Guia do Professor
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Guia do Professor
Guia do Professor Experimento Conteúdos Digitais Geometria e Arte Experimentos Coordenação Geral Elizabete dos Santos Autores Emerson Rolkouski Coordenação de Produção Eziquiel Menta Projeto Gráfico Juliana Gomes de Souza Dias Diagramação e Capa Aline Sentone Juliana Gomes de Souza Dias Realização Secretaria de Estado da Educação do Paraná DISTRIBUIÇÃO GRATUITA IMPRESSO NO BRASIL 2 EXPERIMENTO DE ENSINO Geometria e Arte 1 Introdução O experimento “Geometria e Arte” é constituído por quatro seções: Apresentação, Histórico, Construindo e Explorando. No link Apresentação, os caleidociclos são apresentados aos alunos, no link Histórico o aluno é convidado a conhecer um pouco mais sobre estes interessantes poliedros flexíveis, como a idéia surgiu na mente de um designer e como foi adaptada e estudada por uma matemática, no link Construindo são apresentados aos alunos os moldes de dois tipos de caleidociclos, o quadrado e o hexagonal e o Isso Axis®, finalmente, no link Explorando são apresentados dois blocos de atividades – o primeiro versa sobre definições matemáticas e o segundo sobre área e volume. Neste guia faremos alguns comentários sobre as atividades contidas no link Explorando. 2 Explorando No primeiro bloco de atividades o principal objetivo é discutir com os alunos a relação de Euler e a necessidade das definições em Matemática. Iniciamos o estudo apresentamos a relação de Euler usualmente trabalhada no Ensino Médio, V+F– A = 2, e observamos que para um cubo aberto, esta relação se resume a V+ F–A=1. Convidamos o aluno a construir os dois caleidociclos, e solicitamos que encontrem o número de arestas e vértices de cada uma dos caleidociclos. O objetivo desta atividade é justamente causar um certo estranhamento no aluno, visto que não é trivial tal contagem. O aluno pode imaginar que deve contar as seguintes arestas apenas uma vez. No entanto, depois de algum tempo de discussão devemos solicitar a eles que encontrem a definição de aresta: “Interseção de duas faces” e então devolvemos o problema a eles. O fato é que, seguindo a definição devemos sim contar cada junção de tetraedros como duas arestas, pois se tratam de duas interseções de duas faces. Desta maneira, descobrimos que a igualdade V+F-A=2 é falsa no caso dos caleidociclos, devendo ser substituída por V+F–A=0. 3 Quando a relação V+F-A=2 é verdadeira, dizemos que a característica de Euler para este poliedro é 2, no caso dos caleidociclos a característica de Euler é 0 (zero). No segundo bloco de atividades solicitamos aos alunos que determinem a área e o volume de caleidociclos. Quanto ao cálculo da área, isto não deve apresentar dificuldade. É importante apresentar aos alunos, depois de um tempo, que há a possibilidade de se fazer este cálculo olhando para a planificação. Esta ferramenta, ainda que simples, pode ser bastante útil em vários problemas de geometria espacial. Por outro lado, o calculo do volume traz bastante dificuldade. Em geral, os alunos acabam acreditando que se trata de tetraedros regulares. É importante faze-los perceber que isto não é verdade. Uma maneira de mostrar este fato é observar atentamente a planificação e o caleidociclo montado, fazendo-os verificarem que os triângulos que compõem o caleidociclo não são eqüiláteros e sim isósceles. Uma possibilidade para o cálculo do volume dos caleidociclos é a visualização de uma secção indicada abaixo: A secção indicada e um triangulo eqüilátero e a altura deste triangulo e a altura do tetraedro. Ao obter a altura, basta multiplica-la por um terço da área da base que se obtem o volume do tetraedro. Ainda que este procedimento ao seja elementar, e uma ferramenta muito útil na resolução de vários problemas de calculo de volume em geometria espacial. 3 Objetivos • Discutir a necessidade das definições em Matemática • Apresentar e discutir a Relação de Euler • Desenvolver ferramentas para o calculo de área e volume 4 Tempo previsto para as atividades O tempo previsto para a atividade é de aproximadamente 16 horas. No entanto, cabe destacar que, de acordo com o potencial de intervenção do professor previamente à execução da atividade, ou durante a mesma, esse tempo poderá mudar. 5 Avaliação A avaliação pode ser realizada durante todo o desenvolvimento das atividades, por meio de questionamentos como os sugeridos anteriormente. O professor pode aproveitar as respostas dos alunos para fazer as intervenções que julgar necessárias. 4 6 Sugestões de sítios Os sítios a seguir podem oferecer interessantes motivações para pesquisas: http://www1.ttcn.ne.jp/~a-nishi/z_g_toy.html http://www.mathematische-basteleien.de/kaleidocycles. 7 Indicações de leituras BIGODE, A. J. L. Gestão de Interações e Produção de Conhecimento Matemático em um Ambiente de Inspiração Lakatosiana. In: Educação Matemática em Revista, nº 7, ano 6, julho, 1999. LAKATOS, I. A lógica do descobrimento matemático: provas e refutações. Rio de Janeiro: Zahar, 1978. PARANÁ, Diretrizes Curriculares de Matemática para as Séries Finais do Ensino Fundamental e para o Ensino Médio. Curitiba, 2008. PONTE, J. P.; BROCARDO, J.; OLIVEIRA, H. Investigações Matemáticas na sala de aula. São Paulo: Editora Autêntica, 2004. 5 Condigital Realização: