Cartão postal

Transcrição

Cartão postal
Cartão postal
CONSULTORAS
Patrícia Corsino e Hélen A. Queiroz
SINOPSE geral
da série
C
hico, 6 anos, adora passar as tardes na
estamparia de fundo de quintal do seu avô. Nela, Vô
Manu construiu um “Portal” por onde o menino viaja pelo
mundo da fantasia. Ocride, o papagaio tagarela do avô,
é o grande companheiro de Chico na Ilha dos Jurubebas,
uma civilização formada por seres que são uma mistura de
dois bichos. Na ilha eles se transformam em personagens
animados e encontram a menina Anabela. O lugar é
fascinante, tem um vulcão que expele letras, frutas como
a “mangalarancia” e seres que adoram cantar. Ozo, o
monstro, quer expulsar os Jurubebas desse paraíso. Mas,
Chico, Ocride e Anabela adoram aventuras e são bem
mais espertos do que Ozo imaginava...
1
sinopse do episódio
n
a aventura do Episódio 12, Chico e Anabela
recebem um cartão postal de Sábio Bido com uma
mensagem importante. Como o monstro Ozo rasga
o postal, Chico precisa montá-lo novamente, como
se fosse um quebra-cabeça, até que conseguisse ler
a mensagem: “o papagaio preso no pântano está em
perigo”.
PALAVRAS-CHAVE
C
artão postal; fotografia; remetente;
destinatário; correio; selo.
2
PRINCIPAIS
CONCEITOS A SEREM
TRABALHADOS
N
o Episódio 12, o cartão postal foi usado para passar uma mensagem.
Os cartões postais são, geralmente, fotografias de lugares ou de obras
de um determinado lugar, cujo verso serve para escrever uma mensagem.
São comprados por viajantes como recordação do lugar visitado e/ou para
enviar às pessoas queridas notícias da viagem com uma imagem do local
por onde passaram. Nos tempos atuais, imagens e mensagens podem ser
enviadas por telefone, e-mail ou por via de programas específicos da internet.
E os cartões postais enviados pelo correio passaram a ser menos usados.
Entretanto, há pessoas que gostam de comprar cartões postais dos lugares,
até mesmo para colecioná-los, porque eles são fotografias bem bonitas de
monumentos históricos, pontos turísticos, paisagens, obras expostas em
museus, manifestações culturais, objetos típicos do local, entre outros. No
Episódio 12, o postal teve a função de avisar Chico sobre o perigo de Ocride
de forma cifrada, despistando o monstro Ozo, já que um cartão postal não
teria inicialmente a função de dar um aviso daquele tipo.
3
Os cartões postais retratam alguma curiosidade de um lugar.
Observá-los é uma oportunidade de nos aproximarmos daquele lugar por
via de uma paisagem, um monumento, uma obra de arte. Os cartões postais
também podem trazer recordações dos lugares visitados, histórias de
situações vividas, comentários, ou seja, são disparadores de narrativas e
podem provocar momentos de ouvir e contar histórias e de criar elos de
coletividade entre narradores e ouvintes (BENJAMIN, 1993).
http://farinhademandioca.wordpress.com
4
Nos cartões postais se escreve mensagens direcionadas a um
destinatário e nele há um lugar no verso da fotografia determinado para
o endereçamento e para o selo, cabendo a você, professor(a), chamar a
atenção das crianças para todas as características do gênero. Vale ressaltar
que as informações devem ser dadas de forma dialogada, indagando,
questionado as crianças e não de forma expositiva.
http://pt.wikipedia.org
http://folhadanoite.blog.com
5
~
SUGESTAÃO DE
ATIVIDADES
F
azer coleção de postais de vários lugares do país e do mundo, ou
até mesmo de sua cidade, pode ser uma proposta interessante que articula
informações e imagens dos lugares, e também abre espaço para a leitura e
escrita de mensagens. Caso consiga postais recebidos com mensagens, a
leitura pode motivar a escrita e provocar comentários e conversas diversas.
Você pode tentar achar em sebos e bancas de jornais alguns postais que
possam ser doados ou comprados por um bom preço para serem explora­
dos. Alguns aplicativos para celulares têm esse recurso. Você pode sair com
as crianças para tirar fotografias de lugares próxi­mos à escola e/ou de
Registro do passeio da turma com fotos
E. T. I. Aprígio Thomaz de Matos - Palmas/TO
6
pontos turísticos da cidade e depois imprimir para montar o postal em cartolina. A proposta é fazer com que as crianças possam mandar mensagens
a pessoas queridas em cartões postais de lugares conhecidos. Mesmo que
as crianças não tenham em casa cartões postais que possam levar para
a escola, você, professor(a), poderá montar um acervo de postais feitos
com a sua turma. Como muitas pessoas têm, hoje, máquinas fotográficas
digitais, elas podem escolher um lugar para contar, por escrito, algum fato
ali vivido para a pessoa escolhida.
Registro do passeio da turma com fotos
E. T. I. Aprígio Thomaz de Matos - Palmas/TO
7
~
DURAÇÃC, AO
DAS ATIVIDADES
SUGERIDAS
D
epois de assistirem ao Episódio 12, você, professor(a),
pode reunir a turma na rodinha e conversar sobre cartões postais.
Perguntar para as crianças se conhecem ou se já receberam cartões
postais é fundamental para você ter um panorama das práticas de
leitura e escrita que elas participam. Socializar as práticas vividas
pelas crianças e ampliar as possibilidades de participarem de novas
práticas são objetivos que devem estar sempre presentes no seu
trabalho.
O desejo e o interesse de ler e de escrever estão diretamente
relacionados às possibilidades que a leitura e a escrita abrem
para as crianças. Conhecer as finalidades da escrita, participar de
situações em que ler e escrever sejam interessantes e relevantes
é ponto de partida para querer aprender a ler e a escrever. Após
a conversa, a proposta de escrever um cartão postal exigirá ter
8
um cartão para cada criança. Além disso, cada uma vai precisar
escolher o remetente e, caso seja possível enviar pelo correio, ter
o endereço completo dele. Você terá, ainda, que motivar a escrita
- o que cada criança vai querer escrever como mensagem, dar
tempo para a escrita e para a revisão do texto e, por fim, ir ao
correio fazer a postagem. Toda sequência de atividades precisará ser pensada e planejada de acordo com suas possibilidades
e condições de trabalho. O tempo de cada atividade sempre se
relaciona ao ritmo da turma, o que significa que a duração não
pode ultrapassar o tempo de interesse da turma que, nos anos
iniciais, fica geralmente em torno de 50 minutos. É sempre mais
interessante dar continuidade no dia seguinte do que esgotar o
interesse em um mesmo dia. Nessa perspectiva, essa proposta
pode durar vários dias.
9
~
AVALIAÇÃC, AO
T
oda avaliação se pauta nos objetivos que, nesta proposta, é a escrita
de um cartão postal. A avaliação deverá se dar junto a cada criança, ao longo
do processo de confecção e escrita do cartão. A correção e revisão do
texto escrito precisarão ser feitas individualmente para que a mensagem fique
bem escrita, clara e possa ser lida e entendida pelo destinatário. Portanto,
faz-se necessário criar condições na turma, com trabalhos diversificados,
para que cada criança tenha um momento individual com você, professor(a).
Também é importante que você envolva a turma nesse processo de revisão
dos textos. Uma forma de incentivar a cooperação entre as crianças é propor
que troquem os cartões entre elas, para que umas possam ler o cartão das
outras e, assim, também ajudarem na revisão do texto antes de postar os
cartões. Deste modo, a avaliação pode ganhar outra dimensão, envolvendo
o grupo todo na leitura e na escrita não apenas dos próprios textos, mas do
texto dos colegas.
alunos em produção textual
E. T. I. Aprígio Thomaz de Matos Palmas/TO
10
~
SUGESTÃAO~ DE
AMPLIACOÇ
, ÔES
N
os cartões postais há um lugar para colar selos. Os selos merecem
ser explorados nos postais e também fora deles. Além de apresentarem o
valor do serviço do correio, trazem informações históricas e geográficas
do local em que são comprados. Quando escrever e receber cartas e
cartões postais eram práticas frequentes, os selos eram também apreciados
e várias pessoas faziam coleções de selos. Hoje isso é mais raro, mas os
correios têm alguns selos à venda que podem ser explorados na turma.
Aliar o trabalho dos cartões postais ao trabalho com os conhecimentos
históricos e geográficos das cidades, e também dos selos, pode enriquecer
ainda mais o projeto.
http://www.ufjf.br
ania.com.br
http://www.girafam
11
~
SUGESTÃOES DE LEITURA
Chico, Anabela e Ocride na choupana do
Sábio Bido.
BATISTA, Antônio Augusto. Alfabetização, leitura e ensino de Português: desafios e
perspectivas curriculares. Revista Contemporânea de Educação, volume 6, nº12, 2011.
Disponível em:
http://www.revistacontemporanea.fe.ufrj.br/index.php/contemporanea/issue/view/14
NUNES, Maria Fernanda e KRAMER, Sonia. Linguagem e alfabetização: Dialogando
com Paulo Freire e Bakhtin. Revista Contemporânea de Educação, volume, 5, nº 11, 2011.
Disponível em:
http://www.revistacontemporanea.fe.ufrj.br/index.php/contemporanea/issue/view/13
BENJAMIN, Walter. Rua de Mão Única: extratos. In: BENJAMIN, Walter. Reflexões sobre a criança, o brinquedo, a educação. São Paulo: Summus Editorial, 1984.
BENJAMIN, Walter. O Narrador. in: BENJAMIN, W. Obras escolhidas: magia e técnica,
arte e política. São Paulo: Brasiliense, 1993, p.197-221.
12
facebook.com/tvescola
twitter.com/tvescola
youtube.com/tvescola
tvescola.mec.com.br
PRODUÇÃO
REALIZAÇÃO
Ministério da
Educação