La Caixa compromete-se a reforçar posição no BPI
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La Caixa compromete-se a reforçar posição no BPI
Com a devida vénia transcrevemos artigo publicado na edição de hoje do Jornal de Negócios La Caixa compromete-se a reforçar posição no BPI Maria João Gago - [email protected] Espanhóis já têm 30% do banco. Se passarem os 33% terão de lançar uma OPA. Os espanhóis do La Caixa comprometeram-se ontem publicamente a reforçar a sua participação no Banco BPI. Um compromisso que é também a afirmação de que o maior acionista do grupo liderado por Fernando Ulrich vai ter um papel relevante no processo de capitalização do banco. "Os nossos vínculos ao BPI vão estreitar-se mais e assim o demonstraremos em breve. Não temos uma visão de curto prazo, mas sim de investidores sérios e a longo prazo, empenhados em ajudar a construir o BPI", afirmou Juan Maria Nin, vice-presidente executivo do Caixa Bank, a operação bancária do La Caixa, citado pela Lusa. Já o presidente da instituição, Isidro Fainé, garantiu que, "depois de 16 anos" no BPI, o grupo catalão "espera estar [mais] 16 ou toda a vida". As afirmações de empenho do La Caixa no BPI surgem numa altura em que o banco liderado por Fernando Ulrich está a ultimar o modelo de capitalização que vai permitir de capital definidas pela Autoridade Bancária Europeia (EBA) e pelo Banco de Portugal. Um processo que implicará a realização de um aumento de capital a assegurar pelos acionistas privados e a emissão de instrumentos de capital contigente ("CoCos") a subscrever pelo Estado. No mínimo, o BPI necessita de levantar 1.740 milhões de euros, dos quais 1.360 milhões resultam da imposição de criar uma almofada de capital temporária devido à exposição à dívida pública Superar 33% implica lançamento de OPA obrigatória Sendo já detentor de 30,1% do BPI, o La Caixa tem pouca margem para reforçar a sua participação no banco sem ter de lançar uma oferta pública de aquisição (OPA). O grupo catalão pode aumentar a sua posição para um máximo de 33% sem quaisquer outras implicações. Mas, se superar aquela fasquia, será automaticamente obrigado a avançar com uma OPA. Além do La Caixa, também os restantes acionistas de referência do BPI deverão ser chamados a participar no processo de capitalização do grupo. Itaú, Allianz e Santoro, "holding" da angolana Isabel dos Santos, deverão acompanhar o esforço de capitalização. Ontem, os responsáveis do Caixa Bank não se pronunciaram sobre esta possibilidade. Já sobre a evolução do BPI em bolsa defenderam que a cotação do banco - ontem as ações fecharam a 0,407 euros - está aquém do seu valor. "As ações do BPI valem muito", afirmou ontem Nin, sublinhando que a cotação do banco "é influenciada pelas expectativas de futuro e por posições baixas especulativas, não determinadas pelo valor real mas quase como um jogo de lotaria" Já Fainé atribuiu os problemas do banco de Fernando Ulrich à sua exposição à dívida pública portuguesa. “O BPI era um banco muito conservador. Dava crédito a quem precisava e aplicava o resto em dívida pública. Os problemas que sente agora advêm da dívida pública portuguesa", justificou o banqueiro. Fainé adiantou ainda que o maior acionista do BPI pretende "encontrar um caminho para que a função de banco de retalho do BPI possa continuar a ser feita no futuro. 20-04-2012
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