׃ בֹֽזֲע ַ ־ל ַֽא י ִת ָר ֽ ֶכָל י ִ ַתָנ ב ט ח ַקֶל יִ

Transcrição

׃ בֹֽזֲע ַ ־ל ַֽא י ִת ָר ֽ ֶכָל י ִ ַתָנ ב ט ח ַקֶל יִ
BS “D
‫ע ֽ ֹזבּו׃‬
ֲ ַ‫ֹור ִ תי ַ ֽאל־ּת‬
ָ ‫ִּכ !י ֶל קַ ח טֹוב נ ַָת ִּתי לָ ֶכ ם ֽ ּת‬
Pois eu vos dou boa doutrina; não abandoneis a minha Torah! Mishlei (Provérbios) 4:2
Shabat Mebarechim Shalom! Parashá Bamidbar - 29 de Iyar de 5769 (23/05/2009)
Ano-2 N-102
‫ד יַ ֽחֲנֽ ּו׃‬$‫ל־מֹוע‬
ֵ
ֶ‫ ֶּנגֶד סָ ִב)יב ְל ֹֽאה‬, ‫ּו ְּבנֵ י יִ ְׂש ָר ֵאל ִמ‬$‫חנ‬
ֲ ֽ ַ‫ֹתם י‬
ָ 0 ‫אב‬
ֲ ‫ ְל ֵבית‬1 ‫תת‬
ֹ ‫ל־ּדגְ ל! ֹו ְב ֹא‬
ִ ַ‫ִא יׁש ע‬
“Os filhos de Israel se acamparão, cada um junto ao seu estandarte, com as insígnias das casas de seus pais; ao
redor, de frente para a tenda da revelação, se acamparão.” (Bamidbar 2:2)
Existem outras formas de interpretar o Passuk acima (vide explicação anterior na edição No. 51 – Bamidbar 5768).
A Torah quer nos ensinar que o serviço divino, para ser feito com plenitude, necessita atender a 3 pontos: ocupar-se do
estudo da Torah (escrita e oral), cumprir as Mitsvot e a alegria de servir a D-us, quando estiver se ocupando dos dois pontos
anteriores. E este último é fundamental, uma vez que a Torah adverte enfaticamente (Debarim 28:45-47): “Todas estas
maldições virão sobre ti, e te perseguirão, e te alcançarão, [...], por não haveres dado ouvidos [ouvidos pode ser
interpretado como entender, como no ‘naassê venishmá – faremos e entenderemos’, o que alude ao primeiro ponto, o estudo
da Torah] à voz do Senhor teu D-us, para guardares os seus mandamentos [segundo ponto], e os seus estatutos, que te
ordenou. […] Por não haveres servido ao Senhor teu D-us com gosto e alegria de coração [terceiro ponto], por causa da
abundância de tudo”. Vemos que o “servir a D-us com alegria” veio separado dos outros dois, num versículo separado,
demonstrando sua importância. Isto porque a alegria engloba a prática e o estudo, levando ao serviço divino pleno. E esses 3
pontos, necessários ao serviço a D-us, estão aludidos pelos nossos 3 patriarcas. O nome Abraham tem valor numérico de
248, mesmo valor das 248 Mitsvot do tipo ‘faça’/ativas. Logo, o primeiro patriarca alude ao cumprimento dos mandamentos.
Já Itshhak advém de Tshhok – riso, e sabemos que o riso é um sinal de alegria. Logo, o nome do segundo patriarca alude à
alegria no estudo da Torah e no cumprimento dos mandamentos. Já o nome Yaakob está aludindo ao estudo da Torah. A
Kaballah explica que a união de dois nomes divinos soma 91. Um deles está ligado à Torah escrita e o outro à Torah oral.
Como se sabe, com dois elementos têm-se duas possibilidades de combinação (2 x 1 = 2). Uma das combinações alude à
parte revelada da Torah, enquanto a segunda alude à parte oculta (mística) da Torah. Como temos duas combinações,
somamos 91+91 = 182, valor numérico de Yaakob. Logo, no nome de Yaakob está aludido o estudo da Torah em todos os
seus âmbitos, revelado e oculto, escrito e oral.
E assim podemos explicar melhor por que Yaakob abençoou a Efraim e Menashê com a benção (Bereshit
48:16): “e seja chamado neles o meu nome, e o nome de meus pais, Abraham e Itshhak”. Yaakob lhes queria
abençoar com o serviço divino pleno, aludido pelo nome dos patriarcas. E os 3 patriarcas são a “bandeira de
Israel”, e por isso o Passuk diz “ish al digló, beotot lebeit abotam yahhanu B'nei Israel – cada um junto ao seu
estandarte, com as insígnias das casas de seus pais, acamparão os filhos de Israel”. O Passuk ensina que o serviço
pleno a D-us dará o mérito de “ao redor, de frente para a tenda da revelação, acamparão”, ou seja, em
Yerushaláim, com o Templo reconstruído e a Shechiná revelada. Que seja muito em breve e em nossos dias,
Amén.
Adap. do Livro “Hhasdei Abot sobre Pirkei Abot (1:3)” do Hhacham Yossef Hhaim A”H (Ben Ish Hhai) Por Jaime Boukai
Resumo da Parashá – Bamidbar / Início do Livro Bamidbar (Números) 1:1 – 4:20
No deserto do Sinai, D-us ordena um censo das tribos de Israel. Moshê conta 603.550 homens com idade de servir o
exército (20 a 60 anos); a tribo de Levi, com total de 22.300 homens de um mês de idade em diante, é contada
separadamente. Os Leviim serviriam no Santuário substituindo os primogênitos, que foram desqualificados por terem
participado no pecado do Bezerro de Ouro. Os 273 primogênitos que não tinham um Levi que os substituísse pagaram um
“resgate” de cinco shekalim para se libertarem. Quando o povo levantava acampamento, os três clãs levitas desmontavam e
transportavam o Santuário e o remontavam no próximo local. Eles armavam suas tendas em volta dele: os Kehatitas, que
carregavam os utensílios do Santuário (Arca, Menorah, etc.), acampavam ao sul; os Gershonitas, encarregados das
tapeçarias e coberturas dos tetos, a oeste; e as famílias de Merari, que transportavam os painéis e os pilares das paredes, ao
norte. Ao leste, ficava a tenda de Moshê, de Aharon e dos filhos de Aharon. Em volta dos Leviim, as tribos acampavam em
quatro grupos de três. Ao leste ficava Yehudah (pop. 74.600), Issachar (54.400) e Zebulun (57.400); ao sul, Reuben
(46.500), Shim’ón (59.300) e Gad (45.650); a oeste, Efraim (40.500), Menashê (32.200) e Bin’yamin (35.400); e, ao norte,
Dan (62.700), Asher (41.500) e Naftali (53.400). Esta formação era mantida durante as viagens. Cada tribo tinha seu próprio
Nassi (príncipe/líder) e sua própria bandeira com cor e emblemas. (Do E-mail ‘NO JARDIM DA TORAH’)
Por Jaime Boukai
Curiosidade da Semana:
Tal Como se Acamparem, Assim Marcharão
A Parashá Bamidbar descreve a formação em que os B’nei Israel viajavam pelo deserto, e enfatiza que esta mesma
formação devia ser mantida tanto nos períodos de acampamento quanto nos de jornada: “[...] Tal como se acamparem, assim
marcharão, cada um em direção ao seu lugar, segundo seus estandartes” (Bamidbar 2:17). Nossos Hhachamim interpretaram
este passuk como uma referência à observância do Shabat, e ao impacto que ele tem sobre os demais dias da semana. O
Shabat não deve ser visto como um “dia de folga”, dedicado à diversão e à recreação... ele é um dia de elevação espiritual e
estreitamento de nossa relação com D-us, quando nos empenhamos no estudo de Torah, compartilhamos palavras de Torah
Gratuito! Contém termos de Torah, trate com respeito! Não transporte em Shabat e Yom Tob! Visite o site www.lekachtob.xpg.com.br!
BS “D
com nossas crianças na mesa de Shabat e cantamos os lindos Pizmonim de Shabat. Neste sentido, aquele verso tem a
conotação de que a qualidade de nosso “acampamento”, ou seja, do nosso dia de descanso das atividades mundanas (o
Shabat), vai determinar a qualidade da nossa “jornada”, isto é, durante os demais dias da semana. Ao passarmos um Shabat
dedicados ao crescimento espiritual, este aspecto vai nos acompanhar quando “viajamos” durante os outros seis dias. A
observância do Shabat tem a capacidade de prover a pessoa com a vitalidade religiosa durante toda a semana.
Particularmente na nossa geração, em que somos bombardeados por tantas influências negativas da vida moderna, a
observância do Shabat assume o papel de nossa proteção espiritual, evitando que os aspectos negativos que nos rodeiam
durante a semana exerçam influência sobre nós. Uma outra interpretação, um tanto mais literal, deste passuk refere-se às
viagens, que são algo bastante comum na vida hodierna. Quando a pessoa deixa sua rotina, é comum que ela assuma uma
postura mais leniente com relação aos seus compromissos espirituais. Conta-se que o Hhafets Hhaim carregava consigo
mortalhas sempre que viajava, para se lembrar de sua mortalidade; ciente da tendência natural que o ser humano tem de ser
menos meticuloso na sua observância quando viaja, este grande Hhacham achou necessário tomar esta medida drástica para
garantir que manteria todos seus padrões enquanto estivesse longe de casa. Assim, a Torah enfatiza que nossa observância e
espiritualidade mantenham-se inabaláveis onde quer que estejamos, seja em casa ou viajando, e durante todos os dias da
semana. E, neste sentido, a santidade do Shabat brilha como nossa grande fortaleza espiritual. (Baseado no “Daily Halacha” do Rabbi
Por Maurício Cagy (Hhazak Ubaruch)
Eli Mansour.)
Vantagens da Humildade com Relação à Torah:
• Para progredir em Torah, deve-se procurar a companhia dos estudiosos, que são mais sábios, e aprender deles. Uma pessoa
arrogante não aceita conselho e orientação de outros.
• Alguém que está convencido de sua própria superioridade não se empenhará em cumprir as Mitsvot que não considera
importante, nem investir muitos esforços em preencher os detalhes requeridos por outras.
• D-us gosta das pessoas humildes, pois constantemente revisam seus atos, a fim de corrigir seus erros. Uma pessoa arguta,
no entanto, não é aberta a críticas, nem tem senso de autocrítica. Por isso, está longe de fazer Teshubá.
Benefícios Gerais da Humildade:
• Uma pessoa humilde aproveita a vida, a despeito das circunstâncias materiais; enquanto uma pessoa arrogante não está
satisfeita com seu quinhão. O presunçoso está convencido de que D-us e seus semelhantes lhe devem por seus talentos,
contribuições ou méritos. Ele não é suficientemente recompensado com reconhecimento ou dinheiro; sofre de
descontentamento e frustração.
• Se o infortúnio atinge uma pessoa arrogante, ela se ressente demais. Uma pessoa humilde, por outro lado, consegue superar
os problemas, inconveniências e situações desagradáveis da vida.
• Uma pessoa humilde faz amigos; uma pessoa que se sente o centro do universo, não. Ela não pode perdoar aqueles que a
insultam, ou não a tratam com deferência e como resultado, dificulta sua aproximação e relacionamento com outras. (Adaptado
do site Chabad.org.br)
Por Mair Haim Nigri (Hhazak Ubaruch)
Pérolas da Parashá:
Nesta porção, encontramos um Midrash fascinante no primeiro versículo: “E D-us falou a Moshê no deserto do
Sinai”. O Midrash explica que a Torah foi outorgada em associação com 3 coisas: fogo, água e o deserto. Rabbi Meir
Shapiro dá uma bela explicação sobre a importância destas 3 coisas. Explica que o traço de caráter que destacou o povo
judeu desde o início é o espírito de auto-sacrifício. Isso tem sido sempre evidente em nosso cumprimento da Torah e em
nossa aderência à sua fé. Abraham, o primeiro de nossos Patriarcas, permitiu-se ser atirado a uma fornalha ardente por ter
quebrado os ídolos de seu pai, e foi salvo apenas por um verdadeiro milagre de D-us. Por este ato, ele conferiu a todas as
gerações futuras a vontade e a força de morrer por seu judaísmo. Algumas pessoas poderiam argumentar que este foi um ato
de heroísmo isolado de um indivíduo notável. Deveriam então considerar um segundo exemplo envolvendo todo o povo
judeu. Quando o Mar Vermelho foi dividido, o povo judeu marchou como uma só nação para as águas enraivecidas, a um
comando do Criador. É claro que alguém poderia argumentar ainda que este teste ocorreu em um período de tempo
relativamente curto. Deixemos, então, que considerem o terceiro exemplo, o fato de toda a nação judaica voluntariamente
entrar no deserto sem comida ou bebida, não sabendo quanto tempo teriam de lá permanecer. Fizeram isso apenas por amor
e lealdade a D-us, como está escrito em Yirmiyahu “Lembro-Me da afeição de tua juventude... como seguiram-Me no
deserto, numa terra que não era semeada” (2:1). Foi em virtude destes 3 testes (fogo, água e deserto) que a Torah foi
outorgada ao povo judeu como sua possessão eterna. A disposição para desistir de suas vidas pela sua crença em D-us,
assegurou nossa sobrevivência até os dias de hoje. (Baseado no Midrash).
Por Hazan Mair Simantob Nigri (Hhazak Ubaruch)
Para Refletir:
“O nome dos patriarcas estava escrito nos estandartes das tribos. Uma das razões é que os nomes dos patriarcas somam 13
letras. Treze é o valor numérico de Ehhad – um. Isso nos ensina que o povo acampava dividido por tribos, mas se consideravam
UM. Quando estamos unidos, como um povo só, mesmo que pequemos, não somos entregues nas mãos de nossos inimigos. E essa
unidade é que nos levará à grandeza (redenção)”.(Adap. do livro Aderet Eliyahu, do Rabbi Yossef Hhaim – Ben Ish Hhai).
Dedicado à pronta e total recuperação de Hhaim David Cagy ben Messodi.
Em memória e elevação das almas de Rebeca Nigri Bat Simbol, Salim Joseph Nigri Ben Sara, Miriam Balassiano Bat Bida,
Marie Nigri Balaciano Bat Jamile, Bekhor I. Balassiano Ben Saniar, Pola Miodownik Bat Rucha Laja, Nazle Ajooz Benarroch
Bat Rahel, Jamile Nigri Bat Sarah, Salomão Mair Beniste Ben Jamile e Simon Mussa Mansour Ben Diná.
Agradecemos ao Templo Sidon e a Gerson e Teresa Bergher pela colaboração na impressão e na distribuição ao público. Tizkú LaMitsvot!

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