicida Tricovab) a agroquímicos aplicados no agrossistema cacaueiro, avaliou-se, “in vitro”, a ação do insetcida Folisuper 600 BR (paration metil) sobre o crescimento micelial do referido fungo antagonista. Após adicionar solução estoque do Folisuper a BDA fundente, o mesmo foi vertido para placas de Petri com 9 cm de diâmetro. Inoculou-se, no centro de cada placa, um disco de micélio com diâmetro 0,5 cm, para posterior incubação a 25°C. Os tratamentos foram diferentes concentrações de paration metil: T1=480ppm; T2=2400 ppm; T3=1200 ppm; T4=0,0 ppm. O delineamento foi inteiramente casualisado, com dez repetições. O diâmetro das colônias foi avaliado com 4, 16 e 32 dias após a inoculação (DAI). O teste de médias (Duncan 5%) demonstrou que com 4, 16 e 32 DAI o tratamento 4 foi estatisticamente diferente dos demais. Com 4 DAI os diâmetros foram os seguintes: T1=0,00cm; T2=0,00cm; T3=0,00cm; T4=7,50cm. Com 16 e 32 DAI obteve-se os seguintes resultados: T1= 0,00cm; T2=0,00cm; T3=0,00cm; T4=9,00cm. Revelou-se, portanto, um efeito letal do Folisuper sobre o T. stromaticum em todas as concentrações testadas. CBI-019 Utilização de Trichoderma spp. em manejo integrado com fungicidas. Matsumura ATS, Ribas PP, Paz ICP, Santin RCM, Guimarães AM. Departamento de Fitossanidade, Faculdade de Agronomia, UFRGS, Porto Alegre, RS, Brasil. E-mail: ������������� aida@ ufrgs.br. Utilization of Trichoderma spp. in integrated management with fungicides. O manejo integrado permite o uso de fungicidas com fungos antagonistas. Entretanto, alguns fungicidas podem afetar o crescimento vegetativo, a viabilidade e a conidiogênese desses fungos, ou mesmo alterar sua composição genética, inviabilizando sua utilização no controle de fitopatógenos. Assim, é necessário verificar a compatibilidade de Trichoderma spp. e fungicidas para sua utilização em controle de doenças de plantas. Foi testado um bioformulado comercial à base de Trichoderma spp. e fungicidas com princípios ativos fluazinam, captana e carboxina e tiram. Para tanto foram avaliados a medida do crescimento micelial em meio sólido (BDA, inoculado a 28±2°C com fotoperíodo de 12 horas) e peso seco em meio líquido (BD, inoculado a 28±2°C com fotoperíodo de 12 horas e sob agitação constante). Houve variação significativa (Tukey 5%) nas respostas do crescimento fúngico em relação aos diferentes princípios ativos, embora não tenha sido perdida a viabilidade nos meios testados, com exceção do princípio carboxina e tiram em meio líquido. Em meio sólido, o princípio ativo carboxina e tiram reduziu o crescimento em 70%, captana em 55% e fluazinam em 33%. Assim podemos considerar a viabilidade de uso alternado, ou até mesmo combinado, de um produto comercial à base de Trichoderma spp. com os princípios ativos captana e fluazinam. Apoio: ICB BIOAGRITEC LTDA. S 136 CBI-020 Potencial de Trichoderma viride, T. harzianum e Paecilomyces lilacinus no biocontrole de Meloidogyne incognita em feijão. Santin RCM1, Gomes CB2, Diniz AC2, Paz ICP1, Guimarães AM1, Ribas PP1, Matsumura ATS1. 1Laboratório de Microbiologia Fitopatológica, UFRGS; 2Embrapa Clima Temperado. E-mail: �������� [email protected]. Potential of Trichoderma viride, T. harzianum e Paecilomyces lilacinus on the biocontrol of Meloidogyne incognita in bean crop. Na literatura, vários trabalhos relatam o potencial nematicida dos fungos Trichoderma viride, T. harzianum e Paecilomyces lilacinus à Meloidogyne spp., atuando cada gênero, de forma diferenciada sobre as diferentes fases do ciclo de vida do nematóide. Poucos estudos abordam o efeito da aplicação conjunta desses fungos no biocontrole deste patógeno. O objetivo deste trabalho foi avaliar a ação isolada e conjunta desses antagonistas, no controle de Meloidogyne incognita em feijão, em casa de vegetação. Em vasos plásticos, contendo solo autoclavado, foram adicionados, separadamente e em mistura (mix), quatro isolados de Trichoderma spp. e um isolado de P.lilacinus. Após, foi semeado feijão e inoculado 10 mL de uma suspensão com 3000 ovos+J2 de M. incognita. Sendo os controles somente o nematóide e somente água. Após 90 dias da inoculação, o sistema radicular de cada planta foi avaliado. Observou-se que T. viride e T. harzianum, combinados ou não com P. lilacinus, reduziram o número de galhas e o fator de reprodução, entretanto o mix de Trichoderma spp. com P. lilacinus não suprimiu a reprodução do nematóide no feijão. Apoio Financeiro: CNPq e Embrapa Clima Temperado. CBI-021 Filtrados fúngicos de Trichoderma harzianum, T. viride e Paecilomyces lilacinus no controle biológico de Meloidogyne incognita. Santin RCM1, Gomes CB2, Paz ICP1, Guimarães AM1, Somavilla L2, Ribas PP1, Matsumura ATS1. 1Laboratório de Microbiologia Fitopatológica – UFRGS; 2Embrapa Clima Temperado. ���������������������������������������������������� E-mail: [email protected]. Filtrates fúngicos of Trichoderma harzianum, T. viride and Paecilomyces lilacinus in the biological control of Meloidogyne incognita. Os nematóides são responsáveis por grandes perdas na cultura do feijão. Na busca de métodos de controle, foram avaliados filtrados fúngicos de Trichoderma harzianum, T. viride e Paecilomyces lilacinus quanto ao potencial de causar mortalidade de J2 de Meloidogyne incognita. Três discos de 5mm de diâmetro dessas culturas foram colocados em frascos de 250ml, contendo 100ml de meio líquido BD e CzpekDox, ± 28˚C, em agitação orbital por 15 dias O conteúdo foi filtrado em algodão e em membrana de acetato celulose 0,22µ obtendo-se assim, as fases líquidas denominadas filtrados fúngicos. Foram pescados 35 nematóides por tratamento, constituído de quatro repetições. Em cada cavidade da placa de Elisa foram colocados 80 µl dos filtrados e 20 µl da suspensão com J2. Após 24 h, considerou-se mortos os nematóides com corpo retilíneo. Os filtrados dos fungos P. lilacinus, T. harzianum e T. viride causaram mortalidade de J2 de 96 a 87%, respectivamente. Não houve diferença estatística entre os meios de cultura. Assim, os filtrados fúngicos mostraram-se eficientes como alternativa no controle de M. incognita. Apoio Financeiro: CNPq e Embrapa Clima Temperado. Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008 XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia CBI-022 Controle biológico promovido pelo residente de filoplano Pseudomonas putida contra doenças da parte aérea do tomateiro, I- Biocontrole experimental do míldio pulverulento. Souza AN, Ferraz HGM, Garcia FAO, Freitas MA, Godinho MT, Sousa LO, Santiago TR, Romeiro RS. Departamento ������������������������������ de Fitopatologia –�� UFV. ����� E-mail: [email protected]. Biological control promoted by the phylloplane resident Pseudomonas putida of tomato canopy diseases, I – Experimental biocontrol of the powdered mildew. Plantas de tomate da cultivar ‘Santa Clara’ foram transplantadas para campo, 30 dias após a semeadura. No experimento foi utilizado o delineamento de blocos inteiramente casualizados, com 4 repetições por tratamento. A parcela útil era constituída por 12 plantas, e o espaçamento utilizado de 0,5 X 0,8m. Os tratamentos foram: 1- Plantas pulverizadas semanalmente com oxicloreto de cobre (1,6g i.a./L); 2- Plantas pulverizadas semanalmente com cloreto de benzalcônio (0,25mL i.a./L); 3- Plantas pulverizadas com suspensão contendo propágulos do antagonista OD540= 0,3 , em única aplicação (uma semana após o transplantio); 4- Plantas não pulverizadas (testemunha). As plantas foram divididas em três terços, sendo que em cada terço foi quantificado a área foliar lesionada pelo patógeno Oidium spp., utilizando o programa Severity Pro 1.0. Foram realizadas duas quantificações da doença espaçadas de 7 dias e a análise dos dados, revelou que o agente de biocontrole foi eficaz em reduzir o progresso da doença. Apoio: Fapemig e CNPq. CBI-023 Substratos para produção massal de esporos de Clonostachys rosea. Saraiva RM, Cota LV, Vieira BS, Macedo PEF, Murta HM, Maffia LA. Departamento de Fitopatologia, UFV, Viçosa, MG, Brasil. E-mail: [email protected]. Substrates to mass production of spores of Clonostachys rosea. O biocontrole de Botrytis cinerea com Clonostachys rosea é alternativa viável no manejo do mofo cinzento. Para viabilizar o uso do antagonista, é crucial produzir o antagonista em larga escala. Assim, delineou-se uma série de experimentos com o objetivo de incrementar essa produção. Inicialmente, avaliou-se a produção de esporos pelo antagonista em 13 substratos vegetais, disponíveis em regiões agrícolas, em três níveis de umidade, em experimento fatorial no delineamento inteiramente casualizado, com três repetições. Em cada combinação substrato-umidade, aplicou-se suspensão de esporos e incubou-se a 25°C e fotoperíodo de 12h. Após 40 dias, avaliou-se o número médio de esporos/ g de substrato. Maior esporulação (entre 2,2 e 5 x 109 esporos/ g) ocorreu em arroz integral, arroz parbolizado, canjiquinha e milheto. O nível de umidade também afetou a esporulação, e o efeito dependeu do substrato. Considerando o custo e a eficiência, canjiquinha e milheto são potenciais substratos para a produção massal de C.rosea. Os experimentos continuam, principalmente para otimizar a esporulação em menor intervalo de tempo. APOIO: CNPq, FAPEMIG. Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008 CBI-024 Eficiência de diferentes isolados de rizobactérias de bananeiras no controle de Radopholus similis, in vitro. Rocha LS, Ribeiro RCF, Xavier AA, Gonçalves FC, Ribeiro HB, Andrade EP, Mizobutsi EH. Depto. Ciências Agrárias, UNIMONTES, Janaúba, MG, Brasil. E-mail: ������������������������������������������������� [email protected]. Efficacy of different isolates of bananas rhizobacterias in the control of Radopholus similis, in vitro. A bananicultura é uma das atividades que mais contribuem na economia e na geração de empregos na região Norte de Minas. Dentre os fatores que limitam a produtividade da cultura destacase o fitonematóide Radopholus similis. Para o controle de tal patógeno a prática mais empregada é a aplicação de nematicidas que têm causado grandes impactos ao ambiente. O trabalho objetivou avaliar in vitro o efeito de 86 isolados de rizobactérias oriundas de bananeiras sobre a mortalidade e mobilidade de R. similis. Em células de 300 µL de placas ELISA foram colocados 20 µL da suspensão contendo 20 espécimes de R. similis, 100 µL da suspensão do isolado bacteriano testado (86 isolados) na concentração ajustada para OD540=0,5. As testemunhas constaram de água esterilizada, solução salina e temik 150 G 500 ppm.������ Após 24 horas, avaliou-se o número de nematóides móveis, imóveis e mortos. O ensaio foi montado em DIC e empregadas seis repetições. Por meio da análise de variância verificou-se efeito significativo dos isolados bacterianos testados em relação às testemunhas. Pelo teste de médias verificou-se que do total de isolados avaliados 5 e 42 isolados proporcionaram acima de 50% de mortalidade e acima de 70% de imobilidade, respectivamente. Apoio financeiro: FAPEMIG. CBI-025 Caracterização morfológica de isolados de Pochonia chlamydosporia obtidos de solos de cultivo de olerícolas. Zooca RJF, Dallemole-Giaretta R, Freitas LG, Pereira OL, Podestá GS, Ferraz S. Departamento de Fitopatologia, UFV, Viçosa, MG, Brasil. ������������������������������������������������ E-mail: [email protected]. Morphological characterization of Pochonia chlamydosporia isolates of soils of vegetables crops. Espécies de Pochonia ocorrem naturalmente em solos infestados com o nematóide das galhas e são amplamente distribuídas nas mais diferentes regiões do mundo. Dessa forma, o presente trabalho teve por objetivo verificar a diversidade de espécies de Pochonia associadas a solos infestados com Meloidogyne spp., cultivados com olerícolas. O isolamento foi realizado pela técnica de diluições seriadas e plaqueamento em meio semiseletivo. Pela caracterização morfológica do total de vinte e nove isolados, todos foram identificados como pertencentes à espécie Pochonia chlamydosporia: 65,52 % como P. chlamydosporia var. chlamydosporia e 34,48 % como P. chlamydosporia var. catenulata. Portanto, a baixa diversidade de espécies de Pochonia pode ser reflexo do saprofitismo de P. chamydosporia, pois este fungo também está associado, freqüentemente, à presença de matéria orgânica nos solos. Apoio financeiro: FAPEMIG S 137 XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia CBI-026 Influência do extrato de diferentes órgãos de Capraria biflora na eclosão e mortalidade de Meloidogyne javanica, in vitro. Pimenta L, Ribeiro RCF, Rocha LS, Xavier AA, Lopes PN, Gonçalves FC, Delvaux, NA. Depto. ���������������������������������������������� Ciências Agrárias, UNIMONTES, Janaúba, MG, Brasil. E-mail:[email protected]. Influence of extracts from different organs of Capraria biflora in the hatch and mortality and mobility of Meloidogyne javanica juveniles, in vitro. Os nematóides do gênero Meloidogyne são responsáveis por grandes perdas em várias culturas. Para o controle de tais patógenos diversas pesquisas com extratos vegetais vêm sendo feitas visando a substituição do uso de produtos tóxicos. O presente trabalho teve por objetivo avaliar a eclosão, mortalidade e mobilidade de Meloidogyne javanica em extrato de Capraria biflora. Foram testados os extratos hidroalcólicos da folha, da raiz e do caule e a água (testemunha). O delineamento usado foi DIC com 8 e 6 repetições para o teste de eclosão e mortalidade respectivamente. O ensaio de eclosão foi montado em câmara de eclosão onde se adicionou 2ml de suspensão com 1600 ovos de M. javanica sobre o papel e sob a tela os diferentes extratos. As câmaras foram incubadas a 28ºC/14 dias quando se contaram os J2 eclodidos. Para o teste de mortalidade usou a placa de ELISA onde em cada cavidade adicionou-se 20 J2 eclodidos. A câmara foi incubada por 24 horas e depois feita a avaliação em microscópio de objetivas invertidas. Todos os tratamentos utilizados em relação a testemunha apresentaram redução significativa na eclosão e mortalidade de J2 do nematóide, sendo que o extrato de raiz induziu a 93,3% de mortalidade. CBI-028 Ação inibitória de bactérias endofíticas isoladas de eucalipto sobre Botrytis cinerea. Paz ICP1, Santin RCM1, Guimarães AM1, Ribas PP, Rosa OPP2, Azevedo JL3, Matsumura ATS1. 1Laboratório de Microbiologia Fitopatológica, UFRGS; 2Tecnoplanta Florestal Ltda; 3Laboratório João Lúcio de Azevedo – ESALQ/USP. email: [email protected]. ����������������������������������������� Inhibitory action of endophytic bacteria isolated from eucalyptus on Botrytis cinerea. Botrytis cinerea é um importante patógeno em viveiros florestais, associado à morte de plantas nos canteiros, podendo levar a perdas significativas. Os endófitos habitam o interior de plantas saudáveis, sem causar alterações morfológicas, e geralmente protegem seu hospedeiro. Na busca de métodos de controle de fitopatógenos foi avaliada a ação inibitória de bactérias endofíticas sobre o crescimento de B. cinerea. Vinte e um isolados de bactérias endofíticas isoladas de Eucalyptus “urograndis” foram avaliadas pelo método de cultura pareada para determinação da capacidade antagônica. O ensaio consistiu na inoculação de um disco de ágar colonizado pelo patógeno no centro da placa com BDA, e na inoculação das bactérias endofíticas na forma de duas estrias paralelas e distantes 1 cm de cada lado do patógeno. Seis repetições foram usadas para cada tratamento e para o controle, sendo este obtido pela inoculação somente do patógeno. Treze isolados de bactérias endofíticas reduziram significativamente o crescimento do patógeno, destes oito isolados reduziram a colônia do patógeno em mais de 60%, mostrando que na microbiota endofítica de eucalipto existem bactérias promissoras no controle do agente causal do mofo cinzento. Apoio: CNPq e Tecnoplanta CBI-027 Inibição da germinação de uredosporos de Phakopsora pachyrhizi por procariotas residentes de filoplano de soja. Freitas MA, Garcia FAO, Souza NA, Ferraz HGM, Godinho MT, Souza LO, Santiago TR, Barrios FL, Romeiro RS. UFV – Departamento de Fitopatologia, Viçosa, MG. E-mail: ����������������������������� [email protected]. br. Inhibition of uredospore germination of Phakopsora pachyrhizi by prokaryotic phylloplane residents of soybean. CBI-029 Produção de enzimas hidrolíticas por bactérias endofíticas de eucalipto inibitórias a fungos fitopatogênicos. Paz ICP1, Santin RCM1, Guimarães AM1, Ribas PP, Rosa OPP2, Azevedo JL3, Matsumura AT1. 1Laboratório de Microbiologia Fitopatológica, UFRGS; 2Tecnoplanta Florestal Ltda; 3Laboratório João Lúcio de Azevedo – ESALQ/USP. e-mail: [email protected]. ����������� Production of hydrolytic enzymes for endophytic bacteria from eucalyptus inhibitory to phytopathogenic fungi Dentre todas as doenças da soja, a ferrugem asiática (Phakopsora pachyrhizi) tem sido considerada como a mais importante e o controle químico no momento é a forma mais eficaz de controle, o que torna o custo da produção elevado e traz danos ao meio ambiente e a seus ecossistemas. Por essas razões, vem se buscando cada vez mais formas alternativas ao controle químico. A partir de 270 isolados residentes de filoplano da soja, buscou-se verificar, por meio de teste inibição da germinação de uredósporos na presença dos residentes de filoplano, detectar eventual atividade contra o patógeno. Para tanto, suspensão de uredósporos (1mg/mL) foi preparada para o método de gota pendente, quando 25 µL de suspensão de uredósporos foram adicionados a 25µL de suspensão (OD540 = 0,4) de células dos antagonistas. Lâminas foram deixadas a 25ºC/24h e, a seguir, contaram-se esporos germinados e não germinados em 20 campos microscópicos por lâmina, estimando-se assim a germinação. Os resultados demonstraram que no tratamento controle a percentagem de germinação foi mais elevada, havendo mesmo antagonistas que foram capazes de inibir totalmente a germinação. Apoio Fapemig e CNPq O eucalipto é suscetível a diversos fitopatógenos, o que acarreta grandes perdas em viveiros florestais. Na busca de agentes de controle biológico, este trabalho objetivou avaliar a produção de enzimas relacionadas ao biocontrole por bactérias endofíticas de eucalipto. A atividade quitinásica, glucanásica e proteásica de nove isolados de bactérias endofíticas obtidas de Eucalyptus “urograndis” que mostraram ação inibitória in vitro contra Botrytis cinerea e Cylindrocladium gracile foram determinadas. A determinação quantitativa da atividade quitinásica e glucanásica foi baseada na liberação de açúcares redutores, pelo uso de DNS, a partir da hidrólise de quitina coloidal ou laminarina, respectivamente. Já a atividade proteásica foi avaliada a partir da ação das proteases sobre o substrato azocaseína. Todos os isolados produziram enzimas hidrolíticas, com destaque para o isolado EUCB 3 na atividade quitinásica (457,2 U), EUCB 2 na atividade glucanásica (540,7 U) e EUCB 10, na atividade proteásica (0,18 U). A atividade proteásica foi a que mais se relacionou aos resultados de inibição in vitro, podendo ser usada como ferramenta de seleção de potenciais antagonistas. Apoio: CNPq e Tecnoplanta. S 138 Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008 XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia CBI-030 Atividade antifúngica de óleos essenciais sobre Sclerotinia sclerotiorum (Lib.) de Bary. Andrade FWR, Lima JS, Silva JC, Amorim EPR. Laboratório de Fitopatologia, CECA-UFAL, Rio Largo, AL, Brasil. ����������������������������������� E-mail: [email protected]. Antifungal activity of essential oils against Sclerotinia sclerotiorum (Lib.) de Bary. O fungo S. sclerotiorum é, juntamente com outros fungos, causador de podridão no caule e murcha em várias plantas, além de causar enfermidades como mofo branco ou podridão de esclerotinia. Devido a importância econômica das culturas afetadas por S. sclerotiorum, faz-se necessário um programa de controle da doença para evitar danos maiores. A restrição ao uso de fungicidas, devido à fitotoxicidade, efeitos residuais, espectro de ação e resistência pelo patógeno, tem levado a procura de métodos alternativos de controle. Este trabalho teve como objetivo avaliar a atividade fungitóxica dos óleos essenciais de eucalipto e copaíba sobre o crescimento micelial in vitro de S. sclerotiorum, isolado de feijoeiro (Phaseolus vulgaris L.). O fungo foi transferido para placas de Petri contendo os óleos nas concentrações de 0,25, 1,75, 3,25 e 4,75%, para comparação foi utilizado um fungicida (0,1%) e testemunha. O experimento permaneceu em BOD por cinco dias, logo após foram realizadas as medições do crescimento micelial e as médias comparadas por teste de Tukey a 5% de significância. Verificou-se que o óleo de eucalipto foi o que inibiu em 100% o crescimento micelial em todas as concentrações testadas, o óleo de copaíba apresentou uma maior inibição do crescimento micelial na concentração de 4,75%, comparando com o fungicida e a testemunha. Apoio Financeiro: FAPEAL. CBI-032 Qualidade fitossanitária de arroz produzido por plantas originadas de sementes tratadas com biocontroladores e inoculadas artificialmente. Luwig J, Moura AB, Correa BO, Coila VHC. Departamento de Fitossanidade, UFPel, Pelotas, RS, Brasil. E-mail: ������������������������������������������������������ [email protected]. Phytossanitary quality of rice produced by plants originated from seeds treated with biocontrollers and artificiality inoculated. Sementes (cv. El Passo L144) foram microbiolizadas com os biocontroladores DFs185 (Pseudomonas synxatha), DFs223 (P. fluorescens), DFs306 (não identificado), DFs416 e DFs418 (Bacillus sp.) ou tratadas com fungicida, ou com salina (testemunha). As plantas foram conduzidas em casa-de-vegetação, com 4 repetições. Nos ensaios conduzidos, separadamente, para Bipolaris oryzae (BO) e Gerlachia oryzae (GO), a inoculação deu-se por aspersão de esporos, e no ensaio para Rhizoctonia solani (RS), por infestação do solo. A colheita ocorreu na maturação fisiológica e os grãos submetidos ao teste do papel filtro. Para BO, os isolados DFs185 e DFs306 proporcionaram reduções de 34 e 26% do patógeno. Nos ensaios conduzidos para GO e RS, a incidência dos mesmos nos grãos, foi nula. No que se refere à presença de patógenos manchadores de grãos assim como à incidência total de fungos, nos ensaios conduzidos para BO e RS, maior impacto foi proporcionado pelo isolado DFs223. No ensaio para GO, os maiores impactos foram propiciados pelo isolado DFs185 e pelo tratamento com fungicida. Assim, os isolados utilizados apresentam potencial de uso, uma vez que o seu efeito ao longo do ciclo possibilitou a redução do patógeno inoculado bem como de fungos manchadores nos grãos produzidos. Apoio financeiro CNPq CBI-031 Inibição de Armillaria sp. por Streptomyces spp. isolados de rizosfera de Araucaria angustifolia. Vasconcellos RLF, Cardoso EJBN, Auer CG. Departamento de Ciência do Solo, ESALQ/USP, Piracicaba, SP, Brasil. ������������������������������������������ E-mail: [email protected]. Inhibition of Armillaria sp. by Streptomyces spp. isolated from rhizosphere of Araucaria angustifolia. CBI-033 Potencial de Lecanicillium longisporum no controle do oídio da abobrinha. Santos AP1, Bettiol W2. 1Departamento de Fitopatologia, UFLA, Lavras, MG, Brasil. E-mail: [email protected]. 2 Embrapa Meio Ambiente, 13820-000 Jaguariúna, SP, Brasil. Email: [email protected]. Lecanicillium longisporum for the control of powdery mildew in zucchini squash. Seis isolados de Streptomyces sp. (identificados por método molecular) foram testados quanto à capacidade de inibir o fungo Armillaria sp., patógeno de coníferas. Extratos retirados do cultivo dos isolados de estreptomicetos, após dez dias de incubação, em meio de cultura ISP2, foram esterilizados por filtração e adicionados em alíquotas de 12,5 ml em erlermeyer contendo mesma quantidade de meio de cultura Batata Dextrose (BD) líqüido, duas vezes concentrado. Discos de 6 mm de diâmetro do fungo crescido em BD Agar foram retirados com ajuda de um furador de rolha e inoculados nos erlermeyers, sendo dois discos por frasco. O controle foi meio de cultura BDA completado com meio ISP2, BDA somente e BDA em pH 8,5. O delineamento utilizado foi inteiramente casualizado com quatro repetições por tratamento. Após 20 dias de incubação a 22 º C ± 1 foi medido o crescimento do patógeno em mg/dia e o pH do meio de cultura. Cinco dos seis isolados foram capazes de inibir o patógeno. Destes, três apresentaram produção de quitinase e dois algum antibiótico ainda não identificado. Este estudo possui grande potencial para utilização destes isolados no controle biológico do fungo Armillaria sp, já que o manejo é ainda a única forma de controle da doença. Apoio Financeiro: CAPES, FAPESP. O trabalho teve por objetivo avaliar o potencial de Lecanicillium longisporum para o controle do oídio da abobrinha causado por Podosphaera fusca em casa-de-vegetação. Plantas de abobrinha cv. Caserta foram semeadas em substrato comercial à base de casca de pinus e latossolo (1:3) adubado de acordo com a recomendação para a cultura, contido em vasos de 5L em casa-de-vegetação livre do patógeno. No estádio da primeira folha definitiva as plantas foram transferidas para casa-de-vegetação com alto potencial de inóculo e pulverizadas semanalmente com suspensões de esporos de L. longisporum nas concentrações de 105, 106 e 107 (UFC/ml) diluídos em água esterilizada e em leite a 10%. Além desses tratamentos foi utilizado o fungicida fenarimol (0,15ml/L), leite a 10% e água. Para obter alto potencial de inóculo foram mantidas plantas altamente infestadas na casa-de-vegetação. As avaliações da severidade da doença (% de área foliar coberta pelo patógeno) foram realizadas semanalmente durante 5 semanas. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado com seis repetições. O tratamento com leite a 10% foi o que apresentou melhor resultado em comparação aos demais, seguido das concentrações 107 , 106 e 105 (UFC/ml) diluídos em leite a 10%. Apoio Financeiro: FAPEMIG. Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008 S 139 XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia CBI-034 Controle biológico da Mancha bacteriana do tomateiro por rizobactérias. Naue CR, Moura AB, Rocha DJA, Gomes CB. Dpto de Fitossanidade–UFPel, Pelotas, RS. E-mail: ������������������������� [email protected]. br. Biological control of tomato bacterial spot by rhizobacteria. Avaliou-se o potencial de rizobactérias promotoras de crescimento, sobre a mancha bacteriana do tomateiro. Os isolados DFs1296 e DFs1315 (Streptomyces), DFs1414, DFs1420, DFs1423 (Bacillus) e DFs1421 (Pseudomonas) cresceram em meio 523 (28oC/2448h). Sementes (cv. Marmande Gaúcho/Maçã) foram imersas em suspensão (A540=0,5) de cada isolado e agitadas por 4h/4oC. As testemunhas foram sementes imersas em solução salina. Realizaram-se 2 ensaios, nos quais, foram semeadas 5 sementes por parcela em substrato comercial, em delineamento completamente casualizado com 6 repetições. Suspensões de Xanthomonas campestris pv. vesicatoria, foram preparadas (108 UFC/mL) e inoculadas por pulverização foliar. A inoculação foi realizada 30 dias após o semeio. As avaliações foram realizadas 12 dias após o aparecimento dos primeiros sintomas. Foram observadas 3 e 4 folhas para o primeiro e segundo ensaio, respectivamente, utilizando uma escala diagramática. Os 2 experimentos realizados apresentaram tratamentos eficientes no controle da doença. No ensaio 1, os tratamentos DFs1420 e DFs1296 apresentaram reduções significativas na severidade da doença de 60%, quando comparado com a testemunha. No ensaio 2, o tratamento DFs1420 foi o que apresentou controle significativo da doença 40%, quando comparado com a testemunha. Desta forma, verifica-se que dois dos biocontroladores testado apresentam potencial para o controle da mancha bacteriana. CBI-035 Ação de rizobactérias promotoras de crescimento sobre fungos patogênicos do tomateiro Naue CR, Moura AB, Rocha DJA, Gomes CB. Dpto de Fitossanidade -UFPel, Pelotas, RS. E-mail: [email protected] Action of growth promoter rhizobacteria against tomato pathogenic fungi Avaliou-se in vitro a capacidade de bactérias biocontroladoras e promotoras de crescimento do tomateiro, sobre os fungos causadores de doenças foliares. As bactérias DFs 1296 e DFs 1315 (Streptomyces), Dfs1414, DFs1420 e DFs1423 (Bacillus) e DFs1421 (Pseudomonas) foram crescidas em meio 523 líquido (28oC/72h) e centrifugados (33320g /15 min.). O sobrenadante foi coletado, submetido a banho ultrassônico (20 min.), e alíquotas (100µL) deste líquido foram depositados em 2 cavidades diametralmente opostas em placas de Petri contendo 10 mL de BDA. Discos de Alternaria solani (As), Corynespora cassicola (Cc), Fusarium oxysporum f.sp lycopersici (Fol), Phythophtora infestans (Pi), Rhizoctonia solani (Rs), Sclerotinia sclerotiorum (Ss) e Verticillium albo-atrum (Va) foram colocados no centro das placas. As testemunhas foram placas contendo somente discos de fungos. As placas foram incubadas a 25oC, exceto para Pi (21oC), até que o micélio da testemunha atingisse os bordos. Foram usadas 4 repetições, avaliando-se presença ou ausência de inibição de crescimento micelial. Das 6 bactérias apenas DFs 1296 e DFs 1420 não inibiram nenhum dos fungos. As bactérias que apresentaram maior potencial inibitório foram DFs 1315 e DFs 1423, controlando os fungos Pi, Rs e Ss. A bactéria DFs 1421 inibiu os fungos Fol e Rs e DFs 1414, o gênero Va. Verificou-se que 4 das 6 bactérias apresentam potencial de biocontrole por antibiose. S 140 CBI-036 Antagonismo de Clonostachys rosea a Botrytis cinerea em tomateiro e morangueiro, em diferentes temperaturas e concentrações de esporos. Macedo PEF, Murta HM, Cota LV, Silva JC, Maffia LA. Depto. de Fitopatologia, UFV, Viçosa, MG. e-mail: [email protected]. Antagonism �������������� of Clonostachys rosea to Botrytis cinerea in tomato and strawberry plants, under different temperatures and spore concentrations. Em vista da importância do mofo cinzento [causado por Botrytis cinerea (Bc)] e da necessidade de se obter alternativa mais racional de manejo, vem-se estudando o biocontrole da doença por Clonostachys rosea (Cr). Avaliou-se o efeito da temperatura (18 e 26°C) e da concentração de esporos do antagonista (104 e 107 conídios/ml) no antagonismo de Cr a Bc, em tomateiro e morangueiro. Após aplicação em folhas, quantificou-se a área foliar colonizada por Cr (AFC) e o número médio de conidióforos de Bc (NMC). Em ambos os hospedeiros, a presença de Bc não reduziu a AFC. Com 107 conídios/ml, ocorreu maior AFC e menor NMC nos dois hospedeiros. A 26ºC a AFC foi maior, e a diferença foi mais acentuada em morangueiro (incremento de 146% em relação à 18°C). A 18°C, o NMC foi maior em ambos os hospedeiros. Também em ambos, com 107 conídios/ml a redução da colonização de Bc foi maior (73% em morangueiro e 63% em tomateiro). Considerando os efeitos da temperatura e da concentração de inóculo na colonização de Cr e seu antagonismo a Bc, postula-se que, em temperaturas mais baixas, demande-se maior concentração de conídios do antagonista para que o antagonismo seja eficiente. Ademais, esses efeitos variam com o hospedeiro. Apoio financeiro: FAPEMIG e CNPq. CBI-037 Desenvolvimento in vitro de Fusarium oxysporum f. sp. cubense em pareamentos consecutivos com rizobactérias. Aguiar FM, Ribeiro RCF, Xavier AA, Rocha LS, Mizobutsi EH, Santos MG. Depto. Ciências Agrárias, UNIMONTES, Janaúba, MG, Brasil. E-mail:[email protected]. Development in vitro Fusarium oxysporum f. sp. cubense in the consecutive gauge culture with rhizobacteria. O objetivo do trabalho foi avaliar o efeito da inibição do crescimento micelial (CM) e esporulação (ES) de Fusarium oxysporum f. sp. cubense (FOC) em desafios consecutivos com isolados de rizobactérias. Os isolados de rizobactérias foram multiplicados em meio “Trypic ����������������������������������������������������������� Soy Agar” (TSA)������������������������������������ por 48 h/escuro contínuo����������� e o fungo em meio BDA, por sete dias a 25°C/escuro contínuo. No centro de uma placa contendo meio BDA a rizobactéria foi distribuída em forma de risca, e na extremidade opostas da risca foi disposto disco de cinco milímetros contendo micélio de FOC. As placas foram incubadas a 25°C/escuro, e após sete dias foram realizadas medições do halo de inibição, CM e ES de FOC. No 10 ensaio foram testados 86 isolados. Micélio de FOC crescidos nas parcelas dos 32 isolados mais eficientes foram utilizados para montagem do 20 desafio com os respectivos isolados de rizobactérias. O 20 desafio utilizou-se a mesma metodologia descrita anteriormente. O delineamento foi DIC com cinco repetições, cada isolado constituiu num tratamento e cada placa uma repetição. Observou-se que após o 20 desafio não houve formação de halo e dos 32 isolados testados 46,48% inibiram mais que 50% da ES de FOC, e apenas 9,37% apresentaram mais que 50% de redução do CM. Apoio: FAPEMIG. Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008 XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia CBI-038 Resposta diferencial de cultivares de soja quanto à síntese de gliceolina após exposição de cotilédones a eliciadores bióticos e abióticos. Freitas MA, Garcia FAO, Godinho MT, Souza NA, Ferraz HGM, Souza LO, Santiago TR, Barrios FL, Romeiro RS. UFV – Departamento de Fitopatologia, Viçosa, MG. �������� E-mail: [email protected]. Differential response of soybean cultivars in terms of glyceollin synthesis after exposure to biotic and abiotic elicitors Buscou-se verificar se a capacidade de soja em sintetizar fitoalexinas é função do cultivar. A gliceolina, substância antimicrobiana, com pico de absorção a 285nm, é uma fitoalexina que plantas de soja produzem como resposta a estímulos bióticos ou abióticos (Albersheim & Valent, J. Cell. Biol., 1978), e cuja síntese pode ser entendida como uma reação de resistência. Cotilédones de soja (variedades: ‘UFV-18’, ‘IAC-18’, ´F83-817´, ´BRS 264´ e ‘Conquista’.) foram longitudinalmente seccionados e imersos em solução contendo acyl-benzolar-S-metil (ASM) a 100µg/ml, células de isolados bacterianos (UFV-53, UFV-75, UFV-172), e ainda celulas rompida dos mesmos. Para cada tratamento acrecentouse 1 ml dos seguintes antibióticos: Norlaxacin e lincomicina (200 µg/ml). Após 24 horas, os cotilédones foram removidos, o líquido centrifugado (10.000g/10 min.) e diluições 1:7 realizadas e sua absorbância medida a 285nm. Resultados mostraram que houve diferenças quanto à magnitude de síntese de gliceolina nos diferentes cultivares. Apoio Fapemig e CNPq. CBI-039 Antagonismo microbiano detectado em procariotas residentes de filoplano de soja contra dois patógenos bacterianos da cultura. Freitas MA, Garcia FAO, Godinho MT, Souza AN Ferraz HGM, Souza LO, Santiago TR, Barrios FL Romeiro RS. UFV – Departamento de Fitopatologia, Viçosa, MG. ��������� E-mail [email protected]. Microbial antagonism detected in soybean prokaryotic phylloplane residents against two bacterial pathogens of the culture. De filoplano de plantas sadias de soja isolaram-se 270 procariotas residentes de filoplano os quais tiveram sua potencialidade antagonística testada, in vitro, contra P. syringae pv. glycinea e X. campestris pv. glycines, pelo método de difusão em gel por dupla camada. Os antagonistas foram repicados para pontos eqüidistantes de placas de Petri contendo meio 523 de Kado & Heskett (Phytopath., 1970) e, após crescimento, as colônias foram mortas por exposição a radiação UV (254nm) e vapores de CHCl3. Meio semi-sólido contendo propágulos dos patógenos, na faz exponencial de crescimento, foi vertido de modo a formar uma sobre camada de 1mm de espessura. Placas foram incubadas a 28oC e inspecionadas, diariamente, para a presença de halos de inibição. Alguns dos antagonistas mostraram-se altamente inibitórios às bactérias, considerado o tamanho observado dos halos de inibição. Apoio Fapemig e CNPq Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008 CBI-040 Controle biológico promovido pelo residente de filoplano Pseudomonas putida contra doenças da parte aérea do tomateiro, II- Biocontrole experimental da pinta preta. Ferraz HGM, Souza AN, Garcia FAO, Freitas MA, Godinho MT, Sousa LO, Santiago TR, Romeiro RS. Departamento de Fitopatologia – UFV. E-mail: [email protected]. ������������������� Biological control promoted by the phylloplane resident Pseudomonas putida of tomato canopy diseases, II – Experimental biocontrol of the early blight Plantas de tomate (cv. ‘Santa Clara’) com 30 dias de idade foram levadas a campo, em um experimento em blocos casualizados, em que cada parcela era formada de duas linhas de 8 plantas (espaçamento de 0,5 X 0,8m). Plantas foram pulverizadas com suspensão (OD540= 0,3) de propágulos do antagonista (uma única aplicação, sete dias após o transplantio). Como controles foram usados oxicloreto de cobre (1,6g i.a./L), cloreto de benzalcônio (0,25mL i.a./L) e plantas não pulverizadas. Nos terços inferior, médio e superior de cada planta a severidade da pinta preta (Alternaria solani) foi quantificada com auxílio do programa Severity Pro 1.0. Duas quantificações da doença, espaçadas de uma semana, indicaram que o agente de biocontrole foi eficaz em reduzir o progresso da doença. Apoio: Fapemig e CNPq. CBI-041 Controle biológico promovido pelo residente de filoplano Pseudomonas putida contra doenças da parte aérea do tomateiro, III- Biocontrole experimental da requeima. Ferraz HGM, Souza AN, Garcia FAO, Freitas MA, Godinho MT, Sousa LO, Santiago TR, Romeiro RS. Departamento de Fitopatologia – UFV. �� Email: [email protected]. Biological control promoted by the phylloplane resident Pseudomonas putida of tomato canopy diseases, II – Experimental biocontrol of the late blight Plantas de tomate da cultivar ‘Santa Clara’ foram transplantadas para campo, aos 30 dias, de modo a se ter um experimento em blocos inteiramente casualizados, com 4 repetições por tratamento, em que a parcela útil era formada por 12 plantas, em espaçamento 0,5 X 0,8m. Os tratamentos foram: 1- Plantas pulverizadas semanalmente com oxicloreto de cobre (3g do produto comercial/L); 2- Plantas pulverizadas semanalmente com cloreto de benzalcônio (2,5mL /L); 3- Plantas pulverizadas com suspensão contendo propágulos do antagonista OD540= 0,3 , em única aplicação (uma semana após o transplantio); 4- Plantas não pulverizadas (testemunha). As plantas foram divididas em três terços, sendo que em cada terço foi quantificado a área foliar lesionada pelo patógeno Phytophthora infestans, utilizando o programa Severity Pro 1.0. Foram realizadas duas quantificações da doença espaçadas de 3 dias. A análise dos dados indicou que o agente de biocontrole reduziu o progresso da doença. Apoio: Fapemig e CNPq. S 141 XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia CBI-042 Promoção de crescimento em mudas de algodoeiro mediada por actinomicetos. Schneider DS, Macagnan D. CEFET-Rio Verde. Email: [email protected]. Growth promotion in cotton seedlings by actinomycetes. Rizobactérias promotoras de crescimento e indutoras de resistência são uma alternativa para a redução do uso de agrotóxicos no algodoeiro. Amostras de solo foram coletadas no município de Rio Verde as quais foram depositadas em vasos e semeadas com a variedade de algodoeiro BRS Aroeira. As plântulas, com 20 dias de idade, tiveram o seu sistema radicular excisado e a flora microbiana, a eles associada, foi extraída. Alíquotas do extrato, obtido por agitação do sistema radicular em água esterilizada, sendo semeadas em meio extrato de solo. Após incubação por 96 h colônias típicas de actinomicetos foram repicadas num total de 40. Para a seleção massal, os microrganismos foram cultivados por 120 h em meio BDA sólido e os esporos suspendidos em água de torneira até uma A540= 1. Sementes de algodoeiro da variedade Delta oppal foram imersas nesta suspensão de esporos onde permaneceram por uma noite e semeados em substrato esterilizado. As plantas foram cultivadas em casa de vegetação, por 30 dias quando foram avaliadas quanto a sua altura, massa fresca e massa seca. O ensaio foi repetido três vezes no tempo. Destacaram-se os 5 isolados mais eficientes A1, A46, A12, A26, A11, os quais serão avaliados quanto a capacidade de protegerem mudas de algodoeiro contra a infecção por Xanthomonas axonopodis pv. malvacearum Ramularia areola e Colletotrichum gossypii var. cephalosporioides. Apoio Financeiro: CNPq. CBI-044 Efeito de resíduos orgânicos sobre o crescimento micelial de Cylindrocladium spathiphylli em substrato de cultivo. Visconti A1, Bettiol W2. 1Departamento de Proteção de Plantas, Unesp/FCA, Botucatu, SP e Epagri, EEI, Itajai, SC, Brasil. 2Embrapa Meio Ambiente, Jaguariúna, SP, Brasil. E-mail: [email protected]. Effect of organic wastes on the micelial growth of Cylindrocladium spathiphylli in potting-mix. O efeito supressivo da incorporação de resíduos orgânicos ao substrato MULTIPLANT, utilizado para a produção de Spathiphillum, foi avaliado por meio do crescimento micelial de C. spathiphylli. Os resíduos [hidrolisado de peixe (HP), cama de aves (CA), torta de mamona (MA), casca de camarão (CC), lodo de esgoto (LE) e esterco bovino (EB)] foram incorporados ao substrato nas concentrações de 0, 5, 10, 15, 20 e 25% (v/v). As misturas foram transferidas para o fundo de placas de Petri em camadas de 0,3mm e esterilizadas e não esterilizadas em autoclave a 120°C, 1 atm por 20 min. Em seguida, uma fina camada de meio AA (Ágar-Água) foi vertida sobre a mistura. Após 24h foi transferido, para o centro das placas, um disco de 8mm de BDA contendo micélio do patógeno. As placas foram seladas com filme de polietileno e mantidas a 25°C ± 2. Diariamente avaliou-se o crescimento micelial do patógeno. O hidrolisado de peixe a 15, 20 e 25%, esterilizado e não esterilizado, bem como a torta de mamona e a casca de camarão a 25%, quando não esterilizadas, inibiram completamente o crescimento micelial. CBI-043 Bactérias endosporogênicas como promotoras de crescimento em plantas de algodoeiro. Schneider DS, Macagnan D. CEFETRio Verde. ���������������������������������������������������� E-mail: [email protected]. Isolation and selection of endosporogenic bacteria to growth promotion on cotton. CBI-045 Potencial uso de Trichoderma spp. para o biocontrole de Fusarium solani em maracujazeiro. Vaz AB, São José AR, Santos A, Novaes QS. Departamento de Fitotecnia e Zootecnia, UESB, Vitória da Conquista, BA, Brasil. E-mail: ����������������� nine_vaz@ yahoo.com.br. Potential use of Trichoderma spp. for the biocontrol of Fusarium solani on passion flower. Rizobactérias promotoras de crescimento e indutoras de resistência são uma alternativa para a redução do uso de agrotóxicos no algodoeiro. Amostras de solo foram coletadas no município de Rio Verde as quais foram depositadas em vasos e semeadas com a variedade de algodoeiro BRS Aroeira. As plântulas, com 20 dias de idade, tiveram o seu sistema radicular excisado e a flora microbiana, a eles associada, foi extraída. Alíquotas do extrato, obtido por agitação do sistema radicular em água esterilizada, foram submetidas a tratamento térmico (80 oC/15 min.) sendo semeadas sobre meio BDA. Após incubação por 48 h. colônias típicas de bactérias endosporogênicas foram repicadas num total de 90. Para a seleção massal, os microrganismos foram cultivados por 24 h em meio BDA sólido e suspendidos em água de torneira até uma A540= 1. Sementes de algodoeiro da variedade Delta oppal foram microbiolizadas com estes microrganismos e semeados em substrato esterilizado. As plantas foram cultivadas em casa de vegetação por 30 dias, sendo em seguida avaliadas quanto a sua altura, massa fresca e massa seca. O ensaio foi repetido três vezes no tempo. Destacaram-se os 5 isolados mais eficientes B25, B64, B53, B13, B19, os quais estão sendo avaliados quanto a capacidade de protegerem mudas de algodoeiro contra a infecção por Ramularia areola e Colletotrichum gossypii var. cephalosporioides.Apoio Financeiro: CNPq. A podridão de colo e raízes, causada pelo Fusarium solani, é uma das principais doenças do maracujazeiro. Neste trabalho objetivouse avaliar o efeito in vitro de Trichoderma spp. ao F. solani. Foram utilizadas quatro espécies de Trichoderma (T. harzianum, T.viride, T. virens e T. stromaticum) e quatro isolados do F. solani de diferentes regiões da Bahia (Caraíbas, Contendas, Suçuarana e Vitória da Conquista). Todos os fungos foram isolados em meio de cultura BDA. Discos de 7 mm de diâmetro, dos antagonistas, foram retirados separadamente, e colocados em placas de Petri, contendo o mesmo meio, em uma das laterais. Na outra extremidade foi colocado um disco de igual tamanho, contendo o respectivo isolado do patógeno, formando assim, o pareamento das colônias. As placas foram incubadas em BOD a 25°C por dez dias, medindose diariamente o crescimento radial das colônias. O delineamento experimental foi o inteiramente casualizado, com cinco repetições. As espécies de Trichoderma inibiram significativamente todos os isolados de F. solani. A percentagem de inibição das espécies de Trichoderma sobre os isolados de F. solani, com base no crescimento micelial, foram: T. harzianum (76,0 a 87,2); T. viride (67,8 a 85,8); T.virens (67,4 a 92,1) e T. stromaticum (56,1 a 76,3). Os resultados obtidos apontam um grande potencial de controle de F. solani do maracujazeiro utilizando espécies de Trichoderma. Apoio financeiro: FAPESB S 142 Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008 XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia CBI-046 Utilização de Trichoderma spp. no controle de fitonematóides em cana-de-açúcar. Bernardes EHN, Shimokomaki FA, Machado JRA, Lapera CI. Laboratório de Microbiologia, FEIT – UEMG, Ituiutaba, MG, Brasil. ����������������������������������������� E-mail: [email protected]. Application as of Trichoderma spp. at the controls of plant nematodes in sugar cane Esporos do fungo Trichoderma harzianum, foram utilizados para avaliar sua eficiência no controle de fitonematóides em canade-açúcar. Os tratamentos utilizados foram: T1 = 1 L do produto comercial (“Trichodermil”)/ha com aplicação total no sulco de plantio; T2 = 1,5 L do produto comercial/ha com aplicação de 1 L no sulco de plantio e 0,5 L 30 dias após a primeira aplicação; T3 = 2,0 L do produto comercial/ha com aplicação de 1 L no sulco de plantio, mais 1 L 30 dias após a primeira aplicação; T4 = 2L do produto comercial/ha com aplicação total no sulco de plantio; T5 = Testemunha (sem aplicação de produto); T6 = aplicação de nematicida (Carbofuran) 6,5 L/ha; cada um com cinco linhas de 10 metros e cinco repetições, espaçamento entre linhas de 1,40 m. Foram realizadas 3 avaliações: a 1ª no dia do plantio, a 2ª 30 dias após o plantio e a 3ª e última aos 90 dias após o plantio. Neste trabalho, não houve diferença significativa ao nível de 5% pelo teste de Tukey entre os tratamentos, considerando, portanto que o controle realizado com Trichoderma spp. não difere do tratamento químico, sendo, desta forma uma alternativa no manejo da população de nematóides. CBI-047 Efeito de isolados de Bacillus spp. sobre Fusarium oxysporum f. sp. tracheiphilum in vitro. Carnaúba JP, Melo AP, Gomes WA, Silva VM, Laranjeira D. Fitossanidade, UFRPE, Recife, PE. �� Email: [email protected]. Effect of Bacillus isolates on F. oxysporum f. sp. tracheiphilum. A murcha-de-fusário do caupi (F. oxysporum f. sp. tracheiphilum/ FOT) é uma doença que pode causar danos significativos em áreas de produção do NE. O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito de Bacillus spp., sobre a germinação (G) e o crescimento micelial (CM) de FOT. Os isolados de Bacillus foram obtidos por isolamento seletivo a partir de raízes de caupi e testados para HR em fumo. Foram testados 12 isolados + Test, onde 0,1 mL da suspensão (0,52A) foi espalhada em placas (BDA) com uma alça de Drigalski e em seguida, alíquotas da suspensão de FOT (106esporos/mL) foram depositadas em pontos eqüidistantes. Também foram efetuados pareamentos com 2 discos de FOT e uma risca das bactérias entre os discos. O delineamento foi inteiramente ao acaso com 13 tratamentos e 5 reps. A avaliação da G foi realizada após 12 h pela observação de 100 esporos/rep, sendo quantificada a % de esporos germinados, enquanto o CM foi avaliado após 72 h pela presença de halo de inibição. Os dados foram submetidos à anova e as médias comparadas pelo teste de Scott-Knott (P=0.05). Apenas os isolados 7 e 12 não diferiram da testemunha (G), enquanto os isolados 4, 5, 8 e 9 apresentaram as menores % de G (0 a 3,6%). Além disso, apenas os isolados 8 e 9 apresentaram formação de halo de inibição, sugerindo a antibiose como mecanismo de biocontrole. Apoio financeiro: CNPq. Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008 CBI-048 Efeito de rizobactérias isoladas de plantas antagonistas a nematóides sobre Meloidogyne exigua na cultura do cafeeiro (Coffea arabica). Almeida VS, Ferreira FC, Costa MA, Ferraz S, Freitas LG. Depto. de Fitopatologia, Universidade Federal de Viçosa, Viçosa-MG; e-mail: [email protected]. Effect of rihzobacteria isolated from nematode antagonistc plants on Meloidogyne exigua on coffee crop (Coffea arabica). Este trabalho teve como objetivo avaliar o potencial de rizobactérias isoladas de plantas antagonistas para o controle de Meloidogyne exigua. Rizobactérias isoladas de Mucuna pruriens var utilis e Crotalaria spectabilis foram testadas para o controle de Meloidogyne javanica na cultura do tomateiro e as sete mais eficientes foram utilizadas para o controle de Meloidogyne exigua na cultura do cafeeiro. Foram utilizadas mudas de cafeeiro em vasos de 1 L com mistura de solo e areia 1:1 (v:v). Suspensões de rizobactérias foram obtidas através da adição de solução salina 0,85% em placas com as colônias, que foram raspadas com alça de Drigalsky. Foram aplicados, ao solo de cada muda, 50 mL de suspensão bacteriana DO540= 1,2 a 1,3 de cada isolado. Após 15 dias, o solo de cada vaso foi infestado com 3.000 ovos de Meloidogyne exigua e após mais 15 dias, repetiu-se aplicação da suspensão bacteriana no solo. Decorridos 90 dias, avaliou-se o peso da parte aérea, a altura da plantas e os números de galhas e de ovos por sistema radicular. Não houve diferença significativa entre o controle e os tratamentos para o peso da parte aérea e altura das plantas. Dos sete isolados avaliados três e quatro foram eficientes em reduzir de 37 a 59% o número de galhas e de 39 a 63% o número de ovos por sistema radicular, respectivamente, em relação ao controle. APOIO: FAPEMIG. CBI-049 Efeito do extrato aquoso de folhas de Nim no desenvolvimento de Fusarium oxysporum f. sp. cubense. Santos MG, Xavier AA, Silva LS, Silveira EKCP, Aguiar FM, Ribeiro RCF, Mizobutsi, EH. Depto. Ciências Agrárias, UNIMONTES, Janaúba, MG, Brasil. Email:[email protected]. Effect of aqueous extract of leaves of neem in the development of Fusarium oxysporum f.sp. cubense. Objetivou-se neste trabalho avaliar o efeito do extrato aquoso de folhas de nim in natura (EN) e em pó (EP), no crescimento micelial (CM) e esporulação (ES) de Fusarium oxysporum f. sp. cubense (FOC). Para o preparo do EN, adicionaram-se 200 g de folhas a 1L de água destilada o qual foi triturada em liquidificador por 3 minutos e filtrada em gaze. Preparou-se EP a partir de folhas de nim secas à sombra e moída. A mistura de 200 g do pó em 1L de água destilada foi mantida em repouso, a 25οC em escuro contínuo/24 hs e filtrada em gase. Os extratos foram adicionados a 100 mL do meio BDA de forma que o meio atingisse as concentrações de 1,19; 1,74; 2,27; 2,77 e 3,26%. Apenas o EP foi autoclavado. No centro de placas contendo o meio + as concentrações de nim depositou-se um disco de 5 mm de diâmetro da colônia de FOC as quais foram incubadas por sete dias a 25οC e escuro contínuo. Utilizou-se DIC constituído por 10 tratamentos e cinco repetições. A testemunha constou apenas do meio BDA sem extrato. Avaliaram-se CM e ES e ajustou-se o modelo quadrático para as duas variáveis, mostrando uma tendência de redução destas variáveis com aumento das concentração. Exceção apenas para o tratamento EP que apresentou tendência de aumento de ES com aumento das concentrações. Apoio financeiro: FAPEMIG. S 143 XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia CBI-050 Estudo do Antagonismo de Trichoderma harzianum, a Colletotrichum acutatum in vitro. Coimbra DH, Mendes LS, Machado JRA, Carvalho LA. Centro Universitário de Patos de Minas – UNIPAM, MG. In vitro study of the antagonism of Trichoderma harzianum to Colletotrichum acutatum. Este trabalho teve como objetivo avaliar o efeito do Trichoderma harzianum sobre Colletotrichum acutatum in vitro em diferentes diluições. O experimento foi conduzido no Laboratório de Fitopatologia do Campus I, do Centro Universitário de Patos de Minas, utilizando o TRICHODERMIL SC® (fungicida biológico a base de T. harzianum) e analisado por Delineamento Inteiramente Casualizado (DIC). O C. acutatum foi isolado do fruto do morangueiro com os sintomas do mesmo e repicado em meio de BDA. Para a inoculação dos fungos em placas foi colocado um disco de papel filtro de aproximadamente 9mm imerso em solução de T. harzianum em uma das extremidades e na outra extremidade, um pedaço de aproximadamente 9mm de meio de cultura colonizado por C. acutatum. Os tratamentos foram Colletotrichum + Trichoderma variando a concentração de esporos por mL de Trichoderma, onde T1 foi de 2 x 109, T2 1,5 x 108, T3 1 x 108 e T4 foi a testemunha, na qual utilizou-se apenas Colletotrichum. Como critério de avaliação foi feito a medição das colônias no décimo dia, e as médias comparadas pelo teste Scott-Knott a nível de 5%. O tamanho das colônias variou de 2,72cm a 3,13cm e a testemunha foi de 6,72cm, onde as médias não diferiram estatisticamente entre si. De posse dos resultados pode-se concluir que, o Trichoderma harzianum inibiu o desenvolvimento do Colletotrichum acutatum in vitro. CBI-051 Mapeamento da dispersão de Botrytis cinerea e de Clonostachys rosea. Marques GVT, Cota LV, Maffia LA, Mizubuti ESG. Departamento de Fitopatologia, UFV, Viçosa, MG, Brasil. E-mail: [email protected]. Mapping of dispersal of Botrytis cinerea and Clonostachys rosea. Em programa de controle biológico de B. cinerea, obtiveram-se isolados de C. rosea eficientes como antagonistas ao patógeno. Estabeleceram-se experimentos de campo, para avaliar a capacidade de dispersão de ambos os fungos em cultivo de morango. No centro de parcelas de 20 e 10m de comprimento, para B. cinerea e C. rosea respectivamente, introduziram-se fontes de inóculo (frutos e hastes de morangueiro com esporulação do patógeno ou grãos de trigo com esporulação do antagonista). Em intervalos semanais, e a cada 0,30m a partir das fontes, avaliou-se a colonização foliar por ambos os fungos, bem como a incidência do mofo cinzento em flores e frutos. Com o software Arc Gis 9.2, espacializaram-se os dados espaço-temporais e se obtiveram imagens e mapas com a ferramenta Spatial Analyst. Nas imagens, definiram-se escalas de cores para identificar as regiões com maior concentração de cada fungo, bem como o efeito do vento na dinâmica espacial de ambos. Comparativamente a B. cinerea, a dispersão de C. rosea é mais restrita e mais afetada pelo vento. Assim, para ser eficiente no biocontrole do patógeno, C. rosea deve ser aplicado em toda a área de cultivo de morango. Apoio financeiro: CNPq e FAPEMIG. S 144 CBI-052 Bioensaios para avaliação da potencialidade antagonística de rizobactérias contra Pyricularia grisea. Neves DMS1, Filippi MC2, Viana HF3. 1UEG, Palmeiras de Goiás, GO, Brasil; 2 Embrapa Arroz e Feijão, Sto. Antônio de Goiás, GO, Brasil. 3UniAnhanguera, Goiânia, GO, Brasil. e-mail: [email protected]. br. Antagonistic potentiality of rizobacteria against Pyricularia grisea bioassays. Buscando-se microrganismos com potencial de biocontrole à brusone, foram isolados 150 procariotos provenientes de solo de rizosfera e rizoplano de plantas sadias de arroz, em cultivo de 1º ano. Os isolados estão sendo avaliados quanto à capacidade antagonística frente a P. grisea, através de uma triagem massal das culturas obtidas realizando-se testes de antibiose direta pelos métodos de dupla camada e estrias, produção de compostos inibidores voláteis e inibição da germinação de esporos. As avaliações consistem em observação visual do aparecimento de halo de inibição na periferia da colônia bacteriana, da capacidade de crescimento do desafiante, quando confrontado com substâncias voláteis produzidas pelo antagonista e pela contagem, sob microscopia ótica, do número de esporos germinados. Os ensaios realizados estão sendo combinados a experimentos em casa de vegetação, com vistas à seleção de antagonistas promissores no biocontrole da brusone do arroz. CBI-053 Óleo de nim (Azadirachta indica) estimula o crescimento micelial de agentes de biocontrole. Mattos LPV1, Morais LAS2, Bettiol W2. 1 UNESP/FCA, Botucatu, SP. 2Embrapa Meio Ambiente, Jaguariúna, SP. ��������������������������������� E-mail: [email protected]. Neen oil (Azadirachta indica) increase mycelia growth of biocontrol agents. A mistura de tanque de agentes de biocontrole com óleos para o controle de doenças e pragas é uma prática que reduz os custos de aplicação. Assim, há necessidade de se conhecer os efeitos dos óleos utilizados no controle de pragas e doenças sobre os agentes de biocontrole. No presente trabalho foi avaliado o efeito do óleo de nim, incorporado ao meio BDA (Batata-dextrose-ágar) nas concentrações de 0, 1, 10, 100, 1.000, 10.000 e 100.000 ppm, sobre o crescimento micelial de Metarhizium anisopliae, Beauveria bassiana, Trichoderma harzianum e Lecanicillium lecanii. O óleo de nim foi adicionado ao meio antes e após a esterilização em autoclave por 20 min. e 1 atm. Na parte central das placas de Petri contendo os meios foi transferido um disco de micélio dos agentes de biocontrole e mantidas em sala de incubação a 27 ± 2°C. O crescimento da colônia foi avaliado diariamente por seis dias, considerando dois sentidos do diâmetro. Cada placa correspondeu a uma repetição sendo cinco placas por tratamento. O óleo de nim adicionado antes da autoclavagem nas concentrações de 10.000 e 100.000 ppm estimulou o crescimento micelial de todos os agentes de biocontrole. Porém, o óleo adicionado após a autoclavagem não apresentou efeito sobre o crescimento dos antagonistas. Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008 XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia CBI-054 Uso de Epicoccum sp. e de óleo de eucalipto como inibidores do processo de formação de apressórios de Pyricularia grisea. Gonçalves FJ1, Xavier D S2, Araújo LG2, Filippi MC4, Prabhu AS4. 1 Mestrado-UFG-GO; 2UniAnhanguera-GO; 4Embrapa Arroz e Feijão, GO. ��������������������������������������������������� E-mail: [email protected]. Inhibition of Pyricularia grisea apressorium formation by Epicoccum sp and eucalypti oil O uso de antagonistas e a exploração da atividade biológica dos óleos essenciais podem ser consideradas alternativas viáveis para o controle de doenças de plantas, principalmente em sistemas de produção orgânica. Buscando inibidores da formação de apressórios de Pyricularia grisea, agente causal da brusone em arroz, foram conduzidos dois ensaios em laboratório, os quais consistiram de três tratamentos: 1) suspensão de conídios de P. grisea; 2) suspensão de conídios de P. grisea misturada ao filtrado de Epicoccum sp; 3) suspensão de conídios de P. grisea misturada ao óleo essencial de eucalipto. No ensaio in vitro foram depositadas gotas de 10µl de cada tratamentos sobre uma superfície artificial indutiva, mantida sob condições de câmara úmida por 24 horas e o ensaio in vivo consistiu na deposição de gotas de 10 µl dos mesmos tratamentos na face adaxial de folhas destacadas de arroz, mantidas sob condições de câmara úmida, por 24 horas. As avaliações e comparações do processo de formação do apressório foram feitas 4, 6, 8 e 12 horas após a indução da formação do mesmo, utilizando-se microscópio óptico. Os resultados preliminares indicam que há inibição in vitro de P. grisea nos dois tratamentos avaliados. A obtenção dos resultados do ensaio in vivo encontram-se em andamento. CBI-055 Avaliação in vitro do antagonismo e interação de hifas entre Trichoderma spp. e diferentes isolados fúngicos da região Amazônica. Lustosa DC, Santos MS, Silva GB. Instituto de Ciências Agrárias, UFRA, Belém, PA, Brasil. E-mail: ���������������������� deniselustosa@ yahoo.com.br. Evaluation in vitro of antagonism and interaction of hyphae between Trichoderma spp. and different fungal isolates of the Amazon region. Testou-se isolados de Trichoderma oriundos de solos da AM e PA, no antagonismo a fungos de essências florestais da região Amazônica e de plantas cultivadas (Colletotrichum sp. de Morinda citrifolia, Annona muricata e Prunus domestica; Fusarium sp. de Ananas comosus; Pestalotiopsis sp. de Mauritia flexuosa; Phytophthora sp. de Hevea brasiliensis; Polynemo sp. de Vismia guianensis e Rhizoctonia solani de Oryza sativa). Avaliou-se o confrontamento direto pelo pareamento em placas de Petri do agente de biocontrole e dos fitopatógenos medindo-se o diâmetro das colônias dos fungos, aos sete dias após a incubação, e a interação de hifas entre esses, observando-se sob microscópio óptico, as lâminas preparadas com as lamínulas retiradas entre as colônias dos isolados confrontados, aos oito dias após a incubação. Trichoderma sp. inibiu o crescimento micelial de seis dos isolados fúngicos, apresentando diâmetro de colônia semelhante com R. solani e Colletotrichum sp. (M. citrifolia). A interação de hifas foi observada entre Trichoderma sp. e R. solani, Fusarium e Colletotrichum (P. domestica). Apoio Finaceiro: CNPq/Finep/Rede CT Petro Amazônia. Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008 CBI-056 Densidade de inóculo e tamanho de escleródios em lavoura comercial de soja, naturalmente infestada por Sclerotinia sclerotiorum. Görgen CA1, Civardi EA 1, Silveira Neto AN1, Carneiro LC1, Lobo Junior M2 1Programa de Pós Graduação em Agronomia, Universidade Federal de Goiás, Jataí, GO. 2Embrapa Arroz e Feijão, S. Antônio de Goiás, GO. E-mail: ���������������������� claudiagorgen@ hotmail.com. Inoculum density and sclerotia size, on a soybean commercial field naturally infested with Sclerotinia sclerotiorum. Foram obtidas amostras de solo em lavoura comercial de soja infestada por Sclerotinia sclerotiorum, no município de Jataí (GO), para a recuperação de escleródios do patógeno. A incidência do mofo branco nesta área foi em média superior a 60% de plantas infectadas. As amostras determinaram o inóculo inicial de S. sclerotiorum em um experimento delineado em DBC no esquema parcelas subdivididas com 4 repetições num total de 64 unidades experimentais de 52,5m2. Com uma moldura de madeira de 0,5 x 0,5m jogada aleatoriamente em cada sub-parcela foi coletado o solo a uma profundidade de 5cm em 3 repetições por parcela, num total de 192 amostras de solo coletadas. O solo coletado foi peneirado em telas de diferentes malhas de 6, 10 e 18 MPL (malha por polegada linear). Os escleródios foram separados do solo por catação manual, obtendo-se 5.917 escleródios. Foram quantificados 256 escleródios com menos de 2mm, sendo que o menor escleródio encontrado tinha 0,5 x 0,5 mm. A germinação carpogênica de escleródios menores que 2mm foi verificada em campo, durante o florescimento da cultura da soja. Posteriormente, serão aplicados na área tratamentos nas parcelas com milho safrinha consorciado ou não com Brachiaria ruziziensis e nas sub-parcelas doses de Trichoderma harzianum em diferentes épocas. CBI-057 Protocolo para obtenção de ascósporos viáveis e infectivos de Coccodiella miconiae, agente etiológico da pústula amarela em Miconia calvescens. Alves JL, Barreto RW. DFP-UFV, Viçosa,MG. E-mail [email protected]. A protocol for obtaining viable and infective ascospores of Coccodiella miconiae, the etiological agent of yellow-pustule disease of Miconia calvescens. Miconia calvescens, melastomatácea arbórea, nativa da América Tropical, tornou invasora em ilhas do Pacífico após sua introdução como ornamental. Coccodiella miconiae tem sido estudado como potencial agente de controle biológico clássico. Embora no Brasil este fungo ocorra ao longo do ano no campo, sua manipulação sob condições controladas se mostrou muito difícil. Produz ascósporos dentro de peritécios imersos em estromas e os ascósporos obtidos para uso em inoculações e demais estudos eram incapazes de germinar ou infectar M. calvescens. Como resultado de um longo estudo, envolvendo numerosos ensaios, concluiu-se que, não há um mecanismo de dormência ou um fator endógeno ou exógeno que iniba a germinação. A inibição de germinação parece ter relação com substâncias presentes no estroma. Para a obtenção de inóculo infectivo em abundância deve-se: 1- colher folhas frescas infectadas com o fungo; 2- selecionar e retirar estromas sadios do fungo; 3- obter ascósporos por suspensão de estromas em água em agitação; 4- para observações in vitro incubar os ascósporos obtidos após a ejeção a 25ºC sob fotoperíodo de 12hs, para observações in vivo inocular plantas-teste imediatamente. Agora há razões para otimismo no uso deste fitopatógeno no biocontrole de M. calvescens. Apoio Financeiro: FAPEMIG. S 145 XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia CBI-058 Compatibilidade in vitro de Trichoderma harzianum a fungicidas utilizados na cultura do feijoeiro. Silva WF, Machado JRA; Caixeta CF, Silva CC. Laboratório de Fitopatologia, UNIPAM, Patos de Minas, MG, Brasil. E–mail: ���������������������������������� [email protected]. Compatibility in vitro, Trichoderma harzianum fungicides used in the cultivation bean. Produtos fitossanitários usados em conjunto com biocontroladores, pode ser uma alternativa econômica e eficiente no desenvolvimento de uma agricultura sustentável, no entanto alguns produtos podem interferir no crescimento vegetativo dos fungos antagonistas. O presente trabalho tem como objetivo avaliar a compatibilidade do fungo Trichoderma harzianum in vitro aos fungicidas procimidone, tiofanato metílico e carboxin - thiran. O delineamento foi inteiramente casualizado com 4 tratamentos e 5 repetições cada. Foi adicionado uma alíquota de 1,0mL de cada suspensão dos fungicidas na máxima dosagem recomenda pelo fabricante, dobro e triplo desta dose, para 100 mL de meio de cultura fundente (BDA), as quais forma inoculados discos de 8mm contendo o fungo antagonista. Os tratamentos foram mantidos na BOD a 25ºC e fotoperiodo de 12 horas. As avaliações do crescimento micelial foram realizadas a cada 48 horas, até a estabilização do crescimento do inóculo. Os dados foram submetidos à análise variância e as médias comparadas pelo Teste Scott-Knott. De modo geral, os fungicidas procimidone e carboxin – thiran afetaram o crescimento do fungo Trichoderma harzianum, mas não impediu o seu desenvolvimento e possivelmente não afetará sua atuação no biocontrole. O tiofanato metílico impediu o crescimento micelial do fungo Trichoderma harzianum comprometendo a sua atuação. CBI-060 Tratamento biológico de sementes de algodão contaminadas por Colletotrichum gossypii var. cephalosporioides no manejo do tombamento. Santos Neto H, Souza RM, Ferro HM, Medeiros FHV, Pomella AWV, Machado JC, Zanotto E, Dornelas GA. UFLA, DFP, Lavras, MG, Sementes Farroupilha, Patos de Minas, MG. E-mail: �������������������������������������������������������� [email protected]. Biological cotton seed treatment to manage seedborne Colletotrichum gossypii var. cephalosporioides mediated damping-off. Colletotrichum gossypii var. cephalosporioides (Cgc), agente etiológico do tombamento e ramulose, têm a semente como a mais importante fonte de inóculo primário. Portanto, o objetivo desse trabalho foi testar isolados de Bacillus spp., pré-selecionados para o controle de doenças do algodoeiro e promoção de crescimento, no tratamento biológico de sementes contaminadas com Cgc. Suspensões de Bacillus spp., na concentração de 108 ufc/mL foram usadas para o tratamento de sementes inoculadas com Cgc e as plântulas avaliadas quanto à severidade da doença aos 6, 9 e 12 dias após o plantio. Foram observados três grupos de significância. No primeiro, Bacillus subtilis UFLA285 e B. subtilis ALB629 reduziram a área abaixo da curva de progresso da doença (AACPD) em 30 e 29% em relação à testemunha e no segundo grupo de 13 a 7,5%. O isolado Bacillus sp. UFLA29, terceiro grupo, não diferiu da testemunha. Portanto, isolados de Bacillus spp. representam uma alternativa para o tratamento de sementes de algodão visando ao controle de tombamento e ramulose. Apoio financeiro: CNPq, FAPEMIG. CBI-059 Utilização de Trichoderma sp. na produção de mudas de café. Gomes CS, Silva WF, Machado JRA. Laboratório de Fitopatologia, UNIPAM, Patos de Minas, MG, Brasil. ������������������������ E–mail: cleberagronomia@ yahoo.com.br. Use of Trichoderma in production of coffee seedlings. CBI-061 Controle integrado de Penicillium digitatum por meio de agentes de biocontrole e fungicidas, na prevenção de frutos cítricos. Moretto C, Cervantes ALL, Perassoli GMC, Convento BB, Filho AB, Kupper KC. Instituto Biológico São Paulo, SP, Brasil. �������� E-mail: [email protected]. O presente trabalho tem como objetivo avaliar o desenvolvimento da planta, quanto ao crescimento radicular, foliar, produção de massa seca e ocorrência de doenças. Utilizou-se 50 mudas de café Coffea arabica variedade Catuaí vermelho, submetidas os tratamentos com suspensão de Trichoderma sp. o delineamento foi inteiramente casualizado com 5 tratamentos onde (T1) testemunha; (T2) utilização de 1 L/haˉ ¹ de Trichoderma + 0,28 ml de ácido pirolenhoso; (T3) utilização de 1, 250 L/haˉ ¹ de Trichoderma + 0,35 ml de ácido pirolenhoso; (T4) utilização de 1, 5 L/haˉ ¹ de Trichoderma + 0,42 ml de ácido pirolenhoso; (T5) utilização de 1,750 L/haˉ ¹ de Trichoderma + 0,50 ml de ácido pirolenhoso; em 10 repetições cada. Os dados foram submetidos à análise variância e as médias comparadas pelo Teste Scott-Knott a 5%. Com relação à incidência de doenças o experimento, demonstrou a ausência de qualquer patógeno. As sementes submetidas aos diversos tratamentos não tiveram o mesmo desempenho nos testes de comprimento da parte aérea e raiz e nos testes de massa seca. Não foi observado efeito significativo nestas variáveis nos seguintes tratamentos: T2, T3, T4. Mas, em comparação ao tratamento T1 (testemunha) com relação ao tratamento T5 observou-se um efeito significativo nestas variáveis com relação ao desempenho do Trichoderma, pois nestas plantas observou-se uma considerável promoção do crescimento e vigor das plantas submetidas ao tratamento com esse fungo. As doenças de pós-colheita ocasionam perdas com significativos impactos econômicos, principalmente, em países em desenvolvimento. Dentre tais doenças, o bolor verde causado por P. digitatum é uma das mais importantes. O objetivo deste trabalho foi utilizar agentes de biocontrole, associados ou não ao fungicida de modo preventivo, visando reduzir ou isentar o uso de produtos químicos. Para o desenvolvimento deste trabalho foram testados isolados de Bacillus subtilis (ACBs 69 e 84) e isolados de Saccharomyces cerevisiae (CR-1 e K-1). Frutos de lima ácida ‘Tahiti’ foram lavados, esterilizados, feridos e inoculados com suspensões de P. digitatum (105 esporos/mL) 24 horas após os tratamentos. Suspensões dos antagonistas (108 ufc/mL) foram aplicadas separadamente ou, em mistura, com o fungicida imazalil nas respectivas doses: 0,2; 0,1 e 0,05% (v/v). As testemunhas corresponderam aos frutos: inoculados e tratados com fungicida (0,2%); inoculados e tratados com água e frutos sem inoculação e sem tratamentos. O armazenamento dos frutos foi em ambiente a 25°C e 75% UR. Utilizou-se um delineamento inteiramente casualizado com três repetições, sendo que, casa repetição continha 15 frutos. Os resultados demonstraram que o isolado K-1 apresentou 73,33% de frutos sadios e, este associado ao imazalil nas doses 0,05 e 0,1% apresentando respectivamente 84,46 e 88,93% de frutos sadios. Apoio: FAPESP S 146 Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008 XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia CBI-062 Antagonismo de Trichoderma harzinaum no crescimento micelial de Macrophomina phaseolina. Barbosa KAG, Corradini HT. Instituto Luterano de Ensino Superior de Itumbiara, GO. �� Email: [email protected] Antagonism of Trichoderma harzianum on the micelial growth the Macrophomina phaseolina. O controle de Macrophomina phaseolina é dificultado devido à capacidade de formação de estruturas de resistência. O gênero Trichoderma é uma alternativa para o controle por parasitar estruturas de resistência. Assim, o trabalho tem o objetivo avaliar o melhor momento para a inoculação de T. harzianum na redução do crescimento micelial de M. phaseolina. Para esta avaliação, utilizouse o cultivo pareado, com a inoculação em meio BDA, de discos de micélio de 6mm de diâmetro de T. harzianum e M. phaseolina em lados opostos e a 1 cm da borda da placa de Petri. Os discos do antagonista foram inoculados 24 horas antes, simultaneamente, 24 e 48 horas após a inoculação do patógeno e testemunha com inoculação somente do patógeno, em delineamento experimental inteiramente casualizado com 5 repetições. As avaliações constaram de medições do crescimento da colônia e a porcentagem de inibição foi determinada em relação à testemunha. O maior percentual de inibição do crescimento foi obtido com a inoculação de T. harzianum 24 horas antes e simultaneamente à inoculação de M. phaseolina, com 61,6 e 55,3%, respectivamente. CBI-064 Seletividade de fungicidas sobre o crescimento micelial e a conidiogênese de Trichoderma harzianum. Barbosa KAG1, Corradini HT1, Garcia RA2. 1Departamento de Fitopatologia, ILES/ ULBRA, Itumbiara, GO, Brasil. 2Universidade Federal de Goiânia, UFG, Goiânia, GO, Brasil E-mail: [email protected]. br. Selectivity of fungicides on Trichoderma harzianum micelial growth and conidiogens. No manejo integrado de doenças é interessante o uso de fungicidas seletivos aos microrganismos antagonistas. O objetivo do trabalho foi avaliar o crescimento micelial e a conidiogênese do antagonista Trichoderma harzianum na presença de fungicidas utilizados no controle fitossanitário. Os fungicidas avaliados foram: Carboxin+Thiram, Fludioxonil+Metalaxil–M, Thiofanato Methylico, Benomyl, Vinclozolin, Azoxistrobina+Ciproconazol, Tebuconazole e Thiofanato Methylico+Flutriafol, incorporados ao meio de cultura BDA estéril nas concentrações de 50 e 100ppm, e testemunha somente com meio BDA, em delineamento inteiramente casualizado com 4 repetições. Após a solidificação do meio de cultura um disco de 6 mm de diâmetro foi repicado para o centro das placas. As placas foram incubadas a 20 ± 2ºC e fotoperíodo de 12 horas. A avaliação da inibição do crescimento micelial foi realizada através da medição do diâmetro das colônias em sentidos diametralmente opostos e da conidiogênese, com a quantificação dos esporos em câmara de Neubauer, ao término das avaliações de inibição do crescimento micelial. A análise dos dados indicou que a menor inibição do crescimento micelial (16,53%) e da conidiogênese de Trichoderma harzianum foi obtida com Carboxin+Thiram na menor concentração. CBI-063 Efeito antagônico de Trichoderma harzianum no crescimento micelial de Sclerotium cepivorum. Barbosa KAG, Corradini HT, Pereira WJ. Departamento de Fitopatologia, ILES/ULBRA, Itumbiara, GO, Brasil. E-mail: ������������������������������������ [email protected]. Antagonistic effect of Trichoderma harzianum on Sclerotium cepivorum micelial growth. CBI-065 Redução da transmissão de Pyricularia oryzae de sementes para plântulas por bactérias biocontroladoras. Barboza LF, Ludwig J, Moura AB, Nunes CDM, Azambuja RHM. Departamento de Fitossanidade, UFPel, Pelotas, RS. E-mail: ����������������������� lilikagronomia@ yahoo.com.br. Reduction of the transmission seeds to seedlings of Pyricularia oryzae by biocontroller bacteria. Algumas espécies de Trichoderma têm sido estudadas quanto à capacidade competitiva com fungos fitopatogênicos. O trabalho objetivou avaliar o melhor momento para a inoculação de Trichoderma harzianum atuar sobre o crescimento micelial de Sclerotium cepivorum. Para isto, utilizou-se a metodologia do cultivo pareado, onde discos de BDA, de 6 mm de diâmetro, contendo micélio foram depositados a 1 cm da borda da placa de Petri em lados opostos. As placas foram incubadas em câmara de crescimento a 20 ± 2ºC e fotoperíodo de 12 horas. Avaliou-se a inoculação de T. harzianum 24 horas antes, simultaneamente, 24 e 48 horas após a inoculação do fitopatógeno. Placas contendo apenas o fitopatógeno foram utilizadas como testemunha. O delineamento utilizado foi o inteiramente casualizado, com 5 repetições. As avaliações constaram de medições do diâmetro das colônias, com inicio 48 horas após a inoculação de T. harzianum e perdurou até o momento em que o crescimento fúngico, no tratamento testemunha, atingiu a borda da placa. Os valores médios da porcentagem de inibição do crescimento micelial foram determinados em relação à testemunha. As maiores inibições foram obtidas quando T. harzianum foi inoculado 24 horas antes e, simultaneamente a inoculação de S. cepivorum, com 58,12 % e 48,23% de inibição do crescimento micelial, respectivamente. Avaliou-se o efeito das bactérias DFs185 (Pseudomonas sp.), DFs223 (P. amygdali), DFs306 (não identificado), DFs416 e DFs418 (Bacillus sp), pré-selecionadas para o biocontrole de doenças no arroz, sobre a transmissão de Pyricularia oryzae de sementes artificialmente inoculadas para plântulas por elas geradas. Sementes, cujas panículas foram inoculadas com P. oryzae por infiltração de suspensão de esporos, foram imersas em suspensão dessas bactérias, sendo a testemunha apenas em solução salina. Após agitadas por 30 minutos/10°C, as sementes foram depositadas em copos contendo vermiculita esterilizada. O ensaio foi conduzido em blocos casualizados com 4 repetições, constituídos de 25 copos acondicionados em caixas plásticas (câmara úmida). Após 21 dias de incubação a 25ºC, foi avaliada sintomatologia apresentada pelas plantas emergidas atribuindo-se notas de 0 a 4. As sementes não germinadas foram colocadas em câmara úmida para confirmar a presença do patógeno. Foi determinada a percentagem de germinação, massa radicular e aérea. Houve efeito positivo na transmissão, propiciada pelos isolados DFs185 e DFs418, reduzindo respectivamente 12 e 35% a incidência e 26 e 46% a severidade dos sintomas provocados, porém apenas o isolado DFs418 resultou em aumento da massa aérea. Nenhum tratamento aumentou a germinação ou massa radicular. Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008 S 147 XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia CBI-066 Efeito de Bacillus subtilis no crescimento micelial de Colletotrichum gloeosporioides. Gonçalves RM1,2, Meneguim L1,2, Marques-Marçal VV1,2, Leite JR RP1. 1Área de Proteção de Plantas, IAPAR, 2UEL, Londrina, PR, Brasil. E-mail: ��������������������������� [email protected]. Effect of Bacillus subtilis on micelial growth of Colletotrichum gloeosporioides Bacillus spp. vem sendo utilizado no manejo integrado de doenças fúngicas e bacterianas. Entretanto, poucas informações existem sobre a ação da bactéria contra o fungo Colletotrichum gloeosporioides, causador de doenças em diferentes culturas de importância econômica. Bacillus subtilis em associação com outros fungicidas tem demonstrado grande potencial na ação antagonista a vários microrganismos. Este estudo teve como objetivo, avaliar in vitro, o efeito fungitóxico do produto Serenade (Bacillus subtilis) como alternativa no controle de C. gloeosporioides. No experimento foi utilizado o isolado I-12 de C. gloeosporioides, obtido de cafeeiro. O produto comercial foi utilizado nas concentrações de 1%, 2% e 4%. Placas de Petri contendo o meio BDA foram divididas ao meio, onde metade recebeu o produto de forma estriada, enquanto a outra metade somente recebeu um disco do fungo. As placas foram mantidas em BOD, com fotoperíodo de 12 horas e temperatura de 23 °C por dez dias. Para avaliação, o diâmetro das colônias foi medido e comparado ao controle. Os resultados mostraram que houve inibição do crescimento micelial de 61,3%, 48,0% e 49,4% para as concentrações de 1%, 2% e 4%, respectivamente. Estes resultados confirmam a atividade do produto no controle do desenvolvimento do fungo C. gloeosporioides in vitro. CBI-067 Evaluation of plant growth-promoting of Trichoderma spp wild strains from Valle de Lerma (Salta, Argentina) on pepper’s seedling. Zapata SR, Cabrera RL, Vecchietti, NB. Fitopatología. Facultad Ciencias Naturales. Universidad Nacional de Salta. Argentina. ��������������������������������������������������� E-mail: [email protected]. Avaliação da promoção de crescimento de plântulas de pimentão por isolados silvestres de Trichoderma spp do Valle de Lerma (Salta, Argentina) Experiments were carried out in greenhouse, in order to evaluated effects of growth promoting of Trichoderma spp wild strains (isolated from Valle de Lerma, Salta, Argentina) on Fiuco pepper’s young plants. Fourteen treatments (TVL2, TVL3, TVL4, TVL5, TVL6, TVL7, TVL8, TVL9, TVL10,TVL11, TVL12, TVL13, TVL14, TVL15) and a Control without treatment, were probed in emergency, using 5 ml/plant suspension adjusted at 1x107 cfu/ ml and a control (application with sterile water) arranged in a completed randomized block design with three replications. Three different plant’s height were considering for blocking. A single young plant in a plot with soil sand was an experimental unit. At 15 days after inoculation fresh weight, root long and aerial plants long were evaluated using Duncan test. Results showed two wild strains (TVL8 y TVL2) were a growth promoting activity prominent. These results point out in Valle de Lerma soils reside several PGP Trichoderma’s wild strains. S 148 CBI-068 Antagonismo de Trichoderma spp. no controle de Sclerotium rolfsii, in vitro. Silva JG, Melo RP, Pessoa MNG, Lima IB, Rêgo FAO, Mendonça KS. Departamento de Fitotecnia, UFC, Fortaleza, CE, Brasil. E-mail: [email protected]. In vitro antagonism of Trichoderma spp. against Sclerotium rolfsii. Este trabalho teve por objetivo avaliar o efeito de 04 isolados de Trichoderma spp, obtidos de diferentes substratos sobre Sclerotium rolfsii. “in vitro”. O teste foi efetuado pelo método de culturas pareadas (Bell et al. 1982) e consistiu na utilização de discos de agar de 5 mm de diâmetro, removidos de colônias de Trichoderma spp. e do patógeno com 5 dias de idade, para placas de Petri contendo BDA e da antibiose através da produção de metabólitos voláteis. Nesse teste foi utilizado o método da placa sobreposta, adaptado de Mariano (1993), que consistiu na transferência de um disco de 5 mm de diâmetro contendo estruturas do patógeno e outro contendo estruturas do antagonista para o centro de placas de Petri separadas contendo BDA. Os ensaios foram conduzidos à temperatura ambiente (28 ± 2ºC) sob regime de luz alternada, em delineamento inteiramente casualizado com 5 repetições por tratamento. Os resultados demonstraram uma excelente capacidade competitiva dos isolados testados, ocasionando significativa inibição do patógeno quando comparados à testemunha pelo teste de Tukey a 5 % de probabilidade. Esta ação antagônica foi também demonstrada nos estudos para a produção e liberação de componentes de voláteis quando o antagonista foi cultivado 72 horas antes do patógeno. O resultado obtido para produção de metabólitos não voláteis por Trichoderma foi negativo, não diferindo da testemunha. CBI-069 Comunidade de leveduras do filoplano de lírio originário de produção convencional e integrada dos problemas fitossanitários. Machado MACF1, Bettiol W2. 1UFSCAR/Araras; 2 Embrapa Meio Ambiente, Jaguariúna, SP. ���������������������� E-mail: bettiol@cnpma. embrapa.br. Effect of conventional and integrated systems for the control of pests in the yeast phylloplane communities. Os problemas fitossanitários na cultura do lírio são limitantes para o seu cultivo exigindo alto uso de agrotóxicos. Para o controle integrado desses problemas há necessidade de realizar um redesenho do sistema de produção. No trabalho foi comparada a comunidade de leveduras, importantes agentes de biocontrole, do filoplano de lírios produzidos num sistema convencional com um integrado. No convencional as plantas foram tratadas com mistura de diversos agrotóxicos (confidor, vertimec, ridomil, captan, cercobim, persist, rovral, decis e folidol). No integrado foram tratadas com agentes de biocontrole (Trichoderma, Chlonostachys, Beauveria e Metharyzium) e biofertilizante, produzido com composto orgânico, melaço e húmus de minhoca. Discos (0,9cm) das faces adaxiais e abaxiais de folhas da variedade Orange Pixie dos dois sistemas, coletadas no estádio de comercialização, foram utilizados para determinar a comunidade de leveduras pelo método de queda de balistosporos em meio de extrato de malte. De cada planta foram coletadas 5 folhas do terço superior, médio e inferior. Nos discos das folhas de plantas do sistema convencional não foi detectada a presença de leveduras. Por outro lado, nas plantas do sistema integrado a comunidade de leveduras foi alta, sendo maior na face adaxial e no terço médio das plantas. Apoio: Fundag. Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008 XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia CBI-070 Atividade antifúngica de diferentes isolados bacterianos sobre Colletotrichum sp em pimenta vermelha. Zanatta ZGCN, Ueno B, Casagrande Júnior JG, Camargo RR. Embrapa ������������������������� Clima Temperado, Pelotas, RS. E-mail: [email protected]. Biocontrol activity of several bacteria isolated from soil in the control of Colletotrichum sp from pimento. CBI-072 Atividade antagônica de isolados selvagens e mutantes de P. anomala contra B. cinerea inoculado em frutos de maçãs. Pessoa MNG. 1Lab. de Micologia, CCA/ UFC, Fortaleza, CE, Brasil. E-mail: ������������������������������������������������������� [email protected]. Antagonistic activity of wild and mutants stumps of P. anomala against B. cinerea inoculated on apple fruits. A antracnose é a doença que causa o maior dano em plantas do gênero Capsicum no Brasil, podendo causar perdas de até 100%. Visando selecionar o biocontrole de Colletotrichum sp. foram testados 28 isolados bacterianos provenientes do solo, pertencentes à coleção da Embrapa Clima Temperado. Inicialmente cada isolado foi semeado em placa de Petri de forma puntiforme, com três repetições.O confronto foi realizado pela transferência de disco contendo estruturas de micélio do fungo individualmente para o centro da placa, e incubadas a 25°C, observando-se o crescimento de cada fungo. Sementes de pimentas foram microbiolizadas com cada isolado (OD540= 0,5), semeadas e transplantadas 40 dias após a germinação para sacos contendo solo sendo realizadas duas borrifadas (uma semana após do transplante e na floração) com suspensões bacterianas em toda a planta. A testemunha foi borrifada com água. A inoculação nos frutos foi realizada por ferimentos depositando-se 10μl de uma suspensão com 1x106ml/ esporos. As avaliações foram realizadas pelo crescimento da lesão e percentagem da esporulação (100; 50 e 10 %) nos frutos. Os resultados in vitro mostraram que os isolados 1126; 503; 5100; 1110 e 1020 inibiram o crescimento micelial do fungo. Verificou-se que o isolado 1020 inibiu 50% da esporulação em relação à testemunha, entretanto não houve efeito destes isolados no crescimento da lesão nos frutos. A avaliação antagônica de cepas selvagens (K, KH6) simples mutantes (KE1, KE2, A4-1 e B1-2) e duplo mutante (KE1E2) de Pichia anomala contra B. cinerea foi realizada em maçãs ‘Golden Delicious’, conservadas a 4 °C e 25 °C. Os frutos tratados com 50 µL de suspensões dos antagonistas em diferentes concentrações 24 h antes da inoculação do patógeno foram incubados a 25 °C no escuro durante seis dias. Os resultados obtidos, expressos em percentagem em relação à testemunha, indicam que a eficiência de controle variou segundo os isolados e concentrações utilizadas e com o estado de maturação dos frutos. Para frutos conservados a 4°C obteve-se maior eficiência das cepas selvagens K e KH6 cuja inibição foi superior à testemunha e a obtida para a maioria das cepas mutantes em todas as concentrações testadas. O comportamento dos transformantes variou com as concentrações, sendo o menor controle obtido por KE1E2, KE1, KE2 e B1-2 com 2.104 UFC/ mL, cujas médias não diferiram entre si e da testemunha. Nas concentrações de 1.106 e 2.105 UFC/mL não se observou diferenças significativas entre as cepas mutantes que, embora superiores à testemunha, foram menos efetivas que K e/ou KH6. As médias obtidas na concentração de 2.106 UFC/ml também comprovaram menor antagonismo para A4-1, B1-2, KE1 e KE2, com percentuais inferiores aos da cepa K, embora os três últimos não tenham diferido de KH6 e KE1E2 nesta concentração. CBI-071 Efeito de bactérias selecionadas para o controle de Bipolaris oryzae sobre a eclosão e mortalidade de juvenis de segundo estádio de Meloidogyne graminicola. Ludwig J, Moura AB, Gomes CB, Somavilla L. Departamento de Fitossanidade, UFPel, Pelotas, RS, Brasil. ��������������������������������������������� E-mail: [email protected]. Effect of pre selected bacteria for Bipolaris oryzae control on the hatching and mortality of second stage juveniles of Meloidogyne graminicola. CBI-073 Avaliação de isolados de Trichoderma sp. e Clonostachys rosea selecionados para o controle biológico do mofo-branco como agentes promotores de crescimento em feijoeiro. ����������� Santos ER, Morandi MAB, Costa LB. EMBRAPA Meio Ambiente, Jaguariúna, SP, Brasil. E-mail: [email protected]. Evaluation of Trichoderma sp. and Clonostachys rosea isolates as plant growth promoters in beans. Suspensões bacterianas de cada um dos biocontroladores DFs185 (Pseudomonas synxatha), DFs223 (P. fluorescens), DFs306 (não identificado), DFs416, DFs418 DFs419 e DFs422 (Bacillus sp.) e DFs471 (Stenotrophomonas maltophilia), previamente preparadas, foram depositadas em cada orifício de placas de microtitulação, colocando-se 50µL de cada suspensão + 60 J2 ou 50 ovos de M. graminicola + 50µL de água. Como testemunha utilizou-se 50µL de solução salina + 60 J2 ou 50 ovos + 50µL de água. A avaliação da mortalidade de J2 foi realizada após 24 e 48 horas. A contagem do número de ovos eclodidos e o cálculo da área abaixo da curva de progresso da eclosão (AACPE) foram realizados com intervalo de 4 dias, até o 16º dia. Foram utilizadas 4 repetições de cada tratamento e os dados submetidos ao teste Duncan 5%. Observou-se que todos os isolados aumentaram a mortalidade dos J2 e reduziram a eclosão e a AACPE de M. graminicola. Maior impacto sobre a mortalidade do nematóide foi proporcionada pelo isolado DFs416 chegando a 53% em relação à testemunha. A maior inibição da eclosão dos J2 ao 16ºdia ocorreu com o isolado DFs418, no entanto, o maior impacto sobre o progresso da AACPE foi promovido pelos isolados DFs185, DFs223, DFs306. Apoio financeiro CNPq. T���������������� rês isolados de Trichoderma sp. (LQC 88, 96, 92) e um isolado de Clonostachys rosea (LQC 62) selecionados para o controle biológico do mofo-branco, além do formulado comercial Trichodermil®, foram testados como promotores de crescimento do feijoeiro. Os tratamentos foram aplicados via: solo (107 conídios/ mL, volume de 300L/ha), semente (1mL/100g de sementes) ou ambas as vias (solo+semente). Para Trichodermil utilizou-se a dose recomendada. Na testemunha foi aplicado água destilada estéril. Após os tratamentos, o solo foi transferido para vasos plásticos de 2,5L de capacidade mantidos em casa de vegetação. Foram semeadas três sementes da cv. Talismã por vaso. Foram avaliados após 20 dias da emergência: o índice de velocidade de emergência (IVE); comprimento, peso fresco e seco das raízes e parte aérea e número de nódulos por planta. Nenhum dos isolados aumentou o IVE. O isolado LQC88 promoveu ligeiro aumento no crescimento da parte aérea da planta. Não houve diferença entre os isolados quanto ao peso fresco e seco. O isolado LQC96 reduziu a nodulação das plantas. Apesar de eficientes no controle do mofobranco, os isolados avaliados não são promotores de crescimento em plantas de feijoeiro. Apoio: FAPESP Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008 S 149 XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia CQI-001 Desempenho de fungicidas no controle da ferrugem da folha do trigo. Moreira EN, Reis EM. Universidade de Passo Fundo, Passo Fundo, RS, Brasil. E-mail: ��������������������������������������������� [email protected]. Performance of fungicides in the control of the leaf rust in wheat. A eficiência de controle dos fungicidas pode ser influenciada pelo momento da aplicação, pelo fungicida e dose utilizada. O objetivo do trabalho foi avaliar o desempenho de fungicidas no controle da ferrugem da folha do trigo na cultivar Ônix. O experimento foi conduzido na área experimental da Universidade de Passo Fundo, na safra 2007. Emprego-se o delineamento experimental de blocos ao acaso, com 6 tratamentos e três repetições. As parcelas constaram de 2,60 m por 7,0 m comprimento. Foram testados os fungicidas, tebuconazole (15 g i.a.ha-1), tebuconazole (20), tebu conazole+azoxistrobina (12+50), trifloxistrobina+tebuconazole (60+12) e piraclostrobina+epoxiconazole (67+25) comparados com a testemunha. Foram realizados três aplicações, sendo a primeira realizada no final do perfilhamento e as demais realizadas com intervalo de 21 dias. Utilizou-se um pulverizador costal de precisão e pressão constante gerada por gás CO2, pontas do tipo DG 11002, espaçadas de 50 cm. Aplicou-se o volume de calda de 150 L.ha-1. Foram realizadas quatro avaliações de incidência e severidade. As variáveis analisadas foram à eficiência de controle dos fungicidas, rendimento de grãos e peso de mil grãos. Os fungicidas testados reduziram significativamente a intensidade da ferrugem, obtendose controle médio de 49% na incidência, 86,1% na severidade. As misturas foram superiores aos triazóis, e quando se compara as misturas, o fungicida trifloxistrobina + tebuconazole proporcionou menor eficiência de controle. CQI-002 Danos causados pela infecção de oídio em soja, em condições de ambiente protegido. Igarashi S, Oliveira GM, Camargo LCM, Falkoski Filho J, Gardiano CG, Balan MG. Departamento de Agronomia – Área Fitossanidade/Fitopatologia, UEL, Londrina, PR, Brasil. �������������������������������������������� E-mail: [email protected]. Damages caused by infection of powdery mildews in soybean yield under greenhouse conditions. Ainda não há estudos precisos que quantifiquem os prejuízos decorrentes de oídio e de outras doenças foliares, para a maioria das culturas de importância econômica no Brasil. O objetivo foi quantificar as perdas causadas por oídio infectando a cultura da soja em diferentes estádios fenológicos e relacioná-las ao final do desenvolvimento da cultura. O experimento foi desenvolvido em ambiente protegido, e os tratamentos foram: testemunha controlada, testemunha sem controle, infecção iniciada em R1 – R2, infecção iniciada em R3 – R4, infecção iniciada em R5.1 – R5.2 e infecção iniciada em R5.3 – R5.4. A avaliação foi feita semanalmente, considerando a porcentagem da área foliar infectada. Os resultados mostraram que, no tratamento em que houve infecções iniciadas em R1-R2 e R3-R4, a porcentagem de área foliar afetada foi maior (41% e 38%), em conseqüência menor produtividade (20 e 22 sc ha-1), respectivamente. No tratamento em que a infecção ocorreu em R5.3 – R5.4, houve uma menor média de área foliar afetada pela doença (24%) e a produtividade teve queda de 26%. Esses resultados confrontam com recomendações para o controle de oídio na cultura da soja, pois se observou que, ao aplicar o fungicida com 40% a 50% de área foliar afetada, a perda na produtividade pode chegar a quase 50%. S 150 CQI-003 Efeito da aplicação preventiva de fungicidas para controle de Dreschlera oryzae em arroz irrigado. Lenz G1, Costa ID1, Karkow D1, Zambon S2, Belani RB2. 1Depto. de Defesa Fitossanitária, UFSM, Santa Maria, RS. 2 BASF S.A São Paulo-SP.E-mail: [email protected]. Effect of preventive fungicide application to control Dreschlera oryzae on rice. O objetivo deste experimento foi avaliar a severidade de Dreschlera oryzae e o rendimento da cultura do arroz irrigado, com aplicação de diferentes fungicidas, com os seguintes ingredientes ativos e doses do produto comercial: T1- BRIO (500) (Cresoxim metílico + Epoxiconazole 125+125 g. ia/L); T2- BRIO (750); T3- BRIO (750 aplicação no emborrachamento e floração); T4- Trifloxistrobina + Propiconazole (600) + Óleo Mineral (250); T5- Tebuconazole (750); T6- Testemunha; o delineamento experimental utilizado foi de blocos ao acaso com quatro repetições. A aplicação foi realizada no estágio de emborrachamento, com exceção de T3 e a avaliação de severidade de Dreschlera oryzae foi realizada 14 dias após a aplicação e o rendimento, na colheita. Os resultados mostraram que o melhor tratamento foi T3, seguido de T2, T4, T1 e T5 respectivamente e que não diferiram entre si tanto para a variável produtividade como para severidade de doença que variou entre 0,93% no T3 e 2,77% na testemunha. O pior tratamento foi a testemunha sendo que T3 teve um incremento de rendimento de 45,34% em relação a esta. Os dados obtidos mostram o promissor potencial de controle de doenças com o fungicida BRIO, visto que este teve melhor desempenho em todas as variáveis testadas. CQI-004 Potencial fungicida de novo organoestânico derivado do pirimidiltiometano. Silva Jr. GJ, Dhingra OD, Maia JRS. Departamento de Fitopatologia, UFV, Viçosa, MG, Brasil. [email protected]������������������������������������������ . Fungicidal potential of a new organotin derived from pyrimidyltiomethane. Os organoestânicos, acetato e hidróxido de trifenilestanho, comercializados como fungicidas são altamente reativos. Objetivou-se avaliar o potencial fungicida de um novo composto organoestânico sintetizado, derivado do pirimidiltiometano sobre germinação de conídios in vitro e em tecido foliar de diferentes espécies fúngicas. A germinação de conídios in vitro foi realizada em meio de cultura com o composto nas concentrações de 0 a 6 µg.mL-1, e 100µL de suspensão de conídios (106 conídios/mL) de Pyricularia grisea, Bipolaris sorokiniana, Alternaria solani e A. brassicicola, Colletotrichum gloeosporioides e C. musae, Fusarium graminearum e F. semitectum e Aspergillus flavus e A. niger foram espalhadas separadamente sobre o meio. A germinação em tecido foliar foi avaliada para A. solani em folíolos de tomate, A. brassicicola em folhas de couve e B. sorokiniana em folhas de trigo. O composto nas concentrações de 0 a 60 µg.mL-1 foi pulverizado e após uma hora, gotas da suspensão de conídios foram depositadas nos respectivos tecidos vegetais. Os experimentos foram realizados com três repetições. Após 48 horas, avaliou-se a germinação dos conídios e estimou-se a CE50. No teste in vitro, as CE50 variaram de <0,1 a 2,6 µg.mL-1. Em tecidos foliares, as CE50 variaram de 14,8 a 23,2 µg.mL-1. O novo composto organoestânico se mostrou promissor e tem potencial para ser desenvolvido como fungicida. Apoio: CAPES e CNPq. Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008 XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia CQI-005 Potencial fungicida de novo organoestânico derivado do pirimidiltioetano. Silva Jr. GJ, Dhingra OD, Maia JRS. Departamento de Fitopatologia, UFV, Viçosa, MG, Brasil. [email protected]������������������������������������������ . Fungicidal potential of a new organotin derived from pyrimidyltioethane. Os fungicidas organoestânicos comercializados são altamente reativos, portanto a síntese de novos compostos a base de estanho tem sido estudada. Objetivou-se avaliar o potencial fungicida do novo organoestânico sintetizado na UFV, derivado do pirimidiltioetano sobre germinação de conídios de diferentes espécies fúngicas in vitro e in vivo. A germinação in vitro foi realizada em meio de cultura com o composto nas concentrações de 0 a 6 µg.mL-1. Aliquotas de 100µL de suspensão de conídios (106 conídios/mL) de Pyricularia grisea, Bipolaris sorokiniana, Alternaria solani e A. brassicicola, Colletotrichum gloeosporioides e C. musae, Fusarium graminearum e F. semitectum e Aspergillus flavus e A. niger foram distribuídas sobre o meio. A germinação in vivo foi realizada para A. solani, A. brassicicola e B. sorokiniana em folhas/folíolos de tomate, couve e trigo, respectivamente. O composto nas concentrações de 0 a 60 µg.mL-1 foi pulverizado e após uma hora, gotas de suspensão de conídios foram depositadas nos respectivos tecidos vegetais. Os experimentos foram realizados com três repetições. Após 48 horas, avaliou-se a germinação dos conídios e estimou-se a CE50. No teste in vitro, as CE50 variaram de <0,1 a 3,4 µg.mL-1. Em tecidos foliares, as CE50 variaram de 19 a 25 µg.mL-1. O novo organostânicos mostrou-se promissor para ser desenvolvido como fungicida. Apoio: CAPES/CNPq. CQI-006 Produtividade de diferentes cultivares de soja sob a influência de dois fungicidas no controle de ferrugem asiática. Versari AC, Dias-Arieira CR, Piccinin GG. ������������������������� UEM-Umuarama, PR. Email: [email protected]. Productivity of different soybean cultivars under influence of two fungicides in Asiatic rust control. A maioria das cultivares de soja existente no mercado comporta-se como hospedeiras de Phakopsora packyrhizi. Porém, o rendimento dos genótipos pode variar frente aos fitopatógenos. Assim, objetivouse avaliar a produtividade de quatro cultivares de soja naturalmente infectadas com P. packyrhizi e tratadas com dois fungicidas. As cultivares de soja, Coodetec 215, NK 3363, Embrapa 48 e 217 RR, foram semeadas em outubro/2007, no município de Ivatuba, PR, em parcelas de 11,25 m2. Quando surgiu o primeiro foco da doença, dezembro de 2007, realizaram-se os tratamentos com os fungicidas Azoxistrobina + Ciproconazole (60+24 g i.a./ha) e Piraclostrobina + Epoxiconazole (66,5+25 g i.a./ha). Durante a colheita amostrouse, em cada parcela, 4 m de soja, para o cálculo da produtividade. As médias foram comparadas pelo teste Duncan 5% de probabilidade. Observou-se que após a aplicação de ambos fungicidas não houve reincidência da doença. Maiores produtividades foram observadas para NK 3363, independente do fungicida. Para as demais cultivares, os tratamentos com Piraclostrobina + Epoxiconazole possibilitaram maior rendimento da cultura, o que pode ser conferido ao efeito fitotônico do produto. Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008 CQI-007 Relação das doses de calda bordalesa e fosfito potássico na intensidade do míldio da videira cv. Goethe. Peruch LAM, Bruna ED. EPAGRI - Estação Experimental de Urussanga, Rod. SC 446KM 16, Urussanga, SC, Brasil. E-mail: [email protected]. br. ���������������������������������������������������������� Relation between doses of Bordeaux mixture and phosphites potassium on the intensity of Downy Mildew on grape cv. ������� Goethe. O míldio da videira é a principal doença de parte aérea da cultura no Litoral Catarinense. O objetivo deste trabalho foi avaliar a influência de doses da calda bordalesa e do fosfito potássico no controle do míldio e na produtividade da videira cv. Goethe. Foram testadas as concentrações de 0,0; 0,1; 0,2; 0,4 e 0,8% dos produtos em um esquema fatorial de blocos ao acaso com três repetições. Diferenças para área abaixo da curva de progresso da doença (AACPD) e porcentagem de cachos doentes (PCD) foram verificadas para as doses dos produtos. Por outro lado, não houve diferenças na comparação da calda bordalesa com fosfito, nem para as interações entre doses e tratamentos. Doses de 0,4% de calda bordalesa e 0,3% de fosfito controlaram a doença, pois reduziram em 98 e 94% a AACPD, bem como diminuíram em 46 e 76% a incidência nos cachos, respectivamente. Sintomas de fitotoxidez nas plantas foram observados nas doses de 0,8% de calda bordalesa e 0,4% de fosfito. Não foram verificadas diferenças de produtividade para nenhum dos fatores estudados. A calda bordalesa na dose de 0,4% e o fosfito potássico a 0,3% proporcionaram controle adequado do míldio na cv. Goethe. CQI-008 Impacto do tratamento de inverno na incidência da podridão ´olho de boi´ de maçãs. Spolti P, Valdebenito-Sanhueza RM, Del Ponte EM. Departamento de Fitossanidade, Agronomia UFRGS, POA, Brasil. ����������������������������������������������������� E-mail: [email protected]. The impact of winter sprays on the incidence of apple bull’s eye rot Dentre as podridões que afetam a produção de maçãs no sul do Brasil, tem-se destacado a podridão ‘olho de boi’ (POB). O objetivo do trabalho foi verificar a eficiência de tratamentos de inverno no controle da POB. Macieiras cv. Pink Lady® foram pulverizadas 20 dias antes da quebra de dormência (ciclo 2006/2007) com os seguintes fungicidas (concentração): a) Calda sulfocálcica (3,0%); b) Oxicloreto de cobre (0,5%); c) Hidróxido de cobre (0,3%); d) Óxido cuproso (0,3%); e) Testemunha. Os tratamentos fungicidas feitos até a colheita seguiram as normas da Produção Integrada de Maçãs. O experimento foi conduzido em blocos casualizados com três repetições compostas por cinco plantas cada, sendo que as três plantas centrais constituíram a parcela útil. As avaliações da incidência de frutos com sintomas de POB foram feitas: em todos os frutos do chão posicionados na área de projeção da copa; em uma amostra de 120 frutos colhidos nas plantas da parcela, armazenando os frutos assintomáticos em câmara fria por três meses para posterior avaliação; e em outros 30 frutos para a determinação de infecções latentes. As incidências médias foram comparadas por modelo linear misto considerando a DMS (P<0,05). Não houve diferença entre os tratamentos “b, c e d” em relação à testemunha na perda total por POB, entretanto o uso de calda sulfocálcica reduziu-a em 50%. Apoio financeiro: CAPES, CNPq, CNPUV. S 151 XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia CQI-009 Sensibilidade de Alternaria solani aos fungicidas mancozeb e tebuconazole. Santana CP, Lourenço Jr V, Maffia LA, Mizubuti ESG. Departamento de Fitopatologia, UFV, Viçosa, MG, Brasil. Email: [email protected]. Sensitivity of Alternaria solani to the fungicides mancozeb and tebuconazole. CQI-011 Sensibilidade de isolados de Alternaria solani ao fungicida clorotalonil. Cardoso CR, Lourenço Jr V, Lima AS, Maffia LA, Mizubuti ESG. Departamento de Fitopatologia, UFV, Viçosa, MG, Brasil. E-mail: [email protected]. Sensitivity of Alternaria solani to chlorothalonil. A pinta preta do tomateiro e batateira é doença destrutiva, causada pelo fungo A. solani e o controle é baseado na aplicação de fungicidas. Isolados do patógeno, obtidos de batateira e tomateiro, foram coletados em diferentes regiões do Brasil. Avaliou-se a sensibilidade de 30 e 50 isolados aos fungicidas mancozeb e tebuconazole, respectivamente, considerando a inibição do crescimento micelial em relação à testemunha. Discos de 5 mm de diâmetro foram transferidos para BDA contendo 25; 50; 100 e 1000 μg/ml de mancozeb diluído em água e 0,001; 0,01; 0,1; 1 e 10 μg/ml de tebuconazole diluído em etanol a 0,1%. As testemunhas nos testes de mancozeb e tebuconazole foram BDA e BDA+0,1% etanol, respectivamente. A DE50 foi estimada por meio de regressão linear dos dados de inibição pelo log das concentrações. Para mancozeb, 95% dos isolados tiveram valores de DE 50 entre 1 e 25 μg/ml, sendo que desses isolados, 40% são de tomateiro e 60% de batateira. Houve maior variação quanto à sensibilidade a tebuconazole. Entre os isolados de tomateiro, 31% tiveram valores de DE50 na classe <1, 38% na classe entre 1 e 10, e 31% na classe >10 μg/ml. Entre os isolados de batateira, 41% tiveram valores de DE50 na classe <1, 23% na classe entre 1 e 10, e 36% na classe >10 μg/ml. Há evidências de isolados insensíveis a tebuconazole na população de A. solani no Brasil. Apoio Financeiro: FAPEMIG. Avaliou-se a sensibilidade de isolados de A. solani obtidos de batateira e tomateiro, de diferentes regiões, ao fungicida clorotalonil. Estimou-se a inibição do crescimento micelial em meio BDA com 25, 50, 100 e 1000 mg de clorotalonil diluído em dimetilsulfóxido (DMSO)/l de meio. A testemunha foi BDA + DMSO. Dos 110 isolados avaliados, 65 (33 de tomateiro e 32 batateira) apresentaram resultados consistentes. Determinou-se a DE50 por meio da regressão linear entre os valores de inibição do crescimento micelial em relação à testemunha e o log(concentração de fungicidas). Os valores de DE50 variaram de 1,84 a 1357,5 mg/ l. A faixa de DE50 de maior freqüência foi a de 101 a 500 mg/L. Quanto aos hospedeiros de origem, a DE50 para 56,3% dos isolados de batateira foi estimada entre 101 e 500 mg/L. Para 8 isolados, a DE50 foi maior que 501 mg/L. Para 39,4% dos isolados de tomateiro a DE50 estimada foi entre 101 e 500 mg/L e para 6 isolados a DE50 foi maior que 501mg/L. Não há relatos de resistência de campo em A. solani a clorotalonil. No entanto, verificou-se haver isolados capazes de crescer em elevadas concentrações desse fungicida em testes in vitro. Apoio Financeiro: CNPq, FAPEMIG. CQI-010 Eficácia e seletividade dos fungicidas epoxiconazol e metconazol no controle da ferrugem asiática da soja. Walker R, Campos HD, Silva LHCP, Silva JRC. FESURV – Universidade de Rio Verde, Faculdade de Agronomia, Rio Verde, GO. �� Email: [email protected]. Efficacy and selectivity of epoxyconazole and metconazole in the Asiatic soybean rust control. Com o objetivo de avaliar a eficácia e seletividade de epoxiconazol e metconazol, aplicados de forma curativa, realizou-se um experimento no município de Montividiu, GO. Os fungicidas epoxiconazol + piraclostrobina, tebuconazol e flutriafol foram utilizados como padrões. O delineamento experimental foi de blocos ao acaso em quatro repetições. Avaliou-se a severidade da doença, desfolha, seletividade, número de vagens por planta, peso de mil grãos e produtividade. Todos os tratamentos independente das doses ou intervalo de aplicação foram eficazes em conter o progresso da doença em relação à testemunha. A severidade no terço inferior das plantas testemunha atingiu 86,87% e nos tratamentos contendo fungicida esta variou de 51,62% (3 aplicações de epoxiconazol na dose de 25 g i.a/ha ) a 2,88% ( 3 aplicações de metconazol na dose de 54 g i.a./ha ). Para produtividade, todos os tratamentos diferiram estatisticamente da testemunha (1.091,46 Kg/ ha). Entre os fungicidas a produtividade variou de 3.104,65Kg/ha (epoxiconazol + piraclostrobina) a 1.787,01 Kg/ha (epoxiconazol na dose de 25 gi.a./ha). Houve efeito de dose para produtividade entre os tratamentos contendo epoxiconazol. Sintomas leves de fitotoxidez foram observados nos tratamentos contendo metconazol e tebuconazol, independente da dose testada. S 152 CQI-012 Dinâmica de depósitos de fungicidas usados no controle da requeima da batateira e do tomateiro. Duarte AR, Maffia LA, Silva DD, Mizubuti ESG. Departamento de Fitopatologia, UFV, Viçosa, MG, Brasil. �������������������������������������� E-mail: [email protected]. The dynamics of deposits of fungicides used to control late blight. Delinearam-se experimentos para avaliar os efeitos de intensidade (I: 0, 30, 40, 60 e 97mm/h) e duração (D: 5, 10, 20 e 40 min) de chuva simulada (CS) na remoção dos fungicidas, mancozeb (Mn), mancozeb NT (NT) e hidróxido de cobre (Hc). Plantas com 45 a 60 dias após o plantio foram tratadas com os fungicidas e 24 h após a aplicação foram expostas à CS sob o simulador de chuva. A concentração de resíduos foi inferida pela concentração de Cu e Mn, determinada por espectrometria de absorção atômica. Houve queda exponencial dos resíduos de Cu e Mn, para ambas as formulações, com o aumento da intensidade de CS, em tomateiro e batateira. As intensidades que removeram 50% (I50) dos depósitos de fungicidas em tomateiro foram: 51,5, 19,5 e 30,2, para Hc, Mn e NT, respectivamente. Não foi possível determinar o I50 em batateira, pois nenhum modelo pode ser ajustado aos dados. Quanto à duração, Mn e NT, em ambas as hospedeiras, tiveram reduções nas concentrações finais; para Hc em tomate houve pequena diferença em relação à concentração inicial. A D50 para Mn, em tomateiro e batateira foi de 11,4 e 11,24 min, respectivamente; enquanto para NT, os valores foram, respectivamente, 1,10 e 8,1 min. Não houve diferenças quanto à taxa de remoção de resíduos de Mn e NT da superfície foliar de ambas as hospedeiras. Apoio: CNPq, FAPEMIG. Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008 XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia CQI-013 Dinâmica de depósitos de fungicidas usados no controle da requeima da batateira. Duarte AR, Maffia LA, Silva DD, Mizubuti ESG. Departamento de Fitopatologia, UFV, Viçosa, MG, Brasil. ������������������������������������������������������ E-mail: [email protected]. Residue dynamics of fungicides commonly used to control potato late blight. CQI-015 Inibição de crescimento micelial de Macrophomina phaseolina com diferentes fungicidas. Barros FC, Juliatti FC, Silva JVC. Universidade Federal de Uberlândia, ICIAG-LAMIP. �� Email: [email protected]. Micelial growth of Macrophomina phaseolina from different fungicides. Dois experimentos (E1 e E2) foram conduzidos em lavoura de batata com o objetivo de se avaliar a dinâmica de resíduos dos fungicidas Mancozeb (Mn), mancozeb NT (NT) e hidróxido de cobre (Hc). Em E2 foram aplicados 65 mm de água de irrigação e chuva a mais que em E1. Avaliou-se a remoção ao longo do tempo de resíduos de manganês (para Mn e NT) e de cobre (Hc), quantificados por meio de espectrometria de absorção atômica. O modelo linear descreveu adequadamente a redução dos fungicidas à base de mancozeb no tempo. Nas duas semanas do E1 a taxa de remoção do NT foi menor que a do Mn (P<0,05). A redução de Hc ao longo do tempo também foi explicada por modelo linear. Não houve diferenças nos valores dos descritores de epidemia entre os tratamentos. Houve diferença significativa entre as testemunhas e os tratamentos quanto aos valores de AACPD e Ymax (P= 0,0001). No E2, não houve diferença entre os tratamentos quanto aos descritores de epidemias Y50 (P= 0,47), Ymax (P= 0,64) e AACPD (P= 0,18). A baixa umidade e as altas temperaturas dificultaram o desenvolvimento da epidemia de requeima. Conclui-se que a remoção de Mn foi maior que a de NT nas duas semanas do experimento 1. Apoio: CNPq, FAPEMIG. Macrophomina phaseolina é um fungo de solo cujo controle é realizado com fungicidas via tratamento de sementes. O presente trabalho teve como objetivo avaliar a eficiência de diferentes fungicidas na inibição do crescimento micelial do patógeno. Foram utilizados isolados do fungo, destes foram feitos discos de micélio, com 0,6 cm de diâmetro, que foram transferidos para placas de Petri contendo BDA. Os tratamentos utilizados foram: Procimidone (0,1, 1,0 e 100 ppm), Carbendazin (0,1, 1,0 e 100 ppm), Fluazinam (0,1, 1,0 e 100 ppm), Tebuconazole (0,1, 1,0 e 100 ppm), Tiofanato Metílico (0,1, 1,0 e 100 ppm), Difenoconazole (0,1, 1,0 e 100 ppm), Metalaxyl-M (100 e 0,1ppm), Iprodione (100 e 0,1ppm), Pencycuron (100 e 0,1ppm), Ciproconazol (100 e 0,1ppm), Flutriafol (100 e 0,1ppm), Tetraconazole (100 e 0,1ppm), Azoxistrobin (100 e 0,1ppm) e Testemunha. As avaliações foram realizadas após a incubação a 25ºC, e medições diárias (cm). O delineamento experimental foi inteiramente casualizado com 33 tratamentos e 4 repetições. Realizou-se a análise de variância e aplicou-se o teste de Scott-Knott 5% para comparação entre médias. Os tratamentos que apresentaram melhor eficiência na inibição micelial foram Fluazinam 1,0 ppm, Procimidone 100 ppm, Carbendazin 1,0 ppm e Procimidone 1,0 ppm, que não diferiram estatisticamente. Apoio financeiro FAPEMIG. CQI-014 Efeito do fungicida BRIO no controle de Cercospora oryzae em Arroz. Belani RB, Zambon S, Rodrigues MAT, Begliomini E. BASF S.A, São Paulo-SP. E-mail: [email protected]. Effect ������� of fungicide BRIO to control Cercospora oryzae on Rice. CQI-016 Sensibilidade de Cercospora coffeicola a tiofanato metílico em diferentes regiões e sistemas de cultivo em Minas Gerais. Silva MG, Martins RB, Antunes RF, Aziz PF, Chaves E, Mizubuti ESG, Maffia LA. Depto ������������������������������������������� de Fitopatologia, UFV, Viçosa, MG; Email: [email protected]. Sensitivity of Cercospora coffeicola to thiofanate-methyl in different regions and crop systems in Minas Gerais State. Visando avaliar o efeito do fungicida BRIO (Cresoxin Metilico+Epoxiconazole - 125+125 g.i.a./L) no controle da Cercospora oryzae na cultura do Arroz foi conduzido o experimento com os seguintes tratamentos e dose em g.i.a./ha: BRIO ( 1 2 5 e 187,5); Stratego (150); Folicur (150), em 1 e 2 aplicações por ciclo; e uma testemunha. O ensaio foi conduzido no Município de Cachoeira do Sul-RS, sob a cultivar IRGA 422 CL, no período de fevereiro a abril de 2008. Os tratamentos foram dispostos em blocos ao acaso com 4 repetições e parcelas de 15 m2, foram efetuadas 1 aplicação e 2 aplicações por ciclo (inicio de emborrachamento e inicio de emborrachamento + 50% de panículas emergidas respectivamente). Foram efetuadas 3 avaliações no intervalo de 10 dias a partir da segunda aplicação. Não foi observado fitotoxidade dos produtos e doses testadas. Nos tratamentos com 2 aplicações aos 30 DD2aA a ordem de eficácia foi: BRIO (187,5); BRIO (125); Stratego (150); Folicur (150), com severidade de 0, 2, 3 e 5% respectivamente. Nos tratamentos com 1 aplicação, a ordem de eficácia aos 30 DAA foi: BRIO (187,5); BRIO (125); Stratego (150); Folicur (150), com severidade de 7, 12, 12 e 15 % respectivamente, a testemunha apresentou severidade de 25%. Diante dos resultados recomenda-se a aplicação de BRIO (187,5) em 1 aplicação e, ou BRIO (125) em 2 aplicações conforme acima descrito. Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008 Em cultivos convencionais, comumente adota-se o controle químico de Cercospora coffeicola, agente causal da mancha de olho pardo, com fungicidas com sítio ação específico. Em vista da possibilidade do surgimento de resistência do fungo a esses produtos, avaliou-se a sensibilidade de C. coffeicola a tiofanato metílico (TM). Coletaramse 90 isolados monospóricos por amostragem hierárquica, que considerou os níveis: 1. região (Sul, Mata e Triângulo) e 2. sistema de cultivo (convencional e orgânico). Cultivou-se cada isolado em BDA com nove concentrações de TM (0 a 500 µg do i.a./ml). Após 7 dias de cultivo, mediu-se o diâmetro das colônias de cada isolado e estimou-se a CE50. Para 17 isolados, 16 do Triângulo, sendo 11 de cultivos convencionais, o crescimento não foi inibido na maior concentração. Não foi possível estimar a CE50 para estes isolados, e eles foram denominados Isolados Insensíveis. Para os demais isolados, Isolados Sensíveis, a CE50 média variou de 0,33 a 2,39. Avaliou-se a interdependência entre as distribuições de freqüências observadas de Isolados Sensíveis pelo teste de Quiquadrado. Houve diferença de sensibilidade de isolados quanto a regiões (P=0,036) e a sistemas de cultivo na região do Triângulo (P=0,108). Apoio financeiro:CNPq, FAPEMIG. S 153 XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia CQI-017 Efeito do Acilbenzolar-S-methyl no crescimento micelial de Curvularia eragrostidis. Brito NM, Nascimento LC, Araújo E, Souza AEF, Souto FM. Departamento de Fitotecnia, Laboratório de Fitopatologia, UFPB, Areia, PB, Brasil. �������� E-mail: britonoelma@ yahoo.com.br. Effect of Acilbenzolar-S-methyl on mycelia growth of Curvularia eragrostidis. CQI-019 Controle químico da ferrugem (Puccinia psidii) no pólo de goiaba do Estado do Espírito Santo. Martins MVV, Serrano LAL, Lima IM, Santana EN. Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), Linhares-ES, Brasil. �� Email: [email protected]. Chemical control of the rust (Puccinia psidii), in guava in the Espírito Santo State, Brazil. O fungo Curvularia eragrostidis é o agente causal da queima das folhas do inhame (Dioscorea cayennensis) e responsável por grandes perdas econômicas na cultura. O objetivo do presente trabalho foi avaliar a influência do indutor de resistência acilbenzolar-S-methyl (Bion®) no crescimento micelial de C. eragrostidis. O trabalho foi desenvolvido no Laboratório de Fitopatologia da Universidade Federal da Paraíba, Centro de Ciências Agrárias, Areia. Discos de micélio do fungo com 5 mm de diâmetro foram incubados em placas de Petri, contendo meio BDA com diferentes concentrações (20, 30, 40, 50 e 80g/100L de água) de Acilbenzolar-S-methyl sob luz natural. Avaliou-se o crescimento micelial de C. eragrostidis, através da medição do fungo em dois sentidos diametralmente opostos com a utilização de régua milimetrada, a cada 24 horas. O delineamento experimental utilizado foi o inteiramente casualizado, com cinco repetições, sendo as médias comparadas pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. Observou-se que o aumento da concentração do Acilbenzolar-S-methyl, é diretamente proporcional ao aumento da velocidade de crescimento micelial do fungo. Os melhores resultados foram observados na concentração de 20g/100L. O acilbenzolar-S-methyl nas maiores concentrações não se mostrou eficiente no controle micelial de C. eragrostidis. Apoio Financeiro: CNPq Visando contribuir com a Produção Integrada da Goiaba (PIF Goiaba), avaliou-se a eficiência de fungicidas no controle da doença em campo no município de Pedro Canário-ES. O delineamento experimental foi o de blocos casualizados com quatro tratamentos e quatro repetições (água (testemunha), oxicloreto de cobre (2400 mg L-1), tebuconazole (150 mg L-1) e oxicloreto de cobre (2400 mg L-1) + tebuconazole (150 mg L-1). A calda fungicida de 1,5L/ planta foi pulverizada quinzenalmente com pulverizador costal motorizado (Yamaho LS-937®) e as pulverizações iniciaramse quando 34% em média dos botões estavam com ferrugem. O fungicida tebuconazole e a mistura de tebuconazole com oxicloreto de cobre foram estatisticamente iguais e tiveram a menor incidência máxima (ymax) (9,65 e 9,20%) e final (yfinal) de frutos doentes (7,0 e 10,5%), respectivamente. Por outro lado, o fungicida oxicloreto de cobre diferiu dos demais tratamentos quanto ao ymax e yfinal de frutos doentes (48 e 28%, respectivamente) e quanto a Área Abaixo da Curva de Progresso da Ferrugem ((AACPF) 1620,45). Na testemunha houve maior ymax e yfinal de frutos doentes (62 e 69%, respectivamente) e AACPF (3623,00). O fungicida oxicloreto de cobre deve ser utilizado preventivamente na fase de botões até frutos com 3 cm diâmetro e o fungicida tebuconazole pode ser utilizado para conter as epidemias da ferrugem em campo. Apoio Financeiro – FAPES. CQI-018 Influência do Acilbenzolar-S-methyl na esporulação de Curvularia eragrostidis. Brito NM, Nascimento LC, Araújo E, Coelho MSE, Souto FM. Departamento de Fitotecnia, Laboratório de Fitopatologia, UFPB, Areia, PB, Brasil. �������� E-mail: britonoelma@ yahoo.com.br. Influence the of Acilbenzolar-S-methyl in the sporulation of Curvularia eragrostidis. A queima das folhas (Curvularia eragrostidis) é uma importante doença da parte aérea do inhame-da-costa, que interfere na fotossíntese e na produção das túberas. O objetivo do trabalho foi avaliar a influência do acilbenzolar-S-methyl (Bion®) na esporulação de C. eragrostidis. Discos de colônias jovens do fungo foram depositados em placas de Petri, com meio BDA contendo (20, 30, 40, 50 e 80g/100L de água) de Acilbenzolar-S-methyl. As placas foram incubadas a 25 + 2 ºC nas condições de luz natural durante sete dias, sendo avaliada a produção de esporos do fungo. Adicionou-se 20 mL de água destilada esterilizada em cada placa de Petri, sendo a suspensão de esporos obtida com a passagem de escova de cerdas macias, na superfície da colônia. O material foi filtrado e a concentração determinada em câmara de Neubauer. O delineamento experimental utilizado foi o inteiramente casualizado com cinco repetições para cada tratamento, sendo as médias comparadas pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. Houve diferenças estatísticas entre os tratamentos com relação à testemunha. As menores médias de esporulação foram apresentadas pelo tratamento com 20g/100L de água. O acilbenzolar-S-methyl influenciou na esporulação de esporos de C. eragrostidis nas condições analisadas. Apoio Financeiro: CNPq S 154 CQI-020 Resistência parcial de cultivares precoces de soja a ferrugem em três diferentes métodos de controle. Silva JVC1; Barros FC1; Silva JRV.2; Juliatti FC1. 1Universidade Federal de Uberlândia ICIAG - Núcleo de Fitopatologia; 2Syngenta Proteção de Cultivos. E-mail: [email protected]. Partial resistance of early season cultivars of soybean to rust in three different control methods. Este estudo objetivou avaliar a resistência parcial de duas cultivares de soja de ciclo precoce a Phakopsora pachyrhizi, em interação com dois diferentes métodos de controle, além de uma testemunha sem aplicação. O experimento foi conduzido em fatorial 3 x 2, em blocos casualizados, com 4 repetições na região de Uberlândia – MG. Foram empregados dois métodos de controle com fungicidas (azoxystrobin + cyproconazole, 0,3L/ha), com volumes de aplicação de 150L/ha, além da testemunha. No primeiro método, realizaram-se duas aplicações, com início no florescimento e intervalo de 14 dias. No segundo, três aplicações, também com início no florescimento e intervalo de 14 dias. As cultivares empregadas foram M-Soy 8045RR e M-Soy 8199RR. As avaliações de severidade da doença foram realizadas segundo escala diagramática desenvolvida pela EMBRAPA. A porcentagem de doença no baixeiro 32 dias após a primeira aplicação mostrou interação significativa entre os fatores pelo teste de Tukey a 5% de significância. Para ambos os métodos de controle, não houve diferença entre as duas cultivares. Para a testemunha sem aplicação a M-Soy 8199RR apresentou maior porcentagem de doença no baixeiro do que a M-Soy 8045RR. Apoio Financeiro: FAPEMIG. Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008 XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia CQI-021 Controle químico da mancha de ramularia do algodoeiro (Gossypium hirsutum L.) no oeste da Bahia. Chitarra LG, Barbosa CAS. Embrapa Algodão, UEP – MT, Várzea Grande, MT, Brasil. E-mail: [email protected]. Chemical control of areolate mildew in cotton (Gossypium hirsutum L.) in the west of Bahia state, Brazil. O objetivo deste trabalho foi avaliar a eficiência dos tratamentos químicos tetraconazole (0,4 l pc/ha); tebuconazole + carbendazim (0,5 + 0,8 l pc/ha); azoxystrobin + cyproconazole + óleo mineral (0,3 l pc/ha + 0,1%) e azoxystrobin + óleo mineral (0,3 l pc/ha + 0,1%) no controle da mancha de ramulária em função do número de aplicações e do nível de severidade da doença. O delineamento experimental foi de blocos ao acaso com 17 tratamentos e 4 repetições, totalizando 68 parcelas com quatro linhas de plantio, espaçadas de 76 cm e medindo 6 m de comprimento. A primeira aplicação foi realizada quando as plantas das parcelas apresentaram os primeiros sintomas da doença, ou seja, nota de severidade entre 1 e 2, escala de 1 a 5. As menores notas médias de severidade foram obtidas nos tratamentos tetraconazole (2,78; 2,69; 2,55; 2,37) seguido por azoxystrobina + ciproconazole (3,31; 3,07; 2,91; 2,91), tebuconazole + carbendazim (3,49; 3,10; 2,91; 2,91) e estrobilurina (3,57; 3,49; 3,43, 3,40) com 1, 2, 3 e 4 aplicações de fungicida, respectivamente. A testemunha obteve nota média de 3,70. A produtividade média de algodão em caroço nas parcelas que receberam 4 aplicações foi de 372,67 @/ha diferindo da testemunha com produtividade de 336,47 @/ha. Os tratamentos testados foram eficientes, exceto a estrobilurina isolada, podendo ser utilizados em alternância. Apoio: Fundeagro. CQI-022 Eficiência de Fluazinam no controle de Monosporascus cannonballus em meloeiro. Sales Júnior R, Guimarães IM, Michereff SJ, Silva KJP, Gê KCF. UFERSA, ����������������������� Fitossanidade, Mossoró, RN. E-mail: [email protected]. Efficiency of Fluazinam in the control of Monosporascus cannonballus on melon crop. Monosporascus cannonballus é um dos principais agentes fitopatógenos radiculares envolvidos no colapso de ramas do meloeiro (Cucumis melo) no Nordeste brasileiro. Dentre as medidas de controle mais utilizadas nessa enfermidade, destaca-se o controle químico. Ainda que, não se tem definido um fungicida que garanta uma boa eficiência no controle do patógeno em áreas infestadas. Plantas de melão amarelo foram cultivadas em vaso com solo naturalmente infestados com M. cannonballus. Dessa forma, um ensaio foi conduzido em casa-de-vegetação em DIC com 10 tratamentos e 5 repetições. Sendo estes, doses crescentes dos ativos Fluazinam e Tiofanato Metílico em aplicação isolada e em mistura dos ativos. O controle foi realizado mediante duas testemunhas: solo autoclavado e naturalmente infestado. As variáveis analisadas foram, peso de raízes (PR), danos em hipocótilo (HP), em raízes primárias (RP) e secundárias (RS). A análise de variância indicou que todos os tratamentos que apresentaram a presença do ativo Fluazinam diferiram significativamente de todos os demais tratamentos. Não obstante, essa diferença não foi detectada entre as doses testadas deste ativo em aplicação isolada ou mistura. Dessa forma, concluímos que, este produto apresenta boa eficiência e pode ser, quando registrado, utilizado no manejo de M. cannonballus. Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008 CQI-023 Produtividade de feijões dos grupos carioca, preto e manteigão em resposta ao uso de fungicidas. Prado AL1, Lehner MS1, Lima RC1, Vieira RF1, Carneiro JES2, Paula Júnior TJ1, Teixeira H1. 1Epamig-CTZM, Viçosa, MG; 2Departamento de Fitotecnia, UFV, Viçosa, MG. E-mail: ������������������������������������� [email protected]. Yield of “carioca”, “black” and “manteigão” common beans in response to fungicides. O tipo carioca responde por cerca de 70 % do feijão produzido no Brasil, seguido do preto e do manteigão. A produtividade de linhagens elite e cultivares desses três grupos de feijão em resposta ao uso de fungicidas foi avaliada em duas séries de ensaios (outono de 2005 e inverno–primavera de 2006) conduzidas em Coimbra, MG, com irrigação por aspersão. Conduziram-se dois ensaios por grupo: um com aplicações de fungicidas e outro sem fungicida, lado a lado. Testaram-se 25, 21 e 15 genótipos de carioca, preto e manteigão, respectivamente, em DBC e três repetições. A primeira aplicação de fungicidas foi feita aos 30 dias após a emergência (DAE), empregando-se azoxystrobin (50 g ha-1); na segunda, aos 44 DAE, utilizou-se azoxystrobin (25 g ha-1) + epoxiconazol (6,25 g ha-1); na terceira, aos 59 DAE, epoxiconazol (12,5 g ha-1). Em geral, os feijões pretos foram mais suscetíveis à mancha-angular e à ferrugem. No outono, apenas o feijão preto teve aumento de produtividade (253 kg ha-1) com os fungicidas. No inverno– primavera, todos os grupos se beneficiaram do controle de doenças, e os feijões pretos tiveram o maior incremento na produtividade (591 kg ha-1). Conclui-se que o feijão preto responde mais, em produtividade, às aplicações de fungicidas que os cariocas e os manteigões. Apoio Financeiro: CNPq e FAPEMIG. CQI-024 Qualidade sanitária e fisiológica de sementes de milho tratadas. Moraes MHD1; Tremocoldi AR1; Malaguetta H1; Zambon S2. 1 Departamento de Fitopatologia, ESALQ, Piracicaba, SP, Brasil. 2 BASF S.A. E–mail: [email protected]; Health and physiological quality of corn treated seeds. O presente trabalho objetivou-se avaliar o efeito dos fungicidas BAS 35801I (nas doses de 20; 40 e 60 g do i.a/ha) e BAS 58001F (nas doses de 10; 20 e 30 do i.a./ha), em comparação com fludioxonil+metalaxyl-M (na dose de 0,7 g do i.a./ha), no tratamento de sementes de milho híbrido Pioneer. Após serem tratadas, as sementes foram submetidas aos testes de sanidade, pelo método papel de filtro, germinação, pelo método do rolo de papel, emergência em casa de vegetação e teste de frio. Todos os produtos controlaram os fungos Fusarium verticillioides, Colletotrichum graminicola e Penicillium oxalicum, presentes nas sementes. A germinação e o vigor, observados pela velocidade e porcentagem de emergência, não foram afetados pelos tratamentos. O resultado do teste de frio indicou controle eficiente de Pythium sp. presente no solo obtido de área de cultivo de milho.Neste trabalho foi possível observar, que não houve efeito fitotóxico dos tratamentos sobre as sementes. S 155 XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia CQI-025 Efeito do glifosato sobre a severidade de ferrugem e oídio em soja transgênicas. Rosa DD, Basseto MA, Masson MV, Cavariani C, Furtado EL. ����������������������������������������� Departamento de Produção Vegetal, UNESP, Botucatu, SP, Brasil. E-mail: [email protected]. Glyphosate effect in the Asian Rust and Powdery Mildew severity in transgenic soybean Testou-se o efeito do herbicida glifosato, a concentração de 5,5 mL/ L de ingrediente ativo, sobre plantas de soja BRS 242 RR, visando avaliar a influência desse sobre a severidade da ferrugem asiática da soja (Phakopsora pachyrhizi) e o oídio da soja (Erysiphe diffusa), utilizando-se uma aplicação do herbicida, de forma curativa, após 3 dias da inoculação dos agentes patogênicos. Utilizou-se 40 vasos para cada tratamento, contendo em cada vaso quatro plantas. Para a inoculação da ferrugem, coletou-se uredósporos no campo e preparou-se uma suspensão de 107 esporo/mL, já para a inoculação de oídio, coletou-se material em campo e preparou-se uma suspensão de 106 conídios/mL, ambas as suspensões foram aplicadas com pulverizador costal com bico de jato cônico cheio, e as plantas foram pulverizadas até o ponto de escorrimento. Nos tratamentos sem a aplicação de herbicida, observou-se uma severidade média, baseada em área foliar ocupada, de 4,4% para ferrugem e 23,4% para oídio. Já nos tratamentos inoculados e que receberam a aplicação de herbicida após três dias, verificouse uma redução significativa no valor de severidade, sendo 0,6% e 0,5%, respectivamente, esta redução foi significativa a 5% de probabilidade. Estes resultados indicam que o uso do herbicida glifosato, em plantas transgênicas resistentes a esse agrotóxico, pode auxiliar no controle de doenças, sendo necessários mais estudos sobre essa interação para se entender os benefícios de seu uso. Apoio Financeiro: CNPq, CAPES CQI-026 Intensidade de míldio em uva fina de mesa ´BRS-Clara´ cultivada sob cobertura plástica. Genta W1,2, Scapin CR1, Mituy E2, Souza CD1, Tessmann DJ1, Vida JB1, Roberto SR3. 1 Universidade Estadual de Maringá, Depto. Agronomia, Maringá, PR, 2ANPEF, Marialva, PR. 3Universidade Estadual de Londrina, Depto. Agronomia, ��������������������������������������������������� Londrina, PR; e-mail [email protected]. Downy mildew intensity on table grape ´BRS-Clara´ cultivated under plastic cover. O objetivo do trabalho foi avaliar a influência da cobertura plástica combinada a diferentes tratamentos com fungicidas no controle de míldio em uva fina de mesa apirênica ‘BRS-Clara’ (Vitis vinifera). Foram conduzidos ensaios em delineamento de blocos causalizados, com quatro repetições, nas safras de agosto a dezembro/2007 (normal) e janeiro a maio /2008 (temporã), em Marialva, PR. Tratamentos sob plástico: (I) sem fungicidas; (II) fungicidas apenas para oídio; (III) redução de 50% das aplicações de fungicidas; (IV) redução de 70% das aplicações de fungicidas; (V) aplicações de fosfito e hidróxido de cobre; e tratamentos sob sombrite com aplicações de fungicidas conforme o padrão de aplicações da região (VI) e sem aplicações de fungicidas (VII). Na safra normal, devido à baixa ocorrência de chuvas no período, não se verificaram diferenças significativas entre os tratamentos, não ocorrendo doença sequer na testemunha sob sombrite sem tratamento fungicida. Na safra temporã, com chuvas freqüentes, ocorreu perda total no tratamento (VII), sendo a cobertura plástica eficiente no controle do míldio nos tratamentos , III, IV e V. Apoio financeiro: CNPq. S 156 CQI-027 Efeito do tebuconazol + carbendazim no controle da ferrugem asiática. Silva AF Valiati VAH, Cabral WC, Silva LHCP, Campos HD, Silva JRC. Universidade �������������������������������������������� de Rio Verde-FESURV. Rio VerdeGO; E-mail: [email protected]. Effect of tebuconazol and carbendazin on Asian soybean rust control. Com o objetivo avaliar a eficácia e a seletividade dos fungicidas tebuconazol + carbendazim comparativamente com outros ativos no controle desta doença, um experimento foi conduzido na safra 06/07. Os fungicidas testados foram tebuconazol; tebuconazol + carbendazim (75+150; 75+250 e 100 + 250 g i.a./ha); tiofanato metilico + flutriafol (60+300 g i.a./ha); trifloxistrobina + tebuconazol (60+120 g i.a./ha); piraclostrobina + epoxiconazol (66,5+25 g i.a./ha); azoxistrobina + ciproconazol (60+24 g i.a./ha). Além desses tratamentos, plantas não pulverizadas foram mantidas como testemunha. A eficácia de controle foi baseada em severidade, desfolha, peso de mil grãos e produtividade. Para a severidade, foram realizadas sete avaliações. A avaliação de desfolha foi realizada quando a testemunha apresentou o índice de 80%. Para a severidade, todos os tratamentos diferiram estatisticamente da testemunha. Entretanto, os melhores foram aqueles contendo trifloxistrobina + tebuconazol e azoxistrobina + ciproconazol. Em relação à desfolha, peso de mil grãos e produtividade, todos os tratamentos diferiram significativamente da testemunha. A produtividade na testemunha foi de 1965,72kg/ha, enquanto que nos tratamentos que receberam aplicação de fungicidas variou de 2538,79 kg/ha (tiofanato metílico + flutriafol) a 3952,88 kg/ha (trifloxistrobina + tebuconazol). CQI-028 Eficácia de ciproconazol + difenoconazol e ciproconazol + tiametoxam no controle da ferrugem asiática da soja. Silva AF, Solano SDD, Pipoli DE, Silva LHCP, Campos HD, Silva JRC, Universidade de Rio Verde-FESURV, Faculdade de Agronomia. [email protected]. Effect of cyproconazole + difonocanzole and cyproconazole + thiametoxan to Asian soybean rust control. Objetivando avaliar a eficácia de ciproconazol + difenoconazol e ciproconazol + tiametoxam no controle da ferrugem asiática, um experimento foi realizado em Montividiu, GO. Os produtos foram testados isoladamente ou com adição de diferentes adjuvantes. Os fungicidas ciproconazol e tebuconazol foram utilizados como padrões, além da testemunha. O delineamento experimental foi de blocos ao acaso em quatro repetições. A eficácia dos fungicidas foi avaliada com base na severidade, eficácia relativa, desfolha, rendimento e seletividade. Plantas tratadas com fungicidas apresentaram menor severidade e desfolha. Maior eficácia relativa para ciproconazol + difenoconazol (97,72%) e para ciproconazol + tiametoxan (94,01%) foi verificada nos tratamentos com o adjuvante Nimbus a 600 ml.ha-1. A eficácia relativa para os fungicidas utilizados como padrão foi de 64,21% (ciproconazol) e 60,82% (tebuconazol). Maior produtividade foi verificada nos tratamentos com Nimbus a 600 ml.ha-1. Enquanto as plantas testemunha produziram 2.793,54 kg.ha-1, nos melhores tratamentos, a produtividade foi de 3.938,36 kg.ha-1 (ciproconazol + difenoconazol e Nimbus a 600 ml.ha-1) e 3.950,41 kg.ha-1 (ciproconazol + tiametoxam e Nimbus a 600 ml.ha1 ). Sintomas leves de fitotoxidez foram verificados nos tratamentos contendo tebuconazol. Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008 XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia CQI-029 Avaliação da eficiência e praticabilidade agronômica do produto Fegatex®, no controle da bacteriose do maracujazeiro causada por Xanthomonas campestris pv. passiflorae. Boro MC1, Pimenta AA1, Stephan C1, Perez RM1, Souza PE2, Miranda JC2, Salgado LO3. 1Laboratório de Fitopatologia PRTrade – São Paulo/ SP; 2Universidade Federal de Lavras - Lavras/MG; 3Agroteste Pesquisa e Desenvolvimento. E-mail ���������������������������� marcela.boro@prtrade. com.br. Evaluation of the efficiency and agronomic practicality of Fegatex® in control bacteriose of passion fruit caused by Xanthomonas campestris pv. passiflorae. No Brasil diversas regiões produzem maracujá, sendo que, o problema fitossanitário mais observado é a bacteriose causada pela Xanthomonas campestris pv. passiflorae. O objetivo do foi avaliar a eficiência do produto Fegatex® (Cloretos de Benzalcônio) no controle desta bacteriose, comparando-o com o tratamento padrão. O ensaio foi conduzido no município de Lavras, no período de março a maio de 2006. Utilizou-se a espécie de maracujá amarelo e os seguintes produtos: Fegatex® 200ml e 300ml/100L, com intervalo de aplicação de 7 e 14 dias e, como padrão, Agrimicina (cloridrato de oxitetraciclina + sulfato de estreptomicina), com intervalo de aplicação de 7 dias, cada tratamento com 4 repetições. Verificou-se diferença significativa entre todos os produtos e a testemunha em quatro avaliações. Na quarta avaliação o produto Fegatex® na dosagem de 200 mL/100L de água, proporcionou controle da doença de 74%, com intervalo de 7 dias e na dosagem de 300 mL/100L de água de 76 e 74%, na aplicação com intervalos de 7 e 14 dias, respectivamente, quando comparados à testemunha. Os resultados mostram que o Fegatex® comportou-se de forma semelhante ao padrão utilizado (74% de controle). CQI-031 Efeito do tratamento de sementes para o controle em parte aérea da ferrugem asiática da soja. Moraes DG, Ribeiro GC, Ribeiro BB, Silva LHCP, Campos HD, Silva JRC. Universidade de Rio Verde-FESURV, Faculdade de Agronomia. E-mail: ����������������� carregal@ fesurv.br. Effect of seeds treatment to Asian soybean rust control. Objetivando avaliar o efeito do tratamento de sementes no controle de parte aérea da ferrugem asiática, foram realizados dois experimentos: o primeiro a campo e o segundo em casa de vegetação. No experimento a campo, o delineamento experimental foi de blocos ao acaso em quatro repetições. Em casa de vegetação foram três repetições inteiramente casualizadas. Foi avaliada a porcentagem de folhas cotiledonares inativas, a incidência, a severidade e o rendimento da soja. Verificou-se no ensaio a campo que o tratamento de sementes reduziu significativamente a porcentagem de folhas cotiledonares inativas, mas não reduziu a incidência e a severidade da doença, provavelmente em função da incidência tardia da doença (após R5.1). Entretanto, o tratamento de sementes proporcionou incremento relativo de produtividade variando de 186,42 a 275,63 kg.ha-1, dependendo das combinações das aplicações em parte aérea. No ensaio em casa de vegetação, o tratamento de sementes foi eficaz em reduzir a porcentagem de folhas cotiledonares inativas, a incidência e a severidade da doença. Além disso, proporcionou maior porcentagem de folhas cotiledonares e de trifólios. O tratamento de sementes visando o controle da ferrugem asiática em parte aérea deve ser encarado como uma ferramenta adicional no manejo da doença, não substituindo as demais medidas de controle. CQI-030 Programas de pulverização de fungicidas para o controle de ferrugem asiática. Ribeiro BB, Cabra, WC, Monteiro FP, Silva LHCP, Campos HD, Silva JRC. Universidade de Rio VerdeFESURV, Faculdade de Agronomia. ���������������������������� E-mail: [email protected]. Fungicide applications to Asian soybean rust control. CQI-032 Avaliação da eficiência de fungicidas no controle de mancha branca (Phaeosphaeria maydis) na cultura do milho Mendes MC, Von Pinho RG, Lopes TIC, Brito AH, Freitas JL. Departamento ���������������� de Agricultura, UFLA, Lavras, MG, Brasil. E-mail: mcruzm@gmail. com. Evaluation of the fungicide efficiency for the maize white spot (Phaeosphaeria maydis) control in corn. Objetivando avaliar a eficácia de fungicidas no controle da ferrugem, um experimento foi realizado em Rio Verde, GO. Avaliou-se a eficácia de diferentes programas de pulverização contendo trifloxistrobina + tebuconazol, tebuconazol e protioconazol, em duas ou três pulverizações. Utilizou-se os fungicidas azoxistrobina + ciproconazol e ciproconazol como padrões de controle. Como programas, variou-se o número de aplicações e a seqüência dos fungicidas. O ensaio foi disposto sob o delineamento experimental de blocos ao acaso em quatro repetições. A eficácia dos fungicidas foi realizada com base na incidência, severidade, desfolha, rendimento e seletividade. Verificou-se que todos os programas testados foram eficazes em conter a incidência, a severidade e desfolha provocada pela ferrugem asiática. Para o rendimento da cultura, somente os tratamentos contendo uma única aplicação de trifloxistrobina + tebuconazol e as demais (uma ou duas) com tebuconazol isoladamente e não diferiu significativamente da testemunha. Enquanto a testemunha produziu 2.713,13 kg.ha-1, nos melhores tratamentos, a produtividade variou de 3.299,84 kg.ha-1 (duas aplicações de azoxistrobina + ciproconazol) a 3.699,79 kg.ha1 (protioconazol / trifloxistrobina + tebuconazol / protioconazol). Sintomas leves de fitotoxidez foram verificados nos tratamentos contendo o princípio ativo tebuconazol e protioconazol. O objetivo do trabalho foi avaliar o efeito de fungicidas sobre a produtividade de grãos e controle de Phaeosphaeria maydis na cultura do milho, no ano agrícola de 2006/2007. O experimento foi conduzido em blocos casualizados, com cinco repetições, em esquema fatorial 5x1, sendo cinco tratamentos com fungicidas (Nativo – estádio pré-pendoamento; Nativo – estádio V8 e prépendoamento; PrioriXtra – pré-pendoamento; PrioriXtra –V8 e pré-pendoamento e testemunha - sem aplicação) e um híbrido o P 30F53, susceptível a doença. As características agronômicas avaliadas foram produtividade de grãos e peso de 1000 grãos, foram realizadas quatro avaliações de severidade de Phaeosphaeria maydis, com intervalo semanais e calculada a Área Abaixo da Curva de Progresso da Doença (AACPD), sendo as médias comparadas pelo teste de Scott-Knott, ao nível de 5% de probabilidade. A aplicação de fungicida proporciona um aumento na produtividade de grãos e no peso de 1000 grãos. Para a área abaixo da curva de progresso da doença (AACPD) foram constatadas diferenças em função da época de aplicação dos fungicidas. Os tratamentos com duas aplicações de fungicidas, nos estádios V8 e pré-pendoamento, ofereceram melhor controle da mancha branca. Os fungicidas Nativo e Priori Xtra não diferiram quanto a eficiência de no controle da mancha branca. Apoio financeiro: CNPq Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008 S 157 XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia CQI-033 Avaliação da eficácia e praticabilidade agronômica dos fungicidas BAS 556 01F e BAS 512 05F no controle de Phaeosphaeria maydis em milho. Pereira RB, Salgado, LO, Gomes, GS. Agroteste Pesquisa e Consultoria, Lavras, MG, Brasil. E-mail: [email protected]. Evaluation of the effectiveness and agronomic practicality of fungicides BAS 556 01F and BAS 512 05F in the control of Phaeosphaeria maydis in corn. O objetivo deste trabalho foi avaliar a eficácia e a praticabilidade agronômica dos fungicidas BAS 556 01F (piraclostrobina+me tconazole) e BAS 512 05F (piraclostrobina+epoxiconazole) no controle da mancha de phaeosphaeria (Phaeosphaeria maydis) em milho. O experimento foi conduzido em delineamento de blocos casualizados, com 6 tratamentos e 4 repetições. Sementes do híbrido Nidera foram plantadas e adubadas conforme recomendação. Nos tratamentos BAS 556 01F 750 mL ha-1 e BAS 512 05F 1000 mL ha-1 realizou-se uma aplicação aos 40 dias após a emergência (DAE) e, nos tratamentos BAS 556 01F 500 mL ha-1, BAS 512 05F 700 mL ha-1 e Priori Xtra 300 mL ha-1 (padrão), realizaram-se duas aplicações, aos 45 e 65 DAE. Realizaram-se três avaliações da severidade, uma prévia, e outras duas aos 20 dias após a primeira e segunda aplicação. Todos os fungicidas apresentaram controle da doença, sem diferirem entre si e em relação ao padrão, com eficácias acima de 86,55 e 87,50%, respectivamente na segunda e terceira avaliações, promovendo mais de 84,0% de redução da Área Abaixo da Curva de Progresso da Doença. BAS 556 01F e BAS 512 05F apresentaram-se eficientes controles da doença, sendo recomendados para o manejo da mancha de phaeosphaeria em milho. Apoio Financeiro: BASF ��������� S.A. CQI-034 Controle químico da ferrugem asiática (Phakopsora pachyrhizi) na cultura da soja. Ferreira Jr JP, Inoue TT, Macena AMF, Sauer AV, Canteri MG. Departamento de Fitopatologia, UEL, Londrina, Paraná, Brasil. Email: [email protected]. Asian soybean rust (Phakopsora pachyrhizi) chemical control . O trabalho objetivou avaliar 5 tratamentos (T1 = Testemunha; T2 = 2 aplicações de tebuconazole 0,5 L ha-1 (1a aplicação no estádio R2 e a 2a no R5.1); T3 = 1 aplicação de tebuconazole 0,5 L ha-1 (estádio R5.1); T4 = 2 aplicações de pyraclostrobin + epoxiconazole 0,5 L ha-1 (1a aplicação no estádio R2 e a 2a no R5.1) e T5 = 1 aplicação de pyraclostrobin + epoxiconazole 0,5 L ha-1 (estádio R5.1) com 5 repetições, totalizando 25 unidades experimentais. Cada unidade experimental foi constituída por parcelas de seis linhas, espaçadas 0,40 m entre si e 6 m de comprimento. Os produtos foram aplicados com pulverizador costal de pressão constante de CO2 (25 kgf cm-3). As variáveis analisadas foram número de vagens boas, chochas e totais, peso de 100 grãos, produtividade em kg ha1 e AACPD de incidência e severidade da ferrugem asiática da soja. Os dados foram submetidos à análise de variância pelo teste F, e suas médias comparadas pelo teste de TUKEY em nível de 5% de probabilidade. Independente do fungicida utilizado, observou-se melhores resultados para as variáveis analisadas nos tratamentos onde foram realizadas 2 aplicações com pyraclostrobin + epoxiconazole e tebuconazole, nos estádios R2 e R5.1. Nessas condições, o não controle da doença causou redução de 29,14% no peso de 100 grãos e de 22,46% na produtividade média da lavoura quando comparada aos demais tratamentos. S 158 CQI-035 Cultivares e espaçamento entre linhas no progresso da ferrugem asiática da soja. Domingues LS, Balardin RS, Debona D, Favera DD, Corte GD, Meneghetti RC. Departamento de Defesa Fitossanitária, UFSM, Santa Maria, RS, Brasil. E- mail: [email protected]. Cultivars and row spacing in the soybean rust progress. A influência de diferentes cultivares e espaçamentos entre linhas no progresso da ferrugem asiática da soja Phakopsora pachyrhizi foi avaliada em experimento realizado a campo no município de Itaara-RS, na safra agrícola 2006/2007. Foi utilizado o delineamento experimental de blocos ao acaso, com quatro repetições, em arranjo fatorial (3x3) com três espaçamentos entre linhas (40 cm, 50 cm e 60 cm) e três cultivares (M-SOY 8000, Nidera 6001 e Coodetec 219). A severidade da doença foi avaliada através de notas visuais nos dosséis inferior e superior, sendo estas utilizadas posteriormente para calcular a Área Abaixo da Curva de Progresso da Ferrugem (AACPF). Para o dossel inferior, menores AACPF foram observadas no espaçamento de 60 cm para as cultivares MSOY 8000 e Nidera 6001, apresentando uma redução na AACPF de aproximadamente 15% para ambas as cultivares se comparadas ao menor espaçamento. Na análise da AACPF do dossel superior somente a cultivar Coodetec 219 se mostrou responsiva ao aumento do espaçamento entre linhas. O aumento na incidência de radiação solar através do aumento do espaçamento, observado principalmente no dossel inferior, provavelmente tenho sido um dos fatores responsáveis pela redução da AACPF, pelo fato de retardar a senescência foliar, afetando positivamente os mecanismos de defesa da planta e desfavorecendo o ataque do patógeno. CQI-036 Controle químico da ferrugem da folha em cultivares de trigo submetidas a diferentes níveis de adubação nitrogenada. Debona D, Favera DD, Corte GD, Meneghetti RC, Domingues LS, Balardin RS. Departamento de Defesa Fitossanitária, UFSM, Santa Maria, RS, Brasil. E-mail: [email protected]. Chemical control of leaf rust on wheat cultivars in different levels of nitrogen fertilization. O efeito de níveis de nitrogênio sobre o controle químico da ferrugem da folha em cultivares de trigo foi avaliado em experimento fatorial (4x2x4) com quatro doses de N (0, 20, 40 e 60 kg.ha-1), dois fungicidas (tebuconazol e picoxistrobina + ciproconazol) e quatro cultivares (Ônix, Fundacep 50, Fundacep Cristalina e Pampeano), no delineamento de blocos ao acaso, com quatro repetições. A cultivar Ônix apresentou os maiores valores da Área Abaixo da Curva de Progresso da Ferrugem (AACPF) tanto no dossel inferior quanto no dossel superior em todos os tratamentos, além de ter apresentado aumento médio de 73,5% na AACPF do dossel inferior com o aumento na dose de N de 0 para 60 kg.ha-1, considerando ambos os fungicidas. Adicionalmente, foi observado que a mistura triazol + estrobilurina foi mais eficiente no controle da doença e não teve sua performance tão prejudicada com o aumento no suprimento de N quanto a do triazol isolado. Com relação ao rendimento de grãos, as menores médias foram observadas na cultivar Ônix, no tratamento com tebuconazol. Já para o fungicida picoxistrobina + ciproconazol, não houve diferença no rendimento de grãos entre as cultivares, demonstrando que a mistura de ingredientes ativos proporciona um controle mais eficiente da doença e maior estabilidade de rendimento. Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008 XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia CQI-037 Eficácia do fungicida picoxistrobina + ciproconazol no controle de ferrugem asiática. Moraes, E.B.; Valiati, V.A.H.; SiqueiraFilho, G.M.; Silva, L.H.C.P.; Campos, H.D.; Silva, J.R.C.; Universidade de Rio Verde-FESURV, Faculdade de Agronomia. [email protected]. Efficacy of picoxyastrobin + cyproconazol to Asian soybean rust control. Objetivando avaliar a eficácia de fungicidas no controle da ferrugem asiática da soja, um experimento foi realizado em Rio Verde, GO. Avaliou-se a eficácia do fungicida picoxistrobina + ciproconazol, em três dosagens, além dos padrões comparativos (azoxistrobina + ciproconazol; piraclostrobina + epoxiconazol; trifloxistrobina + ciproconazol e trifloxistrobina + tebuconazol) e da testemunha. O ensaio foi disposto sob o delineamento experimental de blocos ao acaso em quatro repetições. A eficácia dos fungicidas foi realizada com base na severidade da doença, eficácia relativa, desfolha, rendimento e seletividade. Plantas tratadas com fungicidas apresentaram menor severidade e desfolha em relação à testemunha. Para o fungicida picoxistrobina + ciproconazol a eficácia relativa manteve-se acima de 94,25%. Em relação ao rendimento da cultura, verificou-se que todos os tratamentos contendo picoxistrobina + ciproconazol apresentaram maior massa de mil grãos e produtividade em relação à testemunha, mostrando-se iguais ou superiores aos padrões. Enquanto as plantas testemunha produziram 2417,70 kg.ha-1, nos melhores tratamentos, a produtividade variou de 3023,83 kg.ha-1 (trifloxistrobina + tebuconazol) a 3.367,79 kg.ha-1 (picoxistrobina + ciproconazol na maior dose). Sintomas leves de fitotoxidez foram verificados nos tratamentos contendo tebuconazol. CQI-038 Controle de Phakopsora pachyrhizi com diferentes velocidades do ar na barra de pulverização sobre a produtividade da soja. Prado E.P1, Aguiar-Júnior HO, Dal Pogetto MHFA, Christovam RS, Raetano CG, Valência RM. UNESP/FCA/ Depto. Produção Vegetal – Botucatu/SP. E-mail: [email protected]. Soybean rust control w����������������������������������������������������� ith different air assistance speed in the spray boom on crop yield. A ferrugem asiática é a doença mais temida na cultura da soja. O trabalho teve como objetivo avaliar o efeito da assistência de ar junto à barra de pulverização no controle desta doença, sobre o peso de 1000 sementes e a produtividade da cultura. O experimento foi conduzido na FCA/UNESP – Campus de Botucatu, safra 2007/08, na cultura da soja, var. Conquista, no delineamento experimental de blocos ao acaso, (quatro níveis de ar 0, 50, 75 e 100%) mais testemunha, totalizando 5 tratamentos e 4 repetições e parcelas de 8 x 10 m. No estádio de desenvolvimento R2 e R5.2 foram realizadas pulverizações da mistura fungicida epoxiconazol + piraclostrobina no controle da doença. Utilizou-se um pulverizador Advanced Vortex 2000, equipado com pontas de jato plano XR 8002, a 150 L/ ha. Os tratamentos com assistência de ar na barra de pulverização embora não tenham diferenciado estatisticamente da aplicação sem assistência de ar, apresentaram maior produtividade. Os tratamentos com velocidades de ar de 50 e 75% proporcionaram produtividade de 2.629,4 e 2.524,1 kg/ha, respectivamente. Em relação ao peso de 1000 sementes os tratamentos com assistência de ar demonstraram maior eficiência em relação às plantas não tratadas (testemunha). 1 Bolsista: CNPq Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008 CQI-039 Severidade de Phakopsora pachyrhizi na cultura da soja sob o efeito da velocidade da assistência de ar na barra de pulverização. Prado EP1, Raetano CG, Christovam RS, Dal Pogetto MHFA, Aguiar-Júnior HO, Valência RM. UNESP/FCA/ Depto. Produção Vegetal – Botucatu/SP. E-mail: epprado@hotmail. com. Phakopsora pachyrhizi severity on soybean plants under air assistance speed effect in spray boom. O controle eficiente da ferrugem asiática é obtido somente com o uso de produtos químicos. O trabalho objetivou avaliar a severidade da doença antes e após o tratamento com fungicida, sob diferentes velocidades da assistência de ar junto à barra de pulverização nessa cultura. O experimento foi conduzido na FCA/UNESP – Campus de Botucatu, na cultura da soja, var. Conquista, no delineamento experimental de blocos ao acaso (quatro níveis de ar 0, 50, 75 e 100%), mais testemunha, totalizando 5 tratamentos e 4 repetições, com parcelas de 8 x 10 m. Durante o desenvolvimento da cultura, realizou-se o monitoramento da doença utilizando-se escala diagramática aos, 94, 103, 108, 115 e 123 DAE. Nos estádios de desenvolvimento R2 (98 DAE) e R5.2 (112 DAE) foram realizadas pulverizações da mistura fungicida piraclostrobina + epoxiconazole visando o controle da doença. Utilizou-se um pulverizador Advanced Vortex 2000, equipado com pontas de jato plano XR 8002, a 150 L/ha. Houve diferença significativa na incidência da doença entre tratamentos e testemunha em todas as avaliações. O tratamento com 100% da velocidade de ar foi o mais eficiente mostrando a menor AACPF. 1Bolsista: CNPq CQI-040 Adjuvantes e assistência de ar junto à barra de pulverização no controle da ferrgem asiática sob a produtividade da soja. Aguiar-Jr HO, Raetano CG, Dal Pogetto MHFA, Prado EP, Christovam RS, Varriano M. UNESP/FCA/ Depto. Proteção de Plantas – Botucatu/SP. E-mail: [email protected]. Adjuvants ���������� and air assistance in spray boom to control of soybean rust under the soybean productivity. Esse trabalho objetivou avaliar diferentes técnicas de aplicação e adjuvantes no controle do fungo Phakopsora phachyrhizi na cultura da soja. O experimento foi conduzido na FCA/UNESP – Campus de Botucatu, na cultura da soja, var. Conquista. O delineamento experimental foi o de blocos casualizados, no esquema fatorial 3 x 2 + 1, sendo três adjuvantes (Silwet- L77, Antederiva, Li 700) combinados duas técnicas de aplicação (0 e 100% da assistência de ar na barra de pulverização), mais testemunha, totalizando 7 tratamentos e 4 repetições, com parcelas de 8 x 10 m. Nos estádios de desenvolvimento R2 (99 DAE) e R5.2 (113 DAE) foram realizadas pulverizações da mistura fungicida azoxistrobina e ciproconazole associado aos diferentes adjuvantes no controle da doença. Utilizou-se um pulverizador Advanced Vortex 2000, equipado com pontas de jato plano XR 8002, a 150 L/ha. Todos os tratamentos apresentaram produtividade significativamente maiores em comparação às plantas não tratadas. Não houve influência dos adjuvantes quando associados a mistura azoxistrobina e ciproconazole sobre a produtividade da soja. S 159 XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia CQI-041 Severidade de Phakopsora pachyrhizi na cultura da soja sob o efeito de adjuvantes e assistência de ar junto à barra de pulverização. Aguiar-Jr HO, Raetano CG, Dal Pogetto MHFA, Prado EP, Christovam RS, Varriano M. UNESP/FCA/ Depto. Proteção de Plantas – Botucatu/SP. E-mail: [email protected]. br. Phakopsora pachyrhizi severity on the soybean crop under adjuvants and air assistance effect in bar. CQI-043 Efeito do tratamento hidrotérmico e químico sobre o crescimento micelial de Colletotrichum gloeosporioides de frutos de mamão. Martins FG, Lelis FMV, Ogoshi C, Pierre RO, Vieira JF, Silva BM, Abreu MS. Departamento de Fitopatologia, UFLA, Lavras, MG, Brasil. E-mail: [email protected]. Effect ������������������������ of the treatment hydrotermic and chemical in the inhibition of micelial growth of Colletotrichum gloeosporioides from papaya fruit. O trabalho objetivou avaliar diferentes técnicas de aplicação e adjuvantes no controle do fungo Phakopsora phachyrhizi na cultura da soja. O experimento foi conduzido na FCA/UNESP – Campus de Botucatu, na cultura da soja, var. Conquista. O delineamento experimental foi o DBC, no esquema fatorial 3 x 2 + 1, sendo três adjuvantes (Silwet- L77, AntIderiva, Li 700) combinados A duas técnicas de aplicação (0 e 100% da assistência de ar na barra de pulverização), mais testemunha, totalizando 7 tratamentos e 4 repetições, com parcelas de 8 x 10 m. Durante o desenvolvimento da cultura, realizou-se O monitoramento da doença, utilizandose escala diagramática, aos 94, 103, 108, 115 e 123 DAE. Nos estádios de desenvolvimento R2 (99 DAE) e R5.2 (113 DAE) foram realizadas pulverizações da mistura fungicida azoxistrobina e ciproconazole no controle da doença. Utilizou-se um pulverizador Advanced Vortex 2000, equipado com pontas de jato plano XR 8002, à 150 L/ha. Apesar de não se verificar diferença entre os tratamentos, a mistura fungicida associado ao adjuvante Silwet77 comportou-se de maneira mais eficiente no controle do fungo com menores valores da AACPF. Todos os tratamentos em teste foram eficientes no controle da doença, porém significativamente superiores às plantas não tratadas. Objetivou-se neste trabalho avaliar in vitro o efeito dos tratamentos hidrotérmico e químico no controle do crescimento micelial de Colletotrichum gloeosporioides de frutos de mamão. O isolado foi incubado à temperatura de 24 ± 2°C por cinco dias em BDA. No primeiro tratamento, três discos contendo micélio do fungo foram colocados em tubo de ensaio contendo 1 mL de água destilada e mantido em banho-maria a 56°C por seis minutos, seguido de resfriamento em água à temperatura ambiente por dez minutos. Posteriormente os discos foram transferidos para placa de Petri contendo BDA. Já no segundo tratamento, três discos de micélio foram transferidos para placas contendo BDA + fungicida tebuconazole (200g/L) adicionado ao meio fundente. O delineamento foi inteiramente casualizado com seis repetições. Os dados foram submetidos ao teste de Scott-Knott a 5% de significância. Os resultados mostraram que o tratamento hidrotérmico inibiu em 8,76% o crescimento micelial de C. gloeosporioides, não diferindo da testemunha (9,60%). Já o fungicida tebuconazole inibiu em 100% o crescimento micelial do fungo. CQI-042 Sensibilidade de isolados de Alternaria brassicicola (Schwn.) Wilt. de cultivos convencionais e orgânicos de brássicas a fungicidas. Nicolini C, Melo Filho PA, Suassuna ND, Câmara MPS, Michereff SJ. DEPA/Fitossanidade, UFRPE, Recife, PE, Brasil. E-mail: [email protected]. Sensitivity of isolates of Alternaria brassicicola of conventional and organic cultural system of brassicas to fungicides. A alternariose é uma das doenças mais comuns em brássicas e o controle se baseia na aplicação de fungicidas. Esse trabalho teve como objetivo avaliar a sensibilidade de 112 isolados de Alternaria brassicicola oriundos de cultivos convencionais e orgânicos de Pernambuco aos fungicidas: azoxistrobina, iprodiona e tebuconazol. Os isolados foram avaliados in vitro visando obter a concentração capaz de inibir 50% do crescimento micelial (CL50) e separados em classes conforme a sensibilidade aos fungicidas. Todos os isolados de A. brassicicola foram sensíveis a iprodiona, com valores de CL50 inferiores a 0,1 mg i.a./L. Os isolados oriundos de cultivos convencionais (92,9%) e orgânicos (96,4%) comportaramse como medianamente resistentes a azoxistrobina. Em relação a tebuconazol, foram constatados somente isolados sensíveis (42,9%) e ligeiramente resistentes (57,1%). Não foi encontrada diferença significativa quanto à sensibilidade aos fungicidas testados entre os isolados de A. brassicicola oriundos de cultivos convencionais e orgânicos, bem como coletados de diferentes tipos de brássicas. Apoio Financeiro: CNPq. S 160 CQI-044 Efeito de fungicidas sobre o crescimento micelial de Rhyzoctonia solani, agente causal de tombamento em mamoneiro (Ricinus communis). Beteloni FG, Firmino AC, Ribeiro AMB, Raetano CG, Furtado EL. Departamento de Produção Vegetal, UNESP/FCA, Botucatu, SP, Brasil. email: [email protected]. Effect ���������� of fungicides on the mycelial growth of Rhyzoctonia solani, causal agent of damping off in castor bean (Ricinus communis). Este trabalho teve como objetivo avaliar o efeito de cinco fungicidas com diferentes princípios ativos sobre o crescimento micelial de Rhyzoctonia solani, agente causador de tombamento em mamona. Discos de micélio deste isolado foram repicados para o centro de placas de Petri contendo meio BDA, adicionados dos fungicidas nas concentrações de 0, 1, 10, 100 e 1000 ppm de ingrediente ativo (i.a.). As colônias foram incubadas a 25oC ± 1oC sob fotoperiodo alternado. Cada tratamento foi constituído de cinco repetições. Foram realizadas avaliações diárias até o primeiro contato de uma das colônias com aborda da placa, através de mensuração de diâmetros de cada colônia. Os fungicidas clorotalonil, tiabendazole e tebuconazole apresentaram eficiência no controle de R. solani em todas as concentrações, sendo que o ED50 ficou compreendido entre 0 e 100 ppm, 0 e 1 ppm e 0 e 10 ppm, respectivamente. A ED50 da R. solani na presença do fungicida que tem cloreto de benzalcônio como i.a. ocorreu na concentração de 1000 ppm. A azoxystrobina não apresentou controle satisfatório da R. solani “in vitro”, em nenhuma das doses trabalhadas. Esses resultados demonstram o potencial de alguns i.a. para o controle da R. solani de mamona. Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008 XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia CQI-045 Avaliação in vitro e in vivo de fungicidas no controle da antracnose da pimenta vermelha (Capsicum baccatum). Silva LP1, Ueno B2, Moura, AB1. 1Departamento de Fitossanidade, UFPel, Pelotas, RS. 2 Embrapa Clima Temperado, Pelotas, RS. E-mail: lufiaps@yahoo. com.br. Evaluation ����������� in vitro and in vivo of fungicides on the control of anthracnose red pepper (Capsicum baccatum). O objetivo deste trabalho foi testar 22 fungicidas (F) in vitro sobre 2 isolados de C. acutatum (ECT16 e ECT58) e, avaliar a eficiência in vivo de 16 destes no controle de C. acutatum (isolado ECT58) em frutos de pimenta vermelha. Os ingredientes ativos foram: azoxistrobina, metiram+piraclostrobina, mancozebe+famoxadona, tebuconazol, difeconazol, carbendazim, tiofanato metílico, captana, clorotalonil, mancozebe, folpete, propinebe, oxicloreto de cobre, hidróxido de cobre, ASM, fosfito, cloreto de benzalcônio, dióxido de cloro, tiram+carbendazim, ditianona, extrato de neen e enxofre+cal. In vitro usaram-se 2 concentrações (10 e 100% da dose comercial) em meio BDA. A inibição do crescimento micelial foi avaliada 14 dias após a incubação. Os frutos foram tratados com F na dose comercial, e decorrido 24h procedeu-se à inoculação, depositando-se suspensão conidial de 10μL, nas concentrações de 105 e 106conídios/mL, seguida de ferimento. Mediu-se o diâmetro da lesão, a cada 2 dias até o 10° dia. In vitro todos os F do grupo químico ditiocarbamato, seguido de tebuconazol foram os mais eficientes. In vivo, tebuconazol mostrou melhor resultado, seguido das estrobilurinas, mas os F de contato não foram eficientes no controle da doença. Apoio financeiro: FAPERGS CQI-046 Controle químico de Curvularia lunata in vitro. Campos ALT, Freitas MA, Gomes PF, Delgado GV, Café Filho AC. Depto de Fitopatologia, Universidade de Brasília. ����������������������� E-mail:analuisatcampos@ yahoo.com.br. Chemical control of Curvularia lunata in vitro Das espécies utilizadas para forração no Distrito Federal, a grama esmeralda (Zoysia japonica) destaca-se pelo seu valor econômico e ornamental. Apesar das vantagens, essa espécie tem se mostrado muito susceptível ao ataque do fungo Curvularia lunata, tendo em vista severas perdas em gramados públicos e residenciais do DF. O objetivo deste trabalho foi avaliar, in vitro, o efeito de diferentes concentrações de agroquímicos a fim de se obter a melhor forma de controle do patógeno. Fungicidas foram diluídos em água destilada e adicionados a meio BDA fundente (Batata, Dextrose, Ágar), obtendo-se substratos nas concentrações de 100, 150, 200, 250 e 300 ppm dos ingredientes ativos (i.a.): Clorotalonil + Tiofanato metílico; Tiofanato metílico; Epoxiconazole + Pyraclostrobin e Azoxistrobina. O meio BDA, em diferentes concentrações dos fungicidas foi distribuído em placas de Petri. Nestas, inoculou-se um disco de 0,5 cm de diâmetro de isolado fúngico pertencente à Coleção Micológica da UnB. Em seguida as placas foram incubadas em câmara tipo BOD (fotoperíodo de 12 horas e temperatura de 25oC). A avaliação da fungitoxicidade foi realizada por meio da porcentagem de inibição de crescimento miceliano (PIC). A combinação dos i.a. Epoxiconazole e Pyraclostrobin apresentou maior eficiência, inibindo, desde sua menor concentração, quase 100% do crescimento miceliano; outros produtos controlaram em média 30% do crescimento miceliano. Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008 CQI-047 Controle de Phakopsora pachyrhizi com diferentes dosagens dos fungicidas tebuconazole e flutriafol sobre a produtividade da soja. Gonçalves AF, Raetano CG, Prado EP, Aguiar-Junior HO, Christovam RS, Dal Pogetto MHFA. UNESP/FCA/ Depto. ��������� Produção Vegetal – Botucatu/SP. E-mail: [email protected] Control of Phakopsora pachyrhizi with different fungicides dosages of tebuconazol and flutriafol on soybean crop productivity. O trabalho teve como objetivo avaliar o efeito de diferentes dosagens dos fungicidas tebuconazole e flutriafol no controle da ferrugem asiática da soja, sobre o peso de 1000 sementes e a produtividade da cultura. O experimento foi conduzido na FCA/ UNESP – Campus de Botucatu, na cultura da soja var. Conquista, no delineamento experimental de blocos ao acaso com 7 tratamentos e 4 repetições, com parcelas de 3 x 5 m. nos estádios de desenvolvimento R2 (98 DAE) e R5.2 (112 DAE) foram realizadas pulverizações dos fungicidas tebuconazole 200 CE e flutriafol 125SC (0,25; 0,5 e 1,0 L p.c./ha.) visando o controle da doença. Utilizou-se um pulverizador costal manual pressurizado por CO2 equipado com pontas de jato plano AXI 110015, a 150 L/ha. os tratamentos que utilizaram o fungicida tebuconazole 200 CE, foram os que proporcionaram as maiores produtividade e peso de 1000 sementes, onde tebuconazole 200 CE na dosagem de 0,5 L p.c./ha. foi o único tratamento que apresentou diferença significativa com relação a produtividade comparado às parcelas não tratadas. Os tratamentos tebuconazole 200 CE nas dosagens 0,5 e 1,0 L p.c./ha. foram os únicos que diferiram significativamente da testemunha em relação ao peso de mil sementes. CQI-048 Severidade de Phakopsora pachyrhizi na cultura da soja sob o efeito da velocidade da assistência de ar na barra de pulverização. Prado EP, Raetano CG, Christovam RS, Dal Pogetto MHFA, Aguiar-Júnior HO, Valência RM. UNESP/FCA/ Depto. Produção Vegetal – Botucatu/SP. E-mail: epprado@hotmail. com. Phakopsora pachyrhizi severity on soybean plants under air assistance speed effect in spray boom. O controle eficiente da ferrugem asiática é obtido somente com o uso de produtos químicos. O trabalho objetivou avaliar a severidade da doença antes e após o tratamento com fungicida, sob diferentes velocidades da assistência de ar junto à barra de pulverização nessa cultura. O experimento foi conduzido na FCA/UNESP – Campus de Botucatu, na cultura da soja, var. Conquista, no delineamento experimental de blocos ao acaso (quatro níveis de ar 0, 50, 75 e 100%), mais testemunha, totalizando 5 tratamentos e 4 repetições, com parcelas de 8 x 10 m. Durante o desenvolvimento da cultura, realizou-se o monitoramento da doença utilizando-se escala diagramática aos, 94, 103, 108, 115 e 123 DAE. Nos estádios de desenvolvimento R2 (98 DAE) e R5.2 (112 DAE) foram realizadas pulverizações da mistura fungicida piraclostrobina + epoxiconazole visando o controle da doença. Utilizou-se um pulverizador Advanced Vortex 2000, equipado com pontas de jato plano XR 8002, a 150 L/ha. Houve diferença significativa na incidência da doença entre tratamentos e testemunha em todas as avaliações. O tratamento com 100% da velocidade de ar foi o mais eficiente mostrando a menor AACPF. 1Bolsista: CNPq S 161 XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia CQI-049 Assistência de ar e aplicação em volume baixo no controle da ferrugem asiática da soja. Christovam RS, Raetano CG, Dal Pogetto MHFA, Prado EP, Aguiar-Júnior HO, Jardim J. UNESP/FCA/ Depto. Produção Vegetal – Botucatu/SP. E-mail: [email protected]. Air-assistance ������������������������������ and low volume application in spray deposition to control of soybean rust. Um dos fatores que acarreta o aumento do custo de produção da cultura da soja é, sem dúvida, a aplicação de produtos fitossanitários. O trabalho objetivou avaliar a deposição da pulverização sob diferentes condições operacionais nessa cultura. O experimento foi conduzido na FCA/UNESP – Campus de Botucatu, safra 2007/08 na cultura da soja, var. Conquista, no delineamento experimental em blocos, (três níveis de ar 0, 50, 100% e BVO – baixo volume oleoso), totalizando 4 tratamentos e 5 repetições, com parcelas de 8 x 10 m. No estádio R2 fez-se uma pulverização com marcador cúprico, possibilitando quantificar o volume de calda depositado nos folíolos em alvos artificiais. Utilizou-se um pulverizador Advanced Vortex 2000, equipado com pontas de jato plano XR 8002 à 130 L ha-1 comparados ao sistema rotativo – BVO à 40 L ha-1. Na superfície adaxial dos folíolos, na parte superior das plantas, a assistência de ar a 50 e 100% da velocidade do ventilador proporcionaram maiores depósitos em relação ao BVO e a 0% de ar junto à barra (convencional). Na superfície adaxial e abaxial da parte inferior da planta, não houve diferença significativa entre os depósitos para as diferentes tecnologias de aplicação. CQI-050 Assistência de ar e aplicação em volume baixo no controle de Phakopsora pachyrhizi sobre a produtividade da soja. Christovam RS, Raetano CG, Prado EP, Dal Pogetto MHFA, Aguiar-Júnior HO, Jardim J. UNESP/FCA/ Depto. Produção Vegetal-Botucatu/SP. E-mail: ������������������������������������������� [email protected]. Airassistance and low volume application to control of Phakopsora pachyrhizi on soybean crop yield. No momento a doença mais temida pelos agricultores é a ferrugem asiática, causada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi, que se não controlada, pode provocar perdas total da cultura. O trabalho objetivou avaliar a produtividade da cultura tratada sob diferentes condições operacionais no controle desta doença. O experimento foi conduzido na FCA/UNESP-Campus de Botucatu, safra 2007/08 na cultura da soja, var. Conquista, no delineamento experimental em blocos, (três níveis de ar 0, 50, 100% e BVO-baixo volume oleoso) mais testemunha, totalizando 5 tratamentos e 5 repetições com parcelas de 8 x 10 m. Nos estádios de desenvolvimento R2 e R5.2 foram realizadas pulverizações da mistura fungicida azoxistrobina e ciproconazole no controle da doença. Utilizou-se um pulverizador Advanced Vortex 2000, equipado com pontas de jato plano XR 8002 à 130 L ha-1 comparados ao sistema rotativo-BVO à 40 L ha-1. Os tratamentos com velocidades do ar 0, 50 e 100% da velocidade máxima do ventilador e BVO, usando a mistura fungicida, foram eficiêntes no controle da doença, diferindo significativamente da testemunha pelo teste de Tukey (p<0,05), cuja produtividade foi 1457,30 kg/ha. A mistura fungicida quando aplicado com 100% da velocidade do ar na barra proporciou maior incremento na produtividade da soja. S 162 CQI-051 Resposta de híbridos de milho a aplicação de fungicida no Norte do Mato Grosso. Lima MJ, Costa L., Nascimento C, Hoffmann LL. MJL ������������������������������������������������������� Consultoria, Nova Mutum, MT. E-mail: [email protected]. br. Response of corn hybrids at fungicide application in Noth Mato Grosso State. Foi conduzido um ensaio na safra 07/08 no município de Nova Mutum com 12 híbridos comerciais de milho com e sem fungicida. O plantio foi realizado nos dia 5/12/07 e demais tratos culturais foram realizados conforme a necessidade. Na fase V12 (40DAE) foi aplicado o fungicida via foliar na dose de 60 g i.a de Azoxistrobin mais 24 g i.a de ciproconazole/ha. Aos 100 DAE foi avaliado a severidade foliar das doenças, aos 120 DAE foi avaliado podridão de colmo. No final do ciclo realizou-se a colheita e a avaliação de grãos ardidos. A severidade foliar variou conforme a reação do híbrido a cada doença. Para Puccinia polissora a severidade média foi de 29,2% e 10,4% para os híbridos sem e com fungicidas respectivamente. Para Helminthosporium maydis a severidade média foi 21,7 e 9,2% para os híbridos sem e com fungicidas respectivamente. A podridão de colmo foi reduzida em 72,8% na média dos híbridos com aplicação de fungicida. A média de grãos ardidos foi de 9,2% e 6,8% para os híbridos sem e com fungicidas respectivamente. A produtividade média dos híbridos foi 10,1 % maior no tratamento com fungicida, variando de 6,6 a 18,6 sacas/ ha. O retorno sobre o investimento foi na média de 5:1, avalizando que a aplicação de fungicidas na cultura do milho é viável, com resultados econômicos positivos e diminuição de grãos ardidos e podridão de colmo. CQI-052 Eficiência de diferentes dosagens de fungicidas no controle in vitro de Paecilomyces sp. oriundo de criações de mosca branca (Bemisia tabaci Genn.). Tropaldi L, Rossi RF, Smarsi RC, Kulczynski SM, Santos FL. Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul, Unidade de Cassilândia. E-mail: �������������������������������� [email protected]. Efficiency of different doses of fungicides in the control of in vitro Paecilomyces sp. originating from of creations of white fly (Bemisia tabaci Genn.). O controle biológico apresenta grande interesse atualmente, motivo de estudos com criação artificial de inimigos naturais, no entanto o sucesso da criação depende da adequada alimentação. Na dieta alimentar de crisopídeos é oferecido ninfas de mosca-branca. Entretanto a ocorrência do fungo entomopatogênico Paecilomyces sp. pode dizimar a população das mesmas. Com o objetivo de avaliar a eficiência de diferentes dosagens de fungicidas no controle do patógeno em criação de mosca-branca, instalou-se um teste in vitro, onde foram avaliados os fungicidas (g i.a./100L) tebuconazole (20, 10 e 05), tiofanato-metílico(49, 24,5 e 12,25), mancozeb(280, 140 e 70) e uma testemunha (BDA).Um disco de 1cm de micélio de Paecilomyces sp. foi transferido para o centro das placas. As avaliações foram realizadas através da medição do diâmetro da colônia em 24, 48, 72, 96 e 120 h após a incubação. O tebuconazole em todas as dosagens apresentou 100 % de eficiência no controle. Constatou-se a partir de 48h de incubação que os meios com tiofanato-metílico e mancozeb, nas maiores doses proporcionaram 12% e 2% de inibição de crescimento micelial, respectivamente, portanto estes produtos apresentaram efeito fungistático. Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008 XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia CQI-053 Eficiência de fungicidas e de fosfitos na incidência e severidade da cercosporiose do cafeeiro. Paiva BRTL; Silva AC; Uchôa CN, Fernandes LHM, Toyota M, Resende MLV, Souza PE. Departamento de Fitopatologia, UFLA, Lavras, MG, Brasil. �� Email: [email protected] Efficacy of fungicides and phosfites on the incidence and severity of coffee brown eye spot. O trabalho teve como objetivo comparar o efeito de diferentes fungicidas e de diferentes fosfitos sobre a incidência e a severidade da cercosporiose no cafeeiro causada pelo fungo Cercospora coffeicola. Utilizou-se o delineamento experimental de blocos casualizados com 7 tratamentos e 4 repetições. Os tratamentos foram: (1) Hortifós (500 mL/100L), (2) Fulland (500mL/100L), (3)Phytogard Mn (333 mL/100L), (4) Amistar (100g/ha), (5) Opera (1,5L/ha), (6) Sphere (1L/ha) e (7) testemunha. As pulverizações foram realizadas de acordo com a recomendação de cada produto. O volume de calda utilizado foi 230L/ha. A todos os tratamentos foi adicionado o adjuvante Nimbus (0,5%). A parcela total do experimento constituiu-se de 10 plantas sendo que na parcela útil foram consideradas as 6 plantas centrais. As avaliações foram feitas mensalmente, avaliando-se três ramos marcados no terço médio da planta. A testemunha consistiu de plantas não tratadas. Os tratamentos a base dos fungicidas Opera, Sphere e Amistar obtiveram um melhor efeito, tanto na incidência quanto na severidade da doença em relação aos outros tratamentos, mostrando serem promissores no controle da doença em cafeeiros. CQI-054 Eficiência de fungicidas e de fosfitos na Incidência e severidade da Ferrugem do cafeeiro. Silva AC, Uchôa CN, Paiva BRTL, Fernandes LHM, Toyota M, Resende MLV, Souza PE. Departamento de Fitopatologia, UFLA, Lavras, MG, Brasil. E-mail: ������������������� andrecagro@ yahoo.com.br. Efficacy of fungicides and phosfites on the incidence and severity of coffee leaf rust. O objetivo do trabalho foi avaliar e comparar o efeito de diferentes fungicidas e de fosfitos na incidência e severidade da ferrugem do cafeeiro. O experimento foi conduzido em blocos casualizados com 7 tratamentos e 4 repetições. Os tratamentos foram: (1) Hortifós (500 mL/100L), (2) Fulland (500mL/100L), (3)Phytogard Mn (333 mL/100L), (4) Amistar (100g/ha), (5) Opera (1,5L/ha), (6) Sphere (1L/ha) e (7) testemunha. As pulverizações foram realizadas de acordo com a recomendação de cada produto. O volume de calda utilizado foi 230L/ha. A todos os tratamentos foi adicionado o adjuvante Nimbus (0,5%). A parcela constituiu-se de 10 plantas, sendo a parcela útil 6 plantas centrais.. As avaliações foram feitas mensalmente, avaliando-se três ramos marcados no terço médio da planta. A testemunha consistiu de plantas não tratadas. Todos os tratamentos diferiram-se da testemunha, sendo que os fungicidas: Opera, Sphere e o Amistar, obtiveram uma menor incidência e severidade da doença em relação aos outros tratamentos. Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008 CQI-055 Efeito de espalhante adesivo na eficiência do fungicida guazatina associados a termoterapia no controle de Drechslera avenae em sementes de aveia. Almeida MF, Reis EM, Cardoso CAA, Zanatta T. Programa de Pós-Graduação em Agronomia, UPF, Passo Fundo, RS, Brasil. �������� E-mail: [email protected]. Effect of commercial spreader on the efficiency of the guazatine fungicide associates the thermotherapy in the control of Drechslera avenae in oats seeds. Sementes de aveia branca cultivar UPF - 20 da safra de 2006 infectadas naturalmente com Drechslera avenae com 73% de incidência, foram tratadas com o objetivo de erradicar o fungo das sementes. Os tratamentos constaram da imersão de sementes em suspensão de: 1- guazatina + água (testemunha), 2- guazatina + Silwet, 3- guazatina + Break Thru e 4 - guazatina + Tween 20 em banho-maria em temperatura constante de 40 °C e tempos de 10, 20 e 30, 40 e 50 minutos de imersão. Após o tratamento, as sementes foram secadas e plaqueadas em meio Seletivo de Reis e incubadas a 25 °C com fotoperíodo de 12 horas. Também foram feitos testes de germinação e vigor. A análise da incidência do fungo foi feita 15 dias após o plaqueamento, quantificando-se o número de sementes infectadas sob lupa 50X. Pelo teste de Tukey a 5% os tratamentos que apresentaram maior eficiência no controle do fungo foram os tratamentos 3 e 4 nos tempos de imersão entre 20 e 50 minutos. O tratamento de sementes não interferiu negativamente na germinação e vigor. Apoio Financeiro: CAPES CQI-056 Resposta de cultivares de soja a diferentes programas de controle químico de Phakopsora pachyrhizi. Madalosso MG, Hoffmann LL, Nolasco LA, Barbosa VPM, Balardin RS. Departamento de Defesa Fitossanitária, UFSM, Santa Maria, RS, Brasil. E-mail: [email protected]. Behavior of soybean cultivars under different chemical control programs of Phakopsora pachyrhizi. Cultivares de soja com diferentes ciclos foram semeadas em duas épocas distintas em Lucas do Rio Verde-MT, avaliando, sob os mesmos Programas de Controle, o efeito sobre a curva de progresso da ferrugem asiática. As cultivares Monsoy 8866 (média) e Pioneer 98C81 (tardia) foram semeadas na primeira época (24/10/2007) e em uma segunda época (14/11/2007). Os Programas de Controle foram divididos em Programa I, aplicação no fechamento entre linhas e 21 DAA, Programa II, R3 e 21 DAA, Programa III, R3 e 28 DAA. Foi utilizada a combinação de fungicidas Azoxistrobin + Cyproconazole (0,3 L.ha-1) > Cyproconazole + Thiametoxam (150 g.ha-1), Azox. + Cyproc. (0,3 L.ha-1) > Azox. + Cyproc. (0,3 L.ha-1), Tebuconazole (0,5 L.ha-1) > Tebuc. (0,5 L.ha-1) + Carbendazin (0,5 L.ha-1) e Piraclostrobin + Epoxiconazole (0,5 L.ha-1) > Cyproc. + Thiam. (150 g.ha-1). Os programas de controle mostraram respostas diferenciadas quanto ao momento fisiológico suscetível da cultivar e a curva de progresso do fungo. Na segunda época de plantio, a pressão de inoculo foi maior, o que mostrou que mesmo em cultivares com ciclos mais longos, o intervalo de aplicação não pode ser superior a 21 DAA (Programa II), bem como aplicações precoces, deixaram descoberto o final do ciclo da cultura (Programa I) nesta safra. S 163 XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia CQI-057 Posicionamento de Cyproconazole + Thiametoxam no controle de Phakopsora pachyrhizi. Madalosso MG, Hoffmann LL, Nolasco LA, Barbosa VPM, Balardin RS. Departamento de Defesa Fitossanitária, UFSM, Santa Maria, RS, Brasil. Email: [email protected]. Use of cyproconazole + thiametoxam in the Phakopsora pachyrhizi control. Diferentes doses do fungicida Cyproconazole + Thiametoxam (45 + 45 g.ha-1) foram testadas no controle da ferrugem asiática da soja comparativamente ao uso de triazol e outras misturas posicionadas diferentemente. O ensaio foi conduzido em Lucas do Rio Verde, com a cultivar M-Soy 8866 recebendo dez tratamentos que constaram da aplicação das misturas Azoxistrobin + Cyproconazole (60 + 24 g.ha-1), Piraclostrobin + Epoxiconazole (66,5 + 25 g.ha-1) e um triazol isolado Tebuconazole (100 g.ha-1), utilizados em combinação com o Cyproconazole + Thiametoxam, alternando sua dose (30 + 30 g.ha-1 e 45 + 45 g.ha-1) e posicionamento, primeira e/ou segunda aplicações (R1 e 21 DAA). Foram avaliadas a severidade da doença, AACPD e taxa de progresso da doença, bem como peso de mil grãos e produtividade. Todos os tratamentos fungicidas reduziram o progresso e a quantidade da ferrugem asiática quando comparado à testemunha. O Cyproconazole + Thiametoxam (45 + 45 g.ha-1) apresentou melhor efeito fungicida sobre o patógeno, tanto utilizado na primeira aplicação comparado com o Tebuconazole (100 g.ha-1), como na segunda aplicação, quando seguida de uma primeira de mistura. O uso de triazois + estrubirulinas na primeira aplicação mostrou melhor controle da doença. Dentre os tratamentos com triazois isolados, o Cyproconazole + Thiametoxam (45 + 45 g.ha-1) foi superior à aplicação com Tebuconazole. CQI-058 Avaliação da eficácia e da praticabilidade agronômica do fungicida BAS 556 01F no controle de Phaeoisariopsis griseola em feijoeiro. Lucas GC, Pereira RB, Gomes GS, Salgado LO. Agroteste Pesquisa e Consultoria, Lavras, MG, Brasil. �������� E-mail: [email protected]. Evaluation of effectiveness and agronomic practicability of fungicide BAS 556 01F controlling Phaeoisariopsis griseola in bean. O objetivo deste trabalho foi avaliar a eficácia e a praticabilidade agronômica do fungicida BAS 556 01F (piraclostrobina+metcon azole) no controle da mancha angular (Phaeoisariopsis griseola) em feijoeiro. O experimento foi conduzido em delineamento de blocos casualizados, com 6 tratamentos e 4 repetições. Sementes do cultivar Carioca foram semeadas e adubadas conforme recomendação. Os tratamentos constituíram de: testemunha, BAS 556 01F nas dosagens de 500 e 600 mL.p.c.ha-1, Comet ���������� 300 mL.p.c.ha-1, ������������������������ Caramba 90 800 mL.p.c.ha ���������-1 e Stratego �������������������� 250 CE 600 mL.p.c.ha-1. Foram realizadas duas aplicações dos fungicidas aos 43 e 58 dias após o plantio, utilizando um pulverizador costal pressurizado com CO2 (30 lbf/pol2), com barra de cinco bicos leque 11.002, com um volume de calda de 300 L ha-1. Realizaramse três avaliações da severidade, uma prévia, e outras duas aos 15 dias após a primeira e 15 dias após a segunda aplicação. Todos os fungicidas apresentaram controle da doença, sem diferirem entre si e em relação aos tratamentos padrões, com eficácia acima de 78,0 e 85,0%, respectivamente na segunda e terceira avaliação. BAS 556 01F, nas dosagens testadas, mostrou-se eficiente no controle da doença, sem diferir dos fungicidas padrão, sendo recomendado para o manejo da mancha angular do feijoeiro. S 164 CQI-059 Seleção in vitro de chalconas fungitóxicas a Alternaria alternata de citros. Carvalho DDC1, Camargos RB2, Alves E2, Oliveira DF3, Mascarello A4, Chiaradia LD4, Nunes RJ4, Yunes RA4. 1Departamento de Fitopatologia (UnB, Brasília, DF.), 2Departamento de Fitopatologia (UFLA, Lavras, MG.), 3 Departamento de Química (UFLA, Lavras, MG.), 4Departamento de Química (UFSC, Florianópolis, SC). E-mail: ufla-ddcc@bol. com.br. In vitro selection of fungitoxic chalcones to Alternaria alternata from citrus. A mancha marrom de alternaria, cujo agente causal é o fungo Alternaria alternata, consiste em uma importante doença dos campos de citros dos estados de São Paulo e Minas Gerais. Com vistas a selecionar produtos químicos tóxicos ao fungo, este trabalho objetivou testar chalconas sobre a germinação e desenvolvimento de A. alternata do citros in vitro. Para tanto, 250 µL de solução contendo chalconas a 500 µg/mL foram adicionados a 50 µL de suspensão de conídios de A. alternata a 2,6 - 3,0 x 105 conídios/mL. Alíquotas de 20 µL de cada suspensão obtida foram adicionadas a 130 µL de meio BDA, que estavam contidos em cavidades de placas ELISA. Estas foram envolvidas com rolopac e incubadas em BOD a 25oC, com fotoperíodo de 12 h. Após 3 dias, a avaliação consistiu na observação da germinação e subseqüente crescimento micelial do fungo em cada cavidade da placa. Dentre as 52 chalconas avaliadas, duas (L21 e N5) foram capazes de inibir totalmente crescimento e a germinação de esporos do fungo, de forma análoga ao observado para o fungicida Dacobre PM (3,5 g/L). As demais chalconas testadas não apresentaram atividade, sendo semelhantes ao controle negativo (Tween 80 a 1%). Apoio financeiro: CAPES, CNPq, FAPEMIG. CQI-060 Avaliação do efeito do óleo vegetal Agr’Óleo na eficiência de fungicidas no controle da sigatoka-amarela em bananeira. Tatagiba JS, Ferraço M, Caron ES, Ventura JA, Imberti J. FITOCLIN, Linhares, ES. ���������������������������������� E-mail: [email protected]. Evaluation of Agr’Óleo vegetal oil on the efficiency of fungicides for the control of the banana yellow sigatoka. Os óleos vegetais podem ser utilizados como adjuvantes a fungicidas e apresentam a vantagem de ser inócuos ao homem e não persistir no ambiente. Avaliou-se o efeito de doses do óleo vegetal (OV) Agr’Óleo na eficiência dos fungicidas mancozeb (M) e propiconazole (P), no controle da sigatoka amarela (Mycosphaerella musicola), comparado ao óleo mineral (OM) Assist e ao espalhante adesivo (EA) Iharaguem, em bananeira da cv. Prata-anã (AAB), em Aracruz, ES. O delineamento experimental foi em blocos casualizados, com três repetições e quatro plantas úteis/parcela. Os tratamentos foram (produto-dose kg ou L/ha): 1-Testemunha; 2-M(2kg)+EA(0,07L); 3-P(0,4L)+EA(0,07L); 4-M(2kg)+EA(0,07)+OM(10L); 5-P(0,4L)+ EA(0,07L)+OM(10L); 6-P(0,4L)+OV(10L); 7-M(2kg)+OV(7,5L); 8- P(0,4L)+OV(10L); 9- M(2kg)+OV(5L). Realizaram-se quatro aplicações a intervalos mensais e as avaliações em sete épocas, com intervalos quinzenais. Avaliou-se a severidade da doença na 5ª folha mais jovem da planta e calculou-se a AACPD. Todos os tratamentos com fungicidas diferiram estatisticamente da testemunha em reduzir a AACPD (Duncan, P≤0,05). O tratamento M+OV (10L/ha) foi o mais eficiente, com um controle de 53,5%; 40,5% e 30,5% em relação à testemunha, ao M+EA e ao P+EA, respectivamente; mas não diferiu significativamente do M+OV nas demais doses e do P+OV e P+OM. Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008 XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia CQI-061 Efeito do produto Fegatex no controle do Bolor Verde (Penicillium digitatum) em pós-colheita de citros. Pimenta AA1, Boro MC1, Stephan C1, Perez RM1, Góes A2. 1Laboratório de Fitopatologia PRTrade – CIETEC - USP – São Paulo/SP; 2 Departamento de Fitopatologia - Unesp – Jaboticabal/SP. �������� E-mail: [email protected]. Effect of Fegatex product for control of Green Mold (Penicillium digitatum) in post-harvest citrus fruit. CQI-063 Produtividade da cultura da soja em resposta ao controle de Phakopsora pachyrhizi em diferentes estádios fenológicos da cultura. Dal Pogetto MHFA, Prado EP, Christovam RS, Aguiar Júnior HO, Gonçalves AF, Bueno NM, Raetano CG. ���������� Depto. de Produção Vegetal, UNESP/FCA, Botucatu, SP, Brasil. E-mail: [email protected]. Soybean yield in response to control of Phakopsora pachyrrizi in different crop phenological stages. O bolor verde, causado por Penicillium digitatum, é a principal doença em pós-colheita de citros. No Brasil, os fungicidas do grupo dos benzimidazóis são os mais utilizados no tratamento químico desta doença, sendo que estes possuem várias restrições de uso. O objetivo do trabalho foi avaliar a eficiência do produto Fegatex para o controle do bolor verde em pós-colheita de citros. O trabalho foi realizado no Departamento de Fitopatologia da Unesp Campus Jaboticabal. Frutos de laranja, após colheita, lavagem e secagem foram imersos em soluções preparadas com os fungicidas (2 a 5 minutos, conforme recomendação do fabricante) e acondicionados em temperatura ambiente. As concentrações utilizadas dos produtos foram: Thiabendazole - 100g de i.a./100L de água e Fegatex – 100, 200, 300 e 500ml de p.c./100L de água. O delineamento foi o de blocos inteiramente casualizados, com 7 tratamentos, 4 repetições e 30 frutos/ repetição. A avaliação foi realizada aos 10, 20 e 30 dias após o tratamento, onde foi observada a presença dos fungos nos frutos. A porcentagem de infecção de frutos na testemunha foi de 9%. Todas as concentrações de Fegatex apresentaram uma maior porcentagem de controle se comparadas ao Thiabendazole, sendo que a melhor concentração foi a de 300ml/100L, apresentando 78% de controle, comparado a 11% do Thiabendazole. A ferrugem asiática constitui a principal limitação na produção de soja no Brasil. Este trabalho teve como objetivo avaliar a influência do controle desta doença em diferentes estádios fenológicos da cultura em condições de campo. Os tratamentos foram compostos pela pulverização da mistura fungicida piraclostrobina + epoxiconazole, na dose de 0,5 L de p.c./ha em diferentes estádios fenológicos da cultura da soja, var. Conquista, sendo: Tratamento 1-Estádio V10 e R2; 2-Estádio R2 e R5; 3-R2 e 4-Testemunha. Os tratamentos foram distribuídos no delineamento experimental de blocos ao acaso, 4 tratamentos e 5 repetições e foram avaliadas a produtividade da cultura e a porcentagem de desfolha. Tanto a produtividade quanto a porcentagem de desfolha não diferiram significativamente entre os tratamentos pulverizados, independente do estádio fenólogico da cultura, diferindo significativamente apenas da testemunha em ambos os casos. A produtividade e porcentagem de desfolha nas parcelas tratadas não foram afetadas pelo controle da doença nos diferentes estádios fenológicos da cultura. CQI-062 Estudo da praticabilidade e eficácia agronômica do fungicida Fegatex® (Cloretos de Benzalcônio) no controle do mofo branco (Sclerotinia sclerotiorum) na cultura do feijão. Stephan C1; Boro MC1, Pimenta AA1, Perez RM1, Souza PE2, Salgado LO3. Neto JG3. 1Laboratório de Fitopatologia PRTrade – CIETEC/USP – São Paulo/SP; 2Universidade Federal de Lavras - Lavras/MG; 3 Agroteste Pesquisa e Desenvolvimento. E-mail ������� cassio.stephan@ prtrade.com.br. Study of the practicality and agronomic efficiency of the Fegatex® fungicide (benzalconium chlorides) in control of white mold (Sclerotinia sclerotiorum) in the beans culture. CQI-064 Severidade da ferrugem asiática na cultura da soja com pulverizações fungicidas em diferentes estádios fenológicos da cultura. Dal Pogetto MHFA, Prado EP, Christovam RS, Aguiar Júnior HO, Gonçalves AF, Bueno NM, Raetano CG. ���������� Depto. de Produção Vegetal, UNESP/FCA, Botucatu, SP, Brasil. E-mail: [email protected]. Severity of soybean rust in different soybean phenological stages with fungicide spraying. O objetivo do trabalho foi avaliar a eficiência do produto Fegatex® no controle do mofo branco (Sclerotinia sclerotiorum) na cultura do feijão. O experimento foi conduzido no município de Guaíra/ SP, no período de 17/05/05 a 22/06/05. A cultivar de feijão utilizada foi a “Pérola”, plantada em espaçamento de 0,5m entre linhas. O delineamento experimental foi de blocos casualizados com 8 tratamentos e 4 repetições. Os tratamentos pulverizados em Kg ou L de p.c./ha foram: 1– Testemunha; 2- Sumilex® (1 Kg); 3- Fegatex® (1 L) (3 aplicações); 4- Fegatex® (1,5 L) (3 aplicações); 5- Fegatex® (2 L) e 6- Fegatex® (1 L). As avaliações foram realizadas observando-se os níveis de severidade da doença e a produtividade. O produto Fegatex®, nas doses de 1,0; 1,5 e 2,0 L de p.c./ha, apresentaram resultados semelhantes ao padrão Sumilex®500 WP na dose de 1,0 kg de p.c./ha, no controle de mofo branco (Sclerotinia sclerotiorum) na cultura do feijão. Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008 A ferrugem asiática constitui um dos principais entraves à produção de soja no Brasil. Este trabalho objetivou avaliar a severidade da doença com pulverizações em diferentes estádios fenológicos da cultura em condições de campo. Os tratamentos foram compostos pela pulverização da mistura fungicida piraclostrobina + epoxiconazole, na dose de 0,5 L de p.c./ha em soja var. Conquista, sendo: Tratamento 1-Estádio V10 e R2; 2-Estádio R2 e R5; 3-R2 e 4-Testemunha. Os tratamentos foram distribuídos no delineamento experimental de blocos ao acaso, com 4 tratamentos e 5 repetições. Foram avaliadas a AUDPC para cinco avaliações e a AUDPC total. Das cinco avaliações realizadas, as três primeiras apresentaram diferença significativa da AUDPC entre os tratamentos 1 e testemunha. Nas 2 últimas avaliações e na AUDPC total, todos os tratamentos pulverizados diferiram significativamente da testemunha. A pulverização nos estádios fenológicos V10 e R2 (tratamento1) retardou o progresso da doença apenas no ínicio da infecção e a relação entre a pulverização e estádio fenológico da cultura não afetou a AUDPC total. S 165 XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia CQI-065 Controle químico de antracnose e podridão peduncular em manga, no Submédio São Francisco. Peixoto AR1, Souza EM1, Karasawa M2, Souza ETAR1, Martins RS1. 1DTCS/UNEB, Juazeiro, BA, CEP.48.900-000. 2IPA,PE. Brasil. E-mail: anarpeixoto@gmail. com. Quimical control of anthracnose and stem rot in mango, in Submédio São Francisco river. Visando a redução da incidência de podridões pós-colheita em manga, três princípios ativos fungicidas foram testados, nas dosagens recomendadas pelo fabricante, em campo de produção de manga em dois períodos (inverno e verão), com oito tratamentos, sendo: a: testemunha; b: piraclostrobina, c: tebuconazol, d: tiofanato-metílico, e as combinações: e: b + c; f: b + d; g: c + d; h: b + c + d.. As pulverizações ocorreram com intervalos semanais, em pulverizador costal com volume de 3 L por planta, iniciadas no período do intumescimento das gemas florais até 21 dias de carência no inverno e 29 dias, no verão. Os frutos colhidos foram submetidos aos procedimentos pós-colheita de rotina de uma fazenda de exportação, em Juazeiro-BA, submetidos à câmara fria (100C e 90% UR), por 15 dias e mais 15 dias em prateleira à temperatura ambiente (250C ± 1), sendo determinada a percentagem de incidência de podridões. O delineamento estatístico utilizado foi em blocos casualizados e os dados submetidos à análise de variância pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. Cada parcela contou com cinco plantas, totalizando 40, por tratamento. Destacou-se a combinação f, que apresentou incidência de apenas 7,2%, em média, nos dois períodos, diferindo dos demais tratamentos. Apoio Financeiro: UNEB, FAPESB, Nova Fronteira Agrícola, BASF, IHARA. CQI-067 Aplicações de fungicidas no controle da ferrugem asiática da soja no campo na safra 2006/07. Brezolin D, Reis EM, Zanatta T, Almeida MF. Universidade de Passo Fundo, UPF, RS, Brasil. �� Email: [email protected]. Applications of fungicides in the control of Asian soybean rust in field crop in 2006/07. A resposta da aplicação de fungicidas na intensidade da ferrugem da soja e no rendimento de grãos foi quantificada em experimento conduzido no campo com o cultivar de soja CD 214 RR. O ensaio teve seis tratamentos e quatro repetições. As aplicações foram realizadas no estádio R3 e R5.3 com os fungicidas: 1) epoxiconazole + piraclostrobina; 2) ciproconazole + azoxistrobina; 3) flutriafol + tiofanato metílico; 4) primeira aplicação com flutriafol + tiofanato metílico e segunda com flutriafol; 5) primeira aplicação com epoxiconazole + piraclostrobina e segunda com tebuconazole, e 6) testemunha. Os fungicidas foram aplicados com pulverizador costal CO2 com volume de calda de 200L ha-1. Aos 20 dias após a primeira aplicação avaliou-se a incidência foliolar (%), o número de lesões cm-2 e o rendimento de grãos (kg ha-1) após a maturação. A incidência foi de: 1) 62, 2) 61, 3) 56, 4) 64, 5) 59 e na testemunha 6) 97, o número de lesões cm-2 3,5, 4,8, 4,1, 4,4, 6,5 e 25,6, respectivamente. O rendimento de grãos foi de: 1) 3.423 “a”, 2) 3.327 “ab”, 3) 2.950 “ab”, 4) 2.972 “b”, 5) 3.131 “b”, 6) 1.760 “c”. A intensidade da ferrugem diferiu somente da testemunha. Houve diferenças significativas no rendimento de grãos entre os tratamentos com aplicações de fungicidas e a testemunha. As misturas de fungicidas foram mais eficientes no controle da ferrugem e no rendimento de grãos. CQI-066 Aplicação curativa de fungicidas no controle da ferrugem asiática da soja. Brezolin D, Zanatta T, Reis EM. Programa de Pós graduação em Agronomia,UPF-RS, Brasil. ����������������������� E-mail: darlanbrezolin@ hotmail.com. Application of curative fungicides in the control of Asian soybean rust. CQI-068 Aplicação erradicativa de fungicidas no controle da ferrugem asiática da soja. Zanatta T, Reis EM, Brezolin D. Programa de Pós graduação em Agronomia, UPF, RS, Brasil. ��������������������� E-mail: tiagozanatta@ ig.com.br. Application of eradicative fungicides in the control of Asian soybean rust. Em experimento conduzido em câmara climatizada avaliou-se o efeito da aplicação curativa de fungicidas sobre infecções latentes/ virtuais (micélio interno) no controle da ferrugem asiática da soja. No estádio V4 as plantas foram inoculadas com uma suspensão de 5.000 uredosporos de Phakopsora pachyrhizi mL-1 e, aos três e cinco dias após a inoculação na sub-fase de pós infecção – pré sintoma, foram aplicados os fungicidas: epoxiconazole + piraclostrobina, ciproconazole + azoxistrobina, ciproconazole + picoxistrobina, ciproconazole + trifloxistrobina; flutriafol e clorotalonil na dose de registro para o controle da ferrugem. Manteve-se uma testemunha sem aplicação. O número de urédias e lesões cm-2 foram quantificados aos 10 dias após as aplicações. Aos três e cinco dias após a inoculação no tratamento testemunha, ocorreu a formação de 267 e 384 urédias e, 57 e 75 lesões cm-2, respectivamente. Com a cobertura completa das folhas todos os tratamentos com aplicação de misturas de fungicidas apresentaram controle total das infecções latentes/virtuais (micélio interno). Entretanto, o fungicida flutriafol aplicado aos três dias após a inoculação, possibilitou a formação de lesões, mas não a formação de urédias e, na aplicação aos cinco dias, ocorreu a formação de 1,6 urédias e 0,75 lesões cm-2. Por outro lado, no tratamento com o fungicida clorotalonil ocorreu a formação de 254 e 277 urédias e 62 e 56 lesões cm-2. O efeito erradicante de fungicidas foi avaliado em dois experimentos conduzidos em câmara climatizada. No estádio V4 as plantas foram inoculadas com uma suspensão de 5.000 uredosporos de Phakopsora pachyrhizi mL-1 e, aos 11 dias após, com urédias esporulantes, os fungicidas epoxiconazole + piraclostrobina, ciproconazole + azoxistrobina, ciproconazole + picoxistrobina, ciproconazole + trifloxistrobina, flutriafol e clorotalonil foram aplicados na dose de registro para o controle da ferrugem. Manteve-se uma testemunha. Avaliou-se o número de urédias e lesões cm-2 e, a viabilidade dos uredosporos aos 14 e 26 dias após a aplicação. Observou-se que, o efeito erradicante das urédias/lesões foi maior e mais rápido para todas as misturas de fungicidas em relação ao flutriafol e clorotalonil. A percentagem de urédias/lesões erradicadas até os 14 dias após a aplicação foi em média de 70% para as misturas; 50% para o flutriafol e 7% para o clorotalonil. Aos 26 dias 97%, 90% e 3,9%, respectivamente. No mesmo intervalo, a viabilidade (germinação dos uredosporos %) foi reduzida em 60 e 85% para as misturas, 40 e 74% para o flutriafol, 98 e 97% para clorotalonil. Os valores da AACPUF na seqüência dos tratamentos foram 53, 49, 41, 53, 71, 240 e a testemunha 257 unidades/dia e, a AACPGU 34, 33, 26, 39, 49, 1,4 e a testemunha 82 unidades/dia. Apoio financeiro: CAPES. S 166 Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008 XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia CQI-069 Aplicações preventivas de fungicidas no controle da ferrugem asiática da soja no campo. Zanatta T, Reis EM, Brezolin, D. Universidade de Passo Fundo, FAMV/UPF – RS. ���������������� Brasil. E-mail: [email protected]. Applications of preventive fungicides in the control of Asian soybean rust in field. O período de proteção de fungicidas em aplicações preventivas foi quantificado em dois experimentos conduzidos em duas épocas de semeadura no campo. O cultivar de soja CD 214 RR foi semeado no dia 22/11 e 13/12/2007. Os tratamentos compostos por epoxiconazole + piraclostrobina, ciproconazole + azoxistrobina, ciproconazole + picoxistrobina, ciproconazole + trifloxistrobina, flutriafol e tebuconazole foram aplicados na dose de registro para o controle da ferrugem e, manteve-se uma testemunha. A primeira aplicação foi no estádio V10 e a segunda em intervalo de 28 dias. Avaliou-se somente após a segunda aplicação de fungicidas, no intervalo de 14 a 59 dias na primeira época, e de 1 a 40 dias na segunda época. Quantificou-se a incidência foliolar (%), o número de lesões cm-2, a AACPIF e o rendimento de grãos (kg ha-1). Na 1a época o período de proteção foi de 25 dias e de 7 dias na 2a época. O progresso da doença foi menor nos tratamentos com misturas de fungicidas. Os valores da AACPIF na 1a época após os tratamentos foram: 1.673, 1.697, 1.641, 1.911, 2.025, 1.962 e 2.561, respectivamente; e na 2a época: 1.462, 1.195, 1.356, 1.648, 1.853, 1.783 e 3.166, respectivamente. O rendimento de grãos na 1a época foi de: 2.803, 2.737, 2.795, 2.761, 2.520, 2.546 e testemunha 2.250 (kg ha-1); e na 2a época 2.338, 2.312, 2.313, 2.255, 2.016, 2.087 e testemunha 1.659 (kg ha-1). Apoio financeiro: CAPES. CQI-070 Avaliação da eficiência de fungicida em diferentes pHs de calda no controle da ferrugem asiática (Phakopsora pachyrhizi) na cultura da soja. Macena AMF1, Ferreira Jr JP1, Bonaldo SM1, Inoue TT1, Morais EG1. 1Faculdade Integrado de Campo Mourão/PR, Brasil. Email: �������������������������������������������������������� [email protected]. Evaluation of the fungicide efficiency in different pHs of mixture in the control of soy bean rust (Phakopsora pachyrhizi) in the culture of the soy. A ferrugem asiática é doença que tem limitado o aumento no rendimento de grãos e, fatores ligados à tecnologia de aplicação, como pH da calda podem comprometer o controle da doença. Objetivando avaliar a influência do pH da calda na eficiência de fungicidas, implementou se os seguintes tratamentos: trifloxis trobina+tebuconazole em pHs 3, 4, 5, 6, 7 e 8 de calda. Foram realizados 6 tratamentos com 3 repetições, totalizando 18 unidades experimentais. Cada unidade experimental foi constituída por parcelas de 5 linhas, espaçadas 0,45m entre si e com 5m de comprimento. Foram efetuadas duas aplicações, sendo a 1a em R1 e 2a após 18 dias da primeira, com pulverizador costal de pressão constante de CO2 (30 kgf cm-3). As variáveis analisadas foram: AACPD de severidade, peso de 100 grãos e rendimento de grãos. Os dados foram submetidos à análise de variância pelo teste F, e as diferenças quando significativas foram efetuadas análises de regressão e análise de correlação. O melhor resultado para as variáveis analisadas foi observado no tratamento em pH 5 da calda. Sendo que AACPD apresentou correlação negativa significativa com relação a peso de 100 grãos e rendimento de grãos com coeficiente de determinação de R2=0,90 e de R2=0,79, respectivamente. Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008 CQI-071 Efeito de fungicidas sobre o crescimento micelial de Sclerotinia sclerotiorum e mofo branco da soja. GARCIA R.A1, JULIATTI FC2, BARBOSA KAG3. 1Produção Vegetal, UFG, Goiânia-GO. 2 Laboratório de Micologia e Proteção de Plantas, UFU, UberlândiaMG, Brasil. 3ILES/ULBRA. E-mail: [email protected]. br. Effect of fungicides on the micelial growth of Sclerotinia sclerotiorum and white mold of the soybean. Fungicidas na concentração de 100 ppm do ingrediente ativo foram avaliados sobre o crescimento micelial de dois isolados de S. sclerotiorum, provenientes de Jataí-GO e Indianópolis-MG. Discos de BDA contendo micélio do patógeno foram depositados no centro das placas de Petri contendo meio BDA + fungicida. As avaliações foram iniciadas 24 horas após a incubação, perdurando até 48 horas para o isolado de Jataí e 72 horas para o isolado de Indianópolis. Os resultados demonstraram que para alguns fungicidas o isolado de Jataí apresentou maior sensibilidade. Flutriafol, fluazinam, propiconazol, epoxiconazole + piraclostrobina, tebuconazole + trifloxistrobina, tebuconazole, ciproconazol + propiconazol, ciproconazol, fluquinconazole, tetraconazol, procimidone, iprodione, ciproconazol + trifloxistrobina, epoxiconazole, vinclozolin, protioconazole, azoxistrobina + ciproconazol, clorothalonil + tiofanato metílico, flutriafol + tiofanato metílico, miclobutanil e difeconazole não diferiram quanto à inibição do crescimento micelial para os dois isolados, que variou de 98 a 100%. No ensaio “in vivo”, o fungicida iprodione resultou em menor severidade da doença tanto em aplicações preventivas como curativas. Apoio financeiro: CNPq. CQI-072 Aplicação de fungicidas associados a micronutrientes no controle de doenças em arroz irrigado. Costa IFD, Karkow D, Arrué A, Coradini C, Stefanelo M. Clínica Fitossanitária, UFSM, Santa Maria, RS, Brasil. E-mail: �������������������������������� [email protected] Application of fungicides associated with micronutrients with the control of diseases of rice. O presente experimento foi realizado em lavoura comercial de arroz irrigado, sendo utilizada a cultivar IRGA 422 CL e os seguintes fungicidas: Cresoxim metílico + Epoxiconazole (Brio 0,75 l/ha) e trifloxistrobina + Propiconazole (Stratego 0,75 l/ha) associados a dois micronutrientes que atuam diretamente nas estruturas da parede celular, Zinco e Boro para a formulação dos tratamentos utilizou-se cada composto isoladamente e misturas entre fungicidas e micronutrientes, foi utilizado o delineamento inteiramente casualizado com quatro repetições. A aplicação se deu no início do florescimento com um volume de calda de 200 litros/ ha, foram avaliados severidade de doenças e produtividade. Os resultados obtidos mostraram que os micronutrientes influenciaram na severidade de Drechslera oryzae, sendo que, com a associação de fungicidas e micronutrientes obteve-se uma maior eficiência no controle desta doença, mas, porém não refletindo em uma maior produtividade, já a aplicação de fungicidas influenciou significativamente, aumentando a produtividade, diferindo estatisticamente dos demais tratamentos, sendo Cresoxim metílico + Epoxiconazole o melhor tratamento seguido de Trifloxistrobina + Propiconazol. S 167 XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia CQI-073 Efeito da aplicação de fungicidas juntamente com micronutrientes em relação a severidade de Dreschlera triticirepentis. Costa IFD, Arrué AM, Marques L, Webler AR, Bayer T. Departamento de Defesa Fitossanitária, UFSM, Santa Maria, RS, Brasil. ����������������������������� E-mail: [email protected]. Effect of fungicide associed with micronutrients on Dreschlera tritici-repentis control�. O objetivo deste trabalho foi ���������������������������������� avaliar��������������������������� a interação de fungicidas com micronutrientes com relação à produtividade e severidade de Dreschlera tritici-repentis. O delineamento experimental foi de blocos casualizados, com quatro repetições, em esquema bifatorial fungicidas (������������������������������������������ Epoxiconazole+Piraclostrobina (50+133 g.ha-1 de i.a.); Piraclostrobina (250 g.ha-1 de i.a.) e������������������������ Epoxiconazole���������� (125 g.ha-1 de i.a.)��������������������������������� ) X micronutrientes (Zn ������������� (315 g.ha-1 de i.a.); Mn (199 g.ha-1 de i.a.); Mo (254 g.ha-1 de i.a.); Zn+Mn (315+199 g.ha-1 de i.a.); Zn+Mo (315+254 g.ha-1 de i.a.) e Mn+Mo (199+254 g.ha-1 de i.a.)). A aplicação foi realizada no final do estádio de emborrachamento e florescimento. A avaliação das doenças foliares foi realizada 21 dias após a segunda aplicação dos tratamentos. A patometria utilizada foi a porcentagem de área foliar com sintomas típicos da doença (severidade), medida em dez folhas-bandeira, coletadas na área útil da parcela experimental. A produtividade foi obtida através da colheita de uma área de 2 m2 por parcela. A análise dos dados permitiu concluir que houve interação entre o fungicida Epoxicon �������� azole+Piraclostrobina e os micronutrientes, com destaque para as misturas Zn+Mn e Zn+Mo que proporcionaram menor severidade do fungo e maior produtividade. CQI-074 Efeito de diferentes fungicidas visando o controle de Dreschlera oryzae em arroz, cv. IRGA 422CL. Karkow D1, Costa ID1, Lenz G1, Zambon S2, Belani RB2. 1Depto. de Defesa Fitossanitária, UFSM, Santa Maria, RS; 2BASF S.A-Depto. Técnico, São PauloSP. E-mail: [email protected]. Effect of fungicides to control Dreschlera oryzae on rice, cv. IRGA 422CL. O objetivo deste experimento foi avaliar a severidade de mancha parda e o rendimento da cultura do arroz irrigado com o fungicida BRIO (Cresoxim metílico + Epoxiconazole 125+125 g ia/L) nas doses do produto comercial: T1- BRIO (500); T2- BRIO (750); T3- BRIO (750 aplicação somente no emborrachamento); T4Trifloxistrobina + Propiconazole (600) + Óleo Mineral (250); T5- Tebuconazole (750); T6- Testemunha. As aplicações foram realizadas no estágio de emborrachamento e florescimento, com exceção de T3. A avaliação de severidade de Dreschlera oryzae foi realizada 14 dias após a aplicação e o rendimento, na colheita. O delineamento utilizado foi de blocos ao acaso com quatro repetições. Os resultados mostraram que houve diferença significativa entre os tratamentos para severidade de D. oryzae e rendimento, sendo que tanto para severidade como produtividade os melhores resultados foram obtidos com T2, T4 e T1 que não diferiram entre si, seguidos de T5 e T3. O incremento médio de rendimento com relação a aplicação de fungicidas foi de 14,11%. A severidade da doença variou entre 5,25% na testemunha e 1,24% em media nas parcelas tratadas com fungicidas. Os dados obtidos mostram a importância da efetuação de duas aplicações de fungicida quando comparado a apenas uma aplicação. S 168 CQI-075 Efeito da aplicação preventiva de fungicidas sob diferentes manejos em arroz irrigado, visando o controle de Tilletia barclayana. Karkow D, Costa IFD, Zemolin C, Arrué AM, Bayer T. Departamento de Defesa Fitossanitária, UFSM, Santa Maria, RS, Brasil. E-mail: ������������������������������������������������������ [email protected]. Effect of preventive application of fungicides under different management in irrigated rice, for control of Tilletia barclayana. O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito de diferentes ingredientes ativos aplicados preventivamente sob duas épocas de semeadura e três doses de uréia para o controle de Tilletia barclayana. Foram avaliadas três doses de uréia (200, 250 e 300 Kg ha-1), em duas épocas de semeadura (26/10/2006 e 10/11/2006) e 14 soluções fungicidas (Miclobutanil (112,5 e 150 g ha-1 de i.a.), Propiconazol (125 e 187,5 g.ha-1 de i.a.), Tebuconazol (125 e 187,5 g.ha-1 de i.a.), Flutriafol + Tiofanato metílico (360 e 480 g.ha-1 de i.a.), Azoxistrobina (50 e 100 g.ha-1 de i.a.), Azoxistrobina + Ciproconazol (56 e 84 g.ha-1 de i.a.), Trifloxistrobina + Propiconazol (125 e 187,5 g.ha-1 de i.a.). Avaliou-se a percentagem de panículas com sintoma (incidência), o número de grãos sadios, cariados e chochos. Para as variáveis, incidência (%), número de grãos sadios, e número de grãos cariados houve interação significativa entre as doses de uréia e as épocas de semeadura do arroz. Utilizando-se Trifloxistrobina + Propiconazol na dose de 750 mL/ha obtevese os melhores resultados para incidência e número de grãos cariados. Verificou-se que a escolha do ingrediente ativo, a época de semeadura e a adubação nitrogenada, têm efeito direto tanto na incidência como severidade da cárie-do-grão do arroz. CQI-076 Qualidade de fruto do tomateiro em função da aplicação de diferentes fungicidas e micronutrientes. Arrué A, Costa IFD, Karkow D, Coradini C, Stefanelo. Departamento de Defesa Fitossanitária, UFSM, Santa Maria, RS, Brasil. �������� E-mail: [email protected]. Quality of tomato fruit in function of the application of different fungicides and micronutrients. O objetivo deste trabalho foi testar diferentes fungicidas e micronutrientes no controle das doenças do tomateiro, o delineamento utilizado foi o de parcelas inteiramente casualizadas com quatro repetições, sendo avaliado a qualidade de frutos.Foram utilizadas as seguintes soluções fungicidas, nas respectivas doses de ingrediente ativo: Piraclostrobina (10 g de i.a / L), Metiram (210 g de i.a./L), Dimetomorfe + Mancozebe (276 g de i.a/L) e Metiram + Piraclostrobina (240 g de i.a./L), além de dois micronutrientes: Zinco (0,25 ml/L) e Manganês (1,30 ml/L). Foram realizadas aplicações semanais durante o desenvolvimento da cultura, sendo num total de sete pulverizações, o volume de calda utilizado foi ajustado ao longo dos diferentes estágios da cultura, o volume de calda variou de 700 a 1200 L/ha em função do desenvolvimento da cultura. Com base nos resultados podemos afirmar que a qualidade do fruto do tomate tem elevada relação com a aplicação ou não de tratamentos fitossanitários, e que o melhor resultado foi obtido com a solução fungicida metiram obtendo uma qualidade de fruto média superior aos demais tratamentos. Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008 XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia CQI-077 Rendimento do tomateiro em função da aplicação de diferentes fungicidas e micronutrientes. Arrué. A. Departamento de Defesa Fitossanitária, UFSM, Santa Maria, RS, Brasil. �������� E-mail: [email protected]. Income from tomato in function of the application of different fungicides and micronutrients. O objetivo deste trabalho foi testar diferentes fungicidas e micronutrientes no controle das doenças do tomateiro através do impacto na produtividade da cultura. O delineamento experimental utilizado foram parcelas inteiramente casualizadas com quatro repetições, e a variável analisada foi a produtividade. Foram utilizadas as seguintes soluções fungicidas, nas respectivas doses de ingrediente ativo: Piraclostrobina (10 g de i.a / L), Metiram (210 g de i.a./L), Dimetomorfe + Mancozebe (276 g de i.a/L) e Metiram + Piraclostrobina (240 g de i.a./L), além de dois micronutrientes: Zinco (0,25 ml/L) e Manganês (1,30 ml/L). Foram realizadas aplicações semanais durante o desenvolvimento da cultura, sendo num total de sete pulverizações, o volume de calda utilizada foi ajustado ao longo dos diferentes estágios da cultura, o volume de calda variou de 700 a 1200 L/ha em função do desenvolvimento da cultura.Com base nos resultados podemos afirmar que embora os micronutrientes tenham apresentado resultado melhor que a testemunha não foram eficiente no controle das doenças e isso resultou numa menor produtividade, com base nisso podemos afirmar que as soluções fungicidas contribuíram para o maior rendimento da cultura, através do controle das doenças. CQI-078 Efeito obtido na produtividade da soja (Glycine max (L.) Merr.) com o uso de cinco diferentes fungicidas. Marques LN, Zemolin CR, Stefanelo MS, Lenz G, Costa IFD. Departamento de Defesa Fitossanitária, UFSM, Santa Maria, RS, Brasil. Email: [email protected]. Effect obtained in the productivity of soybean (Glycine max (L.) Merr.) with the use of five different fungicides. O presente trabalho teve por objetivo testar o controle químico nas doenças da soja usando cinco diferentes soluções fungicidas: Epoxiconazol + piraclostrobina (25,0 + 66,5 g.ha-1 de i.a.); Epoxiconazol (93,75 g.ha-1 de i.a.); Piraclostrobina (75,0 g.ha-1 de i.a.); Ciproconazol + Picoxistrobina (24,0 + 60,0 g.ha-1 de i.a.) + óleo mineral (5%); Tebuconazol (150,0 g.ha-1 de i.a.); Testemunha. O experimento foi conduzido à campo com a cultivar Fundacep 55, sendo utilizado o delineamento experimental blocos ao acaso com 4 repetições. As práticas de manejo foram realizadas baseadas nas recomendações técnicas para a cultura da soja na região sul. Foram realizadas duas aplicações, a primeira no estágio R1 e a segunda no estágio R5.1. No momento de maturação fisiológica as plantas foram colhidas, trilhadas e o seu peso corrigido para 13% de umidade para analise de produtividade. Os resultados mostraram que o melhor tratamento foi Epoxiconazol + piraclostrobina, o qual não diferiu do Ciproconazol + Picoxistrobina mostrando que a combinação entre os grupos químicos triazol e estrubilurina oferecem uma melhor proteção para cultura refletindo numa maior produtividade. Epoxiconazol, Piraclostrobina e Tebuconazol não diferiram entre si, também não diferiram da testemunha. Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008 CQI-079 Efeito da aplicação de fungicidas mais micronutrientas no peso médio dos tubérculos e no teor de matéria seca na cultura da batata cv. Macaca. Stefanelo MS, Coradini C, Karkow D, Marques LN, Costa IFD. ��������������������������������������� Departamento de Defesa Fitossanitária, UFSM, Santa Maria, RS, Brasil. E-mail: mstefanelo@hotmail. com. Effect of application of fungicides in more micronutrients the average weight of tubers and the dry matter content in the culture of potato cv. Macaca. Foram comparados quatro diferentes fungicidas: piraclostrobina + metiram(������� 150g.ha-1 de i.a.����������� + 1.650g.ha-1 de i.a.), piraclostrobina(100g.ha-1 de i.a.), metiram(2.1������ 00g.ha-1 de i.a.) -1 e cimoxanil + mancozebe(������� 160g.ha de i.a.����������� + 1.280g.ha-1 de i.a.), testados juntamente com dois micronutrientes, zinco(37,8g.ha-1) e manganês(39,8g.ha-1), visando testar um possível incremento no peso médio de tubérculos e no teor de matéria seca na cultura da batata. O delineamento utilizado foi o de blocos ao acaso, foram realizadas sete aplicações fungicidas e quatro aplicações de micronutrientes, os fungicidas foram aplicados em intervalos regulares de sete dias, enquanto que os micronutrientes em intervalos de 15 dias a fim de evitar problemas de fitotoxicidade, o volume de calda utilizado foi de 400 L.ha-1, as demais práticas culturais foram feitas conforme recomendações técnicas para a cultura da batata. O melhor resultado para a variável peso médio dos tubérculos foi obtido pelo tratamento com a solução fungicida piraclostrobina + metiram + Zn com tubérculos pesando em média 95,65g, já o maior teor de matéria seca foi encontrado no tratamento feito somente com a piraclostrobina, com 20,05% de matéria seca. CQI-080 Efeito da aplicação de fungicidas mais micronutrientes na produtividade comercial na cultura da batata cv. Macaca. Stefanelo MS, Marques LN, Lenz G, Arrué AM, Costa IFD. Departamento de Defesa Fitossanitária, UFSM, Santa Maria, RS, Brasil. ��������������������������������������������������������� E-mail: [email protected]. Effect of application of fungicides in more micronutrients in productivity commercial in the culture of potato cv. Macaca. Foram testados quatro diferentes fungicidas (piraclostrobina + metiram(������� 150g.ha-1 de i.a ����������� + 1.650g.ha-1 de��������� i.a.), -1 piraclostrobina(100g.ha de������������������������� i.a.), metiram(2.100g.ha-1 de������� i.a.) e cimoxanil + mancozebe(160g.ha-1 de ������� i.a. ���� + 1.280g.ha-1 de�������� i.a.��� ), testados juntamente com dois micronutrientes, (zinco(37,8g. ha-1) e manganês (39,8g.ha-1)), visando medir os benefícios que a aplicação de ambos poderia trazer à cultura da batata, para a variável produtividade comercial. O delineamento utilizado foi o de blocos ao acaso com quatro repetições. As aplicações de fungicida foram feitas em intervalos de sete dias, totalizando sete aplicações, enquanto que os micronutrientes foram aplicados em intervalos de 15 dias, totalizando quatro aplicações, o volume de calda utilizado foi de 400 L.ha-1, as demais práticas culturais foram feitas conforme as recomendações técnicas para a cultura da batata. Produtos contendo misturas do tipo estrubilurina + triazol somados ao micronutriente manganês geram incremento na produtividade da cultura, visto que o melhor resultado foi obtido com o tratamento com a solução fungicida piraclostrobina + metiram + Mn apresentando uma produtividade comercial de 22,81 ton./ha, tendo produtividade superior a testemunha, que produziu em média 16,02 ton./ha. S 169 XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia CQI-081 Toxicidade de diferentes fungicidas sobre o crescimento micelial in vitro de Aspergillus niger, agente causal da podridão do tronco do sisal. Oliveira WMM1, Andrade DD1, Suassuna ND2, Coutinho WM2. 1Departamento de Biologia, UEPB, Campina Grande, PB; 2Embrapa Algodão. E-mail: [email protected]. Toxicity of different fungicides on mycelial growth in vitro of Aspergillus niger, causal agent of sisal �������������� bole rot. CQI-083 Avaliação de sinais de resíduo de fungicidas utilizados no tratamento de cachos de banana (Musa sp) visando controle de Cercospora hayi. Andrade, AL, Santos Goussain RC, Rezende PF, Lima Junior MB, Goussain MM. CESUR, ������������������������� Rondonópolis, MT, Brasil. E-mail: [email protected]. Evaluation of residue of fungicides used in treatment of banana (Musa sp) to control of Cercospora hayi. Avaliou-se a toxicidade de fungicidas sistêmicos (Tiofanato Metílico, Azoxistrobina e Procimidona) e protetor (Oxicloreto de Cobre) sobre o crescimento micelial de isolados de Aspergillus niger, oriundos de plantas de sisal. Os fungicidas foram dissolvidos em dimetil sulfóxido (DMSO) e incorporados ao meio BDA, obtendo-se as concentrações de 0,01, 0,1, 1, 10 e 100 mg.L-1 de ingredientes ativos, para os fungicidas sistêmicos ou 50, 100, 200, 400 e 800 mg.L-1 para o fungicida protetor. Em placas de Petri, contendo 20 ml do meio BDA com as diferentes concentrações dos fungicidas, foram dispostos discos com 5,0 mm de diâmetro, retirado de culturas com crescimento ativo dos isolados CNPA 0020, CNPA 0021 e CNPA 0036 de A. niger. A testemunha consistiu do meio BDA sem fungicidas. As placas foram mantidas em 25oC e 12 horas de luz, durante sete dias. Após esse período, foi mensurado o diâmetro médio das colônias. Mesmo nas concentrações mais elevadas de Azoxistrobina (10 e 100 mg.L-1), não houve redução significativa do crescimento micelial dos isolados testados, entretanto, o crescimento micelial de todos os isolados foi reduzido na concentração de 800 mg.L-1 de Oxicloreto de Cobre e inibido nas concentrações de 10 e 100 mg.L-1 de Tiofanato Metílico e Procimidona. Apoio financeiro: BNB-FUNDECI. O cultivo de banana é afetado por diversas doenças fúngicas, especialmente as foliares. Entretanto no Estado de Mato Grosso, nas condições de verão, a cultura vem apresentando problemas com doenças afetando os frutos em pré-colheita o que reduz sua qualidade. Verificou-se nos frutos a ocorrência de lesões arredondadas, deprimidas e escuras cujo agente causal é o fungo Cercospora hayi. Sendo assim foi realizado um estudo com o objetivo de verificar sinais de resíduo dos fungicidas nos frutos no momento da colheita através de notas. Foram utilizados cachos de cultivares de banana do subgrupo Cavendish. Os fungicidas utilizados foram Tiofanato metílico nas formulações SC e WG, na dosagem de 100 g i.a./100 L de água, Carbendazim (200 g i.a./100 L de água) e Mancozeb (160 g i.a./100 L de água). A aplicação foi logo após a abertura da última penca. Os tratamentos foram dispostos em delineamento inteiramente casualizado com 4 repetições. Os resultados demonstraram que a aplicação de tiofanato-metílico nas diferentes formulações e Mancozeb apresentaram as menores notas quanto aos sinais visíveis de resíduo do produto no fruto. De acordo com os resultados, os produtos poderiam ser utilizados no controle de C. hayi, sem depreciar a qualidade final do produto. CQI-082 Efeito de fungicidas utilizados no tratamento de cachos de banana (Musa sp) visando controle de Cercospora hayi. Andrade AL, Santos Goussain RC, Rezende PF, Lima Junior MB, Goussain MM. ����������������������������������������� CESUR, Rondonópolis, MT, Brasil. E-mail: andreandrade@ cesur.br. Effect of fungicides used in treatment of banana (Musa sp) to control of Cercospora hayi. A ocorrência de períodos prolongados de chuva, com temperatura e umidade relativa elevadas durante o verão, têm favorecido a incidência de fungos em cultivos comerciais de banana no Estado de Mato Grosso. Além das doenças foliares, os produtores vêm passando por dificuldades para controlar doenças fúngicas que afetam o fruto em pré-colheita, especialmente Cercospora hayi. Sendo assim, foi realizado um estudo com o objetivo de avaliar a eficiência de diferentes fungicidas no controle deste patógeno em cachos de banana, visando fornecer informações que poderiam auxiliar no manejo da doença. Foram utilizados cachos de cultivares de banana do subgrupo Cavendish. Os fungicidas utilizados foram Tiofanato metílico nas formulações SC e WG, na dosagem de 100 g i.a./100 L de água, Carbendazim (200 g i.a./100 L de água) e Mancozeb (160 g i.a./100 L de água). A aplicação foi realizada logo após a abertura da última penca. Os tratamentos foram dispostos em delineamento inteiramente casualizado com 4 repetições. No momento da colheita foi avaliado o número de lesões por cacho e o número de frutos com mais de uma lesão. Os resultados demonstraram que a aplicação de Tiofanato metílico nas diferentes formulações e Mancozeb promoveram significativa redução do número de lesões em relação aos cachos não tratados demonstrando que estes produtos poderiam ser utilizados no controle de C. hayi. S 170 CQI-084 Efeito pontas de pulverização na densidade e penetração de gotas para aplicação de fungicida em arroz irrigado. Bayer TM1, Costa IFD1, Schroder EP2, Zemolin CR1, 1UFSM - Depto.Defesa Fitossanitária, Santa Maria, RS; 2SCHRODER CONSULTORIA, Pelotas, RS. E-mail: [email protected]. �������������������� Effect of different technologies to fungicide application on irrigated rice. Para avaliar diferentes pontas de aplicação de fungicidas para o controle de mancha estreita (Cercospora oryzae) em arroz irrigado, foi conduzido um experimento na Granja Quatro Irmãos (Município de Rio Grande-RS), utilizando a cultivar Qualimax 1, no período de outubro de 2007 a março de 2008. Os tratamentos foram: Bico hidráulico (30 e 20 L.ha-1), Sistema Elestrostáico (10 e 5 L.ha-1) e Atomizador Rotativo de Discos (15, 10 e 5 L.ha-1) e testemunha. Os tratamentos foram dispostos em talhões, de 10 ha cada (420m x 250m), com 6 repetições. Foi aplicado o fungicida Stratego (750mL.ha-1) + Attach (0,25 L.ha-1) no inicio de emborrachamento. Foi efetuada avaliação através de papéis hidrossensíveis colocados em estacas, no interior do dossel, em três estratos, superior (90 cm), intermediário (60 cm) e inferior (30 cm), após a aplicação do fungicida, com aeronave Ipanema. Com relação à densidade de gotas, o sistema Atomizador Rotativo de Discos (15 L.ha-1) obteve a melhor distribuição nos três estratos do dossel. Quanto a penetração de gotas, também o sistema Atomizador Rotativo de Discos (15 L.ha-1) apresentou a maior quantidade de gotas no terço inferior do dossel da cultura. De maneira geral, os sistemas Eletrostático e Atomizador Rotativo de Discos apresentaram controle eficiente do patógeno. Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008 XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia CQI-085 Avaliação do controle químico de doenças foliares na cultura do milho no Mato Grosso. Machado AQ, Cassetari Neto D, Andrade Júnior ER, Costa AA, Vidotti ED, Abdo JG. ������������ UNIVAG/CAB, Várzea Grande MT. E-mail: [email protected] Evaluation of chemical control of maize leave diseases in Mato Grosso state, Brazil. Com o objetivo de avaliar a eficiência do controle químico da ferrugem Puccinia polysora, mancha de Phaeosphaeria maydis, Cercosporiose e mancha de Helminthosporium turcicum na cultura do milho, instalou-se um ensaio em lavoura comercial no município de Jaciara-MT, utilizando o híbrido 30K75. Foram avaliados os fungicidas Trifloxystrobin + Tebuconazole (600 mL/ ha), Azoxystrobin + Ciproconazole (300 mL/ha) e Pyraclostrobin + Epoxiconazole (750 mL/ha). Todos os fungicidas foram avaliados em uma aplicação (pré-pendoamento) e duas aplicações (pré-pendoamento e 15 dias após). O ensaio foi instalado em delineamento de blocos ao acaso com 7 tratamentos e 4 repetições, com parcelas de 5 linhas de 5 metros e espaçamento de 0,90 cm. Os tratamentos foram aplicados através de pulverizações com CO2 costal e um volume de calda de 200 L/ha. A severidade das doenças foi avaliada semanalmente de acordo com a porcentagem de tecido infectado. Pela análise dos resultados, podemos concluir que o tratamento Trifloxystrobin + Tebuconazole (em duas aplicações) foi superior aos demais no controle das doenças foliares em milho no Mato Grosso. CQI-086 Desempenho de Tebuconazole no controle da ferrugem da soja, safra 2007/2008. ����������������������������� Cassetari Neto D, Machado AQ. UFMT/ FAMEV, Cuiabá MT. E-mail: [email protected] Performance of Tebuconazole on soybean rust control, harvest 2007/2008. Na safra de soja 2007/08, produtores e pesquisadores do CentroOeste relataram a ocorrência de baixo desempenho do fungicida Tebuconazole, aplicado de forma curativa no controle da ferrugem (Phakopsora pachyrhizi). O objetivo deste trabalho foi avaliar os resultados do desempenho de Tebuconazole, em 3 ensaios realizados em Campo Verde, MT. Os ensaios foram conduzidos com diferentes números e forma de aplicação dos tratamentos, o que não permite uma análise conjunta dos dados. A ferrugem passou a ocorrer de forma epidêmica no ensaio a partir de 15/02/2008, consideradas as aplicações realizadas antes desta data como preventivas. Os dados apresentados em cada ensaio comparam o princípio ativo Tebuconazole com parcelas testemunhas e com misturas de triazóis e estrobilurinas (Ciproconazole+Azoxystrobin no ensaio 1, Ciproconazole+Azoxystrobin como padrão 1 e Epoxi conazole+Pyraclostrobin como padrão 2 no ensaio 2 e Tebuconaz ole+Trifloxystrobin no ensaio 3), consideradas padrões de controle preventivo da ferrugem. Os resultados permitem observar que em todos os ensaios, Tebuconazole comportou-se, em comparação às testemunhas e às misturas preventivas, de forma intermediária no controle da ferrugem. Somente no ensaio 3, a mistura Tebuco nazole+Trifloxystrobin foi superior a Tebuconazole isoladamente no controle da doença. Estes resultados permitem concluir a importância da presença de estrobilurinas no controle preventivo da ferrugem no Centro-Oeste. Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008 CQI-087 Severidade de Bipolaris oryzae em arroz irrigado. Zemolin CR, Bayer TM, Costa IFD, Marques LN. UFSM - Depto.Defesa Fitossanitária, Santa Maria, RS. E-mail: ��������������������������� carlazemolin@yahoo. com. Severity of Bipolaris oryzae on irrigated rice. Foi conduzido um experimento em Santa Maria – RS, para avaliar a severidade de Bipolaris oryzae, com delineamento experimental de blocos ao acaso, seis tratamentos e quatro repetições. Os tratamentos foram: Miclobutanil (750 mL.ha-1), Azoxistrobina (300 mL.ha-1), Trifloxistrobina+Propiconazol (750 mL.ha-1), Picoxistrobina+Cip roconazol (750 mL.ha-1) e Kresoxim Metil+Epoxiconazol (500 e 750 mL.ha-1) e uma testemunha sem tratamento. Foram feitas duas aplicações fungicidas, a primeira no estádio de emborrachamento e a segunda em floração plena. Foram realizadas duas avaliações, aos 14 e 21 dias após aplicação dos tratamentos, sendo que a variável analisada foi a severidade de mancha parda na folha bandeira. Os dados obtidos foram submetidos à análise de variância. Os resultados mostraram que os tratamentos com fungicidas, com exceção de Azoxistrobina (300 mL.ha-1), apresentaram ação fungicida para estas condições experimentais pois diferiram da testemunha em ambas épocas de avaliação. De acordo com os resultados obtidos nas avaliações de severidade observou-se redução entre a primeira e a segunda época de avaliação. Para a eficiência de controle observou-se incremento da primeira para a segunda época, exceto para o tratamento com Trifloxistrobina+Propiconazol (750 mL.ha1 ), o qual teve redução da eficiência na segunda avaliação. Para Kresoxim Metil+Epoxiconazol (750 mL.ha-1), a eficiência de controle teve incremento em torno de 22%. CQI-088 Eficiência in vitro de fungicida a Thielaviopsis paradoxa. Esmerini G����������������������������������������������� , Martins TD, Navai MC, Gomes DN. Departamento de Pesquisa e Desenvolvimento Chemtura, CEM, São Paulo, SP, Brasil. E-mail: �������������������������������������� [email protected]. In vitro eficiency of fungicides to Thielaviopsis paradoxa. Causada pelo fungo Thielaviopsis paradoxa, a podridão-abacaxi é uma doença típica dos toletes. Com isso, cinco isolados fúngicos de Thielaviopsis paradoxa proveniente de toletes da cana de açúcar (Saccharum officinarum L.) foram testados para se verificar a ação in vitro dos fungicidas carboxina + tiram, quintozeno e o codificado BRF 103 na inibição do crescimento micelial do agente causal da doença. Os fungicidas foram incorporados em meio BDA autoclavado fundente nas doses de 1, 10 e 100 ppm e o tratamento testemunha (0 ppm). A incubação ocorreu sob temperatura de 20 ± 2°C, durante 5 dias. As avaliações ocorreram após o quinto dia de incubação, com uma média da medição de dois diâmetros das colônias. Com a escala de Bollen & Fuchs (1970) foi avaliada a concentração em ppm dos fungicidas necessária para inibir 50% (ED50) do crescimento micelial destes cinco isolados de Thielaviopsis paradoxa, como por exemplo o tratamento de carboxin + tiram: F1=34,28; F2=35,74; F3=20,85; F4= 24,84 e F5=24,84. Assim conclui-se que houve uma interação entre os fungicidas e isolados; que a carboxina + tiram apresentou eficiência na dose de 100 ppm, o tratamento BRF 103 foi altamente eficiente a todos os isolados avaliados e que também houve interação entre fungicida quintozeno e isolados, mostrando eficiência de acordo com o isolado avaliado. S 171 XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia CQI-089 Bioensaio com folhas destacadas para monitoramento da resistência de Phakopsora pachyrhizi aos fungicidas triazóis. Juliatti FC, Sagata E, Silva FO. Universidade Federal de Uberlândia – ICIAG- LAMIP – Laboratório de Micologia e Proteção de Plantas, Av. Amazonas s/n., Campus Umuarama, Bloco 2E, Sala 15, Uberlândia, MG. E-mail: [email protected]. Bioassay from leaves inoculation ����� with Phakopsora pachyrhizi to triazoles fungicides monitoring on soybeans No manejo da ferrugem da soja tem-se usado no mínimo duas aplicações de fungicidas triazóis ou em misturas com estrobilurinas. No uso de misturas de triazóis com estrobilurinas nas aplicações curativas ou erradicantes também se tem observado nas regiões de maior pressão da doença uma redução no período de proteção ano após ano. O uso de novos adjuvantes oleosos tem melhorando a eficácia de muitos fungicidas. Com o objetivo de monitorar as mudanças na população do patógeno frente aos fungicidas foi desenvolvido pela UFU um esquema de monitoramento da variabilidade genética de P. pachyrhizi com base em folhas destacadas. Populações de todo o Brasil enviadas pela equipe de campo da empresa BASF foram isoladas por meio de binocular estereoscópica a partir de uma única pústula. As mesmas foram caracterizadas como da espécie citada utilizando o Kit molecular da empresa Envirologix, Lote 071217A, cedido pela empresa Milênia Agrociências. Após a confirmação da espécie foram avaliadas as concentrações dos triazóis: tebuconazole, ciproconazole, tetraconazole, miclobutanil e protioconazole. Foram utilizadas as concentrações de 0; 0,1; 1; 5; 10; 25; 50 e 100 ppm. Resultados preliminares têm demonstrado eficácia diferenciada para os diferentes triazóis para 03 populações avaliadas de MG, Goiás e MT. CQI-091 Efeito de indutores químicos de resistência a doenças de plantas no desenvolvimento de Sclerotium rolfsii, agente da murcha de esclerócio do pimentão. Araújo CMM, Bezerra EJS, Gomes LM, Demóstenes LCR, Sales RSA, Wolff ACS, Silva AM, Bentes JLS. Universidade Federal do Amazonas. Faculdade de Ciências Agrárias. Manaus-AM. ������������������� E-mail: [email protected]. Effect of chemical inducers in resistance of plants diseases in development of Sclerotium rolfsii, agent by the wilted sclerotium on green peppers. Este trabalho teve como objetivo avaliar o efeito antagônico do ácido salicílico, do silicato de potássio e da biomassa cítrica no crescimento micelial de Sclerotium rolfsii.O experimento foi conduzido em laboratório. Foram utilizados os indutores Ecolife® (1,0ml e 2, 50ml), Bion® (0,25ml e 0,50ml), Fertisil (0,25ml e 0,50ml) e a testemunha. Para a montagem do ensaio, foram preparados 250 mL de meio de cultura BDA para cada tratamento e dosagem, aos quais depois de esterilizados, foram adicionadas as referidas dosagens de cada indutor e distribuídas em placas de Petri de cinco cm de diâmetro. O delineamento foi inteiramente casualisado com quatro tratamentos e dez repetições. A avaliação foi feita, a partir do segundo dia, medindo diariamente com uma régua milimetrada o crescimento radial das colônias até que um dos tratamentos atingisse a borda da placa. O presente trabalho revelou que os indutores Bion® e Fertisil não apresentaram efeito significativo em comparação com a testemunha, diferentemente do Ecolife® que reduziu o crescimento micelial do patógeno, diferindo estatisticamente dos outros tratamentos de acordo com o teste de SCOTT-KNOT a 5% de probabilidade. CQI-092 Programa de aplicação dos fungicidas tiofanato metílico e fluazinam no controle do mofo branco em soja. Campos HD, Silva LHP, Silva JRC, Galvão JCB. Universidade de Rio VerdeFESURV, Faculdade de Agronomia, Rio Verde, GO.��������� E-mail: �������� [email protected]. Efficiency of thiophanate methyl and fluazinam to white mold control in soybean. CQI-090 Eficiência de fungicidas no controle da Sigatoka-negra na cultura da banana. Guimarães LH, Dario ISN, Della Valle FN, Dario GJA. Departamento de Produção Vegetal, ESALQ/USP, Piracicaba, SP, Brasil. E-mail: ����������������������������������������� [email protected]. Fungicides efficiency in the control of black sigatoka in banana crop. O trabalho teve como objetivo avaliar a eficiência dos fungicidas Azoxistrobina, Difenoconazole e Propiconazole no controle da Sigatoka-negra, doença mais importante que tem ocorrido na cultura da banana nas principais regiões produtoras do país. O ensaio foi desenvolvido no município de Registro, localizado no Vale do Ribeira, região de maior produção do Estado de São Paulo. Foram realizadas quatro aplicações espaçadas de trinta dias, sendo a primeira preventivamente, utilizando-se como veículo a mistura de 15,0 l de óleo mineral + 5,0 l de água/ha. Os resultados mostraram que os fungicidas Azoxistrobina (100 e 200 g/ha), Difenoconazole (100 g/ha) e Propiconazole (100 e 200 g/ha) apresentaram eficiência superior a 95% de controle, e não causaram fitotoxidez às plantas. Apoio Financeiro: Campo Verde Pesquisas Agronômicas S/C Ltda. S 172 Objetivando avaliar a eficácia de fungicidas no controle do mofo branco na soja (BRS Valiosa RR), instalou-se um experimento em Montividiu-GO. Utilizou-se os fungicidas: tiofanato metílico (300 e 500 gi.a.ha-1) e fluazinam (250 gi.a.ha-1) em 1, 2 ou 3 aplicações. O delineamento experimental foi de blocos ao acaso em 4 repetições. Avaliou-se a incidência da doença (porcentagem de plantas infectadas), rendimento (peso de mil grãos e produtividade) e produção de escleródios. Na avaliação realizada em R6, todos os tratamentos com fungicidas conteram significativamente a incidência da doença comparado à testemunha. A incidência da doença na testemunha foi de 36,52% e nos demais tratamentos variou de 0,93% (fluazinam em 3 aplicações) a 18,12% (tiofanato metílico, 500 gi.a.ha-1 em 2 aplicações). Para peso de mil grãos não houve diferenças significativas entre os tratamentos. As maiores produtividades foram com os tratamentos contendo 2 ou 3 aplicações, independente da dose utilizada. A testemunha produziu 2854,09 kg.ha-1, enquanto que nos melhores tratamentos, variou de 3566,27 kg.ha-1 (tiofanato metílico na dose de 300 gi.a.ha-1 em 2 aplicações) a 4024,74 kg.ha-1 (fluazinam em 3 aplicações). Todos os tratamentos com fungicidas, independente de dose ou número de aplicação, produziram menos escleródios comparados a testemunha. Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008 XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia EPI-001 Incidência e severidade do mofo cinzento em cachos de mamoneira com diferentes níveis de compactação, e na presença e ausência de acúleos. Sussel AAB, Pozza EA, Castro HA, Lasmar EBC. Departamento de Fitopatologia, UFLA, Lavras, MG, Brasil. E-mail: �������� [email protected]. Gray mold incidence and severity at different levels of spike compaction and presence and absence of aculeo. Foram montados dois experimentos, nos meses de outubro de 2006 e janeiro de 2007, utilizando-se sementes de frutos sem acúleos da cultivar IAC Guarany. Foram avaliadas a incidência e severidade dos três primeiros cachos de mamona de 100 plantas em cada experimento, sendo que a metade das plantas avaliadas não apresentava acúleos nos frutos. A análise de variância dos resultados do primeiro experimento indicou diferenças na incidência e severidade do mofo cinzento entre plantas que apresentaram frutos com e sem acúleos. No entanto, no segundo experimento não houve diferença significativa entre os resultados. A compactação dos cachos foi estratificada em cachos abertos, compactos e moderadamente compactos, e avaliada apenas no segundo experimento. Não houve diferença significativa para incidência e severidade entre cachos com diferentes compactações. Acredita-se que a falta de reprodutibilidade dos resultados entre os experimentos, quanto à presença de acúleos, se deva às condições ambientais distintas e desfavoráveis durante o segundo experimento (pluviosidade: 1,2mm/dia; umidade relativa: 75,7%) que resultaram em incidência e severidades médias de 31,4 e 9,3%, enquanto que no primeiro experimento (pluviosidade: 10,01mm/ dia; umidade relativa: 81,8%) a incidência e severidade médias foram 86,9 e 61,7%. Apoio financeiro: FAPEMIG. EPI-002 Quantificação de conídios de Amphobotrys ricini no ar e sua correlação com variáveis climáticas. Sussel AAB1, Castro HA1, Pozza EA1, Sussel RHB2. 1DFP-UFLA, Lavras, MG, 2 ESAPP, Paraguaçu Paulista, SP, Brasil. �������� E-mail: asussel@gmail. com. Quantification of Amphobotrys ricini conidia in the air and correlation with climatic variable. A quantidade de conídios de A. ricini dispersos no ar foi monitorada entre maio de 2006 e abril de 2007, no campo experimental da Ufla, com auxílio do coletor ‘Rotorod Sampler’ modelo 20. A coleta de conídios foi realizada seis vezes durante o dia, às 7, 9, 11, 14, 16 e 18 horas, com duração de 15 minutos, a 1 e 2 metros do solo. Posteriormente a contagem de conídios foi realizada com auxílio de microscópio de luz. Os dados de temperatura, umidade relativa, precipitação, velocidade do vento, e período de molhamento foliar foram coletados em intervalos de 15 minutos, durante todo o período, com estação microclimática Datalogger-CR10X, Campbell Scientific Inc. Verificou-se a presença de conídios de A. ricini no ar em todo período de coleta. A diferença significativa do número de conídios coletados nos diferentes meses correlacionouse positivamente com a variação das médias da temperatura mínima, da umidade relativa, da precipitação e do período de molhamento foliar dos dez dias anteriores à cada coleta. Observouse também correlação para os períodos imediatamente anteriores a cada coleta, onde a umidade relativa do ar apresentou correlação negativa, enquanto que a velocidade do vento apresentou correlação positiva nos 15 minutos anteriores á coleta das 7 horas. Não houve diferença significativa entre as alturas de coleta. Apoio financeiro: FAPEMIG. Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008 EPI-003 Efeito da densidade de plantas na incidência de podridões do colmo em milho na região do Planalto Catarinense. Kuhnem Junior PR, Gava F, Schweitzer C, Casa RT, Sangoi L. Universidade do Estado de Santa Catarina, CAV/UDESC, Lages, SC, e-mail: [email protected]. Effects of plant densities in the maize stalk rot incidence in Planalto Catarinense region. As podridões do colmo do milho são freqüentes no sul do Brasil em lavouras de plantio direto. São escassas informações sobre o efeito da população de plantas e a suscetibilidade dos genótipos aos patógenos. O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito da densidade de plantas (25, 50, 75 e 100 mil plantas.ha-1) na incidência de podridões da base do colmo em três híbridos de milho (AG 9020; AS 1570; P30F53). O experimento foi conduzido a campo, durante a safra agrícola 2007/08, no município de Lages/ SC em área conduzida sob rotação com soja e em sucessão a aveia preta. O delineamento experimental foi o de blocos casualizados, dispostos em parcelas subdivididas, com três repetições em esquema fatorial. Cada subparcela foi composta por seis linhas de seis metros de comprimento. A incidência de podridões do colmo foi avaliada em todas as plantas das duas linhas centrais na colheita do cereal. Houve diferença significativa pelo teste F ao nível de 5% de significância para híbridos e densidades. A interação hibrido e densidade não foi significativa. Gerou-se uma única equação de regressão para os três híbridos nas quatro densidades de plantas (y = 37,92 + 8,85x*;R2= 0,30). O incremento na população de plantas aumentou significativamente a incidência de podridões do colmo nos híbridos testados. EPI-004 Manchas foliares em soja e sua relação com diferentes populações de plantas. Gava F, Casa RT, Kuhnem Junior PR, Nerbass Junior JM, Oliveira FS. Universidade do Estado de Santa Catarina, CAV/UDESC, Lages, SC, e-mail: fernandogava@ hotmail.com. Soybean ������������������������������������������������������ leaves spots and your relation with different plants populations. Uso de diferentes populações de plantas interferem �������������� no período de molhamento, na quantidade de radiação solar absorvida, na aeração do dossel e na capacidade de absorção e translocação de água e nutrientes podendo interferir na ocorrência de doenças foliares. �� O objetivo deste trabalho foi correlacionar a incidência de manchas foliares em soja com diferentes populações de plantas. Os ensaios foram conduzidos em lavoura comercial no município de Muitos Capões, RS, na safra agrícola 2007/08, com as cultivares CD 213 RR e BRS 255 RR. Os tratamentos utilizados foram 12, 18, 24, 30 e 36 plantas/m2, distribuídos em blocos ao acaso, com quatro repetições. As parcelas constaram de 10 linhas de semeadura, espaçadas 0,45m entre si, com 10m de comprimento, variando a distância entre plantas na linha. A avaliação de manchas foliares foi realizada quando as plantas se encontravam nos estádios fenológicos R5.3 e R6 para CD 213 RR e BRS 255 RR respectivamente. As manchas predominantes foram cercosporiose e mancha alvo. Houve correlação positiva e significativa entre o aumento na população de plantas e o incremento na incidência de manchas foliares para CD 213 RR (y= 0,225x – 1,98 R2= 0,95 p= 0,00543) e BRS 255 RR (y= 0,28x + 1,44 R2= 0,91 p= 0,01223). O manejo na população de plantas pode interferir na intensidade de manchas foliares. S 173 XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia EPI-005 Relação entre seca da haste e Phomopsis em grãos de soja submetida à diferentes populações de plantas. Gava F, Casa RT, Kuhnem Junior PR, Belani AMM, Bolzan JM. Universidade do Estado de Santa Catarina, CAV/UDESC, Lages, SC. �������� E-mail: [email protected]. Relation between stem blight and grains incidence of Phomopsis sojae in different soybean plant population. Este trabalho teve como objetivo avaliar diferentes populações de plantas na incidência da seca da haste e sua relação com a incidência de Phomopsis nos grãos colhidos. O ensaio foi conduzido em lavoura comercial no município de Muitos Capões, RS, na safra agrícola 2006/07, com a cultivar CD 213 RR. Os tratamentos utilizados foram 12, 18, 24, 30 e 36 plantas/m2, distribuídos em blocos ao acaso, com quatro repetições. As parcelas constaram de 10 linhas de semeadura, espaçadas 0,45m entre si, com 10m de comprimento, variando a distância entre plantas na linha. A avaliação da seca da haste foi realizada quando as plantas se encontravam no estádio fenológico R7.1. Houve correlação positiva e significativa entre o aumento na população de plantas e o incremento na incidência da doença, sendo: y= 5,75 + 1,94x R2= 0,98 p= 0,001659. Não houve correlação significativa entre densidades de plantas e incidência de Phomopsis sp. nos grãos (y= 0,0667x + 4,96 R2= 0,115 p= 0,268515) e também entre incidência da seca da haste e incidência do fungo nos grãos (y= 3,9916x + 65,662 R2= 0,1751 p= 0,157479). O manejo da população de plantas contribui para o controle da seca da haste, mas não exerce influência sobre a incidência do fungo nos grãos. A incidência da seca da haste não apresentou correlação com a incidência de Phomopsis sp. nos grãos na cultivar CD 213 RR. EPI-006 Incidência da pinta-preta em mudas de mamoeiro em função da aplicação de silicato de cálcio e calcário dolomítico. Silva AC, Souza GM, Caldeira Júnior CF, Sales NLP. Instituto de Ciências Agrárias, UFMG, Montes Claros, MG, Brasil. �������� E-mail: [email protected]. Incidence of black spot in papaya seedlings in function of the application of calcium silicate and dolomitic limestone. O objetivo do trabalho foi avaliar a incidência da pinta-preta em mudas de mamoeiro em função da aplicação de silicato de cálcio e calcário dolomítico ao substrato. Os fatores estudados foram: 2 fontes corretivas de acidez (Calcário Dolomítico e Silicato de Cálcio); 5 dosagens para a elevação da saturação por bases (0; 25; 50; 75 e 100% da dose para elevar a saturação a 80%); e combinação entre os dois corretivos, totalizando 12 tratamentos. O experimento foi montado em casa-de-vegetação em DIC, no qual, as parcelas foram constituídas de uma planta por vaso do grupo Havaí sendo que cada vaso continha substrato composto por 2/3 de terra + 1/3 de esterco + 400 mg.dm-3 de P2O5 acrescidos das doses dos corretivos correspondentes aos tratamentos, no qual, permaneceram encubados por um período de 30 dias. As mudas foram inoculadas com Asperisporium caricae na concentração 105 quando atingiram 6 pares de folhas, no qual permaneceu em câmara úmida por 48 h. Foi observado uma alta incidência da pinta-preta em todos os tratamentos, não havendo diferença significativa entre as duas fontes corretivas, a combinação dessas fontes e entre as 5 dosagens para elevação da saturação de base, indicando assim, a não interação do teor de calcário e de silicato de cálcio na incidência da pinta preta em mudas de mamoeiro. S 174 EPI-007 Análise temporal da ferrugem da folha do trigo em diferentes cultivares, safra 2007. Moreira EN, Reis EM. Universidade de Passo Fundo, Passo Fundo, RS. �������������������������������� E-mail:[email protected]. Temporal analysis of the leaf rust of wheat different cultivars, crop 2007. A ferrugem da folha do trigo é considerada a doença de maior potencial de dano deste cereal. O objetivo do trabalho foi analisar e comparar padrões da dinâmica temporal da ferrugem da folha do trigo em diferentes cultivares. O experimento foi conduzido à campo, utilizando as cultivares, Ônix, BRS-194, Safira, Alcover, Fundacep Nova Era e Pampeano. Estas apresentam diferentes reações de resistência e são infectadas por diferentes raças de Puccinia triticina. As parcelas constaram de 15 linhas de semeadura e 5,0 metros de comprimento, arranjadas em delineamento experimental de blocos ao acaso, com três repetições. As avaliações foram realizadas semanalmente com base na incidência e na severidade, a partir do final do estádio de afilhamento até o estádio de grão leitoso, coletando-se aleatoriamente 10 plantas por parcela. Com os dados de incidência e severidade foram plotadas curvas de progresso da doença e as epidemias comparadas em relação: a) início da ocorrência dos sintomas; b) tempo para atingir a máxima intensidade da doença; c) valor máximo de severidade da doença; d) área abaixo da curva de progresso da doença. As curvas foram analisadas por meio de análise de regressão e ajustados aos modelos Logístico, Monomolecular e Gompertz. As cultivares apresentam diferenças significativas em relação ao valor máximo de severidade da doença, a área abaixo da curva de progresso da doença e a taxa de progresso da doença. EPI-008 Influência de diferentes períodos de molhamento foliar na germinação de conídios de Pseudocercospora fuligena. HalfeldVieira BA, Souza GR, Nechet KL. ���������������������������� Embrapa Roraima, Boa Vista, RR. E-mail: [email protected]. Influence of different leaf wetness period in the conidial germination of Pseudocercospora fuligena. A mancha fuliginosa do tomateiro, causada por Pseudocercospora fuligena é uma doença incomum no Brasil, sendo o conhecimento dos fatores ambientais que influenciam na ocorrência de epidemias importante na proposição de práticas para o manejo integrado da doença. O presente trabalho teve como objetivo estudar o efeito de diferentes períodos de molhamento foliar na germinação de conídios de P. fuligena. Esporos do patógeno foram pincelados na face abaxial de folíolos sadios e os tratamentos constituídos por folhas mantidas com pecíolo imerso em água, em câmara úmida pelos períodos de 0, 4, 8, 12, 16, 20 e 24 h. No período de 24 h, conídios foram coletados pela deposição de 120 µl de água destilada na face abaxial dos folíolos, seguido de leve fricção. Foram utilizadas três repetições, em que cada repetição foi constituída pela suspensão de conídios obtida de um folíolo. Para análise estatística, os dados de período de molhamento foliar e percentual de germinação de conídios foram utilizados para elaboração do gráfico e ajuste de modelo, calculando-se também os intervalos de confiança (p≤ 0,05). Os resultados demonstram que períodos acima de 16 h de água livre nos folíolos proporcionam percentuais máximos de germinação. Apoio: CNPq, proc. 303081/2007-4. Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008 XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia EPI-009 Influência do tipo de inóculo na severidade da mela do feijãocaupi. Nechet KL, Halfeld-Vieira BA, Youssef DR, Souza GR, Amorim LC, Barbosa RN. Embrapa Roraima, Boa Vista, Roraima. E-mail: [email protected]. Influence of inoculum type on cowpea web blight severity. EPI-011 Severidade da Hérnia das crucíferas em diferentes períodos de avaliação. Cruz JCS, Souza NL, Rosa DD, Basseto MA, Padovani CR, Furtado EL. Apta Pólo Centro Oeste, Jaú, SP, Brasil. E-mail: [email protected]. Clubroot severity in different evaluation periods. A severidade da mela, causada pelo fungo Rhizoctonia solani (teleomorfo Thanatephorus cucumeris), foi avaliada em dois genótipos de feijão-caupi (Vigna unguiculata) em casa-devegetação utilizando como fontes de inóculo fragmentos de micélio e microescleródios. O delineamento experimental utilizado foi inteiramente casualizado em arranjo fatorial de 2 genótipos x 2 tipos de inóculo x 5 repetições, sendo cada repetição um vaso com duas plantas. As plantas foram inoculadas com uma suspensão de 1x106 microescleródios ou fragmentos de micélio/ml no estádio de flores abertas. Avaliou-se, semanalmente, a porcentagem de área foliar lesionada e a partir dos dados foi calculada a área abaixo da curva de progresso da doença (AACPD). Os valores de AACPD foram submetidos à análise de variância usando o proc GLM do SAS e as médias comparadas pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. Não se observou diferença significativa entre valores de AACPD dos tipos de inóculo dentro de cada genótipo, variando de 232 a 179 para IT86D-719 (genótipo suscetível) e de 171 a 142 para BRS Tracuateua (genótipo resistente). Entretanto, o uso de fragmentos de micélio como inóculo permitiu diferenciar os dois genótipos. Pela praticidade de produção, fragmentos de micélio podem ser utilizados como tipo de inóculo em ensaios com o patossistema em condições de casa-de-vegetação. Apoio financeiro: CNPq/proc. 471038/2006-7. A avaliação da severidade da Hérnia das crucíferas, causada por diferentes isolados de Plasmodiophora brassicae, é fundamental na seleção de cultivares de brássicas resistentes. Diante disso, foi avaliada a severidade desta doença após a inoculação de 5 isolados de P. brassicae em repolho (Brassica oleraceae var capitata) obtidos de raízes de brássicas, naturalmente infectadas, de diferentes áreas produtoras do Estado de São Paulo: São José do Rio Pardo, Divinolândia, Pardinho 1, Pardinho 2 e Piedade. Os testes foram realizados em condições semi controladas de casa de vegetação (25±2°C) em diferentes períodos de cultivo do hospedeiro, de julho a setembro e de setembro a outubro. Foi utilizado o delineamento em blocos ao acaso, com 6 repetições. As inoculações ocorreram por meio da deposição de 2 mL da suspensão de esporos do patógeno, de cada isolado, no colo de cada 7 –1 planta, na concentração de 10 esporos mL . As avaliações foram realizadas após 35 dias da inoculação de cada período, utilizando escala visual de notas de 1 a 4, conforme a porcentagem da área radicular afetada (0=0%,1=25%, 2=50%, 3=75% e 4=100%). Os resultados foram submetidos a teste não paramétrico de KruskalWallis. Maior severidade da doença ocorreu em plantas infectadas pelos isolados de Divinolândia, no primeiro período de cultivo e avaliação, bem como Piedade e Pardinho 2 no segundo período. EPI-010 Redução do rendimento de grãos de milho causado por doenças do colmo em Campos Novos, SC. Bolzan JM, Casa RT, Gava F, Engelsing MJ, Bogo A, Danelli ALD. Universidade do Estado de Santa Catarina, CAV/UDESC, Lages, SC, e-mail: [email protected]. br. ��������������������������������������������������������������� Reduction of yield in grains of maize caused by stalk diseases in Campos Novos, SC, Brazil. As podridões do colmo são doenças freqüentes nas lavouras de milho no Estado de Santa Catarina. O objetivo do trabalho foi quantificar os danos destas podridões no rendimento de grãos em 12 híbridos de milho (AG8011, AG8021, AS1551, AS1565, AS1579, Dow2A525, DKB234, DKB240, Maximus, P30F53, P32R22, P30R50) no município de Campos Novos, SC, na safra 2007/08. A semeadura ocorreu no dia 3 de outubro de 2007, em área de plantio direto, sob rotação com soja e sucessão com aveia+ervilhaca. As parcelas constaram de cinco metros de comprimento com seis linhas de semeadura espaçadas em 65 cm. O delineamento experimental foi de blocos ao acaso com quatro repetições. A incidência de podridões do colmo foi avaliada em todas as plantas das duas linhas centrais de cada parcela no momento da colheita do cereal. Os danos no rendimento foram calculados por metodologia própria, com base no rendimento real e potencial de cada híbrido. Houve diferença significativa na incidência de podridão do colmo, sendo os híbridos AG8011, DBK240, DKB234, AS1551, AG8021 e P30R22 mais suscetíveis, e AS1565, Dow2A525, Maximus e P30R50 menos suscetíveis. A antracnose e a giberela foram doenças predominantes. A redução no rendimento de grãos variou de 0,32% a 9,24%, com média de 3,62%. Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008 EPI-012 Danos no rendimento de grãos de milho causado por podridões do colmo em Tangará, SC. Souza FO, Casa RT, Kuhnem Junior PR, Soder FJ, Nerbass Junior JM, Danelli ALD. Universidade do Estado de Santa Catarina, CAV/UDESC, Lages, SC, e-mail: a2rtc@ cav.udesc.br. Damages in yield grains of maize caused by stalk rots in Tangará, SC, Brazil. O objetivo do trabalho foi quantificar os danos causados pelas podridões do colmo no rendimento de grãos em 11 híbridos de milho (AG6018, AG7904, AG8011, AG8021, AG8088, AG9010, AG9020, Dow2A120, Maximus, P30F53, Sprint) no município de Tangará, SC, na safra 2007/08. A semeadura ocorreu no dia 10 de outubro de 2007, em área de plantio direto, sob rotação com soja e sucessão com aveia branca. As parcelas constaram de cinco metros de comprimento com oito linhas de semeadura espaçadas em 80 cm. O delineamento experimental foi de blocos ao acaso com quatro repetições. A incidência de podridões do colmo foi avaliada em todas as plantas das duas linhas centrais de cada parcela no momento da colheita do cereal. Os danos no rendimento foram calculados por metodologia própria, com base no rendimento real e potencial de cada híbrido. Houve diferença significativa na incidência de podridão do colmo entre os híbridos, sendo: Sprint, AG9020, Dow2A120, P30F53, AG7904 e AG8011 mais suscetíveis, e AG8088 e Maximus menos suscetíveis. A antracnose e a giberela foram doenças predominantes. O dano variou de 0,61% a 6,67%, com média de 2,94%. S 175 XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia EPI-013 Seleção de genótipos de feijão-caupi resistentes à mela (Rhizoctonia solani) em três ecossistemas de Roraima. Souza GR, Nechet KL, Halfeld-Vieira BA, Youssef DR, Amorim LC, Barbosa RN. ������������������������������������������������ Embrapa Roraima, Boa Vista, RR, Brasil. E-mail: [email protected]. Selection of resistant cowpea genotypes to web blight in three ecosystems in Roraima. A mela, causada pelo fungo Rhizoctonia solani (teleomorfo Thanatephorus cucumeris) é uma das principais doenças na cultura do feijão-caupi [Vigna unguiculata (L.) Walp.] em Roraima. Visando selecionar linhagens resistentes à doença foram instalados experimentos de campo em três ecossistemas: área de transição, mata e lavrado, em duas safras. Foi utilizado delineamento experimental em blocos casualizados com 17 genótipos e 4 repetições. Cada repetição constou de uma parcela de 4 linhas de 5,0 m espaçadas a 0,5 m. Estimou-se a porcentagem de área foliar lesionada, na área útil da parcela, com auxílio de escala diagramática de 0 a 100%, três meses após o plantio. Os dados foram submetidos à análise de variância utilizando-se o proc GLM do software SAS e as médias comparadas pelo teste Fisher LSD a 1%. Observou-se diferença significativa entre os genótipos e entre os ecossistemas. Os genótipos L28, L29 e L30 apresentaram maior severidade (29-55%) nos dois anos nos três ecossistemas, sendo os mais suscetíveis. A severidade das demais linhagens variou de 3-15% (1º ano) e de 5-16% (2º ano) sendo classificadas como resistente a moderadamente resistente. No 1º ano, os maiores valores de severidade foram observados na região de transição e no 2º ano no lavrado. EPI-014 Efeito do silício em componentes de resistência do trigo à mancha marrom. Domiciano GP, Xavier Filha MS, Moreira WR, Oliveira HV, Rodrigues FÁ, Vale FXR. Universidade Federal de Viçosa, Depto de Fitopatologia, Viçosa, MG. E-mail: fabricio@ ufv.br. Effect of silicon on some components of resistance of wheat to spot blotch. Este trabalho objetivou avaliar o efeito do silício (Si) em alguns componentes de resistência de plantas das cultivares de trigo BR18 e BRS208 à mancha marrom, causada por Bipolaris sorokiniana. As plantas foram crescidas em vasos contendo 0 e 0,30 g Si/kg de solo e inoculadas, aos 45 dias após emergência, com uma suspensão de 1,5x104 conídios/ml. Foram avaliados o período de incubação (PI), o número médio de lesões (NML) por cm2 de área foliar, o tamanho médio de lesão (TML) e a área abaixo da curva do progresso da mancha marrom (AACPMM). A concentração foliar de Si aumentou em 90,5% em plantas supridas com esse elemento em relação ao controle. Além disso, a microanálise de raios-X revelou ocorrer uma maior deposição de Si nas folhas das plantas de trigo das duas cultivares supridas com Si. O PI foi prolongado em 10 h, na presença de Si, possivelmente pelo impedimento físico à penetração do fungo oriundo da deposição desse elemento na superfície foliar. Na presença de Si, houve uma redução de 30% no NML, de 58% no TML e de 62% na AACPMM. Houve correlação positiva entre a concentração foliar de Si com o PI (r = 0,62) e negativa com a AACPMM e o TML (r = -0,57 e -0,70, respectivamente). Apoio: FAPEMIG e CNPq. S 176 EPI-015 Estrutura genética da população de Alternaria solani no Brasil. Lourenço Jr. V1, Campos AMD1, Bragança CAD1, Rodrigues TTMS1, Scheuermann KK2, Brommonschenkel SH1, Reis A3, Maffia LA1, Mizubuti ESG1. 1Depto. de Fitopatologia, Universidade Federal de Viçosa, MG, Brasil. 2Epagri, Itajaí, SC, Brasil. 3Embrapa Hortaliças, Brasília, DF, Brasil. E-mail: [email protected]. Genetic structure of the population of Alternaria solani in Brazil. Os marcadores AFLP e RAPD foram utilizados na análise da estrutura genética de populações de A. solani em batateira (Ba) e tomateiro (To). A combinação desses marcadores gerou 123 haplótipos, com 62 locos (92% polimorfismo). Valores de diversidade gênica para populações associadas com Ba e To foram h=0,35 (S.D. ± 0,18) e h=0,24 (S.D. ± 0,19 ), respectivamente. A diversidade genotípica quantificada pelos índices de Shannon (H’) e Stoddart & Taylor’s G para populações associadas com Ba e To foram: H’ = 1,01 e 1,00; e G = 0,99 e 0,98, respectivamente. Os valores de theta e Gst foram 0,29 (P=0,001) e 0,18, respectivamente. Entretanto, houve maior variação genética dentro (70,6%) do que entre (29,4%) populações. Na análise de agrupamentos, detectaram-se haplótipos associados com Ba. Pelo índice de associação (IA=7,25, P<0,001), não há evidências de recombinação . Fluxo gênico está ocorrendo entre populações (Nm=2) e não houve correlação entre as distâncias genética e geográfica dos haplótipos (r = -0,084, P=0,86). A população de AS é clonal com alta variabilidade genética e haplótipos estão amplamente distribuídos nas regiões produtoras de Ba e To. Apoio Financeiro: CAPES, CNPq, FAPEMIG. EPI-016 Severidade da ferrugem asiática da soja em função de boro e manganês. Reis GF1, Souza PE1, Carvalho EA1, Pinho PJ2, Carvalho JG2, Pozza EA1. 1Departamento de Fitopatologia, 2 Departamento de Ciências do Solo, UFLA, Lavras, MG, Brasil. E-mail: [email protected]. Effect of boron and manganese in the severity of soybean rust. Plantas de soja, cultivar “MG/BR 46 Conquista’”, foram cultivadas em solução nutritiva, com 2 doses de B (0,1 e 0,5 mg L-1) combinadas com 4 doses de Mn (0,08; 0,4; 0,8; 1,2 mg L-1). A inoculação das plantas com urediniósporos de Phakopsora pachyrhizi foi realizada no estádio fenológico V3. A severidade foi avaliada de acordo com a escala de Bromfield (1984), em folíolos centrais de trifólios do terço médio das plantas, em cinco avaliações em intervalos semanais, sendo em seguida calculada a AACPS. Houve interação significativa entre as doses de B e Mn. Verificou-se que níveis adequados de manganês (0,8 mg L-1), e boro (0,5 mg L-1), mantiveram a severidade da ferrugem em níveis mais baixos em relação aos outros tratamentos. Na dose de B de 0,5 mg L-1 (100%) combinada com todas as doses de Mn, a AACPS foi aproximadamente 29% menor, quando comparada com a dose de B 0,1 mg L-1 (20%) combinada com as doses de Mn. Assim, o fornecimento de níveis adequados dos micronutrientes para a cultura da soja favorece a redução da severidade de Phakopsora pachyrhizi. Apoio Financeiro: CAPES, CNPq, FAPEMIG. Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008 XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia EPI-017 Eficiência de diferentes tipos e densidades de inóculo na inoculação de Sclerotium rolfsii em tomateiro. Barbosa RNT, Halfeld-Vieira BA, Nechet KL, Amorim LC, Souza GR, Youssef DR. Embrapa Roraima, Boa Vista, RR. E-mail: rosiannethome@ click21.com.br. Efficiency of different kinds and inoculum density in inoculation of Sclerotium rolfsii in tomato plants. EPI-019 Soil distribution of Fusarium oxysporum in area used for banana screening to Panama disease resistance. ������������ Ribeiro LR, Silva SO, Souza FP, Santos M, Laranjeira FF, Dita MA. EmbrapaCNPMF, Cruz das Almas, Bahia. E-mail: [email protected]. br. Distribuição de Fusarium oxysporum em área de avaliação de bananeira para a resistência ao mal-do-Panamá Sclerotium rolfsii é responsável pela ocorrência da murcha-deesclerócio em cerca de 500 espécies vegetais. A infestação do substrato de cultivo e do solo permite a padronização da metodologia de inoculação, estabelecendo condições adequadas para a expressão dos sintomas típicos da doença e reprodutibilidade dos resultados experimentais. O objetivo do trabalho foi determinar o método mais adequado para inoculação de Sclerotium rolfsii em tomateiro. As plantas foram cultivadas em 500 mL de solo. Os tratamentos foram: 2, 4, 8 e 16 g de arroz colonizado/L-1 de solo; 2, 4, 6 e 8 escleródios ou discos de micélio depositados na superfície do solo. As avaliações foram feitas 14 dias após a inoculação, quantificandose a incidência em 10 plantas por tratamento e o período de incubação. Os dados obtidos foram analisados estatisticamente por análise de regressão. Não houve incidência da doença nas infestações com discos de micélio e escleródios. A partir de 8 g de arroz colonizado.L-1 de solo houve estatisticamente o número máximo de plantas mortas, aos 14 dias após a inoculação, e menor período para ocorrência da doença, demonstrando ser a densidade ideal de inóculo para ensaios experimentais. Apoio CNPq, proc. 470433/2007-8. The distribution of Fusarium oxysporum (FO) was evaluated in an area used for banana screening to Panama disease resistance (F. oxysporum f.sp. cubense - FOC). The severity was assessed aiming to test the relationship between FO colonies counted in Komada medium and disease intensity. The FO spatial distribution was highly variable (Standardized Morisita’s Index – SMI=0.551) but spatial dependence among the sampled points was not verified (SADIE and LCORR analyses). Most of the ‘Maçã’ plants (92%) used as susceptible control, showed different levels of disease intensity, but no relation with FO distribution was found. In order to estimate the FOC quantity, 10 colonies from each sampled point were transferred to PDA medium and compared with a FOC strain isolated from the same area. Despite of the increment in FOClike colonies variability (SMI =0.625), no significant change in the spatial pattern was noted. In addition, no relation of FOC-like colonies and disease intensity was observed. Studies addressed to develop efficient tools for quantitative detection of FOC from soil, as well as to determine the minimum FOC inoculum necessary to cause Panama disease are currently undergoing. EPI-018 Quantificação da população de Fusarium spp. em área sob diferentes condições de cultivo de cana-de-açúcar. BagioTZ1, Silva RZ1, Torres JP2, Moraes DR2, Orsini IP3, 1Aunos de graduação UENP-FALM; 2Docentes – UENP-FALM; 3Pós-graduação– UEL. E-mail: [email protected]. Quantification of the population of Fusarium spp. in area under different conditions of sugar-cane cultivation. O Fusarium spp. pode atrapalhar a implantação ou reforma de áreas canavieiras, pois, interfere na produtividade e vigor das plantas. Sozinho ou associado com Colletotrichum falcatum provoca a inversão de sacarose, causando grandes prejuízos para indústria sucroalcooleira. O trabalho teve como objetivo quantificar a população de Fusarium spp. em áreas de cana-de-açúcar sob diferentes condições de cultivo. Foram analisados sete tratamentos: aplicação de vinhaça e adubação química em cana-planta e soca em solo argiloso; vinhaça e químico em cana-soca em solo arenoso; torta de filtro em cana soca em solo argiloso. A amostragem foi de 0-15cm de profundidade próxima da região radicular da touceira, coletando-se 30 sub-amostras em uma área de três hectares/ tratamento, para a formação de uma compostas. Foi empregada a técnica da diluição seriada e plaqueamento da diluição 10-3 no meio de Nash e Schneider específico para Fusarium spp e, posterior incubação em câmara de crescimento por sete dias. Determinouse o número de colônias por placa. Observou-se maior população de Fusarium em solo argiloso com aplicação de vinhaça em cana soca. A quantificação da população mostrou que o uso de vinhaça favoreceu o aumento do inóculo em solos argilosos. Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008 EPI-020 Dinâmica do inóculo e do estabelecimento de fuligem e sujeira de mosca em maçãs no Rio Grande do Sul, Brasil. Spolti P, Del Ponte EM, Valdebenito-Sanhueza RM, Batzer J, Gleason ML. Departamento de Fitossanidade, UFRGS, POA - Brasil. E-mail: [email protected]. Dynamics ��������������������������������������� of inoculum and establishment of sooty blotch and flyspeck on apples at Rio Grande do Sul State, Brazil. A disponibilidade de inóculo, o momento do estabelecimento das infecções e o período de incubação de fuligem e sujeira de mosca (F&SM) são aspectos desconhecidos nos cultivos de macieira no Brasil. Para avaliar a disponibilidade de inóculo em pomar de cv. ‘Fuji’ em Vacaria-RS (2007/2008), utilizou-se a metodologia de janelas de exposição dos frutos, de 14 dias cada, com posterior avaliação da incidência de F&SM. Para a avaliação da dinâmica de infecções, coletaram-se frutos em intervalos de 15 dias anotandose a incidência de F&SM no momento da coleta e após 30 dias de incubação em câmara úmida. Considerou-se como período de incubação o intervalo entre a detecção das primeiras infecções e a data da observação dos primeiros sintomas no campo. Os experimentos foram conduzidos em blocos casualizados com cinco repetições de 20 frutos. As médias foram comparadas pela DMS (P<0,05). A maior incidência média de F&SM (65%) foi observada nos frutos expostos na primeira janela de exposição (primeira quinzena de dezembro), entretanto, infecções ocorreram também nos demais períodos de exposição dos frutos (incidência variando de 20 a 40%). Os primeiros sintomas no campo foram observados no dia 21 de janeiro de 2008, perfazendo um período de incubação de 48 dias. Apoio financeiro: CAPES, CNPq, CNPUV. S 177 XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia EPI-021 Metodologia para obtenção de gradiente de doença no patossistema soja-Phakopsora pachyrhizi. Ferreira TA, Aoki BI, Schmidt J, Vale FXR. Departamento de Fitopatologia, UFV, Viçosa – MG. [email protected]. Methodology to obtain disease gradient in the patossistem soybean-Phakopsora pachyrhizi. Para comparação de métodos de quantificação de doença e obtenção de parâmetros epidemiológicos utilizados em sistemas de modelagem e previsão, é importante a obtenção de um gradiente de doença. O objetivo deste trabalho foi obter um gradiente de doença baseado na fenologia do hospedeiro. Três experimentos foram conduzidos em Viçosa, utilizando-se as variedades ‘Conquista’ e ‘Vencedora’. Os experimentos foram constituídos de 8 tratamentos e 4 repetições, em DBC. O gradiente de doença foi obtido por meio de pulverização com o fungicida tebuconazole aos 30; 60; 90; 30 e 60; 30 e 90; 60 e 90; 30 60 e 90 dias após a emergência (DAE) e a testemunha sem aplicação. A severidade foi avaliada semanalmente a partir de 20 DAE, sendo estimada com o auxílio de escala diagramática e as análises foram conduzidas com auxilio do programa Statistica 7.0. A taxa de progresso da doença variou de 0,13 a 0,18; 0,17 a 0,23 e 0,09 a 0,15 para os experimentos 1, 2 e 3 respectivamente. A área abaixo da curva de progresso diferiu estatisticamente entre tratamentos, sendo menor para os tratamentos 8 (132.3, 37.9 e 85.8) e maior para testemunha (1732.6, 861.6;1031.9). Assim, conclui-se que o gradiente de severidade de doença foi obtido com sucesso. Apoio CNPq e FAPEMIG. EPI-022 Alteração no conteúdo de clorofila em folhas de soja (Glycine max (L.) MERRIL) infectadas pela ferrugem asiática (agente causal Phakopsora pachyrhizi SIDOW). Lara M, Azevedo R, Schmidt J, Vale FXR. Departamento de Fitopatologia, UFV, Viçosa, MG, Brasil. �������� E-mail: [email protected]. Alteration in the chlorophyll content in soybean leaves (Glycine max (L.) MERRIL) infected by Asian rust (causal agent Phakopsora pachyrhizi SIDOW). A ferrugem-asiática da soja, causada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi, reduz os teores de clorofilas totais (TCT) em virtude da severidade da doença. Assim o objetivo do trabalho foi correlacionar esses dois fatores e comparar os TCT segundo os tratamentos. Realizou-se um experimento de campo de setembro/2007– fevereiro/2008, em Viçosa, MG, com a cultivar Vencedora. Obtiveram-se os tratamentos via pulverizações com fungicida tebuconazole em diferentes dias após a emergência (DAE) e a testemunha, sem aplicação. A obtenção dos TCT obedeceu ao protocolo de Lichthenthaler, 1987. O delineamento foi em blocos ao acaso e os TCTs entre os tratamentos foram comparados pelo teste de Tukey a 5%. Os TCT se correlacionaram de forma significativa com a severidade (r=0,6 e p<0,05). Os tratamentos que receberam pelo menos uma pulverização aos 60 dias diferiram os TCT em relação aos que não receberam neste período, da mesma forma os tratamentos com duas ou três pulverizações apresentaram menor severidade e consequentemente maiores TCT. Portanto TCTs correlacionam-se negativamente com doença. Apoio CNPq e FAPEMIG. S 178 EPI-023 Levantamento de Phytophtora spp. em pomares comerciais de mamoeiro no Extremo Sul da Bahia. Tavares GM, Tocafundo F, Santos TR, Laranjeira D, Araújo DCS, Luz EDMN. UFRPE. Recife-Pe, Brasil. e-mail: [email protected]. Phytophtora spp. survey on commercial orchards of papaya in the south Bahia State. O Brasil é maior produtor mundial de mamão. Um dos problemas que afeta sua produção é a ocorrência da podridão da raiz e do fruto causada pelo fungo Phytophthora palmivora. Este trabalho teve como objetivo fazer o levantamento da incidência de Phytophthora spp. em pomares comerciais de mamoeiro situados no Extremo Sul da Bahia. Para tanto, foram coletadas amostras de solo em áreas cultivadas com as variedades Sunrise Solo, Formosa, Golden e Calimosa, realizou-se o levantamento de 15, 10, 6 e 2 áreas respectivamente para cada variedade. As amostras de solo foram coletadas a uma profundidade de 0-20 cm. Para quantificação do número colônias (CFU) pesou 4 gramas de solo colocou-se em um Becker 50 ml e adicionou-se 16 ml de ágar-água 0,2% e agitouse por 60 segundos em seguida decantando-se por 30 segundos e verteu-se uma alíquota em placas de Petri em meio seletivo para crescimento de Phytophthora. Decorridos 48 horas quantificou-se o número de colônias. A maior incidência de P. Palmivora foram encontrados em solos cultivados com as variedades Golden, Calimosa e Sunrise Solo com 6,7; 6,7 e 6,5 CFU/grama de solo e o menor valor foi encontrado em áreas cultivadas com a variedade Formosa 1,9 CFU/grama. Órgão financiador: CNPq. EPI-024 Curvas de progresso da Cercosporiose do milho (Zea mays L.). Costa FM, Barreto M, Koshikumo ESM, Ferreira HA, Souza LT. Departamento de Fitossanidade, UNESP, Jaboticabal, SP, Brasil. E-mail: [email protected]. Progress ���������������������������������� curves to gray leaf spot of maize (Zea mays L.). A Cercosporiose do milho tem sido responsável por reduções no rendimento de grãos da ordem de 65%. Objetivou-se com este trabalho avaliar o progresso da Cercosporiose do milho. O experimento foi conduzido em Jaboticabal, SP no período de Janeiro a Maio de 2006. A severidade da Cercosporiose foi avaliada em 10 folhas por planta. Um total de 7 avaliações foram realizadas no ensaio, com intervalos semanais entre elas, obtendo-se a AACPD da doença em cada folha e ajustadas através de 3 transformações (monomolecular, logístico e de Gompertz). A AACPD foi submetida à análise de variância e as médias comparadas pelo teste de Tukey ao nível de 5% de probabilidade. A escolha do modelo que melhor se ajustou aos dados foi feita pela comparação do coeficiente de determinação (R*2) e a forma da curva da derivada (dx/dt) em cada folha. A plotagem da proporção de doença em função do tempo mostrou típico crescimento monomolecular. Isto se deve ao fato deste modelo ter apresentado o maior coeficiente de determinação R*2 de 0,994, indicando que a velocidade de aumento da Cercosporiose do milho causada pelo fungo Cercospora zeae maydis é proporcional a quantidade de inóculo previamente existente (X0) e a taxa de infecção (r). Apoio financeiro: CNPq. Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008 XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia EPI-025 Modelos matemáticos ajustados às curvas de progresso da ferrugem tropical do milho (Zea mays L.), causada por Physopella zeae. Costa FM, Barreto M, Koshikumo ESM, Ferreira HA, Almeida FA. Departamento de Fitossanidade, UNESP, Jaboticabal, SP, Brasil. E-mail: [email protected]. Mathematical models adjusted the progress curves of tropical rust of the maize, caused by Physopella zeae. Physopella zeae, é considerado um fungo altamente agressivo e destrutivo, podendo causar danos consideráveis à planta se esta for afetada antes do florescimento. O objetivo deste trabalho foi acompanhar a evolução da ferrugem tropical e verificar o modelo matemático que melhor se ajusta aos dados da doença. O experimento foi realizado no Departamento de Fitossanidade da FCAV-UNESP, nos meses de Janeiro a Maio de 2006. A evolução da doença foi acompanhada em 10 plantas/tratamento e 10 folhas/ planta, marcadas e avaliadas de acordo com escala de notas adaptada de AZEVEDO 1997. O grau de ajuste de cada modelo para a ferrugem tropical foi baseado no maior valor do coeficiente de determinação (R*2), obtido pela regressão linear entre os valores previstos e observados. A observação destes dados permitiu inferir que a transformação monomolecular foi a que melhor se ajustou aos dados de progresso da ferrugem tropical, por proporcionar maior (R*2 = 0,965) em 91,66% dos casos. Este modelo tem sido recomendado para o ajuste de dados de doenças com período de incubação variável, como é o caso da ferrugem tropical, cujo período de incubação é mais dependente da temperatura. EPI-027 Germinação da soja em diferentes graus de severidade da ferrugem asiática. Aoki BI, Ferreira TA, Schmidt J, Vale FXR. Departamento de Fitopatologia, UFV, Viçosa, MG, Brasil. E-mail ������� [email protected]. Germination of the soybean in different degrees of severity of the Asian rust. A ������������������������������������������������������������ ferrugem asiática é uma das principais doenças da cultura da soja. Plantas severamente infectadas apresentam desfolha precoce e conseqüente má granação. Objetivou-se estudar o comportamento da germinação das sementes de soja (Glycine max), variedade “Vencedora”, sobre diferentes níveis de severidade da doença (Phakopsora pachyrhizi), em Viçosa-MG. O gradiente de doença foi obtido por meio da testemunha, sem aplicação e por pulverização com o fungicida tebuconazole aos 30; 60; 90; 30 e 60; 30 e 90; 60 e 90; 30 60 e 90 dias após a emergência (DAE), caracterizando os tratamentos 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7 e 8 respectivamente, com 4 repetições, delineadas em blocos casualizados. As amostras consistiram em 20 sementes por parcela alocadas em gerbox, com papel umedecido e observada a emissão da radícula após 4 dias. As médias de germinação dos tratamentos 1; 2; 3 ;4; 6 não diferiram estatisticamente pelo teste Tukey a 5% de probabilidade. O tratamento 7 apresentou maior média de germinação mas não diferiu do 5 e do 8. Concluiu-se que a ferrugem asiática é uma das responsáveis pela redução na germinação das sementes de soja e que o controle aos 60 dias, pode ser um período crítico para qualidade da semente. Apoio CNPq e FAPEMIG. EPI-026 Desenvolvimento da ferrugem asiática da soja em três épocas de semeadura, em Dourados, MS, safra 2007/08. Bacchi LMA, Michels GS, Reis HF, Gavassoni WL. Faculdade de Ciências Agrárias, UFGD, Dourados, MS, Brasil. E-mail: �������� lbacchi@ufgd. edu.br. Soybean rust development in three sowing times, in Dourados, MS, in 2007/08. EPI-028 Sensibilidade de isolados de Cercospora coffeicola a tebuconazol. Chaves E, Martins RB, Antunes RF, Aziz PF, Silva MG, Mizubuti ESG, Maffia LA. Depto. de Fitopatologia, UFV, 36570-000, Viçosa, MG, Brasil. E-mail: [email protected]. Sensitivity of Cercospora coffeicola isolates to tebuconazole. A ferrugem asiática da soja está entre as mais importantes doenças ocorrendo sobre a cultura atualmente. O controle químico tem sido o principal método de controle utilizado para essa doença, com resultados satisfatórios. Conhecimentos sobre epidemiologia da doença são importantes na decisão de aplicação e época de pulverização de fungicidas. O objetivo deste trabalho foi avaliar o desenvolvimento da doença em diferentes épocas de semeadura, em Dourados, Mato Grosso do Sul. O trabalho foi realizado na Fazenda Experimental de Ciências Agrárias/UFGD. Foram instaladas parcelas com a cultura da soja (cultivares BRS133 e BRS245) em 30/10, 23/11 e 18/12/2007. As culturas foram monitoradas, periodicamente, até o aparecimento das primeiras pústulas em 16/01/2008. Após a detecção da doença, amostras de plantas de cada parcela foram avaliadas quanto a porcentagem de folíolos infectados e severidade da doença. Foram traçadas curvas de progresso da doença para cada época e cultivar. Confirmando o que foi observado em anos anteriores, as velocidades iniciais e médias da doença foram maiores para a primeira época de semeadura, porém a área sob a curva foi maior para a terceira época. Projeto financiado pela Fundect/MS. Considerando-se a importância crescente da mancha de olho pardo do cafeeiro (causada por Cercospora coffeicola), também é crescente o uso de fungicidas, principalmente sistêmicos, na cultura. Porém, há carência de estudos para avaliar o efeito desses fungicidas na população do patógeno. Portanto, avaliouse a sensibilidade de 90 isolados monospóricos de C. coffeicola, oriundos de cafezais orgânicos e convencionais, de três regiões produtoras de Minas Gerais, a tebuconazol. Obtiveram-se os isolados por amostragem hierárquica, que considerou os níveis: 1. regiões (Triângulo, Sul e Mata) e 2. sistemas de cultivo (orgânico e convencional). Cultivou-se cada isolado em BDA com sete concentrações do fungicida, que variaram entre 0 e 100 µg do i.a./ mL. Após 7 dias, mediu-se o diâmetro das colônias e estimou-se a CE50. O valor de CE50 entre isolados variou de 0,39 a 3,54 µg/L. Não houve diferença entre sistemas de cultivo dentro de região, nem entre regiões quanto aos valores de CE50. A maior variação de sensibilidade a tebuconazol ocorreu entre os isolados. Porém, não houve evidência de ocorrer diferença de sensibilidade ao fungicida entre os isolados, considerando-se os níveis estudados. Apoio financeiro:CNPq, FAPEMIG. Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008 S 179 XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia EPI-029 Liberação de ascósporos de Microcyclus ulei, agente causal do Mal-das-Folhas da Seringueira (Hevea brasiliensis), in vitro. Honorato Júnior J, Maffia LA, Mizubuti ESG, Mattos CRR, Cardoso SE. Departamento de Fitopatologia, UFV, Viçosa, MG, Brasil. E-mail: ���������������������������������� [email protected]. In vitro ascospores release of Microcyclus ulei, causal agent of the South American Leaf Blight of Rubber Tree (Hevea brasiliensis). O Mal-das-Folhas, causado por Microcyclus ulei, é a doença mais importante da seringueira no Brasil. Porém, desconhecemse aspectos básicos importantes da doença, principalmente quanto à liberação de ascósporos. Objetivou-se estabelecer metodologia para obter a liberação de ascósporos in vitro. De plantas dos clones FX 3864 e RO 38, retiraram-se folíolos naturalmente infectados, do terceiro ao sexto lançamentos foliares maduros a partir do ápice. Secções dos folíolos com estromas foram lavadas em água corrente e em hipoclorito de sódio a 5%, enxaguadas com água destilada e fixadas na parte interna de tampas de placas de Petri com os estromas voltados para lâminas de vidro com camada de ágar, dentro das placas. Colocaram-se as placas fechadas em refrigerador a 5° C e, após 1,5 h, efetuou-se choque térmico de 30 ou 50 °C. Após 10 min, contaram-se os ascósporos liberados. Independente dos clones e das temperaturas, obtiveram-se maiores quantidades de ascósporos a partir dos estromas de folíolos do sexto lançamento foliar, com idade aproximada de 270 dias (1700 ascósporos em uma das lâminas a partir de estromas em folíolos de RO 38 a 50 oC). Na segunda repetição do experimento, obteve-se a mesma tendência. Apoio Financeiro: FAPEMIG, MICHELIN. EPI-030 Gradientes de dispersão de Botrytis cinerea e de Clonostachys rosea em cultivo de morango. Cota LV, Maffia LA, Mizubuti ESG. Departamento de Fitopatologia, UFV, Viçosa, MG, Brasil. E-mail: [email protected]. Dispersal gradients of Botrytis cinerea and Clonostachys rosea in a strawberry crop. Em vista da importância do mofo cinzento do morangueiro, causado por Botrytis cinerea (Bc), definiu-se que o biocontrole da doença por Clonostachys rosea (Cr) é componente importante no manejo da doença. Em condições de campo, estudaram-se os gradientes de dispersão de ambos os fungos, a partir de grãos de trigo colonizados por Cr e moídos e de frutos e hastes de morangueiros doentes e com esporulação de Bc. Em cada experimento, depositou-se a fonte no centro de parcelas (10 e 20m de comprimento para Cr e Bc, respectivamente) e, semanalmente, amostrou-se a cada 30cm de distânca da fonte. Quantificou-se a área foliar colonizada por Cr, cujas distâncias máximas alcançadas foram 45 e 105cm, nos sentidos contrário e do vento, respectivamente. Para Bc, avaliou-se o número médio de conidióforos (NMC) e a incidência da doença em flores (IFlor) e frutos (IFruto). Em todas as avaliações, maiores valores de NMC, IFlor e IFruto ocorreram próximo à fonte. Na última avaliação (104 dias do plantio), detectaram-se folhas, flores e frutos doentes até 975cm da fonte. Houve tendência de achatamento do gradiente em flores e frutos, mas não em folhas. Não houve efeito pronunciado do vento na dispersão de Bc. Os restos de cultura foram importantes para as epidemias do mofo cinzento do morangueiro e Cr teve baixa capacidade de dispersão em cultivos de morangueiro. Apoio financeiro: CNPq e FAPEMIG. S 180 EPI-031 Viabilidade de urediniósporos de Phakopsora pachyrhizi na ausência do hospedeiro. �������������������������������������� Costa AA, Beledelli D, Cassetari Neto D. FAMEV/UFMT, Cuiabá, MT. �������� E-mail: danisgobbo@yahoo. com.br. Viability of urediniospores of Phakopsora pachyrhizi in the absence of the host. Para avaliar a viabilidade de Phakopsora pachyrhizi no período de 11 semanas, instalou-se um ensaio no laboratório de fitopatologia e na casa de vegetação. O inóculo seco inicial foi coletado de folhas de soja e armazenado em geladeira. Adicionou-se água destilada e Tween 20, calibrando-se a suspensão em câmara de Neubauer para 3,2 x 104 mg/ml. Os experimentos foram: 1) germinação em água a 25°C, observando-se após 24 horas. 2) germinação em agar 2%, a 25°C e avaliadas após 48 horas. 3) infectividade em casa de vegetação, com inoculação em R3, e avaliadas a cada 7 dias, durante três semanas. No laboratório, foi utilizado o Delineamento Inteiramente Casualizado com 11 tratamentos (11 semanas) e 4 repetições e 3 placas de Petri por repetição. Na Casa de Vegetação foi distribuído em Blocos ao Acaso, com 11 tratamentos e 4 blocos, 5 vasos com 6 plantas cada. Análise pelo Teste de Tukey a 5% de probabilidade. No teste1 foi avaliado o potencial de germinação dos esporos e os tratamentos não diferem entre si estatisticamente. No teste 2 verificou-se o potencial de germinação e de desenvolvimento dos esporos e os tratamentos 2 e 3 apresentaram maior número de esporos germinados e o tratamento 11 o menor número. A infecção em casa de vegetação foi leve (até 10% da área foliar). Os esporos, após 11 semanas de armazenamento, são capazes de germinar em condições de laboratório e causar infecção leve em casa de vegetação. EPI-032 Impacto da cobertura plástica na intensidade do oídio da videira. Batista DC, Terao D, Batista FS, Barbosa MAG, Moura MSB. Embrapa Semi-Árido, Petrolina, PE, Brasil. ������������ E-mail: dio. [email protected]. Impact of plastic cover on the intensity of the grape powdery mildew. O uso da cobertura plástica (CP) em pomares de uva tem sido uma prática adotada por alguns produtores dos municípios de Juazeiro-BA e Petrolina-PE. Visando quantificar a influência dessa prática na intensidade de doenças, realizou-se durante o período de 21/09 a 1/11/2007 um experimento com uva apirênica, c.v. Festival. O experimento consistiu de 4 tratamentos: T1- latada sem CP; T2com CP localizada a 0,8 m acima do dossel; T3- com CP localizada a 1,0 m acima do dossel; Trat.4- com CP localizada a 1,2 m acima do dossel. O delineamento experimental foi em blocos casualizados com 4 repetições. As parcelas foram compostas por 15 plantas dispostas em 3 fileiras, com 5 plantas/fileira. As três plantas, mais internas, localizadas na fileira central constituíram a área útil para amostragem. A severidade da doença foi estimada e a área abaixo da curva de progresso da doença (AACPD) calculada. Observou-se apenas a ocorrência de oídio, o qual teve progresso menor nos tratamentos que receberam CP. Nesses tratamentos as severidades foram sempre menores quando comparado ao da testemunha (T1) sem CP, mantendo as severidades finais (Y100) em 4,87 % (T2), 0,96 % (T3) e 1,07% (T4), confrontando com a severidade final da testemunha (16,14%). Ao comparar a AACPD entre tratamentos, não houve diferença significativa entre os tratamentos com CP, no entanto esses tratamentos diferiram significativamente (P= 0,0001) do tratamento sem CP. O uso da CP auxiliou na redução da severidade do oídio, podendo melhorar o manejo da doença e inclusive reduzir o uso de fungicidas pela menor freqüência de pulverização, devido a menor intensidade da doença. Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008 XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia EPI-033 Progresso do míldio em cultivares de alface do grupo crespa, americana, lisa e mimosa. Mesquita PG, Café Filho AC. Departamento de Fitopatologia, UnB, Brasília, DF, Brasil. �� Email: [email protected]. Progress of downy mildew in lettuce cultivars. EPI-035 Análise do progresso temporal da ferrugem asiática da soja sob controle alternativo. Mesquini RM, Schwan-Estrada KRF, Vieira RA, Nascimento JF. Universidade Estadual de Maringá, PR. ���������������������������������������������������������� Email: [email protected]. Temporal progress analysis of Asian soybean rust under alternative control. O progresso do míldio (Bremia lactucae) em alface (Lactuca sativa) foi observado em dez cultivares dos grupos: americana, crespa, lisa e mimosa. O experimento foi conduzido em bandejas de poliestireno expandido de 128 células combinadas duas a duas de forma a se obter um conjunto de 256 células por cultivar de alface, com duas repetições. Aos 21 dias após o plantio (DAP) foi feita a substituição, na célula central do conjunto de bandejas, de uma muda sadia por uma muda da mesma idade da cultivar susceptível Tainá infectada e apresentando esporulação do patógeno, que serviu como foco de inóculo inicial para o estudo epidemiológico. Dos 26 aos 34 DAP foram observados os sintomas do míldio nas mudas de forma agrupada no centro das bandejas (padrão espacial agregado), próximas ao inóculo inicial, com quase nenhuma ocorrência nas bordas. Os grupos de alface crespa (cvs. Red Frizzly Nº 2, Green Frizzly, Verônica, Vera, repolhuda Laurel e Grand Rapids TBR), lisa (cv. Elisa) e americana (cv. Tainá) não apresentaram diferença significativa com relação à susceptibilidade ao míldio, todas apresentaram altos índices de plantas contaminadas, com grande taxa de dispersão espacial do patógeno nas bandejas. O grupo mimosa (cvs. Oak Leaf Green Pixie e Oak Leaf Red Pixie) não apresentou nenhum sinal da presença do patógeno em nenhuma das repetições, mostrando-se assim, ser altamente resistente às raças do míldio presentes no Distrito Federal. O objetivo deste trabalho foi avaliar o progresso de ferrugem asiática sob tratamentos alternativos. Os tratamentos foram: Fungicidacontrole (1), Óleo essencial de eucalipto (2), Biomassa cítrica (3), Grãos de kefir (4), Extrato bruto de eucalipto (5) e testemunha (6). O ensaio foi conduzido em blocos ao acaso, com 4 repetições. Cinco avaliações de severidade foram realizadas em intervalos de 5 dias e usadas para calcular a AACPD. Os valores de AACPD foram submetidos à análise de variância e comparados pelo teste de Scott-Knott (P ≤ 0.05). Os agrupamentos formados pelo teste foram considerados como padrões de progresso da doença, os modelos monomolecular, logístico e Gompertz foram ajustados à curva de progresso da doença a cada um desses padrões. O modelo de melhor ajuste foi escolhido por meio do coeficiente de determinação dos dados não-linearizados (R*²) e pela aleatoriedade dos resíduos plotados pelo tempo. Pela AACPD distinguiu-se três padrões de progresso da doença. No padrão I, constituído do tratamento 1, a severidade final foi de 3%. Para o padrão II, composto dos tratamentos 3 e 4, a severidade final foi de 17% e para o padrão III, tratamentos 2, 5 e 6, a severidade final foi de 40%. Para os três padrões, o modelo logístico foi mais apropriado para descrever o progresso da doença, apresentando R*² de 0.81, 0.84 e 0.81 para os padrões I, II e III, respectivamente. EPI-034 Efeito do progresso temporal do míldio em cultivares de alface em turnos de rega diferentes. Mesquita PG, Café Filho AC. Depto. de Fitopatologia, UnB, Brasília, DF. ���������������� E-mail: paulogm@ gmail.com. Effect of downy mildew temporal progress on lettuce varieties using different shifts of irrigation. EPI-036 Firmeza de polpa e teor de sólidos solúveis totais na incidência e severidade de Monilinia fructicola em frutos de pêssegos. Kulka VP, May-De-Mio LL. UFPR, Curitiba, PR. �������� E-mail: vaniaportes@ hotmail.com. Flesh firmness and soluble solids content in the incidence and severity of Monilinia fructicola in peach fruit. O progresso do míldio (Bremia lactucae) em alface (Lactuca sativa) usando dois turnos de rega foi observado em dez cultivares dos grupos: americana (cv. Tainá), crespa (cvs. Red Frizzly Nº 2, Green Frizzly, Verônica, Vera, repolhuda Laurel e Grand Rapids TBR), lisa (cv. Elisa) e mimosa (cvs. Oak Leaf Green Pixie e Oak Leaf Red Pixie). O experimento foi conduzido em bandejas de poliestireno expandido de 128 células combinadas duas a duas de forma a se obter um conjunto de 256 células para cada cultivar de alface. Procederam-se irrigações diárias das mudas, por aspersão, no início da manhã e no início da noite. Aos 21 dias após o plantio (DAP) foi feita a substituição, na célula central do conjunto de bandejas, de uma muda sadia por uma muda infectada da mesma idade e apresentando esporulação, que serviu como foco de inóculo inicial. A partir do 26º DAP foram observados sintomas do míldio nos dois tratamentos. Os grupos de alface crespa, lisa e americana apresentaram diferenças com relação à susceptibilidade ao míldio. Quando observados os diferentes turnos de rega, quase todas cvs. revelaram altos índices de plantas contaminadas no tratamento com irrigação noturna, enquanto que na irrigação diurna, a ocorrência do míldio foi baixa ou quase nula. O grupo mimosa não apresentou nenhum sinal da presença do patógeno em nenhum dos turnos de rega, mostrando-se altamente resistente ao míldio. O objetivo deste trabalho foi avaliar a influência da firmeza de polpa (FP) e do teor de sólidos solúveis totais (SST) de frutos em ponto de colheita, na incidência e severidade de podridão parda. Frutos das cultivares Aurora I e Premier foram desinfectados superficialmente em álcool 70% e hipoclorito de sódio 2%. Em uma amostra de 60 frutos determinou-se a FP e o teor de SST de cada fruto/cultivar. Os mesmos foram inoculados no lado oposto com uma suspensão de conídios de M. fructicola a 106 conídios/ml (100μL) e incubados a 25o C, em câmara úmida. Determinou-se a incidência e a severidade da doença (diâmetro da lesão) até o quarto dia após inoculação. Os valores de FP variaram de 0 a 5 e 2,5 a 6,9 e os teores de SST variaram de 5,9 a 9,6 e de 7,6 a 10,5, para Premier e Aurora I, respectivamente. Não houve correlação significativa entre FP e o teor de SST para as duas cultivares. Para cv. Premier a incidência e severidade foram maiores em frutos da faixa de menor FP (sem resistência ao penetrômetro) e com maior teor de SST (valores de 8,6 a 9,6), mas sem diferenças estatísticas, indicando que estas variáveis não interferiram no desenvolvimento da doença. Para Premier observou-se ainda baixa correlação entre severidade com FP (r=-0,39) e com teor de SST (r=0,29). Para cv. Aurora não houve correlação com nenhum parâmetro avaliado. Apoio Financeiro: CNPq. Tropical Plant Pathology 33 (Suplemento), agosto 2008 S 181 XLI Congresso Brasileiro de Fitopatologia EPI-037 Dinâmica populacional de Fusarium solani f. sp. phaseoli em solo cultivado com leguminosas e gramíneas. Lima RC, Lehner MS, Prado AL, Teixeira H, Paula Júnior TJ, Vieira RF. Epamig-CTZM, Viçosa, MG, Brasil. E-mail: hudsont@epamig. br. Population dynamic of Fusarium solani f. sp. phaseoli in soil cultivated with legumes and cereals. Em Minas Gerais, o cultivo do feijão é prejudicado pela ocorrência da podridão-radicular-seca (Fusarium solani f. sp. phaseoli). Espécies de leguminosas comumente utilizadas como adubo verde podem ser infectadas pelo patógeno, o que pode contribuir para aumentar o inóculo no solo. Estudou-se a dinâmica do patógeno, avaliando-se mensalmente a severidade da doença em leguminosas e gramíneas e a flutuação populacional do patógeno no solo durante 11 meses, visando estabelecer estratégias viáveis de manejo da doença. Em experimento de campo, realizado em área com histórico de incidência de podridão-radicular-seca em feijão, em OratóriosMG, foram testados os seguintes tratamentos em mini-parcelas: 1. solo capinado; 2. feijão (cv. Pérola); 3. guandu; 4. crotalária; 5. feijão-de-porco; 6. milho; 7. braquiária; e 8. milheto. As densidades populacionais do fungo foram mais altas nas parcelas cultivadas com leguminosas, especialmente com feijão. Nos tratamentos com as gramíneas e com solo capinado houve redução acentuada do fungo. Conclui-se que o plantio de feijão e de outras leguminosas contribui para manter ou aumentar o inóculo do patógeno no solo. Por outro lado, a manutenção do solo capinado ou o cultivo de gramíneas são estratégias que podem ser recomendadas em áreas infestadas por F. solani f. sp. phaseoli. Apoio Financeiro: CNPq e FAPEMIG. EPI-039 Ervas daninhas como hospedeiras alternativas de patógenos causadores do colapso do meloeiro. Sales Júnior R, Michereff SJ, Oliveira OF, Silva KJP, Guimarães IM. UFERSA, Fitossanidade, Mossoró, RN. E-mail: [email protected]. Weeds as alternative hosts of melon collapse pathogens. O colapso das ramas é uma importante doença do meloeiro (Cucumis melo) no Brasil e no mundo. Pouco se conhece sobre a importância das ervas daninhas como hospedeiras alternativas dos patógenos causadores dessa doença, motivo pelo qual foram efetuadas coletas das principais ervas daninhas prevalentes em quatro áreas de produção de melão do Nordeste brasileiro no período de entre safra, sendo efetuado o isolamento dos fungos associados aos sistemas radiculares. Foram coletadas ervas daninhas pertencentes a 16 espécies e 11 famílias botânicas. Dentre os fungos causadores de colapso em meloeiro, foram isolados nas raízes das ervas daninhas M. phaseolina e R. solani, sendo o primeiro registrado em todas as áreas e isolado de 13 espécies pertencentes a 10 famílias botânicas, sendo estas: Amaranthaceae, Convolvulaceae, Cyperaceae, Gramineae, Leguminoseae, Malvaceae, Molluginaceae, Portulacaceae, Rubiaceae e Sterculiaceae, enquanto o segundo foi detectado apenas em uma espécie botânica da família Leguminoseae e uma área de cultivo. Portanto, o controle das ervas daninhas na entre safra é essencial para o sucesso no manejo do declínio de ramas do meloeiro quando M. phaseolina predomina entre os agentes causais. EPI-038 Progresso temporal da ferrugem do pessegueiro após mudança para manejo em Produção Integrada. Kowata LS, May-De Mio LL. UFPR, Curitiba, PR, Brasil. �������� E-mail: [email protected]. Temporal progress of peach leaf rust after adhesion of integrated production management. EPI-040 Epidemiologia da cercosporiose em milho no município de Capão Bonito. Koshikumo ÉSM1, Fantin GM2, Barreto M3. 1 UFLA-DFP; 2Instituto Biológico de Campinas; 3Departamento de Fitossanidade. UNESP. E-mail: [email protected]. Epidemiology of cercospora leaf spot on maize in Capão Bonito city. A ferrugem do pessegueiro (Tranzchelia discolor) ocasiona a desfolha precoce, reduzindo a produtividade sem controle da doença, o que é comum na região da Lapa-PR. O trabalho comparou a incidência e severidade da doença em safras consecutivas (2006/07 e 2007/08) na cultivar Chimarrita (Pessegueiro) e Bruna (Nectarineira), as quais foram manejadas sob produção convencional (PC), com controle da doença até dezembro, em 2006/07 e produção integrada (PI) com controle até fevereiro, em 2007/08. Na PC foram utilizadas pulverizações com macozebe e captana e na PI recomendou-se tebuconazole, após detecção da incidência em 1% das folhas. Em ambos os anos o inóculo estava disponível e o clima foi favorável e semelhante entre os anos. Quantificou-se a incidência em 200 folhas e a severidade em 20 folhas/parcela de até 1 ha. Na Chimarrita a incidência chegou a 100% (março) em ambos sistemas, entretanto em janeiro a PI tinha 30% de fol