Robótica Industrial. Software de Monitorização e Parametrização
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Robótica Industrial. Software de Monitorização e Parametrização
Robótica Industrial Software de monitorização e controlo. J. Norberto Pires Departamento de Engenharia Mecânica Universidade de Coimbra - PORTUGAL Web: http://robotics.dem.uc.pt/norberto/ e-mail: [email protected] Universidade de Coimbra ... Uma velha senhora, de 800 anos, mas ainda cheia de encanto. A Universidade de Coimbra é uma das 3 universidades mais velhas do mundo. Departamento de Engenharia Mecânica Laboratório de Robótica Industrial Índice PDF | Esta palestra pode ser obtida em formato PDF no site Web http://robotics.dem.uc.pt/norberto/ Motivação. z z Sistemas flexíveis de produção. O que é necessário para robotizar o processo de soldadura? | Aspectos de organização de sistema: z z z Hardware. Software. Interface com o utilizador. | Uma arquitectura de software para aplicações industriais. z | | | | Exemplos. Aplicação a um caso industrial de paletização. Descrição do problema e da solução desenvolvida. Imagens, vídeos. Dados de produtividade. O caso da soldadura robotizada. z z z Descrição do problema. Exemplo de aplicação. Interface via AutoCad. | Conclusão. | Referências. Motivação | | | | Porquê robotizar? Porquê automatizar? Porquê utilizar software para controlo e monitorização de produção? Porquê a utilização de equipamentos electrónicos automáticos no shop-floor? | Porquê apostar em tecnologia, nomeadamente em sistemas flexíveis de produção, nas actuais unidades de produção? | É mesmo uma opção, não será mesmo uma condição para ter sucesso? Sistemas Flexíveis Robotizados de Produção: uma opção económica Os modernos sistemas de produção utilizam de forma crescente equipamentos automáticos, nomeadamente equipamentos baseados em robôs industriais. Essa é uma opção económica, que se prende essencialmente com os seguintes factores: 1. Os robôs manipuladores podem executar tarefas de uma forma quase humana, continuamente, com elevada e constante precisão, e são flexíveis, adaptáveis; Sistemas Flexíveis Robotizados de Produção: uma opção económica 2. Os robôs industriais são, de todos os equipamentos usados na Automação Industrial, aqueles que apresentam melhor índice de custo de produção por unidade de produto, em função do volume de produção, para pequenos/médios volumes de produção (Figura 1). Ora esse é o caso da esmagadora maioria das pequenas e médias empresas, existentes nos países desenvolvidos ou em vias de desenvolvimento. Na verdade, dadas as características de mercado (elevada concorrência, produtos definidos em parte pelos clientes, produtos com tempos de vida curtos, exigência crescente de mais qualidade a mais baixo preço, etc.), as empresas produzem essencialmente por encomenda e não arriscam stocks (para além dos indispensáveis stocks de segurança), pelo que as produções são de pequena e média escala. Essa é talvez a razão da utilização crescente de robôs em ambiente industrial. Sistemas Flexíveis Robotizados de Produção: uma opção económica • Mercado Global • Produtos definidos em parte pelos clientes. • Produtos densos e tecnologicamente complexos. • Produção em pequena/média escala. • Mais qualidade a mais baixo preço. Produção flexível e ágil. • Organização. • Standards • Equipamentos Programáveis. • Automação Programável. • Sistemas de informação e apoio à decisão. • Robótica. • Computação industrial. Sistemas Flexíveis Robotizados de Produção: uma opção económica Custo por Unidade Robô Automação Rígida Trabalho Manual Zona da Robótica Industrial Volume Figura 1 – Zona da Robótica Industrial Porquê Robôs? 3. Os robôs mais evoluídos são máquinas programáveis poderosas, possuindo vários mecanismos de interface com outros equipamentos. Estas características tornam os robôs equipamentos flexíveis por excelência, isto é, máquinas que se podem adaptar às mais diferentes tarefas. Estas características aumentam a disponibilidade dos equipamentos robotizados para alterações significativas de tarefas e operações, o que é fundamental para responder de forma ágil a alterações de mercado ou à introdução de novos produtos. Na verdade, nas fábricas modernas actuais verifica-se uma grande mistura de trabalho humano e trabalho baseado em máquinas automáticas (robôs manipuladores e móveis, máquinas ferramenta, autómatos programáveis, equipamentos pneumáticos e hidráulicos, etc.). Essa realidade coloca enormes desafios ao nível dos dispositivos e software de interface homem-máquina (HM), os quais não se encontram resolvidos e são tema actual de I&D. É necessário tornar essa interface mais simples, intuitiva, menos formal e mais segura. Para além disso, o factor humano pela sua baixa previsibilidade tende a colocar situações aos sistemas automáticos que são de difícil solução, nomeadamente em sistemas que não podem parar com frequência, e que têm de manter graus de segurança muito elevados. Isso reforça a importância das soluções de interface HM no sucesso de um sistema automático industrial. Integração em sistemas de produção Um outro enorme desafio é o da agilidade. Isso significa tirar partido, de forma eficiente, da flexibilidade inerente aos equipamentos modernos de automação industrial. Não é uma tarefa fácil, e exige que se explorem os vários equipamentos à disposição, distribuindo tarefas e coordenando o seu desempenho. A agilidade é hoje um factor importante, dado o tempo de vida reduzido dos produtos e a necessidade que existe de ter sistemas produtivos adaptados à produção de vários tipos de produtos diferentes, com vários modelos diferentes. Para além disso, um processo produtivo automatizado é um processo produtivo que foi estudado, identificando e racionalizando as fases desse processo. Está normalmente organizado em células de produção, onde se realizam um determinado número de tarefas sobre as matérias-primas e produtos semi-acabados, formando produtos que se aproximam sucessivamente do produto final, à medida que vão passando por mais células de produção. Esta “viagem” desde o armazém de matérias-primas até ao armazém de produto acabado, passando pelas várias células de produção, entre as quais existem em determinadas fases de fabrico pequenos armazéns (buffers) de produto semiacabado, constitui o processo produtivo de um determinado produto (Figura 2) Integração em sistemas de produção Fornecedores Buffer Ciclo 1 Buffer Ciclo 2 Ciclo 3 Ciclo 4 Buffer Ciclo 5 Buffer Figura 2 – Fluxo de Produtos numa Instalação Produtiva Clientes Integração em sistemas de produção Quem desenvolve equipamentos, bem como quem pretende usá-los na sua empresa, tem de ter a noção clara da maneira como se organizam as empresas modernas, de forma a adaptar os seus equipamentos para trabalharem neste tipo de ambientes, permitindo uma exploração exaustiva das suas capacidades. Productividade Eficiência Organização do tipo CIM Managment Level Computer Integrated Manufacturing Economic and Finantial Managment Internet Router Market Surveys and Marketing Production Managment and Planning Project HUB Process Level Production Level Switch CL_1 ... Cell Level HUB Equipment Level CC_1 CL_N HUB ... ... ... CFM_1 Equipments CFM_N Equipments CC_N Componentes de um Sistema Robotizado de Soldadura I Profibus PC CCD Ethernet Joystick Laser 3D Máquina Soldadura Controlador Sensores Robô + eixos externos Máquina de Soldadura Computador de Monitorização e Controlo IO do processo Componentes de um Sistema Robotizado de Soldadura II Rede Local de Comunicação TCP/IP PC CCD Joystick Laser 3D Máquina Soldadura Controlador Sensores Robô + eixos externos Máquina de Soldadura Computador de Monitorização e Controlo IO do processo Rede Rede Local de Comunicação TCP/IP MS1 CCD 1 MS2 CCD 2 Laser 2 Sensores Robô 2 PC2 Robô + eixos externos Máquina de Soldadura Laser 1 PC1 Robô 1 Computador de Monitorização e Controlo Sensores | | Têm evoluído muito, nomeadamente em termos de fiabilidade e funcionalidade. A perspectiva aqui é de caminhar para sensores inteligentes, isto é, sensores programáveis, com eventos assíncronos, que implementam algum tipo de chamada remota (RPC). Rede Local de Comunicação TCP/IP PC Camera Laser 3D, M-Spot 90 Exemplo Rede Local de Comunicação TCP/IP PC Camera Laser 3D, M-Spot 90 Comandos Rotinas de serviço Respostas Eventos assíncronos Executor Diálogo de Interface Eventos Robôs ico r é f o es h n Pu Eixo 1 Eixo 4 Eixo 3 Eixo 6 Eixo 2 rfico pomó antro Braço Eixo 5 Modelo: ABB IRB 1400 M2000 Manipulador antropomórfico = braço antropomórfico + punho esférico Estado da arte na Robótica 1. 2. 3. 4. Position and Motion controllers ⇒ Basically that’s all they can do. Capacidades de PLC para controlo de IO. Ethernet, fieldbuses e ligações série. Linguagem de programação ou script para acesso a recursos. Repetibilidade até 0.03 mm (0.1 é comum) Velocidade at+é 5 m/s Aceleração Até por volta de 25 m/s2 Capacidade de Carga de 2-3 kg até 550 kg Peso/capacidade de carga até 30-40 Eixos 6 Comunicações Profibus, Can, Ethernet e ligações série (RS 232, 485) Capacidades de IO Capacidades de PLC para IO digital e analógico. Dificuldades | | | | | | Difíceis de programar por operadores usuais. Muitas linguagens de programação. Caros ⇒ novas necessidades requerem robôs melhores, ainda mais caros. Sistemas fechados ... Mesmo para o utilizador avançado. Linguagens de programação deficientes. Serviços remotos deficientes. Futuro próximo • • • • • • • • • • • • Lower price Higher performance More sophisticated sensor control Better on-line control from prod. control systems Better simulation and off-line programming tools Better remote services Better quality Better diagnostics Lower energy consumption Support for new production processes Force control ⇒ As a regular feature Evolve to lighter structures Better SOFTWARE ... Robótica de manipulação industrial: futuro Capacidade: melhor performance, estruturas mais leves ⇒ maiores acelerações, maiores velocidades e controlo posicional mais preciso e versátil ... Por exemplo, os modelos dinâmicos actuais mais eficientes têm 7-10 % de erro. Utilização: Ambientes de programação mais poderosos, mais fáceis de usar, meios de acesso aos controladores de baixo nível permitindo alterar o funcionamento standard ⇒ object oriented software and programming. Conectividade: Meios de acesso standard com protocolos também standard para integração do processo produtivo: redes e protocolos, serviços de rede (telnet, ftp, disk mounting), RPC, RMI (Java), OPC. Continuamos na fase dos robôs obedientes, a AI não terá aplicação a médio prazo (o C3PO industrial não é para já). É preciso que sejam mais fáceis de comandar e possam receber “ordens” mais complexas, de mais alto nível ⇒ ser capaz de programar tarefas complexas e de as “comandar”. Monitorização e Controlo Sensor A Aplicação Chamada Síncrona. Controlador Diálogos de interface com utilizador Programa Servidor Objecto A Serviços Objecto C Objecto B Resposta Síncrona Sensor B Programa Servidor Programa Servidor Mapeador de Portos Equipamento Evento: Resposta Assíncrona. (implica subscrição de um serviço) Aplicação comercial Rede Informática industrial. DDE Client Applications DDE Server OLE OLE ActiveX Robot Communication Object Messages OLE ActiveX Force/Torque Sensor Object DDE Services RPC Server Windows Dialog OLE ActiveX Robot Communication Object Win32 Application Sy nc . ape r Board NT Kernel Driver DDE Callback Function Por tm Force/Torque Sensor Board ActiveX Force/Torque Sensor Object DDE RP C Ca ll s A ns we rs Asy nc. Msg . s al l CC rs RP we s n .A c n Sy Robot Control System RPC Server Programs RAPID Aplication Acesso via interfaces comuns Microsoft Office: Word, Excel, PowerPoint Microsoft Visual Studio: C++, Basic, FoxPro Matlab LabView Virtualmente qualquer cliente DDE Exemplos Industriais | | | | | Exemplo Exemplo Exemplo Exemplo Exemplo na na de na na indústria do vidro para automóvel. área da indústria do papel. rebarbagem de peças metálicas. área da Soldadura Robotizada. área da indústria cerâmica. Exemplo da Indústria Cerâmica Palete Palete Esteiras de inspecção Robô ABB IRB6400 Robô ABB IRB6400 Palete Palete Eixo Linear PC Exemplo da Indústria Cerâmica Des-paletização Exemplo da Indústria Cerâmica Des-paletização Exemplo da Indústria Cerâmica Des-paletização Exemplo da Indústria Paletização Exemplo da Indústria Paletização Exemplo da Indústria Paletização Exemplo da Indústria Paletização Exemplo da Indústria Cerâmica Paletização Pics do trabalho mais recente. Atenção A próxima mensagem é PUBLICIDADE .... ... mas é por uma BOA causa ... Revista Robótica Periodicidade: Tri-Mensal Área: Robótica e Automação, Instrumentação e Controlo. Artigos com referee. Artigos técnicos. Artigos de opinião. Revisões de Livros. Informações sobre tecnologias, feiras, conferências, etc. Direcção: J. Norberto Pires [email protected] Edição: Júlia Guimarães j.guimarã[email protected] Pub & subscrição: Júlio Almeida [email protected] http://www.robotica.pt/ Automação Industrial – 2ª Edição Automação Industrial J. Norberto Pires © Lidel, ETEP, Lisboa, Portugal 445 páginas 1ª Edição 2002 2ª Edição 2003 Brevemente (Janeiro de 2004): “Industrial Robotic Programming: building applications for the factories of the future” Chapman & Hall, KLUWER New York, USA Conclusão Em conclusão, apresentaram-se de forma resumida várias aplicações industriais de automação/robótica industrial, onde se procurou mostrar a interdisciplinaridade de assuntos que se conjugam em trabalhos deste tipo. Para além disso, procurou-se ainda mostrar o interesse prático e operacional em conjugar software local, a correr nos controladores dos vários equipamentos usados, com software em PC usado para comando e monitorização. Finalmente, este exemplo pretendeu de certa forma ilustrar a utilização de componentes de software, desenvolvidos com o objectivo de simplificar a utilização de máquinas avançadas, como os robôs manipuladores, a partir de PCs comuns. Para além disso, procurou-se demonstrar que os desafios colocados por aplicações industriais exigentes, em termos de desempenho e de interface com os operadores, pode ser um desafio muito interessante, potenciador de uma actividade de cooperação entre empresas e universidades muito proveitosa para ambas as partes e para o País. Mais informação e referências. Universidade Indústria J. Norberto Pires, 2003 [email protected] http://robotics.dem.uc.pt/norberto http://robotics.dem.uc.pt/norberto/cv/
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