Revista Fecomércio - Agosto

Transcrição

Revista Fecomércio - Agosto
Revista do Sistema
Fecomércio-DF:
Sesc, Senac e
Instituto Fecomércio
Ano XVIII nº 206
Agosto de 2015
NADA DE
TEMPO
RUIM
Vale tudo para driblar a crise:
de diversificar o negócio
até buscar consultorias
especializadas
Entrevista // Pág. 8
Carlos Alberto
Sardenberg
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de um plano que une
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Planos de saúde coletivos por adesão, conforme as regras da ANS. Informações resumidas. A comercialização dos planos respeita a área de abrangência das respectivas operadoras de saúde. Os preços e as redes estão sujeitos
a alterações, por parte das respectivas operadoras de saúde, respeitadas as disposições contratuais e legais (Lei nº 9.656/98). Condições contratuais disponíveis para análise. Julho/2015.
Preços e condições obtidos pela negociação coletiva da Qualicorp com as operadoras de saúde parceiras. 2R$ 175,92 – Medial 300 NAC QC PJCA Copart (registro na ANS nº 469.148/13-2), da Amil – Linha Medial, faixa etária
até 18 anos, com coparticipação e acomodação coletiva (tabela de julho/2015 – DF).
1
registradora
[email protected]
Como nos
velhos tempos
Recebemos na redação da Revista Fecomércio-DF uma carta
escrita à mão pelo leitor Williams de Almeida, morador de
Ceilândia Sul (DF). Ele elogia o conteúdo da revista, que
segundo ele é “atual e informativa”. São feedbacks como
esse que nos incentivam a fazer a cada mês uma edição mais
atrativa, com temas de interesse não apenas do comércio,
mas de toda a sociedade.
Comunicação
Gráfica em pauta
revista
Entre 17 e 20 de agosto, o
Sindicato das Indústrias Gráficas
do DF (Sindigraf-DF) promove
a primeira edição da Semana
da Comunicação Gráfica
do DF. O evento terá, entre
outras atividades, palestras e
workshops com autoridades
da comunicação publicitária
e atividades culturais. Mais
informações: (61) 3344-2163.
COORDENADOR DE COMUNICAÇÃO DO
SISTEMA FECOMÉRCIO-DF
Diego Recena
REVISTA FECOMÉRCIO
Diretor de Redação: Diego Recena
Editora-Chefe: Taís Rocha
Editora Senac: Ana Paula Gontijo
Editor Sesc: Marcus César Alencar
Fotógrafo: Raphael Carmona
Saldo positivo
Agendamento
Apesar do momento delicado da
economia brasileira, o Pátio Brasil
Shopping fechou o primeiro semestre
no positivo. As vendas cresceram 5,4%
em relação ao mesmo período do ano
passado. Desde 2014
foram investidos R$
8 milhões na
modernização
e em melhorias
internas do centro comercial.
Em uma iniciativa
inédita, o Procon-DF deu
início ao serviço de atendimento agendado com
o objetivo de desafogar
os 11 postos nos horários
de pico. O agendamento
já está funcionando no
Procon Central (SCS,
Quadra 8) e se expandirá
para todos os postos do
DF até o fim deste mês.
@fecomerciodf
4
Revista Fecomércio DF
/fecomerciodf
fecomerciodf.com.br
Repórteres: Andrea Ventura, Daniel
Alcântara, Fabíola Souza, Luciana Corrêa,
Liliam Rezende, Sacha Bourdette e Sílvia Melo
Projeto Gráfico Gustavo Pinto e
Anderson Ribeiro
Diagramação: Gustavo Pinto
Capa: Gustavo Pinto
Revisora: Fátima Loppi
Impressão: Coronário
Tiragem: 60 mil exemplares
REDAÇÃO
SCS, Quadra 6, bl. A, Ed. Jessé Freire,
5º andar - Brasília - DF - 70.306-908
(61) 3038-7527
CONTATO COMERCIAL
Joaquim Barroncas – (61) 3328-8046
[email protected]
agosto 2015
36
8
Sobrevivendo às
intempéries
Entrevista
Carlos Alberto Sardenberg
Artigos
Confira as
estratégias
adotadas pelos
empresários para
driblar a crise
14
Economia
Raul Velloso
18
Agenda Fiscal
Adriano Marrocos
20
Doses Econômicas
Camila Schoti
54
Direito no Trabalho
Raquel Corazza
Joel Rodrigues
Colunas
26
44
Mercador Candango
Veja como foi a festa da
oitava edição do prêmio
que movimentou o setor
produtivo local
Além de linhas e agulhas
Datas comemorativas e
trabalhos manuais mantêm
estável faturamento do setor
de armarinhos
16
Gastronomix
Rodrigo Caetano
22
Gente
Gabriela Vieira e
José do Egito
50
Vitrine
Taís Rocha
56
Tecnologia
Máximo Migliari e
Renato Carvalho
Seções
48
52
55
62
66
Indicadores do Comércio
Caso de Sucesso
Empresário do Mês
Pesquisa Conjuntural
Pesquisa Relâmpago
Revista Fecomércio DF
5
CONSELHO CONSULTIVO
Conselheiro Presidente
Alberto Salvatore Giovani Vilardo
Conselheiros
Antônio José Matias de Sousa
Jose Djalma Silva Bandeira
Laudenor de Souza Limeira
Luiz Carlos Garcia
Mitri Moufarrege
Rogerio Torkaski
DIRETORIA (TITULARES)
Presidente
Adelmir Araujo Santana
1º Vice-presidente
Miguel Setembrino Emery de Carvalho
2º Vice-presidente
Francisco Maia Farias
3º Vice-presidente
Fábio de Carvalho
VICE-PRESIDENTES
Antonio Tadeu Peron
Carlos Hiram Bentes David
Edy Elly Bender Kohnert Seidler
Francisco das Chagas Almeida
Glauco Oliveira Santana
José Geraldo Dias Pimentel
Tallal Ahmad Ismail Abu Allan
DIRETORES-SECRETÁRIOS
Vice-Presidente-Administrativo
José Aparecido da Costa Freire
2º Diretor-Secretário
Hamilton Cesar Junqueira Guimarães
3º Diretor-Secretário
Roger Benac
DIRETORES-TESOUREIROS
Vice-Presidente-Financeiro
Paolo Orlando Piacesi
2º Diretor-Tesoureiro
Joaquim Pereira dos Santos
3º Diretor-Tesoureiro
Charles Dickens Azara Amaral
DIRETORES ADJUNTOS:
Hélio Queiroz da Silva
Diocesmar Felipe de Faria
Francisco Valdenir Machado Elias
DIRETORES SUPLENTES:
Alexandre Augusto Bitencourt
Ana Alice de Souza
Antonio Carlos Aguiar
Clarice Valente Aragão
Edson de Castro
Elaine Furtado
Erico Cagali
Fernando Bezerra
Francisco Messias Vasconcelos
Francisco Sávio de Oliveira
Geraldo Cesar de Araújo
Jó Rufino Alves
Jose Fagundes Maia
Jose Fernando Ferreira da Silva
Luiz Alberto Cruz de Moraes
Milton Carlos da Silva
Miguel Soares Neto
Roberto Gomide Castanheira
Sérgio Lúcio Silva Andrade
Sulivan Pedro Covre
CONSELHO FISCAL:
Titulares:
Alexandre Machado Costa
Benjamin Rodrigues dos Santos
Raul Carlos da Cunha Neto
Suplentes:
Antônio Fernandes de Sousa Filho
Maria Auxiliadora Montandon de
Macedo
Henrique Pizzolante Cartaxo
DELEGADOS REPRESENTANTES
JUNTO À CNC
Delegados Titulares
1- Adelmir Araujo Santana
2- Rogerio Torkaski
Delegados Suplentes:
1 - Antônio José Matias de Sousa
2 - Mitri Moufarrege
DIRETOR REGIONAL DO SESC
José Roberto Sfair Macedo
DIRETOR REGIONAL DO SENAC
Luiz Otávio da Justa Neves
DIRETOR DE ÁREA
DE COMBUSTÍVEIS
José Carlos Ulhôa Fonseca
SUPERINTENDENTE
DA FECOMÉRCIO
João Vicente Feijão Neto
DIRETOR DA ÁREA DE HOTÉIS,
BARES, RESTAURANTES E SIMILARES
Jael Antônio da Silva
DIRETORA-EXECUTIVA DO
INSTITUTO FECOMÉRCIO
Elizabet Garcia Campos
SINDICATOS FILIADOS
Sindicato do Comércio Atacadista de Álcool e
Bebidas em Geral do DF (Scaab) • Sindicato
das Empresas de Compra, Venda, Locação
e Administração de Imóveis Residenciais e
Comerciais do DF (Secovi) • Sindicato dos
Salões de Barbeiros, Cabeleireiros, Profissionais
Autônomos na Área de Beleza e Institutos
de Beleza para Homens e Senhoras do DF
(Sincaab) • Sindicato do Comércio Varejista de
Produtos Farmacêuticos do DF (Sincofarma)
• Sindicato das Auto e Moto Escolas e Centros
de Formação de Condutores Classes “A”, “B” e
“AB” do DF (Sindauto) • Sindicato das Empresas
de Representações, dos Agentes Comerciais
Distribuidores, Representantes e Agentes
Comerciais Autônomos do DF (Sindercom)
• Sindicato das Empresas de Serviços de
Informática do DF (Sindesei) • Sindicato das
Empresas de Promoção, Organização, Produção
e Montagem de Feiras, Congressos e Eventos
do DF (Sindeventos) • Sindicato das Empresas
Videolocadoras do DF (Sindevídeo) • Sindicato
do Comércio Atacadista do DF (Sindiatacadista)
• Sindicato do Comércio Varejista de Automóveis
e Acessórios do DF (Sindiauto) • Sindicato de
Condomínios Residenciais e Comerciais do
DF (Sindicondomínio) • Sindicato do Comércio
Varejista dos Feirantes do DF (Sindifeira) •
Sindicato do Comércio Varejista de Carnes Frescas,
Gêneros Alimentícios, Frutas, Verduras, Flores e
Plantas de Brasília (Sindigêneros) • Sindicato dos
Laboratórios de Pesquisas e Análises Clínicas do
DF (Sindilab) • Sindicato das Empresas Locadoras
de Veículos Automotores do DF (Sindiloc) •
Sindicato das Empresas de Loterias, Comissários
e Consignatários e de Produtos Assemelhados
do DF (Sindiloterias) • Sindicato do Comércio
Varejista de Materiais de Construção do DF
(Sindmac) • Sindicato do Comércio de Material
Óptico e Fotográfico do DF (Sindióptica)• Sindicato
do Comércio Varejista de Material de Escritório,
Papelaria e Livraria do DF (Sindpel) • Sindicato
dos Supermercados do DF (Sindsuper) • Sindicato
do Comércio de Vendedores Ambulantes do DF
(Sindvamb) • Sindicato do Comércio Varejista do
DF (Sindivarejista) • Sindicato dos Fotógrafos e
Cinegrafistas Profissionais Autônomos do DF
(Sinfoc) • Sindicato das Empresas Locadoras de
Veículos Automotores do DF (Sindloc) • Sindicato
das Empresas de Sistemas Eletrônicos de
Segurança do Distrito Federal (Siese)
SINDICATO ASSOCIADOS
Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e
Similares de Brasília (Sindhobar) • Sindicato
do Comércio Varejista de Combustíveis e de
Lubrificantes do DF (Sindicombustíveis)
SCS Qd. 6, Bl. A, Ed. Newton Rossi – 5º e 6º andares – Brasília -DF – 70306-911 – (61) 3038-7500
6
Revista Fecomércio DF
editorial
Uma justa
homenagem
Considero o mínimo que nós
podemos fazer, reverenciar quem
aceitou trocar a estabilidade pelo
risco, a carteira assinada pelo próprio negócio. Ao começar nossas
carreiras como empresários, no
início da construção desta cidade,
nós não sabíamos nem se haveria
dinheiro suficiente no fim do mês.
Sobretudo, nos dias de hoje, em
que os cenários não são os mais
favoráveis, é preciso reforçar a
capacidade do Distrito Federal de
gerar riquezas.
Atualmente, os empresários de
comércio e serviços, representados
pela Fecomércio- DF, são responsáveis por mais de 93% do PIB privado. Geram, juntos, 1 milhão e 200
mil empregos no Distrito Federal.
Cada um dos agraciados no Mérito Mercador Candango construiu
um pedaço da história de Brasília,
em épocas e segmentos diferentes,
mas todos com a certeza do trabalho e a confiança no futuro.
Foram e continuarão sendo um
exemplo para nós. Por isso digo,
devemos nos espelhar na história
de vida dessas pessoas aqui presentes para continuarmos a luta
por uma Brasília melhor.
Atualmente,
os empresários
de comércio
e serviços,
representados pela
Fecomércio- DF,
são responsáveis
por mais de 93%
do PIB privado
Cristiano Costa
A cada dois anos, nós, da Fecomércio, nos imbuímos de uma
tarefa difícil, porém muito recompensadora. Escolhemos 15 empresários da cidade que melhor
representam o espírito empreendedor, a garra, o sucesso obtido no
decorrer dos anos de atuação no
mercado. Neste ano, chegamos à
oitava edição do Prêmio Mercador
Candango.
Nesta revista, trazemos a cobertura da festa de homenagem
aos mercadores que transformaram as dificuldades em oportunidades. Foram eles: Akihiko Okada
(Tókio Supermercados), Avaldir
Oliveira (CTIS), Carlos Recch (Posto Nenen’s), Cecin Sarkis Simão
(Cecin Sarkis), Cleuza Ferreira
(Magrella), Cristina Boner (Grupo TBA Informática), José Carlos
Daher (Hospital Daher), José Celso Gontijo (JC Gontijo), Julio Cesar
Peres (Incorporadora IPE-Omni),
Luiz Cesar Cunha Sales (Unicom),
Moema Leão (Casa Cor), Nilton
Alves Ferreira (Centro Educacional Delta), Ramez Lutfalla (São
Geraldo), Stephanny Oliveira (Stephanny’s Haute Coiffure) e Wlanir
Santana (WS Modas).
O evento foi um sucesso e contou com a presença de amigos e
familiares dos homenageados,
mas também do governador Rodrigo Rollemberg, de secretários,
de deputados e de muitos nomes
do empresariado local. Mas o mais
importante, de fato, foi a singela
homenagem que prestamos a todos aqueles que aceitaram o desafio de empreender em um País
como o Brasil.
Adelmir Santana
Presidente do Sistema
Fecomércio-DF:
Fecomércio, Sesc, Senac
e Instituto Fecomércio
Revista Fecomércio DF
7
entrevista
Por dentro da
crise
//Por Taís Rocha
Fotos: Raphael Carmona
Âncora do Programa de rádio
CBN Brasil, Carlos Alberto
Sardenberg é hoje um dos
principais comentaristas
econômicos do País.
Trabalhou como repórter,
redator e editor nos
maiores jornais do Brasil.
Esteve em Brasília como
palestrante no Encontro
dos Revendedores de
Combustíveis do CentroOeste, realizado pelo
Sindicombustíveis, e falou,
nesta entrevista, sobre a
crise econômica que o País
está enfrentando atualmente.
Buscar o reequilíbrio das contas
tem sido o tom do governo nos
últimos meses. Diante disso,
como o senhor avalia a análise
do TCU divulgada hoje de que as
contas de 2014 não fecharam?
O TCU fez uma análise das contas,
o que foi a confirmação do que
já se previa. Nada que o TCU
falou é novidade. Os analistas,
os jornalistas, os economistas,
já vinham falando isso há algum
tempo, de que a conta está errada.
Já havíamos alertado sobre
malabarismo fiscal, contabilidade
criativa e pedaladas. Esse termo
já está sendo usado há tempo pelo
governo para esconder gastos
e dívidas. O que tem de novo no
anúncio recente é que o Tribunal
de Contas deu uma dedada, ou
seja, disse que tem um problema
e o problema é esse. Formalizou
e politizou o problema. Isso é um
dilema para o atual governo, mas
ao mesmo tempo tem um efeito
positivo extraordinário porque
mostra que a responsabilidade
fiscal e a responsabilidade com
as contas públicas são para valer.
O governo não pode largar mão
disso e que será punido se assim
o fizer. Há um avanço político
e moral muito grande nessa
decisão.
Existe ainda o problema de levar
para o lado político e a discussão
passar a ser política, não é?
Não, porque ele mostra que o
governo não pode desrespeitar as
regras. Se desrespeitar as regras,
seguem-se as punições.
É importante. E mesmo o impacto
político é positivo. Tem muitos
governantes que falam que
gastam dinheiro quando não
poderiam estar gastando.
A indústria e o comércio têm
sofrido desaquecimento,
sinalizando para uma economia
mais fraca, e alguns setores
passaram a pagar menos
impostos, beneficiados pelas
desonerações concedidas pelo
governo. Tudo isso enxugou
bastante as receitas com
arrecadação. Há ainda o Projeto
de Lei que reduz as desonerações
nas folhas de pagamento. Na
opinião do senhor, desonerar é
um caminho deficitário nesse
processo de ajustar as contas,
certo? Gostaria que o senhor
falasse um pouco sobre isso.
Essa é uma encrenca maior. O
governo desonerou, ele deixa
de recolher impostos, em um
momento em que ele está
precisando de dinheiro. Esse
é um ponto. Como o sistema
político dificulta o corte de
gastos, acaba sobrando para o
aumento do imposto. Por isso
acho que temos que encarar
a ideia de que é preciso cortar
gastos. Não é possível que não se
consiga reduzir o gasto público
no Brasil. Como é que não dá
para reduzir gastos em algo tão
grande, em um gigantismo como
esse? E aí você vai precisar de
menos impostos.
O número de famílias endividadas
no Distrito Federal aumentou,
assim como o universo das
famílias com contas em atraso. E
esse cenário se repete no restante
do País. Como o senhor acha
que a família brasileira deve se
comportar daqui para frente?
“Como o sistema
político dificulta
o corte de gastos,
acaba sobrando
para o aumento do
imposto. Por isso que
eu acho que temos
que encarar a ideia
de que é preciso
cortar gastos”
A família brasileira está fazendo
o mesmo que o governo, está
fazendo ajustes. Só que ela está
fazendo direito, cortando gastos,
fazendo seu ajuste fiscal. E
está certo. É o que tem que ser
feito neste momento. Cortar os
supérfluos e não necessários.
O governo deveria se mirar no
exemplo das famílias brasileiras
e cortar os gastos da máquina
pública.
Recentemente, a CNC revisou
novamente para baixo, pela
quarta vez consecutiva, a
expectativa de vendas do
Revista Fecomércio DF
9
entrevista
comércio varejista em 2015. Há
uma perspectiva de continuidade
na tendência de encarecimento
do crédito e de novas quedas na
confiança do consumidor. Como
o senhor avalia esse cenário em
que esses pequenos empresários
estão com a corda no pescoço?
Como o pequeno empresário pode
vencer a crise?
Todo mundo precisa
se ajustar para baixo.
Tem setor que está
indo bem, que não está
sofrendo, como o setor
de medicamentos, por
exemplo. Mas, de um
modo geral, está todo
mundo apertado e tem
que fazer ajustes. É
importante e necessário
economizar, melhorar
a administração, cortar
custos, essas coisas
todas. Agora, o setor
privado já faz isso,
sabe se ajustar.
Todo mundo precisa se ajustar
para baixo. Tem setor que
está indo bem, que não está
sofrendo, como o setor de
medicamentos, por exemplo.
Mas, de um modo geral, está
todo mundo apertado e tem que
fazer ajustes. É importante e
necessário economizar, melhorar
a administração, cortar custos,
essas coisas todas. Agora, o
setor privado já faz isso, já sabe
se ajustar. O problema nosso
é o governo, as prefeituras, os
governos estaduais. Eles estão
todos inventando impostos para
tomar mais dinheiro. O setor
privado normalmente se ajusta,
sabe se ajustar.
Neste ano, a Fecomércio-DF
publicou um estudo chamado
Brasília 2015, fruto de debates
realizados ao longo de três
anos com especialistas de
diversas áreas. O estudo apontou
que a solução para Brasília
alcançar melhores índices
de desenvolvimento social e
econômico está em investir ao
redor do DF, dotando as cidades
do Entorno de cadeias produtivas
que beneficiem as vocações
de cada município. O senhor
já presenciou situações como
essa em outras grandes cidades
brasileiras e qual foi a saída para
elas?
Brasília tem uma situação rara,
possui a maior renda per capita do
País, não tem atividade econômica
industrial, nem atividade
econômica de agronegócio, mas
ainda assim tem uma renda alta.
Isso porque é aqui que está a elite
10 Revista Fecomércio DF
do funcionalismo público. E é essa
elite que gera essa economia de
serviços forte. Mas a economia
vai ficar centrada no Plano Piloto.
Então, como fazer o crescimento
dessas cidades, não sei. Seria
preciso descobrir a vocação de
cada região, não sei se é o caso de
trazer indústrias. O que funciona
bem nesse cenário são os polos
de tecnologia. Mas para isso é
preciso ter infraestrutura como a
instalação de cabos de fibra ótica,
antenas, imóveis baratos. Isso foi
feito em Campinas, Olinda, em
cidades do Rio Grande do Sul. É
possível de serem feitos sim, aqui
em Brasília.
O governador do Distrito
Federal, Rodrigo Rollemberg
(PSB), assinou um decreto que
regulamenta a concessão à
iniciativa privada da gestão de
espaços e serviços públicos,
que poderão ser explorados
por empresas e consórcios em
contrapartida de melhorias no
local. Como o senhor avalia essas
parcerias?
faz uma concessão com uma
rede hoteleira e ganha R$ 200 por
preso, de modo que a empresa
privada opera o local e ganha
dinheiro com isso. Pernambuco
é um exemplo de efetivação de
Parcerias Público-Privadas para
hospitais, no governo de Eduardo
Campos. É esse o caminho,
concessão para o setor privado.
“O que funciona bem nesse cenário são os
polos de tecnologia. Mas para isso é preciso
ter infraestrutura como a instalação de
cabos de fibra ótica, antenas, imóveis
baratos. Isso foi feito em Campinas,
Olinda, em cidades do Rio Grande do Sul. É
possível fazer sim, aqui em Brasília”
Acho que é o único caminho
para fazer investimentos hoje
no Brasil. Se o setor privado não
entrar, não sai do papel. Ou sai
muito pouca coisa. Para termos
um boom de investimentos,
é preciso que o setor privado
esteja envolvido. E para isso, é
preciso ter concessões rentáveis,
bons negócios, rentáveis para
a população, sobretudo. O que
interessa à população? Que
exista um boa estrada, uma
boa escola, um bom hospital.
Para quem é atendido em um
hospital, faz diferença que seja
uma administração pública ou
privada? Não. Ele quer é ser
bem atendido, certo? Eu não vejo
por que eu não posso privatizar
hospitais, por exemplo. Já existem
vários hospitais, presídios, que
são administrados pela iniciativa
privada, no Ceará, em Minas
Gerais, por exemplo. Em vez de
o governo operar o presídio, ele
Revista Fecomércio DF 11
legislação
Garçom
legal
Projeto de Lei que regulamenta a profissão
de garçom determina, entre outras coisas, a
legalização dos 10%
//Por Liliam Rezende
Fotos: Raphael Carmona
A
Sydney Fonseca, do
Senac, diz que com a
obrigatoriedade, a categoria
seria subdividida e
pouquíssimos profissionais
se enquadrariam no perfil
exigido pelo PL
12 Revista Fecomércio DF
aprovação do Projeto de Lei
1.048/91, que regulamenta a
profissão de garçom, gerou
polêmica entre patrões e empregados do setor. A proposta, que teve
origem no Senado, foi aprovada pela
Câmara dos Deputados no dia 26 de
junho e depende apenas da sanção
da presidente Dilma Rousseff para
entrar em vigor. A partir de agora,
os garçons deverão se registrar para
exercer a profissão, mas a controvérsia principal do texto é a partilha da
taxa de 10% paga sobre o valor total
das contas nos restaurantes.
Proposto em 1991, o projeto está
defasado, na opinião de representantes patronais. Pelo texto, o trabalhador deve se registrar na Delegacia
Regional de Trabalho (DRT). Como
esse órgão não existe mais, é preciso procurar a Superintendência
Regional do Ministério do Trabalho.
Segundo Jael Antônio da Silva, presidente do Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Brasília
(Sindohbar), algumas exigências do
PL são arbitrárias. “A cobrança de
declaração do sindicato de classe de
que o interessado exerce, há mais de
dois anos, a atividade; atestado médico comprovando que não é portador
de moléstia infectocontagiosa; além
de prova de quitação com o serviço
militar, é um absurdo. A maioria dos
garçons, hoje, não vai atender a esse
requisito e poderá perder o emprego
se a lei entrar em vigor”.
O subgerente de Tecnologia do
Turismo e Hospitalidade do Senac,
Sydney Fonseca, concorda. “Convém
entender que o segmento de alimentos e bebidas é muito diversificado, assim, com a obrigatoriedade
estaríamos subdividindo a categoria
e pouquíssimos profissionais se enquadrariam nesse perfil. Tornaríamos o que hoje é informal em irregular”, pondera.
Ainda de acordo com o PL, as taxas de serviço que vierem a ser cobradas nas notas dos clientes não
poderão ultrapassar 10% e dependerão de acordo escrito entre a empresa e o sindicato profissional. Esse
acordo disciplinará ainda o rateio
dessa taxa, mas a lei prevê que 20%
da gorjeta vão para o empregador,
2% para o sindicato profissional e os
78% restantes fiquem com o garçom.
Para Jael, a categoria tem cerca
de 70% de sua renda mensal baseada nas gorjetas que recebe durante o
expediente, então alguns parágrafos
da lei não têm muito fundamento.
“Não é uma atividade que ofereça
risco ao trabalhador e tendo a maior
parte de seu salário proveniente das
gorjetas, seria mais interessante que
essa fosse dignamente regulamentada”, afirma, além de ser contra essa
contribuição direta ao Sindicato. “Esses 2% retirados da gorjeta saem do
bolso dos garçons, que computam
esse valor no fim do mês para pagar
as contas”, defende.
Outro item controverso apontado
pelo líder do Sindohbar é que o limite de 20% das gorjetas destinado às
empresas só atende quem atua pelo
Simples Nacional, onerando os demais empresários. “Empresas que
estão fora do Simples têm uma despesa de até 35% do valor da gorjeta
direcionada para a contratação de
um funcionário, sem contar que esse
percentual foi um golpe de sorte, pois
em 1991 o Simples Nacional ainda
não existia”, comenta.
ATUALIZAÇÃO DO PL
Segundo Sydney, que trabalha na
área há 17 anos, a regulamentação
sempre foi desejada pela categoria,
porém o texto aprovado não faz jus à
realidade, quer do trabalhador quer
dos empresários, já que se passaram 24 anos e nada foi atualizado. “A
aprovação na íntegra coloca em risco
o setor, onerando a folha de pagamento de um lado e condicionando
os profissionais a um pré-requisito
que inviabiliza aqueles que ingressarão na área sem nenhuma experiência”, alerta.
Preocupado com essa questão,
“A maioria dos
garçons, hoje, não
vai atender a esse
requisito e poderá
perder o emprego
se a lei entrar
em vigor”
Jael Antônio da Silva,
presidente do Sindohbar
Jael conta que existe outro PL (57/10)
tramitando na Comissão de Constituição e Justiça do Senado e que vem
sendo acompanhado pelos representantes patronais e dos trabalhadores.
O objetivo desse PL é disciplinar o
rateio entre empregados da cobrança adicional sobre as despesas em
bares, restaurantes, hotéis, motéis
e estabelecimentos similares. “Estamos trabalhando para que a presidente vete o PL de 1991, que foi
desengavetado sem que nenhuma
parte interessada tivesse conhecimento e aprovado no apagar das luzes. Nós defendemos esse outro PL
que vai regulamentar definitivamente
a partilha das gorjetas”, destaca.
Para Eduardo Sousa Santiago,
garçom em treinamento pelo Senac,
essa seria uma vitória da categoria.
“Há exceções, mas poucas empresas
repassam esse valor a seus profissionais. É comum o empresário justificar o desconto de 2% a 3% para danos ou investimentos em uniformes
por exemplo. Lembro que a margem
de lucro da empresa já considera essas perdas”. Eduardo fala ainda qual
seria o cenário ideal para os trabalhadores do setor. “Em questão de
valores, o repasse dos 10% integral
já seria um ganho e tanto”, comenta.
Sobre o medo dos funcionários
que contam com esse valor no salário, Sydney não acredita em uma redução de receita. “Como profissional
da área, tenho pouquíssimos históricos de clientes que recusaram pagar
pelos 10%. Essa taxa é o valor pago
pelo cliente pela qualidade dos serviços prestados pela cozinha e salão.
Cliente satisfeito normalmente paga,
sem problema nenhum”, conclui.
Segundo dados do Sindohbar, o
DF tem cerca de 10 mil estabelecimentos (entre hotéis, bares, restaurantes e similares) que empregam 90
mil profissionais em todo DF.
A professora de Geografia, Joana
Martins, dá aulas de segunda à sexta-feira. Nos finais de semana, sai para
bares e restaurantes com amigos,
para se distrair e colocar a conversa
em dia, assim como muitos brasilienses. “Sobre ter o costume de pagar os
10%, eu sempre tive”, conta. Quanto
à regulamentação, ela ressalta a necessidade dessa nova regra ficar bem
clara. “Se a lei for sancionada, o estabelecimento deve cumpri-la e repassar o valor devido aos funcionários”.
Revista Fecomércio DF 13
artigo economia
Ajustar para recuperar
o crescimento
14 Revista Fecomércio DF
de duração difícil de estimar e com
óbvios efeitos nocivos para o próprio ajuste. Era uma situação muito
difícil de administrar.
A viabilização do programa de
ajuste anunciado pelo novo ministro
da Fazenda e a correção de várias
políticas equivocadas adotadas ainda no primeiro mandato passaram,
então, a ocupar boa parte do noticiário, sendo lamentável a falta de
apoio político à aprovação de medidas capazes de resolver o problema
fiscal, em particular. Na sequência,
com os desdobramentos da Operação Lava-Jato, veio uma onda de
pessimismo nos mercados, onde se
teme que dificilmente o País escapará do rebaixamento da classificação de risco.
Diante dos crescentes atritos entre o governo e sua base de
sustentação no Congresso, é preciso lutar por um relaxamento das
tensões e, pensando no interesse
maior da sociedade, que os ajustes
capazes de nos colocar de volta na
rediscussão do modelo econômico
de fato ocorram e o País possa voltar a enfrentar os enormes desafios
que se apresentam.
Raul Velloso
Doutor em Economia pela
Universidade de Yale (EE.UU).
Atualmente é consultor
econômico em Brasília
Claramente, cabia
mudar o foco para
o investimento, cuja
relação com o PIB
se estagnara ou
vinha caindo desde
a crise do subprime
americano
Cristiano Costa
Ao se iniciar o segundo mandato do atual governo, eram muitos
os sinais de esgotamento do ciclo
econômico pró-consumo em vigor
desde 2004. Por mais que o governo injetasse gás no balão dos gastos de consumo, a economia havia
parado de reagir aos estímulos. Assim, mesmo com nítidos sinais de
pleno emprego dos fatores de produção, o PIB se mostrava estagnado, e o governo não explicava o que
iria fazer para mudar aquele quadro
desfavorável.
Claramente, cabia mudar o foco
para o investimento, cuja relação
com o PIB se estagnara ou vinha
caindo desde a crise do subprime
americano. A retirada dos entraves
existentes à expansão do investimento em infraestrutura aparecia
como a prioridade óbvia dos anos à
frente. Enquanto isso, diante das dificuldades de financiar os elevados
déficits externos que se mostraram, a tendência à depreciação da
moeda, que viria a seguir, poderia
puxar o carro da recuperação da indústria via maiores exportações.
Outro problema mais urgente,
contudo, era a necessidade de ajustar o déficit primário das contas
públicas que, para surpresa geral,
acabou aparecendo entre 2013 e
2014. Sem esse ajuste, as agências
internacionais de risco dificilmente
deixariam de cassar a classificação
de “bom pagador” que o Brasil conseguira na fase um do governo Lula,
o que implicaria fuga em massa de
capitais do País e tudo de ruim que
isso representasse. Mas, com ele, a
estagnação da economia se transformaria em um quadro recessivo
Parceria
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Fecomércio DF
Um produto da Brasilveículos Cia. de Seguros - CNPJ: 01.356.570/0001-81 - comercializado pela BB Corretora de Seguros e
Administradora de Bens S.A. - CNPJ: 27.833.136/0001-39. Processo SUSEP nº 15414.901053/2013-88. O registro desses
planos na SUSEP não implica, por parte da Autarquia, incentivo ou recomendação à sua comercialização. SAC: 0800 570
7042 – SAC Deficiente Auditivo ou de Fala: 0800 775 5045 - atendimento 24 horas, sete dias da semana. A Ouvidoria poderá
ser acionada para atuar na defesa dos direitos dos consumidores, para prevenir, esclarecer e solucionar conflitos não
atendidos pelos canais de atendimento habituais. Ouvidoria: 0800 775 2345 - Ouvidoria Deficiente Auditivo ou de Fala: 0800
962 7373 – atendimento das 8h às 18h, de segunda à sexta-feira (exceto feriados). Ou pelo site www.bbseguros.com.br. *Para
mais informações sobre as condições contratuais do produto, garantias, limites, exclusões, lista dos parceiros e serviços
oferecidos, regras de utilização das assistências e o manual dos serviços acesse: www.bbseguros.com.br. O custo das peças
necessárias a execução do serviço serão de responsabilidade do cliente.Janeiro/13.
Revista Fecomércio DF 15
gastronomix
http://bloggastronomix.blogspot.com
Rodrigo Caetano
[email protected]
Jornalista
e blogueiro
www.facebook.com/sitegastronomix
Dom Francisco completa 27 anos
No ramo de gastronomia,
completar 27 anos é quase uma
eternidade. Nesse período, o Brasil
elegeu seis presidentes. E lá estava
o proprietário e chef Francisco
Ansiliero, firme e forte, fazendo
história. A primeira casa, na 402
Sul, foi aberta no dia 22 de julho de
1988. E logo de início, sua salada
(com belos tomates caquis) e o
bacalhau ganharam destaque no
cardápio. Com tradição e qualidade,
a rede Dom Francisco cresceu e
ganhou mais três casas ao longo
dos anos – Asbac, ParkShopping e
Pátio Brasil.
Francisco revela que busca a
inspiração do preparo das receitas
em viagens e na natureza. “Quando
viajo, faço questão de exercer meu
instinto de curiosidade”, ressalta. Ele
gosta de trabalhar com ingredientes
oriundos do Centro-Oeste e da
Amazônia. O pequi, o cajuzinho
do cerrado, a farinha d’água, a
farinha de guariri, o abricó, entre
outras especiarias, ganham um
sabor indescritível nas preparações
do chef. A paixão pela culinária
passou de pai para filha. Giuliana
Ansiliero comanda as casas da 402
Sul e do ParkShopping, com toda
a dedicação e o comprometimento
que o pai ensinou. O segredo para o
sucesso, segundo Francisco, está na
qualidade e persistência.
16 Revista Fecomércio DF
3 Perguntas para Francisco Ansiliero
Qual o momento mais marcante da sua carreira? E por quê?
Quando abri o restaurante em 1988. A partir de outubro daquele ano, passou
a estar diariamente lotado. Foi o que mais me deixou gratificado.
Se pudesse escolher um prato para uma refeição especial, qual seria?
Bacalhau assado na brasa, porque é o que tem mais força como alimento,
sabor marcante, digestão fácil e sustenta a gente de maneira agradável.
O que torna seu restaurante um local único e duradouro em Brasília?
O culto pela qualidade, que é uma obsessão minha e da minha equipe. Ainda
vou ao Ceasa às 4h da manhã para escolher e comprar tudo do melhor.
Dom Francisco
Asbac – SCES, trecho 2, conjunto 31 - Asbac
402 Sul, bloco B, lojas 9 a 15
Pátio Brasil, loja 255
(3224-1634)
(3322-1071)
ParkShopping, loja 246J
(3363-3079)
(3224-8429)
Quem quer pão...
A Panetteria D’Oliva completa
um ano no dia 30 de julho, mas a
comemoração será durante todo
o mês de agosto, com novidades.
Nesse período, serão oferecidos
três sabores de calzones: um
de salame milanês, parmesão,
muçarela, tomate e orégano.
Outro de muçarela, tomate confit
e manjericão, além do de cebola
agridoce, muçarela e parmesão.
Cada um tem 350g e sai a R$ 11
a unidade. Todos os produtos são
artesanais e elaborados com
fermento natural, livres de aditivos
químicos, conservantes, corantes e
aromatizantes.
Panetteria D’Oliva
Atualmente, a casa oferece uma linha
com cerca de 30 variedades de pães.
Entre as opções estão baguete, pão
italiano, ciabatta, pães recheados,
pão de campanha, brioche, rosca de
canela, bolos e pães integrais, entre
outros. Vale ressaltar que a maioria
das receitas tradicionais não levam
leite nem derivados. Logo, podem
ser consumidas por intolerantes à
lactose. A boutique de pães artesanais
é comandada por Felipe Oliveira, 26
anos. O jovem padeiro aprendeu a
fazer pães com uma das autoridades
na área aqui no Brasil, Rogério
Shimura, proprietário da Levain
Escola de Panificação e Confeitaria.
QE 26, bloco B, loja 22, Guará II
(3083-8213)
panetteriadoliva.com.br
Dois
cortes
em um
prato
O Bsb Grill inova e cria
uma opção interessante
para o mês de agosto.
Os clientes poderão
apreciar dois cortes de carnes
em um único prato, a preços
promocionais. A porção de 600g
combina um assado de tira (250g)
com ancho (350g), bife de tria
Pizza Sourdough
no Dylan
(picanha 350g), chorizo (350g) ou
fraldinha (350g). Todos sempre
acompanhados por arroz com
brocólis, batata frita e farofa de ovos.
Cardápio
Assado de tira (250g) + Ancho (350g) com 3
acompanhamentos: R$ 134
Assado de tira (250g) + bife de tira (picanha 350g) com 3 acompanhamentos: R$ 134
Assado de tira (250g) + chorizo (350g) com 3
acompanhamentos - R$ 124
Assado de tira (250g) + fraldinha (350g) com 3
acompanhamentos - R$ 121
Bsb Grill
304 Norte, bloco B, loja 19
(3326-0976)
413 Sul, bloco D, loja 36
O Dylan Café & Bakery agora
produz pizza. Mas não é uma
pizza qualquer. É a Sourdough,
feita de fermento sem adição de
açúcar ou qualquer outro fermento
químico. Apenas farinha, água,
sal, azeite extra-virgem e longas
horas de fermentação. Mariela
Sztrum, uma das donas do Dylan,
contou ao Gastronomix que,
por enquanto, há apenas um
sabor: muçarela, rúcula, tomate
e azeitona. Mas a intenção é que,
a cada semana, os sabores e as
combinações mudem. “São oito
fatias pequenas”. E o preço: R$ 28.
A pizza é apenas para levar para
casa e assar diretamente no forno.
Disponível de quartas a domingos.
Dylan Café & Bakery
315 Sul, bloco A, loja 15
(3363-1294)
(3346-0036)
Revista Fecomércio DF 17
agenda fiscal
Planejamento
Tributário em xeque
No dia 21/7 foi editado mais um
“pacote de maldades” do governo federal: o Programa de Redução de Litígios Tributários (PRORELIT). Caberá
ao contribuinte informar quais “... as
operações e atos ou negócios jurídicos que acarretem supressão, redução ou diferimento de tributo”. Com
a edição da MP 685, o Planejamento
Tributário passa para a mira da Secretaria da Receita Federal (SRF). Até
30/9 as empresas deverão apresentar
uma declaração indicando: I - os atos
ou negócios jurídicos praticados não
Calendário
possuírem razões extratributárias
relevantes; II - a forma adotada não
for usual, utilizar-se de negócio jurídico indireto ou contiver cláusula que
desnature, ainda que parcialmente,
os efeitos de um contrato típico; ou, III
- tratar de atos ou negócios jurídicos
específicos previstos em ato da SRF.
A empresa estará antecipando a
ação fiscalizadora da SRF apresentando seu planejamento tributário
e aguardará o aval da própria SRF,
que deverá avaliar se as operações
declaradas são válidas, ou seja, se a
questão é realmente de Elisão Fiscal
(redução de tributos de forma lícita e
planejada). Caso a SRF não reconheça
o Planejamento Tributário apresentado, intimará o contribuinte a recolher
no prazo de 30 dias os tributos não
recolhidos devidamente atualizados
com juros (não haverá multa). Mais
grave ainda, se a empresa omitir alguma informação, a SRF poderá lavrar
auto de infração com multa qualificada de até 150%. A declaração citada
ainda será definida pela SRF, além do
prazo e condições de apresentação.
6 a 31/8/2015
O QUÊ e QUANDO pagar?
6/8
14/8
Data-limite para pagamento dos Salários referente a 7/2015
FGTS (GFIP - Guia de Recolhimento do Fundo de Garantia e Informações à Previdência Social)
referente a 7/2015
Contribuição Previdenciária (contribuintes domésticos) referente a 7/2015
COFINS/CSLL/PIS retenção na fonte, de 16 a 31/7/2015
17/8
Contribuição Previdenciária (contribuintes individuais e facultativos) referente a 7/2015
20/8
Contribuição Previdenciária (SIMPLES e Empresas em Geral, incluindo retenção de 11% e empresas
desoneradas) referente a 7/2015
Imposto de Renda Retido na Fonte nos códigos 0561, 0588 e 1708 referente a 7/2015
SIMPLES NACIONAL referente à 7/2015
ISS e ICMS referentes a 7/2015 (observar datas específicas para o ICMS – ST e outras situações)
25/8
PIS e COFINS referente a 7/2015
31/8
Contribuição Sindical Laboral Mensal referente a 7/2015
2ª quota ou cota única do IRPJ e da CSLL referente ao 2º trimestre/2015 pelo Lucro Real, Presumido
ou Arbitrado
Carnê Leão referente a 7/2015
IRPJ e CSLL referente à 7/2015, por estimativa
COFINS/CSLL/PIS retenção na fonte, de 1 a 15/8/2015
Parcela do REFIS, do PAES, do PAEX, do Parcelamento do SIMPLES Nacional e do Parcelamento da
Lei 11.941/2009 (consolidado).
7/8
O QUÊ e QUANDO entregar?
7/8
14/8
Cristiano Costa
21/8
Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) ao MTPS referente à 7/2015
Escrituração Digital do PIS/Pasep, da COFINS e da Contribuição Previdenciária (EFD
CONTRIBUIÇÕES) a SRF/MF referente a 6/2015
Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais (DCTF Mensal) a SRF/MF
referente à 6/2015
31/8
Declaração de Operações Imobiliárias (DOI) a SRF/MF referente à 7/2015
Várias
Livro Fiscal Eletrônico (LFE) a SEF/DF referente à 7/2015: observar Portaria/SEFP nº
398 (9/10/2009)
Adriano de Andrade Marrocos
Contador da Fecomércio-DF e do IFPD e vice-presidente do CRC/DF
18 Revista Fecomércio DF
BOLETIM DA CONJUNTURA IMOBILIÁRIA
S Í N T E S E
SINDICATO DA HABITAÇÃO
Junho
Nesse boletim, apresentamos um novo gráfico, que mensu- Essa precisa, nesse momento, de incentivos, redução de
ra o aumento do número de imóveis disponíveis para loca- carga tributária, crédito, segurança jurídica e apoio do
Estado. Somente assim, reverteremos esse quadro.
ção e venda no DF.
São expressivos 20,26% na venda e 11,88% na locação,
apenas no primeiro semestre de 2015.
Este quadro não deve ser imputado simploriamente ao
mercado imobiliário. Mas deve-se ampliar a visão e perceNÚMERO DE IMÓVEIS DISPONÍVEIS
ber que é fruto da condução trágica da política econômica.
venda e locação.
Vivemos um quadro de aumento do desemprego e da
52.987
49.705
51.469
inadimplência, alta inflação ultrapassando a meta, uma taxa
50.000
41.325
35.089 36.608
de juros selic que esteve a 7,25% a.a. e aproxima-se dos
34.852
14%, taxa negativa do PIB e política de restrição ao crédito.
30.000
Infelizmente, mantém-se a velha visão do estado de quem
deve pagar a conta é a cadeia produtiva e só ouvimos falar
20.000
em “ajuste fiscal”.
Pois que se enxergue o óbvio: quem gera empregos, realiza
0
jun14
ago14
out14
dez14
fev15
abri15
jun15
investimentos, paga tributos e acelera a atividade econômica, é a iniciativa privada.
ÍNDICE DE RENTABILIDADE IMOBILIÁRIA
comercial
Sala
Águas Claras continua como área de melhor
relação de rentabilidade entre valor de locação
e valor do imóvel. Setor de indústria e
Taguatinga apresentaram redução.
0,59
0,49
0,43
0,39
Águas Claras
%
Brasília
%
Setor de indústria
Veja mais no Boletim Completo em nosso site.
%
Taguatinga
%
ÍNDICE IMOBILIÁRIO SECOVI - DF
ÍNDICE IMOBILIÁRIO SECOVI - DF
Locação
comercialização
125,528
116,000
111,811
114,000
112,000
108,000
110,786
jun14
ago14
out14
dez14
fev15
abri15
jun15
O Índice imobiliário SECOVI DF reflete o
comportamento geral dos preços de aluguel
e de venda dos imóveis ofertados no DF.
Demonstra as tendências do mercado imobiliário auxiliando nas tomadas de decisão.
125,000
124,000
122,000
124,331
jun14
ago14
out14
dez14
fev15
abri15
jun15
VEJA O BOLETIM COMPLETO NO SITE:
www.secovidf.com.br
Leve sua imobiliária para o SECOVI-DF: 3321 4444
artigo doses econômicas
Sobre preços
e custos
Parceria:
vados para os grandes consumidores, que, além de naturalmente
muito mais sensíveis a variações de
custo, observam seus concorrentes
em outros mercados em condições
muito mais competitivas.
E finalmente, a despeito do preço de curto prazo estar indicando
alguma redução do custo, na prática o verdadeiro custo marginal da
energia, isto é, o custo da última
unidade produzida para atender à
ultima unidade demandada, tem
um valor aproximadamente quatro
vezes maior que o preço de curto
prazo atual. Quem paga por isso
são os consumidores, todos eles,
independentemente de seus contratos, por meio de encargos.
Há, portanto, grande diferença
entre o preço da energia e o custo
com que ela efetivamente chega
ao consumidor. Estudos apontam
que o custo unitário da energia
para indústria cresceu anualmente, em média, 4 pontos percentuais
a mais que a inflação desde 2011.
Aproximar preço de contratos e
custos exige ajustes estruturais,
hoje presentes na agenda setorial de debate.
Nessa discussão, não se
pode perder o foco na importância da competitividade da
energia para a produção industrial e para o PIB nacional, e de
forma que consumidores possam
confiar nas informações de cus-
Camila Schoti
Mestre em Economia e
coordenadora técnica de Energia
da Associação Brasileira de
Grandes Consumidores Industriais
de Energia e de Consumidores
Livres (Abrace)
20 Revista Fecomércio DF
tos dadas por seus contratos de
energia, isto é, podendo tomar decisões de produção cuja viabilidade
econômica não se altera de acordo
com a conjuntura do setor elétrico. Preço em baixa, na conjuntura
atual, infelizmente não representa
custo em baixa.
Joel Rodrigues
O setor elétrico brasileiro,
construído sobre sólidos conhecimentos da engenharia nacional,
mas nem sempre dando a devida
atenção a princípios básicos da
economia, nos oferece um importante espaço para refletir sobre
preços, contratos e estímulos aos
mais diversos comportamentos no
mercado.
É ilusório, por exemplo, supor
que a expectativa de redução do
preço da energia elétrica no mercado de curto prazo de energia se
traduza, necessária ou imediatamente, em redução de custos para
a indústria. Neste momento, ainda
que alguns indicadores de mercado apontem para a redução futura
dos preços dos contratos, ao menos três fatores não podem ser negligenciados.
O primeiro refere-se ao perfil
de contratação da indústria. Como
a energia é um insumo fundamental para sua competitividade
e produção, de modo geral sua
estratégia é estar coberta com
contratos. Portanto, a despeito de
uma redução de preços no presente, há pouco espaço para redução
do custo do mix de energia, isto é,
o custo médio ponderado de todos
os contratos.
O segundo diz respeito ao patamar de preços. Embora estejam
menores quando comparados a
2014, eles ainda estão muito ele-
gente
Oficina que
virou teatro
//Por José do Egito
Sebo cultural
do Barata
//Por José do Egito
Foto: Joel Rodrigues
Um dos mais tradicionais espaços em funcionamento da Asa Sul, o Sebo Cultural Fortaleza nasceu
em 1959. Durante muito tempo, a banca do proprietário Carlos Barata, 46 anos, foi uma das principais
referências na cidade para comprar e trocar livros,
CDs, LPS, VHS, discos de vinil, gibis e revistas. Ele
conta que foram anos de paciência, dedicação e amor
pelos livros. “É muito prazeroso mexer com cultura.
Aqui vendo as coisas com preço em conta para que
todos possam ter acesso”, explica. De acordo com
Carlos, a banca passou por um momento conturbado,
ficando dois anos fechada devido a um incêndio. Após
o incidente, Barata reabriu as portas do sebo cultural, como a versão anterior, dando continuidade ao
trabalho que antes era realizado pelo pai, falecido em
2013. Carlos conta que a ideia de abrir um sebo partiu
de seu pai, que, ao passar em frente ao local que hoje
é a banca Fortaleza, decidiu começar o negócio com
algumas tábuas como prateleiras. “Meu pai sempre
pensou em montar um sebo. Na época ofereceu um
rádio em troca dos serviços de um carpinteiro”, revela.
O bom gosto musical de Barata é percebido logo na
entrada da banca, quando é possível ouvir MPB. “Peço
que as pessoas não deixem o sebo morrer, para que
não deixem o sebo acabar. Meu objetivo é fazer da cultura um auxílio ao próximo”.
22 Revista Fecomércio DF
Foto: Joel Rodrigues
A oficina mecânica de José Perdiz, 83 anos, foi
criada em 1969, na 708/709 Norte. Por mais de 40
anos, ele garante ter comandado o local, mas só
em 1975 deu seus primeiros passos com o teatro.
Tudo começou quando, em um gesto de generosidade, cedeu o espaço para que o enteado encenasse um espetáculo com os colegas da Faculdade
Dulcina de Moraes. “O que era para ser apenas um
final de semana virou três meses. Construí uma arquibancada e as apresentações foram acontecendo”. Em 1980 o local tornou-se um espaço cultural
com a peça Esperando Godot, que lotou por três
meses e chegou a receber 7,5 mil pessoas. “Depois
dessa apresentação, começou uma correria de
gente querendo fazer teatro aqui. Jovens recémformados recebiam a informação de que tinha um
‘maluco’ com um espaço na Asa Norte. Dando certo
ou não, eles agradeciam e iam embora”, revela.
Nas arquibancadas de ferro, que antes recebiam
120 pessoas por dia, hoje sobraram cadeiras desmontadas e sucata. Perdiz vive na oficina e atende,
a qualquer hora, clientes que buscam consertos.
Há dois meses, após constantes ameaças de derrubadas, Perdiz se mudou para um espaço na 710
Norte, com intenção de dar continuidade ao conserto dos carros e às artes cênicas.
Cinco
perguntas
para Johann Bischof
Formado em Administração com
Especialização em Gestão de Projetos e MBA
em Controladoria e Finanças, Johann Bischof,
29 anos, é analista do Escritório de Projetos,
Estudos e Pesquisa da Unidade de Gestão
Estratégica do Sebrae-DF desde 2013.
//Por Silvia Melo
Qual seu papel na unidade?
Sou responsável pela coordenação e gestão
dos projetos que o Sebrae-DF executa.
//Por Gabriela Vieira
Foto: Joel Rodrigues
O brasiliense João Blenner, 28 anos, com formação em Psicologia e Pós-Graduação em Gestão
de Pessoas, sempre se interessou pela arte urbana.
Essa atração despertou em João vontade de fazer
parte dessa manifestação artística que está cada
vez mais presente nos grandes centros, a arte
de rua. Há seis anos, começou a investir na arte
que acreditava apenas com dicas e sugestões de
amigos, criando intervenções e telas com base na
técnica de stêncil, que consiste em utilizar recortes
que reproduzem desenhos, letras, números para
ser transferido por meio de tinta spray a uma outra
superfície. Buscou estar por dentro do mundo dos
grafiteiros e, ao se deparar com o projeto “Pimp My
Carroça”, do grafiteiro paulista Mundano, que reforma carroças com o objetivo de promover a visibilidade dos catadores de materiais recicláveis, logo
quis fazer parte. “Conheci o carroceiro Telmo Quintino na Asa Norte, expliquei como funcionava o projeto e lhe perguntei se tinha interesse em ter sua
carroça reformada e ele aceitou”. O projeto reformou a carroça e disponibilizou um kit de segurança
e utensílios de higiene pessoal para o carroceiro.
“Esse projeto me fez contribuir para que a classe de
catadores de recicláveis se tornasse visível”.
Qual a importância do Sebrae para os pequenos?
Somos a instituição que mais entende de
micros e pequenos negócios e possui a maior
rede de atendimento do País.
Qual o diferencial da entidade?
Produtos e serviços de
excelência, com a missão de
promover a competitividade
e desenvolvimento
sustentável dos pequenos
negócios.
Joel Rodrigues
Visibilidade por meio
da arte urbana
Quais os desafios da Gestão em 2015?
Implementar a gestão por processos e
aprimorá-la por meio do Programa de
Excelência da instituição.
Qual dica para o empresário
ter sucesso?
Informar-se,
estudar e
analisar o
mercado.
Revista Fecomércio DF 23
artigo cnc
O Projeto de Lei
da terceirização
A Câmara dos Deputados aprovou o PL 4.330/2004, que regulou,
em 28 artigos e 101 normas, “os
contratos de terceirização e as relações de trabalho dela decorrentes”.
O PL encontra-se, agora, no Senado
(30/2015), no qual serão renovadas
as discussões sobre os pontos relevantes. Em artigo de 14/10/13, destacamos que “o processo produtivo,
por ser um sistema em rede, no qual
cada empresa contribui com parcela
de valor agregado – que são insumos
da produção, formando um todo que
é o produto final. A terceirização no
setor produtivo representa exemplo
concreto do real benefício decorrente
da especialização.”
Nos debates do PL, surgiram
discussões sobre a limitação da terceirização às “atividades-meio”, conforme jurisprudência firmada pelo
TST (Súmula 331), ou a ampla abrangência das “atividades-fim”, como indispensável à maior produtividade na
indústria e no comércio em geral. Na
Câmara dos Deputados, o PL definiu
a terceirização como “a transferência
feita pela contratante da execução de
parcela de qualquer de suas atividades à contratada para que esta a realize na forma prevista na lei.” Pode
abranger tanto as “atividades-meio”
como as “atividades-fim”. A contratante é “a pessoa jurídica que celebra
contrato de prestação de serviços
determinados, específicos e relacionados a parcela de qualquer de suas
atividades com empresa especializada na prestação dos serviços contratados, nos locais determinados no
contrato ou em seus aditivos”.
Entretanto, o PL, sob a alegação
de proteger os trabalhadores das em24 Revista Fecomércio DF
presas de terceirização, estabeleceu
várias regras que envolvem, para as
empresas contratantes, novos encargos fiscais e burocráticos. Conforme
o art. 16 do PL, “a contratante terá de
“exigir mensalmente da contratada a
comprovação” de “obrigações relacionadas aos empregados desta, que
efetivamente participem da execução
dos serviços terceirizados, durante
o período e nos limites da execução
dos serviços contratados”, sendo relacionados: I) pagamento de salários,
adicionais, horas extras, repouso
semanal remunerado e décimo terceiro salário; II) concessão de férias
remuneradas e o pagamento do respectivo adicional; III) concessão de
vale-transporte, quando for devido;
IV) depósitos do Fundo de Garantia de
Tempo de Serviço; V) pagamento de
obrigações trabalhistas e previdenciárias dos empregados dispensados
até a data da extinção do contrato de
terceirização; e VI) recolhimento de
obrigações previdenciárias. No caso
de falta de comprovação do cumprimento das obrigações trabalhistas e
previdenciárias, a contratante terá de
comunicar o fato à contratada e reter
o pagamento da fatura mensal, em
valor proporcional ao inadimplemento. A empresa contratante terá de
montar um departamento para controle dessas obrigações da empresa
de terceirização, em uma absurda
duplicação de tarefas, uma imensa
burocracia, com aumento de custos
para a empresa contratante.
Antonio Oliveira Santos
Presidente da Confederação
Nacional do Comércio de
Bens, Serviços e Turismo
Além disso, o PL atribui à contratante a obrigação de “reter, sobre o
valor bruto da nota fiscal ou fatura de
prestação de serviço, a título de”: I)
imposto de renda na fonte à alíquota
de 1,5%; II) Contribuição Social sobre
o Lucro Líquido – CSLL à alíquota de
0,65%; III) Contribuição para o PIS/
PASEP à alíquota de 0,65%; e IV) Contribuição para o Financiamento da
Seguridade Social (Cofins) à alíquota
de 3%. Estranhamente, o PL silencia
sobre o destino das retenções. Caberia à contratante recolher à Receita
Federal os tributos retidos? Ou a retenção funcionaria como uma garantia a ser liberada, uma vez recolhidos
os tributos ao Fisco pela contratada?
Em suma, o PL, ao regular as
relações entre contratantes e contratadas, se, por um lado, afasta as restrições demagógicas à terceirização
das atividades-fim, por outro, atribui
à contratante encargos administrativos e fiscais absurdos.
tecnologia
Publicidade digital
//Por Daniel Alcântara
Foto: Joel Rodrigues
Parceria entre
Fecomércio e empresa
Tag Point disponibiliza
serviço informativo
via Bluetooth para
empresários do DF
A
cada dia que passa a tecnologia se transforma em
uma ferramenta mais importante para clientes e empresas.
Por isso, a Fecomércio-DF e a Tag
Point firmaram uma parceria para
disponibilizar aos empreendedores
do Distrito Federal um serviço inovador que é executado por um sistema
informativo chamado Beacon. Ele
funciona da seguinte forma: o lojista
adquire um dispositivo que pode ser
colocado em qualquer local da loja,
que o possibilita emitir mensagens
via Bluetooth, sem a necessidade de
internet, em um raio de até 70 metros. Com isso, o empresário pode
ofertar serviços aos clientes como
mensagens de promoção, descontos, conteúdos de todos os tipos e
campanhas publicitárias. Para tanto, o consumidor precisa ter em seu
celular um aplicativo gratuito da Tag
Point, desenvolvido para os sistemas
Android e IOS.
De acordo com especialistas,
trata-se de uma tendência mundial,
agora disponível para empresas
brasilienses. O diretor institucional
da Tag Point em Brasília, Rafael
Ming, diz que a intenção da ferramenta é criar um diferencial para o
empresário. Segundo ele, a parceria
com a Fecomércio é essencial para
difundir a tecnologia em diversos
segmentos que podem absorver o
potencial do serviço. “É um novo
Rafael Ming, da Tag Point, entrega o dispositivo para o
proprietário do Espaço Maria Tereza, Léo Lynce
meio de comunicação que vai ao encontro à questão ambiental, criando
um canal com o consumidor sem
o uso de papel ou qualquer tipo de
poluição. O conteúdo disponibilizado
pode ser um redirecionamento para
o site da própria loja ou publicidades
específicas para diversos produtos,
ofertando promoções ou conduzindo
o cliente para um item em específico”, ressalta.
O lançamento do produto está
marcado para o mês de agosto.
Mas, o Tag Point Beacon já começa
a chamar a atenção dos lojistas. O
primeiro contrato firmado no Distrito Federal foi com o empresário Léo
Lynce Cavalcante Araújo, de 31 anos,
proprietário do restaurante Espaço
Maria Tereza, localizado na QI 5, do
Lago Sul. Segundo o empresário, o
produto agregará benefícios para o
estabelecimento. “Oferto aos meus
clientes um sistema de menu digital.
Com esse serviço, meu restaurante
está cada vez mais ligado à tecnologia e seguindo tendências mundiais,
além de fidelizar os clientes e ter um
sistema de publicidade acessível”, diz
Léo Lynce.
Para contar com o Tag Point, o
empreendedor assina um contrato
anual. “Não existe processo de instalação, pois o Beacon é um produto
pequeno e leve, com uma medida de
2x2cm, além de conter uma durabilidade de bateria de cinco anos”, ressalta Rafael.
O dispositivo também contém
um canal de comunicação direto entre o cliente e o empresário. “Existe
um campo de relacionamento onde
pode haver uma troca de mensagens diretas via Bluetooth. Oferecemos também um relatório de gestão
do sistema, em que o lojista pode
conferir quantas visualizações foram feitas ou se eles estão gostando
do produto ofertado pelo estabelecimento”, explica Ming.
Para adquirir o produto, basta
acessar o site da Tag Point:
www.queromeutagpoint.com.br
Mais informações: 3038-7544.
Revista Fecomércio DF 25
prêmio
Raphael Carmona
Noite de gala do
comércio do DF
//Por Daniel Alcântara e Fabíola Souza
U
ma festa memorável marcou a oitava edição do
Prêmio Mérito Mercador
Candango, que reconheceu o trabalho de quinze
empreendedores que trabalham em
prol do desenvolvimento do DF. Cerca
de 900 convidados acompanharam
a cerimônia, no dia 15 de julho, na
Hípica Hall, entre políticos, empresá-
26 Revista Fecomércio DF
Fotos: Raphael Carmona
8ª edição do Mercador Candango reuniu 900
convidados para consagrar 15 empresários de
destaque no DF
rios, amigos e familiares dos homenageados. O governador do Distrito
Federal, Rodrigo Rollemberg, esteve
presente à solenidade e seu discurso
foi calcado na melhora do desenvolvimento do empreendedorismo local. O
governador citou ainda uma parceria
com a Secretaria da Micro e Pequena
Empresa, visando facilitar e inovar a
atividade do setor empresarial.
A Federação do Comércio de Bens,
Serviços e Turismo do Distrito Federal
(Fecomércio-DF) premiou 15 empresários da capital que geram emprego,
renda e contribuem para economia
da cidade: Akihiko Okada (Tókio Supermercados), Avaldir Oliveira (CTIS),
Carlos Recch (Posto Nenen’s), Cecin
Sarkis Simão (Cecin Sarkis), Cleuza
Ferreira (Magrella), Cristina Boner
(Grupo TBA Informática), José Carlos
Daher (Hospital Daher), José Celso
Gontijo (JC Gontijo), Julio Cesar Peres
(Incorporadora IPE-Omni), Luiz Cesar
Cunha Sales (Unicom), Moema Leão
(Casa Cor), Nilton Alves Ferreira (Centro Educacional Delta), Ramez Lutfalla
(São Geraldo), Stephanny Oliveira
(Stephanny’s Haute Coiffure) e Wlanir
Santana (WS Modas).
Adelmir Santana, presidente da
Fecomércio-DF, elogiou os empreendedores condecorados e ressaltou
a importância que o setor produtivo
tem para a evolução da capital federal.
“Como podemos traduzir esse comportamento que envolve a vontade de
produzir, o desafio de ser bem-sucedido e a missão de transformar dificuldades em oportunidades? Isso é o
significado exato de empreendedorismo. É o que os empresários aqui presentes hoje fazem no seu dia-a-dia.
Nós temos o dever de homenagear as
pessoas que aceitaram o desafio de
empreender em um País como o Brasil, uma nação onde ter uma empresa
é tão difícil. O mínimo que nós podemos fazer é reverenciar quem aceitou
trocar a estabilidade pelo risco, a carteira assinada pelo próprio negócio”,
disse Adelmir.
O presidente salientou ainda a
necessidade da diversificação da
economia brasiliense e sugeriu uma
parceria com o Governo de Brasília
para gerar um movimento de desenvolvimento na capital da República.
“É preciso reforçar a capacidade do
Distrito Federal de gerar riquezas. A
nossa economia não pode continuar
sendo tão dependente do Estado, da
administração pública. Nós sabemos
que é necessário diversificar o ambiente econômico e fortalecer cada
vez mais o setor produtivo, se quisermos gerar oportunidades. Não é função do governo gerar emprego, todos
sabem disso. Essa missão é das empresas, obviamente. Mas o governo
precisa criar as condições favoráveis
para o setor produtivo”, concluiu.
Discursos de peso
O governador Rodrigo Rollemberg também aproveitou a oportunidade para
anunciar que está trabalhando fortemente com o apoio do ministro da Secretaria
da Micro e Pequena Empresa, Guilherme Afif Domingos, para facilitar e inovar a
atividade do setor empresarial da cidade. “Em agosto devemos encaminhar para
a Câmara Legislativa um projeto para simplificar o licenciamento das atividades
de baixo impacto econômico. Todos os órgãos do governo estão identificando
essas atividades para que tenhamos um processo extremamente simplificado”,
disse.
Na ocasião, Rollemberg destacou ainda o papel dos empreendedores locais.
“Essas pessoas hoje homenageadas dedicaram suas vidas ao empreendedorismo e, com a capacidade de realização do povo brasiliense, vamos construir dias
melhores”, explicou. Por fim, afirmou que está trabalhando com o setor produtivo
em um processo de simplificação do código de obras, para que se possa ter um
processo simplificado de Habite-se no DF.
O professor Nilton Alves Ferreira discursou em nome dos homenageados.
Lembrou a dificuldade que é empreender no Brasil e criticou as altas taxas tributárias. Nilton aproveitou ainda para reprovar a grande burocracia que se cria
na hora de abrir um empreendimento em Brasília. “Os empresários carregam
este País, mas poderíamos fazer mais. O poder público poderia ajudar. Muitos
são os nossos projetos, porém não basta ter dinheiro se nós somos impedidos
de realizar as nossas propostas. É preciso que o GDF mude de atitude. Hoje, por
exemplo, obter um alvará de construção no DF é uma via-crucis”, disse Nilton,
que aproveitou a oportunidade para agradecer à Fecomércio-DF pela a homenagem aos empresários da cidade.
Raphael Carmona
Revista Fecomércio DF 27
prêmio
Clima festivo
A cerimônia que movimentou o
setor produtivo local contou com a
decoração da empresa Mil Flores. O
jantar sofisticado levou a assinatura de Adriana Buffet. A animação da
noite ficou por conta de um grupo
com mais de 20 anos de carreira, a
banda Toccata. Para engrandecer
ainda mais os homenageados, foi
confeccionada uma galeria com a
foto de todos os condecorados, seguida de um breve histórico de cada
empreendedor. Como mestre de cerimônias, o evento contou com o jornalista Antônio de Castro.
Muitas autoridades prestigiaram
a festa, entre elas: a presidente da
Câmara Legislativa do DF, a deputa-
da distrital Celina Leão; o deputado
distrital, Bispo Renato; representante da CNC, Antonio Lisboa Cardoso;
presidente da Fecomércio-SC, Bruno
Breithaupt; ex-senador Lindberg Aziz
Cury; senador Hélio José; subsecretário da Secretaria de Relações Institucionais, Edvaldo Dias; ex-governador do DF, José Ornellas Sousa Filho;
secretário-geral da CNC, Marcos
Arzua; o empresário Paulo Octávio;
vice-presidente financeiro e de relações institucionais da CNC, Gil Siufo;
o reitor do UniCeub, Getúlio Lopes;
o presidente da ACDF, Cléber Pires;
ex-ministro e vice-presidente do
Banco do Brasil, Valmir Campelo; secretário de Turismo, Jaime Recena;
diretor do Correio Braziliense, Paulo
César Oliveira; presidente-executivo
do Correio Braziliense, Evaristo de
Oliveira; o deputado distrital, Rafael
Prudente; deputada distrital, Liliane Roriz; presidente da Fibra, Jamal
Bittar; procurador-geral do MPDFT,
Leonardo Bessa; diretor regional do
Sesc-DF, José Roberto Sfair Macedo; presidente da Facidf e Associação
Comercial de Águas Claras, Manoel
Valdeci Machado Elias; diretor regional do Senac-DF, Luiz Otávio da Justa
Neves; diretora-executiva do Instituto
Fecomércio-DF, Elizabeth Campos;
vice-presidente da CRC-DF, Adriano
Marrocos e o deputado federal de
Goiás, Valdivino de Oliveira.
Raphael Carmona
28 Revista Fecomércio DF
Raphael Carmona
Entrada da Hípica Hall, onde foi realizada a cerimônia
Joel Rodrigues
Presidente da Fecomércio, Adelmir Santana e a esposa,
Maria José, na galeria dos homenageados
Raphael Carmona
João Feijão, Jamal Bittar e deputado Izalci Lucas
Joel Rodrigues
O jantar, servido aos convidados, levou a assinatura da
Adriana Buffet e a decoração foi da empresa Mil Flores
Joel Rodrigues
João Feijão, superintendente da Fecomércio, o
homenageado Ramez Luftalla e esposa
Joel Rodrigues
Maria José, Adelmir Santana, Luis César Salles,
Valdivino de Oliveira, Liliane Roriz, Rodrigo Rollemberg
e Ana Alice de Souza
Revista Fecomércio DF 29
prêmio
Joel Rodrigues
Avaldir da Silva Oliveira
Joel Rodrigues
Carlos Recch
Joel Rodrigues
Cecin Sarkis Simão
Cleuza Ferreira
Joel Rodrigues
Estela Boner, irmã da homenageada Cristina Boner
30 Revista Fecomércio DF
Joel Rodrigues
Joel Rodrigues
Hélio Okada, filho do homenageado Akihiko Okada
Joel Rodrigues
José Carlos Daher
Raphael Carmona
José Celso Gontijo
Raphael Carmona
Julio Cesar Peres
Raphael Carmona
Luiz Cesar Cunha Sales
Joel Rodrigues
Moema Leão
Raphael Carmona
Nilton Alvez Ferreira
Revista Fecomércio DF 31
prêmio
Raphael Carmona
Ramez Luftalla Filho, representando o homenageado
Raphael Carmona
Wlanir Santana
Stephanny Oliveira
Joel Rodrigues
Adelmir Santana, presidente da Fecomércio-DF, e
Gil Siuffo, vice-presidente financeiro e de relações
institucionais da CNC
Raphael Carmona
Cesar e Cynthia Bruneto, Adelmir e Maria José Santana,
Alessandra e Glauco Santana
32 Revista Fecomércio DF
Raphael Carmona
Raphael Carmona
Adelmir com a esposa Maria José, as filhas Juliana e
Cynthia, e amigas
Raphael Carmona
Lindberg Aziz Cury, Cecin Sarkis e Paulo Octavio
Joel Rodrigues
Maria José, Adelmir Santana, Celina Leão, Valdivino de
Oliveira, Márcia Lima e Rodrigo Rollemberg
Joel Rodrigues
Amador Outerelo Fernandéz, Elisabet Campos, Maria
José, Maria Ignês Nogueira e Adelmir Santana
Joel Rodrigues
Adelmir Santana, Rodrigo Rollemberg e Leonardo Bessa
Joel Rodrigues
Jair Evangelista, Jane Godoy, Marisalva Campelo e
Valmir Campelo
Joel Rodrigues
Adelmir Santana e Celina Leão
Revista Fecomércio DF 33
música
Sons do campo
//Por Sacha Bourdette
Foto: Robson Di Almeida
Projeto Sonora Brasil resgata as canções do ambiente
rural e leva para os palcos do Sesc
P
ara retratar a importância da
cultura rural, a edição 20152016 do projeto itinerante Sonora Brasil, realizado pelo Sesc, reuniu
quatro grupos de diferentes regiões. O
evento é o maior projeto de circulação
musical brasileiro e fica em Brasília
de 17 a 20 de agosto.
De acordo com o técnico de música do Sesc-DF, Nilson Lima, o Sonora
Brasil é um exemplo de valorização
da cultura brasileira. “Em sua 18ª
edição, o que vamos ver é uma verdadeira difusão de expressões musicais
relacionadas com a história do Brasil.
Vamos ouvir muitos sons de raiz e
suas origens. Neste ano, o tema da
região Centro-Oeste é Sonoros Ofícios
– Cantos de Trabalho, no qual contamos com artistas que representam as
canções do meio rural. Já em 2016,
o circuito inverte e teremos o Violas
Brasileiras. A expectativa é receber
mais de 100 pessoas por apresenta-
ção no Teatro Silvio Barbato, localizado no Setor Comercial Sul (Edifício
Presidente Dutra)”, afirmou.
O Sesc percorreu o Brasil para
escolher e juntar o talento dos grupos
que representam Cantos de Trabalho, que são: Destaladeiras de Fumo
de Arapiraca e Mestre Nelson Rosa,
de Alagoas; Cantadeiras do Sisal e
Aboiadores de Valente, da Bahia; Quebradeiras de Coco Babaçu, do Maranhão; e Ilumiara, de Minas Gerais.
Para se ter uma ideia, até o fim do
ano, serão realizados 480 concertos
em mais de 130 cidades brasileiras.
Todas as apresentações são acústicas, valorizando os sons das obras e
de seus intérpretes.
A cidade de Valente, a 240km
de Salvador, abriga grande parte da
produção do sisal do país, planta que
dá origem a fibras. A região também
concentra fazendas de criação bovina,
o que explica a presença de aboiado-
res, pessoas que conduzem o gado
por meio do canto. Por isso, o local só
poderia ser representado no Sonora
Brasil pelo grupo Cantadeiras do Sisal
e Aboiadores de Valente. Formado por
oito pessoas, o Sesc foi o responsável
por cruzar a história e formar o grupo
do sisal e do aboio.
Segundo o integrante do grupo,
Ailton Aboiador, serão apresentadas
24 canções harmonizadas pelo batuque do pé de sisal, das cordas e do
som do aboio mineiro. “A nossa inspiração vem pela paixão da profissão de
vaqueiro, na qual eu nasci, me criei e
que gosto de praticar. Nas pegas de
boi e das festas, acho os motivos para
fazer as canções”, revelou.
Programação:
17/8 - Ilumiara (MG)
18/8 - Cantadeiras do Sisal e
Aboiadores de Valente (BA)
19/8 – Quebradeiras de
Coco Babaçu (MA)
20/8 - Destaladeiras de Fumo
de Arapiraca e Mestre
Nelson Rosa (AL)
Entrada franca
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/sescdistritofederal
Cantadeiras do
Sisal e Aboiadores
de Valente (BA)
34 Revista Fecomércio DF
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capa
CRISE?
QUE NADA!
//Por Andrea Ventura e Silvia Melo
Segmento de
comércio adota
estratégias para
driblar as atuais
dificuldades. Há
empresas, inclusive,
que planejam
abertura de lojas
36 Revista Fecomércio DF
C
Fotos: Raphael Carmona
onseguir driblar as adversidades econômicas e
crescer em tempos de crise
não é tarefa fácil para os empresários. Mas quem apostou em setores
como o de seguros, supermercados,
farmácias, perfumarias, cosméticos, combustíveis e lubrificantes
não tem do que reclamar. Mesmo
com o desemprego, juros altos, inflação, inadimplência, entre outras
consequências da crise econômica
pela qual o País está passando, os
empresários têm adotado estratégias para alavancar seus negócios.
Diversificação, criatividade, busca
por conhecimento e até ajuda de
consultorias especializadas são alguns dos caminhos para superar as
dificuldades nas empresas.
Pesquisa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) mostra que
alguns desses setores têm registrado contratações acima da média.
Segundo a CNC, os dois ramos do
varejo que encabeçam o ranking de
geração líquida de vagas nos últimos doze meses, os hiper e supermercados e farmácias, perfumarias
e cosméticos, têm como característica comum um maior grau de autonomia em relação às condições
de consumo. Ou seja, apesar de
guardarem relações com a evolução do emprego e da renda, as vendas nos segmentos de alimentos e
medicamentos são caracterizadas
pela comercialização de bens de
consumo de primeira necessidade.
“Isso quer dizer que, por mais que
as pessoas tenham menos renda,
elas não vão deixar de comer. São
setores essenciais para o cotidiano
das famílias, sofrem sim com uma
economia mais fraca, porém, não
têm um impacto forte, uma sensibilidade tão forte quanto os bens duráveis”, explica Bruno Fernandes,
economista da CNC.
Segundo ele, o comércio como
um todo atravessa um processo
de desaceleração forte, com queda nos últimos 12 meses. Alguns
setores, porém, tiveram uma desaceleração menor do que outros,
como é o caso dos hiper e supermercados, que registraram uma
queda pequena de 0,9%, enquanto
que móveis e eletrodomésticos vêm
tendo uma queda mais forte, de 6%.
“Artigos farmacêuticos ainda obtêm
crescimento, com resultado positivo de 6,8% nos últimos 12 meses.
Hiper e supermercados não, já vêm
registrando queda, porém menor
do que os outros itens”, destaca o
economista, lembrando que, por
mais que a economia venha desacelerando e o poder de compra
venha se deteriorando, com inflação mais alta, menor renda, crédito
mais caro, esses bens de supermercados e artigos farmacêuticos
são bens mais inelásticos do que
bens duráveis. Em crescimento nos
últimos 12 meses, além dos artigos
farmacêuticos, estão os setores de
equipamentos e materiais para escritórios, informática e comunicação, e outros artigos de uso pessoal
e doméstico.
Um dos sinais de que a empresa
não está sendo afetada pela crise é
a contratação de empregados ou a
permanência dos que já existem,
ou seja, a não-demissão. A rede de
supermercados brasiliense Dona
de Casa está na contramão da crise
econômica e inaugurou recentemente sua sétima unidade no Sudoeste. “Nos últimos anos tivemos
um acréscimo de 20% do quadro
de colaboradores”, afirma César
Kazuo, analista de Marketing da
rede. Atualmente a rede está presente em sete Regiões Administra-
tivas do DF: Águas Claras, Candangolândia, Gama, Guará, Sobradinho,
Sudoeste e Taguatinga. Para manter
os clientes, o Dona de Casa aposta
em um mix diversificado de produtos e serviços. “Possuímos serviços
diferenciados para tornar a experiência de ir ao supermercado a mais
agradável possível, como, por exemplo, pizzarias expressas, sushis,
cortes especiais de carne, adegas
climatizadas e fazemos de tudo para
sempre oferecer o melhor atendimento possível”, destaca Kazuo.
CORTE DE CUSTOS
Para driblar a crise, Fernandes
acredita que o ideal é cortar ainda
mais custos. “Sabemos que é difícil.
Chegou ao ponto máximo, mas é
tentar otimizar a produtividade, ou
seja, aumentar a eficiência da sua
mão de obra, aumentar a eficiência
da sua linha de produção. Essa é a
única maneira de tentar melhorar,
de tentar fugir um pouco da crise”
afirma. “O empresário teria que
produzir mais por menos, ou seja,
com o mesmo número de funcionários, produzir mais e aumentar
a eficiência da sua produção, aumentar a sua produtividade e cortar
custos desnecessários. No caso, o
máximo possível de custos desnecessários”, conclui.
O segmento de restaurantes
amargou queda nas vendas. Segundo o presidente do Sindicato
de Hotéis, Restaurantes, Bares e
Similares do Distrito Federal (Sindhobar), Jael Antonio da Silva, a
redução foi de 10%. Para driblar
o momento ruim, os empresários
adotaram medidas. “Quando há redução de receita, primeiramente a
tendência é redução de pessoal. Em
seguida, os empreendedores usam
a criatividade, fazendo promoções,
incluindo no menu pratos executivos, com entrada, prato principal e
sobremesa para atrair clientes”.
Segundo Jael, a maioria dos estabelecimentos utilizou ações para
driblar esse período conturbado.
Outra ação foi incentivar o uso de
delivery. “É uma forma de continuar vendendo. Quando o cliente vai
6,8%
foi o crescimento
do setor de artigos
farmacêuticos nos
últimos 12 meses
Revista Fecomércio DF 37
capa
Jeremias Neto investiu
no sistema de delivery: “é
uma forma de não perder
mercado e fomentar vendas”
ao restaurante acaba consumindo
mais, porque há os 10%, bebida,
um café, por exemplo. Já no delivery, o preço é mais em conta e o
cliente não deixa de consumir – é
bom para os dois lados”, destaca.
Proprietário de restaurantes em
Brasília, o empresário Jeremias
César Neto resolveu se antecipar
à crise. Ele possui quatro unidades da lanchonete Zimbrus e um
restaurante, o Miau Que Mia. No
início do ano, Jeremias intensificou
o serviço de delivery e o inseriu em
mais duas lojas. “É uma forma de
não perder mercado e fomentar as
vendas, uma opção a mais e o custo não é tão alto”. Mas para ele, a
maior dificuldade é administrar o
aumento de custos. “Senti com o
aumento de insumos, energia e
água. Isso esmagou a nossa margem de lucro, porque não dá para
repassar tudo para o consumidor,
que está muito mais atento à questão de preços”, explica.
Para intensificar o delivery, o
empresário investiu em divulgação
do novo serviço em campanhas na
mídia e redes socais. Além do delivery, Jeremias adotou lanches em
combos, que incluem acompanhamentos nos sanduíches e pratos
executivos mais econômicos. No
Miau Que Mia, a estratégia foi o
prato família, com refeições mais
robustas e preços convidativos.
“Com isso, sentimos uma melhora
e o movimento retornou”, aponta.
SEGUROS EM ALTA
Considerado um dos ramos que
possuem o melhor desempenho
em 2015, o mercado de seguros
tem expectativa de crescimento
de 12%, de acordo com dados da
Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg). Só no DF, houve
crescimento de 20% se comparado
o primeiro semestre de 2014 com
38 Revista Fecomércio DF
o de 2015, segundo o Sindicato dos
Corretores de Seguros, Empresas
Corretoras de Seguros e Previdência Privada no DF (Sincor-DF). “É
no momento de crise que as pessoas mais buscam proteger o seu
patrimônio”, afirma Dorival Sousa,
presidente do sindicato.
Segundo ele, o medo de perder
um investimento, que muitas vezes é fruto de sacrifício e anos de
trabalho para algumas pessoas,
é uma das explicações para o aumento na procura por seguros. Da
mesma forma, existe uma conscientização maior do empresariado
em proteger a sua empresa e poder
propiciar alguns benefícios diretos
e indiretos, que seriam apólices de
seguros de vida, para os funcionários. “É uma fatia que as pessoas
não colocam como aquilo que é facultativo, aquilo que seria despesa
extra. O seguro é tratado como um
investimento”, afirma o presidente.
“Para cortar gastos, você pode até
deixar, por exemplo, de ir a uma
churrascaria aos fins de semana.
Mas o seguro não tem como transferir essa garantia para outra bancar esse risco. Você pode buscar
uma opção mais barata entre seguradoras, mas nunca substituir por
outra coisa”, explica.
Ao comparar o primeiro semestre de 2014 com o de 2015, a
Bancorbrás Corretora de Seguros
registrou aumento de 9,72% em
sua comissão. “Isso levando em
consideração todos os produtos de
seguro que comercializamos, que
são de automóvel, de vida, de viagem, residencial e empresariais de
uma forma geral”, explica Luiz Carlos Gama, diretor da empresa, que
trabalha com as grandes seguradoras do País, revendendo o seguro para o cliente e ganhando uma
comissão.
“A Bancorbrás arrecada o prêmio do cliente e repassa para as
respectivas seguradoras. O cliente
cota o seguro de automóvel, por
exemplo, e a gente pesquisa nas diversas seguradoras parceiras qual
é a melhor condição para o cliente
e vende aquele seguro”, afirma Luiz
Carlos Gama Pinto. No seguro apenas de automóvel, que é o principal
seguro comercializado pela empresa, o crescimento foi de 45%, comparando esses mesmos períodos. O
dado mais significativo da empresa
para analisar o mercado é o prêmio
que se paga para a seguradora.
No caso do seguro de automóvel,
o prêmio cresceu no mesmo período 25,33% no total dos seguros.
Levando em consideração todos os
produtos que a Bancorbrás comercializa, o crescimento foi de 17,84%.
“Realmente, o segmento de seguros não está sendo afetado pela crise”, conclui Luiz.
De acordo com a Prudential do
Brasil, em Brasília desde 2013 na
comercialização do seguro de vida
individual, por meio dos corretores
Franqueados chamados de Life
Planner e de empresas parceiras, a
crise econômica ainda não reduziu
a demanda por seguro de vida individual na empresa. “A companhia
apresentou um crescimento médio
anual de 27% nos últimos 10 anos
em volume de prêmios e, em 2014,
o crescimento foi de 40%, atingindo o montante de R$ 715 milhões.
Atualmente, a Prudential do Brasil
conta com mais de 185 mil vidas
protegidas no País”, explica Daniel
Macchion, diretor regional. No DF,
a Prudential é líder em seguro de
vida individual e registrou um crescimento de 178% de janeiro a maio
de 2015, em comparação com o
mesmo período de 2014, de acordo
com os dados da Superintendência
de Seguros Privados.
PRODUTOS ARTESANAIS
Um dos setores que também
foram contra a maré da crise é o
de artesanato. Especializada em
oferecer serviços e plataforma para
artesãos, o Elo7 cresceu 127% no
primeiro trimestre de 2015, em
comparação ao mesmo período no
ano anterior. A empresa gerou em
2014 cerca de R$ 170 milhões em
vendas e projeta dobrar esse valor
em 2015. Entre as razões que explicam esse crescimento estão: ne-
cessidade de aumento de renda e
as formas que os profissionais encontram para driblar a crise, a desvalorização ocorrida com a industrialização e a produção em massa,
a valorização do artesanal e a busca
por produtos exclusivos e originais.
Segundo o CEO da empresa,
Carlos Curioni, com o investimento
de US$ 11 milhões recebido no final
de 2014, a plataforma tem investido
em marketing e melhorias de produtos. “O artesanato hoje é muito
amplo e envolve até trabalhos com
intervenções digitais. Vivemos um
momento de revalorização do artesanal em contraponto à desvalorização da produção em massa”,
explica Carlos.
“Para enfrentar a crise, a gente tem que pensar”, é o que acredita a empresária da Apoena, Kátia
Ferreira. A empresa, que existe há
dez anos, produz roupas femininas,
com adição de ricos bordados. “Antes a Apoena fazia só roupa bordada
e depois resolvemos ampliar nossos produtos. Além de roupa bordada, produzimos roupas de seda,
florais e não deixamos de atender
ao público que gosta de produtos
de qualidade. Há dois anos começamos a diversificar, ampliamos os
produtos, com presentes, jogos de
cama e brindes corporativos”, diz.
Outra novidade é que a marca
está abrindo em agosto uma loja
para venda no varejo em Brasília, já
que a Apoena possuía 28 pontos de
vendas apenas fora de Brasília. Ela
acredita que as crises existem, mas
das crises também saem novos
modelos de negócios. “As pessoas
me questionam o fato de estar investindo no momento da crise. Eu
sempre falo que eu não estou nem
aí para a crise. Minha função não
é gerenciar crise. Eu já passei por
crises até piores do que essa, porque eu não tinha a expertise e não
estava preparada para o negócio
como eu estou hoje. Conhecimento é uma ótima ferramenta para a
gente combater a crise. Tenho vários canais de busca de conhecimento”, ensina.
Para tanto, Kátia busca parcerias para impulsionar seu negócio. Por meio dessas parcerias ela
consegue seguir adiante. “Participo
de um programa com a Embaixada
dos Estados Unidos, em que eles
escolhem mulheres com grande
capacidade empreendedora. Estou
buscando um investidor, pois tenho
mais uma ideia de negócio”, conta. A empresária alugou uma sala
e comprou um equipamento para
oferecer serviços de modelagem.
“Investimos também em um profissional qualificado. Com esse equipamento, fazemos o material para
nós, mas sobrará tempo também
para vender o serviço, que é uma
dificuldade nas grandes empresas”, explica. Kátia busca não ver
apenas a dificuldade em gerir seu
negócio. “A gente vê de que maneira pode se beneficiar de alguma dificuldade do mercado. Compramos
Kátia Ferreira acredita que
sua função não é gerenciar
crises, mas pensar novos
modelos de negócios
Revista Fecomércio DF 39
capa
mais um equipamento para fazer
logos, etiqueta bordada e investirmos em brindes corporativos, que
é um mercado muito bom aqui em
Brasília”, avalia.
Quando iniciou a Apoena, Kátia
percebeu a necessidade de as pessoas terem uma renda. “Essa necessidade é muito grande. A vida é
difícil para todo mundo, mais ainda
para as mulheres. Pensei que elas
podiam ter uma renda, sem precisar sair de casa”, aponta. “Uma
coisa é certa, sem comprar ninguém vive. A questão é que esse
cliente está disputado. Então você
tem que fazer melhor e mais por
ele. Tudo o que o cliente quer, gente
descobre e fabrica”, conta. E ensina. “O segredo se chama gestão de
pessoas. Uma boa comunicação. O
que nós fazemos e queremos que
os funcionários entendam é que
eles é que fazem parte e que, quando o nosso negócio melhora, a vida
de todo mundo melhora. O negócio
precisa ter um profundo respeito
pelo ser humano, por quem te ajuda a realizar seus sonhos. Eu penso
no outro e quando você pensa no
outro, ele colabora mais com você”,
finaliza.
PARCEIROS E NOVAS LOJAS
A costureira Maria Ivaneide Silva já está há 10 anos na Apoena. Ao
contrário das estatísticas, ela não
endossou a fila de desempregados
com a crise econômica. “Trabalhar
aqui é muito bom, porque, além de
ajudar no sustento da família, estou
ajudando outras pessoas”, revela
Maria, que auxilia as mulheres bordadeiras no espaço da Apoena, do
Recanto das Emas. Sobre a crise,
a costureira nem sentiu. “Eu acho
que para a gente está pintando
mais trabalho, eu não senti ainda
os efeitos da crise”, conta.
Quem também está feliz é o
modelista Felipe Ferreira. Ele mudou de emprego, está morando em
um lugar melhor, tudo em meio ao
turbilhão da crise econômica. “Estou indo contra (a crise). Este ano
fui chamado para trabalhar bem na
crise e resolvi mudar de emprego.
40 Revista Fecomércio DF
Mas eu prefiro lutar por uma coisa
que eu acredito, que eu realmente
gosto e que acreditei desde o começo, vejo pessoas ao meu redor
sofrendo, mas graças a Deus estou
bem tranquilo”, garante.
Um dos reflexos da crise é o
fechamento de lojas no comércio.
Além da Kátia, da Apoena, tem mais
empresário que planeja a abertura
de uma nova loja: Bruna Vasconi, do
Brechó Peça Rara, possui quatro lojas no DF, nas Asa Sul e Norte, mas
planeja expandir seus negócios
para Águas Claras. A inauguração
deverá ocorrer em outubro, em um
shopping da região. “Não estávamos pensando em expandir no momento, mas um corretor fez uma
proposta, com muitos atrativos, que
tornou interessante a abertura na
região”, explica Bruna. Ela está otimista com a nova loja. “Apesar de
estar mais distante, acredito que
será bacana. Muita gente se desloca de Águas Claras para o Plano
Piloto e, depois da inauguração, vai
deixar lá mesmo”, ressalta.
A empresa ainda não sentiu os
reflexos da crise. “Não deixamos
de crescer nem retrocedemos. Não
crescemos absurdamente, mas
continuamos crescendo”, diz Bruna. Ela está investindo em um site
e nas redes sociais para estimular
ainda mais o negócio. “Estamos
reformulando o site e vamos lançálo com a abertura da loja. Há três
meses pude dar mais atenção ao
Instagram e vejo que aumentou a
resposta em relação ao cliente, por
isso quero divulgar mais” conta.
Para gerir a empresa, Bruna
conta com o auxílio da família. Ela
inicialmente abriu a loja com a
mãe, com o dinheiro emprestado
pela avó. Hoje sua mãe, seu pai e
seus dois irmãos estão à frente dos
negócios. “Não sou sozinha , e isso
ajuda muito. O empresário sozinho
Ana Paula Amaral, diretora
da Governanzza Corporativa:
“Quem não conseguir inovar,
fica para trás”
tem mais dificuldades, dá realmente um pouco de medo, mas a gente
se completa – se ajuda. Vamos pensando e as coisas vão se encaixando e seguimos adiante. Acho que
isso é do empreendedor, e a pessoa
que não tem espírito empreendedor não sai do lugar, temos que
arriscar, porque não dá para prever
tudo”, ressalta. São ao todo 45 funcionários. “Isso mexe com a gente,
tenho 45 famílias que dependem
do nosso negócio. Temos um compromisso social que é muito mais
amplo. Não somos só uma loja de
produtos usados mais baratos. Há
algumas coisas na base, no alicerce, e por isso temos essa coragem
e arriscamos”, conclui.
AJUDA ESPECIALIZADA
Para fugir de crises e aprender
a superar momentos difíceis em
seus negócios, alguns empresários
buscam ajuda especializada por
meio de consultorias, treinamentos e capacitação profissional. De
acordo com Ana Paula Amaral, diretora da Governanzza Corporativa,
empresa de consultoria, no mundo
atual o que manda é a inovação.
“Quem não conseguir inovar, fica
para trás. Inovar não é só criar produto novo, mas inovar no que se faz
hoje e fazer melhor a cada dia, inovar a técnica, a forma de conduzir o
negócio”, explica.
De acordo com Ana Paula, para
o empresário passar por uma crise ele tem que, além de inovar,
ser criativo, treinar a equipe, ser
resiliente, ter muita flexibilidade e,
principalmente, ser humilde. “A humildade é a chave, porque se você
não conseguir ouvir o que estão
falando para você, você não vai ter
mais uma ferramenta para pensar.
O que você vai fazer? Você vai decidir só com o que você pensa. Você
não colhe informação aqui, ali, não
ouve o faxineiro, que seria imprescindível”, explica ela.
Em seu trabalho de consultoria, Ana Paula procura descobrir
primeiro qual é a necessidade do
cliente, se é um problema da equipe que não está trabalhando bem,
se não consegue produzir o que o
empresário espera, se não atende
bem o cliente, entre outras possibilidades. Detectado o problema, ela
leva uma solução, pensa no curso
ou no treinamento mais adequado
para a situação exposta. “O empresário precisa fazer a casa funcionar
e aí vai aos trancos e barrancos, só
apagando incêndio. Então, você tem
as falhas para depois ir consertando. Quando o empresário me chama, quer uma mudança de comportamento”, destaca.
Fernando Luz, sócio-proprietário do restaurante Peixe na Rede
de Águas Claras, buscou ajuda da
consultoria de Ana Paula poucos
meses depois de inaugurar o estabelecimento, há dois anos e meio,
quando a procura pelo restaurante
ficou intensa, e os clientes passaram a reclamar do atendimento.
Aos fins de semana, a fila de espera chegava a 400 pessoas. “O
que a gente percebeu é que a gente tinha uma comida de primeira,
Bruna Vasconi possui quatro lojas no DF e planeja expandir
seus negócios para Águas Claras
saborosa, farta, saudável - porque
é à base de tilápia, tínhamos uma
clientela de Águas Claras ávida por
serviços na própria cidade, nosso
preço é bom. Porém, o atendimento estava fraco. A qualificação do
nosso pessoal não era boa. Então
recorremos à empresa da Ana
Paula para nos ajudar a qualificar
o pessoal”, explica.
O empresário investiu no treinamento da equipe. Ele e a esposa, Cristiane Fleury, que também é
sócia do restaurante, passaram por
treinamento. “Contratamos também uma empresa de manipulação
de alimentos, porque a qualidade é
fundamental para atender às pessoas”, afirma. “Se não tivéssemos
investido em treinamento, com o
apoio de consultores, a gente corria
sérios riscos de estar oferecendo
um serviço ruim. Dois anos e meio
se passaram e hoje temos uma
equipe afinada”, destaca.
Em relação à atual crise econômica, Fernando diz estar preparado por já ter passado por todo o
processo de treinamento de pessoal e de orientação feito pela Governanzza. “Trabalhar quando o vento
está soprando a favor é ótimo. Mas
é difícil trabalhar quando o vento
está contra. Você tem que estar
adaptado. Quando nos preparamos
com a ajuda da Ana Paula, a gente,
sem saber, estava se preparando
para essa crise”, diz.
Ana Paula diz que não há uma
receita específica para o empresário superar uma crise econômica,
mas o primeiro passo para passar
por ela é não se desesperar. “Ninguém pode ficar desesperado em
um momento como esse porque
senão a gente fica no meio da crise. Temos que conseguir enxergar
a crise com olhos de quem está
vendo de cima”, ensina.
O empresário deve também traçar metas. “Se a gente tem bem
fortes os valores da empresa e sabe
por que ela existe e para onde ela
vai, nada atrapalha a empresa. Ela
vai continuar crescendo. Só não vai
no mesmo ritmo que ela pretendia.
Mas não pare. Meu conselho é: siga
em frente. Não pare de jeito nenhum. Os problemas virão e a gente
vai ter que repensar como fazer, vai
ter que diminuir o ritmo, mas não
vai parar. E para os que não têm objetivos claros e definidos, que faça.
Quando sabemos onde a gente
quer chegar, nada impede a gente”,
conclui Ana Paula.
Revista Fecomércio DF 41
transparência
Controlador-geral
do DF, Djacyr
Cavalcanti, apresenta
as funcionalidades do
aplicativo
ControladoriaGeral do DF
desenvolve
aplicativo
que permite
acesso a todas
informações
de receitas e
despesas do
governo
42 Revista Fecomércio DF
Brasília preto
no branco
//Por Luciana Corrêa Fotos: Joel Rodrigues
B
rasília é a primeira capital do País a ter um aplicativo com foco na
transparência entre governo e sociedade. O Siga Brasília foi desenvolvido pela Controladoria-Geral do Distrito Federal e é alimentado pelos
órgãos e secretarias do GDF. Os cidadãos passam então a ter mais acesso às
informações das receitas e despesas do governo, saber a remuneração de
cada servidor do DF e a escala dos profissionais da saúde, além de assistir na
TV Transparência os vídeos semanais com dicas e informações, e podem ainda acompanhar as reuniões do Conselho de Transparência e Controle Social
do Distrito Federal.
A criação levou aproximadamente três meses e foi toda feita por servidores da Controladoria-Geral, sem custos extras. Qualquer pessoa pode baixar
o aplicativo nos celulares com tecnologia Android, basta apenas procurar pelo
nome Siga Brasília. Para os demais sistemas, é possível acessar por meio do
navegador do aparelho ou em computadores diretamente do portal (sigabrasilia.df.gov.br). Em breve, o Siga Brasília estará disponível para os usuários
do IOS.
Uma vez acessado, para visualizar as informações, não é preciso cadastro.
Ao instalar, basta apenas abrir o aplicativo e com um menu de fácil navegação, o usuário terá um leque de opções disponíveis. Ao clicar em Despesas,
por exemplo, é possível procurar todos os gastos feitos pelo setor público,
por credor, órgão, data, modalidade
de licitação, área temática (saúde,
educação etc), e administração regional. Outro item interessante é o
“Comente”. Nele é possível enviar
mensagens diretamente à Ouvidoria
do GDF.
De acordo com o controlador-geral do DF, Djacyr Cavalcanti de
Arruda Filho, todas as demandas
serão respondidas. “A ouvidoria
está repassando diretamente aos
responsáveis e o governo está recebendo informações que muito
dificilmente chegariam até ele tão
rapidamente. O importante é a participação dos brasilienses e, quanto mais comentários no aplicativo,
mais podemos aprimorar o serviço”,
explica. Segundo o controlador-geral, no primeiro mês desde o lançamento já se chegou a quase 11 mil
downloads e 40 mil acessos. “Não
fizemos uma campanha, estamos
no boca a boca”.
Djacyr destaca que é fundamental os empresários e trabalhadores
do setor de comércio, bens e serviços terem conhecimento de todas
as contas do DF. “Para a área do
comércio é importante saber quanto
está sendo arrecadado de ICMS, ISS,
impostos que impactam diretamente na atividade do setor. Conseguem
assim consultar as empresas que
estão sendo pagas pelo governo,
por área, por valores. É importante
o empresariado saber as potencialidades que ele pode ter, saber os
critérios, desembolso por área, a remuneração dos servidores”, conta.
O controlador-geral completa ainda
que o empresário é parte da solução
para a melhoria da cidade. “Ele que
gera riquezas. E é preciso criar um
ambiente próprio para ele atuar e
a transparência reduz a corrupção
e assim facilita os negócios. A corrupção gera um gasto muito alto e o
aplicativo vem para facilitar a fiscalização dos interessados”.
Essa é mais uma das ações do
governo de Brasília para alcançar a
maior transparência perante a sociedade. Para o presidente da Fecomércio-DF, Adelmir Santana, que
faz parte do Conselho de Transpa-
rência e Controle Social do Distrito
Federal, a população brasiliense
tem o direito a essas informações.
“Para se ter a tão desejada transparência, o governo não pode só divulgar suas futuras ações, mas dotar
o cidadão de mecanismos para que
ele próprio possa fiscalizar o Estado.
Creio que o aplicativo atende a essa
finalidade”, disse.
Para a sócia-diretora do hotel
Brasília Imperial, Luciana Homsi, a
oportunidade de ter acesso às informações do governo é excelente para
o ramo hoteleiro, pois 90% dos eventos que recebe nos seus espaços
são vindos de agências que ganham
as concorrências públicas. “Agora
tem como saber exatamente quanto
essas empresas estão ganhando e
conseguir controlar melhor se está
sendo justo para todos”, explica. Luciana completa que hoje a cultura
do povo está mudando e que muitos
querem participar. “E o aplicativo dá
a oportunidade de poder falar o que
não está legal. Nós, brasileiros, não
temos o costume de usar os canais
de ouvidoria. Temos que continuar a
cobrar, a cada vez mais e acreditar
que pode funcionar”, incentiva.
Não há limites para a ampliação
da oferta de informações por meio
do aplicativo. Há, inclusive, um projeto para que sejam divulgadas outras área de interesse da sociedade,
como as vagas de emprego do Sistema Nacional de Emprego (SINE), as
vagas das creches públicas do DF.
Os vídeos feitos para a TV Transparência serão veiculados nos ônibus,
rodoviárias, entre outros veículos. O
objetivo é chegar cada vez mais próximo da população.
Para Luciana Homsi,
a oportunidade de ter
acesso às informações
do governo é excelente
para o ramo hoteleiro
Revista Fecomércio DF 43
conjuntura
Linha e
agulha na mao
//Por Sacha Bourdette
Fotos: Joel Rodrigues
Apesar da desaceleração da economia, setor de armarinhos se
mantém estável por conta das datas comemorativas e da onda de
trabalhos manuais
queda das vendas no primeiro trimestre deste ano
reflete o desequilíbrio e o
esfriamento da economia do Distrito
Federal. O que se vê é inflação alta,
juros elevados, produtividade em
baixa, crédito mais caro, inadimplência e desemprego crescentes. Para
A
Clarisse Rodrigues,
há 48 anos no
mercado, sabe bem
como funciona o
segmento
44 Revista Fecomércio DF
muitos empresários do comércio, a
situação não traz boas perspectivas.
Entretanto, entre tantos fatores negativos, pelo menos um setor não
tem do que queixar: o de armarinhos.
A nova onda do “faça você mesmo”
tem aquecido o segmento. As vendas
no comércio de tecidos, que inclui ar-
marinhos, registrou crescimento de
15,76% em maio deste ano. O nível de
emprego também registrou alta de
4,17% em maio na comparação com
abril. Os dados fazem parte da última
Pesquisa Conjuntural de Micro e Pequenas Empresas do DF, realizada
pelo Instituto Fecomércio.
De acordo com o presidente do
Sindicato do Comércio Varejista do
Distrito Federal (Sindivarejista-DF),
Edson de Castro, o mercado de aviamentos não está longe da crise, mas
está sabendo sobreviver. “As datas
comemorativas ajudam o setor, no
Dia das Mães, nas Festas Juninas ou
no Natal eles sempre estão vendendo. As pessoas também procuraram
por necessidades corriqueiras, como
zíperes, botões. Além disso, por trabalhar com produtos diversos acaba
ajudando a manter o negócio apesar
da crise”, explicou.
Para o professor de Finanças do
Centro Universitário de Brasília (UniCeub), Romildo Araújo, os armarinhos possuem diversas vantagens.
“O setor consegue captar por sazonalidade e em várias épocas do ano, e
o mais importante é que observamos
que há uma fidelização dos clientes.
Claro que não se trata de produtos de
primeira necessidade, mas as pessoas sempre precisam de algo que é
vendido no armarinho, para consertar ou produzir. Outra vantagem é encontrar muita coisa em um só lugar,
como um bordado para o vestido da
noiva ou fitas para ovo de Páscoa. É
um setor que tem tradição e consegue se manter a longo prazo”.
PARA TODAS AS ÉPOCAS
Há 48 anos atuando no comércio, a empresária Clarisse Rodrigues
Lessa, do Armarinho Clarisse, sabe
bem como funciona o segmento. “O
armarinho é um ramo bom, mas
não gera um grande lucro. Se bem
administrado, as vendas não caem.
Apesar de também vender tecidos,
os produtos de armarinho são os que
vendem mais. Entra ano e sai ano o
meu negócio gira bem, não tem queda expressiva nem faturamento alto,
é médio. Por dia, chego a atender
uma faixa de 130 a 120 clientes em
busca de artigos de armarinho. Meus
clientes são fiéis. Por mês consigo
lucrar R$ 60 mil”, contou.
Segundo Clarisse, 70% de sua
clientela é composta de mulheres, e
Paulo Milano credita o bom desempenho do setor de
aviamentos à venda diversificada
uma curiosidade é que muitos dos
clientes homens vão à loja em busca
de kits de costura, pois são divorciados. A empresária também revela
sobre as vendas de seus produtos.
“Agora, na época do frio, quando vendemos mais lã para tricô e crochê,
assim como produtos para São João.
Quando chega dezembro, as maiores
vendas são de bordado inglês, renda
e linhas por causa do Natal. Em outras épocas do ano, têm grande saída linhas, agulha de mão, agulha de
máquina, botões, fitas, toalhas e lençóis”, relatou. No armarinho também
é possível realizar cursos manuais e
é uma das poucas lojas do DF que
batem botão de pressão.
O Armarinho Milano foi fundado em 1966 pelo empresário italiano Stefano Milano. Há oito anos, as
três unidades da empresa estão nas
mãos do filho, Paulo Milano. Ele conta
que o universo de armarinho é muito
grande, e cada empresário trabalha
de uma forma diferente. “Vendo muitas fantasias temáticas para o Carnaval, Páscoa, Festa Junina, Halloween
e Natal. Na semana que antecede
o Carnaval, chego a atender por dia
uma média de 600 clientes só na loja
da Asa Sul. Na parte de aviamentos,
temos fios de tricô, crochê, uma parte de tecidos para patchwork. Já na
parte de serviços, cedo espaço para
aulas de tricô, crochê e bordado. Na
loja da Asa Norte, há ainda um quarto
de costura”, destacou.
Paulo acredita que a ideia do
“faça você mesmo” tem ajudado nas
vendas. “Tivemos um inverno em
Brasília que inclusive muitas jovens
começaram a fazer cachecol para as
amigas. Percebemos que há pessoas
fazendo acessórios, chapéus customizados, bijuterias, lembrancinhas
para casamento. Aqui chegam noivas
em busca de fitas e pedrarias, elas
querem fazer o convite por conta própria. Aumentou uma procura por pérolas e fitas para casamento. As pessoas gostam de mostrar o que elas
fazem, presentear. O faça você mesmo tem outro significado”, garantiu.
A empresária Silvana Garutti,
proprietária da loja Mundo do Aviamento, trabalha no ramo há 22 anos.
Sua paixão por moda a inspirou a
montar o negócio. Segundo ela é um
setor que se mantém estável durante
o ano. “Aqui vendo de tudo um pouco,
inclusive, a preço de atacado. É um
mercado estável, não tem muita concorrência e as pessoas sempre têm
necessidade de comprar algo no armarinho. Hoje percebemos que aumentou o interesse em consertar em
vez de comprar uma peça nova”, diz.
Revista Fecomércio DF 45
literatura
Escrita
valorizada
//Por Líliam Rezende
Foto: Rapahel Carmona
Estão abertas as inscrições para os Prêmios
Culturais do Sesc de 2015
E
stão abertas as inscrições
para o Prêmio Sesc de Contos Machado de Assis e para
o Prêmio Sesc de Crônicas Rubem
Braga. Os escritores devem enviar o
material até o dia 30 de novembro.
Cada participante pode inscrever
até dois trabalhos inéditos e não publicados. O tema é de livre escolha.
Este ano, ambos somam R$ 9 mil
em premiação.
O Prêmio Sesc de Literatura foi
lançado em 2003 com o objetivo de
identificar jovens escritores cujas
obras apresentem qualidade literária para edição e circulação nacional. Os Prêmios Culturais do Sesc
são uma excelente oportunidade
para artistas de todo o País mostrarem seu talento. Para Ludimila Costa Silva Alves, vencedora em 2014 na
categoria Crônicas, as premiações
valorizam os escritores. “A intenção
do Prêmio é que a chama do artista
não se apague, pois ele é lembrado
em exposições e nos livros que o
Sesc edita todos os anos. Isso é um
grande incentivo pra quem está começando”, destaca.
A coordenadora de Ações Culturais do Sesc-DF, Juliana Valadares,
explica que os 15 melhores contos
e crônicas serão reunidos para uma
coletânea publicada pelo Sesc. “O
objetivo dos prêmios é incentivar a
produção literária e revelar novos talentos, além de ampliar o espaço do
Sesc na área cultural. Já são mais
de dez anos premiando, e as coletâ46 Revista Fecomércio DF
neas possibilitam que os escritores
ganhem mais espaço no universo
dos livros”, conta.
As inscrições devem ser efetuadas mediante a entrega do material
produzido nas unidades do Sesc ou
por meio de postagem contendo o
trabalho impresso e digital, a ficha
de inscrição, o Termo de Cessão de
Direitos Autorais assinado e cópia
da Carteira de Identidade e CPF. O
endereço para postagem é: Serviço
Social do Comércio Administração
Regional no Distrito Federal, Sesc
Estação 504 Sul – Biblioteca, Av.
W3 Sul, Quadra 504/505, Bloco “A”
– Brasília/DF – CEP: 70331-570. As
fichas de inscrição estão disponíveis
em www.sescdf.com.br.
Mais informações
@sescdf
/sescdistritofederal
www.sescdf.com.br
senac
Inscrição online para pós-graduação
//Por Luciana Corrêa
Faculdade oferece 70% de desconto na matrícula para todos os cursos
A Faculdade Senac-DF está
com as matrículas abertas para
os cursos de pós-graduação do
segundo semestre de 2015. A instituição oferece 70% de desconto
na matrícula para todas as opções
de cursos. A instituição divulga
em seu portal (www.senacdf.com.
br/faculdade) várias informações
sobre os cursos, tais como: público-alvo, campos de atuação, matriz
curricular, quais são professores e
o contato do coordenador do curso
escolhido. Para se inscrever é preciso preencher um formulário no
site e depois comparecer à Central
de Relacionamento da unidade
903 Sul para efetivar a matrícula.
O atendimento acontece das 9h às
21h30, de segunda a sexta-feira e
aos sábados e domingos das 8h às
14h. Mais informações sobre a pós-graduação: (61) 3217-8821. Saiba
sobre cada curso:
Administração em Negócios Imobiliários - O curso foi elaborado em parceria com o Secovi-DF, buscando
a manutenção do alto padrão no Setor Imobiliário. Preparação para atuar como consultor imobiliário nos mais
diversos contextos da economia, em empresas privadas e públicas.
Banco de Dados e Business Intelligence com Ênfase em Software Livre - Toda empresa precisa de um
banco de dados para organizar, armazenar e proteger seus dados. Somado ao estudo dos bancos de dados, é de
extrema importância o conhecimento sobre os sistemas de apoio à decisão (Datawarehouse, Datamining, Business Inteligence) e de software livre no contexto atual.
Gestão de Pessoas - Para atender à demanda do mercado, o curso de especialização tem como objetivo
formar profissionais com capacidade para utilização de conceitos práticos e teóricos em prol de um processo
decisório mais eficiente.
Gestão de Projetos - A complexidade atual dos negócios exige dos gestores a organização de seus planos
de forma estruturada e integrada. O objetivo do curso é desenvolver um conjunto de competências técnicas e
gerenciais baseadas nas melhores práticas de gerenciamentos de projetos, de forma integrada e estruturada.
Gestão Empreendedora de Negócios (MBA) - O curso de especialização Lato Sensu de Gestão Empreendedora de Negócios propõe um modelo genuíno de MBA e conteúdos específicos.
Gestão Logística da Cadeia de Suprimento - Para preencher a necessidade de uma gestão integrada de
toda a cadeia de suprimentos, com o estabelecimento de parcerias estratégicas, conhecimento das necessidades dos clientes e a criação de ações de pós-venda.
Governança em Tecnologia da Informação - Tem o objetivo de formar profissionais capazes de propor, definir, planejar e operacionalizar soluções e serviços de TI com total aderência às diretrizes da governança e às
necessidades do mercado.
Treinamento, Desenvolvimento e Educação Corporativa - O mercado demanda de organizações e profissionais o desenvolvimento constante de competências e habilidades cada vez mais sofisticadas, elevando a área
de Treinamento, Desenvolvimento e Educação Corporativa (TD&E) ao status de área-chave. Este curso é único
na Região Centro-Oeste e um dos poucos no Brasil.
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/senacdistritofederal
www.senacdf.com.br
Revista Fecomércio DF 47
economia
Indicadores
do comércio
//Por José Eustáquio Moreira de Carvalho
E
m junho, as incertezas
quanto ao “tamanho” do
ajuste fiscal e à formatação
definitiva da política econômica continuam afetando as expectativas dos empresários. Ainda
pairam sobre a cabeça do empresário do comércio do Distrito Federal, dúvidas quanto a extensão das
medidas de contenção de gastos e
aumentos de impostos, tanto na esfera local quanto na federal. A nãoconcessão ou o parcelamento de
aumentos salariais aos servidores
públicos já é uma realidade na área
federal. Além do reduzido poder de
compra do consumidor de Brasília,
o nível de desemprego em alguns
setores da atividade econômica já
é realidade e aumentou neste mês.
Reflexos negativos estão presentes
em todos os indicadores. O endivida-
PEIC - Endividamento e Inadimplência das Famílias Distrito Federal
Junho
Maio
Inadimplência
Dívida Total
48 Revista Fecomércio DF
Junho 2015
Abril
89,5
89,4
89,7
Cartão de Crédito
Dívida impágavel
mento e a inadimplência experimentaram leve redução no mês, mas
continuam elevados; a queda continuada na intenção de consumo, especialmente de bens duráveis pelas
pessoas com renda até 10 salários
mínimos, é uma realidade. A confiança dos empresários apresentou
uma sensível elevação em todos os
itens avaliados: investimentos, melhora nas condições dos negócios
e expectativas quanto ao desempenho da economia. O nível de endividamento das famílias em Brasília
(82,2%) superou, em junho, o nível
nacional (62,5%) em cerca de 20%.
A taxa de inadimplência, dívidas não
pagas há mais de 90 dias, atingiu
9,5%, queda de 0,4 ponto percentual
em ralação a maio. Houve acréscimo
de 0,1 ponto percentual nas dívidas
parceladas no cartão de crédito.
0,1
0,3
0,3
9,5
9,9
9,2
82,2
82,3
83,8
Fonte: CNC
A tendência de queda no ICF se agravou. Em relação
ao mês de maio, o indicador caiu 3,9 pontos. Desta vez
a queda se deu tanto nas famílias de renda maior que
10 salários-mínimos (1,2 pontos), quanto nas famílias
de renda menor que 10 salários-mínimos (5,2 pontos).
ICF - Intenção de Consumo das
Famílias Distrito Federal
Junho
Maio
Junho 2015
Abril
112,7
113,9
112,9
Mais de
10 SM
90,0
95,2
96,0
Até
10 SM
As taxas de juros nominais, praticadas no mês de junho,
continuam em escalada de crescimento, sem horizonte
para estancar. Na comparação de junho em relação a maio,
não houve alterações significativas nos juros cobrados da
Pessoa Jurídica. No crédito à Pessoa Física continuam
campeãs, tanto em valores nominais quanto em variação
no mês, as taxas do Cheque Especial (214,19% em junho,
contra 210,44% em maio) e do Cartão de Crédito (312,75%
em junho, contra 304,03% em maio).
Taxas de Juros Pessoa Jurídica
Junho
39,78%
32,30%
SM: Salário Mínimo
Fonte: CNC
Maio
38,96%
31,99%
O ICEC/DF em junho apresentou elevação de 4,6 pontos no índice geral, em relação ao mês de maio. Isoladamente destaca-se a alta de 8,9 pontos no indicador de
expectativas, motivada pela confiança em relação ao
próprio setor (alta de 9,0 pontos).
Abril
ICEC - Índice de Confiança do
Empresário do Comércio DF
Junho
Indicadores
investimento
Maio
38,64%
31,68%
Fonte: CNC
122,21%
120,71%
Fonte: ANEFAC
Taxas de Juros Pessoa Física
Junho 2015
Junho
Abril
Abril
141,93%
140,85%
139,24%
Empréstimo
pessoal
financeiras
89,8
87,2
88,5
Empréstimo
pessoal
bancos
129,1
120,2
119,9
54,8
52,3
54,7
Maio
CDC
automóveis
61,96%
61,22%
60,10%
28,32%
28,02%
27,27%
214,19%
210,44%
205,06%
Cheque
Especial
312,75%
304,03%
295,48%
Cartão de
Crédito
Geral
122,71%
Junho 2015
Indicadores das
expectativas
Indicadores das
condições atuais
Capital
de giro
Desconto de
duplicatas
Conta garantida
97,2
101,1
101,3
Geral
Junho 2015
91,2
86,6
87,7
Juros do
Comércio
84,36%
83,94%
82,90%
Fonte: ANEFAC
Revista Fecomércio DF 49
vitrine
Taís Rocha
Jornalista,
editora-chefe
da Revista
Fecomércio
[email protected]
(61) 3038-7525
Dia dos Pais
Para alguns, ele é sinônimo de coragem e aconchego. Para outros, é um herói que conta
histórias ou cozinha como ninguém. Independentemente do seu tipo de pai, vale a pena
celebrar ao lado dele no próximo dia 9.
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aconteceu no senac
Subsede administrativa
é inaugurada
//Por Sílvia Melo
Foto: Raphael Carmona
Espaço reúne alguns setores administrativos além dos
Centros de Educação Profissional Educação a Distância e Ações Móveis
O Senac inaugurou, em 17 de julho, uma nova subsede administrativa
no Setor de Indústria e Abastecimento
(SIA Trecho 3, lotes 945/955). Em uma
área de 1.670m², a subsede ocupa
um prédio com subsolo, térreo e piso
superior, onde estão distribuídos os
setores de Registro e Documentação, Central de Estágio, Patrimônio,
Transportes, Serviços Gerais, Gestão
Documental/Arquivo, Almoxarifado,
Núcleo de Administração e Infraestrutura, Reprografia Central, Depósito
da Livraria e dos Centros de Educação
Profissional (CEP), Educação a Distância e Ações Móveis. O local contará
também com uma sala de reunião e
outra de treinamento.
A cerimônia de inauguração foi
marcada por uma festa julina organizada pelos servidores, realizada na
parte externa do prédio. A inauguração contou com a presença do presidente do Senac-DF, Adelmir Santana,
e do diretor regional da instituição,
Luiz Otávio da Justa Neves, além de
gerentes de setores e unidades, entre
outros convidados. Ao fazer o discurso
de abertura da cerimônia de inauguração, o diretor Luiz Otávio destacou a
dedicação do trabalho realizado pelos
servidores responsáveis pelas obras
da nova unidade. “O trabalho valeu,
principalmente o trabalho do pessoal
do Setor de Serviços Gerais”, disse.
Na ocasião, Santana parabenizou
todos os servidores pelo esforço e
dedicação. “Fico muito feliz em ver
a presença de vocês aqui nesta festa
de inauguração”, afirmou, lembrando
que a subsede é o dobro do tamanho
da Sede da instituição, também locali-
zada no SIA. “Esta nova unidade surge
em razão do crescimento do Senac.
A instituição cresce por meio das
unidades móveis, de suas ações, dos
restaurantes-escola e tem crescido
muito através do atendimento do Senac Empresa e das próprias unidades
fixas espalhadas pelo DF”, disse.
O presidente Adelmir Santana
destacou também em seu discurso a
importância das obras da subsede terem sido realizadas pelos servidores
da instituição. “Tudo isso foi feito pelo
nosso grupo de trabalho. Foram pouco mais de dois meses até finalizar e
entregar dessa forma que estamos
recebendo hoje”, afirmou, para logo
em seguida chamar os servidores
para homenageá-los e agradecer.
“Queremos parabenizá-los pela dedicação, pelo trabalho que executaram
para recepcionar os nossos companheiros que fazem o Senac”, concluiu.
O Senac atua em todo o Distrito
Federal, onde atende a população
por meio dos centros de educação
profissional Jessé Freire (SCS), 903
Sul, Taguatinga, Ceilândia, Gama, Sobradinho, Senac Gastronomia (SCS),
Educação a Distância e Ações Móveis,
além dos restaurantes-escola. A
Faculdade Senac-DF conta com um
campus no Plano Piloto (903 Sul).
O Senac-DF dispõe ainda de uma
Editora e uma Livraria. Nas Regiões
Administrativas onde não possui centro de educação profissional, o Senac
oferece, via ações móveis, cursos nos
chamados Espaços Senac – salas de
aulas cedidas por meio de parcerias
com igrejas, escolas e administrações
regionais, entre outras instituições.
Mais informações
@senacdf
/senacdistritofederal
www.senacdf.com.br
Revista Fecomércio DF 51
caso de sucesso
Da informática para os salgados
//Por Sílvia Melo
Foto: Joel Rodrigues
Ex-aluna abre
fábrica de salgados
para atender
à demanda de
empresas
Rosemary Lucia Ribeiro Morgado, de 45 anos,
trabalhou por 10 anos na área de informática. Era
sócia, com as irmãs, de uma empresa que vendia
suprimentos e oferecia serviços na área. Com o
fim da sociedade, ficou sem trabalho e começou
a pesquisar uma nova área para atuar e abrir seu
negócio. Com ajuda do Sebrae, descobriu que o
ramo de alimentação era promissor. Procurou
o Senac e decidiu fazer o curso de Salgadeiro
pensando na futura empresa: uma fábrica de
salgados. A realização do sonho está marcada
para início de agosto, quando será inaugurada a
Hebrom Produtos Alimentícios.
Formada em Educação Física e sem nunca
ter feito qualquer trabalho na área de gastronomia, Rosemary vai dar preferência ao atendimento de pessoas jurídicas. Vai trabalhar com bufês,
mercados, lanchonetes e também pretende
participar de licitações. “Nosso forte serão as
empresas, mas não vamos negar atendimento
às pessoas físicas. A empresa já está com seu
plano de negócio pronto. Nosso objetivo é crescer
a partir dessa fábrica e depois criar franquias”,
52 Revista Fecomércio DF
explica a empresária, que é casada e mãe de dois
filhos. “Agradeço ao Senac por estar me ajudando
a realizar esse sonho. Quando comecei o curso
não sabia fazer nada na cozinha. Saí da instituição
com uma bagagem incrível e muita segurança
para começar o meu negócio”, destaca.
SOBRE O CURSO
O curso de Salgadeiro possui carga horária de
240h e é oferecido pela Unidade de Gastronomia,
localizada no Setor Comercial Sul. A próxima turma está prevista para o período de 24 de agosto
a 24 de novembro, das 13h30 às 17h30. O curso
ensina a produzir diversos tipos de salgados
tradicionais e finos, utilizando a massa cozida,
fermentada, folhada e semi folhada, seguindo as
normas das boas práticas na manipulação dos
alimentos. Mais informações: 3313-8877.
Mais informações
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www.senacdf.com.br
EMPRES
A
IA
UNICEF/BRZ/João Ripper
UNICEF/BRZ/João Ripper
UNICEF/BRZ/Manuela Cavadas
© UNICEF/NYHQ2009-1911/Pirozzi
UNICEF/BRZ/João Ripper
UNICEF/BRZ/Manuela Cavadas
NC
À IN F Â
secure.unicef.org.br/empresasolidaria
0800 605 2020
[email protected]
Empresa Solidária à Infância é um programa que o UNICEF criou para mudar a realidade
de milhares de crianças e jovens. Ao fazer uma doação, sua empresa colabora com o nosso trabalho
e ajuda a levar oportunidades e direito à saúde, educação e proteção. É assim que, juntos, faremos
a nossa parte por um mundo melhor. Acesse o site, saiba mais sobre o programa e participe.
Revista Fecomércio DF 53
artigo direito no trabalho
Conversão da MP 664
na Lei 13.135/2015
“Art. 60.
§ 3o Durante os primeiros quinze dias consecutivos ao do afastamento
da atividade por motivo de doença, incumbirá à empresa pagar ao segurado empregado o seu salário integral.
§ 4º A empresa que dispuser de serviço médico, próprio ou em convênio, terá a seu cargo o exame médico e o abono das faltas correspondentes ao período referido no § 3º, somente devendo encaminhar o segurado
à perícia médica da Previdência Social quando a incapacidade ultrapassar
15 (quinze) dias.”
Assim, a partir do dia 18/6/2015, o empregador voltou a ser responsável pelo pagamento do salário relativo aos 15 primeiros dias de afastamento por doença do empregado, e não mais pelos 30 dias como
dispunha a MP 664.
Raquel Corazza
consultora jurídica
da Fecomércio-DF e da
Ope Legis Consultoria
Empresarial
54 Revista Fecomércio DF
O empregador voltou
a ser responsável
pelo pagamento do
salário relativo aos
15 primeiros dias
de afastamento por
doença do empregado
Cristiano Costa
Muitas dúvidas surgiram com a conversão da Medida Provisória (MP)
664 na Lei 13.135/2015, eis que parte dela foi vetada. De acordo com a MP
664, a empresa – que antes arcava com o pagamento dos salários nos primeiros 15 dias de afastamento do empregado por motivo de doença, por
acidente de trabalho ou de qualquer natureza – passou a ser responsável
pelos primeiros 30 dias de afastamento. No entanto, quando da conversão
da MP em lei, não foi mantida a previsão.
Para esclarecer qual a regra passou a valer em relação ao pagamento
do salário no período de afastamento por doença, seguem as seguintes
ponderações. Inicialmente, cabe esclarecer que o art 62, parágrafo 3º da
Constituição prevê que a MP perde sua eficácia desde sua edição se não
for convertida em lei.
Ocorre que a Lei 13.135/2015, porém nada prevê a respeito do afastamento de 30 dias, em razão do veto, apesar de dispor sobre algumas
alterações na Lei 8213/91 com vigência a partir da publicação.
Portanto, outra conclusão não há se não a de que a Lei 8.213/91, desde
a data da publicação da Lei 13.135/2015 em 18/6/15, voltou a ter a seguinte
redação no que se refere ao período de afastamento no qual a empresa
está obrigada a pagar o salário:
empresário do mês
Construindo sonhos
//Por Andrea Ventura
Foto: Raphael Carmona
Empresária cria maquetes de bolos para festas e já planeja
abrir mais uma loja na cidade
“Q
uem arrisca não petisca”. O
ditado define bem a empresária Márcia Alves de Mendonça. Proprietária da Mariart’s (304
Norte, bloco D, loja 83, subsolo, 30333139), especializada em produzir maquetes de bolo em biscuit para todos os
temas e festas, a empresária e designer
gráfica aposta em estratégias para fazer crescer seu negócio, que começou
por acaso. “Eu comecei a trabalhar com
biscuit aos 16 anos. Conheci a técnica
em uma revista. Fiz de maneira muito
amadora por alguns anos e, em 2013,
a minha cunhada queria uma maquete
para o aniversário do meu sobrinho e me
ofereci pra fazer. Depois do aniversário
sugeriram que eu fizesse para alugar,
porque ganharia dinheiro. Em abril de
2013 nasceu a Mariart’s”, conta.
O nome foi uma inspiração e reflete
a religiosidade da empresária. “Eu e minha
família ficamos na dúvida na hora de escolher o nome, aí
pensamos em usar o nome de Maria, mãe de Jesus, e se
um dia tivermos uma filha também se chamará Maria”.
Ela começou a fazer maquetes esporadicamente até que
em dezembro de 2013 em um momento de dúvida, foi incentivada por amigos a anunciar em um site de casamentos. “Ali foi o início de tudo, de decidir que realmente era
aquilo em que eu deveria investir”, revela.
Assim, buscou cursos na área e o primeiro foi com a
precursora do curso de bolo de biscuit no Brasil, Anna Modugno. “Fui para São Paulo e fiz com a melhor, precisava
das melhores dicas, porque sei que a qualidade do serviço
faz diferença no resultado final”, ressalta. A partir daí, Márcia emendou um curso atrás do outro – sempre aperfeiçoando suas técnicas. “Em cada curso que faço melhoro
o trabalho, o desenvolvimento, o andamento, a qualidade
e o resultado”, explica. Para fazer esses cursos, Márcia
contou com a ajuda financeira da família e de seu trabalho
como designer. “Quem me incentivou sempre e me ajudou
financeiramente foi a minha sogra, com passagens, estadia e material”, conta. No início do negócio o trabalho era
feito em casa – mas a síndica do prédio não aceitou que a
empresa permanecesse ali. Márcia teve que abrir uma loja
física. “As clientes cobravam isso e hoje posso dizer que
o negócio melhorou 200% depois que abri a loja em um
ponto comercial”, relata.
O dinheiro que ganha atualmente com as maquetes,
que chegam a ser entre quatro a cinco por semana, Márcia
reinveste no negócio. “Além disso, ainda coloco do meu salário como designer”, explica. Entre as dificuldades apontadas, Márcia destaca a compra de material e preço. “Aqui
em Brasília tenho dificuldade em achar material. Tenho
que me deslocar para outras cidades”. Mas Márcia não
para diante das dificuldades e busca parcerias para viabilizar seu negócio. “Estou finalizando um patrocínio que
me trará uma economia de cerca de R$ 700 por mês”, diz.
E como “quem não arrisca não petisca”, Márcia tem planos. “Quero abrir uma filial em Taguatinga, porque muita
gente acha que por causa do local, o produto é caro. Quero
mostrar que dá para fazer uma festa bonita, com um valor
acessível”, revela. Márcia reconhece que, sem o apoio da
família, não teria chegado onde está. “Algumas coisas não
seriam possíveis sem o apoio do marido, da sogra e dos
meus pais. Até hoje eles saem de casa para me ajudar, da
forma que podem”, define.
Revista Fecomércio DF 55
tecnologia
Renato Carvalho
Gerente de Mídias
Sociais & Conteúdo
da ClickLab
www.clicklab.com.br
Maximo Migliari
www.facebook.com/agencia.clicklab
Diretor-Executivo
da ClickLab
[email protected]
Aplicativo ou Responsivo:
qual a melhor opção para minha empresa?
Em nossa coluna de junho, abordamos um tema que apresentava uma verdadeira quebra de paradigma. Pela primeira
vez na história, percebemos que os sites de nossos clientes
estavam sendo mais acessados por dispositivos móveis do que
por desktops (computadores de mesa e laptops). Essa tendência não aparenta sinais de que irá mudar no futuro e, por essa
razão, muitos desses clientes passaram a nos perguntar o que
seria mais interessante: desenvolver um site responsivo, que
se adapta aos mais diferentes formatos de tela, ou desenvolver
um aplicativo próprio para os aparelhos móveis?
A resposta para essa pergunta é que,
na verdade, depende.
Na grande maioria dos casos, possuir um site responsivo irá
resolver boa parte dos problemas da empresa. Com ele, as pessoas podem acessar as páginas que desejam e que são relevantes por meio de qualquer dispositivo. Dessa forma, se o objetivo
de sua empresa é só permitir que seus clientes consigam acessar o conteúdo de sua empresa sem problemas, temos certeza
de que um site responsivo será mais do que suficiente.
Novo Moto G
O novo Moto G está chegando às lojas brasileiras. O aparelho, pertencente à linha mais “baratinha” da empresa, deverá
chegar ao mercado com uma tela de 5 polegadas e resolução
de 720p; processador quad-core Snapdragon 410 de 1,4 GHz;
câmeras de 13 megapixels (traseira) e 5 megapixels (frontal);
bateria de 2.740 mAh; resistência à água; conectividade 4G e
1GB ou 2 GB de memória RAM. É possível que modelos adicionais, com TV e outro mais simples, com menos espaço interno,
também sejam lançados. O valor do aparelho ainda não foi
lançado, mas acredita-se que ele chegue às lojas custando em
torno de R$ 900. Valor: ainda não divulgado.
56 Revista Fecomércio DF
Por outro lado, um aplicativo pode trazer oportunidades
muito bacanas para um negócio. O ponto principal nesse caso
é determinar qual o real valor que o empreendimento quer oferecer ao cliente. É importante entender que, se uma empresa
quer que seu cliente busque o aplicativo, baixe-o em seu telefone e use-o, ele precisará de um motivo muito forte. Um exemplo excelente são os aplicativos bancários que, em sua maioria,
permitem que o cliente pague uma conta sem ir ao banco e
sem nem mesmo ter que digitar o código de barra, apenas “fotografando” o mesmo. O valor, nesse caso, é a praticidade.
Devemos lembrar, no entanto, que a produção de aplicativos normalmente é mais onerosa do que o desenvolvimento
de um site responsivo. Dessa forma, a empresa deve ter muito
claro qual a estratégia que quer adotar para que possa fazer o
investimento mais acertado.
A tendência do “mobile first” chegou para ficar. As empresas têm a oportunidade única de atualizar seus sites e sair na
frente da concorrência. Se você, empreendedor, estava com
essa dúvida entre site e aplicativo, esperamos ter ajudado a
esclarecer algumas de suas dúvidas. Resta agora montar sua
estratégia móvel e começar a colher os frutos desse novo posicionamento digital. Bons negócios para todos.
Crédito, débito
e praticidade
Nada mais chato do que chegar a uma loja doido
para comprar um produto e só depois descobrir
que o estabelecimento não passa cartão. Muitos
empreendedores alegam que as taxas envolvidas
em transações com cartão é que são as verdadeiras
responsáveis por esse cenário. Para solucionar esse
problema, o PagSeguro lançou a Moderninha, uma
máquina de cartão que não possui taxa de aluguel, nem
adesão e que não faz uso de celular. Voltada para pequenos
empreendedores e profissionais liberais, a máquina
é comprada, não alugada, e seu valor já inclui o chip e
o plano de dados. Além do custo do aparelho em si, o
empresário também precisa pagar uma taxa referente a
cada venda feita.
Valor: R$ 598,80 (à vista)
Por uma vida mais fitness
Usuários de Android têm uma opção muito bacana para quem
quer ter uma vida mais saudável. O Aplicativo Google Fit permite
que você tenha um relatório bem completo sobre quantos passos
deu por dia e quantas calorias queimou, além de poder estipular
objetivos diários para seu ciclo de atividades.
Valor: Gratuito
10 mil
quantidade de passos recomentados por
dia para sair do sedentarismo
Organize sua vida e suas notas
Com o Evernote (Evernote.com) você finalmente vai poder organizar, em um só lugar,
todas aquelas notas de reuniões, lista de afazeres, anotações das aulas da faculdade
e mais. A ferramenta possibilita uma grande organização de toda essa “papelada” em
notas e cadernos, além de permitir o armazenamento de arquivos junto com as notas.
Nos planos pagos, também é possível trabalhar conjuntamente com outras pessoas.
Valor: Gratuito (com opções pagas)
Revista Fecomércio DF 57
esportes
Desafio para nadadores
//Por Andrea Ventura
Foto: Joel Rodrigues
22ª edição do 25 Horas Nadando espera
reunir mais de mil competidores
D
iagnosticado com câncer ósseo, o jovem Jaime
Alves de Almeida teve que amputar a perna esquerda. Precisou fazer tratamento no hospital Sarah Kubitscheck e lá foi incentivado a praticar um esporte:
a natação. “Ele iniciou a natação comigo em uma piscina
de 10 metros. Não sabia nadar, mas aprendeu e vi nele um
talento”, conta a professora de Educação Física da Rede
Sarah, Ana Claudia Raposo. Ela o convidou para participar
do 25 Horas Nadando, competição realizada pelo Sesc em
parceria com a Universidade de Brasília. “Quando cheguei
ao local da competição tomei um susto porque vi que eram
50 metros, achei que não ia conseguir, mas deu tudo certo”, revela. Em seguida Jaime foi nadar no Sesc Estação
504 Sul e, a partir daí, não parou mais.
Por conta de sua limitação, Jaime era aposentado
pelo INSS, mas a natação mudou tudo. “A partir dessa
iniciação do Sesc 25 Horas ele deslanchou. Começou a
treinar, aprimorou os estilos e foi convidado a nadar no
Centro de Treinamento de Educação Física Especial (CETEFE) como paratleta”, explica Ana Claudia. Em segui-
da, ganhou uma bolsa atleta na Universidade Católica de
Brasília e fez faculdade de Educação Física.
Hoje Jaime, com 32 anos, é professor no CETEFE e
reconhece que o 25 Horas foi seu primeiro passo. “Foi
o empurrão para competir e iniciar a carreira. A maioria das coisas que conquistei foi pela natação”, ressalta.
Além de dar aulas, o professor e paratleta participa de
competições no País e no exterior. Já foi pré-selecionado
para estar nos Jogos Panamericanos e aguarda patrocínio para conseguir participar de competições, como a
que ocorrerá em outubro nos Estados Unidos.
Já a competição 25 Horas Nadando reúne atletas
amadores e profissionais – e neste ano será nos dias 29
e 30 de agosto, a partir das 10h. Mais de mil atletas, que
assim como Jaime, esperam superar seus limites na
piscina do Centro Olímpico da UnB, deverão participar da
competição.
As vagas estão abertas até o dia 25 de agosto. Podem
participar nadadores de clubes, associações, escolas e
academias do DF. Vence a prova a equipe que, ao final
das 25 horas de revezamento, somar a maior distância
percorrida. Serão oito raias, que incluem a participação
de nadadores do Hospital Sarah Kubitscheck, além de
uma raia para a comunidade.
Para o assistente da Coordenação de Esporte e Lazer
do Sesc-DF, Álvaro Sérgio Barcelos, o torneio tem caráter de congraçamento. “O evento é uma festividade, é
uma interação entre os participantes, com o sentido mais
recreativo do que competitivo”, ressalta. Para entreter
os participantes, o Sesc promoverá atividades paralelas,
como apresentações musicais. A competição é realizada
em parceria com a UnB, desde 2005. Serão distribuídos
troféus e medalhas aos vencedores e participantes. As
inscrições custam R$ 10 por participante e podem ser feitas no Sesc Estação 504 Sul e nos dias do evento na UnB.
@sescdf
/sescdistritofederal
www.sescdf.com.br
58 Revista Fecomércio DF
encontro
Pauta
comum aos
shoppings
//Por Por Fabíola Souza
Foto: Joel Rodrigues
Em reunião com IF,
superintendentes dos centros
de compras apresentam
reinvindicações do segmento
P
irataria, burocracia, relação dos shoppings
com o poder público, representatividade do
setor e qualificação dos empregados foram
alguns dos pontos discutidos no dia 7 de julho, em um café
da manhã realizado na sede da Fecomércio pelo Instituto
Fecomércio com os superintendentes de centros de compras do DF. O objetivo foi estreitar o diálogo com os administradores dos shoppings e definir pautas comuns de discussão para estimular o ambiente econômico da cidade. A
intenção da Federação, que sediou o encontro, é criar uma
assessoria técnica na estrutura organizacional da Federação para cuidar desse segmento. A próxima reunião está
marcada para a primeira quinzena de outubro.
O presidente da Fecomércio, Adelmir Santana, abriu
os trabalhos e ressaltou a necessidade dessa aproximação
com os shoppings. “É importante que tenhamos encontros
periódicos para que possamos apresentar nossas colocações com mais força aos poderes públicos. A pirataria
atinge a todos porque a cultura do nosso povo ainda é a de
achar que os produtos pirateados são melhores porque são
mais baratos. Mas se trata de uma atividade criminosa e
de uma concorrência predatória contra o empresário, que
paga aluguel, impostos e gera emprego”, afirmou Santana.
A diretora-executiva do Instituto Fecomércio, Elizabeth
Campos, afirmou que esse é apenas o início de uma série
de reuniões. “Tenho certeza que esse será o início de uma
série de encontros e quero deixar à disposição de vocês os
nossos produtos”, disse Elizabeth. A informalidade e a pirataria estão crescendo de forma assustadora no DF hoje,
principalmente em frente aos centros comerciais. Isso prejudica a economia local, enfraquece as empresas, promove
uma evasão de divisas para o Estado e prejudica os próprios
consumidores, que adquirem produtos sem qualidade.
O vice-presidente da Fecomércio-DF, Glauco Santana;
o assessor de planejamento da entidade, Carlos Baião; a
coordenadora de Integração empresa-escola do Instituto
Fecomércio, Regina Malheiros; a consultora do IF, Andrea
Antinoro; a coordenadora de Ações Culturais do Sesc-DF,
Juliana Valadares; e a coordenadora do Núcleo de Gestão
de Produtos Divisão de Educação Profissional, Kátia Christina Soares de Morais Corrêa, também estiveram presentes.
Além da pirataria, também foi discutida a representatividade do segmento de shoppings e a necessidade de reconhecimento por parte das autoridades públicas. A Associação Brasileira de Shoppings (Abrasce) conta atualmente
com 17 shoppings no DF, que representam 35 mil empregos, 3,8 mil lojistas e possuem um faturamento (2014) de
R$ 5 bilhões. Segundo o diretor de assuntos institucionais
da Abrasce, Cátilo Cândido, é necessário unir forças para
combater a alta burocracia e a pirataria desenfreada. Também participaram do encontro os superintendentes Marcos
Augusto de Atayde (Terraço Shopping), Marcelo Ferreira
Martins (ParkShopping), Augusto Brandão (Shopping Quê),
Jairo Antonio Delaflora (Shopping Águas Claras), Sidney
Pereira (JK Shopping), Eliza Ferreira (Taguatinga Shopping),
Carlos Passos (Pátio Brasil Shopping), Marcelo Leal (Liberty
Mall), Renato Horne (Deck Norte), Zoroastro Neto (ID Shopping).
Mais informações
@if_df
/institutofecomerciodf
institutofecomerciodf.com.br
Revista Fecomércio DF 59
sindicatos
Maria Auxiliadora
admite que colorir é
contagiante
Para colorir
e relaxar
//Por Daniel Alcântara
Foto: Raphael Carmona
Apesar das vendas dos livros de colorir e dos lápis de cor
representarem apenas 3% do faturamento das lojas, elas têm
mantido o mercado aquecido
E
stresse, trânsito e a rotina cansativa de trabalho têm criado uma nova moda entre os
brasileiros: passar horas colorindo
livros. A prática que virou febre por
todas as cidades do País promete
desestressar e aflorar a criatividade
dos artistas – adultos - adormecidos.
O sucesso é tanto que os donos de
papelarias comemoram a procura
pelos livros, que chegaram a esgotar nos estoques. De acordo com o
Sindicato do Comércio Varejista de
Material de Escritório, Papelaria e
Livraria do Distrito Federal (Sindipel-DF), as vendas dos livros e dos lápis de cor representam em torno de
3% dos faturamentos das lojas, e, de
certo modo, aqueceram o mercado.
Dois títulos da desenhista es-
60 Revista Fecomércio DF
cocesa Johanna Basford já figuram
entre os dez mais vendidos: Jardim
Secreto e Floresta Encantada, da editora Sextante, venderam juntos mais
de 1 milhão de cópias no Brasil. “É
uma venda assustadora de apenas
um item. Tem saído um número muito alto do produto, o que acaba sendo
importante para o faturamento das
papelarias. Várias editoras estão entrando nesta onda e lançando esses
livros. A cada compra, o cliente chega
a deixar mais de R$ 100 na loja, porque eles acabam comprando outros
apetrechos, como lápis de cor de 48
cores, por exemplo”, diz o presidente
do Sindipel, José Aparecido da Costa
Freire.
A aposentada Maria Auxiliadora,
de 48 anos, diz que se apaixonou pelo
produto desde a primeira vez que teve
contato com o livro. Ela aproveitou
para curar a ansiedade e despertar a
criatividade. “Ganhei de presente de
uma amiga minha, assim que foi lançado. A ideia dela era tirar um pouco
da minha ansiedade, que naquele
momento estava muito aflorada”, diz
Auxiliadora. Após algum tempo pintando os variados desenhos, Auxiliadora afirma que ficou viciada. “No início, achei que não conseguiria, mas é
contagiante. Minha filha até me ajuda
a pintar. Além do mais, não penso em
nada enquanto estou ali pintando.
Então, pra mim, é um hobby muito
relaxante”, explica.
A prática tem se tornado cada
vez mais frequente. Existem grupos em redes sociais que oferecem
dicas de como aprimorar a arte de
pintar os variados desenhos. A nova
mania é tamanha que há diversos
canais no Youtube que se dedicam
a ensinar técnicas e macetes. Atualmente, alguns desses canais sobre
o assunto acumulam mais de 20 mil
pessoas inscritas.
A estudante Priscilla Duhau, de
23 anos, diz que já conheceu até pessoas de outros estados do País compartilhando seus desenhos na web.
“Conheci muita gente que tem livros
de pintar. Quando termino meus desenhos, eu publico no Snapchat ou
no Twitter”, conta empolgada. Apesar
do apreço pela nova terapia, um ponto negativo, apontado pela estudante
é o dinheiro que acaba gastando com
os materiais para pintar, como: lápis
de cores, lápis aquareláveis, tinta e
até pincéis. “Já gastei em torno de
R$ 80, por enquanto. O problema é
que sempre tenho vontade de comprar cada vez mais material. Existem
materiais profissionais, como caixa
de lápis de cor, que chegam a custar
mais de R$ 1 mil”, ressalta a estudante que passa de duas a três horas por dia, explorando a criatividade
com os livros.
Porém, nem tudo são flores e os
livros estão longe de serem os salvadores em tempos de crise. “Apesar do
sucesso, o produto, infelizmente, não
irá salvar as papelarias da crise econômica. Hoje, o segmento vem enfrentando uma crise local e nacional
muito grande. Os lojistas sofrem com
a falta de crédito, inflação elevada e
a taxa de juros absurda, o que acaba
afugentando o consumidor”, ressalta.
O presidente do Sindipel afirma
ainda que o boom de vendas do livro
é passageiro. Segundo ele, produtos
que estouram em grande escala,
geralmente, vendem muito bem durante o período de um ano. “É uma
febre que não vai durar muito tempo, esses produtos quando chegam
muito forte ao mercado não perduram por mais de um ano. Os livros
de colorir começaram a vender bastante no mês de março deste ano.
Acredito que até março do ano que
vem as vendas já terão diminuído”,
alega José Aparecido. Ele diz ainda
“É uma febre que
não vai durar
muito tempo, esses
produtos quando
chegam muito forte
ao mercado não
perduram por mais
de um ano”
José Aparecido
presidente do Sindipel
que a expectativa de vendas no segmento para o segundo semestre não
é muito animadora. No mês de agosto, entretanto, a procura deve voltar
a crescer por conta da volta às aulas
nas escolas do Distrito Federal.
“Nosso setor está com uma queda de faturamento de 28%. Muitas
lojas fecharam, algumas estão se-
miabertas, tentando sobreviver. Alguns empreendimentos tradicionais
estão fechando pontos de venda. Em
Sobradinho, por exemplo, uma papelaria bem tradicional e antiga está
passando por uma dificuldade muita
grande. A própria Papelaria ABC vem
passando por momentos difíceis”, lamenta o presidente do Sindipel.
Revista Fecomércio DF 61
pesquisa conjuntural
Desempenho
fraco
//Por Fabíola Souza
Alta da inflação, das taxas de juros e restrição ao
crédito estão entre os motivos para a queda nas
vendas do comércio
Desempenho de vendas
Fev x Jan
Marx Fev Abril x Mar
Maix Abr
Jun x Mai
Autopeças e Acessórios
-9,78%
-22,68%
4,91%
5,44%
0,42%
4,51%
Bares, Restaurantes e Lanchonetes
-6,90%
-6,85%
4,22%
-2,67%
-7,64%
1,53%
Calçados
-46,12%
5,76%
5,17%
-1,31%
-3,94%
-2,78%
Farmácia e Perfumaria
-11,20%
-6,55%
5,69%
0,20%
0,50%
0,50%
Floricultura
-23,60%
-7,06%
12,57%
-5,70%
1,48%
-2,16%
Informática
-12,79%
-10,28%
7,41%
-4,89%
-0,57%
0,62%
Livraria e Papelaria
-9,04%
15,73%
-6,37%
-29,72%
-0,79%
-0,20%
Lojas de Utilidades Domésticas
-24,04%
-10,46%
9,73%
-7,72%
-3,26%
4,12%
Material de Construção
-11,37%
-1,77%
-3,11%
-5,63%
-2,68%
-5,95%
Mercado e Mercearia
-9,05%
-2,98%
12,58%
-11,30%
-1,10%
-2,07%
Móveis e Decoração
-0,02%
-15,33%
2,80%
-1,22%
16,88%
-7,14%
Óticas
-10,90%
-2,08%
1,56%
9,46%
7,47%
-2,65%
Tecidos
-17,67%
-13,66%
-1,30%
-5,13%
5,71%
3,54%
Vestuário
-38,52%
-10,40%
9,32%
-8,61%
2,32%
4,14%
Total
-15,68%
-6,34%
5,44%
-5,18%
-0,20%
-0,16%
Academia
15,22%
-17,96%
5,79%
0,84%
0,84%
-11,39%
Agências de Viagem
9,00%
-9,87%
-2,01%
-3,88%
-3,88%
-6,92%
-23,78%
5,62%
14,76%
-21,88%
-21,88%
1,29%
5,94%
17,05%
17,80%
14,98%
14,98%
17,14%
Aluguel de Artigos para Festa
Autoescola
Casa de Eventos
-46,12%
14,97%
4,51%
-6,72%
-6,72%
-8,22%
Clínica de Estética
-18,68%
-13,18%
-14,93%
7,40%
7,40%
1,68%
Ensino de Idiomas
-6,23%
1,71%
9,89%
-5,95%
-5,95%
0,22%
Pet Shop
-15,58%
-11,76%
2,52%
0,18%
0,18%
0,01%
Reparação de Eletroeletrônicos
-2,45%
-5,09%
6,64%
-13,20%
-13,20%
3,79%
Salão de Beleza
-12,46%
-15,04%
5,90%
-0,60%
-0,60%
2,34%
Total
-8,92%
-7,03%
5,48%
-4,83%
-4,83%
-1,66%
Total
-14,34%
-6,49%
5,45%
-5,11%
-5,11%
-0,45%
Comércio
62 Revista Fecomércio DF
Jan x Dez
Serviço
Fonte: Pesquisa Conjuntural de Comércio e Serviços.
A
s vendas do comércio
brasiliense registraram
queda de 0,16% em junho na comparação
com maio, e as vendas do setor de
serviços também tiveram declínio
de 1,66%. No acumulado dos últimos 12 meses (junho 2014 – junho
2015), de comércio e serviços, a variação é negativa, em -11,45%. É o
que mostra a Pesquisa Conjuntural de Micro e Pequenas Empresas
do Distrito Federal, realizada pelo
Instituto Fecomércio.
“A alta da inflação e das taxas
de juros, bem como a restrição
de crédito, estão entre os motivos
para o fraco desempenho. A falta
de confiança dos consumidores
também prejudicou o comércio.
Além disso, com um avanço do
desemprego nos últimos meses,
as famílias brasilienses reduziram
ainda mais o consumo”, explica
o presidente da Fecomércio-DF,
Adelmir Santana. De acordo com
ele, as incertezas sobre o tamanho
do ajuste fiscal e a definição da
política econômica nacional continuam afetando as expectativas dos
empresários.
-11,45%
é a variação negativa,
no acumulado dos
últimos 12 meses, de
comércio e serviços
Os segmentos do comércio que registraram crescimento nas vendas em
junho foram: Autopeças e Acessórios (4,51%); Vestuário (4,14%); Lojas de
Utilidades Domésticas (4,12%); Tecidos (3,54%); Bares, Restaurantes e Lanchonetes (1,53%); Informática (0,62%); e Farmácia e Perfumaria (0,50%). Os
segmentos que apresentaram queda foram: Móveis e Decoração (-7,14%);
Material de Construção (-5,95%); Calçados (-2,78%); Óticas (-2,65%); Floricultura (-2,16%); Mercado e Mercearia (-2,07%); e Livraria e Papelaria
(-0,20%).
No setor de serviços, o destaque em vendas em junho ficou para o segmento de Autoescola (17,14); seguido de Reparação de Eletroeletrônicos
Formas de pagamento // Julho
Serviçco
100%
Comércio
100%
46,45%
28,33%
27,30%
20,01%
0,43%
0%
À vista
Cheque
Cartão de
Crédito
Débito
41,96%
3,04%
1,75%
A prazo
Boleto
12,39%
9,77%
Débito
A prazo
7,11%
1,47%
0%
À vista
Cheque
Cartão de
Crédito
Boleto
Fonte: Pesquisa Conjuntural de Comércio e Serviços.
Revista Fecomércio DF 63
pesquisa conjuntural
(3,79%); Salão de Beleza (2,34%);
Clínica de Estética (1,68%); Aluguel
de Artigos para Festa (1,29%); Ensino de Idiomas (0,22%); e Petshop
(0,01%). Os segmentos de serviços
que apresentaram queda nas vendas foram: Academia (-11,39%);
Casa de Eventos (-8,22%) e Agência
de Viagem (-6,92%).
Entre as formas de pagamento, o cartão de crédito foi o mais
Nível de emprego
Jan x Dez Fev x Jan MarxFev AbrilxMar Mai1xAbr
JunxMai
Autopeças e Acessórios
-6,83%
13,33%
-2,94%
3,01%
-7,60%
0,63%
Bares, Restaurantes e Lanchonetes
0,20%
-4,37%
3,99%
1,69%
-4,94%
0,52%
Calçados
-16,79%
8,65%
-3,42%
2,65%
-0,86%
-6,96%
Farmácia e Perfumaria
-5,96%
-0,37%
5,99%
-1,77%
-0,72%
1,09%
Floricultura
0,00%
12,50%
-3,70%
0,00%
7,69%
-10,71%
Informática
-6,52%
-9,30%
0,00%
7,69%
-10,71%
0,00%
Livraria e Papelaria
2,86%
1,90%
-8,18%
-5,50%
-24,27%
20,27%
Lojas de Utilidades Domésticas
-1,67%
1,69%
0,00%
-10,17%
11,54%
-6,56%
Material de Construção
-4,19%
-5,46%
-8,67%
9,49%
-12,72%
5,96%
Mercado e Mercearia
1,59%
-0,45%
-0,45%
0,00%
2,02%
1,10%
Móveis e Decoração
21,57%
-1,54%
1,52%
0,00%
1,41%
0,00%
Óticas
3,45%
0,00%
0,00%
10,00%
-6,06%
0,00%
Tecidos
9,52%
8,70%
32,00%
-27,27%
4,17%
0,00%
Vestuário
-3,73%
3,50%
-1,13%
-1,10%
2,97%
-1,08%
Total
-1,73%
-0,68%
0,86%
0,70%
-3,41%
0,72%
Academia
7,63%
-7,45%
5,36%
-2,91%
4,49%
-14,45%
Agências de Viagem
-8,16%
17,78%
-7,55%
-1,96%
0,00%
2,04%
Aluguel de Artigos para Festa
10,46%
-3,55%
-3,05%
-5,43%
5,74%
-3,10%
Autoescola
0,00%
9,43%
-7,14%
12,82%
-4,55%
-9,52%
Casa de Eventos
2,27%
-4,44%
2,33%
0,00%
0,00%
0,00%
Clínica de Estética
17,39%
-16,05%
12,31%
1,37%
-6,67%
2,70%
Ensino de Idiomas
-8,18%
3,03%
2,21%
7,91%
1,33%
-27,63%
Pet Shop
2,68%
1,74%
0,85%
-1,69%
5,17%
-4,10%
Reparação de Eletroeletrônicos
-0,93%
0,00%
2,83%
-0,92%
0,93%
-0,92%
Salão de Beleza
-16,81%
2,13%
-1,05%
1,06%
1,05%
-11,11%
1,34%
-1,87%
1,57%
-0,09%
2,06%
-9,39%
-0,86%
-1,02%
1,06%
0,49%
-1,93%
-2,11%
Total
Total
Comércio
64 Revista Fecomércio DF
utilizado nas compras. No comércio, a modalidade respondeu
por 46,45% das vendas. No setor
de serviços, foi responsável por
41,96%. A Pesquisa Conjuntural
de Micro e Pequenas Empresas do
DF é realizada mensalmente pelo
Instituto Fecomércio e tem o apoio
do Sebrae. Foram consultadas 900
empresas, das quais 596 do comércio e 304 de serviços.
Serviço
Fonte: Pesquisa Conjuntural de Comércio e Serviços.
Desempenho de vendas
Jan x Dez Fev x Jan Marx Fev AbrilxMar
Brasília (Asa Sul e Asa Norte)
-13,32%
-7,59%
10,47%
Candangolândia, Guará e
Núcleo Bandeirante
-32,21%
4,05%
Ceilândia, Taguatinga, Vicente Pires
e Águas Claras
-17,46%
Cruzeiro, Setor de Indústrias e Sudoeste
-18,07%
Gama, Recanto das Emas e Samambaia
-19,49%
-4,77%
1,36%
0,56%
1,48%
-1,86%
Paranoá, Sobradinho e São Sebastião
-6,61%
-12,40%
7,61%
-4,92%
-0,57%
-3,33%
-15,68%
-6,34%
5,44%
-5,18%
-0,79%
-0,16%
Total
MaixAbr
JunxMai
-7,23%
0,42%
-1,97%
4,69%
0,97%
-7,64%
3,85%
-4,33%
-0,97%
-5,79%
-3,94%
4,52%
-4,25%
1,68%
-5,40%
0,50%
3,57%
Brasília (Asa Sul e Asa Norte)
-6,58%
-3,04%
7,12%
-1,38%
-3,26%
-2,16%
Candangolândia, Guará e
Núcleo Bandeirante
-19,86%
-17,27%
-7,93%
7,52%
-2,68%
-4,94%
Ceilândia, Taguatinga,
Vicente Pires e Águas Claras
-15,32%
-9,12%
3,36%
-3,71%
-1,10%
0,50%
Cruzeiro, Setor de Indústrias e Sudoeste
-12,62%
-0,80%
4,27%
-16,66%
16,88%
1,47%
Gama, Recanto das Emas e Samambaia
-12,36%
-4,15%
-8,40%
5,14%
7,47%
-1,18%
Paranoá, Sobradinho e São Sebastião
5,27%
-16,84%
15,78%
-9,10%
5,71%
-7,22%
Total
-8,92%
-7,03%
5,48%
-4,83%
2,32%
-1,66%
Total
-14,34%
-6,49%
5,45%
-5,11%
-0,20%
-0,45%
Comércio
Serviço
Nível de Emprego
Fonte: Pesquisa Conjuntural de Comércio e Serviços.
Jan x Dez Fev x Jan Marx Fev Abrilx Mar Mai1x Abr
Junx Mai
Brasília (Asa Sul e Asa Norte)
-1,54%
-2,35%
10,47%
0,00%
-2,83%
-0,17%
Candangolândia, Guará e
Núcleo Bandeirante
-14,47%
13,18%
4,69%
5,88%
-6,58%
5,19%
0,33%
0,83%
-0,97%
2,32%
-9,12%
3,00%
Ceilândia, Taguatinga,
Vicente Pires e Águas Claras
Cruzeiro, Setor de Indústrias e Sudoeste
1,50%
-4,64%
1,68%
-3,02%
-0,75%
1,14%
Gama, Recanto das Emas e Samambaia
-7,52%
4,24%
1,36%
-2,62%
1,01%
-3,67%
Paranoá, Sobradinho e São Sebastião
2,37%
-3,86%
7,61%
4,18%
0,29%
1,72%
-1,73%
-0,68%
5,44%
0,70%
-3,41%
0,72%
Total
Brasília (Asa Sul e Asa Norte)
-3,75%
8,44%
7,12%
1,46%
1,08%
-2,08%
Candangolândia, Guará e Núcleo
Bandeirante
6,00%
-5,77%
-7,93%
-3,70%
-1,89%
0,00%
Ceilândia, Taguatinga, Vicente Pires e Águas
Claras
4,46%
-5,11%
3,36%
-0,91%
9,51%
-7,28%
Cruzeiro, Setor de Indústrias e Sudoeste
14,17%
-4,58%
4,27%
-1,67%
0,85%
-18,49%
Gama, Recanto das Emas e Samambaia
-1,49%
1,52%
-8,40%
-5,80%
-3,08%
3,17%
Paranoá, Sobradinho e São Sebastião
-3,62%
-9,86%
15,78%
2,67%
-4,35%
-24,75%
Total
Total
Comércio
Serviço
1,34%
-1,87%
5,48%
-0,09%
2,06%
-9,39%
-0,86%
-1,02%
5,45%
0,49%
-1,93%
-2,11%
Fonte: Pesquisa Conjuntural de Comércio e Serviços.
Revista Fecomércio DF 65
Joel Rodrigues
pesquisa relâmpago
Gabriel Granjeiro,
diretor do Gran Cursos
Online
MP do Programa de
Proteção ao Emprego
Regras para
reduzir cesáreas
RUIM
Precisamos de
campanhas para
estimular mais partos
normais, mas a decisão
final sempre deve ser
da mãe.
REGULAR
É uma boa iniciativa,
mas não terá um
impacto significativo.
O problema é a grande
incidência de encargos
trabalhistas.
Lei do Barulho
em Brasília
BOM
Discordo do aumento
de até 15 decibéis
no volume noturno.
Se hoje já temos
problemas, imagine
com esta modificação
na legislação.
Polêmica
Uber x Táxis
RUIM
Acredito na livre
concorrência em que
empreendedores
precisam inovar
sempre e se adequar
às novas realidades de
mercado.
66Untitled-4
Revista Fecomércio
DF
1
Flávio Resende,
coach criativo
RUIM
REGULAR
Regular
Acredito que a mulher
deve ter a escolha
do tipo de parto que
deseja realizar.
REGULAR
É uma saída para
minimizar os efeitos
da crise econômica
pela qual passamos.
RUIM
BOM
O meu direito termina
onde começa o direito
do outro.
RUIM
A reserva de mercado
só beneficia a categoria
e o Uber é bom para o
consumidor.
Fernando Santiago,
diretor do 4Legal
Coworking
BOM
Mais de 80% dos
partos realizados
no Brasil com
planos de saúde
são cesáreos e esse
dado precisa mudar.
RUIM
Não acho que o modelo
será eficiente no que se
propõe. O problema do
desemprego não tende
a diminuir.
REGULAR
A lei precisa ser
atualizada. Barulhos de
obras, igrejas e coleta de
lixo, por exemplo, devem
ser contemplados.
RUIM
Essa briga entre
os serviços é
desnecessária. A
questão é regular,
não é proibir.
Ana Regina Franchi,
médica diretora da Clínica
Monte Parnaso
BOM
O parto normal é
excelente para mãe
e filho. Devem ser
respeitados, todavia,
os critérios técnicos e
também a vontade da
mãe.
BOM
Em tempos de crise,
alternativas são
bem-vindas, mas
o dinheiro público
(parte do governo)
deve ser usado com
muito critério.
BOM
Os produtores
de ruído devem
realizar obras
acústicas em seus
empreendimentos
para evitar o excesso
e não mudar a lei.
BOM
A questão tem que
ser regulamentada,
mas deve-se
preservar a
concorrência
e o direito do
consumidor.
Manoel Oliveira,
microempreendedor
RUIM
Assim é possível
diminuir risco à
mãe ou ao bebê.
REGULAR
O trabalhador
não pode ter seu
salário reduzido
por erros que o
governo comete.
RUIM
Ainda está
muito
tolerante. Tem
gente que
extrapola.
BOM
Isso só prejudica
os taxistas que
trabalham
honestamente e
dentro da lei.
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