institudo de desenvolvimento educacional do alto uruguai
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Avaliação das Principais Parasitoses em Suínos de Propriedades Com e Sem Controle Sanitário na Região Norte do Rio Grande do Sul Basso T1.; Comandulli R. J1.; Ferenci F1.; Grzeidak P1. R. B.; Rocha, A. A2 .;Scariot G1. L.; Zanfonato E1. Email: [email protected] RESUMO: Objetivou-se avaliar a ocorrência dos principais parasitas em suínos da região norte do Rio Grande do Sul, bem como avaliar as enfermidades causadas pelos mesmos, os métodos de controle e medidas profiláticas para sua prevenção. Foram realizadas vinte coletas de fezes de três a quatro animais por propriedade nos municípios de Água Santa, Áurea, Getúlio Vargas, Sananduva e São João da Urtiga RS totalizando dois mil e quinhentos animais nas vinte propriedades, onde dez propriedades foram caracterizadas como sendo de produção para fins de consumo próprio e dez para fins comerciais. As fezes foram submetidas à técnica de concentração por sedimentação espontânea – Método de Hoffmann para identificação de ovos ou larvas de possíveis parasitas. As amostras de fezes foram analisadas no laboratório de parasitologia do Instituto de Desenvolvimento Educacional do Alto Uruguai – IDEAU onde destacou-se os principais parasitas que acometem suínos Ascaris suum, Hyostrongylus rubidus, Macraconthorhynchus hirudinaceus, Metastrongylus sp., Trichuris suis. No momento da visita as propriedades foi possível a visualização junto as fezes dos animais a presença de um endoparasita da espécie Ascaris suum, evidenciase, com isto, a importância do manejo tecnificado no controle parasitário da suinocultura. Palavras Chaves: Endoparasitas, ectoparasitas, suínos. ABSTRACT: The objective was evaluate the occurrence of major parasites in pigs in the northern region of Rio Grande do Sul, as well as evaluating the diseases caused by them, the methods of control and prophylactic measures for prevention. Stool samples were collected from three to four animals per property in the counties of Água Santa, Áurea, Getúlio Vargas, Sananduva and São João da Urtiga - RS, totaling 2,500 animals in the twenty properties, where ten properties were characterized as being in production for own consumption and ten for commercial purposes. Feces were subjected to flotation by sedimentation - Hofmann method for identifying eggs or larvae of parasites possible. Stool samples were analyzed in the laboratory of parasitology of the Institute of Educational Development of the Upper Uruguay - IDEAU. Highlighted the main parasites affecting pigs, such as Ascaris suum, Hyostrongylus rubidus, Macraconthorhynchus hirudinaceus, Metastrongylus sp., Trichuris suis. At the time of the visit in one of the properties view was possible with the feces of animals the presence of an endoparasitic species Ascaris suum, it is evident, with it, the importance of managing intensive production in parasite control swine. Keywords: Endoparasites, ectoparasites, porcine. 1 INTRODUÇÃO A suinocultura nacional ocupa o 9º lugar entre os maiores produtores de carne suína, contando com um rebanho estimado de 35 milhões de cabeças. Considerando o emprego de 1 2 Alunos do Curso de Medicina Veterinária do IV Nível do Instituto de Desenvolvimento Educacional do Alto Uruguai - IDEAU. Professora do Curso de Medicina Veterinária do Instituto de Desenvolvimento Educacional do Alto Uruguai – IDEAU. 2 recursos tecnológicos, uma grande variação entre os sistemas de criação é observada. As criações em escala industrial localizam-se principalmente nas regiões sul e sudeste. Apesar do grande desenvolvimento da suinocultura intensiva, pouco se sabe acerca da ocorrência de parasitos internos nesta população animal. A presença de parasitas intestinais não deve ser ignorada. Mudanças nos sistemas de criação diminuem as taxas de infecção, mas os agentes podem persistir mesmo em propriedades com boas práticas de manejo (ROEPSTORFF & JORSAL, 1990; ROEPSTORFF & NANSEN, 1994). Os helmintos parasitas internos que infectam os suínos variam amplamente em tamanho, tipo de ciclo e grau de patogenicidade. Praticamente todos os tecidos e cavidades dos suínos podem conter parasitas. Vários fatores influenciam na composição parasitária ou no nível de parasitismo dos animais, destacando-se: ambiente: temperatura, umidade, susceptibilidade individual; idade (animais jovens são mais suscetíveis); manejo, alimentação, tipo de criação, etc. Corrêa (2005) afirma que o suíno é um mamífero monogástrico, pertencente ao gênero sus, cujo surgimento teria ocorrido há aproximadamente 40 milhões de anos. Acredita-se que o suíno selvagem a antiguidade era bastante semelhante ao Javali encontrado atualmente, apresentando 70% da massa corporal na porção anterior e somente 30% na porção posterior. No entanto, existem algumas controvérsias quanto ao período no qual ocorreu a domesticação da espécie. Existem referências de que os suínos teriam sido domesticados por volta do ano 4900 A. C. De acordo com Bonett (1998) criação extensiva de suínos que consiste em criar suínos sem qualquer instalação ou bem feitorias. Os animais vivem exclusivamente na dependência da natureza. Esse sistema caracteriza criações primitivas, sem utilização de tecnologias adequadas e, por consequência, apresenta baixos índices de produtividade. É bastante utilizado, principalmente por criadores que nunca receberam qualquer tipo de orientação técnica. Sistema de confinamento de criação de suínos que consiste em deixar os animais confinados durante todas as fases produtivas, sem acesso a pastagens onde os animais são alimentados por ração, são medicados sempre que necessário. 3 Sistema de suínos criados ao ar livre (Siscal) é quando os suínos são criados ao ar livre em piquetes, nas fazes de reprodução, maternidade, e creche. Os leitões podem ser terminados, confinados ou vendidos aos produtores para que realizem a fase de terminação. Objetivou-se avaliar a ocorrência das principais doenças parasitárias de suínos em propriedades com controle e sem controle sanitário na região norte do Rio Grande do Sul, bem como avaliar as enfermidades causadas pelos mesmos, os métodos de controle e medidas profiláticas para sua prevenção. 2 MATERIAL E METÓDOS O estudo foi realizado no período de 13 setembro á 28 de outubro de 2013, sendo visitadas 20 propriedades localizadas nos municípios de Água Santa, Áurea, Getúlio Vargas, Sananduva e São João da Urtiga RS. Apresentando assim dois diferentes sistemas de criação, sendo que 10 propriedades apresentavam sistema de criação para fins de consumo próprio e 10 para fins comerciais, sendo integradas com cooperativas. No momento da visita em uma das propriedades, foi possível realizar a coleta de um endoparasita, pois os animais haviam sido vermífugados naquele dia, possibilitando com isso a visualização de um endoparasita em meio às fezes. O material foi coletado para ser identificado. Foram realizadas coletas de fezes em todas as propriedades visitadas. Coletou-se fezes frescas dos animais, conforme mostra as Figuras 1a e 1b, as mesmas foram acondicionadas em potes plásticos e mantidas refrigeradas para posterior análise. Figuras 1a e 1b Coleta de fezes. Fonte Zanfonato E. (2013). 4 Após o material foi encaminhado para o Laboratório de Parasitologia do Instituto de Desenvolvimento Educacional do Alto Uruguai – IDEAU para realização das análises através da técnica de concentração por sedimentação espontânea – Método de Hoffmann. As amostras foram numeradas de 1 a 20 para facilitar a identificação, pesou-se três gramas de fezes de cada amostra, dilui-se em 30 mL de água destilada, conforme Figura 2a homogeneizou-se com auxilio de um bastão de vidro deixou-se a mistura em decantação por 30 minutos como mostra a Figura 2b. Figuras 2a Homogeneização e 2b Mistura em decantação. Fonte Scariot G. (2013). Decorridos os 30 minutos, coletou-se com o auxilio de uma pipeta o sobrenadante de cada amostra depositou-se sobre lâmina e lamínula para visualização em microscópio óptico de possíveis ovos ou larvas de parasitas. 3 RESULTADOS E DISCUSSÕES Foram examinadas vinte amostras de fezes pelo método de concentração por sedimentação espontânea – Método de Hoffmann em busca de ovos e/ou larvas de parasitos que foram identificados por características semelhantes. Dez das vinte propriedades visitadas com sistema de criação comercial adotam medidas profiláticas para evitar a incidência de parasitose, observou-se que os animais eram alimentados com ração contendo invermectina, permaneciam em baias limpas periodicamente e eram medicados sempre que houvesse a suspeita de alguma doença e não tinham contato com outros animais. Os resultados dos ovos e larvas dos parasitos 5 encontrados nas fezes estão representados na Tabela 1 e identificados de acordo com cada propriedade. Tabela 1 Ovos de parasitas identificados por semelhança encontrados em amostras de fezes. Propriedades Características semelhantes de Parasitas Propriedades 1 e 2 Ascaris suum (Figuras 5 e 6). Propriedades 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9 e 10 Não foram encontrados nenhum ovo ou larva. Fonte Grzeidak P. R. B (2013). Nas dez propriedades com criação doméstica, a alimentação fornecida aos animais se baseava em restos de alimentação humana, esses não eram medicados e circulavam livres entre outros animais. Os ovos e larvas dos parasitos encontrados nas amostras de fezes estão descritos na Tabela 2 e identificados conforme cada propriedade. Tabela 2 Ovos de parasitas identificados por semelhança encontrados em amostras de fezes. Propriedades Características semelhantes de Parasitas Propriedades 11, 12, 13, 14, 18 e Não foram encontrados nenhum ovo ou larva. 20. Propriedade 15 Trichuris suis (Figura 8). Propriedade 16 Hyostrongylus rubidus (Figura 9), Ascaris suum (Figura 7). Propriedade 17 Macraconthorhynchus hirudinaceus (Figura 10). Propriedade 19 Metastrongylus sp.(Figura 11). Fonte Comandulli R. J. (2013). Durante a visita em uma das propriedades foi possível verificar entre as fezes dos animais a presença de um endoparasito em uma propriedade de criação doméstica, que foi coletado e identificado por características semelhantes da espécie Ascaris suum conforme figuras 3 e 4, comunicou-se ao proprietário que providenciou as devidas adequações no manejo dos animais. 6 Figura 3 Helminto semelhante Ascaris suum.. Fonte Basso T. (2013). Figura 4 Parasita semelhante à Ascaris suum. Fonte Scariot G. L. (2013). Foi possível encontrar ovos de Ascaris suum nas propriedades 1, 2 e 16, conforme Figuras 5, 6 e 7 sendo a propriedade 1 e 2 com criação de suínos para o comércio, e na propriedade 16 a criação era doméstica. De acordo com Sobestiansky et al. (2007) o Ascaris suum é um dos mais importantes parasitas de suínos tanto pela freqüência registrada como pelas perdas econômicas 7 que acarreta, causador da doença ascaridiose. Estas perdas são determinadas principalmente por transtornos no desenvolvimento dos animais e pelas condenações de intestinos, pulmões e fígados em matadouros. Figura 5 Identificação de ovo na Propriedade 1. Fonte Grzeidak P. R. B (2013). Figura 6 Identificação de ovo na Propriedade 2. Fonte Zanfonato E. (2013). 8 Figura 7 Identificação de ovos na Propriedade 16. Fonte Basso T. (2013). Sobestiansky et al. (2007), descrevem que podem ocorrem também leões com aspecto de manchas esbranquiçadas denominadas de manchas leitosas. Estas lesões não causam sinais clínicos evidentes, mas resultam em considerável perda econômica, devido à condenação do órgão, que se torna impróprio para o consumo. Nos pulmões, observam-se focos hemorrágicos de vários tamanhos. Pode haver um exsudado, edema e enfisema com pneumonia bacteriana secundária. Conforme Monteiro (2010) deve-se realizar controle através da limpeza e esterilização do ambiente com produtos químicos ou água fervente, evitar o contato dos animais com as fezes, bebedouros e comedouros devem ficar fora do alcance das fezes. De acordo com Sobestiansky et al. (2007) realiza-se tratamento com anti-helmínicos os mais indicados são doramectina, invermectina, fembendazole, oxibendazole, levamisol e piperazina. Os ovos, resistentes a todos os desinfetantes utilizados rotineiramente, podem permanecer no ambiente durante meses ou até mais de um ano, protegidos pela matéria orgânica. No entanto, a ação direta da luz solar é capaz de destruí-los. Na propriedade 15 visualizou-se ovos com características de Trichuris suis como pode-se visualizar na Figura 8, está propriedade há criação doméstica de suínos. Sobestiansky et al. (2007) afirmam que Trichuris suis é um parasita relativamente comum, que causa tricurose, afeta leitões jovens, causando tiflite e/ou colite e diarréia muco-hemorrágica, que pode culminar com a 9 morte dos animais. A infecção pode ser transmitida para o homem, ou seja, é uma zoonose, parasita do ceco e cólon. Figura 8 Identificação de ovo na Propriedade 15. Fonte Comandulli R. J. (2013). Aguiar (2009) diz que Trichuris são conhecidos como vermes chicotes devido à porção anterior do corpo ser alongada e delgada, enquanto a posterior é bem mais espessa. O macho mede 30-50 mm de comprimento e a fêmea 35-50 mm. Os primeiros sinais clínicos ocorrem em leitões jovens, os sinais de infecção incluem anorexia, diarréia mucóide a sanguinolenta, desidratação e morte. A perda de sangue pode levar a anemia e hipoalbuminemia e os animais sobreviventes apresentam retardo no crescimento. Estão localizadas no ceco e no cólon, sendo representadas por edema, nodulações contendo o verme em seu interior e membranas fibrinonecróticas (SOBESTIANSKY et al. 2007). Carreira (2011) salienta que o diagnóstico é feito através dos sinais clínicos. Os ovos nas fezes e os vermes na necropsia são confirmativos. A identificação dos vermes no intestino grosso, pela sua morfologia característica é confirmatória, e eles podem estar presentes em cortes histológicos, já Sobestiansky et al. (2007) dizem que deve-se observar as lesões e o exame coprológico (método de sedimentação ou flutuação). Deve-se diferenciar no diagnóstico, com outras enfermidades que cursam com diarréia muco-hemorrágica, especialmente a disenteria suína. 10 Em sua pesquisa Carreira (2011) diz que para o tratamento estão indicados a ivermectina, os diclorvos, o parbendazol, o mebendazol e o febendazol. Como os ovos sobrevivem até seis anos em ambiente úmido e sombreado, então é importante manter as instalações arejadas e secas. Conforme Monteiro (2010) as invermectinas e os benzimidazóis eliminam os parasitas do hospedeiro. De acordo com Bowman (2006) pode-se usar fembendazol e diclorvós. Na propriedade 16 também foi possível visualizar ovos com características semelhantes à Hystrongylos rubidus como mostra a Figura 9 os suínos eram para criação doméstica. Monteiro (2010), estudando as causas de gastrite crônica em suínos, destacou o parasita Hystrongylos rubidus. Considerado parasita do estômago causador da doença histrongilose, são vermes finos e avermelhados, de 5 a 8 mm de comprimento. Em infecções maciças causam elevação do pH, podem ocorrer ulcerações e hemorragias nas lesões nodulares, mas normalmente ocorrem infecções leves, ocorrendo diminuição do apetite e piora da conversão alimentar. Acomete animais com acesso ao pasto ou mantidos em baias com palha. Infecção mais comum em fêmeas jovens e porcas (Gruber). Figura 9 Identificação de ovo na Propriedade 16. Fonte Scariot G. L. (2013). A necropsia de animais parasitados permite a constatação de hiperemia e edema submucoso da parede gástrica, gastrite catarral, além de nódulos, erosão ou ulceração na mucosa estomacal (SOBESTIANSKY et al. 2007). 11 De acordo com Taylor et al. (2007) o diagnóstico pode ser estabelecido através de infecções leves que são assintomáticas. Infecções maciças podem causar inapetência, vômitos, anemia, perda de condição corpórea e perda de peso. Pode ou não ocorrer diarréia. Conforme dizem Sobestiansky et al. (2007) a sua confirmação poderá ser feita pela necropsia ou pelo exame de fezes, de animais parasitados. Para o tratamento pode ser utilizado fembendazol, a invermectina e a doramectina (BOWMAN 2006). De acordo com Gruber pode-se usar também benzimidazóis, ivermectina. Deve-se realizar rotação anual de pasto com outras espécies ou cultivos, proceder tratamento preventivo e repeti-lo 3 a 4 semanas mais tarde como medidas de controle. Na propriedade 17 visualizou-se de acordo com a Figura 10 características semelhantes a ovos de Macraconthorhynchus hirudinaceus. De acordo com Taylor et al. (2007), o Macracanthorhychus hirudinaceus se localiza principalmente no duodeno e intestino delgado, especialmente no jejuno, Sobestiansky et al (2007) dizem que causa a doença macracantorrincose, onde pode causar pontos de inflamação ou, eventualmente, perfurações com consequente peritonite. Os vermes adultos são cilíndricos e ligeiramente achatados. Figura 10 Identificação de ovos na Propriedade 17. Fonte Ferenci F. (2013). Os adultos fixados a mucosa do intestino delgado, depositam ovos que são eliminados nas fezes, eles são produzidos em grande número, são muito resistentes a extremos climáticos e podem sobreviver durante anos no ambiente (TAYLOR et al. 2007). 12 A infecção é usualmente assintomática. Podendo interferir no desempenho dos animais. Ocasionalmente, pode ocorrer ulceração ou mesmo perfuração da parede intestinal, o que conduz a peritonite e a morte por septicemia (SOBESTIANSKY et al. 2007). Em relação à patogenia, as infecções discretas não são muito patogênicas, mas infecções maciças podem retardar as taxas de crescimento e causar emaciação (TAYLOR et al. 2007). Segundo Sanavria (2006), não existe tratamento eficaz para a infecção por M. hirudinaceus, pode se utilizar os anti-heminticos do grupo benzimidazóis. Sobestiansky et al (2007) afirmam que pode se usar o parbendazole, o doramectin e ivermectin. Os animais devem ser criados em piquetes, ou a criação dos animais sob condições de estrito confinamento, que representam alternativas para o controle da parasitose. Na propriedade 19 foi possível encontrar ovos com características de Metastrongylus sp de acordo com a Figura 11 onde há criação doméstica de suínos. Para Sobestiansky et al (2007) Metastrongylus provoca metastrongilose, causando distúrbios respiratórios e pneumonia, e cujas lesões pulmonares são, em geral, restritas às extremidades caudais dos bordos diafragmáticos do pulmão. Bonett et al. (1998) dizem que é um pequeno verme que pode chegar a 6 cm, que se localiza nos pulmões, sugando o sangue e causando irritação. Figura 11 Identificação de ovos na Propriedade 19. Fonte Scariot G. L. (2013). 13 Os principais sinais clínicos são na maioria infecções leves e sintomáticas, particularmente em suínos adultos. Entretanto, em infecções maciças de animais jovens, a tosse pode ser acentuada e é acompanhada por dispnéia e secreção nasal. Infecções bacterianas secundárias podem complicar os sinais, induzindo inapetência e perda de peso, infecções maciças podem levar à morte (TAYLOR et al. 2007). Conforme Bowman (2006) fembendazol, levamisol e invermectina são anti-helmínticos aprovados com atividade contra os vermes pulmonares dos suínos. 4 CONCLUSÃO A parasitose nos suínos representa um dos fatores de prejuízo tanto para criadores como para toda a indústria mundial. Nas criações industriais os problemas decorrentes dos endoparasitas e ectoparasitos são relevantes e resultam em prejuízos que necessitam ser contabilizados e analisados. A capacidade de resistência dos ovos e dos oocistos dos parasitos, principalmente em ambientes com maior umidade, apresentou-se como um fator importante na ocorrência destes agentes nestas propriedades. A realização de um adequado controle é de suma importância independente do manejo que é utilizado, fazendo com que haja uma redução da carga parasitária e consequentemente diminuição dos prejuízos ocasionados por esses parasitas. 5 REFERÊNCIAS AGUIAR C. P. Aspectos Epidemiólogicos das Parasitoses Gastrointestinais de Suínos Naturalizados de Criações Familiares do Distrito Federal. 2009. 117f. (Dissertação de Mestrado em Saúde Animal) - Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária, Universidade de Brasília, Brasília, 2009. Disponível em: http://repositorio.unb.br. Acesso em: 20 de outubro de 2013. BONETT, P. L.; MONTICELLI, J. C. Suínos: o produtor pergunta, a Embrapa responde. 2ª edição. Brasília, DF: Embrapa Informação Tecnológica, 1998. 14 BOWMAN, D. D. Parasitologia Veterinária de Georgis. 8ª edição, São Paulo: Manole, 2006, 432f. CARREIRA, F. C. L. Patologias mais relevantes nos suínos criados em sistemas de produção intensiva no concelho de Leiria. 2011. 128 f. (Dissertação de Mestrado em Medicina Veterinária) - Faculdade de Medicina Veterinária, Universidade Técnica de Lisboa, Lisboa, 2011. Disponível em: https://www.repository.utl.pt. Acessado em: 25 de outubro de 2013. CORRÊA, N. M.; LUCIA, T. Apostila PIGPEL. Fundação Bradesco - UFPEL, Pelotas, 2005. GRUBER, A. Strongylida do sistema respiratório.Introdução à Parasitologia Veterinária, Instituto de Ciências Biomédicas Universidade de São Paulo, pg 37. Disponível em: http://www.coccidia.icb.usp.br. Acessado em: 24 de outubro de 2013. MONTEIRO, Silvia Gonzáles. Parasitologia na Medicina Veterinária. São Paulo: Roca, 2010. ROEPSTORFF, A. & JORSAL, S.E. Relationship of the prevalence of swine helminths to management practices and anthelmintic treatment in Danish sow herds. Vet. Parasitol., v.36, n.3/4, p.245-257, 1990. ROEPSTORFF, A. & NANSEN, P. Epidemiology and control of helminth infections in pigs under intensive and non-intensive production systems. Vet. 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