o futuro é elétrico - Interface Comunicação
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E DIÇ Ã O 256 2009 JULHO JUNHO / O FUTURO É ELÉTRICO CONHEÇA O PRIMEIRO CARRO COM MOTOR MOVIDO A ELETRICIDADE DO BRASIL LANÇAMENTO CABINE DUPLA CONSAGRA PICAPE STRADA apresenta CASA FIAT DE CULTURA Rua Jornalista Djalma de Andrade 1250 Belvedere Nova Lima MG Terça a sexta das 10 às 21h Sábado domingo e feriado das 14 às 21h ENTRADA E TRANSPORTE GRATUITOS Informações 31 3289 8900 www.casafiatdecultura.com.br Agendamento de visitas orientadas para grupos 31 3289-8910 [email protected] 2 08 16 20 28 >> AO LEITOR INOVAÇÃO: UMA BUSCA CONTÍNUA Pode começar por uma ideia, um estudo, por observar do que os clientes precisam e desejam ou de como um processo ou produto pode ser melhor. Mas, certamente, inovar não termina aí. Depois de um ponto de partida, há muita estrada a percorrer, atrás da melhor solução, da maneira mais viável de colocar o projeto em prática e de fazê-lo no tempo necessário para que a dedicação investida culmine na forma de um produto que vale mais. É aí que uma inovação realmente se concretiza, depois do esforço que entrega mais, melhor e com mais valor. A Fiat acaba de colocar no mercado automobilístico mais um exemplo de inovação: a Nova Strada Adventure Cabine Dupla. Você vai conhecer um pouco do processo de transformação da ideia no automóvel que promete apaixonar seus proprietários na página 28. E, se buscamos ser, cada vez mais, uma empresa inovadora, o professor de gestão empresarial Carlos Arruda nos ensina a vencer cada um dos desafios para chegarmos sempre à frente nas melhores soluções (página 6). É preciso ousadia, trabalho duro e muita disposição para unir o conhecimento à capacidade de realização. Não nos falta nada disso, como prova a matéria de capa desta edição, que fala sobre o desenvolvimento do Palio Elétrico, o primeiro carro com motor movido a eletricidade do Brasil (página 20). Mas a nossa capacidade de inovar será multiplicada a partir de agora, com a criação de mecanismos sistemáticos, organizados e permanentes para gerar novas formas de gerar o novo e criar valor, como mostrou o segundo ciclo do Projeto de Competitividade Integrado (PCI), que você irá conhecer na página 12. Pensar o novo exige, ao contrário do que muitos podem imaginar, trabalho duro e disposição, mas é o que garante, no futuro, uma empresa líder, admirada por seus clientes e pronta para crescer. ÁRVORE DA VIDA WCM CAPA LANÇAMENTO 4 Cartas 5 No pódio 6 Entrevista: Carlos Arruda 8 Árvore da Vida: jovens conquistam mercado de trabalho 15 Público irá dizer como será o carro do futuro 16 Eles entregam excelência 20 É da Fiat o primeiro carro elétrico do Brasil 26 10 Gestão de projetos Oficina Assistencial é modelo para a rede 12 Imagine o futuro 14 Boa ideia, boa Strada Adventure Cabine Dupla em novo estágio solução 28 30 Túnel do Tempo 31 Bem-vindo à fábrica do século 21 34 O 10.000.000 da número 1 36 Sou Fiat de coração 38 Curtas 39 Giro pelo mundo 40 Volta ao futuro 41 Pense nisso 42 Fiat Novo Boa leitura! Equipe de Comunicação Interna JUN/ JUL 2009 3 >> AS MAIS LIDAS >> CARTAS NOVA EXPRESSO FIAT EDIÇ Ã O 200 255 ABR IL / 9 O MAI DOS EM TO LHES TA OS DE O, A DA CARR M A EM CA CO PAÇÃO PREOCU BILIDADE TA SUSTEN IDA E DA V ÁRVORMA COMPLETA PROGRA ANOS CINCO As melhores matérias da última edição na opinião dos nossos leitores: 1º lugar: Entrevista: O Plástico que vem da Cana de Açúcar 2º lugar: Centro Estilo traduz em linhas e cores o desejo do cliente 3º lugar: Árvore da Vida Jardim Teresópolis completa 5 anos Responda à pesquisa no cupom que vem junto à sua revista! Além de ajudar a deixar a Expresso Fiat cada vez melhor, você concorre a prêmios. O vencedor da última edição foi: Cássio de Assis da Engenharia de Segurança. Envie suas dúvidas, críticas, elogios e sugestões para a Expresso Fiat pelo e-mail comunicacao.interna@fiat.com.br ou para o Galpão 9, Sala 67. Esta revista foi impressa com papel fabricado com madeira de reflorestamento, certificada pelo selo FSC, representado pelo Conselho de Manejamento Florestal. A certificação segue padrões internacionais de controles ambientais e sociais. 4 “A nova E xpresso Fiat ficou muito bonita, de fácil leitura e com papel em textura bem agradável.” Célio Braga de Oliveira – Qualidade Industrial “Parabéns! A Expresso Fiat ficou uma beleza e traduz um novo estágio de profissionalismo digno de uma empresa líder de mercado. Tive enorme prazer em ler a revista, ela ficou moderna, convidativa à leitura, com ótima diagramação, tem a cara da nova Fiat. A Veja que se cuide...” Antônio Sérgio Rodrigues - Diretoria de Veículos Comerciais “A Expresso Fiat ficou muito boa, com uma nova edição digna da grandeza e importância da revista.” Marcos Ricardo Fonseca – Engenharia da Qualidade Célio, Antônio Sérgio e Marcos, a equipe da revista gostaria de agradecer vocês e todos os demais leitores que enviaram mensagens de elogios. Com certeza, eles são incentivos para melhorarmos a cada edição. PRODUTO “Achei muito interessante as matérias publicadas com informações técnicas sobre os nossos veículos. É empolgante saber que aquilo que montamos está repleto de tecnologia e inovação.” Conrado de Pádua Soares Bezerra – Funilaria Prezado Conrado, você não pode perder então a matéria de capa desta edição com o Palio Elétrico, um veículo revolucionário cheio de novas tecnologias e inovações. CENTRO ESTILO “Achei a reportagem do Centro Estilo superbacana e a tarefa dessa equipe idem. Temos que procurar agradar cada vez mais nossos clientes para que continuemos a ser reconhecidos mundialmente por nossa excelência!” Marcos Passos – Garantia Caro Marcos, que bom que você adorou a matéria sobre o Centro Estilo. Nesta edição, a seção “Circuito Fiat” vai apresentar outra área muito interessante da nossa empresa: a Oficina Assistencial. Esperamos que você goste também. Revista Bimestral Interna da Fiat Automóveis editada pela Comunicação Interna Rodovia Fernão Dias, km 429, Galpão 9, Sala 67 Tel.: (31) 2123-3618 e-mail: comunicacao.interna@fiat.com.br site: www.fiat.com.br Coordenador de Comunicação Interna Othon Villefort Maia - MG 09108 JP > Equipe da Comunicação Interna Jalme Aires, Daniela Maia e Paula Hermont > Estagiários Ana Cristina Nobre, Isabela Latif e Nayran Cabral > Produção Editorial Interface Comunicação Empresarial - coordenação e reportagem Eliza Caetano, reportagem Verônica Soares, Raquel Sodre e Desireè Antônio > Direção de Arte e Editoração Eletrônica A.firma Comunicação e Marketing > Fotografia Studio Cerri > Projeto Gráfico Osso Design > Impressão Leograf Gráfica e Editora > Tiragem 14.000 exemplares >> NO PÓDIO Time Fiat é premiado CONSUMIDOR MODERNO MELHOR EM MARKETING DIRETO A Fiat levou o Prêmio Consumidor Moderno de Excelência em Serviços ao Cliente pelo segundo ano consecutivo na categoria Automóveis. Há dez anos, o prêmio reconhece as empresas que têm a excelência no atendimento como uma prioridade não só na conquista de novos clientes, mas também na manutenção da satisfação e fidelidade dos consumidores mais antigos. A Fiat saiu vencedora em cinco categorias do XV Prêmio Abemd (Associação Brasileira de Marketing Direto), entregue no dia 13 de maio. A grande premiada da noite foi a campanha “Fiat e Palmeiras – Movidos pela Mesma Paixão”. Com ela, a empresa recebeu o prêmio ouro nas categorias “Vendas” e “Campanha Digital”. Além disso, ganhou também os prêmios especiais “Grand Prix” e “Criação” na especialidade “Digital”. As campanhas “Linea. Conectado com você”, “Palio Adventure Locker. Mais adventure impossível”, “Novo Stilo Dualogic. Do jeito que a sua cabeça mandar”, “Contos da Strada” e a digital “Tem alguém estressado? A Fiat te ajuda” também trouxeram prêmios para Betim. WAVE FESTIVAL A campanha T-Racer, do Punto T-Jet, foi uma das vedetes da segunda edição do Wave Festival. Vencedora do prêmio Grand Prix e do Ouro na subcategoria “Campanha Interativa”, a campanha ainda levou o bronze em “WebSite Promoção de Marca ou Produto”. Além disso, o jogo T-Racer Game também rendeu um prêmio de Prata na subcategoria “Game Online”. Outras pratas e bronzes também ficaram com a Fiat no Festival, como a campanha “Enxergue Além”, do Stilo Blackmotion, a “Bichos Estranhos” e a campanha “Peixes, Crianças e Caixas”, do Fiat Ducato. BLACKMOTION EM CANNES O site de lançamento do Fiat Stilo Blackmotion, criado pela AgênciaClick, arrematou Leão de Bronze na categoria Design do Festival de Publicidade de Cannes, considerado o “Oscar” da propaganda mundial. Concorrendo com os principais sites de automóveis do mundo, o conceito “Enxergue além” encantou os jurados e trouxe o prêmio para o Brasil. Veja o site www.fiatstilo.com.br/blackmotion. A MELHOR EM VEÍCULOS A Fiat foi eleita a melhor no segmento de Veículos no ranking “500 Melhores da Dinheiro”, promovido pela revista Dinheiro, da Editora Três. A premiação, que destaca os melhores em 27 setores, está prevista para agosto em São Paulo. Além de ter alcançado o melhor desempenho no setor Veículos, a Fiat também foi apontada como a melhor empresa em “Responsabilidade Social e Meio Ambiente”. A Fiat ainda foi a segunda colocada nos quesitos “Sustentabilidade Financeira” e “Governança Corporativa”. No pódio é uma editoria da Expresso que destaca todos os prêmios recebidos pela Fiat. JUN/ JUL 2009 5 >> ENTREVISTA A receita é inovar >> Professor Carlos Arruda é doutor (PhD) em Administração pela Universidade de Bradford, no Reino Unido, mestre em Administração pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), onde também se formou em Engenharia Mecânica Inovação não é igual à ideia, não está em uma descoberta, em uma patente registrada ou em um novo conhecimento desenvolvido. Segundo o professor e coordenador do Núcleo de Inovação da Fundação Dom Cabral, Carlos Arruda, o ciclo só se completa quando a novidade chega ao cliente, seja ele interno ou externo, e passa a gerar valor para uma empresa. O pesquisador atuante nas áreas de gestão da inovação, sustentabilidade dos negócios e competitividade internacional conta os resultados de seus traba- lhos na observação de empresas com as melhores práticas nesses quesitos, os desafios para criar o novo e porque esse aspecto é tão decisivo para a sobrevivência em longo prazo de uma corporação. QUAIS OS PRINCIPAIS DESAFIOS ENFRENTADOS PELAS EMPRESAS QUE PRETENDEM SER INOVADORAS? Carlos Arruda: A nossa cultura empresarial nos ensina a gerar resultados no curto prazo. O que vemos nos livros de administração é que temos de saber 6 sobre o processo de geração de produtos e serviços. Isso é uma concepção imediatista que faz com que a inovação, um investimento de longo prazo, fique em segundo plano. O próprio modelo - que está correto, já que as empresas precisam mesmo gerar valor - não insere no seu dia a dia a capacidade de gerar o novo. Há ainda outra questão. Transformar pressupõe risco e incerteza, o que toda organização busca, o tempo todo, evitar. É preciso saber lidar com incerteza e risco, reconhecer que errar é parte do processo de inovar. Mas é possível minimizar o ris“É preciso saber lidar co não investindo com incerteza e risco, em demasiado em passar a reconhecer que um projeto que errar é parte do processo pode resultar em de inovar. E então grandes perdas. criar uma estrutura de Fazer pequenos gestão do conhecimento investimentos em fases preliminapara aprender com os res e aumentápróprios erros” los de forma gradual à medida que os resultados começam a aparecer e as incertezas diminuem são estratégias que podem resolver essa questão. UMA PESQUISA RECENTE MOSTRA QUE APENAS 12,1% DOS PROFISSIONAIS BRASILEIROS TÊM A INOVAÇÃO COMO COMPETÊNCIA INATA. COMO AS EMPRESAS VEEM PROFISSIONAIS INOVADORES? Carlos Arruda: As lideranças esperam que os profissionais sejam mais criativos e inovadores. Eles podem até ser assim por personalidade, mas precisam estar em um ambiente propício para que o potencial seja aproveitado. E mesmo os que não têm essa propensão em sua personalidade podem ser inovadores se a empresa tiver o ambiente certo para isso. Portanto, a inovação é fruto do ambiente. sobre aquilo que gerou o desafio. É preciso investir tempo na análise do problema, o que é bem diferente de apenas “ter uma ideia”. QUAL A “RECEITA” PARA QUE UMA EMPRESA SEJA INOVADORA? Carlos Arruda: Primeiro é preciso querer ser inovador. E não basta que isso parta de um grupo, deve ser uma opção estratégica da empresa. A direção deve estar comprometida, por causa da possibilidade de haver erro. Depois, é necessário um ambiente propício. Educar as pessoas, comunicar a elas que a empresa busca e valoriza a inovação, reconhecer os esforços. Criar um ambiente que perceba valor na inovação. E dar tempo às pessoas. As empresas mais inovadoras dão tempo para se aplicar em um projeto que nem se sabe se dará certo. Isso é o mais difícil. Nesse ambiente, a estrutura interna da empresa deve propiciar que o processo aconteça e incentivá-lo em todas as áreas e todos os níveis hierárquicos. Já mapeamos uma quantidade enorme de processos utilizados para concretizar a inovação. Um deles é o estímulo à geração de ideias, sejam elas espontâneas ou induzidas, quando a empresa estabelece um tema ou desafio. Outra forma é a análise de valor. Perceber no mercado o que gera valor e o que ele considera custo. Assim, buscar soluções que reduzam o que é custo e agreguem mais ao que é considerado valor. Por último, a empresa precisa ter formas de medir os níveis de inovação e o valor criado por elas. >> Centro Alfa da Fundação Dom Cabral (FDC), onde Carlos Arruda leciona O SENHOR AFIRMA QUE “É MAIS FÁCIL GERAR IDEIAS DO QUE INOVAR”. QUAL É A DIFERENÇA ENTRE AS DUAS AÇÕES? Carlos Arruda: O processo de inovação envolve analisar uma situação, interpretar o problema, buscar soluções de várias fontes. O grande esforço está na análise criteriosa e detalhada do problema e no uso do conhecimento disponível no mundo. Por isso, o processo não pode ser ancorado dentro da empresa. As organizações inovadoras percebem que o conhecimento necessário está no mundo e que é preciso saber onde buscá-lo. Vivemos em um tempo cada vez mais complexo, o conhecimento é gerado em qualquer lugar. Meu desafio é saber onde está o conhecimento que me interessa. A necessidade de reflexão e pesquisa para se concretizar a inovação é um grande dificultador do processo, talvez ainda mais nas empresas latinas. Somos educados a encontrar a solução antes de analisar. As primeiras respostas não serão as mais inovadoras. Isso requer reflexão mais estruturada JUN/ JUL 2009 7 >> ÁRVORE DA VIDA Jovens conquistam mercado de trabalho >> Paulo dos Santos fez o curso de Eletromecânica e hoje está na Engenharia da Fiat 8 “Na mecânica é assim, tudo tem que funcionar corretamente e em conjunto”. Paulo dos Santos chegou a essa conclusão após fazer o curso de Eletromecânica do Programa Árvore da Vida – Capacitação Profissional, que busca qualificar e criar novas oportunidades para jovens de 18 a 24 anos. Oferecendo cursos profissionalizantes com o foco no setor automobilístico como funilaria, eletromecânica e eletroeletrônica, as aulas são realizadas atualmente em Betim, São Paulo e Rio de Janeiro. Depois da formação, em 2007, Paulo passou pelas concessionárias Tecar e Scuderia. Agora, trabalha na Engenharia da Fiat, e está cursando Engenharia Mecânica. “Pago minha faculdade e ainda contribuo com o orçamento familiar”, orgulha-se. O programa conta com a parceria da Rede de Concessionárias Fiat, Isvor – Universidade Corporativa do Grupo Fiat e Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai). Os cursos oferecidos têm duração de aproximadamente 10 meses e são divididos em teoria e prática. Após a formação, os jovens são encaminhados para contratação nas concessionárias parceiras. De 2006 até hoje, foram capacitados 132 jovens, sendo 89 jovens em eletromecânica, 20 em funilaria e 23 em eletroeletrônica. Já Everaldo de Souza passou de entregador de compras a aprendiz de funilaria. Ele terminou o curso em agosto de 2008 e desde então trabalha na concessionária Roma, em Belo Horizonte. Começou como estagiário, passou para aprendiz e agora está em fase de experiência para ser classificado como funileiro da empresa. Everaldo conta que viu na profissão uma chance de aumentar suas perspectivas para o futuro. “É uma área boa e eu percebi que teria oportunidades”, diz. De acordo com o diretor de Comunicação Corporativa da Fiat, Marco Antônio Lage, o grande diferencial do Árvore da Vida – Capacitação Profissional é fazer com que os jovens sejam agentes de suas próprias mudanças. “Faz parte do planejamento fazer com que cada jovem entenda o significado da educação, da capacitação profissional e do trabalho para seu desenvolvimento”. GERAÇÃO DE TRABALHO E RENDA Na época da implantação do Programa Árvore da Vida no Jardim Teresópolis, em 2004, foi feito um diagnóstico para identificar a situação socioeconômica da região. Os resultados apontaram que lá moravam entre seis e sete mil jovens com idades entre 16 e 24 anos, sendo que 40% deles não possuíam nenhuma formação profissional. Assim, ficou claro que um dos focos de atuação do programa seria desenvolver ações no eixo de Geração de Trabalho e Renda. A escolha dos temas dos cursos é realizada a partir de pesquisa de mercado com as empresas. O perfil dos alunos que preencherão as vagas de cada turma é definido também de acordo com a demanda das empresas. Assim, é possível garantir uma maior absorção dos alunos recém-formados pelo mercado. Segundo Aline de Oliveira, coordenadora do programa, o trabalho não modifica apenas a condição financeira do indivíduo, mas seu comportamento. “O trabalho amplia a capacidade de comunicação, as relações interpessoais desses jovens”, explica. Foi o que percebeu Valquíria de Amorim Silva, que cursou Excelência em Vendas no ano de 2007, oferecido pelo programa. “Antes de trabalhar, sua mente é restrita. Depois você começa a ter contato com outras coisas, a abrir as possibilidades”, acredita. A jovem está empregada na concessionária Sinal Fiat há um ano e meio e diz que descobriu o que realmente gosta de fazer. “Quero lidar com gente, por isso escolhi a área de vendas”, explica. Ela conta que pretende continuar com os estudos e fazer um curso de Processos Gerenciais. Aline aponta também que o trabalho é uma forma de melhorar a autoestima dos jovens. “Depois que eles começam a trabalhar, se olham de uma maneira diferente, veem que são capazes de atingir metas”, conta. Ela ainda afirma que, com isso, mudam também o comportamento, a relação com a família e o compromisso com a escola. OPORTUNIDADE PARA TODOS O eixo de Geração de Trabalho e Renda tem também outras ações. Além dos cursos de capacitação profissional, são oferecidas palestras e oficinas com temas relacionados à empregabilidade. No Centro de Referência ao Trabalhador, os moradores da comunidade podem ler os jornais, saber das vagas de emprego em aberto e contam com ajuda na elaboração do currículo, entre outras atividades. O Grupo de Extensão acompanha os ex-alunos dos cursos de capacitação, prepara adolescentes a partir dos 15 anos para o Programa do Menor Aprendiz e os encaminha para vagas de trabalho do programa. >> Valquíria de Amorim Silva iniciou sua carreira na área de vendas Árvore da vida é uma seção da Expresso Fiat que traz as iniciativas de responsabilidade social da empresa. JUN/ JUL 2009 9 >> PROJETO Gestão de projetos em novo estágio >> Roberto Gattoni explica que o EPM irá tornar mais rápido o desenvolvimento de novos produtos O Enterprise Project Management, ou, em português, Gestão de Projetos Empresariais é um software adotado para a gestão de cada um dos projetos de desenvolvimento e para administrar o portfólio de produtos. Em italiano, Processo Sviluppo Prodotto ou, em português, Plano de Desenvolvimento de Produto, o processo único e global de desenvolvimento dos veículos da Fiat. 10 O EPM acaba de entrar em um novo estágio. Durante os meses de maio e junho foram definidos, pelos responsáveis das áreas envolvidas no desenvolvimento de produtos, os modelos e fluxos que serão aplicados à gestão de projetos, além dos critérios que darão suporte à seleção e priorização de investimentos. O objetivo é adotar sistemicamente metodologias que padronizam a forma de atuar do início da ideia até a conclusão do desenvolvimento de cada novo carro. De acordo com Roberto Gattoni, supervisor do Programa de Governança da Fiat e responsável pela implantação do EPM, essa uniformização possibilitará uma melhor gestão dos tempos, riscos e recursos durante o processo. “Estamos materializando o que estabelece o PSP, bem como as melhores práticas mundialmente aceitas de gerenciamento de projetos, baseadas no PMI [Project Management Institute, em português, instituto de desenvolvimento de projetos]”. A integração de informações é indispensável para garantir a confiabilidade e bons resultados de um projeto. A visão que antes era fragmentada nas diversas áreas será compartilhada e formará uma visão integrada. “Podemos imaginar um quebra-cabeças onde cada um tem uma peça. Quando cada pessoa olha uma destas peças, não dá para ter a visão da imagem completa”, diz Gattoni. O EPM consolidará as informações dando a visão completa do projeto. A próxima fase da implantação do software incluirá a elaboração dos documentos de registro, o alinhamento dos processos, a configuração e a preparação das pessoas para a utilização dos novos recursos. AS PESSOAS A simples definição da ferramenta não garante o sucesso na gestão do desenvolvimento de produtos da Fiat. “A chave do sucesso está nas pessoas, na forma como elas assumem a ideia e fazem as coisas acontecerem”, afirma Egon Daxbacher, responsável pela unidade de Planning e Custo de Desenvolvimento da Fiat, que foi gerente do projeto (PMO) de implantação do SAPiens. Mas gerir projetos não é uma novidade para mais de 157 colaboradores que foram treinados em gerenciamento de projetos básicos em 2008, já antecipando uma nova postura sobre o tema. Outros 200 profissionais já estão passando pela mesma formação este ano. Além disso, outras atividades sobre o tema estão previstas, inclusive sobre a ferramenta EPM. “A integração e o equilíbrio entre pessoas, procedimentos estruturados e ferramentas de TI são componentes fundamentais para uma mudança cultural efetiva e que traga benefícios reais para a Fiat”, finaliza Gattoni. PARA CADA COMPONENTE, QUALIDADE ASSEGURADA Em italiano, Verifica di Definizione del Prodotto. Em português, Verificação de Definição do Produto, sistema de controle das especificações dos produtos e da performance de qualidade dos fornecedores. >> Luiz Otávio Tertuliano é o responsável pela implantação do novo software de qualificação de componentes Assegurar a boa qualidade das peças produzidas é uma obrigação para empresas que colocam seu cliente em primeiro lugar. Assim, a Fiat está aprimorando a gestão do processo de qualificação das peças usadas nos seus carros, com a implantação do sistema VDDP2. Com a ferramenta é possível listar todos os componentes de um carro e acompanhar as etapas de seu processo de desenvolvimento, desde a finalização do projeto da peça até a realização dos textos e aprovação do uso. Dentre as principais atividades do processo estão o cadastramento da peça, a definição das provas usadas para certificar sua qualidade, o monitoramento das amostras, emissão de relatório sobre suas condições (autoqualificação), liberação das amostras e a qualificação propriamente dita, etapa em que a peça é validada para o uso. De acordo com Luiz Otávio Tertuliano, especialista em Desenvolvimento de Produtos e integrante da equipe do Grupo Processo Desenvolvimento do Produto (GPDP), o sistema centraliza em uma única base de dados as informações de certificação dos componentes, que até então esteve disperso por vários setores. “Essa característica do programa elimina a gestão setorizada e permite identificar quais itens dos projetos são prioritários”, explica. Com isso, os vários responsáveis do desenvolvimento de modelos (MRs) poderão monitorar, simultaneamente, todas as peças do seu produto, sejam elas novas ou já em uso em outros modelos. O sistema já está sendo usado (em caráter piloto) pelas áreas de Compras e Industrial, mas o número de usuários deverá ser ampliado com um plano de treinamento de todas as áreas envolvidas nos próximos meses. “O VDDP2, que já é usado pela Fiat Group Automobiles, tem grande importância no processo de desenvolvimento do produto e na gestão de modificações”, diz Tertuliano. JUN/ JUL 2009 11 >> COMPETITIVIDADE Imagine o futuro >> Profissionais de diversos perfis se reuniram para pensar o futuro da Fiat 12 Consumidores com hábitos diferentes, que exigem uma nova relação com mobilidade, consumo e meio ambiente. Mercado de alta competitividade, onde a criatividade na forma de vender, comprar e produzir seja definidora da sustentabilidade da empresa. Mais de 100 profissionais da Fiat foram convidados a pensar o futuro e transformar imaginação em projetos viáveis. Foram discutidos temas como comportamento do cliente, acessibilidade, gestão da rede de concessionárias, imagem e mercado, entre outros, que exigem reflexões importantes e têm impacto sobre a competitividade da Fiat. Em 20 dias, os empregados puderam pensar, planejar, criar e propor soluções, durante o segundo ciclo do Projeto de Competitividade Integrado (PCI). Assim como na primeira etapa, foram geradas propostas de melhorias. A diferença é que, agora, elas não se restringem ao produto, mas incluem processos, sistemas, formas de comercialização e a lógica de pensar sobre o negócio. Ao todo 40 projetos foram criados e apresentados a um público de 200 pessoas, incluindo diretores e gerentes. Desses, seis já foram aprovados e estão sendo levados adiante imediatamente. Outros 10 serão alvo de estudos de viabilidade econômica. O restante não foi descartado, ainda será analisado para que se avalie a possibilidade de colocá-los em prática. “Inauguramos uma nova maneira de pensar o futuro de forma sólida, sistêmica e estruturada”, define o gerente de Desenvolvimento de Fornecedores e Otimização do Valor do Produto, José Francisco Romero. Para criar um ambiente altamente propício ao pensar diferente, foi escolhida como parceira a Fundação Dom Cabral (FDC), renomada escola de desenvolvimento de executivos e empresas ranqueada entre as 10 principais do mundo. Os trabalhos foram coordenados pelo professor Carlos Arruda (leia também a entrevista na página 6). “Foram feitas à equipe novas perguntas. E, normalmente, as pessoas passam o tempo tentando responder sempre às mesmas questões. Isso provocou uma quebra no modelo de pensar que proporcionou que os profissionais refletissem sobre a Fiat de forma diferenciada”, avalia o professor. HABILIDADES MÚLTIPLAS O segundo ciclo girou em torno de empregados de áreas com diferentes características, de especialistas experientes a jovens profissionais. Assim, foi criado um ambiente positivo e fecundo para a geração intensa de ideias sustentadas por pesquisas. “O programa fez com que as pessoas superassem seus limites trabalhando em temas abrangentes num curto período e com muita sinergia. Um verdadeiro esforço de time”, diz o analista de Gestão de Custos de Compras Eduardo Ventura. A pesquisa estruturada deu suporte à criação de ideias mais robustas, o que aumenta o nível de assertividade e a qualidade das sugestões. O especialista em Tecnologia da Informação André Souza concorda com essa sinergia viabilizada pelo programa e ainda acrescenta que o PCI propiciou o avanço rápido das ideias propostas. “O trabalho foi intenso, desde o levantamento das oportunidades até a estruturação dos projetos. Além disso, tivemos um retorno rápido sobre a implantação e algumas iniciativas já estão sendo levadas à frente”, diz. Internet, bibliografia, benchmarking e acervos internos foram algumas armas usadas pelos grupos para gerar ideias relacionadas aos temas estratégicos como “novos negócios”, “novas formas de acessibilidade à mobilidade”, “parcerias na cadeia de suprimentos”, “repensar o modelo de gestão da rede”, “novas oportunidades financeiras e modelos de investimentos”. Assuntos amplos onde estão oportunidades de inovação. Para o coordenador de RH de Compras, Comercial, Exportações e Produto, Tomás Penna, o encontro foi bastante produtivo. “O ambiente propício ao conhecimento e à pesquisa, além do suporte da FDC, nos fez ir além e sair a campo para descobrir novos modelos de negócios e conhecer de perto nossos parceiros”, afirma. Busca por exemplos de sucesso em outras empresas para melhorar o desempenho de outra em um processo semelhante. >> Seis dos projetos criados foram aprovados e já estão em andamento SAIBA MAIS SOBRE O PCI O Projeto de Competitividade Integrado (PCI) foi criado para ser uma plataforma que possibilitasse o acesso a todos os vetores que levam as pessoas a pensar em inovação. O primeiro ciclo abordou a redução de custos frente à crise mundial. Foram gerados centenas de projetos que estão sendo conduzidos por grupos multidisciplinares e transversais envolvendo toda a empresa. JUN/ JUL 2009 13 >> BOA IDEIA, BOA SOLUÇÃO Parafuso que vale BI$ Trocar um simples parafuso por outro similar com melhor preço. A iniciativa é simples, mas o analista de Programação de Materiais Diretos Importados Dario Fonseca faturou 600 moedas BI$ pela ideia, muito bem estudada antes de ser proposta ao programa. “A troca do parafuso gerou uma economia de R$ 107 mil para a empresa, sem qualquer perda de qualidade”, ressalta. Dario é um veterano do Programa Boas Ideias e Soluções (BI$) e sua receita é simples: “andar pela fábrica, conversar com as pessoas, observar o que ninguém presta atenção”. Para o analista de Programação, o essencial é não se deixar parar no tempo. “O programa é um incentivo à inovação, às pessoas que têm iniciativa. É um investimento que fazemos na competitividade da empresa, que é para a vida toda”, opina. >> Dario Fonseca faturou 600 moedas BI$ por sugerir troca de parafuso >> Tiago de Faria Bueno propôs o uso do plástico polibolhas em vez de caixas de papelão ORGANIZAÇÃO E REDUÇÃO DE CUSTOS Em vez de embalagens de papelão, utilizar plástico polibolhas. A proposta foi enviada para o BI$ por Tiago de Faria Bueno, auxiliar de Peças e Acessórios. A ideia surgiu com o aumento do fluxo de peças no armazém de P&A. Com a falta de vasilhames para armazenar as peças, foram revistos alguns ciclos de embala -gem, substituindo o papelão pelo plástico bolha. “Com isso houve liberação de vasilhames para operação e reduções nos custos de material”, esclarece Tiago. A proposta melhorou a organização de armazenagem e diminuiu custos. Se, anteriormente, era possível dispor 15 peças em um vasilhame, com a ideia de Tiago, no mesmo espaço, agora cabem 40. “É uma embalagem que mantém a qualidade de armazenamento e que otimiza o espaço do vasilhame”, explica. A economia anual gerada pela proposta é de R$ 130 mil. A iniciativa lhe rendeu um prêmio de mil moedas BI$. “Usei uma parte para montar um Home Theater na minha casa”, diz. Para Tiago, todos estão rodeados de oportunidades em seu dia a dia. “É preciso estar atento a todos os pontos, nos mínimos detalhes, pensar em todos os aspetos que podem trazer benefícios”, aconselha. ENVIE SUA IDEIA • Para enviar sua ideia para o BI$, entre no site www.programabis.com.br. • Propostas pré-aprovadas acumulam moedas BI$ que equivalem a R$ 1 na troca por produtos da Submarino no site do BIS. • Quem acumular mais de 4 mil BI$ poderá converter o valor em uma carta-bônus para compra de um Fiat. • O líder responsável pela aprovação da proposta também acumula BI$ no valor de 10% do bônus do autor da ideia. • O regulamento completo está no site do BI$. Boa ideia, boa solução é uma seção da Expresso Fiat que mostra as diferentes ideias surgidas no Programa BI$. 14 >> INOVAÇÃO Público irá dizer como será o carro do futuro É um veículo experimental em que são aplicadas novidades técnicas e estéticas. Motor movido a biodiesel ou a energia elétrica? Espaço interno ou compacto? Design arrojado ou clássico? Quem irá decidir como será o próximo carro-conceito da Fiat é o público. Batizado de Fiat Mio, o modelo será apresentado no Salão do Automóvel, em outubro de 2010. Para dar sua opinião, basta entrar no site http://fiatmio.cc e contribuir para a construção do veículo com ideias sobre propulsão, design, materiais e conteúdos de informação e entretenimento. Todas as sugestões serão consideradas pelo Centro Estilo, e a equipe determinará as especificações técnicas do protótipo. “Nunca o processo de desenvolvimento de um veículo foi aberto dessa forma. Normalmente, ele é escondido a sete chaves pelas montadoras”, ressalta o gerente do Centro Estilo Peter Fassbender. Para ele, o processo será uma experiência completamente nova para os profissionais. “A quebra de paradigma é tão grande que é difícil prever como será”, diz. O projeto do Fiat Mio terá quatro fases. Na primeira, será investigado como especialistas e acadêmicos de diversas áreas enxergam o futuro do automóvel, o que servirá para o início das discussões. A segunda irá acrescentar a colaboração dos internautas, do Centro Estilo da Fiat e da equipe de Engenharia. Uma leitura das inúmeras contribuições surgidas será feita pela Fiat em um terceiro momento. E, na última etapa, será elaborado o conceito da comunicação do carro, que também será fruto de uma construção coletiva e contará com a ajuda da comunidade. Eles auxiliarão na criação do conceito de marketing, de comunicação e da marca do produto. Nesta fase, até o nome do carro poderá mudar caso os internautas decidam assim. Segundo Paulo Matos, supervisor de inovação e metodologia da Engenharia de Produto, um projeto assim fica mais instigante. O que aumenta também é o tamanho da empreitada: “entender as pessoas e o que elas querem desse carro do futuro será um grande desafio. Também precisaremos contrapor essas contribuições do público com os recursos de tecnologia que teremos à época de produção do carro”, analisa Paulo. Ele conta também que o projeto foi recebido com muito entusiasmo na Engenharia. “É uma oportunidade de saber o que o cliente está realmente pensando sobre o futuro dos carros”, ressalta. Já a analista de Publicidade Ana Brant defende que é natural o processo da comunicação do novo carro-conceito da Fiat ser realizado de forma colaborativa. “Não faria sentido ter uma comunicação restrita de um carro que foi feito coletivamente. A comunicação realizada a várias mãos será inovadora e com a cara das pessoas”, explica. Os internautas poderão dar suas sugestões até outubro do próximo ano. JUN/ JUL 2009 15 >> WCM WCM: programa que busca a excelência pelas melhores práticas mundiais na produção. Atualmente, a fábrica está no nível “bronze”, em busca dos níveis “prata” e “ouro”. Faps: abrange dez pilares técnicos e dez gerenciais para melhorar a produtividade e reduzir perdas e desperdícios Eles entregam excelência Trabalhar com qualidade, organização e segurança, reduzir custos, não agredir o meio ambiente. Fazer manutenção de forma eficiente e melhorar em tudo, continuamente. Não é fácil cumprir os padrões mais exigentes da excelência produtiva, mas, com atenção, esforço e competência a Fiat já conquistou o bronze no World Class Manufacturing (WCM). O programa está modernizando toda a fábrica segundo os 10 pilares do Fiat Group Automobiles Production System (Faps), em português, Sistema de Produção do Grupo Fiat Automóveis. Conheça alguns dos profissionais que são modelo de eficiência na implantação do WCM. SEGURANÇA (SAFETY) >> Gabriel Castro mostra aos colegas os pontos que precisam de melhoria no desdobramento de custos 16 O que é: trabalhar com segurança é ser responsável pela constante melhoria do ambiente de trabalho para a eliminação de comportamentos e condições que possam gerar situações inseguras, evitando acidentes e quase acidentes. Para tudo que o operador Anderson Ribeiro Januário observa que pode ser melhorado ele propõe uma solução. “Com o WCM tive uma visão mais ampla da produção e do meu trabalho. Hoje conseguimos dar soluções rápidas”, diz. Uma das ideias de Anderson foi reforçar a sustentação das pinças de solda. “Elas eram seguras por uma corrente. Agora, são duas, o que aumenta a segurança”, explica. DESDOBRAMENTO DE CUSTOS (COST DEPLOYMENT) O que é: identificar as causas de per- das e desperdícios no sistema produtivo e logístico. O condutor de Processo Industrial (CPI) da Pintura Gabriel Castro faz o levantamento semestral que aponta as maiores perdas da Pintura e ajuda a criar projetos para resolvêlas. “Debatemos os problemas, mostramos uma possível solução e absorvemos as críticas e sugestões para implantá-la. Com isso, diminuímos as quebras de equipamentos e melhoramos o layout das linhas”, conta. Para Gabriel, o WCM trouxe melhoria na capacidade de identificação de perdas e desperdícios. “Todos enxergaram o que não se via, e foram estimulados a interferir para melhorar os processos”, defende. MELHORIA FOCADA (FOCUSED IMPROVEMENT) O que é: eliminar as maiores perdas do sistema produtivo, reduzir os retrabalhos e as ineficiências dos processos, aumentando a competitividade da empresa. Na Pintura, as ferramentas trazidas junto com o WCM para melhoria focada ajudaram a concretizar importantes melhorias. Um dos trabalhos de Quick Kaizen teve resultado direto para os empregados envolvidos. Os carrinhos transportadores, chamados “skids”, ganharam suportes que tornaram seu manuseio mais ergonômico. “São ferramentas que possibilitam resolver problemas com mais facilidade e permitem que quem está diretamente ligado à atividade influa no processo de produção”, explica o CPI Adeir de Souza. Ferramenta para propor modificações rápidas e significativas no processo produtivo MANUTENÇÃO AUTÔNOMA (AUTONOMOUS MAINTENANCE) O que é: buscar sempre melhorar a eficiência dos equipamentos. O operador da Funilaria Richardson Lopes dos Santos contribui ativamente com esse pilar. “Precisamos ter todas as máquinas com manutenção e atividades padronizadas. Para isso, é fundamental que todos os operadores apliquem a metodologia”, conta. Richardson dá suporte aos operadores que lidam diretamente com as máquinas e busca treiná-los, ensinar novas práticas e divulgar os fundamentos da manutenção autônoma. “É o operador quem mais conhece cada máquina e pode fazê-la render melhor e reconhecer sinais de falha”, explica. ORGANIZAÇÃO DO POSTO DE TRABALHO (WORKPLACE ORGANIZATION) O que é: melhorar permanentemente o ambiente de trabalho, eliminando perdas e aumentando a produtividade. O operador da Montagem Pedro Paulo Barbosa deu importantes contribuições para a organização do posto de trabalho depois que o WCM o incentivou a prestar mais atenção ao que pode ser melhorado sempre. Pedro trabalha na linha 2, onde é montado o Palio Fire Economy, o Novo Palio 2010, a picape Strada e o Siena. “Percebi que o momento em que o carro fazia um giro para trocar de posição gerava um atraso na montagem das peças. Observei que havia um momento um pouco antes em que havia espaço para fazer o giro”, explica. A contribuição reduziu consideravelmente os NVAAs. Pedro Paulo conta que, antes de trabalhar na Fiat, não tinha essa visão de que tudo que já funciona bem pode ser melhorado. “Mudei minha maneira de ver as coisas. Até no planejamento da minha vida pessoal a metodologia ajuda”, diz. >> Fapinho é o mascote, símbolo do WCM Non value added activities: movimentos que não agregam valor e que devem ser reduzidos ao máximo, como caminhar, esperar e procurar peças. >> Pedro Paulo Barbosa ajudou a organizar melhor o espaço na Montagem JUN/ JUL 2009 17 MANUTENÇÃO PROFISSIONAL (PROFESSIONAL MAINTENANCE) >> Victor Eller é um dos profissionais que pode servir de modelo da aplicação dos pilares do Faps O que é: reduzir quebras, aumentar a e ficiência das máquinas e interagir com os profissionais da Manutenção Autônoma. O auxiliar técnico da Comau Victor Eller tem apenas 20 anos e trabalha com a segurança de um veterano. “Só sabemos que a metodologia funciona se aplicamos da forma correta. Hoje posso afirmar que dá certo. As máquinas funcionam melhor, a lógica de trabalho é mais eficiente e as informações são difundidas de forma mais rápida”, opina. Segundo Victor, quando havia algum problema com uma máquina, a tendência era tentar fazer com que ela funcionasse o mais rápido possível. “Hoje temos uma análise para encontrar a causa raiz do problema. Conseguimos chegar ao verdadeiro fato gerador e reduzir a reincidência”, explica. CONTROLE DE QUALIDADE (QUALITY CONTROL) O que é: assegurar produtos que garantam a máxima satisfação dos clientes. Segundo o CPI Jeferson Adriano uma de suas maiores funções é “fazer qualidade e incentivar a fazer qualidade. O uso das ferramentas da metodologia intensifica o controle e garante a qualidade para o cliente“, define Jeferson. LOGÍSTICA (LOGISTICS) O que é: criar um fluxo contínuo, que disponibiliza a quantidade mínima necessária de material, na hora certa, com qualidade. Essa prática reduz gastos desnecessários com estoque, aumentando a eficiência das áreas produtivas. As melhorias que o CPI Edilson Nicolau de Paula conseguiu implementar na UTE 8101 foram sentidas diretamente por seus colegas. “Estudamos maneiras de aproximar o material do operador, substituímos formas de armazenagem de peças que permitem melhor ergonomia, trocamos empilhadeiras por carrinhos elétricos, que são mais silenciosos e seguros”, enumera. GESTÃO PREVENTIVA DE EQUIPAMENTOS (EARLY EQUIPMENT MANAGEMENT) O que é: trabalhar preventivamente utilizando experiências anteriores durante a aquisição de novos equipamentos a fim de ganhar em produtividade, melhorar o acesso à máquina, facilitar a manutenção e garantir um baixo nível de ruído. Cuidar da ergonomia dos colegas da Pintura nos novos maquinários é a tarefa do analista de Tecnologia do Processo Dewis Mark Vianna. “Para checar se um equipamento está adequado, fazemos uma lista de 1,8 mil perguntas. É um trabalho muito minucioso”, explica. Mas é assim 18 que a robotização do sistema de pintura teve ganho de produtividade, redução de consumo de material e respeito às mais rigorosas regras ambientais. “Evoluímos da nota dois para a três no pilar EEM e fomos considerados referência para toda a Fiat”, orgulha-se. DESENVOLVIMENTO DE PESSOAS (PEOPLE DEVELOPMENT) O que é: fator-chave de competitividade para alcançar a perfeição em um mercado com contínua atualização. Esse pilar tem o objetivo de instituir um sistema permanente de desenvolvimento de pessoas. Assim, elas passam a utilizar os métodos corretos para atacar as principais perdas identificadas no Cost Deployment. Identificar lacunas de conhecimento entre os empregados da Montagem Final e promover treinamentos específicos é uma das tarefas do líder de UTE Marcos Antônio de Moura. “Nos últimos três meses realizamos 66 eventos. Cada treinamento é focado nas dificuldades que as pessoas têm. Chamamos isso de gap ou lacuna de conhecimento. Identificamos quais empregados estão tendo dificuldade em algumas das tarefas, avaliamos a necessidade de um curso e buscamos um especialista no assunto”, explica. A meta, segundo Marcos, é chegar ao nível prata do WCM até dezembro. AMBIENTE (ENVIRONMENT) O que é: seguir a política ambiental da Fiat, a partir de uma postura consciente e do uso correto dos recursos naturais e materiais disponíveis na fábrica. O cuidado com o meio ambiente que o operador Ricardo Avelar aprendeu na fábrica, ele levou também “Propus a troca de bar- para seu dia a dia. “Hoje não bantes por clipes re- consigo jogar aproveitáveis. Assim, um papel no deixamos de descartar chão, ou sair uma quantidade enor- de um cômodo me de barbantes todos sem apagar a luz. Sei que caos dias” da ação tem um impacto na natureza”, diz. Um dos projetos implantados por Ricardo foi o reaproveitamento do óleo usado para o espelhamento das peças da carroceria. “As malhas com o óleo geravam um grande volume e eu me questionava sobre a forma como eram descartadas”, lembra. Hoje o tecido é colocado dentro de uma caçamba com uma grade que permite que o óleo desça e fique depositado no fundo. Assim, 90% do óleo é reaproveitado. Para o operador da Funilaria Cássius Douglas o WCM é mais que uma ferramenta de melhoria da produção: “é uma lição de vida”, define. Pensando assim, Cassius sabe que a diferença está em pequenos detalhes. Por exemplo, nos grampos usados para prender as portas da carroceria de veículos que aguardam para ir para a Pintura. “Propus a troca de barbantes por clipes reaproveitáveis. Assim, deixamos de descartar uma quantidade enorme de barbantes todos os dias”, conta. >> Cassius Douglas mostra que também é um dos verdadeiros exemplos espalhados pela fábrica No WCM são avaliados 10 pilares, mas Organização do Posto de Trabalho (WO) e Manutenção Autônoma, que integram um só pilar (Atividades Autônomas), foram divididos na matéria para melhor compreensão. JUN/ JUL 2009 19 >> CAPA É da Fiat o primeiro carro elétrico do Brasil Imagine: você sai para o trabalho pela manhã, entra no carro, dirige um veículo completamente silencioso e que não emite nenhum gás. Ao chegar em casa de volta no final do dia, você abre o compartimento de abastecimento e o conecta a uma tomada de energia elétrica da sua casa e vai dormir. No dia seguinte, o veículo está pronto para rodar e o preço para “encher o tanque” é de dar inveja ao dono do mais econômico dos automóveis: R$ 6,14, levandose em consideração o preço médio da energia elétrica no Brasil para uso residencial, de R$ 0,32 o kw/h. Assim é o Palio Elétrico, um veículo experimental desenvolvido pela Fiat e pela hidrelétrica de Itaipu. Desde 2006, as equipes de Experimentação de Veículos, Plataforma de Desenvolvimento, Unidade de Carrocerias, de Montagem e a Isvor - Universidade Corporativa do Grupo Fiat se dedicam ao desenvolvimento do produto. A carroceria foi completamente modificada para receber o kit elétrico, assim como a disposição das outras peças dentro do carro. “Não se trata de uma adaptação, tivemos que refazer tudo para que o produto fosse consistente”, conta Leonardo Cavaliere, supervisor de Inovações, Acessórios, Veículos Especiais da Fiat. Há dois anos o paraguaio Pedro Oscar Gonzalez deixou o trabalho com geradores na hidrelétrica de 20 Itaipu para dedicar-se à montagem do Palio Elétrico. O técnico em mecânica não esconde o orgulho de fazer parte do projeto. “O que fazemos é algo inovador, de futuro”, diz. E acrescenta: “espero que, no futuro, nossas ruas estejam cheias de carros elétricos”. A frota atual já é de 21 veículos, sendo que quatro são da Fiat e os outros 17 foram comprados por empresas parceiras do programa de desenvolvimento. Elas têm a tarefa de fazer uso normal do carro, no dia a dia, para detectar possíveis problemas e repassá-los à Fiat. “Para termos um produto final faltam ainda testes de durabilidade e resistência. Mas o carro já passou por todas as provas feitas, como qualquer desenvolvimento da Fiat, e foi aprovado. Assim, ele já está homologado e pode inclusive ser emplacado”, afirma Cavaliere. Até julho de 2010 a meta é produzir 50 carros. A bateria de testes pela qual o Palio Elétrico passou já consumiu 3.100 horas e inclui testes de emissão de ondas eletromagnéticas, freios, suspensão, crash, teste térmico e resistência estrutural da carroceria e componentes. O objetivo é criar um carro de uso urbano, por causa das características de autonomia. O Palio Elétrico chega a rodar até 120 km a uma velocidade máxima de 100 km/h antes de precisar ser “abastecido”. A recarga demora cerca de oito horas em uma tomada de 220 Consiste no impacto de veículos automotores contra blocos de concreto ou ferro para avaliar a segurança automotiva e verificar o cumprimento de determinadas normas de segurança em situações de acidente de trânsito. Distância que pode ser percorrida pelo veículo sem a necessidade de reabastecimento. volts. A bateria também é recarregada pelo movimento do veículo em descidas e frenagens e ganha até 10% a mais em autonomia. O princípio é o mesmo utilizado na Fórmula 1, porém, mais simples. Mas, se 15 milhões de proprie- tários de carros no Brasil resolvessem trocar seus veículos pelos movidos a eletricidade, não enfrentaríamos um problema de falta de abastecimento? “Sim, poderíamos acentuar o apagão. Mas a nossa proposta é que houvesse uma tarifa diferenciada para recarga durante a madrugada, quando sobra energia elétrica e Itaipu mantém a água no reservatório em vez de usá-la para fazer girar as turbinas, já que não existe demanda para a energia gerada”, ressalta Cavaliere. Outra alternativa seria a recarga por energia solar. JUN/ JUL 2009 21 UM AUTOMÓVEL ESPECIAL >> Leonardo Cavaliere integra a equipe que desenvolveu o Palio Elétrico >> Carlo Rebuschini acredita que a participação da Fiat no projeto permite a criação de um veículo mais robusto 22 O componente mais importante do Palio Elétrico é a bateria, que tem a finalidade de disponibilizar energia suficiente para a movimentação do veículo. Entre as diversas opções do mercado, a usada no modelo Fiat é a bateria com Sódio-Níquel Cloreto ou Zebra (Zero Emission Battery Research Activity, uma bateria experimental de emissão zero). Ela é reciclável e não tem efeito “memória”, que reduz a capacidade de carga de uma bateria ao longo do tempo de uso. “Caso fôssemos usar uma bateria de chumbo ácido, como as que são normalmente usadas em veículos hoje, elas teriam de pesar três vezes mais para fornecer a mesma potência, com metade da autonomia”, afirma Cavaliere. O sistema de câmbio é bem diferente dos carros movidos a combustão por causa da natureza dos motores elétricos. Eles conseguem atingir a potência máxima em qualquer momento. Assim, não existem ‘marchas’. A sensação fica parecida com a de um carro de câmbio automático. Uma alavanca como a de marcha define apenas se o veículo está “neutro”, o que equivaleria ao “ponto morto”, “à frente”, que equivale às marchas de primeira à quinta, ou para trás, a ré. Carroceria e parte mecânica são feitas na fábrica. Como o Palio Elétrico é completamente diferente dos demais modelos da família, sua carcaça é montada na Pilota. Depois disso, segue para a Engenharia de Produção da Montagem, onde são determinadas as partes que não serão montadas, como tubulação de escapamento, de combustível e motor, por exemplo. Então, o veículo é enviado para o Centro de Montagem e Desenvolvimento de Veículos Elétricos da Fiat em Itaipu, onde é colocado o kit elétrico. Segundo James Rosa, analista de Tecnologia e Processos da Engenharia de Produção, a montagem do carro elétrico impõe uma série de dificuldades. “O maior dos desafios é deixar o veículo semi-industrializado em condições de receber o kit elétrico, que é colocado tão longe daqui. Não pode haver erros na montagem”, explica. O preço final do carro hoje é de R$ 145 mil. “Boa parte são impostos cobrados, tanto pelos componentes importados quanto pelos que incidem normalmente sobre a venda de um carro”, afirma Cavaliere. Empresas apoiadoras do projeto já têm exemplares do Palio Elétrico, como Cemig, Copel, Ampla, CPFL, Eletrobrás e a própria Itaipu. O Palio Elétrico é o único em desenvolvimento no Brasil. “A maior parte dos projetos parte da iniciativa de empresas ligadas à área de energia elétrica. A participação da Fiat no projeto permite um veículo robusto, que passa por testes de qualquer desenvolvimento e garante confiabilidade e uma solução mais adequada para as adequações na dinâmica do carro”, explica o responsável pelo projeto na Isvor, Carlo Rebuschini. “A iniciativa é muito importante para o desenvolvimento da tecnologia elétrica veicular no Brasil”, acredita o diretor da Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE) Luiz Artur Pecorelli Peres. TEST DRIVE O eletricista da Oficina Assistencial Cristiano Diniz Oliveira experimentou o Palio Elétrico. “O mais impressionante é a ausência completa de ruídos. Para quem gosta de dirigir, fica ainda mais agradável rodar com um motor que não faz nenhum barulho”, afirma. Ele também ressalta a facilidade de guiar o modelo. “O carro proporciona grande conforto para quem está no volante, inclusive porque não é preciso passar marchas”, avalia. Segundo Cristiano, não se sente diferença na potência. “Mesmo em subidas, o carro anda bem”, explica. Mas, para o eletricista, o aspecto mais importante é ambiental. “Um carro que não polui é um grande avanço. Imagine se as ruas de uma grande cidade como São Paulo só tivessem carros elétricos rodando?!”. O QUE É SUSTENTABILIDADE É o conceito relacionado à continuidade, à possibilidade de a atividade humana não comprometer a vida no futuro. Para que um empreendimento seja sustentável, ele deve atender a quatro requisitos: ser ecologicamente correto, economicamente viável, socialmente justo e culturalmente aceito. DESAFIOS Segundo o especialista em Engenharia do Produto Eduardo Duarte, o desenvolvimento do Palio Elétrico foi seu maior desafio em 23 anos de Fiat. “É uma tecnologia completamente nova para nós, partimos do zero e não tínhamos base de comparação”, explica. Segundo ele, o trabalho de redimensionamento da suspensão e do freio foram os mais difíceis. “O maior peso dele vem atrás e a tração é na frente. Então, tivemos que fazer várias provas para que o veículo tivesse a direção que tem hoje, elogiada por todos que o conduzem”, conta. JUN/ JUL 2009 23 Conheça o Palio Elétrico Quadro de instrumentos com identificação de gasto energético, autonomia e temperatura. O sistema de câmbio tem apenas três posições e a condução fica parecida com a de um veículo automático. Sistema de proteção de curtos circuitos já passou por testes, inclusive dentro d´água. O motor elétrico é extremamente silencioso. 24 O abastecimento pode ser feito em qualquer tomada comum de energia elétrica, incluindo as que têm como fonte energia solar fotovoltáica (dispositivo que ao absorver luz produz pequena corrente elétrica). A bateria, de 165 kg, utiliza sal e níquel em seu interior. É do mesmo tipo que a utilizada em submarinos nucleares, tem sistema de vedação extremamente eficiente. Assim, apesar de armazenar grande quantidade de energia, ele é mais seguro que um tanque de combustível de um carro a combustão. FICHA TÉCNICA: Motor Elétrico trifásico / corrente alternada Refrigerado a água Potência máxima – 28 kw ou 37,8 cv Torque máximo – 124 newton metros ou 12,6 kgfm Alimentação Bateria sódio-níquel-cloro Tensão 253 V Tempo de recarga 8 horas Carroceria especialmente desenvolvida para receber o kit elétrico. Câmbio Número de marchas – drive, neutro e ré Tração – dianteira Desempenho Velocidade máxima – 100 km/h 0 a 50 km/h – 7 segundos Autonomia – 120 km GASTOS DE MOTORES MOVIDOS A DIFERENTES COMBUSTÍVEIS JUN/ JUL 2009 25 >> CIRCUITO FIAT >> Oficina Assitencial: excelência em manutenção Oficina Assistencial é modelo para a rede Média de 15 anos de experiência, nota 9,5 na avaliação feita pelos mais exigentes clientes e margem de erro muito abaixo da média de mercado. Esse é o time que todos gostariam de ter para cuidar de seu carro. A equipe da Oficina Assistencial da Fiat tem, entre várias outras, a responsabilidade de ser modelo para a rede de concessionárias. “Buscamos sempre a excelência na execução do nosso trabalho e no atendimento aos nossos clientes”, explica o supervisor da Oficina Assistencial, Rodrigo Martini do Valle. O principal objetivo é fazer a manutenção dos cerca de 1,2 mil veículos da frota da Fiat e das demais empresas do grupo. Além disso, é na oficina que são preparados carros para eventos, lançamentos, exposições e para test drives. A oficina conta com 72 profissionais, divididos em equipes de Assistência aos veículos da Frota, Lançamento e Veículos Especiais, Funilaria, Pintura, Ferramentaria e Peças e Acessórios. São mecânicos, eletricistas, capoteiros, que cuidam do acabamento e dos revestimentos, funileiros, pintores e lavadores de carros que passam por todos os treinamentos oferecidos à rede de concessionárias. Para isso, também foi criada uma pequena sala onde são realizados os cursos via web, que poupam tempo e não tiram o profissional da oficina. Em parceria com a área de Análise do Produto, a 26 Oficina Assistencial avalia equipamentos e ferramen- tas que, depois de aprovados, serão recomendados para a rede. Além disso, faz da frota da empresa um termômetro do que acontece com os produtos nas ruas. “Quando detectamos algum tipo de problema, por exemplo, comunicamos à Análise do Produto para que as providências sejam tomadas”, revela Rodrigo. TRABALHO MINUCIOSO Para o lançamento de um novo modelo, a preparação pode ser uma simples limpeza ou a avaliação completa do funcionamento do veículo, caso ele vá rodar. “Temos que ser minuciosos. Também depende do nosso trabalho a imagem da empresa e do produto, e todas as atenções estão voltadas ao carro nessas situações”, explica Rodrigo. Em eventos importantes, uma equipe é destacada para acompanhar os carros e resolver qualquer problema. Foi assim que Sérgio Ricardo da Silva, encarregado da Oficina Assistencial para veículos especiais, conheceu quase todo o Brasil e vários outros países e acumulou muitas histórias para contar. “Em Recife e Salvador, adorei a beleza natural. Na Itália, acompanhei a comitiva do presidente Lula, para prestar assistência ao carro blindado cedido a ele durante a viagem”, orgulha-se. Sérgio cuida dos lançamentos e carros de rally. “Muitas vezes trabalhamos com veículos que ainda não estão nas ruas. Por isso, temos que estar bem sintonizados com as áreas de Engenharia do Produto, Produção e Qualidade para identificar possíveis problemas ”, conta. NO ALTO DO PÓDIO Quando um piloto da equipe Fiat de Rally comemora uma vitória, em Betim, o time da Oficina também vibra. São eles os responsáveis por preparar as máquinas que irão acelerar sobre estradas esburacadas, poeira e lama. “Acompanhamos a produção do carro com nossa equipe de funilaria. A carroceria é diferenciada para depois receber as gaiolas de sobrevivência feitas de tubo de aço instaladas na parte de dentro do carro”, conta Martini. O automóvel é montado dentro da oficina, com bancos especiais de competição, cintos de segurança feitos para atender as normas das competições e um sistema anti-incêndio com tubulação que percorre todo o carro e pode ser acionado pelo piloto ou remotamente, por alguém que não esteja no veículo. Vidros mais leves, tanque de combustível, suspensão e motor, tudo é especialmente feito para garantir a liderança nas corridas. ENTUSIASTA DA COR O pintor Maurício Apolinário está há 25 anos na oficina, e faz retoques perfeitos na pintura dos carros que passam por lá. “Depois de pronto o trabalho, não há como diferenciar de um carro zero”, afirma. Experiente, o pintor não se deixa atropelar pela tecnologia, que nos últimos anos transformou sua rotina de trabalho. “De 1974, quando comecei, pra cá, mudou tudo. Hoje fazemos retoques em uma velocidade impressionante”, conta. No laboratório de tintas da Oficina Assistencial, é definida a porcentagem de cada pigmento a ser usada com exatidão para se chegar a uma tonalidade de cor. “Antes, tínhamos que acertar apenas olhando a cor original”, lembra. Suas pinturas preferidas são as personalizadas. “A tinta que muda de cor conforme olhamos para o carro é muito bonita”, diz. Entre as comerciais, sua preferida é o vermelho. A estrutura inclui, além do laboratório de tintas, uma cabine de pintura e uma equipe de funilaria, para fazer cortes e outras modificações nas estruturas dos carros. As tarefas são comandadas pelo encarregado de Funilaria e Pintura, Célio Santos. FROTA A PONTO DE BALA Rogério Azevedo, encarregado da Oficina Assistencial para a frota de veículos, está há 17 anos na Fiat. Depois de trabalhar como motorista de testes por três anos, ele foi para a oficina, onde também foi motorista, recepcionista e agora é o responsável pelos carros da empresa. Ele comanda 26 profissionais e gosta de descobrir os segredos dos lançamentos antes de todos. “Sou apaixonado por carros desde criança”, ressalta. >> Equipe de Atendimento da Oficina Assistencial Diretoria: Comercial Localização: Galpão 17 na fábrica de Betim Profissionais: 72 O que faz: Cuida da manutenção e gestão de 1,2 mil carros da frota, veículos especiais e de competição JUN/ JUL 2009 27 >> LANÇAMENTO Agora a aventura tem mais companhia Acaba de ganhar as ruas a primeira picape pequena de cabine dupla do mundo. A Strada Adventure Cabine Dupla, desenvolvida inteiramente no Brasil para consumidores brasileiros, é mais que um lançamento, significa inovação de mercado e um salto à frente da concorrência. A ideia surgiu em 2000, com o lançamento da versão de cabine estendida. “Percebemos ali uma oportunidade interessante no mercado. Mas tínhamos dificuldades variadas, desde o investimento que precisava ser feito até a criação de um carro equilibrado esteticamente”, explica o diretor de Produto e Vendas Mercado Externo, Carlos Eugênio Dutra. A cabine estendida se tornou um grande sucesso e começaram a aparecer no mercado consumidores que modificavam o carro artesanalmente para incluir dois bancos na parte de trás que, originalmente, serviria apenas como compartimento de carga. “Quando foi lançado o modelo Adventure, em 2004, vimos a possibilidade de equilibrar estilisticamente uma picape com a capacidade de abrigar mais ocupantes”, lembra Carlos Eugênio. Além do design, outro desafio que teve de ser superado para que a cabine dupla se tornasse realidade foi equilibrar os investimentos necessários com o retorno previsto nas vendas. Em 2007, o investimento no projeto foi aprovado. “Desde o início acreditávamos que seria um sucesso. 28 O retorno das equipes de venda depois do produto pronto tem sido muito positivo”, afirma o analista de Marketing Sérgio Trivelato. O lançamento confirma o pioneirismo da Strada. “A cabine dupla irá revolucionar o mercado”, define o condutor de Processo Industrial (CPI) da Pintura Wagner Prazeres. O profissional pode dizer que entende de picapes. Desde que chegou à Fiat, há 24 anos, ele já viu o sucesso de todos os modelos, da Picape 147 até a Strada Cabine Estendida. “É uma satisfação saber que tantos modelos de sucesso passaram por minhas mãos”, afirma. SUCESSO NAS CONCESSIONÁRIAS A Strada hoje tem média de 57% de participação no mercado nos primeiros seis meses deste ano, o que significa que mais da metade das picapes compradas hoje no Brasil são Fiat. “Temos um produto realmente vencedor, isso justifica uma gama mais completa”, avalia Carlos Eugênio. O modelo top de linha, o Adventure, é responsável por 35% dos negócios fechados. Entre os concorrentes, o maior percentual fica concentrado nos modelos mais baratos. “Isso acontece porque conseguimos adicionar à característica utilitária do veículo o aspecto do desejo do consumidor de dirigir um carro como ele”, ressalta Carlos Eugênio. “A picape atende bem para trabalho e para o lazer. É bonita e entrega conforto, cobre todas as necessidades do consumidor”, avalia Trivelato. Dos compradores da Strada, 60% a utilizam principalmente para trabalho, e 40% exclusivamente para lazer. “O maior desafio da engenharia foi trabalhar em cima de um carro vencedor”, afirma o gerente da Plataforma Veículos Comerciais Alexandre Serretti. Foi necessário manter a qualidade do produto e garantir a segurança no banco de trás. “Os passageiros que podem ser acomodados no banco de trás têm encosto de cabeça e cinto de segurança retrátil de três pontos à disposição”, explica Serretti. Roberto Madeira, responsável pelo modelo no início do projeto, concorda. “Trata-se de uma picape, mas o carro precisa dar condições de conforto e segurança para que o cliente possa abrigar sua família”, define. É um veículo de uso misto e este é o maior desafio. “Quem compra uma Strada Cabine Dupla quer um veículo de trabalho que, ao mesmo tempo, seja o carro da família”, resume Madeira. Por isso, o cuidado na hora de criar o interior do carro foi redobrado. “Tivemos uma preocupação estética grande, para garantir beleza, conforto e segurança. Além disso, foi realizado também um trabalho importante na suspensão para propiciar conforto”, conta. DESIGN Pode parecer um trabalho fácil, adaptar o desenho que já existia prolongando o teto e adicionando um banco traseiro. Mas, segundo o designer Roger Amâncio, o resultado final poderia ser comprometido se as alterações lembrassem trabalhos artesanais encontrados no mercado. “Não buscamos uma ‘adaptação’. Queríamos uma nova versão”, explica. O desenho respeita o estilo original do veículo e moderniza suas linhas. “O novo volume deveria combinar-se perfeitamente com o restante do conjunto, além de respeitar todas as indicações técnicas que um trabalho deste porte pedia”, conta. A parte interna prima pelo conforto no banco traseiro com porta objetos exclusivos, recobrimentos laterais e apóia-braços. Na carroceria, tubos de aço permitem vários tipos de amarrações para área de carga. Também foram feitas grandes alterações como o prolongamento do teto e adoção de um novo vidro lateral mais dinâmico e moderno. “Dá para imaginar as dificuldades encontradas na hora de criar. Trabalhando em conjunto com a Engenharia conseguimos contornar as dificuldades técnicas que se apresentavam durante o transcorrer do projeto e, por fim, elaboramos um produto inovador que o mercado pedia há algum tempo”, comemora Roger. >> Com 1,90 m de altura, Wagner Prazeres atesta o conforto do banco traseiro da Cabine Dupla JUN/ JUL 2009 29 >> TÚNEL DO TEMPO Picapes encantam há mais de 30 anos Com inovação e criatividade, a Fiat tem acertado em cheio o gosto dos clientes com suas picapes desde 1976, quando a 147 Picape chegou às concessionárias. Feitas para o mercado brasileiro, elas combinam a versatilidade da caçamba com o conforto e a economia de um carro de passeio. 147 PICAPE A primeira picape derivada de automóvel pequeno do Brasil tinha o mesmo volume do Fiat 147, que a originou. Foi lançada em 1978 e, em 1981, chegou ao mercado a primeira remodelação, aparecendo com a caçamba maior. A versão City, mais moderna e jovial, ganhou as ruas em 1985. FIORINO PICAPE Distância entre o eixo dianteiro e o traseiro do carro. A letra grega ômega Ω tem formato semelhante ao de uma ferradura, com a parte central suspensa em relação às extremidades. 30 Em 1988 a picape derivada do Uno substituiu a 147. Em 92, ela recebeu um ganho de entre-eixos e passou a ter a maior caçamba do Brasil. A Fiorino também inovou com a versão Trekking, de 1995, ao trazer o eixo traseiro com formato em ômega, que reduz as limitações do carro em terrenos acidentados e permanece até hoje, na Strada. STRADA A primeira Strada passou pela linha de produção no dia 14 de agosto de 1998. O carro se tornaria um sucesso de vendas em poucos meses e, desde 2000, nunca mais perdeu a liderança do segmento. A versão cabine estendida foi lançada em 1999 e até hoje não tem concorrente no mercado. Logo no primeiro ano completo de comercialização, 2000, o conceito inovador mostrou que teria sucesso duradouro: as versões com essa configuração foram responsáveis por 52% do mix da Fiat Strada. Em 2001, foi lançada a versão Adventure, que trouxe para o mercado um veículo diferenciado, com mais esportividade e robustez. Em agosto de 2008 a Strada ganhou mais uma renovação estética e mecânica, que incluiu o sistema Locker (versão Adventure), além de novos e inéditos equipamentos para o seu segmento. Agora, em 2009, chega ao mercado a última inovação: a picape Strada Cabine Dupla >> EXPANSÃO Bem-vindo à fábrica do século 21 Máquinas na pista, gente trabalhando e a expansão da infraestrutura já é sentida nos quatro cantos da planta de Betim. A modernização faz ninguém ter dúvidas de que o século 21 chegou à fábrica. Os investimentos aumentarão a competitividade e irão consolidar a importância brasileira para o sucesso do Fiat Group Automobiles (FGA) na América Latina. As obras, que irão permitir que a produção anual de automóveis chegue a 800 mil unidades, contemplam melhorias para atividades envolvidas com todas as etapas do processo de produção, desde a elaboração do design ao lançamento do novo veículo. Segundo o presidente da Fiat na América Latina, C. Belini, a iniciativa tem como objetivo ampliar a capacidade produtiva e agregar ainda mais qualidade aos produtos. “Os investimentos são um símbolo da confiança que temos em nosso time e no potencial de crescimento do mercado da América Latina. Estamos preparando a Fiat para enfrentar o futuro“, afirma. Iniciadas em 2008, as obras estão sendo executadas com base em projetos e equipamentos de ponta projetados, gerenciados e coordenados pelo time de técnicos e engenheiros da Tecnologia Industrial. Os empreendimentos envolveram mais de 50 empresas >> José Maurício Pacheco mostra a montagem da nova prensa terceirizadas e cerca de 800 trabalhadores. Confira o estágio atual de desenvolvimento das melhorias em cada um dos pontos da fábrica: PRENSAS Na oficina de Prensas está um dos grandes investimentos, a instalação de duas novas linhas de prensa de alta performance. A fundação que servirá de base para a instalação da primeira prensa já está pronta e tem 21 metros de largura por 48 metros de comprimento. É o equivalente a seis piscinas olímpicas. Será a primeira linha de alta cadência do Brasil, com produtividade maior que a das atualmente instaladas. A instalação dos novos equipamentos gera expectativa. “Queremos ver logo a máquina funcionando. Ela tem capacidade e velocidade muito grandes”, opina o condutor de Processo Industrial (CPI) José Maurício Pacheco. Ele trabalha na oficina há 21 anos e mostra orgulhoso que a tecnologia de ponta está chegando às Prensas. “É muito bom saber que estamos fazendo o futuro. Todo esse investimento é o nosso crescimento daqui há alguns anos. E precisamos sempre crescer”, analisa. JUN/ JUL 2009 31 DIRETO DO JAPÃO A estrutura gigantesca da primeira nova máquina chegou do Japão ao porto do Rio de Janeiro em fevereiro, e exigiu uma operação especial para que viesse para Betim. O transporte teve o acompanhamento da polícia rodoviária. Foram mais de 200 caminhões e 20 dias para completar o processo. A operação envolveu as áreas de Tecnologia Industrial, Logística, Segurança de Patrimônio e uma empresa especializada em logística. “Era praticamente impossível conseguirmos trazer isso para a fábrica nesse tempo, ainda mais com o feriado de carnaval no meio do período”, conta o diretor-adjunto de Tecnologia Industrial Ámerica Latina, Victor Ambrosi. Na primeira semana de março começou a montagem. Atualmente, cerca de metade do processo já foi cumprido. Junto com a primeira linha de prensa, também chegou a prensa para try out dos estampos para inserimento na linha de alta cadência. A previsão é que ela comece a operar em setembro. A fundação para a segunda máquina já está pronta. A segunda linha de prensa já está no porto do Rio de Janeiro e será transportada para Betim até as primeiras semanas de agosto, para imediatamente começar a montagem. Essa segunda nova linha deve entrar em operação em fevereiro de 2010. Para completar o novo centro de Prensas já foram instaladas quatro pontes rolantes de 50 toneladas cada, que servem para o transporte dos estampos até a máquina. Também para completar este centro, já está em operação o novo almoxarifado de peças, que tem área de 12 mil m². Uma nova linha de cortes de alta produção irá alimentar as prensas. Para isso, já está sendo construída a fundação e a previsão é de que a linha comece a operar em janeiro de 2010. Complementa esse novo centro de Prensas o novo transportador de sucata de 250 metros linear e de esteira, com capacidade para 50 toneladas por hora, a uma velocidade de até 20 metros/minuto. Esse volume será recebido por uma nova empacotadora de sucata, que estará instalada até outubro deste ano. Todas essas ampliações terão de ser acompanhadas de uma expansão da rua que serve a oficina de Prensas. Ela será aumentada em 300 metros e alargada em duas pistas para favorecer o fluxo de embalagens até o galpão. Todo o sistema elétrico de ar comprimido e resfriamento de água teve de ser reconfigurado para que as novas prensas possam funcionar. Foram construídas novas cabines elétricas, nova estação de sistema de refrigeração e ampliação da atual central de compressores. 32 Acompanhe as obras da fábrica MONTAGEM Foi iniciado em dezembro do ano passado o trabalho de reestruturação da linha 4, que vai dar maior produtividade e melhorar o fluxo logístico de carros e materiais. Com esta nova configuração será necessário ampliar o armazém de peças, e um novo galpão de 4 mil m² e 12 metros de altura será construído para isso. Prateleiras irão aproveitar ao máximo a altura da estrutura. PRONTO SOCORRO Já foi terminada a remodelação de todas as instalações do Centro de Saúde Ocupacional. A obra incluiu a troca de toda a parte elétrica, hidráulica, telhado, pisos, reorganização de layout, melhoria de mobiliários, pintura, troca de portas e janelas, estética e conforto para o atendimento dos empregados. PORTARIA 8 Já está em funcionamento a nova portaria para descongestionar o fluxo da entrada de caminhões e materiais da Portaria 1, especialmente os da Funilaria e de Prensas. Ela conta com todos os serviços de recebimento, segurança, balança, sanitários e toda a infraestrutura necessária. Para seu funcionamento, foi necessária a ampliação da rua de contorno sul da fábrica em duas novas pistas por 1,5 km. FUNILARIA Na Funilaria, o novo galpão de 22 mil m² já está recebendo os novos maquinários. A ampliação exigiu a construção de uma nova central de refrigeração da água que serve para resfriamento das pinças de solda e novas cabines elétricas, que já estão funcionando. MONTAGEM DE SUSPENSÃO Está sendo ampliado o galpão de montagem de suspensão em 2,5 mil m². A nova área para introdução de novos modelos estará pronta em julho. JUN/ JUL 2009 33 >> MARCA HISTÓRICA O 10.000.000 da número 1 >> Marca: com a saída de um Novo Palio 2010 da linha de produção, Fiat alcança 10.000.000 de carros fabricados no Brasil 34 Quando saiu da linha de produção o primeiro carro da Fiat feito no Brasil, Tobias Isaac Neto, gerente de Gestão de Materiais Diretos, estava na fábrica para ver. Depois de 33 anos, ele comemora: “nasceu meu filho de número 10.000.000. Todos os carros são crias nossas, e a gente cuida de todas elas”. No mês de junho, um Novo Palio 2010 deixou a linha de montagem e fez com que a empresa atingisse a marca histórica. Desde 1976, com o início das operações, o crescimento foi acelerado. Das 63.756 unidades do Fiat 147 fabricadas em 1977, para 713.248 veículos em 2008, recorde nos 33 anos da Fiat no Brasil. Hoje, são produzidos em Betim 15 modelos e mais de uma centena de versões para atender aos mercados do Brasil e de exportação, com uma média diária superior a 2,8 mil unidades. ORGULHO “Meu orgulho é enorme, espero que a prole ainda aumente muito”, afirma Tobias. Quando a empresa chegou ao Brasil, ele trabalhava para um jornal de Betim fazendo a cobertura das negociações. Na época, houve uma prova de seleção, que ele fez e foi aprovado. “O que mais admiro na Fiat é a capacidade de recuperação e superação. Nós não somos só uma fábrica de carros, somos uma fábrica de paixão”, analisa o veterano. Pela família de Oliviero Zenaro já passaram milhares de produtos Fiat. O supervisor da programação das Prensas trabalha na empresa há 23 anos. Seu pai veio da Itália para a Alfa Romeo, no Rio de Janeiro, e seu avô também era empregado da marca em Milão, na Itália. “É um grande orgulho saber que conseguimos atingir essa marca, principalmente em um mercado tão competitivo quanto o brasileiro”, diz. A família continua crescendo, assim como a fábrica. “Quando comecei, minhas filhas tinham 1 e 2 anos de idade. Hoje as duas estão formadas. A Fiat não só viu, como ajudou minha família a crescer”, ressalta. CRESCIMENTO Há 23 anos, o analista de produção de Prensas Marcos Tadeu Moreira também cresce junto com a empresa. Quando começou, aos 26, se sentiu motivado a encarar o desafio: terminou o Ensino Fundamental, fez o Ensino Médio e se formou na faculdade de Administração no ano passado. “A gente vê o mercado se desenvolvendo e tem que melhorar com ele. A empresa dá muitas oportunidades, é só estar preparado para aproveitar.” Como os colegas, Marcos comemora a marca com entusiasmo. “Foi um motivo de orgulho para todo mundo. O melhor é trabalhar em uma empresa que é número 1”, garante. O condutor de Processo Industrial (CPI) da Montagem José Mauro Barbosa também viu sair da fábrica o carro de número 1 e ajudou a montar o de número 10.000.000. “Fico emocionado por contribuir com este carro histórico e ver a Fiat chegar a essa marca”, comemora. MAIS DE 2 MILHÕES DE CARROS FLEX Com a saída de mais um Linea da linha de montagem, a Fiat celebrou a produção de 2 milhões e 500 mil veículos Flex no Brasil em julho. Essa marca tornou a empresa a maior produtora mundial de veículos Flex do mundo. Além do Brasil, carros flex já são exportados para outros países da América Latina, além de sua utilização estar sendo adotada em diversos locais onde existe a produção de álcool de cana de açúcar. Os veículos Flex são produzidos pela Fiat no país desde 2003, quando foram fabricadas cerca de 300 mil unidades. Em 2008, aproximadamente 690 mil automóveis flex deixaram a linha de produção da Fiat. Atualmente, cerca de 99% dos motores produzidos pela empresa no Brasil são Flex. >> Tobias Isaac Neto, com 35 anos de empresa, comemora o nascimento de seu “filho” número 10.000.000 >> Oliviero Zenaro trabalha na Fiat há 23 anos e está contente com a marca >> Marcos Tadeu Moreira cresceu junto com a empresa em 23 anos de Fiat JUN/ JUL 2009 35 >> SOU FIAT DE CORAÇÃO Apaixonados pelo Punto T-Jet “Já tive outros carros com roda de 17”, mas nenhum com uma suspensão tão boa quanto a do T-Jet. Ele é muito macio e estável” >> Jacques Vinícius Pereira Costa “Esse carro fecha o trânsito!”(...) “Todo mundo olha, principalmente a moçada” >> Paulo de Tarso Mohallem 36 O bancário Jacques Vinícius Pereira Costa é apaixonado por carros e assina revistas especializadas há 20 anos. Antes de escolher o Punto T-Jet, leu quatro publicações sobre o carro, que já foram suficientes para ele tomar a decisão. “Quando fui comprar, cheguei à loja e não quis nem fazer o test drive. Já estava decidido. A vendedora ficou surpresa, e disse que nunca havia vendido um carro tão rápido”, lembra. Além do motor, que ele define como “valente”, Jaques também elogia a nova suspensão. “Já tive outros carros com roda de 17”, mas nenhum com uma suspensão tão boa quanto a do T-Jet. Ele é muito macio e estável”, avalia. “Esse carro fecha o trânsito!” É assim que Paulo de Tarso Mohallem define seu Punto T-Jet. O carro, projetado para ser um autêntico esportivo, tem motor 1.4 16V Turbo de 152 cavalos. Mas ele não para por aí: rodas de liga leve e para-choques esportivos fazem dele um dos modelos mais desejados da marca Fiat para quem vê de fora. Quem dirige, encontra conforto e tecnologia. Paulo trocou seu Punto Sporting pela nova versão logo que ela foi lançada e diz que o design não passa despercebido pelas ruas: “todo mundo olha, principalmente, a moçada”. Para o empresário e colecionador de carros nacionais, Natalino Bertin Junior, o novo modelo do Punto chegou ao mercado para marcar época. “Acredito que este é um carro desejado por todos”. Em uma visita à fábrica de Betim, ele teve a oportunidade de retirar seu carro direto da linha de montagem e dar uma volta na pista de testes. Natalino é dono de uma coleção de 32 carros, entre eles quatro Fiat 147. “Tenho um carinho especial pelo meu Fiat 147 GLS porque ele é considerado a versão turbinada do modelo”, ressalta. Agora, depois de 30 anos, resolveu comprar “o sucessor turbinado”: o Punto T-Jet. “Gostei muito do carro. A evolução de 30 anos de tecnologia é muito grande. Por isso, resolvi comprá-lo com todos os opcionais”. Já o delegado de Polícia Eustáquio de Alvarenga Morais não tinha informações sobre o lançamento quando resolveu comprá-lo. Confiou na experiência que já tinha com o Punto, que era seu carro anterior. “Fui direto à concessionária, fiz um test drive e resolvi fechar negócio”, conta. Com 100 quilômetros rodados em seu novo Punto T-Jet, ele diz estar muito satisfeito. “Valorizo muito a segurança e os dois aspectos que pesaram na hora da compra foram os freios ABS e os air bags duplos do modelo”, resume. Outro diferencial do novo turbo da Fiat é sua tecnologia, que vem aliada ao requinte. Do lado de fora, para-choques e grades dianteiras, faróis com máscara negra e lanternas traseiras com bordas escuras. O modelo tem também molduras pretas para os paralamas e minissaias laterais da mesma cor. O aerofólio bicolor na tampa traseira, ponteira do escapamento dupla cromada, luz de direção na cor prata, rodas de ligaleve de 17” e adesivos laterais com a sigla “T-Jet” completam o visual esportivo. Esse último detalhe fez toda a diferença para Maria das Graças de Paiva, funcionária pública aposentada. “Só a assinatura do lado do carro, para mim, já é tudo! Um carro desses envaidece a gente. Eu falo de boca cheia que tenho um Punto T-Jet”, conta. Maria das Graças conheceu o novo modelo do Punto no reality show Big Brother Brasil, exibido pela Rede Globo de janeiro a abril deste ano. Em um episódio, dois participantes do programa tiveram direito a um passeio com atores da emissora, e um deles estava a bordo de um Punto T-Jet. “No dia seguinte, pedi ao meu filho que me levasse a uma concessionária Fiat para conhecer o carro de perto. Encontrei a cor que eu queria, fiz o test drive, fui muito bem atendida e saí de lá com o carro comprado”, revela. E conclui: “estou em lua de mel com meu carro!” “Gostei muito do carro. A evolução de 30 anos de tecnologia é muito grande. Por isso, resolvi comprá-lo com todos os opcionais” >> Natalino Bertin Junior “Só a assinatura do lado do carro, para mim, já é tudo! Um carro desses envaidece a gente” >> Maria das Graças JUN/ JUL 2009 37 >> CURTAS FIAT ESTRELA MAIS UM REALITY SHOW teve, como prêmio, uma visita à maior planta de fabricação de veículos leves do Brasil. A Expresso Fiat aproveitou a oportunidade para um bate-bola com o empresário Roberto Justus, estrela de “O Aprendiz”. QUE PERFIL UM PROFISSIONAL PRECISA TER PARA SER CONTRATADO POR VOCÊ? Além de ter uma formação acadêmica boa e de demonstrar interesse em aprender seu ofício, é muito importante o profissional ter determinação para não desistir no primeiro obstáculo e, sobretudo, ter paixão pelo que faz. Também acho muito importante, em uma entrevista, o profissional demonstrar capacidade de trabalho, liderança, talento e visão. Qualquer grande realização é antecedida por uma grande visão. E muita ética. Mais uma vez, a Fiat foi a maior estrela de um reality show brasileiro. Em “O Aprendiz 6 – Universitário”, os telespectadores viram a estudante de publicidade Marina Erthal vencer o reality show, e levar para casa um Palio Adventure Locker, as equipes serem transportadas em Doblòs e, é claro, comerciais que valorizaram os produtos em destaque na estratégia de vendas da empresa. Na última prova do programa as competidoras tiveram que organizar e divulgar o Rally Universitário Fiat. O resultado foi mais visibilidade para a marca e para os produtos Fiat. Até a fábrica de Betim apareceu na disputa, quando a equipe vencedora de uma das tarefas O QUE É MAIS DIFÍCIL: DIRIGIR UMA EMPRESA DE GRANDE PORTE OU APRESENTAR UM PROGRAMA DE TELEVISÃO? São duas situações diferentes, por isso, acho difícil compará-las. Talvez seja mais fácil, avaliar o que as duas têm em comum, uma vez que o foco do programa é o desenvolvimento profissional. A maioria das tarefas está relacionada com o contexto corporativo, no qual atuo há quase 30 anos. E QUAL DESSAS ATIVIDADES É MAIS RECOMPENSADORA? Assim como gerir pessoas, colaborando para o crescimento delas dentro da empresa, também acho muito gratificante difundir mensagens que impactam positivamente a vida das pessoas. MOTORES QUENTES PARA O RALLY UNIVERSITÁRIO FIAT No rally de regularidade, o objetivo dos competidores é fazer o percurso establecido pela organização da prova cometendo o menor número possível de faltas. Para isso, piloto e navegador têm que manter as médias horárias e seguir fielmente o percurso da planilha de navegação. 38 Já estão aquecidos os motores que disputam o Rally Universitário Fiat. Uberlândia (MG) sediou o início da temporada 2009 nos dias 25 e 26 de abril. A competição terá dez provas e passará pelas regiões Sudeste, Sul, Centro-Oeste e Nordeste do país. Entre os municípios que recebem as provas estão Americana (SP), Rio Verde (GO), Novo Hamburgo (RS), Teresópolis (RJ) e Blumenau (SC). As equipes de quatro integrantes participam nas categorias “Universitário”, em que deve haver pelo menos um universitário na equipe; Tour Adventure, para clientes Fiat da linha Adventure; e Turismo, para os demais participantes. HELPDESK GANHA AGILIDADE E QUALIDADE COM MODERNIZAÇÃO Responder aos chamados de 12 mil usuários de computadores, notebooks, smartphones e equipamentos de informática da produção. Esta é a responsabilidade do helpdesk do Grupo Fiat, que acaba de ficar mais moderno, ágil e eficiente. A renovação do serviço começou em março e incluiu a chegada da Stefanini, nova parceira, especialista na área, com atuação global. O atendimento é feito pessoalmente e por telefone por cerca de 120 profissionais da parceira na fábrica e nas unidades fora dela. Mensalmente, são recebidos cerca de 13 mil chamados. O ramal 3000 é utilizado para os serviços de suporte, manutenção, solução de falhas de hardware (equipamentos) e software (sistemas, >> programas etc), telefonia fixa e celular e solicitação de novo ponto de rede. Já os pedidos de serviços, como a criação de um novo e-mail, ativação de acesso a Internet, entre outros, devem ser realizados através do portal http://helpdesk.grupofiat.com.br/. Segundo o responsável pelo projeto, Roberto Gattoni, “o novo parceiro tem metas agressivas de melhorias no tempo e na qualidade dos atendimentos de suporte à informática”, o que levará, certamente, à uma satisfação maior dos usuários. Em caso de dúvidas, entre em contato com o helpdesk pelo ramal 3000 ou envie um e-mail para helpdesk@grupofiat.com.br ou entre em contato com o analista de IT de sua área. Serviço de suporte e resolução de problemas técnicos em informática, telefonia e tecnologias de informação. GIRO PELO MUNDO PALIO 1.8R EM RALLY NO PERU Patrocinado pela Fiat, o Desafio Movistar 2009 leva o Palio 1.8 R para a cidade de Lima, no Peru. Rumo à quarta etapa, que será realizada no dia 26 de julho, os pilotos correm em direção ao melhor tempo do campeonato para ganhar um Palio 0 km. A competição peruana é composta por dez etapas, e será concluída em dezembro deste ano. Todas as provas são disputadas em Palio 1.8R. Os participantes precisam apenas ter carteira de motorista e gosto pela aventura. SUPERMODELO A BORDO DO FIAT 500 C Foi amor à primeira vista. O novo Fiat 500 C, recentemente lançado no mercado Europeu, conquistou a supermodelo internacional Elle Macpherson. “Eu amo o Fiat 500. Ele é sexy, bacana no mellhor estilo italiano e perfeito para o trânsito das grandes cidades”, afirmou. Lançado em julho na Inglaterra, o Fiat 500 C vem se tornando um sucesso de público e vendas. A australiana Ellen Macpherson é famosa não somente nas passarelas como uma das mais bem-sucedidas modelos de todos os tempos, mas também nos cinemas com atuação em filmes como Alice (de Woody Allen) e Batman & Robin. JUN/ JUL 2009 39 >> EM FOCO A cada edição da Expresso Fiat, a seção Em Foco apresenta artigos de profissionais da Fiat Automóveis. Volta ao futuro POR: FERNANDO LIMA Desde o início, o principal desafio para o desenvolvimento do veículo elétrico esteve vinculado à capacidade de armazenamento de energia da bateria. Com o crescimento dos centros urbanos, a invenção do motor de partida e o descobrimento de petróleo no Texas (USA), foram priorizados os carros movidos a combustíveis fósseis e os elétricos caíram em desuso. A utilização do petróleo na matriz energética mundial cresceu tanto que, hoje, não conseguimos conceber a sociedade moderna sem o óleo. NOVOS TEMPOS A história do veículo elétrico (VE) se iniciou entre os anos 1832 e 1839 com um automóvel construído pelo escocês Robert Anderson. As principais limitações desses veículos eram o fato de possuírem baixa autonomia e velocidade. Nas décadas seguintes houve a evolução da bateria de chumbo-ácido que ajudou a resolver esses problemas. Em abril de 1899, apenas 50 anos após a criação do primeiro carro elétrico, o recorde de velocidade de um veículo elétrico foi estabelecido em 105,88 km/h. No início do século 20, os veículos elétricos eram amplamente difundidos nos centros urbanos e tinham custo menor em torno de 50% em relação ao veículo com motor térmico. A autonomia era de cerca de 28 km e a velocidade máxima de 22 km/h. Nesta época foram criadas associações dos veículos elétricos. Entre os anos de 1901 a 1920, eles eram maioria dos automóveis que circulavam nas ruas. O auge foi em 1920, quando foram produzidos cerca de 1900 veículos em todo o mundo. Eles se dividiam em alguns segmentos e alguns possuíam itens de luxo que chegavam a custar até três vezes mais do que os veículos base. 40 No final do século 20 e início do século 21 devido aos níveis poluentes em nossa atmosfera e ao elevado custo do petróleo, a sociedade moderna retomou a busca por fontes alternativas de energia para os veículos. Dentro da matriz energética mundial a eletricidade se apresenta como uma das possíveis alternativas, pois é uma das fontes energéticas ecologicamente corretas. Uma das principais vantagens é que o veículo não polui o meio ambiente com a emissão de dióxido de carbono. Após mais de um século, o principal desafio dos antigos veículos elétricos, a baixa autonomia, ainda não foi vencido. Existem, por isso, veículos que possuem um motor a combustão e um a tração elétrica, os chamados híbridos. Modelos como o Palio Elétrico significam a retomada da tecnologia que foi predominante no passado mas está longe de poder ser esquecida como uma alternativa para o futuro. Fernando Lima é analista do Produto da Engenharia Elétrica e de Potência da Fiat. Já pesquisou veículos elétricos na Suíça e Itália e também trabalha com a criação e publicação de normas técnicas destinadas ao mercado tropical no site da Fiat Auto e definição de arquiteturas dos novos projetos. Gosta de frequentar cinema, teatro, museus e de praticar esportes de aventura. É um apaixonado por novas tecnologias, trabalhos multidisciplinares e acesso a informações. Pense nisso é uma seção da Expresso Fiat que traz dicas de livros e filmes. >> PENSE NISSO INOVAÇÃO Inovar e ser criativo são características marcantes em todos os profissionais da Fiat. Por isso, a Expresso Fiat separou algumas dicas de livros e filmes relacionados ao assunto. LEIA>> ASSISTA>> A ARTE DA INOVAÇÃO Autor: Tom Kelley Editora: Futura Descreve o processo de desenvolvimento de uma das empresas líderes do design industrial e consultoria de inovação, a norte-americana Ideo. Ao retratar o trabalho da empresa da qual é gerente, o autor apresenta discussões acerca da importância na inovação no dia a dia das organizações e de como ela pode ser traduzida em práticas. A obra traz histórias de grandes novidades criadas pela empresa, como o mouse original da Apple e a o palmtop Palm V, por exemplo. UM “TOC” NA CUCA Autor: Roger von Oech Editora: Cultura Nesta obra, Roger von Oech dá dicas para o profissional aumentar sua criatividade. Segundo o autor, consultor de empresas de tecnologia do Vale do Silício, na Califória, (EUA), todas as pessoas nascem com potencial para serem inovadores e criativas, mas algumas têm mais oportunidade de exercitá-lo do que outras. Para ajudar as pessoas a desenvolverem suas faculdades criativas, Oech detectou os dez bloqueios mentais que mais impedem o surgimento de ideias e mostra, através de dicas, brincadeiras, jogos e exemplos, como é possível vencê-los. FÉRIAS DA MINHA VIDA Diretor: Wayne Wang Gênero: Comédia Ano: 2006 País: Estados Unidos Um médico diagnostica equivocadamente uma doença terminal na vendedora Georgia Byrd, que levava uma vida simples e monótona. Abalada pela informação de que seus dias estão contados, ela decide mudar seu estilo de vida radicalmente e viver de modo intenso aqueles que acredita serem seus últimos dias. O longa é uma boa oportunidade para refletirmos sobre as amarras que nos impedem de inovar e sermos criativos no nosso dia a dia. MATRIX Diretores: Andy Wachowski e Larry Wachowski Gênero: Ficção Ano: 1999 País: Estados Unidos O filme trata da existência de uma dimensão em que humanos são dominados por máquinas, a Matrix, que os induz a um estado de inconsciência, como um sonho. Alguns humanos conseguem perceber essa situação e organizar um grupo que enfrentará essas máquinas e buscará aquele que, segundo profecias, será capaz de libertar a humanidade desse jogo. Ao falar da dominação da tecnologia sobre os humanos, o filme nos leva a pensar sobre a forma com que a tecnologia mudou radicalmente nossas vidas. JUN/ JUL 2009 41 >> FIAT NOVO Os preços dos veículos são válidos para todos os empregados das empresas Fiat e seus dependentes legais. Descontos promocionais para compra à vista/ financiado de 15% para os modelos Mille Fire, família Palio, Palio Weekend (exceto modelo ELX 1.4), Siena, Punto, Strada, Idea, Fiorino, Uno Furgão e Ducato; 18% para Stilo, Palio Weekend ELX 1.4, Linea e linha Doblò (inclusive Cargo); e para compras via Consórcio Fiat, desconto de 15% para o Idea e o Punto; 16% para os modelos Mille Fire e Palio Fire; 18% para família Palio, Palio Weekend, Siena, Strada, Fiorino, Uno Furgão, Linea e Ducato; 20% para Stilo e linha Doblò (inclusive Cargo). >> Para comprar, basta escolher o seu carro e acessar na Interativa (www.interativafiat.com.br) “Venda de Veículos Novos para Empregados”. Veículos somente faturados conforme disponibilidade de estoque 42 DESCRIÇÃO PREÇO PÚBLICO PREÇO À VISTA CONSÓRCIO 18.631,20 MILLE FIRE ECONOMY 2P 22.180,00 18.853,00 MILLE FIRE ECONOMY 4P 23.830,00 20.255,50 20.017,20 MILLE WAY ECONOMY 2P 22.660,00 19.261,00 19.034,40 MILLE WAY ECONOMY 4P 24.320,00 20.672,00 20.428,80 PALIO FIRE ECONOMY 1.0 FLEX 2P 24.740,00 21.029,00 20.286,80 PALIO FIRE ECONOMY 1.0 FLEX 4P 26.350,00 22.397,50 21.607,00 NOVO PALIO ELX 1.0 FLEX 2P 29.050,00 24.692,50 23.821,00 NOVO PALIO ELX 1.0 FLEX 4P 30.990,00 26.341,50 25.411,80 NOVO PALIO ELX 1.4 FLEX 4P 33.450,00 28.432,50 27.429,00 NOVO PALIO ELX 1.8 FLEX 4P 35.080,00 29.818,00 28.765,60 NOVO PALIO ELX 1.8 FLEX 4P DUALOGIC 37.230,00 31.645,50 30.528,60 NOVO PALIO 1.8R FLEX 2P 39.190,00 33.311,50 32.135,80 NOVO PALIO 1.8R FLEX 4P 40.760,00 34.646,00 33.423,20 SIENA FIRE 1.0 FLEX 4P 26.790,00 22.771,50 21.967,80 NOVO SIENA EL 1.0 FLEX 29.570,00 25.134,50 24.247,40 NOVO SIENA ELX 1.0 FLEX 4P 33.100,00 28.135,00 27.142,00 NOVO SIENA ELX 1.4 FLEX 4P 36.750,00 31.237,50 30.135,00 34.932,00 NOVO SIENA TETRAFUEL 1.4 4P 42.600,00 36.210,00 NOVO SIENA HLX 1.8 FLEX 4P 43.290,00 36.796,50 35.497,80 NOVO SIENA HLX 1.8 FLEX 4P DUALOGIC 45.420,00 38.607,00 37.244,40 NOVO PALIO WEEKEND ELX 1.4 FLEX 4P 39.770,00 33.804,50 32.611,40 NOVO PALIO WEEKEND TREKKING 1.4 FLEX 4P 41.770,00 35.504,50 34.251,40 NOVO PALIO ADVENTURE LOCKER 1.8 FLEX 4P 53.680,00 45.628,00 44.017,60 NOVO PALIO ADVT LOCKER 1.8 FLEX 4P DUALOGIC 55.470,00 47.149,50 45.485,40 IDEA ELX 1.4 FLEX 4P 39.790,00 33.821,50 32.627,80 IDEA ELX 1.8 FLEX 4P 41.280,00 35.088,00 33.849,60 IDEA HLX 1.8 FLEX 4P 47.540,00 40.409,00 38.982,80 IDEA ADVENTURE LOCKER 1.8 FLEX 4P 51.890,00 44.106,50 42.549,80 IDEA ADVENTURE LOCKER 1.8 FLEX 4P DUALOGIC 53.860,00 45.781,00 44.165,20 PUNTO 1.4 FLEX 4P 38.640,00 32.844,00 31.684,80 PUNTO ELX 1.4 FLEX 4P 42.470,00 36.099,50 34.825,40 PUNTO HLX 1.8 FLEX 4P 45.610,00 38.768,50 37.400,20 PUNTO SPORTING 1.8 FLEX 4P 53.000,00 45.050,00 43.460,00 PUNTO T-JET 1.4 16V TURBO 4P 59.980,00 50.983,00 49.183,60 NOVO STILO 1.8 8V FLEX 4P 49.380,00 41.479,20 40.491,60 NOVO STILO 1.8 8V FLEX 4P DUALOGIC 51.780,00 43.495,20 42.459,60 NOVO STILO SPORTING 1.8 8V FLEX 4P 59.620,00 50.080,80 48.888,40 NOVO STILO SPORTING 1.8 8V FLEX 4P DUALOGIC 62.110,00 52.172,40 50.930,20 NOVO STILO BLACKMOTION 4P FLEX 64.920,00 54.532,80 53.234,40 LINEA LX 1.9 16V FLEX 4P 53.990,00 44.271,80 44.271,80 LINEA LX 1.9 16V FLEX DUALOGIC 4P 56.800,00 46.576,00 46.576,00 LINEA HLX 1.9 16V FLEX 4P 56.550,00 46.371,00 46.371,00 LINEA HLX 1.9 16V DUALOGIC 4P 59.350,00 48.667,00 48.667,00 LINEA ABSOLUTE 1.9 DUALOGIC 4P 64.850,00 53.177,00 53.177,00 LINEA T-JET 1.4 16V TURBO 4P 68.600,00 56.252,00 56.252,00 DOBLO ELX 1.8 FLEX MY 2009 47.400,00 40.290,00 38.868,00 DOBLO HLX 1.8 FLEX MY 2009 53.530,00 45.500,50 43.894,60 DOBLO ADVENTURE LOCKER 1.8 FLEX MY 2009 58.430,00 49.665,50 47.912,60 STRADA FIRE 1.4 FLEX 2P 30.900,00 26.265,00 25.338,00 28.724,60 STRADA FIRE CE 1.4 FLEX 2P 35.030,00 29.775,50 NOVA STRADA TREKKING 1.4 FLEX 2P 34.360,00 29.206,00 28.175,20 NOVA STRADA TREKKING CE 1.4 FLEX 2P 36.980,00 31.433,00 30.323,60 NOVA STRADA TREKKING 1.8 FLEX 2P 36.050,00 30.642,50 29.561,00 NOVA STRADA TREKKING CE 1.8 FLEX 2P 38.660,00 32.861,00 31.701,20 NOVA STRADA ADVENTURE LOCKER 1.8 FLEX 2P 44.850,00 38.122,50 36.777,00 NOVA STRADA ADVENTURE CD 1.8 FLEX 2P 46.800,00 39.780,00 38.376,00 UNO FURGAO 1.3 FLEX 2P 23.900,00 20.315,00 19.598,00 FIORINO FURGAO 1.3 FLEX 2P 35.040,00 29.784,00 28.732,80 DOBLO CARGO 1.8 FLEX MY 2009 43.320,00 36.822,00 35.522,40 NOVO DUCATO CARGO 2.8 JTD MY 2009 70.730,00 60.120,50 57.998,60 NOVO DUCATO CARGO LONGO 2.8 JTD MY 2009 74.220,00 63.087,00 60.860,40 NOVO DUCATO MAXICARGO 10m³ MY 2009 78.600,00 66.810,00 64.452,00 NOVO DUCATO MAXI CARGO 12m³ MY 2009 80.230,00 68.195,50 65.788,60 NOVO DUCATO MULTI TA 2.8 JTD MY 2009 78.470,00 66.699,50 64.345,40 NOVO DUCATO COMB. 10L 2.8 JTD MY 2009 80.910,00 68.773,50 66.346,20 NOVO DUCATO MINIB. 16L 2.8 JTD MY 2009 86.100,00 73.185,00 70.602,00 NOVO DUCATO MINIB 16 TA 2.8 JTD MY 2009 93.150,00 79.177,50 76.383,00 JUN/ JUL 2009 43 Leo Burnett Brasil www.fiat.com.br SAC 0800 707 1000 Pode Acreditar. Chegou a Strada Adventure Cabine Dupla. Fotos meramente ilustrativas, com alguns itens opcionais. Tem lugar para suas coisas e seus amigos. Nova Strada Adventure Cabine Dupla. Cabine dupla cabem 4 passageiros Volume da caçamba de 580 litros