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40
Rua Oreste Bo
zelli, 95 | Matão - SP | CEP 15990-2
IMPRESSO
º
Ano 9 | N
fevereiro/março de 2010
72 | janeiro/
IMPRESSO FECHADO
PODE SER ABERTO PELA ECT
“Agrofito, uma empresa associada à ANDAV”
inovação
editorial
2010 VAI SER O SEU ANO
A crise acabou. Todas as previsões de economistas indicam que o Brasil vai voltar a crescer. Isto é muito bom,
pois aumenta a riqueza do País, diminui o desemprego,
aumenta o salário da classe trabalhadora e o consumo de
forma geral. No mercado mundial de commodities agrícolas, as previsões são também de crescimento de consumo,
aumentando as exportações dos produtos brasileiros.
A cana-de-açúcar já vem, desde o ano passado, com bons
preços e a sua falta no mercado internacional acarretará boa
remuneração para as usinas e fornecedores. Para o mercado
do milho, fala-se em estabilidade a curto e médio prazo. A
estimativa é que os estoques finais fiquem em 9,1 milhões
inferiores ao estoque inicial. As previsões de milho nos Estados Unidos são também de diminuição do estoque regulador.
A soja, com grande oferta devido à ótima safra deste
ano no Brasil e na Argentina, tem tendência de baixa dos
preços. Mesmo assim, a previsão do estoque regulador
mundial é menor. Um agravante no mercado do milho e
da soja é que grande parte da produção encontra-se nos
estados do Centro-Oeste do Brasil. O frete muito alto, ocasionado por estradas intransitáveis e pela falta de oferta de
carretas, torna lento o processo de escoamento da safra,
aumentando o custo do produto final.
Já para os produtores de laranja, uma das culturas de
maior rentabilidade no passado, os efeitos do aumento dos
preços do suco concentrado causado em parte pelas geadas que ocorreram na Flórida, EUA, no início de 2010, não
devem ser repassados para eles.
Com o fim da crise econômica, o aumento do consumo
mundial é uma realidade. O produtor precisa, no entanto,
monitorar constantemente o mercado para aproveitar os
picos de preços durante este ano.
Outra boa notícia para os micros e pequenos agriculto-
res: o Governo Federal estabelece normas legais, como a
lei nº 11.947/2009 e a Resolução nº 38/2009, que garantem o fornecimento de alimentos da agricultura familiar
para a alimentação dos estudantes da educação básica
pública. A lei determina a utilização de no mínimo 30% dos
recursos repassados pelo FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação) para alimentação escolar na
compra de produtos da agricultura, priorizando os assentamentos da reforma agrária e pequenos agricultores. Se
esta lei for colocada em prática, pode ser a porta de entrada do pequeno agricultor à cadeia produtiva.
Enfim, 2010 VAI SER UM BOM ANO? Lembro-me da história de um atleta que em uma competição internacional,
apreensivo, perguntou ao interlocutor:
- Você viu o vento hoje?
E este respondeu:
- Não, por quê?
- Está péssimo!
O esporte que o atleta praticava dependia da força
dos ventos e ele estava preocupado porque as condições
naquele dia não eram ideais. Então o interlocutor perguntou novamente:
- Mas é só na sua raia?
- Não, lógico que não! O vento está ruim em todas as raias!
Então, carinhosamente, o interlocutor lhe disse:
- Meu amigo, não há vento ruim. O que há são esportistas bons e ruins. Alguém vai ganhar essa prova independentemente do vento. O seu verdadeiro desafio é aproveitá-lo melhor que os outros competidores.
Retomando as previsões: este vai ser um ano maravilhoso para aqueles que souberem aproveitar os ventos e
péssimo para quem espera uma vida fácil.
responsabilidade social
AGROFITO DOA CESTAS DE ALIMENTOS A
FAMILIAS CARENTES
A AGROFITO foi uma das doadoras de alimentos que compuseram as cestas de Natal entregues às famílias carentes
de Matão, em dezembro. Ao todo, 80 famílias foram atendidas
pelo Núcleo Assistencial Espírita Edo Mariani.
Mais que um ato de responsabilidade social, esta ação é
uma forma de proporcionar alegria àqueles que mais necessitam de amparo e serve de exemplo para outras instituições
cumprirem com seu papel na busca por uma sociedade mais
justa e igualitária.
Nota: A Comunidade Espírita Cairbar Schutel é uma entidade
assistencial sem fins lucrativos mantenedora do Núcleo Assistencial Espírita Edo Mariani. Neste Núcleo, desenvolvem-se
vários projetos de atendimento a menores carentes, como o
Projeto Família, que há 15 anos dedica-se à formação educacional, moral e comportamental dos menores e seus familiares, e que tem apresentado excelentes resultados para todas
as famílias atendidas.
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EXPEDIENTE: INFORMATIVO AGROFITO é uma publicação da Agrofito Ltda.
Matriz: Rua Oreste Bozelli, 95 | Centro | CEP 15990-240 | Tel. 16 3383 8300 | [email protected] | www.agrofito.com.br
CONSELHO EDITORIAL: Ademar A. de Toledo, Francisco Ricardo de Toledo, Paulo Roberto de Toledo Filho e Renato Toledo. TEXTOS: Renato
Toledo | JORNALISTA RESPONSÁVEL: Talita Silva Borges Furtado (MTB 45.050) | PROJETO GRÁFICO: TG3 Comunicação | Tel. 16 3384 6750
IMPRESSÃO E FOTOLITO: São Francisco Gráfica e Editora | TIRAGEM: 3.500 exemplares.
A EMPRESA EM
MOVIMENTO
A AGROFITO REFORÇA SUA EQUIPE
COM A CONTRATAÇÃO DE NOVOS PROFISSIONAIS
DEZEMBRO/2009
Marcus V. da S. Martins - Com. Garça - Cons. de Negócios Sênior
Thais de Oliveira Servidor - Administrativo Brotas - Estagiária
Giovani M. Alves - Com. Piraju - Cons. de Negócios Sênior
JANEIRO/2010
Eduardo de Souza Altoé - Comercial São Carlos - Estagiário
Agnaldo Ap. de Almeida - Engenharia Matão - Projetista Trainee
FEVEREIRO/2010
Tiago Cesar Sales - Com. Olímpia - Consultor de Negócios Pleno
Ricardo C. Bariani - Projetos (Montagem) Matão - Aux. Técnico de
Montagem
consciência ecológica
BRASIL LIDERA
DESTINAÇÃO DE
EMBALAGENS
VAZIAS DE
AGROTÓXICOS
MATO GROSSO É O ESTADO QUE
MAIS RECOLHE RECIPIENTES USADOS
O Brasil é líder mundial no recolhimento de
embalagens vazias de agrotóxicos. Nos últimos
sete anos, foram mais de 136 mil toneladas. No ano
passado, o retorno chegou a 90%, índice superior a outros países
com programas semelhantes. Para se ter uma ideia, países como
Canadá, Estados Unidos e Japão registraram taxas de retorno das
embalagens que ficaram entre 20% e 30%. Mato Grosso, com retorno
de 24%, é o Estado brasileiro que mais recolhe embalagens vazias de
agrotóxicos. Em seguida vêm Paraná e Goiás com 16% e São Paulo,
que até novembro de 2009, alcançou 12% de representatividade. A
prática é obrigatória, desde 2002, pelo Decreto Nº 4.074 que determinou a responsabilidade compartilhada entre agricultores, canais de
distribuição, indústria e poder público. Cada elo da cadeia tem uma
função no processo.
De acordo com a regra, o produtor deve fazer a tríplice lavagem e
perfurar a embalagem para evitar a reutilização. Esse recipiente pode
ficar armazenado na propriedade por até um ano e o proprietário tem
que devolvê-lo e guardar o comprovante por mais um ano para fins de
fiscalização. Antes da legislação, as embalagens eram enterradas,
queimadas ou jogadas em rios. Essas práticas são nocivas ao meio
ambiente e à saúde dos animais e dos seres humanos. Hoje, o agricultor brasileiro, em conjunto com revendas como a AGROFITO, tem
se mostrado consciente desses perigos e vem seguindo as novas
regras com boa vontade e responsabilidade.
atualização
TREINAMENTO
A AGROFITO INVESTE EM FORMAÇÃO E
DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL
Dia 2 de FEVEREIRO
Técnico IHARA - Cebola
Participantes: Equipes de Taquaritinga e Taiúva
Local: Loja de Taquaritinga
Dia 3 de FEVEREIRO
Técnico IHARA - Cana-de-açúcar
Participantes: Equipes de Olímpia, Itajobi e
Potirendaba
Local: Sindicato Rural de Olímpia
Dia 5 de FEVEREIRO
Palestra: Empreendedorismo e Administração de Conflitos
Participantes: 27 colaboradores de todas as
lojas
Local: Associação Comercial de Matão
Dia 8 de FEVEREIRO
Técnico IHARA - Cana-de-açúcar
Participantes: Equipes de Matão, Taiúva, Taquaritinga, Nova Europa e São Carlos
Local: Loja Matriz
Dia 18 de FEVEREIRO
Rigrantec - Nutrição - Organomineral
Participantes: Equipes de Olímpia, Itajobi e
Potirendaba
Local: Sindicato Rural de Olímpia
Dia 18 de FEVEREIRO
Monsanto - Técnico Comercial Dekalb
2010
Participantes: Equipes de Ibitinga, Borborema,
Taquaritinga, Itápolis e Matão
Local: Unidade Monsanto em Barretos
Dia 19 de FEVEREIRO
Monsanto - Técnico Comercial Dekalb
2010
Participantes: Equipes de Olímpia, Potirendaba,
Itajobi, Taiúva e Nova Europa
Local: Unidade Monsanto em Barretos
Dia 4 de MARÇO
Apresentação Linhas de Produtos
Real Pec
Participantes: Equipes de Itápolis, Borborema,
Nova Europa e Ibitinga
Local: Loja de Itápolis
Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
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produção I
citricultura
ATENÇÃO AO USO DE “ELICITORES” NO
CONTROLE DO GREENING
PRÁTICA PODE TRAZER PREJUÍZOS AO CITRICULTOR a LONGO PRAZO
Desde a primeira constatação da ocorrência do greening na citricultura brasileira, em 2004, várias ações têm
sido desenvolvidas na tentativa de melhorar seu controle
em face dos altos prejuízos causados à produção, à qualidade de frutos e em consequência da viabilidade econômica das plantas afetadas. A doença é causada por uma
bactéria restrita ao floema das plantas, transmitida de
modo eficiente por inseto vetor (Diaphorina citri; psilídeo) e
tem um período longo de incubação. Até o momento, não
existem variedades cítricas tolerantes ao greening, que é
disseminado rapidamente no pomar. Assim, as primeiras
informações buscadas nesse cenário foram o estabelecimento de diagnóstico eficiente para a detecção de plantas
infectadas, com a definição de critérios para identificação
visual dos sintomas da doença e erradicação de plantas
infectadas. Estudos têm contribuído ainda para o entendimento da importância do controle do psilídeo no manejo
dos pomares para a manutenção da eficiência de produção
da citricultura.
Mais recentemente, tem-se tido notícias do uso de elicitores ou indutores de resistência para melhorar a sanidade
da planta. Essas moléculas podem induzir o sistema de
defesa da planta, associado à morte de células do hospedeiro no local de infecção.
Na Flórida (EUA), um pomar de laranjas despertou a
atenção de técnicos e pesquisadores sobre o uso de produtos que aparentemente têm contribuído para a melhoria da
vegetação das plantas afetadas pelo greening. As observações apontam para a recuperação da vegetação das plantas afetadas no pomar, que embora continuem doentes,
têm a expectativa do aumento da vida produtiva. Com base
nessa experiência, os Drs. Bob Rouse, Phil Stansly e Alejandro Arevalo, pesquisadores da Universidade da Flórida,
iniciaram experimentos de campo para testar a efetividade
desse "pacote de proteção" e suas misturas parciais, o
que denotaram de "tratamento foliar especial".
Os resultados obtidos nas pesquisas na Universidade
da Flórida, até o momento, são preliminares. Os pesquisadores apontam para o melhor enfolhamento inicial e a redução dos sintomas em folhas de plantas com greening que
receberam a aplicação do tratamento foliar especial. No
entanto, essas diferenças visuais desapareceram após 2-4
meses das aplicações. Ainda, o tratamento foliar especial
não tem reduzido o número de psilídeos encontrados no
pomar quando inseticidas não são aplicados em conjunto.
O pesquisador Tim Span, com base nesses trabalhos,
informa que é possível a indução de resistência, embora
não tenha evidência direta deste efeito ao aplicar o "pacote
de proteção", e conclui que "a melhoria do estado nutricional não cura a planta, somente pode retardar o progresso
da doença numa árvore infectada".
Em outubro de 2009, os autores visitaram experimentos em desenvolvimento em algumas áreas na Flórida em
companhia dos pesquisadores do SWFREC (UF). Observouse, nos locais visitados, que a resposta das plantas era,
principalmente, restrita à redução dos sintomas foliares de
deficiências minerais, especialmente de Zn e Mn, uma vez
que, os pomares exibiam deficiência desses nutrientes por
estarem significativamente afetados com a doença. Portan4
LARANJA PAULISTA EM ALTA
PERSPECTIVAS DE REDUÇÃO DE OFERTA ANIMAM
CITRICULTORES PARA A SAFRA 2010/11
Os citricultores paulistas esperam conseguir, na safra
2010/11, cuja colheita começa em maio, uma remuneração média pela caixa de laranja vendida às indústrias exportadoras de suco pelo menos 40% superior à obtida na
recém encerrada temporada 2009/10.
Em reunião realizada na sede da Federação da Agricultura do Estado de São Paulo (Faesp), presidentes de quase 30 sindicatos rurais de praticamente todas as regiões
concluíram que as perspectivas de redução da oferta da
fruta e de reação do consumo externo de suco permitem o
aumento estimado, necessário para amenizar os efeitos do
deficitário ciclo passado.
Com as cotações internacionais do suco em alta desde
o ano passado, graças a projeções de redução da oferta
de laranja em São Paulo e na Flórida - que reúnem os dois
maiores parques citrícolas do mundo - e a uma leve recuperação do consumo nos EUA, as próprias indústrias, reunidas
na Associação Nacional dos Fabricantes de Sucos Cítricos
(CitrusBR), previram, no fim de 2009, que os benefícios da
valorização chegariam aos citricultores agora. Os produtores
sabem, porém, que isso não significa que as empresas concordarão em repassar toda esta valorização a seus fornecedores de matéria-prima, inclusive porque boa parte da nova
safra já está comprometida com as indústrias em contratos
de longo prazo com valores pré-definidos.
Fonte: Valor Econômico
dica Agrofito
PLANTIO DIRETO E CONVENCIONAL:
QUAL A MELHOR OPÇÃO?
to, a aplicação foliar reduziu as cloroses e deformações
típicas, favorecendo a melhor aparência da planta tratada.
Assim, com a aplicação de doses maiores de nutrientes
contidos no "pacote de proteção", é possível que o número de ramos secos, e de folhas de tamanho reduzido e
com coloração verde pálido, tenha diminuído, propiciando
melhor aparência vegetativa à planta. Entretanto, não foi
observado remissão do greening na planta, pois os ramos
novos recém-maduros apresentavam sintomas da doença.
Vale ressaltar que o maior problema deste tipo de tratamento alternativo é que ele muda o foco do citricultor
sobre o manejo mais adequado da doença (inspeção, erradicação e controle rigoroso do vetor), conforme determina a
Instrução Normativa 53 do Ministério da Agricultura e Abastecimento, pondo, assim, em risco a sua continuidade no
negócio citrícola. Não havendo cura da planta doente, ela
persiste como fonte de inóculo a contaminar o restante do
pomar e propriedades vizinhas.
Artigo publicado por pesquisadores do Instituto Agronômico (IAC).
Mais informações: www.fundecitrus.com.br.
Adaptado do texto: Dirceu Mattos Junior, José A. Quaggio, Rodrigo
Marcelli Boaretto e Instituto Agronômico (IAC).
O plantio direto consiste, primeiramente, em não revolver
o solo, mantendo a palhada da cultura anterior sobre o terreno. A palhada remanescente após a colheita traz diversos benefícios, entre eles a menor evaporação da água, o que mantém a umidade do solo, e maior acúmulo de matéria orgânica,
que é diretamente relacionada à CTC (capacidade de troca de
cátions) do solo, melhorando a fertilidade e aumentando, assim, a produtividade e a qualidade da produção. Quando essa
palhada seca, vira adubo e mais um ciclo se inicia.
No plantio convencional, a chuva faz a terra ficar encharcada e, consequentemente, escorrer. Ao escorrer, uma grande quantidade de solo e nutrientes é levada embora. Sendo
essa a sua porção mais fértil, o terreno fica enfraquecido.
Outro benefício do plantio direto é ambiental. Por eliminar operações como arações e gradagens, que usam tratores
pesados que consomem grandes quantidades de diesel por
área trabalhada, o plantio direto contribui para uma menor
emissão de poluentes na atmosfera, ajudando a manter o ar
mais saudável.
Mas vale lembrar que para o sucesso do sistema, é importante começar direito. Com o solo corrigido, o
retorno é mais garantido.
Procure a equipe da AGROFITO para informações sobre o sistema de plantio direto.
Rodrigo Marcatto
Engenheiro Agrônomo RTV Dekalb.
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destaque
irrigação
OUTORGA DE ÁGUA PARA IRRIGAÇÃO
PEDIDOS DEVEM SER ENCAMINHADOS À AGÊNCIA NACIONAL DE ÁGUAS - ANA
Para melhor explicar em que consiste e como obter a
“Outorga de Direito de Uso de Recursos Hídricos”, ninguém
melhor que o Dr. Marcus Vinícius A. M. de Oliveira, Eng.
Agrônomo e Especialista em Recursos Hídricos na Agência
Nacional de Águas (ANA) – Superintendência de Outorga
e Fiscalização. Dr. Marcus explica que essa outorga é um
dos instrumentos da Política Nacional de Recursos Hídricos, instituída pela Lei 9.433/1997, e tem como objetivo
assegurar o controle quantitativo e qualitativo dos usos, e
o efetivo exercício de direito de acesso à água. De maneira
resumida, pode-se dizer que esta lei infere que estão sujeitos à outorga os usos que alterem o regime, a quantidade
ou a qualidade da água existente em um corpo de água superficial ou subterrâneo. Solicitar a outorga é um dever dos
usuários que, ao realizá-lo, acabam por gerar o direito de
acesso à água dentro dos limites especificados, garantido
pelo Poder Público.
De acordo com a Constituição de 1988, as águas do
Brasil ou são de domínio federal (rios, lagos e quaisquer
correntes de água que banhem mais de um Estado e/ou
sirvam de limites ou se estendam a outros países), ou são
de domínio estadual (demais cursos hídricos e as águas
subterrâneas), o que faz com que a outorga seja solicitada
junto ao órgão nacional ANA – Agência Nacional de Águas,
ou ao órgão estadual pertinente, no caso do Estado de São
Paulo, o DAEE – Departamento de Águas e Energia Elétrica.
Para irrigação, grande parte dos processos que buscam
regularização passa por instituições financeiras, que exigem este documento para aprovação de financiamento de
compra de peças de irrigação ou para custeio de safra agrícola. Também, muitas concessionárias de energia elétrica condicionam o acesso a descontos na tarifa de energia
elétrica (tarifa verde) ao usuário ter sido outorgado pela
autoridade competente.
A solicitação de outorga para irrigação na ANA pode ser
dividida em três partes: apresentação de formulário de requerimento padrão preenchido e assinado; apresentação
da planilha padrão de cálculo da necessidade de irrigação
com dados do ponto de captação e da área a ser irrigada;
inscrição no Cadastro Nacional de Recursos Hídricos (CNARH). No site da ANA (www.ana.gov.br) estão todas as informações referentes à solicitação de outorga, andamento
das mesmas, bem como as já emitidas.
No formulário são informados dados como nome, CPF
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ou CNPJ, categoria do pedido, uso e finalidade e deve ser
assinado e entregue. Geralmente, não é solicitado fornecimento de documentos como escrituras e contratos de
arrendamento, mesmo porque a ANA parte do pressuposto que todas as informações são verdadeiras, mas toda a
documentação deve ficar disponível à ANA para verificação
a qualquer tempo durante o prazo da outorga. Se ficar comprovado que o requerente faltou à verdade, fica sujeito a
sofrer sanções legais cabíveis.
A Planilha Padrão de Cálculo de Necessidade de Irrigação é baseada nas características da região, das culturas
a serem irrigadas e do sistema a ser implantado. Do sistema a ser implantado são avaliados vazão do bombeamento a ser instalada, tempo mensal utilizado pelo sistema e
a eficiência mínima inerente a cada sistema de irrigação
que, de acordo com a ANA, os valores de referência são de
aproximadamente 60% para irrigação em sulcos, 50% para
inundação, 75% para aspersão, 82% para pivôs, 90% para
microaspersão e 95% para gotejamento.
A Inscrição no CNARH deve ser realizada através do
site http://cnarh.ana.gov.br. Também o telefone 0800-725
22555 está à disposição para esclarecimento de dúvidas
sobre o assunto. O cadastro no CNARH é obrigatório para
todas as pessoas físicas ou jurídicas de direito público ou
privado, usuárias de recursos hídricos, inclusive pequenos
usuários cujos usos de recursos hídricos, de acordo com
legislação pertinente, podem não ser objetos de outorga.
Para a maioria dos pedidos de outorga, a Agência não
solicita que sejam apresentadas documentações como
memoriais descritivos e estudos hidrológicos, que podem
onerar de forma significativa o usuário que pretende obter
a outorga. Vale salientar que também não são cobradas
taxas para solicitação e obtenção de outorga junto à ANA.
Antes de ser entendida como obrigação meramente burocrática, a outorga de direito de uso deve ser entendida
como um instrumento que gera para o agricultor o direito de
ter reservada a quantidade de água necessária para atendimento da necessidade hídrica das lavouras irrigadas.
O SUCO DE LARANJA E SEUS
BENEFÍCIOS PARA A SAÚDE
O suco de laranja é uma bebida que faz parte do
hábito alimentar no Brasil e em outros países, sendo
consumido normalmente no café da manhã e durante
outras refeições. Além de saboroso, é rico em vitamina
C e importantes nutrientes, como o ácido fólico, potássio e os flavonoides cítricos.
A ingestão de suco de laranja associada à prática
de exercícios físicos pode trazer vários benefícios para
a saúde do organismo como um todo, ao coração e no
desempenho físico ou performance, como comprovado
pela pesquisa desenvolvida na Tese de Mestrado de
Nancy Preising Bonifácio, sob orientação da Profª. Dra.
Thais B. César da Faculdade de Ciências Farmacêuticas
da UNESP de Araraquara-SP.
De acordo com a pesquisa, realizada com trinta mulheres previamente sedentárias que recebiam diariamente 500 mililitros de suco de laranja e realizavam exercícios aeróbios por 50 minutos, 3 vezes por semana,
durante 3 meses, a ingestão de suco de laranja associado ao exercício regular trouxe excelentes resultados.
As mulheres reduziram 30% em média a quantidade de
gordura corporal devido ao exercício, enquanto a ingestão prévia do suco de laranja antes da caminhada diminuiu a concentração de ácido lático no sangue. Esta
substância é liberada normalmente durante a prática do
exercício moderado ou intenso podendo levar à fadiga.
Este efeito benéfico do suco pode ser atribuído à vitamina C e aos flavonoides cítricos, presentes no suco
de laranja. Diversos estudos recentes têm mostrado que
os flavonoides protegem contra o câncer e as doenças
cardiovasculares. Uma das importantes funções que os
flavonoides podem exercer no organismo está relaciona-
da à alteração da lipoproteína de baixa densidade
(LDL-colesterol), popularmente conhecida como
“colesterol ruim”. As voluntárias do estudo tiveram uma redução de 15% no LDL (colesterol
ruim) e um aumento de 18% no colesterol de
HDL, ou bom colesterol.
O suco de laranja ainda forneceu carboidratos, que no corpo são transformados em
energia ou armazenados como glicogênio,
uma forma de açúcar do fígado que posteriormente é utilizado para
a atividade física. O estudo indica que os atletas e
adeptos de exercícios físicos que desejam melhorar
seu desempenho podem
utilizar o suco de laranja para repor a energia
gasta na atividade e para
a re-hidratação corporal.
Além destes benefícios,
um copo de suco de laranja
ingerido diariamente pode
prevenir a recorrência de
cálculos renais de maneira
efetiva.
Fonte consultada:
Bonifácio N.P., César T.B.
Bethânia F. Barbosa de Toledo
Gerente Depto. Irrigação TECNOFITO - AGROFITO.
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tecnologia
sucessão
INSETICIDAS FISIOLÓGICOS: BOA
ALTERNATIVA NO MANEJO DE PSILÍDEO EM CITROS
As ninfas que se desenvolvem em plantas infectadas
são mais importantes por dar origem a adultos já contaminados do que adultos sadios que adquirem a bactéria pela
primeira vez. Tais ninfas devem ser alvo do controle com eficiência para evitar a disseminação da bactéria do greening.
A busca por produtos de origem biológica (espinosad) e
fisiológica (Micromite), também conhecidos como reguladores de crescimento de insetos, vem aumentando cada vez
mais na tentativa de evitar a resistência do psilídeo ao uso
intensivo de inseticidas. Alguns estudos em andamento objetivam a rotação para manejo de resistência. Isto facilitará
o processo por aumentar as opções de alternância nas pulverizações dos produtores.
Os fisiológicos são muito promissores porque atuam no
crescimento do inseto, além de atuar também sobre os
adultos do psilídeo. Há dois tipos básicos de reguladores
de crescimento de insetos: inibidores da formação da quitina ou parte externa dura do inseto (exoesqueleto), que
impedem a formação na troca de pele do inseto, como é o
caso do Micromite (Diflubenzuron), e os Juvenoides, que
imitam a ação do hormônio juvenil, impedindo o completo desenvolvimento do inseto. Os Juvenoides afetam a
reprodução (efeito esterilizante) e o desenvolvimento do
embrião (ovicida).
Pelo gráfico 1, pode-se comprovar que fêmeas tratadas
com o Micromite (Diflubenzuron) depositaram ovos praticamente inférteis (2,9) (efeito transovariano), quando comparadas com fêmeas não tratadas na testemunha (15,9).
Eficiência de 82% (gráfico 2). Com isso, verificou-se que
Micromite (Diflubenzuron) apresentou efeito esterilizante
sobre fêmeas e ninficida sobre ninfas do psilídeo. Completando os benefícios citados acima, fisiológicos só funcionam por ingestão, sendo seletivos a insetos benéficos que
nunca se alimentam da planta cítrica.
Micromite pode ser encontrado em uma loja da AGROFITO mais próxima de você.
Adaptado do texto: Santin Gravena,
José Luiz da Silva e Sérgio Benvenda. Gravena Ltda.
Gráfico 1
Efeito de Diflubenzuron (Micromite) sobre a inviabilidade de ovos do Psilídeo, Diaphorina citri, na cultura dos citros.
Jaboticabal, SP, 2009.
Gráfico 2
Efeito de Diflubenzuron (Micromite) no controle do Psilídeo, Diaphorina citri, na cultura dos citros. Jaboticabal, SP, 2009.
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FAMÍLIA BEDORE: SEMENTES DE
TRABALHO, SEMENTES DE ESPERANÇA
Foi na região de Jaboticabal, interior de
São Paulo, que Sidney Bedore, filho dos
produtores Luiz Bedore e Dalivia Penariol
Bedore, conheceu desde muito cedo o trabalho e o gosto pelas coisas do campo.
“Comecei a trabalhar aos sete anos de
idade, ajudando meu pai na roça. Posso
dizer que trabalho há 50 anos”, diz com
orgulho o Sr. Sidney, como é tratado por
todos.
Já aos 14 anos, Sr Sidney conheceu a
primeira lavoura de amendoim e, a partir
deste momento, teve início sua historia de
luta e sucesso. Com seus irmãos, Sérgio
e João, recebeu, de herança dos pais, 36
alqueires de terra na região de Jaboticabal
e juntos deram continuidade aos negócios.
Com a ajuda dos irmãos, Sr. Sidney orgulha-se de ter sido, em 1979, um dos primeiros plantadores
de amendoim em terra de cana-de-açúcar. Apenas a título
de curiosidade, atualmente, em torno de 90% do plantio de
amendoim no Estado de São Paulo acontece em rotação
com a cana.
Em 1986, a família Bedore adquiriu sua primeira máquina de debulhar amendoim e com a aquisição, os negócios
com sementes foram expandidos. Parcerias como Bedore
e Penariol, que em seguida tornou-se Borges, Bedore e Penariol, fizeram parte da história do que é hoje a Sementes
Esperança.
No final da década de 1990, Sr. Sidney passou uma
temporada nos Estados Unidos. Além de aprender novas
técnicas e conhecer novas tecnologias, trouxe na bagagem
um dos primeiros arrancadores (invertedor) de amendoim
do Brasil. Este momento culminou também com as primeiras plantações de amendoim rasteiro mecanizado (runner)
e com o desenvolvimento de secadores e novas tecnologias de sementes e plantio.
Com o crescimento do negócio de sementes, a Semen-
tes Esperança desenvolveu novas estratégias, como o negócio de doces e a produção de óleo de amendoim que,
depois de 25 anos, voltou a ser produzido e comercializado
no Brasil. A Sementes Esperança firmou também forte parceria com o IAC para desenvolver novas sementes.
Hoje, as novas gerações da família Bedore já fazem
parte dos negócios. O filho do Sr. Sidney, Bruno Bedore,
trabalha no setor administrativo da empresa. Sobrinhos
e genros também trabalham na Sementes Esperança e,
mais que manter o nome da família à frente dos negócios,
buscam dar continuidade ao espírito realizador que sempre
caracterizou os Bedore.
A forte parceria com a AGROFITO, iniciada recentemente, em 2009, já está gerando os primeiros frutos. Hoje, a
AGROFITO fornece os insumos agrícolas aos associados
da Sementes Esperança, que são orientados pelo consultor agronômico Juliano Rodrigo Coró sobre manejo, produtos e ponto de maturação. A triangulação será finalizada
quando os associados entregarem o amendoim colhido à
Sementes Esperança.
FEIJÃO: MERCADO FUTURO...
No mês de março, o feijão dará o primeiro passo em direção à criação de um mercado futuro: cooperativas e produtores da região dos Campos Gerais do Paraná (maior região
produtora de feijão do País) poderão vender a sua produção
na Bolsa Brasileira de Mercadorias (BBM), braço físico da
BM&F Bovespa. O leilão deverá representar uma inovação
na maneira de negociar feijão e trazer segurança, principalmente no que diz respeito ao valor das negociações. Segundo Marcelo Luders, presidente do Instituto Brasileiro do
Feijão (Ibrafe), o calendário não foi definido, mas provavelmente serão realizados dois leilões por semana, às terças
e quintas. Inicialmente, apenas produtores dos Campos Gerais poderão participar, mas a expectativa é que em breve os
leilões sejam abertos para outras regiões do País.
Além de proporcionar mais fluidez ao mercado, os leilões garantem segurança e transparência às negociações.
Para o produtor, a vantagem é ter a certeza de receber um
preço justo pelo seu feijão.
Fonte: DCI - Diário do Comércio & Indústria
negócios
... E VARIEDADES RESISTENTES À ESTIAGEM
O Instituto Agronômico do Paraná (Iapar) apresentou,
durante o evento Show Rural Coopavel, que ocorreu entre
os dias 8 e 12 de fevereiro em Cascavel, PR, as novas
variedades de feijão, cujas principais características são a
resistência a longos períodos de estiagem e a pragas, bem
como alto potencial de rendimento. As principais variedades expostas no estande do Show Rural Coopavel foram a
IPR Eldorado, a IPR Tangará e a IPR 139.
Fonte: Folha de Londrina
9
produção II
serviço
INDUÇÃO FLORAL DA LIMA TAHITI
TRATAMENTO INICIA-SE COM A ADUBAÇÃO EM FEVEREIRO
Como já fizemos anteriormente, no primeiro Informativo do ano, reservamos um espaço para falar sobre
indução floral. Com o tratamento para indução floral da
AGROFITO, os produtores da lima Tahiti da região de
Itajobi-SP têm conseguido direcionar entre 80% e 90%
dos frutos colhidos com qualidade para exportação, nível considerado excelente pelos packing houses.
Entende-se por indução o momento no qual as gemas contidas nos ramos de uma planta cítrica recebem
um estímulo para gerar uma brotação. A boa indução
virá da coincidência de vários fatores, além de temperaturas mais frescas durante o outono. Quanto melhores
forem, por exemplo, o estado nutricional da árvore e o
seu enfolhamento, e quanto mais tempo houver transcorrido entre a colheita do ano anterior e o “momento”
da indução, melhores serão os resultados.
Após esse “momento”, para brotarem, as gemas já
induzidas necessitam passar por aquele período de estresse. Quando tivermos frio nessa época, haverá também uma influência benéfica sobre a quebra da latência
das gemas, isto é, aumentará o número de brotações
que os ramos emitirão após as chuvas e a elevação da
temperatura.
O processo de indução sofre uma enorme influência
da natureza, cabendo ao citricultor colaborar com o fornecimento dos nutrientes e da água, pois é desta forma
que os transtornos podem ser amenizados em anos climaticamente desfavoráveis.
O tratamento para indução floral AGROFITO baseiase no seguinte cronograma:
Adubação: fevereiro => Adubação com adubo NKalcio (Obs.: fevereiro a maio em áreas irrigadas).
1 - Pré-indução - Agrophytus K 30/20 + Kristalon + Calcinit +
Nutrifito Citrus + Nutrifito Bioamino.
2 - Indução - Nitrato de Amoneo + Calcinit.
3 - Pré-florada - Nutrifito CHF + Nutrifito CaB + Nutrifito Bioamino + Agrophytus K 30/20.
4 - Flor fechada - Fungicida + Agrophytus K 30/20 + Nutrifito CaB.
5 - 30 dias após indução - Nutrifito Super K + Calcinit + Nutrifito Magnésio + Agrophytus K 30/20 + Nutrifito Citrus.
6 - 60 dias após indução - Nutrifito Super K + Calcinit + Nutrifito
Magnésio + Agrophytus K 30/20 + Nutrifito Citrus.
7 - 90 dias após indução - Nutrifito Super K + Calcinit +
Nutrifito Magnésio + Agrophytus K 30/20.
Mais informações e detalhes, favor procurar o departamento técnico da AGROFITO ou a filial mais próxima. As informações são do Técnico Agropecuário Rodrigo Fernando da
Silva - Gerente da Filial de Itajobi da AGROFITO.
TRATAMENTO NUTRICIONAL
AGROFITO: QUALIDADE NA
PRODUÇÃO DE LIMÃO
É na região da pequena cidade de Cândido Rodrigues, interior do Estado, que Éder e César Simonetti mantêm uma
produção de limão. Para garantir a alta qualidade das frutas,
ambos não hesitam em destacar a importância do tratamento
nutricional AGROFITO utilizado há quatro anos nos pomares.
“Temos orgulho do limão que produzimos e isso se deu graças ao nosso trabalho e, principalmente, ao excelente tratamento nutricional da AGROFITO com a utilização do NUTRIFITO
Magnésio Premium em todas as aplicações de defensivos”,
destaca Éder.
O atendimento à família Simonetti é feito pelo consultor de
negócios de Taquaritinga, Marcos Gaviolli.
Segue padrão AGROFITO para tratamento nutricional: *Aplicação para 2.000 litros de água
1ª Aplicação:
3 L Agrophytus K 30/20 - 5 L Nutrifito MIX
1 L Nutrifito BIOAMINO - 5 L Nutrifito CaB
GIRO TECNOLÓGICO
AS DICAS DOS TÉCNICOS DA AGROFITO PARA OS PRODUTORES
Você está fazendo a adubação que seu
milho merece?
A adubação é um dos fatores de produtividade do milho, e deve ser considerada com muito critério no momento do planejamento da lavoura. Assim
como a escolha da semente correta para a época e condições de plantio, a
escolha da fórmula e quantidade adequada do adubo é de vital importância
para o sucesso da cultura. Temos que lembrar que a quantidade de milho
produzida é diretamente ligada aos nutrientes que a planta extrai do solo.
O advento da biotecnologia (híbridos transgênicos) trouxe melhor aproveitamento do potencial produtivo do milho. De acordo com levantamentos
de empresas do setor de sementes e órgãos de pesquisa, o milho YieldGardR, da Monsanto, trouxe ganhos médios de produtividade na casa dos 12%.
Esse maior rendimento da lavoura, é claro, consumiu mais nutrientes, e isso
deve ser considerado também. Assim, para obtermos melhores rendimentos da lavoura, temos que melhorar a adubação.
Falando somente sobre os macronutrientes (nitrogênio - N, fósforo - P
e potássio - K, chamados assim por serem exigidos em maior quantidade
pelas plantas), temos que P e K são fornecidos pelas reservas do solo, e
devem ser repostos de acordo com a expectativa de produtividade, enquanto que o N deve ser totalmente fornecido via adubação, e pelo fato de ser
altamente solúvel e passível de lixiviação, deve ser fornecido via adubação
de cobertura.
A análise de solo é o que vai dizer qual e o quanto de adubo iremos usar,
ou seja, indica o “balanceamento” da adubação. Não necessariamente resultará num maior custo de adubação, pois, às vezes, apenas usaremos uma
fórmula com as proporções NPK mais adequadas ao solo em questão, que
pode trazer até um menor custo por área. No entanto, independentemente do
valor, a adubação balanceada trará melhor desenvolvimento da planta e, consequentemente, maior produtividade e maior lucro. Uma planta bem nutrida
suporta melhor qualquer adversidade climática ou ação de pragas, fazendo
com que possa explorar melhor o que o seu potencial genético traz.
A adubação de cobertura deve ser baseada na forma como será aplicada
(com ou sem incorporação), na necessidade de complementar o K do plantio, na textura de solo e também na expectativa de produtividade. A época
da aplicação da cobertura também é importante no seu aproveitamento pela
cultura.
Em suma: se estamos plantando um híbrido de alta tecnologia, com alto
potencial produtivo, temos que dar a ele as melhores condições para seu
desenvolvimento e produção, dentro do que está sob nosso controle, pois
assim a planta suporta melhor os fatores que não estão sob nosso controle.
Traduzindo, híbrido de alta tecnologia exige cuidados de alta tecnologia. Isso
inclui plantio, controle de plantas daninhas e também a adubação. Assim,
estaremos mais próximos de uma produtividade de alta tecnologia.
Fonte: Rodrigo Marcatto,
Engenheiro Agrônomo RTV DKB.
Plantio de amendoim
na entressafra da
cana beneficia a
terra, a agricultura
variada e a economia
A cana-de-açúcar, como se sabe, é
uma das principais culturas agrícolas do
Brasil, sendo utilizada principalmente
para a produção de açúcares e biocombustíveis. Entretanto, apesar de sua importância para a economia do País, o uso
de grandes extensões de terra para o seu
plantio prejudica o solo, a agricultura variada e a renda dos pequenos produtores.
Uma solução eficaz para amenizar
o problema, apontada por agrônomos e
engenheiros, é a rotatividade com outras
culturas e, neste caso específico, a rotação da produção de cana com a de amendoim. O rodízio do cultivo da gramínea
com o cultivo de amendoim, a cada cinco
anos, em época de renovação da safra, é
uma ótima opção.
Sendo uma leguminosa, o amendoim
permite a recuperação do solo por meio
da fixação de nitrogênio. Assim, as terras que ficariam ociosas mantêm a sua
produtividade. O sistema de rotação possibilita vantagens sociais, técnicas e econômicas. Dentro da escala social está o
aproveitamento do funcionário durante a
entressafra – a rotação evita a sazonalidade da renda e do trabalho. Parte da
infraestrutura da cana também pode ser
aproveitada para o amendoim, otimizando
o maquinário. Ademais, nutrindo a terra
de forma indireta, o produtor poupa com
a compra de fertilizantes e a produtividade do solo resulta em melhor rendimento
das duas culturas, gerando economia.
Fonte: Juliano Rodrigo Coró,
Engenheiro Agrônomo, Consultor Agronômico
da Sementes Esperança e Santa Helena.
2ª Aplicação:
3 L Agrophytus K 30/20 - 5 L Nutrifito MIX
1 L Nutrifito BIOAMINO - 5 L Nutrifito CaB
3ª Aplicação:
1 L BIOZYME - 5 L Nutrifito CaB
FUNGICIDA
1ª Adubação: 1,5 kg 12-06-12
2ª Adubação: 1,5 kg 12-06-12 (40 dias após)
Obs.: Agrophytus K e Nutrifito são marcas registradas AGROFITO.
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César e Éder Simonetti,
citricultores da cidade
de Cândido Rodrigues.
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produção III
CRESCE O CONSUMO
DE CAFÉ NO BRASIL
EM 2009, AUMENTO SUPEROU EXPECTATIVAS DO SETOR
O consumo de café no
Brasil, em 2009, aumentou
740 mil sacas e saltou de
17,65 milhões, em 2008, para 18,39
milhões de sacas. Esse crescimento
de 4,15% superou até mesmo as
expectativas iniciais da ABIC - Associação Brasileira da Indústria de
Café, que eram de uma elevação
de 3%. Os resultados partem do
estudo “Indicadores da Indústria de
Café no Brasil/2009 - Desempenho
da Produção e Consumo Interno”,
elaborado pela Área de Pesquisas da entidade e que analisa os
dados do período compreendido entre novembro/2008 e outubro/2009.
O consumo per capita foi, em 2009,
de 5,81 kg de café em grão cru, ou
4,65 kg de café torrado, quase 78
litros por pessoa por ano, registrando
uma evolução de 3% em relação ao período
anterior. Os brasileiros estão consumindo
mais xícaras de café por dia e diversificando
as formas da bebida, adicionando ao café filtrado/
coado consumido nos lares, os cafés “espressos”,
cappuccinos e outras combinações com leite.
O estudo da ABIC mostra que este resultado
aproxima o consumo per capita brasileiro ao da
Alemanha (5,86 kg/hab.ano) e já supera os índices da Itália e da França, que são grandes consumidores de café. Os campeões de consumo,
entretanto, ainda são os países nórdicos - Finlândia, Noruega, Dinamarca - com um volume próximo
dos 13 kg/por habitante/ano. Por outro lado, considerando
o café já torrado e moído, o consumo per capita de 4,65
kg/hab.ano aproxima-se do consumo histórico brasileiro,
registrado em 1965, que foi de 4,72 kg/hab.ano.
O estudo da ABIC mostra ainda que tanto o consumo doméstico, predominantemente de cafés do tipo Tradicional,
quanto o consumo fora do lar, onde predominam os cafés
Superiores e Gourmet, apresentaram taxas de crescimento
positivas. Por outro lado, novas marcas de cafés especiais
foram lançadas no período, fazendo com que o mercado
interno passasse a apresentar uma oferta significativa de
cafés de alta qualidade para os consumidores brasileiros.
A ABIC estima que este segmento de cafés diferenciados,
embora represente a menor parte do consumo, continue
apresentando taxas de crescimento de 15% ao ano.
Para 2010, a ABIC projeta um crescimento de 5% em
volume, o que elevaria o consumo para 19,31 milhões de
sacas. As vendas do setor em 2009 podem ter atingido
R$ 6,8 bilhões e espera-se que cheguem a R$ 7,1 bilhões
neste ano.
O estudo completo dos “Indicadores da Indústria de
Café no Brasil/2009 – Desempenho da Produção e Consumo Interno” pode ser acessado no site www.abic.com.br.
C
M
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CM
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CY
CMY
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Fonte: Gazeta do Povo
115x155-com sangra.pdf
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6:54:25 PM

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