Vitória depois de - Gazeta do Interior

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Vitória depois de - Gazeta do Interior
QUASE CENTENÁRIO
Tiro de Guerra de Araraquara
pode fechar
!?
página 14
A história do Brasil na Fórmula 1
também passou por Araraquara
pág 09
59)1*3-#
Padre Landell:
Página
15
Vitória depois de
50 anos
os moradores e proprietários das residências
localizadas no Jardim Paulista e na Vila Ferroviária, teram sua situação resolvida liberação
dos imóveis junto a Secretaria do Pa-trimônio
da União.
pág 05
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Araraquara, Novembro de 2010 - Edição 1
Hamilton G. P. Mendes
Fortalecido
A virada em São Paulo
Edinho e Coca
Coordenador estadual das
campanhas
de
Aloísio
Mercadante
ao
governo
paulista – cujo vice era o
araraquarense Coca Ferraz
(PDT) - e de Dilma Rousseff à
Presidência da República, o
também
araraquarense
Edinho Silva sai do processo
eleitoral bastante fortalecido.
Em primeiro lugar, porque
ainda no 1º turno conseguiu a
proeza de alcançar sua
eleição para a Assembléia
Legislativa como o mais
votado no interior do PT,
tornado-se o 6º mais votado
entre os deputados estaduais
eleitos. E depois, porque os
resultados obtidos pelo PT em
São Paulo ficaram acima das
expectativas – 2010 foi o 1º
ano da história do PT que o
partido não teve seu líder
maior, Luiz Ignácio Lula da
Silva, o presidente Lula, na
disputa de um cargo eletivo.
Tudo isso, porém, deu errado.
E deu, principalmente porque
a nau tucana deu água em
pleno berço, em São Paulo,
onde Serra conseguiu uma
vitória apertada, com menos
de 2 milhões de votos de
diferença. Isso, num colégio
eleitoral com 30 milhões de
eleitores, e no estado onde
tradicionalmente o PSDB
sempre bateu o PT com larga
diferença, abrindo vantagens
difíceis de serem tiradas no
resto do País – em Minas,
com Aécio um tanto alheado
da disputa, Serra perdeu por
um milhão de votos.
Embora responsável pela
campanha de Dilma Rousseff
em todo o estado de São
Paulo,
o
araraquarense
Edinho Silva tinha um desafio
um tanto particular pela frente
nas eleições deste ano, que
era alcançar o melhor resultado possível para a candidata em Araraquara, e nas
cidades da região. Político de
reconhecida
competência,
Edinho precisava de bons
resultados para firmar seu
nome no interior do PT como
uma liderança consolidada, o
que, de fato, ele conseguiu e
com sobras depois das
eleições deste ano. E isso,
porque na grande região de
Araraquara o melhor desempenho do PT aconteceu
mesmo em na Morada do Sol,
onde embora Dilma tenha
sido derrotada, a diferença
pode
ser
considerada
pequena, com Serra obtendo
61.108
(54,49%),
contra
51.042 votos conseguidos
pela presidenta eleita, Dilma
Rousseff, o que significa que
ela foi a preferida de 45,51%
dos eleitores araraquarenses.
Faltou muito
Em São Paulo, berço do
tucanato, as contas do PSDB
falavam na necessidade de se
bater Dilma no estado pela
diferença de 6 milhões de
votos, enquanto que em
Minas, terra de Aécio Neves,
Serra teria que virar o jogo e
vencer por pelo menos um
milhão de votos. Alcançada
essa vantagem nos dois estados, a estimativa dos tucanos
era a de que a situação ficaria
muito mais confortável para
Serra, cuja candidatura ainda
teria que buscar alguma –
mas, pouca - reação em
outras regiões do País.
Trabalho de base
E o trabalho para alcançar o
resultado começou ainda em
2008, quando já à frente do
PT no estado, Edinho Silva
implementou um extenso
trabalho de reorganização do
partido por centenas de
cidades do interior, o que deu
maior consistência à agremiação e encorpou o projeto 2010
dos
petistas.
Ou
seja,
enquanto o PT paulista, sob o
comando de Edinho, se preparou para a disputa da
Presidência e do governo do
estado tratando de reorganizar o partido a partir de um
trabalho realizado de baixo
para cima, as oposições
ficaram
o
tempo
todo
discutindo nomes para a
disputa. O resultado final,
portanto, não é de se estranhar e nem pode representar
surpresa.
Novas lideranças
Ou seja, sob a liderança de
Edinho Silva, o PT de
Araraquara, o PDT, do engenheiro Antonio Clóvis Pinto
Ferraz, o Coca, e os partidos
aliados com representação na
cidade, como o PR, de Paulo
Maranata, conseguiram praticamente dividir a cidade no 2º
turno, o que é muito em
termos eleitorais. Enquanto
isso, em São Carlos, cidade
Edinho, Coca e Pedro Baptistini
Disputa da sucessão de Napeloso deve ocupar os bastidores locais
até o próximo dia 7 de dezembro, data em que acontece a última
sessão do ano, e a eleição da próxima mesa diretora da Casa
governada pelo PT, Serra
venceu com extrema facilidade, alcançando 65,76% dos
eleitores, com 78.937 votos,
contra 41.101 votos obtidos
pela candidata petista Dilma
Rousseff, o que significou a
vontade de 34,24% dos
eleitores são-carlenses. Em
Ribeirão Preto, terra de Anto-
nio Palocci, a diferença
também foi grande, visto que
o candidato tucano conseguiu
na cidade 178.183 votos,
equivalentes a 60,96% dos
votos válidos, contra 114.115
votos obtidos por Dilma Rousseff,
que
representaram
39,4% do eleitorado.
*D]HWDGR,QWHULRU
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Araraquara, Novembro de 2010 - Edição 1
Força tucana na região permitisse que deputados,
Mantendo a hegemonia no
estado, com a eleição do
governador Geraldo Alckmin
(PSDB) ainda no 1º turno, os
tucanos e seus apoiadores na
região de Araraquara também
saíram
fortalecidos
da
disputa, já que mantiveram o
status quo de antes do dia 3
de outubro. Ou seja, tudo fica
como estava; o governo
estadual nas mãos dos tucanos e o federal na mão do PT.
A questão é saber qual o
destino político de Serra, que
parece cada vez mais isolado
nas hostes tucanas. E
pergunta também atinge os
lideres locais: como fica o
PMDB de Marcelo Barbieri e
Quércia (ou Temer?), o PPS,
de Dimas?, o PSDB, de Massafera ?
senadores e governadores
mudassem de partido já no
primeiro ano da legislatura,
em 2011. A intenção era facilitar a criação de uma nova
sigla que abrigasse aqueles
que, tendo apoiado José
Serra (PSDB) na eleição,
decidissem aderir ao governo
de Dilma Rousseff (PT). O PT
teria mudado de idéia, depois
de concluir que isso poderia,
na verdade, facilitar a vida do
senador Aécio Neves (PSDBMG) caso ele avançasse na
idéia de criar uma nova
legenda para apoiar sua eventual candidatura à Presidência
em 2014 - ou até mesmo se
mudar para o PMDB.
Outra mudança
mudou
que
Uma das negociações que
A vereadora Juliana Damus (PP), que no próximo mês de dezembro realiza homenagem
aos Policiais Militares da cidade
Mudanças nas mudan- estavam em andamento há uma fusão entre as duas agre- de desfiliações no DEM, visto horas que não pretende mais
tempos, e que envolviam miações foi rechaçada pelo que a legenda abriga em seus deixar o PSDB. Segundo ele,
ças
Informações que ecoaram
pela imprensa nos últimos
dias dão conta de que o PT
recuou da idéia de modificar a
lei de fidelidade partidária
para abrir uma janela que
setores do PSDB paulista e do
DEM, já começou a dar água,
e não deve mais se concretizar. Revelada em parte pelo
prefeito
Marcelo
Barbieri
(PMDB) em entrevista ao O
Imparcial, a possibilidade de
presidente nacional do DEM,
deputado Rodrigo Maia (RJ).
De acordo com o dirigente, a
proposta diminuiria o espaço
político da oposição no
Congresso e ainda abriria a
possibilidade para uma onda
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O prefeito Marcelo Barbieri (PMDB) afirmou que
Temer é o vice-presidente da República “de todo
o PMDB”
Fusão?
A pergunta cabe porque o prefeito Marcelo Barbieri chegou a afirmar ao repórter da Gazeta que
haveria uma grande fusão de partidos ainda este
ano no País. O reordenamento partidário atingiria
o PSDB, o PMDB, o PPS e o DEM. Também se
falava pelos bastidores que o governador licenciado de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB)
estaria deixando o partido depois das eleições
para criar uma nova agremiação política, que
trataria de fazer uma “oposição mais responsável
ao PT”, segundo declarações do próprio Aécio.
quadros – e isso é bastante
natural pelo momento póseleições que o País vive diversos descontentes.
Debandada
Ainda sobre o assunto, Maia
lembrou que uma das brechas
jurídicas permitidas hoje para
que parlamentares troquem
de partido sem perderem o
mandato por conta da regra
de fidelidade partidária é
justamente a fusão com outra
legenda. “Num período póseleitoral, onde o governo
federal conseguiu a reeleição,
sempre pode ocorrer um oportunismo eleitoral com migrações para o lado que venceu.
Uma fusão criaria um precedente legal para permitir uma
debandada, por exemplo,”
afirma Maia. Para o dirigente,
entretanto, a questão não se
resume a isso. Ele acredita
que as eleições deixaram
clara a existência de um
eleitorado de centro-direita,
que pode ser representado
pelo DEM, mas que não
encontra tanto conforto nas
posições políticas assumidas
pelo PSDB.
Aécio recuou
Provavelmente já navegando
em águas novas e límpidas –
depois que vazou a informação de que o PT não apoiaria
a reforma na questão da fidelidade partidária -, o senador
eleito por Minas gerais, Aécio
Neves, afirmou nas últimas
a idéia agora é refundar o
partido para recuperar a identidade tucana. Aécio afirmou
ainda que estará propondo ao
colegas de legenda que,
daqui até maio, quando acontece a convenção partidária,
todos se unam para refazer e
atualizar
o
programa
partidário. O senador deve
indicar um grupo de três
notáveis do partido para coordenar essa refundação; o
presidente
Fernando
Henrique, o ex-candidato
Serra e o ex-presidente do
PSDB Tasso Jereissati.
Defesa das privatizações
Segundo Aécio, os tucanos
têm que aprender defender as
privatizações sem constrangimentos. “Temos de mostrar
como foi importante para o
país as privatizações das
telecomunicações,
da
Embraer, da Vale”, disse. Ao
mesmo tempo, disse ele,
assegurar, de forma clara, que
existem empresas estratégicas do Estado que não
estarão sujeitas a qualquer
discussão nessa direção,
como o Banco do Brasil, a
Petrobras. “Temos de falar
disso com altivez, reconhecendo e assumindo o nosso
legado. Não existiria o
governo do presidente Lula
com seus resultados se não
tivesse havido os governos
Itamar Franco e Fernando
Henrique”, disse Aécio. Que já
vem sendo apontado como o
novo líder das oposições no
País.
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A fila andou no
PSDB?
O Dia do Fico
”Meu destino é no PSDB”.
Perguntado se manteria o que
afirmou antes das eleições e
sairia mesmo do PSDB, Aécio
demonstrou que não se sente
nem um pouco constrangido
em mudar de idéia, quando
isso se faz necessário. Ele
afirmou, por exemplo, que não
acha essencial defender a
abertura de uma janela
partidária para troca de partidos no próximo ano – algo
que ele mesmo defendeu
como forma viabilizar sua
saída do PSDB. “Deveríamos
voltar a discutir a cláusula de
desempenho, que limita o
número de partidos. Defendo
a volta da cláusula de
barreira, que limite o funcionamento dos partidos na sua
representatividade da sociedade”, afirmou.
Três anos atrás, quando Aécio
e Serra disputavam a indicação do PSDB para a disputa
da Presidência da República,
o deputado Dimas Ramalho
(PPS) afirmou ao repórter da
Gazeta que “política tem fila”,
e que a vez era do líder
paulista, José Serra. Agora,
depois da eleição de Dilma
Rousseff, a pergunta que se
faz pelos bastidores da
política é se a “fila do PSDB
andou”, e chegou à hora do
neto de Tancredo Neves falar
pelas oposições. A pergunta
foi feita ao ex-governador
mineiro, que como bom
mineiro, desconversou: “O
PSDB nunca teve dificuldades
de quadros, continua não
tendo. Só alguém neófito em
política se lança candidato de
si próprio. Eu estarei à Torturas
disposição do partido para
cumprir o papel que me desig- O Ministério Público Federal
nar”, disse.
apresentou à Justiça uma
ação em que acusa um militar
“O personagem foi Lula”
de ter torturado a presidente
No mesmo rumo que todos os eleita Dilma Rousseff (PT) e
brasileiros, Aécio afirmou nas outras vítimas durante o
últimas horas que o grande período da ditadura militar. Na
personagem das eleições foi acusação formal, que também
mesmo o presidente Lula. “Ele pede a punição de outros três
construiu uma candidatura à militares,
a
Procuradoria
revelia do seu partido e reproduz um depoimento
venceu. Essa é a marca que prestado por Dilma à Auditoria
fica. Atropelando em determi- Militar em 1970, e que foi
nados momentos algumas registrado pelo projeto "Brasil
das nossas instituições, mas Nunca Mais". No testemunho,
venceu as eleições e temos ela aponta o capitão Maurício
de reconhecer essa vitória, Lopes Lima como um dos
não nos fragilizarmos a partir torturadores da Operação
dela”, falou.
Bandeirante, criada em 1969
Araraquara, Novembro de 2010 - Edição 1
para reprimir opositores do arara e palmatória, sendo Federal de São Paulo, os
várias vezes levada ao Hospi- militares foram responsáveis
regime.
tal Central do Exército e para pelo assassinato de seis
o Hospital das Clínicas devido pessoas e pela prática de
Torturas – I
a hemorragias graves.
tortura contra outras 20
vítimas no período entre 1969
Segundo um dos trechos do
e 1970. Se a acusação for
depoimento de Dilma usado Torturas - III
aceita pela Justiça os militares
pelo Ministério Público, a
ex-ministra disse à auditoria: Na ação civil pública, além de passarão a ser réus na ação
"na semana passada, dois Lima são acusados os milita- civil pública e poderão ser
elementos da equipe chefiada res reformados das Forças condenados a pagar indenizapelo capitão Maurício compa- Armadas
Homero
Cesar ção à sociedade e a cobrir os
receram ao presídio Tiraden- Machado, Innocencio Fabricio gastos que a União teve com
para
as
tes e ameaçaram a interro- de Mattos Beltrão e o capitão ressarcimentos
ganda de novas sevícias, reformado da Polícia Militar de vítimas. Além disso, as
ocasião em que perguntou- São Paulo, João Thomaz. aposentadorias deles poderão
lhes se estavam autorizados Segundo a acusação formal, ser cassadas caso eles sejam
pelo Poder Judiciário e rece- apresentada à 4ª Vara Cível punidos no processo.
beu
como
resposta
o
A militância e a
seguinte: 'você vai ver o que é
capacidade de
o juiz lá na OB [Operação
mobilização do PT fizeram
Bandeirante]'; (...) que ainda
a diferença este ano
reafirma que mesmo no
DOPS foi seviciada".
Torturas – II
Dilma começou a militar em
organizações de esquerda
opositoras ao regime militar
em 1967. A Operação Bandeirantes realizou a prisão de
Dilma em janeiro de 1970. Até
fevereiro daquele ano ela
ficou detida no DOI-Codi
(Destacamento de Operações
de Informação dos Centros de
Operações
de
Defesa
Interna). No período de fevereiro a maio de 1970 Dilma foi
mantida
no
Dops
(Departamento Estadual de
Ordem Política e Social). Em
ambas as instituições, ou seja
no Dops-SP, como na Operação Bandeirante, ela barbaramente
torturada,
com
choques elétricos, pau de
Dimas Ramalho e Aloysio Nunes conseguiram grande resultado nas
urnas de 2010, e estão do mesmo lado em São Paulo. Sobre sua
atuação em Brasília, Dimas já avisou: “As eleições já passaram,
agora é trabalhar por Araraquara”.
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Araraquara, Novembro de 2010 - Edição 1
Araraquara, Novembro de 2010 - Edição 1
Vitória
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Móveis liberados
Presidente do PR no
município, partido que
conta com o ministro dos
Transportes do Governo
Lula, e que cuida da inventariança da RFF em Brasília, Maranata já entregou
mais de 120 documentos
Depois de quase dois meses 1947 e 1951 pelo então goverdisponibilizando toda a estru- nador Ademar de Barros. A de liberação de imóveis
tura de seu gabinete na situação lá já se arrastava por para famílias residentes
nos dois bairros. “A maior
Câmara Municipal, para reali- 50 anos.
parte dos compradores
zar detalhado recadastramento de todos os moradores Histórico
originais já morreram e não
e proprietários das residênconseguiram, em vida ter
cias localizadas no Jardim E o problema, é que todos os seus imóveis quitados, já
Paulista e na Vila Ferroviária, imóveis foram construídos que
o
problema
se
finalmente,
a
situação pelo então governador para
arrastava há mais de 50
daquelas famílias foi resolvida os ferroviários da extinta
anos. Sei que muitos não
em Brasília e São Paulo. E a Estrada de Ferro da Araraquaboa notícia foi conseguida rense (EFA), a quem os com- acreditaram quando eu
depois do trabalho realizado pradores teriam que pagar o disse que iria resolver o
e
entendo
pelo vereador Paulo Maranata financiamento. Anos depois, problema,
(PR), junto ao deputado com a incorporação da EFA perfeitamente isso, porque
federal Valdemar Costa Neto pela Fepasa, mudou o credor, essas famílias passaram
(PR), que conseguiu a libera- o que causou os primeiros décadas ouvindo promesção dos imóveis junto a problemas para quem já tinha sas que nunca se realSecretaria do Patrimônio da quitado seu imóvel. Tempos izaram. Agora, porém, as
União.
mais tarde, e ainda sem que a coisas mudaram, e não
situação se resolvesse, a estamos prometendo, estaMais de 260 imóveis
Fepasa foi entregue pelo
mos fazendo”, ressaltou o
governo estadual para a
parlamentar.
depois de 50 anos
As casas desembaraçadas
por Maranata em São Paulo
estão localizadas em dois
grandes bairros da cidade; um
é o Jardim Paulista, antigo
loteamento localizado na Vila
Xavier, ao lado do clube Associação Atlética Ferroviária,
onde cerca de 60 imóveis
estavam sem quitação há
mais de 50 anos. O outro é a
Vila Ferroviária, que nasceu
de um conjunto de 200 casas
construídas entre os anos de
União, que passou seus bens
ao patrimônio da Rede
Ferroviária Federal (RFF),
complicando ainda mais a
situação jurídica daqueles
imóveis – A RFF faliu tempos
depois, entrou em liquidação
e seus bens – incluindo as
mais de 260 casas dos dois
bairros de Araraquara –
passaram a pertencer ao
patrimônio da União.
1
2
Foto1.
Marcelo, Maranata e o
vive-prefeito Valter Merlos
durante evento
Foto2.
Marcelo, Maranata e o
vive-prefeito Valter Merlos
durante evento
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Araraquara, Novembro de 2010 - Edição 1
Sucessão
A pouco mais de 30 dias para
o início do recesso parlamentar na Câmara Municipal, a
classe política da cidade já
começa a centrar suas
baterias em mais uma eleição;
agora, a da própria câmara,
onde no início de dezembro
os 13 vereadores escolherão
o sucessor do atual presidente, Ronaldo Napeloso
(DEM). E a ‘briga’ promete.
Mudança de
rumo
O caso, porém; e isso já é dito
pelos bastidores locais há
tempos, é que o G-5 já não
seria mais de 5 desde que o
tucano
tenente
Santana
aceitou a liderança do
governo na Câmara, deixando
no passado o compromisso
de apoiar incondicionalmente
o candidato do grupo nas
Boi
eleições deste ano. Decidida
pelo voto da metade dos
X
vereadores, mais um, a
Chediek
eleição do legislativo será caso um acordo não seja
Deflagrada já em meados de
firmado até a data do pleito 2009, depois que um grupo de
resolvida em favor daquele
vereadores da nova geração –
candidato que obtiver 7 votos.
Aluisio Braz, o ‘Boi’ (PMDB),
Paulo
Maranata
(PR),
Serginho Gonçalves (PMDB),
doutor Lapena (PV) e tenente
Santana (PSDB) - criou o Os apoiadores de Boi iniciam
chamado G-5 com o intuito de o mês de novembro contabiliampliar a participação política zando os quatro votos do
de seus membros junto ao grupo, mas contando ainda
Executivo, a sucessão do com a possibilidade de
legislativo já tem dois candi- conquistar
o
apoio
da
datos
declarados;
Elias bancada do PT na Casa, comChediek e Aluisio Braz, o ‘Boi, posta
pelos
vereadores
ambos do PMDB, de Marcelo Márcia Lia, Carlos NasciBarbieri.
mento e Edio Lopes. Fala-se
Bancada do PT
Com a imagem do doutor Lapena (PV) ao fundo, Maranata
(PR) e Serginho Gonçalves (PMDB) conversam na Câmara
Descontraídos, Maranata (PMDB) e Boi (PMDB) discutem sucessão da Casa
também pelos bastidores do
Palacete
Carlos
Alberto
Manço que a conta do grupo
não pára por aí, existindo
ainda outras possibilidades
em aberto entre os demais
parlamentares
araraquarenses.
Apoiadores de
Chediek
Do outro lado da disputa, e
serrando fileiras ao lado de
Elias Chediek, estão o prefeito
Marcelo Barbieri (PMDB) e
seu fiel escudeiro no legislativo, o presidente da Câmara,
Ronaldo Napeloso (DEM). O
último chegou a declarar em
entrevista
concedida
à
imprensa tempos atrás que
não interferiria no resultado da
eleição, chegando a criticar o
“racha” no interior do PMDB.
Na época, Napeloso pediu
providências aos líderes da
agremiação
para
que
resolvessem a questão internamente, evitando desgastes
desnecessários ao prefeito.
Prefeito diz que
tem lado
tes do grupo que apóia a
candidatura de Boi também
não abrem mão da disputa, e
nem de ‘brigar’ pela eleição do
Marcelo, por sua vez, ao ser jovem líder.
inquirido a respeito do
assunto pelo repórter do O
Imparcial
em
entrevista
realizada ainda recentemente
no 6º andar do Paço Municipal, respondeu que preferiria
aguardar o desfecho da
eleição presidencial para Os vereadores Elias Chediek
depois tratar da questão. O e Aluisio Braz, o ‘Boi’, converprefeito admitiu ter um candi- saram bastante sobre a
dato preferido na disputa, e sucessão da presidência da
afirmou com todas as pala- Casa nos últimos dias, cuja
vras que “...todos sabem que eleição acontece no próximo
é” – o chefe do Executivo já dia 7 de dezembro, data em
havia manifestado seu apoio que se realiza a última sessão
ao nome de Chediek no início legislativa deste ano.Durante
deste ano. Também a respeito o encontro, realizado em uma
da posição de Marcelo na sala do Paço Municipal, Boi
disputa, o repórter apurou nos ouviu diversas argumentabastidores que o prefeito não ções da parte de Chediek, a
faz segredo a ninguém de sua maior parte delas no sentido
preferência, tendo declarado de se evitar um “racha” maior
abertamente sua opinião a no interior do PMDB, partido
quem quer que lhe pergunte do prefeito Marcelo Barbieri.
algo sobre o tema. O mesmo,
porém, ocorre do outro lado
da “moeda”, onde os integran-
Chediek pede
para Boi abrir
mão
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Araraquara, Novembro de 2010 - Edição 1
a palavra empenhada por
todo esse tempo.
“Legítima”
Candidato à Presidência da Câmara desde 2008, Chediek
não abre mão de disputar o cargo este ano
Chediek pede para Boi abrir mão – I
A iniciativa faz parte de um
esforço combinado da parte
daqueles que apóiam a candidatura de Chediek, sempre
com o intuito de convencerem
Boi a retirar seu nome da
disputa em beneficio do
ex-líder do governo na
Câmara. E o problema seria
justamente este, já que a
única condição colocada na
mesa para se evitar rachas e
disputas maiores na sucessão
da Câmara é a retirada do
vereador Boi de cena, como
se sua candidatura fosse o
único entrave em todo o
processo.
Conheça o
problema todo
A questão envolvendo a
sucessão de Ronaldo Napeloso na Presidência da Casa
já se arrasta desde meados
no ano passado, quando em
busca de maior espaço
político e mais atenção junto
ao Executivo, cinco parlamentares – Aluisio Braz, o ‘Boi’
(PMDB), Paulo Maranata
(PR), Serginho Gonçalves
(PMDB), doutor Lapena (PV)
e tenente Santana (PSDB) decidiram se unir e criar um
grupo na Câmara. Mais tarde
conhecido como G-5, o grupo
lançou ‘Boi’ como candidato à
Presidência da Casa com
bastante antecedência, mas
nunca deixou a base de apoio
do governo, defendendo a
administração
Marcelo
e
votando favoravelmente a
todos os projetos enviados
pelo Executivo.
Desfalcado
O grupo, porém, acabou
desfalcado de um de seus
membros. E isso aconteceu
depois que Chediek decidiu
deixar a liderança do governo
na Casa ara dedicar seu
tempo
a
pavimentar
o
caminho para sua eleição.
Com a saída do peemedebista do posto, Marcelo convidou para ocupar seu lugar o
tucano tenente Santana, que,
ao contrário da previsão de
alguns companheiros de G-5,
aceitou o chamado. Sem
contar com o voto de Santana,
muitos pensaram que o G,
agora de 4, fosse perder força
e recuar em suas intenções
iniciais – de atuar na base de
apoio do governo, mas de
forma independente -, o que,
porém, não aconteceu, já que
tanto Boi, quanto Maranata,
Lapena e Serginho permaneceram unidos e mantiveram
Vetados
Com Chediek e Farias vetados nos bastidores devido a
má relação existente entre
eles e o então prefeito Edinho
Silva (PT) – Marcelo e Edinho
procuravam
manter
uma
transição tranqüila e propositiva -, a escolha acabou
recaindo em Napeloso, que
apesar de ser presidente do
DEM na cidade, havia sido
líder do governo de Edinho na
Câmara por um bom tempo.
Diante da solução encontrada
João Farias retirou sua candidatura, mas Chediek não
aceitou a idéia e brigou por
seu nome até onde foi
possível, só recuando depois
que alguns de seus apoiadores manifestaram descontentamento com a situação e
anunciaram a possibilidade de
recuar em suas decisões.
A atitude firme dos
quatro
parlamentares,
que não recuaram um só
instante em seus objetivos, proporcionou ainda
mais força a candidatura
de Boi, que por isso
mesmo, continua intacta
e ainda na mesa. Sobre
o assunto, o jovem líder
peemedebista costuma
afirmar que sua candidatura é tão legítima quanto
à de qualquer outro
parlamentar que decidir
participar da disputa.
Visto ele ter sido o 2º
mais votado em 2008, e
não
ter
assumido
qualquer compromisso Todos de volta
com outra candidatura Tempos depois, já durante o
para 2010.
andamento da atual legisla-
Candidato desde
2008
A explicação de Boi procede,
porque desde que o G-5
lançou sua candidatura não
foram poucas às vezes que se
ouviu falar pelos bastidores
que o posto de presidente da
Câmara
para
o
biênio
2011/2012
já
estava
prometido
para
Chediek
desde 2008. Naquele ano,
logo depois de confirmada a
eleição de Marcelo e dos
atuais vereadores, todos se
reuniram por várias vezes na
sede do DAAE – onde funcionava o gabinete de transição
de governo – para decidir a
composição da futura mesa
da Câmara. Na época, eram
candidatos os vereadores
Ronaldo Napeloso (DEM),
Elias Chediek (PMDB) e João
Farias (PRB).
que Chediek também o fazia.
E a ‘briga’ parecia mesmo que
seria resolvida entre os dois,
até que, porém, surgiu o G-5 e
Boi foi lançado. Com o novo
nome na mesa, a candidatura
de João Farias foi esvaziada e
as maiores expectativas se
resumiram em saber quem
seria capaz de agregar mais
apoio na Casa, Chediek ou
Boi.
Promessa?
O que se viu a partir daí foi um
grande esforço por parte do
Executivo e seus homens na
Casa, em viabilizar a candidatura de Chediek, com alguns
chegando a afirmar que o
cargo já estava prometido a
ele desde 2008, o que a maior
parte dos vereadores nega
com veemência. O que se
especula pelos bastidores, no
entanto, é a possibilidade de
haver algum desconhecido
acordo – também firmado nos
bastidores – entre Chediek e
alguém para a eleição deste
tura, João Farias voltou a ano, e que, por isso, o
estaria,
agora,
colocar seu nome para a vereador
cobrando
a
fatura.
disputa da presidência da
Casa, ao mesmo tempo em
O presidente da Associação Comercial e Industrial de
Araraquara (ACIA) Renato Haddad participou do 11º Congresso da Federação das Associações Comerciais do Estado
de São Paulo (Facesp). Na foto, Renato com Guilherme
Campos, vice-presidente da FACESP.
$UDUDTXDUDHPWHPSRV_
Araraquara, Novembro de 2010 - Edição 1
O teto trabalhado do
Gigantão, que sempre foi
considerado uma obra prima
da engenharia moderna,
pode estar definitivamente
comprometido
Na foto acima, o jovem
vereador Valdemar De
Santi nos anos 50.
Mais tarde, o líder
político araraquarense
foi prefeito da cidade por
três vezes. De Santi
conta com fieis
seguidores até os dias
de hoje, entre eles os
jovens lideres da Juventude Progressista de
Araraquara David Fante
(28 anos) e Marco Antonio (26 anos).
Um dos mais tradicionais ginásios de esporte do
País, o Gigantão pode estar com seus dias contados
Na foto acima , já sem o
palco e as centenas de
cadeiras que ocupavam 99%
de seu espaço, o local, onde
também se realizaram
inúmeras formaturas através
dos anos, passa por imensas
transformações. Em breve, o
prédio receberá as Lojas
Americanas
Entre os anos 60, 70 e 80 o Cine Veneza alimentou de
sonhos várias gerações de araraquarenses. Não foram
poucos os casais que se formaram nas suas matinês e em
suas dependências
*D]HWDGR,QWHULRU
Araraquara, Novembro de 2010 - Edição 1
+LVWória Cultural_
A história do Brasil na Fórmula 1
também passou por Araraquara
O I - Circuito Automobilístico de Araraquara, realizado no início dos O começo de tudo
anos 60 tem uma história fantástica e se mistura com a formação de
A realização dos grandes eventos
pilotos de ponta no País
automobilísticos no país teve
O histórico DKW Malzoni, pilotado por Emerson Fittipaldi nas 24 horas de Interlagos de
1966. O carro nasceu em Araraquara
No ano de 1962, realizou-se o I-Circuito Automobilístico de Araraquara, um evento grandioso,
fantástico e que, literalmente, parou a cidade. Organizado pela Prefeitura, o Circuito desembarcou por
aqui depois da iniciativa do vereador Mário Ananias,
um apaixonado pelo automobilismo.
As provas – porque o evento reuniu quatro corridas serviram como preparação para os melhores pilotos
brasileiros da época, e suas equipes, a maior parte
delas de fábrica, para os “500 Quilômetros de Interlagos”.
O percurso abrangia as avenidas 36 e Bento de Abreu Ferrari 1952 pilotada pelo brasileiro
e contou com 3 etapas de categorias diferentes – mais Chico Landi no mundial de Formula 1
uma de Kart -, onde se desafiaram as principais montadoras do país e suas máquinas maravilhosas: DKW,
Dauphine, Simca,
Gordine e Volks, além dos
monopóstos, cujos destaques foram os Landi Jr.,
equipados com motores Gordine e DKW – as fábricas
tinham grande rivalidade.
Por aqui, a grande torcida era por Mário César
Camargo Filho, o Marinho, um dos ídolos da época,
O DKW número 10 de
contratado pelo Sr. Mário Darezzo, da Agro-Móbil,
Marinho, que correu
agente em Araraquara da DKW-Vemag, que correu,
por Araraquara nos
nas 1ª e 3ª provas, representando nossa cidade. E o
anos 60 e o Copersucar
Marinho venceu as duas.
Fittipaldi, de 1977,
Visto assim, o I-Circuito parece apenas mais um dos
único F-1 brasileiro da
tantos eventos já organizados na cidade através dos
história
tempos. Mas ele é muito mais do que isso e se
confunde, até mesmo, com a história brasileira no
automobilismo internacional. Vamos à história:
início no ano de 1933 com a
inauguração, no Rio de Janeiro,
do Circuito da Gávea. O trajeto,
de rua, saía da Praia do Leblon,
seguia pela Avenida Niemeyer,
passava por uma gruta, subia e
descia alguns morros, inclusive
onde, hoje, é a Favela da
Rocinha, até voltar ao Leblon.
No total, eram 12 quilômetros e
50 curvas, algumas tão fechadas
quanto se pode imaginar uma
curva fechada.
O piso era, literalmente, misto:
asfalto, concreto e paralelepípedos delimitados por trilhos de
Bonde. Parte do trajeto era coisa
de maluco: uma das curvas tinha
o nome de “Trampolim do Diabo”,
e o trecho da Avenida Niemeyer,
beirava um precipício de 30
metros rente ao mar. Os carros
que já alcançavam, na época,
absurdos 300 km/h nas retas,
tinham
um
parco
efeito
aerodinâmico,
suspensões
primitivas e freios que dariam
calafrios nos melhores pilotos
dos tempos atuais.
O público, sempre entusiasmado,
assistia as provas das calçadas.
Não havia, sequer, um cordão de
isolamento. O evento ficou tão
importante, que pouco tempo
depois passou a atrair alguns dos
maiores ases europeus. Quatro
anos depois, em 1937, as calçadas do Leblon estavam abarrotadas de gente. Na pista, ou
melhor, na rua, alguns dos maiores ases do mundo estavam
alinhados para a largada.
No meio deles, ao volante de um
carro da Scuderia Ferrari, “gentilmente” cedido pelos italianos
após
generosa
interferência
financeira do Presidente Getúlio
Vargas, estava o brasileiro Carlo
Pintacuda. Ao seu lado, no Grid, o
Auto Union do alemão Hans
Stuck, um dos maiores da época.
Foi uma prova dramática. Pouco
mais de 279 quilômetros depois,
percorridos em 3 horas e 22
minutos, Pintacuda cruzou a linha
de chegada 8 segundos a frente
de Stuck. Foi à primeira vitória de
um piloto brasileiro em um evento
automobilístico internacional. E
com uma Ferrari.
+LVWória cultural_
Araraquara, Novembro de 2010 - Edição 1
Uma prova
ESPECIAL
O GP de Bari de 1949, na
Itália, é tido como um marco
na história do automobilismo mundial de competição. Naquela prova,
depois de uma atuação
espetacular, o brasileiro
Chico Landi, um dos mais
promissores pilotos do
período, obteve uma vitória
inesquecível.
Landi pilotou uma Ferrari
que trazia em seu chassi a
numeração 0004. Foi a 1ª
vitória de um carro total-
mente
projetado
pelo
comendador Enzo Ferrari
na história. Também foi a 1ª
vitória
de
um
piloto
brasileiro em uma prova
internacional no exterior, e
com um detalhe bastante
significativo: se ela tivesse
ocorrido poucos meses
depois teria sido a primeira
de
um
brasileiro
na
Formula-1, já que o 1º. Mundial
da
categoria
foi
disputado, oficialmente, em
1950.
Na imagem, alguns dos maiores pilotos do automobilismo nacional
dos anos 60, que correram em Araraquara: Christian Heins (alemão
e piloto de fábrica da Willys no Brasil e na Europa), Mario Camargo
Filho (Marinho) e Byrd Clemente. A foto é de 1962 e foi feita em
Araraquara. Um ano depois, Christian Heins perderia a vida nas 24
Horas de Lê Mans, e motivaria o início da arrancada dos pilotos
brasileiros na Europa
Christian Heins, Mario Camargo Filho (Marinho) e Byrd Clemente, entre fãs na Fazenda da Família
Malzoni em Matão.
Anos 50
As atuações de Chico Landi
nos final dos anos 40,
fizeram escola. Na época,
era
comum
estadistas
apoiarem pilotos de seu
país. Foi assim na Argentina, onde o Presidente
Juan Perón investiu na
carreira de Juan Manuel
Fangio. E valeu a pena. No
Brasil, depois de receber
ajuda de Getúlio Vargas,
Landi não mais conseguiu
apoio das autoridades. Nem
ele, nem ninguém.
Na primeira década da
história da F-1, foram 4 os
pilotos brasileiros que se
aventuraram pela categoria.
Todos sem qualquer chance
de vitória: Chico Landi,
Hermano Silva Ramos, Gino
Bianco e Fritz D’Orey.
Foram 20 participações no
total. Gino, com poucas
oportunidades, pouco fez;
Landi disputou boas provas
e conseguiu um 4º Lugar, na
Argentina, em 1956, pilotando um Masserati; Silva
Ramos alcançou a 5ª
posição em Mônaco no
mesmo ano, com um
Gordini T6.
Já Fritz D’Orey, que havia
desembarcado na F-1 aos
21 anos de idade com o
apoio de Fangio, teve problemas logo na estréia, em
Monaco, quando o carro
quebrou nos treinos e a
equipe não tinha motor
reserva. Obteve um bom 10º
Lugar na França e abandonou nos EUA. D’Orey
prometia muito, mas perdeu
a vida em um acidente nas
24 de Lê Mans de 1960, que
encerrou prematuramente
sua carreira. Foi um grande
choque para os pilotos em
atividade no Brasil, e o
primeiro
ato
dramático
envolvendo a prova de Lê
Mans e o automobilismo
nacional.
Lançamento da Pedra Fundamental do Autódromo de Araraquara,
que seria construído nas cercanias da Represa Municipal. A foto é de
1962, e aparecem na imagem o vereador José Galli, o Coronel
Santa Roza e Mário Pucci Ananias, entre outros. Ao fundo a represa
das Cruzes.
*D]HWDGR,QWHULRU
Araraquara, Novembro de 2010 - Edição 1
+LVWória Cultural_
Lenda,recomeço
Araraquara na história
O acidente de D’Orey,
encerrou por um bom
tempo a participação de
brasileiros em competições
estrangeiras e a história
daqueles que correram lá
fora, começou a virar
lenda. Chico Landi continuava na ativa e, portanto,
era uma lenda viva.
Todos esses acontecimentos acabaram motivando
um romântico movimento
de fábricas, pilotos e
empresários, que, diante
da falta de apoio oficial, se
mobilizaram no sentido de
organizarem o automobilismo nacional em categorias diversas e competitivas.
A Vemag e a Willys, na
época, tiveram grande
participação no processo. A
primeira
montou
uma
equipe oficial de competições, se estruturou, e
contando com pilotos do
quilate de um “Marinho”,
colecionou vitórias por
longo tempo. A Willys, por
sua vez, tinha em Christian
Heinz seu homem forte e
também montou uma,
muito bem organizada,
equipe.
Corriam pela Willys pilotos
como os irmãos Fittipaldi
(Emerson e Wilsinho), o
próprio Heinz, José Carlos
Pace, o Moco, e muitos
outros. A estrutura criada
na época foi invejável. Pilotos e equipes passaram a
se apresentar em circuitos
de rua por todo o país, e as
competições que envolviam carros oficiais de
fábrica, eram grandes
pegas.
Foi
aí
que
Araraquara
entrou
na
história.
Na época, o senhor Mario
Ananias, um amante da
velocidade e grande amigo
de Chico Landi, Wilson
Fittipaldi (pai de Emerson e
Wilsinho), e Elói Gogliano,
membro da organização
das competições na época,
“mexeu os pauzinhos” e
com o apoio do prefeito,
Benedito de Oliveira, se
Volta de apresentação do 1º Circuito Automobilístico de
Araraquara, disputado em Agosto de 1962. Vê-se no carro,
Mário Ananias, A Rainha do Circuito e o Prefeito da época
Benedito de Oliveira
O público araraquarense lotou a Avenida Bento de Abreu
durante o 1º Circuito Automobilístico de Araraquara
uniu a empresários locais e
conseguiu trazer para a
cidade um dos eventos de
1962 que seriam realizados
no interior.
Foram três corridas no
mesmo dia – mais a de
Kart. Em duas, o vencedor
foi Marinho, o principal
adversário
da
equipe
Willys, e que correu com as
cores de nossa cidade. Na
outra, categoria Mecânica
Continental, o vitorioso foi
Christian Heinz, pilotando
um Landi Jr. equipado com
motor Gordini.
Heinz seria o principal motivador
dos
pilotos
brasileiros um ano depois e
mudaria, sem querer, o
cenário mundial das competições de alto nível no
exterior.
Reportagem Especial
Lembrou de algum fato histórico?
quer ver ele publicado?
O Piloto Byrd Clemente aguarda a ordem de largada. Sentado no carro, o organizador da
prova, e ex-vereador Mário Ananias
[email protected]
+LVWória cultural_
Araraquara, Novembro de 2010 - Edição 1
O drama e a reação
O piloto Christian Heinz,
era também, o chefe de
competições da Willys no
Brasil. De origem alemã,
Heinz corria regularmente
em competições européias
pela equipe Alpine, de
quem a Willys era uma
espécie de segmento por
aqui. Todos o admiravam.
Um dia a Alpine o chamou.
E ele foi. Corria o ano de
1963. A prova era de suma
importância para a montadora francesa: 24 horas de
Lê Mans.
Lá pela sexta hora de
corrida,
pilotando
um
Alpine
M63,
Christian
Heins ficou, para sempre,
em uma das curvas do
autódromo europeu. Tinha
28 anos. Deixou o setor de
competições da Willys do
Brasil muito bem organizado, e os pilotos
brasileiros traumatizados.
Foi outro duro golpe sofrido
por eles, e também para
toda
a
cidade
de
Araraquara, que um ano
antes tinha aprendido a
admirar aquele rapaz veloz
e educado. E o drama
brasileiro se deu, outra vez
nas 24 horas de Lê Mans.
Aquilo, porém, já era
demais.
Todos
se
encheram de brio e
“tocaram o barco”. Todos
queriam correr na Europa.
Não era mais sonho, era
objetivo. Tudo, por Heinz.
Passados poucos anos,
Wilsinho, que já tinha
vencido todo tipo de prova
por aqui, estava recém
casado e com os negócios
em ordem. Achou um
pouco arriscado largar tudo
e ir correr na Europa.
Emerson, que tinha 17
anos
quando
Heinz
morreu, vinha muito bem
em todas as provas que
disputava
e
Wilsinho
resolveu apostar no irmão.
Mandou o garoto na frente
e, daqui, bancou a “aventura”.
Carros aguardam a
largada na prova vencida
por Christian Heins
“Os carros passaram pelo
cruzamento da Avenida Bento
de Abreu, Rua São Bento e
Avenida Padre Francisco
Colturato”
O piloto alemão Christian Hein
recebendo o prêmio pela vitória
em evento realizado na Praça
Pedro de Toledo
Largada de uma das
etapas do circuito de
1962, na Avenida Bento
de Abreu
Meses depois, Emerson
vencia sua primeira prova
na Europa. Um ano depois,
ganhou
seu
primeiro
campeonato. Mais um ano
e estava na F-1. O resto,
todo o mundo já sabe – o
que muitos araraquarense
não sabiam é que a história
toda também passou por
aqui!
*D]HWDGR,QWHULRU
Araraquara, Novembro de 2010 - Edição 1
Depois de 48 anos,
finalmente um Kartódromo
+LVWória Cultural_
também em circuitos de ruas
(nas ruas da atual Vila Harmonia), com supervisão da
Federação Paulista, e o
sempre apoio da prefeitura
local.
Na época, as provas aconteciam em Araraquara no mês
de agosto, enquanto que em
março, as corridas eram
realizadas na cidade de
Américo Brasiliense.
O piloto da equipe de fábrica da
DKW, Marinho, que correu em 1962
representando Araraquara, no
instante em que recebia premiação
por sua vitória. A cerimônia
aconteceu na Praça Pedro de Toledo.
Finalmente, 48 anos depois, a
cidade recebeu um Kartódromo
Cidade com grande histórico
na revelação de talentos no
esporte sobre rodas, e depois
de organizar os grandes eventos automobilísticos do anos
60, Araraquara
precisou
aguardar 48 anos para inaugurar o seu próprio circuito
multi-rodas.
O conjunto de pistas, localizado no Pinheirinho, é maravilhoso e conta com circuitos
de Auto-Cross, Moto-Cross,
Bici-Cross e Kartódromo. A
última pista pode ainda receber provas de moto velocidade, o que era um sonho dos
esportistas locais.
Inaugurado no último dia 22
agosto – como parte das
comemorações aos 193 anos
de Araraquara - o local recebeu o nome de Kartódromo
Adalberto Cattani, em homenagem a um grande piloto
araraquarense
falecido
prematuramente.
Na ocasião, a cidade ao Open
Festival Brasileiro, que foi
uma prévia para o 6º Festival
Brasileiro de Kart, que
realizado no mesmo Kartódromo nos últimos dias 3,4 e 5
de setembro.As provas do
Festival foram disputadas nas
categorias
Cadete,
para
pilotos de 7 a 11 anos de
idade; F4 Sprint, acima de 13
anos; F4 Master, mais de 29
anos; 125cc Sprint, 125cc
Master, RD 135cc Sprint e RD
135cc Master.
O Kartódromo
Com suas obras iniciadas
ainda durante o governo do
ex-prefeito Edinho Silva, o
Circuito
de
Rodas
de
Araraquara recebeu o grosso
de seus investimentos na
atual administração, comandada pelo prefeito Marcelo
Barbieri.
Localizado no Circuito de
Rodas, no Parque Pinheirinho, o Kartódromo possui
1.090 metros de extensão e
oito metros de largura. Á área
de boxes, com aproximadamente 170 metros, conta com
36 boxes cobertos, os quais
estão equipados com tomadas 110/220v, ar comprimido e
iluminação. A
pista
foi
projetada para ser utilizada
nos sentidos horário e antihorário.
As provas de kart em
Araraquara, começaram a ser
disputadas ainda nos anos 60,
com muitas delas sendo organizadas em todos os anos 70
– incluindo algumas etapas do
Paulista -, todas em circuito
de rua (Avenida 36 e Bento de
Abreu. Já nos anos 80, a
cidade recebeu provas da
Copa
Lenine
Severino,
Acontecimento | 14
Araraquara, Novembro de 2010 - Edição 1
Quase centenário!
Tiro de Guerra de Araraquara pode fechar
TG local completa 100 anos em 2011, mas Araraquara está em vias
de receber uma unidade regular do Exército
HGP
Nascido como Linha de Tiro
em 10 de setembro de 1911 data em que sua criação foi
publicada na imprensa local -,
e a poucos meses de completar 100 anos, o Tiro de Guerra
02-002 de Araraquara, pode
ser desativado pelo Exército.
Isso, porque caso vingue a
reivindicação da Prefeitura
quanto à instalação de uma
unidade regular da força na
cidade, é muito provável, ou
melhor, é quase uma certeza,
a desativação do TG local. E é
assim porque onde há um
quartel instalado não existe
TG.
A informação dá conta de que
como Araraquara integra a
área de segurança sob a
responsabilidade de Pirassununga, e o mais provável é
que venha de lá uma subunidade, ou um esquadrão
pequeno que ficaria alocado
na cidade.
Se isso se confirmar, o efetivo
total do esquadrão não ultrapassaria o número de 45 ou
50 homens, e seriam incorporados de 20 a 25 soldados (e
não mais atiradores) locais
por ano. Ou seja, enquanto
atualmente o Tiro de Guerra
de Araraquara incorpora e
forma
cerca
de
100
atiradores/ano, com uma
subunidade regular do Exército o número de alistados
cairia vertiginosamente. Isso,
em uma cidade, cujo TG
chegou a formar mais de 500
jovens araraquarenses por
ano na década de 80. Estimativas afirmam que mais de 20
mil jovens já se formaram no
Tiro de Guerra local.
Cavalaria
O problema, segundo o
apurado pela reportagem, é
que trazer uma unidade
egular do Exército para
Araraquara não é uma tarefa
fácil, visto que a prioridade da
força, no momento é ocupar a
Amazônia e ampliar sua
presença nas fronteiras.
No entanto, caso venha a se
concretizar a instalação, é
muito
provável
que
a
construção dos futuros prédio
onde a unidade será instalada
tenha que ser feita pela
Prefeitura. Ainda assim, a
criação do novo quartel
deverá estar prevista no orçamento do Exército, que terá
que ser votado e aprovado
pelo congresso Nacional.
Se tudo isso der certo, pode
acontecer
de Araraquara
receber uma unidade de
Cavalaria, já que nosso
terreno é plano e já existe um
quartel de Cavalaria em Pirassununga. Os interlocutores do
repórter chegaram a dizer,
inclusive, que a possibilidade
de o município receber uma
unidade de Infantaria pode até
existir, mas que ela deve ser
pequena.
Eles disseram ainda que a 4ª
Delegacia de Serviço Militar,
com sede em Araraquara
desde os anos 40, também
deve ser desativada caso se
confirme à vinda da nova
unidade regular, já que como
um quartel tem autonomia, ele
seleciona,
incorpora
e
designa.
Outro detalhe importante;
embora seja apenas um
detalhe, é que atualmente – e
já é assim desde os anos 10 –
o prefeito municipal é o diretor
do Tiro de Guerra. No caso na
instalação de uma unidade
regular o posto deixaria de
existir.
Conheça a história do
TG de Araraquara
Fundado originariamente como
Linha de Tiro Cívica no dia 10 de
setembro de 1011, o Tiro de
Guerra de Araraquara começou a
funcionar, assim como todos os
órgãos similares criado no País
naquela época, como entidade
associativa.
A intenção, no período, era criar
órgãos cívicos que mobilizassem
a população em favor da causa
do restabelecimento do serviço
militar no Brasil, mas que fossem
tão bem organizados que pudessem ser incorporados pelo
Exército mais tarde.
Oficialmente, a primeiro órgão do
gênero foi criado em Porto
Alegre, nos idos anos de 1908, o
segundo em São Paulo e o
terceiro em Santos. Por aqui, as
autoridades locais se entusiasmaram com as iniciativas deflagradas nas grandes cidades
brasileiras, e menos de três anos
depois, um grupo se organizou e
fundou a Linha de Tiro local.
A 1ª diretoria teve a seguinte
constituição: Presidente – Major
Christiano Infante Vieira; Secretário – Major Eulógio Pitombo;
Tesoureiro – Coronel Luiz de
Ulloa Castro.
Sei anos depois, em outubro de
1917, o órgão araraquarense foi
oficialmente incorporado pelo
Exército Brasileiro, passando a
ser denominado Linha de Tiro
Federal nº. 610. A partir de então,
os
jovens
araraquarenses
passaram a concorrer ao Sorteio
anual para o Serviço Militar, que
era prestado em quartéis de fora.
Na época, era comum os jovens
araraquarenses servirem no Mato
Grosso, no Paraná e em outros
estados brasileiros.
A situação permaneceu assim até
19 de março de 1932, quando por
despacho assinado pelo tenente
coronel Vasco M. V. Lopes,
diretor da “Directoria Geral dos
Tiros de Guerra do Estado de São
Paulo”, a Linha de Tiro Federal
nº. 610 de Araraquara foi elevada
a condição de Tiro de Guerra,
Araraquarenses prestando serviço militar no Paraná, em
1929. Na época a cidade tinha a Linha de Tiro 610, e os
jovens locais não faziam o serviço aqui
Atiradores do TG 006, de Araraquara, nos anos 50
montando guarda na antiga sede da unidade, na esquina
da Rua 8 com a Avenida Feijó
tendo sido mantida sua designação numérica, 610. A partir
daquele momento, portanto, os
jovens
araraquarenses
passariam a fazer o serviço
militar aqui mesmo, na cidade.
Tendo suas atividades suspensas
no final daquele ano pelo governo
federal devido a Revolução de
1932, o Tiro de Guerra de
Araraquara voltou à ativa apenas
em 1936, quando formou sua 2ª
turma na cidade. A 3ª turma, de
1937, tinha entre seus integrantes o escritor, articulista, colaborador do O Imparcial e
ex-telegrafista na Polícia Civil de
Araraquara, Dario Gonçalves da
Silva.
Mais tarde, no ano de 1945, pela
Portaria Ministerial nº. 8.747 de
31 de outubro, todos os Tiros de
Guerra existentes no país foram
extintos e, pela mesma portaria
foram criados aqueles que os
substituíram.
No
caso
de
Araraquara, foi extinto o Pelotão
610 e para seu lugar foi criado o
Tiro de Guerra nº. 06, instalado
na cidade em 14 de novembro de
1945. Mais tarde, já nos anos 70,
TG-06 foi substituído pelo atual, o
02-002.
*D]HWDGR,QWHULRU
4XHP)RL"_
Araraquara, Novembro de 2010 - Edição 1
Padre Landell:
O inventor do Transmissor de Ondas e do Telefone sem Fio
No ano que vem será comemorado o sesquicentenário de nascimento do padre,
que motivou um movimento nacional pelo reconhecimento de suas descobertas
Em 2011 será comemorado o sesquicentenário de
nascimento do padre, cientista e inventor brasileiro
Roberto Landell de Moura. Um dos precursores da
invenção, entre outras, do rádio. Landell de Moura
merece um maior reconhecimento por parte do Povo
Brasileiro. 2011, portanto, é a oportunidade para o
padre, finalmente ocupar uma merecida posição entre
os grandes inventores brasileiros.
Roberto Landell de Moura,
nascido aos 21 de janeiro
de 1861, em Porto AlegreRS, estudou com os Jesuítas de São Leopoldo-RS a
partir de 1879 antes de
seguir para a Escola Politécnica do Rio de Janeiro.
Em companhia do irmão
Guilherme, seguiu para
Roma, matriculando-se a
22 de março de 1878 no
Colégio Pio Americano e na
Universidade Gregoriana,
estudou Teologia, Física e
Química e se tornou sacerdote católico em 1886. Em
Roma, iniciou os estudos
de física e eletricidade. No
Brasil, como autodidata
continuou seus estudos, e
realizou as suas primeiras
experiências públicas na
cidade de São Paulo, no
final do século XIX.
Quando voltou ao Brasil,
substituiu algumas vezes o
coadjutor do capelão do
Paço Imperial, no Rio de
Janeiro, e manteve longos
diálogos científicos com D.
Pedro II. Depois disso,
serviu em uma série de
cidades dos Estados do
Rio Grande do Sul e de
São Paulo: Porto Alegre,
Uruguaiana,
Santos,
Campinas, São Paulo.
Patente do Telefone Sem Fio emitido
pelos Estados Unidos ao Padre Landell
Transmissão
de sinais
De volta ao Brasil, passou
a fazer transmissões à
distância com um aparelho
que ele próprio criou. Era o
primeiro passo do rádio no
mundo. Ainda assim, exercendo o ministério sacerdotal em Porto Alegre-RS
(1887),
Uruguaiana-RS
(1891),
São
Paulo-SP
(1892),
Campinas-SP
(1893); continuou seus
experimentos, mas, em
Campinas, teve o equipamento destruído, e foi
acusado de bruxo.
Em todas essas localidades ele fazia demonstrações de transmissões da
palavra à distância; na
capital paulista, transmitiu
sinais sonoros da hoje
Avenida Paulista até Santana, numa distância de 8
quilômetros. No ano de
1900, registrou a patente
n.º 3.279 sobre seu aparelho apropriado à transmissão da palavra à distância, com ou sem fios,
através do espaço, da terra
e da água.
Em 1904, o padre Landell
registrou
nos
Estados
Unidos o transmissor de
ondas, o telefone sem fio e
o telégrafo sem fio. Além
disso, inventou a válvula de
três eletrodos, uma peça
fundamental para o desenvolvimento da radiodifusão.
De volta ao Brasil no ano
seguinte, no Rio de
Janeiro, o inventor solicitou
ao Presidente Rodrigues
Alves dois barcos para
poder demonstrar o seu
invento; ocasião em que foi
tachado de "maluco e
espírita" e teve seu equipamento destruído outra vez.
O humilde clérigo foi então
exercer o seu ofício
religioso em Botucatu-SP e
Mogi
das
Cruzes-SP.
Depois, em Porto AlegreRS, nas paróquias do
Menino Deus e do Rosário.
Padre Landell morreu em
Porto Alegre aos 30 de
julho de 1928. Nos escritos
teóricos e nas experiências
concretas do padre Landell
há descobertas científicas
que eram bem mais avançadas do que as de Marconi. Por falta de compreensão e recursos financeiros, até as patentes
sobre
seus
inventos
ficaram no esquecimento.
Em 1967, foi criada em
Porto Alegre a Fundação
Padre Landell de Moura,
que tem o objetivo de
promover a educação por
meio do som e da imagem.
,QIRUPática _
*D]HWDGR,QWHULRU
Araraquara, Novembro de 2010 - Edição 1
INTERNET BANKING
SENHA DE ACESSO
Por David F A B Fante e Marcus Vinicius Pereira da Costa
BRASIL: O país do
Internet Banking
“Imagine viver em um país
onde o voto eletrônico é
universal,
existem
39
milhões de usuários de
Internet, e 25 milhões deles
são também usuários de
internet banking.
Seja bem vindo ao Brasil,
onde o uso da internet e
sua segurança são altos e
incentivados pelo
governo. Serviços como o
pagamento de contas e
impostos já existiam desde
1995.” (Field, Tom, Internet
Banking
Case
Study:
Banco do Brasil, Bank
Information
Security
Articles, 9 de abril, 2008).
Assim são conhecidas as
tecnologias
brasileiras
aplicadas à internet banking, que servem de inspiração aos países menos
desenvolvidos na área, tal
qual, quem diria os EUA.
Dados
da
Federação
Brasileira de Bancos –
FEBRABAN – demonstram
que, de nove bilhões de
transações
eletrônicas
efetuadas no Brasil anualmente, apenas 0,01%
apresentam falhas, incluindo fraudes.
Em contraste a tais fatos, a
Kaspersky Lab, afirmou em
agosto deste ano, baseada
em pesquisas, que o Brasil
é responsável por 40% dos
vírus criados com o objetivo de roubar dados
bancários.
O Exemplo.
Obviamente os bancos, no
Brasil, não são totalmente
imunes a fraudes. Porém,
contam com as melhores e
mais avançadas tecnologias.
O Banco do Brasil é o
maior exemplo Brasileiro,
também um dos precursores
do Internet Banking
nacional. Além de facilidades,
oferece muita segurança.
Desde 2002 a
instituição tem sido incansável
na luta contra “phishing”,
“pharming”, “trojans”
e “key loggers”.
Até 2009, o banco tinha sua
segurança baseada em um
aplicativo –
desenvolvido, principalmente
em JAVA - que “rodava” diretamente no
navegador do cliente. Este
requisitava,
entre
outras
coisas, que senhas fossem
digitadas em um teclado
virtual, evitando assim os
“keylogers”.
Contudo, baseado em conceitos de usabilidade, o sistema
foi atualizado, e a
partir de 2010, permite aos
clientes digitarem a senha
diretamente no campo.
Este processo foi possível, em
virtude de uma Central de
Monitoramento, que
controla todos os acessos ao
banco. Quando detectado um
acesso fora dos
padrões, a central entra em
contato com o cliente, se
constatada qualquer
suspeita, imediatamente os
dados são bloqueados e
registrados para análise.
(Autoatendimento BB pela
internet.
http://www.bb.com.br/portalbb
/page17,19078,19078,0,0,1,1.
bb)
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O responsável pela segurança.
Embora não exista um documento que descreva de forma
detalhada como
funciona o ressarcimento de
valores, em caso de invasão,
a empresa JUNTUS TI
- prestadora de serviços de TI,
situada em Araraquara - relata
que existe, sim,
um padrão para este tipo de
ocorrência.
“Geralmente o banco pede um
laudo técnico para saber se o
computador está
infectado por algum vírus, se
o computador possui algum
antivírus, firewall
ativo e outras medidas de
segurança”, informa Cesar
Augusto Pinto Técnico
responsável da Juntus TI.
Esse laudo servirá como
base, para análises efetuadas
pelo banco para apurar
a
responsabilidade
do
incidente.
“Quatro empresas nos procuraram com este tipo de problema. Três deles
foram rapidamente ressarcidas. A quarta, aguardou um
processo de quase um
ano, para recuperar seus
valores, nesse caso o valor
furtado era maior.”.
Explica Cesar.
Dicas de Segurança.
Geralmente os bancos têm
arcado com os prejuízos em
caso de invasão de
conta, mesmo assim devemos
tomar alguns cuidados, afinal,
se constatado
que o cliente facilitou a
invasão, ele pode encontrar
dificuldades em ser
ressarcido.
Se você não quer ter dor de
cabeça nem correr o risco de
perder dinheiro,
Cesar Augusto Pinto da
Juntus TI da algumas dicas
para deixar seu computador
mais seguro.
- Mantenha sempre seu computador atualizado. Manter o
sistema operacional
com as mais recentes atualizações
de
segurança,
navegadores com todos seus
módulos e complementos
atualizados, bem como as
falhas de segurança
corrigidas, ajudam em muito a
não contaminação do computador por
programas destinados ao
roubo de informações e
invasões.
- Utilize sempre softwares
antivírus e anti-spywares, e
mantenha-os
atualizados. Existem versões
gratuitas destes softwares e
com um bom nível
de proteção. Não custa nada
proteger seu computador e
suas informações.
- Não utilize, de forma alguma,
Internet Banking em computadores públicos
como lan houses, cybers-café
e em salas de informática de
escolas ou
faculdades.
- Ignore e não abra qualquer
e-mail relativo a Bancos.
Bancos não enviam
informações por e-mail, nunca
solicitam senhas, números de
contas e nem
dados pessoais por e-mail.
Atualizações de módulos
de segurança só devem
ser consideradas ao acessar o próprio Internet Banking, e quando o mesmo
solicitar que seu computador seja atualizado, caso
contrário, ignore.
- Realize todos esses
procedimentos sempre, e
caso tenha dificuldade em
realizar alguma dessas
dicas, procure o um técnico
de informática.
David F A B Fante é Sócio-Fundador da empresa Juntus TI.
www.juntus.com.br
Marcus Vinicius Pereira da Costa é Sócio-Fundador, da empresa
Vanguarda Brasil Comunicação Online.
www.vanguardabrasil.com

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