Louis Braille chora

Transcrição

Louis Braille chora
Associação de Deficientes Visuais e Amigos - ADEVA - Ano X – nº 49 – novembro/dezembro de 2009
vo. Época para
Natal e Ano No
nossos sonhos
e
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agradecermos
e realizações e
que passamos
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s
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desafios e
juntos, vencendo
ssas parcerias.
fortalecendo no
,
egada de 2010
Celebremos a ch
de força, paz,
um novo tempo
ssos.
felicidade e suce
Feliz Natal eovo!
próspero Ano N
Louis
Braille
chora
No mês de setembro, durante o seminário sobre os 200 anos de nascimento de
Louis Braille, em Brasília, DF, foram muitos os protestos e reclamos de pessoas e entidades à decisão do Ministério da Educação (MEC) de, a partir deste ano, o Programa
Nacional do Livro Didático em Braille, do Fundo Nacional de Desenvolvimento da
Educação (FNDE), não imprimir mais livros didáticos em braille, material indispensável para estudantes cegos e com visão subnormal.
Várias vozes se levantaram, mas não houve, por parte do Governo Federal, uma
explicação convincente. Contudo, quaisquer que sejam as razões, elas podem ser
consideradas inadequadas. Porque, lembrando Louis Braille, “sem livros, os cegos
não podem realmente aprender”. Quando afirmou isso, ele estava absolutamente
certo, pois a leitura é um meio dos mais eficazes de se adquirir conhecimento e se
desenvolver espírito crítico.
As comemorações e homenagens a esse grande gênio perdem seu brilho. De que
valem se seu invento não está atingindo o objetivo principal? Não se quer aqui desqualificar o que se fez para reverenciar sua memória. Afinal, sua invenção merece todas
as glórias possíveis. Entretanto, todos nós, cidadãos conscientes, e principalmente
o poder público, devemos reverência a Louis Braille por meio de ações práticas, que
levem seu sistema de leitura e escrita ao alcance das pessoas cegas.
Se Braille estivesse vivo certamente choraria diante dessa triste realidade, apesar das
condições tecnológicas atuais permitirem e facilitarem a impressão em braille.
Segundo dados do MEC, em
2005, havia 443 alunos cegos
nas 1.244 escolas públicas do
Brasil e escolas especializadas
sem fins lucrativos, todas do
ensino fundamental.
É preciso que as autoridades brasileiras tomem medidas urgentes, para que se
retome a produção do livro didático, um produto de primeira necessidade, que faz
parte da cesta básica do deficiente visual. Se não podem fazê-lo por meio de seus
próprios órgãos, que o façam por meio de entidades capacitadas para isso.
Somente quando o livro didático voltar às mãos dos cegos brasileiros será possível afirmar que se caminha para tornar reais as ideias iluministas de liberdade,
igualdade e fraternidade.
Markiano Charan Filho – diretor-presidente da Adeva
O QUE EU VOU SER QUANDO CRESCER
Um ministro
de Deus
“Temos que ser pessoas sonhadoras, sobretudo quando nossos
sonhos são provocados por Deus”.
Com essas palavras o padre José
Valdir Rodrigues (56), da Paróquia
São João Bosco, de São José dos
Campos (SP), inicia sua entrevista
ao Conviva.
No encontro da Pastoral do
Deficiente, ele se mostrava feliz,
entre outros motivos, por estar
novamente no Instituto de Cegos
Padre Chico, no Ipiranga, em São
Paulo (SP), onde estudou até a 8ª
série do ensino fundamental. Cego
por causa de um glaucoma congênito, ele ingressou ali com três
anos. “Lembro-me que, um dia,
fui chamado para representar São
Francisco de Assis no palco deste
teatro. Uma das filhas da caridade
de São Vicente de Paulo (congregação que dirige a entidade) me
disse: ‘Valdirzinho, quando você
crescer, vai ser frei!’ Logo eu?, falei;
eu não quero ser mais que São
Francisco, não’”!
Mas vários sinais, desde cedo, e
sua história no Padre Chico, revelavam uma vocação religiosa. Nos
encontros de jovens, era questionado porque não se tornava o
padre do grupo. No Instituto, as
irmãs sempre o escolhiam para
liturgias ou para representar o colégio em maratonas bíblicas e catequéticas. “Tentei rejeitar a idéia,
mas aquilo cresceu”, conta. “Muitas
vezes, passamos por experiências
com Deus que nos emocionam.
Inúmeras pecinhas, ao longo da
minha vida, foram se encaixando
como em um quebra-cabeça até
que, finalmente, me vi no caminho
que deveria seguir”, declara.
A trajetória foi longa e, em algumas ocasiões, difícil. No Padre Chico
tinha todos os recursos para estudar, enquanto que no colégio estadual D. Pedro I, onde cursou o 2º
grau, precisava copiar as apostilas
ou pedir para alguém ler para ele.
“Nem gravador eu tinha”, recorda.
Não desistiu. Persistente, conta
que seguiu o exemplo de Maria,
sua mãe, uma lutadora.
Continuou os estudos na
Pontifícia Universidade Católica
do Paraná, onde se formou em
Filosofia. Nessa época surgiram
duas grandes oportunidades: um
emprego na área de informática
e o convite para participar de um
encontro de jovens e entrar para o
seminário. “Segui meu coração e
optei pela segunda.” No Instituto
Claretiano, em Curitiba (PA), fez
Teologia e, há 24 anos, segue seu
destino que, como ele mesmo diz,
lhe foi definido por Deus.
Nascido em Tupã, interior de
São Paulo, em 7 de dezembro
de 1953, filho do sr. Sebastião,
já falecido, e de dona Maria, tem
dois irmãos, o Donizete e a Maria
Vilani, também falecida. Seu irmão
também não enxerga, não anda e
não fala direito. “Minha família é
pequena e de gente que teve de
lutar muito”.
Padre Valdir celebra missas
como qualquer outro sacerdote.
Apenas, na hora da comunhão,
pede a um ministro para distribuir
as hóstias ou então, nas comunidades onde é conhecido, as pessoas tocam sua mão para que ele
possa localizar as mãos delas e
depositar o pão consagrado. “As
pessoas com deficiência visual não
são nem heróis nem vítimas, nem
modelo para tudo; cada um tem sua
maneira de vencer; o que não podemos é, simplesmente, reclamar dos
preconceitos da sociedade. Temos
que criar condições e mostrar o
que queremos e podemos para
revelar a nossa capacidade”.
Para quem pensa em ser padre,
um recado: “alimente seu sonho e
fique atento às circunstâncias da
vida, porque, às vezes, as dificuldades nos testam e uma das provas
da vocação é como nos tornamos
capazes de superá-las”, conclui.
Tartarugas
ou
o pior dos problemas da gente é que ninguém tem nada com isso
Uma família de tartarugas decidiu sair para um piquenique. Sendo naturalmente lentas, levaram sete anos
preparando-se para o passeio. Passados seis meses, acharam o lugar ideal. Ao desembalarem a cesta de piquenique, descobriram que haviam esquecido o sal. Então, designaram a tartaruga mais nova, por ser a mais rápida,
para voltar e pegá-lo em casa. A pequena tartaruga lamentou, chorou e esperneou. Concordou em ir, mas com uma
condição: que ninguém comeria até que ela retornasse. Três anos se passaram... Seis anos... E a pequenina não tinha
retornado. Ao sétimo ano de sua ausência, a tartaruga mais velha, já não suportando mais a
fome, decidiu desembalar um sanduíche. Nesta hora, a pequena tartaruga saiu de trás
de uma árvore e gritou: “- Viu? Eu sabia que vocês não iam me esperar. Agora que eu não
vou mesmo buscar o sal.”
Na nossa vida as coisas acontecem mais ou menos da mesma forma.
Desperdiçamos nosso tempo esperando que as pessoas vivam à altura de nossas
expectativas. Ficamos tão preocupados com o que os outros estão fazendo que
deixamos de escrever nossa própria história.
Autor anônimo
2
Ano novo com
dinheiro no bolso
www.handcraftbrazil.com – o Handcraft Brazil promove e
vende objetos do artesanato brasileiro direto do produtor
para o consumidor. Sem atravessadores, as peças artesanais ficam acessíveis ao público daqui e do exterior
em uma vitrine virtual.
Marcelo e Décio Kimura e Paulo Sain se
uniram para colocar em prática suas experiências com tecnologia e mercado financeiro. Dessa sociedade resultou o site Minhas
Economias, “um ponto de encontro virtual
de usuários com dificuldade em lidar com
dinheiro”, como eles esclarecem. O projeto
foi pensado para dar resposta às constantes
solicitações de amigos e familiares sobre finanças pessoais. O cadastro no site é gratuito
e o modelo de trabalho é simples. “Não é
necessário instalar ferramentas ou softwares,
basta lançar gastos e orçamentos no site,
explica Paulo. Aliando tecnologia à educação financeira, no endereço virtual, há o link
para um blog cujo conteúdo é determinado
principalmente pelas dúvidas dos usuários.
Marcelo, Paulo e Décio também mantêm, em
Curitiba (PR), um projeto social destinado às
famílias de baixa renda que querem planejar
corretamente créditos e débitos. Para saber
mais, basta acessar <https://www.minhaseconomias.com.br/>.
www.cineclick.com.br – Um site para os cinéfilos, que
tem, além da programação de salas de cinema pelo
Brasil, um arquivo com mais de cinco mil trailers e 20
mil fichas de filmes. As notícias do mundo do cinema e
uma seção dedicada aos filmes disponíveis nos canais
de televisão, tanto abertos como a cabo, são outros
serviços oferecidos.
Fonte: IDG Now
http://www.reclameaqui.com.br/ - No Reclame Aqui, os
consumidores expõem suas queixas sobre serviços ou
produtos e, sem burocracia, os problemas são solucionados rapidamente. Quando um consumidor faz sua
reclamação, a empresa responsável recebe um e-mail
e procura, para preservar sua imagem, ser eficiente na
solução, que é aberta ao público. Essa dinâmica tem
como saldo 70% de casos resolvidos, em um tempo
médio de menos de uma semana; no Procon [Fundação
de Proteção e Defesa do Consumidor], o tempo de espera
para uma resposta chega a 120 dias em média.
http://www.almacarioca.com.br/arte070.htm - Vídeo da
década de 1950, no qual o Pato Donald é apresentado
ao recém-criado (pelo genial Walt Disney) Zé Carioca e
às atrações da Cidade Maravilhosa ao som da Aquarela
do Brasil, de Ary Barroso.
Selo comemorativo dos
200 anos de nascimento
de Louis Braille
Lançamento do selo comemorativo
dos 200 anos de nascimento de Louis
Braille, no Casarão Brasil, em São Paulo
(SP), dia 5 de novembro.
O evento foi promovido pela Associação
Brasileira dos Artistas Plásticos de Colagem
(ABAPC), o Casarão Brasil e a Empresa
de Correios e Telégrafos. Contou com
a presença do secretário Municipal da
Pessoa com Deficiência e Mobilidade
Reduzida, Marcos Belisário, o gerente
regional dos Correios, Celso de Freitas,
o presidente da ABAPC, Robert Richard,
o diretor-presidente da ADEVA, Markiano
Charan Filho e a artista plástica Adriana
Rizkallah, criadora das obras da exposição
Olhos Vendados.
3
O novo Windows
Tenho certeza que os leitores mais assíduos desta
coluna se lembram do Convivaware nº 38. Ele começa
assim: “Depois de cinco anos de desenvolvimento, e
com dois anos de atraso, chegou finalmente às prateleiras de todo o mundo o novo sistema operacional
da Microsoft, o Windows Vista. Lançado no último
dia 30 de janeiro, é o sucessor do atual Windows XP
e foi classificado por Bill Gates como ‘o lançamento
mais importante da história da Microsoft’. A empresa
investiu cerca de US$ 6 bilhões no desenvolvimento
do projeto, incluindo o Office 2007”.
Infelizmente, ninguém imaginava que o projeto
seria tão mal sucedido. Muito pesado e lento, apresentando inúmeras incompatibilidades com softwares
e hardwares, o Vista foi tão criticado que a maioria das organizações optou por permanecer com o
XP. Ao contrário do que imaginou a Microsoft, seus
recursos bonitinhos não conquistaram os usuários.
Na prática, é preferível uma interface mais simples
e um programa mais rápido. Prova disso é que,
menos de três anos depois, a Microsoft coloca no
mercado a nova versão do Windows, agora chamada
de Windows 7.
Lançado no dia 22 de outubro, ele chegou para
substituir o Vista. Com interface mais simples e leve,
maior compatibilidade com o velho mas ainda muitíssimo usado Windows XP, a nova versão pretende
reconquistar a confiança dos usuários da Microsoft.
Segundo informações da PC World, no evento de
lançamento, foram divulgados alguns números
importantes sobre a fase de testes e também dados
sobre as vendas do novo produto – está disponível
em quatro mil pontos de venda, incluindo grandes
redes de varejo e lojas especializadas; foi entregue
simultaneamente para 20 fabricantes nacionais e
internacionais de PCs, totalizando 148 modelos já
com o novo software instalado de fábrica. Entre
esses fabricantes no Brasil estão a HP, a Megaware,
a Itautec, Sony, a Intelbras e o Positivo. Assim, já é
possível comprar computadores, notebooks e netbooks
com o Windows 7 Home Premium instalado.
Sua versão beta foi testada em mais de 113 países
por oito milhões de pessoas. Entre elas, duas mil eram
clientes corporativos da Microsoft. Para melhorar
seu desempenho, realizaram-se 16 mil entrevistas
online com usuários. A empresa também divulgou
que cerca de um bilhão de pessoas no mundo usam
seu sistema operacional.
Assim como ocorreu com o Vista, o Windows 7
também pode ser encontrado em diferentes versões.
A starter edition, a mais simples, só pode ser adquirida na compra de um computador novo, uma vez
que não é vendida nas lojas. Pensada para máquinas
menos sofisticadas, seu
preço é competitivo para
tentar acabar
de vez com o
XP, principalmente nos
netbooks.
Vem
com
uma série de
restrições que certamente não agradarão a
maioria dos usuários, tais
como a impossibilidade de usar a interface Aero e
até de reproduzir filmes em DVD. A versão home
basic, apesar de melhor que a starter, também tem
suas limitações. A principal é a impossibilidade de
criar homegroups, e deve ser evitada. É bastante
parecida com a professional e, para usuários domésticos, a mais indicada. A enterprise, para usuários
corporativos, pode ser interessante. A mais completa e cara é a ultimate. Traz todos os recursos
disponíveis, muitos dos quais não serão utilizados
por grande parte de seus consumidores, daí ter um
custo-benefício que não se justifica para a grande
maioria. Uma comparação mais completa entre as
versões do Windows 7 pode ser consultada no endereço <http://67p7e.tk>.
W
Segundo o que foi possível verificar em alguns
sites, foram estes os preços de lançamento: R$ 329,
a home basic; R$ 399, a premium; R$ 629, a professional e R$ 669 a ultimate.
Como a versão beta do Windows 7 foi disponibilizada para download há algum tempo, muita gente
já está se familiarizando com seus recursos.
Os fabricantes de leitores de tela também não
perderam tempo. Ao contrário do que sempre aconteceu desde seu lançamento, já é possível usar leitores de tela para usufruir as novidades. Como a
compatibilidade do Windows 7 com o XP é melhor
do que a apresentada pelo Vista, mesmo os leitores
de tela ainda não totalmente customizados para o
Windows 7 já são capazes de oferecer um suporte
bastante razoável ao sistema. O NVDA, Jaws for
Windows a partir da versão 9.0 e o Virtual Vision
6 trabalham com o Windows 7 de 32 bits. Testes
estão sendo feitos no Dosvox para detectar possível necessidade de pequenos ajustes. De qualquer
maneira, ele também já funciona.
Certamente problemas surgirão em necessidades
mais específicas, sobretudo nas versões de 64 bits,
mas as próximas atualizações desses softwares oferecerão respostas para as inovações deste Windows
que, desta vez, parece que vai dar certo.
CURSOS DE CAPACITAÇÃO PROFISSIONAL
Inscrições pelos telefones: 11 3824-0560, com Sandra Maciel,
e 11 5084-6693 / 6695, com Edvando.
4
Laercio Sant’Anna
SIMPLESMENTE MARIA
Na ADEVA, todos a conhecem.
Ela é muito querida pela simpatia, alegria e jeito simples de ser.
Porém, na execução de suas tarefas, põe seriedade. Às terças e
quintas-feiras, janelas, persianas,
armários por dentro e por fora,
luminárias, ventiladores, paredes,
portas e batentes têm sua atenção. Maria do Carmo de Jesus (50),
ou simplesmente Maria, é a responsável pelo serviço pesado de
faxina do centro de treinamento
da entidade.
Muitas vezes, sua atuação vai
um pouco além. Nos eventos, sua
presença e ajuda são sempre garantidas. No último jantar de aniversário da entidade (4 de novembro), no
Bar Brahma, lá estava ela, andando
de um lado para o outro, verificando detalhes
e se empenhando
para
que tudo ocorresse da melhor
maneira possível.
“Gosto do que faço e me sinto
bem na ADEVA, onde trabalho há
oito anos”, ela conta. Uma ex-patroa apresentou-a ao seu primo, o
Celso Oliveira, um dos funcionários
da ADEVA. Este indicou-a para a
Sandra Maciel, vice-presidente da
entidade.
Nascida no dia 25 de novembro,
em Campos Altos (MG), Maria é filha
de Sebastião Teixeira e Beralda
Luiza de Jesus e tem quatro irmãos:
Maria Aparecida, Maria das Graças,
Vicente e Vantuir. Quando criança,
“eu era levada, mas boazinha” e,
como todas as meninas, “gostava de brincar de casinha e com
bonecas”. Hoje, não é mais levada,
mas continua sendo uma pessoa
de bom coração, mãe do Ronaldo
(21), uma das alegrias da sua vida
e de quem sempre fala com muito
amor. “Ele é boa gente e muito
carinhoso”, orgulha-se.
Apesar da labuta diária (faz
faxina todos os dias da semana)
e da responsabilidade em manter
a casa, ela arranjou tempo para
terminar o ensino médio e um
curso básico de informática. Agora,
também com a ajuda e incentivo
da Cida, sua companheira de trabalho na ADEVA, já navega bem
nesse mundo virtual.
Na convivência com pessoas
cegas, Maria pôde perceber a
importância do trabalho que a
ADEVA executa e não poupa aplausos. “Eles cumprem muito bem a
tarefa de preparar a pessoa com
deficiência visual para o mercado
de trabalho; é uma empreitada
importantíssima e sempre ouço
elogios sobre o que oferecem e
fazem”, comenta. “Além disso, o
Markiano, o presidente, é muito
bacana; ele tem o dom do perdão,
sabe conversar e está sempre nos
motivando para que possamos
fazer o melhor”, acrescenta.
Lúcia Nascimento
ido
p
á
r
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g
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J
Signo: Sagitário.
Cor: Arco-íris.
Hobby: Leitura.
Um livro: Marley e eu, de John
Grogan, ed. Prestígio, 2006.
Um filme: O pai da noiva 1 e 2 (Father of
the bride), lançados em 1991 e 1995 (EUA),
comédia com Steve Martin e Diane Keaton.
Estilo de música:
Romântica.
Cantor preferido: Leonardo.
Cantora: Rita Lee.
Uma música: Não se vá,
canção dos anos 70, da
dupla Jane e Herondy.
Esporte preferido: Natação.
Time de futebol: Palmeiras.
Sobre os deficientes: Eles
fazem coisas que eu não faria.
O que fazer
para viver
melhor? Ter
coragem, fé e
amizade e tentar
tirar o melhor
possível de
nós mesmos.
Uma frase:
Pare o mundo
que eu quero
descer!
Religião: Católica.
Deus: Amor, paz e esperança
de dias melhores.
Amigos: Muito importante.
Amor: Meu filho Ronaldo.
Um sonho: Que o Palmeiras seja
campeão brasileiro, o que, para mim,
será um presente de aniversário!
Sensações de São Paulo
Um dos mais recentes projetos da São Paulo Turismo e da Prefeitura da
cidade oferece a oportunidade de se explorar a cidade através dos cinco sentidos humanos: paladar, olfato, visão, audição e tato. O Mapa das Sensações,
nome dado à iniciativa, propõe uma nova relação dos moradores e visitantes
com 100 pontos turísticos da metrópole. Com indicação das estações de metrô
mais próximas dos destinos, o Mapa traz comentários sobre esses locais e os
sentidos que eles estimulam. Sua tiragem inicial é de 195 mil exemplares, com
distribuição garantida nas centrais de informação turística, em hotéis, albergues
e táxis, Também está disponível no endereço <http://www.mapadassensacoes.
com.br>. Um audiolivro, com sons típicos dos pontos selecionados, foi entregue às
instituições especializadas no atendimento a pessoas com deficiência visual.
5
Horóscopo e oração
za antes de dormir:
Como cada signo re
Leão.
Áries.
“Oi, papi! Eu posso
apostar como você está
realmente orgulhoso em
me ter como seu filho!”
“Querido Deus!
Dê-me paciência, e
eu a quero agora!”
Touro.
“Deus, por favor,
ajude-me a aceitar
mudanças em minha
vida, mas não agora!”
Virgem.
“Querido Deus, por
favor, faça do mundo
um lugar melhor e não
o destrua como você
fez da última vez.”
Gêmeos.
Libra.
“Hei, Deus... ou será
Deusa?... Quem é
você?... O que é
você?... Onde está você?... Quantos de
você há?... Eu não posso te imaginar!”
Câncer.
“Querido papaizinho, sei que eu não
deveria depender tanto de
você, mas você é a única
pessoa com quem eu posso
sempre contar, enquanto meu
seguro cobertor está sendo
lavado.”
O MILAGRE DE SANTA LUZIA – De
norte a sul, a sanfona faz parte da
vida do povo brasileiro, nos forrós,
nas vaquejadas, nas festas de roça.
Este documentário, apresentado
por Dominguinhos, atualmente o
sanfoneiro mais conhecido do país,
mostra o Brasil ao som da sanfona
em ritmos do baião ao jazz. Exibido
no Festival de Brasília, em novembro de 2008, ganhou os prêmios de
melhor trilha sonora e o Vagalume
de melhor filme, concedido por um
júri de deficientes visuais.
6
“Querido Deus, sei que
eu deveria tomar minhas
decisões sozinho. Mas,
por outro lado, o que
você acha?”
Escorpião.
“Querido Deus, ajude-me a perdoar meus
inimigos, mesmo
que os crápulas não
mereçam.”
Channel por meio da programação
Mundo Cultura Discovery, programa
que resulta da parceria entre a emissora estatal paulista e a Discovery
Networks, empresa líder em conteúdo baseado na vida real.
DEVANEIOS – O ator Juca de Oliveira
lê e interpreta textos da literatura
mundial nesse programa que vai
ao ar de segunda a sexta-feira, às
9h10 e às 17h17, na BandNews FM,
96.9 MHz.
MEU PRIMEIRO ÁLBUM DE PIANO
solo – Um song-book, da coleção do
Projeto Espantaxim, assinado pela
musicista Dulce Auriemo, que reúne
14 canções infantis com arranjos do
pianista Amilton Godoy do Zimbo
Trio (conjunto instrumental surgido no ano de 1964). O livro traz
a versão das letras das músicas
em português e em inglês. Este
é um dos volumes dessa coleção
destinada a principiantes, sejam
crianças, jovens ou adultos, que
saibam ler notas musicais.
MUNDO CULTURA DISCOVERY – De
segunda a sábado, às 20h, e aos
domingos, às 19h, os telespectadores da TV Cultura têm uma amostra
dos documentários do Discovery
QUANDO FLORESCEM OS IPÊS – O
livro traduz os sentimentos e as
emoções de quatro jovens que
vivem em uma pequena cidade.
Fazendo uma alegoria com o ipê,
Sagitário.
“Oh, onipotente, onisciente, todo amoroso, todo
poderoso, onipresente, eterno Deus,
se eu lhe peço uma vez (e já estou
pedindo centenas de vezes), ajude-me
a parar de exagerar!”
Capricórnio.
“Querido Pai, eu estava
indo rezar, mas acho que
devo descobrir as coisas por mim
mesmo. Obrigada de qualquer forma.”
Aquário.
“Oi, Deus! Alguns dizem
que você é homem.
Outros dizem que você
é mulher. Eu digo que
todos nós somos Deus. Então, porque
rezar? Vamos fazer uma festa.”
Peixes.
“Pai celestial, enquanto eu
me preparo para tomar este
último quinto de scotch para
esquecer minha dor e meu sofrimento,
possa minha embriaguez servir para
aumentar sua honra e glória.”
que floresce uma vez por ano, o
autor retrata o amadurecimento e
questionamentos dos personagens
ao final da adolescência. Escrito por
José Ganymedes, em 1987, editado
pela Brasiliense, está disponível
para empréstimo na biblioteca
Louis Braille, do Centro Cultural
São Paulo, r. Vergueiro nº 1.000,
telefone: 11 3397-4088.
COR DA RUA – Este projeto, coordenado pela Organização de Auxílio
Fraterno (OAF), criada em 1955,
conta com a participação de 30 artesãos, a maioria deles ex-moradores
de rua. No centro de São Paulo, o
lixo que vem das ruas (rodas de
carro, cadeiras velhas, bagaço de
cana etc.) se transforma em objetos
de arte e de decoração na casa Cor
da Rua. A oficina de artesanato,
que existe há oito anos, e a loja,
inaugurada em 2004, ficam na r.
dos Estudantes, 491, no Glicério,
São Paulo (SP).
Biocombustíveis:
bons ou ruins?
de ser produzida com a ajuda de fertilizantes com
nitrogênio, essa cultura é a principal protagonista
do desmatamento na Amazônia, o que a torna mais
poluente que a própria gasolina em termos de gases
que contribuem para o efeito estufa.”
A comunidade científica já está trabalhando em prol
dos biocombustíveis de segunda geração. Um edital
publicado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento
Científico e Tecnológico (CNPq) contempla propostas
que enfocam o desenvolvimento de novas tecnologias para a sua produção.
Outro motivo de questionamentos é que a produção
de combustível, seja de soja ou de cana, também
causa aumento no custo dos alimentos, tanto de
forma direta quanto indireta. Por exemplo, o preço
do açúcar teve um aumento no mercado internacional porque muitos produtores brasileiros estão
produzindo apenas álcool. Esse problema é agravado
considerando que nos Estados Unidos o álcool é feito
de milho e na Europa usa-se a beterraba e o trigo
na produção de álcool. Evidentemente, se os governos passarem a incentivar os agricultores a tirar os
grãos da produção de alimentos, destinando-os para
a produção de biocombustíveis, e os investidores
começarem a especular com grãos nos mercados
financeiros, isso certamente colocará pressão sobre
os preços de alimentos. Também não se pode permitir
a derrubada de florestas e a drenagem de mangues,
valiosos na absorção de CO2 da atmosfera, a fim
de abrir espaço para a produção de biocombustível,
pois isso anularia os seus benefícios.
A Faculdade de Engenharia Química (FEQ), da
Universidade Estadual de Campinas (Unicamp),
acaba de depositar a patente da tecnologia para a
produção de bioquerosene de óleos vegetais que
pode tornar o combustível usado em aviões menos
poluente e 30% mais barato. Já os pesquisadores da
Universidade Estadual Paulista (Unesp) trabalham
no desenvolvimento de tecnologia para a produção
do biocombustível extraído do abacate. Do fruto é
possível extrair óleo (da polpa) e álcool etílico (do
caroço), o que o torna mais interessante em relação
a outras oleaginosas. Outra vantagem é sua produtividade. É possível extrair de 2,2 mil litros a 2,8
mil litros de óleo por hectare do abacate, enquanto
se extrai 440 a 550 litros/hectare da soja; 740 a mil
litros/hectare da mamona; 720 a 940 litros/hectare do
girassol; e 280 a 340 litros/hectare do algodão.
Tudo isso é bom ou ruim? Qual será o impacto
social e ambiental da produção dos biocombustíveis
no Brasil? Afetará a produção de alimentos? O pesquisador William Laurance, do Instituto Smithsoniano
(EUA), afirma que, em termos ambientais, os biocombustíveis não são sempre melhores que os combustíveis fósseis. Laurance chegou a essa conclusão
com 12 dos 26 tipos de biocombustíveis já analisados
por ele.
Não há dúvidas que o etanol brasileiro é sustentável e seu uso oferece vantagens sobre a gasolina,
mas deve haver limites bem definidos. É essa a
opinião dos cientistas que atuam na área. “Temos
de pensar como produzir com menor impacto de
emissão de gases, menor consumo de água, entre
outros. Talvez tenhamos de repensar processos de
adubação e reduzir a quantidade de calcário; pode ser
possível reduzir a um limite tal que não comprometa
a produção, mas que diminua consideravelmente
a emissão de dióxido de carbono”, declara Carlos
Clemente Cerri, do Centro de Energia Nuclear na
Agricultura, da Universidade de São Paulo (USP).
Segundo ele, o etanol, por exemplo, tem emissão
de gases de efeito estufa significativamente reduzido,
mas os impactos ambientais podem ser bem maiores
do que a gasolina se outros parâmetros forem considerados. “A produção de cana-de-açúcar usa muita
água e ainda provoca a poluição dos rios próximos.
Os fertilizantes nitrogenados usados abundantemente
nas plantações, após serem quebrados em óxidos de
nitrogênio, também vão afetar a camada de ozônio;
e a prática da queimada, após a colheita, contribui
para o aumento do efeito estufa.”
Enfim, não se pode simplesmente condenar a produção dos biocombustíveis, mas certamente pode-se
exigir que haja mais seletividade nas estratégias de
produção a fim de, no mínimo, diminuir os impactos
socioambientais. É imperativa, também, a necessidade urgente do estabelecimento de certificados
internacionais para os produtos feitos a partir de
biomassa. Talvez algo nessa direção ocorra durante as
negociações da segunda fase do Protocolo de Kyoto,
no mês de dezembro deste ano, em Copenhagen
(Dinamarca).
A soja usada no Brasil para produzir biodiesel pode
ter um impacto ainda pior, segundo Laurance. “Além
Sidney Tobias de Souza
http://www.garilli.com.br
tel.: 11 2696-3288
MANUEL TAXISTA
Para quem quer ser atendido com cortesia e
hora marcada, fazer o melhor trajeto, viagens,
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(11) 9683-9040 e fale com o Manuel.
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dos 31 anos da ADEV
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Brahma, dia 4 de no
Mitos e realidades sobre
o cego e a cegueira
Markiano Charan Filho apresenta
a palestra Mitos e Realidades e é
homenageado na reunião semanal do Rotary Pacaembu, realizada
no Hotel Caesar Business, em São
Paulo (SP), dia 20 de outubro.
GRÁFICA BRAILLE
PALESTRAS
A ADEVA conta com uma gráfica e oferece a impressão de textos em braille e em
caracteres ampliados. Todos os recursos
obtidos com a produção desse serviço são
revertidos para a manutenção da entidade.
Os valores pagos podem ser deduzidos do
imposto de renda de pessoas jurídicas. Mais
informações pelos telefones: (11) 5084-6693
ou 5084-6695, com Miguel, ou pelo E-mail:
grá[email protected].
Com o objetivo de promover o desenvolvimento pessoal e
profissional de empregados e empregadores, e conscientizar
a sociedade sobre o potencial da pessoa com deficiência, a
ADEVA oferece palestras sobre temas como estresse, etiqueta empresarial, o trabalho e o valor do trabalhador, mitos
e realidades sobre o deficiente. Para agendar dia e horário,
entre em contato com Sandra Maciel ou Márcio Spoladore,
pelo telefone (11) 3824-0560 ou pelo E-mail: marcio@adeva.
org.br. As palestras podem ser ministradas in company e seu
valor abatido do imposto de renda de pessoas jurídicas.
Jornalista responsável: Liane Constantino (MTb 15.185). Colaboradores: Celso de Oliveira, Cezar Yamanaka ((MTb 16.969), Laercio Sant’Anna, Lúcia
Nascimento (MTb 29.273), Mara Alves, Márcio Spoladore, Markiano Charan Filho, Sandra Maciel, Sidney Tobias de Souza. Correspondência: rua Brig.
Tobias, 247, cj. 1116, Santa Ifigênia, CEP 01032-000 - São Paulo (SP) - Telefones: 11 5084-6693 / 5084-6695 - Fax: 11 5084-6298 - E-mail: adeva@
adeva.org.br Site: http://www.adeva.org.br. Editoração: Fernanda Lorenzo. Revisão: Célia Aparecida Ferreira. Fotolitos e Impressão: cortesia Garilli Artes
Gráficas Ltda. - Tel.: 11 2696-3288 - E-mail: [email protected] - Tiragem: 1.000 exemplares. DISTRIBUIÇÃO GRATUITA.
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