Vitória depois de - Gazeta do Interior
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Vitória depois de - Gazeta do Interior
QUASE CENTENÁRIO Tiro de Guerra de Araraquara pode fechar !? página 14 A história do Brasil na Fórmula 1 também passou por Araraquara pág 09 59)1*3-# Padre Landell: Página 15 Vitória depois de 50 anos os moradores e proprietários das residências localizadas no Jardim Paulista e na Vila Ferroviária, teram sua situação resolvida liberação dos imóveis junto a Secretaria do Pa-trimônio da União. pág 05 $UHQD3ROíWLFD_ Araraquara, Novembro de 2010 - Edição 1 Hamilton G. P. Mendes Fortalecido A virada em São Paulo Edinho e Coca Coordenador estadual das campanhas de Aloísio Mercadante ao governo paulista – cujo vice era o araraquarense Coca Ferraz (PDT) - e de Dilma Rousseff à Presidência da República, o também araraquarense Edinho Silva sai do processo eleitoral bastante fortalecido. Em primeiro lugar, porque ainda no 1º turno conseguiu a proeza de alcançar sua eleição para a Assembléia Legislativa como o mais votado no interior do PT, tornado-se o 6º mais votado entre os deputados estaduais eleitos. E depois, porque os resultados obtidos pelo PT em São Paulo ficaram acima das expectativas – 2010 foi o 1º ano da história do PT que o partido não teve seu líder maior, Luiz Ignácio Lula da Silva, o presidente Lula, na disputa de um cargo eletivo. Tudo isso, porém, deu errado. E deu, principalmente porque a nau tucana deu água em pleno berço, em São Paulo, onde Serra conseguiu uma vitória apertada, com menos de 2 milhões de votos de diferença. Isso, num colégio eleitoral com 30 milhões de eleitores, e no estado onde tradicionalmente o PSDB sempre bateu o PT com larga diferença, abrindo vantagens difíceis de serem tiradas no resto do País – em Minas, com Aécio um tanto alheado da disputa, Serra perdeu por um milhão de votos. Embora responsável pela campanha de Dilma Rousseff em todo o estado de São Paulo, o araraquarense Edinho Silva tinha um desafio um tanto particular pela frente nas eleições deste ano, que era alcançar o melhor resultado possível para a candidata em Araraquara, e nas cidades da região. Político de reconhecida competência, Edinho precisava de bons resultados para firmar seu nome no interior do PT como uma liderança consolidada, o que, de fato, ele conseguiu e com sobras depois das eleições deste ano. E isso, porque na grande região de Araraquara o melhor desempenho do PT aconteceu mesmo em na Morada do Sol, onde embora Dilma tenha sido derrotada, a diferença pode ser considerada pequena, com Serra obtendo 61.108 (54,49%), contra 51.042 votos conseguidos pela presidenta eleita, Dilma Rousseff, o que significa que ela foi a preferida de 45,51% dos eleitores araraquarenses. Faltou muito Em São Paulo, berço do tucanato, as contas do PSDB falavam na necessidade de se bater Dilma no estado pela diferença de 6 milhões de votos, enquanto que em Minas, terra de Aécio Neves, Serra teria que virar o jogo e vencer por pelo menos um milhão de votos. Alcançada essa vantagem nos dois estados, a estimativa dos tucanos era a de que a situação ficaria muito mais confortável para Serra, cuja candidatura ainda teria que buscar alguma – mas, pouca - reação em outras regiões do País. Trabalho de base E o trabalho para alcançar o resultado começou ainda em 2008, quando já à frente do PT no estado, Edinho Silva implementou um extenso trabalho de reorganização do partido por centenas de cidades do interior, o que deu maior consistência à agremiação e encorpou o projeto 2010 dos petistas. Ou seja, enquanto o PT paulista, sob o comando de Edinho, se preparou para a disputa da Presidência e do governo do estado tratando de reorganizar o partido a partir de um trabalho realizado de baixo para cima, as oposições ficaram o tempo todo discutindo nomes para a disputa. O resultado final, portanto, não é de se estranhar e nem pode representar surpresa. Novas lideranças Ou seja, sob a liderança de Edinho Silva, o PT de Araraquara, o PDT, do engenheiro Antonio Clóvis Pinto Ferraz, o Coca, e os partidos aliados com representação na cidade, como o PR, de Paulo Maranata, conseguiram praticamente dividir a cidade no 2º turno, o que é muito em termos eleitorais. Enquanto isso, em São Carlos, cidade Edinho, Coca e Pedro Baptistini Disputa da sucessão de Napeloso deve ocupar os bastidores locais até o próximo dia 7 de dezembro, data em que acontece a última sessão do ano, e a eleição da próxima mesa diretora da Casa governada pelo PT, Serra venceu com extrema facilidade, alcançando 65,76% dos eleitores, com 78.937 votos, contra 41.101 votos obtidos pela candidata petista Dilma Rousseff, o que significou a vontade de 34,24% dos eleitores são-carlenses. Em Ribeirão Preto, terra de Anto- nio Palocci, a diferença também foi grande, visto que o candidato tucano conseguiu na cidade 178.183 votos, equivalentes a 60,96% dos votos válidos, contra 114.115 votos obtidos por Dilma Rousseff, que representaram 39,4% do eleitorado. *D]HWDGR,QWHULRU $UHQD3ROíWLFD_ Araraquara, Novembro de 2010 - Edição 1 Força tucana na região permitisse que deputados, Mantendo a hegemonia no estado, com a eleição do governador Geraldo Alckmin (PSDB) ainda no 1º turno, os tucanos e seus apoiadores na região de Araraquara também saíram fortalecidos da disputa, já que mantiveram o status quo de antes do dia 3 de outubro. Ou seja, tudo fica como estava; o governo estadual nas mãos dos tucanos e o federal na mão do PT. A questão é saber qual o destino político de Serra, que parece cada vez mais isolado nas hostes tucanas. E pergunta também atinge os lideres locais: como fica o PMDB de Marcelo Barbieri e Quércia (ou Temer?), o PPS, de Dimas?, o PSDB, de Massafera ? senadores e governadores mudassem de partido já no primeiro ano da legislatura, em 2011. A intenção era facilitar a criação de uma nova sigla que abrigasse aqueles que, tendo apoiado José Serra (PSDB) na eleição, decidissem aderir ao governo de Dilma Rousseff (PT). O PT teria mudado de idéia, depois de concluir que isso poderia, na verdade, facilitar a vida do senador Aécio Neves (PSDBMG) caso ele avançasse na idéia de criar uma nova legenda para apoiar sua eventual candidatura à Presidência em 2014 - ou até mesmo se mudar para o PMDB. Outra mudança mudou que Uma das negociações que A vereadora Juliana Damus (PP), que no próximo mês de dezembro realiza homenagem aos Policiais Militares da cidade Mudanças nas mudan- estavam em andamento há uma fusão entre as duas agre- de desfiliações no DEM, visto horas que não pretende mais tempos, e que envolviam miações foi rechaçada pelo que a legenda abriga em seus deixar o PSDB. Segundo ele, ças Informações que ecoaram pela imprensa nos últimos dias dão conta de que o PT recuou da idéia de modificar a lei de fidelidade partidária para abrir uma janela que setores do PSDB paulista e do DEM, já começou a dar água, e não deve mais se concretizar. Revelada em parte pelo prefeito Marcelo Barbieri (PMDB) em entrevista ao O Imparcial, a possibilidade de presidente nacional do DEM, deputado Rodrigo Maia (RJ). De acordo com o dirigente, a proposta diminuiria o espaço político da oposição no Congresso e ainda abriria a possibilidade para uma onda Expediente Jornal Gazeta do Interior ASSEC – Comunicação S/C Ltda. CNPJ – 03.306.139-0001-56 Jornalista Responsável: Hamilton G. P. Mendes MTB – 53.088/SP Colunistas: David Fante Projeto Gráfico e Virtual: David Fante Marco Antonio B. Da Silva Colaboradores Marcus Vinicius P. da Costa Cesar Augusto Pinto Comercial (16) 3214-1601 9722-8192 | 8825-4201 | 8135-2808 www.gazetadointerior.com.br [email protected] O prefeito Marcelo Barbieri (PMDB) afirmou que Temer é o vice-presidente da República “de todo o PMDB” Fusão? A pergunta cabe porque o prefeito Marcelo Barbieri chegou a afirmar ao repórter da Gazeta que haveria uma grande fusão de partidos ainda este ano no País. O reordenamento partidário atingiria o PSDB, o PMDB, o PPS e o DEM. Também se falava pelos bastidores que o governador licenciado de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB) estaria deixando o partido depois das eleições para criar uma nova agremiação política, que trataria de fazer uma “oposição mais responsável ao PT”, segundo declarações do próprio Aécio. quadros – e isso é bastante natural pelo momento póseleições que o País vive diversos descontentes. Debandada Ainda sobre o assunto, Maia lembrou que uma das brechas jurídicas permitidas hoje para que parlamentares troquem de partido sem perderem o mandato por conta da regra de fidelidade partidária é justamente a fusão com outra legenda. “Num período póseleitoral, onde o governo federal conseguiu a reeleição, sempre pode ocorrer um oportunismo eleitoral com migrações para o lado que venceu. Uma fusão criaria um precedente legal para permitir uma debandada, por exemplo,” afirma Maia. Para o dirigente, entretanto, a questão não se resume a isso. Ele acredita que as eleições deixaram clara a existência de um eleitorado de centro-direita, que pode ser representado pelo DEM, mas que não encontra tanto conforto nas posições políticas assumidas pelo PSDB. Aécio recuou Provavelmente já navegando em águas novas e límpidas – depois que vazou a informação de que o PT não apoiaria a reforma na questão da fidelidade partidária -, o senador eleito por Minas gerais, Aécio Neves, afirmou nas últimas a idéia agora é refundar o partido para recuperar a identidade tucana. Aécio afirmou ainda que estará propondo ao colegas de legenda que, daqui até maio, quando acontece a convenção partidária, todos se unam para refazer e atualizar o programa partidário. O senador deve indicar um grupo de três notáveis do partido para coordenar essa refundação; o presidente Fernando Henrique, o ex-candidato Serra e o ex-presidente do PSDB Tasso Jereissati. Defesa das privatizações Segundo Aécio, os tucanos têm que aprender defender as privatizações sem constrangimentos. “Temos de mostrar como foi importante para o país as privatizações das telecomunicações, da Embraer, da Vale”, disse. Ao mesmo tempo, disse ele, assegurar, de forma clara, que existem empresas estratégicas do Estado que não estarão sujeitas a qualquer discussão nessa direção, como o Banco do Brasil, a Petrobras. “Temos de falar disso com altivez, reconhecendo e assumindo o nosso legado. Não existiria o governo do presidente Lula com seus resultados se não tivesse havido os governos Itamar Franco e Fernando Henrique”, disse Aécio. Que já vem sendo apontado como o novo líder das oposições no País. $UHQD3ROíWLFD_ A fila andou no PSDB? O Dia do Fico ”Meu destino é no PSDB”. Perguntado se manteria o que afirmou antes das eleições e sairia mesmo do PSDB, Aécio demonstrou que não se sente nem um pouco constrangido em mudar de idéia, quando isso se faz necessário. Ele afirmou, por exemplo, que não acha essencial defender a abertura de uma janela partidária para troca de partidos no próximo ano – algo que ele mesmo defendeu como forma viabilizar sua saída do PSDB. “Deveríamos voltar a discutir a cláusula de desempenho, que limita o número de partidos. Defendo a volta da cláusula de barreira, que limite o funcionamento dos partidos na sua representatividade da sociedade”, afirmou. Três anos atrás, quando Aécio e Serra disputavam a indicação do PSDB para a disputa da Presidência da República, o deputado Dimas Ramalho (PPS) afirmou ao repórter da Gazeta que “política tem fila”, e que a vez era do líder paulista, José Serra. Agora, depois da eleição de Dilma Rousseff, a pergunta que se faz pelos bastidores da política é se a “fila do PSDB andou”, e chegou à hora do neto de Tancredo Neves falar pelas oposições. A pergunta foi feita ao ex-governador mineiro, que como bom mineiro, desconversou: “O PSDB nunca teve dificuldades de quadros, continua não tendo. Só alguém neófito em política se lança candidato de si próprio. Eu estarei à Torturas disposição do partido para cumprir o papel que me desig- O Ministério Público Federal nar”, disse. apresentou à Justiça uma ação em que acusa um militar “O personagem foi Lula” de ter torturado a presidente No mesmo rumo que todos os eleita Dilma Rousseff (PT) e brasileiros, Aécio afirmou nas outras vítimas durante o últimas horas que o grande período da ditadura militar. Na personagem das eleições foi acusação formal, que também mesmo o presidente Lula. “Ele pede a punição de outros três construiu uma candidatura à militares, a Procuradoria revelia do seu partido e reproduz um depoimento venceu. Essa é a marca que prestado por Dilma à Auditoria fica. Atropelando em determi- Militar em 1970, e que foi nados momentos algumas registrado pelo projeto "Brasil das nossas instituições, mas Nunca Mais". No testemunho, venceu as eleições e temos ela aponta o capitão Maurício de reconhecer essa vitória, Lopes Lima como um dos não nos fragilizarmos a partir torturadores da Operação dela”, falou. Bandeirante, criada em 1969 Araraquara, Novembro de 2010 - Edição 1 para reprimir opositores do arara e palmatória, sendo Federal de São Paulo, os várias vezes levada ao Hospi- militares foram responsáveis regime. tal Central do Exército e para pelo assassinato de seis o Hospital das Clínicas devido pessoas e pela prática de Torturas – I a hemorragias graves. tortura contra outras 20 vítimas no período entre 1969 Segundo um dos trechos do e 1970. Se a acusação for depoimento de Dilma usado Torturas - III aceita pela Justiça os militares pelo Ministério Público, a ex-ministra disse à auditoria: Na ação civil pública, além de passarão a ser réus na ação "na semana passada, dois Lima são acusados os milita- civil pública e poderão ser elementos da equipe chefiada res reformados das Forças condenados a pagar indenizapelo capitão Maurício compa- Armadas Homero Cesar ção à sociedade e a cobrir os receram ao presídio Tiraden- Machado, Innocencio Fabricio gastos que a União teve com para as tes e ameaçaram a interro- de Mattos Beltrão e o capitão ressarcimentos ganda de novas sevícias, reformado da Polícia Militar de vítimas. Além disso, as ocasião em que perguntou- São Paulo, João Thomaz. aposentadorias deles poderão lhes se estavam autorizados Segundo a acusação formal, ser cassadas caso eles sejam pelo Poder Judiciário e rece- apresentada à 4ª Vara Cível punidos no processo. beu como resposta o A militância e a seguinte: 'você vai ver o que é capacidade de o juiz lá na OB [Operação mobilização do PT fizeram Bandeirante]'; (...) que ainda a diferença este ano reafirma que mesmo no DOPS foi seviciada". Torturas – II Dilma começou a militar em organizações de esquerda opositoras ao regime militar em 1967. A Operação Bandeirantes realizou a prisão de Dilma em janeiro de 1970. Até fevereiro daquele ano ela ficou detida no DOI-Codi (Destacamento de Operações de Informação dos Centros de Operações de Defesa Interna). No período de fevereiro a maio de 1970 Dilma foi mantida no Dops (Departamento Estadual de Ordem Política e Social). Em ambas as instituições, ou seja no Dops-SP, como na Operação Bandeirante, ela barbaramente torturada, com choques elétricos, pau de Dimas Ramalho e Aloysio Nunes conseguiram grande resultado nas urnas de 2010, e estão do mesmo lado em São Paulo. Sobre sua atuação em Brasília, Dimas já avisou: “As eleições já passaram, agora é trabalhar por Araraquara”. *D]HWDGR,QWHULRU Araraquara, Novembro de 2010 - Edição 1 Araraquara, Novembro de 2010 - Edição 1 Vitória $UHQD3ROíWLFD_ Móveis liberados Presidente do PR no município, partido que conta com o ministro dos Transportes do Governo Lula, e que cuida da inventariança da RFF em Brasília, Maranata já entregou mais de 120 documentos Depois de quase dois meses 1947 e 1951 pelo então goverdisponibilizando toda a estru- nador Ademar de Barros. A de liberação de imóveis tura de seu gabinete na situação lá já se arrastava por para famílias residentes nos dois bairros. “A maior Câmara Municipal, para reali- 50 anos. parte dos compradores zar detalhado recadastramento de todos os moradores Histórico originais já morreram e não e proprietários das residênconseguiram, em vida ter cias localizadas no Jardim E o problema, é que todos os seus imóveis quitados, já Paulista e na Vila Ferroviária, imóveis foram construídos que o problema se finalmente, a situação pelo então governador para arrastava há mais de 50 daquelas famílias foi resolvida os ferroviários da extinta anos. Sei que muitos não em Brasília e São Paulo. E a Estrada de Ferro da Araraquaboa notícia foi conseguida rense (EFA), a quem os com- acreditaram quando eu depois do trabalho realizado pradores teriam que pagar o disse que iria resolver o e entendo pelo vereador Paulo Maranata financiamento. Anos depois, problema, (PR), junto ao deputado com a incorporação da EFA perfeitamente isso, porque federal Valdemar Costa Neto pela Fepasa, mudou o credor, essas famílias passaram (PR), que conseguiu a libera- o que causou os primeiros décadas ouvindo promesção dos imóveis junto a problemas para quem já tinha sas que nunca se realSecretaria do Patrimônio da quitado seu imóvel. Tempos izaram. Agora, porém, as União. mais tarde, e ainda sem que a coisas mudaram, e não situação se resolvesse, a estamos prometendo, estaMais de 260 imóveis Fepasa foi entregue pelo mos fazendo”, ressaltou o governo estadual para a parlamentar. depois de 50 anos As casas desembaraçadas por Maranata em São Paulo estão localizadas em dois grandes bairros da cidade; um é o Jardim Paulista, antigo loteamento localizado na Vila Xavier, ao lado do clube Associação Atlética Ferroviária, onde cerca de 60 imóveis estavam sem quitação há mais de 50 anos. O outro é a Vila Ferroviária, que nasceu de um conjunto de 200 casas construídas entre os anos de União, que passou seus bens ao patrimônio da Rede Ferroviária Federal (RFF), complicando ainda mais a situação jurídica daqueles imóveis – A RFF faliu tempos depois, entrou em liquidação e seus bens – incluindo as mais de 260 casas dos dois bairros de Araraquara – passaram a pertencer ao patrimônio da União. 1 2 Foto1. Marcelo, Maranata e o vive-prefeito Valter Merlos durante evento Foto2. Marcelo, Maranata e o vive-prefeito Valter Merlos durante evento $UHQD3ROíWLFD_ Araraquara, Novembro de 2010 - Edição 1 Sucessão A pouco mais de 30 dias para o início do recesso parlamentar na Câmara Municipal, a classe política da cidade já começa a centrar suas baterias em mais uma eleição; agora, a da própria câmara, onde no início de dezembro os 13 vereadores escolherão o sucessor do atual presidente, Ronaldo Napeloso (DEM). E a ‘briga’ promete. Mudança de rumo O caso, porém; e isso já é dito pelos bastidores locais há tempos, é que o G-5 já não seria mais de 5 desde que o tucano tenente Santana aceitou a liderança do governo na Câmara, deixando no passado o compromisso de apoiar incondicionalmente o candidato do grupo nas Boi eleições deste ano. Decidida pelo voto da metade dos X vereadores, mais um, a Chediek eleição do legislativo será caso um acordo não seja Deflagrada já em meados de firmado até a data do pleito 2009, depois que um grupo de resolvida em favor daquele vereadores da nova geração – candidato que obtiver 7 votos. Aluisio Braz, o ‘Boi’ (PMDB), Paulo Maranata (PR), Serginho Gonçalves (PMDB), doutor Lapena (PV) e tenente Santana (PSDB) - criou o Os apoiadores de Boi iniciam chamado G-5 com o intuito de o mês de novembro contabiliampliar a participação política zando os quatro votos do de seus membros junto ao grupo, mas contando ainda Executivo, a sucessão do com a possibilidade de legislativo já tem dois candi- conquistar o apoio da datos declarados; Elias bancada do PT na Casa, comChediek e Aluisio Braz, o ‘Boi, posta pelos vereadores ambos do PMDB, de Marcelo Márcia Lia, Carlos NasciBarbieri. mento e Edio Lopes. Fala-se Bancada do PT Com a imagem do doutor Lapena (PV) ao fundo, Maranata (PR) e Serginho Gonçalves (PMDB) conversam na Câmara Descontraídos, Maranata (PMDB) e Boi (PMDB) discutem sucessão da Casa também pelos bastidores do Palacete Carlos Alberto Manço que a conta do grupo não pára por aí, existindo ainda outras possibilidades em aberto entre os demais parlamentares araraquarenses. Apoiadores de Chediek Do outro lado da disputa, e serrando fileiras ao lado de Elias Chediek, estão o prefeito Marcelo Barbieri (PMDB) e seu fiel escudeiro no legislativo, o presidente da Câmara, Ronaldo Napeloso (DEM). O último chegou a declarar em entrevista concedida à imprensa tempos atrás que não interferiria no resultado da eleição, chegando a criticar o “racha” no interior do PMDB. Na época, Napeloso pediu providências aos líderes da agremiação para que resolvessem a questão internamente, evitando desgastes desnecessários ao prefeito. Prefeito diz que tem lado tes do grupo que apóia a candidatura de Boi também não abrem mão da disputa, e nem de ‘brigar’ pela eleição do Marcelo, por sua vez, ao ser jovem líder. inquirido a respeito do assunto pelo repórter do O Imparcial em entrevista realizada ainda recentemente no 6º andar do Paço Municipal, respondeu que preferiria aguardar o desfecho da eleição presidencial para Os vereadores Elias Chediek depois tratar da questão. O e Aluisio Braz, o ‘Boi’, converprefeito admitiu ter um candi- saram bastante sobre a dato preferido na disputa, e sucessão da presidência da afirmou com todas as pala- Casa nos últimos dias, cuja vras que “...todos sabem que eleição acontece no próximo é” – o chefe do Executivo já dia 7 de dezembro, data em havia manifestado seu apoio que se realiza a última sessão ao nome de Chediek no início legislativa deste ano.Durante deste ano. Também a respeito o encontro, realizado em uma da posição de Marcelo na sala do Paço Municipal, Boi disputa, o repórter apurou nos ouviu diversas argumentabastidores que o prefeito não ções da parte de Chediek, a faz segredo a ninguém de sua maior parte delas no sentido preferência, tendo declarado de se evitar um “racha” maior abertamente sua opinião a no interior do PMDB, partido quem quer que lhe pergunte do prefeito Marcelo Barbieri. algo sobre o tema. O mesmo, porém, ocorre do outro lado da “moeda”, onde os integran- Chediek pede para Boi abrir mão *D]HWDGR,QWHULRU $UHQD3ROíWLFD_ Araraquara, Novembro de 2010 - Edição 1 a palavra empenhada por todo esse tempo. “Legítima” Candidato à Presidência da Câmara desde 2008, Chediek não abre mão de disputar o cargo este ano Chediek pede para Boi abrir mão – I A iniciativa faz parte de um esforço combinado da parte daqueles que apóiam a candidatura de Chediek, sempre com o intuito de convencerem Boi a retirar seu nome da disputa em beneficio do ex-líder do governo na Câmara. E o problema seria justamente este, já que a única condição colocada na mesa para se evitar rachas e disputas maiores na sucessão da Câmara é a retirada do vereador Boi de cena, como se sua candidatura fosse o único entrave em todo o processo. Conheça o problema todo A questão envolvendo a sucessão de Ronaldo Napeloso na Presidência da Casa já se arrasta desde meados no ano passado, quando em busca de maior espaço político e mais atenção junto ao Executivo, cinco parlamentares – Aluisio Braz, o ‘Boi’ (PMDB), Paulo Maranata (PR), Serginho Gonçalves (PMDB), doutor Lapena (PV) e tenente Santana (PSDB) decidiram se unir e criar um grupo na Câmara. Mais tarde conhecido como G-5, o grupo lançou ‘Boi’ como candidato à Presidência da Casa com bastante antecedência, mas nunca deixou a base de apoio do governo, defendendo a administração Marcelo e votando favoravelmente a todos os projetos enviados pelo Executivo. Desfalcado O grupo, porém, acabou desfalcado de um de seus membros. E isso aconteceu depois que Chediek decidiu deixar a liderança do governo na Casa ara dedicar seu tempo a pavimentar o caminho para sua eleição. Com a saída do peemedebista do posto, Marcelo convidou para ocupar seu lugar o tucano tenente Santana, que, ao contrário da previsão de alguns companheiros de G-5, aceitou o chamado. Sem contar com o voto de Santana, muitos pensaram que o G, agora de 4, fosse perder força e recuar em suas intenções iniciais – de atuar na base de apoio do governo, mas de forma independente -, o que, porém, não aconteceu, já que tanto Boi, quanto Maranata, Lapena e Serginho permaneceram unidos e mantiveram Vetados Com Chediek e Farias vetados nos bastidores devido a má relação existente entre eles e o então prefeito Edinho Silva (PT) – Marcelo e Edinho procuravam manter uma transição tranqüila e propositiva -, a escolha acabou recaindo em Napeloso, que apesar de ser presidente do DEM na cidade, havia sido líder do governo de Edinho na Câmara por um bom tempo. Diante da solução encontrada João Farias retirou sua candidatura, mas Chediek não aceitou a idéia e brigou por seu nome até onde foi possível, só recuando depois que alguns de seus apoiadores manifestaram descontentamento com a situação e anunciaram a possibilidade de recuar em suas decisões. A atitude firme dos quatro parlamentares, que não recuaram um só instante em seus objetivos, proporcionou ainda mais força a candidatura de Boi, que por isso mesmo, continua intacta e ainda na mesa. Sobre o assunto, o jovem líder peemedebista costuma afirmar que sua candidatura é tão legítima quanto à de qualquer outro parlamentar que decidir participar da disputa. Visto ele ter sido o 2º mais votado em 2008, e não ter assumido qualquer compromisso Todos de volta com outra candidatura Tempos depois, já durante o para 2010. andamento da atual legisla- Candidato desde 2008 A explicação de Boi procede, porque desde que o G-5 lançou sua candidatura não foram poucas às vezes que se ouviu falar pelos bastidores que o posto de presidente da Câmara para o biênio 2011/2012 já estava prometido para Chediek desde 2008. Naquele ano, logo depois de confirmada a eleição de Marcelo e dos atuais vereadores, todos se reuniram por várias vezes na sede do DAAE – onde funcionava o gabinete de transição de governo – para decidir a composição da futura mesa da Câmara. Na época, eram candidatos os vereadores Ronaldo Napeloso (DEM), Elias Chediek (PMDB) e João Farias (PRB). que Chediek também o fazia. E a ‘briga’ parecia mesmo que seria resolvida entre os dois, até que, porém, surgiu o G-5 e Boi foi lançado. Com o novo nome na mesa, a candidatura de João Farias foi esvaziada e as maiores expectativas se resumiram em saber quem seria capaz de agregar mais apoio na Casa, Chediek ou Boi. Promessa? O que se viu a partir daí foi um grande esforço por parte do Executivo e seus homens na Casa, em viabilizar a candidatura de Chediek, com alguns chegando a afirmar que o cargo já estava prometido a ele desde 2008, o que a maior parte dos vereadores nega com veemência. O que se especula pelos bastidores, no entanto, é a possibilidade de haver algum desconhecido acordo – também firmado nos bastidores – entre Chediek e alguém para a eleição deste tura, João Farias voltou a ano, e que, por isso, o estaria, agora, colocar seu nome para a vereador cobrando a fatura. disputa da presidência da Casa, ao mesmo tempo em O presidente da Associação Comercial e Industrial de Araraquara (ACIA) Renato Haddad participou do 11º Congresso da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp). Na foto, Renato com Guilherme Campos, vice-presidente da FACESP. $UDUDTXDUDHPWHPSRV_ Araraquara, Novembro de 2010 - Edição 1 O teto trabalhado do Gigantão, que sempre foi considerado uma obra prima da engenharia moderna, pode estar definitivamente comprometido Na foto acima, o jovem vereador Valdemar De Santi nos anos 50. Mais tarde, o líder político araraquarense foi prefeito da cidade por três vezes. De Santi conta com fieis seguidores até os dias de hoje, entre eles os jovens lideres da Juventude Progressista de Araraquara David Fante (28 anos) e Marco Antonio (26 anos). Um dos mais tradicionais ginásios de esporte do País, o Gigantão pode estar com seus dias contados Na foto acima , já sem o palco e as centenas de cadeiras que ocupavam 99% de seu espaço, o local, onde também se realizaram inúmeras formaturas através dos anos, passa por imensas transformações. Em breve, o prédio receberá as Lojas Americanas Entre os anos 60, 70 e 80 o Cine Veneza alimentou de sonhos várias gerações de araraquarenses. Não foram poucos os casais que se formaram nas suas matinês e em suas dependências *D]HWDGR,QWHULRU Araraquara, Novembro de 2010 - Edição 1 +LVWória Cultural_ A história do Brasil na Fórmula 1 também passou por Araraquara O I - Circuito Automobilístico de Araraquara, realizado no início dos O começo de tudo anos 60 tem uma história fantástica e se mistura com a formação de A realização dos grandes eventos pilotos de ponta no País automobilísticos no país teve O histórico DKW Malzoni, pilotado por Emerson Fittipaldi nas 24 horas de Interlagos de 1966. O carro nasceu em Araraquara No ano de 1962, realizou-se o I-Circuito Automobilístico de Araraquara, um evento grandioso, fantástico e que, literalmente, parou a cidade. Organizado pela Prefeitura, o Circuito desembarcou por aqui depois da iniciativa do vereador Mário Ananias, um apaixonado pelo automobilismo. As provas – porque o evento reuniu quatro corridas serviram como preparação para os melhores pilotos brasileiros da época, e suas equipes, a maior parte delas de fábrica, para os “500 Quilômetros de Interlagos”. O percurso abrangia as avenidas 36 e Bento de Abreu Ferrari 1952 pilotada pelo brasileiro e contou com 3 etapas de categorias diferentes – mais Chico Landi no mundial de Formula 1 uma de Kart -, onde se desafiaram as principais montadoras do país e suas máquinas maravilhosas: DKW, Dauphine, Simca, Gordine e Volks, além dos monopóstos, cujos destaques foram os Landi Jr., equipados com motores Gordine e DKW – as fábricas tinham grande rivalidade. Por aqui, a grande torcida era por Mário César Camargo Filho, o Marinho, um dos ídolos da época, O DKW número 10 de contratado pelo Sr. Mário Darezzo, da Agro-Móbil, Marinho, que correu agente em Araraquara da DKW-Vemag, que correu, por Araraquara nos nas 1ª e 3ª provas, representando nossa cidade. E o anos 60 e o Copersucar Marinho venceu as duas. Fittipaldi, de 1977, Visto assim, o I-Circuito parece apenas mais um dos único F-1 brasileiro da tantos eventos já organizados na cidade através dos história tempos. Mas ele é muito mais do que isso e se confunde, até mesmo, com a história brasileira no automobilismo internacional. Vamos à história: início no ano de 1933 com a inauguração, no Rio de Janeiro, do Circuito da Gávea. O trajeto, de rua, saía da Praia do Leblon, seguia pela Avenida Niemeyer, passava por uma gruta, subia e descia alguns morros, inclusive onde, hoje, é a Favela da Rocinha, até voltar ao Leblon. No total, eram 12 quilômetros e 50 curvas, algumas tão fechadas quanto se pode imaginar uma curva fechada. O piso era, literalmente, misto: asfalto, concreto e paralelepípedos delimitados por trilhos de Bonde. Parte do trajeto era coisa de maluco: uma das curvas tinha o nome de “Trampolim do Diabo”, e o trecho da Avenida Niemeyer, beirava um precipício de 30 metros rente ao mar. Os carros que já alcançavam, na época, absurdos 300 km/h nas retas, tinham um parco efeito aerodinâmico, suspensões primitivas e freios que dariam calafrios nos melhores pilotos dos tempos atuais. O público, sempre entusiasmado, assistia as provas das calçadas. Não havia, sequer, um cordão de isolamento. O evento ficou tão importante, que pouco tempo depois passou a atrair alguns dos maiores ases europeus. Quatro anos depois, em 1937, as calçadas do Leblon estavam abarrotadas de gente. Na pista, ou melhor, na rua, alguns dos maiores ases do mundo estavam alinhados para a largada. No meio deles, ao volante de um carro da Scuderia Ferrari, “gentilmente” cedido pelos italianos após generosa interferência financeira do Presidente Getúlio Vargas, estava o brasileiro Carlo Pintacuda. Ao seu lado, no Grid, o Auto Union do alemão Hans Stuck, um dos maiores da época. Foi uma prova dramática. Pouco mais de 279 quilômetros depois, percorridos em 3 horas e 22 minutos, Pintacuda cruzou a linha de chegada 8 segundos a frente de Stuck. Foi à primeira vitória de um piloto brasileiro em um evento automobilístico internacional. E com uma Ferrari. +LVWória cultural_ Araraquara, Novembro de 2010 - Edição 1 Uma prova ESPECIAL O GP de Bari de 1949, na Itália, é tido como um marco na história do automobilismo mundial de competição. Naquela prova, depois de uma atuação espetacular, o brasileiro Chico Landi, um dos mais promissores pilotos do período, obteve uma vitória inesquecível. Landi pilotou uma Ferrari que trazia em seu chassi a numeração 0004. Foi a 1ª vitória de um carro total- mente projetado pelo comendador Enzo Ferrari na história. Também foi a 1ª vitória de um piloto brasileiro em uma prova internacional no exterior, e com um detalhe bastante significativo: se ela tivesse ocorrido poucos meses depois teria sido a primeira de um brasileiro na Formula-1, já que o 1º. Mundial da categoria foi disputado, oficialmente, em 1950. Na imagem, alguns dos maiores pilotos do automobilismo nacional dos anos 60, que correram em Araraquara: Christian Heins (alemão e piloto de fábrica da Willys no Brasil e na Europa), Mario Camargo Filho (Marinho) e Byrd Clemente. A foto é de 1962 e foi feita em Araraquara. Um ano depois, Christian Heins perderia a vida nas 24 Horas de Lê Mans, e motivaria o início da arrancada dos pilotos brasileiros na Europa Christian Heins, Mario Camargo Filho (Marinho) e Byrd Clemente, entre fãs na Fazenda da Família Malzoni em Matão. Anos 50 As atuações de Chico Landi nos final dos anos 40, fizeram escola. Na época, era comum estadistas apoiarem pilotos de seu país. Foi assim na Argentina, onde o Presidente Juan Perón investiu na carreira de Juan Manuel Fangio. E valeu a pena. No Brasil, depois de receber ajuda de Getúlio Vargas, Landi não mais conseguiu apoio das autoridades. Nem ele, nem ninguém. Na primeira década da história da F-1, foram 4 os pilotos brasileiros que se aventuraram pela categoria. Todos sem qualquer chance de vitória: Chico Landi, Hermano Silva Ramos, Gino Bianco e Fritz D’Orey. Foram 20 participações no total. Gino, com poucas oportunidades, pouco fez; Landi disputou boas provas e conseguiu um 4º Lugar, na Argentina, em 1956, pilotando um Masserati; Silva Ramos alcançou a 5ª posição em Mônaco no mesmo ano, com um Gordini T6. Já Fritz D’Orey, que havia desembarcado na F-1 aos 21 anos de idade com o apoio de Fangio, teve problemas logo na estréia, em Monaco, quando o carro quebrou nos treinos e a equipe não tinha motor reserva. Obteve um bom 10º Lugar na França e abandonou nos EUA. D’Orey prometia muito, mas perdeu a vida em um acidente nas 24 de Lê Mans de 1960, que encerrou prematuramente sua carreira. Foi um grande choque para os pilotos em atividade no Brasil, e o primeiro ato dramático envolvendo a prova de Lê Mans e o automobilismo nacional. Lançamento da Pedra Fundamental do Autódromo de Araraquara, que seria construído nas cercanias da Represa Municipal. A foto é de 1962, e aparecem na imagem o vereador José Galli, o Coronel Santa Roza e Mário Pucci Ananias, entre outros. Ao fundo a represa das Cruzes. *D]HWDGR,QWHULRU Araraquara, Novembro de 2010 - Edição 1 +LVWória Cultural_ Lenda,recomeço Araraquara na história O acidente de D’Orey, encerrou por um bom tempo a participação de brasileiros em competições estrangeiras e a história daqueles que correram lá fora, começou a virar lenda. Chico Landi continuava na ativa e, portanto, era uma lenda viva. Todos esses acontecimentos acabaram motivando um romântico movimento de fábricas, pilotos e empresários, que, diante da falta de apoio oficial, se mobilizaram no sentido de organizarem o automobilismo nacional em categorias diversas e competitivas. A Vemag e a Willys, na época, tiveram grande participação no processo. A primeira montou uma equipe oficial de competições, se estruturou, e contando com pilotos do quilate de um “Marinho”, colecionou vitórias por longo tempo. A Willys, por sua vez, tinha em Christian Heinz seu homem forte e também montou uma, muito bem organizada, equipe. Corriam pela Willys pilotos como os irmãos Fittipaldi (Emerson e Wilsinho), o próprio Heinz, José Carlos Pace, o Moco, e muitos outros. A estrutura criada na época foi invejável. Pilotos e equipes passaram a se apresentar em circuitos de rua por todo o país, e as competições que envolviam carros oficiais de fábrica, eram grandes pegas. Foi aí que Araraquara entrou na história. Na época, o senhor Mario Ananias, um amante da velocidade e grande amigo de Chico Landi, Wilson Fittipaldi (pai de Emerson e Wilsinho), e Elói Gogliano, membro da organização das competições na época, “mexeu os pauzinhos” e com o apoio do prefeito, Benedito de Oliveira, se Volta de apresentação do 1º Circuito Automobilístico de Araraquara, disputado em Agosto de 1962. Vê-se no carro, Mário Ananias, A Rainha do Circuito e o Prefeito da época Benedito de Oliveira O público araraquarense lotou a Avenida Bento de Abreu durante o 1º Circuito Automobilístico de Araraquara uniu a empresários locais e conseguiu trazer para a cidade um dos eventos de 1962 que seriam realizados no interior. Foram três corridas no mesmo dia – mais a de Kart. Em duas, o vencedor foi Marinho, o principal adversário da equipe Willys, e que correu com as cores de nossa cidade. Na outra, categoria Mecânica Continental, o vitorioso foi Christian Heinz, pilotando um Landi Jr. equipado com motor Gordini. Heinz seria o principal motivador dos pilotos brasileiros um ano depois e mudaria, sem querer, o cenário mundial das competições de alto nível no exterior. Reportagem Especial Lembrou de algum fato histórico? quer ver ele publicado? O Piloto Byrd Clemente aguarda a ordem de largada. Sentado no carro, o organizador da prova, e ex-vereador Mário Ananias [email protected] +LVWória cultural_ Araraquara, Novembro de 2010 - Edição 1 O drama e a reação O piloto Christian Heinz, era também, o chefe de competições da Willys no Brasil. De origem alemã, Heinz corria regularmente em competições européias pela equipe Alpine, de quem a Willys era uma espécie de segmento por aqui. Todos o admiravam. Um dia a Alpine o chamou. E ele foi. Corria o ano de 1963. A prova era de suma importância para a montadora francesa: 24 horas de Lê Mans. Lá pela sexta hora de corrida, pilotando um Alpine M63, Christian Heins ficou, para sempre, em uma das curvas do autódromo europeu. Tinha 28 anos. Deixou o setor de competições da Willys do Brasil muito bem organizado, e os pilotos brasileiros traumatizados. Foi outro duro golpe sofrido por eles, e também para toda a cidade de Araraquara, que um ano antes tinha aprendido a admirar aquele rapaz veloz e educado. E o drama brasileiro se deu, outra vez nas 24 horas de Lê Mans. Aquilo, porém, já era demais. Todos se encheram de brio e “tocaram o barco”. Todos queriam correr na Europa. Não era mais sonho, era objetivo. Tudo, por Heinz. Passados poucos anos, Wilsinho, que já tinha vencido todo tipo de prova por aqui, estava recém casado e com os negócios em ordem. Achou um pouco arriscado largar tudo e ir correr na Europa. Emerson, que tinha 17 anos quando Heinz morreu, vinha muito bem em todas as provas que disputava e Wilsinho resolveu apostar no irmão. Mandou o garoto na frente e, daqui, bancou a “aventura”. Carros aguardam a largada na prova vencida por Christian Heins “Os carros passaram pelo cruzamento da Avenida Bento de Abreu, Rua São Bento e Avenida Padre Francisco Colturato” O piloto alemão Christian Hein recebendo o prêmio pela vitória em evento realizado na Praça Pedro de Toledo Largada de uma das etapas do circuito de 1962, na Avenida Bento de Abreu Meses depois, Emerson vencia sua primeira prova na Europa. Um ano depois, ganhou seu primeiro campeonato. Mais um ano e estava na F-1. O resto, todo o mundo já sabe – o que muitos araraquarense não sabiam é que a história toda também passou por aqui! *D]HWDGR,QWHULRU Araraquara, Novembro de 2010 - Edição 1 Depois de 48 anos, finalmente um Kartódromo +LVWória Cultural_ também em circuitos de ruas (nas ruas da atual Vila Harmonia), com supervisão da Federação Paulista, e o sempre apoio da prefeitura local. Na época, as provas aconteciam em Araraquara no mês de agosto, enquanto que em março, as corridas eram realizadas na cidade de Américo Brasiliense. O piloto da equipe de fábrica da DKW, Marinho, que correu em 1962 representando Araraquara, no instante em que recebia premiação por sua vitória. A cerimônia aconteceu na Praça Pedro de Toledo. Finalmente, 48 anos depois, a cidade recebeu um Kartódromo Cidade com grande histórico na revelação de talentos no esporte sobre rodas, e depois de organizar os grandes eventos automobilísticos do anos 60, Araraquara precisou aguardar 48 anos para inaugurar o seu próprio circuito multi-rodas. O conjunto de pistas, localizado no Pinheirinho, é maravilhoso e conta com circuitos de Auto-Cross, Moto-Cross, Bici-Cross e Kartódromo. A última pista pode ainda receber provas de moto velocidade, o que era um sonho dos esportistas locais. Inaugurado no último dia 22 agosto – como parte das comemorações aos 193 anos de Araraquara - o local recebeu o nome de Kartódromo Adalberto Cattani, em homenagem a um grande piloto araraquarense falecido prematuramente. Na ocasião, a cidade ao Open Festival Brasileiro, que foi uma prévia para o 6º Festival Brasileiro de Kart, que realizado no mesmo Kartódromo nos últimos dias 3,4 e 5 de setembro.As provas do Festival foram disputadas nas categorias Cadete, para pilotos de 7 a 11 anos de idade; F4 Sprint, acima de 13 anos; F4 Master, mais de 29 anos; 125cc Sprint, 125cc Master, RD 135cc Sprint e RD 135cc Master. O Kartódromo Com suas obras iniciadas ainda durante o governo do ex-prefeito Edinho Silva, o Circuito de Rodas de Araraquara recebeu o grosso de seus investimentos na atual administração, comandada pelo prefeito Marcelo Barbieri. Localizado no Circuito de Rodas, no Parque Pinheirinho, o Kartódromo possui 1.090 metros de extensão e oito metros de largura. Á área de boxes, com aproximadamente 170 metros, conta com 36 boxes cobertos, os quais estão equipados com tomadas 110/220v, ar comprimido e iluminação. A pista foi projetada para ser utilizada nos sentidos horário e antihorário. As provas de kart em Araraquara, começaram a ser disputadas ainda nos anos 60, com muitas delas sendo organizadas em todos os anos 70 – incluindo algumas etapas do Paulista -, todas em circuito de rua (Avenida 36 e Bento de Abreu. Já nos anos 80, a cidade recebeu provas da Copa Lenine Severino, Acontecimento | 14 Araraquara, Novembro de 2010 - Edição 1 Quase centenário! Tiro de Guerra de Araraquara pode fechar TG local completa 100 anos em 2011, mas Araraquara está em vias de receber uma unidade regular do Exército HGP Nascido como Linha de Tiro em 10 de setembro de 1911 data em que sua criação foi publicada na imprensa local -, e a poucos meses de completar 100 anos, o Tiro de Guerra 02-002 de Araraquara, pode ser desativado pelo Exército. Isso, porque caso vingue a reivindicação da Prefeitura quanto à instalação de uma unidade regular da força na cidade, é muito provável, ou melhor, é quase uma certeza, a desativação do TG local. E é assim porque onde há um quartel instalado não existe TG. A informação dá conta de que como Araraquara integra a área de segurança sob a responsabilidade de Pirassununga, e o mais provável é que venha de lá uma subunidade, ou um esquadrão pequeno que ficaria alocado na cidade. Se isso se confirmar, o efetivo total do esquadrão não ultrapassaria o número de 45 ou 50 homens, e seriam incorporados de 20 a 25 soldados (e não mais atiradores) locais por ano. Ou seja, enquanto atualmente o Tiro de Guerra de Araraquara incorpora e forma cerca de 100 atiradores/ano, com uma subunidade regular do Exército o número de alistados cairia vertiginosamente. Isso, em uma cidade, cujo TG chegou a formar mais de 500 jovens araraquarenses por ano na década de 80. Estimativas afirmam que mais de 20 mil jovens já se formaram no Tiro de Guerra local. Cavalaria O problema, segundo o apurado pela reportagem, é que trazer uma unidade egular do Exército para Araraquara não é uma tarefa fácil, visto que a prioridade da força, no momento é ocupar a Amazônia e ampliar sua presença nas fronteiras. No entanto, caso venha a se concretizar a instalação, é muito provável que a construção dos futuros prédio onde a unidade será instalada tenha que ser feita pela Prefeitura. Ainda assim, a criação do novo quartel deverá estar prevista no orçamento do Exército, que terá que ser votado e aprovado pelo congresso Nacional. Se tudo isso der certo, pode acontecer de Araraquara receber uma unidade de Cavalaria, já que nosso terreno é plano e já existe um quartel de Cavalaria em Pirassununga. Os interlocutores do repórter chegaram a dizer, inclusive, que a possibilidade de o município receber uma unidade de Infantaria pode até existir, mas que ela deve ser pequena. Eles disseram ainda que a 4ª Delegacia de Serviço Militar, com sede em Araraquara desde os anos 40, também deve ser desativada caso se confirme à vinda da nova unidade regular, já que como um quartel tem autonomia, ele seleciona, incorpora e designa. Outro detalhe importante; embora seja apenas um detalhe, é que atualmente – e já é assim desde os anos 10 – o prefeito municipal é o diretor do Tiro de Guerra. No caso na instalação de uma unidade regular o posto deixaria de existir. Conheça a história do TG de Araraquara Fundado originariamente como Linha de Tiro Cívica no dia 10 de setembro de 1011, o Tiro de Guerra de Araraquara começou a funcionar, assim como todos os órgãos similares criado no País naquela época, como entidade associativa. A intenção, no período, era criar órgãos cívicos que mobilizassem a população em favor da causa do restabelecimento do serviço militar no Brasil, mas que fossem tão bem organizados que pudessem ser incorporados pelo Exército mais tarde. Oficialmente, a primeiro órgão do gênero foi criado em Porto Alegre, nos idos anos de 1908, o segundo em São Paulo e o terceiro em Santos. Por aqui, as autoridades locais se entusiasmaram com as iniciativas deflagradas nas grandes cidades brasileiras, e menos de três anos depois, um grupo se organizou e fundou a Linha de Tiro local. A 1ª diretoria teve a seguinte constituição: Presidente – Major Christiano Infante Vieira; Secretário – Major Eulógio Pitombo; Tesoureiro – Coronel Luiz de Ulloa Castro. Sei anos depois, em outubro de 1917, o órgão araraquarense foi oficialmente incorporado pelo Exército Brasileiro, passando a ser denominado Linha de Tiro Federal nº. 610. A partir de então, os jovens araraquarenses passaram a concorrer ao Sorteio anual para o Serviço Militar, que era prestado em quartéis de fora. Na época, era comum os jovens araraquarenses servirem no Mato Grosso, no Paraná e em outros estados brasileiros. A situação permaneceu assim até 19 de março de 1932, quando por despacho assinado pelo tenente coronel Vasco M. V. Lopes, diretor da “Directoria Geral dos Tiros de Guerra do Estado de São Paulo”, a Linha de Tiro Federal nº. 610 de Araraquara foi elevada a condição de Tiro de Guerra, Araraquarenses prestando serviço militar no Paraná, em 1929. Na época a cidade tinha a Linha de Tiro 610, e os jovens locais não faziam o serviço aqui Atiradores do TG 006, de Araraquara, nos anos 50 montando guarda na antiga sede da unidade, na esquina da Rua 8 com a Avenida Feijó tendo sido mantida sua designação numérica, 610. A partir daquele momento, portanto, os jovens araraquarenses passariam a fazer o serviço militar aqui mesmo, na cidade. Tendo suas atividades suspensas no final daquele ano pelo governo federal devido a Revolução de 1932, o Tiro de Guerra de Araraquara voltou à ativa apenas em 1936, quando formou sua 2ª turma na cidade. A 3ª turma, de 1937, tinha entre seus integrantes o escritor, articulista, colaborador do O Imparcial e ex-telegrafista na Polícia Civil de Araraquara, Dario Gonçalves da Silva. Mais tarde, no ano de 1945, pela Portaria Ministerial nº. 8.747 de 31 de outubro, todos os Tiros de Guerra existentes no país foram extintos e, pela mesma portaria foram criados aqueles que os substituíram. No caso de Araraquara, foi extinto o Pelotão 610 e para seu lugar foi criado o Tiro de Guerra nº. 06, instalado na cidade em 14 de novembro de 1945. Mais tarde, já nos anos 70, TG-06 foi substituído pelo atual, o 02-002. *D]HWDGR,QWHULRU 4XHP)RL"_ Araraquara, Novembro de 2010 - Edição 1 Padre Landell: O inventor do Transmissor de Ondas e do Telefone sem Fio No ano que vem será comemorado o sesquicentenário de nascimento do padre, que motivou um movimento nacional pelo reconhecimento de suas descobertas Em 2011 será comemorado o sesquicentenário de nascimento do padre, cientista e inventor brasileiro Roberto Landell de Moura. Um dos precursores da invenção, entre outras, do rádio. Landell de Moura merece um maior reconhecimento por parte do Povo Brasileiro. 2011, portanto, é a oportunidade para o padre, finalmente ocupar uma merecida posição entre os grandes inventores brasileiros. Roberto Landell de Moura, nascido aos 21 de janeiro de 1861, em Porto AlegreRS, estudou com os Jesuítas de São Leopoldo-RS a partir de 1879 antes de seguir para a Escola Politécnica do Rio de Janeiro. Em companhia do irmão Guilherme, seguiu para Roma, matriculando-se a 22 de março de 1878 no Colégio Pio Americano e na Universidade Gregoriana, estudou Teologia, Física e Química e se tornou sacerdote católico em 1886. Em Roma, iniciou os estudos de física e eletricidade. No Brasil, como autodidata continuou seus estudos, e realizou as suas primeiras experiências públicas na cidade de São Paulo, no final do século XIX. Quando voltou ao Brasil, substituiu algumas vezes o coadjutor do capelão do Paço Imperial, no Rio de Janeiro, e manteve longos diálogos científicos com D. Pedro II. Depois disso, serviu em uma série de cidades dos Estados do Rio Grande do Sul e de São Paulo: Porto Alegre, Uruguaiana, Santos, Campinas, São Paulo. Patente do Telefone Sem Fio emitido pelos Estados Unidos ao Padre Landell Transmissão de sinais De volta ao Brasil, passou a fazer transmissões à distância com um aparelho que ele próprio criou. Era o primeiro passo do rádio no mundo. Ainda assim, exercendo o ministério sacerdotal em Porto Alegre-RS (1887), Uruguaiana-RS (1891), São Paulo-SP (1892), Campinas-SP (1893); continuou seus experimentos, mas, em Campinas, teve o equipamento destruído, e foi acusado de bruxo. Em todas essas localidades ele fazia demonstrações de transmissões da palavra à distância; na capital paulista, transmitiu sinais sonoros da hoje Avenida Paulista até Santana, numa distância de 8 quilômetros. No ano de 1900, registrou a patente n.º 3.279 sobre seu aparelho apropriado à transmissão da palavra à distância, com ou sem fios, através do espaço, da terra e da água. Em 1904, o padre Landell registrou nos Estados Unidos o transmissor de ondas, o telefone sem fio e o telégrafo sem fio. Além disso, inventou a válvula de três eletrodos, uma peça fundamental para o desenvolvimento da radiodifusão. De volta ao Brasil no ano seguinte, no Rio de Janeiro, o inventor solicitou ao Presidente Rodrigues Alves dois barcos para poder demonstrar o seu invento; ocasião em que foi tachado de "maluco e espírita" e teve seu equipamento destruído outra vez. O humilde clérigo foi então exercer o seu ofício religioso em Botucatu-SP e Mogi das Cruzes-SP. Depois, em Porto AlegreRS, nas paróquias do Menino Deus e do Rosário. Padre Landell morreu em Porto Alegre aos 30 de julho de 1928. Nos escritos teóricos e nas experiências concretas do padre Landell há descobertas científicas que eram bem mais avançadas do que as de Marconi. Por falta de compreensão e recursos financeiros, até as patentes sobre seus inventos ficaram no esquecimento. Em 1967, foi criada em Porto Alegre a Fundação Padre Landell de Moura, que tem o objetivo de promover a educação por meio do som e da imagem. ,QIRUPática _ *D]HWDGR,QWHULRU Araraquara, Novembro de 2010 - Edição 1 INTERNET BANKING SENHA DE ACESSO Por David F A B Fante e Marcus Vinicius Pereira da Costa BRASIL: O país do Internet Banking “Imagine viver em um país onde o voto eletrônico é universal, existem 39 milhões de usuários de Internet, e 25 milhões deles são também usuários de internet banking. Seja bem vindo ao Brasil, onde o uso da internet e sua segurança são altos e incentivados pelo governo. Serviços como o pagamento de contas e impostos já existiam desde 1995.” (Field, Tom, Internet Banking Case Study: Banco do Brasil, Bank Information Security Articles, 9 de abril, 2008). Assim são conhecidas as tecnologias brasileiras aplicadas à internet banking, que servem de inspiração aos países menos desenvolvidos na área, tal qual, quem diria os EUA. Dados da Federação Brasileira de Bancos – FEBRABAN – demonstram que, de nove bilhões de transações eletrônicas efetuadas no Brasil anualmente, apenas 0,01% apresentam falhas, incluindo fraudes. Em contraste a tais fatos, a Kaspersky Lab, afirmou em agosto deste ano, baseada em pesquisas, que o Brasil é responsável por 40% dos vírus criados com o objetivo de roubar dados bancários. O Exemplo. Obviamente os bancos, no Brasil, não são totalmente imunes a fraudes. Porém, contam com as melhores e mais avançadas tecnologias. O Banco do Brasil é o maior exemplo Brasileiro, também um dos precursores do Internet Banking nacional. Além de facilidades, oferece muita segurança. Desde 2002 a instituição tem sido incansável na luta contra “phishing”, “pharming”, “trojans” e “key loggers”. Até 2009, o banco tinha sua segurança baseada em um aplicativo – desenvolvido, principalmente em JAVA - que “rodava” diretamente no navegador do cliente. Este requisitava, entre outras coisas, que senhas fossem digitadas em um teclado virtual, evitando assim os “keylogers”. Contudo, baseado em conceitos de usabilidade, o sistema foi atualizado, e a partir de 2010, permite aos clientes digitarem a senha diretamente no campo. Este processo foi possível, em virtude de uma Central de Monitoramento, que controla todos os acessos ao banco. Quando detectado um acesso fora dos padrões, a central entra em contato com o cliente, se constatada qualquer suspeita, imediatamente os dados são bloqueados e registrados para análise. (Autoatendimento BB pela internet. http://www.bb.com.br/portalbb /page17,19078,19078,0,0,1,1. bb) Por favor visite nosso site WWW.GAZETADOINTERIOR.COM.BR [email protected] (16) 3214-1601 | 9722-8192 | 8825-4201 | 8135-2808 O responsável pela segurança. Embora não exista um documento que descreva de forma detalhada como funciona o ressarcimento de valores, em caso de invasão, a empresa JUNTUS TI - prestadora de serviços de TI, situada em Araraquara - relata que existe, sim, um padrão para este tipo de ocorrência. “Geralmente o banco pede um laudo técnico para saber se o computador está infectado por algum vírus, se o computador possui algum antivírus, firewall ativo e outras medidas de segurança”, informa Cesar Augusto Pinto Técnico responsável da Juntus TI. Esse laudo servirá como base, para análises efetuadas pelo banco para apurar a responsabilidade do incidente. “Quatro empresas nos procuraram com este tipo de problema. Três deles foram rapidamente ressarcidas. A quarta, aguardou um processo de quase um ano, para recuperar seus valores, nesse caso o valor furtado era maior.”. Explica Cesar. Dicas de Segurança. Geralmente os bancos têm arcado com os prejuízos em caso de invasão de conta, mesmo assim devemos tomar alguns cuidados, afinal, se constatado que o cliente facilitou a invasão, ele pode encontrar dificuldades em ser ressarcido. Se você não quer ter dor de cabeça nem correr o risco de perder dinheiro, Cesar Augusto Pinto da Juntus TI da algumas dicas para deixar seu computador mais seguro. - Mantenha sempre seu computador atualizado. Manter o sistema operacional com as mais recentes atualizações de segurança, navegadores com todos seus módulos e complementos atualizados, bem como as falhas de segurança corrigidas, ajudam em muito a não contaminação do computador por programas destinados ao roubo de informações e invasões. - Utilize sempre softwares antivírus e anti-spywares, e mantenha-os atualizados. Existem versões gratuitas destes softwares e com um bom nível de proteção. Não custa nada proteger seu computador e suas informações. - Não utilize, de forma alguma, Internet Banking em computadores públicos como lan houses, cybers-café e em salas de informática de escolas ou faculdades. - Ignore e não abra qualquer e-mail relativo a Bancos. Bancos não enviam informações por e-mail, nunca solicitam senhas, números de contas e nem dados pessoais por e-mail. Atualizações de módulos de segurança só devem ser consideradas ao acessar o próprio Internet Banking, e quando o mesmo solicitar que seu computador seja atualizado, caso contrário, ignore. - Realize todos esses procedimentos sempre, e caso tenha dificuldade em realizar alguma dessas dicas, procure o um técnico de informática. David F A B Fante é Sócio-Fundador da empresa Juntus TI. www.juntus.com.br Marcus Vinicius Pereira da Costa é Sócio-Fundador, da empresa Vanguarda Brasil Comunicação Online. www.vanguardabrasil.com