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Volume 1 Número 1 Dezembro 2012 / Março 2013 AW R J ISSN 2317-5982 Abdominal Wall Repair Journal Apoio: SBH Sociedade Brasileira de Hérnia e Parede Abdominal v. 1 n. 1 AWRJ - Abdominal Wall Repair Journal 1 2 AWRJ - Abdominal Wall Repair Journal v. 1 n. 1 Volume 1 Número 1 Dezembro 2012 / Março 2013 Realização: Editor–chefe • Editor-in-Chief SÉRGIO ROLL (SP – Brazil) Editores Associados • Associated Editors JAMES SKINOVSKY (PR – Brazil) JULIO CESAR BEITLER (RJ – Brazil) RIGOBERTO ÁLVAREZ (Mexico) Lapsurg International Institute of Endoscopic Surgery Av. Rep. Argentina, 665, Sl. 1202 Água Verde - Curitiba - PR - CEP 80.240-210 (55) (41) 3242-9257 www.lapsurg.com.br Versão: Eletrônica Periodicidade: Quadrimestral ISSN 2317-5982 Apoio: v. 1 n. 1 conselho Editorial • Editorial Board ALEXANDER MORREL (SP) ARTUR SEABRA (RS) CRISTHIANO KLAUS (PR) EDUARDO TANAKA (SP) EDVALDO FAHEL (BA) FLÁVIO MALCHER (RJ) GUSTAVO CARVALHO (PE) LEANDRO TOTTI CAVAZOLLA (RS) MARCELO FURTADO (SP) MARCUS VINICIUS DANTAS DE CAMPOS MARTINS (RJ) MAURICIO CHIBATA (PR) MIGUEL NÁCUL (RS) PLÍNIO CARLOS BAÚ (RS) RENATO MIRANDA DE MELO (GO) RICARDO Z. ABDALLA (SP) conselho Editorial Internacional • International Editorial Board ADRIANA HERNANDEZ (Mexico) ALFREDO CARBONELL II (USA) ALFREDO MORENO EGEA (Spain) ANDREW DE BOAUX (United Kingdom) ARTHUR GILBERT (USA) B. TODD HENIFORD (USA) BRENT D. MATTHEWS (USA) DAVIDE LOMANTO (Singapore) EDUARDO PARRA-DAVILLA (USA) GIOVANI DAPRI (Belgium) JAN KUKLETA (Switzerland) JOHANNES JEEKE (Netherlands) JUAN CARLOS MAYAGOITIA GONZÁLES (Mexico) MARC MISEREZ (Belgium) PARVIZ K. AMID (USA) SALVADOR MORALES-CONDE (Spain) AWRJ - Abdominal Wall Repair Journal 3 AWRJ - Abdominal Wall Repair Journal Copyright© 2013 by LapSurg Todos os direitos reservados a LapSurg International Institute of Endoscopic Surgery Produção: Primax Edições Projeto Gráfico: Marco Antonio Levandovski Editoração Eletrônica: Erik Ferreira Bibliotecária Responsável: Joelma Marques – CRB 9/1290 Dados Internacionais de de Catalogação Catalogação na Dados Internacionais naPublicação Publicação(CIP) (CIP) AWRJ – Abdominal Wall Repair Journal [recurso eletrônico] / LapSurg International Institute of Endoscopic Surgery. – Ano 1, n.1 (dez. 2012/mar. 2013)- .― Curitiba : LapSurg International Institute of Endoscopic Surgery, 2013- . Quadrimestral. Modo de acesso: http://www.lapsurg.com.br/front/awrj/index ISSN 2317-5982 1. Hérnia – Periódicos. 2. Hérnia – Cirurgia. 3. Hérnia – Tratamento. I. Título. CDD 617.557 CDU 616.34-007.43 4 AWRJ - Abdominal Wall Repair Journal v. 1 n. 1 sumário • Summary Conselho Editorial ........................................................................................................... 01 Editorial ............................................................................................................................. 05 Artigo Original • Encapsulated Seroma Following Incisional Hernia Repair........................................ 11 Seroma Encapsulado Pós Hernioplastia Incisional Hrishikesh P. Salgaonkar, Biswanath Gouda, Ramya Ranjan Behera, Avinash Katara, Deepraj Bhandarkar • Less Tapp Hernioplasty – Initial Experience............................................................ 15 Hernioplastia LESS TAPP - Experiência Inicial James Skinovsky, Mauricio Chibata, Marcus Vinicius Dantas de Campos Martins, Sérgio Roll, Fernanda Tsumanuma, Rogério Cavalieri, Francisco Almeida • Avaliação da Formação de Aderências Intraperitoneais Associadas ao Uso das Telas de Politetrafluoroetileno Condensado (PTFEc) Macroporosa e Polipropileno no Reparo de Hérnias Ventrais: Estudo Experimental em Ratos ....................... 19 Evaluation of intraperitoneal adhesions associated with the use of screens condensed polytetrafluoroethylene (PTFEc) and macroporous polypropylene in the ventral hernias repair: an experimental study in rats João Vicente Machado Grossi, Renata Baú, Roberto Fernandes Nicola, Ana Schmidt, Juliano Hermes Maeso Montes, Bibiana Manna, Sérgio Roll, Leandro Totti Cavazzola Resumos dos Trabalhos Apresentados no II Congresso Brasileiro de Hérnia e I Congresso Latino-Americano de Hérnia • Fundoplicatura “floppy” nissen técnica combinada: Mini x LESS ......................... 27 • Aceleração da recuperação total pós-operatória em herniorrafias inguinais.......... 28 • Epidemiologia do desenvolvimento de hérnia incisional. Análise dos casos de vinte e dois anos no Hospital Florianópolis............................................................... 29 • Tratamento cirúrgico da hérnia incisional no Hospital Florianópolis: experiência de vinte e dois anos....................................................................................... 30 • Herniorrafia inguinal “TAPP” – Técnica combinada: Mini x LESS .......................... 31 • Hérnia de Amyand ......................................................................................................... 32 • Perfil epidemiológico das herniorrafias inguinais realizadas na Fundação Hospital Adriano Jorge ................................................................................... 33 • Perfil epidemiológico dos pacientes submetidos a hernioplastia inguinal no Hospital Santa Marcelina – Itaquera ......................................................................... 34 • Formação de aderências intraperitoneais utilizando tela de polipropileno em modelo animal onlay e sublay ................................................................................... 35 • Modelo de hernioplastia onlay com tela de polipropileno e malha leve composta monocryl-polipropileno – estudo de aderências e resposta inflamatória........ 36 v. 1 n. 1 AWRJ - Abdominal Wall Repair Journal 5 • Correção de hérnia incisional subcostal por via laparoscópica: relato de dois casos ............................................................................................................ • Indução de pneumoperitôneo progressivo ambulatorial no manejo de hérnias volumosas: relato de caso ................................................................................................. • Reparação de hérnias da parede abdominal sob anestesia local em ambulatório: experiência de 5 anos................................................................................. • Avaliação do grau de fibroplasia entre a tela de poliéster e sutura primária entre ratos: estudo experimental em ratos ..................................................................... • Hernioplastia laparoscópica utilizando-se anestesia regional: série 40 casos ......... • Laparoscopic groin hernia repair using fibrin glue: Experience of 122 procedures ................................................................................................................... • Correção de hérnia umbilical e hérnia epigástrica por videolaparoscopia.............. • Inguinal and femoral post-traumatic hernia: Laparoscopic management .............. • Experiência em correção de hérnias da parede abdominal – análise de casuística ............................................................................................................................. • Hernioplastia inguinal com perfix light plug® por mini-incisão: estudo preliminar com 20 casos ................................................................................................... • Estudo comparativo entre inguinoplastias realizadas com anestesia local e outros tipos de anestesia ................................................................................................ • Alternativas de acesso ao espaço pré-peritoneal na hernioplastia inguinal vídeo-endoscópica totalmente extraperitoneal ............................................................. • Experiência em correção de hérnias umbilicais: análise de casuística ................... • Tratamento de sports hernia com phs (Prolene Hernia System®): 62 casos .......... • Experiência em correção de hérnias inguinais pela técnica de Lichtenstein .......... • Comparação entre uso de prótese convencional de polipropileno e prótese autofixante pela técnica de Lichtenstein ......................................................................... • Hernioplastia inguinal videolaparoscópica pela técnica tep utilizando plataforma single port (SITRACC) ................................................................................. • Comparação dos efeitos da sutura contínua com pontos longe e próximos dos bordos da ferida no fechamento da parede abdominal ......................................... 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 Normas para Publicação................................................................................................... 55 6 AWRJ - Abdominal Wall Repair Journal v. 1 n. 1 EDITORIAL Caros amigos, É com grande prazer e orgulho que me dirijo a vocês nesta primeira edição da nossa revista dedicada exclusivamente aos defeitos da parede abdominal. Há vários anos, isso parecia um sonho inatingível, mas com os esforços de toda a comunidade médico-cirúrgica do Brasil e de toda a América, a AWRJ é uma realidade. AHS - AMERICAS HERNIA SOCIETY Um dos objetivos desta publicação é fornecer uma plataforma global para partilhar e comunicar experiências e pesquisas na reconstrução da parede abdominal. v. 1 n. 1 Estou honrado em ser o editor deste valioso meio de comunicação e espero que nos próximos anos, possamos torná-la o órgão oficial de todas as sociedades e organizações focadas na discussão dos temas relacionados aos problemas da parede abdominal. É certo que, tanto do ponto de vista nacional e internacional, estes esforços representam que o mundo tornou-se uma grande aldeia global, portanto, para temas que no passado estavam restritos a uma comunidade, hoje necessitamos outras formas de expandir os nossos conhecimentos médicos e culturais. Aqui estamos lançando o primeiro número da nossa revista, com o apoio de toda a comunidade médica brasileira e dos amigos latino-americanos e norte-americanos. Será uma longa jornada, na qual certamente enfrentaremos algumas dificuldades, mas tenho certeza que esta nova proposta nasceu para tornar-se a voz das Américas neste nosso mundo globalizado. Pessoalmente, a maior felicidade é ter este meu tão almejado sonho realizado, graças ao incansável esforço do Dr. James e seus colaboradores. Tenho certeza de que a nossa revista AWRJ será um grande sucesso. Bem-vindos, Sérgio Roll Presidente Americas Hernia Society AWRJ - Abdominal Wall Repair Journal 7 EDITORIAL Dear friends, It is with great pleasure and pride that I present this first edition of our journal dedicated exclusively to abdominal wall defects. Several years ago, it seemed an unattainable dream, but with the efforts of the whole medical-surgical community in Brazil and America, the AWRJ become a reality. I am honored to be the editor of this valuable mean of communication and hope that, in the coming years, we can make it the official organ of all companies and organizations focused on discussion of issues related to the problems of the abdominal wall. Admittedly, both from the national and international standpoint, these efforts represents the world has become a large “global village”, and themes in the past were restricted to a community, now we need other ways to expand our medical and cultural knowledge. Here we are releasing the first issue of our journal, with the support of the entire Brazilian and Latin American friends, as well as of the North American medical community. It will be a long journey, which certainly we are going to face some difficulties, but I’m sure that this new proposal was born to become the voice of the Americas in our globalized world. Personally, the greatest happiness is to have this as my desired dream come true, thanks to the tireless efforts of Dr. James and his collaborated. I’m sure our magazine AWRJ will be a great success. Welcome, Sérgio Roll President Americas Hernia Society 8 AWRJ - Abdominal Wall Repair Journal AHS - AMERICAS HERNIA SOCIETY One of the goals of this publication is to provide a global platform to share and communicate experiences and research in abdominal wall reconstruction. v. 1 n. 1 EDITORIAL FELH - FEDERACIÓN LATINOAMERICANA DE HERNIA Estimado Editor, v. 1 n. 1 Es un honor formar parte de tan importante órgano científico informativo del quehacer de los cirujanos latinoamericanos de los defectos de la pared abdominal. Los tiempos demandan una expresión académica de la logística empleada en nuestro continente acorde no tan solo a nuestras deficiencias sino aun más a esa gran inventiva e imaginación para abordar los problemas en general que tenemos los latinos. La Federación Latinoamericana de Hernia desde su concepción tiene como principal objetivo el complementar los objetivos científico - académicos de las diversas asociaciones de cirujanos de hernia en Latinoamérica con los social - laborales de nuestra federación. Es prioritario estructurar los medios para que estos recursos, fuente de valiosa información lleguen hasta los países menos privilegiados. Todo cirujano interesado en la cirugía de la pared abdominal deberá recibir esta actualización y capacitación para ecualizar en lo posible la excelencia en la atención quirúrgica a que todo paciente latinoamericano tiene derecho. Celebramos con toda la comunidad quirúrgica el surgimiento de este órgano informativo que no tan solo incrementara el acervo en la publicación relacionado a este apasionante tema sino estamos seguros llegará a ocupar el lugar del órgano informativo de nuestras asociaciones así como de la misma Federación. Sea esta carta editorial una invitación a todos los cirujanos de Latinoamérica para realizar ese esfuerzo que nos falta como buenos académicos que es publicar lo que hacemos y compartir con otros nuestros éxitos y de igual manera aquellas situaciones en las que no nos fue tan bien. Sabiendo que ambos escenarios son derrama de gran conocimiento útil para no tan solo saber que hacer sino además que no debemos hacer por el bien de nuestros pacientes. “Lo que hacemos en nuestro ejercicio diario no pasa de ser mera práctica quirúrgica y no es sino hasta que lo publicamos que podremos hablar de nuestra Experiencia” Dr Rigoberto Alvarez Quintero Federación Latinoamericana de Hernia Secretario General AWRJ - Abdominal Wall Repair Journal 9 EDITORIAL Prezados amigos, Um veículo integrador e científico necessita da participação de todos para que possa crescer e amadurecer. Nossa AWRJ nasce globalizada, neste mundo onde a informação surge e é transmitida de maneira extremamente rápida. Neste primeiro ano, para que a integração seja facilitada, aceitaremos estudos em português, inglês e espanhol. Nossa revista será quadrimestral em sua edição digital, que será disponibilizada gratuitamente no endereço www.lapsurg.com.br, bem como no site www.sbhernia.com. br, da Sociedade Brasileira de Hérnia e Defeitos da Parede Abdominal. Após o último número do ano, será liberada uma edição impressa com os trabalhos disponibilizados durante 2013. Gostaria de agradecer imensamente aos primeiros colegas que acreditaram neste projeto, Prof. Dr. Sérgio Roll, Presidente da Americas Hernia Society e Prof. Flávio Malcher, Ex-Presidente da Sociedade Brasileira de Hérnia. Aqui está a semente do que vocês acreditaram. Esperamos que cresça e dê frutos. Obrigado aos parceiros das companhias e organizações que apoiam esta iniciativa, citando a Americas Hernia Society, Federação Latino-Americana de Hérnia, a Sociedade Brasileira de Hérnia e Defeitos da Parede Abdominal, bem como aos parceiros Bard, BBraun, Covidien, Johnson&Johnson, Gore e Supermax. Nosso especial agradecimento também aos colegas que aceitaram o desafio de fazer parte do Corpo Editorial nacional e internacional e doar um pouco de seu precioso tempo. A AWRJ é de todos nós. Vamos fazê-la viver e florescer! James Skinovsky Coordenador Científico da SBH - Sociedade Brasileira de Hérnia e Defeitos da Parede Abdominal 10 AWRJ - Abdominal Wall Repair Journal SBH - SOCIEDADE BRASILEIRA DE HÉRNIA E PAREDE ABDOMINAL É com grande honra que apresentamos a AWRJ – Abdominal Wall Repair Journal. Pretendemos que este novo veículo cumpra o objetivo de servir não somente de divulgação de nossa produção científica, mas que seja um fator agregador de nossas sociedades e de troca de nossas experiências, de todos aqueles que se dedicam ao estudo e resolução da doença herniária e dos defeitos da parede abdominal. v. 1 n. 1 EDITORIAL Dear friends, SBH - SOCIEDADE BRASILEIRA DE HÉRNIA E PAREDE ABDOMINAL It is with great honor that we present AWRJ - Abdominal Wall Repair Journal. We intend that this new vehicle accomplish not only the goal of serving for dissemination of our scientific production, but serves as a factor to link our societies and to exchange our experiences, for all those who are dedicated to the study and resolution of the hernia disease and abdominal wall defects. v. 1 n. 1 An integrator and scientific vehicle needs the participation of all, to grow and mature. Our globalized AWRJ borns in this world where information arises and is transmitted extremely quick. In this first year, to facilitate the integration studies in Portuguese, English and Spanish will be accepted. Our quarterly journal will be available free of charge, in digital edition,at www.lapsurg.com.br as well as at the site www.sbhernia.com. br, from the Brazilian Society of Hernia and Abdominal Wall Defects. After the last number of this year, it will be release a printed edition with the studies available during 2013. I would like to transmit a special acknowledgment to those ones that first believed in this project, Prof. Dr Sérgio Roll, President of the Americas Hernia Society and Prof. Flavio Malcher Past President of the Brazilian Society of Hernia. Here is the seed of what you believed. We hope to will see it grows and bear fruit. Thanks to partners, companies and organizations, that support this initiative, citing Americas Hernia Society, Latin American Hernia Federation, Brazilian Society of Hernia and Abdominal Wall Defects, as well as to partners Bard, BBraun, Covidien, Johnson&Johnson, Gore and Supermax. Special thanks also to colleagues who accepted the challenge of being part of the National and International Editorial Board and donate a little of your precious time. The AWRJ is for all of us. Let’s do it live and bloom! James Skinovsky Scientific Coordinator – Brazilian Hernia Society AWRJ - Abdominal Wall Repair Journal 11 Artigos Originais 12 AWRJ - Abdominal Wall Repair Journal v. 1 n. 1 ENCAPSULATED SEROMA FOLLOWING INCISIONAL HERNIA REPAIR Seroma Encapsulado Pós Hernioplastia Incisional Hrishikesh P. Salgaonkar, MS, Biswanath Gouda, DNB, Ramya Ranjan Behera, MS, Avinash Katara, MS, FRCS, Deepraj Bhandarkar MS, FRCS, FACS, FICS Department of Minimal Access Surgery, Hinduja Hospital, Veer Savarkar Road, Mahim, Mumbai 400016, India Abstract Open mesh repair of incisional hernia is a common operation and so is seroma occurring after this surgery. However, formation of an encapsulated seroma (ES) lined by a fibrous capsule is a rare complication. We report two patients who presented to us with an ES 18 and 10 months after a mesh repair of a lower abdominal incisional hernia done elsewhere. In both patients a surgical excision was undertaken, as the ES had failed to resolve after multiple aspirations. The patients remain well 16 and 3 months respectively after the surgery. The literature on ES complicating abdominal wall hernia repair is reviewed. Keywords Incisional hernia; Complications; Mesh repair; Encapsulated seroma; Giant pseudocyst Introduction Open mesh repair of incisional hernia is a common surgical procedure. An average of 21% (range 8 – 35%) patients who undergo this operation develop a seroma1 Most seromas get absorbed over a period of time and only the persistent and symptomatic ones require aspiration. Morales-Conde recently proposed a classification for seromas occurring after laparoscopic ventral hernia repair. Based on this classification, that takes into account the duration for which the seroma has been persistent and whether or not an intervention is required, seromas are classified into four types.2 ES is a rare complication that represents a large fluid collection at the site of surgery not lined by epithelium but contained within a fibrous capsule. We describe two patients who developed ES following an open incisional hernia repair and were treated successfully v. 1 n. 1 by excision. The surgical literature on the subject is reviewed. Although fairly typical in terms of its presentation, this case is reported in order to emphasize the necessity to diagnose it early in order to manage it correctly. Case 1 A 71-year-old female who had undergone an open mesh repair for a lower abdominal incisional hernia at another center noticed a painless and progressively enlarging swelling at the site of surgery three months later. Ultrasonography identified a large fluid collection, aspiration of which yielded around 1200 ml of straw-coloured fluid. It refilled within weeks and was aspirated some 15 times at regular intervals. No organisms were cultured in the fluid at any stage. On presentation to us 18 months after her initial surgery she was found to have a large swelling over the lower abdomen. Computerised tomography showed an encapsulated subcutaneous fluid collection measuring 25cm X 20 cm X 12 cm with no intra-abdominal communication (Figure 1). She underwent surgery under general anaesthesia. Through a transverse elliptical incision that excised the scar of the previous surgery, the ES was dissected down to the level of the fascia. The posterior layer of the ES appeared fused with the mesh, which was well incorporated into the abdominal wall. The ES was excised leaving the layer covering the mesh undisturbed. The anterior surface of the mesh was scraped to remove fibrinous matter covering it. The wound was irrigated, closed in layers over four 18F suction drains and a compression dressing was applied. The drains were removed on days 11 and 14 respectively and she was discharged. Histopathology revealed a large cyst surrounded by a fibrous capsule but devoid of an epithelial lining. Follow up ultrasonography a month after discharge again showed a fluid collection, which upon aspiration yielded 700 ml of serosanguinous fluid. AWRJ - Abdominal Wall Repair Journal 13 Artigo Original Salgaonkar et al. Two subsequent ultrasound examinations at monthly intervals did not reveal any fluid collections and she remains well and active 6 months after surgery. The polypropylene mesh that had got incorporated into the abdominal wall was left untouched. Two 14F suction drains were placed in the subcutaneous plane, which were removed on the 15th postoperative day. She remains asymptomatic three months after surgery and there is no recurrence of the seroma. DISCUSSION Figure 1 – A CT scan showing a large encapsulated seroma in the first patient Case 2 A 56-year-old female presented to us with a painless, progressively increasing swelling at the site of surgery for an open lower abdominal incisional hernia repair done 10 months prior. An ultrasound scan had showed a fluid collection of around 1300ml in the subcutaneous planes anterior to the mesh. She had undergone two ultrasound-guided aspirations, but on each occasion the swelling had recurred within a few weeks. An ultrasound scan performed at our hospital suggested a seroma with a capsule formation around it. She underwent surgery under general anaesthesia and the entire ES was excised through a transverse elliptical incision (Figure 2). Figure 2 – Excision of the encapsulated seroma in progress in the second patient. Arrow shows the mesh from the prior surgery left in situ 14 ES have been described infrequently as a complication of mastetctomy3, liposuction4 and abdominoplasty.5 It is very rare after incisional hernia repair and the 19 cases described in the English surgical literature have been summarised in Table 1.6-12 The mechanism for formation of ES is unclear. Extensive dissection resulting in disruption of the lymphatics and creation of a large dead space that gets filled with a seroma is considered a precursor of ES. However, the reason why the seroma persists in a few patients and acquires a fibrous capsule remains unknown. The patient described by Narayanan and Dinesh had undergone mastectomy and radiotherapy 8 years previously.11 The authors speculated that the lymph stasis caused by the radiotherapy might have been a contributory factor in the formation of ES. Neither of our patient had any possible contributory factors. The use of a synthetic mesh appears to be a common factor in all the patients developing ES after an abdominal wall hernia repair, including both our cases. All patients except the one reported by Mayagoitia9 had undergone placement of the mesh in an onlay position. Whether a sublay position would reduce the incidence of seroma or ES remains unknown. All the reported cases of ES presented with an asymptomatic swelling at the site of the scar that gradually increased in size. The time of its occurrence after original hernia repair varied from 1 to 24 months. Ultrasound scan is usually the first investigation that confirms a fluid collection and guides aspiration as the initial intervention. The fluid is sent for microbiological examination but may not grow any organisms. Computerised tomography (CT) is essential to identify the presence of septae / trabeculations (that would make the aspiration less likely to result in complete collapse of the cavity) and to rule out an intra-abdominal collection or a recurrent incarcerated hernia. Although in most of the reported cases of ES one or multiple sessions of aspirations were carried out, conservative therapy in this form is rarely satisfactory. Out of the 19 cases reported in the literature, only in one AWRJ - Abdominal Wall Repair Journal v. 1 n. 1 Dezembro 2012 / Março 2013 Encapsulated Seroma Following Incisional Hernia Repair patient the ES resolved with two sessions of aspiration over a one-year period.12 Once a seroma has acquired a capsule it is unlikely that the ES would resolve spontaneously. At that stage the only definitive treatment is surgical excision of the ES. The mesh that is usually well incorporated should be left undisturbed. Suction drains adequate in calibre as well as in number are kept in place till the drainage ceases completely to guard against recurrent collection. Some form of postoperative compression may also help in obliterating the dead space. Mehrotra et al described a novel approach wherein they placed laparoscopic trocars into the ES, aspirated the contents, insufflated the cavity and removed the cyst wall piecemeal from within.11 Although surgery appears to be curative follow up with periodic ultrasound scanning is necessary as sometimes (as it happened in our patient) a residual fluid collection may form after removal of the drains. Several practices are prevalent in an effort to reduce the incidence of seroma after an open ventral hernia repair, but many are not supported by scientifically validated literature. These include the use of cutting diathermy rather than coagulation diathermy to reduce the “burn”, quilting of the skin flaps down on to the fascia or use of glue to seal the skin flap on to the fascia. Use of binders early after surgery in an effort to appose the skin flaps to deeper tissues may also help. More recently, Klima et al reported on the application of talc to subcutaneous tissue in patients undergoing open repair for large ventral hernias involving wide subcutaneous dissection (TALC).13 As compared to the group that did not receive this intervention (NOTALC), the TALC patients had their drains removed earlier (14.6 vs 25.6 days P< 0.001) with a significant reduction in the seromas requiring intervention (20.8 to 2.7%; P < 0.001) and cellulitis (39.0 to 20.6%; P = 0.007). Table 1: 1Cases of ES following abdominalabdominal wall hernia repair the literature Table – Cases of ES following wall reported hernia inrepair reported in the literature conclusion Author Age Sex Hernia type Onset after Mesh type (years) (M/F) Treatment surgery (months) Waldrep et al5 62 F Incisional NR Marlex Excision Excision Arya 78 F Incisional 12 Marlex & 74 F Incisional 2 Polypropylene Excision 37 F Incisional 24 Polypropylene Excision 68 F Spigelian 12 Polypropylene Excision 66 F Incisional 4 Polypropylene Excision 46 F Incisional 3 Polypropylene Excision 83 M Incisional 3 Polypropylene Excision 60 F Incisional 2 Polypropylene Excision 77 F Incisional 4 Polypropylene Excision 56 F Incisional 1 Polypropylene Laparoscopic Batey6 Ogunbiyi7 Mayagoitia Mehrotra 8 9 excision Narayanan & 42 F 10 Dinesh Ielpo et al11 Incisional + 6 Polypropylene Excision abdominoplasty 46 F Incisional 7 Polypropylene Excision 58 M Incisional 11 Polypropylene Excision 79 F Incisional 19 Polypropylene Excision 55 F Incisional 15 Polypropylene Excision 74 F Incisional 21 Polypropylene Refused surgery 83 F Incisional 5 Polypropylene Refused surgery 63 F Incisional 4 Polypropylene Aspiration only Current cases 71 F Incisional 3 Polypropylene Excision 56 F Incisional 6 Polypropylene Excision In conclusion, ES appears to be a rare complication of incisional hernia repair predisposed to by the use of a mesh. No certain ways of preventing an ES have been described, although measures to reduce seroma formation should automatically decrease the likelihood of its encapsulation. The importance of the entity lies on the fact that surgeons must consider it early in the postoperative course when faced with a large and persistent seroma. Early diagnosis and surgical excision of ES can save the patient from repeated aspirations that carry the risk of introducing infection in presence of a mesh. Article type: Case report Running title: Encapsulated seroma following incisional hernia repair Financial disclosures and conflict of interests: None NR = Not reported v. 1 n. 1 AWRJ - Abdominal Wall Repair Journal 15 Artigo Original Salgaonkar et al. References 1. De Vires Reilingh TS, Van Geldere D, Langenhorst BLAM, Jong D, Van der Wilt GJ, Van Goor H, Bleichrodt RP. Repair of large midline incisional hernias with polypropylene mesh: comparison of three operative techniques. Hernia 2004;8:56-9. 2. Morales-Conde S. A new classification for seroma after laparoscopic ventral hernia repair. Hernia 2012;16:261-7. 3. Stanczyk M, Grala B, Zwierowicz1 T, Maruszynski M. Surgical resection for persistent seroma, following modified radical mastectomy. World J Surg Oncol 2007;5:104. 4. Scaranelo AM, Davanco R. Pseudocyst formation after abdominal liposuction-extravasations of Morel-Lavallee on MR images. Br J Plast Surg 2005;58:849-51. 5. Zecha PJ, Missotten FE. Pseudocyst formation after abdominoplasty: eravasations of Morel-Lavallee. Br J Plast Surg 1999;52:500-2. 6. Waldrep DJ, Shabot MM, Hiatt JR. Mature fibrous cyst formation after Marlex mesh ventral herniorrhaphy: a newly described pathologic entity. Am Surg 1993;59:716-8. 7. Arya N, Batey NR. Pseudocyst formation after mesh repair of incisional hernia. J R Soc Med 1998;9:647-9. 8. Ogunbiyi SO, Morris-Stiff G, Sheridan WG. Giant mature cyst formation following mesh repair of hernias: an underreported 16 complication? Hernia 2004;8:166-8. 9. Mayagoitia JC, Almaraz A, Diaz C. Two cases of cystic seroma following mesh incisional hernia repair. Hernia 2006;10:83-6. 10. Mehrotra PK, Ramachandran CS, Goel D, Arora V. Giant pseudocyst of the anterior abdominal wall following mesh repair of incisional hernia: a rare complication managed laparoscopically. Hernia 2006;10:192-4. 11. Narayanan CD, Dinesh N. Abdominal wall pseudocyst following abdominoplasty after postmastectomy radiation therapy. Hernia 2008;12:545-7. 12. Lelpo B, Cabeza J, Jimenez D, Delgado I, Torres AJ. Abdominal pseudocyst complicating incisional hernia repair: our experience and literature review. Hernia 2011;15:233-7. 13. Klima DA, Brintzenhoff RA, Tsirline VB, Belyansky I, Lincourt AE, Getz S, Heniford BT. Application of subcutaneous talc in hernia repair and wide subcutaneous dissection dramatically reduces seroma formation and postoperative wound complications. Am Surg 2011;77:888-94. Address for correspondence Dr Deepraj Bhandarkar Department of Minimal Access Surgery, Room 2103, Hinduja Hospital, Veer Savarkar Road, Mahim, Mumbai 400016, India. E-mail: [email protected] AWRJ - Abdominal Wall Repair Journal v. 1 n. 1 LESS TAPP HERNIOPLASTY – INITIAL EXPERIENCE Hernioplastia LESS TAPP - Experiência Inicial James Skinovsky, PhD1, Mauricio Chibata, MD2, Marcus Vinicius Dantas de Campos Martins, MD3, Sérgio Roll, PhD4, Fernanda Tsumanuma5, Rogério Cavalieri6, Francisco Almeida7 Head of Surgery Department, Red Cross Hospital and Positivo University, Curitiba, Brazil. Chairman LapSurg International Institute of Endoscopic Surgery, 2Surgery Department, Red Cross Hospital, Positivo University, Curitiba, Brazil, 3Professor, Surgery Department, Estácio de Sá University, Rio de Janeiro, Brazil, 4 President of the American Hernia Society, 5Surgery Department, Red Cross University Hospital, Curitiba, Brazil, 6Surgery Department, Red Cross University Hospital, Curitiba, Brazil, 7 Surgery Resident, Red Cross University Hospital, Curitiba, Brazil 1 Abstract Objectives: To present the first transabdominal pre-peritoneal (TAPP) Laparo-Endoscopic Single-Site Surgery (LESS) inguinal hernioplasties series. Patients and Methods: From June 2011 to December 2012 the first 12 LESS TAPP inguinal hernioplasties were performed at the Red Cross University Hospital in Curitiba, Paraná, Brazil. The Single Trocar Access (SITRACC) platform (EDLO, Brazil) was used in all procedures. All patients were male and their ages ranged from 18 to 52 years old. Eight patients presented NYHUS II hernias and four of them presented NYHUS III a groin hernias. Results: The mean operative time was 41 minutes. None of the surgeries required an extra trocar or conversion to a conventional laparoscopic procedure. All patients were discharged within 24 hours. Conclusions: The TAPP inguinal hernioplasty using a LESS approach is feasible and safe. It constitutes a new option in the scarless surgery field, as well as a new technique in the ongoing pursuit of surgical innovation that benefits our patients. tic results for patients, spreading by the surgical world with speed and enthusiasm. The permanent improvement of the optical equipment and the instruments used in videosurgery have allowed several complex operations to be performed by the minimally invasive method. Simultaneously, new technologies and approaches have been developed such as the Surgery by Natural Orifices (NOTES), the Needlescopy and the Laparo-Endoscopic Single Site Surgery – LESS. Several platforms to perform LESS have been made available over the recent years. One of them is SITRACC - Single Trocar Access (Edlo Company, Brazil – Figure 1), a multiport trocar, disposable, which uses instruments specially designed for this approach. Keywords Minimally Invasive Surgery. LESS. Inguinal Hernioplasty. SITRACC. Figure 1 – SITRACC LESS System, Edlo, Brazil Introduction Since 1987, with the introduction of the videosurgery into the surgical field and the concept of minimally invasive surgery, it has been amply demonstrated that this new approach has brought less suffering, milder metabolic changes, faster recovery and better aesthev. 1 n. 1 Surgery through LESS has emerged as an alternative to NOTES, where one input device, multichannel in general, is inserted through a single incision, where specialized instruments are positioned for the proposed performing. Several surgical methods have been successfully performed by this approach, from cho- AWRJ - Abdominal Wall Repair Journal 17 Artigo Original Skinovsky et al. lecystectomy to bariatric surgery.1-16 This paper presents the initial experience with TAPP laparoscopic hernioplasty using LESS approach. Patients and Methods From June 2011 to December 2012, 12 LESS groin TAP hernioplasties were performed at the Red Cross University Hospital, in Curitiba-PR, after the approval of the standard protocol in the Red Cross / Positivo University Hospital Ethics Committee. The SITRACC® platform (Edlo® Company, Brazil) was utilized in all procedures. This new device consists in a four channels trocar, where special articulated instruments and an optical 5 mm device are introduced. Articulated graspers, scissors, hook and clip appliers had developed specially for this approach. The patients´ age ranged between 18 and 52 years old and all of them were male. Eight of them had unilateral groin hernias type Nyhus II and four of them type NYHUS III a. All patients were submitted to a classic Trans-Abdominal Pre-Peritoneal TAPP Inguinal Hernioplasty, using polypropylene light meshes, fixated with Protack® endofixating system (both by Covidien®, USA), (Figures 2a,b,c). B C Figures 2 – (A) Hernia sac dissection using distal articulated instrument (B and C) placement and mesh fixation Results A 18 The average surgical time was 41 minutes. All patients left the hospital in at most 24 hours after the surgeries, with pattern administration of pain killers. All of them returned on the seventh day and also on the thirtieth day after the procedures, without major post-operative complications. No additional trocar was necessary. Aesthetic results were considered quite good by the patients, without healing complications (Figure 3). There was no precocious hernia recurrence. AWRJ - Abdominal Wall Repair Journal v. 1 n. 1 Dezembro 2012 / Março 2013 LESS TAPP Hernioplasty - Initial Experience Figure 3 – Aesthetic result right after the procedure Discussion As previously stated, in the last years the interest in new minimally invasive approaches has been arising in the scientific field around the world. The advantages of LESS surgical path are similar to NOTES, such as painless, fast recovery and excellent aesthetic results, without the disadvantages of the endolumenal surgery. Because of the limitations of NOTES (access, orientation, infection, difficult visceral closure and so on), LESS may be an excellent option to perform scarless abdominal surgery. Wheeless is credited as being the first to use the principles of single access surgery, in 1969, performing a tubal ligation17. LESS, then, entered a period of latency, resurfacing in 2007, when Zhu published his first experience using the umbilical scar as an only access to the peritoneal cavity, having performed a fenestration of hepatic cyst, followed by abdominal exploration and appendectomy, designating this new technique as Transumbilical Endoscopic Surgery (TUES)18,19,20. In 2007, the pioneering attempt to develop a platform for single access surgery, called SITRACC (Single Trocar Access, Edlo, Brazil), began in Brazil. It consisted of trocar with four working channels (three of 5 mm and one of 10 mm or four of 5 mm). After studies in experimental animals, in the following year the first case of SITRACC cholecystectomy performed in humans 21,22,23 was published. In 2010 Ishikawa et al24 reported the performance of laparoscopic hernioplasty by TAPP technique, and Agrawal et al25 performed the treatment for hernia by v. 1 n. 1 TEP technique, both using a multiport trocar. The main difficulty to be overpassed is the need to work on single axis of action, with the instruments disposed in parallel. The attempt to surpass this challenge is represented by the mentioned development of flexible and/or articulated instruments, allowing some degree of triangulation, even more limited when compared to conventional laparoscopic surgery26,27. The internal instrumental movement, even adapted for LESS, is arduous, and it must be remembered that, when moving a single instrument, the whole tends to move in a single axis, requiring a trained and experienced team in this technique. The use of optics with at least 30 degrees angulation is strongly recommended, providing a better visualization of the operative object. The training requires patience and time, since as previously shown, it is not a simple variation of laparoscopy, but a new and diferent approach.Practice in courses with experimental animals as well as in simulations are essential for future good results in human surgery. While big surgical series with this approach have not been accomplished, published and validated by worldwide surgical community, we can only suppose what the preliminary data have been showing to us: LESS is a good choice to perform minimally invasive procedures, with all the advantages that this king of procedure brings to the patients, from excellent aesthetics results to milder post operative pain and a faster return to the routine activities of the patients28. LESS procedures must be remembered as part of a surgical armamentarium, passing through open surgery, videosurgery and who knows NOTES, in the future. Each patient is unique, as well as their disease. It is up to surgeons to determine the best approach method that will bring a mix of security and good operative and aesthetic results. TAPP hernioplasty by LESS method represents an advance, especially for those patients who have to be submitted by two procedures at the same time: inguinal and umbilical hernioplasties. Conclusion TAPP groin hernioplasty by LESS approach is feasible and safe, representing a new important option in the surgical arsenal. This is a new technique and needs to be compared to conventional laparoscopy in the near future. AWRJ - Abdominal Wall Repair Journal 19 Artigo Original Skinovsky et al. REFERENCES 1. Romanelli JR, Earle DB. Single-port laparoscopic surgery: an overview. Surg Endosc 2009;23:1419-27. 2. Kala Z. A modified technic in laparoscopy-assisted appendectomy: a transumbilical approach through a single port. Rozhl Chir 1996;75(1):15-8. 3. Navarra G. One-wound laparoscopic cholecystectomy. Br J Surg 1997;84(5):695. 4. 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Iguaçu, 2713, ap. 503 – Água Verde – Curitiba, Brazil Zip Code 80240-030 AWRJ - Abdominal Wall Repair Journal v. 1 n. 1 Avaliação da formação de aderências intraperitoneais associadas ao uso das telas de politetrafluoroetileno condensado (PTFEc) macroporosa e polipropileno no reparo de hérnias ventrais: estudo experimental em ratos Evaluation of intraperitoneal adhesions associated with the use of screens condensed polytetrafluoroethylene (PTFEc) and macroporous polypropylene in the ventral hernias repair: an experimental study in rats Joao Vicente Machado Grossi1, Renata Baú2, Roberto Fernandes Nicola3, Ana Schmidt4, Juliano Hermes Maeso Montes5, Bibiana Manna6, Sérgio Roll7, Leandro Totti Cavazzola8 Residente em Cirurgia do Aparelho Digestivo do Hospital São Lucas de Porto Alegre - PUCRS. Membro Aspirante do CBC. Mestrando em Cirurgia pela UFRGS. 2Residente Cirurgia Geral do Hospital Universitário da ULBRA. 3Médico Graduado pela ULBRA. 4Médica Graduada pela ULBRA. 5Residente de Cirurgia Geral do Grupo Hospitalar Conceição - Porto Alegre-RS. 6Estudante de Medicina da ULBRA. 7 Doutor em Medicina pela UNIFESP. Presidente da Americas Hernia Society. 8 Doutor em Medicina pela UFRGS. Professor Adjunto da ULBRA e UFRGS. Presidente da Sociedade Brasileira de Hérnia. 1 RESUMO Introdução: Hérnias incisionais são complicações comuns após cirurgias abdominais, o que frequentemente requer um reparo com prótese. Objetivo: Comparar a formação de aderências intraperitoneais após o implante de telas de polipropileno (PP) e politetrafluoroetileno condensado (PTFEc) macroporosa. Método: Estudo experimental composto por 24 ratas Wistar randomizadas em três grupos. Oito destes animais compuseram o grupo Sham, sem colocação de tela. Oito animais fizeram parte do grupo 1 que recebeu uma tela onlay 3x3 cm composta por polipropileno e oito o grupo 2 que recebeu uma tela onlay 3x3 macroporosa composta por PTFEc. Após 21 dias de pós-operatório, foi avaliada a presença e grau de aderências, envolvimento de estruturas intraperitoneais, área da tela recoberta, integração tecidual e retração da tela. Resultados: O grupo Sham não apresentou formação de aderências. O grupo 1, assim como o 2, apresentou algum grau e todas acometendo principalmente omento. A força utilizada para ruptura das aderências foi semelhante entre os dois grupos, assim como a área da tela recoberta. A retração foi maior v. 1 n. 1 no grupo 2 (p= 0,008). Conclusão: A utilização de telas compostas por PP proporcionou a ocorrência de aderências de características semelhantes em relação a tela PTFEc e apenas a retração mostrou-se diferente entre os grupos. Palavras-chave Hérnia - Telas - Biomateriais ABSTRACT Evaluation of intraperitoneal adhesions associated with polytetrafluoroethylene condensed (PTFEc) macroporous or polypropylene mesh in the ventral hernia repair – an experimental study in rats. Incisional hernia is a common surgical problem, frequently requiring prosthetic mesh repair. Purpose: To compare the use of polypropylene and PTFEc macroporous meshes in the treatment of incisional hernias made experimentally on Wistar rats. Methods: The experiment used 24 rats divided into three cohorts: Sham (ressection of a segment of abdominal wall), 1 AWRJ - Abdominal Wall Repair Journal 21 Artigo Original Grossi et al. (resection and placement of polypropylene mesh) and 2 (ressection and placement of PTFEc mesh). After 21 days follow up period, the animals were reoperated. Adhesion evaluation classified the structures involved, surface of mesh compromised and force needed for their rupture. Results: No evidence of adhesions were found in group Sham. No deaths or complication were reported. All prostheses develop some grade of adhesions. Both meshes presented 100% of adhesions, the same percentage of surface covered with adhesions and the same strenght. the decrease was different between the groups, higher in group 2. Conclusion: Both meshes presented similar behavior regarding the evaluated parameters and only the retraction showed differences between groups. keywords Hernia - Mesh - Biomaterials INTRODUÇÃO MATERIAL E MÉTODOS A palavra hérnia é derivada da palavra ruptura em latim, e significa uma protrusão anormal de tecido ou órgão através da fáscia da parede abdominal. Podem ocorrer em diversas posições: inguinais (75%), incisionais (10%), femorais (3%), umbilicais e epigástricas.1 A hérnia incisional é uma frequente complicação de cirurgias abdominais.2-9 Sua incidência varia entre 3 a 40% em laparotomias.10-12 O tratamento cirúrgico com o uso de próteses sintéticas atualmente é o mais recomendado, o que gera cem mil novas cirurgias por ano.3,13 A formação de aderências intraperitoneais é uma comum complicação, que como consequência pode causar fístula, dor crônica, obstrução intestinal e infertilidade em mulheres, o que torna necessária a busca por uma prótese que não induza resposta inflamatória significativa, minimizando complicações que possam aumentar a morbidade e mortalidade de pacientes acometidos por essa patologia. 14,15 O uso de telas sintéticas tem como objetivo reforçar a parede abdominal sem restringir a sua mobilidade, prevenir complicações e recorrência e proporcionar um retorno mais precoce do paciente para suas atividades.16 Existe hoje disponível no mercado, uma variada gama de tipo de próteses para serem utilizadas no procedimento abdominal. Elas podem ser classificadas conforme o material, composição, densidade e tamanho dos poros.17 22 Atualmente, a tela mais usada é a de polipropileno, material de alto peso, que tem como características o fácil manuseio, estímulo do crescimento celular do tecido adjacente e boa flexibilidade. Essa tela sempre que utilizada, isoladamente ou numa tela composta, produz aderências em maior ou menor grau.16,18-22 A tela macroporosa de politetrafluoroetileno condensado (PTFEc) possui espessura reduzida e construção macroporosa. Sua composição química seria capaz de combinar a redução de aderências do lado visceral garantindo boa integração tecidual ao lado parietal.23 Este estudo visa comparar a tela de polipropileno com politetrafluoroetileno condensado macroporosa quanto à formação de aderência na cavidade intraperitoneal assim como sua descrição, o envolvimento de estruturas intraperitoneais, área da tela recoberta, área retraída, integração tecidual, distribuição das adesões na prótese e reação inflamatória através da análise histológica da proliferação celular nos parâmetros proteínas totais, fibrinogênio e hematócrito através de um estudo experimental em ratos. Esta pesquisa foi realizada sob forma de um estudo experimental em ratos, desenvolvido no Biotério da Universidade Luterana do Brasil (ULBRA) mediante a utilização dos protocolos por ele preconizados. O cálculo estatístico foi baseado na literatura.18,23-35,47 Para a variável aderência, foi calculado o número mínimo de quatro ratos por grupo; para a variável força, três ratos, porcentagem recoberta seis ratos. Todos os cálculos foram feitos para 5% de nível de significância e poder de 80%. Sendo assim, foi estipulado que a amostra mínima para cada grupo seria de oito ratas. Para cálculo da amostra, foi utilizado o software Sample size determination in health studies.27 Para a realização do procedimento foram utilizadas 24 ratas fêmeas da raça Wistar, pesando aproximadamente 200g cada uma. Cada rata foi armazenada separadamente em gaiolas randomizadas em três grupos (8 animais por grupo) através de um sorteio aleatório. Os animais foram anestesiados com uma injeção intramuscular de Xilazina (0,1 ml de solução 2% diluída em 0,2 ml de solução fisiológica 0,9%) na dose 5 mg/kg e uma injeção intramuscular de Ketamina (0,35 ml de solução a 50mg/ml) na dose de 50mg/kg. Após a indução anestésica, foi realizada a tricotomia abdominal e a antissepsia com solução alcoólica de clorexidine 2%. AWRJ - Abdominal Wall Repair Journal v. 1 n. 1 Dezembro 2012 / Março 2013 Avaliação da Formação de Aderências Intraperitoneais Associadas ao Uso das Telas de Politetrafluoroetileno Condensado (PTFEc) Macroporosa e Polipropileno no Reparo de Hérnias Ventrais: Estudo Experimental em Ratos Nas oito ratas do grupo 0, foi feita uma incisão mediana de 4 cm, com dissecção do tecido subcutâneo e abertura da cavidade peritoneal através de uma incisão circular medindo 2 x 2 cm na parede abdominal, realizada com uma tesoura, a partir da linha Alba. Neste grupo, não foi implantada tela, realizando apenas o fechamento da parede abdominal e fechamento da pele através de sutura intradérmica contínua utilizando Prolene® 4-0. No grupo 1, foi realizado o mesmo procedimento nas 8 ratas, mas com a implantação de uma tela de Polipropileno medindo 3 x 3 cm, fixada à parede abdominal com fio Prolene® 4-0 com sutura transfixante nos quatro quadrantes da tela. Após a fixação, foi realizado o fechamento da parede abdominal e sutura contínua da pele utilizando Prolene® 4-0. (Figura 1) Ao término do procedimento, todos os animais foram hidratados através da administração subcutânea de 0,5 ml de solução fisiológica 0,9% e colocados para recuperarem-se separadamente em ambiente aquecido. Após completamente acordados, retornaram para suas gaiolas, com comida padronizada e água à vontade para todos os animais. Foi administrada dipirona via oral, diluída na água (90mg/ml) por três dias e as ratas foram mantidas nas mesmas condições do pré-operatório. No vigésimo primeiro dia de pós-operatório, todas as ratas foram submetidas a eutanásia em câmara fechada com monóxido de carbono com sistema de válvulas unidirecionais. Uma nova tricotomia foi realizada seguida de uma incisão ampla em forma de U ao longo da parede abdominal dos animais. O defeito da parede abdominal foi reparado em ambos os lados e a tela elevada para avaliar a incidência de adesão e o tipo, de acordo com a tabela 1, bem como o tipo de vísceras envolvidas. A avaliação da integração tecidual foi realizada avaliando a força tênsil; utilizou-se uma régua milimetrada com um dinamômetro de 5N. (Figura 3) Figura 1 – Colocação da tela PP O mesmo procedimento foi realizado nos 8 animais do grupo 2, com a implantação de uma tela de 3 x 3 cm de politetrafluoroetileno condensado macroporosa. (Figura 2) Figura 3 – Avaliação da integração tecidual com um dinamômetro A avaliação da retração da tela foi realizada utilizando um paquímetro, e comparando com o tamanho anterior à colocação. A análise estatística foi feita com a utilização do teste Mann-Withney para as variáveis quantitativas e o teste do qui-quadrado, para avaliar associação entre as variáveis categorias (presença ou não de aderência). Foi utilizado o Teste T de Student para amostras independentes. Foram consideradas estatisticamente significativas resultados dos testes que apresentaram p<0.05. Para análise dos dados, foi utilizado o SPSS (Statistical Package for Social Science) versão 10.0. Figura 2 – Colocação da tela PTFEc v. 1 n. 1 AWRJ - Abdominal Wall Repair Journal 23 Grossi et al. Artigo Original Este trabalho foi submetido à aprovação do Comitê de Ética da Universidade Luterana do Brasil, sendo realizado de acordo com os protocolos exigidos por esse comitê para a realização de experimentos nos quais se utilizam animais. Os animais eutanasiados foram embalados e armazenados sob refrigeração conforme as normas do Biotério da Universidade Luterana do Brasil. Tabela 1 – Classificação de aderências por visualização direta após incisão em forma de U na parede abdominal. 48 Tipo de aderência 0 Definição - sem aderências 1 - fino e facilmente rompíveis a aderências. 2 - aderências que requerem dissecção grosseira para rompimento. 3 - densas aderências que só podem ser quebradas pela utilização de grande força,parcial ou total,resultando em prejuízo para as vísceras envolvidas. RESULTADOS Não ocorreram óbitos ao longo do período de avaliação. Todos os animais evoluíram sem complicações. O procedimento realizado no grupo 0 não resultou em aderências na parede abdominal das ratas avaliadas. O grupo 1, assim como o 2, apresentou algum grau de aderências em todos animais estudados. Ambos os grupos se comportaram de forma semelhante em relação a gravidade das aderências, sendo o p=0,155, de acordo com a Tabela 2. O omento apresentou 100% de acometimento. (Figuras 4 e 5) Figura 5 – figura mostra aderências na avaliação pós-operatória do grupo 2 Comparando as telas quanto à área recoberta pelo processo aderencial, em centímetros. Não houve diferença entre as telas estudadas, sendo a análise realizada pelo teste T de Student e o p encontrado no valor de 0,074, conforme tabela 3. Foi avaliada a área da tela que sofreu retração, em centímetros quadrados. Comparando os grupos estudados, houve uma maior retração nas telas que compuseram o grupo 2, com diferença estatisticamente significativa, sendo usado o T-Test para a análise dessa variável, com o p=0,008, conforme tabela 3. Tabela 2 Grau 1 Grupo 2 n % n % 1 0 0 6 75 n 2 2 3 37,5 4 50 1 3 25 % 12,5 Valor p=0,155 para o teste exato de Fisher. Comparando os grupos estudados, houve uma maior retração nas telas que compuseram o grupo 2, com diferença estatisticamente significativa, sendo usado o T-Test para a análise dessa variável, com o p=0,008, conforme tabela 3. 2 2 Tabela 3 –3 –Área telarecoberta recoberta pela aderência e retração, em centímetros Tabela Área da da tela pela aderência e retração, em centímetros Média Área Recoberta Desvio Padrão Área Retraída Média Desvio Padrão Grupo N 1 8 2 0 1,7 0,18 2 8 1,37 0,91 3,25 0,43 p = 0,074 e 0,008 respectivamente, Teste T de Student A integração tecidual foi mensurada através da força necessária para rompimento das aderências. A medida foi realizadas através da sua ruptura avaliada com um dinamômetro e medida em newtons. Os achados Figura 4 – figura mostra aderências na avaliação pós-operatória do grupo 1 24 AWRJ - Abdominal Wall Repair Journal v. 1 n. 1 Avaliação da Formação de Aderências Intraperitoneais Associadas ao Uso das Telas de Politetrafluoroetileno Condensado (PTFEc) Macroporosa e Polipropileno no Reparo de Hérnias Ventrais: Estudo Experimental em Ratos Dezembro 2012 / Março 2013 foram estatisticamente semelhante entre os grupos estudados. (gráfico 1) Gráfico 1 – Integração tecidual. Força de rompimento das aderências nos grupos F orç a de rompime nto das ade rê nc ias nos grupos Grupo 2 Grupo 1 3 2,5 2 forç a 1,5 1 0,5 0 p = 0,238 no Teste de Mann-Whitney 1 2 3 4 5 6 7 8 DISCUSSÃO Atualmente, o polipropileno é o material sintético de escolha mundialmente contemplado no reparo das hérnias, porém, estudos demonstram que esse material tem alto índice de formação de aderências quando em contato com vísceras da cavidade abdominal.16,18-22,50 As características deste material conferem boa integração tecidual, com uma excelente incorporação aos tecidos. Entretanto, essas mesmas características induzem a formação de aderências.39 Estes achados foram comprovados no presente estudo, visto que todos os animais selecionados para o grupo que utilizou a tela de polipropileno apresentaram alto índice de aderências, classificadas como grau 2 e 3. A resposta inflamatória, que está associada à formação de aderências como resultado do processo de cicatrização não está relacionada com a quantidade de material que permanece em contato com as vísceras da cavidade abdominal, e sim com a composição do material, incluindo sua estrutura, o tamanho dos poros e diâmetros das suas fibras. 20,22,39 O presente estudo demonstrou 100% de aderências no grupo que recebeu uma tela de PTFEc, sendo a maioria classificada como grau 1 e 2, e um animal com aderência grau 3. A força necessária para dissecção variou de 0,87 a 2,63 N. Em relação a composição da prótese, a baixa densidade, composição macroporosa e comportamento hidrófobo fazem com que telas compostas por PTFEc produza adesões densas e com alta integração tecidual, o que corrobora os achados deste estudo.12,40,41 Raptis e cols42 demonstraram que o uso intraperitoneal de próteses compostas por PTFEc causou a formav. 1 n. 1 ção de aderências, principalmente nas laterais da tela, que acometeram omento e alça intestinal. Voskerician e cols12 demonstraram que a colocação intraperitonial da mesma prótese provocou aderências envolvendo grande parte da tela, tenazes, envolvendo omento, alça e fígado, porém, sem diferença na retração. Para este estudo, foram utilizados modelos previamente herniados. Foi demonstrado que telas macroporosas apresentam melhor integração tecidual e cicatrização, e isto se deve principalmente a presença de colágeno tipo III ao redor dos poros largos da tela. 12,43 O grupo que recebeu uma tela macroporosa composta por PTFEc apresentou maior retração da prótese, variando entre 1,5 a 4,32 cm3 sendo a média 3,25 cm3 de área retraída total. O grupo que recebeu uma tela de polipropileno sofreu menor retração, variando entre 1,2 a 2,7 cm3. Os grupos mostraram diferença estatística neste parâmetro. A retração, além de estar associada a recorrência da hérnia, pode causar dor e desconforto ao paciente.42,44 Em uma comparação entre telas compostas por PP e PTFE o parâmetro retração não mostrou-se diferente entre os grupos estudados. Porém, a tela foi colocada em posição intraperitonial, o que pode explicar as divergências em relação a este estudo, em que a colocação das telas foi feita em posição extraperitonial. 42 Comparando os dois grupos de telas usadas neste estudo, nenhuma se mostrou superior em relação à outra. Ambas apresentaram 100% de aderências. A área de tela retraída foi maior no grupo 2, tendo diferença estatisticamente significativa quando comparada ao outro grupo. Este estudo não produziu um modelo prévio de hérnia ventral, como sugerem Mardegam e cols46, o que pode ser considerada uma limitação, pois não está claro se o comportamento da formação das aderências teria o mesmo comportamento em um modelo previamente herniado. CONCLUSÃO A tela macroporosa de politetrafluoroetileno condensada apresentou o mesmo comportamento em relação a de polipropileno quando comparamos a formação de aderências, classificação, acometimento de vísceras abdominais e área de tela recoberta pela adesão. No parâmetro área de tela retraída, a tela macroporosa composta por PTFEc apresentou maior retração em relação ao outro grupo. AWRJ - Abdominal Wall Repair Journal 25 Artigo Original Grossi et al. REFERÊNCIAS 1. Sabiton DC, Townsend CM. Sabiston textbook of surgery: the biological basis of modern surgical practice. 17th ed. Philadelphia, PA: Saunders/Elsevier, 2004. 2.Dunn R, Lyman MD, Edelman PG, Campbell PK. Evaluation of the spraygel adhesion barrier in the rat cecum adhesion barrier in the rat cecum abrasion and rabbit uterine horn adhesion models. Fertil Steril 2001;75(2):411-6. 3. Cassar K, Munro A. Surgical treatment of incisional hernia. Br J Surg 2002;89(5):534-45. 4. Bendavid R. Composite mesh (polypropylene-e- PTFE) in the intraperitoneal position: a report of 30 cases. Hernia 1997;1:5-8. 5. Zong X, Li S, Chen E, Garlick B, Kim KS, Fang D, Chiu J, Zimmerman T, Brathwaite C, Hsiao BS, Chu B. 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AWRJ - Abdominal Wall Repair Journal v. 1 n. 1 Dezembro 2012 / Março 2013 Avaliação da Formação de Aderências Intraperitoneais Associadas ao Uso das Telas de Politetrafluoroetileno Condensado (PTFEc) Macroporosa e Polipropileno no Reparo de Hérnias Ventrais: Estudo Experimental em Ratos 16. Kiudelis M, Konciauskiene J, Deduchovas O. Effects of different kinds of meshes on postoperative adhesion formation in the New Zealand white rabbit. Hernia 2007;(11):19-23. 17. Eriksen Jr, Gögenur I, Rosemberg J. Choice of mesh for laparoscopic evaluation hernia repair. Hernia 2007;(11):481-92. 18. Leblanc KA, Both WV. Laparoscopic repair of incisional abdominal hernia using politetrafluorethylene: preliminary findings. Surg Laparosc Endosc 2003;3:39-41. 19. Demir U, Mihmanli M, Coskun H, Dilege ECE, Kalyoncu A, Altnli E, Gunduz B, Yilmaz B. Comparison of prosthetic mateials in incisional hernia repair. Surg Today 2005;35:223-7. 20. Marcondes W, Herballa FAM, Matone J, Odashiro NA, Goldenberg A. 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Comparação entre a tela submucosa intestinal suína acelular (Surgisis®) e a tela polipropileno (Marlex®) na formação de aderências peritoniais: estudo experimental em ratos. Revista AMRIGS 2008; 52(3):197-203. AWRJ - Abdominal Wall Repair Journal 27 Resumos dos Trabalhos Apresentados no II Congresso Brasileiro de Hérnia e I Congresso Latino-Americano de Hérnia 28 AWRJ - Abdominal Wall Repair Journal v. 1 n. 1 FUNDOPLICATURA “FLOPPY” NISSEN TÉCNICA COMBINADA: MINI X LESS Angelo Bustani Loss, Carlos Augusto Marins, Lucas Vinhas, Eduardo Kanaan RESUMO Objetivo: Demonstrar a possibilidade da realização da Fundoplicatura “Floppy” Nissen, utilizando os conceitos da cirurgia minimamente invasiva, associando as vantagens das técnicas de minilaparoscopia e LESS e minimizando as limitações de ambos os métodos, preservando os preceitos da técnica e a segurança do procedimento. Introdução: A videolaparoscopia representou um avanço no manejo do paciente cirúrgico, por diminuir a dimensão do trauma ao qual esta paciente era submetido, além dos aspectos estéticos. Mas o conhecimento da resposta ao trauma, e sua modulação em função da extensão e do tipo de trauma, fez surgir o conceito de cirurgia minimamente invasiva, numa busca para minimizar ainda mais o trauma infringido ao paciente, garantido uma recuperação mais rápida e um retorno mais precoce à normalidade cotidiana. Método: Paciente feminina, 50 anos, com refluxo confirmado por endoscopia e pHmetria. O procedimento foi realizado utilizando um trocater de 10mm no v. 1 n. 1 umbigo (ótica), um trocater de 6,5mm paralelamente a este e três trocateres de 3mm, no hipocôndrio esquerdo (2) e epigastro. Modificações táticas: 1) O posicionamento dos trocateres se fez de maneira diferente; 2) a mobilização do fígado foi realizada através da tração com fio; 3) a mobilização do estômago foi realizada através de tração por fio. 4) o bisturi harmônico e os fios de sutura foram introduzidos através do umbigo, pelo trocater de 6,5mm; 5) a liberação dos vasos curtos do estômago foi feita de maneira retrógrada, a partir do fundo gástrico. Resultados: A operação de fundoplicatura “Floppy” Nissen foi realizada por técnica minimamente invasiva combinada de minilaparoscopia e LESS, com duração de 55 minutos. Após 12 horas a paciente iniciava a alimentação com dieta líquida e em 18 horas recebia alta hospitalar. Após 10 dias, retornou ao consultório sem queixas, sem refluxo, sem pontos e sem cicatrizes. Conclusões: Lançando mão de pequenas modificações táticas, a fundoplicatura “Floppy” Nissen pode ser realizada de maneira minimamente invasiva, preservando os preceitos da técnica e da segurança. AWRJ - Abdominal Wall Repair Journal 29 ACELERAÇÃO DA RECUPERAÇÃO TOTAL PÓS-OPERATÓRIA EM HERNIORRAFIAS INGUINAIS José Eduardo de Aguilar Siqueira do Nascimento (Universidade Federal de Mato Grosso); Cervantes Caporossi (Universidade Federal de Mato Grosso); Alberto Bicudo Salomão (Universidade Federal de Mato Grosso); Guilherme Henrique Tanajura (Universidade Federal de Mato Grosso); Mariana Canevari de Oliveira (Universidade Federal de Mato Grosso); Rodrigo da Cunha Costa (Universidade Federal de Mato Grosso) RESUMO Objetivo: Analisar os resultados pós-operatórios antes e após a implementação do protocolo ACERTO na cirurgia de herniorrafia inguinal. Introdução: Cuidados perioperatórios tradicionais têm sido questionados e modificados por outros com maior evidência. Assim, modernos guidelines têm recomendado abreviação do jejum pré-operatório e redução do volume de fluidos intravenosos. O projeto ACERTO implementado no Hospital Universitário Júlio Muller da UFMT vem produzindo bons resultados já publicados em vários trabalhos. No entanto, nenhum deles analisou os resultados na cirurgia da hérnia inguinal. Método: Trata-se de um estudo prospectivo analisando-se dois períodos: antes da implantação do projeto ACERTO (2005) e após (2005/2006). As diferenças básicas nos cuidados perioperatórios nos dois períodos foram: 1) redução do tempo de jejum pré-operatório para 2 horas com uma bebida contendo maltodextrina; 2) redução do uso de fluidos intravenosos no perioperatório ; 3) menor uso de opioides; 4) mobilização precoce; 5) realimentação precoce e 6) uso de medica- 30 ção antiemética individualizada. Comparou-se os dois períodos pelos testes: T de Student (dados contínuos), Qui-quadrado ou teste exato de Fischer (dados categóricos). Estabeleceu-se em 5% (p<0.05) o nível de significância. Resultados: Foram analisados 89 pacientes sendo 38 (42,7%) no período pré-ACERTO e 51 (57,3%) no período pós-ACERTO. Não houve diferença entre os dois períodos quanto ao sexo, idade, estado nutricional, tempo de cirurgia e comorbidades. Após a implementação do protocolo ACERTO houve redução significativa do tempo de jejum pré-operatório (15 ± 5 vs. 4,8 ± 3h; p<0,01) e volume de fluidos (2,4 ± 1 vs. 1,2 ± 0,7; p<0,01). Não houve mortalidade e o número de complicações pós-operatórias foi similar entre os dois grupos. Houve redução de 15 horas no período de internação pós-operatória no período após a implementação dos cuidados do protocolo ACERTO ([média ± SEM] 45 ± 7 vs. 30 ± 2; p=0,01). Conclusões: A implantação do projeto ACERTO diminuiu o tempo de jejum pré-operatório, o tempo de internação e o uso de fluidos intravenosos na operação da hérnia inguinal. Esses resultados implicam em importante diminuição de custos nesse tipo de procedimento cirúrgico. AWRJ - Abdominal Wall Repair Journal v. 1 n. 1 EPIDEMIOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO DE HÉRNIA INCISIONAL. ANÁLISE DOS CASOS DE VINTE E DOIS ANOS NO HOSPITAL FLORIANÓPOLIS Armando José D’Acampora (Unisul - Universidade do Sul de Santa Catarina); Marcos Tulio Silva (Unisul Universidade do Sul de Santa Catarina); Jairo Vieira (Unisul - Universidade do Sul de Santa Catarina); Aldemar Lopes (Hospital Florianópolis); Ricardo Fantazzini Russi (Unisul - Universidade do Sul de Santa Catarina); Marcelo Alberton Herdt (Unisul - Universidade do Sul de Santa Catarina); Bruna de Almeida (Unisul - Universidade do Sul de Santa Catarina); Luíza Carolina Gruhlke (Unisul - Universidade do Sul de Santa Catarina); Vinícius Carriero Lima (Unisul - Universidade do Sul de Santa Catarina); Maurício Carriero Lima (Unisul - Universidade do Sul de Santa Catarina) Objetivo: Traçar o perfil epidemiológico dos pacientes submetidos à herniorrafia incisional no Centro Cirúrgico do Hospital Florianópolis (HF), no período de 1985 a 2007. HF, em Florianópolis, Santa Catarina, no período compreendido entre março de 1985 e abril de 2007, por meio de programa informatizado específico. Os dados foram coletados no SAME do HF e registrados em protocolo pré-estabelecido. O método estatístico empregado foi o teste do qui-quadrado (x2), através dos programas de computador EpiData® versão 3.1 e EpiInfo® versão 6. Introdução: O tratamento da hérnia incisional (HI) constitui-se motivo de grandes discussões entre os cirurgiões. Trata-se de defeito adquirido em procedimento cirúrgico prévio que exige reparo eficiente e definitivo. O aumento do número de laparotomias em condições ditas não favoráveis acarretou situações de fechamento abdominal difícil, o que consequentemente aumentou a prevalência da HI. É causa importante de morbidade, interferindo na qualidade de vida e resultados estéticos. Resultados: Foram encontrados 209 casos de herniorrafia incisional no período estudado. Observou-se um maior acometimento do sexo feminino (63,2%), com maior incidência acima dos 40 anos, em ambos os sexos. A maioria dos pacientes era de cor branca (93,8%). Somente em 14,4% dos casos as hérnias eram recidivadas. 82,8% não apresentavam hérnias associadas. A incisão mediana apresentou-se como importante fator de risco para o surgimento de HI, estando presente em 67% dos casos. Método: Estudo transversal e descritivo. A amostra foi levantada dos prontuários de pacientes com diagnóstico de hérnia incisional, operados no Centro Cirúrgico do Conclusões: Sexo feminino, cor branca, idade avançada, sem hérnias associadas e incisão mediana prévia demonstraram maior incidência de hérnia incisional. RESUMO v. 1 n. 1 AWRJ - Abdominal Wall Repair Journal 31 TRATAMENTO CIRÚRGICO DA HÉRNIA INCISIONAL NO HOSPITAL FLORIANÓPOLIS: EXPERIÊNCIA DE VINTE E DOIS ANOS Armando José D’Acampora (Unisul - Universidade do Sul de Santa Catarina); Marcos Tulio Silva (Unisul Universidade do Sul de Santa Catarina); Jairo Vieira (Unisul - Universidade do Sul de Santa Catarina); Aldemar Lopes (Hospital Florianópolis); Ricardo Fantazzini Russi (Unisul - Universidade do Sul de Santa Catarina); Marcelo Alberton Herdt (Unisul - Universidade do Sul de Santa Catarina); Bruna de Almeida (Unisul - Universidade do Sul de Santa Catarina); Luíza Carolina Gruhlke (Unisul - Universidade do Sul de Santa Catarina); Vinícius Carriero Lima (Unisul - Universidade do Sul de Santa Catarina); Maurício Carriero Lima (Unisul - Universidade do Sul de Santa Catarina) RESUMO Objetivo: Analisar o tratamento cirúrgico dos pacientes submetidos à herniorrafia incisional no Centro Cirúrgico do Hospital Florianópolis (HF), no período de 1985 a 2007, em relação ao caráter da cirurgia, tipo de anestesia, uso de tela, fio de sutura utilizado, drenagem da ferida, uso de antibióticos, complicações pós-operatórias e tempo de internação. dados foram coletados no SAME do HF e registrados em protocolo pré-estabelecido. O método estatístico empregado foi o teste do qui-quadrado (x2), através dos programas de computador EpiData® versão 3.1 e EpiInfo® versão 6. Introdução: As hérnias incisionais são um problema para o cirurgião geral desde as primeiras cirurgias abdominais. Com o maior entendimento de sua etiologia, as técnicas cirúrgicas evoluíram no sentido de aprimorar a correção do defeito, principalmente a partir dos anos 80. Apesar das numerosas pesquisas, a hérnia incisional continua configurando uma complicação importante da cirurgia abdominal, não havendo consenso sobre melhor procedimento para o seu reparo. Resultados: Foram encontrados 209 casos de herniorrafia incisional no período estudado. A maioria das cirurgias foi realizada em caráter eletivo (90,9%). O tipo de anestesia mais frequentemente empregado foi a geral (54%), principalmente nas cirurgias de urgência (84,2%). A tela de polipropileno foi utilizada em 56,5% dos casos. O fio de sutura mais utilizado foi o Prolene® (77,5%). Utilizou-se dreno tubular sistema fechado em 70,8% das cirurgias. Antibióticos foram utilizados em 60,3% dos casos, sendo 70,6% das vezes com intuito profilático. Complicações ocorreram em 6,7% dos pacientes, sendo a principal abscesso de parede (35,7%). O pós-operatório foi de até 4 dias na maioria dos casos (73,2%). Método: Estudo transversal e descritivo. A amostra foi levantada dos prontuários de pacientes com diagnóstico de hérnia incisional, operados no Centro Cirúrgico do HF, em Florianópolis, Santa Catarina, no período compreendido entre março de 1985 e abril de 2007, por meio de programa informatizado específico. Os Conclusões: Cirurgias eletivas, sob anestesia geral, utilizando-se fios de Prolene® na sutura, com drenagem tubular predominaram na amostra. Não houve diferença no uso ou não de tela de polipropileno. Ocorreram poucas complicações, e a internação pós-operatória foi rápida na maioria dos casos. 32 AWRJ - Abdominal Wall Repair Journal v. 1 n. 1 HERNIORRAFIA INGUINAL “TAPP” - TÉCNICA COMBINADA: MINI X LESS Angelo Bustani Loss, Carlos Augusto Martinez Marins, Lucas Vinhas, Eduardo Kanaan, Sergio Bertolaci RESUMO Objetivo: Demonstrar a possibilidade de realizar a herniorrafia laparoscópica “ TAPP”, utilizando a combinação das técnicas de minilaparoscopia e LESS, somando suas vantagens e compensando suas limitações, mantendo entretanto os preceitos técnicos e a segurança do método. Introdução: A videolaparoscopia representou um avanço no manejo do paciente cirúrgico, uma vez que diminuiu a dimensão do trauma ao qual o paciente é submetido, além dos aspectos estéticos. Mas o conhecimento da resposta orgânica e metabólica ao trauma, e sua modulação em função da extensão e do tipo de trauma, fez surgir o conceito de cirurgia minimamente invasiva, numa busca por minimizar ainda mais o trauma infringido ao paciente, garantido assim um retorno mais precoce à normalidade cotidiana. Método: Paciente masculino, 28 anos, com volumosa hérnia inguino escrotal esquerda, com todo o grande omento contido no saco herniário. Posicionamos um trocater de 10mm (ótica) e um de 6,5mm no umbigo e um trocater de 3mm na fossa ilíaca esquerda. Com v. 1 n. 1 pequenas modificações na tática operatória, no que diz respeito ao uso do trocater de 6,5mm para a passagem da tela, do aplicador de clipes e do fio de sutura, e do posicionamento modificado do trocater de minilaparoscopia, conseguimos realizar a técnica TAPP para a correção do defeito herniário. Resultados: Com esse artifício, conseguimos minimizar o trauma cirúrgico, ter vantagens estéticas e ainda assim realizar uma operação confortável e segura. Com o menor trauma cirúrgico, a despeito de uma hérnia volumosa, o paciente recebeu alta após 8hs da operação, sem queixas, sem dor, sem pontos. A associação dos métodos nos permitiu somar a vantagem estética e de pouco trauma da minilaparoscopia com a vantagem do LESS de permitir a passagem de instrumental mais calibroso (tela, fios, clipadores, gazes) pelo trocater de 6,5mm no umbigo. Conclusões: A despeito do tamanho do saco herniário, associação da minilaparoscopia com o LESS permitiu a realização da correção pela técnica TAPP, somando as vantagens, estéticas e de menor trauma, e compensando as limitações de cada método, no que diz respeito ao uso do trocater de 6,5mm no umbigo para a passagem da tela, aplicador de clipes e fio de sutura. AWRJ - Abdominal Wall Repair Journal 33 HÉRNIA DE AMYAND Gustavo Silva Cortes (Universidade de Uberaba); Glênio Fernandes Moraes (Universidade de Uberaba); Herbert Marcondes Pereira (Universidade de Uberaba); Rafael Batista Oliveira (Universidade de Uberaba); Lucas Cartafina Barbosa Sousa (Universidade de Uberaba); Tiago Canen Rossi (Universidade de Uberaba); Leonardo Santana Neves (Universidade de Uberaba) RESUMO Objetivo: Relatar um caso de Hérnia de Amyand diagnosticado durante uma hernioplastia inguinal no serviço de cirurgia geral da Universidade de Uberaba e revisar na literatura sobre sua incidência, fisiopatologia e formas de tratamento. Introdução: A hérnia de Amyand caracteriza-se pela presença do apêndice no interior do saco herniário inguinal, sendo uma condição incomum e rara de ser encontrada. Foi descrita por Claudius Amyand em 1786 durante a correção cirúrgica de uma hérnia inguinal. A chance de se encontrar o apêndice cecal normal dentro do saco herniário é de 1%, a incidência de apendicite aguda no saco herniário é de 0,01%. O diagnóstico pré-operatório é raro, sendo na maioria dos casos realizado durante a intervenção cirúrgica. Método: Paciente do sexo masculino, 74 anos, foi encaminhado ao serviço de cirurgia geral da Universidade de Uberaba, referindo dor abdominal em fossa ilíaca direita e abaulamento doloroso na região inguinal ipsilateral. Ao exame físico apresentava abaulamento inguinal à direita durante manobra de Valsalva, com abdome indolor à palpação e sem sinais de peritoni- 34 te. Foi submetido à inguinotomia direita para correção cirúrgica e durante a dissecção do saco herniário, identificou-se a presença do apêndice cecal com aspecto inflamatório. Foi realizada a apendicectomia através da inguinotomia, com confecção de bolsa de Oshner e reforço da parede posterior do canal inguinal pela técnica de Bassini. Resultados: No nosso serviço, optamos pelo emprego da técnica de Bassini para reforço da parede posterior do canal inguinal, não tendo feito uso de qualquer prótese, uma vez que a utilização de material sintético deve ser evitado devido à possibilidade maior de contaminação bacteriana local. O paciente evoluiu sem complicações, apresentando evolução clínica satisfatória, recebendo alta hospitalar no 2º dia pós-operatório. Conclusões: A fisiopatologia mais aceita atualmente, é que a inflamação aguda do apêndice cecal ocorre devido à herniação e encarceramento de sua base, acarretando um aumento da pressão intraluminal e proliferação bacteriana local por diminuição do fluxo sanguíneo com consequente isquemia, necrose e eventual perfuração da parede do órgão. Quando ocorre a associação da apendicite aguda com hérnia inguinal encarcerada ou estrangulada, a cirurgia de apendicectomia pode ser realizada pela própria inguinotomia. AWRJ - Abdominal Wall Repair Journal v. 1 n. 1 PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DAS HERNIORRAFIAS INGUINAIS REALIZADAS NA FUNDAÇÃO HOSPITAL ADRIANO JORGE Cleinaldo de Almeida Costa (Fundação Hospital Adriano Jorge - Fhaj); Yasmine Makarem Nadaf Akel Thomaz de Lima (Universidade Federal do Amazonas - Ufam); Aloysio Íkaro Martins Coelho Costa (Fundação Hospital Adriano Jorge - Fhaj); Teylor Gerhardt (Fundação Hospital Adriano Jorge - Fhaj) RESUMO Objetivo: A hérnia inguinal é afecção muito prevalente com impacto sócio-econômico relevante no mundo e em nosso meio. Tem grande incidência e impacto na qualidade vida de quem por ela é acometido. Este trabalho objetiva demonstrar para os profissionais do serviço de cirurgia quais são as peculiaridades e o perfil dos pacientes submetidos a herniorrafias inguinais eletivas neste serviço, entre Fevereiro e Setembro de 2009, e com isso promover discussões que venham melhorar o resultado deste procedimento. Introdução: A hérnia inguinal é afecção muito prevalente com impacto sócio-econômico relevante no mundo e em nosso meio. Centenas de técnicas operatórias têm sido propostas para sua correção. Atualmente, o uso de prótese tem sido o procedimento padrão no tratamento da hérnia inguinal por reduzir a recidiva e a dor crônica pós-operatória. A escolha da técnica depende do tipo de hérnia e da preferência do cirurgião. As taxas de recidiva variam de 1 a 3%, as hérnias diretas apresentam maior índice de recorrência. Método: Foi realizado um estudo prospectivo transversal com dados primários nos pacientes submetidos à redução de hérnia na Fundação Hospital Adriano Jorge, Manaus-Am. A amostra foi constituída por 152 pacientes. Os dados foram coletados por meio de entrevista individual. A captação foi realizada em visitas aos pacientes no pós-operatório. Para a análise estatís- v. 1 n. 1 tica foram utilizados métodos descritivos e inferenciais. O nível de significância adotado foi de 5%, e o nível de confiança de 95%. Os dados foram armazenados em banco de dados na planilha eletrônica Microsoft® Office Excel 2010, e analisados através do software Minitab, versão 14, juntamente com software SPSS versão 13.0. Resultados: Houve maior incidência no sexo masculino (87%) e nos pacientes acima de 46 anos. As hérnias diretas somaram 51% do total, seguida das indiretas (39%) e mista (6%). 48% apresentou Nyhus III A, seguido do tipo II com 23%, III B 13%, 9% o tipo I, os tipos IV A e B com 3% dos casos cada e 1% apresentou o III C. 60% dos pacientes foram operados pela técnica de Lichtenstein, 21% Bassini, 11% Shouldice. O índice de recidiva foi 6%. O tempo médio de internação foi 2 dias. Não importa a técnica usada, o tempo de internaçao foi o mesmo. Quanto a comorbidades, atividade física intensa apareceu em 67% dos casos, seguido das doenças crônicas debilitantes (34%), tabagismo (34%) e idade avançada (31%). Conclusões: Contrário à literatura, houve maior incidência de hérnias diretas, tanto em homens quanto em mulheres, outra peculiaridade, pois se considera rara a incidência de hérnia direta em mulheres. Houve um elevado índice de recidiva e, considerando que a técnica mais utilizada na correção das hérnias foi a técnica de Lichtenstein, devemos nos perguntar se está ocorrendo falha técnica na colocação da prótese. Os demais achados são compatíveis com a literatura. AWRJ - Abdominal Wall Repair Journal 35 PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS PACIENTES SUBMETIDOS A HERNIOPLASTIA INGUINAL NO HOSPITAL SANTA MARCELINA - ITAQUERA Thiago Gonçalves da Silveira (Hospital Santa Marcelina); Ricardo Ribeiro Rossini (Hospital Santa Marcelina); Alessandra Egawa (Hospital Santa Marcelina); Paulo Alves Bezerra Morais (Hospital Santa Marcelina); Chung Chuck Sum (Hospital Santa Marcelina); Onorio Antonio dos Santos Neto (Hospital Santa Marcelina); Laercio Robles (Hospital Santa Marcelina) Apresentação: Vídeo Poster RESUMO Objetivo: Este estudo tem por objetivo traçar o perfil epidemiológico dos pacientes submetidos a hernioplastia inguinal realizadas pelo serviço de Cirurgia Geral do Hospital Santa Marcelina – Itaquera, no período de janeiro de 2010 a dezembro de 2011. dezembro de 2011. Os dados são referentes às complicações observadas no retorno do 6º mês para análise de complicações. Foram tabelados fatores de risco conhecidos: sexo, faixa etária, profissão, histórico familiar de hérnia, complicações, com posterior cruzamento de informações e análise estatística. Introdução: A cirurgia para correção de hérnia inguinal está entre uma das mais realizadas pelo cirurgião geral. Conhecer o perfil da população atendida, seus possíveis fatores de risco, sabendo as complicações do serviço, permite previsão de complicações e proposta de intervenção preventiva. Resultados: O estudo permitiu a demonstração da associação entre surgimento de complicações no pós-operatório de hernioplastias inguinais e fatores de risco clássicos como tabagismo, constipação crônica e trabalho braçal. Também demonstrou relação entre a técnica cirúrgica utilizada e o risco de complicações. Em última análise, serviu ao propósito de levantar o perfil epidemiológico da população abrangida. Método: O desenho selecionado para o trabalho foi o de uma coorte retrospectiva. Os dados foram coletados a partir da análise dos prontuários de ambulatório e de internação de um total de 385 pacientes submetidos à hernioplastia inguinal no período de janeiro de 2010 a Conclusões: Os achados obtidos no estudo implicam num melhor conhecimento da população-alvo do Hospital Santa Marcelina e os fatores de risco aos quais está exposta, bem como orientação à estratégia preventiva. 36 AWRJ - Abdominal Wall Repair Journal v. 1 n. 1 FORMAÇÃO DE ADERÊNCIAS INTRAPERITONEAIS UTILIZANDO TELA DE POLIPROPILENO EM MODELO ANIMAL ONLAY E SUBLAY Joao Vicente Machado Grossi (Ulbra); Juliano Hermes Maeso Montes (Ulbra); Roberto Fernandes Nicola (Ulbra); Renata Baú (Ulbra); Ana Schmidt (Ulbra); André Vicente Bigolin (Ulbra); Leandro Totti Cavazzola (Ulbra) RESUMO Objetivo: Comparar os grupos de ratas Wistar submetidas à colocação da tela de polipropileno (PP) intraperitoneal (Sublay) e colocação da tela de polipropileno (PP) na parede anterior (Onlay) na formação de aderências intraperitoneais. desvio padrão da presença, grau, força, vísceras envolvidas as aderências. Área exposta e retração da tela. Todos os animais foram mortos 21 dias após o procedimento. Introdução: Os diferentes posicionamentos das telas cirúrgicas para correção de hérnia abdominal têm sido usados para cobrir o defeito pós-incisão. As aderências em decorrência com a exposição da prótese ao conteúdo intra-abdominal é um fator a ser investigado devido a sua importância clínica-cirúrgica. O processo inflamatório, tanto em posição anterior (Onlay) e intraperitoneais totais (Sublay) da prótese promove diferentes complicações. Resultados: Houve diferença estatística no fibrinogênio sérico apenas no 7º e 14º dia de pós-operatório, maior no grupo 1(400±188,4) e 2(200±0). Todos os grupos tiveram formação de aderências. O grau das aderências teve Grupo 1 60% de leve a moderado e o grupo 2 teve 90%. A força para ruptura da aderência apresentou 4,02N e SD 1,42 contra 1N e SD 1,25 do grupo 2. Todas as aderências fixaram com o Omento nos dois grupos, o ligamento redondo (fígado) 30% e 50%, Alça intestinal 30% e 20% nos grupos 1 e 2 respectivamente. Área exposta da tela foi 4cm2 SD 0 no modelo sublay e (M 0,9 SD 0,09) no modelo onlay. A retração da tela M 0,576 SD 0,37 cm2 no grupo 1 e 0,58 e 0,34 cm2 no grupo 2. Area recoberta da t. Método: Foram utilizadas 20 ratas Wistar, randomizadas em 2 grupos. No Grupo 1 foi implantação da prótese de PP Intraperitoneal de 2X2 cm (4cm2) e no grupo 2 implantação da prótese PP sobre o músculo reto abdominal e defeito da parede expondo 1 cm de diâmetro as vísceras. Foram analisados os parâmetros em média e Conclusões: Nos dois modelos apresentados a formação de aderência ocorreu independente da localização quando expostos ao conteúdo intra-abdominal. A maior área exposta teve resposta inflamatória significativa, além de grau e força de aderências em relação ao grupo com menor área. v. 1 n. 1 AWRJ - Abdominal Wall Repair Journal 37 MODELO DE HERNIOPLASTIA ONLAY COM TELA DE POLIPROPILENO E MALHA LEVE COMPOSTA MONOCRYL-POLIPROPILENO - ESTUDO DE ADERÊNCIAS E RESPOSTA INFLAMATÓRIA Joao Vicente Machado Grossi (Ulbra); Juliano Hermes Maeso Montes (Ulbra); Roberto Fernandes Nicola (Ulbra); Renata Baú (Ulbra); Ana Schmidt (Ulbra); André Vicente Bigolin (Ulbra); Leandro Totti Cavazzola (Ulbra) RESUMO Objetivo: Comparar os grupos de ratas Wistar submetidas à colocação da tela de polipropileno (PP) na parede anterior (Onlay) e a tela de malha leve composta de polipropileno e monocryl (UP) na formação de aderências, após defeito de parede abdominal de 1 cm. Introdução: A correção de hérnia abdominal utilizando a via anterior tem utilizado para cobrir o defeito pós-incisão uma tela cirúrgica. A associação de aderências em decorrência com a exposição da prótese ao conteúdo intra-abdominal é um fator a ser investigado devido a sua importância clínica-cirúrgica. Um dos indicativos do processo inflamatório varia com o tipo e material de tela exposta ocorrendo diferentes graus de complicações. Método: Estudo experimental, longitudinal, com amostra de 20 ratas Wistar, randomizadas em 2 grupos com 10 animais em cada grupo. No grupo 1 foi fixado a prótese de PP e no grupo 2 a prótese UP sobre o defeito da parede 1 cm de diâmetro músculo reto abdominal expondo as vísceras abdominais à tela. Foram analisados os parâmetros presença, grau, força, vísce- 38 ras envolvidas as aderências. Área exposta e retração da tela. Todos os animais foram mortos 21 dias após o procedimento. As análises foram estatisticamente significativas para um p<0,05. Resultados: Todos os animais foram analisados após 21 dias. Todos os grupos apresentaram formação de aderências. O grau das aderências teve no grupo PP 90% de leve a moderado e no grupo UP teve 100% leve. A força para ruptura da aderência apresentou no grupo PP 1N e SD 1,25 contra 1,15N e SD 0,55 do grupo PU. Todas as aderências fixaram com o Omento nos dois grupos, e apenas no grupo PP houve aderências no ligamento redondo (fígado) 50%, alça intestinal em 20%. Área exposta da tela foi (M=0,9cm2 SD=0,09) no grupo PP e (M=0,6 SD=0,17) no UP. A retração da tela M=0,58cm2 SD=0,34 no grupo PP e 0,779 cm2 e SD=0,73 no grupo UP. Área recoberta da tela pela aderência foi de 100% em ambos os grupos. Conclusões: A fixação da telas sobre o defeito abdominal formou aderências nos dois grupos estudados. Sendo que o menor percentual de graus no grupo UP pode ser explicado pela menor área exposta juntamente com a maior retração da tela em comparação com o grupo PP. AWRJ - Abdominal Wall Repair Journal v. 1 n. 1 CORREÇÃO DE HÉRNIA INCISIONAL SUBCOSTAL POR VIA LAPAROSCÓPICA: RELATO DE DOIS CASOS Sergio Luiz Melo Araujo (Hospital Santa Lucia - Brasília - Distrito Federal); Sergio Renato Pais Costa (Hospital Santa Lucia - Brasília - Distrito Federal) RESUMO Objetivo: Relatar os dois primeiros casos de hérnia incisional subcostal operadas pela via laparoscópica no Brasil e seus resultados como possibilidade terapêutica minimamente invasiva. Introdução: A correção de hérnia incisional por via videolaparoscópica tem ganhado espaço, haja vista a menor morbidade e melhor resultado cosmético. Entretanto, poucos estudos têm sido publicados no que tange à correção de hérnias incisionais em incisões subcostais por essa via. No Brasil, ao nosso conhecimento, relatamos os primeiros dois casos de hérnia subcostal incisional operadas por essa via. Método: Dois doentes com incisões subcostais devido a hepatectomias prévias (um por hemagioma gigante operado inicialmente por via laparoscópica de hepatectomia esquerda convertida devido a sangramento v. 1 n. 1 intraoperatório e outro devido a hepatectomia esquerda aberta ampliada para lobo caudado por Tumor de klatskin III-B) foram operados de hérnia incisional por via totalmente laparoscópica. Foi utilizado tela com duplo revestimento após liberação de aderências que foi fixada intraperitonealmente com pontos de reparo e uso de grampeador frontal. Resultados: Não houve conversão ou complicações pós-operatórias. Foi dada alta no segundo dia de pós-operatório. Atualmente cerca de 1 ano de seguimento pós-operatório no primeiro caso não há sinais de recidiva. Conclusões: A via laparoscópica parece uma boa opção para o tratamento das hérnias incisionais subcostais apresentando baixa morbidade e bom resultado estético em nosso meio. Deve ser a primeira opção terapêutica em casos selecionados e onde a equipe cirúrgica tenha grande experiência em cirurgia laparoscópica avançada. AWRJ - Abdominal Wall Repair Journal 39 INDUÇÃO DE PNEUMOPERITÔNEO PROGRESSIVO AMBULATORIAL NO MANEJO DE HÉRNIAS VOLUMOSAS: RELATO DE CASO Thiago Melo Diniz (Hospital Santa Marcelina); Onorio Antonio dos Santos Neto (Hospital Santa Marcelina); Alessandra Egawa (Hospital Santa Marcelina); Chung Chuck Sung (Hospital Santa Marcelina); Paulo Bezerra de Morais (Hospital Santa Marcelina); Laercio Robles RESUMO Objetivo: Demonstrar a indução de pneumoperitôneo progressivo ambulatorial na correção de hérnia inguino-escrotal volumosa, através de um relato de um caso. Introdução: A correção de hérnias volumosas da parede abdominal constitui uma situação delicada na prática cirúrgica, devido às complicações no trans e pós-operatório, como as cardiovasculares e respiratórias decorrentes do aumento da pressão intra-abdominal. Neste contexto o uso do pneumoperitôneo progressivo no pré-operatório, conhecido como procedimento de Goni Moreno, surge como opção eficaz no manejo da síndrome compartimental. Método: A.C.C, masculino, 69 anos, portador de hérnia inguino-escrotal direita há 3 anos, com aumento 40 de volume durante este período, estando há 2 anos domiciliada. Submetido a 30 sessões de aplicação de pneumoperitôneo em regime ambulatorial, através da aplicação diária de 100 ml de ar no ponto de Palmer (interseção entre a linha Alba e a linha semilunar). O limite para o número de aplicações foi determinado pelo surgimento de sintomas de irritação frênica. Realizada hernioplastia inguinal direita a Lichtenstein modificada (com colocação de tela em plug), com paciente apresentando boa evolução em pós-operatório. Resultados: Paciente submetido procedimento cirúrgico proposto com sucesso, sem apresentar complicações no pós-operatório imediato ou precoce. Conclusões: A indução de pnemoperitôneo em regime ambulatorial aponta-se como ferramenta eficaz na correção de hérnias volumosas da parede abdominal, sendo procedimento de baixo custo, factível e com boa adesão do paciente. AWRJ - Abdominal Wall Repair Journal v. 1 n. 1 REPARAÇÃO DE HÉRNIAS DA PAREDE ABDOMINAL SOB ANESTESIA LOCAL EM AMBULATÓRIO: EXPERIÊNCIA DE 5 ANOS Claudia Teixeira (Hospitais da Universidade de Coimbra); Luis Ferreira (Hospitais da Universidade de Coimbra); Marco Serodio (Hospitais da Universidade de Coimbra); Guilherme Czelusniak de Oliveira (Hospital de Clínicas - Universidade Federal do Paraná); Jean Nour (Hospitais da Universidade de Coimbra); Francisco Castro e Sousa (Hospitais da Universidade de Coimbra) RESUMO Objetivo: Descrever a experiência de cinco anos de tratamento cirúrgico de hérnias da parede abdominal, sob anestesia local, em regime ambulatorial. Introdução: A correção das hérnias abdominais consiste em um dos procedimentos mais frequentes na cirurgia geral. Apesar de todos os métodos anestésicos serem viáveis, a anestesia local ganhou aceitação em diversos centros especializados. Está indicada para todas as faixas etárias, exceto em crianças, e é suportada por inúmeras vantagens estabelecidas pelas diretrizes atuais para tratamento de hérnias. Método: Estudo observacional retrospectivo, que incluiu 945 doentes submetidos a reparação de hérnias da parede abdominal sob anestesia local, em ambulatório, no período compreendido entre 1 de Janeiro de 2006 e 31 de Dezembro de 2010. Os critérios de seleção dos pacientes, a técnica de anestesia local e os critérios de alta hospitalar foram definidos segundo o protocolo do v. 1 n. 1 Serviço. Para avaliar o nível de satisfação dos pacientes, foi aplicado telefonicamente o questionário Surgery Satisfaction Questionnaire (SSQ). Resultados: Foram realizadas 952 intervenções em 945 doentes, com uma idade média de 59.3±16.7 anos; 85.7% dos doentes eram do sexo masculino. Quanto ao tipo de hérnia, prevaleceram as inguinais (84.0%), seguidas das umbilicais (9.1%), crurais (2.3%), incisionais (1.3%) e outras (3.3%). A intervenção foi particularmente bem tolerada. O tempo de internamento foi superior a 24 horas em 7.6% dos doentes. Ocorreram complicações do pós-operatório imediato em 8% dos casos, maioritariamente hematomas, infecção da ferida operatória e dor local significativa; a taxa de complicações foi superior nos pacientes com comorbilidades (p<0.05). Ocorreu recidiva herniária em 1.1% dos casos. Conclusões: A correção cirúrgica em ambulatório das hérnias da parede abdominal sob anestesia local é um procedimento seguro e bem tolerado, com reduzida taxa de complicações e elevado nível de satisfação, quando realizada de forma padronizada. AWRJ - Abdominal Wall Repair Journal 41 AVALIAÇÃO DO GRAU DE FIBROPLASIA ENTRE A TELA DE POLIÉSTER E SUTURA PRIMÁRIA ENTRE RATOS: ESTUDO EXPERIMENTAL EM RATOS Joao Vicente Machado Grossi (Ulbra); Juliano Hermes Maeso Montes (Ulbra); Roberto Fernandes Nicola (Ulbra); Renata Baú (Ulbra); Ana Schmidt (Ulbra); André Vicente Bigolin (Ulbra); Bibiana Manna (Ulbra); Leonardo Alves Nery (Ulbra); Leandro Totti Cavazzola (Ulbra) RESUMO Objetivo: Comparar os grupos de ratas Wistar submetidas à colocação da tela de poliéster (PE) intraperitoneal (Sublay) e na resposta histológica na formação de aderências intraperitoneais. Introdução: O processo inflamatório das aderências em decorrência com a exposição da prótese ao conteúdo intra-abdominal é um fator a ser investigado devido a sua importância clínica-cirúrgica, tanto que posição a intraperitoneal (Sublay) da prótese promove diferentes tipos de complicações. Método: Estudo experimental, longitudinal, foi comparado o uso de telas poliéster e fechamento por sutura primária para a correção de hérnia incisional na parede abdominal de ratos. Foram utilizados 2 grupos. O grupo controle, composto de 5 ratos, e o grupo poliéster, composto por 10 ratos. No grupo controle a hérnia incisional foi fechada com sutura primária, e no grupo poliéster colocou-se tela de poliéster para correção do 42 defeito abdominal. Seis semanas após o procedimento, os ratos foram sacrificados, e se retirado o local da herniorrafia, para estudo do grau de fibrose colagênica, fibrose fibroblástica e inflamação. Resultados: Todos os animais foram analisados após 21 dias. A diferença da fibrose colagênica foi estatisticamente significante, onde o grupo controle apresentou 40% grau leve e 60% grau moderado, enquanto o grupo poliéster apresetou 40% grau moderado e 60% grau acentuado. Porém a fibrose fibroblástica e a inflamação não diferem de forma significativa. No grupo controle 80% apresentou inflamação leve, 20% inflamação moderada, 40% fibrose fibroblástica leve, 60% fibrose fibroblástica moderada. No grupo poliéster 100% apresentou inflamação leve, 50% fibrose fibroblástica leve e 50% fibrose fibroblástica moderada. Conclusões: O processo inflamatório decorrente da fixação da tela de poliéster na posição intraperitoneal mostrou um grau aumentado em relação ao grupo controle. AWRJ - Abdominal Wall Repair Journal v. 1 n. 1 HERNIOPLASTIA LAPAROSCÓPICA UTILIZANDO-SE ANESTESIA REGIONAL: SÉRIE 40 CASOS James Skinovsky (Hospital Cruz Vermelha Paraná - Universidade Positivo); Sérgio Roll (Presidente Americas Hernia Society); Mauricio Chibata (Hospital Cruz Vermelha Paraná); Fernanda Tsumanuma (Hospital Cruz Vermelha Paraná); Rogério Augusto Peixer Cavallieri (Hospital Cruz Vermelha Paraná); Francisco Almeida (Hospital Cruz Vermelha Paraná); Renan Luis Sasaki (Hospital Cruz Vermelha Paraná); Gabriel Smaniotto (Hospital Cruz Vermelha Paraná); Janaína Carneiro (Hospital Cruz Vermelha Paraná); Vitor Garbelini (Hospital Cruz Vermelha Paraná) RESUMO Objetivo: Demonstrar a factibilidade e segurança da técnica em série de 40 casos realizados pelo grupo de Cirurgia Geral do Hospital da Cruz Vermelha do Paraná. Introdução: Vantagens: Recuperação sistêmica mais rápida; Realimentação logo após o procedimento; Menores taxas de infecções respiratórias e urinárias; Pacientes que não toleram anestesia geral; Método: Entre Janeiro/2010-Dezembro/2011 foram realizadas no Hospital da Cruz Vermelha do Paraná 40 hernioplastias TEP com tela de polipropileno sem fixação. Aprovado pelo CEP do Hospital da Cruz Vermelha do Paraná. Todos pacientes tinham hérnias inguinais unilaterais (24 Nyhus II, 11 Nyhus IIIA, 5 Nyhus IV). As idades do pacientes estavam entre 17 e 67 anos (média= 31 anos). 29 homens e 11 mulheres. Utilizou-se 50 a 60 ml de Ropivacaína 1% diluída 1/1 em salina isotônica. Sedação com Propofol, aplicado pelo anestesista. v. 1 n. 1 Resultados: Todas as cirurgias completaram-se sem conversão para qualquer outro tipo de anestesia. Não houveram complicações importantes. Tempo operatório médio = 32 minutos. Os pacientes foram reconsultados 7 dias após o procedimento e 36 após 30 dias da cirurgia. Não houveram maiores complicações. 32 pacientes receberam alta com 24 horas de pós-operatório, 8 ficaram internados mais 2 dias por problemas clínicos de base. Vantagens da hernioplastia TEP com anestesia regional: Risco anestésico é menor; O cirurgião usa técnica mais delicada, diminuindo o trauma cirúrgico; Mais barata; Deambulação precoce, por consequência menores problemas pós-operatórios; Não há necessidade de cateterização vesical. Conclusões: A realização da hernioplastia por técnica totalmente extraperitoneal com anestesia regional é segura e eficaz no tratamento de hérnias inguinais. É hoje uma opção para pacientes que não podem ser submetidos à anestesia geral, decorrente de problemas de base. AWRJ - Abdominal Wall Repair Journal 43 LAPAROSCOPIC GROIN HERNIA REPAIR USING FIBRIN GLUE: EXPERIENCE OF 122 PROCEDURES Ricardo Zugaib Abdalla (Hospital Sírio Libanês); Rodrigo Biscuola Garcia (Hospital Sírio Libanês); Rafael Izar Domingues da Costa (Hospital Sírio Libanês); Guilherme Tommasi Kappaz (Hospital Sírio Libanês); Claudio Renato Penteado de Luca (Hospital Sírio Libanês) ABSTRACT Objetiv: Evaluation of personal experience using fibrin glue in videoendoscopic hernia repair. Backgroung: Laparoscopic TEP groin hernia repair involves the fixation of the prosthetic mesh in the preperitoneal space with staples to avoid displacement leading to recurrence. The use of staples is associated with a small but significant number of complications, mainly nerve injury and hematomas. Fibrin glue can be used as an alternative method of fixation. Methods: Retrospective analysis of 75 patients opera- 44 ted from 2003 to 2009, using only fibrin glue for fixation of the mesh. The patients were operated in three different hospitals, by the same surgeon, using TEP approach. No tackers were used. Results: The total number of hernias was 122 (47 bilateral), and 75 patientes were operated. Nine of them were recurrent hernias. (one patient had three recurrences). There were an associated procedure in 5 patients (3 cholecistectomies, 2 hepatic biopsies). No major complication was identified in this serie. Conclusions: In our series we had no records of chronic pain, which contributes to the concept that the use of fibrin glue is safe. AWRJ - Abdominal Wall Repair Journal v. 1 n. 1 CORREÇÃO DE HÉRNIA UMBILICAL E HÉRNIA EPIGÁSTRICA POR VIDEOLAPAROSCOPIA João Ettinger (Hospital São Rafael); Alan Fonseca Aires (Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública); Daniel de Almeida Braga (Universidade Federal da Bahia); Euler Azaro (Hospital São Rafael); Paulo Amaral (Hospital São Rafael) RESUMO Objetivo: Correção de hérnia umbilical e hérnia epigástrica por videolaparoscopia. Introdução: Paciente de sexo masculino, 68 anos, natural e procedente de Salvador, procura serviço médico queixando-se de abaulamento na barriga há cerca de 6 meses. Relata abaulamento em parede anterior de abdome, na linha média há cerca de 6 meses com piora aos esforços físicos, associado a episódios de dor leve. Ao exame físico nota-se sem manobra de valsalva abaulamento 3 cm acima da cicatriz umbilical. À palpação, orifício de cerca de 2 cm em região epigástrica e orifício em cicatriz umbilical. Método: Feita dissecção do saco herniário com identificação de 2 orifícios herniários (umbilical e epigástrico). Realizada marcação na pele com margem de 5 cm utilizando azul de metileno, para delimitar o tamanho da tela. Realizado marcação nas pontas da tela com fio v. 1 n. 1 absorvível. Utilizada tela 15x10cm revestida passada pelo trocater de 12mm, sendo tracionada contra a parede abdominal pelos fios nas pontas utilizando agulha Endoclose®. Fixada no peritônio parietal com grampeador, realizando uma coroa de grampos periorificial e outra coroa na borda da tela (dupla coroa). Retirado trocateres sob visão direta. Desfeito pneumoperitôneo. Rafia da aponeurose com fio inabsorvível 0. Sutura da pele. Resultados: Com duração de uma hora e dezoito minutos, a cirurgia foi realizada sem intercorrências, com leve dor no pós-operatório, graduada em 3/10 na escala numérica, recebendo alta no mesmo dia. Ao retorno ambulatorial, o paciente mantinha assintomático, retornando as atividades habituais, sem sinais de recidiva herniária. Conclusões: A técnica cirúrgica utilizada se mostrou eficaz para a correção da hérnia umbilical e epigástrica, com bom resultado estético, baixo tempo de internação e retorno rápido às atividades. AWRJ - Abdominal Wall Repair Journal 45 INGUINAL AND FEMORAL POST-TRAUMATIC HERNIA: LAPAROSCOPIC MANAGEMENT Ricardo Zugaib Adalla (Hospital Sírio-Libanês); Rodrigo Biscuola Garcia (Hospital Sírio-Libanês); Rafael Izar Domingues da Costa (Hospital Sírio-Libanês) ABSTRACT Objetiv: Case Report of uncommon cause of hernia and the way to perform laparoscopic management. Backgroung: Pelvic trauma is a cause of hernia. Many patients have inguinal and femoral hernia as a consequence of pelvic fracture. The surgery is complex, and often new abdominal wall defects are found , demanding long incisions and extra dissection. Methods: 52 Years old, male was victim of complex pelvic trauma 20 years ago. CT showed a huge left inguinal hernia, containing intestinal loops and a thin abdominal wall. 46 Results: Laparoscopic aproach was chosen for the surgery, to give as much confort as posible for the patient, that was looking for fast recovery. Operation was realized without complications, and patient was discharged home at first post- operative day. Seven days later he returned to the clinic with fluid accumulation in left inguinal and scrotal region, confirmed by CT scan. No intervention was realized and fluid was absorbed. Conclusions: Laparoscopy is a safe way for treatment of abdominal wall abnormalities. The interior vision of the defect is helpfull and allows good surgical strategie. Moreover infection rates are decreased with this method and fast recovery is possible. AWRJ - Abdominal Wall Repair Journal v. 1 n. 1 EXPERIÊNCIA EM CORREÇÃO DE HÉRNIAS DA PAREDE ABDOMINAL - ANÁLISE DE CASUÍSTICA Paulo André Jesuino dos Santos (Hospital Agenor Paiva); Luiz Vianna de Oliveira (Hospital Agenor Paiva); Magno Cezar Amaral de Souza Junior (Hospital Agenor Paiva); Tancredo Alcântara Ferreira Junior (Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública); Adriano Augusto Teixeira Guimarães (Universidade Federal da Bahia); Alexandre Morais Carneiro (Universidade Federal da Bahia); Breno Santos Amaral (Universidade Federal da Bahia); Filip Messias Santana Prado (Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública); Mateus Marques de Amorim (Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública); Rafael Marcelino Oliveira (Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública) RESUMO Objetivo: Relatar uma série de cirurgias para correção de hérnias da parede abdominal em dois hospitais privados, realizadas por uma mesma equipe cirúrgica, em um período de 150 meses. Introdução: O reparo da hérnia é uma das cirurgias mais comumente realizadas por cirurgiões gerais. Apesar de esta ser uma entidade nosológica de elevada prevalência nos diversos centros hospitalares do mundo, poucos estudos em nosso país informam a respeito das características epidemiológicas desta patologia. Método: Análise das hernioplastias realizadas em um período de 150 meses, através de fichas padronizadas, pré-elaboradas com as variáveis relevantes na avaliação dos pacientes, submetidas posteriormente à análise estatística. v. 1 n. 1 Resultados: Ao todo, 562 pacientes foram submetidos a 759 hernioplastias. A inguinoplastia foi o procedimento mais comum (52,4%). Dos pacientes, 67,8% eram do sexo masculino e 32,2% do sexo feminino, com uma faixa etária média de 49,8 ± 17,2 anos. 65% eram ASA I, 30,1% ASA II e 4,2% ASA III. As cirurgias foram limpas em 90,5%, potencialmente contaminadas em 7,9%, contaminadas em 1,4% e infectadas em 0,2%. Antibioticoprofilaxia foi realizada em 69,9% e profilaxia de TEP em 26,8%. O tempo cirúrgico médio foi de 88,5 ± 50,4 minutos. 55,1% das intervenções foram realizadas com anestesia local e sedação. O internamento médio foi de 98,3 ± 461h. 24,7% dos pacientes apresentaram complicações no pós-operatório. Conclusões: Os autores concluem que a experiência analisada concorda com as grandes séries publicadas na literatura. AWRJ - Abdominal Wall Repair Journal 47 HERNIOPLASTIA INGUINAL COM PERFIX LIGHT PLUG ® POR MINI-INCISÃO: ESTUDO PRELIMINAR COM 20 CASOS André Luiz Moreira Da Rosa (Hospital Universitário Ulbra - Mãe de Deus); Marcus Reusch (Hospital Universitário Ulbra - Mãe de Deus); Marcelo B. Lontra (Hospital Universitário Ulbra - Mãe de Deus); Renata da Silva (Hospital Universitário Ulbra - Mãe de Deus); Daiane S. Albernaz (Hospital Universitário Ulbra - Mãe de Deus); Marcos Aguzzoli (Hospital Universitário Ulbra - Mãe De Deus) RESUMO Objetivo: O presente trabalho tem por objetivo avaliar os resultados de curto prazo da aplicação do dispositivo de tela Perfix Light Plug® (Bard®) na correção de hérnias inguinais por mini-incisão sobre o canal inguinal. Como se trata de estudo preliminar, apenas a dor inguinal pós-operatória e a recidiva precoce são as variáveis pesquisadas. 20 pacientes foram analisados, todos com hérnia inguinal unilateral. Introdução: Alguns conceitos são adotados em nosso serviço para minimizar os índices de recidiva e para reduzir a probabilidade dos pacientes manifestarem sintomas crônicos no pós-operatório: incisão de até 4cm, anestesia local, dissecção mínima, tela no pré-peritônio, ausência de tensão, dispositivos de baixa gramatura, e manejo cuidadoso dos nervos. Método: Os pacientes foram observados em um Cohort prospectivo entre abril e maio de 2012. Foram submetidos à Escala de Dor Análogo-visual (EAV) 2 horas após a cirurgia, 7 e 30 dias após. Os passos operatórios foram conduzidos sob anestesia local (ropivacaína diluída 2,5mg/ml) e sedação com propofol em infusão contínua alvo-controlada com monitoramento do nível de consciência (BIS®). Introdução do plug pré- 48 -concebido com fixação através de sutura absorvível (ácido poliglicólico) e patch sobre a parede posterior sem sutura. Resultados: 17 homens e 3 mulheres / lado direito 13: lado esquerdo 7. Tempo cirúrgico médio 36 minutos (21 a 64) Utilizamos a Classificação de Gilbert: 2 hérnias Tipo 1; 5 hérnias Tipo 2; 6 hérnias Tipo 3; 7 hérnias Tipo 4. Nenhum paciente apresentou recidiva no período máximo (preliminar) de 30 dias. A média de dor na EAV em 2 horas foi 0,6. Em 7 dias a média foi 2,1 (incluindo movimentação). Em 30 dias a média foi 1,4 (incluindo movimentação). Complicações (morbidade 5%): Hematoma : 1 caso (hérnia Gilbert Tipo 3) Seroma de bolsa escrotal : 1 caso (hérnia Gilbert Tipo 3) Mortalidade 0% Sem infecção de ferimento; deambulação normal em 100% dos casos no sétimo dia; dois casos de hipoestesia. Conclusões: A aplicação do sistema plug and patch utilizando Perfix Light Plug® é segura e eficaz na avaliação de curto prazo para pacientes com hérnia inguinal unilateral. A possibilidade de focar a abordagem diretamente no defeito hérniário e obstruí-lo usando um dispositivo de prótese facilmente adaptável ao pré-peritôneo torna a correção prática e confortável também ao cirurgião. A curva de aprendizagem é curta e os resultados são bons. O custo deste tipo de correção herniária é adequadamente baixo. AWRJ - Abdominal Wall Repair Journal v. 1 n. 1 ESTUDO COMPARATIVO ENTRE INGUINOPLASTIAS REALIZADAS COM ANESTESIA LOCAL E OUTROS TIPOS DE ANESTESIA Paulo André Jesuino dos Santos (Hospital Agenor Paiva); Luiz Vianna de Oliveira (Hospital Agenor Paiva); Magno Cezar Amaral de Souza Junior (Hospital Agenor Paiva); David Silva Miranda Júnior (Universidade Federal da Bahia); Hugo Bastos Santos Souza (Universidade Federal da Bahia); Jessica Mendes Santos (Universidade Federal da Bahia); João Maurício Sanches Conceição (Universidade Federal da Bahia); Denison Ribeiro Almeida (Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública); Alan Fonseca Aires (Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública); Felipe Sampaio Rosa Ribeiro (Universidade Federal da Bahia) RESUMO Objetivo: Comparar as inguinoplastias realizadas em um período de 150 meses por uma mesma equipe cirúrgica em relação ao tipo de anestesia aplicada. Introdução: Dentre as hérnias, as inguinais são as mais frequentes na prática clínica. Embora as inguinoplastias realizadas em regime ambulatorial tenham se tornado mais comuns, a anestesia local ainda não tem sido amplamente adotada como procedimento único pelas equipes cirúrgicas. Método: Seleção dos pacientes submetidos a inguinoplastias em dois hospitais privados durante um período de 150 meses, por uma mesma equipe cirúrgica e divididos em 02 grupos, segundo o tipo de anestesia realizada; o primeiro (G1) com pacientes submetidos a anestesia local e sedação, e o segundo (G2) aqueles submetidos a outro tipo de anestesia. Foram excluídos os pacientes submetidos a outras cirurgias no mesmo ato operatório, mantendo-se apenas hernioplastias, além daqueles submetidos a cirurgias em caráter de urgência. Os dados foram obtidos v. 1 n. 1 através de fichas padronizadas, pré-elaboradas, e armazenados em um banco de dados computadorizado, submetidos posteriormente à análise estatística. Resultados: Ao todo, 197 pacientes foram submetidos a 242 inguinoplastias, sendo 143 com anestesia local (G1) e 99 com outros tipos de anestesia (G2). O sexo masculino foi o mais prevalente (G1- 93% / G2 – 85,9%). A faixa etária média foi menor no G1 (50,8 ± 16,5 anos). A maior parte das cirurgias foram consideradas limpas nos dois grupos. Antibioticoprofilaxia foi realizada em 90,2% das cirurgias do G1 e 86,9% do G2 e profilaxia para TVP/TEP em 22,4% e 30,3%, respectivamente. O tempo cirúrgico médio foi de 88,1 ± 35 min. no G1 e 97,3 ± 42,6 min. no G2. O internamento médio foi de 38 ± 126,2h no G1 e 50,1 ± 49,3h no G2. Complicações pós-operatórias foram mais comuns no G2 (21,2%) do que no G1 (17,5%). Conclusões: Os autores concluem que a inguinoplastia com anestesia local e sedação é um procedimento seguro, e está associado a menor tempo de permanência hospitalar e menor dor pós-operatória, quando comparado a outros tipos de anestesia. AWRJ - Abdominal Wall Repair Journal 49 ALTERNATIVAS DE ACESSO AO ESPAÇO PRÉ-PERITONEAL NA HERNIOPLASTIA INGUINAL VÍDEO-ENDOSCÓPICA TOTALMENTE EXTRAPERITONEAL Miguel Prestes Nácul (Hospital Moinhos de Vento); Leandro Totti Cavazzola (Hospital Moinhos de Vento); José Gustavo Olijnyk (Hospital Moinhos de Vento) busca diminuir custos, sem prejuízo ao resultado do procedimento. RESUMO Objetivo: O autor apresenta alternativas técnicas para hernioplastia inguinal vídeo-endoscópica por técnica extraperitoneal (TEP) visando redução de custos, simplificação técnica, mantendo os bons resultados. Introdução: A ideia central é o desenvolvimento de um sistema para a dissecção do espaço pré-peritoneal com o objetivo de facilitar a técnica da hernioplastia inguinal por técnica totalmente extraperitoneal (TEP) vídeo-endoscópica. Método: São apresentados diferentes tipos de sistemas para confecção do espaço pré-peritoneal e a não fixação da tela. O uso de balão de látex confeccionado com dedo de luva cirúrgica para a confecção do espaço pré-peritoneal na hernioplastia inguinal TEP é usado como alternativa ao eficiente, porém caro, trocater-balão, com resultado aceitável na dissecção do espaço pré-peritoneal. A não fixação da tela nesta técnica 50 Resultados: O autor oferece alternativas técnicas no sentido de suprir eventuais dificuldades de material ou buscando a diminuição de custos, com bons resultados e simplicidade de reprodução técnica. Esta ideia de grande relevância social determinou o desenvolvimento do projeto intitulado “Desenvolvimento de instrumentos para hernioplastia inguinal vídeo-endoscópica por técnica totalmente pré-peritoneal (TEP), tema de dissertação de mestrado em Clínica Cirúrgica pela UFRGS. O autor apresenta um sistema nacional permanente para a confecção do espaço pré-peritoneal que simula o balão dissector (Covidien®), muito eficiente, porém caro e de uso único. Conclusões: Com seu teste e melhorias realizadas após este estudo proposto em modelo animal, o autor propõe o presente projeto com o intuito de que esta nova técnica possa ser futuramente ofertada no tratamento da hérnia inguinal em seres humanos, mediante análise de seus resultados. AWRJ - Abdominal Wall Repair Journal v. 1 n. 1 EXPERIÊNCIA EM CORREÇÃO DE HÉRNIAS UMBILICAIS: ANÁLISE DE CASUÍSTICA Paulo André Jesuino dos Santos (Hospital Agenor Paiva); Luiz Vianna de Oliveira (Hospital Agenor Paiva); Magno Cezar Amaral de Souza Junior (Hospital Agenor Paiva); Caio Rodrigues Saraiva (Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública); Matheus Rocha Araujo (Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública); Camila Magalhães Brandão (Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública); Clarissa Cerqueira Ramos (Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública); Saionara Maria Nunes Nascimento (Universidade Federal da Bahia); Thaigo Paulo Teixeira dos Santos (Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública); Alice Karoline de Oliveira (Universidade Federal da Bahia) RESUMO Objetivo: Relatar uma série de cirurgias para correção de hérnias umbilicais, realizadas em dois hospitais privados em um período de 150 meses, por uma única equipe cirúrgica. Introdução: As hérnias umbilicais são causadas por defeito congênito ou adquirido no fechamento da cicatriz umbilical, sendo uma patologia de tratamento simples e com baixo índice de recidiva. Método: Análise das hernioplastias realizadas em um período de 150 meses, através de fichas padronizadas, pré-elaboradas com as variáveis relevantes na avaliação dos pacientes, submetidas posteriormente à análise estatística. v. 1 n. 1 Resultados: Selecionaram-se 205 pacientes submetidos a onfaloplastias, 45,2% homens e 54,8 % mulheres, com média de idade de 39,3 ± 17,1 anos. Quanto ao estado físico, 76,6% eram ASA I, 19,1% ASA II, 3,6% ASA III e 0,7% ASA IV. Cirurgias limpas em 93,5%, potencialmente contaminadas em 5% e contaminadas em 1,5%. Realizou-se antibioticoprofilaxia em 28% e profilaxia de TEP em 19,5%. O tempo cirúrgico médio foi 59 ± 30,1 minutos. Quanto à anestesia, 69,5% foram submetidos a infiltração local associada à sedação, 19,1% a bloqueio espinhal e 8,5 % a anestesia geral. O internamento médio foi de 20,1 ± 108,5h, mediana de 24 horas. Do total, 9,7% dos pacientes apresentaram complicação no pós-operatório. Conclusões: Os autores concluem que a experiência analisada condiz com as grandes séries publicadas na literatura. AWRJ - Abdominal Wall Repair Journal 51 TRATAMENTO DE SPORTS HERNIA COM PHS (PROLENE HERNIA SYSTEM®): 62 CASOS André Luiz Moreira Da Rosa (Hospital Mãe de Deus - Porto Alegre - RS); Marcus Reusch (Hospital Mãe de Deus - Porto Alegre - RS); Marcos Aguzzoli (Hospital Mãe de Deus - Porto Alegre - RS); Leandro Totti Cavazzola (Hospital Mãe de Deus - Porto Alegre - RS) RESUMO Objetivo: O nosso trabalho tem por objetivo apresentar os resultados da instalação da tela Prolene Hernia System (PHS) Ethicon® nos pacientes com indicação cirúrgica para Sports Hernia. Apresentamos também os achados transoperatórios relacionáveis com o quadro clínico doloroso. Como o tratamentos é de caráter reabilitador, pretendemos manter os melhores índices de reabilitação que outras técnicas já atingiram : acima de 90% dos casos. Introdução: A dor inguinal crônica do atleta, ou Sports Hernia, tem se apresentado como importante desafio aos cirurgiões de hérnia em vários países do mundo. Uma vez que os exames de imagem não são capazes de definir a indicação cirúrgica de tratamento é fundamental colocar em prática o uso de um protocolo clínico para direcionar os pacientes e auxiliar na cura do problema. Método: O estudo dos casos foi realizado como Cohort prospectivo em 62 pacientes operados entre março de 2005 de janeiro de 2011. Lado direito 36 casos/ esquerdo 23 casos / 3 bilaterais. 28 profissionais / 32 amadores. 55 homens e 7 mulheres. Seguimento médio de 23 meses (variando de 6 a 36 meses). Critérios principais para seleção: Dor com mais de 8 semanas (crô- 52 nica); sempre ocorre nas atividades esportivas; sempre melhora no repouso; acima do ligamento inguinal; sem achados em exames de imagem. Critérios secundários: ser unilateral; início insidioso; sentar sob resistência com dor local (painfull sit up); sensibilidade sobre o canal inguinal na palpação; dilatação do anel inguinal superficial. Resultados: Sem achados intraoperatórios: 11 (17,7%); ruptura da aponeurose do m. oblíquo externo: 42 (67,7%); deiscência entre tendão conjunto e ligamento inguinal: 25 (40,3%); ruptura no tendão conjunto: 4 (6,5%); afilamento na inserção do m.reto abdominal: 8 (12,9%). Mortalidade 0%; morbidade 5 (8%). Hematoma 3 e seroma 2 casos. Infecções e reintervenções 0%. Hipoestesia residual após 1 ano: 5 casos de 52 pacientes (9,6%). Sucesso absoluto: 56 (90%) e melhora significativa 2 (3,2%). Tempo de recuperação médio 9 semanas (variando de 4 a 24 semanas). Conclusões: O tratamento da dor inguinal crônica do atleta, Sports Hernia, utilizando PHS é seguro e eficaz com bons resultados e índice de complicações similares aos outros resultados da literatura. Por que PHS? O Dispositivo já usado em nosso serviço em 1500 casos com bons resultados em hérnias completas. Por que abrir a parede posterior? Grande parte dos pacientes(40,3%) já apresentam deiscência entre o tendão conjunto e ligamento inguinal. Por que neurectomia? São pacientes com dor crônica limitante. AWRJ - Abdominal Wall Repair Journal v. 1 n. 1 EXPERIÊNCIA EM CORREÇÃO DE HÉRNIAS INGUINAIS PELA TÉCNICA DE LICHTENSTEIN Paulo André Jesuino dos Santos (Hospital Agenor Paiva); Luiz Vianna de Oliveira (Hospital Agenor Paiva); Magno Cezar Amaral de Souza Junior (Hospital Agenor Paiva); Caio Rebouças Fonseca Cafezeiro (Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública); Ana Camila Nogueira Borges (Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública); Ludmilla Acelina Candido Santos (Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública); Laís Matos Sousa (Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública); Marla Niag dos Santos Rocha (Universidade Federal da Bahia); Milena Dahia Garboggini (Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública); Pedro Botelho de Alencar Ferreira Cruz (Universidade Federal da Bahia) RESUMO Objetivo: Relato de série de cirurgias para correção de hérnias inguinais realizadas pela técnica de Lichtenstein em dois hospitais privados em um período de 150 meses realizadas pela mesma equipe cirúrgica. Introdução: Dentre as hérnias, as inguinais são as mais frequentes na prática clínica. Os reparos anteriores são os mais utilizados atualmente, com uma grande diversidade de técnicas com e sem o uso de telas. Método: Análise das hernioplastias realizadas em um período de 150 meses, através de fichas padronizadas, pré-elaboradas com as variáveis relevantes na avaliação dos pacientes, submetidas posteriormente à análise estatística. Resultados: Submeteram-se 307 pacientes a 398 pro- v. 1 n. 1 cedimentos de inguinoplastia, 87,9% homens, 12,1% mulheres, com média de idade de 62,5 ± 18,4 anos. Quanto ao estado físico, 61,5% eram ASA I, 33,4% ASA II, 3,6% ASA III e 1,5% ASA IV. Cirurgias limpas em 90%, potencialmente contaminadas em 8,5%, contaminadas em 0,9% e infectadas em 0,5%. Realizou-se antibioticoprofilaxia em 93% e profilaxia de TEP em 28,3%, com tempo cirúrgico médio 100,83 ± 47 minutos. Quanto à anestesia, 53,7% submeteram-se a infiltração local associada a sedação, 38,3% a bloqueio espinhal e 3,7 % a anestesia geral. O internamento médio durou 23,43 ± 121,7h, mediana de 24 horas. 77 pacientes apresentaram complicações no pós-operatório. Conclusões: Os autores concluem que a inguinoplastia pela técnica de Lichtenstein é um procedimento seguro e com bons resultados e que a experiência analisada concorda com as grandes séries publicadas na literatura. AWRJ - Abdominal Wall Repair Journal 53 COMPARAÇÃO ENTRE USO DE PRÓTESE CONVENCIONAL DE POLIPROPILENO E PRÓTESE AUTOFIXANTE PELA TÉCNICA DE LICHTENSTEIN James Skinovsky (Hospital Cruz Vermelha Paraná - Universidade Positivo); Renan Luis Sasaki (Hospital Cruz Vermelha Paraná - Universidade Positivo); Sérgio Roll (Presidente da Americas Hernia Society); Mauricio Chibata (Hospital Cruz Vermelha Paraná); Marcos Fabiano Sigwalt (Hospital Cruz Vermelha Paraná); Fernanda Tsumanuma (Hospital Cruz Vermelha Paraná); Rogério Augusto Peixer Cavallieri (Hospital Cruz Vermelha Paraná); Luciana Andrade de Godoy (Universidade Positivo); Thomas Szabó Yamashita (Universidade Federal do Paraná) RESUMO Objetivo: O trabalho tem como objetivo comparar os estados pós-operatórios das hernioplastias inguinais pela técnica de Lichtenstein com prótese convencional de polipropileno e prótese autofixante. Introdução: A hernioplastia inguinal é um procedimento rotineiro na vida dos cirurgiões gerais, ocupando o segundo lugar dentre os procedimentos realizados no Sistema Único de Saúde. Na busca por melhores resultados, foram desenvolvidas mais de 150 técnicas e mais de 120 próteses. Pela não necessidade de sutura, sugere-se que a tela autofixante apresente fixação mais segura e rápida, menos dor e menor reincidência da doença. Para tanto, será comparada à prótese convencional de polipropileno. Método: Entre janeiro/2010-junho/2011, foram realizadas 80 hernioplastias pela técnica de Lichtenstein no Hospital Universitário da Cruz Vermelha/PR – Universidade Positivo. Aprovado pelo CEP do referido hospital. Todos os pacientes tinham hérnias inguinais unilaterais, sendo divididos aleatoriamente em 2 grupos com 40 pacientes em cada (prótese de polipropileno: 23 NYHUS II, 12 NYHUS IIIA, 5 NYHUS IIIB; 54 prótese autofixante: 21 NYHUS II, 15 NYHUS IIIA, 4 NYHUS III-B; Não foram admitidos pacientes classificados como NYHUS IV). Foram analisadas as variáveis: dor, resposta inflamatória e qualidade de vida. Resultados: Todos os pacientes receberam alta após 24 horas e foram acompanhados por 6 meses após a intervenção. Não houve complicações ou intercorrências durante os procedimentos. O tempo médio de cirurgia com a tela autofixante foi de 25 minutos, 11 minutos menor do que o tempo médio dos procedimentos com a tela de polipropileno, levando a um menor custo em anestésicos e materiais. Os valores obtidos de VHS e da escala de dor foram semelhantes para todos os pacientes, sem relevância estatística. Os valores de PCR para a tela autofixante foram menores, tendo significância estatística no período de 6 horas após a intrevenção. O formulário SF-36 também não mostrou diferenças significativas. Conclusões: De forma geral, os dados apontam para resultados semelhantes no uso da prótese autofixante e de polipropileno, com uma possível reação inflamatória menor nos procedimentos feitos com a prótese autofixante. Além disso, o custo dos procedimentos com essa prótese mostraram-se com um custo diminuído em relação à convencional. AWRJ - Abdominal Wall Repair Journal v. 1 n. 1 HERNIOPLASTIA INGUINAL VIDEOLAPAROSCÓPICA PELA TÉCNICA TEP UTILIZANDO PLATAFORMA SINGLE PORT (SITRACC) James Skinovisky (Hospital da Cruz Vermelha Paraná); Renan Luis Sasaki (Hospital da Cruz Vermelha Paraná); Mauricio Chibata (Hospital da Cruz Vermelha Paraná); Fernanda Keiko Tsumanuma (Hospital da Cruz Vermelha Paraná); Rogerio Cavalieri (Hospital da Cruz Vermelha Paraná); Francisco Almeida (Hospital da Cruz Vermelha Paraná); Marcos Fabiano Sigwalt (Hospital da Cruz Vermelha Paraná); Gabriel Smanhoto Ribas (Hospital da Cruz Vermelha Paraná); Vitor Brandani Garbelini (Hospital da Cruz Vermelha Paraná); Otavio Muniz Filho (Hospital da Cruz Vermelha Paraná) ções e realidade nos dias de hoje. RESUMO Objetivo: Apresentação e vídeo de uma cirurgia de hernioplastia videolaparoscópica utilizando plataforma single port (sitracc). Introdução: O avanço da videocirurgia proporcionou o estudo e aprimoramento de diversas técnicas videolaparoscópicas. As cirurgias minimamente invasivas e aperfeiçoamento de cirurgias via portal único, são op- v. 1 n. 1 Método: Apresentação de vídeo de uma hernioplastia videolaparoscópica single port realizada no Hospital da Cruz Vermelha Paraná. Resultados: Não se aplica. Conclusões: A cirurgia por portal único é uma opção a ser considerada em relação ao melhor controle da dor pós-operatória e aspecto estético. AWRJ - Abdominal Wall Repair Journal 55 COMPARAÇÃO DOS EFEITOS DA SUTURA CONTÍNUA COM PONTOS LONGE E PRÓXIMOS DOS BORDOS DA FERIDA NO FECHAMENTO DA PAREDE ABDOMINAL James Skinovsky (Hospital Cruz Vermelha Paraná - Universidade Positivo); Renan Luis Sasaki (Hospital CruzVermelha Paraná - Universidade Positivo); Sérgio Roll (Presidente da Americas Hernia Society); Mauricio Chibata (Hospital Cruz Vermelha Paraná); Marcos Fabiano Sigwalt (Hospital Cruz Vermelha Paraná); Fernanda Tsumanuma (Hospital Cruz Vermelha Paraná); Rogério Augusto Peixer Cavallieri (Hospital Cruz Vermelha Paraná); Luciana Andrade de Godoy (Universidade Positivo); Thomas Szabó Yamashita (Universidade Federal do Paraná) RESUMO Objetivo: Comparar os efeitos da sutura contínua com pontos longe e próximos dos bordos da ferida operatória no fechamento da parede abdominal utilizando MonoMax. Introdução: A sutura para fechamento da parede abdominal ideal deve ser rápida, fácil, com boa relação custo-benefício e deve prevenir complicações posteriores. A qualidade de uma técnica para o fechamento da parede abdominal pode ser mensurada pela incidência de complicações tanto imediatas como tardias na ferida operatória. Método: 40 pacientes submetidos à laparotomia mediana no Hospital Universitário da Cruz Vermelha/ PR – Universidade Positivo, divididos aleatoriamente 56 em dois grupos com 20 pacientes cada. Para os pacientes do primeiro grupo foi escolhida a sutura contínua utilizando MonoMax com pontos próximos ao bordo da ferida cirúrgica (5-8mm de distância), enquanto que para os do segundo grupo a técnica de eleição foi a sutura contínua com MonoMax com pontos longe dos bordos (mais de 1 cm de distância). Foram avaliadas comorbidades, tempo de internação, intercorrências, tipo de laparotomia, complicações no pós-operatório (infecção, hematoma local, seroma local). Resultados: Não foram observadas diferenças significativas entre as duas técnicas empregadas. Conclusões: De forma geral, os resultados apontam para resultados semelhantes em ambas as técnicas, deixando assim a escolha com base na preferência e experiência do cirurgião. AWRJ - Abdominal Wall Repair Journal v. 1 n. 1 NORMAS PARA PUBLICAÇÃO A AWRJ Abdominal Wall Repair Journal é uma publicação quadrimestral do LapSurg International Institute of Endoscopic Surgery. A revista veicula artigos originais, artigos de revisão, comunicações breves e relato de casos relacionados. NORMAS PARA ENVIO DO MANUSCRITO • Carta de submissão ao editor: Todos os artigos devem vir acompanhados por uma carta de submissão ao editor, na qual o autor explicita ou não conflitos de interesse e a ausência de problemas éticos e declara que todos os coautores estão de acordo com o conteúdo do trabalho. • Conflito de interesse: Toda possibilidade de conflito de interesse gerada entre autores e qualquer entidade pública ou privada, deve ser comunicada ao editor e informada no final do artigo. • Ética: O(s) autor(es) deverão informar, no manuscrito, quando suas pesquisas tiverem sido aprovadas pela Comissão de Ética em Pesquisa de sua instituição, em concordância com a Declaração de Helsinki. vem ser enviados, por e-mail, ao Conselho Editorial da Revista. O prazo para resposta ao primeiro ou único autor do manuscrito submetido é de até 120 (cento e vinte) dias contados da data de recebimento na edição da AWRJ Abdominal Wall Repair Journal. Os autores têm o prazo de 30 (trinta) dias para proceder às modificações solicitadas pelos revisores e submeter novamente o artigo. O não cumprimento desse prazo implicará na retirada do artigo do processo de revisão. • Direitos autorais: Os autores dos artigos aprovados deverão encaminhar por e-mail, ao Conselho Editorial da Revista, anteriormente à publicação, declaração de transferência de direitos autorais, assinada por todos os coautores. TIPOS DE MANUSCRITOS Nos trabalhos experimentais envolvendo animais, observar as normas estabelecidas no Guide for the Care and Use of Laboratory Animals e os Princípios Éticos na Experimentação Animal da Sociedade Brasileira de Ciência em Animais de Laboratório (SBCAL/COBEA). • Artigos originais: Documento que resume, analisa e discute informações já publicadas. • Idioma: Os artigos devem ser redigidos em português, inglês ou espanhol. • Comunicações breves: Apresenta um ponto ou detalhe específico de um tema. • Processo de submissão: Ao submeter o manuscrito, o(s) autor(es) assume(m) a responsabilidade de o documento não ter sido publicado anteriormente e nem de estar em processo de análise por outra revista. • Relato de casos: Descrição de informações sobre casos, condições, complicações, intervenções ou aspectos clínicos raros ou que ainda não foram comunicados. Todos os trabalhos enviados à revista AWRJ Abdominal Wall Repair Journal serão submetidos à avaliação inicial dos editores, para aceitação ou não do trabalho. A aceitação do manuscrito será feita de acordo com a originalidade, significância e contribuição científica do trabalho para a área de interesse. Os manuscritos dev. 1 n. 1 • Artigos de revisão: Trata-se de uma revisão bibliográfica baseada na literatura especializada, por meio de consulta a artigos científicos selecionados. ESTRUTURA DO MANUSCRITO • Página de título: Nela, deve conter o título completo do trabalho de maneira concisa e descritiva, em português e inglês, ou português e espanhol, e de 3 AWRJ - Abdominal Wall Repair Journal 57 (três) a 5 (cinco) palavras-chave, assim como a respectiva tradução para as keywords. As palavras-chave devem ser consultadas nos Descritores em Ciências da Saúde (termos em português, espanhol e inglês) ou Medical Subject Headings (termos em inglês). Também na primeira página devem ser apresentados os nomes completos dos autores e suas titulações mais importantes; o(s) departamento(s) e a(s) instituição(ões) onde se originou o trabalho; nome, endereço completo e e-mail do autor responsável para correspondência; conflito de interesse; e agências financiadoras relevantes. Na página de título deve constar o resumo, destacando, de forma sucinta, o fundamento, os objetivos, os métodos, os resultados e as conclusões da pesquisa. Sua primeira frase deve ser relevante, de modo que explique o tema principal. Relatos de Casos não pedem resumo. • Texto: Deve ser dividido em introdução, métodos, resultados, discussão e conclusões: ○ Introdução A introdução é uma síntese do artigo. Nela, deve se estabelecer o assunto sucintamente, apresentado o período abrangido e incluindo informações sobre a importância da natureza do problema. Deve-se também dar o roteiro da exposição dos assuntos, sem abordar os resultados alcançados. ○ Métodos Neste item, são descritos, detalhadamente, como foram selecionados os sujeitos da pesquisa, além das drogas, fármacos e protocolos utilizados. Deve-se justificar o emprego dos métodos e avaliar as possíveis limitações. Em caso de estudos em seres humanos, deve-se indicar se o trabalho foi aprovado por um Comitê de Ética em Pesquisa e se os pacientes assinaram termo de consentimento livre e esclarecido. ○ Resultados Podem ser apresentados por meio de figuras, tabelas, quadros e gráficos. ○ Discussão Deve salientar os aspectos novos e importantes rela- 58 cionados ao estudo, baseados nas referências consultadas. A discussão pode expressar conclusões, recomendações ou implicações clínicas. ○ Conclusões Parte final do manuscrito em que são apresentadas considerações correspondentes aos objetivos e hipóteses. É a recapitulação dos resultados obtidos, apresentando sugestões para trabalhos futuros, em relação aos dados coletados e discutidos. ○ Agradecimentos Inseridos opcionalmente após o texto, os agradecimentos servem para lembrar as fontes de apoio ao projeto de pesquisa, assim como contribuições individuais. ○ Referências É a lista que identifica os documentos que efetivamente foram utilizados para a elaboração do trabalho. Deve-se adotar as Normas de Vancouver para normalizar as referências -Uniform Requirements for Manuscripts Submitted to Biomedical Journals- , observando-se os seguintes pontos: ▪ as referências devem ser citadas numericamente, por ordem de aparecimento no texto, formatadas sobrescritas; ▪ se forem citadas mais de duas referências em sequência, apenas a primeira e a última devem ser digitadas, sendo separadas por um traço; ▪ em caso de citação alternada, todas as referências devem ser digitadas, separadas por vírgula. As abreviações devem ser definidas na primeira aparição no texto; ▪ devem ter o parágrafo alinhado à esquerda; ▪ comunicações pessoais e dados não publicados não devem ser incluídos na lista de referências, mas apenas mencionados no texto e em nota de rodapé na página em que são citados; ▪ citar os autores da obra se forem até 6 (seis) ou para um número maior, citar apenas os 6 (seis) primeiros, seguidos da expressão latina et al; ▪ as abreviações dos títulos das revistas devem estar em conformidade com o Index Medicus/Medline, ou por meio do National Institute of Health. AWRJ - Abdominal Wall Repair Journal v. 1 n. 1 Limites de texto: A contagem eletrônica de palavras deve incluir a página inicial, resumo, texto, referências e legenda de figuras. Tópico Artigo original Artigo de Revisão Relato Comunicações de caso breves Número máximo de autores 10 4 6 8 Título (incluindo espaços) 100 100 80 80 Título reduzido (incluindo espaços) 50 50 50 50 Resumo (número máximo de palavras) 250 250 - 250 Número máximo de palavras (incluindo referências) 5000 6500 1500 1500 Número máximo de referências 40 80 10 10 Número máximo de tabelas e figuras 8 8 2 2 ○ numeração consecutiva em algarismos arábicos, de acordo com a ordem de ocorrência no texto; ○ título, precedido por um hífen, sem ponto final. A fonte de onde foram extraídas as informações deve ser colocada abaixo do título da figura. As legendas das figuras devem ser formatadas em espaço duplo, estar em páginas numeradas e separadas, ordenadas após as Referências. As abreviações usadas nas ilustrações devem ser explicitadas nas legendas. As figuras devem ser elaboradas em Word, com resolução de 300 DPI, em formato JPEG , sendo que as mesmas devem ser encaminhadas em arquivos separados do texto. FORMATAÇÃO DO MANUSCRITO ELEMENTOS DE APOIO • Citações: Citações são os elementos extraídos de fontes consultadas durante o processo de revisão de literatura e podem aparecer no texto ou em notas de rodapé. Podem ser diretas ou indiretas têm a finalidade de sustentar o assunto abordado e enriquecer o trabalho. Deve-se adotar as Normas de Vancouver para padronizar as citações - Uniform Requirements for Manuscripts Submitted to Biomedical Journal. • Notas de rodapé: As notas de rodapé têm por finalidade indicar textos paralelos, enfatizando citações ou referenciando trechos de obras, funcionando como um artifício para deixar um documento mais compreensível, sem que o raciocínio seja interrompido. • Ilustrações: Consideram-se ilustrações os quadros, as tabelas, os gráficos, entre outros, e servem para expressar tendências de variações, alterações, comparações as quais permitem a visualização global dos dados. A identificação da ilustração deve estar localizada em sua parte inferior, com exceção da tabela, na qual a identificação deve constar na parte superior. As letras devem ser maiúsculas, em tamanho 10, alinhadas à margem lateral esquerda do texto, contendo: • Formato: O formato da apresentação dos manuscritos deve ser o A4 (210x297mm). • Margens: As margens de texto a serem observadas em folhas digitadas são de 2,5 cm. • Entrelinhamento: O entrelinhamento de todo o texto deve ser de 1,5. Para as referências bibliográficas, deve-se adotar um espaço simples, ficando separadas entre si por um espaço simples em branco. • Tipo e tamanho de letra: Para todo o corpo do documento recomenda-se a fonte Arial, tamanho 12. • Parágrafo: Os parágrafos de texto devem estar a 1,5 cm da margem esquerda. • Paginação: A transcrição da numeração terá início na primeira folha do manuscrito, em algarismos arábicos no canto superior direito da página, a 2 cm das bordas superior e direita. ENVIO DOS TRABALHOS Endereço eletrônico para o envio dos trabalhos: www.lapsurg.com.br ○ identificação do tipo (FIGURA, GRÁFICO, TABELA); v. 1 n. 1 AWRJ - Abdominal Wall Repair Journal 59 60 AWRJ - Abdominal Wall Repair Journal v. 1 n. 1 FIXAÇÃO SEGURA EM QUALQUER ÂNGULO PARA O REPARO LAPAROSCÓPICO DA HÉRNIA Dispositivo de 5mm de Fixação de Grampos Absorvíveis Segurança nos disparos em diferentes ângulos. Design diferenciado com 2 pontos de fixação. Grampos implantados com força homogênea, proporcionando mais confiança. Indicador de carga. Grampos na cor violeta para adequada visualização na cavidade abdominal. Perfil do grampo baixo, reduzindo material exposto as vísceras. Combinação perfeita com ETHICON PHYSIOMESH® e ULTRAPRO®. Para mais informações, contate seu representante ETHICON® ou visite o site www.ethiconsecurestrap.com Indicações: O dispositivo de fixação absorvível ETHICON SECURESTRAP® - destina-se à fixação de material protésico a tecidos moles em vários procedimentos cirúrgicos minimamente invasivos e via aberta tais como a reparação de hérnias. Contraindicações: Não utilizar o sistema em tecidos que não possam ser inspecionados visualmente relativamente à presença de hemostase. Este dispositivo não deve ser utilizado em tecidos que apresentem uma relação anatômica direta com estruturas vasculares maiores. Tal inclui a colocação de fechos no diafragma na vizinhança do pericárdio, aorta ou veia cava inferior durante a reparação de hérnias diafragmáticas. Se a distância total entre a superfície do tecido e a estrutura subjacente for inferior à espessura tecidular mínima ou se puder estar incluída numa distância total inferior à espessura tecidular mínima, a utilização do dispositivo está contraindicada. Advertências: Este dispositivo é fornecido estéril e destina-se exclusivamente a ser usado num único paciente. Descartar depois de utilizar. A reutilização ou reprocessamento deste dispositivo irá conduzir a um desempenho imprevisível. A distância total entre a superfície do tecido e o osso, vasos ou vísceras subjacentes deve ser avaliada antes da aplicação e deve ser, no mínimo, de 6,7 mm. Ler todas as instruções, precauções, contraindicações e advertências antes da utilização. v. 1 n. 1 AWRJ - Abdominal Wall Repair Journal 61 Johnson & Johnson Medical Brasil, uma divisão de Johnson & Johnson do Brasil Indústria e Comércio de Produtos para Saúde Ltda. Rua Gerivatiba, 207 - São Paulo, SP CEP 05501-900. Responsável técnico: Nancy M. R. B. Lopes - CRF-SP nº 10.965. SECURESTRAP - Registro Anvisa nº 80145901386. PHYSIOMESH - Registro Anvisa n° 80145901373. ULTRAPRO Rede cirúrgica semiabsorvível - Registro Anvisa n° 80145900805. BRMRETH4983. Impresso em Março/2013. • • • • • • • 62 AWRJ - Abdominal Wall Repair Journal v. 1 n. 1
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