a raiz do egoismo - ABRAGNOSE - Academia Brasileira de Gnose

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PODCAST ABRAGNOSE
Academia Brasileira de Gnose
Curitiba/PR e São Paulo/SP – Brasil – Ano LIII da Era de Aquário
Helen Sarto de Mello – Presidente da Academia Brasileira de Gnose
Karl Bunn – Presidente da Igreja Gnóstica do Brasil
Ricardo Bianca de Mello – Coordenador de Instrução
© Direitos autorais desta edição: Academia Brasileira de Gnose (ABRAGNOSE):
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A RAIZ DO EGOISMO
03.06.2014
Por Karl Bunn
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Bem-vindos ao Podcast desta noite.
No tema de hoje abordaremos A RAIZ DO EGOÍSMO HUMANO.
Apenas para lembrar, no encontro anterior tratamos da origem e evolução do ego. Hoje
examinaremos como nasce e se forma o ego, sua raiz inicial.
Já sabemos que quando a essência animal ganha um corpo humano nasce num ambiente
muito simples e inocente. Nem poderia ser diferente.
A essência recém egressa dos reinos inferiores não tem capacidade de lidar com ambientes
e coisas complexas, portanto, precisa seguir evoluindo sem trancos, sem pular etapas,
afinal, a natureza não dá saltos.
Perguntemo-nos: o que pode ou consegue fazer uma essência recém-egressa de um reino
inferior?
Como essência animal, ela corria, procriava, se defendia, atacava, buscava alimento,
aprendia a reconhecer odores, alimentos e lugares seguros, dentre outras habilidades.
Mas, uma vez que tenha entrado no reino humano, nos primeiros retornos, seguirá fazendo
basicamente a mesma coisa.
Irá acrescentar algumas novas habilidades, como elaborar toscos instrumentos de caça e
ferramentas domésticas, construir abrigos, reforçar defesas, selecionar e guardar alimentos,
e por aí seguirá enquanto, de forma muito natural, vai aprendendo a tirar proveito do novo
corpo dado pela natureza.
Essa etapa pode demandar uns 10 retornos – ou até mais. Tudo depende da própria
essência, de suas características, já demonstradas quando de sua passagem pelos reinos
anteriores.
Pois bem! Se no reino animal, a essência já vivia em grupos, manadas, bandos ou famílias,
no reino humano também não será muito diferente.
Certamente viverá em alguma comunidade, a diferença está na linguagem. No estágio
humano começamos a articular palavras em lugar de emitir rugidos, mugidos, miados,
latidos e outras expressões típicas dos animais.
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Tudo isso, todos esses pequenos detalhes, em verdade, são grandes avanços, ou
representam grandes avanços para a essência recém chegada do reino inferior.
Na escola da vida de nossa Grande Mãe, os aprendizados são lentos.
Uma vez que a essência aprenda o básico do reino humano, passará a renascer em
ambientes mais complexos.
Dia chegará em que renascerá em famílias simples do interior de algum país, que ainda não
tenha se complicado com as traquitanas modernas. Geralmente, renasce como agricultor,
pescador, constituirá uma família, trabalhará para viver em coisas bem simples.
E passará por muitos retornos nessa forma, renascendo em diferentes países e regiões do
mundo. Aprenderá a viver em ambientes frios, temperados e quentes; aprenderá a
conhecer mais amplamente o cultivo da terra, dos alimentos; experimentará muitas coisas!
E assim, o tempo e as vidas ou retornos, irão se ampliando. A estas alturas já estará – no
geral – entre o retorno 30 e 40.
Depois, essa essência ganhará corpo nas pequenas cidades ou na periferia ou proximidades
de grandes centros, onde a vida começa a se tornar mais complexa, e surgem novos
desafios e novas habilidades e capacidades.
Se nos primeiros tempos aprendeu a conhecer e a tirar proveito do corpo, num segundo
momento terá que aprender sobre o uso do intelecto.
É nessa etapa que mais 10 ou 20 retornos se somarão aos primeiros 30 ou 40. Portanto, já
estaremos falando aqui de uma essência que cumpriu entre 60 e 70 retornos. Quer dizer: a
essência já cumpriu pelo menos 50% de seu ciclo humano. Chega então o momento de
avançar rumo às grandes complexidades da mente.
É a partir deste momento que a essência passa a correr grandes riscos de se extraviar ou se
perder, pois a antiga inocência e pureza passam a correr severas provações.
O normal é que a maioria se perca, atraída e identificada pelas coisas boas da vida, como
luxo, riqueza, poder, prazeres, prêmios, recompensas, etc. Resumindo, em maior ou menor
detalhamento, é assim que passamos mais da metade de nosso ciclo humano.
Vamos examinar agora com mais detalhes o processo de formação do ego.
O que nos caracteriza hoje, isso que fez o que somos hoje, foi moldado ou passou a ser
moldado, desde os primeiríssimos retornos como essências humanas.
Foram as primeiras decisões e escolhas, bem como a forma ou maneira como as fizemos,
que começaram a pintar ou a colorir nossa essência, nossa consciência.
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Pode ser que nossos primeiros retornos tenham sido marcados por isso que denominamos
de FRUSTRAÇÃO.
Pode ser que nossos primeiros retornos tenham sido marcados por isso que denominamos
hoje de FORÇA ou IMPOSIÇÃO.
Pode ser que nossos primeiros retornos tenham sido marcados por isso que denominamos
de impulso de ACUMULAR COISAS, nascendo assim as sementes da avareza, da ambição,
da ganância.
Mas pode ser que nossos primeiros retornos tenham sido marcados por isso que
denominamos de PRAZER DE OSTENTAR ALGUMA COISA – dando origem à
VAIDADE e também aos germes do ORGULHO.
Pode ser ainda que nossos primeiros retornos tenham sido marcados por isso que
denominamos de comer muito ou gostar de comer – que mais tarde resultou na GULA.
Pode ser que nossos primeiros retornos também tenham sido marcados por isso que
denominamos de não querer fazer nada, deixar que outros façam, formando assim, dando
origem às sementes da PREGUIÇA, do COMODISMO.
Enfim, poderíamos enumerar aqui dezenas ou centenas de possibilidades.
Nada disso estava escrito. Nada disso foi imposto. Nós mesmos, de posse de um corpo
avançado, fomos escolhendo e decidindo aquilo que nos parecia adequado, melhor ou
simplesmente necessário.
Nos primeiríssimos retornos não havia egos, carregávamos resíduos, sementes ou germes
de nossa passagem pelos reinos inferiores. Mas, ainda não havia egos.
Esses germes foram se somando e se mesclando com novos resíduos psicológicos que
fomos acumulando em nossa mente inocente e infantil dos primeiros retornos.
E após uma dezena de retornos, esses germes começaram a se independizar em nossa
mente, e, por conseqüência, também em nossa vida.
Foi assim então que passamos a ter um núcleo, ou seja, geramos um núcleo, incipiente,
algo básico.
Esse núcleo é o que denominamos hoje de EGOÍSMO. E esse egoísmo passou a nos dar
uma certa percepção, uma falsa consciência, de nós mesmos. Porque não tínhamos a
capacidade de discernir as coisas. Ou seja: passamos a nos sentir e a nos ver como
indivíduos, como seres ou criaturas autônomas, independentes, livres, capacitadas a fazer
escolhas e a eleger aquilo que bem quiséssemos.
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A partir daí, da descoberta ou da percepção de si mesmo como individuo, das
características pessoais, das escolhas, dos impulsos, descobertas, graus de satisfação,
prazeres experimentados, sensações preferidas, dentre tantas coisas, podemos destacar 3
aspectos bem definidos:
1. Amor próprio ou auto consideração
2. Auto importância
3. Auto imagem
O EGOÍSMO HUMANO é formado por esses 3 aspectos básicos. Desses 3 aspectos iniciais
derivam os sete pecados capitais. A partir dos sete se formam ou se formaram as legiões de
egos.
O que é o AMOR PRÓPRIO ou a AUTO CONSIDERAÇÃO senão o querer muito a si
mesmo?
O que é a AUTO IMPORTÂNCIA se não se considerar o centro do mundo?
O que é a AUTO IMAGEM que não o impulso de se manter ou de se perpetuar?
Esses 3 aspectos básicos formam o eixo central do EGOÍSMO HUMANO.
Todos os demais egos foram se formando e se fortalecendo unicamente com o propósito de
defender esses 3 aspectos iniciais ou centrais.
Quem quiser acelerar seus trabalhos de morte psicológica deve examinar urgentemente
suas estratégias de trabalho.
Aquele que compreender que toda e qualquer manifestação egóica exterior é comandada
desde o núcleo do seu próprio egoísmo, deixará de perder tempo focando unicamente o
minúsculo personagem que tem diante de si em suas auto-observações.
Em outras palavras, devemos aprender, mediante a auto-observação e a auto-análise, a
reconhecer quem é que maneja os fios invisíveis de nossos egos.
Devemos pôr especial atenção à “turma do fundão”. Aqueles que atiram a pedra e
escondem a mão. Aqueles que mandam os egos insignificantes para a linha de frente com o
propósito de desviar nossa atenção.
É hora de saber que atrás de qualquer manifestação egóica está um dos 3 grandes
manejando e controlando tudo, quando não os 3 juntos!
Se aprendermos isso, se aprendermos a reconhecer as linhas de comando de nossos egos,
então nosso trabalho se tornará muito eficiente, pois, em vez de perdermos tempo e energia
com personagens minúsculos, iremos logo combater as partes mais fortes.
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Os pequenos egos morrem de inanição se cortarmos sua alimentação ou impedirmos suas
ações.
Os egos intermediários demoram um pouco mais a morrer, mas serão duramente afetados
e atingidos a partir do momento que descobrirmos a quem eles servem.
E quando passarmos a golpear diretamente a caverna dos 3 grandes, esses se revelarão com
mais clareza e assim poderemos combatê-los mais e melhor.
Nossos grandes defeitos estão a serviço do EGOÍSMO. Compreendamos o que é o egoísmo
em si mesmo e logo morrerá a olhos vistos.
Aprendemos em gnose que a mente é o refúgio ou a guarida do desejo. Portanto, tudo está
em nossa mente, tudo vive em nossa mente.
Portanto, que se compreenda definitivamente que o DESEJO não é outra coisa senão nosso
EGOÍSMO. E esse EGOÍSMO está formado pelo amor próprio, pela auto-importância e
pela auto-imagem.
Não sem razão nos ensina o Mestre Samael a acabar rapidamente com todo tipo de
DESEJO – e não somente o desejo sexual, ainda que esse atualmente seja o mais forte e
intenso em nossos dias.
Até aqui nossas palavras de hoje.
Voltaremos em 3 minutos para comentar as questões e responder perguntas que nos forem
apresentadas.
Muito obrigado pela atenção.
PAZ INVERENCIAL
Karl Bunn
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