Primitivismo VS Jason Godesky

Transcrição

Primitivismo VS Jason Godesky
Retirado de: The Anarquist Library; Anti- Copyright, 2012. Jason Godesky; 5 Common Objections
to Primitivism and Why They're Wrong 2005. Retirado de: tobyspeople.com
Não é hipocrisia dos primitivistas utilizar tecnologia moderna? Se querem viver como os
primitivos, porque não fogem para as matas e o fazem?
Nem todos os primitivistas são contra a tecnologia. Muitos defende que a tecnologia é ambígua. A
tecnologia encontra-se entre os povos primitivos de uma maneira ou outra, portanto existe um certo
nível sustentável de tecnologia. Existe desacordo entre os primitivistas qual a linha que
identifica tecnologia. Sim, gostávamos de ver um nível de tecnologia mais baixo, mas como não
temos problemas com a tecnologia em si, porque nos devemos negar da utilização da atuais
tecnologias enquanto duram? Não é necessário acreditar que o martelo foi dos melhores
acontecimentos da humanidade, um milagre que nos deu lugar acima dos outros animais e que
justifica o nosso domínio sobre a terra, para o utilizar para pregar um prego. Podemos ter a ciência
em alta consideração e não acreditar que é o mais alto grau de verdade. Pode-se utilizar a internet
para espalhar a mns que a “ Internet” e as suas infraestruturas, não irão durar.
Portanto, a acusação de hipocrisia só é verdadeira
se levarmos a crença de alguns primitivistas a todos
os primitivistas, ou ao primitivisto em si. E na
segunda pergunta.
– Porque não fogem os primitivistas para as
matas e selvas atualmente?
Existem dois pontos; o primeiro é educação. Fomos
todos criados dentro da civilização, que tem um
vasto interesse em assegurar que a criança tenha o
mínimo de valor de sobrevivência possível. O
sistema cultural civilizado adaptou-se bem – reforçou precisamente as áreas onde os indivíduos
estão perto da auto-suficiência, criando o sentimento de dependência mesmo quando pouca
dependência existe. Muitos primitivistas já não possuem o necessário para sobreviver, não mais que
o suburbano médio – o necessário que uma criança primitivista de 6 anos teria. Muitos primitivistas
trabalham para remediar essa situação, mas de maneira que nunca dirias a um homem Kung com
sonhos de investir na bolsa, para ir logo para Wall Street, mas aprender uma coisa ou duas sobre
mercado de bolsas, portanto estamos a aprender de novo o necessário para viver sem tecnologia
moderna, antes de nos entregamos nessa aventura.
“Correr para os montes e selvas já” é um objetivo, mas um que deve ser trabalhado, não um
que se pode levar pela corrente. Se fosse tão fácil, bem, não estaríamos a ler isto.
Segundo, existe o assunto das terras e leis. A civilização identifica “ correr para a matas” como uma
opinião válida. Regras de caça põem sérias barreiras, porque algum income tem de ser obtido para
pagar licenças de caça e pesca, como também taxas das terras.
Para finalizar, tal “ micro colapso” é impossível enquanto a civilização ainda existir – a pressão
para ser aumentada e mais complexa levará à nossa reabsorção, pela força se necessário. Existe um
problema essencial; se a civilização estiver com vontade em coexistir connosco, de bom grado
retribuíamos o favor. Mas, a civilização é incapaz de deixar algo mais existir sem ser a própria. Nós
viveríamos lado a lado com quem o quisesse também – mas a civilização não é capaz. “ Correr
para as matas”, pelo olhar da civilização, meramente assegura a nossa eventual, violenta
destruição às mãos da civilização.
Temos uma estável e abundante fornecimento de alimentos. Os primitivistas querem que
passemos as nossas vidas desesperados no que diz respeito ao quando e qual vai ser a próxima
refeição e donde vêm.
Então porque são os agricultores que passam mal? De facto, o fornecimento de comida na
civilização sempre foi pouco e desigual. Só recentemente é que as nações industrializadas
aumentaram a produção o suficiente para retirar os benefícios da “ má nutrição”. Essa foi a chave
para o sucesso da vida moderna. Ainda comemos coisas que estão pessimamente inadaptadas à
nossa filosofia, mas comemos-as em quantidades prodigiosas, permitindo que fiquemos vivos numa
vida média normal de 70 anos, ultrapassando a esperança média de vida dos tempos medievais
Europeus, mas ainda muito envergonhada comparando com os nossos antepassados Mesolíticos.
Como elite deste sistema mundial, o mundo industrializado sofre de má nutrição crónica e fome.
Em contraste, forrageiros são omnívoros transumantes. – como também algumas das criaturas
mais adaptáveis ao planeta. Os Forrajeiros fazem as suas casas nas ilhas da Terra do Fogo, nos gelos
dos Árticos, no Deserto Kalahari, e nas selvas do Congo-- em áreas tão remotas e desoladas que
nenhum cultivo crescerá. Para passar fome, os forrajeiros teriam de ver o fim de toda a vida
multicelular no planeta numa escala de destruição em massa nunca assistida. Em contraste, para
passar fome, na agricultura só é necessário um verão mais quente.
A ideia de que a agricultura oferece um sistema alimentar abundante e estável é demoniacamente
falso. È um mito. Os agricultores confiam num pequeno numero de espécies domesticadas-- e essas
espécies tendem a ser muito próximas uma da outra. È a falsidade de por “todos os ovos no mesmo
cesto”. Em comparação, forrageadores confiam não só num maior numero de espécies, mas também
numa maior variedade. Portanto, de facto, os primitivistas advogam que devemos abandonar o
sistema agricula de fornecimento de comida, por um sistema que seja genuinamente estável e
abundante.
O primitivismo levaria a uma drástica redução na qualidade de vida – sem medicina, sem arte
ou musica. Em vez, teríamos eutanásia, mortalidade infantil, e uma esperança de vida abaixo
dos 30.
A acusação de “eutanásia” deve-se aos Inuit, que eram acusados de deixar a morrer os idosos no
gelo. De facto, era um um raro costume, mas uma forma voluntária de auto -sacrifício que algumas
vezes os idosos escolhiam pelo bem da sua tribo, apesar dos protestos dos membros da tribo.
A mortalidade infantil foi completamente mal interpretada. Sim, a mortalidade infantil entre
recoletores é elevada – mas não pelas razões que tal afirmação parece implicar. Não era devido a má
nutrição ou doenças – pelo contrário, já que estas coisas são peculiares na civilização moderna. Em
vez disso, tal como argumentamos que a vida começa à nascença, os forrageadores acreditam que a
vida não começa antes dos 2 anos. Eles olham para o infanticídio como hoje olhamos para o aborto.
Entre os Kung, uma mulher grávida trabalha e depois vai para o mato. Talvez volte com uma
criança, talvez não. De qualquer modo, não são feitas perguntas. Portanto, os nossos cálculos sobre
os forrageiros é injusta - se vamos incluir o infanticídio, então devemos juntar o aborto aos dias de
hoje.
A acusação sobre a medicina é normal, mas altamente antropocêntrica. Na antropologia da
medicina, refere-se a “Etnomedicina” - quando uma cultura considera-se medicina. Dado o termo
comida como medicina, tudo pode ser arbitrário de como uma cultura divide comida e
medicamentos. A biomedicina ocidental é a nossa etnomedicina. Toda a cultura acredita que a sua
etnomedicina é a única viável, e todas as outras são pura superstição. No topo da lista que diz que o
primitivismo rejeita a medicina exemplifica o antrocentrismo ocidental. Quando olhamos para a
atual eficácia das várias etnomedicinas pelo mundo , existe pouca variedade. Muitas das
etnomedicinas são bastante efetivas, tanto como a nossa; muitas têm uma ou mais áreas onde
falham completamente ( a nossa tenta ignorar o placebo em vez de o usar; o shamanismo é o
oposto, mas não têm o conceito cirúrgico, etc) e todos acabam sendo mais ou menos
intercambiáveis, se alguém está apenas preocupado coma eficácia. Portanto, o primitivismo não
requer o fim da medicina – meramente significa uma mudança radical, mas igualmente efetiva na
medicina. Se tentarmos sincronizar um tipo de medicina que procure combinar o melhor das várias
etnomedicinas, podemos muito bem descobrir que uma das primeiras formas de medicina é
atualmente a mais efetiva.
Finalmente, a acusação que o
primitivismo significaria o
fim da arte ou da musica é
falso. Arte e Musica e o resto
era universal entre os povos
primitivos 30.000 anos antes
da civilização aparecer. Estas
coisas existiram 4 vezes
mais de tempo do que a
existência da civilização. A
arte rupestre é facilmente
comparável a Miguel
Ângelo, e as musicas das tribos no Congo com uma complexidade polifónica que a Europa não
conseguiu até ao sec XIV. Podemos argumentar que os povos primitivos não faziam arte ou musica
se nós etnocentralizados definirmos “arte” e “musica” como “ só conta se um branco a fizer”. Em
Savages e Civilization, Jack Weatherford fala que a ciência , arte, musica e psicologia da civilização
foram inspiradas pelo contacto com os selvagens. Os primitivistas acreditam que, se é possível
chamar a uma cultura “superior”, então será a dos primitivistas.
Os primitivistas são Misantropos?
Esta pergunta requer uma definição única de “
misantropia”, mas é essencialmente parte da
segunda objeção, abaixo. Para fazer esta afirmação,
o orador têm de primeiro fundir humanidade e
civilização com alguma mitologia sobre a
civilização ser um destino natural da humanidade,
em vez da momentânea aberração que é na verdade.
De fato, o Homo Sapiens vivi num estado de
catividade, ligada á moribunda existência ao qual
está inteiramente inadaptado. Humanos na
natureza selvagem experimentam um nível de
liberdade e preenchimento incompreensível ao ser
humano domesticado, como Plato não conseguiu
explicar o mundo exterior aqueles pobres
acorrentados à parede em oração da cave. O objetivo do primitivismo é voltar à natureza , isto é,
devolver a maioria de domesticados homo sapiens para um estado natural e feliz.
O primitivismo é de fato, o progressista que é misantropo. È o progressista que reclama que o
estado natural da humanidade é trabalhar para o bem estar de outros e ser sujeito a esforços e ser
objecto de déspotas - na melhor das hipóteses, bondoso e devidamente eleitas déspotas, mas
déspotas tudo a mesma coisa. È o pensamento progressista que pensa que a humanidade não é
suficiente por si, mas têm de ser enobrecido pela ciência e razão, redimido da sua queda de
estado primitivo de medo e violência pela Tecnologia. O progressista não vê mais nada do que
miséria no nosso passado, um selvagem na nossa alma que precisa de ser negado e submisso, e para
o nosso futuro, um frio, deus, uma apoteose da nanotecnologia,e a alienação do domínio sobre a
terra que impede sempre fazer parte dela. O progressista assume de fato uma linha muito ténue do
ser humano; as suas paixões devem ser negadas, a sua natureza é selvagem e deve ser sublimada, o
seu estado natural é um pesadelo num Hobbesian sem fim.
O primitivista sabe isto tudo de inúmeros
contos de histórias. Sabemos que as
sociedades primitivas não viveram nesse
pesadelo, mas são, de fato, como Marshal
Sahlins o descreve, “ a sociedade afluente
original”. Sabemos que não somos as
crianças esquecidas da evolução, a única
espécie da terra sem uma maneira fácil de
adaptação ao mundo. Sabemos que a
natureza humana não é nem demoníaca, ou angélica. Não vemos a humanidade como algo perdido
que deve ser reposto – seja por fé de inúmeros deuses ( muitos, poucos ou nenhum), ou pela Razão,
ou tecnologia. Acreditamos que o ser humano é uma parte maravilhosa da natureza. Também
podemos ver que os progressistas têm uma agenda para algemar a sociedade, que a civilização
desumaniza-nos e retira-nos o que temos de bom. Foi da fé na humanidade e a nossa convicção que
a humanidade é saudável, e que não necessita de “ arranjos”, que escolhi o nome “Anthropik” para
a nossa tribo. O termo “Humanistas” também servia, se não estivesse sido adaptado
( impropriamente, no meu ver) por um campo particular de progressistas, mas como está bem contra
o termo “ misanthropy”.
Os progressistas são misantrópicos; são os primitivistas que são antrópicos.
Os primitivistas são genocidas onde a “utopia” planeada requer que orquestrem assassínio
em massa de 99% da população mundial!
Guardei o melhor para o fim. Este é o ataque mais comum, e uma força única lançada sobre os
primitivistas pelos progressistas.
È inegavelmente verdade que a população mundial está a aumentar e não pode ser sustentada sem
civilização moderna. Claro, é abundantemente certo que a civilização moderna também não é
sustentável. Dado esses factos, algum tipo de morte em massas é inevitável. Pode ser através de
genocídio, mas como os primitivistas não são dados a isso é difícil que sejam parte disso. Existem
muitos outros grupos com maiores interesses no genocídio pelo seu próprio bem, que estão mais
perto do poder do que algumas os primitivistas estarão. Por último, o genocídio pode ser o
método mais “humano”, como é entregar um “copo de graça” a um animal a morrer. A
alternativa é deixar morrer à fome e por doença. Mas, o genocídio em tal escala será quase
impossível.
No seu lugar, o colapso é mais certo, como sempre foi. A diminuição de retornos de complexidade
leva à queda da civilização – da mesma maneira que uma vitima de SIDA morre, não de Sida mas
de alguma inferior doença, uma pessoa saudável seria facilmente descartável. Talvez o pico de
petróleo, talvez o aquecimento global, seja qual a causa próxima, a nossa possibilidade de produzir
comida seja cortada. Fome levará a guerras de rua, até, que no fim, os sobreviventes se voltarão
para o canibalismo. As cidades serão os campos de morte, mas aqueles que conseguirem olhar para
a natureza e chamá-la de casa, aqueles que conseguirem encontrar comida sem ter alguém que
cultive para ele – aqueles que voltarem ao estado selvagem – terão acesso a vastos recursos que
outros nunca pensarão explorar.
Foi desta maneira que a evolução sempre trabalhou. O “ Oxygen Holocoust” foi causado pela
abundância de micróbios que respiravam dióxido de carbono e expiravam oxigénio. Eventualmente,
mudam a composição da atmosfera, e começa a cozinhar e a matar num ambiente tóxico. Mas os
micróbios que se adaptam e possam respirar o oxigénio tóxico libertado, atinjam um balanço com
os antepassados, os micróbios respiradores de dióxido de carbono, e iniciem o ciclo de oxigénio que
regule a atmosfera hoje. Portanto, o colapso também acabará com a civilização, e com a
desumanização domesticada e cativeiro do homo sapiens, deixando só humanos selvagens
para herdar a terra.
O cenário de genocídio é acolhido por alguns primitivistas, mas isso é loucura – e inesplicávelmente
estranho. Como disse, para aqueles que morrem, morrendo rápido por um tiro de caçadeira pode ser
preferível do que morrer devagar de fome ou doença., ou viver para ver as suas cidades a serem
tomadas por bandos de canibais. No entanto, existe uma elegância evolutiva para o colapso que tal
alternativa viola. Todo o individuo na terra terá opção. Serão livres para escolher ficar na sua
cultura até ao fim, e morrer por ela; ou, terão de escolher abraçar uma nova cultura, abraçar a sua
própria humanidade, e sobreviver no mundo novo. Um ato de genocídio seria violar tudo isso. O
que perpetuar tal acto eleva-se a si ao estatuto de Deus ( como os progressistas fariam, sem a sua
ideia racista, e especis sobre as outras formas de vida do planeta), para ditar quem deve viver e
quem deve morrer. È por isto que acredito que Ted Kazcinski é maléfico: além da efetividade
da sua campanha de terror, ele cometeu o pecado capital, o pecado da própria civilização.
Pôs-se no papel de Deus, ditando a vida e a morte.
Muitos escolherão morrer: não podemos mudar isso. Estaríamos errados se os obrigássemos a
escolher viver da mesma maneira que Kaczinski para forçar os outros a morrer. Que podemos
tentar fazer é tentar o mais que conseguirmos assegurar que todos entendam que a escolha é sua.
Quando se ouve esta defesa, muitos progressistas dirão que a nossa selvajaria “apoia-se” tal coisa
era caracterizada como monstruosas. Primeiro, a arrogância, saindo de tal afirmação é absurda; Nós
não permitimos que tais coisas aconteçam novamente mais do que “permitimos” que o sol brilhe na
chuva. Em comparação, um progressista tenta sonhar com modos de controlar o tempo, enquanto
um primitivistas faz um chapéu de chuva ou bronzeador. Existem diferenças entre nós; progressistas
aspiram a tal controlo divino, enquanto os primitivistas aceitam que são parte do mundo e não
deuses dela.
Mas, ao falar de tal ponto de vista de tal declaração absurda – a ideia que temos a obrigação moral
de tentar parar o colapso- pode ser uma criança doente. Pode ser o meu irmão. È a minha memória
mais recente. Os médicos insistiram que não era mininjite, apesar de ter todos os sintomas – como
pode ser? Ele tinha sido à poucos dias vacinado com meningitis pathogenes,e, sendo assim como
podia ser? Isso significa que a ciência e a medicina falham.
A minha mãe disse-me para não olhar, mas espreitei, e a imagem ficou para sempre no meu cérebro.
O corpo magro do meu irmão, a gritar em agonia, seguro por um medico e o meu pai, enquanto
outro pegou numa agulha e espetou na espinha do meu irmão.
Não posso imaginar a dor do meu irmão – ou do meu pai a segurá-lo para tal tratamento. Mas fez o
que estava certo- o mais difícil. O meu irmão quase morreu naquela noite, mas porque o meu pai
pode ver que ao evitar passar por aquela agonia seria a morte, ele sobreviveu. Houve muita dor,
mas quando passou havia vida.
Esta situação parece a da humanidade da raça humana hoje. Se a civilização tivesse colapsado na
Idade do Bronze, teria matado milhões e causado devastações ecológicas através do Mediterrâneo.
Foi evitado, e em vez tivemos guerras, impérios, a denominação do Mundo Novo, e entrámos na
maior extinção em massa na história do planeta. Agora, estamos na mesma situação. O colapso
agora envolveria a morte de Biliões, e podemos olhar para trás e ver que teria sido melhor se a
nossa civilização não tivesse sobrevivido à Idade do Bronze. Mas sobreviveu, pelas mesmas
pressões que nos pressionam hoje. Se por algum milagre encontrarmos outro, deus ex machina,
então não só faremos pior – a morte de triliões, e a grande possibilidade da extinção da nossa
espécie, e todas as formas multi-celulares vivas na terra.
O custo do colapso é terrível. Devia ter sido pago pelos nossos antepassados, e que se fodam por
não o terem feito! Os custos teriam sido menos. Em vez disso, o débito recai sobre nós, e quase
não podemos suportar o fardo. Mas temos de o suportar e pagar – temos de ser. Se o fizermos, a
humanidade será livre novamente. E não fizermos, então as nossas crianças pagarão mais caro. Elas
vão-nos condenar, como nós condenamos os nossos antepassados e a sua fraqueza, não haverá
brilho, esperança, vida bela depois de pagar. Para eles, o dívida será tão imensa que será paga com a
extinção.