N325-Nitsabim - Vayelech 5773

Transcrição

N325-Nitsabim - Vayelech 5773
BS “D
‫ע ֹזֽב ׃‬
ֲ ַ ‫ֽל־‬
‫כ ֑ם ֽ ֝ ָרתִ֗ י‬
ֶ ‫ל‬
ָ ‫ל ֣קַ ח ֭ט ב נ ָתַ ֣ ִ י‬
ֶ ‫ִ ֤י‬
“Pois eu vos dou boa doutrina (conhecimento); não abandoneis a minha Torah
(Ensino).” – Mishlei (Provérbios) 4:2
Ano-7 N-325
Shabat Shalom! Parashiot Nitsabim / Vayelech – 25 de Rahhamim Elul de 5773 (31/08/2013)
Tizkú leshanim rabot, naymot vetobot! Tikatebú vetehhatemú beSefer Hhaim Tobim!
‫ל־א ֶרץ‬
ֶ
ֶ‫ַשׁ ִל ֵכ(ם א‬
ְ ‫וּב ֶקצֶ ף גָּד ל ַויּ‬
ְ ‫וּבחֵ ָמה‬
ְ ‫וַיִּ ְתּ ֵשׁם ה' מֵ ַעל אַ ְדמָ " ָתם ְבּ ַאף‬
“‘E o Eter-no levou-os da sua terra com ira, com furor e com grande raiva,
e lançou-os para outra terra, como hoje se vê’.” (Debarim 29:27)
‫אַ ֶח ֶרת כַּ יּ ם הַ זֶּ ֽה׃‬
No versículo acima, no qual Hashem nos alerta que seríamos lançados em uma Galut [exílio] por abandonarmos
Sua aliança, a palavra ‫ל ֵכם‬
ִ ְ ַ ‫[ ַו‬vayashlichem] apresenta a letra “Lamed” com um anormal “pescoço longo” [escrita de
forma maior que as outras letras da palavra]. Por quê? O que a Torah quer nos ensinar com isso? O “MiShulchan Gabo'a”
ZTK"L traz uma resposta em nome da Ridbaz ZTK"L. O Tur (Hhoshen Mishpat 261) legisla que, se alguém atira sua
carteira em um reshut harabim – domínio público, ela torna-se hefker e qualquer um pode reivindicá-la, uma vez que o
antigo proprietário abriu mão dela [da propriedade “perdida”]. No entanto, se houver uma corda amarrada ao objeto,
então não importa o quão longe ele é jogado, ele ainda está na posse do seu proprietário. Quando o versículo diz que
Hashem nos lançaria para outra terra, parece que nos tornaríamos hefker para as outras nações fazerem conosco o que
quiserem, desde que Hashem abriu mão da propriedade [agora] perdida [de nós, D-us nos livre]. No entanto, esse não é o
caso, como diz o versículo da próxima Parashá (Debarim [Ha'azinu] 32:9): “Yaakob hhebel nachalatô”. Hhebel
significa, literalmente, corda, o que significa que estamos sempre ligados a Hashem com uma corda, mesmo que sejamos
lançados para fora, na Sua “raiva” [D-us nunca fica com raiva e faz tudo com motivo e para o bem]. “Isso”, diz o Ridbaz,
“é o simbolismo da longa letra Lamed. Mesmo que Hashem nos tenha lançado em um “domínio público” [fora de Israel],
Ele ainda está retendo a posse sobre nós mantendo-nos com Ele via ‘nossa’ corda. Esta corda é o longo pescoço do
Lamed”. Rabbi Shimshon Rephael Hirsch ZTK"L tem outra explicação. Ele ensina com base na Guemará em Pesahhim
(87b), que diz que a razão pela qual o povo de Israel vai para a Galut [exílio] entre as nações nos quatro cantos do mundo
é que possamos atrair as almas que anseiam por vir se juntar à nação escolhida. Temos que dar o exemplo e ensinar ao
mundo como agir e trazê-los para perto de Hashem. O longo Lamed significa Limud – estudo, ou seja, para ensinar [as
outras nações]. Nossa presença e comportamento na Galut é, então, uma lição para os nossos anfitriões, de honestidade,
ética e moral. Nós devemos inspirá-los e não vice-versa. Esta é realmente uma grande lição e, portanto, requer um Lamed
“muito grande”. (Adaptado no site “www.revach.net” [seção Quick Vort – Parashá Nitsabim].)
Por Jaime Boukai (Hhazak Ubaruch)
Resumo da Parashá – Nitsabim/Vayelech / Livro Debarim (Deuteronômio) 29:9 – 31:30
A Parashá de Nitsabim inclui alguns dos mais fundamentais princípios da fé judaica: a unidade de Israel
(“Vocês estão de pé, todos vocês [...]”). Moshê reúne todos os membros do Povo Judeu pela última vez em sua vida, para
iniciá-los na eterna aliança com D-us. Moshê os adverte a não serem tentados pelos atos maus dos idólatras que vivem ao
redor deles, e a evitarem racionalizar a conduta imprópria dizendo que D-us os perdoará, pois manter tal crença é a
suprema fonte de nossa destruição e exílio. Ele adverte que o povo irá cometer pecados, mas, ao final, se arrependerá e
retornará para a Torah, e D-us introduzirá a Era Messiânica, quando retornaremos à terra de Israel e as muitas bênçãos
maravilhosas da Torah serão cumpridas. Moshê diz ao povo para que não tema ser incapaz de corresponder às
expectativas da Torah, assegurando-lhes que as Mitsvot não são distantes ou inacessíveis; uma vida de Torah está ao
alcance de qualquer pessoa. A porção termina com uma exortação para escolher a Torah e a vida, acima da sinistra
alternativa do mal e da morte. A Parashá de Vayelech (“E foi”) conta os eventos do último dia da vida terrena de Moshê.
“Eu, hoje, tenho 120 anos de idade”, diz ele ao povo, “e eu não posso mais ir e vir”. Ele transfere sua liderança a
Yehoshua e escreve (ou termina de escrever) a Torah em um rolo, que é entregue aos Leviim para ser guardado na Arca da
Aliança. A Mistvá de Hak’hel (“Reunião”) é ordenada: a cada sete anos, durante a festa de Sucot do primeiro ano do novo
ciclo de Shemitá, todo o Povo de Israel – homens, mulheres, crianças e estrangeiros – devia reunir-se no Templo Sagrado
de Jerusalém, onde o rei devia ensinar a Torah para eles. A Parashá conclui com a previsão de que o Povo de Israel se
afastará de D-us fazendo com que Ele oculte Sua face deles, mas garante que as palavras da Torah “não serão esquecidas
das bocas de seus descendentes”. (Baseado no “Parashá em uma Casca de Noz” e no “Torah-mail”)
Por Jaime Boukai
Curiosidade da Semana:
Influenciando pelo Exemplo
Moshê Rabenu nos diz na Parashá Nitsabim (Debarim 29:28): “As coisas ocultas pertencem ao Eter-no, nosso
D-us, porém as reveladas nos pertencem, a nós e a nossos filhos para sempre, para cumprirmos todas as palavras desta
Torah”. Este passuk estabelece o conceito de responsabilidade coletiva para a observância da Torah. Nós comprometemo-
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BS “D
nos com a Torah juntos como uma nação, e não apenas como indivíduos. E, portanto, nós temos a responsabilidade de
promover, da melhor forma que pudermos, que todos os judeus observem as Mitsvot. Não é suficiente que garantamos
que nós e nossas famílias nos dediquemos à Torah. Também devemos preocupar-nos com que todos os nossos
companheiros judeus sejam igualmente comprometidos. Este versículo nos diz que, embora não sejamos responsáveis
pelos “nistarot” – os pecados de que não somos cientes, temos que buscar resolver e evitar os “nig’lot” – os males
espirituais e falhas de que temos conhecimento. O Hhafets Hhaim (Rab Yisrael Meir Kagan de Radin, 1839-1933)
explicou este conceito através de uma analogia com um mutuário que emprestou uma grande soma de dinheiro e pediu a
um amigo para participar como seu fiador. Algum tempo depois, o fiador vê seu amigo indo para um cassino com uma
carteira cheia de dinheiro. O fiador corre até ele e repreende-o por ir jogar. “O que tens a ver com isso?”, o mutuário
responde com raiva; “O dinheiro é meu, então eu posso fazer o que eu quiser com ele”. “Oh, não”, o fiador responde,
“isso me afeta diretamente. Se jogares teu dinheiro fora, sou eu quem terá de pagar o teu empréstimo!”. Da mesma forma,
explica o Hhafets Hhaim, é sim “da nossa conta” que os nossos companheiros judeus observem a Torah, porque nós
aceitamos a responsabilidade sobre ela coletivamente. Nós repartimos em conjunto as conseqüências do sucesso coletivo
da Nação ou, D-us nos livre, da inobservância das Mitsvot, e por isso devemos fazer o que pudermos para trazer de volta
os que se afastaram da Torah. Mas essa responsabilidade dá origem à questão de como isso pode ser feito... As pessoas
não gostam que se lhes diga o que fazer. É claro e evidente que, se nos dirigirmos a judeus não-praticantes e os
repreendermos com raiva por violarem a Torah, essa tática não vai ter sucesso! Isto só vai produzir ressentimento, o que
vai afastar ainda mais esses judeus preciosos de nossa herança... A solução é influenciar as pessoas sem dizer uma
palavra, mostrando-lhes a beleza das Mitsvot e a satisfação que elas trazem sem falar sobre isso. Quando vemos, por
exemplo, um grande Sábio da Torah debruçado sobre os livros da Torah com paixão e entusiasmo, somos inspirados! E
nós mesmos podemos inspirar as pessoas através da realização das Mitsvot com fervor e entusiasmo. Se tivermos
convidados não-praticantes para a refeição de Shabat e eles virem e sentirem a alegria especial da família unida,
compartilhando idéias e cantando Pizmonim, isso certamente os afetará positivamente. Mas, se as pessoas nos vêem
realizando Mitsvot a contragosto, reclamando sobre as responsabilidades, elas vão permanecer distantes da vida de Torah
e, inclusive, se sentirão aliviadas por não abraçarem este estilo de vida. Somos todos responsáveis uns pelos outros, mas
isso não significa que podemos passar por cima de nossos companheiros judeus e dizer-lhes diretamente que devem
observar a Torah. O que podemos e devemos fazer é alcançá-los naturalmente, pelo exemplo, exalando alegria e
satisfação em nosso cumprimento das Mitsvot, e deixando claro que vemos a vida de Torah como um grande privilégio e
Por Maurício Cagy (Hhazak Ubaruch)
fonte de uma incomparável satisfação. (Baseado no “Daily Halacha” do Rabbi Eli Mansour.)
O Novo Pacto de B’nei Israel
Era o dia 7 de Adar de 2488, dia do falecimento de Moshê. Moshê anunciou ao Povo de Israel: “Hoje, selarei
um pacto entre vocês e D-us. Vocês devem jurar que serão Seu povo para sempre. Ao jurarem, isto incluirá todas as
futuras gerações. Todos vocês estão ingressando nesta aliança – seus líderes: Yehoshua, El’azar, os nessi’im (líderes) das
tribos, e os anciãos do San’hedrin; os juízes de milhares, de centenas, de cinqüentenas e de dezenas; todos os homens e
suas esposas, que talvez não compreendam completamente minhas palavras, mas serão recompensados por ouvi-las e
aceitá-las; e as crianças, que serão educadas na Torah e Mitsvot. A aliança inclui os guerim (convertidos) dentre vocês
que são lenhadores e aguadeiros. [Moshê referia-se a um grupo de cananeus que pediram para serem aceitos como guerim
– convertidos. Moshê designou-os lenhadores e aguadeiros comunitários.] A aliança abrange até mesmo judeus que
nascerão no futuro. Apesar de não estarem aqui fisicamente, suas almas estão presentes nesta assembléia. [Também em
Matan Torah – Outorga da Torah –todas as almas judias estavam presentes.] D-us quer que vocês aceitem a Torah
através de um juramento, antes que eu encerre minha liderança. Ele Próprio jurou aos nossos patriarcas que jamais
trocaria o Povo Judeu por outra nação. Se só Ele estivesse atado ao juramento (e vocês não), o pacto seria unilateral”. Por
que Moshê queria fazer um novo pacto com B’nei Israel, sendo que eles já aceitaram a Torah no Monte Sinai? Há
diversas respostas: (1) A maioria dos judeus que entrariam em Erets Israel não estava presente no Monte Sinai. Eles eram
os filhos dos que receberam a Torah no Monte Sinai. Moshê queria que esta nova geração também prometesse que
cumpririam a Torah. (2) Os B’nei Israel quebraram a promessa que fizeram no Monte Sinai ao fazerem o bezerro de ouro.
Por isso, Moshê pediu uma nova promessa. (3) Moshê acrescentou uma nova cláusula a este pacto. Disse aos B’nei Israel:
“Até agora, D-us considerou cada indivíduo responsável apenas por seus próprios atos. De agora em diante, cada um
também será responsável pelos atos de todos os outros judeus”. Os judeus concordaram imediatamente em aceitar a
responsabilidade uns pelos outros. Aprendemos disto que um judeu não deve sentir-se satisfeito consigo mesmo por ser
um Tsadik e cumprir a Torah. Isto não é suficiente! Ele também tem de prestar contas pelos atos de seus companheiros.
(www.chabad.org)
Por Mair Haim Nigri (Hhazak Ubaruch)
Dedicado à pronta e total recuperação de Hhaim David ben Messodi, Shaul Eliahu ben Chana Rivka, Sh’muel ben Nehhama Dinah, Guila bat Amar e Edna
Mattatia bat Lídia.
Em memória e elevação das almas de Renée bat Sarah, Bahie Nigri, Haim (Victor) Beniste Ben Habibe, Haim Simantob Ben Habibe, Maria Simão Mansur Bat
Vitória, Henriqueta Mansur, Helena Abramant Guerbatin Bat Fortune, Jacob Ibrahim Balassiano Ben Saniar, Schulem Rechtman, Yehouda Meier Nigri Ben
Sarah, Henrique Zeitune Ben Faride e Rebeca Salomão Nigri Bat Amar.
A Equipe agradece ao Templo Sidon e a Gerson e Teresa Bergher pela colaboração na impressão e na distribuição ao público. Tizkú
LaMitsvot!

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