Edição 314 - Folha do Fazendeiro
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Edição 314 - Folha do Fazendeiro
FOLHA DO Boi vale quanto pesa [email protected] FAZENDEIRO FEVEREIRO DE 2010 • ANO XXIII – Nº 314 – DISTRIBUIÇÃO REGIONAL E DIRIGIDA Acesse: www.acrissul. com.br Expogrande será lançada oficialmente no dia 1º de março. PÁGINA 11 ABCZ reforça campanha pelo pagamento do boi gordo pelo kg vivo. PÁGINA 5 Presidente Lula e ministra Dilma confirmam presença na Expogrande Convites foram entregues em Brasília por missão composta pela Acrissul, parlamentares de várias bancada e outras lideranças. Convite agora será estendido a outros presidentes da América Latina e Expogrande consolida seu status de feira internacional. NESTA EDIÇÃO STF enterra Fundersul nas operações entre pessoas jurídicas. PÁGINA 9 Clonagem já é uma realidade nas fazendas brasileiras. PÁGINA 7 2 FEVEREIRO 2010 ACRISSUL | Palavra do Presidente | Por Francisco Maia Uma Expogrande para ficar na história A Acrissul prepara-se para realizar mais uma grande feira. Talvez a maior delas na história. Com um design internacional, a Expogrande deste ano difere totalmente de outras edições desta tradicional feira agropecuária. Em 2010 investimos no status internacional da festa, convidando além do presidente Lula, todos os presidentes do Mercosul, notadamente dos países vizinhos, com quem o Mato Grosso do Sul e o Brasil detém melhor e maior relacionamento e afinidades comercial e cultural. EXPEDIENTE Os produtos de Mato Grosso do Sul ganharam o mundo, pela sua qualidade, pela sua diversificação e pela maneira ecologicamente correta em que o agronegócio é tratado por aqui. O “brazilian beef” de MS responde com a maior fatia no mercado de exportações é reconhecido por todos pela sua qualidade. Na América do Sul há décadas mantemos um corredor ativo com vários países que consomem tanto a carne como os grãos e as tecnologias aqui produzidos. Tecnologias que são levadas aos vários rincões conquistados por produtores brasileiros, como a Bolívia, por exemplo. E a Expogrande deste ano vem con- Uma publicação da Via Livre Comunicação e Agromarketing. A Folha do Fazendeiro é informativo oficial da Acrissul (Associação dos Criadores de Mato Grosso Sul). [email protected] EDIÇÃO E EDITORAÇÃO GRÁFICA: José Roberto dos Santos [email protected] Textos: Jefferson da Luz VIA LIVRE Comunicação e Agromarketing CNPJ. 05.212.423/0001-99 Av. Américo C. Costa, 320 Jd. América – CEP 79.080.170 Parque de Exposições Laucídio Coelho Campo Grande – MS Fone: (67) 3042-7587 [email protected] DEP. COMERCIAL E ASSINATURAS ANA RITA BORTOLIN (67) 3026-5014 9604-6364 [email protected] res, das instituições, estamos preparando uma grande festa, à altura do agronegócio brasileiro. Programamos a melhor grade de shows, com estilos variados, para agradar a todos os gostos e a todos os públicos. Não poupamos esforços para trazer shows de qualidade e a preços populares, além de garantir dois dias com entrada gratuita para que todas as famílias sul-mato-grossenses participem desta feira histórica. O parque de exposições está sendo reformulado, principalmente para abrigarr mais de 1.200 animais de todas as raças, durante os 11 dias de exposição, para que o mundo conheça e reconheça a qualidade do que aqui é produzido. CRÔNICA DO MÊS | Por Osvaldo Piccinin Engenho de pinga FOLHA DO FAZENDEIRO solidar a exposição da marca dos produtos regionais, como um centro do agronegócio do Mercosul. Essa feira tem essa função. O convite extensivo aos presidentes sul-americanos, principalmente da linha da fronteira não é uma questão ideológica, mas sim de estratégia de mercado. O Mato Grosso do Sul em suas várias atividades relativas ao agronegócio há anos estende os braços para esses países co-irmãos. E nada mais justo agora que eles tenham também um espaço dedicado para expor seus produtos e trocar novas experiências com o setor brasileiro. E com o auxílio de patrocinadores, expositores, núcleos de criado- Havia poesia nas palavras do meu avô quando versava sobre a produção de cachaça. Sua paixão por esta centenária bebida, principalmente aquelas produzidas em engenhos artesanais, era do conhecimento de todos que o cercavam. Na nossa região, estes alambiques, mais conhecidos por “engenhos de pinga”, eram raros, mas os poucos que existiam, produziam cachaça de ótima qualidade. O engenho que ficou em minha lembrança, situava-se no sítio vizinho ao nosso, mais conhecido por Sítio dos Peruchi. Bem junto à fábrica, entre moendas rangedeiras carcomidas pelo tempo, por onde escorria a adocicada garapa, ficava o tonel da cachaça já produzida. Tratava-se de um enorme barril de carvalho com capacidade para três mil litros. Uma enorme torneira de madeira por onde saia a aguardente o adornava conferindo-lhe grande charme, apesar da rusticidade. O cômodo que o abrigava era escuro; apenas um bico de lâmpada pendente num fio ensebado pelas fezes de moscas caseiras, nos fornecia lampejos de luminosidade. O telhado sem fôrro tinha visão direta com as estrelas. Suas paredes de tijolos sem reboco e cobertas por teias de aranhas completavam o bucólico cenário. O móvel – um único banquinho de madeira - usado pelo vendedor para sentar-se enquanto enchia os garrafões de meu avô, era o que demais luxuoso existia! Um único copo de vidro que parecia nunca ter visto sabão, usado na degustação da purinha, passava de mão e mão e de boca em boca. Gozado que todos os cachaceiros que conheço, emitem um som vindo do fundo da garganta atestando a boa qualidade do produto e quase sempre acompanhado de algum comentário do tipo: “Boooá”, me dá mais um gole! Nossa condução era a carroça do nono. A distância de nosso sítio até ao engenho era curta, mas parecia demorar uma eternidade no pacholento andar do Cigano – seu burrinho de estimação. Saíamos com o sol a pino e voltávamos para casa ao entardecer, e nessa jornada entremeada por uma soneca, eu me deliciava com as histórias contadas por ele sempre muito engraçadas! Ele me dizia que, para sabermos se a cachaça era de boa qualidade ou não, tinha que fazer uma coroa de borbulhas no copo quando servida, e esta coroa não poderia se desfazer tão rápido. Descrevia com sabedoria a variedade ideal da cana a ser utilizada. A Cayana - era recomendada pela doçura da garapa e pela maciez de sua casca. Parece uma piada conhecida, mas trata-se de um fato verídico: ao perguntar por que não cheirava a pinga antes de beber, ele, no alto de sua sabedoria etílica, me disse: - Se eu cheirar antes de tomar me dará água na boca, e como gosto de cachaça pura, não cheiro - mando pra baixo direto. Simples assim! Imagino que aquele ambiente pouco higiênico, sem aconchego e emoldurado numa misteriosa penumbra; às margens de um riacho rodeado de frondosos jequitibás e bambuzais, aguçava o nosso desejo de provar a “marvada”. No meu caso, era só meio copo - o mais que suficiente para tontear um guri de dez anos - e matar os vermes da barriga, segundo meu sábio nono! Até hoje faço questão de visitar um engenho de cachaça artesanal. O cheiro de garapa em fermentação e o aroma de cachaça pura e sem produto químico emanado do velho tonel de carvalho, me fazem viajar no tempo! E VIVA O VELHO ALAMBIQUE DE PINGA! [email protected] 3 FEVEREIRO 2010 Capa Expogrande 2010 conta com Lula e Dilma Missão da Acrissul agora é levar convites oficiais para outros presidentes da América do Sul O presidente Lula e a ministra-chefe da Casa Civil Dilma Rousseff garantiram no final da tarde do dia 18, durante visita de uma comitiva de Mato Grosso do Sul a Brasília, que estarão presentes ou na cerimônia de abertura da 72ª Expogrande, no dia 19 de março, ou durante a feira, que vai até o dia 28 de março. Francisco Maia, presidente da Acrissul (Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul), entidade que promove a feira, considerou a visita ao Distrito Federal um sucesso, uma vez que há a garantia de pelo menos três ministérios de destinação de recursos para a exposição, o que vai garantir a viabilidade do evento, já considerado histórico pela organização. Na ocasião, Maia entregou a Lula Presidente Lula recebe convite levado pela Acrissul e garante que virá à Expogrande um boné e o convite da Expogrande. “Vou ter muito prazer em comparecer”, disse Lula sem confirmar a data exata de sua presença por causa de sua agenda. “O presidente disse que vai tentar participar da Expogrande”, comentou o deputado federal Vander Loubet (PT). Por outro lado, a ministra Dilma Rousseff já garantiu que vai participar da cerimônia de abertura da 72ª Expogrande. Empresários, vereadores e deputados federais enfatizaram a importância do evento para o setor em nível nacional, e reforçaram o convite à ministra que, de imediato aceitou. Na ocasião, Dilma também recebeu um boné com a logomarca da Expogrande escrito na parte de trás: “Ministra Dilma”. Acompanharam Maia o prefeito de PRÓXIMOS LEILÕES • 06 DE MARÇO - Leilão de Gado de Corte • 03 DE ABRIL - Leilão de Gado de Corte • 12 DE JUNHO - II Leilão Marca 15 SEMPRE ÀS 12:00 H - NO CORIXÃO - PANTANAL - MS Marque na sua agenda: Todo primeiro sábado do mês TAQUARI LEILÕES NO CORIXÃO DURANTE A EXPOGRANDE 2010 • 11 de Março | 20 hs | Leilão Taquari de Corte • 15 de março | 20 hs | Leilão Melhoradores - 50 touros PO INFORMAÇÕES E INSCRIÇÕES: PANTA (67) 9981-1064 APARÍCIO (67) 9619-7326 Realização: TAQUARI LEILÕES RURAIS Rua Américo Carlos da Costa, 320 - Parque Laucídio Coelho - CAMPO GRANDE - MS 4 FEVEREIRO 2010 grande. Pela manhã, o encontro de Maia foi com o secretário do Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento), Márcio Portocarrero, quando foram tratadas questões técnicas de interesse da classe produtora do Estado. Logo em seguida, o encontro foi com o ministro de Relações Institucionais, Alexandre Rocha Santos Padilha, e depois com o ministro do Turismo, Luiz Eduardo Pereira Barretto Filho. O assunto foi um só: viabilizar recursos para a realização da 72ª Expogrande (18 a 28 de março). O governo federal vai colocar à disposição R$ 1 milhão para a feira. Os recursos vão vir de emendas ao Orçamento de autoria dos deputados federais DaLula, Chico Maia (pref. Bela Vista) e Francisco Maia goberto Nogueira, Vander Campo Grande, Nelson Trad Filho Loubet, Antonio Carlos Biffi e do se(PMDB); o prefeito de Bela Vista, Chi- nador Delcídio do Amaral. “Ficou deco Maia (PT); os deputados federais finido que serão R$ 250 mil de emenDagoberto Nogueira (PDT), Vander das de cada um dos parlamentares. Loubet (PT); os vereadores Paulo Pe- Nosso objetivo é garantir uma grande dra (PDT) e Thais Helena (PT); o presi- festa”, disse Dagoberto, após receber a dente da Associação Comercial de confirmação do ministro das Relações Campo Grande, Luiz Fernando Buai- Institucionais, Alexandre Padilha, da naim; os diretores da Acrissul Cezar liberação dos recursos. Com a vinda de Lula confirmada, a Machado, Gilson Pinesso e Luiz da Costa Vieira; os produtores Roberto Acrissul prepara agora missões que viFolley Coelho, José Carlos Bumlai, sitarão a Bolívia, o Paraguai, entre ouMaurício Bumlai; além de Eliane Detoni. tros países, para convidar os presidenDurante o todo dia a comitiva reu- tes sul-americanos para participarem niu-se com várias autoridades para tra- também da cerimônia de abertura da tar de assuntos relacionados à Expo- Expogrande Internacional. Segundo Ministra Dilma confirmou presença na Expogrande à comitiva de MS, no dia 19.03 Maia, a Expogrande deste ano vem consolidar a exposição da marca dos produtos regionais, como um centro do agronegócio do Mercosul. “Essa feira tem essa função”, destacou. Selo verde A comissão da Acrissul também apresentou a Dilma um plano de governo para o agronegócio. Foi mostrado um relatório da Embrapa Pantanal que mostra que a agropecuária é benéfica na preservação do bioma Pantanal. Também foi proposto que se crie um selo para o Gado do Pantanal, espécie de “selo verde” ao produto, que teria o preço diferenciado e competitivo no mercado. A Expogrande Para este ano, durante os 11 dias de feira, está prevista a participação de 12 raças bovinas e ovinas, além de outras 4 raças de equinos. Serão 1.200 animais de argola, um recorde da Expogrande. Haverá shows todos os dias, com artistas de renome nacional e regional, com preços populares e dois dias de entrada gratuita, além de 45 leilões confirmados, que começam já no dia 8 de março. A previsão é de que o faturamento da Expogrande bata a casa dos R$ 100 milhões. Só o Banco do Brasil vai disponibilizar R$ 50 milhões para financiamentos de máquinas e implementos. A feira conta também com a presença do Bradesco e do Sicredi. SERVIÇO: Mais informações sobre a Expogrande pelo telefone (67) 3345-4200 ou pelo portal www.acrissul.com.br Acrissul convida Márcio Portocarrero para Expogrande Na manhã do dia 18/02, o presidente da Acrissul (Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul), Francisco Maia e sua comitiva, encontraram-se com o secretário de Desenvolvimento Agrário e Cooperativismo do Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento), Márcio Portocarrero. Na ocasião, ele solicitou recursos do Ministério para a realização da 72ª Expogrande (18 a 28 de março) e discutiu questões técnicas sobre a produção no Estado. Maia, que considera a participação do Mapa estratégica para a Expogrande, aproveitou a oportunidade e convidou o secretário para comparecer à cerimônia de abertura da feira, que acontece de 18 a 28 de março. O Ministério da Agricultura trará para a Expogrande a exposição dos seus programas de sanidade animal e vegetal, desenvolvimento agrário, além da presença de técnicos responsáveis por uma série de serviços prestados para a agropecuária. Diretoria da Acrissul reuniu-se no Mapa, com o secretário Márcio Portocarrero 5 FEVEREIRO 2010 Ruralismo Acrissul e ABCZ defendem pagamento do boi pelo peso do animal vivo Campanha ganha força e pode mudar o comportamento do mercado O presidente da Acrissul (Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul), Francisco Maia, juntamente com o presidente da ABCZ (Associação Brasileira dos Criadores de Zebu), José Olavo Borges Mendes, lançou a campanha pelo pagamento do boi pelo peso do animal vivo. “Com isso o produtor vai ter mais segurança, porque saberá o quanto vai receber pelo seu gado na hora em que deixar a fazenda”, argumenta Maia. Segundo ele, hoje o criador recebe pelo rendimento de carcaça, ou seja, quantos quilos de carne o boi tem depois de retirado o couro e outras partes. “Acontece que, quando a carne vai ser destinada para a França, por exemplo, retira-se mais a gordura. Quando é para outro mercado, que prefere carne magra, o corte é diferente. Então o produtor nunca sabe o quanto vai render o seu gado”, explica. Uma opção sugerida por Maia para se dirimir o problema é a classificação dos animais quando ainda vivos, pagando-se a mais por aqueles que apresentarem melhores condições físicas. Ele lembra que isso já é praticado no Rio Grande do Sul e em outros países como Argentina e Uruguai. O presidente da ABCZ, ciente da questão, disse que vai se reunir com os sindicatos da região do Triângulo Mineiro e com os frigoríficos para discutirem o assunto. “O criador quer produzir com qualidade, e ele faz isso, agora, precisa ser remunerado adequadamente”, ressalta Mendes. Maia acrescentou ainda que tem de haver uma relação de transparência na cadeia da carne por uma questão de res- DE 18 A 28 DE MARÇO Parque de Exposições Laucídio Coelho Campo Grande | MS José Olavo visitou a Acrissul e defendeu a nova forma de remuneração pelo boi peito ao consumidor. “Ele tem de saber o porquê o produtor recebe R$ 2,40 pelo quilo do carne, e ele tem de pagar até R$ 16,00”, disse sugerindo que os supermer- cados também façam parte das conversas. Convite e exemplo Francisco Maia aproveitou a ocasião 6 FEVEREIRO 2010 para convidar José Olavo para trazer a ABCZ para a 72ª edição da Expogrande (que acontece de 18 a 28 de março). Ele confirmou que não só estará presente, mas que também terá um estande. “Vamos trazer nosso pessoal para falar de melhoramento genético, que é a molamestre da pecuária”, adiantou. “Somente com genética de alta qualidade é que conseguimos ter mais produção”, frisou. Outro assunto tratado no encontro entre os dois ruralistas foi a ação vitoriosa que a Acrissul moveu contra a cobran- DE 18 A 28 DE MARÇO Ouça e anuncie na Rádio do Fazendeiro 3042-7587 | 3026-5014 ça do Funrural nas comercializações intermediárias da produção agropecuária. A entidade conseguiu uma liminar na qual isenta seus associados da cobrança do tributo. Maia entregou a José Olavo uma cópia da decisão da Justiça Federal para que a mesma medida fosse tomada em Minas Gerais. “É muito importante que todos tenham essa mesma atitude. Somos poucos, mas unidos podemos fazer muito”, disse, lembrando que o apoio da CNA (Confederação Nacional da Agricultura) e das associações é muito importante. Ele ainda elogiou iniciativa da Acrissul em internacionalizar a Expogrande e disse que o convite aos presidentes Luiz Inácio Lula da Silva (Brasil), Evo Morales (Bolívia), Fernando Lugo (Paraguai) e Hugo Chaves (Venezuela) é muito importante. “Mesmo que nós não comunguemos dos mesmos pensamentos será um orgulho para nós recebê-los. Acho importante receber os presidentes da Bolívia e do Paraguai, países com os quais Mato Grosso do Sul tem fronteira, isso vai unindo os elos da cadeia”, defendeu. ECT lançará um selo em homenagem a Laucídio Coelho A Acrissul (Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul) vai prestar uma homenagem a um dos homens mais relevantes para a pecuária do Estado, Laucídio Coelho. No início de fevereiro, o presidente da entidade, Francisco Maia, esteve reunido com representantes da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos para discutir os detalhes da impressão de um selo que terá uma imagem do homenageado. Segundo Maia, o lançamento do selo será durante a abertura da 72ª Expogrande (18 a 28 de março), e a peça filatélica também contará um pouco da história da Acrissul. “Laucídio Coelho foi um homem que sintetizou es- sência do trabalho do produtor rural”, disse Maia. “Essa será uma justa homenagem a uma pessoa que tanto contribuiu para o agronegócio do Estado. Homens como ele têm de ser eternizados, e essa é uma forma de mantermos seu exemplo vivo em nossas mentes”, comentou. Da reunião participaram Joaquim Barbosa de Souza, neto de Laucídio; Lucia de Fátima e Cleyse Mary, representantes dos Correios. Chico Maia recebe diretores do JBS, Odair Campos e João Batista Rocha JBS pronto para discutir o peso vivo com produtores O Grupo JBS, maior produtor de proteína animal do mundo, está aberto para negociar com os pecuaristas uma nova forma de venda de gado, na qual o cálculo para o pagamento é feito pelo o que o animal pesa enquanto está vivo. Na manhã de do dia 3 de fevereiro, o presidente da Acrissul (Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul), Francisco Maia, recebeu os representantes do JBS, Odair Campos e João Batista Rocha de Sousa. Na ocasião, foi dito que o peso vivo é uma das opções de compra do Grupo, mas que só são realizadas com pequenos produtores. “Para nós evoluirmos na relação produtor/frigorífico temos todos de parar e conversar sobre como melhorar o relacionamento comercial”, disse Maia. O Grupo segue a mesma ideia defendida pelo presidente da Acrissul e, nos próximos meses, vai contratar pessoas especializadas em compra de gado, cada uma delas será responsável pela aquisição de 150 mil cabeças/ano no Estado. O objetivo é justamente aproximar a indústria de seus maiores parceiros, os pecuaristas. O JBS está experimentando uma nova forma de comercialização, a entrega de carne em domicílio. Dessa forma, segundo Maia, também se diminui a influência dos supermerca- dos. “Que são os que, na cadeia da carne, ficam com a maior parte do lucro”, observa. Sousa lembrou que a compra pelo peso vivo tem muitas barreiras a serem vencidas, mas que com o diálogo é possível se implementar esse novo sistema aquisição de animais para o abate. “Tem gente que não coloca o gado em jejum. Outros já desconfiam da balança. É uma relação complicada, mas com o tempo se pode superar os obstáculos”, acredita. “O que não pode é um ficar desconfiando do outro”. Maia propôs a Campos e a Sousa que seja realizada uma reunião com os membros da Acrissul e representantes do JBS para iniciar as tratativas visando à mudança do modelo de compra, o que foi aceito. “Tá na hora de sentarmos e discutir claramente o nosso negócio”, finalizou Maia. JBS na Expogrande Os representantes do Grupo JBS, Odair Campos e João Batista Rocha de Sousa, estiveram na sede da Acrissul (Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul) no início de fevereiro para discutir a presença do Grupo na 72ª Expogrande (de 18 a 28 de março). O JBS participou da 1ª Expo MS, realizada pela Acrissul, no pavilhão Pantanal orgânico. 7 FEVEREIRO 2010 Clonagem de bovinos, o risco da excelência Experimento sai dos laboratórios e vira uma realidade à disposição das fazendas brasileiras Por Jeferson da Luz Em 1º de dezembro de 2009 uma nova fase na pecuária nacional foi inaugurada. Naquele dia a ABCZ (Associação Brasileira de Criadores de Zebu) fez o primeiro registro de um zebuíno clonado, a bezerra Divisa Mata Velha TN 1. Na prática isso significa poder perpetuar animais com grandes qualidades genéticas, uma espécie de backup (cópia de segurança) que o pecuarista pode fazer de seus melhores exemplares. É como se uma vaca campeã nunca morresse. A técnica usada é teoricamente simples, mas até bem pouco tempo era restrita a instituições de pesquisa governamentais, pois o custo era muito elevado. Mas como tudo que é novo, o tempo passou e o custo caiu. A Divisa Mata Velha TN 1, cópia, saiu por R$ 50 mil – a original, Divisa Mata Velha, foi comprada por R$ 2 milhões. Chegará o dia que a TN (Transferência Nuclear) será uma técnica dominada nas fazendas, como hoje é a insemina- Clone da Divisa Mata Velha, com sua mãe de aluguel. Foto: Maurício Faria/ABCZ ção artificial. Daí nasce a possibilidade de termos as fazendas cheias de campeões de pista que serão enviados para o abate, o sonho de todo dono de frigorífico. A melhor carcaça, o melhor acabamento de gordura, o melhor ganho de peso, tudo isso porque teremos uma multidão de indivíduos geneticamente iguais. Mas é justamente aí que pode estar o perigo. Lembra-se do mal-do-panamá, doença que atinge as bananeiras? No país que deu nome ao mal levou os plantadores a ter de exterminar plantações inteiras. Mais de 40 mil hectares se tornaram impróprias para o cultivo da fruta, trazendo milhões de dólares em prejuízos. E tudo isso se deu porque essas plantas, na verdade, são clones naturais, elas não nascem a partir de uma união de gametas (esperma e óvulo, no caso animal, micrósporo e megásporo, no caso vegetal), brotam umas das outras. Razão pela qual podem ser suscetíveis a certas doenças, pois sem cruzamento não há melhoramento genético. Imagine da seguinte forma. Algumas pessoas têm alergia a camarão, outras a lactose, se, em uma situação hipotética, um individuo alérgico for clonado, o clone também terá alergia. Da mesma forma, se a vaca ou o boi original tiver algum problema escondido, que só venha a ser 8 desencadeado sob determinadas circunstâncias e essas ocorrerem quando nossos pastos estiverem cheios de clones, o resultado pode ser devastador para a pecuária. Para Ricardo Marchetti, gerente comercial da Geneal Genética Animal, empresa que realiza clonagem comercialmente, esse é um problema que pode acontecer em qualquer outra situação independentemente de ser ou não uma população de clones. “As doenças quando atacam, geralmente, atacam uma espécie e não apenas um indivíduo”, argumenta. “Sendo assim, não importa se o animal é clone ou não”, reforça. “Mas caso aconteça uma algum problema que ameace uma espécie toda, é bom se ter um backup dela. Se tivermos o material genético armazenado poderemos fazer a reposição da população, ela não será extinta”, completa. Além disso, na opinião de Marchetti, a clonagem não deve ser usada em animais de corte, como no cenário hipotético apresentado, mas sim apenas como já é feita hoje, para prolongar e potencializar as características únicas de um exemplar, onde seus gametas são usados em cruzamentos de forma que o resultado sempre será um filho e não um clone, o que elimina problemas genéticos na geração seguinte. Outro ponto de vista Contudo, esse não é o mesmo pensamento do pesquisador Rodolfo Rumpf, da Embrapa Recursos Genéticos. Para ele, em mais dez anos, já teremos população de clones para corte. Segundo disse, esses indivíduos serão sim suscetíveis a doenças e outros problemas pelo fato de serem cópias uns dos outros, como no caso da bananeira. “Isso acontece todas as vezes que se diminui a variabilidade genética”, alerta. Pesquisador Rodolfo Rumpf, da Embrapa FEVEREIRO 2010 Para evitar a erradicação em massa do rebanho com a ocorrência de uma enfermidade é fundamental, conforme Rumpf, que o uso da tecnologia seja feito de forma bem criteriosa sempre obedecendo às estratégias de melhoramentos genéticos. “E ainda, tem de se criar uma banco de genoplasma, com sêmen, óvulos, embriões para que se preserve a diversidade genética das raças. Dessa forma, caso aconteça uma catástrofe com o rebanho, sempre tem com voltar atrás e começar tudo de novo”, explica. De acordo com o pesquisador, a clonagem é diferente de tudo o que já foi feito na bovinocultura: inseminação artificial, congelamento de embriões entre outras formas de reprodução. E a técnica não está totalmente dominada. Ele crê que em mais cinco anos, com índices técnicos melhores, ou seja, mais eficiência, ela esteja mais acessível para a utilização em animais que serão destinados ao corte. Rumpf é um dos defensores de que as associações de criadores tenham seus próprios bancos de genoplasma para garantir a segurança da diversidade de uma raça. A Embrapa já faz isso, mas somente com animais da fauna brasileira ameaçados de extinção. Motivos para se investir na clonagem A clonagem no Brasil data de 2003, não é novidade. Mas um fato que aconteceu no fim do ano passado tira a técnica dos laboratórios de cientistas e a coloca à disposição dos pecuaristas. Em setembro de 2009 nasceu a bezerra Divisa Mata Velha NT 1, que foi o primeiro clone registrado pela ABCZ (Associação Brasileira dos Criadores de Zebu). Isso foi possível graças a uma parceria público privada (PPP) entre a empresa Geneal Genética Animal e a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária). Para Ricardo Marchetti, gerente comercial da Genal, o feito abre caminho para a popularização da Transferência Nuclear (TN) -mais conhecida como clonagem. “A tendência é que a técnica fique cada vez mais barata, chegando sendo acessível para a maioria dos produtores”, prevê Marchetti. “Então, quem tem três, quatro, cinco animais de boa capacidade genética vai poder duplicar a produtividade desses indivíduos sem ter de gastar muito”, exemplifica. Além disso, a clonagem também serve como uma espécie de cópia de segurança em caso de morte ou impossibilidade reprodutiva de um bom exemplar. Se, por exemplo, acontece um acidente com um touro e ele perde sua capacidade gerar filhos, ou morre, aquele potencial genético vai continuar vivo em seu clone. “Mas, caso o produtor queira pensar um pouco mais antes de fazer uma clonagem, nós podemos ir à fazenda coletar o material, que é apenas um centímetro quadrado de pele, ela é processada e pode ficar congelada por mais de 60 anos. E tudo isso tem um custo extremamente baixo, apenas R$ 2 mil por exemplar”. Toda a clonagem em si é um pouco mais cara, cerca de R$ 50 mil. “Mas nós damos garantia. O bezerro só sai da nossa fazenda com sessenta dias de vida e capacidade reprodutiva atestada”. Todas as etapas do procedimento são feitas na propriedade da Geneal, inclusive a vaca receptora também é oferecida. Outra possibilidade que se abriu com a certificação da Divisa Mata Velha TN 1 foi o fim da clandestinidade de alguns indivíduos que já foram clonados. “A gente sabe que tem pecuarista clonando seus animais, mas os embriões, ou sêmen deles recebem a genealogia do original, agora, será possível registra a cópia”. Dentro de pouco tempo a tecnologia deve ficar ainda mais barata se tornando quase que uma prática comum nas fazendas. Marchetti ainda não sabe o quanto mais barato isso deve ficar porque a Transferência Nuclear ainda não está totalmente dominada. “Nós sabemos o que dá errado, mas não temos ideia do porquê acontece. Logo, é muito difícil de se resolver todos os problemas da clonagem”. Rodolfo Rumpf, pesquisador da Embrapa, que integra o grupo de pesquisadores da entidade responsável pela clonagem de bovinos no Brasil, disse que por um tempo até foi contra o registro dos animais clonados, mas percebendo que a prática era inevitável mudou de opinião. “Pelo menos, com o registro, a gente vai ter como fazer o controle, e é uma forma dos criadores saírem das sombras. Hoje sou completamente favorável a normatização na clonagem e de seu desenvolvimento”. (JL) 9 FEVEREIRO 2010 Seu Direito STF derruba Funrural O STF (Supremo Tribunal Federal) julgou recurso extraordinário na tarde do dia 5 de fevereiro e por 8 votos a zero derrubou a cobrança do Funrural em operações envolvendo pessoas jurídicas, considerando a cobrança inconstitucional, por ver nas operações a incidência de cobrança de impostos sobre impostos (bis in idem), inclusive de PIS e Cofins. Segundo Márcio Torres, advogado da Acrissul (Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul), a decisão do STF cria um precedente jurisprudencial importante para os produtores rurais pessoas físicas de todo o Brasil. Torres é o autor do primeiro mandado de segurança no País, impetrado contra a cobrança do Funrural sobre operações envolvendo pessoas físicas. A ação foi impetrada em novembro do ano passado, em caráter liminar, e ainda aguarda pelo julgamento do mérito. Por enquanto vale a decisão da Justiça Federal de suspender a cobrança. Torres iniciará uma ação em nome da Acrissul para reaver os valores pagos para o Funrural pelos produtores rurais nos últimos 5 anos. Em todo o Brasil esse montante chega a mais de R$ 11 bilhões, calcula ele. Quem quiser entrar com uma ação de restituição tem de ter os comprovantes de que pagou o tributo. Comentando sobre a decisão do STF o presidente da Acrissul, Francisco Maia, lembrou que a entidade foi a primeira do país a entrar com um recurso contra a cobrança do imposto. “Nós acreditamos na justiça do Brasil, por isso tomamos essa medida”. Segundo ele, o percentual que deixa de ser recolhido , 2%, pode ser pequeno, “mas é muito significativo”, pois os pecuaristas vão retorná-lo em forma de investimento na produção. “O que vai movimentar o mercado gerando empregos em diversos setores e riquezas nas cidades”. Torres lembra que a argumentação jurídica usada por ele é a mesmo que foi usa- da pelo Frigorífico Mata Boi (o qual iniciou a ação o STF) e que, portanto, está muito confiante de que a ação impetrada pela entidade deve resultar na mesma decisão. Para ele, para o governo federal voltar a cobrar o Funrural -que é uma contribuição para a Previdência Social- somente com a criação de uma nova lei. “A legislação é bem clara quanto à cobrança para fins previdenciários: só pode incidir sobre a folha de pagamento”, esclarece. Como o julgamento da matéria foi sobre pessoa jurídica, a esperança é de que um novo julgamento - desta vez tratando de pessoa física - venha dar ganho definitivo aos produtores em geral, e o STF faça uma sumula vinculante, dessa forma todos que entrarem com uma ação do mesmo tipo terão a causa ganha já em primeira instância. Cai liminar da Famasul no TRF O juiz Helio Nogueira, do Tribunal Regional Federal 3ª Região, deferiu um recurso impetrado pela União o qual pedia a suspensão da liminar que impedia a cobrança do Funrural dos produtores rurais ligados à Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul). Com isso, a única liminar que continua valendo é a que foi impetrada pela Acrissul (Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul). A decisão do juiz vai contra a decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) que considerou inconstitucional a cobrança do Funrural para pessoas jurídicas. Nesse caso, o julgamento da questão só valeu para o Frigorífico Mataboi, de Minas Gerais, contudo, abriu um precedente jurisprudencial sobre o tema. Entre outras argumentações, os advogados da União disseram que a cobrança do tributo é constitucional e alegam que foi embasada no artigo 195, da Constituição da Federal. Em sua decisão o juiz disse que: “considerando a constitucionalidade da exação [imposto] debatida nos autos, verifico a presença dos requisitos para a antecipação da tutela recursal a favor da agravante [a União]”. A liminar da Famasul, concedida no fim do ano passado, amparava todos os produtores membros de qualquer sindicato rural de MS. 10 FEVEREIRO 2010 Pesquisa avalia tipos de pastagens nativas preferidos por ovinos na região do Pantanal Embrapa-Pantanal desenvolve pesquisas para caracterizar a raça em conjunto com a Embrapa Recursos Genéticos Pesquisa de caracterização do sistema de criação de ovinos naturalizados do Pantanal avaliou as pastagens nativas preferidas por esse animais. A pesquisadora Sandra Santos, da Embrapa Pantanal, constatou que os ovinos preferem as pastagens de menor porte e superpastejadas que estão localizadas próximo das sedes das fazendas avaliadas. As principais forrageiras consumidas variaram conforme os tipos de pastagens nativas existentes nas fazendas, tais como capim-mimoso e capim-mimosinho, geralmente presentes nas áreas mais baixas e intermediárias do Pantanal. Próximo às sedes, eles consomem espécies forrageiras comuns de locais perturbados (muito pisoteados) como a grama-de-burro e a grama-forquilha. Das espécies forrageiras exóticas, observou-se que os ovinos consomem Brachiaria humidocola e Panicum repens, embora prefiram as forrageiras nativas de áreas baixas do Pantanal, como bordas de lagoas e vazantes. “Em uma das fazendas, observou-se que os animais procuravam avidamente folhas de seriquela, ricas em proteína”, comentou Sandra. Amostras de fezes foram colhidas para análise microhistológica da dieta, que será feita no laboratório de Dieta Animal da Embrapa Pantanal (Corumbá-MS), Unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Embrapa, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. A pesquisa de caracterização das raças foi desenvolvida pela Embrapa Pan- tanal em parceria com a Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia e avaliou, além dos hábitos alimentares, o fenótipo (aparência) das raças, o estado sanitário e práticas de manejo de ovinos criados no Pantanal da Nhecolândia, uma das subregiões do Pantanal. “Estudos preliminares têm mostrado que a raça naturalizada existente na planície pantaneira é de médio porte, apresentando peso corporal em torno de 60 quilos para machos e 40 quilos para as fêmeas”, afirmou Sandra. Em relação ao estado sanitário, a pesquisa constatou que, de maneira geral, ocorreu um grau muito baixo de infecção em todas as fazendas durante o período de amostragem (final da seca). Mas a pesquisadora afirma que essa coleta precisa ser refeita no período de cheia, quando a ocorrência de infecções é mais comum. Adicionalmente será importante realizar esta coleta de forma comparativa com raças comerciais na região para evidenciar a rusticidade deste animais. Ovinos do Pantanal precisam de planos de uso e conservação Pesquisa de caracterização do sistema de criação de ovinos naturalizados do Pantanal indica a necessidade de ampliação dos planos de conservação para este grupo genético. Estes animais, com os bovinos e cavalos Pantaneiros, se estabeleceram no decorrer de centenas de anos de adaptabilidade às condições da região. Atualmente, grande parte dos núcleos de criação apresenta rebanhos fechados por algumas gerações com grau elevado de consanguinidade e núcleos descaracterizados na aparência em razão de cruzamentos com espécies exóticas ou comerciais na região. A consaguinidade é o grau de parentesco entre indivíduos descendentes de pais comuns. Os estudos foram desenvolvidos pela pesquisadora Sandra Aparecida Santos, da Embrapa Pantanal, em conjunto com a Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia (pesquisador Samuel Rezende Paiva) e com apoio financeiro da Fundect (Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia do Estado de Mato Grosso do Sul). A Embrapa Pantanal (CorumbáMS), Unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Embrapa, vinculada ao Ministério da Agricultu- ra, Pecuária e Abastecimento, iniciou os estudos-piloto de caracterização destes animais em 2005, pela necessidade de diversificação e de agregar valor à pecuária bovina. Os resultados deste projeto atual foram apresentados em outubro durante o 7º Simpósio de Recursos Genéticos para América Latina e Caribe, realizado no Chile. Sandra explica que os ovinos pantaneiros são rústicos e resistentes e têm sido procurados para implementar essa característica em rebanhos de outras regiões do país. “No Pantanal existe variabilidade genética passível para ser trabalhada tanto em programas de melhoramento como de conservação”, afirmou a pesquisadora. Dentro deste mesmo projeto, estudos com marcadores moleculares estão sendo finalizados para quantificar a variabilidade genética existente dos animais amostrados nos rebanhos bem como para subsidiar uma futura homologação deste grupo genético junto ao ministério. Estes resultados serão comparados com outros em andamento na região. A pesquisa revelou ainda que animais de um mesmo local de coleta (mesma propriedade) foram mais semelhantes entre si do que em relação a outro ponto de amostragem. “Esse resultado é válido para subsidiar medidas de manejo de troca de animais entre as propriedades de forma a manter a variabilidade genética deste grupo e reduzir a endogamia (consaguinidade) média local”, explicou. Estes estudos são essenciais para a ampliação do programa de conservação deste grupo genético, já em desenvolvimento na Embrapa Pantanal, bem como para promover no futuro uma maior integração entre os produtores e instituições de ensino e pesquisa da região e do país que realizam estudos com estes animais que se mostram como uma alternativa produtiva de potencial para a região pantaneira. 11 FEVEREIRO 2010 Expogrande 2010 Expogrande deve movimentar 15% a mais que em 2009, prevê Maia O presidente da Acrissul (Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul), Francisco Maia, disse esperar que este ano a Expogrande supere a edição anterior em até 15% no volume de negócios e de visitantes. Em janeiro, foi realizado o pré-lançamento da 72ª Expogrande que acontece de 18 a 28 de março. Na ocasião, ele lembrou da importância que a produção de alimentos no Brasil tem para o mundo e usou isso para justificar a internacionalização da feira em 2010. Ele ainda citou os números da exposição no ano passado, que chegou a ter mais de 350 mil visitantes e fechou mais de R$ 100 milhões em negócios. “Isso mostra a grandeza do agronegócio do Brasil. Dia 1º de março é o lançamento oficial. Na presença de dois senadores, Marisa Serrano (PSDB) e Valter Pereira (PMDB); e três deputados federais, Vander Loubet (PT), Dagoberto Nogueira (PDT) e Antonio Carlos Biffi (PT), Maia pediu empenho dos parlamentares em trazer o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para fazer parte da cerimônia de abertura da Expogrande. O deputado Vander Loubet disse que é muito importante a mobilização de todos para a realização da Expogrande, pois ela é uma referência para o setor no Bra- sil. E pediu a união de todos para trazer Lula. E lembrou-se do ex-governador Zeca do PT para juntar-se a essa tarefa. “Até porque, os dois são amigos”, argumentou. O vice-prefeito de Campo Grande, Edil Albuquerque (PMDB), que veio representando o prefeito Nelson Trad Filho (PMDB), disse que é muito grande sua expectativa quanto ao evento este ano. “Essa será uma das feiras mais interessantes de todos os tempos”, prevê. A secretária Tereza Cristina Corrêa da Costa Dias (Produção e Turismo) parabenizou o presidente da Acrissul pela iniciativa de internacionalizar a Expogrande. E, lembrando da lida do produtor que sempre tem a expectativa de uma safra melhor do que a anterior-, disse que em 2010 espera uma feira ainda maior. A senadora Marisa Serrano, que não é ligada ao meio rural e é uma parlamentar de oposição, aproveitou para defender os motivos pelos quais ela estava presente ao pré-lançamento. “Não é uma questão de partido. É uma questão de cidadania, de amor, porque esse é o setor que mais gera riqueza neste país. E eu tenho orgulho de fazer parte da Comissão de Agricultura do Senado”, disse. Pré-lançamento da Expogrande reuniu lideranças de vários setores de Mato Grosso do Sul Ao usar a palavra, o senador Valter Pereira ressaltou que, logo no primeiro ano à frente da Acrissul, Maia já começa com inovações e lembrou da realização da 1ª Expo MS. Convidados Também estiveram presentes ao prélançamento o presidente da Câmara Municipal de Campo Grande, Paulo Siufi (PMDB); o vereador da capital Paulo Pe- dra (PDT); a consulesa do Paraguai em Mato Grosso do Sul, Elisa Rolón; o cônsul geral da Bolívia, Enrique Garrón Ruiz. Representando os demais segmentos do setor rural vieram: José Lemos Monteiro, presidente do Sindicato Rural de Campo Grande; Oliveira Nantes Coelho, presidente do Movimento Nacional dos Produtores e Eduardo Correa Riedel, vice-presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul. 12 FEVEREIRO 2010 Expogrande 2010 Expogrande abre calendário das exposições de gado nelore em MS A 72ª Expogrande, uma das maiores feiras agropecuárias do País, acontece entre os dias 18 e 28 de março, em Campo Grande-MS e será a primeira obrigatória do ano no calendário de exposições do Ranking Oficial MS. “Para a raça Nelore será de grande importância, já que é obrigatória para o Ranking e já está confirmada a presença de vários criadores sul-mato-grossenses e de outros Estados brasileiros. As expectativas são excelentes, principalmente devido à nova data, que possibilita a presença dos expositores de todo o País.”, afirma Guilherme Bumlai, presidente da Associação SulMato-Grossense de Criadores de Nelore, a Nelore MS. Nas edições recentes anteriores, a Expogrande era realizada no final de março e início de abril, e coincidia com a Expolondrina, Exposição Agropecuária de Londrina, no Paraná. Em 2010, a feira reunirá pecuaristas do Brasil e do exterior, lideranças de classe e políticas, entre outras autoridades, e é uma oportunidade para a realização de bons negócios. Nesta edição, o evento será internacional. “O fato da Expogrande ser oficializada como internacional dá um destaque diferenciado à feira, abrindo oportunidades de novas fronteiras.”, ressalta Bumlai. Programação A Expogrande 2010 contará com 45 leilões, shows em todos os dias de feira, da manhã, almoço e janta, além de alojamento para até dois peões por expositor. A Acrissul fornecerá ainda silagem de milho ao gado presente no pavilhão. Nos julgamentos da raça Nelore, a associação distribuirá R$12 mil em dinheiro aos tratadores, distribuídos entre os campeões, reservados campeões, e 1° e 2° prêmios de cada categoria. O Ranking O Ranking Oficial MS sofreu alterações para o calendário 2009-2010. Ao Doze raças de bovinos estarão presentes à Feira palestras, julgamentos de 12 raças de bovinos, além de pista de equinos e ovinos. A expectativa de faturamento é de R$ 100 milhões de reais. A Associação Sul-Mato-Grossense dos Criadores de Nelore, Nelore MS, estará presente neste grande evento, apoiando os produtores associados que levarão às pistas do Parque de Exposições Laucídio Coelho a melhor genética do país. A entrada dos animais acontecerá de 17 a 21 de março. No dia 22 de março será realizada a pesagem, e de 24 a 28 acontecerão os julgamentos da raça Nelore. Conforme a diretoria da Acrissul, serão disponibilizados aos tratadores café Nelore Mocho do Paraguai estará na Expogrande este ano O presidente a Associação dos Criadores de Nelore Mocho, João Goya, esteve na manhã de do dia 02/02 na sede da Acrissul (Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul) para comunicar ao presidente da entidade, Francisco Maia, que haverá cerca de cem animais Nelore Mocho provenientes do Paraguai na 72ª Expogrande (18 a 28 de março). De acordo com Goya, as tratativas para trazer os expositores daquele país, tanto todo, serão 17 exposições, sendo 5 obrigatórias - uma a menos que na edição passada - e 2 opcionais, das 12 feiras restantes. A maior feira indoor da raça Nelore do mundo, a Expoinel MS 2009, foi a primeira exposição obrigatória do Ranking Oficial MS 20092010. Em outubro, a Exponan - Exposição Agropecuária de Nova Andradina - marcou o início do ranking, porém, a participação do expositor nas pistas de julgamentos da feira foi opcional. empresários quanto pecuaristas, não são complicadas. “Existem muito paraguaios radicados no Brasil que costumam participar da feira”, esclarece. “Com relação à vinda dos animais, isso também não é difícil, pois o Paraguai tem o mesmo status sanitário que temos aqui”, detalha. Maia disse que fará uma visita a Asunción, capital do Paraguai, com o objetivo de entregar ao presidente do país, Fer- Neste ano, doze raças de bovinos terão representantes na Expogrande, são elas: Nelore, Nelore Mocho, Guzerá, Brahman, Limousim, Bonsmara, Blonde D´Aquitaine, Canchin, Senepol, Gir, Girolando e Santa Gertrudis. As inscrições dos animais para os julgamentos começaram na segundafeira, 1° de fevereiro, e se encerrarão no dia 15 de março. O valor é de R$ 180,00 por argola inscrita em julgamento e R$ 160,00 por animal que ficará somente para demonstração no pavilhão. Os pecuaristas que realizarem os pagamentos até o dia vinte e seis deste mês terão o desconto de 10% por animal. Esta é a 72ª edição da Expogrande, uma das maiores feiras agropecuárias do País, que acontecerá entre os dias 18 e 28 de março, em Campo Grande-MS. O evento reunirá pecuaristas do nando Lugo, o convite para a cerimônia de abertura da Expogrande. Nesta ocasião, ele também se reunirá com associações de pecuaristas do país vizinho para reforçar o convite a eles. Também foi acertado que serão iniciadas as conversas para trazer a Reunião da Ficebu (Federação Internacional de Criadores de Zebu) para a feira. “Uma Brasil e do exterior, lideranças de classe e políticas, entre outras autoridades, e é uma oportunidade para a realização de bons negócios. A expectativa dos organizadores é que a exposição movimente mais de R$ 100 milhões. A Associação Sul-MatoGrossense dos Criadores de Nelore, Nelore MS, estará presente neste grande evento, apoiando os produtores associados que levarão às pistas do Parque de Exposições Laucídio Coelho a melhor genética do país. SERVIÇO: A entrada dos animais acontecerá de 17 a 21 de março. No dia 22 de março será realizada a pesagem, e de 24 a 28 acontecerão os julgamentos da raça Nelore. Os interessados podem obter mais informações através do site da Acrissul, www.acrissul.com.br ou através do telefone (67) 3345-4200. reunião como essa é muito interessante, pois trata da regulamentação das raças no mundo todo”, comenta Goya. Ele ainda trouxe outra notícia, a de que o ex-presidente do Paraguai, Juan Carlos Wasmosy, estará presente na Expogrande como expositor de animais. O ex-mandatário tem propriedades no Brasil, na Bolívia e no Paraguai. 13 FEVEREIRO 2010 Expogrande 2010 SHOWS EXPOGRANDE 2010 Acrissul investe em shows para todo gosto O samba rock do cantor e compositor Seu Jorge vai estar presente na 72ª Expogrande (18 a 28 de março). O show dele será no dia 20 de março (sábado). Essa edição da feira terá uma das melhores grades de atrações musicais de todos os tempos. Além de Seu Jorge, se apresentarão as duplas Victor e Léo (sexta-feira, 19), Bruno e Marrone (sábado, 27) e Luan Santana (sexta-feira, 26), entre outros. Ao todo serão doze shows durante a Expogrande. No primeiro dia do evento (quintafeira,18), subirão ao palco a dupla Munhoz e Mariano e também a cantora Amanda, neste dia o valor da entrada será R$ 10,00. Na segunda e terça-feira -dias 22 e 23 de março- a entrada é gratuita, e o públi- co que comparecer vai curtir o som do artista da terra Michel Teló (22) e do grupo Só Modão (23). A agenda de shows ainda segue com a apresentação Alex e Ivan (domingo, 21), Camila Prates e Henrique (quarta-feira, 24), Banda D´javú (quinta-feira, 25) e para encerrar a festa a dupla Marcos e Belutti (domingo, 28). Valor Os shows das quintas, sextas e sábados custarão R$ 16,00 (inteira) e R$ 8,00 (meia entrada). Nos domingos e na quarta-feira o ingresso será R$ 10,00 (inteira) e R$ 5,00 (meia). Crianças de até 10 anos de idade não pagam. Informações pelo telefone 3029-9033. Postos de vendas de ingressos: Gugu Lanches, Fest Beer e Ingresso Fácil. 18/03 - Quinta-feira | Munhoz e Mariano | Amanda 19/03 - Sexta-Feira | Victor e Léo 20/03 - Sábado | Seu Jorge 21/03 - Domingo | Alex e Yvan 22/03 - Segunda-feira | Michel Teló 23/03 - Terça-feira | Só Modão 24/03 - Quarta-feira | Camila Prates e Henrique 25/03 - Quinta-feira | Djavú e DJ Juninho Portugal 26/03 - Sexta-feira | Luan Santana 27/03 - Sábado | Bruno e Marrone 28/03 - Domingo | Marcos e Belutti Segunda e terça-feira - Entrada Gratuita. Preço especial de abertura (dia 18.03): R$ 10,00. Ingresso de quinta a sábado: R$ 16,00. Ingresso domingo a quarta: R$ 10,00 Informações: (67) 3029-9033 FALE CONOSCO: (67) 3388-5000 14 FEVEREIRO 2010 Expogrande 2010 ACRISSUL DEDICA AGRADECIMENTOS ESPECIAIS A José Carlos Bumlai Em nome de toda a Diretoria da Acrissul, o presidente da entidade, Francisco Maia, dirigiu agradecimentos especiais ao pecuarista José Carlos Bumlai, que não mediu esforços e dedicou tempo e em nome de seu relacionamento pessoal com o presidente Lula ajudou a Acrissul em sua ida à Brasília, onde levou convite para participar da Expogrande ao Presidente e à ministra-Chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, que confirmaram suas presenças. A iniciativa de José Carlos Bumlai contribui para o engrandecimento do agronegócio e ajuda a consolidar a exposição da qualidade da pecuária sul-mato-grossense. A ele nosso especial agradecimento. À bancada federal de MS A Acrissul aproveita o ensejo também para dirigir agradecimentos especiais à bancada federal de Mato Grosso do Sul, em nome do senador Delcídio do Amaral e dos deputados federais Vander Loubet, Antônio Carlos Biffi e Dagoberto Nogueira, que encaminharam emendas e projetos visando apoiar financeiramente a Expogrande. Mesmo alguns historicamente não tendo relação direta com o setor rural, deixaram a questão ideológica de lado e apostaram no sucesso que será a Expogrande e no seu potencial para o Brasil. Está pronto o projeto do Espaço do Produtor Muita sombra, espaço e uma vista privilegiada da pista de julgamento, assim será o Espaço do Produtor. O projeto do local foi elaborado pelo arquiteto Artur Perez e já foi entregue ao presidente da Acrissul (Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul), Francisco Maia. “Será um lugar agradável e ventilado para que expositores e produtores possam conversar com bastante conforto”, afirma Perez. Antes, o local era os fundos de alguns estandes do Parque, mas era mal aproveitado, pois tem uma das melhores vistas da pista de julgamento e, durante muito tempo, foi usado como área de estoque dos expositores. Para a próxima edição da Expogran- de (18 a 28 de março) será um dos locais mais nobres. De acordo com Maia, a intenção é criar mais espaços que possam acomodar as associações de raças, dar mais visibilidade para pequenos animais e valorizar lugares subutilizados dando destaque à arborização existente no local. “E ainda vamos discutir outras possibilidades”, adiantou. Diplomatas dizem que presença de presidente Lula é fundamental Os representantes diplomáticos da Bolívia e do Paraguai que estiveram presentes no pré-lançamento da 72ª Expogrande (18 a 28 de março) disseram que, com a vinda do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para a cerimônia de abertura da feira, fica mais provável que os mandatários de seus países também compareçam ao evento. Na ocasião, o presidente da Acrissul, Francisco Maia, entregou aos diplomatas convites que serão repassados aos presidentes dos dois países. “Vou encaminhar este documento à embaixada, em Brasília, para que o convite seja feito através do órgão competente”, disse a consulesa do Paraguai Elisa Rolón. “É grande a possibilidade de que o nosso presidente [Fernando Lugo] venha, porque é uma questão de integração. O Paraguai é muito parecido com Mato Grosso do Sul”, comparou. Enrique Garrón Ruiz, cônsul geral da Bolívia, disse vai entregar o convite também para as associações de pecuaristas de seu país, e frisou que é muito importante a presença de Lula, não só para que os outros chefes de estado compareçam, “mas, sobretudo, porque a pecuária é fundamental para o Brasil”. CONVITE ENVIADA AOS PRESIDENTES SUL-AMERICANOS Campo Grande, janeiro de 2010 Excelentíssimo Senhor Presidente, Os últimos anos têm sido generosos no estreitamento dos laços de amizade, de convergências culturais, estratégicas, econômicas, e até de consanguinidade, que unem as nações sul-americanas. É nesse contexto de promissor intercâmbio, e sob a inspiração de tratados regionais, e de acordos e pactos bilaterais, em favor do desenvolvimento econômico comum a povos irmãos, que realizaremos, de 18 a 28 de março de 2010, no Parque ‘Laucídio Coelho’, em Campo Grande, Capital de Mato Grosso do Sul, a 72ª Expogrande Internacional. Com foco no incentivo ao compartilhamento da qualidade genética, da sanidade animal e do vigor econômico da pecuária sul-americana, a importância estratégica da Feira, promovida pela Acrissul – Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul, entidade fundada em 1931 – e patrocinada pelo Governo Federal brasileiro, se amplia a cada edição. São esses aspectos, que apontam para um cenário de crescente intercâmbio científico e comercial no promissor campo da pecuária, que nos motivam a convidar Vossa Excelência a nos honrar com sua presença na abertura da Exposição Internacional, às 18 horas do dia 18 de março próximo. Com a presença, já assegurada, do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a participação de Vossa Excelência conferirá à 72ª Expogrande Internacional, a característica essencial de evento aglutinador dos esforços mais lúcidos do Paraguai e do Brasil em favor de uma pecuária de vanguarda. Na expectativa de uma manifestação do Governo de Vossa Excelência, expressamos a nossa esperança de que possa nos honrar com sua presença de notável chefe de Estado e de altivo e afetuoso amigo do Brasil. Respeitosamente, Francisco Maia Presidente da Acrissul 16 FEVEREIRO 2010 Opinião | Por Jonathan Pereira Barbosa Que diferença faz? Dentre as pessoas de bem que conheço e dispenso as maiores considerações, destaco aqui um tio, que, sempre prodigioso, passa boas recomendações aos que o são caros. Uma de suas matizes preferidas para atingir seus objetivos e metas é a seguinte: nada muda até que se enfrente. É preciso determinação frente a aquilo que se busca, ou fracassamos por comodidade. Vejamos por exemplo o que acontece com a decisiva ação empreendida pela atual diretoria da Acrissul contra a cobrança do Funrural. Foi indiscutivelmente uma providência justa e correta, que socorreu a todos os sofridos produtores rurais do nosso Estado, que ainda sem rumos e sem patronos, ficavam a deriva com mais esta abusiva carga tributária. A boa causa foi amplamente debatida sob a coordenação da Acrissul, culminando com uma reunião noturna na citada associação, com a presença de alguns poucos fazendeiros, como também do vice-presidente da Famasul -Eduardo Riedel- e do presidente do sindicato Rural de Campo Grande, o bom amigo Zeito, dentre algumas outras lideranças representadas. A falta de um comparecimento maior se deve a descrença do setor que, acumulando decepções vem deixando de acreditar nas entidades representativas e em suas lideranças. Mas, como sempre, lá estávamos: Chico Maia, Cezar Machado, Luiz Vieira e eu, que levantávamos mais essa bandeira da Acrissul. E não foi fácil passar aos presentes a necessidade de ingressarmos em juízo com uma ação própria (mandado de segurança) em defesa do direito líquido e certo dos associados da nos- sa entidade. Após as argumentações técnicas do nosso responsável pelo departamento jurídico, dr. Márcio Torres, oportunas e esclarecedoras, tivemos que insistir enfaticamente nas intervenções para reforçar no encaminhamento da providencial aprovação do referido procedimento jurídico junta à Justiça Federal. Acreditamos, e ingressamos com a ação. Não recomendamos nenhuma medida paralela, como um paliativo ou recurso preventivo. Fomos certos e seguros do que pretendíamos, fundados na perfeita peça levada a juízo. Não paramos de convidar e convocar os ausentes para aderirem ao requerimento, o que em aberto continua na secretaria da Acrissul para quem o desejar. Pois bem, como já se sabe, a liminar foi amplamente concedida, dando amparo aos requerentes para a suspensão do pagamento das operações concernentes à pecuária (gado magro e gordo) e agricultura. E, enquanto se aguarda o julgamento do mérito, o STF já se pronunciou sobre a matéria, declarando inconstitucionais tais cobranças. E, para concluir, hoje, o nosso advogado encontra-se em Uberaba (MG), a pedido do presidente da ABCZ (Associação Brasileira dos Criadores de Zebu) preparando igual ação a ser ingressada por aquela entidade em defesa de seus associados. Aí está a Acrissul servindo de modelo e referência para todos. Assim fica mais uma vez comprovado que o mundo impõe a todos a luta pelos seus direitos. É preciso lutar, acreditar... e mais, unir para combater e sobreviver contra este terrorismo fiscal que tem sido aplicado contra o meio rural brasileiro. Procure se aproximar da sua associação ou sindicato rural. Prestigie as abnegadas lideranças naquilo em que for convocado, e lembre que este é um ano eleitoral onde seu voto e seu apoio valem muito. Está na hora de fazermos uma revi- são de consciência, de chamarmos o processo à ordem e mostrarmos nossa importância e valor. É preciso que seja bem entendido que só se combate a fome com a produção de alimentos, e não de discursos, e quem produz alimentos não está sendo reconhecido e respeitado. É preciso mudar esta situação urgentemente, antes que o tempo nos castigue. Trata-se de dignidade atingida, ou não? E para avançar a marcha contra o agronegócio, vem aí, em nome dos direitos humanos mais uma absurda agressão contra os proprietários rurais. Como se já não bastassem os abusos das invasões de terras produtivas no nosso país, querem impor uma regra unilateral de proteção ao invasor. Pretendem impedir no Estado de Direito a iniciativa justa do proprietário invadido buscar a Justiça para garantir sua reintegração ou retomada do seu imóvel. Ao invés do governo ditar normas de ordem para os movimentos de invasões, vai ainda na busca de ampliar estes instrumentos caóticos, injustos e até inconstitucionais, para fortalecer a baderna no campo, com isso estimulando a radicalização entre as partes. Radicalização que já tem levado ao descaminho tantas ocorrências até a incontrolável violência. Onde tudo vai acabar? Aqui no nosso Estado, por vezes recebemos abusivas exigências. Vamos abordar uma que tem incomodado muito aos pecuaristas. Gostaríamos de saber quem foi o “gênio” que inventou tamanha incoerência (aberração) para exigir dos pecuaristas vendedores de seus animais a pecuaristas compradores, o comparecimento à Iagro para assinarem uma declaração de concordância de efetivação de negócio. Mas vejam quanta barbaridade! Pergunta-se: para que tamanha desconfiança? A Iagro tem esse poder? Ao entrave colocado, quem paga pelos negócios cancelados, ante a impossibilidade dos pecuaristas compradores de estarem presentes? Vale aqui lembrar que o governador André Puccinelli (PMDB) é produtor rural, como também a secretária de produção, Tereza Cristina Corrêa da Costa Dias. Ambos devem uma explicação até mesmo antes das próximas eleições. E, para concluir, lembramos que se o governo busca um controle nessas operações internas de gado magro, além da DAP, possui o estoque por inscrição estadual de cada pecuarista na Iagro, o que por si só seria suficiente. Como poderia ser lesado em sua arrecadação de ICMS se essas operações são isentas. O imposto só é devido quando o gado sai do Estado, e/ou nos abates de gado gordo. A Acrissul não concorda também com essa injusta exigência, e se espera que o governo estadual suspenda imediatamente essa infeliz medida. Ficamos sabendo que está vindo por aí uma anistia que vai dar ao pecuarista o direito de tornar compatível o seu saldo atual de rebanhos do campo para o papel. Válido para a Iagro e Secretaria de Fazenda (MS), o que estaria por acontecer em breve. Como também que o governador, depois de ouvir segmentos do setor, deseja devolver ao pecuarista o seu controle das notas fiscais, as quais seriam eletrônicas, acabando assim com a humilhante situação pela qual vêm passando o sofrido pecuarista deste Estado. Destaca-se, por fim, que estas também são duas bandeiras de lutas da nossa entidade, e em sendo confirmadas, QUE DIFERENÇA FAZ? O que absurdamente vem acontecendo, para o que daqui uns dias irá acontecer ? Afinal, não se recomenda complicar ainda mais aquilo que podemos simplificar o quanto antes. E, respeitosamente, tenho dito e escrito. Jonatan Pereira Barbosa é Vicepresidente da Acrissul E X P O G R A N D E O N L I N E | w w w. a c r i s s u l . c o m . b r 17 FEVEREIRO 2010 Mercado Taquari Leilões, solução para a venda de gado no Pantanal Empresa inaugura atividades com grandes eventos A Taquari Leilões Rurais é uma empresa nova no segmento, mas não se engane pensando que isso significa inexperiência. Ela é dirigida por Pantaleão Flores – mais conhecido como Panta – e seu irmão Aparício Flores, que têm 25 anos de experiência com leilões. A empresa nasceu voltada para atender produtores da região do Pantanal. “Lá, o acesso é muito difícil, o que dificulta a comercialização dos animais. E, por conta disso, muitos pecuaristas têm de vender sua produção abaixo do preço justo”, explica Panta. E é justamente aí que a Taquari Leilões apresenta uma solução para o criador pantaneiro: a empresa traz o gado das regiões da Nhecolândia e Paiaguás para serem comercializados no Leilão do Co- rixão, e este serviço de pegar o gado e levar para vender é feito sem nenhum custo para o vendedor. “Nós temos duas comitivas que passam pelas fazendas arrebanhando os animais e levando para o Corixão”, conta. “Não é necessário que o pecuarista tenha uma grande quantidade de animais, é só falar que quer vender e a gente junta tudo na comitiva e leva para o leilão”, detalha. A dificuldade em movimentar o gado faz com que os preços dos animais na região sejam abaixo da média do Estado. Ou pelo menos fazia. “A gente vai lá, pega o gado e vende por um preço justo e assim todos saem satisfeitos”. Segundo Panta, os leilões do Corixão também são uma comodidade a mais to em maio, quando começa a vacinação – e no ano passado bateu um recorde para esse tipo de comercialização no Estado, vendeu seis mil animais em um único evento. “Para este ano estamos preparando outro, desta vez com oito mil cabeças”, adianta. E um dos motivos para essa previsão é a recém-inaugurada ponte do rio Taquari, que vai permitir acesso fácil dos animais da região do Pantaleão e Aparício Flores, diretores da Taquari Leilões Paiaguás. para os compradores, isso porque eles “O Corixão já virou um ponto de ennão precisão mais sair pelas fazendas a contro e uma referência na região. Muiprocura dos animais para a reposição, o tos pecuaristas vão para lá para ver os que era dispendioso e nem sempre resul- amigos e fazer cotação de preços”, afirma tava em negócio fechado. “Para ir ver o Aparício. gado em uma propriedade ele tem de reOs próximos leilões serão nos dias 6 servar no mínimo dois dias. No leilão o de março, 3 de abril – ambos de gado de comprador tem à disposição animais de corte – e 12 de junho será a vez do II várias fazendas e em grandes quantida- Leilão Marca 15. Recém-nascida e já com des”, ressalta. a agenda cheia a fórmula para esse suO Leilão do Corixão é realizado todos cesso, de acordo com Panta, “é a honesos primeiros sábados de cada mês – exce- tidade e o trabalho sério”. 18 FEVEREIRO 2010 Nutrição Fabricar a própria ração começa pela organização A atividade pecuária é estreitamente ligada à nutrição dos animais. Afinal, o gado responde àquilo que come. Se o produtor estiver buscando resultados mais rápidos para se ganhar no giro do negócio, uma alternativa é fazer a complementação alimentar do rebanho com ração. Mantendo os custos na ponta do lápis, quem resolver fazer a própria ração pode aumentar o ganho da fazenda. A dica do zootecnista e professor da UCBD (Universidade Católica Dom Bosco), Luis Carlos Vinhas Ítavo, para quem está pensando em produzir o suplemento e aumentar a produtividade da fazenda, é começar separando os animais por idade, raça, porte e lactação. Ele explica que em cada fase os animais têm diferentes necessidades e a ração certa vai ajudar a otimizar os resultados sem haver desperdício de dinheiro. “Os novilhos e bezerros de corte, por exemplo, estão em fase de desenvolvimento dos ossos e músculos, portanto, necessitam de mais proteína na alimentação. O animal adulto, em fase de acabamento, precisa ganhar gordura, então um complemento com mais energia tem de ser dado”, esclarece. Para animais confinados, uma ração para gado de corte pode ter, segundo o professor, entre 12 e 15% de proteína e 70% de NDT (nutrientes digestíveis totais) que estão relacionados com a energia da dieta. Uma boa proporção para a ração seria de 40 a 60% de volumoso (por exemplo silagem de milho - planta inteira) e o concentrado com algo entre 45 e 50% milho, 30 a 35% farelo de soja, 10 a 15% casquinha de soja e 5% de minerais, podendo conter uréia. No caso de suplementos para animais a pasto, a quantidade diária a ser fornecida aos animais depende da época do Professor da UCBD, José Carlos Ítavo ano, das condições da pastagem e da lotação, e varia entre 300 g até 1 kg por dia por animal. “Quem tem condições de calcular a quantidade certa é um profissional da área de agrárias, como um zoo- tecnista, que vai saber o quanto de proteína o gado recebe do pasto e o quanto precisa ser suplementado”, destaca. No caso de animais para a produção de leite uma sugestão para o fornecimento de suplemento concentrado vai ser de 1kg/dia para cada 3 ou 4 litros de leite produzidos. O professor alerta para que o produtor faça um controle rigoroso do crescimento das novilhas leiteiras, porque não podem engordar mais que 700g/ dia. “Se ela ganha mais peso que isso, há acumulo de gordura no úbere da novilha/bezerra o que, na fase de lactação, vai significar menos leite. Ela vai ter um úbere grande e bonito, mas uma produção baixa”, explica. Tanto para o gado de corte, quanto para o leiteiro, Ítavo lembra que a complementação tem de ser constante para se ter resultado. “O ideal é que se use o tempo todo, mesmo que em menor quantidade, caso contrário, o animal pode não se adaptar a uma dieta menos rica em nutrientes”, explica. Controle Como a complementação alimentar é um investimento alto, mesmo quando feito em pequena escala, o produtor tem de estar atento quanto ao retorno do que está investindo. Para isso o professor Ítavo ressalta que tem de haver um controle individual dos animais; disponibilidade de espaço no cocho – mínimo de 15cm por cabeça. A conservação e administração diária da ração também são fundamentais. “Não aconselho que fique estocada por mais que dois meses. O gado gosta de comida fresca”. Quanto ao fornecimento diário, Ítavo lembra que é muito importante, pois, caso se dobre a quantidade de ração em um dia para evitar trabalho no outro, o gado pode consumir tudo de forma abrupta, o que pode produzir ácidos ruminais potencialmente letais para o rebanho. Na estocagem, tem de se ter o cuidado de colocar em um galpão arejado, sem umidade, e que não toque as paredes nem o chão, uma forma de evitar o surgimento de fungos. “Se o produtor ver que a ração mofou, ele tem de descartá-la. Cuidados para evitar o aparecimento de ratos e pombos também não podem faltar, pois esses animais podem transmitir leptospirose e toxoplasmose. O que traz perigo ao rebanho e ao homem”, finaliza. 19 FEVEREIRO 2010 Nutrição Fabricar ração exige cuidados para se ter lucro na ovinocultura Fabricar a ração para o gado, uma medida que, se bem aplicada, pode representar corte de custo na hora de se produzir, principalmente no que diz respeito à criação de ovinos. A suplementação dos animais com ração resulta em mais precocidade, menos doenças e também melhor fertilidade do rebanho. Mas, para conseguir bons resultados nesse sistema de produção, o pequeno produtor tem de pensar grande, ou seja, organizar o manejo, e ter muito cuidado com o que vai dar para a criação. “Se estamos falando de uma propriedade com quarenta animais, geralmente, não há nenhuma separação entre eles; matrizes, reprodutores e cordeiros estão todos no mesmo piquete”, exemplifica a professora Camila Celeste Ítavo, que dá aula nos cursos de veterinária e zootecnia da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul). “Primeiramente deve-se separar por idade, mas, se não for possível, a adoção do creep feeding será suficiente”, continua. Ela ressalta que o produtor tem de ter o foco no que chama de “óti- mo bioeconomico”, ou seja, investir na proporção do retorno que vai ter. Como a criação de ovinos é focada, em grande parte, na produção de carne, o maior cuidado tem de ser com os cordeiros. “Se você ter ração para a ovelha ela vai te agradecer, mas você não terá lucro algum com isso”. Logo, o mais correto é suplementar o cordeiro. “Para as matrizes bastam capim e um mineral”, comenta. O creep feeding é a suplementação do animal com ração em sua fase mais jovem, recém-nascido, quando tem melhor conversão alimentar, aproveita melhor os nutrientes que ingere. Para evitar que os animais adultos comam a ração é feita barreira em volta do cocho de forma que apenas os cordeiros consigam ter acesso ao alimento. Organizada a fazenda, é hora de fazer a ração, o ideal é que ela tenha 22% de proteína o que é conseguido com a uma fórmula simples: 36 kg de farelo de soja, 62 kg de farelo de milho,1 kg de núcleo mineral e 1 kg de melaço. Prof. Camila Celeste Ítavo, num dos piquetes da Universidade Federal (UFMS) Mas, mesmo que o produtor saiba como fazer a mistura, a professora alerta que tem de haver o acompanhamento de um profissional da área, pois a adequação dos minerais é feita de fora individual, conforme a necessidade do rebanho. Mais cuidados Outro ponto que merece destaque aqui é a armazenagem e compra dos produtos. A professora explica que há micotoxinas produzidas por fungos, portanto, tem de se ter muito cuidado com a conservação do alimento, tanto a ração já preparada quanto com os ingredientes. “A umidade é a causa principal. A ração mal estocada pode dar isso, ou o milho que não secou direito também”, atenta, lembrado que a contaminação pode até matar os animais. A compra da matéria prima é outro fator importante. “O produtor tem de saber a procedência do que dá para os animais. Milho, tem de diversos tipos, um para suinocultura, outro para avicultura, o que se encontra baratinho nas ruas por aí é o que foi rejeitado para outros animais”, destaca Camila. “Pode-se até compra o milho do vizinho, mas tem de se conhecer a qualidade”. Para obter resultados que sejam economicamente sustentáveis o criador de ovinos deve estar atento para o controle zootécnico, que é conhecer a genealogia dos animais e o resultado que cada cruzamento dá. Isso é fundamental para se conhecer se a genética do rebanho é adequada para o corte. “Não vai adiantar nada dar ração para um animal que não tem boa conversão alimentar, ele não vai engordar”, explica. Uma dica para evitar consanguinidade é separar os animais em dois piquetes, colocando um reprodutor em cada, dessa forma, na estação de monta, basta inverter os carneiros. 20 FEVEREIRO 2010 Mercado Leiloboi promove leilão histórico em junho no MS A pecuária de corte brasileira se prepara para um grande leilão, que vai acontecer no próximo dia cinco de junho, às 9h, direto do Confinamento Malibú, em Campo Grande/ MS. Trata-se do Mega Leilão Leiloboi 25 anos, com oferta de um número expressivo de animais, entre machos e fêmeas Nelore e cruzamento industrial. “Promover um dos maiores leilões de corte já realizado do Brasil, com a participação dos nossos amigos, vendedores e compradores de todos os rincões deste país sempre foi meu grande sonho”, afirma Carlos Guaritá, titular da Leiloboi, ao comentar a iniciativa que comemora os 25 anos da mais tradicional leiloeira de Mato Grosso do Sul. Com animais oriundos de todo o MS, a Leiloboi vai inaugurar o Confinamento Malibu com o Mega Leilão Leiloboi, com oferta de lotes de 100 animais acima que serão apresentados para revisão dois dias antes do evento. Cerca de 2.000 criadores, vendedores e compradores de todo país são esperados. Ao comentar o impacto e grandiosidade do leilão, Guaritá ressaltou a iniciativa. “É uma tarefa difícil, mas vou à luta, pois o desafio faz parte da minha vida”, disse. Serviço: O Confinamento Malibu está localizado em Campo Grande, na Carlos Guaritá, diretor da Leiloboi saída para São Paulo (BR 163). Quem não estiver presente no local vai poder acompanhar o leilão de qualquer parte do país pelo Canal do Boi e também pela internet, nos portais www.leiloboi.com e www.canaldoboi.com Sobre a Leiloboi A Leiloboi foi fundada em fevereiro de 1.985 sendo a mais tradicional leiloeira do Mato Grosso do Sul e uma das mais importantes em todo o Brasil. No último ano a empresa comercializou mais de 35 mil animais de corte em leilões de recinto e virtuais, além de 2000 animais puros, para reprodução. A Leiloboi concentra suas atividades na capital do estado do MS, Campo Grande, mas está presente nas principais feiras e eventos agropecuárias de todo o interior. Preço de bezerro segue sentido inverso ao da arroba do boi Em janeiro, o bezerro seguiu um sentido inverso ao do boi gordo. Enquanto a arroba do animal pronto para o abate continuou o movimento de queda – iniciado no ano passado – o bezerro só fez subir. A última cotação do mês passado chegou a R$ 619,40, segundo dados do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada). Em 4 de janeiro, o bezerro era vendido a R$ 601,95, uma valorização de 2,29% no mês. Por outro lado, a arroba do boi gordo sofreu queda em janeiro, -0,86%, passando de R$ 76,79 para R$ 76,37 (mercado paulista), diferença pequena, e um dos motivos foi o movimento de alta nos últimos dias do mês. Apesar da subida, o preço do bezerro ainda é bem inferior ao praticado no início de 2009. A primeira cotação registrada naquele ano foi de R$ 644,04; contudo, o decorrer do mês já dava indicações que seriam tempos de baixa, pois, em 31 de janeiro de 2009 o bezerro já tinha se desvalorizado 1,96%, e foi vendo a R$ 631,40. No entanto, uma coisa serve de motivo para se acreditar no negócio, a apreciação dos preços neste ano está sendo mais forte do que a depreciação ocorrida no ano passado, e em janeiro o bezerro valorizou R$ 17,45, enquanto a desvalorização no mesmo período de 2009 foi de R$ 12,64. (Da Redação) Carne brasileira fica mais competitiva com dólar alto Nos últimos dois meses, a arroba do boi caiu 6,49%. Mas dessa vez a notícia é boa para os pecuaristas, a queda foi em dólar. Em reais, na praça de Campo Grande (em 2 de fevereiro), o preço continua o mesmos desde 3 de dezembro do ano passado, R$ 68,00 a arroba, menos que os pecuaristas gostariam, no entanto, parou de cair. Conforme a cotação de 2 de fevereiro, a arroba do boi gordo saía por US$ 37,15, ou seja, US$ 2,58 mais barata do que há dois meses, quando chegou a custar US$ 39,73. Se pegarmos a cotação do dia em que o dólar atingiu o patamar mais alto nesta recente subida (27 janeiro), a arroba sairia por US$ 36,75, quase US$ 3,00 a menos que em dezembro. O bom dessa valorização do dólar é que a carne fica mais barata do mercado internacional sem afetar o que o produtor recebe aqui. A Rússia, nosso principal comprador, faz de tudo para compara carne a preço de banana. Ainda não estamos nesse nível, mas 6,49% a menos é um número expressivo para quem importa milhares de toneladas de carne. No ano passado, o produto perdeu competitividade no mercado externo, em 12 meses subiu 19,29% (em dólar), isso, aliado a crise financeira internacional, prejudicou as vendas. A esperança é que a moeda americana comece a se valorizar novamente. Contudo, não é esse o cenário projetado pelos analistas; os contratos futuros estão sendo fechados com dólar a R$ 1,76. 21 FEVEREIRO 2010 A braquiária que podemos ter daqui a 5 anos são somente para o cerrado. “O ideal seria que os testes fossem feitos também nos demais biomas, porque eu sei que essas sementes vão acabar parando longe e o produtor não vai ter informação de como a planta vai reagir”, esclarece. Embrapa-Gado de Corte investe no desenvolvimento de novas cultivares Uma braquiária alta e volumosa, palatável, com grande valor nutritivo, resistente a cigarrinha e que seria ideal para a pecuária intensiva, inclusive a leiteira. Se você nunca viu algo assim, não se preocupe, ela ainda não existe. Pelo menos não comercialmente. Essa cultivar da brizantha ainda está em fase de desenvolvimento nos laboratórios e campos da Embrapa Gado de Corte (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), em Campo Grande. “Até o momento, as vantagens apresentadas por essa planta são: a resistência à cigarrinha e boa produção de sementes”, explica a pesquisadora Cassilda Borges do Valle, responsável pelo projeto. A nova planta tem essas duas principais características comparativas com relação à variedade que já está no mercado. Sendo que, segundo a pesquisadora, a grande capacidade que tem em produzir sementes deve fazer com que o pro- duto fique mais barato para o pecuarista. Entretanto, se a planta passar nos testes restantes, o produtor só vai ter acesso a esse novo tipo de pastagem daqui uns cinco anos. Conforme Cassilda, a cultivar está na fase onde são testados os valores de cultivo e uso a campo e, depois disso, ainda tem o teste de pastejo. “Nessa etapa verificamos a capacidade que a variedade tem de sustentar os animais, para isso checamos o peso de cada um que foi colocado no piquete a cada 28 dias. Imaginamos que tenha um alto valor produtivo”, adianta, lembrando que um dos problemas que esse capim tem é o manejo. “Ele se espalha de maneira não muito uniforme”, revela. Outra braquiária que está na mesma fase de testes é um que usa como base a brizantha e a ruziziensis. Segundo a pesquisadora, já há três tipos de brizantha no mercado. “Mas ainda é pouco se levarmos em consideração todos os tipos de clima e sistemas de produção que te- Pesquisadora Cassilda Borges do Valle mos no Brasil”, justifica. “Nossa bandeira é a diversificação”. Todos esses testes pelos quais as potenciais novas pastagens passam são exigências do Mapa (Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento) e são uma garantia de que as variedades vão cumprir aquilo que prometem. São avaliados a capacidade de produção, resistência a pragas e intempéries e ainda se são adaptadas a todos os biomas do Brasil. “Tudo isso demanda tempo e muito dinheiro”. Contudo, essas novas pastagens que estão sendo produzidas aqui, Ainda em 2010 Se as duas variedades acima só estarão à disposição em mais cinco anos, há uma nova variedade de braquiária que deve ser lançada ainda em 2010, é a Tupi. Depois da Xaraés e da Piatã, a Embrapa, em parceria com a Unipasto (Associação para o Fomento à Pesquisa de Melhoramento de Forrageiras Tropicais) , vai colocar no mercado outra humidícola. De acordo com a pesquisadora Cassilda Borges do Valle, essa nova pastagem tem “ótimo crescimento, mais valor nutritivo, resistência a seca, tolerante a cigarrinha e bem adaptada a áreas úmidas”. A data para o lançamento ainda não está marcada, mas é provável que esteja à disposição no comércio ainda este ano. O certo é que ela é mais uma excelente opção para a pecuária desenvolvida para a realidade da pecuária brasileira. Nova semente de cana promete baratear os custos do plantio Para precisar replantar os campos de cana-de-açúcar nas próximas safras vai ter mais uma opção de semente que promete baratear os custos em 15%, ser mais eficiente, preservar o solo e até emitir menos gases de efeito estufa. Está é a Plene TM, produzida pela Syngenta. De acordo com a empresa, essa semente é diferente das tradicionalmente plantadas nos canaviais do país e do mundo. Invés de ser um ramo de cana de 30 ou 40 centímetros, a Plene tem apenas 4 centímetros. Ela ainda é envolvida por uma camada de nutrientes e defensivos que ajudam a plan- ta nos primeiros estágios de brotação. Entre as vantagens comparativas a Syngenta ressalta que o tamanho reduzido da “semente” requer uma plantadeira de menor porte também -a qual foi desenvolvida pela fabricante de tratores John Deere- o que reduz a compactação do solo e, e quebra, a emissão poluentes para a atmosfera. Além disso, a empresa lembra que não será preciso que as usinas mantenham viveiros para produção de sementes, sendo que este espaço poderá ser utilizado para a plantação comercial. Outra vantagem é a maior viabilidade de replantios mais constantes, o que mantém alta a pro- dutividade por hectare. “A cana-de-açúcar é um plantio importante para as indústrias de alimentos e etanol, e sua demanda deve crescer com força. Plene ampliará nossa oferta, significativamente, levando aos clientes da área de cana-de-açúcar um programa integrado de semente, proteção de cultivo e suporte técnico, com benefícios claros de produtividade e custo”, disse John Atkin, executivo chefe da Syngenta Proteção de Cultivos. Quanto à capacidade de produzir mais sacarose por tonelada de cana a assessoria de imprensa da empresa disse que as vantagens se limitam a fase de plantio da cultura, e que a produtividade de açúcares por tonelada é a mesma esperada de outras sementes. O Brasil é o mercado líder na produção de cana-de-açúcar, com cerca de oito milhões de hectares em cultivo, 2% da terra arável do país. A produção atual de cana é de, aproximadamente, 500 milhões de toneladas. O aumento da demanda por cana-de-açúcar se deve ao seu uso como açúcar e como matéria-prima na produção de biocombustível. Hoje, o país produz 40% do etanol mundial. 22 FEVEREIRO 2010 Um animal que evoluiu para a perfeição Muitas das atuais características do cavalo árabe resultam de sua adaptação ao deserto. São, com certeza, aspectos de sua conformação primitiva que foram privilegiados, selecionados e desenvolvidos com grande sabedoria pelos beduínos. Isso foi realizado com tal maestria através de conceitos e ensinamentos passados de geração para geração durante milênios, que nenhum hipólogo ou compêndio sobre equinos se recusa ou mesmo titubeia em afirmar que o Puro Sangue Árabe é o mais perfeito animal e o verdadeiro protótipo do cavalo de sela. Temperamento: O beduino em suas longas jornadas pelo deserto precisava de um cavalo inteligente que permitisse convivencia intensa, bom temperamento para que durante a noite pudesse muitas vezes serem mantidos nas tendas, mas que ao mesmo tempo mantivesse o espirito alerta e vivaz dos animais selvagens, para que o avisasse da aproximacao de inimigos ou animais selvagens. É esse e o temperamento ideal para as provas. Seu instinto original, sua atencao apurada, preserva o conjunto dos percalços da trilha. Sua docilidade proporcionam um bom relacionamento com o cavaleiro e seu sangue quente e energético lhe dá o vigor necessário para enfrentar grandes cavalgadas. Fibras musculares - As celulas que formam a musculatura do cavalo Árabe são predominantemente brancas, cuja principal característica é a contracao e expansao de forma regular e prolongada, ao contrário das células vermelhas que possuem grande explosão mas com rápida perda de energia por exemplo as predominantes na raça Quarto de Milha Pele - A pele negra, por debaixo dos pêlos do cavalo Árabe é visível devido a delicadeza ou ausência de pêlos em torno dos olhos e focinho. Essa pele escura em torno dos olhos reduz o reflexo da luz do sol e também protege contra a queimadura. A fina pele do cavalo Árabe proporciona a rápida evaporação do suor resfriando o cavalo mais rapidamente. Irrigação Sanguínea – As veias que se tornam visíveis por saltarem à flor da pele quando o cavalo Árabe enfrenta grande esforço físico resfriam rapidamente a circulação sanguínea em contato com o ar, proporcionando maior conforto em longas jornadas. Estrutura Óssea – As proporcoes da estrutura do Cavalo Arabe sao harmonicas e adequadas para o trote e galope, andaduras fundamentais para cavalos de esportes. É fato que muitos cavalos Árabes possuem apenas cinco vértebras lombares, diferentes das seis comuns em outras raças. Essa vértebra a menos explica o pequeno lombo e a resultante habilidade em carregar grandes pesos proporcionalmente ao seu tamanho, por longas distancias Narinas - As flexiveis narinas do cavalo Árabe, se dilatam quando ele corre ou está excitado, proporcionando grande captação de ar. Normalmente as narinas se encontram semicerradas reduzindo a poeira proveniente da respiração nos climas mais secos como no deserto. Maxilares – O tamanho e a grande separação entre os maxilares ou ganachas no cavalo Árabe proporcionam um bom espaço para a passagem de sua desenvolvida traquéia e esse é um outro fator que aumenta a a captação de ar. Carregamento de Pescoco - O arqueamento de pescoco, tipico do Cavalo Arabe, nao e apenas um elemento de grande beleza, mas proporcionam uma suave entrada da traqueia na garganta, sem pontos de estrangulamento, propiciando maior entrada de ar para os pulmoes. Carregamento de Cabeça - O carregamento natural de cabeça do cavalo Árabe é muito mais alto do que qualquer outra raça, especialmente ao galope. O alto carregamento da cabeça facilita a passagem do ar, abrindo as flexíveis narinas e alongando a traquéia. Focinho - O pequeno e cônico focinho também deve ser creditado a sua herança do deserto. A escassez de alimentos devem ter reduzido o focinho para o admirado tamanho e formato de hoje. Os finos e agéis lábios provavelmente são resultados de ralos pastos do deserto. Os cavalos dos beduínos pastoreavam apenas esporádicamente comendo poucos chumaços de grama aqui e ali, enquanto seguiam em suas longas jornadas. Lábios ágeis podem rapidamente se prover de pequenas porções de ralas gramas e ervas. Crina – Os pêlos da crina são normalmente finos e longos, protegendo a cabeça e o pescoço da ação direta do sol. O longo topete na testa também protege os olhos do reflexo e da poeira.Outras caracteristicas que definem o padrao da raca: Carregamento de Cauda - O alto e natural carregamento de cauda é resultado da singular estrutura óssea do cavalo Árabe. A primeira vértebra da cauda, que se liga à parte interna da garupa é levemente inclinada para cima, ao contrário de outras raças que se inclina para baixo. Os olhos – Os olhos do cavalo Árabe são típicos de muitas espécimes de animais do deserto. Grandes e salientes, eles são responsáveis por prover o animal de uma excelente visão, a qual alertava os primitivos cavalos Árabes dos ataques de seus predadores. A Cabeça - A distinta beleza da cabeça do cavalo Árabe é uma das principais marcas do tipo da raça. O clássico perfil é marcado por duas características: jibbah e afnas, muito admiradas pelos beduínos. Jibbah é a protuberância acima dos olhos. Nem todos os cavalos Árabes maduros o possuem, mas ele é óbvio nos potros. O Jibbah aumenta o tamanho da cavidade nasal proporcionando maior capacidade respiratória. Afnas – O afnas é a chamada “cabeça chanfrada”. O chanfro é a depressão no osso frontal da cabeça entre os olhos e o focinho, ela apresenta uma curva côncava no perfil da cabeça. Embora o Afnas fosse admirado pelos beduínos como um aspecto de beleza, nem todos os seus cavalos possuíam o chanfro pronunciado, da mesma forma que hoje nem todos os modernos cavalos Árabes possuem esse perfil. Mas uma cabeça é considerada boa e típica quando possui:- olhos grandes, salientes, bem separados e situados logo abaixo da testa;- testa larga;- narinas grandes e flexíveis;- cabeça descarnada e seca;-orelhas pequenas, flexiveis e de grande mobilidade, permitindo a captacao de sons advindos de todas as direcoes.- a expressão geral é alerta, inteligente e vivaz. (Fonte: ABCCA) 23 FEVEREIRO 2010 Rastreabilidade Sob riscos, o novo Sisbov pode ampliar mercado profissional Uma antiga reivindicação dos médicos veterinários foi ouvida pelo governo federal, a possibilidade deles – e também zootecnistas e engenheiros agrônomos – de serem agentes certificadores do Sisbov (Sistema de Identificação e Certificação de Bovinos e Bubalinos). O que na prática confere a esses profissionais prerrogativas que antes eram exclusiva de empresas especializadas: poder inserir dados dentro do Sistema e certificar os animais. O objetivo principal dessas mudanças é, segundo o secretário de Defesa Agropecuária do Mapa (Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento), Inácio Kroetz, dar maior segurança ao sistema de rastreabilidade e simplificar as regras. Alguns defendem a medida, outros olham como um potencial perigo para o trabalho de rastreabilidade que tem sido desenvolvido no Brasil, o qual sofreu muitas mudanças nestes mais de dez anos de existência. No dia 19 de janeiro encerrou a consulta pública para o Mapa ouvir sugestões sobre o novo sistema, mas até o dia 18 de janeiro, conforme o Ministério, só haviam 40 sugestões. O próximo passo é analisar as propostas enviadas e estabelecer diretrizes e procedimentos. A data para que os profissionais possam requerer o privilégio ainda não é certa, mas, ao que parece ainda vai demorar um pouco. “Ora, se o produtor tem, dentro da fazenda, uma pessoa que sabe todas as informações do rebanho e tem capacidade técnica para certificar os animais, por que pagar uma empresa para fazer o trabalho?”, questiona o médico veterinário Osmar Bastos, lembrando que há a possibilidade dos veterinários trabalharem como pessoa física. Ele disse que esteve várias vezes em Brasília – quando era presidente do CRMV-MS (Conselho Regional de Medicina Veterinária) – re- querendo do governo federal, senadores e deputados apoio para que as regras do Sisbov fossem alteradas. “Finalmente parece que fomos ouvidos”. “Isso é uma avanço na pecuária, porque vai agilizar e baratear o processo de rastreabilidade, já que o produtor não vai precisar mais pagar uma empresa só para fazer certificação”, argumenta Bastos. “É claro que, quem pisar na bola [inserir dados falsos], e não corresponder à confiança vai ser punido. O Ministério da Agricultura vai em cima dele e o conselho profissional também”, alerta. De acordo com Bastos, recentemente, o Estado viveu situação curiosa, enquanto Minas Gerais estava com cerca de 500 propriedades certificadas no Sisbov, Mato Grosso do Sul, que tem o segundo maior rebanho do País, tinha apenas 60, isso porque havia poucas certificadoras habilitadas. O problema só foi resolvido depois de uma mobilização dos órgãos de governo para auditar as empresas. Digo não Mesmo como muitos pontos positivos há quem não enxergue a nova norma com bons olhos. Para o médico veterinário Armando Pereira da Silva, esta flexibilização das regras do Sisbov mais “parece um jeitinho brasileiro que no fim acaba com os burros n`água”. “Se for pensar na classe, isso é ótimo, mais espaço de trabalho para todos. Mas não é só isso que está em jogo, o processo [de certificação da rastreabilidade] é complicado. Quem pode perder é o Brasil. Haverão recém formados doidos para entrarem nisso, oferecendo preço baixo. E, a maioria, como todo aquele que acabou de sair de uma universidade, não tem a firmeza para dizer não a um cliente. Vai ter fazendeirão por aí dizendo: ‘faz desse jeito mesmo filho. Eu estou te ajudando’. Vai ser aí que vamos, mais uma vez, passar vergonha por termos uma rastreabilidade que não pode ser auditada”, argumenta. “Se não houver formas rigorosas de avaliação e a exigência de três anos de experiência na área, sou contra”, enfatiza. Armando atenta para o fato de que a flexibilização está ocorrendo na etapa que mais deu problema em todos estes anos de rastreabilidade no Brasil, a coleta de dados na fazenda. “Não tem outra forma séria de se fazer a certificação. A forma como está aí é complicada, eu sei. Mas, sinceramente, é assim. Podemos melhorar, mas temos der ter cuidado com o jeito fácil. Esse novo processo me dá medo”, finaliza. Novas embalagens de nutrição Tortuga. Todo mundo quer ver de perto! O novo design das embalagens de nutrição é mais uma inovação da Tortuga. Além de mais modernas e bonitas, foram padronizadas e projetadas a fim de facilitar o manejo e o estoque. A mesma qualidade e tecnologia de sempre, agora de cara nova. 0800 011 6262 | www.tortuga.com.br 24 FEVEREIRO 2010 História de Sucesso Empresa sul-mato-grossense comemora 25 anos de atuação no mercado No mês de fevereiro, uma das maiores empresas de nutrição animal do País e que detém o maior laboratório homeopático da América Latina comemora 25 anos de atuação no mercado. Fundada em 1985, no município de Ribas do Rio Pardo (MS), com o nome de Veterinária Real, a pequena loja veterinária se transformou em uma grande empresa graças ao trabalho e a determinação de uma família. Pioneira no segmento da Homeopatia Populacional, e reconhecida nacional e internacionalmente por desenvolver e investir em alta tecnologia capaz de garantir o bem estar dos animais, a empresa é comandada de perto pelo presidente, o médico veterinário homeopata professor dr. Claudio Martins Real, seus filhos, Marcelo Renck Real, Mario Renck Real, Claudia Leite, e pelo genro Jorge Alberto Caravajal Leite. Marcelo e Mário também são médicos-veterinários homeopatas. Claudio Real afirma orgulhoso que completar mais de duas décadas no mercado é uma satisfação muito grande. “Vinte e cinco anos não são cinco, durante este período vimos muitas empresas que eram classificadas como as melhores desaparecerem, por isso chegar até aqui só nos dá ânimo para continuar em frente com a mesma política, honestidade e seriedade na produção de produtos de excelente qualidade para servir a pecuária”. Detentora do maior laboratório vete- rinário homeopático da América Latina, a empresa se consolidou no cenário nacional por criar a possibilidade de incorporar a homeopatia aos produtos de nutrição, técnica denominada “Homeopatia Populacional”, por tratar o rebanho como se fosse um único indivíduo. Presente em todos os estados brasileiros e também no Paraguai e na Colômbia, a empresa conta com mais de 150 funcionários diretos e gera mais de 2000 empregos diretos. A indústria sul-matogrossense pretende em breve fornecer os produtos homeopáticos para outras nações como Uruguai, Argentina, Panamá, México e África do Sul. Há mais de 20 anos na empresa, a assistente de gerente Liamar Nascimento, se diz orgulhosa em fazer parte do quadro de funcionários. “Trabalhar na Real H tem um significado muito especial, esta é uma grande família que sempre nos ensina algo novo. É muito bom fazer parte desta história de sucesso”. Além da valorização dos seus funcionários, a empresa também se preocupa com as questões sociais e ambientais, tanto que desenvolve diversos projetos visando o bem-estar do ser humano e a preservação da natureza. Marcelo Real, que ocupada o cargo de diretor comercial enfatiza que completar vinte e cinco anos de história não foi nada fácil. Para que o sonho se concretizasse foi preciso usar uma boa receita cujos ingredientes são: foco, dedicação, qualidade, decisão, comprometimento, humildade, trabalho, equipe, compreensão e amor, relata o médicoveterinário. Mais detalhes desta história de sucesso podem ser conferidos no site www.realh.com.br. Mais agropecuária para mais indústria O setor agropecuário está por trás da monumental revolução industrial que o Brasil vem experimentando Roberto Rodrigues De vez em quando, voltam a circular pela mídia reportagens e comentários criticando o modelo brasileiro de exportações de produtos primários (minérios e commodities agrícolas), com o procedente argumento de que deveríamos ampliar a participação dos serviços e produtos industrializados, que têm valor agregado muito maior. Ninguém deseja que o Brasil seja eternamente um país agrícola apenas. Qualquer pessoa sonha com a geração de empregos qualificados na indústria e no setor de serviços, com renda melhor para a massa trabalhadora. Mas esses itens não são excludentes. Ao contrário, complementamse. O aumento da área plantada e da produção agropecuária demandam, por exemplo, mais máquinas e implementos agrícolas (tratores, arados, grades, subsoladores, sulcadores, retroescavadeiras, aparelhos de irrigação, carretas, cultivadores, plantadeiras, calcareadeiras, roçadeiras, colhedeiras, caminhões, vagões, locomotivas, trilhos), e tudo isso exige uma siderurgia moderna e eficiente; também demandam mais sementes, corretivos, defensivos, fertilizantes, e isso exige tecnologia e uma indústria de insumos competitiva; demandam armazéns e silos, transporte multimodal, portos, sistemas de transbordo, o que exige uma construção civil avançada, escritórios de logística super qualificados e estruturados, bem como a produção e distribuição adequada de energia e uma moderna rede de comunicação e informação. Tudo isso é indústria. Por outro lado, a crescente produção da matéria-prima agrícola a preços competitivos com o resto do mundo dá margem ao explosivo aumento da indústria de alimentos, que, aliás, foi um dos setores que mais evoluíram em nosso país. E não só de alimentos mas também de roupas e calçados, instrumentalizando a indústria da moda. E a de agroenergia, barateando os custos dos combustíveis e reduzindo as emissões de CO2. E é claro que no entorno de todo esse imenso aparato industrial que depende diretamente da produção agrope- cuária -e que compõe o agronegócioainda vem a indústria de eletrodomésticos (geladeiras, fogões, micro-ondas, liquidificadores, batedeiras, centrífugas) e a de pratos, copos, toalhas de mesa, talheres e tantos mais. Sem esquecer ainda da poderosa indústria de embalagens... Portanto, o setor agropecuário está por trás da monumental revolução industrial que o Brasil vem experimentando. Tanto é verdade que a participação do agronegócio no PIB do país vem diminuindo: passou de 28,4%, em 1994, para 26,4% em 2008, embora o valor absoluto tenha crescido de R$ 555,8 milhões para R$ 764,5 milhões no mesmo período, a valores de 2008, segundo os dados do Cepea/USP. E mais do que isso: o FAO mesmo explica que até 2050 o mundo precisa ampliar em 70% a sua produção de produtos agrícolas para alimentar e vestir a população exponencialmente crescente, em especial nos países em desenvolvimento. E todo mundo sabe que as áreas para este crescimento estão na América do Sul e na África Subsaariana. Mas todo investidor sabe que o Brasil é o país que detêm a melhor condição de atender essa demanda, pela disponibilidade de terra, pela eficiente tecnologia agrícola tropical e por ter um agricultor altamente capacitado. Seguramente, o aumento das exportações agrícolas ajudará a industrializar ainda mais o nosso país. Roberto Rodrigues, 67, é coordenador do Centro de Agronegócio da FGV, presidente do Conselho Superior do Agronegócio da Fiesp e professor do Departamento de Economia Rural da Unesp - Jaboticabal, foi ministro da Agricultura (governo Lula). 25 FEVEREIRO 2010 Agricultura Soja inicia movimento de queda dos preços A safra brasileira 2009/2010 deve colher cerca de 65 milhões de toneladas de soja, a previsão é de que seja a segunda maior safra da história da agricultura no Brasil. Este ano, tudo está ajudando não teve seca – aliá, a chuva tem caído com regularidade – houve uma ligeira expansão da área plantada e o resultado final deve ser uma maior produção por hectare. Só uma coisa não deve ajudar os produtores este ano, o preço da saca. A perspectiva é de baixa, já que os Estados Unidos, maiores produtores do mundo, e a Argentina, terceiro maior, devem também ter uma safras muito boas, próximas aos recordes históricos. De acordo com o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, a safra mundial de soja deve ficar em torno de 253,4 milhões de toneladas. É muita soja. Na BM&F (Bolsa de Mercadorias e Futuro) a forte pressão por um movimento de baixa do produto para contratos futuros já começou, e registra quedas significativas desde o início do ano. De acordo com dados do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), no dia 4 de janeiro a saca com 60 kg era negociada a R$ 42,73, uma ligeira valorização se comparada com a cotação anterior. Contudo, no dia seguinte, a desvalorização teve início e, de 4 a 11 de janeiro a commodity já acumulava queda de 2,38%. A saca, no porto de Paranaguá foi vendida a R$ 40,4 (11/01) e a baixa naquela praça somava 3,81%. O conselho de quem entende do assunto é negociar a venda o quanto antes. De acordo com Leon Dávalo Vilela, corretor de commodities da Granos, quem deixar para negociar na safra vai perder dinheiro. “Ocorre que, os três grandes produtores de soja do mundo estão tendo uma boa safra. Em comparação com o ano passado, os Estado Unidos vão colher 10 milhões de toneladas a mais, assim como o Brasil e a Argentina cerca de 23 milhões de toneladas, e o consumo não aumentou”, esclarece. “Dessa forma, o preço deve ceder. Só vai haver um ganho maior se o dólar subir”. Há ainda outro problema, a armazenagem. Os silos da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) ainda estão cheios com os produtos da colheita passada. Como se não bastasse, em Mato Grosso do Sul há um déficit de espaço de 2,5 milhões de to- neladas. Não tendo onde colocar, o produtor vai ter de se desfazer rapidamente do que produziu, o que significa vender mais barato. “O produtor pode até reclamar, mas ainda vai ter lucro”, adianta Vilela. Mesmo vendendo a saca da soja a R$ 30, preço esperado para pico da safra, quem plantou a oleaginosa vai ficar no azul. “Muita gente vai reclamar porque vai tentar tirar o prejuízo da safra passada na deste ano”, prevê. Para contrabalancear a queda dos preços houve a queda dos custos. De acordo com uma pesquisa feita pela Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) de Dourados os custos ficaram 24,7% mais baratos do que na safra 2008/2009. O principal motivo para isso foi a baixa dos insumos, principalmente dos fertilizantes, que na safra passada chegou a representar 33,6% do custo total. Conforme Alceu Richetti, pesquisador da Embrapa, o motivo da queda brusca no preço dos fertilizantes se deve a grande quantidade do produto nos armazéns dos comerciantes. “Em 2008, por causa da crise [financeira mundial] muita gente ficou esperando o financiamento e acabou não comprando adubo, ou comprando menos, e houve uma grande oferta do produto”, esclarece. 26 FEVEREIRO 2010 Indicadores Crise global diminui custos da pecuária, mas a arroba do boi desvaloriza ainda mais No acumulado de 2009 (janeiro a dezembro), os custos de produção da pecuária de corte caíram, conforme pesquisa realizada pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Ce- pea), da Esalq/USP, em parceria com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). Essa queda esteve atrelada ao desaquecimento mundial da demanda por insumos (petróleo, fertilizantes, adubos, etc.), por conta da crise financeira internacional no final de 2008 e início de 2009. Entre janeiro e dezembro de 2009, o Custo Operacional Efetivo (COE) recuou 3,7%, considerando a média Brasil (GO, MT, MS, PA, RO, RS, MG, PR, TO e SP). Quanto ao Custo Operacional Total (COT), houve baixa de 3,4% no mesmo período. Apesar dessa redução, a arroba do boi gordo desvalorizou ainda mais de janeiro para dezembro de 2009: 7,28%, desanimando produtores con- sultados pelo Cepea. A crise internacional e o regime de chuvas atípico em 2009 aumentaram a complexidade das decisões no mercado pecuário nacional, principalmente do produtor. Conforme pesquisadores do Cepea, com a escassez de crédito, caiu a demanda externa por carne e também as possibilidades de empresas financiarem a produção e novos investimentos. Quanto às chuvas, vieram em excesso em boa parte da região Centro-Sul, aliviando a estiagem típica de meados do ano, mas, por vezes, forçando a entrega de lotes de confinados em momentos não programados. A maior insatisfação com o desempenho em 2009 é notoriamente do pecuarista que, mesmo em entressafra, enfrentou fortes pressões do segmento industrial, não conseguindo remuneração pretendida para recuperar as margens diminuídas pelos altos custos de 2008. Suplementação A suplementação mineral, depois de ser marcada como a vilã em 2007 e 2008, foi o insumo que mais influenciou as quedas dos custos de produção da pecuária de corte em 2009. Isso porque a suplementação mineral corresponde, em média, com 22% dos gastos. No acumulado de 2009, o insumo registrou queda de 26,56%, ao passo que, em 2007, houve aumento de 12,75% e em 2008, de expressivos 91,51%. Na seqüência, os insumos que mais desvalorizaram no acumulado de 2009 foram Adubos e Corretivos, que caiu 14,88%, e Compra de ani- mais para reposição, que recuou 5,35%. Entre os estados considerados nesta pesquisa, as maiores quedas no Custo Operacional Efetivo (COE) no acumulado de 2009 foram verificadas em Goiás (9,13%), Pará (-8,62%) e Paraná (-8,2%) e Mato Grosso (-7,56%). Os preço pagos pelo boi gordo, no entanto, caíram com mais força. Em Goiás, a arroba registrou desvalorização de 9,21% entre janeiro e dezembro de 2009. Em Minas Gerais o recuo foi de 9,85% nas cotações do boi, em Mato Grosso do Sul, de 8,92%, e, em São Paulo, de 8,7%. Por outro lado, alguns itens da cesta de custo de produção considerados pelo Cepea registraram altas no acumulado de 2009, como Sementes, Mão-de-obra e insumos para reprodução animal. A maior variação positiva, de 17,4%, foi registrada pelo item Sementes Forrageiras, devido à maior demanda pelo insumo para a formação ou recuperação dos pastos. A renovação das pastagens indica que pecuaristas estão esperando por um ciclo melhor da cadeira produtiva, investindo em ganhos de produtividade. O item Mão-de-obra subiu 11,7%, por conta do aumento do salário mínimo. Para Máquinas e implementos agrícolas houve alta de 7,8% entre janeiro e dezembro de 2009. Especificamente de novembro para dezembro de 2009, foi observado aumento nos custos de produção, considerando a média dos estados pesquisados pelo Cepea. O COE teve alta de 1,22%, enquanto que a arroba do boi gordo desvalorizou 0,65% no período. 27 FEVEREIRO 2010 16/MARÇO Hospital do Câncer realizará leilão na Expogrande Dentro da programação da 72ª Expogrande (18 a 28 março) haverá diversos leilões, mas um vai ser especial, pois a o dinheiro arrecadado será usado na ampliação do Hospital do Câncer Alfredo Abrão. E a Acrissul (Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul) vai ajudar nessa campanha. No início de fevereiro, o presidente da Associação, Francisco Maia, apresentou a programação da feira às representantes da entidade, que escolheram o dia 16 de março para realizar o segundo leilão de gado de corte do Hospital do Câncer, que será organizado pela Pantanal Leilões e transmitido pelo Canal do Boi, às 20h. “Em 2008, fizemos o primeiro leilão, com o dinheiro arrecado, R$ 80 mil, terminamos a construção oncopediatria. Uma obra que era muito necessária, pois as crianças não podem receber tratamento no mesmo ambiente que os adultos. Hoje, elas têm um espaço todo decorado, com brinques, livros e filmes à disposição”, relata Andrea Ostrowsky, da equipe de comunicação do Hospital. A ampliação do hospital deve custar R$ 25 milhões. Conforme Andrea, trezentos pacientes são atendidos por dia no Alfredo Abrão, e se faz necessário um espaço maior para atender toda essa demanda. A expectativa é de que a arrecadação seja maior nesse evento, e um dos motivos é que o leilão estará inserido na programação da Expogrande. Quem comparecer ao evento ainda vai ter a oportunidade de assistir a um show do Grupo Tradição, que é o padrinho da instituição. Expogrande 2010 já tem 45 leilões confirmados DATA HORÁRIO EVENTO LOCAL 08/março 09/março 11/março 11/março 12/março 13/março 14/março 14/março 15/março 15/março 16/março 16/março 17/março 18/março 18/março 19/março 19/março 20/março 20/março 20/março 20/março 21/março 21/março 21/março 21/março 21/março 22/março 22/março 22/março 23/março 23/março 23/março 24/março 24/março 24/março 25/março 25/março 26/março 26/março 27/março 27/março 27/março 27/março 28/março 28/março 20h 20h 20h 20h 20h 12h 13h 14h 20h 20h 20h 20h 19h 20h 20h 20h 20h 12h 12h 17h 20h 10h 12h 12h 20h 20h 13h 20h 20h 20 20h 20h 13h 20h 20h 19h 20h 20h 20h 12h 14h 18h 20h 12h 20h 10º Leilão BPW Leilão Bons Amigos Leilão Reprodutores P.O. Leilão Taquari de Corte 6º Leilão Produção LS 3º Leilão Brahman de Peso do MS Leilão Tropa para Trabalho 35º Leilão LS Nelore a Campo 14º Leilão Melhoradores 8º Leilão Fazendeiro 2º Leilão Hospital do Câncer Dr. Alfredo Abrão Leilão Ranking Nelore Leilão de Corte Capitaliza 7º Leilão Bonsmara Leilão Bezerros do MS Leilão Progenel Corte/Touro Leilão Matrizes do Futuro Leilão Parceiros do Brangus Leilão Touro Jovem 8º Leilão Comitiva Leilão Guzera Leilão Master Ovinos 11º Leilão VR JO Leilão 3 Barras Leilão Cavalo Pantaneiro Leilão Fazenda Reunidas Leilão Corte Expogrande 2010 Leilão Max QM Leilão Canchim MS 2º Leilão Matrizes IPB 2º Leilão Goya Galiléia Nelore Mocho Leilão Fazenda Bartira Leilão de Corte Fazenda Primavera Leilão Vip Leilão Progenal/Corte/Touro Leilão Nelorão Produção de Corte Leilão Estrelas do MS Leilão Toka do Jacaré 2º Leilão Força do Senepol 29º Leilão Nelorão do MS Leilão Cruzamento – Santa Gertrudes 14º Leilão Girolando Fazendão Leilão Top MS 2010 Leilão MM e Fronteira Leilão GPL Tat.2 Tat.2 Tat. 1 Tat. 2 Tat.2 Tat.2 Tat. 2 Tat.1 Tat.1 Tat.2 Tat. 1 Tat. 2 Tat. 2 Tat.1 Tat.2 Tat.1 Tat. 2 Tat. 1 Est. Orsi Tat.2 Tat.1 Tat.2 Tat.1 Est. Orsi Tat.1 Tat.2 Tat. 2 Tat.1 Tat.2 Est. IPB Tat.1 Tat.2 Tat. 2 Tat.1 Tat.2 Est. Orsi Tat. 1 Tat.1 Tat.2 Est. Orsi Tat.2 Tat.2 Tat.1 Tat.1 Tat.2 Fonte: Acrissul Obs: Programação sujeita a alteração Bradesco promete fomentar negócios durante a feira Durante a 72ª Expogrande (18 a 28 de março), o banco Bradesco terá dentro Parque de Exposições Laucídio Coelho uma estrutura para atender seus clientes e movimentar os negócios de crédito na feira. “O Bradesco tem essa característica, de ser o banco do agronegócio, e, em um evento de negócios com é esse, temos de nos alinhar com nosso público e ga- rantir presença”, disse o diretor de marketing do Bradesco, Francisco Sebastião dos Santos Filho, que esteve no Parque de Exposições Laucídio Coelho analisando os espaços para locação. Ele foi recebido pelo presidente da Acrissul (Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul), Francisco Maia. Segundo Santos, os produtores que quiserem realizar a compra de máquinas ou fazer qualquer outra transação de crédito, podem contar com toda a estrutura de uma agência fixa. “O cliente esta andando pelo parque e viu uma máquina que ele quer comprar, ele pega o pedido leva até a agência que teremos aqui. Nós analisaremos o crédito na mesma hora e, se aprovada operação, o cliente só vai ter de esperar o equipamento chegar à fazenda”, disse lembrando que empresas como o a Massey Ferguson e a John Deere são parceiras do banco. Além disso, haverá um posto de auto-atendimento para os clientes fazerem saques e outras operações bancárias. “Mas, sobretudo, estaremos na Expogrande porque é o maior evento do agronegócio do Centro-Oeste e temos de apoiar essa iniciativa”, concluiu.